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MERCADO - E-commerce em alta gera novas oportunidades para setor de móveis e produto final<br />
CRESCIMENTO<br />
INDUSTRIAL<br />
SETOR DE MÁQUINAS ACOMPANHA A<br />
ALTA DO MERCADO DA MADEIRA<br />
INDUSTRIAL GROWTH<br />
MACHINE PRODUCING SEGMENT ACCOMPANIES<br />
THE RISE OF THE FOREST PRODUCT MARKET
• Corte de blocos e semi-bloco de madeira;<br />
• Com 1 ou 2 eixos de serras;<br />
• Magazine Porta-Serra (opcional);<br />
• Rolos de avanço com cromo duro;<br />
• Velocidade até 100 m/min (6 serras).<br />
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SUMÁRIO<br />
INDUSTRIAL<br />
62<br />
2021<br />
44<br />
58<br />
54<br />
MADEIRA<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
Alca Máquinas 11<br />
Auge Metal Mecânica 61<br />
Benecke 09<br />
Cipem 15<br />
Contraco 37<br />
DRV Ferramentas 19<br />
Eletro Izidoro 33<br />
Engecass 17<br />
Gottert do Brasil 31<br />
H Bremer 27<br />
Impacto Máquinas 35<br />
Indumec 41<br />
Lignum Brasil 73<br />
Linck 05<br />
Mafercon 39<br />
Máquinas Águia 69<br />
Máquinas Dudi 43<br />
Mendes Máquinas 02<br />
Metrisa Máquinas 29<br />
Mill Indústrias 76<br />
Montana Química 07<br />
MSM Química 13<br />
Nazzareno 25<br />
Omil 21<br />
Picoloto 53<br />
Prêmio REFERÊNCIA 75<br />
Pole Cola 57<br />
Serf Drytech 23<br />
Tecnovapor 71<br />
XH Mar Bethlehem 65<br />
SUMÁRIO<br />
06 Editorial<br />
08 Cartas<br />
10 Bastidores<br />
12 Coluna Flavio C. Geraldo<br />
14 Notas<br />
32 Aplicação<br />
34 Frases<br />
36 Entrevista<br />
42 Coluna ABIMCI<br />
44 Principal História de sucesso<br />
50 Madeira Tratada<br />
54 Matéria-prima<br />
58 Marcenaria<br />
62 Mercado<br />
66 Artigo<br />
72 Agenda<br />
74 Espaço Aberto<br />
04<br />
referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
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Inovação. Qualidade.<br />
Economia.<br />
MADE IN GERMANY
EDITORIAL<br />
DE OLHO<br />
NO FUTURO<br />
C<br />
om o fim do primeiro trimestre, a indústria<br />
madeireira começa a pensar nos próximos<br />
meses – de olho em oportunidades para o<br />
crescimento do segmento. Embalada pelas<br />
promessas de 2021, a REFERÊNCIA INDUS-<br />
TRIAL traz reportagens exclusivas que abordam temas<br />
de interesse da indústria da madeira. Na editoria de Matéria-prima,<br />
falamos da falta de alguns insumos e os problemas<br />
gerados pelas chuvas e pela crise sanitária da<br />
Covid-19. Já na entrevista desta edição, a coordenadora<br />
do Boletim Macro da FGV (Fundação Getúlio Vargas),<br />
Silvia Matos, explica os impactos para o setor produtivo<br />
durante a pandemia. Além disso, o leitor poderá acompanhar<br />
reportagens especiais nas editorias de Madeira<br />
Tratada e Marcenaria, assim como novidades do setor.<br />
Tenha uma ótima leitura!<br />
NA CAPA<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
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<br />
<br />
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ESTAMPA A CAPA DESTA<br />
EDIÇÃO DA REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL MONTAGEM<br />
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EXPEDIENTE<br />
ANO XXIII - EDIÇÃO 228 - ABRIL 2021<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Ano XXIII • N°228 • Abril 2021<br />
MERCADO - E-commerce em alta gera novas oportunidades para setor de móveis e produto final<br />
CRESCIMENTO<br />
INDUSTRIAL<br />
SETOR DE MÁQUINAS ACOMPANHA A<br />
ALTA DO MERCADO DA MADEIRA<br />
INDUSTRIAL GROWTH<br />
MACHINE PRODUCING SEGMENT ACCOMPANIES<br />
THE RISE OF THE FOREST PRODUCT MARKET<br />
Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
06<br />
WITH AN EYE ON<br />
THE FUTURE<br />
A<br />
t the end of the first quarter, the Forest<br />
Product Sector begins to think ahead to<br />
the rest of the year – with an eye on future<br />
opportunities for growth in the Sector.<br />
Packed with the promises for the rest of<br />
2021, REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong> has exclusive stories that<br />
address topics of interest to the Forest Product Sector.<br />
In the Raw Materials Section, we talk about the lack of<br />
some inputs and the problems generated by the rains,<br />
and the Covid-19 health crisis. In this issue’s interview,<br />
Silvia Matos, Coordinator of the Getúlio Vargas Foundation<br />
Boletim Macro (FGV), explains the Productive<br />
Sector’s impacts during the pandemic. Also, there are<br />
special stories in the Treated Wood and Woodworking<br />
Sections and news from the Sector. Pleasant reading!<br />
referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021<br />
Redação / Writing<br />
Murilo Basso<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista / Columnist<br />
Flavio C. Geraldo | Paulo Pupo<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski / Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira | Gabriel Faria<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />
Tainá Carolina Brandão<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />
Tradução / Translation - John Wood Moore<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
Cristiane Baduy<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
0800 600 2038<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />
consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />
segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />
conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />
responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />
de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />
FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />
exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />
consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />
governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />
segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />
articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />
use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />
and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />
the written authorization of the holders of the authorial rights.
0 0 2 2<br />
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ECONOMIA - ESG: uma tendência cada vez mais consistente na indústria de base madeireira<br />
CARTAS<br />
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A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
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CAPA DA EDIÇÃO 227 DA<br />
<br />
<br />
REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE MARÇO DE 2021<br />
<br />
<br />
MADEIRA TRATADA<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Ano XXIII • N°227 • Março 2021<br />
9 7 7 2 35 9 4 66 0 3 5 7<br />
MARCENARIA<br />
Por Teodoro Bonamigo –<br />
Indaiatuba (SP)<br />
Por Paulo Rodrigues –<br />
Caçador (SC)<br />
Bela iniciativa da prefeitura de Timbó (SC),<br />
que possui grandes indústrias de madeira.<br />
O ramo da marcenaria é<br />
apaixonante. Obrigado<br />
pelas dicas!<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
Por Higor Souza –<br />
Colombo (PR)<br />
Ótima entrevista com o<br />
economista Paulo Gaia.<br />
MERCADO<br />
Por Paula Machado –<br />
Campinas (SP)<br />
O wood frame abrirá inúmeras<br />
possibilidades para o nosso setor.<br />
2021 está repleto de boas notícias!<br />
08<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />
fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
Revista Referência <strong>Industrial</strong><br />
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produtividade/hora consumo de energia/hora<br />
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obstinação em ser melhor”<br />
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BASTIDORES<br />
BASTIDORES<br />
Foto: divulgação<br />
PRESTÍGIO<br />
O DIRETOR COMERCIAL DA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, FÁBIO MACHADO<br />
(À DIR.), FOI ENTREGAR EM MÃOS A EDIÇÃO DE MARÇO/21 PARA<br />
A BONARDI QUÍMICA, DOS DIRETORES RÓBSON LEMOS (À ESQ.) E<br />
FRANCISCO NARDI (CENTRO).<br />
TODESMADE<br />
O DIRETOR COMERCIAL DA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, FÁBIO<br />
MACHADO (À DIR.), ESTEVE VISITANDO AS DEPENDÊNCIAS DA<br />
INDÚSTRIA TODESMADE, JUNTO COM OS DIRETORES DA MENDES<br />
MÁQUINAS, ANDRÉ FABRIS, NEWTON FABRIS, DÉBORA MENDES<br />
FABRIS E RODRIGO MENDES FABRIS.<br />
Foto: divulgação<br />
ALTA<br />
NOVIDADE NO IBAMA<br />
O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente<br />
e dos Recursos Naturais Renováveis)<br />
lançou recentemente o Sistema de Gestão<br />
do Licenciamento Ambiental Federal, conhecido<br />
como SisG-LAF. O sistema torna o<br />
procedimento dentro do órgão mais rápido<br />
e transparente, facilitando, assim, a visualização<br />
do andamento das etapas que devem<br />
ser cumpridas, seja pelo IBAMA, pelos<br />
órgãos envolvidos ou pelo próprio empreendedor.<br />
A ferramenta, que foi desenvolvida<br />
em conjunto com o Ministério da Economia,<br />
tem como finalidades: promover a gestão<br />
das demandas dos processos de licenciamento<br />
ambiental em âmbito federal, informatizar<br />
e automatizar os serviços oferecidos.<br />
O responsável pela definição das regras do<br />
negócio e pela prestação final do serviço ao<br />
empreendedor é o IBAMA, mas as participações<br />
de outros órgãos envolvidos também<br />
será contemplada pelo projeto.<br />
BAIXA<br />
QUEDA DO PIB<br />
O PIB (Produto Interno Bruto) do<br />
Brasil caiu 4,1% em 2020, totalizando<br />
R$ 7,4 trilhões. Essa foi a maior<br />
queda anual da série iniciada em<br />
1996, e interrompeu o crescimento<br />
de três anos seguidos, de 2017 a<br />
2019, quando o PIB (a soma de todas<br />
as riquezas produzidas no país)<br />
acumulou alta de 4,6%. O PIB per<br />
capita alcançou R$ 35.172 no ano<br />
passado, recuo recorde de 4,8%.<br />
No quarto trimestre, que fechou o<br />
resultado de 2020, o PIB cresceu<br />
3,2%. Os dados são do Sistema<br />
de Contas Nacionais Trimestrais,<br />
divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro<br />
de Geografia e Estatística).<br />
O estudo salienta que a pandemia<br />
da Covid-19 foi preponderante<br />
para o resultados.<br />
10 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
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COLUNA<br />
COM A PALAVRA, O MERCADO!<br />
OS IMPACTOS DA PANDEMIA TÊM SIDO DESIGUAIS PARA A POPULAÇÃO E PARA AS<br />
DIFERENTES REGIÕES DO PLANETA<br />
Flavio C. Geraldo<br />
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m interessante estudo conduzido pela empresa<br />
de consultoria McKinsey & Company publicado<br />
em 17 de março, intitulado: The consumer<br />
demand recovery and lasting effects<br />
of Covid-19; reforça o sentimento de choque<br />
sem precedentes causado pela pandemia, que trouxe<br />
drásticas mudanças de hábitos nos mercados de consumo<br />
ao redor do mundo. O fluxo financeiro promovido pelos<br />
consumidores simplesmente colapsou na primeira onda<br />
da pandemia, no início do ano passado. Tudo ocorreu de<br />
forma muito repentina, forçando os consumidores a significativas<br />
mudanças comportamentais. Modelos de negócios<br />
foram transformados e governos precisaram ajustar suas<br />
regulamentações.<br />
Os impactos têm sido desiguais para a população e<br />
para as diferentes regiões do planeta. Aqueles que mantiveram<br />
seus empregos, conseguindo trabalhar em regime<br />
de home office, garantiram seus rendimentos e ainda<br />
puderam reforçar a poupança, pois reduziram as despesas<br />
com viagens, passeios, idas a bares e restaurantes,<br />
combustível, etc. Há também aqueles que perderam seus<br />
empregos, mas não se viram livres de suas despesas obrigatórias<br />
cotidianas.<br />
Os desafios para a condução dos negócios locais<br />
e globais estão voltados exatamente para os impactos<br />
econômicos desiguais, que exigem a identificação de<br />
oportunidades em seus planejamentos, considerando uma<br />
maior distinção dos mercados e categorias de produtos. As<br />
habilidades relacionadas à rápida ambientação em novos<br />
modelos de negócios, assim como aos conhecimentos<br />
sobre segmentação e competitividade, temperados com<br />
boa dose de inovação, nunca foram tão necessárias para as<br />
ofertas de produtos e serviços. É oportuno lembrar que, ao<br />
contrário de outras crises econômicas mundiais, cujo cenário<br />
para recuperação era muito lento, no caso da Covid-19,<br />
Foto: divulgação<br />
pelo menos para alguns segmentos da economia, a recuperação<br />
pós-pandemia será quase que imediata.<br />
Para ilustrar um pouco dessa nova realidade e colocando<br />
o foco no mundo madeireiro, vale mencionar alguns<br />
registros ilustrativos ocorridos nos EUA (Estados Unidos<br />
da América). Ainda que sejam casos pontuais, parecem<br />
retratar a atual realidade no que se refere ao mercado de<br />
madeiras para construção do país.<br />
O canal de televisão News Channel 3, emissora do estado<br />
do Michigan afiliada à CBS, mostrou que na localidade,<br />
assim como em outras partes do país, há uma escassez de<br />
madeira serrada tratada, o que fez com que empreiteiros<br />
e proprietários de edificações em reforma ou construção<br />
ficassem em uma situação difícil. Após consulta a 15 diferentes<br />
lojas de materiais de construção (nos EUA, a madeira<br />
tratada é comercializada em grandes comércios desse<br />
tipo), a informação era de que os estoques estavam muito<br />
baixos ou inexistentes.<br />
Temos, nesse caso, uma clássica situação de baixa oferta<br />
e alta demanda, relacionada diretamente aos impactos<br />
causados pela pandemia. De um lado, os produtores de<br />
madeira serrada tratada reduziram drasticamente a produção<br />
devido às restrições de trabalho. Do outro, os altos<br />
níveis de inatividade por parte da população em geral<br />
deixaram os proprietários com mais tempo disponível para<br />
executarem novos projetos de construção ou reformas.<br />
Outro exemplo: no noroeste norte-americano, região<br />
de forte tradição madeireira, o jornal Capital Press também<br />
alertou a respeito da escassez de madeira. Segundo<br />
a publicação, há um aumento na demanda por madeiras,<br />
especialmente pela necessidade de reformas em imóveis<br />
que sofreram com os devastadores incêndios florestais<br />
ocorridos no ano passado. Somado a isso, tem-se uma<br />
severa escassez no suprimento de madeira serrada devido<br />
à desaceleração significativa na produção em atendimento<br />
aos protocolos de segurança das indústrias.<br />
Essas ocorrências aumentam significativamente o apetite<br />
dos EUA por madeiras, reforçando ainda mais as bases<br />
dos negócios de exportação desse produto do Brasil para<br />
aquele país. Só no Estado do Oregon há registros de perdas<br />
de centenas de milhões de árvores produtivas. Entre<br />
abril e setembro de 2020, a NAHB (National Association of<br />
Home Builders) registrou que os preços da madeira subiram<br />
mais de 170% no estado.<br />
No Brasil, não se tem registros divulgados sobre a queda<br />
na produção e aumento na demanda pelo setor industrial.<br />
Há indícios de que no setor de proteção de madeiras<br />
não houve variações significativas, provavelmente pelo fato<br />
desse mercado estar predominantemente voltado ao meio<br />
rural, onde os impactos da pandemia são menos visíveis.<br />
12 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
CIPERTRIN MD<br />
• Líder no tratamento inseticida de painéis de madeira,<br />
(compensados, aglomerados MDF, OSB e outros) por adição à cola;<br />
• Mais concentrado dos inseticidas, diminui a quantidade de inertes<br />
a serem aplicados na cola, como também a área de estocagem;<br />
• Base água, com baixa toxidade e baixo odor;<br />
• Isento de solventes que atacam as borrachas dos equipamentos<br />
industriais;<br />
• Compatível com resinas de última geração;<br />
• Fácil diluição em água, para tratamento por imersão de madeiras<br />
serradas.<br />
TBP 90<br />
• O primeiro fungicida (antimofo) para madeira a base de<br />
tribromofenol só poderia ser o líder de mercado e a MSM<br />
Química a maior importadora deste ingrediente ativo.<br />
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suas características naturais.<br />
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NOTAS<br />
TORRE EÓLICA<br />
A mais recente das inovações na tecnologia da madeira<br />
vem da Suécia, onde pesquisadores do Centro<br />
Sueco de Tecnologia em Energia Eólica se preparam<br />
para construir a primeira torre de turbina eólica inteiramente<br />
de madeira engenheirada. A torre da madeira<br />
de teste, que está sendo construída na localidade<br />
de Bjorko, terá 30m (metros) de altura, será tão forte<br />
quanto as torres de aço e, segundo seus criadores,<br />
tornará a turbina eólica totalmente neutra em carbono.<br />
A expectativa é que o protótipo esteja pronto<br />
ainda este ano. A construção conta com a parceria das<br />
empresas Modvion e Moelven Toreboda e está sendo<br />
feita com painéis de MLC (madeira laminada colada).<br />
“Esse é um grande avanço, que abre caminho para a<br />
próxima geração de turbinas eólicas. A madeira laminada é mais forte do que o aço para o mesmo peso e, sendo construídas<br />
em módulos, as turbinas eólicas podem ser mais altas. Ao construir em madeira, também reduzimos as emissões de dióxido<br />
de carbono na fabricação e, em vez disso, armazenamos dióxido de carbono no projeto”, destaca Otto Lundman, da Modvion.<br />
Foto: divulgação<br />
NOVOS PROFISSIONAIS<br />
Foto: divulgação<br />
Depois de sete meses, o projeto Fimma Inova entra em suas semanas<br />
finais de mentoria para a formação de 115 executivos e empresários da<br />
cadeia produtiva de madeira e móveis. O projeto consiste em uma Escola<br />
de Inovação 100% online que, por meio do IBG (Innovation Business<br />
Game), vem formando profissionais para uma liderança inovadora.<br />
Estão participando desde diretores de empresa até responsáveis pelas<br />
áreas de design, marketing, comercial, RH e produção. Com curadoria<br />
da SBDC (Sociedade Brasileira de Desenvolvimento Comportamental)<br />
e da consultora Eliane Zanluchi, o programa totaliza 140h (horas) divididas<br />
em quatro módulos, que se encerram em abril. O presidente<br />
da FIMMA (Feira Internacional de Fornecedores da Cadeia Produtiva<br />
de Madeira e Móveis), Euclides Rizzi, destaca que o projeto é uma das<br />
iniciativas que compõem a reformulação do evento promovido pela<br />
MOVERGS (Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio<br />
Grande do Sul). “A nova proposta da FIMMA, anunciada em 2019, é<br />
torná-la um movimento de inovação aplicada com oportunidades para<br />
seus públicos no intervalo<br />
entre as edições da<br />
feira de negócios, que<br />
ocorre a cada dois anos.<br />
Neste primeiro programa,<br />
é possível perceber<br />
que a maior lição será a<br />
importância da colaboração<br />
multissetorial dentro<br />
das empresas, ou seja,<br />
a cultura da inovação<br />
precisa da coletividade”,<br />
resume.<br />
ARAPONGAS<br />
EM EVIDÊNCIA<br />
O município de Arapongas (PR), tem cerca<br />
de 124 mil habitantes e encontra na indústria<br />
moveleira sua principal força. O segmento é o<br />
que mais emprega no município, fazendo da cidade<br />
a maior produtora de móveis do país. De<br />
acordo com Irineu Munhoz, presidente do SIM<br />
(Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas),<br />
são cerca de 270 empresas do segmento<br />
no município. Juntas, elas empregam cerca de<br />
10 mil pessoas de forma direta. O segmento começou<br />
a se estruturar em Arapongas por volta<br />
da década de 1970, quando a região deixou de<br />
ser produtora de café. As primeiras empresas<br />
do setor começaram a surgir e não tardou para<br />
a vocação se espalhar pelo município e por cidades<br />
do entorno.<br />
Foto: divulgação<br />
14 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
CONTRÁRIO ÀS MEDIDAS DE ZONEAMENTO DIVULGADAS, CIPEM-MT<br />
PROPÕE MAIOR ESTUDO TÉCNICO E REFORÇA QUE PROPOSIÇÕES<br />
DE ZSEE-MT DEVEM ALINHAR CONSERVAÇÃO E PRODUÇÃO<br />
O Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras<br />
de Madeira do Estado de Mato Grosso (CIPEM- MT),<br />
enquanto membro da Comissão Estadual de<br />
Zoneamento Socioeconômico Ecológico – CEZSEE e<br />
entidade representativa do Setor Produtivo da Base<br />
Florestal organizada, avaliou como improcedente<br />
algumas proposições de ZSEE elaboradas e<br />
apresentadas neste primeiro trimestre de 2021 e,<br />
portanto, se coloca contrário às ampliações e<br />
criações de Unidades de Conservação previstas no<br />
estudo do ZSEE-MT, nas proposições de número 3.2.1<br />
a 3.2.5.<br />
Um adendo aqui necessário, anterior aos informes<br />
e esclarecimentos prestados pelo Cipem, é a<br />
explicação sobre o que defende o Zoneamento<br />
Socioeconômico e Ecológico. O ZSEE surgiu da<br />
necessidade de se repensar o uso e a ocupação do<br />
solo. Na prática, trata-se de um mecanismo de<br />
planejamento e gestão que concilia a<br />
sustentabilidade ao desenvolvimento socioeconômico.<br />
Desse modo, o ZSEE propõe a divisão do território<br />
em zonas e, com base nas informações sobre as<br />
respectivas potencialidades e limitações, nos âmbitos<br />
socioeconômico e ambiental, define-se que ações<br />
poderão ser desenvolvidas em cada zona.<br />
Apresentadas as primeiras explicações substanciais<br />
sobre a proposta de ZSEE, o Cipem declara que se<br />
opõe aos itens a seguir, extraídos e resumidos a<br />
partir do documento disponibilizado para consulta<br />
pública:<br />
“3.2.1 Ampliação da Reserva Extrativista Guariba<br />
Roosevelt em 50.612 hectares. Justificativa:<br />
Necessidade de adequação nos limites da unidade<br />
de conservação. Existe em seu interior uma área de<br />
difícil acesso.<br />
3.2.2 Ampliação da EC dos Rios Roosevelt e<br />
Madeirinha em 79.582 hectares. Justificativa:<br />
Necessidade de unificação das áreas para facilitar<br />
sua implementação e fortalecer a conservação da<br />
biodiversidade.<br />
3.2.3 Criação de APA no Rio Manissauá-Miçu,<br />
englobando os municípios de Cláudia, Marcelândia e<br />
outros quatro municípios. Justificativa: Apesar da<br />
presença de manejo florestal sustentável, de<br />
assentamentos rurais e de imóveis rurais que<br />
dificultariam a criação de uma unidade de<br />
conservação de proteção integral e de domínio<br />
público, é extremamente importante que se crie uma<br />
unidade de conservação para o uso sustentável dos<br />
produtos da sociobiodiversidade, como a<br />
castanha-do-brasil.<br />
3.2.4 Ampliação dos limites das ECʼs do Rio<br />
Ronuro, de área total de 26.622 hectares, no<br />
município de Nova Ubiratã, com o objetivo de<br />
preservação da natureza e realização de pesquisas<br />
científicas. Justificativa: Necessidade de adequação<br />
dos limites para facilitar a gestão da unidade de<br />
conservação.<br />
3.2.5 Criação de APA no Rio Xingu, nos municípios<br />
de Paranatinga, Nova Ubiratã e Gaúcha do Norte<br />
para proteção de suas nascentes, considerando uma<br />
área total de 1.413.867 hectares. Justificativa:<br />
Conservar processos naturais e da biodiversidade,<br />
como diversos ambientes: florestais, savanas e de<br />
proteção dos rios formadores da bacia do Rio<br />
Xingu.”<br />
Confira o texto na integra em nosso site:<br />
www.cipem.org.br<br />
CipemdeMT CipemMT cipemmt<br />
Manejosustentavel (65) 3644-3666
NOTAS<br />
TAXA EXTERNA<br />
Depois de reduzir em 10% as tarifas de importação de máquinas,<br />
computadores e celulares, o Ministério da Economia quer<br />
estender o benefício aos demais produtos tarifados em conjunto<br />
com os países do Mercosul. Em nota oficial, o Ministério<br />
da Economia informou que a TEC (Tarifa Externa Comum) está<br />
desatualizada e é alta para os padrões atuais. “Trabalhamos<br />
pela redução transversal das nossas tarifas de importação, que<br />
passam pela modernização da TEC do Mercosul, que data de<br />
1995 e não mais reflete a realidade produtiva atual. Estamos<br />
em negociação com nossos parceiros do Mercosul para uma<br />
redução de 10% em todas as alíquotas. A base dessa negociação<br />
são os princípios da transversalidade, previsibilidade e<br />
gradualismo”, informou a pasta. A nota veio após reação de<br />
parte da indústria brasileira, que considerou que a medida<br />
anunciada prejudica diversos fabricantes nacionais de bens de<br />
capital (máquinas e equipamentos usados na produção) e de<br />
bens de informática e de telecomunicações. Segundo o Ministério<br />
da Economia, o país pode iniciar medidas de abertura<br />
comercial, porque o custo Brasil (custo para manter empresas)<br />
diminuiu com uma série de reformas recentes.<br />
Foto: divulgação<br />
ELEVAÇÃO<br />
DE JUROS<br />
Em meio ao aumento da inflação de alimentos que<br />
começa a se estender por outros setores, o BC (Banco<br />
Central) subiu os juros básicos da economia pela<br />
primeira vez em quase 6 anos. Por unanimidade, o<br />
COPOM (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa<br />
Selic de 2% para 2,75% ao ano. A decisão surpreendeu<br />
os analistas financeiros, que esperavam uma elevação<br />
para 2,5% ao ano. Com a decisão, a SELIC subiu pela<br />
primeira vez desde julho de 2015, quando tinha sido<br />
elevada de 13,75% para 14,25% ao ano. A taxa permaneceu<br />
nesse nível até outubro de 2016, quando o<br />
COPOM voltou a reduzir os juros básicos da economia<br />
até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de<br />
2018. Em julho de 2019, a SELIC voltou a ser reduzida<br />
até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020, influenciada<br />
pela contração econômica gerada pela pandemia<br />
de Covid-19. Esse foi o menor nível da série histórica<br />
iniciada em 1986.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
RUMO AO TOPO<br />
O Estado do Paraná é a segunda unidade da federação que<br />
mais exporta madeira serrada e compensada, atrás somente<br />
de Santa Catarina. É o que indicam dados do MAPA (Ministério<br />
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) coletados<br />
entre janeiro e novembro de 2020 e divulgados nos primeiros<br />
meses de 2021. Segundo o estudo, o Paraná tem mais de um<br />
milhão de hectares de área plantada de pinus e eucalipto,<br />
sendo que os EUA (Estados Unidos da América) são o principal<br />
cliente da madeira paranaense. De janeiro a novembro<br />
do ano passado, a exportação para o país somou US$ 570<br />
milhões. A qualidade, a quantidade e o preço da madeira plantada no estado são um dos principais diferenciais, já que 100%<br />
do produto é aproveitado. Mesmo assim, empresários do ramo acreditam que a produção poderia ser ainda maior. “A expansão<br />
para áreas de plantio a gente vê como uma dificuldade dentro do estado, hoje, pela concorrência com a agricultura, mas<br />
estamos melhorando muito na parte industrial. Acho que uma coisa vem compensando com a outra. Estamos usando melhor<br />
o produto, tendo um aproveitamento melhor da madeira”, afirmou o empresário Álvaro Scheffer Júnior ao programa: Caminhos<br />
do Campo; da afiliada local da Rede Globo.<br />
16 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
NOTAS<br />
IMPOSTOS<br />
DE IMPORTAÇÃO<br />
O Diário Oficial da União publicou em fevereiro as resoluções<br />
que reduzem e zeram as alíquotas do Imposto de<br />
Importação sobre diversos bens de capital e equipamentos<br />
de informática e telecomunicações. A medida foi anunciada<br />
após ser aprovada pelo GECEX (Comitê Executivo de Gestão),<br />
da CAMEX (Câmara de Comércio Exterior do Ministério<br />
da Economia). Os bens de capital são máquinas e equipamentos usados na produção. Em nota, na ocasião da aprovação<br />
na Camex, o Ministério da Economia informou que a medida vai reduzir custos e aumentar a competitividade de diversos<br />
setores da economia e beneficiar os consumidores, que pagarão menos para comprar itens como computadores e celulares.<br />
Por causa da desvalorização do real no último ano, esses produtos tiveram alta considerável de preços no país. As Resoluções<br />
número 171/21 e número 172/21 especificam os bens de capital, de diversos setores, e equipamentos de informática<br />
e telecomunicações que tiveram as alíquotas zeradas. No caso da Resolução número 173/21, são os produtos que tiveram a<br />
alíquota de importação reduzida. De acordo com o Ministério da Economia, os preços deverão ficar de 2% a 5% mais baratos<br />
para o consumidor e a medida provocará perda de arrecadação de R$ 1,4 bilhão este ano.<br />
MICRO E<br />
PEQUENAS EMPRESAS<br />
As micro e pequenas empresas lideraram a geração de empregos<br />
em janeiro no país, criando aproximadamente 195,6<br />
mil vagas, o que corresponde a cerca de 75% do total de<br />
260.353 empregos formais registrado no mês. Os números<br />
constam de relatório elaborado pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro<br />
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), com base<br />
nos dados de janeiro do CAGED (Cadastro Geral de Empregados<br />
e Desempregados). O resultado também é quase o<br />
dobro do número de empregados gerado pelo segmento<br />
no mesmo mês do ano passado. Este é o sétimo mês consecutivo<br />
em que os pequenos negócios lideraram a geração<br />
de postos de trabalho no país. O relatório mostra ainda que<br />
as médias e grandes empresas também registraram saldo<br />
positivo na geração de empregos. Foram 668.257 admissões<br />
contra 626.653 desligamentos, resultando em um saldo positivo<br />
de 41.604 empregos. Esse número equivale a 15,9% do<br />
total de empregos gerados no Brasil.<br />
Foto: divulgação<br />
ATIVIDADE<br />
ECONÔMICA<br />
A Secretaria de Política Econômica do Ministério da<br />
Economia manteve a projeção para o crescimento da<br />
economia este ano e elevou a estimativa para a inflação,<br />
por influência da alta nos preços dos alimentos.<br />
As projeções estão no Boletim MacroFiscal. A estimativa<br />
para o aumento do PIB (Produto Interno Bruto) foi<br />
mantida em 3,2%, em relação ao boletim divulgado<br />
em novembro do ano passado. O PIB é a soma de todos<br />
os bens e serviços produzidos no país. “As incertezas<br />
são elevadas com os desafios de enfrentamento<br />
à pandemia, mas deve-se considerar os indicadores<br />
no primeiro bimestre que apontam continuidade da<br />
recuperação da atividade econômica”, informou a<br />
SPE. “Contudo, o desempenho da economia no mês<br />
de março ainda é incerto, devido a novos fatores que<br />
estão surgindo em decorrência da pandemia, como a<br />
maior rigidez das regras de distanciamento, e afetam a<br />
atividade econômica”, acrescentou.<br />
Foto: divulgação Foto: divulgação<br />
18 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
10 anos de muitas histórias,<br />
10 anos de conquistas e<br />
10 anos de muita paixão<br />
pelo setor madeireiro
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
MERCADO AMERICANO<br />
Em meio às adversidades de um período que restringiu a economia,<br />
a produção e a mobilidade em todos os mercados ao redor<br />
do mundo, a indústria brasileira de móveis e colchões mostrou,<br />
mais do que nunca, sua força e potencial de expansão. Dando<br />
sequência à trajetória positiva do último ano, as exportações moveleiras<br />
em janeiro de 2021 apresentaram crescimento de 36,9%<br />
comparando-se a igual mês de 2020. Os dados atualizados são do<br />
estudo: Monitoramento das Exportações; parte do conjunto de<br />
ações mensais de inteligência comercial e competitiva do Projeto<br />
Brazilian Furniture, realizado pela ABIMÓVEL (Associação Brasileira<br />
das Indústrias do Mobiliário) em parceria com a APEX-Brasil<br />
(Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).<br />
Destaque para a exportação de estofados, que no primeiro mês<br />
do ano cresceu 47,4% na comparação com janeiro de 2020. Nas<br />
demais categorias monitoradas pelo estudo, os números também<br />
são animadores: colchões, 44,2%; móveis de madeira, 36%; e<br />
móveis de metal, 27,2%, demonstrando, assim, oportunidades de<br />
internacionalização em todos os segmentos.<br />
SETOR<br />
INDUSTRIAL<br />
A ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de<br />
Madeira Processada Mecanicamente) passa a<br />
ter mais uma importante representação institucional<br />
para apresentar as demandas do setor<br />
industrial madeireiro. A Associação integra<br />
desde fevereiro o Grupo de Trabalho da OCDE<br />
(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento<br />
Econômico). A entidade atuará ao lado<br />
da Diretoria de Desenvolvimento <strong>Industrial</strong> e<br />
Economia da CNI (Confederação Nacional da<br />
Indústria). O objetivo é contribuir para a pauta<br />
de temas de interesse da indústria brasileira<br />
e elaborar estudos que apoiem a adesão do<br />
Brasil à OCDE. A participação do país na Organização<br />
é considerada pelo setor industrial uma<br />
conquista importante que poderá contribuir<br />
para a modernização regulatória e das estruturas<br />
brasileiras de governança.<br />
Foto: divulgação<br />
CONFIANÇA<br />
NA INDÚSTRIA<br />
O ICEI (Índice de Confiança do Empresário <strong>Industrial</strong>), da CNI<br />
(Confederação Nacional da Indústria), mostra que o empresário<br />
está confiante. No entanto, o indicador recuou 5,1 pontos em março<br />
em relação a fevereiro deste ano, quando caiu de 59,5 pontos<br />
para 54,4 pontos. O índice está acima da linha divisória dos 50<br />
pontos, que separa confiança da falta de confiança. De acordo<br />
com o gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, essa é a<br />
terceira maior queda mensal da série, inferior somente às registradas<br />
em junho de 2018, logo após a paralisação dos caminhoneiros, e em abril de 2020, devido à pandemia do novo coronavírus.<br />
“Quando olhamos o índice, ele mostra confiança do empresário. Esse valor de 54,4 pontos está, inclusive, acima da<br />
média histórica do ICEI. Mas a queda expressiva na passagem de fevereiro para março nos faz um alerta. A confiança existe,<br />
mas já foi maior e está caindo rapidamente. Mostra que os empresários estão percebendo uma piora nas condições atuais<br />
dos seus negócios e nas perspectivas futuras da economia”, explica o economista.<br />
Foto: divulgação<br />
20 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
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NOTAS<br />
PRODUÇÃO<br />
INDUSTRIAL<br />
Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de<br />
Geografia e Estatística) na segunda semana de abril<br />
indicam que na passagem de janeiro para fevereiro<br />
deste ano a produção industrial recuou em 10 de 15 locais<br />
pesquisados pelo órgão. As maiores quedas foram<br />
registradas nos Estados do Ceará (-7,7%), Pará (-7,4%)<br />
e Bahia (-5,8%). Paraná (-2,5%), Santa Catarina (-1,5%),<br />
São Paulo (-1,3%), Rio Grande do Sul (-1,1%), Pernambuco<br />
(-1,1%) e Amazonas (-0,9%) também apresentaram<br />
recuos na produção. Por outro lado, altas foram observadas no Mato Grosso (7,3%), Espírito Santo (4,6%), Goiás (2%), Rio de<br />
Janeiro (1,9%) e Minas Gerais (0,5%). Na comparação com fevereiro do ano passado, também houve quedas em 10 dos 15<br />
locais estudados pelo IBGE, com destaque para Bahia (-20,9%), Pará (-11,4%) e Espírito Santo (-10,1%). Dos cinco locais que<br />
tiveram alta, destacam-se Santa Catarina (8,1%) e Rio Grande do Sul (7,9%).<br />
IMPACTOS<br />
DA COVID-19<br />
O agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil interrompeu<br />
uma sequência de nove altas na atividade industrial<br />
nacional, informou a CNI (Confederação Nacional da Indústria)<br />
no dia 8 de abril. De acordo com a organização, o número de<br />
horas trabalhadas no setor registrou queda de 0,5% em fevereiro<br />
deste ano em comparação com janeiro. Ao mesmo tempo, em<br />
relação a fevereiro de 2020, antes do início da pandemia no país,<br />
foi acumulada alta de 3,5%. Já nos dois primeiros meses de 2021<br />
o indicador teve alta de 4% quanto ao mesmo período do ano<br />
passado. O faturamento da indústria caiu 3,3% em fevereiro, retornando<br />
aos níveis do último mês de novembro. O indicador de<br />
emprego, porém, manteve a sequência de altas, tendo subido<br />
0,4% no segundo mês do ano. Trata-se do sétimo mês consecutivo<br />
de alta do indicador, que ultrapassou o nível pré-pandemia e<br />
está 1,1% acima do registrado em fevereiro de 2020.<br />
Foto: divulgação<br />
AVANÇO<br />
NAS REFORMAS<br />
Em reunião virtual do G20, grupo formado pelos ministros<br />
de finanças e chefes dos bancos centrais das 19<br />
maiores economias do mundo mais a União Europeia,<br />
realizada em 7 de abril, o ministro da Economia do<br />
Brasil, Paulo Guedes, afirmou que o país avança nas<br />
reformas econômicas que têm como objetivo gerar<br />
uma recuperação sustentada. No encontro, Guedes<br />
citou medidas aprovadas recentemente pelos parlamentares<br />
brasileiros, como a autonomia do Banco<br />
Central e a liberalização dos setores de saneamento e<br />
gás natural, além do leilão de 22 aeroportos, que arrecadou<br />
R$ 3,3 bilhões. O ministro também comentou<br />
sobre a intenção de privatizar os Correios e a Eletrobras.<br />
Ainda, Guedes voltou a defender a vacinação em<br />
massa contra a Covid-19 e disse que a recuperação<br />
nacional e global depende da imunização e do avanço<br />
de reformas.<br />
Foto: divulgação Foto: Marcos Corrêa<br />
22 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
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NOTAS<br />
BOAS EXPECTATIVAS<br />
O avanço do projeto da Nova Ferroeste, ligação que vai unir<br />
os estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul por trilhos, está<br />
gerando boas expectativas no setor produtivo paranaense. O<br />
estudo preliminar de demanda e traçado elaborado pelo Governo<br />
do Paraná já foi concluído. “Finalmente um governo fez<br />
o caminho certo: contratar um estudo de viabilidade para detalhar<br />
a ferrovia. É um projeto importantíssimo, cercado de muita<br />
expectativa, e que há anos era aguardado por quem produz no<br />
Paraná”, afirmou João Arthur Mohr, gerente de Assuntos Estratégicos<br />
da FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná).<br />
Segundo Mohr, para grandes deslocamentos, a ferrovia é mais<br />
econômica e também mais amigável do ponto de vista ambiental,<br />
vez que gera uma emissão de carbono menor na atmosfera.<br />
O PIB (Produto Interno Bruto) industrial do Paraná em 2018, último<br />
dado disponível, foi de R$ 93,7 bilhões, 7,1% do PIB industrial<br />
nacional. Trata-se do quarto maior do País, atrás apenas de<br />
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.<br />
Foto: divulgação<br />
DÓLAR NAS<br />
ALTURAS<br />
Depois dos movimentos do dólar em março, mês<br />
marcado por um quadro mais favorável da economia<br />
norte-americana, o BTG Pactual elevou suas<br />
projeções da moeda para o fim de 2021 e 2022.<br />
Segundo o banco, num cenário de maior gasto público<br />
e alta forte do risco-país, a cotação do dólar<br />
poderia encerrar o ano em R$ 6,40. “O principal risco<br />
negativo para o nosso cenário de câmbio é uma<br />
sinalização de deterioração adicional das contas<br />
públicas do país”, pontuou, em nota, o banco. De<br />
acordo com os especialistas, dentre os fatores locais<br />
que levaram à revisão dos números estão o agravamento<br />
da crise sanitária, maiores riscos fiscais e uma<br />
maior percepção de intervencionismo na economia,<br />
desencadeada pela troca de comando da Petrobras.<br />
“Enquanto a pandemia do novo coronavírus não<br />
for controlada e a incerteza permanecer elevada, é<br />
possível que a taxa de câmbio alcance patamares<br />
ainda mais depreciados antes de iniciar trajetória de<br />
apreciação sugerida pelos fundamentos”, completou<br />
a instituição.<br />
Foto: divulgação<br />
IMPULSIONANDO<br />
O COMÉRCIO EXTERIOR<br />
Durante o lançamento da Agenda Internacional da Indústria<br />
2021, representantes da indústria, do governo federal e do<br />
Congresso Nacional defenderam a implementação de ações<br />
que contribuam para a recuperação do comércio exterior.<br />
Entre elas está a abertura comercial por meio de acordos<br />
equilibrados e do aprofundamento da agenda econômica do<br />
Mercosul. O documento, lançado pela Confederação Nacional<br />
da Indústria, reúne 111 ações distribuídas em quatro eixos de<br />
atuação: política comercial; serviços de apoio à internacionalização; ações em mercados estratégicos, e cooperação internacional.<br />
O superintendente de Desenvolvimento <strong>Industrial</strong> da CNI, João Emilio Gonçalves, afirmou que o cenário é de queda<br />
no comércio exterior, o que demanda uma série de ações coordenadas para aumentar a competitividade da indústria. “A<br />
agenda apresenta várias frentes de trabalho, desde acordos comerciais, passando pela competitividade do comércio até<br />
o cumprimento de regras justas nessa área”, disse o superintendente. “Enfatizo que a CNI é historicamente defensora da<br />
abertura comercial por meio de acordos importantes para o desenvolvimento do nosso país”, ressaltou.<br />
Foto: divulgação<br />
24 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
NOTAS<br />
CRESCIMENTO<br />
EXPONENCIAL<br />
A madeira é uma das principais responsáveis pelo crescimento<br />
exponencial que vem sendo registrado pela indústria paranaense.<br />
De acordo com dados divulgados em março pelo IBGE (Instituto<br />
Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção industrial<br />
paranaense cresceu pelo nono mês consecutivo e fechou janeiro<br />
de 2021 com um acréscimo de 1,5% em relação a dezembro<br />
de 2020. Quando comparado com janeiro de 2020, o resultado<br />
obtido no primeiro mês deste ano é ainda mais impactante, com<br />
evolução de 11,5%, a maior da região sul e a segunda maior do<br />
país no período. Os setores da indústria que mais se sobressaíram<br />
no estado foram a fabricação de máquinas, aparelhos e<br />
materiais elétricos, máquinas e equipamentos em geral, veículos<br />
automotores, reboques e carrocerias e produtos de madeira.<br />
“O resultado demonstra que o Paraná é muito forte. A indústria<br />
conseguiu crescer mesmo em meio à maior crise de saúde pública<br />
dos últimos 100 anos. Mais de 11% em relação a janeiro de<br />
2020. Ou seja, em relação a um período em que o coronavírus<br />
ainda não havia sido identificado em nosso Estado, o que torna<br />
o resultado ainda mais relevante”, destacou o governador Carlos<br />
Massa Ratinho Junior. Para o chefe do executivo estadual, os<br />
saldos positivos obtidos pelo setor industrial de forma consecutiva<br />
demonstram que o Paraná conseguiu equilibrar economia e<br />
saúde durante a pandemia.<br />
Foto: divulgação<br />
COMBATE À PRAGA<br />
A EMBRAPA Florestas disponibilizou, recentemente, a<br />
versão atualizada de seu material - Vespa-da-madeira:<br />
monitoramento, detecção e controle -, com novas<br />
informações sobre o manejo integrado da praga,<br />
considerada um dos maiores problemas dos plantios<br />
de pinus no Brasil. O uso de agentes de controle<br />
biológico, associado ao manejo florestal adequado,<br />
tem permitido a redução dos danos provocados pela<br />
vespa-da-madeira (Sirex noctilio). Utilizando-se corretamente<br />
as medidas de prevenção e controle existentes,<br />
é possível reduzir as perdas em pelo menos 70% e<br />
manter a praga sob controle. O material é, então, um<br />
apoio aos produtores de pinus no país para todas as<br />
atividades relacionadas ao manejo integrado do bicho.<br />
A EMBRAPA Florestas também está divulgando pequenos<br />
vídeos com lembretes sobre as práticas mais<br />
importantes de controle à vespa-da-madeira. A ideia é<br />
reforçar mensagens e lembretes sobre práticas importantes<br />
a cada época do ano. O programa de manejo<br />
integrado do inseto preconiza o uso de tecnologias<br />
ambientalmente corretas, visto que recomenda o uso<br />
de técnicas silviculturais para a prevenção e o controle<br />
biológico que não provocam qualquer contaminação<br />
ambiental. Os vídeos de ações de combate à praga<br />
podem ser acessados no site oficial da EMBRAPA:<br />
www.embrapa.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
BOAS PRÁTICAS<br />
Cerca de 95% dos trabalhadores da indústria paranaense têm orgulho<br />
de dizer que trabalham nas respectivas empresas. No último<br />
ano, 100% das lideranças das indústrias se envolveram nas ações<br />
de promoção à saúde. Esses foram apenas dois dos índices obtidos<br />
por meio dos questionários aplicados às empresas inscritas no<br />
Troféu Sesi 2020, que avalia as melhores práticas em segurança,<br />
saúde e bem-estar, realizado em parceria com o GPTW (Great Place<br />
to Work). Divididas em três categorias, oito indústrias do Estado<br />
receberam o Troféu Sesi e mais de 40 empresas receberam a Certificação<br />
do Troféu Sesi, reconhecendo suas boas práticas ao longo<br />
de 2020. Em sua segunda edição, o Troféu reforçou o compromisso do Sesi no Paraná de incentivar e promover a gestão preventiva<br />
da segurança e saúde nas indústrias, evitando ônus futuros para as empresas e para os próprios colaboradores.<br />
Foto: divulgação<br />
26 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
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NOTAS<br />
NOVAS<br />
POSSIBILIDADES<br />
Recentemente, a Coalizão Brasil Clima,<br />
Florestas e Agricultura e o governo<br />
do Estado do Espírito Santo firmaram<br />
uma parceria a favor da silvicultura<br />
de espécies nativas. O objetivo é<br />
cultivar espécies nativas, enriquecer a<br />
biodiversidade, proporcionar segurança<br />
hídrica e expandir a fonte de renda<br />
do produtor. Além de gerar uma nova<br />
fonte de renda, o reconhecimento do<br />
plantio de árvores nativas como atividade<br />
econômica aproxima o Brasil da<br />
meta do Acordo do Clima de Paris de<br />
recuperar 12 milhões de ha (hectares)<br />
de terras degradadas. Líder da Coalizão,<br />
Miguel Calmon, afirmou à Revista<br />
Globo Rural que deseja que o Brasil<br />
supere a fama de produtor de madeira<br />
ilegal da Amazônia e passe a ser conhecido como produtor de madeira legal em áreas degradadas. Ele explicou que o foco<br />
do projeto são produtores de pequeno porte e da agricultura familiar. “Você precisa registrar o seu plantio, ter um cadastro,<br />
para quando cortar a árvore para vender, tenha segurança e possa provar que aquela madeira veio de uma procedência legal.<br />
Esse é o nosso objetivo principal”, pontuou. Para tanto, é preciso esclarecer a legislação sobre esse tipo de cultivo ao pequeno<br />
produtor, para que ele esteja seguro em relação à legalidade da atividade.<br />
Foto: divulgação<br />
DESENVOLVIMENTO<br />
SUSTENTÁVEL<br />
Foto: divulgação<br />
Para o presidente Jair Bolsonaro, ainda que o setor público seja<br />
decisivo no processo de desenvolvimento sustentável da Amazônia,<br />
os investimentos da iniciativa privada são fundamentais<br />
para a realização prática dos projetos. Foi o que o mandatário<br />
brasileiro afirmou no lançamento da Iniciativa Amazônia, em<br />
meados de março, durante a 61ª Reunião Anual do Conselho de<br />
Governadores do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).<br />
A afirmação foi reforçada pelo ministro da Economia, Paulo<br />
Guedes, que disse: “o aproveitamento sustentável dos recursos<br />
florestais, seja para produção de madeira, seja para o turismo,<br />
gera renda e emprego para as comunidades locais e traz novos<br />
aliados para o combate ao desmatamento ilegal.” Guedes citou<br />
o processo de regularização fundiária e destinação de terras da<br />
União, a aprovação do novo marco do saneamento básico e a<br />
política nacional para pagamento por serviços ambientais, que permite a remuneração de iniciativas individuais e coletivas<br />
que favorecem a manutenção e recuperação, além da melhoria dos serviços ecossistêmicos, estimula a conservação dos ecossistemas,<br />
dos recursos hídricos, do solo, da biodiversidade, do patrimônio genético e do conhecimento tradicional associado<br />
a essas atividades.<br />
28 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
NOTAS<br />
MATÉRIA-PRIMA<br />
EM FALTA<br />
Pesquisa divulgada na segunda semana de abril pela<br />
CNI (Confederação Nacional da Indústria), realizada<br />
com 1,8 mil empresas, apontou que a escassez de insumos<br />
e matérias-primas nacionais para a produção<br />
atingiu 73% das companhias nacionais da indústria<br />
geral (extrativa e de transformação) e 72% da indústria<br />
da construção no mês de fevereiro. Com a<br />
escassez de insumos, muitas companhias declararam<br />
dificuldade para atender clientes. Entre os setores<br />
com maior dificuldade para atender às demandas<br />
da clientela estão metalurgia, veículos automotores,<br />
máquinas e equipamentos, móveis, têxteis, celulose<br />
e papel, madeira, máquinas e materiais elétricos,<br />
produtos de metal e material plástico. As dificuldades<br />
atuais, informou a CNI, ainda são resultado<br />
das incertezas que a economia brasileira atravessou<br />
durante a primeira onda da pandemia de Covid-19<br />
em 2020. Na ocasião, muitas empresas cancelaram<br />
a compra de insumos. “A rápida retomada da economia<br />
no segundo semestre de 2020 não pode ser<br />
acompanhada no mesmo ritmo por todas as empresas,<br />
o que gerou dificuldades nos diversos elos<br />
da cadeia”, explicou a entidade. Fora a escassez de<br />
insumos nacionais, as empresas também enfrentam<br />
dificuldades para conseguir matérias-primas importadas,<br />
independentemente do preço dos produtos.<br />
Foto: divulgação<br />
GESTÃO FLORESTAL<br />
As empresas do setor de base florestal têm recebido<br />
visitas técnicas dos representantes do SINDUSMAD (Sindicato<br />
das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de<br />
Mato Grosso) para atualização das mudanças de legislação<br />
que regula a atividade. Ainda, a organização também<br />
tem coletado as reivindicações do segmento para aprimorar<br />
os procedimentos e inovar a gestão florestal. No<br />
primeiro trimestre de 2021, foram realizadas mais de 180<br />
visitas em empresas em 12 municípios onde o sindicato<br />
tem representatividade. O SINDUSMAD busca esclarecer<br />
dúvidas quanto à modernização do licenciamento ambiental<br />
e reforçar o protocolo de biossegurança para evitar<br />
a propagação da Covid-19. O resultado da ação, até o<br />
momento, foi a filiação de 22 novas empresas ao sindicato.<br />
Diretor executivo do SINDUSMAD, Felliphe Marinho,<br />
ressalta a importância desse trabalho para conhecer as<br />
necessidades de cada indústria e direcionar os trabalhos<br />
de acordo com cada particularidade. “Mesmo trabalhando<br />
de forma remota, sempre tivemos a preocupação de<br />
manter os empresários atualizados quanto às legislações<br />
e os decretos municipais, estaduais e federais, a fim de<br />
passar um posicionamento do que deve ser feito. Isso<br />
traz uma segurança maior aos nossos associados. Mas<br />
quando vamos até o escritório da empresa, verificando a<br />
forma de trabalhar e conhecendo a indústria, é diferente.<br />
É essa aproximação e valorização que o SINDUSMAD<br />
quer proporcionar ao seu associado”, disse Marinho.<br />
Foto: divulgação<br />
30 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
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TECNOLOGIA<br />
E MADEIRA<br />
Foto: divulgação<br />
Pensa que a madeira não pode se<br />
juntar à tecnologia de smartphones e<br />
tablets? Quem responde a pergunta<br />
é a Flinders, empresa norte-americana<br />
que traz ao mercado peças que<br />
protegem os gadgets e aumentam<br />
sua vida útil. “A madeira é um material<br />
sustentável, que não agride a natureza<br />
e, ainda por cima, protege de<br />
forma única aparelhos eletrônicos.<br />
Foi por isso que escolhemos lançar<br />
nossa coleção By Nature”, defende<br />
a empresa em seu site oficial. O suporte<br />
para iPad custa R$ 120 e está<br />
disponível no portal da empresa na<br />
internet (www.flinders.com.ua).<br />
ESTILO<br />
RÚSTICO<br />
O estilo rústico é uma tendência nos<br />
salões de decoração e design de todo<br />
o mundo. A mesa de centro Slit, confeccionada<br />
pela arquiteta e designer Vivian<br />
Coser, é mais uma peça pensada para<br />
ambientes com esse estilo. A mesa, retangular,<br />
é confeccionada em madeira<br />
mesclada e funciona muito bem na decoração,<br />
aliada com a figuração de livros<br />
coloridos e demais artigos decorativos.<br />
Lançando mão do conceito minimalista,<br />
Coser buscou inspiração nas dobraduras<br />
do origami para desenhar linhas retas<br />
e ousadas, a fim de dar vida a um novo<br />
material, permitindo uma sobreposição<br />
de níveis do tampo, conferindo à peça<br />
movimento e elegância.<br />
Foto: divulgação<br />
32 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
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“AS EMPRESAS QUE SE DERAM BEM FORAM ALÉM DA QUEDA DOS<br />
PREÇOS, BUSCANDO CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS. AQUELAS QUE<br />
USARAM A REDUÇÃO DE PREÇOS AFUNDARAM NA CRISE, VEZ QUE<br />
PIORARAM SUA MATÉRIA-PRIMA E O SEU ATENDIMENTO. OS PLAYERS<br />
QUE BUSCAM A QUEDA DOS PREÇOS EM CRISES TENDEM A PERDER<br />
ESPAÇO NA INDÚSTRIA, POIS PERDEM CREDIBILIDADE, JÁ QUE TENDEM<br />
A ENTREGAR PRODUTOS DE PIOR QUALIDADE. QUEM BUSCOU FOCAR<br />
NOS MERCADOS DE NICHO, HOJE EM EXPANSÃO NO SETOR DE MÓVEIS<br />
BRASILEIRO, VENCEU A DISPUTA”<br />
“A<br />
FABRICAÇÃO<br />
DE MÓVEIS É<br />
UMA VOCAÇÃO<br />
DO PARANÁ<br />
E É MUITO<br />
IMPORTANTE QUE O<br />
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APURADO. MAS ARAPONGAS,<br />
INDIVIDUALMENTE, É O<br />
MUNICÍPIO QUE MAIS FABRICA<br />
MÓVEIS NO PAÍS. ISSO FAZ COM<br />
QUE A CIDADE SEJA A CAPITAL<br />
MOVELEIRA DO BRASIL”<br />
MARCELO VILLIN PRADO, DIRETOR DO IEMI (INTELIGÊNCIA<br />
DE MERCADO), SOBRE COMO A INDÚSTRIA TEM SE<br />
READEQUADO DURANTE A PANDEMIA<br />
“A COISA MAIS IMPORTANTE PARA FAZER<br />
AGORA É A VACINAÇÃO EM MASSA. ISSO TRAZ DOIS<br />
EFEITOS IMPORTANTES. DERRUBAMOS O DESEMPREGO<br />
E A TAXA DE MORTALIDADE RÁPIDO. ASSIM, TODOS<br />
NÓS VOLTAMOS AO TRABALHO. SE A RESULTANTE FOR<br />
NEGATIVA, OU VOU SER DEMITIDO, OU ME DEMITIR”<br />
PAULO GUEDES, MINISTRO DA ECONOMIA<br />
IRINEU MUNHOZ,<br />
PRESIDENTE DO<br />
SIMA (SINDICATO<br />
DAS INDÚSTRIAS<br />
DE MÓVEIS DE<br />
ARAPONGAS)<br />
“O SIMOVALE TEM FEITO O<br />
POSSÍVEL E O IMPOSSÍVEL PARA<br />
REVERTER OS PROBLEMAS GERADOS<br />
PELA PANDEMIA. TODOS ESTÃO<br />
SOFRENDO OS IMPACTOS E ESTAMOS<br />
BUSCANDO RECURSOS COM O<br />
PODER PÚBLICO PARA SOCORRER AS<br />
NECESSIDADES DE TODOS”<br />
Foto: divulgação<br />
ILSON RAFAELI, PRESIDENTE DO<br />
SIMOVALE (SINDICATO PATRONAL DA<br />
INDÚSTRIA MADEIREIRA E MOVELEIRA)<br />
34 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
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ENTREVISTA<br />
ANO<br />
DA RETOMADA<br />
YEAR OF<br />
RESUMPTION<br />
M<br />
esmo com a retração da economia brasileira<br />
em 2020, a coordenadora do Boletim<br />
Macro do IBRE (Instituto Brasileiro de Economia),<br />
da FGV (Fundação Getúlio Vargas),<br />
Silvia Matos, acredita que com o avanço da<br />
vacinação, a recuperação da atividade econômica deve se<br />
acelerar e o PIB (Produto Interno Bruto) pode fechar 2021<br />
com um crescimento de 3,5%. Em entrevista, a especialista<br />
traz seu ponto de vista sobre o atual cenário e prevê um importante<br />
segundo semestre para o Brasil. Confira:<br />
ENTREVISTA<br />
E<br />
ven with the downturn in the Brazilian economy in<br />
2020, Silvia Matos, Coordinator of the Brazilian Institute<br />
of Economic’s Boletim Macro (Ibre), Getúlio<br />
Vargas Foundation (FGV), believes that with the<br />
advance of vaccination, the recovery of economic<br />
activity should accelerate and GDP can end 2021 with a growth<br />
of 3.5%. The specialist gives us her perspective on the current<br />
scenario and predicts an excellent second semester for Brazil in<br />
the interview. Check out below:<br />
SILVIA MATOS<br />
FORMAÇÃO PROFISSIONAL: DOUTORA E MESTRE<br />
EM ECONOMIA PELA EPGE-FGV (ESCOLA DE PÓS-<br />
GRADUAÇÃO EM ECONOMIA)<br />
CARGO: COORDENADORA DO BOLETIM MACRO DO<br />
IBRE (INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA) DA FGV<br />
(FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS)<br />
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PROFESSIONAL EDUCATION: M.SC. AND PH.D., GRADUATE SCHOOL<br />
OF ECONOMICS, GETÚLIO VARGAS FOUNDATION (FGV)<br />
FUNCTION: COORDINATOR OF THE BRAZILIAN INSTITUTE OF<br />
ECONOMICS’ BOLETIM MACRO (IBRE), GETÚLIO VARGAS FOUNDATION<br />
(FGV)<br />
36 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
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ENTREVISTA<br />
QUAIS FORAM OS PRINCIPAIS IMPACTOS DA<br />
PANDEMIA NO SETOR PRODUTIVO EM 2020?<br />
Foi um ano atípico para qualquer país e, sem dúvidas,<br />
ainda mais desafiador para o Brasil. Aqui, a pandemia<br />
ocorreu em um momento ainda de muitas fragilidades.<br />
Essa é uma questão importante. O Brasil tinha<br />
passado por uma recessão muito dura, que teve início<br />
em 2014 e durou até 2016, mas foi uma saída atípica,<br />
de baixo crescimento. Algo muito estranho ocorreu na<br />
economia brasileira. É natural ter um crescimento rápido<br />
ao sair da recessão, mas o que tivemos foram anos<br />
de baixo crescimento e produtividade, com o mercado<br />
de trabalho ruim e de informalidade, além de desafios<br />
fiscais. Então veio a pandemia, que exige muito do<br />
setor público. Diferentemente de uma crise financeira,<br />
na qual você faz políticas monetárias e consegue se<br />
recuperar, é necessária a transferência de renda. Nesse<br />
aspecto, o Brasil teve um choque atenuado por investir<br />
fortemente em políticas fiscais, similar aos países ricos,<br />
tanto que o resultado do PIB no segundo trimestre<br />
foi uma queda menor do que a registrada em outras<br />
nações. Tivemos uma queda menor por gastar mais.<br />
Naturalmente, depois de o Brasil fazer políticas fiscais<br />
fortes, veio a recuperação.<br />
E NA INDÚSTRIA, DE FORMA GERAL?<br />
Com protocolos rígidos, foi possível conviver com<br />
a pandemia. A indústria sofreu no início pelo lockdown<br />
severo, e as cadeias de produção pararam, mas com a<br />
normalização das cadeias, a indústria pode funcionar<br />
com a pandemia. É difícil de entender, mas é interessante<br />
do ponto de vista da organização produtiva. Outro<br />
fato é que as pessoas receberam renda e não puderam<br />
consumir serviços, então a poupança aumentou<br />
e a renda foi para o consumo de bens. Alguns setores<br />
da indústria foram muito favorecidos, como os de bens<br />
não duráveis e de bens farmacêuticos, relacionados à<br />
saúde. A indústria de bens também demanda um intermediário<br />
produzido pela própria indústria, então criou-<br />
-se esse ciclo virtuoso. Isso é um padrão dos países e<br />
isso é muito bom. Nem todos os setores se beneficiam<br />
tão rapidamente.<br />
QUAIS SÃO AS PERSPECTIVAS PARA 2021?<br />
É um desafio grande. Poderíamos imaginar uma<br />
recuperação muito rápida com a vacinação. Muitos<br />
países já estão em ritmo rápido de vacinação. Começamos<br />
2021 com uma onda mais forte de novos casos<br />
da doença. Caso tivéssemos a vacinação acontecendo<br />
muito rápido, poderíamos ter perspectivas melhores.<br />
Os EUA (Estados Unidos da América) vão crescer muito<br />
esse ano, porque têm espaço para crescer com políticas<br />
expansionistas e fiscais. O Brasil não, porque gastamos<br />
muito no ano passado e não temos orçamento.<br />
WHAT WERE THE SIGNIFICANT IMPACTS OF<br />
THE PANDEMIC ON THE PRODUCTIVE SECTOR IN<br />
2020?<br />
It was an atypical year for any country and undoubtedly<br />
even more challenging for Brazil. Here, the pandemic<br />
still occurred at a time of several weak economic<br />
activities. That’s an important issue. Brazil had gone<br />
through a brutal recession, which began in 2014 and<br />
lasted until 2016, but recovery was atypical, with low<br />
growth. Something extraordinary had occurred in the<br />
Brazilian economy. It is natural to have rapid growth coming<br />
out of recession, but we had years of low growth<br />
and productivity with a bad labor market, much informality,<br />
and fiscal challenges. Then came the pandemic,<br />
which required a lot from the Public Sector. Unlike a<br />
financial crisis, in which you create monetary policies<br />
and recover, income transfer is necessary. In this respect,<br />
Brazil had a shock mitigated by investing heavily<br />
in fiscal policies, similar to rich countries, so much so<br />
that the resulting GDP in the second quarter of 2020<br />
fell less than that recorded in other countries. We had a<br />
lower fall due to spending more. Naturally, after Brazil<br />
created solid fiscal policies, recovery came.<br />
AND IN INDUSTRY IN GENERAL?<br />
With strict protocols, it was possible to live with the<br />
pandemic. Industry suffered at first from the severe lockdowns,<br />
and production chains were broken, but with<br />
the normalization of the chains, industry began to work<br />
with the pandemic. It’s hard to understand, but it’s interesting<br />
from the point of view of the productive organization.<br />
Another fact is that people received income but<br />
could not consume services, so savings increased while<br />
the added income went to the consumption of goods.<br />
Some <strong>Industrial</strong> Sectors have been highly favored, such<br />
as non-durable goods and health-related pharmaceuticals.<br />
The goods industry also demands intermediary<br />
inputs produced by industry itself, so this virtuous cycle<br />
was created. That’s a country standard, and that’s very<br />
good. But not all sectors benefited so quickly.<br />
ACHO QUE É POSSÍVEL<br />
CRESCER EM TORNO DE<br />
3,5% EM 2021, MAS É UM ANO<br />
MUITO DESBALANCEADO: UM<br />
PRIMEIRO SEMESTRE MUITO RUIM E<br />
O SEGUNDO MUITO BOM<br />
38 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
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ENTREVISTA<br />
Temos que criar esse espaço para poder estender<br />
benefícios.<br />
E A QUESTÃO FISCAL?<br />
De um lado, a economia pede mais benefícios -<br />
porque é uma demanda legítima, uma vez que ainda<br />
temos fragilidades -; do outro, o fiscal, ainda não há<br />
equilíbrio. Não só não nos preparamos para uma vacinação<br />
em massa como também não discutimos sobre<br />
o orçamento para eventual extensão dos benefícios.<br />
Criam-se duas incertezas: como vamos vacinar e como<br />
vamos discutir mais auxílio e sustentabilidade fiscal? A<br />
palavra é incerteza, e incerteza é algo péssimo para a<br />
recuperação econômica.<br />
O QUE PODEMOS ESPERAR PARA O PIB?<br />
Acreditamos que o PIB do primeiro trimestre vai<br />
contrair pouco, em torno de 0,5%. À medida que<br />
avançarmos e conseguirmos superar a questão da<br />
vacinação, vamos recuperar bastante no segundo semestre.<br />
Acho que é possível crescer em torno de 3,5%<br />
em 2021, mas é um ano muito desbalanceado: um<br />
primeiro semestre muito ruim e o segundo muito bom.<br />
Depois da vacina, vamos ver a retomada, com pessoas<br />
consumindo serviços e emprego e renda voltando.<br />
QUE OUTRAS MEDIDAS PODERIAM SER APRO-<br />
VADAS PARA MELHORAR O AMBIENTE DE NEGÓ-<br />
CIOS?<br />
Uma discussão que permeia a pandemia é o controle<br />
dos gastos obrigatórios. A PEC do teto é muito<br />
importante, mas sozinha é uma muleta, um atalho para<br />
conseguir sustentabilidade. Não se sustenta a longo<br />
prazo porque é preciso reduzir os gastos obrigatórios.<br />
Nós conseguimos reduzir os gastos da Previdência,<br />
mas essa é a primeira etapa. Quais são os outros gastos<br />
obrigatórios? Primeiro: funcionalismo público. Nós<br />
temos espaço para redução de gastos com funcionários<br />
públicos e com políticas que entram nos gastos<br />
chamados de tributários.<br />
DIFERENTEMENTE DE UMA<br />
CRISE FINANCEIRA, NA QUAL<br />
VOCÊ FAZ POLÍTICAS MONETÁRIAS E<br />
CONSEGUE SE RECUPERAR, [EM UMA<br />
PANDEMIA] É NECESSÁRIA A<br />
TRANSFERÊNCIA DE RENDA<br />
WHAT ARE THE PROSPECTS FOR 2021?<br />
There will be immense challenges. We can imagine<br />
a very rapid recovery with vaccinations, and many<br />
countries have already in a rapid rate of immunization.<br />
We started 2021 with a more substantial wave of new<br />
cases of the virus. If we had a faster vaccination rate,<br />
we might have better prospects. The United States will<br />
grow a lot this year because it has room to grow with<br />
expansionary and fiscal policies. Brazil can’t because<br />
we spent a lot last year and we don’t have the funds.<br />
We have to create space in the budget to be able to<br />
extend benefits.<br />
THEN IT IS A FISCAL QUESTION?<br />
On the one hand, the economy demands more benefits<br />
— because it is a legitimate demand, but we still<br />
have weaknesses; on the other, on the fiscal side, there<br />
is still no balance between tax receipts and expenditures.<br />
Not only are we not prepared for mass vaccination,<br />
but we also have not discussed the way for the possible<br />
extension of benefits. Two uncertainties are created:<br />
how are we going to vaccinate, and how are we going<br />
to provide more aid and fiscal sustainability? The word<br />
is “uncertainty,” and uncertainty is a bad thing for economic<br />
recovery.<br />
WHAT CAN WE EXPECT FOR GDP?<br />
We believe that first-quarter GDP will contract little,<br />
around 0.5%. As we move forward and get over the<br />
issue of vaccination, we will recover a lot in the second<br />
half of the year. I think it is possible to grow around<br />
3.5% in 2021, but it will be a very unbalanced year: a<br />
terrible first half and an excellent second half. After the<br />
vaccine, we will see a resumption, with people consuming<br />
services and jobs and income coming back.<br />
WHAT OTHER MEASURES COULD BE USED TO<br />
IMPROVE THE BUSINESS ENVIRONMENT?<br />
One discussion that permeates the pandemic is<br />
the control of mandatory spending. The Proposed<br />
Amendment to the Constitution (PEC) calling for a Government<br />
expenditure ceiling is significant, but alone<br />
is just a crutch, a shortcut to achieve sustainability. It<br />
is not sustainable in the long term because it will be<br />
necessary to reduce compulsory spending. We have<br />
managed to reduce social security spending, but this<br />
is just the first step. What about the other mandatory<br />
expenses? First: public service. We have room to reduce<br />
spending on public officials and politicians, which is<br />
classified as the so-called “rates.”<br />
40 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
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A PANDEMIA TROUXE UM NOVO COMPORTAMENTO DOS CONSUMIDORES NA BUSCA POR MELHORIAS DAS<br />
RESIDÊNCIAS E POR NOVOS PROJETOS DE EXPANSÃO<br />
Paulo Pupo<br />
Superintendente da Associação<br />
Brasileira da Indústria de Madeira<br />
Processada Mecanicamente<br />
Contato: abimci@abimci.com.br<br />
U<br />
ma indústria que abastece segmentos como<br />
construção civil, embalagens, moveleiro,<br />
energia, infraestrutura, entre outros. Os produtos<br />
processados mecanicamente, entre<br />
eles a madeira serrada, compensados, lâminas,<br />
painéis, molduras, pisos, portas, pellets e biomassa,<br />
fazem parte do cotidiano do mercado interno de forma<br />
expressiva. E para um universo muito grande de empresas,<br />
o consumo do mercado interno é a base de seus negócios<br />
em praticamente todos os estados do país.<br />
Ainda que as exportações representem grande parte<br />
do destino de alguns produtos madeireiros do Brasil, a<br />
diversidade de usos para os produtos, o tamanho e a<br />
capilaridade do mercado nacional são características relevantes.<br />
A grande base produtiva do setor madeireiro nacional<br />
é composta por pequenas e médias empresas, que<br />
se adaptam aos diversos nichos existentes no mercado,<br />
tanto de produtos como em suas áreas de atuação e regionalização<br />
ao redor do país. As condições de demanda<br />
que o mercado interno oferece, indiferentemente da<br />
origem, região e qualidade da madeira, são amplas e<br />
transversais, reforçando o jargão de que há oportunidades<br />
para todos.<br />
Atualmente, estamos presenciando uma recuperação<br />
da confiança do setor em relação às demandas existentes,<br />
que por muito tempo estiveram reprimidas, o que levou<br />
o segmento a enfrentar dificuldades quanto à sustentabilidade<br />
e quanto às tímidas taxas de crescimento nos<br />
últimos anos. O momento é oportuno para o segmento<br />
recuperar perdas e se preparar para um futuro promissor.<br />
Com tanto potencial, as oportunidades em território<br />
nacional tendem a crescer. A retomada da construção civil<br />
brasileira – um dos carros-chefes da economia e grande<br />
Foto: divulgação<br />
consumidora dos produtos madeireiros – já vem sendo<br />
notada em diversas regiões do país e é uma aposta das<br />
empresas. O nível de estoque de produtos de madeira,<br />
tanto nas revendas como na indústria, precisa ser reposto<br />
e realinhado, assim como o segmento de embalagens<br />
industriais de madeira tem mostrado recuperação. Vale<br />
destacar, ainda, que as taxas de inadimplência do setor<br />
estão diminuindo.<br />
A pandemia trouxe um novo comportamento dos<br />
consumidores na busca por melhorias das residências e<br />
por novos projetos de expansão, bem como em relação<br />
a novas construções. O trabalho remoto virou realidade<br />
para vários segmentos e está gerando novas demandas<br />
por otimização de espaços e melhor conforto – e, consequentemente,<br />
em demanda por produtos. Em resumo,<br />
vemos um círculo econômico e de consumo positivo e de<br />
recuperação no mercado interno.<br />
Além disso, o crescimento do uso de produtos de<br />
madeira em sistemas construtivos como o wood frame e<br />
o avanço no desenvolvimento da norma técnica brasileira<br />
para esse modelo são mudanças reais de cenário que<br />
devem impulsionar esse nicho. Com a possibilidade de<br />
aumentar o consumo de produtos para esse fim, muitas<br />
indústrias têm investido no desenvolvimento de novas soluções<br />
e buscado conhecimento sobre a possibilidade de<br />
industrialização de outros produtos que atendam a esse<br />
promissor mercado.<br />
Obviamente, ainda temos muitos desafios. Os custos<br />
logísticos são um fator determinante para o segmento<br />
madeireiro e sempre são avaliados com especial atenção<br />
e critério, por quem produz e pelo comprador. Em muitas<br />
situações, o frete é um fator inibidor para o fechamento<br />
de negócios em um país com a extensão territorial do<br />
Brasil. Preços de combustíveis e de pedágios também<br />
impactam diretamente nos negócios. O atual e complexo<br />
regramento do ICMS (Imposto Sobre Circulação de<br />
Mercadorias e Serviços), com muitos estados praticando<br />
regras distintas, é outro enorme desafio tributário e de<br />
custos para as indústrias produtoras. Outros fatores como<br />
a melhoria em infraestrutura, acesso a crédito e renovação<br />
tecnológica do setor também são urgentes e necessários<br />
para alavancar o desempenho da indústria.<br />
Há muito para melhorar no ambiente de negócios!<br />
Mas a questão fundamental e básica é a manutenção<br />
da demanda e do consumo. Estamos em um momento<br />
positivo, mas todos precisam dar o melhor de si para que<br />
avanços reais aconteçam.<br />
42 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
MÁQUINAS QUE VALORIZAM A MADEIRA!<br />
Br 116, km 140, Santa Cecília, SC vendas@maqdudi.com (49) 3244-2535<br />
/Dudi Máquinas<br />
@dudimaquinas<br />
/Máquinas Dudi
PRINCIPAL<br />
HISTÓRIA<br />
DE SUCESSO<br />
COM INÍCIO COMO PEQUENA<br />
MECÂNICA FAMILIAR, INDÚSTRIA<br />
DE MÁQUINAS PARA MADEIRA<br />
CRESCE E GANHA ESPAÇO NO<br />
MERCADO SUL-AMERICANO<br />
Fotos: divulgação<br />
A SUCCESS STORY<br />
A FOREST PRODUCT MACHINE MANUFACTURER, WHICH<br />
GREW OUT OF A SMALL FAMILY MACHINE SHOP, GAINS<br />
GROUND IN THE SOUTH AMERICAN MARKET<br />
F<br />
undada em agosto de 1995, na cidade de Santa<br />
Cecília, interior de Santa Catarina, por Romeu<br />
Schneider, a Dudi – Máquinas e Equipamentos<br />
começou como uma pequena empresa familiar,<br />
que no início atendia apenas clientes do ramo<br />
madeireiro na manutenção industrial e serviços de torno<br />
e soldas. O bom serviço mostrado pela companhia, que<br />
começou funcionando em uma instalação de apenas 42<br />
m² (metros quadrados), em uma garagem, fez com que a<br />
Dudi Máquinas ascendesse de forma rápida, movimento<br />
que segue firme há 26 anos.<br />
Com o auxílio de seus dois filhos, Rodrigo e Duio, Schneider<br />
chegou a enfrentar dificuldades no começo, assim<br />
como ocorre com vários negócios, mas não tardou para<br />
que a empresa fosse reconhecida por seu atendimento<br />
próximo e seu serviço qualificado.<br />
F<br />
ounded in August 1995, in Santa Cecilia, in<br />
the interior of the State of Santa Catarina,<br />
Dudi - Máquinas e Equipamentos started as<br />
a small family business, which met the needs<br />
of only forest product producers with industrial<br />
maintenance and lathe and welding services. The<br />
Company’s excellent service, which began operations<br />
in a 42 m² facility in the garage of its founder, Romeo<br />
Schneider, led Dudi Máquinas to grow rapidly, a move<br />
that has been going strong for 26 years.<br />
With his two sons, Rodrigo and Duio, Schneider<br />
faced difficulties initially, as happens with many businesses.<br />
Still, it was not long before the Company was<br />
recognized for its being nearby and qualified service.<br />
“Early as September 1997, we acquired a new land,<br />
600 m², to expand our operations. From this moment<br />
44 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
ABRIL 2021 45
PRINCIPAL<br />
“Logo em setembro de 1997 adquirimos um novo terreno,<br />
de 600 m², para que as operações fossem ampliadas.<br />
A partir deste momento, demos um salto de qualidade<br />
e de produtividade”, relembra Rodrigo Schneider, hoje<br />
diretor da Dudi Máquinas.<br />
Cinco anos depois, com o crescimento da procura por<br />
soluções, a companhia ampliou sua sede e iniciou a fabricação<br />
de máquinas próprias para o segmento industrial<br />
madeireiro. Em abril de 2006, após mais de uma década<br />
de atuação, a empresa já possuía uma estrutura com 2.800<br />
m², sendo 750 deles de área construída.<br />
“A partir daí, a Mecânica Dudi, nosso antigo nome,<br />
transformou-se na Dudi Máquinas e passou a se aprofundar<br />
na fabricação de equipamentos para diversos setores,<br />
principalmente o madeireiro. Desde então, seguimos<br />
ampliando nossas estruturas”, orgulha-se Rodrigo.<br />
Atualmente, a Dudi conta com uma área de 19.200 m²,<br />
localizada às margens da BR-116, um dos principais eixos<br />
rodoviários do país.<br />
Romeu Schneider e os filhos, Duio e<br />
Rodrigo, no início da Dudi Máquinas<br />
on, we have leaped quality and productivity,” recalls<br />
Rodrigo Schneider, CEO of Dudi Máquinas.<br />
Five years later, with the growing demand for solutions,<br />
the Company expanded its operations and<br />
began manufacturing machines for the industrial timber<br />
segment. In April 2006, after more than a decade in<br />
operation, the Company already had a 2.8 thousand m²<br />
industrial area with 750 of them constructed.<br />
“From then on, Mecânica Dudi, our old name,<br />
became Dudi Máquinas and began to manufacture<br />
equipment for various segments, especially harvesting.<br />
Since then, we have continued to expand our structure,”<br />
says CEO Rodrigo. Dudi currently has 19.2 thousand<br />
m², located on the margins of the BR-116, one of the<br />
main highway axes in Brazil.<br />
MAIN PRODUCTS<br />
With an eye on the constant innovations in the<br />
market, Dudi has as one of its main products, the rotary<br />
peeler. The Company also has a line of transporters,<br />
conveyors, moving floors, lift tables, chippers, hoods,<br />
edgers, and graders. In addition to all these, Dudi Máquinas<br />
also manufactures special designs, such as the<br />
recent stacker, a modern vacuum veneer stacker. “Our<br />
commitment is to product quality. My brother and I now<br />
run the Company without being able to count on my<br />
father’s presence, who, unfortunately, has passed away.<br />
It is being run with a family management style, close<br />
to customers, and always with Dudi’s ideals in mind:<br />
responsibility, seriousness, and loyalty to the customer.<br />
These are our big differentials, and these are values we<br />
won’t give up,” says Duio Schneider.<br />
OPERATIONS<br />
With extensive experience in the Forest Product and<br />
Machine Sector, Dudi Máquinas maintains a meaningful<br />
relationship with suppliers and customers in the indus-<br />
46 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
ATUALMENTE, A DUDI<br />
CONTA COM UMA<br />
ÁREA DE 19.200 M²,<br />
LOCALIZADA ÀS MARGENS DA<br />
BR-116, UM DOS PRINCIPAIS<br />
EIXOS RODOVIÁRIOS DO PAÍS<br />
PRINCIPAIS PRODUTOS<br />
De olho nas constantes inovações do mercado, a Dudi<br />
possui entre seus principais produtos a guilhotina rotativa.<br />
A empresa também conta com uma linha de transportadores,<br />
esteiras, pistas transportadoras, mesas elevadoras,<br />
picadores, exaustores, refiladeiras e gradeador de tábuas.<br />
Além de todas essas soluções, a Dudi Máquinas também<br />
não mede esforços para realizar alguns projetos especiais,<br />
caso do recente stacker, moderno empilhador de lâminas<br />
a vácuo.<br />
“Nosso comprometimento é com a qualidade do<br />
produto. Mesmo sem podermos contar com a presença<br />
do meu pai, que já faleceu, infelizmente, meu irmão e<br />
eu seguimos administrando a empresa com uma gestão<br />
familiar e próxima dos clientes, sempre com os ideais da<br />
Dudi na cabeça: responsabilidade, seriedade e lealdade<br />
ao consumidor. Esse é o nosso grande diferencial, pois<br />
são valores dos quais não abrimos mão”, enaltece Duio<br />
Schneider, outro dos proprietários da Dudi Máquinas.<br />
ATUAÇÃO<br />
Com larga experiência no setor madeireiro e metal<br />
mecânico, a Dudi Máquinas tem importantes parceiros e<br />
trial segment. Its product mix also has about 30 solutions<br />
for the timber processing segment, emphasizing veneer<br />
and plywood factories.<br />
Today, the Company operates in the States of Santa<br />
Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de<br />
Janeiro, Mato Grosso, Rondônia, and Minas Gerais,<br />
besides having customers in Argentina and Paraguay.<br />
“We believe in the growth of the Forest Product Sector,<br />
which has occurred in recent years, and that this growth<br />
will continue in the coming years, which will benefit us<br />
even more, because we have solid foundations, always<br />
monitoring the market and its demands,” states Duio.<br />
MARKET RECOGNITION<br />
One of the most traditional MDF producers in the<br />
State of Santa Catarina, Karikal – Soluções Sustentáveis<br />
arrived in Brazil two decades ago and soon became a<br />
Dudi Máquinas customer. The foreign Company sought<br />
technical knowledge from Dudi to manufacture machines<br />
for its first structure on Brazilian soil.<br />
“In the beginning, Dudi Máquinas provided us with<br />
only maintenance services, but over the years, we had<br />
new product ideas to be manufactured by Karikal in<br />
ABRIL 2021 47
PRINCIPAL<br />
clientes no ramo industrial. Além disso, possui em seu mix<br />
de produtos cerca de 30 soluções para o ramo da madeira,<br />
com ênfase para laminadoras e fábricas de compensados.<br />
Hoje, a companhia atua nos Estados de Santa Catarina,<br />
Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro,<br />
Mato Grosso, Rondônia e Minas Gerais, além de possuir<br />
consumidores na Argentina e no Paraguai.<br />
“Acreditamos que o crescimento do setor madeireiro,<br />
que vem ocorrendo nos últimos anos e deve continuar nos<br />
próximos, vai nos beneficiar ainda mais, pois possuímos<br />
bases sólidas, sempre acompanhando o mercado e suas<br />
demandas”, prospecta Duio.<br />
RECONHECIMENTO DO MERCADO<br />
Uma das mais tradicionais empresas produtoras de<br />
MDF de Santa Catarina, a Karikal – Soluções Sustentáveis<br />
chegou ao Brasil há duas décadas e, desde então, virou<br />
cliente da Dudi Máquinas. A empresa estrangeira buscou<br />
na Dudi o conhecimento técnico para a montagem de<br />
máquinas em sua primeira estrutura em solo brasileiro.<br />
“No princípio, a Dudi Máquinas nos prestava somente<br />
serviços de manutenção, mas, com o passar dos anos,<br />
fomos tendo ideias de produtos a serem fabricados pela<br />
Karikal no Brasil e, como sempre, eram produtos especiais,<br />
então precisávamos de equipamentos especiais”, explica<br />
Jackson Viapiana, CEO da Karikal no Brasil.<br />
Segundo Viapiana, a Karikal fazia o rascunho do que era<br />
necessário e a Dudi produzia. De acordo com o executivo,<br />
eles possuem máquinas que estão funcionando há mais<br />
de 15 anos sem nunca terem apresentado qualquer tipo<br />
de problema, além de produtos que foram fabricados pela<br />
Dudi para a Karikal que fica na Argentina.<br />
“Conheço a história da Dudi, as lutas e os problemas<br />
que enfrentaram no percurso. São pessoas simples, mas<br />
muito obstinadas. A empresa passou de uma oficina para<br />
Brazil and, as always, they were special products, so we<br />
needed special equipment,” explains Jackson Viapiana,<br />
CEO of Karikal in Brazil.<br />
According to Viapiana, Karikal outlined what was<br />
needed, and Dudi manufactured it. According to the<br />
executive, they have machines operating for more than<br />
15 years without ever having presented any problem, in<br />
addition to products manufactured by Dudi for Karikal<br />
in Argentina.<br />
“I know Dudi’s history, the struggles, and the<br />
problems they faced along the way. They are simple<br />
people but very obstinate. Their Company went from<br />
a workshop to a large machine producer due to their<br />
professionalization while establishing important relationships.<br />
Starting in 2021, over the next ten years, Dudi<br />
Máquinas is undergoing the transformation that seeks<br />
to make the Company the leading machine solution<br />
for the forest product industry,” says the Karikal CEO.<br />
In 2021, Empresa Laminadora Centenário celebrates<br />
50 years of existence. João Marcos Bobato, CEO,<br />
accredits Centenário’s performance, in part, to a very<br />
DUDI MÁQUINAS POSSUI<br />
EM SEU MIX DE PRODUTOS<br />
CERCA DE 30 SOLUÇÕES PARA O<br />
RAMO DA MADEIRA, COM ÊNFASE<br />
PARA LAMINADORAS E FÁBRICAS DE<br />
COMPENSADOS<br />
48 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
uma ótima fábrica de máquinas. Houve uma maior profissionalização<br />
e parcerias importantes foram firmadas. Em<br />
2021, a Dudi Máquinas está passando por uma transformação<br />
que busca, nos próximos 10 anos, colocar a empresa<br />
como a principal solução em máquinas para a indústria<br />
madeireira”, projeta o CEO da Karikal.<br />
Em 2021, a Centenário completa 50 anos de existência.<br />
O diretor da empresa, João Marcos Bobato, comemora a<br />
atuação da companhia com uma parceria muito próxima<br />
com a da Dudi Máquinas. Bobato comenta que há três<br />
anos o relacionamento entre as duas empresas tem sido<br />
muito frutífero e produtivo.<br />
“Começamos a fazer modificações em nossa laminadora<br />
e eles foram nosso contato para solucionar o problema.<br />
Conhecemos a história da Dudi no mercado e sabíamos<br />
que se tratava de uma escolha muito acertada”, explica<br />
Bobato. “Atualmente, contamos uma linha stacker e uma<br />
linha completa de transporte até a guilhotina, e estamos<br />
muito satisfeitos com a produtividade dos equipamentos.<br />
Por se tratar de uma empresa com gestão familiar, a Dudi<br />
Máquinas nos fornece um atendimento diferenciado,<br />
com atenção aos problemas e, principalmente, soluções<br />
rápidas. Estamos muito satisfeitos”, completa o diretor<br />
da Centenário.<br />
Desde 2005 como cliente da Dudi Máqunas, a Guararapes,<br />
uma das maiores indústrias de painéis de MDF e<br />
compensados da América Latina, explica que, na experiência<br />
da empresa, outro grande diferencial da Dudi é a<br />
disponibilidade e vontade de criar novos projetos. “A Dudi<br />
Máquinas tem uma parceria de longa data com a Guararapes,<br />
pois sempre nos atendeu com atenção e eficiência.<br />
Eles também são muito competentes no desenvolvimento<br />
de novos projetos, pois possuem um atendimento próximo<br />
ao cliente e possuem uma área técnica de desenvolvimento<br />
com muita credibilidade. Agradecemos desde sempre<br />
esta parceria e parabenizamos a Dudi Máquinas pelos 25<br />
anos, completados em 2020”, afirma Diorgenes Bertolin,<br />
diretor industrial da Guararapes.<br />
close relationship with Dudi Máquinas. Bobato comments<br />
that the two companies’ relationship, which started three<br />
years ago, has been very fruitful and productive.<br />
“We started making modifications to our composer,<br />
and they were our contact to solve the problem. We know<br />
Dudi’s history in the market, and we knew it was the right<br />
choice,” explains Centenário CEO Bobato. “Currently,<br />
we have a stacker line and a complete transport line for<br />
the peeler, and we are delighted with the productivity of<br />
the equipment. Because it is a family-run company, Dudi<br />
Máquinas provides us with a differentiated service, with<br />
attention to problems and, mainly, quick solutions. We are<br />
very pleased,” adds the Centenário CEO.<br />
Since 2005, Guararapes has been a Dudi Máquinas<br />
customer. It is one of the largest MDF and plywood panel<br />
producers in Latin America. Guararapes explains that,<br />
in its experience, another significant Dudi differential is<br />
the availability and willingness to create new designs.<br />
“Dudi Máquinas has a long-standing relationship with<br />
Guararapes, as it has always served us with attention and<br />
efficiency. They are also very competent in developing new<br />
designs because they maintain a close customer service<br />
relationship and have a very creditable technical development<br />
area. We have always thanked this relationship and<br />
congratulate Dudi Máquinas for the 25 years, completed<br />
in 2020,” says Diorgenes Bertolin, <strong>Industrial</strong> Director of<br />
Guararapes.<br />
ABRIL 2021 49
MADEIRA TRATADA<br />
50 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
CIDADE<br />
ECOLÓGICA<br />
COM GESTÃO SUSTENTÁVEL, MUNICÍPIO INVESTE NA CONSTRUÇÃO<br />
E REFORMA DE PONTES E PASSARELAS DE MADEIRA TRATADA<br />
Fotos: divulgação<br />
C<br />
onhecida mundialmente como: capital<br />
ecológica; Curitiba (PR) sempre se mostrou<br />
amiga de práticas sustentáveis e de<br />
políticas públicas que visam a manutenção<br />
do meio-ambiente. Na década de<br />
1990, por exemplo, com seus diversos programas de<br />
reciclagens e de incentivo a parques e áreas verdes,<br />
a capital dos paranaenses saiu na frente no quesito<br />
sustentabilidade antes que o assunto entrasse em<br />
pauta em todo o país.<br />
Em 2021, o legado da cidade continua vivo. Nos<br />
últimos 5 anos, o município construiu e reformou<br />
cerca de 15 pontes e passarelas de madeira, sem<br />
utilizar concreto ou materiais danosos à natureza.<br />
Ao todo, Curitiba possui 52 pontes de madeira,<br />
além de 250 passarelas que utilizam esse material<br />
como base para construção.<br />
A mais nova empreitada foi inaugurada recentemente<br />
na Rua Ângelo Tozim, no bairro Campo<br />
do Santana. O local termina em uma área de mata<br />
e, para que os moradores tenham passagem para<br />
a Rua Alda Bassete Bertholdi e demais partes do<br />
bairro, foram construídas duas passarelas de madeira:<br />
uma com cinco metros de extensão e outra com<br />
36m (metros) de extensão. Vandalizadas, as estruturas<br />
receberam serviços de manutenção realizados<br />
pela Secretaria Municipal de Obras Públicas. O eucalipto<br />
tratado foi utilizado para a reforma de ambas<br />
as estruturas.<br />
Peças danificadas do tablado e do corrimão<br />
foram substituídas, garantindo mais segurança à<br />
população. Também alvo costumeiro de vândalos,<br />
luminárias quebradas do sistema de iluminação pública<br />
da região igualmente foram trocadas.<br />
Gaúcho de Bento Gonçalves, o aposentado Vicente<br />
Câmara rodou por cidades da região sul do<br />
Brasil e, há nove anos, escolheu fixar residência em<br />
Curitiba, na Rua Augusto Bertholdi. Construtor de<br />
barragens, o senhor simples e esclarecido, de aparência<br />
humilde, simpatia que transborda, conversa<br />
fácil e sincera, com memória de dar inveja aos mais<br />
jovens, declarou estar realizado.<br />
“A prefeitura sempre faz manutenção aqui, e<br />
essas passarelas vão ajudar muitas pessoas que utilizam<br />
essas estruturas para fazer compras, passear e<br />
até ir ao trabalho”, defendeu Vicente.<br />
ESTUDO EM ANDAMENTO<br />
O secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo<br />
Rodrigues, apontou que foi iniciado um estudo<br />
para saber da viabilidade de se instalar uma ponte<br />
que comporte inclusive o peso de veículos, ligando<br />
ABRIL 2021 51
MADEIRA TRATADA<br />
o final da Rua Ângelo Tozim à Rua Alda Bassete<br />
Bertholdi. Porém, já se sabe de antemão que o<br />
local tem uma área de proteção ambiental, linhas<br />
de transmissão de energia e tubulação da rede de<br />
saneamento.<br />
“Conhecemos as dificuldades de substituir<br />
definitivamente as passarelas por uma ponte de<br />
grande porte. A região tem particularidades e impõe<br />
exigências que podem não ser superadas. Mas,<br />
mesmo assim, iniciamos o estudo para estabelecer<br />
a melhor solução de engenharia para o local neste<br />
momento”, ressalva Rodrigues.<br />
AO TODO,<br />
CURITIBA POSSUI<br />
52 PONTES DE MADEIRA,<br />
ALÉM DE 250 PASSARELAS<br />
QUE UTILIZAM ESSE<br />
MATERIAL COMO PEDRA<br />
ANGULAR<br />
52 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
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MATÉRIA-PRIMA<br />
CENÁRIO DA<br />
MATÉRIA-PRIMA<br />
Fotos: divulgação<br />
FATORES EXTERNOS E<br />
INTERNOS, COMO A PANDEMIA<br />
E O AUMENTO DE CHUVAS,<br />
TÊM GERADO PROBLEMAS NO<br />
ABASTECIMENTO DE MADEIRA<br />
NO BRASIL<br />
54 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
U<br />
m ano após o início da pandemia da<br />
Covid-19 no Brasil, o setor madeireiro,<br />
assim como outros segmentos industriais,<br />
começa a sofrer com a falta de oferta de<br />
matéria-prima para diversos setores de<br />
sua cadeia. Novas culturas de home office e de olhar<br />
para o próprio lar fizeram com que consumidores investissem<br />
na reforma e na modernização de suas casas – e<br />
passaram a utilizar a madeira como protagonista deste<br />
movimento, seja na compra de móveis, pisos ou de peças<br />
brutas que serviram como instrumento para o DIY<br />
(do it yourself, ou faça você mesmo) de novos e amadores<br />
marceneiros em seus refúgios caseiros.<br />
É o que acredita o CEO da TWBrazil, Leonardo Puppi,<br />
que revela que o setor tem sofrido com o aumento<br />
da demanda por madeira e, por consequência, com os<br />
preços mais salgados de toras de pinus e eucalipto, por<br />
exemplo.<br />
“Infelizmente, é uma reação em cadeia. Houve um<br />
incremento nos preços da matéria-prima florestal sem<br />
precedentes. Aliado a isso, o preço dos insumos na indústria<br />
madeireira também cresceram muito além dos<br />
índices de inflação. Aço e produtos químicos de origem<br />
mineral, como o cobre, cromo e arsênio, tiveram um<br />
reajuste de quase 50% em um período de um ano, e<br />
impactam diretamente na indústria de preservação da<br />
madeira”, explica Leandro.<br />
Ele ressalta, inclusive, que outros fatores, que independem<br />
da vontade do produtor, também têm influenciado<br />
no aumento do preço da madeira. “Felizmente,<br />
durante a pandemia, houve pouco fechamento de<br />
indústrias madeireiras por contaminação dos trabalhadores.<br />
Mas houve alguns. Além disso, o que tem ocorrido<br />
nos últimos meses é o excesso de chuvas, que tem<br />
dificultado a extração de toras nas florestas. Mas isso faz<br />
parte do negócio em determinadas épocas e o setor já<br />
está acostumado com isso”, acrescenta.<br />
O CEO da TWBrazil também salienta que o preço<br />
defasado das florestas de pinus mais antigas também<br />
gerou um desbalanceamento do mercado brasileiro.<br />
“Além disso, com a indústria da construção civil no<br />
Brasil arrefecida nos últimos anos, a tora mais grossa<br />
destinada às serrarias não estava tão demandada. Mas<br />
com a previsão de aquecimento da economia, por moti-<br />
ABRIL 2021 55
MATÉRIA-PRIMA<br />
vações políticas e de saúde pública, aliada à publicação<br />
da ABNT NBR 16936 – Edificações em light wood frame,<br />
o preço da tora grossa de pinus voltou a ser atrativo. Os<br />
investimentos florestais em pinus tendem a ter uma valorização<br />
muito grande nas próximas décadas”, projeta.<br />
Por outro lado, Juliano Vieira de Araújo, presidente<br />
da ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de Madeira<br />
Processada Mecanicamente), não concorda que<br />
os preços de produtos de madeira subiram durante a<br />
pandemia. Ele afirma que o mercado está estável e que<br />
apenas houve uma readequação de preços em toda a<br />
cadeia produtiva.<br />
“O mercado madeireiro está estável e a expectativa<br />
é de que, ao longo do 2021, o viés de recuperação<br />
e consolidação do consumo, aliado ao aumento da<br />
confiança do consumidor, permaneça. A maioria dos<br />
produtos de madeira é de commodities, e o mercado<br />
é autorregulável na demanda x preços. É notória a consolidação<br />
das exportações brasileiras nos últimos anos,<br />
fato que se reforçou em 2020 com o crescimento importante<br />
dos volumes embarcados pelo Brasil, além da<br />
recuperação da demanda no mercado interno”, explica<br />
o presidente da ABIMCI.<br />
Sobre a possível falta de madeira no mercado, o presidente<br />
da ABIMCI admite que o crescimento do segmento<br />
de base florestal poderia ter sido maior na última<br />
década. “Se olharmos para os últimos 10 anos, o crescimento<br />
da base florestal plantada foi muito pequeno<br />
em relação às potencialidades existentes. Certamente<br />
poderá crescer muito nos próximos anos. A consolidação<br />
de políticas públicas e uma maior participação e<br />
investimentos por parte do setor produtivo serão fatores<br />
decisivos para esse avanço”, acrescenta.<br />
O empresário Marcos Flores, diretor geral da Terra<br />
Sol – Madeiras Ecológicas, também destaca os problemas<br />
meteorológicos sofridos pelo setor em 2020, além<br />
dos atrasos gerados pela pandemia.<br />
“Na nossa região, por exemplo, choveu por três<br />
semanas sem parar e tivemos também um ciclone que<br />
destruiu muitas indústrias de pinus. Aliado a isso, a alta<br />
demanda de matéria-prima também fez com que o preço<br />
aumentasse muito. No nosso caso, que trabalhamos<br />
com madeira pinus, o preço médio subiu de R$ 400 para<br />
cerca de R$ 650. É uma grande diferença”, completa.<br />
NOVAS<br />
CULTURAS DE<br />
HOME OFFICE E DE<br />
“OLHAR PARA O PRÓPRIO<br />
LAR” FIZERAM COM QUE<br />
CONSUMIDORES<br />
INVESTISSEM NA<br />
REFORMA E NA<br />
MODERNIZAÇÃO DE<br />
SUAS CASAS<br />
56 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
Indústria de colas para<br />
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58 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
A ECONOMIA<br />
DA MADEIRA<br />
PARA EQUILIBRAR AS CONTAS, PREFEITURA GAÚCHA INVESTIU<br />
EM SUA PRÓPRIA FABRICA DE MÓVEIS PARA ABASTECER<br />
PRÉDIOS PÚBLICOS<br />
Fotos: divulgação<br />
ABRIL 2021 59
MARCENARIA<br />
Asituação econômica no Brasil não<br />
abriu brechas para erros nos últimos<br />
anos. A crise de 2014, o impeachment<br />
da presidente Dilma Rousseff e as diversas<br />
instabilidades políticas fizeram<br />
com que os gestores públicos precisassem buscar<br />
alternativas para não estourar o orçamento de municípios<br />
e Estados em todo o país.<br />
A criatividade de uma das prefeituras chamou a<br />
atenção ao propor uma alternativa econômica e sustentável<br />
em uma importante área da gestão pública.<br />
Prefeito de Passo Fundo, Pedro Almeida explica que<br />
a cidade investiu em sua própria marcenaria, responsável<br />
pela compra de matéria-prima, fabricação<br />
de móveis e acessórios e pela entrega dessas peças<br />
a edifícios públicos do município gaúcho.<br />
“Não é algo inédito no Brasil, mas essa é uma<br />
iniciativa ousada, que poderia não dar certo, devido<br />
à falta de experiência nesse segmento de móveis de<br />
madeira. E tem mostrado resultados muito positivos.<br />
Conseguimos suprir diversas necessidades dos<br />
funcionários da prefeitura e acredito que esse projeto<br />
tende a crescer ainda mais, independentemente<br />
de qual gestão esteja à frente da marcenaria de<br />
Passo Fundo”, afirma Almeida, orgulhoso do legado<br />
deixado aos moradores.<br />
Secretário de obras de Passo Fundo, Rubens Astolfi<br />
ressalta que, além da economia no orçamento,<br />
a marcenaria também tem auxiliado na sustentabilidade<br />
e no fomento às indústrias da região sul.<br />
“Temos diversas indústrias madeireiras no Rio<br />
Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, então esse<br />
é um incentivo a mais na hora de comprar madeira<br />
para nossa marcenaria. Além disso, trata-se de um<br />
material renovável e que não agride à natureza”,<br />
explica o secretário.<br />
ECONOMIA<br />
“A fabricação própria de móveis, conforme a<br />
necessidade das escolas e secretarias municipais,<br />
garante economia aos cofres públicos. Isso é possível<br />
através do funcionamento da marcenaria da Prefeitura<br />
de Passo Fundo. Com o serviço, é possível<br />
fabricar até 20 itens de móveis por semana, o que<br />
60 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
gera uma economia de 60% nos gastos com a compra<br />
desses materiais”, compara Astolfi.<br />
Segundo ele, as principais demandas vêm das<br />
escolas municipais, especialmente as que passam<br />
pelo programa Minha Escola de Cara Nova. Recentemente,<br />
ganharam móveis novos as escolas Professor<br />
Arno Otto Khiel (Ensino Fundamental), José<br />
Laudário, Margarida e Santa Teresinha (as três de<br />
Educação Infantil). Também estão sendo feitos os<br />
móveis que serão utilizados na Escola Municipal de<br />
Ensino Fundamental Santa Marta, no bairro de mesmo<br />
nome, que está em fase final de construção.<br />
Para que os móveis sejam fabricados, as secretarias<br />
enviam as demandas até a marcenaria, que faz<br />
armários, bancadas, balcões para pia, birôs, mesas<br />
de reunião, mesas e bancos de refeitórios, entre<br />
outros. E, além da economia, existe um ganho em<br />
agilidade, uma vez que os móveis começam a ser<br />
fabricados tão logo chegam os pedidos. Também<br />
ficam alguns itens, dos mais pedidos, em estoque<br />
para cobrir eventuais necessidades.<br />
A FABRICAÇÃO<br />
PRÓPRIA DE<br />
MÓVEIS, CONFORME A<br />
NECESSIDADE DAS ESCOLAS<br />
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ABRIL 2021 61
MERCADO<br />
E-COMMERCE<br />
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Fotos: divulgação<br />
COM PROBLEMAS GERADOS PELA PANDEMIA,<br />
VENDA ONLINE E TELETRABALHO DERAM NOVAS<br />
OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE MÓVEIS<br />
62 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
ABRIL 2021 63
MERCADO<br />
Ao final de um ano marcado pela<br />
pandemia do novo coronavírus, que<br />
impactou os segmentos econômicos<br />
mundiais de forma negativa, poucos<br />
poderiam imaginar que 2020 sinalizaria<br />
uma nova tendência. A indústria moveleira nunca<br />
havia vendido tanto por meios digitais, um formato<br />
que tem demonstrado, mesmo em outros segmentos,<br />
franca expansão no Brasil. Com a necessidade<br />
de distanciamento e de realizar transações de forma<br />
remota, o segmento viu seus números explodirem<br />
nos últimos 12 meses.<br />
Em dezembro de 2020, por exemplo, a alta<br />
registrada foi de 53,83%, em relação ao mesmo<br />
período de 2019, de acordo com o Comitê de Métricas<br />
da Câmara Brasileira da Economia Digital.<br />
Considerando-se separadamente as regiões brasileiras,<br />
o nordeste foi aquela que obteve os melhores<br />
índices em dezembro, com aumento de 77,63% nas<br />
vendas do varejo eletrônico. Em seguida, aparecem<br />
a região sul (66,22%), sudeste (48,32%), centro-oeste<br />
SEGUNDO A<br />
RECEITA FEDERAL,<br />
O CRESCIMENTO REAL DE<br />
41,2% DO COMÉRCIO<br />
ELETRÔNICO EM 2020<br />
MOSTRA O POTENCIAL DO<br />
SETOR PARA O FUTURO<br />
64 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
(46,99%) e norte (39,25%). No ano, o destaque foi<br />
novamente o nordeste (100,34%), também seguido<br />
pelo sul, com 79,22% de alta.<br />
TELETRABALHO RENDE NOVO FÔLEGO<br />
AO SETOR MOVELEIRO<br />
O isolamento imposto para conter o avanço da<br />
Covid-19 fez com que as pessoas passassem mais<br />
tempo em suas casas, e as empresas – de acordo<br />
com suas atividades – começaram a aderir ao teletrabalho,<br />
rendendo fôlego à indústria moveleira.<br />
As boas experiências também contribuíram para<br />
que o consumidor confiasse mais no comércio pela<br />
web, quebrando barreiras psicológicas em algumas<br />
categorias, como a moveleira, quando as pessoas<br />
queriam ver o material de perto antes de efetivar a<br />
compra.<br />
Cada vez mais a venda digital, realizada pela<br />
primeira vez para atender às necessidades, deve<br />
continuar, independentemente do fim da pandemia.<br />
A necessidade de permanecer um tempo a mais em<br />
casa, de forma mais confortável, obrigou o consumidor<br />
a realizar melhorias em ambientes como escritórios<br />
e salas de estar.<br />
“Aconteceu uma mudança de hábitos, fazendo<br />
com que as pessoas observassem melhor o espaço<br />
onde se encontram, desejando torná-lo mais confortável<br />
sem perder a praticidade. O home office teve<br />
boa parcela de responsabilidade nisso”, defende<br />
Rogério Francio, presidente da MOVERGS (Associação<br />
das Indústrias de Móveis do Estado do Rio<br />
Grande do Sul).<br />
O e-commerce que, antes da crise sanitária e<br />
econômica, não era muito comum, tornou-se um canal<br />
adicional de vendas para a indústria de móveis.<br />
“As empresas mais preparadas para atuar nesse<br />
formato foram aquelas que obtiveram, e seguem registrando,<br />
os melhores resultados”, reitera Francio.<br />
Esse cenário corrobora a realidade transformada<br />
pelo mundo digital: basta verificar o crescimento<br />
real de 41,2% do comércio eletrônico em 2020,<br />
em comparação com o ano anterior, conforme o<br />
boletim sobre notas fiscais eletrônicas da Receita<br />
Federal.
ARTIGO<br />
AVALIAÇÃO DO<br />
RENDIMENTO DA<br />
MATÉRIA-PRIMA<br />
NO PROCESSO<br />
PRODUTIVO DE PEÇAS<br />
CLEAR BLOCKS<br />
Fotos: divulgação<br />
ALEXSANDRO BAYESTORFF DA CUNHA<br />
UDESC (UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA<br />
CATARINA)<br />
BRUNA LAÍS LONGO<br />
UDESC (UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA<br />
CATARINA)<br />
GHISLAINE MIRANDA BONDUELLE<br />
UFPR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)<br />
66 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2021
RESUMO<br />
O<br />
setor madeireiro é caracterizado por ser<br />
uma grande fonte de geração de desperdícios.<br />
Assim, o efetivo controle das atividades<br />
produtivas é condição indispensável<br />
para que qualquer empresa possa<br />
competir no mercado. O objetivo do estudo foi avaliar<br />
o rendimento da matéria-prima em termos percentuais<br />
e financeiros de uma indústria de Clear Blocks, com o<br />
intuito de definir as melhores variáveis para fornecedor,<br />
bitola e destopadeira. A metodologia envolveu a<br />
seleção das variáveis de interesse: fornecedor (interno<br />
e externo); bitola - 67 e 92 mm (milímetros) - e destopadeira<br />
(corte de baixo para cima e de cima para baixo);<br />
a determinação do rendimento percentual total e por<br />
classe de qualidade por meio do balanço de material<br />
e o financeiro através do custo da matéria-prima, custo<br />
de produção e preço de venda.<br />
Os resultados foram submetidos à análise de variância<br />
multifatorial e teste de Tukey. O rendimento de<br />
matéria-prima em termos percentuais encontrado no<br />
estudo demonstrou a superioridade da bitola 92 mm<br />
frente à de 67 mm, em virtude do maior aproveitamento<br />
das peças. Quanto ao fornecedor, observou-se melhor<br />
desempenho do externo frente ao interno devido<br />
à qualidade da madeira. Mas em termos financeiros,<br />
a situação foi inversa, em função do menor custo da<br />
matéria-prima do fornecedor interno. Para a forma de<br />
processamento da destopadeira, não foi verificada diferença<br />
estatística entre os dois sistemas de corte.<br />
INTRODUÇÃO<br />
A PMVA (Produção de Itens de Maior Valor Agregado)<br />
é fragmentada e diversificada no Brasil, sendo este<br />
setor dividido em quatro grandes segmentos: portas,<br />
molduras, pisos e painéis EGP (Edge Glued Panel). As<br />
molduras são peças perfiladas empregadas quase sempre<br />
para acabamentos interiores com propósito decorativo<br />
na construção civil. Essas peças são manufaturadas<br />
a partir da obtenção de peças denominadas Clear Blocks,<br />
processo que gera grandes perdas de matéria-prima<br />
ao longo do fluxo de produção, sendo necessárias<br />
avaliações de qualidade contínuas para monitorar e/ou<br />
realizar ações preventivas. No Brasil, as molduras são<br />
fabricadas em sua maior parcela em madeira de pinus e<br />
normalmente são produtos para exportação. Há inúmeros<br />
perfis de molduras, associados às suas aplicações.<br />
Desta forma, as molduras assumem diferentes denominações,<br />
como: meia-cana, rodapé, batente, vista de<br />
porta e janela.<br />
O segmento de molduras mostrou constante evolução<br />
quanto ao volume produzido, como pode ser<br />
observado no período compreendido entre 1998 e<br />
2007, no qual houve crescimento na produção interna<br />
de 530,8%, representando crescimento médio anual de<br />
22,7%. Em se tratando de consumo, somente em 2004<br />
foram obtidos valores significativos (65 mil m³), alcançando,<br />
em 2007, o volume de 212 mil m³. A partir deste<br />
fato, constata-se que a maior parte da produção desse<br />
produto é voltada ao mercado externo (Associação<br />
Brasileira da Indústria da Madeira Processada Mecanicamente,<br />
2009).<br />
Em termos de processo, constata-se que o baixo<br />
rendimento nas empresas do setor de base florestal,<br />
como serrarias e unidades de beneficiamento, tem dificultado<br />
a competição, principalmente na exportação,<br />
pois ainda utilizam tecnologias ultrapassadas e maquinários<br />
que não proporcionam bons rendimentos, por<br />
estarem desgastados ou mesmo utilizando ferramentas<br />
de corte com espessuras elevadas (Ribas, 1989).<br />
Desta forma, pode-se afirmar que, atualmente, o<br />
efetivo das atividades produtivas é condição indispensável<br />
para que qualquer empresa possa competir em<br />
igualdade de condições com seus concorrentes. Sem<br />
este controle, ou seja, sem a capacidade de avaliar o<br />
desempenho de suas atividades e de intervir rapidamente<br />
para a correção e melhoria dos processos, a empresa<br />
estará em desvantagem frente à competição mais<br />
eficiente (Bornia, 1995). Isso tem levado as empresas a<br />
buscarem ferramentas que as auxiliem a melhorar sua<br />
produtividade, eficiência, aumentar fatias de mercado<br />
e lucratividade através da redução de custos, visando<br />
sempre atingir a satisfação total de seus clientes (Coral,<br />
1996).<br />
De acordo com Cunha (2001), a contínua busca da<br />
qualidade pelas empresas se deve também à exigência<br />
dos mercados interno e, principalmente, externo, que<br />
têm buscado certificados para seus produtos, processos<br />
e florestas, como os das séries ISO 9000, ISO 14000,<br />
FSC (Forest Stewardship Council). A certificação da qualidade,<br />
porém, é apenas o início de um longo caminho<br />
para a obtenção da excelência em processos e serviços.<br />
Por sua vez, os clientes estão se tornando cada vez<br />
mais exigentes com relação à qualidade do produto e<br />
do seu processo produtivo, mesmo que isso ainda não<br />
seja caracterizado. O controle de qualidade se refere<br />
a um processo ou conjunto de atividades e técnicas<br />
operacionais que são empregadas para cumprir os requerimentos<br />
de qualidade. Essa definição implica em<br />
qualquer operação que sirva para melhorar, dirigir ou<br />
assegurar a qualidade (Robert, 2011).<br />
A quantificação da má qualidade e eficiência de<br />
processo é um ponto importante e serve como base<br />
para a implantação de qualquer programa de melhoria<br />
para se chegar a um nível ótimo de qualidade. A má<br />
qualidade está presente nos processos produtivos,<br />
especialmente nos que não possuem sistemas de qua-<br />
ABRIL 2021 67
ARTIGO<br />
lidade. Em muitos casos, entretanto, não aparece nos<br />
sistemas contábeis, ficando embutida nos custos globais<br />
de produção.<br />
O objetivo do presente estudo foi avaliar o rendimento<br />
da matéria-prima de uma Indústria de Clear Blocks,<br />
de modo a definir o melhor fornecedor de madeira<br />
serrada e o produto (bitola) que agrega maior valor no<br />
processo. Desta forma, buscou-se a obtenção de informações<br />
que melhorassem o aproveitamento dos recursos<br />
produtivos do setor e a qualidade da produção.<br />
Para tanto, foram definidas as seguintes metas: quantificar<br />
e caracterizar o rendimento total de matéria-prima<br />
em termos percentuais e financeiros ao longo de todo<br />
o processo; determinar o rendimento de matéria-prima<br />
por classe de qualidade (Clear Blocks A, B e provenientes<br />
de retrabalho); avaliar as principais variáveis que<br />
afetam o beneficiamento das peças de Clear Blocks<br />
(destopadeira, bitola e fornecedor) e determinar quais<br />
são os melhores níveis dentro dessas variáveis.<br />
produto principal peças de Clear Blocks para os mercados<br />
americano e europeu, sendo que a matéria-prima<br />
utilizada na produção era proveniente exclusivamente<br />
de reflorestamentos de Pinus taeda e Pinus elliottii.<br />
A produção das peças se iniciava com o desdobro<br />
das toras, passando pela secagem, pré-destopo e<br />
beneficiamento, em que as peças de madeira serrada<br />
passavam por uma plaina quatro faces que realizava a<br />
calibração em largura e espessura. Na sequência, as<br />
peças aplainadas eram destopadas com o objetivo de<br />
eliminar os defeitos naturais da madeira e os causados<br />
pelas operações anteriores (desdobro e secagem). O<br />
processo de classificação adotado para as peças era visual,<br />
por ser um método simples e eficiente na identificação<br />
de defeitos como nós, desvio de grã, rachaduras<br />
e presença de medula, os quais afetam negativamente<br />
MATERIAL E MÉTODO<br />
O estudo foi desenvolvido em uma empresa situada<br />
no planalto norte de Santa Catarina, a qual tinha como<br />
O MELHOR DESEMPENHO<br />
DA MADEIRA DO<br />
FORNECEDOR EXTERNO ERA<br />
ESPERADO, POIS VISUALMENTE<br />
ERAM PERCEPTÍVEIS AS DIFERENÇAS<br />
DE QUALIDADE ENTRE AS PEÇAS DE<br />
MADEIRA<br />
68 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
as propriedades mecânicas da madeira (Fiorelli; Dias;<br />
Coiado, 2009). A qualificação dos defeitos era realizada<br />
nas seis faces das peças, sendo separadas em bitolas<br />
(larguras) homogêneas, em Clear Blocks A e B, retrabalho<br />
e rejeitos. Após a classificação, os funcionários<br />
direcionavam as peças de qualidade A e B para o encaixotamento/embalagem<br />
e as demais para as operações<br />
de retrabalho. As classes de qualidade utilizadas na<br />
empresa eram as seguintes:<br />
● Clear Blocks A: peças de madeira totalmente<br />
livres de defeitos;<br />
● Clear Blocks B: peças que admitiam defeitos<br />
pouco significativos e toleráveis como azulamento,<br />
medula superficial em uma das faces, marca de plaina,<br />
bolsa de resina;<br />
● Retrabalho: peças que possuíam defeitos passíveis<br />
de eliminação por redução da largura da peça,<br />
como: largura 92 mm, que tinha o defeito eliminado no<br />
retrabalho, podendo ser utilizada como 67 ou 48 mm,<br />
dependendo da extensão do defeito;<br />
● Rejeitos: peças de madeira com comprimento<br />
insuficiente ou com defeitos significativos (exemplo: nós<br />
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ARTIGO<br />
soltos, gravata e medula nas duas faces da peça), que<br />
inviabilizam as suas utilizações. Estas eram utilizadas nas<br />
caldeiras para geração de energia.<br />
As peças que necessitavam ser retrabalhadas passavam<br />
por um refiladeira com o intuito de reduzir a<br />
largura, aumentando o aproveitamento das peças e<br />
reduzindo as perdas. Após a passagem pela refiladeira,<br />
as peças seguiam para a destopadeira de retrabalho e<br />
novamente para a classificação.<br />
O ESTUDO FOI<br />
DESENVOLVIDO EM UMA<br />
EMPRESA SITUADA NO PLANALTO<br />
NORTE DE SANTA CATARINA, A<br />
QUAL TINHA COMO PRODUTO<br />
PRINCIPAL PEÇAS DE CLEAR<br />
BLOCKS PARA OS MERCADOS<br />
AMERICANO E EUROPEU<br />
IMPLANTAÇÃO DO EXPERIMENTO<br />
As variáveis selecionadas para o estudo foram<br />
fornecedor, bitola e destopadeira. Na seleção dos<br />
fornecedores, procurou-se comparar o fornecedor interno<br />
(serraria da empresa), que apresentava qualidade<br />
inferior aos demais, mas em contrapartida possuía um<br />
custo menor, com um fornecedor que apresentasse<br />
uma melhor qualidade de madeira (poucos defeitos e,<br />
consequentemente, maior rendimento), mesmo com<br />
um custo mais elevado, deste modo selecionou-se um<br />
fornecedor denominado externo.<br />
As larguras (bitolas) utilizadas na produção de Clear<br />
Blocks variam de empresa para empresa, conforme a<br />
necessidade do mercado. A empresa estudada trabalhava<br />
com 11 bitolas, sendo as bitolas 92 mm e 67 mm<br />
as mais produzidas, devido à demanda do mercado<br />
internacional. Desta forma, fez-se a análise das duas no<br />
presente estudo.<br />
O processo de beneficiamento das peças era composto<br />
por duas plainas e sete destopadeiras. Com relação<br />
às plainas, utilizou-se durante a coleta de dados somente<br />
uma delas, cuja capacidade produtiva era de 18<br />
mil metros lineares por dia. Já quanto às destopadeiras,<br />
três trabalhavam com corte no sentido inferior-superior<br />
e as demais trabalhavam no sentido oposto, necessitando<br />
de uma análise para verificação da eficiência das<br />
máquinas e dos funcionários. Assim, selecionou-se uma<br />
destopadeira com cada sentido de corte. Cabe destacar<br />
que durante a coleta de dados, trabalhou-se com os<br />
mesmos funcionários nas máquinas, para evitar diferenças<br />
com relação à mão de obra.<br />
O delineamento utilizado no experimento foi o<br />
delineamento inteiramente casualizado com arranjo<br />
fatorial, por meio do qual foi possível verificar os efeitos<br />
não somente das variáveis isoladas, mas também das<br />
suas interações.<br />
RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />
Rendimento total de matéria-prima<br />
A partir da análise, foi possível observar que os<br />
melhores rendimentos médios totais (%) pertencem à<br />
matéria-prima do fornecedor externo, à bitola 92 mm<br />
e à destopadeira A (destopa de cima para baixo). A<br />
verificação foi realizada somente isolando cada uma<br />
das variáveis, restando ainda as interações entre elas<br />
que são possíveis pela análise da variância com arranjo<br />
multifatorial. Tal análise permite ainda confirmar se as<br />
conclusões retiradas somente pelo cálculo da média<br />
são verdadeiras.<br />
O rendimento médio de 50,2%, quando comparado<br />
com o rendimento de 53,9% da Empresa W, mostra que<br />
o rendimento da empresa estudada está muito próximo<br />
ao de outra empresa do mesmo segmento. Esta comparação<br />
foi feita em duas bitolas diferentes, pois a empresa<br />
comparada (Empresa W) trabalha somente com<br />
a bitola 124 mm e sem reaproveitamento. Assim, por<br />
trabalhar sem reaproveitamento, a empresa seleciona a<br />
matéria-prima destinada ao produto, para evitar perdas<br />
excessivas.<br />
Realizando-se a análise da variância e teste de<br />
Tukey para as variáveis estudadas no rendimento total<br />
de matéria-prima (fornecedor, bitola e destopadeira),<br />
verificou-se que quanto ao fator destopadeira não houve<br />
diferença significativa, contrariando as conclusões<br />
preliminares, simplesmente pelo cálculo da média, no<br />
qual se observava a superioridade da destopadeira que<br />
corta de cima para baixo.<br />
Com relação à bitola e ao fornecedor, contudo,<br />
o teste de Tukey demonstrou que os melhores níveis<br />
foram a bitola 92 mm e o fornecedor externo. A justificativa<br />
para a superioridade da bitola maior se deve ao<br />
amplo aproveitamento que estas peças têm no processo,<br />
pois a largura é obtida diretamente na destopadeira<br />
70 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
®<br />
ACESSÓRIOS INDUSTRIAIS<br />
VAPOR - AR COMPRIMIDO<br />
sem retrabalho algum. Caso houvesse a presença de<br />
defeitos nas peças, elas ainda poderiam ser reaproveitadas<br />
na refiladeira nas larguras 67 e 48 mm, eliminando<br />
os defeitos e possibilitando a comercialização destas<br />
peças. A bitola 67 mm, caso precisasse ser trabalhada,<br />
só tinha a largura de 48 mm como opção, sendo o restante<br />
destinado à geração de energia.<br />
Já o melhor desempenho da madeira do fornecedor<br />
externo era esperado, pois visualmente eram perceptíveis<br />
as diferenças de qualidade entre as peças de madeira.<br />
Enquanto a madeira do fornecedor externo tinha<br />
menor incidência de defeitos como nós, medula, rachadura<br />
e mancha química, a matéria-prima proveniente<br />
do fornecedor interno tinha grande parte das peças<br />
com os defeitos supracitados.<br />
CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
O estudo do rendimento total de matéria-prima<br />
apontou em termos percentuais a bitola 92 mm e o<br />
fornecedor externo, e em moeda a bitola 92 mm e o<br />
fornecedor interno, como os melhores níveis. Quanto<br />
à destopadeira, não há diferença significativa entre os<br />
modelos estudados, pois ambos apresentaram rendimentos<br />
semelhantes nos dois estudos.<br />
A linha Clear Blocks A apresentou os melhores rendimentos<br />
novamente, os níveis bitola 92 mm e o fornecedor<br />
externo para rendimento percentual e a bitola 92<br />
mm e o fornecedor interno para rendimento financeiro.<br />
A linha Clear Blocks B foi a que proporcionou os<br />
piores retornos para a empresa, tanto em termos percentuais<br />
como financeiros. Mesmo assim, o melhor nível<br />
foi a interação bitola 92 mm e fornecedor interno para<br />
rendimento percentual e os fatores isolados bitola 92<br />
mm e fornecedor interno para rendimento financeiro.<br />
O retrabalho de Clear Blocks elimina uma porcentagem<br />
significativa de perdas. No rendimento percentual<br />
das peças oriundas dessa atividade, tem-se o fornecedor<br />
interno como o melhor nível. Quanto ao rendimento<br />
financeiro, a bitola 92 mm e o fornecedor interno,<br />
além da interação entre estas variáveis, destacaram-se<br />
como os melhores níveis.<br />
Com relação ao estudo de rendimento, evidenciaram-se<br />
diferenças significativas principalmente nos<br />
fatores isolados, e algumas interações entre dois fatores,<br />
nunca os três, indicando que não há influência dos<br />
fatores quando trabalhados em conjunto.<br />
Acessórios industriais e<br />
serviços com qualidade<br />
e segurança<br />
• Engenharia de Aplicação<br />
• MANUTENÇÃO DE Válvulas Industriais<br />
• Calibração de Válvulas de Segurança<br />
Versão parcial. Para visualizar a versão<br />
integral, acesse: https://bit.ly/3dCQ9fx<br />
(41) 3245-0833 (41) 3239-6400 (41) 98527-8204<br />
ABRIL 2021 71
AGENDA<br />
AGENDA<br />
2021<br />
ABRIL<br />
20 A 23<br />
MADEREXPO<br />
LOCAL: LIMA (PERU)<br />
WWW.EXPOPERUINDUSTRIAL.<br />
COM/MADEREXPO<br />
MAIO<br />
18 A 21<br />
WOODPROCESSING LVIV<br />
LOCAL: LVIV (UCRÂNIA)<br />
WWW.GALEXPO.COM.UA<br />
JUNHO<br />
8 A 11<br />
FESQUA<br />
LOCAL: SÃO PAULO<br />
WWW.FESQUA.COM.BR<br />
LIGNA HANNOVER 2021<br />
27 DE SETEMBRO A 01 DE OUTUBRO<br />
HANNOVER (ALEMANHA)<br />
WWW.NFEIRAS.COM/LIGNA-HANNOVER-22/<br />
A CIDADE DE HANNOVER, NA ALEMANHA, SE TRANSFORMA NO FOCO DE ATENÇÃO<br />
PARA O MUNDO DA MADEIRA E A INDÚSTRIA MADEIREIRA. CONSIDERADA A MAIOR OU<br />
A MAIS IMPORTANTE FEIRA DO MUNDO NO SETOR, A LIGNA HANNOVER EXPÕE TODA<br />
A CADEIA DE PRODUÇÃO MADEIREIRA: DESDE A CAPTAÇÃO E O PROCESSAMENTO<br />
DA MADEIRA, ATÉ A PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE PRODUTOS DA MADEIRA E<br />
TECNOLOGIAS INOVADORAS DE TRATAMENTO DA MADEIRA, ENTRE OUTROS.<br />
AGOSTO<br />
9 A 12<br />
WORLD CONFERENCE ON<br />
TIMBER ENGINEERING<br />
LOCAL: SANTIAGO (CHILE)<br />
HTTP://WCTE2021.COM/<br />
SETEMBRO<br />
21 A 23<br />
NOVEMBRO<br />
3 A 5<br />
NOVEMBRO<br />
10 A 12<br />
EXPOBIOMASSA 2021<br />
LOCAL: VALLADOLID (ESPANHA)<br />
WWW.EXPOBIOMASA.COM/EN/SA-<br />
LON-GAS-RENOVABLE<br />
EXPOCORMA 2021<br />
LOCAL: CONCEPCIÓN (CHILE)<br />
WWW.EXPOCORMA.CL/<br />
LIGNUM BRASIL 2021<br />
LOCAL: PINHAIS (PR)<br />
HTTPS://LIGNUMLATINAMERICA.<br />
COM<br />
72 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
ESPAÇO ABERTO<br />
O POTENCIAL<br />
DA ISO 9001:2015<br />
C<br />
om o advento da internet e das redes sociais,<br />
uma miríade de informações é projetada sobre<br />
o gestor que, sem a capacidade de analisar<br />
todos os dados, pode tomar decisões que<br />
trarão dissabores para a própria organização.<br />
Embora o acesso à informação tenha crescido exponencialmente,<br />
o conhecimento aplicado ainda carece de ferramentas<br />
de gestão que minimizem os riscos associados<br />
à má gestão. Nesse sentido, a ISO 9001, a mais famosa<br />
metodologia de gestão conhecida, destaca-se como principal<br />
mecanismo de apoio ao planejamento e gestão das<br />
organizações.<br />
Fundamentada no ciclo de Deming ou ciclo de melhoria<br />
contínua, a ISO 9001 se caracteriza como uma ferramenta<br />
de gestão estruturada no planejamento (P), execução<br />
(D), monitoramento (C) e correção (A) de ações que<br />
objetivam a implementação eficaz da estratégia proposta<br />
por uma organização. Embora tenha aplicação prática<br />
e traga benefícios tangíveis a qualquer tipo de empresa<br />
(públicas e privadas), a metodologia tem desafios a serem<br />
superados.<br />
Recentemente, a Qualyteam foi parceira na sistemática<br />
de implantação do sistema de gestão da qualidade na<br />
ESMAT (Escola Superior da Magistratura Tocantinense),<br />
baseado na norma ABNT NBR ISO 9001:2015 – Sistema<br />
de Gestão da Qualidade. A implantação desse modelo<br />
de gestão em uma instituição pública é pioneira no segmento,<br />
não encontrando estudos de casos anteriores e<br />
resultados estatísticos que forneçam dados para uma análise<br />
comparativa.<br />
FUNDAMENTADA NO<br />
CICLO DE DEMING OU<br />
CICLO DE MELHORIA CONTÍNUA, A<br />
ISO 9001 SE CARACTERIZA COMO<br />
UMA FERRAMENTA DE GESTÃO QUE<br />
OBJETIVA A IMPLEMENTAÇÃO<br />
EFICAZ DA ESTRATÉGIA PROPOSTA<br />
POR UMA ORGANIZAÇÃO<br />
74 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021<br />
POR<br />
IVAN<br />
GONÇALVES<br />
SÓCIO-DIRETOR DA<br />
QUALYTEAM, EMPRESA<br />
ESPECIALIZADA<br />
EM SOLUÇÕES<br />
PARA GESTÃO DA<br />
QUALIDADE<br />
Notadamente, a implementação e a manutenção de<br />
um sistema de gestão dessa magnitude se constituem<br />
como objeto de inúmeros desafios. A Norma NBR ISO<br />
9001:2015, apesar de ser aplicável a diversos tipos de<br />
segmentos, é amplamente difundida no âmbito privado,<br />
mais especificamente em indústrias; um levantamento<br />
feito pela ISO Survey em 2018 mostrou que são certificadas<br />
878.664 empresas/instituições; destas, apenas 16.351<br />
(1,9%) encontram-se no Brasil; além disso, o estudo demonstrou<br />
ainda que apenas 4.434 (0,5%) são instituições<br />
públicas certificadas no mundo, sendo que destas apenas<br />
66 (0,008%) são instituições públicas brasileiras, feito que<br />
reforça o caráter inovador da implantação em uma instituição<br />
pública no segmento educacional.<br />
Ainda no levantamento feito pela ISO, constata-se<br />
que no segmento educacional são certificadas apenas<br />
13.459 (1,53%) empresas/instituições no mundo; destas,<br />
apenas 104 (0,012%) são brasileiras no segmento educacional<br />
– e a esmagadora maioria é do âmbito privado.<br />
Portanto, a implantação deste modelo de gestão em uma<br />
instituição pública no segmento educacional é pioneira,<br />
principalmente em se tratando de Escolas Superiores da<br />
Magistratura, sejam elas estaduais ou federais, não sendo<br />
encontrados estudos de caso anteriores e resultados<br />
estatísticos que forneçam dados para uma análise comparativa.<br />
Os resultados apresentados no quesito satisfação do<br />
cliente alcançaram média de 96,54%, superando até mesmo<br />
índices de satisfação já considerados altos, como os<br />
da ENFAM (Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento<br />
de Magistrados), que nos anos 2015 e 2017 atingiram<br />
índices de satisfação de 89% e 92% respectivamente.<br />
Este feito leva a ESMAT a ter um dos melhores resultados<br />
do país no quesito satisfação do cliente, o que reforça o<br />
alinhamento da sua missão: “Formar e aperfeiçoar magistrados<br />
e servidores em busca de boas práticas e da excelência<br />
da prestação jurisdicional.”<br />
Foto: Diana Dornelles
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