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Revista VOi 184

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entrevista<br />

Modelo, ator, apresentador e cantor: essas atividades<br />

formam o profissional que é hoje. Qual a importância<br />

de cada uma das áreas e como elas se completam?<br />

Todas elas são muito importantes. A profissão de modelo<br />

me deu uma visão de mundo, me abriu as portas para<br />

falar idiomas, lugares, pessoas e culturas diferentes, me<br />

deu a oportunidade de observar bastante as pessoas<br />

contribuindo para a profissão de ator e de apresentador.<br />

Como cantor toda essa bagagem acabou ajudando muito,<br />

trazendo mais segurança e mais incentivo para cantar<br />

de forma mais profissional.<br />

Como foi seu início de carreira?<br />

Comecei como modelo, trabalhei 7 anos fora, e na volta<br />

dessa temporada internacional, fui convidado para fazer<br />

um teste para apresentar um programa na Bandeirantes,<br />

em 1997, e a partir daí, fui mordido pelo bichinho da<br />

televisão, comecei a estudar interpretação e as coisas<br />

foram acontecendo.<br />

O objetivo principal sempre foi atuar? Como descobriu<br />

que era isso que queria fazer pelo resto da vida?<br />

A atuação se tornou mais presente e depois da oportunidade<br />

de apresentar o programa “Brasil Verdade”, na<br />

Bandeirantes. Essa vontade foi crescendo e fui estudar,<br />

me dediquei bastante fazendo cursos de interpretação,<br />

teatro, cinema. Na minha primeira oportunidade como<br />

ator na televisão, as coisas aconteceram de forma que<br />

não esperava e abriu portas para tudo que venho fazendo<br />

até hoje.<br />

Também faz trabalhos para o cinema e teatro. Como<br />

consegue conciliá-los com os trabalhos em novelas? Alguma<br />

dessas artes lhe agrada mais?<br />

Nesta época de pandemia está difícil conciliar qualquer<br />

coisa. Mas normalmente conseguimos fazer, às vezes,<br />

simultaneamente ou não, porque logo que se acaba de<br />

gravar uma novela, tem um período onde a televisão te<br />

dá uma trégua, daí faço teatro, costumo me dedicar à<br />

música. Pelo menos gosto de equilibrar bastante atuando<br />

em várias áreas. Não tenho uma preferida, amo trabalhar.<br />

Qual trabalho considera o mais marcante?<br />

Sem dúvida, na televisão, foi o meu primeiro, que foi<br />

o cocheiro Josué, em Terra Nostra, que pode alavancar<br />

minha carreira e no teatro, foi o musical New York, New<br />

York, que foi um trabalho maravilhoso e que me marcou<br />

bastante.<br />

Qual (is) artistas mais te marcaram e ou te impressionaram<br />

durante sua carreira de ator?<br />

Já vi trabalhos maravilhosos, tive a oportunidade de trabalhar<br />

com Raul Cortez, Antônio Fagundes, Rosamaria<br />

Murtinho, Juca de Oliveira, a felicidade em trabalhar<br />

com artistas sensacionais, extremamente generosos e<br />

que todos eles me marcaram de alguma forma na minha<br />

trajetória. Tenho muita gratidão a isso.<br />

Como é seu processo para a criação de um personagem?<br />

Todo trabalho que começo procuro me ater ao texto<br />

e ao contexto em que esse personagem está inserido,<br />

com quem ele contracena, onde ele está localizado na<br />

história, qual a influência desse personagem ao contar a<br />

história.<br />

Existe algum momento marcante que já passou em<br />

cena?<br />

Foram vários momentos marcantes ao longo desses 21<br />

anos de carreira. Cada trabalho tem o seu processo, sua<br />

importância, seja no teatro, na TV ou no cinema. Sinceramente,<br />

não saberia dizer um momento mais marcante,<br />

cada um tem uma emoção diferente.<br />

Esse período de isolamento social serviu para se dedicar<br />

mais à arte? Como ocupou o seu tempo durante a quarentena?<br />

Período de isolamento é muito complicado, onde temos<br />

emoções muito a flor da pele e acaba tendo oportunidade<br />

de estudar, de ver muita coisa, de assistir TV, ler muito<br />

e foi isso que fiz, acabei me dedicando às coisas que<br />

sempre quis fazer e não tinha tempo, como, me dedicar<br />

a música, ao universo do vinho (que sou apaixonado),<br />

consegui fazer alguns programas de vinho e colocar no<br />

meu canal no youtube. Tudo de forma bem experimental.<br />

Mesmo sendo o isolamento um período complexo,<br />

sofrível, é extremamente rico também para a gente<br />

aprender a superar estes momentos de dificuldade.<br />

Passa uma imagem de elegância e discrição. É assim no<br />

cotidiano também?<br />

Sou bastante discreto, gosto das coisas simples, de andar<br />

de metrô, a pé, de bicicleta, enfim, valorizo muito a<br />

natureza e para mim, é algo que não consigo abrir mão.<br />

Sou como todos, um cidadão comum.<br />

Falando em elegância, qual seu estilo? É um cara vaidoso?<br />

Do que não abre mão?<br />

Não saberia definir meu estilo. O estilo é o básico, sou<br />

um cara bem básico. Em relação a vaidade, acho que<br />

quanto mais velho, mais idade vamos ganhando, mais<br />

vaidoso vamos ficando, sem dúvida nenhuma. Hoje me<br />

considero mais vaidoso, que há alguns anos. Não abro<br />

mão de uma boa qualidade de vida, uma alimentação<br />

saudável, exercícios com frequência. Isso faz a diferença<br />

28<br />

ABRIL 2021<br />

revistavoi.com.br

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