*Maio/2021 Referência Florestal 229
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ENTREVISTA<br />
Vantagens em se adotar o sistema de drones dentro da floresta<br />
UMA NOVA ERA<br />
UM SÉCULO DE HISTÓRIA UNINDO<br />
INOVAÇÃO E TECNOLOGIA<br />
A NEW ERA<br />
A CENTURY OF HISTORY UNITING<br />
INNOVATION AND TECHNOLOGY
SUMÁRIO<br />
38<br />
EVOLUÇÃO<br />
CONSTANTE<br />
MAIO <strong>2021</strong><br />
06 Editorial<br />
08 Cartas<br />
10 Bastidores<br />
12 Coluna Ivan Tomaselli<br />
14 Notas<br />
28 Coluna Cipem<br />
30 Frases<br />
32 Entrevista<br />
38 Principal<br />
44 Espécie<br />
50 Minuto Floresta<br />
52 Fiscalização<br />
54 Transporte<br />
58 Economia<br />
62 Ciência<br />
66 Pesquisa<br />
72 Agenda<br />
74 Espaço Aberto<br />
54<br />
62<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
09 Agroceres<br />
05 Bayer<br />
31 Bismaq<br />
07 BKT<br />
11 Carrocerias Bachiega<br />
73 Chico Moreira Soluções Florestais<br />
57 D’Antonio Equipamentos<br />
76 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
29 DRV Ferramentas<br />
25 Engeforest<br />
35 Fabriktec<br />
23 Francio Soluções Florestais<br />
33 GF Pneus<br />
65 Globalmac<br />
61 Hansa Flex<br />
19 J de Souza<br />
37 Komatsu Forest<br />
75 Log Max<br />
27 Mill Indústrias<br />
49 Prêmio REFERÊNCIA<br />
15 Rotary-Ax<br />
21 Rotor Equipamentos<br />
13 Sergomel<br />
17 Unibrás<br />
51 Workshop online<br />
04 www.referenciaflorestal.com.br
EDITORIAL<br />
Promessas<br />
e o futuro<br />
Com a chegada da vacina, a vida poderá voltar ao<br />
normal em breve. E o setor florestal, que mostrou muita<br />
força durante este pedregoso período, poderá crescer ainda<br />
mais, investindo em conhecimento técnico e em tecnologia.<br />
Prova disto, a entrevista deste mês traz uma conversa com<br />
Daniel Estima Bandeira, diretor da Skydrones, empresa que<br />
tem trazido ao mercado o sistema de drones para a rotina<br />
das florestas brasileiras. Na editoria de Ciência, abordamos<br />
o lançamento da cartilha sobre a durabilidade natural de<br />
madeiras oriundas da Amazônia, criada pelo LPF (Laboratório<br />
de Produtos Florestai), vinculado ao SFB (Serviço <strong>Florestal</strong><br />
Brasileiro). Além disso, você poderá conferir reportagens nas<br />
editorias de Economia, Transportes e Pesquisa, assim como,<br />
novidades do setor. Ótima leitura!<br />
2<br />
1<br />
Na capa dessa edição os<br />
100 anos da Komatsu, uma<br />
das líderes do mercado de<br />
máquinas florestais no mundo<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXIII • N°<strong>229</strong> • Maio <strong>2021</strong><br />
ENTREVISTA<br />
Vantagens em se adotar o sistema de drones dentro da floresta<br />
UMA NOVA ERA<br />
UM SÉCULO DE HISTÓRIA UNINDO<br />
INOVAÇÃO E TECNOLOGIA<br />
A NEW ERA<br />
A CENTURY OF HISTORY UNITING<br />
INNOVATION AND TECHNOLOGY<br />
PROMISES AND THE FUTURE<br />
With the arrival of the vaccine, life may return to normal<br />
soon. And the Forestry Sector, which has shown much<br />
strength during this stony period, could grow even more by<br />
investing in technical knowledge and technology. Proof of<br />
this, this month’s interview has a conversation with Daniel<br />
Estima Bandeira, Managing Director of Skydrones. This<br />
Company has brought to the market the drone system for<br />
the routine of Brazilian forests. In the Science Section, we<br />
discuss the launch of the booklet on the natural durability of<br />
the timber originating in the Amazon Forest, created by the<br />
Forest Products Laboratory (LPF), linked to the Brazilian Forest<br />
Service (SFB). In addition, you can check out the stories in<br />
the Economics, Transport, and Research Sections, as well as<br />
industry news. Pleasant reading!<br />
Entrevista com<br />
Daniel Estima Bandeira<br />
Operação Handroanthus<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXIII - EDIÇÃO <strong>229</strong> - MAIO <strong>2021</strong><br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Luiz Kozak<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Cipem<br />
Ivan Tomaselli<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Gabriel Faria<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
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Tainá Carolina Brandão<br />
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fone: +55 (41) 3333-1023<br />
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A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
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to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
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CARTAS<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
TRANSPORTE Cuidados com logística garantem a segurança no segmento de base florestal<br />
Capa da Edição 228 da<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de abril de <strong>2021</strong><br />
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PARA CUIDAR DO SOLO<br />
INDÚSTRIA DE FERTILIZANTES SAI NA FRENTE<br />
COM TECNOLOGIA DE NANOPARTÍCULAS<br />
Ano XXIII • N°228 • Abril <strong>2021</strong><br />
TAKING CARE OF THE SOIL<br />
A FERTILIZER PRODUCER COMES OUT AHEAD<br />
USING NANOPARTICLE TECHNOLOGY<br />
MANEJO FLORESTAL<br />
Por Larissa Valentim – engenheira florestal – Cuiabá (MT)<br />
Manejo florestal sustentável é vida!<br />
ENTREVISTA<br />
Foto: divulgação<br />
Por Diogo Junqueira – empresário – Florianópolis (SC)<br />
Muito positiva a entrevista sobre silvicultura em Santa<br />
Catarina. Parabéns!<br />
PRINCIPAL<br />
Por Gustavo Souza – empresário – Belém (PA)<br />
Muito interessante a tecnologia de fertilizantes da Polli. É o<br />
que o setor precisa para o futuro!<br />
Foto: divulgacão<br />
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CURTA NOSSA PÁGINA<br />
08 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />
@referenciaflorestal<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados também para redação<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
Tecnologia Mirex-S2 e MIPIS<br />
FOCO TOTAL NO RESULTADO<br />
Levantamentos e acompanhamentos pré e pós controle.<br />
Avaliações de danos.<br />
Análises situacionais das infestações.
BASTIDORES<br />
Revista<br />
Fotos: divulgação<br />
COMUNIDADE INDÍGENA<br />
Estamos preparando um material especial sobre a independência das comunidades indígenas. Com o apoio do governo<br />
federal e da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) os índios poderão usufruir da floresta e viver dela dentro do conceito<br />
de manejo sustentável. Assim as comunidades indígenas não mais dependerão dos resquícios de verbas de ONGs, por<br />
exemplo, que mantêm os índios subordinados, sem proporcionar a eles uma adequada condição de vida. Através do<br />
trabalho de manejo sustentável nas florestas onde vivem, poderão ter o próprio sustento, inclusive para as futuras<br />
gerações, cuidando da floresta de forma racional, evitando assim, o desmatamento da floresta amazônia.<br />
ALTA<br />
IMPACTO POSITIVO<br />
Um setor que planeja, cultiva e projeta o amanhã. Com<br />
esse mote, a APRE (Associação Paranaense de Empresas<br />
de Base <strong>Florestal</strong>) lança o primeiro material de uma<br />
série de conteúdos que serão produzidos em <strong>2021</strong> para<br />
divulgar os impactos positivos do setor de florestas<br />
plantadas para a sociedade. O lançamento marca ainda<br />
a comemoração pelo Dia Internacional das Florestas,<br />
celebrado no dia 21 de março. Nesse primeiro vídeo, é<br />
possível conhecer alguns dos resultados gerados pelo<br />
segmento no Paraná por um setor que tem focado em<br />
produzir soluções para a nova economia, que passa a<br />
estar mais centrada nas pessoas, em inovações disruptivas,<br />
ampliando a atuação harmônica entre produção,<br />
avanços sociais e conservação ambiental. O material<br />
pode ser conferido no canal do youtube da APRE.<br />
MAIO <strong>2021</strong><br />
CONFIANÇA EM QUEDA<br />
O ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial)<br />
registrou uma queda de 5,1 pontos em março deste<br />
ano, quando atingiu 54,4 pontos, informou a CNI (Confederação<br />
Nacional da Indústria). Segundo a entidade,<br />
essa foi a terceira maior queda mensal da série histórica,<br />
ficando abaixo somente dos recuos verificados em<br />
junho de 2018, consequência da paralisação dos caminhoneiros,<br />
e em abril de 2020, devido à pandemia.<br />
Essa também foi a terceira queda seguida do indicador.<br />
Apesar disso, pela metodologia utilizada, os empresários<br />
ainda estão confiantes. Isso porque o índice varia<br />
de zero a 100 pontos, sendo que valores acima de 50<br />
pontos indicam confiança do empresário.<br />
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COLUNA<br />
Previsão de redução na<br />
oferta de madeira em tora<br />
no mercado internacional<br />
Rússia está buscando atrair investimentos<br />
estrangeiros para promover o<br />
desenvolvimento da indústria florestal<br />
Ivan Tomaselli<br />
Diretor-presidente da Stcp<br />
Engenharia de Projetos Ltda<br />
Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
Em 2020 a<br />
importação<br />
chinesa de<br />
madeira em<br />
toras de<br />
coníferas<br />
(Pinus) do Brasil<br />
atingiu cerca<br />
de 350 mil m 3<br />
(99% do total<br />
exportado)<br />
O<br />
comércio internacional de<br />
madeira de toras movimenta<br />
cerca de 140 milhões de m 3<br />
(metros cúbicos), ou US$<br />
16 bilhões por ano. Entre os<br />
maiores exportadores estão a Rússia, EUA<br />
(Estados Unidos da América) e Nova Zelândia.<br />
Nos últimos 10 anos a Rússia exportou<br />
entre 15 e 20 milhões de m 3 , mais de 10% do<br />
comércio mundial. Os principais importadores<br />
de toras russas foram a China e Finlândia<br />
(90%).<br />
Recentemente a Rússia anunciou que irá<br />
iniciar um processo de redução das exportações<br />
de toras e produtos primários. Em 2022<br />
irão ser reduzidas as exportações de toras<br />
de coníferas de processo e também de toras<br />
para laminação (Birch). Na sequência serão<br />
impostas restrições à exportação de madeira<br />
serrada verde e possivelmente também<br />
as de cavacos e de alguns tipos de painéis<br />
de madeira. Esta decisão da Rússia deverá<br />
afetar o mercado internacional de produtos<br />
florestais, particularmente o de toras.<br />
A Nova Zelândia é atualmente o maior<br />
fornecedor de toras para a China, e deverá<br />
aumentar a sua participação para atender a<br />
limitação de suprimento a partir da Rússia.<br />
No entanto esta alternativa de suprimento<br />
vai depender dos preços das toras, que<br />
deverão aumentar. Recentemente a Nova<br />
Zelândia firmou um acordo de livre comércio<br />
com a China que inclui uma redução de tarifas<br />
para produtos de valor agregado.<br />
A China também terá a possibilidade de<br />
suprimento de madeira em toras de países<br />
europeus, no entanto os preços desta fonte<br />
são mais elevados e o crescimento da demanda<br />
na Europa será uma limitante, espe-<br />
cialmente para toras de coníferas de melhor<br />
qualidade. O cenário indica que a redução<br />
das exportações de toras pela Rússia irá forçar<br />
a China a aumentar as importações de<br />
produtos de madeira processada, uma tendência<br />
que já iniciou nos últimos anos.<br />
Os novos investimentos russos para<br />
aumento da produção e modernização da<br />
indústria florestal na Sibéria e na região<br />
leste indicam que o país está apostando na<br />
alternativa de ser um supridor de produtos<br />
acabados para a China. O governo Russo está<br />
buscando atrair investimentos estrangeiros<br />
para promover o desenvolvimento da indústria<br />
florestal, e para tal tem um programa<br />
de redução de impostos e de facilitação ao<br />
acesso a créditos. Esta iniciativa tem atraído<br />
investidores finlandeses e também chineses.<br />
A China deverá também buscar uma<br />
diversificação das fontes de suprimento. De<br />
certa forma ela já vem buscando esta diversificação,<br />
e uma das novas fontes é a América<br />
Latina. Em 2020 a importação chinesa<br />
de madeira em toras de coníferas (Pinus) do<br />
Brasil atingiu cerca de 350 mil m 3 (99% do<br />
total exportado), um crescimento de mais<br />
de 100% em relação ao ano anterior. Já as<br />
importações de toras de não coníferas do<br />
Brasil em 2020 chegaram a mais de 600 mil<br />
m 3 (62% do total).<br />
O crescimento chinês da demanda de<br />
madeira em toras de outras fontes é, no<br />
curto prazo, uma oportunidade para o Brasil.<br />
Os preços internacionais deverão crescer e<br />
as exportações brasileiras deverão aumentar.<br />
No entanto isto poderá afetar o suprimento<br />
de madeira para a indústria local e o primeiro<br />
efeito será um aumento dos preços no<br />
mercado doméstico.<br />
12 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
O adeus do mestre<br />
O setor florestal perdeu no final de março, o sócio fundador<br />
da Rotary-Ax, Sr. Werner Krüger D’Almeida, pioneiro na fabricação<br />
de sabres e produtos para o corte florestal mecanizado no Brasil.<br />
Werner começou a sua vida no setor florestal em empresas<br />
como a Volvo do Brasil, Blount, Maxion e New Holland. Em 1999,<br />
juntamente com sua esposa Mara Lúcia Polo Krüger D’Almeida,<br />
resolveu montar a sua própria empresa, fundando a Rotary-Ax.<br />
Nesse período, Werner que sempre foi um entusiasta sobre corte<br />
florestal, conseguiu com a sua empresa competir no mesmo nível<br />
com os produtos importados, colocando a indústria brasileira em<br />
um excelente patamar.<br />
O mestre, como era carinhosamente chamado, deixou mais<br />
de 15 patentes industriais que revolucionaram e continuam<br />
revolucionando o mercado de corte florestal. A Rotary-Ax, desde<br />
2017, é uma grande parceira comercial da Revista REFERÊNCIA<br />
FLORESTAL. “Lamento muito a ausência do Sr. Werner. Todas<br />
as vezes que tive o prazer de conversar com ele, aprendi muito<br />
sobre produtos e sistemas de corte florestal”, lamenta Fábio<br />
Machado, diretor comercial da Revista. A continuidade do seu legado,<br />
seguirá nas mãos da esposa e sócia, Mara Lúcia Polo Krüger<br />
D’Almeida, da filha e engenheira Bruna Polo Krüger D’Almeida e<br />
do genro e engenheiro Victor Hugo Shinohara Viviani.<br />
Fotos: divulgação<br />
14 www.referenciaflorestal.com.br
otaryax<br />
rotaryaxoficial<br />
disco de<br />
fellerbuncher<br />
linha<br />
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do mercado<br />
Maior<br />
durabilidade<br />
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sua operação<br />
florestal!<br />
A ROTARY-AX<br />
NÃO INDICA A<br />
UTILIZAÇÃO<br />
COM HASTE<br />
ROSCADA<br />
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Sistema overlap<br />
linha<br />
dente de corte<br />
#7MM<br />
evolução rotary-ax<br />
linha<br />
dente de corte<br />
#3,5MM<br />
standard<br />
Outros<br />
produtos:
Foto: divulgação<br />
NOTAS<br />
Environmental Finance’s<br />
<strong>2021</strong> Bond Awards<br />
A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos<br />
desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, foi homenageada<br />
no prêmio Environmental Finance’s <strong>2021</strong> Bond Awards<br />
organizado pela Environmental Finance, mídia especializada<br />
em investimentos sustentáveis e finanças verdes. A empresa<br />
foi reconhecida na categoria Sustainability-linked Bond of the<br />
Year pela emissão de dois títulos sustentáveis no último ano<br />
nos valores de US$ 750 milhões e US$ 500 milhões, totalizando<br />
US$ 1,25 bilhão. A companhia foi a segunda do mundo<br />
e a primeira do hemisfério sul e das Américas a emitir esse<br />
tipo de bond atrelado a metas ambientais. “Estamos muito<br />
orgulhosos deste prêmio, vindo de uma publicação de tanto<br />
prestígio. A emissão dos primeiros títulos sustentáveis em<br />
nosso setor e nas Américas foi um marco importante para<br />
nossa empresa. Além do reconhecimento e da reputação, também alcançamos o menor índice da história das empresas brasileiras em<br />
títulos de dívida de 10 anos”, comemora Marcelo Bacci, diretor executivo de finanças, relações com investidores e jurídico da Suzano.<br />
Ainda de acordo com o executivo, este prêmio representa o compromisso e avanço da companhia na frente ESG, que é essencial para<br />
a geração de valor compartilhado. “Esperamos poder inspirar e estimular outras empresas a assumirem compromissos semelhantes,<br />
criando soluções sustentáveis e inovadoras para os diversos desafios que a nossa sociedade enfrenta.”<br />
Flona do Jamari<br />
O SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) coordenou a reunião<br />
extraordinária do Conselho Consultivo da Floresta Nacional<br />
do Jamari e a audiência pública para debater a proposta do<br />
edital de concessão florestal do lote III da Flona (Floresta<br />
Nacional) do Jamari, em Rondônia. Os encontros virtuais<br />
aconteceram, respectivamente, nos dias 23 e 24 de março,<br />
e contaram com a participação de autoridades dos municípios<br />
de Itapuã do Oeste, Cujubim e Candeias de Jamari,<br />
empresários do setor madeireiro, estudantes, moradores<br />
da região, representantes do SFB, do IBAMA, do ICMBIO<br />
(Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade),<br />
BNDES, organizações não-governamentais e associações locais. O objetivo dos eventos foi detalhar o processo de concessão florestal<br />
e apresentar a proposta de edital para a concessão da UMF (Unidade de Manejo <strong>Florestal</strong>) V da Flona do Jamari, com uma extensão<br />
de 38.4 mil ha (hectares). Essa área fazia parte da UMF III, que foi concedida à empresa Amata, em 2008. No entanto, esse contrato foi<br />
extinto, em 2020, por meio de um distrato amigável e permitiu a inclusão da UMF em novo processo licitatório. <strong>2021</strong> 02 24 audiência<br />
pública jamari. O diretor-geral adjunto do SFB, João Crescêncio, ressaltou que a realização da audiência pública está inserida na Lei<br />
11.284/2006 e visa dar transparência ao processo de concessão florestal e ouvir a comunidade e os setores público e privado envolvidos<br />
no processo. “A voz da comunidade que vive na floresta está presente na construção do edital e reforça a necessidade de aliar a<br />
sua conservação com a produtividade oriunda do manejo florestal sustentável.” O diretor de Concessão <strong>Florestal</strong> e Monitoramento do<br />
SFB, Paulo Carneiro, destacou que a realização da audiência é uma oportunidade para apresentar de maneira clara os dispositivos do<br />
edital. “Nesse momento é importante receber as contribuições que possam ajudar na melhoria do edital e na formatação do futuro<br />
contrato de concessão florestal.”<br />
Foto: divulgação<br />
16 www.referenciaflorestal.com.br
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NOTAS<br />
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Comércio entre Brasil<br />
e Estados Unidos<br />
A ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria<br />
de Madeira Processada Mecanicamente), representando<br />
o setor industrial madeireiro, integra a<br />
campanha que pede a aprovação no Congresso<br />
Nacional dos Protocolos de Facilitação de Comércio<br />
e de Boas Práticas Regulatórias entre Brasil<br />
e EUA (Estados Unidos da América). A iniciativa,<br />
liderada pela CNI (Confederação Nacional das<br />
Indústrias), Amcham Brasil e U.S Chamber of<br />
Commerce, conta com o apoio de 32 entidades<br />
empresariais, entre elas a Abimci. Por meio do envio<br />
de uma carta conjunta à Casa Civil, as instituições pedem celeridade no encaminhamento de mensagem ao congresso nacional para<br />
que seja iniciada a apreciação desses protocolos, que depende de aprovação dos parlamentares para entrar em vigor. Nos EUA, a definição<br />
dos procedimentos para vigência é de competência exclusiva do executivo. Os documentos concluídos em outubro de 2020 prevêem,<br />
entre outros pontos, a implementação de procedimentos aduaneiros eficientes e transparentes, redução de custos, cooperação<br />
na área de facilitação do comércio e fiscalização aduaneira e redução de burocracias de comércio bilateral entre os dois países. Quanto<br />
às boas práticas regulatórias, os protocolos abordam a necessidade de consultas públicas para novos regulamentos, definição de prazos<br />
para envio de contribuições, mecanismos para avaliar a necessidade de alteração regulatória e publicação da agenda regulatória.<br />
Cultivo<br />
do eucalipto<br />
Um das atividades realizadas pela EMBRA-<br />
PA Florestas, durante a edição online do Show<br />
Rural Coopavel <strong>2021</strong>, foi o lançamento do livro:<br />
Municípios formadores da Bacia do Paraná 3 e<br />
Palotina: estudos de clima, solos e aptidão das<br />
terras para o cultivo do eucalipto. A obra relata<br />
as ações de pesquisa desenvolvidas no projeto<br />
Bioeste Florestas e os resultados destes estudos,<br />
criados para dar bases mais sólidas ao plantio<br />
de eucalipto para a produção de energia a partir<br />
de biomassa florestal na região oeste do Paraná.<br />
O livro busca dar subsídio para agentes públicos<br />
e gestores de cooperativas, bem como, outros<br />
atores locais, visando um desenvolvimento mais<br />
sustentável e profissional da silvicultura regional.<br />
Com edição técnica dos pesquisadores da Embrapa<br />
Florestas, João Bosco Vasconcelos Gomes e<br />
Marcos Silveira Wrege, o livro reúne a contribuição<br />
de 16 autores em quatro capítulos.<br />
Foto: divulgação<br />
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FILIAL 2 : IMPERATRIZ-MA<br />
EQUIPAMENTOS QUE SUPORTAM<br />
O RIGOR DA FLORESTA.
NOTAS<br />
Taxa externa<br />
comum<br />
Depois de reduzir em 10% as tarifas de importação<br />
de máquinas, computadores e celulares, o Ministério da<br />
Economia quer estender o benefício aos demais produtos<br />
tarifados em conjunto com os países do Mercosul. Em<br />
nota oficial, o Ministério da Economia informou que a<br />
TEC (Tarifa Externa Comum) está desatualizada e é alta<br />
para os padrões atuais. “Trabalhamos pela redução transversal<br />
das nossas tarifas de importação, que passam pela<br />
modernização da TEC do Mercosul, que data de 1995 e<br />
não mais reflete a realidade produtiva atual. Estamos em<br />
negociação com nossos parceiros do Mercosul uma redução<br />
de 10% em todas as alíquotas. A base dessa negociação<br />
são os princípios da transversalidade, previsibilidade<br />
e gradualismo”, informou a pasta. A nota veio após reação de parte da indústria brasileira, que considerou que a medida anunciada<br />
prejudica diversos fabricantes nacionais de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção) e de bens de informática<br />
e de telecomunicações. Segundo o Ministério da Economia, o Brasil pode iniciar medidas de abertura comercial porque o custo Brasil<br />
(custo para manter empresas no país) diminuiu com uma série de reformas recentes.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
OCDE<br />
A ABIMCI (Associação Brasileira da<br />
Indústria de Madeira Processada Mecanicamente)<br />
passa a ter mais uma importante<br />
representação institucional para apresentar<br />
as demandas do setor industrial madeireiro.<br />
A associação integra desde fevereiro o OCDE<br />
(Grupo de Trabalho da Organização para a<br />
Cooperação e Desenvolvimento Econômico).<br />
A entidade atuará ao lado da Diretoria de<br />
Desenvolvimento Industrial e Economia da<br />
CNI (Confederação Nacional da Indústria). O<br />
objetivo é contribuir para a pauta de temas<br />
de interesse da indústria brasileira e elaborar<br />
estudos que apoiem a adesão do Brasil à<br />
OCDE. A participação do país na organização<br />
é considerada pelo setor industrial uma<br />
conquista importante que poderá contribuir<br />
para a modernização regulatória e das estruturas<br />
brasileiras de governança.<br />
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NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Mercado<br />
americano<br />
Em meio às adversidades de um período que restringiu a economia,<br />
a produção e a mobilidade em todos os mercados ao redor<br />
do mundo, a indústria brasileira de móveis e colchões mostrou,<br />
mais do que nunca, sua força e potencial de expansão. Dando<br />
sequência à trajetória positiva do último ano, as exportações moveleiras<br />
em janeiro de <strong>2021</strong> apresentaram crescimento de 36,9%<br />
comparando-se a igual mês de 2020. Os dados atualizados são do<br />
estudo: Monitoramento das Exportações; — parte do conjunto de<br />
ações mensais de inteligência comercial e competitiva do Projeto<br />
Brazilian Furniture, realizado pela ABIMÓVEL (Associação Brasileira<br />
das Indústrias do Mobiliário) em parceria com a APEX-Brasil<br />
(Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).<br />
Destaque para a exportação de estofados, que no primeiro mês do<br />
ano cresceu 47,4% na comparação com janeiro de 2020. Nas demais<br />
categorias monitoradas pelo estudo, os números também são<br />
animadores: colchões, 44,2%; móveis de madeira, 36%; e móveis de<br />
metal, 27,2%. Demonstrando, assim, oportunidades de internacionalização<br />
em todos os segmentos.<br />
Sob nova<br />
direção<br />
O novo diretor-geral do SFB<br />
(Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro), Pedro<br />
Alves Correa Neto, foi nomeado para<br />
uma reestruturação do órgão. “O<br />
SFB está fortalecido com a estrutura<br />
renovada, mais capaz de atender às<br />
necessidades do desenvolvimento<br />
agroambiental sustentável do Brasil”,<br />
disse Neto. A ministra da Agricultura,<br />
Tereza Cristina, foi a responsável por<br />
empossar a nova diretoria. A antiga Diretoria de Cadastro e Fomento <strong>Florestal</strong>, que cuida do CAR (Cadastro Ambiental Rural), mudou<br />
de nome e passa a se chamar Diretoria de Regularização Ambiental. Essa nova diretoria foi fortalecida pelo Decreto 10.662, e passa de<br />
duas para três coordenações gerais (Coordenação-Geral de Apoio aos Estados, Coordenação-Geral de Gestão do CAR, Coordenação-<br />
-Geral de Gestão do SICAR). Antes possuía apenas duas. João Adrien será o diretor substituto. A Diretoria de Concessão e Monitoramento<br />
<strong>Florestal</strong> recebeu a função de manter o Cadastro Nacional de Florestas Públicas. Antes essa função era da Diretoria de Cadastro<br />
e Fomento <strong>Florestal</strong>. A diretoria é comandada por Paulo Henrique Marostegan e Carneiro. A Diretoria de Pesquisa e Informação<br />
<strong>Florestal</strong> passa a se chamar Diretoria de Desenvolvimento <strong>Florestal</strong> e recebeu a Coordenação de Fomento <strong>Florestal</strong>, que antes estava<br />
subordinada à antiga Diretoria de Cadastro e Fomento <strong>Florestal</strong>. O diretor é Humberto Navarro de Mesquita Junior.<br />
Foto: divulgação<br />
22 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Manejo sustentável<br />
Em celebração ao dia Nacional da Conservação do Solo,<br />
a Bracell anunciou que tem realizado ações, nos Estados de<br />
São Paulo e Bahia, que visam ao manejo florestal sustentável<br />
como forma de melhorar o uso do solo, fazendo com<br />
que ele permaneça preservado e rico em nutrientes. João<br />
Fernando Silva, gerente de Silvicultura da Bracell, informa<br />
algumas destas ações, que têm início já na produção de<br />
mudas, obtidas a partir de materiais genéticos oriundos de<br />
árvores matrizes selecionadas e melhoradas. A empresa<br />
realiza também o planejamento de implantação – com a<br />
definição do uso do solo, objetivando maximizar o campo<br />
de plantio e delimitar as áreas de proteção ambiental. Ainda<br />
de acordo com João, o preparo de solo é realizado de forma<br />
mecanizada e apenas a linha de plantio é preparada (subsolada)<br />
– uma técnica chamada de cultivo mínimo. Além disso,<br />
a empresa adota o plantio em nível para as áreas com declividade, o que favorece a manutenção da umidade e dos nutrientes no solo,<br />
mitigando o risco de erosão e lixiviação. “Outro ponto importante é em relação à conservação química do solo. Para isso, sempre fazemos<br />
aporte de nutrientes, por meio de nutrição mineral. Este trabalho de conservação e melhoramento ocorre a partir de uma análise<br />
complexa e detalhada realizada pelo nosso setor de pesquisa, antes de fazer um novo plantio de eucalipto. Desta forma, garantimos<br />
os nutrientes necessários para nunca exaurir o solo”, ressalta João, informando que “a Bracell consegue melhorar, em algumas áreas, a<br />
qualidade do solo, deixando-o mais rico do que a média da região.”<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Ibá 7 anos<br />
Em abril, a IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores) comemorou 7<br />
anos de existência. Um caminho recheado de conquistas ao lado<br />
das empresas associadas, protagonistas fundamentais desse trabalho<br />
institucional. E, para marcar esta data, a IBÁ trouxe duas ações<br />
que valorizam o setor de árvores cultivadas. Alguns depoimentos<br />
de nomes do setor comentam sobre a força desta agroindústria e o<br />
trabalho de suporte da associação durante todos os anos. Será lançado<br />
um vídeo por semana até o início de maio, destacando a construção<br />
conjunta e consolidação deste setor, uma referência para<br />
o mundo. O primeiro vídeo conta com a participação de Horacio<br />
Lafer Piva, presidente do Conselho Deliberativo da IBÁ; Sabrina de<br />
Branco, gerente de Relações Institucionais da Bracell; Sérgio Ribas,<br />
diretor-presidente da Irani; Carlos Aguiar, membro do Conselho<br />
Consultivo da IBÁ; Ivone Namikawa, consultora de Sustentabilidade<br />
<strong>Florestal</strong> da Klabin. Para conferir o material, acesse o canal no<br />
youtube da instituição.<br />
24 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Corredor<br />
de árvores<br />
Foi concluída, em março deste ano, a primeira etapa de<br />
implantação do corredor de árvores na região do Araguaia,<br />
batizado de: Corredor de Biodiversidade do Araguaia; que<br />
faz a conexão do Cerrado com a floresta amazônica, perpassando<br />
por seis Estados da região norte e centro-oeste<br />
do Brasil. De acordo com reportagem do portal Ciclo Vivo,<br />
este corredor criará uma artéria verde com 2.600 km (quilômetros)<br />
de extensão e 40 km de largura, sendo 20 km de<br />
cada lado da margem do rio Araguaia e Tocantins. Com área<br />
total de 10,8 milhões de ha (hectares), a meta é reflorestar 1<br />
milhão de ha – que hoje estão degradados ou desmatados –<br />
com espécies nativas do Cerrado e da Amazônia. Para tanto,<br />
calcula-se que sejam necessários 1,7 bilhão de árvores. O<br />
ambicioso programa de plantio foi desenvolvido pela Fundação<br />
Black Jaguar, do empresário holandês Ben Valks. Além<br />
de restaurar a fragmentada paisagem do corredor ecológico,<br />
o projeto contribuirá para a preservação da fauna e flora e<br />
para a produção agroflorestal.<br />
Exportações<br />
acreanas<br />
O Estado do Acre tem muito a comemorar neste<br />
início de ano. Além de ser um dos principais produtores e<br />
exportadores de madeira tropical, a região ainda possui a<br />
menor taxa de desmatamento entre todos os Estados da<br />
Amazônia Legal. E o valor das exportações acreanas no setor<br />
de florestas anima ainda mais os produtores. O montante<br />
de negociações internacionais da madeira representou 28%<br />
da remessas totais do Estado, que valiam US$ 8 milhões,<br />
de acordo com o Observatório de Permanente Fórum de<br />
Desenvolvimento do Acre, mas em 2019 as exportações de<br />
madeira foram de US$ 12 milhões. O principal destino das<br />
exportações da madeira e produtos derivados do Estado do<br />
Acre em 2020 foram os EUA (Estados Unidos da América)<br />
com 41%, seguido pela Holanda com 19%, e China com 12%.<br />
Os principais portos de exportação foram Manaus (53%) no<br />
Estado do Amazonas, Paranaguá (42%), no Estado do Paraná,<br />
região sul do Brasil.<br />
Foto: divulgação<br />
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Parceria com EMBRAPA<br />
deve impulsionar estudos<br />
de manejo florestal<br />
A ampliação das<br />
pesquisas em<br />
torno do Manejo<br />
<strong>Florestal</strong> contribui<br />
diretamente para<br />
a continuidade e<br />
aprimoramento<br />
da atividade<br />
respeitando a<br />
legislação<br />
Iniciativa visa apresentar à sociedade<br />
o manejo florestal como atividade<br />
sustentável e essencial<br />
O<br />
CIPEM se reuniu, em abril, com representantes da EMBRAPA (Empresa<br />
Brasileira de Pesquisa Agropecuária), da unidade EMBRAPA Florestas, para<br />
dialogar sobre pesquisas florestais. A reunião ocorreu de modo remoto e<br />
teve como pauta central a definição das próximas etapas para os estudos<br />
de manejo florestal e também, de elaboração de projetos que incentivem e<br />
deem maior visibilidade à prática e aos trabalhos derivados dela e dos respectivos estudos.<br />
Um dos assuntos que nortearam a reunião foi o estudo de MFS (Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável)<br />
do Ipê, que será utilizado como modelo para desenvolver MFS de outras espécies<br />
florestais autorizadas. Para isso, os participantes discutiram sobre a condução deste estudo,<br />
desde a metodologia empregada, à divulgação dos resultados e o encaminhamento para o<br />
Jardim Botânico. Outro ponto discutido foi sobre a necessidade de estruturar as questões<br />
burocráticas que envolvem os estudos sobre manejo florestal, para que os resultados sejam<br />
validados pelos órgãos ambientais competentes.<br />
Nesse sentido, a parceria firmada entre CIPEM e EMBRAPA objetiva apresentar à sociedade<br />
o manejo florestal como atividade sustentável e essencial. Outro objetivo é o de<br />
fomentar a revisão e modernização de normas que regulam a atividade. Rafael Mason, presidente<br />
do CIPEM, agradeceu a parceria e reafirmou o compromisso em programar novas<br />
agendas técnicas para evoluir no conceito de produzir e conservar. “O CIPEM, SINDUSMAD<br />
juntamente com os demais Sindicatos Empresariais da base florestal de Mato Grosso reforçam<br />
seu compromisso com a floresta”, afirmou.<br />
Conforme apontou a EMBRAPA, não há forma mais eficaz de garantir a proteção às<br />
florestas, do que o aumento de áreas manejadas em todo país. Pois é o único uso do solo<br />
que não remove a cobertura florestal. Dessa forma, as próximas ações estabelecidas em<br />
conjunto, durante a reunião, consistem em somar esforços para ampliar os estudos e prática<br />
de MFS. São elas: Realizar agenda com o Jardim Botânico; solicitar e delimitar área para estudos<br />
de manejo florestal, definindo de 2 a 3 empresas que manejam Ipê, para serem amostradas;<br />
identificar proprietários para solicitar permissão de realização dos estudos; efetuar<br />
estes levantamentos com o apoio do CIPEM; verificar a disponibilidade das imagens das<br />
propriedades pelo Estado; Planejar visita do Pesquisador Evaldo Muñoz Braz, responsável<br />
por gerenciar os estudos; desenvolver demonstrativo parcial do que foi executado no estudo<br />
de MFS do Ipê entre os dias 5 e 9 de abril e, identificar as principais demandas do setor<br />
para novos ajustes e pesquisas.<br />
A ampliação das pesquisas em torno do manejo florestal contribui diretamente para a<br />
continuidade e aprimoramento da atividade respeitando a legislação. Outro ponto é que,<br />
aprofundar no tema, também auxiliará na desconstrução de conceitos errôneos preestabelecidos<br />
e que prejudicam o setor, como a associação da produção florestal com o desmatamento,<br />
por exemplo. Assim, o CIPEM entende que se faz essencial a continuidade da<br />
parceria firmada com a EMBRAPA para executar esta importante tarefa com a manutenção<br />
da floresta em pé e a sociedade.<br />
https://cipem.org.br<br />
EMBRAPA FLORESTAS<br />
A EMBRAPA Florestas atua de forma cooperativa com universidades, instituições estaduais<br />
de pesquisa, empresas de assistência técnica e de extensão rural, organizações<br />
não-governamentais, empresas e associações do setor privado, poder público, instituições<br />
internacionais, produtores e suas associações, cooperativas, entre outros parceiros.<br />
Para conferir o artigo na íntegra, acesse: https://cipem.org.br/parceria-com-embrapa-<br />
-deve-impulsionar-estudos-de-manejo-florestal/<br />
28 www.referenciaflorestal.com.br
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FRASES<br />
Foto: divulgação<br />
O setor madeireiro é carente de<br />
incentivos econômicos, como linhas<br />
de crédito, para o financiamento<br />
das suas operações. Além disso, o<br />
setor de florestas nativas enfrenta<br />
a concorrência desleal com a<br />
atividade de exploração ilegal.<br />
É preciso vigilância constante<br />
do poder público para coibir a<br />
ilegalidade”<br />
Álvaro Scheffer Junior, presidente da APRE<br />
(Associação Paranaense de Empresas de<br />
Base <strong>Florestal</strong>)<br />
“A mudança do SFB (Serviço<br />
<strong>Florestal</strong> Brasileiro) para o<br />
Ministério da Agricultura,<br />
Pecuária e Abastecimento<br />
reforça o empenho do Governo<br />
Federal em aliar a conservação<br />
ambiental com a agenda<br />
produtiva. É preciso olhar para<br />
as florestas públicas como um<br />
instrumento de geração de renda<br />
para a comunidade que vive<br />
nelas, de desenvolvimento da<br />
bioeconomia, ao mesmo tempo<br />
em que conservamos o meio<br />
ambiente”<br />
Valdir Colatto, diretor-geral do SFB (Serviço<br />
<strong>Florestal</strong> Brasileiro)<br />
“Acreditamos que essa<br />
parceria irá gerar bons frutos.<br />
Trabalho em grupo é muito<br />
produtivo e contar com uma<br />
representação tão atuante e<br />
abrangente como a da ABAF<br />
criará muitas oportunidades.<br />
Agradecemos o convite, nos<br />
associarmos à ABAF é uma<br />
grande satisfação”<br />
Maíra Venturoli, representante da área<br />
comercial da Cruzeta e Madeiras Venturoli,<br />
nova associada da ABAF (Associação Baiana das<br />
Empresas de Base <strong>Florestal</strong>)<br />
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ENTREVISTA<br />
Tecnologia a<br />
FAVOR DO<br />
PRODUTOR<br />
Technology in favor<br />
of the producer<br />
Fotos: divulgação<br />
C<br />
ada vez mais utilizados pelo setor florestal, os<br />
drones vieram para ficar: auxiliam em tarefas<br />
mais complexas, cumprem trabalho em áreas<br />
cada vez maiores e promovem maior segurança<br />
ao operador. Para abordar este tema, a REFERÊNCIA FLORES-<br />
TAL entrevisou o diretor e CFO da Skydrones, Daniel Bandeira,<br />
que trouxe as particularidades e vantagens em se adotar o<br />
sistema de drones para dentro da floresta. Existe desde 2010,<br />
os primeiros protótipos de drones e desde então fizemos o primeiro<br />
voo em estádio, fotografia e filmagem. Em 2016 começamos<br />
a focar nos drones de pulverização, tecnologia própria,<br />
que basicamente atinge 90% do faturamento de drones de<br />
pulverização existentes no mercado nacional. Confira:<br />
I<br />
ncreasingly used in the Forestry Sector, drones have<br />
come to stay: they assist in the more complex tasks,<br />
work in increasingly more extensive areas, and<br />
promote better operator safety. To address this issue,<br />
REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong> entertained Daniel Bandeira, Director<br />
and CFO of Skydrones, who told us about the particularities and<br />
advantages of using the drone system in the forest. Our first<br />
drone prototypes have been around since 2010, and since then,<br />
we have made flights over stadiums, taken photos, and filmed.<br />
In 2016, we started to focus on spray drones, a technology that,<br />
now, is 90% of our billing for drones<br />
Check out below:<br />
ENTREVISTA<br />
Daniel Estima<br />
Bandeira<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Diretor/CFO Skydrones<br />
Director/CFO of Skydrones<br />
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />
MBA em Gestão de Tecnologia da Informação pela USP<br />
(Universidade de São Paulo)<br />
MBA in Information Technology Management, University of<br />
São Paulo (USP)<br />
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ENTREVISTA<br />
O drone consegue substituir<br />
15 pessoas no trabalho<br />
manual, com relatórios de<br />
aplicação, maior velocidade<br />
e menor custo<br />
>> Como a adoção de drones pode auxiliar no desenvolvimento<br />
do setor florestal brasileiro?<br />
De inúmeras formas. Nós, que trabalhamos desde 2017,<br />
realizamos nossos primeiros trabalhos para suprir as necessidades<br />
do pré-plantio, especialmente em áreas de encosta,<br />
pois tratores e aviões não podiam operar devido ao<br />
declive do terreno. O drone consegue substituir 15 pessoas<br />
no trabalho manual, com relatórios de aplicação, maior<br />
velocidade e menor custo. Após essa primeira experiência,<br />
tivemos atividades de dispersão de granulados, inseticidas<br />
e, atualmente, existem drones até mais modernos que<br />
possuem mapeamento, que identifica problemas e realiza<br />
aplicação em pontos necessários para evolução, sem contar<br />
o georreferenciamento e demais funcionalidades. Por<br />
exemplo, posso citar um cliente nosso que usa uma plataforma,<br />
criada pela Skydrones, que serve como radar para<br />
entender a compactação do solo e detectar formigueiros.<br />
Além disso tudo, existem projetos, ainda não implementados,<br />
na parte de vigilância com drones de alta duração,<br />
que podem prevenir incêndios florestais.<br />
>> Quais são as principais vantagens desses equipamentos<br />
em campo?<br />
Em nossos anos de experiência, podemos perceber que a<br />
segurança para o operador é uma das grandes vantagens,<br />
por não colocá-lo em situações que podem ser perigosas,<br />
assim como no quesito econômico. Um drone capacitado<br />
pode substituir 15 pessoas no campo. Sem contar todas as<br />
vantagens na gestão mais unificada de toda uma floresta.<br />
>> Na sua opinião, ainda há resistência de empresários<br />
do setor em investir em tecnologias como esta para a otimização<br />
de processos?<br />
Pelo contrário. Acho que essa fase já passou. Hoje em dia<br />
temos visto, em todas as empresas, uma vontade de iniciar<br />
as operações com drones. Muitas buscam terceirizar o processo<br />
ou até mesmo adquirir sua frota própria para, no mínimo,<br />
testar as funcionalidades dessa tecnologia. Estamos<br />
muito otimistas com o futuro para o setor de drones justamente<br />
por esse crescimento no interesse do consumidor.<br />
How can the use of drones help in the development<br />
of the Brazilian Forestry Sector?<br />
In countless ways, we have been working since 2017<br />
and carried out our first work to meet the pre-planting<br />
needs, especially on hillside areas, because<br />
tractors and airplanes could not operate due to the<br />
slope of the terrain. The drone can replace 15 people<br />
in manual labor with application reports, higher<br />
speeds, and lower costs. After this first experience,<br />
we carried out such activities as the dispersion of<br />
granules and insecticides. More modern drones<br />
even carry out mapping, which identifies problems<br />
and performs application in points necessary for the<br />
evolution of the forest, not counting georeferencing<br />
and other functionalities. For example, I can quote<br />
a customer who uses a platform created by Skydrones,<br />
which serves as a radar to understand soil<br />
compaction and anthill detection. In addition, there<br />
are projects not yet implemented in the surveillance<br />
area with high-duration drones, which can prevent<br />
the spread of forest fires.<br />
What are the main advantages of using this equipment<br />
in the field?<br />
In our years of experience, we have realized that<br />
operator safety is one of the significant advantages,<br />
by not putting him/her in dangerous situations and<br />
the economic aspect. A capable drone can replace 15<br />
people in the field. Not to mention all the advantages<br />
of unified management of an entire forest.<br />
In your opinion, is there still any resistance from entrepreneurs<br />
in the Sector to invest in technologies<br />
like this for process optimization?<br />
On the contrary, I think that phase is over. Today, in<br />
all companies, we have seen a willingness to start<br />
operations with drones. Many seek to outsource<br />
the process or even acquire their own fleet to test<br />
the functionalities of this technology. We are very<br />
optimistic about the future of the drone industry precisely<br />
because of this growth in customer interest.<br />
What are the main obstacles to a drone system not<br />
being widely used?<br />
These days, I don’t see any obstacles. What we<br />
need to understand is just the learning curve for the<br />
Brazilian market. But that is something that doesn’t<br />
have the proportion it had in 2017, for example.<br />
Technology has been evolving very fast, and the<br />
technical knowledge in the Brazilian market has<br />
accompanied this movement. And further, I say: this<br />
is a two-way street, because we also learn a lot from<br />
the customer, who present their needs and, in this<br />
way, we create new projects, aligned with customer<br />
needs.<br />
34 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
>> Quais são os principais obstáculos para que esse sistema<br />
de drones não seja amplamente utilizado?<br />
Para ser sincero, não vejo obstáculos hoje em dia. O que<br />
nós precisamos entender é apenas a curva de aprendizado<br />
do mercado brasileiro. Mas isso é algo que não tem a proporção<br />
que tinha em 2017, por exemplo. A tecnologia vem<br />
evoluindo muito rápido, e o conhecimento técnico do mercado<br />
brasileiro tem acompanhado esse movimento. E digo<br />
mais: esse é um aprendizado de duas mãos, pois também<br />
aprendemos muito com o cliente, que nos passa demandas<br />
e, desta forma, criamos novos projetos, alinhados às<br />
necessidades do consumidor.<br />
>> Que outras novas tecnologias semelhantes podem ser<br />
inseridas no setor florestal para diminuir custos e otimizar<br />
processos?<br />
Essa é uma pergunta interessante, pois a tecnologia de<br />
drones caminha conjuntamente à parte de telefonia, então<br />
temos cada vez mais uma participação em processamento<br />
de imagem, pois o drone é uma plataforma de aplicação e<br />
captação de imagens. Hoje já temos desenvolvido alguns<br />
projetos de IA (Inteligência Artificial), conectividade com o<br />
5G e toda uma gama de novas tecnologias.<br />
Can other similar new technologies be introduced<br />
into the Forestry Sector to reduce costs and optimize<br />
processes?<br />
This is an exciting question because drone technology<br />
goes hand in hand with telephony, so we increasingly<br />
have a stake in image processing because<br />
the drone is a platform for applying and capturing<br />
images. Today, we have already developed some<br />
Artificial Intelligence projects, connectivity with 5G,<br />
and a whole range of other new technologies.<br />
A tecnologia vem<br />
evoluindo muito rápido, e<br />
o conhecimento técnico<br />
do mercado brasileiro<br />
tem acompanhado esse<br />
movimento<br />
Foto: divulgação<br />
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CONHEÇA O NOVO<br />
CABEÇOTE S-162E<br />
DA KOMATSU<br />
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de grande porte, altamente produtivo e com um baixo custo de manutenção.<br />
Principais características da máquina:<br />
Cabeçote flexível<br />
e confiável<br />
Projeto robusto e<br />
componentes comprovados<br />
Descascamento eficaz com facas<br />
desgalhadoras especialmente projetadas<br />
que seguem a forma natural da árvore<br />
Braços do rolo de tração em ângulo para<br />
otimizar o processo de descascamento<br />
Quatro facas desgalhadoras móveis<br />
hidráulicas e uma faca superior fixa<br />
Faca fixa na parte traseira do cabeçote,<br />
otimizada para descascamento de eucalipto<br />
Tensionador de corrente<br />
automático<br />
Medição de diâmetro incluída como padrão,<br />
localizada no pivô do braço do rolo de tração<br />
ISSO É KOMATSU FOREST.<br />
TECNOLOGIA IMBATÍVEL PARA GARANTIR MAIS RESULTADOS E PRODUTIVIDADE!<br />
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Entre em contato: +55 (41) 98845 - 3211<br />
www.komatsuforest.com.br
PRINCIPAL<br />
Evolução<br />
CONSTANTE<br />
38 www.referenciaflorestal.com.br
Uma das líderes do mercado de máquinas<br />
florestais no mundo comemora 100 anos,<br />
pavimentados no sucesso do passado e na<br />
visão consistente de futuro<br />
Fotos: divulgação<br />
Maio <strong>2021</strong><br />
39
PRINCIPAL<br />
E<br />
m <strong>2021</strong>, a Komatsu, gigante do mercado de máquinas<br />
florestais, celebra um século de sucesso, enquanto a<br />
sua divisão florestal , a Komatsu Forest comemora seis<br />
décadas de excelência. A empresa fundada em maio<br />
de 1921 construiu ao longo dos anos uma reputação<br />
irretocável de desenvolvimento e qualidade. Deixando assim de<br />
ser um pequeno pinheiro (significado de seu nome em japonês:<br />
ko-matsu), para se tornar referência em seus ramos de atuação.<br />
Hoje o grupo conta com 219 empresas subsidiárias, mais de 60<br />
mil funcionários, está presente em vários países e é a segunda<br />
maior empresa de máquinas de mineração do mundo, segunda<br />
maior de máquinas de construção e uma das líderes de máquinas<br />
florestais. Aproveitando o momento marcante da empresa, a Komatsu<br />
decidiu pela unificação do seu posicionamento de marca,<br />
fazendo com que todas as empresas do grupo, como a Komatsu<br />
Forest, por exemplo, seja reconhecida apenas como Komatsu.<br />
Dessa forma, sua presença nos seis continentes será sempre<br />
reconhecida da mesma maneira em todas as áreas de atuação da<br />
empresa. A decisão de unificar as marcas teve foco na expansão da<br />
apresentação da marca para os clientes, realizada recentemente.<br />
Segundo o representante de operações do Brasil, Toshiro Okada,<br />
todas as empresas, que operam sob a marca Komatsu adotaram<br />
a nova estratégia de integração. “Essa unificação faz parte desta<br />
estratégia. Com isso, a Komatsu está empenhada em apresentar<br />
uma imagem corporativa globalmente padronizada, capaz de se comunicar<br />
de forma mais consistente em todos os diversos mercados<br />
e áreas geográficas”, enaltece Okada. Quando perguntado sobre<br />
a situação dos clientes da Komatsu diante das mudanças, Okada<br />
tranquiliza e valoriza os parceiros da empresa: “Com a unificação,<br />
a Komatsu passa a ser vista de forma única por seus clientes, consequentemente,<br />
gerando mais valor aos seus negócios”, garante o<br />
representante de operações da empresa no Brasil.<br />
UM NOVO CAPÍTULO, UM NOVO LEMA<br />
Mudar toda a estrutura da marca também levou a um novo<br />
Constant evolution<br />
One of the world’s leaders in the forest<br />
machinery market celebrates 100 years, with<br />
a road paved with past successes and a<br />
consistent vision of the future<br />
I<br />
n <strong>2021</strong>, Komatsu, a giant in the forestry machinery<br />
market, celebrates a century of success, while its forest<br />
division, Komatsu Forest, celebrates six decades of excellence.<br />
Over the years, the Company, founded in May 1921,<br />
has built an untouchable reputation for development and<br />
quality. Thus, no longer a small pine tree (meaning of its name<br />
in Japanese: ko-matsu), the Company has become a reference in<br />
its branches of operation. Today, the Group comprises 219 subsidiaries<br />
with more than 60 thousand employees and is present in<br />
many countries. It is the 2nd largest mining machine supplier, 2nd<br />
largest construction machinery supplier, and one of the leading<br />
suppliers of forestry machinery worldwide. Taking advantage of<br />
the Company’s landmark moment, Komatsu decided to unify the<br />
positioning of its brand, making all companies in the Group, such<br />
as Komatsu Forest, for example, being recognized only as Komatsu.<br />
Thus, its presence on the six continents will be recognized consistently<br />
in the same way in all areas of the Company’s operations.<br />
The decision, made recently, was to unify the brands and expand<br />
the Company’s presentation of its brand to customers. According<br />
to Toshiro Okada, Operations Representative in Brazil, all companies<br />
operating under the Komatsu brand have adopted the new<br />
integration strategy. “This unification is part of this strategy. With<br />
this, Komatsu is committed to presenting a globally standardized<br />
corporate image, capable of communicating more consistently<br />
across all diverse markets and geographic areas,” clarifies Okada.<br />
When asked about the situation of Komatsu’s customers in the<br />
face of the changes, Okada reassures and values the Company’s<br />
Nova Fábrica Komatsu Forest One: um passo em frente<br />
para o meio ambiente, para a igualdade e integração<br />
40 www.referenciaflorestal.com.br
commercial relationships: “With unification, Komatsu is now seen<br />
uniquely by its customers, consequently generating more value to<br />
its business,” says the Operations Representative in Brazil.<br />
A NEW CHAPTER, A NEW MOTTO<br />
Changing the entire structure of the brand also led to a new<br />
slogan. Leaving aside mottos that could be directed only to the<br />
performance segments of each area, the motto chosen was<br />
“Creating Value Together.” “It concerns our mission which is to<br />
create value through production and technological innovation<br />
to ensure a sustainable future where people, businesses, and the<br />
planet thrive together,” explains Okada. Also, according to the<br />
new motto, Okada clarifies the depth of the slogan. “Creating<br />
Value refers to the products, solutions, information, activities,<br />
and services provided by Komatsu employees and distributors.”<br />
The Company’s focus is on sustainability and looking to a<br />
better future. “While ‘Together’ indicates that we conduct our<br />
activities and create solutions in collaboration with all stakeholders,<br />
not just our interests,” adds Okada, valuing the Company’s<br />
new business cycle.<br />
slogan. Deixando de lado lemas que pudessem ser direcionados<br />
apenas aos segmentos de atuação de cada área, o mote escolhido<br />
foi Creating value together (Criando valor juntos). “Ele diz respeito<br />
ao nosso propósito, que é criar valor por meio de produção e<br />
inovação tecnológica para garantir um futuro sustentável onde<br />
pessoas, negócios e o planeta prosperem juntos”, explica Okada.<br />
Ainda segundo o novo lema, Okada esclarece a profundidade do<br />
slogan. “Criando valor refere-se aos produtos, soluções, informações,<br />
atividades e serviços fornecidos pelos funcionários e<br />
distribuidores da Komatsu.”<br />
O foco da empresa está na sustentabilidade e no olhar para um<br />
futuro melhor. “Enquanto, juntos, indica que conduzimos nossas<br />
atividades e criamos soluções em colaboração com todas as partes<br />
interessadas, não apenas visando nossos próprios interesses”,<br />
completa Okada, valorizando o novo momento da empresa.<br />
KOMATSU NO BRASIL<br />
A Komatsu chega ao Brasil nos anos de 1960 através de importações<br />
e instala sua fábrica, a primeira fora do Japão, em 1975,<br />
menos de 15 anos depois da criação da então Komatsu Forest, sua<br />
divisão focada em máquinas e equipamentos florestais. Hoje a<br />
empresa conta com mais de 3,5 mil funcionários, entre fábricas e<br />
outras unidades, presentes em quatro Estados brasileiros. Além da<br />
exploração de recursos relacionados à madeira, a Komatsu produz<br />
máquinas para construção civil e mineração.<br />
Seu foco em excelência fez com que a entrada no país fosse<br />
baseada em dantotsu, palavra japonesa que significa incomparável.<br />
Essa busca constante pela primazia conquistou o mercado<br />
brasileiro e clientes, que estão com a marca há aproximadamente<br />
30 anos, como a <strong>Florestal</strong> Barra. Lauro José Tonin, diretor de qualidade<br />
da empresa conta que a parceria entre Komatsu e <strong>Florestal</strong><br />
Barra se iniciou em 1993, quando foi adquirida a primeira máquina<br />
de baldeio. Anos depois, em 2001, veio o cabeçote focado no<br />
descascamento de madeira. Tonin explica também os principais<br />
KOMATSU IN BRAZIL<br />
Komatsu arrived in Brazil in 1967 through imports. Later in<br />
1975, it installed its factory, the first outside Japan, less than 15<br />
years after creating the then Komatsu Forest, its division focused<br />
on forestry machines and equipment. Today, the Company has<br />
more than 35 hundred employees, including those in factories<br />
and other units present in four Brazilian states. In addition to<br />
the exploitation of forest-related resources, Komatsu produces<br />
construction and mining machinery.<br />
Its focus on excellence meant that the entry into the country<br />
was based on dantotsu, a Japanese word meaning “incomparable.”<br />
This constant search for primacy won over the Brazilian<br />
market and customers, such as <strong>Florestal</strong> Barra, which has been<br />
with the brand for approximately 30 years. Lauro José Tonin,<br />
Director of Quality Control for <strong>Florestal</strong> Barra, says that the business<br />
relationship between Komatsu and <strong>Florestal</strong> Barra began in<br />
1993 when a log handler was acquired. Years later, in 2001, came<br />
the head focused on timber debarking. Tonin also explains the<br />
main reasons for the long-standing relationship with Komatsu.<br />
“Komatsu has been able to develop in the forest area a product<br />
Nova Fábrica<br />
“Nós nos tornaremos UMA Komatsu Forest. Esse é o conceito<br />
por trás do Komatsu Forest One. Com isso queremos dizer que toda<br />
a produção é feita em um só lugar, em uma linha de montagem, é um<br />
passo em frente para o meio ambiente e um passo para a igualdade e<br />
integração. É o valor central das operações de produção da Komatsu<br />
LTD que permeia o design da nova fábrica. A nova unidade poderá<br />
atender rapidamente às mudanças e se adaptar às necessidades do<br />
negócio, tanto na fábrica quanto no escritório. A linha de produção<br />
obtém um processo mais eficiente e, ao mesmo tempo, proporciona<br />
uma melhor qualidade. Komatsu e o município de Umeå (Suécia) concordaram<br />
em um acordo de terra para a área entre a E12 no sul e os<br />
ramais ferroviários no lado norte. Com esta localização, nos tornamos<br />
um marco único na floresta, onde o local e a construção formam uma<br />
instalação óbvia e sustentável. Por meio desse esforço, queremos a<br />
fábrica mais produtiva do setor - a planta-mãe florestal do mercado.”
PRINCIPAL<br />
motivos para que a Komatsu seja uma parceira de longa data. “A<br />
Komatsu conseguiu desenvolver na área florestal um produto que<br />
vem de encontro com aquilo que procuramos: qualidade e peças<br />
de reposição imediata. As máquinas Komatsu têm se destacado<br />
nas operações florestais desenvolvidas pela <strong>Florestal</strong> Barra, principalmente<br />
pela confiabilidade e produtividade”, garante Tonin.<br />
Este novo ciclo da empresa no mundo também se reflete nas<br />
ações da Komatsu no Brasil. Felipe Vieira, Gerente Geral de Marketing<br />
e Vendas, valoriza a integração das marcas também para<br />
os clientes brasileiros. “A Komatsu busca um footprint positivo na<br />
sociedade, e como entendemos que nos referimos à um mundo,<br />
temos que agir como uma Komatsu.” Ele finaliza afirmando os valores<br />
envolvidos nessa nova etapa e o quanto isso é importante para<br />
clientes e funcionários do grupo. “Este alinhamento de proposta<br />
de valor, de intenções e posicionamento da marca, trará ganhos<br />
importantes à Komatsu Forest, que agirá de forma mais integrada<br />
e aproveitará os desenvolvimentos já feitos em outras empresas<br />
do próprio grupo.”<br />
PREPARAÇÃO VIRTUAL PARA O MUNDO REAL<br />
Já se foi o tempo em que maquinário florestal era composto<br />
por uma série de alavancas com movimentos bruscos e difíceis.<br />
As máquinas novas contam com sistemas intuitivos, práticos e<br />
com controle cada vez mais leve e de acesso fácil. Pensando na<br />
qualificação, a Komatsu oferece a seus parceiros e clientes um<br />
simulador para o treinamento dos operadores.<br />
O treinamento realizado nos aparelhos proporciona a prática<br />
qualitativa e quantitativa antes mesmo do começo do trabalho<br />
efetivo. Durante o treinamento, o participante conta com o auxílio<br />
de um instrutor, que apresenta todas as funcionalidades do maquinário<br />
disponível para o teste. Ao utilizar o simulador, o profissional,<br />
que será responsável pelo manejo do maquinário, pode escolher<br />
o tipo de terreno, a paisagem e as espécies de árvores com que<br />
irá trabalhar, para uma experiência real de campo. Além disso,<br />
operadores de máquinas diferentes podem treinar ao mesmo<br />
tempo, para que a simulação do trabalho beire o máximo possível<br />
da realidade e apresente resultados próximos daqueles que serão<br />
obtidos no dia a dia. Outro fator que é preponderante para a facilitação<br />
do aprendizado é a possibilidade de gravação das aulas. O<br />
aluno grava sua atividade e a partir dela o instrutor pode passar<br />
observações e dicas para que na próxima tentativa o operador<br />
saiba como desempenhar sua função de forma mais assertiva.<br />
that meets what we are looking for: quality and immediate spare<br />
parts. Komatsu machines have excelled in the forestry operations<br />
being carried out by <strong>Florestal</strong> Barra, mainly for reliability and<br />
productivity,” assures Tonin.<br />
Komatsu’s new worldwide cycle is also reflected in the<br />
Company’s domestic actions. Felipe Vieira, General Manager of<br />
Marketing and Sales, values the integration of brands for Brazilian<br />
customers. “Komatsu seeks a positive footprint in society, and<br />
because we understand that we refer to the world, we have to act<br />
like a Komatsu.” He concludes by stating the values involved in this<br />
new stage and how important this is for customers and employees<br />
of the Group. “This alignment of value proposition, intentions, and<br />
brand positioning will bring important gains to Komatsu Forest,<br />
which will act in a more integrated fashion and take advantage<br />
of developments already made in other companies in the Group.”<br />
VIRTUAL PREPARATION FOR THE REAL WORLD<br />
Gone is the time when forest machinery was composed of a<br />
series of levers with sudden and complex movements. The new<br />
machines have intuitive, practical systems with increased light<br />
control and easy access. Thinking about qualification, Komatsu<br />
offers its customers a simulator for operator training.<br />
The training performed on the devices provides qualitative<br />
and quantitative practice even before beginning practical work<br />
in the field. During training, the participant has the help of an<br />
instructor, who presents all the functionalities of the machinery<br />
available for the test. When using the simulator, the professional<br />
responsible for operating the machinery can choose the type of<br />
terrain, landscape, and tree species with which the equipment<br />
will work for a real in-field experience. In addition, operators of<br />
different machines can train simultaneously so that the work<br />
simulation represents in-field reality as much as possible and<br />
presents results close to those in daily operations. Another factor<br />
that is predominant for facilitating learning is the possibility of<br />
recording the training sessions. The student operator records his<br />
activity. From this, the instructor can pass along observations and<br />
A Komatsu passa a ser vista de<br />
forma única por seus clientes<br />
Toshiro Okada, representante de<br />
operações no Brasil, da Komatsu<br />
42 www.referenciaflorestal.com.br
Dessa maneira, o operador terá lições que vão do nível mais<br />
básico, até o controle total das possibilidades de manuseio, seja<br />
ela uma grua padrão, combinada, ou por meio dos cabeçotes das<br />
linhas S ou C ou dos cabeçotes para descascamento de madeira.<br />
A CULTURA SUSTENTADA EM EFICIÊNCIA<br />
Os 100 anos de história não se construíram apenas por trabalho,<br />
mas por uma forma de pensar e agir chamada de Komatsu<br />
Way. O estilo Komatsu ou modo Komatsu tornou-se uma cultura<br />
interna da empresa. Essa cultura empresarial é o que norteia<br />
suas ações e faz com que a excelência e a alta qualidade sejam<br />
os principais alvos em tudo que a companhia disponibiliza para<br />
seus funcionários e clientes.<br />
O que orienta essa cultura são cinco pontos: Segurança em<br />
primeiro lugar; Garantia de qualidade; Melhorias contínuas;<br />
Foco no cliente e Certificação ISO9001. Cada um deles, aliado ao<br />
sistema de treinamento, a disponibilidade imediata de peças e<br />
serviços de manutenção, evolução constante, além da conquista<br />
de novos mercados.<br />
tips so that the operator knows how to perform his function more<br />
assertively in the next attempt. In this way, the operator will have<br />
sessions ranging from the most basic level to complete control of<br />
handling possibilities, be it a standard crane combined with heads<br />
from the S or C lines or with heads for timber debarking<br />
A CULTURE SUSTAINED IN EFFICIENCY<br />
The 100-year history was built not only on work but on a way<br />
of thinking and acting in the so-called Komatsu Way. The Komatsu<br />
Way has become an internal culture within the Company. This<br />
business culture guides actions and makes excellence and high<br />
quality the main targets in everything the Company makes available<br />
to its employees and customers.<br />
Five points guide this culture: Safety First; Quality Assurance;<br />
Continuous Improvements; Customer Focus; and ISO9001 Certification.<br />
Each coupled with the training system, the immediate<br />
availability of parts and maintenance services, constant evolution,<br />
and the conquest of new markets.<br />
Este alinhamento de proposta de valor,<br />
de intenções e posicionamento da<br />
marca, trará ganhos importantes à<br />
Komatsu Forest<br />
Felipe Vieira, gerente geral de marketing<br />
e vendas da Komatsu Forest Brasil<br />
Valores da empresa:<br />
- Técnicas de fabricação e inovação tecnológica;<br />
- Empoderamento ou capacitação;<br />
- Futuro responsável, que engloba resiliência,<br />
equilíbrio e o que a empresa defina como pessoas,<br />
negócios e o planeta.<br />
Company values:<br />
- Manufacturing techniques and technology innovation;<br />
- Empowerment or Proper Training;<br />
- Responsible future that encompasses resilience, balance,<br />
and what the Company defines as people, business, and<br />
the planet.<br />
Maio <strong>2021</strong><br />
43
ESPÉCIE<br />
A propagação de espécies<br />
NATIVAS E SUA<br />
IMPORTÂNCIA<br />
Fotos: divulgação<br />
44 www.referenciaflorestal.com.br
O desenvolvimento de técnicas silviculturais<br />
de propagação vegetativa voltadas para<br />
as espécies nativas é de fundamental<br />
importância devido a riqueza da<br />
biodiversidade florestal presente no Brasil<br />
O<br />
setor florestal brasileiro apresentou um<br />
grande desenvolvimento tecnológico através<br />
da silvicultura ao longo de sua história, desde<br />
seu início na década de 1960. Nesse cenário<br />
merece destaque a silvicultura clonal,<br />
que é marcada pelo uso de técnicas de propagação vegetativa<br />
que, em grande maioria, foram aplicadas as espécies<br />
exóticas, quando comparado as espécies nativas. Isso ocorreu<br />
visto que muitas espécies exóticas apresentaram grande<br />
adaptação as condições edafoclimáticas do Brasil, em especial<br />
as dos gêneros Eucalyptus e Pinus, apresentando ótimo<br />
crescimento e desenvolvimento, além de ciclos produtivos<br />
(rotações) mais curtos.<br />
Embora já se tenha uma tecnologia silvicultural bem<br />
estruturada para essas espécies exóticas, atualmente tem-se<br />
preocupado também com a propagação das espécies nativas<br />
do Brasil, onde as mudas produzidas são usadas para diversas<br />
finalidades, além da formação de plantios comerciais homogêneos.<br />
Com isso, a importância do cultivo e propagação<br />
de árvores nativas se torna muito discutida, embora ainda<br />
seja menos estudada quando comparada às tecnologias disponíveis<br />
para eucalipto e pinus plantados no país.<br />
O desenvolvimento de técnicas silviculturais de propagação<br />
vegetativa voltadas para as espécies nativas se torna de<br />
interesse e também justificada quando observada a riqueza<br />
da biodiversidade florestal presente no país. Muitas espécies<br />
são responsáveis por geração de renda ao setor florestal,<br />
devido ao fornecimento de madeira em tora ou serrada<br />
ou pela coleta e industrialização de produtos florestais não<br />
madeireiros. Nesse último caso podem ser coletados frutos,<br />
sementes, óleos, látex, etc., e a partir deles serem produzidos<br />
outros produtos a serem usados em diversos setores.<br />
Com isso é possível observar a necessidade do cultivo e<br />
propagação de espécies nativas para obtenção de produtos<br />
que servirão de matéria-prima para vários setores em escala<br />
comercial, pela contribuição para a conservação da biodiversidade<br />
nativa, pela domesticação e adaptação das espécies,<br />
equilíbrio do microclima da região de plantio, etc.<br />
Maio <strong>2021</strong><br />
45
ESPÉCIE<br />
Nas últimas décadas têm se observado um aumento<br />
considerável da preocupação com a qualidade ambiental e<br />
conservação da biodiversidade existente no Brasil, o que cria<br />
incentivos para a recuperação de áreas degradadas e áreas<br />
de reservas legais, o que gera um aumento da necessidade<br />
de mudas de espécies nativas. Nesse sentido a produção de<br />
mudas de espécies nativas tem objetivos diversos, sendo<br />
muitos deles voltados para recuperação de áreas degradadas<br />
e reservas legais, paisagismo e arborização urbana,<br />
enriquecimento de áreas, usos em sistemas agroflorestais,<br />
além da formação de plantios homogêneos para finalidades<br />
comerciais, como a produção de madeira. Para isso é necessário<br />
ter o conhecimento da tecnologia de produção dessas<br />
espécies voltado para uma produção em larga escala.<br />
Várias técnicas podem ser usadas na propagação de<br />
espécies nativas e a sua escolha também pode estar relacionada<br />
ao uso final das mudas produzidas e custos envolvidos<br />
na sua produção. Nesse cenário a propagação sexuada por<br />
meio do uso de sementes para multiplicação das espécies<br />
florestais nativas ainda apresenta grande potencial. Esse<br />
método é preferível, por exemplo, para a produção de mudas<br />
a serem usadas na recuperação de áreas degradadas,<br />
pois o mesmo proporciona maior variabilidade genética.<br />
Através do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e<br />
Abastecimento) foram estabelecidas normas para produção,<br />
comercialização e uso de sementes e mudas de espécies florestais<br />
nativas. Com o trabalho dos coletores em áreas destinadas<br />
a coletas de sementes de árvores matrizes, o acesso<br />
às mesmas tornou-se facilitado, assim foi possível criar um<br />
novo mercado, onde viveiros passaram a produzir e vender<br />
mudas de espécies nativas, com a aplicação das melhores<br />
técnicas para cada espécie.<br />
Com o passar dos anos, entretanto, a propagação sexuada<br />
tornou-se limitada para a produção comercial de mudas<br />
em larga escala, em decorrência dos problemas com sementes<br />
de determinadas espécies. Na produção de mudas via<br />
seminal encontra-se problemas relacionados à dificuldade<br />
de determinação da época de floração e frutificação de cada<br />
espécie, dificultando uma coleta contínua de sementes,<br />
além da necessidade de conhecimento de características<br />
próprias de cada tipo de semente. Outro fator de influência<br />
é em relação a dormência das sementes, que é um mecanismo<br />
que atrasa a germinação, podendo ser por fatores<br />
fisiológicos, físicos, mecânicos ou morfológicos. A diferença<br />
do tipo de camada que cobre e protege a semente, chamado<br />
tegumento, implica em diferentes padrões de absorção<br />
de água e oxigênio, além de influenciar no método e tempo<br />
de armazenamento. Isso possibilita separar as sementes em<br />
dois grupos chamados ortodoxas e recalcitrantes.<br />
A propagação vegetativa, por sua vez, ocorre pela multiplicação<br />
assexuada, que proporciona a formação de um<br />
novo indivíduo a partir de um segmento de uma planta já<br />
existente. Esse segmento, chamado propágulo, terá células<br />
As técnicas mais<br />
usuais de propagação<br />
vegetativa são a<br />
estaquia, a miniestaquia<br />
e a microestaquia, sendo<br />
amplamente utilizadas<br />
para a propagação das<br />
espécies exóticas<br />
46 www.referenciaflorestal.com.br
denominadas meristemas, que por sua vez são capazes de<br />
formar um novo sistema radicular quando colocado em<br />
um substrato apropriado, como terra de subsolo, matéria<br />
orgânica etc., além de uma condição ambiental controlada,<br />
como luz e temperatura, que variam de acordo com a espécie<br />
a ser utilizada.<br />
Com isso as técnicas mais usuais de propagação vegetativa<br />
são a estaquia, a miniestaquia e a microestaquia, sendo<br />
amplamente utilizadas para a propagação das espécies<br />
exóticas, como as do gênero Eucalyptus. Esses métodos são<br />
amplamente aplicados na clonagem de espécies exóticas,<br />
mas demostraram eficiência também em diversas espécies<br />
nativas. Existem ainda outras duas técnicas importantes,<br />
denominadas enxertia e alporquia, que também podem ser<br />
usadas na propagação vegetativa das espécies nativas.<br />
A principal diferença entre estaquia, miniestaquia e microestaquia<br />
é a variação do tamanho de segmento caulinar,<br />
foliar ou radicular retirado da planta matriz. A estaquia é o<br />
método mais conhecido de propagação vegetativa, a qual é<br />
a mais desenvolvida e que serviu de base para avanços em<br />
pesquisas no Brasil. Nela são utilizadas brotações de 6 a 10<br />
cm (centímetros) retirados de uma planta matriz, que são<br />
colocados em um substrato para o enraizamento. Assim, as<br />
pequenas brotações de plantas estabelecidas que possuem<br />
galhos novos, podem ser capazes de gerar um novo individuo<br />
por meio do enraizamento desse segmento. Essa técnica<br />
possui grande viabilidade econômica, principalmente por<br />
seu baixo custo em relação as outras técnicas.<br />
A miniestaquia partiu do aperfeiçoamento da estaquia,<br />
onde pesquisas apontaram que a redução do tamanho do<br />
segmento não teria influência negativa na capacidade de<br />
formar raízes. Assim essa técnica ficou caracterizada por<br />
utilizar segmentos que variam de 2 a 6 cm de comprimento,<br />
ou seja, segmentos menores em relação a estaquia. Desta<br />
forma, a miniestaquia apresentou vantagens por diminuir o<br />
tempo de espera de crescimento dos segmentos das plantas<br />
matrizes, bem como a área necessária para a obtenção dos<br />
mesmos. Os novos indivíduos produzidos através da estaquia<br />
e miniestaquia são replicados em tubetes contendo<br />
substrato, onde permanecem por um determinado tempo<br />
em casa de vegetação, com irrigação e temperatura regulada.<br />
Posteriormente essas mudas passam por processos de<br />
rustificação até estarem aptas para o plantio em campo.<br />
A miniestaquia vem sendo estudada e tem se mostrado<br />
viável de aplicação para a propagação de espécies nativas<br />
como o cedro (Cedrela fissilis), erva-mate (Ilex paraguariensis)<br />
e também para o ipê roxo (Handroanthus heptaphyllus).<br />
Especificamente para o ipê roxo, a miniestaquia é uma técnica<br />
interessante, pois a espécie possui madeira de alto valor<br />
comercial, sendo indicada para plantios florestais e recuperação<br />
de áreas degradadas, mas que apresenta queda no<br />
teor de germinação após certo tempo de armazenamento<br />
de suas sementes, além da ausência de uniformidade das<br />
árvores a partir da propagação seminal.<br />
A miniestaquia também apresenta viabilidade de aplicação<br />
para o paricá (Schizolobium amazonicum) e o guapuruvu<br />
(Schizolobium parahyba). As madeiras dessas espécies<br />
podem ser usadas como matéria-prima para produção de<br />
painéis reconstituídos de madeira, além da produção de<br />
madeira serrada para a fabricação de forros, palitos, móveis,<br />
molduras, etc. Essas espécies possuem sementes com dormência<br />
tegumentar, ou seja, uma barreira física ocasionada<br />
pela casca, a qual impede a entrada de água, tornando necessário<br />
a aplicação de métodos de quebra de dormência,<br />
como o processo de escarificação mecânica para que seja<br />
possível ocorrer a germinação das suas sementes. Isso faz<br />
com que a miniestaquia seja uma técnica interessante para<br />
a propagação dessas espécies.<br />
Os métodos de propagação vegetativa podem viabilizar<br />
ou acelerar o melhoramento genético das plantas, proporcionando<br />
vantagens como a maior uniformidade das árvores<br />
em um plantio, maiores taxas de crescimento e produtividade,<br />
além de resistência a doenças. Outra vantagem é a<br />
combinação genética, que possibilita agregar características<br />
benéficas como o melhoramento da resistência a doenças<br />
e pragas. É importante salientar também que mesmo com<br />
os benefícios proporcionados pela aplicação das técnicas de<br />
propagação vegetativa, a produção de mudas via seminal<br />
Maio <strong>2021</strong><br />
47
ESPÉCIE<br />
não é totalmente substituída e inviável, sendo, em alguns<br />
casos, desejável na propagação de espécies florestais.<br />
Como desvantagem da aplicação dessas técnicas de<br />
propagação vegetativa é possível citar a falta de variabilidade<br />
genética, ocasionada pela falta de cruzamento entre<br />
árvores, visto que essas técnicas submetem a clonagem de<br />
indivíduos. Para a produção de mudas com finalidades de<br />
enriquecimento ou recuperação de áreas degradadas deve-<br />
-se coletar brotações de diferentes plantas a fim de diminuir<br />
esse problema. Um outro fator a ser considerado é o custo<br />
envolvido no processo de fabricação de estacas, bem como<br />
da mão de obra especializada para a aplicação correta das<br />
técnicas.<br />
A grande diversidade florística existente no Brasil ocasiona<br />
uma demanda de estudos mais aprofundados sobre<br />
a aplicação desses métodos para as diversas espécies<br />
florestais, de modo a ser escolhida a melhor técnica para<br />
determinada espécie. Cada espécie possui uma resposta<br />
específica diante da aplicação das tecnologias voltadas para<br />
sua propagação, as quais não seguem um padrão específico<br />
ou ainda não descoberto para todas as espécies de interesse<br />
econômico. Cada método apresenta vantagens e desvantagens,<br />
onde não é possível definir como uma regra qual é a<br />
mais viável, porém com os avanços nas pesquisas, fica cada<br />
vez mais comprovado a eficiência e benefícios da aplicação<br />
dos métodos de propagação vegetativa.<br />
Diante do exposto, é possível confirmar a importância<br />
que as técnicas de propagação vegetativa possuem para<br />
as espécies florestais nativas, bem como a necessidade de<br />
estudos contínuos para se conhecer as melhores técnicas<br />
de propagação vegetativa para cada gênero ou espécie.<br />
Contudo, para a aplicação das técnicas em maiores escalas<br />
de produção, faz-se necessário maiores investimentos em<br />
pesquisas, com maior número de testes a campo, para definição<br />
dos melhores resultados para cada espécie e finalidade<br />
de uso das mudas (plantios comerciais, enriquecimento<br />
de áreas, recuperação de áreas degradadas, etc.). Com isso,<br />
torna-se necessário uma análise geral do objetivo da propagação<br />
e sobre a escolha de qual espécie a ser utilizada. O<br />
conhecimento deverá ser voltado as particularidades das espécies<br />
de interesse comercial, visto que existe uma grande<br />
diversidade da flora brasileira, que apresentam diferentes<br />
comportamentos quanto a reprodução e propagação. Isso<br />
permite determinar detalhes desse comportamento e as<br />
respostas relacionados à cada espécie ou as técnicas escolhidas.<br />
Artigo desenvolvido pela estudante Vitoria Natali Nunes<br />
Melo e pelo professor Wescley Viana Evangelista<br />
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custos e maiores lucros é o objetivo de<br />
toda e qualquer empresa. Pensando nisso,<br />
há 10 anos a Bayer Floresta desenvolve junto<br />
aos seus parceiros e clientes o PEP (Programa<br />
de Excelência em Pulverização). Com nome autoexplicativo,<br />
seu objetivo é fazer com que a pulverização, por exemplo,<br />
de defensivos nas mudas tenha o mais alto nível de eficácia.<br />
O PEP funciona através de uma consultoria que dura<br />
uma semana, em que uma equipe de especialistas da Bayer<br />
Floresta visita o cliente e analisa os procedimentos que<br />
podem ser melhorados para otimização da produção. Paulo<br />
Coutinho, consultor florestal do PEP, explica que o programa<br />
consiste em visitas ao campo, fornecimento de boletins<br />
técnicos, treinamentos presenciais e online, além de uma<br />
constante disponibilidade para troca de informações com os<br />
clientes e prestadores de serviços e treinamentos.<br />
Conforme citado por Coutinho, o PEP é dividido em quatro<br />
etapas:<br />
Diagnóstico: quando é realizada a coleta de informações;<br />
Recomendações: quando a equipe aponta possíveis<br />
melhorias;<br />
Relatório Final: onde são apresentados todos os dados<br />
recolhidos e as sugestões;<br />
Treinamentos e Acompanhamento: que podem ser presenciais<br />
ou virtuais.<br />
Coutinho ressalta que os processos de pulverização<br />
eram feitos quase sempre por empresas terceirizadas. Não<br />
existia uma cobrança sistemática de um padrão de qualidade<br />
para os pulverizadores, o que levava ao desperdício e<br />
baixo rendimento do trabalho. “Através das visitas no campo<br />
percebemos a necessidade de se criar um alto nível de conhecimento<br />
técnico sobre qualidade dos equipamentos e<br />
aplicações, tanto no corpo técnico das empresas florestais,<br />
como das empresas prestadoras”, ressalta Coutinho.<br />
Guilherme Christo, gerente de silvicultura da Suzano<br />
Papel e Celulose, explica que o PEP foi um espelho de boas<br />
práticas do passado trazido de volta pela Bayer Floresta com<br />
bastante sucesso e a participação no programa foi baseada<br />
em uma necessidade. “Tínhamos uma carência do ponto<br />
de vista de qualificação técnica das equipes, de condições<br />
dos equipamentos, das estruturas de campo e o programa<br />
trouxe uma visão mais técnica de tecnologia e aplicação,<br />
capacitando os profissionais, internos e terceirizados, buscando<br />
uma evolução contínua do processo de pulverização”,<br />
explica Guilherme. Ele comenta ainda, os resultados do PEP.<br />
“Houve uma redução de desperdício de produto químico,<br />
redução de doses e a diminuição em torno de 25% do uso<br />
do principal defensivo aplicado pela empresa, mantendo a<br />
mesma qualidade”, comemora o gerente de silvicultura da<br />
Suzano.<br />
“Outro resultado muito importante é a evolução da<br />
conformidade. Tínhamos no passado pontas de pulverização<br />
com gotejamento ou despadronizadas. Hoje não vemos<br />
mais isso no campo.”<br />
Para Julia Junqueira, analista de processos florestais da<br />
Veracel, além da padronização na aplicação e diminuição<br />
de gastos, o PEP trouxe outros benefícios. “Redução do impacto<br />
ambiental, evitando a necessidade de se realizar uma<br />
nova aplicação em decorrência de falhas, além do aumento<br />
do conhecimento técnico dos trabalhadores de campo em<br />
decorrência dos treinamentos”, destaca Julia.<br />
O gerente de operações florestais de silvicultura da<br />
Unidade <strong>Florestal</strong> da Suzano no Maranhão, Luís Carlos de<br />
Abreu, conta que aliar o PEP ao programa de excelência<br />
já adotado pela empresa foi chave para o sucesso. “Todas<br />
ações do nosso Programa, incluindo o PEP fundamentalmente<br />
tem contribuído para a melhoria contínua dos processos<br />
ligados à tecnologia de aplicação de herbicidas, garantindo<br />
padronizações, multiplicação do conhecimento, otimizações<br />
operacionais e finalmente reduções de custos.”<br />
Foto: divulgação<br />
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FISCALIZAÇÃO<br />
Operação<br />
HANDROANTHUS<br />
Foto: divulgação<br />
52 www.referenciaflorestal.com.br
Indústria madeireira denuncia<br />
abusos de operação da Polícia<br />
Federal na apreensão de<br />
madeira no Pará<br />
D<br />
esde o início do ano tem circulado nas redes<br />
sociais um vídeo de um empresário do setor<br />
madeireiro que alega que a Operação Handroanthus,<br />
da Polícia Federal, teria cometido<br />
abusos contra a extração legal e sustentável<br />
de madeira na região de divisa entre os Estados do Pará e de<br />
Amazonas.<br />
Vinicius Belusso, da Rondobel Indústria e Comércio de<br />
Madeira, afirma que suas operações foram interrompidas<br />
durante várias semanas, sem nenhum motivo aparente.<br />
Segundo ele, máquinas de movimentação de toras foram<br />
apreendidas e sua mercadoria teria apodrecido, sem o<br />
transporte ao consumidor.<br />
“Em um ato de desespero, [gravo esse vídeo] e denuncio<br />
a ação abusiva da Operação Handoranthus em nosso porto,<br />
em dezembro de 2020. Policiais e membros do Exército, fortemente<br />
armados, bateram à nossa porta e nos ordenaram<br />
parar as operações. Em fevereiro, levaram, sem qualquer<br />
ordem judicial, muitas das nossas máquinas. Já tivemos de<br />
demitir 300 funcionários e não sabemos o que será do futuro”,<br />
suplica Belusso na gravação.<br />
Deflagrada em dezembro do ano passado, a Operação<br />
Handroanthus (batizada pelo nome científico do Ipê,<br />
árvore tradicional da região), apreendeu mais de 130 mil<br />
m 3 (metros cúbicos) de madeiras em toras, na divisa dos<br />
Estados do Pará e do Amazonas. Segundo a Polícia Federal,<br />
a quantidade de madeira seria capaz de lotar cerca de 6.243<br />
caminhões.<br />
“Todos do setor madeireiro são a favor da proteção da<br />
Amazônia e acreditamos que a nação tem de proteger suas<br />
florestas. O madeireiro defende tudo isso. Sabemos também<br />
que bandidos vêm extrair madeira ilegal e queremos<br />
a mão forte do Estado contra eles, pois são nossos maiores<br />
concorrentes, e que ainda atuam de forma ilegal”, lamenta o<br />
empresário. “Já nós somos uma empresa séria, em sua terceira<br />
geração, que trabalha com manejo florestal sustentá-<br />
vel e que tem o respeito, inclusive, das comunidades locais.<br />
Atuamos em áreas privadas, pagamos impostos e geramos<br />
empregos.”<br />
De acordo com o diretor da Rondobel, esse não é o caso<br />
da sua empresa, fundada em 1999 na cidade de Belém (PA),<br />
com foco em madeiras tropicais, “cujos produtos obtidos<br />
são destinados ao mercado interno e externo”, afirma a<br />
empresa.<br />
Relatório da Auditoria <strong>Florestal</strong> Independente da SysFlor,<br />
inclusive, atesta a sustentabilidade e legalidade da atuação<br />
da Rondobel no Estado do Pará. “Os planos de manejo<br />
executados pela Rondobel tem como principal objetivo a<br />
produção de madeira em toras para abastecimento de suas<br />
unidades industriais”, afirma o levantamento.<br />
Em nota divulgada à imprensa, o Sindicato dos Policiais<br />
Federais no Amazonas afirma que a Operação Handroanthus<br />
não realizou excessos, mas também não apresentou nenhuma<br />
prova consistente contra a empresa.<br />
A investigação segue sendo acompanhada pelo Ministério<br />
Público Federal do Amazonas e pelo juízo da 7ª Vara<br />
Federal da Seção Judiciária do Amazonas.<br />
Em janeiro deste ano, a Justiça Federal do Pará determinou<br />
a prisão e multa de R$ 200 mil a cada policial envolvido<br />
em uma das etapas da Operação Handroanthus, por entender<br />
que não houve irregularidade na atuação de uma das<br />
empresas envolvidas no caso.<br />
A juíza Mara Elisa Andrade, da 7ª Vara Federal, responsável<br />
pelo caso, determinou recentemente, que a Polícia<br />
Federal devolva as máquinas e equipamentos apreendidos<br />
durante a operação. A julgar pelo entendimento da justiça,<br />
a Polícia Federal teve mais uma vez uma atuação no mínimo<br />
infeliz e comprovadamente abrupta. A ação da Polícia Federal<br />
foi tão exarcebada, o que causa estranheza, exatamente<br />
pelo fato de chegar a retirar e apreender as máquinas e<br />
equipamentos de uma empresa que trabalha há muitos<br />
anos na área.<br />
Na decisão, a Justiça entendeu que os indícios de ilegalidades<br />
são muito frágeis. Por isso, determinou a devolução<br />
do material. A Polícia Federal e o Ministério Público apresentaram<br />
imagens de satélite mostrando a exploração sem<br />
autorização. A juíza alega que a Polícia Federal não teria<br />
conseguido provar que a madeira de fato foi extraída fora de<br />
áreas de manejo. Ela afirma, ainda, que não está claro que<br />
a autoridade tivesse conhecimento prévio de crime que justificasse<br />
a apreensão, uma vez que o único documento que<br />
poderia justificar a ação só foi apresentado dois meses depois.<br />
Ainda assim, sem nenhuma prova consistente e inúmeras<br />
perguntas sem respostas, não se justifica reter o material,<br />
que é perecível, então tudo deverá ser devolvido. Pelas<br />
redes sociais, o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles<br />
defende a celeridade do devido processo legal e o amplo direito<br />
de defesa. “Se estiverem errados, que sejam punidos”,<br />
alertou o ministro. Ao que tudo indica, e de acordo com o<br />
entendimento da justiça, a ação teve mais viés político, que<br />
de defesa da ordem e da lei, que é efetivamente o que os<br />
responsáveis da Polícia Federal deveriam executar.<br />
Maio <strong>2021</strong><br />
53
TRANSPORTE<br />
54 www.referenciaflorestal.com.br
Legislação e<br />
SEGURANÇA<br />
Saiba quais são as diretrizes e principais cuidados para o<br />
transporte de madeira, de acordo com as leis brasileiras<br />
Fotos: divulgação<br />
Maio <strong>2021</strong><br />
55
TRANSPORTE<br />
U<br />
ma importante tarefa no processo florestal<br />
é, sem dúvida, o transporte de madeira da<br />
floresta até o consumidor final, seja ele uma<br />
serraria ou uma fábrica de móveis. Essa logística<br />
não é barata e, se não realizada da forma<br />
correta, pode dar muita dor de cabeça ao empresário.<br />
O transporte florestal, ou transporte de produtos florestais,<br />
é bastante delicado e regido por um punhado de regras<br />
que devem ser atentamente cumpridas pelas empresas e<br />
motorista. Por isso, a REFERÊNCIA FLORESTAL vai trazer nesta<br />
reportagem algumas precauções e dicas na hora de realizar a<br />
logística de seus insumos. Confira:<br />
CONHEÇA A LEGISLAÇÃO<br />
Como toda função produtiva, o transporte florestal é<br />
regido por regras municipais, estaduais e nacionais. Caso o<br />
produtor não obedeça algumas dessas regras, o transporte<br />
é considerado ilegal e também crime ambiental. Caminhões<br />
que transportam madeira ilegalmente podem ser apreendidos<br />
– junto com a carga – pela Polícia Militar Ambiental.<br />
No Brasil, o transporte de madeira é regulamentado pela<br />
Resolução nº 196/2006, do CONTRAN (Conselho Nacional de<br />
Trânsito). No ano seguinte, ela foi alterada em partes pela Resolução<br />
nº 246/2007. As duas resoluções estabelecem as boas<br />
práticas para o transporte de madeira, desde as exigências<br />
básicas de segurança até a descrição das características que<br />
tornam caminhões e carretas aptos a prestar esse tipo de serviço,<br />
como a presença de painéis e, em alguns casos, cabos de<br />
aço. As resoluções determinam que o comprimento mínimo<br />
de uma tora é 2,5m (metros) de madeira bruta.<br />
LOCOMOÇÃO<br />
As toras devem ser transportadas no sentido longitudinal<br />
do veículo (isto é: no mesmo sentido do que o veículo) e dispostas<br />
verticalmente ou formando pirâmides/triângulos.<br />
Para transportá-las na vertical, é obrigatório que a carroceria<br />
do caminhão tenha:<br />
• Painéis dianteiros e traseiros (os painéis traseiros só<br />
são dispensados aos veículos extensíveis);<br />
• No mínimo duas escoras laterais metálicas (fueiros),<br />
perpendiculares ao assoalho, para cada tora ou pacote<br />
de toras;<br />
• Cabo de aço ou cintas de poliéster capazes de suportar<br />
tração mínima de 3.000 kgf (quilograma-força) e<br />
tensionados a um sistema pneumático autoajustável<br />
ou por catracas fixadas na carroceria do veículo.<br />
Já para transportar as toras dispostas na forma de triângulos<br />
ou pirâmides, a carroceria deve ter:<br />
• Painel dianteiro com largura igual à da carroceria;<br />
56 www.referenciaflorestal.com.br
• No mínimo duas escoras laterais (fueiros), perpendiculares<br />
ao assoalho, com altura mínima de 50 cm<br />
(centímetros) e reforçadas por salva-vidas (pelo menos<br />
dois conjuntos salva-vidas para cada tora inferior<br />
externa, ou seja, que formam a base do triângulo/<br />
pirâmide) em cada um dos lados da carroceria;<br />
• Cabos de aço ou cintas de poliéster capazes de suportar<br />
tração mínima de 3 mil kg (quilograma) e tensionados<br />
por um sistema pneumático autoajustável<br />
ou por catracas fixadas na carroceria (são necessários<br />
pelo menos dois cabos de fixação por tora para<br />
manter a carga segura na carroceria);<br />
LICENÇA AMBIENTAL<br />
Como citado anteriormente, transportar madeira ilegalmente<br />
(sem a devida licença) é crime ambiental e pode<br />
resultar na apreensão da carga e também do caminhão – e<br />
em muita dor de cabeça para o motorista. Desde 2006, é<br />
obrigatório um DOF (Documento de Origem <strong>Florestal</strong>) para<br />
transportar e armazenar produtos florestais de origem nativa<br />
(inclusive carvão vegetal).<br />
O documento de origem florestal atesta a procedência<br />
da madeira e é obrigatório para o transporte de produto florestal<br />
bruto (tora, torete, poste não imunizado, escoramento,<br />
estaca, mourão, achas e lascas em fases de extração, lenha,<br />
palmito, xaxim) e também de produto florestal processado<br />
(piso, forro, porta de madeira maciça, rodapé, portal, batente,<br />
tocos, lâminas, carvão vegetal, bolacha de maneira etc). O<br />
DOF é emitido via internet, no site do IBAMA.<br />
Como toda função produtiva,<br />
o transporte florestal é<br />
regido por regras municipais,<br />
estaduais e nacionais<br />
Disco de corte para Feller<br />
Usinagem<br />
• Disco de Corte para Feller<br />
conforme modelo ou amostra,<br />
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qualidade;<br />
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diâmetro externo do disco;<br />
Caldeiraria<br />
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central de acordo com<br />
padrão do cabeçote;<br />
•Discos especiais;<br />
Detalhe de encaixe para<br />
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ECONOMIA<br />
Investimento<br />
EM ATIVOS<br />
FLORESTAIS<br />
Fotos: divulgação<br />
58 www.referenciaflorestal.com.br
Estudo da Embrapa analisou o setor moveleiro<br />
da microrregião de São Bento do Sul (SC) e trouxe<br />
detalhes sobre investimentos em ativos florestais<br />
Maio <strong>2021</strong><br />
59
ECONOMIA<br />
D<br />
e acordo com recente estudo da Embrapa<br />
Florestas, a microrregião de São Bento do Sul<br />
(SC) tem aumentado seus investimentos em<br />
ativos florestais nos últimos anos, especialmente<br />
em períodos de valorização cambial.<br />
“Os ativos florestais próprios proporcionam estabilidade na<br />
matéria-prima, tanto em qualidade como preço; garantem a<br />
exploração adequada do plantio florestal e, em situações de<br />
necessidade de formação de caixa, podem ser utilizadas para<br />
liquidação de ativos”, analisa o pesquisador José Mauro Moreira,<br />
da Embrapa Florestas.<br />
No entanto, embora a maioria dos empreendedores<br />
reconheça a necessidade de se obter áreas próprias para<br />
o plantio de florestas, a carência de recursos financeiros, a<br />
elevação do preço da terra e o longo período de maturação<br />
do investimento dificultam a realização deste tipo de investimento<br />
no curto prazo. “O preço da terra é um componente<br />
importante do custo de produção florestal. Ao se retirar o<br />
custo da colheita que ocorre, logicamente, no final do projeto,<br />
o custo do aluguel da terra é aproximadamente igual<br />
ao somatório das despesas silviculturais e dos gastos gerais”,<br />
alerta José Mauro. “Esta expansão demanda um capital monetário<br />
que poderia ser utilizado para investimentos em máquinas<br />
e equipamento que aumentassem a produtividade da<br />
fabricação dos móveis, aumentando a nossa competitividade<br />
no mercado externo e interno”, alerta.<br />
As empresas possuem<br />
plantios florestais próprios e<br />
os utilizam na sua produção,<br />
mas a proporção de madeira<br />
própria e de mercado a cada<br />
ano pode variar de acordo com<br />
cada plantio<br />
60 www.referenciaflorestal.com.br
Por outro lado, ainda que o Brasil continue sendo um<br />
grande produtor de madeira, a necessidade de madeira<br />
adequada ao melhor aproveitamento no setor moveleiro em<br />
termos de diâmetro e qualidade a torna um produto específico<br />
para o setor, e necessita de maior atenção aos plantios<br />
florestais com destino ao setor moveleiro. “Atualmente, em<br />
função do longo período de maturação do investimento e da<br />
competição com lavouras (principalmente, soja), o investimento<br />
florestal tem perdido competitividade e as áreas de<br />
florestas provenientes de produtores independentes estão<br />
diminuindo, o que coloca o setor em alerta”, explica o pesquisador.<br />
Estas especificidades do sortimento adequado às empresas<br />
moveleiras somadas à elevação do valor da terra dificultam<br />
a obtenção de autossuficiência por empresas de médio<br />
e grande porte. Outra dificuldade que algumas empresas<br />
enfrentam é o consumo de madeira de florestas próprias<br />
todo ano, visto que seria necessário ter áreas em idade de<br />
colheita todo ano.<br />
As empresas possuem plantios florestais próprios e os<br />
utilizam na sua produção, mas a proporção de madeira própria<br />
e de mercado a cada ano pode variar em decorrência<br />
do próprio desenvolvimento de seus plantios. Uma forma<br />
apontada pelos pesquisadores para fomentar este desenvolvimento<br />
e ao mesmo tempo o setor moveleiro, seria substituir<br />
a busca de recursos para ampliar a produção própria de<br />
madeira para móveis por um instrumento de organização da<br />
produção via contratos de parceria com os pequenos produtores<br />
florestais e/ou suas associações ou cooperativas.<br />
O fortalecimento das relações de mercado dos pequenos<br />
e médios produtores florestais com as empresas consumidoras<br />
de madeira para móveis e outros produtos de maior valor<br />
agregado permitiria um maior desenvolvimento da região,<br />
pela valorização da produção florestal destes produtores,<br />
manutenção da oferta de madeira ao polo moveleiro e redução<br />
da necessidade de investimentos em plantios florestais,<br />
possibilitando maior foco na elevação de produtividade do<br />
processamento da madeira e produção dos móveis.<br />
CARACTERIZAÇÃO DO POLO DE SÃO BENTO DO SUL<br />
O polo conta com 391 empresas e mais de 6.500 empregos<br />
diretos, destinando cerca de 80% da sua produção para<br />
o mercado externo. A região sul do Brasil é responsável por<br />
mais de 44% da produção de móveis do Brasil, sendo Santa<br />
Catarina o quinto maior produtor nacional em número de<br />
peças.<br />
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O constante desafio de mobilidade x<br />
versatilidade mecânica nos equipamentos<br />
de colheita florestal, exigem a utilização de<br />
juntas rotativas ou swiwell como também<br />
são conhecidas. Nossa linha de juntas<br />
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CIÊNCIA<br />
Cartilha de<br />
DURABILIDADE<br />
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Estudo pretende auxiliar no uso<br />
mais inteligente do recurso<br />
florestal oriundo de planos de<br />
manejo com grande potencial<br />
de utilização<br />
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Maio <strong>2021</strong> 63
CIÊNCIA<br />
O<br />
LPF (Laboratório de Produtos Florestais),<br />
vinculado ao SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro),<br />
lançou em março uma cartilha<br />
sobre a durabilidade natural de madeiras<br />
oriundas da Amazônia. O objetivo do estudo<br />
é oferecer informações técnicas quanto à alta durabilidade<br />
dessas madeiras a pesquisadores, empresários do<br />
setor madeireiro, engenheiros, arquitetos e consumidores<br />
finais de madeira. Essas informações podem auxiliar no<br />
uso mais inteligente do recurso florestal e, desta forma,<br />
contribuir tanto para a ampliação do uso quanto para a<br />
comercialização das madeiras pesquisadas.<br />
Ao todo, foram estudadas 12 espécies endêmicas do<br />
Brasil, que possuem grande potencial de uso. Dentre elas,<br />
estão o cumaru, a maçaranduba, muirapixuna, peroba<br />
mica e casca preciosa. No entanto, algumas são desconhecidas<br />
no mercado nacional. O trabalho de campo foi<br />
realizado em dois locais e biomas: na Floresta Nacional<br />
do Tapajós, no Pará em bioma Amazônia, e na Fazenda<br />
Água limpa, da UNB (Universidade de Brasília), em bioma<br />
Cerrado.<br />
Conhecer a durabilidade de espécies madeireiras é<br />
saber qual a capacidade de resistências delas em relação<br />
à ação dos agentes deterioradores, sejam biológicos ou<br />
físico-químicos. Essa resistência é classificada entre alta,<br />
média e baixa. Uma madeira altamente resistente dispensa<br />
o uso de fungicidas e inseticidas.<br />
As madeiras estudadas, oriundas de planos de manejo<br />
onde a extração é sustentável e conservam a floresta,<br />
apresentam alta durabilidade, estética e valor comercial.<br />
Além disso, podem ser usadas na construção civil em geral<br />
e, mais especificamente pela sua resistência comprovada<br />
pelo estudo, podem ser aplicadas em pisos de alto<br />
tráfego, vigas, colunas, esquadrias, dentre outros.<br />
PRODUÇÃO CIENTÍFICA<br />
O diretor-geral do SFB, Valdir Collato, disse que o<br />
LPF vem desempenhando, ao longo dos anos, um papel<br />
fundamental na produção de conhecimento acerca da<br />
ciência florestal e madeireira. Esta pesquisa é valiosa para<br />
a sociedade e para o mercado, que sempre almejam madeiras<br />
naturalmente resistentes. “Informações como as<br />
apresentadas na cartilha que estamos entregando neste<br />
momento à sociedade contribuem para a ampliação do<br />
uso e comercialização de novas espécies florestais, bem<br />
como para a melhoria da atividade de manejo florestal,<br />
64 www.referenciaflorestal.com.br
que se torna mais eficiente e diversificado”, declarou Valdir<br />
Collato.<br />
A pesquisa envolve o trabalho de diferentes gerações<br />
de profissionais do setor de Biodegradação e Preservação<br />
de Madeira do LPF, que iniciaram os estudos na década de<br />
1980. A partir dessas contribuições, a Cartilha foi finalizada<br />
pelos pesquisadores Marcelo Fontana da Silveira, José<br />
Roberto Victor de Oliveira, Anna Sofya Vanessa Silvério da<br />
Silva e Fernando Nunes Gouveia.<br />
Segundo o pesquisador José Roberto Victor de Oliveira,<br />
a importância deste trabalho é “contribuir para a<br />
ampliação, o uso e a comercialização de novas espécies<br />
florestais. Dessa forma, tornar o uso delas mais eficiente e<br />
diversificado.”<br />
“Foi um trabalho conjunto e demorado, pois estudar<br />
a durabilidade natural de espécies demanda estudos de<br />
campo, notadamente longos. A ideia é ampliar o estudo<br />
estendendo sua abrangência para os outros biomas<br />
brasileiros. Desse modo, teremos as ferramentas para<br />
entender como uma madeira se comporta em todo o território<br />
nacional. Isso é algo que devemos iniciar o quanto<br />
antes, pois do contrário, teremos que aguardar a próxima<br />
geração de pesquisadores do LPF para trazer essas informações”,<br />
afirmou José Roberto.<br />
A pesquisa envolve o<br />
trabalho de diferentes<br />
gerações de profissionais<br />
do setor de Biodegradação<br />
e Preservação de Madeira<br />
do LPF<br />
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PESQUISA<br />
Importância do manejo de<br />
florestas nativas para a<br />
renda da propriedade e<br />
ABASTECIMENTO DO<br />
MERCADO MADEIREIRO<br />
Fotos: divulgação<br />
66 www.referenciaflorestal.com.br
PAULO RENATO SCHNEIDER<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA<br />
MIGUEL ANTÃO DURLO<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA<br />
FRANZ HEINRICH ANDRAE<br />
UNIVERSITY OF NATURAL RESOURCES AND APPLIED<br />
LIFE SCIENCES DE VIENA<br />
RESUMO<br />
A<br />
produção brasileira de madeira industrial<br />
baseia-se essencialmente nas plantações florestais,<br />
porém, somente no setor de serraria<br />
existe ainda uma parcela apreciável de toras<br />
de origem de florestas nativas, desconsiderando<br />
o uso da madeira para fins energéticos. Com a criação<br />
de concessões florestais deu-se um passo importante<br />
rumo ao manejo das florestas nativas do norte do país. Já<br />
no extremo sul, existem florestas nativas somente em estágios<br />
de recuperação, em propriedades familiares e cujo<br />
manejo é muito restrito. No presente artigo argumenta-se<br />
sobre a importância de manejar as florestas nativas, mesmo<br />
em pequenas propriedades. Para isto, toma-se como<br />
exemplo o caso da Áustria, cujo território é dominado por<br />
florestas nativas em pequenas propriedades.<br />
A tradição deste uso é baseada em uma legislação adequada,<br />
no trabalho do serviço de extensão e de pesquisa<br />
que geram um ambiente no qual os benefícios materiais e<br />
imateriais da floresta se aliam aos interesses da sociedade<br />
e aos econômicos dos proprietários. O manejo das pequenas<br />
unidades florestais permite alcançar um regime de<br />
sustentabilidade periódico, cujas intervenções silviculturais<br />
partem das condições locais, sendo o objetivo central a árvore<br />
e não o povoamento. Este procedimento de manejo,<br />
atualmente recomendado para a produção de madeira de<br />
elevado valor econômico, é descrito de maneira resumida.<br />
Maio <strong>2021</strong><br />
67
PESQUISA<br />
INTRODUÇÃO<br />
O Brasil, país com a maior área de florestas naturais<br />
tropicais do mundo, ciente da riqueza que possui, protege-as<br />
com uma legislação ambiental bastante rígida. A administração<br />
florestal desenvolveu modelos interessantes,<br />
como as já tradicionais reservas extrativistas e o direito da<br />
exploração de florestas públicas por meio de concessões<br />
florestais. Os dois modelos, na prática, são direcionados à<br />
região norte do país. Simultaneamente, observa-se um número<br />
crescente de publicações científicas nas especialidades<br />
de biometria, silvicultura e de economia florestal (Instituto<br />
do homem e meio ambiente da Amazônia, 2008).<br />
No Rio Grande do Sul, a devastação ocorrida durante o<br />
processo de ocupação territorial, a mudança no uso da terra<br />
e a evolução da legislação que regula o uso da floresta<br />
tornou-se rígida e muito pouco flexível, por vezes, inexequível.<br />
Neste contexto, faltam mecanismos menos agressivos<br />
que possibilitem o uso racional das florestas naturais.<br />
Este trabalho busca contribuir para a discussão a respeito<br />
do uso deste tipo florestal e não tem o intuito de<br />
provocar ou mexer em tabus, mas sim, convidar as pessoas<br />
à reflexão sobre uma potencialidade florestal, real e presente,<br />
praticamente ociosa no Estado.<br />
O manejo não é apenas a aplicação de uma técnica,<br />
pois a própria Secretaria do Meio Ambiente do Rio Grande<br />
do Sul (Rio Grande do Sul, 2008) o define em sentido mais<br />
amplo, como sendo a utilização de ecossistemas para que<br />
as comunidades possam desfrutar dos produtos biológicos,<br />
subentendendo-se que deveriam fazer parte desta<br />
comunidade beneficiada os proprietários de bens de interesse<br />
comum.<br />
O maior obstáculo não é o<br />
conhecimento da técnica de<br />
manejo, mas a superação de<br />
entraves administrativos e de<br />
paradigmas<br />
Existem opiniões divergentes sobre o manejo de florestas<br />
nativas, e sobre o futuro de sua utilização, já que o<br />
progresso com as plantações florestais poderia atender à<br />
demanda de madeira, sobrando, para as florestas naturais,<br />
a produção de bens imateriais (Tomaselli, 2001), o que não<br />
está muito distante da realidade do Rio Grande do Sul, porém,<br />
a capacidade é outra. Para exemplificar, na América<br />
Central, a análise econômica revelou a dificuldade que a<br />
floresta natural (sem manejo) enfrenta ao competir com<br />
plantações florestais ou com a pecuária (Nieuwenhuyse et<br />
al., 2000).<br />
PONTO DE PARTIDA<br />
Com relação às florestas nativas deve-se pensar no seu<br />
ambiente socioeconômico e histórico tão diferente das outras<br />
regiões do território nacional. É singular a coincidência<br />
entre a propriedade familiar e a região da ocorrência<br />
natural das florestas no Rio Grande do Sul, onde ocorre,<br />
há quase dois séculos, o processo de substituição das florestas<br />
pelo uso agropecuário. Por outro lado, o processo<br />
de retorno das florestas em decorrência do abandono da<br />
pequena propriedade ocorre, certamente, em um ritmo<br />
mais rápido do que era o próprio desmatamento. Os dados<br />
obtidos pelos inventários florestais do estado do Rio Grande<br />
do Sul comprovam estas afirmativas.<br />
A modificação da paisagem do Rio Grande do Sul é<br />
significativa, pois tem se tornado mais florestada (IBAMA,<br />
2010), mas mais abandonada e decadente nas suas estruturas.<br />
Isto não se deve a uma decisão consciente de optar<br />
pela floresta, mas sim da falta de alternativas de produção<br />
na pequena propriedade em situação topográfica e edáfica<br />
difícil, em áreas de vocação florestal. As limitações naturais<br />
de muitas regiões coloniais impõem para o agricultor<br />
sobreviver com a produção agrícola, sem poder manejar<br />
florestas naturais como uma alternativa econômica, que<br />
poderia contribuir para frear o êxodo rural. Certamente, a<br />
estrutura fundiária na região de florestas nativas dificulta<br />
o manejo das florestas; porém, a produção de madeira<br />
deveria ser considerada como um produto igual a outros,<br />
permitindo uma renda adicional, objetivo procurado há<br />
anos. Neste sentido, a acacicultura no Rio Grande do Sul,<br />
praticada no minifúndio, prova que os agricultores são<br />
capazes de operar eficientemente com cultivo florestal. Entretanto,<br />
a atividade com as florestas nativas, logicamente,<br />
é uma tarefa exigente e justamente por isso, mais urgente<br />
de ser iniciada.<br />
O MANEJO DA FLORESTA NATURAL E O CONCEITO<br />
DE SUSTENTABILIDADE REQUEREM O DISCURSO<br />
CIENTÍFICO<br />
A sustentabilidade não é sinônimo único de proteção<br />
da natureza, mas principalmente de produção, visto que<br />
a primeira não pode existir sem a segunda. Assim, o uso<br />
68 www.referenciaflorestal.com.br
sustentável pode ser a maior garantia da continuidade de<br />
um sistema, ao contrário de uma exclusiva proteção da<br />
natureza. Utilizar de forma racional é, também, a garantia<br />
da manutenção da dimensão econômica para o desenvolvimento<br />
sustentável como foi postulado pela Conferência<br />
do Rio 92.<br />
No Rio Grande do Sul são quase cinco milhões de hectares<br />
de florestas naturais, incluindo todos os estágios de<br />
sucessão, conforme comprovado no inventário florestal<br />
realizado em 2000. O acompanhamento técnico deste processo,<br />
visando a um futuro aproveitamento, poderia abrir<br />
uma nova perspectiva econômica para as áreas florestais.<br />
O maior obstáculo não é o conhecimento da técnica de<br />
manejo, mas a superação de entraves administrativos e de<br />
paradigmas. Também, é verdade que o manejo sustentável<br />
somente será econômico enquanto não houver competição<br />
por produtos de origem de exploração extrativista.<br />
Sem dúvida, existe interesse na utilização da floresta<br />
natural, mas também não há dúvida que, no Rio Grande<br />
do Sul, parece ser uma profanação pensar em silvicultura,<br />
arte para qual a engenharia florestal possui as ferramentas<br />
de execução. Para exemplificar, pode-se analisar a relação<br />
dos 71 trabalhos voluntários do Simpósio Latino-Americano<br />
sobre manejo florestal realizado em 2008, em Santa<br />
Maria (RS). Destes, trinta e oito tratavam de florestas nativas,<br />
vinte e cinco de florestas nativas do Rio Grande do Sul,<br />
mas de forma descritiva e, somente cinco trabalhos podem<br />
ser relacionados com a biometria ou o manejo. Por isto, é<br />
preciso desenvolver mais pesquisas sobre a autoecologia e<br />
comportamento vegetativo das espécies e suas interações<br />
com o ambiente local, tornando mais seguro o manejo.<br />
O manejo destes tipos florestais não necessariamente<br />
precisa de fórmulas e planos sofisticados, mas a simples<br />
transferência de algumas regras básicas para a prática, pois<br />
no manejo é válido desenvolver receitas simples para aplicá-las<br />
às realidades complexas.<br />
As informações obtidas nos inventários florestais de<br />
grande escala, por outro lado, deveriam servir como justificativas<br />
para a adoção de políticas públicas e para a elaboração<br />
da legislação florestal. A nosso ver, o Rio Grande do<br />
Sul precisa tomar um novo rumo e ter uma visão diferente<br />
sobre o conceito de funcionalidade de florestas.<br />
FLORESTA NATIVA E A PEQUENA PROPRIEDADE<br />
Aproximadamente, a metade do território nacional da<br />
Áustria é coberto de florestas, correspondendo a cerca de<br />
4 milhões de ha (hectares), dos quais 15 % são considerados<br />
improdutivos. Da área restante, ou seja, das florestas<br />
produtivas, 56 % pertencem a pequenos proprietários, 31<br />
% a empresas e 13 % a florestas nacionais.<br />
Maio <strong>2021</strong><br />
69
PESQUISA<br />
O efeito da estrutura fundiária, dominada pela pequena<br />
e média propriedade, com florestas nativas manejadas<br />
sob o conceito de uso múltiplo, pode parecer complexa<br />
para a administração pública e privada. Contudo, mesmo<br />
com essas características, o país ocupa um lugar de destaque<br />
no mercado de madeira, sendo, por exemplo, o quarto<br />
maior exportador de madeira serrada do mundo. Segundo<br />
o Ministério de Agricultura e Florestas (Lebensministerium,<br />
2008), foram produzidos na Áustria, em 2007, cerca<br />
de 11,3 milhões de metros cúbicos de madeira serrada, 1<br />
milhão de metros cúbicos a mais que toda a Amazônia, no<br />
mesmo período (Lentini; Verissimo; Pereira, 2005).<br />
Como instrumento da política florestal, o inventário<br />
florestal sistemático é executado sobre 11 mil parcelas<br />
amostrais permanentes, cujo resultado serve para, entre<br />
outros, atualizar os enfoques de fiscalização, apoio, incentivo<br />
aos produtores, etc. Na Áustria, existem cerca de<br />
210 mil proprietários florestais que são apoiados nos seus<br />
trabalhos pelo sistema escolar profissionalizante, além da<br />
atividade de técnicos de vários níveis, e por cerca de mil<br />
engenheiros florestais.<br />
Para garantir o manejo e a manutenção dos ecossistemas,<br />
a lei obriga que em propriedades maiores seja<br />
contratado um ou mais técnicos ou engenheiro florestal.<br />
Já os proprietários com áreas pequenas são assistidos por<br />
centros regionais de aperfeiçoamento agrícola, cujos currículos<br />
oferecem maior ou menor ênfase a matérias relacionadas<br />
ao manejo florestal. Para estes proprietários, sobretudo,<br />
está à disposição o Serviço de Extensão <strong>Florestal</strong><br />
com técnicos e Engenheiros Florestais. O próprio Serviço<br />
<strong>Florestal</strong> (correspondente à Secretaria da Agricultura/RS)<br />
considera a sua função, não somente a de fiscalizar o cumprimento<br />
da legislação florestal, mas principalmente como<br />
de indutor de serviços de assistência e de perícia técnica.<br />
Esta estrutura fundiária e a assistência técnica do setor<br />
público representam, por um lado, a parte da produção<br />
florestal confrontada nos processos de concentração de<br />
mercado, bem como os paradigmas ambientais da sociedade.<br />
O aumento da capacidade das indústrias de transformação,<br />
como as serrarias e as indústrias de celulose, por<br />
exemplo, levou à maior procura de matéria-prima, para<br />
a qual não existe a mesma capacidade de abastecimento<br />
imediato, já que a produção florestal encontra os limites<br />
impostos pela sustentabilidade. Este processo, obviamente,<br />
conduziu a um desequilíbrio entre parceiros de mercado,<br />
dificultando a posição dos proprietários florestais,<br />
sobretudo dos pequenos, com quantidades modestas de<br />
venda anual.<br />
Desta forma tornou-se indispensável, para o setor,<br />
organizar-se para incrementar seu peso no mercado. Para<br />
atender a essa necessidade, o Serviço de Extensão iniciou,<br />
há pouco mais de 10 anos, um programa de fomento à<br />
criação de CMF (Comunidades de Manejo <strong>Florestal</strong>), organizações<br />
voluntárias locais, com funcionamento semelhante<br />
a cooperativas.<br />
Entre as finalidades das CMF estão a ajuda mútua no<br />
manejo, a organização da comercialização conjunta, a<br />
aquisição comunitária de máquinas, acessórios e materiais<br />
de consumo. Simultaneamente, o Serviço de Extensão organiza<br />
a venda pública de toras de qualidade, muitas vezes<br />
de espécies menos frequentes e raras. Esta iniciativa foi<br />
muito bem aceita, pois o agricultor tem a oportunidade de<br />
obter preços excepcionais, mesmo ofertando, tão somente,<br />
uma ou duas árvores.<br />
Este evento anual de comercialização fez crescer muito<br />
o interesse dos agricultores em realizar tratamentos de<br />
melhoria qualitativa das árvores e das florestas, assim<br />
como favorecer o crescimento de espécies um tanto raras.<br />
Em relação aos paradigmas ambientais, verificou-se<br />
nas últimas décadas um sucessivo distanciamento da população<br />
urbana da realidade rural, e o aumento das pressões<br />
sobre o setor de produção, confrontando o produtor<br />
rural com exigências ambientais ingratas.<br />
Como forma de esclarecimento e de proteção o Serviço<br />
de Extensão <strong>Florestal</strong> apoia amplos programas de educação<br />
ambiental na busca da reconciliação entre ecologia e<br />
economia. Paralelamente à indústria de turismo ecológico<br />
70 www.referenciaflorestal.com.br
A acacicultura no Rio Grande<br />
do Sul, praticada no minifúndio,<br />
prova que os agricultores<br />
são capazes de operar<br />
eficientemente com cultivo<br />
florestal<br />
convenceu-se que é justo integrar os proprietários florestais<br />
no seu planejamento, bem como estabelecer indenizações<br />
para algumas exigências ambientais, induzindo a<br />
sociedade a valorizar seus interesses imateriais na floresta.<br />
A UTILIZAÇÃO DAS FLORESTAS NATIVAS<br />
Na Áustria foi considerado essencial desenvolver uma<br />
política adequada para o setor de florestas produtivas em<br />
pequenas propriedades para que o ambiente rural tivesse<br />
futuro. A combinação entre condições topográficas difíceis,<br />
elevada participação de coberturas florestais e uma estrutura<br />
fundiária dominada por propriedades familiares dificultava<br />
a sobrevivência econômica com base tão somente<br />
na agricultura e na pecuária. Nessas condições, a madeira<br />
oferecia-se como uma opção lógica para a geração alternativa<br />
de rendas.<br />
Uma pesquisa entre agricultores com até 20 hectares<br />
de floresta revelou que os mesmos extraiam entre 5 a 50<br />
% da renda total da propriedade com a venda de madeira<br />
industrial e de lenha. Porém, para obter uma parcela razoável<br />
da renda da propriedade, não era suficiente que o<br />
agricultor soubesse manejar somente a motosserra, mas<br />
precisava ter experiência quanto às exigências ecológicas<br />
das espécies, obedecer às normas de elaboração dos sortimentos,<br />
bem como conhecer as técnicas de cortes e de<br />
extração.<br />
Até a pouco tempo, a produção de madeira em pequena<br />
escala parecia não ter condições de competir no mercado<br />
globalizado ( SAYER, 2001 ). Os efeitos dos aumentos recentes<br />
nos custos de transporte fizeram com que se incentivasse a<br />
produção para distâncias curtas. A produção de sortimentos<br />
de maior qualidade foi uma reação lógica para atender<br />
aos mercados mais distantes e o crescimento exponencial<br />
dos mercados regionais de energia renovável abriu uma<br />
oportunidade para a comercialização de sortimentos de<br />
baixo valor, sem maiores custos de transportes.<br />
O Rio Grande do Sul, na sua condição primária, tinha<br />
uma cobertura florestal em menos da metade de sua<br />
extensão territorial. Ainda hoje é consenso, que ele é um<br />
estado com um perfil florestal nítido, seja pelos reflorestamentos<br />
existentes ou em vias de implantação, seja pelas<br />
florestas nativas em fase de recuperação, sobretudo na<br />
formação florestal com araucária, que apresenta um excelente<br />
valor tecnológico e ecológico.<br />
A transferência de experiências internacionais foi bastante<br />
útil para a realização das primeiras plantações industriais<br />
de exóticas no Brasil. Atualmente, o país é capaz de<br />
exportar experiências e tecnologias geradas localmente.<br />
Assim, poder-se-ia questionar, por que as experiências<br />
de outros países, com a utilização consciente de florestas<br />
nativas, não poderiam ter serventia? Não como modelo,<br />
mas de incentivo para a reflexão sobre as matas nativas do<br />
Rio Grande do Sul, que se encontram em uma posição de<br />
morte aparente, igual a uma Bela Adormecida, esperando<br />
ser despertada para que sua potencialidade resolva vários<br />
desafios simultaneamente. Neste sentido, já houve uma<br />
reivindicação quanto à falta de políticas consistentes para<br />
desenvolver o segmento de florestas nativas (Sociedade<br />
Brasileira de Silvicultura, 2006).<br />
CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
Do anteriormente exposto, pode-se inferir que o manejo<br />
das pequenas unidades florestais, quando baseado<br />
em uma legislação adequada, no trabalho do serviço de<br />
extensão e de pesquisa, gera um ambiente no qual os benefícios<br />
materiais e imateriais da floresta aliam-se aos interesses<br />
da sociedade e aos econômicos dos proprietários,<br />
permite alcançar um regime de sustentabilidade periódico,<br />
no qual as intervenções silviculturais devem ser direcionadas<br />
às condições locais da floresta, sendo o objetivo central<br />
a árvore e não o povoamento.<br />
Finalmente, acrescenta-se que é necessário haver continuidade<br />
neste processo de reivindicação quanto à falta<br />
de políticas consistentes para o desenvolvimento do segmento<br />
de florestas nativas, para possibilitar o manejo de<br />
florestas nativas com o objetivo de produzir bens materiais<br />
e imateriais de maneira constante e contínua no tempo,<br />
em benefício dos proprietários e de toda a sociedade.<br />
Confira o artigo completo em:<br />
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-50982018000301293&lang=pt<br />
Maio <strong>2021</strong><br />
71
AGENDA<br />
AGENDA<strong>2021</strong><br />
Formóbile <strong>2021</strong><br />
2 a 5<br />
São Paulo (SP)<br />
www.formobile.com.br/pt/home.html<br />
AGOSTO<br />
<strong>2021</strong><br />
AGOSTO<br />
<strong>2021</strong><br />
AGO<br />
<strong>2021</strong><br />
FORMÓBILE<br />
Feira Internacional da Indústria de Móveis e Madeira<br />
— conta com cerca de 600 marcas expositoras que<br />
apresentarão novidades em acessórios e componentes,<br />
máquinas e equipamentos, tecidos e materiais<br />
para colchões, ferragens, matérias-primas e insumos.<br />
O maior evento do setor moveleiro da América Latina<br />
apresenta todas as soluções do segmentos aos principais<br />
envolvidos no processo de criação e produção<br />
do mobiliário.<br />
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Timber and Working with Wood Show<br />
– Melbourne<br />
27 a 29<br />
Melbourne (Austrália)<br />
www.timberandworkingwithwoodshow.<br />
com.au/melbourne<br />
WMF & WMA Beijing<br />
3 a 6<br />
Local: Pequim (China)<br />
www.woodworkfair.com<br />
SETEMBRO<br />
<strong>2021</strong><br />
MAR<br />
2022<br />
MOVELSUL<br />
O mundo caminha para questões de economia<br />
compartilhada e potencialização de investimentos.<br />
Nesse contexto, Movergs e Sindmóveis anunciaram a<br />
decisão de realizar as feiras Fimma e Movelsul no mesmo<br />
período, de 14 a 17 de março de 2022, no Parque<br />
de Eventos de Bento Gonçalves (RS). A definição inédita<br />
na história das entidades responde ao momento e<br />
oferece uma nova data alinhada ao calendário mundial<br />
de eventos do setor.<br />
Imagem: reprodução<br />
72 www.referenciaflorestal.com.br
Engenheiros Florestais Associados<br />
Chico Moreira<br />
Gilson Almeida<br />
AGENDA<strong>2021</strong><br />
SETEMBRO<br />
<strong>2021</strong><br />
LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS<br />
Georreferenciamento<br />
CAR<br />
Uso do solo<br />
Retificação de matrícula<br />
Subdivisão de áreas<br />
Lotes urbanos<br />
MANEJO FLORESTAL<br />
Inventário<br />
Marcação para desbaste<br />
Consultoria<br />
Simpos <strong>2021</strong><br />
22 a 24<br />
Curitiba (PR)<br />
https://simpos2020.galoa.com.br/<br />
NOVEMBRO<br />
<strong>2021</strong><br />
Avenida Coronel Rogério Borba, nº 300 - Centro | Reserva - PR<br />
Chico Moreira: (42) 99136-3588 Gilson Almeida: (42) 98827-5693<br />
Lignum Brasil<br />
10 a 12<br />
Pinhais (PR)<br />
https://lignumlatinamerica.com/<br />
MARÇO<br />
2022<br />
Movelsul<br />
Data: 14 a 17<br />
Local: Bento Gonçalves (RS)<br />
www.movelsul.com.br<br />
Maio <strong>2021</strong><br />
73
Foto: divulgação<br />
ESPAÇO ABERTO<br />
Topo das<br />
PRIORIDADES<br />
Por Rich Hale ,<br />
CTO da ActiveNav,<br />
fornecedora global<br />
de software para<br />
a governança e<br />
privacidade de dados<br />
A oportunidade para a<br />
criação de valor reside nos<br />
dados não estruturados e as<br />
empresas poderão perceber<br />
o valor que pode ser gerado<br />
a partir de um melhor<br />
gerenciamento<br />
Foto: divulgação<br />
N<br />
em sempre percebemos, mas cada tecla que pressionamos<br />
se torna um dado - seja uma equação em<br />
um relatório financeiro de uma planilha eletrônica do<br />
final de ano fiscal, ou um meme engraçado para um<br />
colega de trabalho em um canal do nosso aplicativo<br />
corporativo de mensagens. Cada uma dessas ações, multiplicada milhares<br />
de vezes por dia pelo número de funcionários que se tem, nos<br />
leva a uma quantidade exorbitante de dados. E o mais assustador é<br />
que a maioria das empresas ainda não sabe quais dados possuem<br />
ou onde eles estão armazenados, especialmente quando se trata<br />
de dados não estruturados, que não são facilmente encontrados ou<br />
pesquisáveis.<br />
Com base no trabalho que temos realizado com clientes, prevemos<br />
que uma avalanche de preocupações afetará fortemente as<br />
empresas como parte do tratamento de dados necessário pós-Covid.<br />
Todas as novas práticas de jornadas laborais flexíveis e home office<br />
que se acumularam ao longo do ano logo precisará ser desvendado.<br />
Gerenciar dados não estruturados será cada vez mais difícil.<br />
Levando em conta este pano de fundo e as atuais normas de conformidade<br />
no horizonte, incluindo a LGPD, abaixo podemos listar seis<br />
previsões para o que aguarda os profissionais de gerenciamento de<br />
dados e conformidade ao longo de <strong>2021</strong>.<br />
A oportunidade para a criação de valor reside nos dados não<br />
estruturados e as empresas poderão perceber o valor que pode<br />
ser gerado a partir de um melhor gerenciamento dos seus vastos<br />
armazenamentos de dados. No momento, as empresas coletam,<br />
gerenciam e armazenam grandes quantidades de informações, mas<br />
muitos deles não são estruturados (até 80% dos dados corporativos,<br />
de acordo com o Gartner). Para ser capaz de identificar oportunidades<br />
de expansão, as organizações precisam tornar suas informações<br />
acessíveis e utilizáveis - e isso significa “melhor aproveitar dados não<br />
estruturados.”<br />
Organizações inteligentes reconhecem a necessidade de construir<br />
mapas persistentes de seus dados para poder responder a<br />
eventos inesperados - uma violação, por exemplo - com rapidez e<br />
eficiência. As organizações que se concentram em entender verdadeiramente<br />
como e onde seus dados são coletados e armazenados<br />
têm grande parte da batalha já vencida, principalmente aquelas que<br />
devem proteger os dados pessoais de seus clientes, independentemente<br />
do que as leis determinam. O maior acesso a grandes quantidades<br />
de dados, especialmente dados não estruturados, significa<br />
que as estruturas de governança adequadas precisam ser implementadas,<br />
e tudo começa com um bom e abrangente inventário de<br />
dados e sempre ativo.<br />
Em <strong>2021</strong>, as organizações precisarão cuidar dos dados além de<br />
somente “trancar as portas” para evitar o acesso a dados ou vazamento.<br />
Embora isso possa ter funcionado no passado, hoje não é<br />
mais o suficiente. Violações aconteceram; não é uma questão de<br />
“se”, mas de “quando”. Empresas de todos os tamanhos precisam<br />
entender os dados que realmente possuem, onde estão e, o mais<br />
importante, fazer isso em escala para que possam investir seus esforços<br />
para proteger as informações corretas e compreender adequadamente<br />
o risco e o impacto pós-violação.<br />
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Novo sistema de medição de<br />
comprimento ainda mais preciso;<br />
Novo projeto de chassis, mais<br />
robusto, maior durabilidade;<br />
Novos cilindros das facas de<br />
desgalhe;<br />
Pinos substituíveis do Link,<br />
simplificando sua manutenção;<br />
Novo acesso ao ponto para<br />
lubrificação, mais segurança na<br />
manutenção;<br />
Nova geometria da caixa da serra,<br />
que propicia um ciclo de corte mais<br />
rápido com menor lasque da<br />
madeira;<br />
Anéis trava ajustáveis no conjunto<br />
de medição do diâmetro, que<br />
estendem a durabilidade dos<br />
componentes.<br />
Serviço: (41) 2102-2881<br />
Cabeçote: (41) 2102-2811<br />
Peças: (41) 2102-2881<br />
(41) 9 8856.4302<br />
Pinhais-PR: Rua Alto Paraná, 226 - Sala 02<br />
(41) 9 9232.7625<br />
Butiá-RS: Av. Perimetral Sargento Fermino Peixoto da Silva, 181<br />
(41) 9 9219.3741 Caçador-SC: Rua Victor Meireles, 90 • NOVA SEDE<br />
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