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S288[online]

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Exercício físico e saúde

Onde a culpa morre solteira

Jorge

de Carvalho

É uma imensa

felicidade saber

que é possível ter

todos os alunos

na escola

€2,50 | N.º288

ANO XXIV mensal MAIO 2021

5 602930 003431

Levada do

Lombo do Mouro

Lugares de Cá

Festa da Flor

em outubro

Turismo


PUB

AF_Correio Ribatejo_252x174.pdf 4 19/11/2020 17:50

PUB


sumario

11

04 ENTREVISTA

As aulas à distância deram lugar às

aulas presenciais, com a testagem

e a vacinação dos professores e

funcionários a permitirem avançar

com a medida, depois de alguns

meses de encerramento dos

estabelecimentos escolares.

O secretário regional de Educação,

Jorge Carvalho, respondeu-nos

nesta entrevista sobre o processo

de abertura das escolas, o que

foi feito e o quanto se avançou

nesta matéria, nestes tempos

particularmente difíceis devido à

pandemia.

07

08

10

Cantinho da Poesia

Maria

Lugares de Cá

Levada do Lombo do Mouro

Opinião Hélder Spínola

Rabinhos de bebé

11 Ambiente

“Porto Santo sem lixo marinho”

12

14

Em Análise...

Onde a culpa morre solteira

16 Comportamento

Os “gorilas” à nossa volta

17 Saúde

Exercício físico e saúde

18

Caprichos de Goes

A censura dos “loucos”:

a moralização como mecanismo

de exclusão social – Parte 1

Madeira Aves

Borrelho-grande-de-Coleira

e Guincho-Comum

20

22 Turismo

Reabertura do Belmond Reid’s

Palace Hotel Madeira

23 Turismo

Festa da Flor regressa em outubro

24 Cultura

“Vígilia Cultura e Artes”:

a cultura é segura

26

28

(Des)Conhecida Arte

O artesanato de Anabela Machado

Câmara Municipal do Funchal

CMF avança com apoio financeiro

extraordinário para agentes e

associações culturais

Viajar com Saber

Bragança

30 Bem-Estar

Decorar e energizar os ambientes

com Cristais

31 Educação

Refletir em tempo de pandemia

32 Finanças

Os direitos do cidadão...

33

Image Consulting

Qual é a diferença entre

Moda e Estilo?

34 Beleza

Cuidados a ter com o seu rosto

35 Decoração

Sofás, o destaque da sua sala

36

Dicas de Moda

Brincos em bordado Madeira

38 Makeover

Lugares de beleza:

comer com os olhos

33

40 Motores

O novo Toyota Yaris GR

42

44

45 Social

52

54

Fashion Advisor

Tendências primavera/verão 2021

Marcas Icónicas

As marcas centenárias que

continuam a inovar

À mesa com... Fernando Olim

Estatuto Editorial

saber MAIO 2021

3


ENTREVISTA

Jorge

de Carvalho

Dulcina Branco

D.R. (direitos reservados)

4 saber MAIO 2021


De mochilas às costas, milhares

de alunos regressaram às

escolas depois de vários meses

do confinamento imposto pela

pandemia do novo coronavírus.

O regresso às aulas presenciais

do secundário e do 3º ciclo na

Madeira, em abril, envolveu

mais de 58 mil pessoas, entre

pessoal docente e não docente.

Foi decisivo para este ‘abrir’

à normalidade a testagem

massiva da comunidade escolar

bem como a vacinação dos

professores e funcionários.

A tão almejada normalidade

pode ainda estar longe mas

para lá se caminha com novas

ferramentas de combate ao vírus,

resiliência e com mais saber do

que no passado. O Secretário

Regional de Educação, Ciência e

Tecnologia, Jorge de Carvalho,

traz-nos os factos e o seu ponto

de vista sobre os mais recentes

desenvolvimentos no setor.

Como é que foi este retomar das aulas

presenciais ainda em tempo de pandemia,

Senhor Secretário?

- Foram criadas todas as condições para que

os alunos do 3º Ciclo e dos cursos gerais do

Ensino Secundário voltassem ao regime de

aulas presenciais, acompanhando assim os

alunos dos restantes ciclos de ensino, que

se mantiveram nas escolas. Este regresso

foi operacionalizado em conjunto com a medida

de vacinação da classe docente e dos

funcionários das escolas e com a testagem

dos alunos, condições essenciais para que

se salvaguardasse a segurança necessária.

O que sentiu quando viu os alunos e professores

regressarem às escolas?

- Sem dúvida que, é uma imensa felicidade

saber que é possível ter todos os alunos na

escola. Trata-se de um regresso à normalidade

que todos desejavam e que se tornou

possível, impondo-se agora, em termos de

aprendizagem, mas também de socialização,

retirar da nova situação o melhor proveito.

Além de felicidade, há outra palavra

muito importante neste momento, que é

O regime presencial de aulas é aquele em que o

processo de ensino-aprendizagem deve ocorrer

responsabilidade. Para tudo o que queremos

retirar de positivo do regresso às aulas

seja concretizado, impõe-se que cada um de

nós seja suficientemente responsável para

evitar a criação de condições à propagação

do vírus e à extensão da covid-19. Se me

permitir, diria que os dois vocábulos anteriores

geram a aplicação de um outro à nossa

situação: esperança. É essencial que a felicidade

do regresso às aulas, num clima de

responsabilidade individual, possa alimentar

a nossa esperança de voltarmos definitivamente

a uma vida normal, na qual possamos

dimensionar o ser social que somos,

tirando proveito dos ensinamentos que a

pandemia nos deixe e reunindo condições

para concretizarmos as nossas expetativas

e os nossos sonhos.

O ensino presencial versus o ensino à distância

tem suscitado diversas interpretações,

com vantagem para o primeiro, na

opinião de muitos. O que pensa o Secretário

Regional de Educação sobre isto?

- O regime de ensino à distância foi, é e será,

nos ciclos que correspondem à idade ideal

de conclusão da escolaridade obrigatória,

fixada nos 18 anos, apenas uma alternativa,

válida em situações de impossibilidade de

as aulas decorrerem de forma presencial.

Não há qualquer dúvida nessa matéria, o

que equivale a dizer que o regime presencial

de aulas é aquele em que o processo de

ensino-aprendizagem deve ocorrer. Assim, é

sempre possível que os alunos sujeitos a aulas

à distância, sobretudo por períodos muito

longos e em horários completos, possam

apresentar algumas dificuldades de aquisição

e consolidação de conhecimentos. Mas,

sendo tudo isso verdade, também não o deixa

de ser que o regime de ensino à distância

revelou-se uma ferramenta poderosa para

manter os alunos vinculados às escolas, aos

seus professores e às aprendizagens, o que

não seria possível doutro modo em tempos

de pandemia.

As escolas estão melhor preparadas, tecnologicamente

falando, para trabalhar

em contexto de pandemia?

- A Região evidenciou capacidade para promover

as aulas à distância sem deixar nenhum

aluno para trás e sem ter de agendar

férias forçadas para nenhum ciclo de ensino.

Isso foi assim porque as escolas puderam

renovar, nos quatro anos anteriores e não

quando começou a pandemia, os seus parques

informáticos, condição essencial para

aquele desempenho. Por outro lado, também

é importante sublinhar que a transição

digital educativa se iniciou há três anos, contemplando

o uso individualizado de tablets

e manuais digitais a todos os alunos do 2º

ciclo e, nos concelhos da Calheta, de São Vi-

saber MAIO 2021

5


A vacinação dos alunos poderá acontecer

quando?

- O último período do ano letivo 2020/21

decorrerá com a vacinação integral dos recursos

humanos docentes e não docentes

afetos às escolas da Região já cumprida.

Quanto aos alunos, foram acatadas e cumpridas

as recomendações de testagem generalizada

dos mesmos. Estão criadas as condições

para tudo decorrer num quadro de

normalidade, sem nos esquecermos que, a

qualquer momento, podem ser precisas medidas

extraordinárias, resultantes de problemas

de natureza sanitária e não da falta de

adoção de medidas apropriadas. Sem qualquer

despropósito, nem qualquer facilitismo

no cumprimento dos comportamentos,

cuidados e regras que continuam em vigor,

temos razões para estar confiantes.

Os testes à covid poderão vir a implementar-se

como uma medida futura e recorrente

nas escolas?

- A testagem massiva dos alunos justificou-se

na circunstância de regresso da totalidade

dos alunos à escola e poderá ser repetida em

condições dependentes sempre da avaliação

pelas autoridades de saúde. Mas, já anteriormente,

por decisão das autoridades de saúde,

podia acontecer a testagem de alunos

em circunstâncias concretas, normalmente

derivadas de suspeita de possibilidade de

infeção na sequência de contato com caso

positivo. Era uma testagem circunscrita, que

deverá manter-se em casos similares. s

cente e da Ribeira Brava, aos de 7º ano. A

formação dos docentes para o uso das plataformas

digitais e dos equipamentos informáticos,

para promoção das aprendizagens

e para relação com as famílias, já tinha acontecido.

Estas evidências demonstram que as

políticas de Educação foram, também nesta

área, corretas e adequadas às necessidades.

As atualizações necessárias já estavam previstas

aquando do lançamento dos projetos

e serão concretizadas sem qualquer pressão

adicional.

Os professores aderiram à vacinação?

- A adesão ao processo de vacinação é voluntária

e as poucas perturbações que se registaram

tiveram a ver com algumas recusas

nessa adesão, as quais tiveram uma expressão

irrisória e não podem ser confundidas

com situações de doença, de adiamento

por força de realização de testes, nem com

os casos de indivíduos que já contraíram a

doença. De resto, decorreu tudo com uma

enorme tranquilidade e uma capacidade organizativa

exemplar, facilitadora de todo o

processo. É nesse quadro que não se verificaram

preocupações por parte dos destinatários

das vacinas e dos testes.

Impõe-se que cada

um de nós seja

suficientemente

responsável para

evitar a criação de

condições à propagação

do vírus e à extensão da

covid-19

6 saber MAIO 2021


Cantinho da poesia

MARIA

Rosa Mendonça

Escritora

facebook.com/rosa.6823mendonca/

[rosa mendonça autora]

Maria, Mãe, Mulher

Como podemos imaginar a dor de Maria junto ao Crucificado

Corre em nossas mentes suposições, o real sofrimento morre Nela

Trespassa e tortura a alma maternal, totalmente esvaziada

Recorda a voz do anjo, o filho predestinado, o Escolhido

A dor de Maria cresce, cresce e cresce, em silêncio

De joelhos e com o corpo dormente, padece junto à Cruz

Coloca os olhos no seu Filho, beija os pés pregados, sangrentos

Jesus do alto da Cruz disse: “Mulher, eis aí o teu filho”.

Depois disse ao discípulo: “Eis aí a tua Mãe”. (Jo.19, 26-27)

Jesus assume a Cruz com liberdade e após um calvário macabro morre!

Revela o seu amor incondicional por todos nós

Naquela tarde assombrosa, escura e sangrenta

Nasce e renasce em cada um de nós, um amor vivo sempre a crescer

Segundo as escrituras, ressuscita ao fim do terceiro dia

Para nós, crentes, continua bem vivo dentro dos nossos corações

Nas oscilações da vida, é em Seus Braços que buscamos paz

A Igreja cresce até aos nossos dias, materializada em São José

Maria, sagrada Mãe do Altíssimo!

Nossa Mãe, Nossa Doce Salvadora!

Sem Ela somos miseráveis, desgraçados, pedintes…

Mortos-vivos que vagueiam incrédulos, sem Seu Amor!

Zelosa, mantém-nos cobertos com seu Manto maternal

Rezavam as profecias que havia nascido o único Messias

Guiados pela Estrela, os reis magos seguem-Na até Jerusalém

Desde a gestação até os seus 33 anos de vida terrena

Proclamou sempre a Verdade e a vontade do Santíssimo Pai

Venerado por muitos, indesejado por alguns, segue!

O amor é Seu lema principal; Pai que acolhe e nunca se cansa

Com Ele, deambulamos pelo bem, lutamos contra o mal

Buscamos em Jesus Cristo: Caminho, Verdade e Vida

Nunca nos abandona, acompanha-nos em cada passo, silencioso

Não preciso de ver, não posso negar, não quero esconder

Bebo e sigo Seus ensinamentos. Inquieta, em constante aprendizagem,

Desejo aumentar a fé e nunca perder a esperança

Com e em Maria, a vida torna-se ainda mais bela

Louvada, louvada, louvada, sejas! Nossa Mãe, minha Mãe!

s

D.R.

saber MAIO 2021

7


LUGARES DE CÁ

Levada do Lombo do Mouro

L

evada do Lombo do Mouro,

ou Levada do Monte

Medonho, ou Levada da

Serra da Bica da Cana. Tem

várias designações esta levada

que é já mencionada no final

do século XIX. Em 1910, a água

do Pináculo foi desviada para a

Ribeira Brava através da recém-

-construída Levada do Lombo

do Mouro. Para compensar a

falta de água em São Vicente, foi

construída a Levada do Inferno,

que transportava a água não utilizada

da Ribeira do Inferno para

o Vale de São Vicente. Com a

construção da estrada que liga o

Passo da Encumeada ao Paul da

Serra, foi feita uma subdivisão

artificial em Levada do Lombo

do Mouro e Levada da Serra e

as duas partes foram nomeadas

individualmente. Em qualquer

caso, toda a levada é uniformemente

referida como ‘Levada do

Lombo do Mouro’ ou ‘Levada do

Moiro’ em mapas antigos. Este

percurso tem o seu início na Encumeada

e leva os caminhantes

por uma variedade magnífica

de paisagens e caminhos, até

chegar ao Lombo do Mouro,

passando antes pelo conhecido

Pináculo e percorrendo a Levada

do Norte e a Levada da Serra. Ao

longo dos seus cerca de 17 km,

o percurso tem vários túneis e

a sua altitude varia entre os 930

e os 1530 metros exigindo, por

vezes, alguma resistência física.

No entanto, as belas paisagens e

a densa vegetação com espécies

endémicas da Laurissilva da Ilha

da Madeira compensam o esforço,

conforme se pode verificar

nas belas imagens captadas pelo

Cícero Castro. s

Dulcina Branco

Cícero Castro

walkmeguide.com

8 saber MAIO 2021


saber MAIO 2021

9


OPINIÃO

Hélder Spínola

Biólogo/Professor Universitário

Rabinhos

de Bebé

Se tiverem coragem de fazer

uma visita a uma estação de

tratamento de águas residuais,

ou a uma estação elevatória,

irão deparar-se com pensos

higiénicos, preservativos,

fio dentário, embalagens de

shampoo (aquelas pequenas dos

hotéis), fraldas, roupa interior…

e até pequenos animais de

estimação. Desde que caiba

no buraco da sanita, a falta de

sensibilidade de muita gente, e a

ideia de que a sanita é um portal

mágico para outra dimensão,

resulta numa autêntica lixeira

em direção ao mar.

Este ano hidrológico tem sido muito

bom, a contrastar com as últimas décadas

e com a tendência trazida pelas

alterações climáticas. À semelhança

de anos anteriores, mas este ano com mais

frequência, temos tido alguns dias em que

a chuva cai abundantemente. Como os nossos

espaços urbanos estão fortemente impermeabilizados

e o armazenamento das

águas que escoam dos telhados para posterior

aproveitamento são notoriamente

escassos, quase inexistentes, quando chove

um pouco mais as ruas ficam inundadas, rapidamente

transformadas em autênticos ribeiros.

Entram em garagens, caves e no rés-

-do-chão de estabelecimentos e moradias,

mas, porque a separação das águas pluviais

e residuais é inexistente, também na rede

de drenagem dimensionadas apenas para

os esgotos. Nesses dias, além dos ribeiros

que se formam nas estradas e passeios,

surgem também chafarizes que se elevam a

partir das tampas de esgoto, trazendo para a

rua elementos que habitualmente estão escondidos

dos nossos olhos e afastados dos

nossos narizes. Depois da tempestade vem

a bonança, e com ela aparece o que ficou

preso e não foi levado pelas águas correntes

até ao mar: o lixo que deitamos na sanita.

Tenho constatado, nos últimos anos, que

uma boa parte desse lixo que sai através das

tampas de esgoto em dias de forte pluviosidade

é constituído por toalhitas de bebé.

Estas toalhitas húmidas (cheias de químicos

que se impregnam na pele e partes intimas),

inicialmente comercializadas como produto

para limpar o rabinho do bebé aquando da

muda das fraldas, são agora usadas também

pelos adultos e, pelo que se consegue

constatar, em vez de irem para o balde do

lixo, vão para a sanita. O problema é que

estas toalhitas não são de papel, nem tão

pouco são biodegradáveis (apesar de existir

essa opção no mercado, a maioria não as

compra pois são mais caras), e ao serem atiradas

para a sanita podem provocar entupimentos

na rede de drenagem ou problemas

na gestão das estações de tratamento de

águas residuais. Quando não são removidas

no tratamento, ou saltam pelas tampas de

esgoto em dias de chuva, acabam no mar,

contribuindo para afogá-lo ainda mais em

plásticos. Dizem-nos que, se continuarmos

assim, em 2050 haverá mais plástico no

mar do que peixe. Infelizmente, a sanita é

usada como caixote do lixo para muitos resíduos,

não apenas para as toalhitas. Se tiverem

coragem de fazer uma visita a uma

estação de tratamento de águas residuais,

ou a uma estação elevatória, irão deparar-

-se com pensos higiénicos, preservativos, fio

dentário, embalagens de shampoo (aquelas

pequenas dos hotéis), fraldas, roupa interior…

e até pequenos animais de estimação.

Desde que caiba no buraco da sanita, a falta

de sensibilidade de muita gente, e a ideia de

que a sanita é um portal mágico para outra

dimensão, resulta numa autêntica lixeira

em direção ao mar. Se leu o artigo até aqui

e não tinha noção de todo este problema,

e partindo do princípio que quer dar o seu

contributo, há uma regra básica para o que

deve ser colocado na sanita: apenas o que

sai de dentro do nosso corpo, admitindo-se

também o papel higiénico (mas não aquele

que parece cartolina). Para cumprir esta

regra, é fundamental manter ao lado da sanita

um caixote do lixo. A sanita não é um

caixote do lixo, e se o equilíbrio ambiental

não é razão suficiente para entender isto,

então que se pense também na quantidade

de problemas que se evitam ao prevenir

entupimentos nos esgotos da sua casa (para

além dos que possam ocorrer na rede pública).

Vamos mudar os nossos hábitos para

que possamos vive. s

10 saber MAIO 2021


ambiente

Projeto “Porto Santo Sem Lixo Marinho”

Écerto e sabido que o lixo

produzido pelo ser humano

que vai ter ao mar

é uma catástrofe para a

fauna e flora marinhas. Retirar

algum do lixo e evitar que muito

deste chegue ao mar é uma tarefa

a que se dedicam diversos

organismos, como aconteceu no

âmbito do projeto “Porto Santo

Sem Lixo Marinho” que juntou o

Governo Regional da Madeira e a

Câmara Municipal de Porto Santo

e que no local teve o apoio de

instituições como a AM3 (Força

Aérea Portuguesa), a ONG francesa

‘Wings of the Ocean’ e a Comissão

de Proteção de Crianças e

Jovens do Porto Santo. Destaque

para a presença do imponente

veleiro Kraken, da ONG francesa

‘Wings of the Ocean’. Esta ONG

desenvolve ações mundiais para

a proteção dos ecossistemas costeiros

da poluição por plásticos,

e sensibiliza a população sobre

as causas e consequências do

impacto humano na vida marinha.

O Kraken é um veleiro de

42 metros que embarca cerca de

30 velejadores voluntários com a

missão de limpar o lixo da costa,

principalmente de tipo plástico,

deitado fora pelo ser humano.

O projeto de limpeza em zonas

costeiras da ilha de Porto Santo

decorreu entre os dias 17 e 22

de abril e se estendeu a ribeiras

e outros espaços que contribuem

para a acumulação de potencial

lixo marinho. A iniciativa foi

englobada nas comemorações

do Dia da Terra, que se assinala

anualmente no dia 22 de Abril e

que são promovidas em Portugal

pela Fundação Oceano Azul. O

projeto “Porto Santo sem Lixo Marinho”

permitiu recolher variados

tipos de lixo nas zonas costeiras

da ilha. Os participantes tiveram

o apoio de georreferenciação dos

locais onde o lixo foi encontrado.

No final, após contabilização, os

50 participantes recolheram mais

de 650kg de lixo. s

Dulcina Branco

www.eeagrants.gov.pt

gentilmente cedidas por Fábio Brito

(Câmara Municipal de Porto Santo)

saber MAIO 2021

11


CAPRICHOS DE GOES

Diogo goes

Professor do Ensino Superior e Curador

A censura

dos “loucos”:

a moralização

como mecanismo

de exclusão

social

– parte 1

(Texto adaptado a partir de artigo com o mesmo

título publicado no Jornal da Comunidade

Científica de Língua Portuguesa - A Pátria,

1-10-2020)

A26 de abril de 1937, aviões da força

aérea alemã bombardearam

a cidade Basca de Guernica. Esta

ação constituiu um dos primeiros

experimentalismos da demonstração do

poder bélico e da política militarista dos totalitarismos

e autoritarismos do século XX.

Esta matança de inocentes, consubstanciou-se

em argumentos que justificavam

à luz dos populismos, um choque ideológico,

do qual, historicamente, ninguém

saiu vencedor. Picasso retrata este martírio

imortalizando-o na pintura do mesmo

nome da cidade. Nesta pintura da vanguarda

modernista, Picasso toma a vanguarda

do jogo cubista e estabelece uma dialética

entre um abstracionismo geometrizante e

uma expressão figurativa que induz para

uma linguagem surrealizante (Arnheim,

1973; Hensbergen, 2005). Picasso recupera

as tragédias e os cenários de horror (ao

vazio), características do espírito e drama

do Barroco Espanhol (Benjamin, 1984; Silva

& Gomes, 2016). Fazendo uso de citações

gráficas e referências à história da arte, denuncia

o sofrimento provocado pelos fascismos

(Arnheim, 1973; Hensbergen, 2005;

Ramírez, 1999). A propósito de “Guernica”,

Picasso terá dito que “ela é uma arma de

ataque e defesa contra o inimigo”. Para

Frederick Hartt (1993), esta obra é um

“memorial de todos os crimes perpetrados

contra a humanidade no século XX”.

Hoje, cada vez mais, torna a emergir na

Europa, a censura às expressões artísticas,

o falso pudor e os novos moralismos

contemporâneos que visam instrumentalizar

a Cultura e determinar a moral como

falsos pretextos para entronização das

novas elites. Os fenómenos de racismo e

xenofobia são parte integrante da falaciosa

construção identitária. A conceção de

Cultura, para Warburg (1999) é um processo

de contínua acumulação, agregação

ou justaposição de «formas expressivas»

(Gonçalves, 2010, citando Guerreiro, 2007),

podendo estar subjacente à sobrevivência

de uma imagem, as múltiplas significações

que esta adquire ao longo do tempo. Uma

imagem, está, portanto, determinada pelo

lugar que ocupa numa sociedade, ou seja,

determinada pelo contexto social e cultural

no qual se insere. Função, significado,

valor e símbolo, estão por isso correlacionados.

A possibilidade da sobrevivência

das imagens é, portanto, determinada pela

permeabilidade das formas mudarem de

significados, sobrepondo-se aos anteriores

12 saber MAIO 2021


(Gonçalves, 2010). Pode-se considerar uma

imagem como um produto cultural que resulta

da conjugação de múltiplas referências

culturais herdadas (Gonçalves, 2010;

Warburg, 1999). Referências estas, herdadas

quer pelo autor, inferindo na definição

de significados e símbolos desde o processo

autoral, quer pelo espectador, inferindo

sobre o processo de juízo de valor estético

operado por este. A impossibilidade da separação

da forma e conteúdo é demonstrada

pela não existência de grandes ruturas,

mas antes uma continuidade, no estudo da

história ou no processo evolutivo das imagens

(Gonçalves, 2010; Guerreiro, 2007;

Warburg, 1999). As imagens são intervenientes

e parte integrante no processo de

transformação social. As imagens, enquanto

construções mentais de uma determinada

realidade, desempenham por isso,

um importante papel na reformulação dos

conceitos estabelecidos, metamorfoseando-os.

As imagens dos objetos artísticos

veiculam por isso, sempre, as ideologias

estéticas do autor, do encomendador e do

espectador, podendo, no entanto, as mensagens

implícitas nas obras serem “mal interpretadas”

por quem as frui. A imagem

de um objeto artístico, cumpre por isso,

uma outra função que vai além do embelezamento

estético: uma imagem é sempre

um ato político, porque é um exercício de

autoridade, de convencimento entre quem

a realiza e quem a vê. É um exercício de autoridade,

entre quem se deixa convencer

que contempla algo (digno) de ser chamado

de “Arte” e o autor e a instituição que

legitima e valida o objeto-imagem que expõe,

como “Arte”. As mensagens inscritas

no interior de uma obra de arte, são necessariamente

e continuamente localizadas e

recontextualizadas, em cada momento histórico.

Os contextos sociais e culturais de

cada espectador são mutáveis, passando

por isso também a mutabilidade de interpretação

e função simbólica a determinar

a leitura da obra de arte (Eco, 2007, 2010;

Gombrich, 2008). Assim o exercício do poder

acontece de diferentes modos, inferindo

maiores impactos sobre o campo simbólico

das imagens do que sobre o objeto

artístico em si mesmo. Ora o ato de legitimar

e validar uma obra de arte é, portanto,

um ato político, que ironicamente tornou-

-se menos relevante do que a capacidade

de recusar, não autorizar ou censurar um

objeto artístico. No entanto, a estratégia de

negação da arte ou a crítica assente num

juízo moral e político, desempenharam ao

longo da história um instrumento preponderante

para a própria legitimação dos objetos

artísticos (Eco, 2007, 2010; Gombrich,

2008). Se por um lado a censura institucional

às expressões estéticas e artísticas,

ao longo dos tempos, constituíram razão

de uma normação estética, instituindo em

vários casos um “gosto oficial”, tendencialmente

predominante, numa determinada

área geográfica da mesma influência cultural,

por outro lado, a censura possibilitou

pela exclusão de obras e de artistas da

esfera “institucional”, que a arte evoluísse

na sua função, comprometendo-se com o

“progresso da Humanidade”, através do

seu papel social crítico. O ato censório,

resultado de um juízo moral sobre as imagens,

consubstanciou-se num mecanismo

de exclusão social dos críticos com o sistema

dominante, servindo para normalizar

as relações entre quem detém o poder e

a maioria de uma comunidade. Por isso, a

moralização e a censura, constituem práticas

autoritárias de quem detém e exerce

o poder, atuando sobre uma maioria, real

destinatária, que reconhecendo o exercício

do poder, cumpre a norma moral aceite.

(continua na próxima edição). s

Referências:

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Picasso’s Guernica. Londres: University of California

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saber MAIO 2021

13


em análise...

Francisco Gomes

Analista político

Onde a culpa

morre solteira

Também estes dias, faleceu Jorge Coelho, um homem que,

como ministro do Equipamento Social, aceitou o ónus da queda

da ponte de Entre-os-Rios e demitiu-se com uma fase que ficou

célebre: ‘A culpa não pode morrer solteira.’. Mas, quando ouvimos

a voz do pastor de Gondoriz ou a do saudoso Jorge Coelho, fica a

ideia de que são figuras de uma outra realidade, que não a nossa.

Carolina rodrigues

Após sete anos e milhares de horas

de trabalho pagas com o nosso dinheiro,

um despacho reduz a fantasia,

especulação e falta de lógica

os esquemas de corrupção que todos nós

sabemos que são factos. E tudo se tornou

ainda mais enojante quando um juíz se escondeu

atrás de jogos de semântica que envergonhariam

um aluno do oitavo ano para

nos explicar que o passar dos anos converte

a Justiça em Injustiça e que, embora teimemos

em afirmar que somos um povo magnífico,

a verdade é que somos uma população

subordinada ao Grande Estado e que nunca

baterá o pé às hipocrisias de quem nos governa.

Mas, afinal, nada disto é novo! Recordo

o 1º de Dezembro de 1640, e, ao contrário

do que se diz, não foi o povo descontente

que saiu à rua para correr com os castelha-

14 saber mAIO 2021


rodrigokencirilo

nos. O que se passou foi que, a dada altura,

a nobreza portuguesa viu-se obrigada a

ir lutar para a Flandres, numa guerra que

acreditava não ser sua. Até o momento,

essa nobreza não via qualquer razão para

uma revolução, mas, quando o seu conforto

foi abalado, aproveitaram uma rebelião na

Catalunha para restaurar a independência e,

assim, escapar à convocatória para ir para a

Flandres. Não muito diferentes, a 25 de Abril

de 1974, um grupo de militares pesaroso

com a guerra colonial e oposto às políticas

de promoção na hierarquia militar aproveitou

a fragilidade de Marcello e organizou

uma revolução contra o Estado Novo. Quer

na primeira situação, quer na segunda, o

povo descontente não teve o papel romantizado

e heroico que a memória teima em

lhe atribuir, mas limitou-se a aplaudir o novo

regime. Por muito que nos custe a admitir, é

essa a verdade. Em 2021, temos um Estado

rígido, corrompido por redes de interesse,

consumido pelo compadrio e sem respeito

pelos seus cidadãos. Todos sabemos isso

e até um juiz o comprovou recentemente.

Mas, apesar do populismo que tem alimentado

as redes sociais, não espero qualquer

mudança ou revolta. Porquê? Porque continuamos

a ser um país onde quem desafia

o governo, leva, e, quem se questiona, é arrasado

pela classe ‘intelectual’. Por cá, não

nos revoltamos. Quando algo acontece, lá

saímos à rua para bater palmas. Mas, fazer

a mudança, não é aqui. Nem a propósito,

por estes dias, um raio caiu numa serra em

Gondoriz, matando sessenta e oito cabras.

O pastor, um humilde homem de cerca de

quarenta anos, sem perceber o que se tinha

passado, disse, no seu desespero, ‘Se eu

morro, era mais fácil.’ Também estes dias,

faleceu Jorge Coelho, um homem que, como

ministro do Equipamento Social, aceitou o

ónus da queda da ponte de Entre-os-Rios

e demitiu-se com uma fase que ficou célebre:

‘A culpa não pode morrer solteira.’ Mas,

quando ouvimos a voz do pastor de Gondoriz

ou a do saudoso Jorge Coelho, fica a ideia

de que são figuras de uma outra realidade,

que não a nossa. Pois a vida política que conhecemos

não está cheia de virtude, mas de

vícios. E de vícios que facilmente prescrevem.

Nossa!... Era tão bom que fossemos

um país sério. s

saber MAIO 2021

15


SAÚDE

Sónia ferreira

info@arquiteturadoser.pt

Sónia Ferreira

Psicóloga Clínica e 'Coach'

Os “gorilas”

à nossa volta

Desta vez, gostaria de vos trazer aqui

uma reflexão relacionada com o

foco - e sobre aquilo a que damos

atenção. E para isso partilho convosco

uma experiência feita pelo Daniel Simons,

na qual o investigador pediu a várias pessoas

que contassem o número de passagem de

bola entre duas equipas, uma com t-shirt

branca e uma com t-shirt preta. O objetivo

era que as pessoas conseguissem observar e

contar o número de passagens de bola entre

uma e outra equipa. Até aí, tudo tranquilo, e

a maior parte das pessoas conseguiu chegar

a esse valor ou a um aproximado. A questão

é que as pessoas estavam tão focadas nessa

contagem de passagens de bola que lhes

escapou uma coisa essencial: um gorila. Sim,

um gorila! Entre o grupo de pessoas que se

movimentava a passar as bolas, entrava um

gorila (ou melhor, pessoa vestida de gorila)

que passava pelo meio delas e depois desaparecia

de cena. Esta experiência foi feita e

repetida muitas vezes e em todas elas cerca

de metade das pessoas não tinham noção de

que tinha aparecido um gorila. Se estiverem

curiosos, esta experiência está disponível.

Basta pesquisar por “Invisible gorila” e aparece

logo o vídeo no YouTube. Assistam e

perceberão que o gorila não passa despercebido.

A questão aqui é que as pessoas estão

tão focadas numa determinada coisa que não

veem aquilo que está a acontecer à sua volta.

E como é que extrapolamos esta experiência

para as nossas vidas? Facilmente. Quantas

vezes estamos tão preocupados com uma

situação, tão preocupados com um problema

que não vemos outro tipo de soluções ou

alternativas?Quantas vezes estamos tão embrenhados

nas nossas vidas que deixamos

de observar situações pessoais ou familiares

que pareciam tão evidentes? É o que acontece

quando estamos sobrecarregados. Estamos

tão focados nas tarefas que temos para

fazer, com toda a nossa “to do list”, com os

projetos que temos em mãos, com os prazos

a que temos de dar resposta que não estamos

disponíveis para olhar para outras coisas

que possam estar a acontecer na nossa vida.

Os “gorilas” podem assumir muitas formas,

mas quando estamos demasiado condicionados

à nossa esfera de obrigações, por vezes,

desleixamos uma quantidade de outras

coisas que estão a acontecer e a concorrer

pela nossa atenção. Ainda para mais, quando

estamos consumidos pelos afazeres e obrigações,

também os nossos pensamentos e

sentimentos vão surgir nesse sentido. Vamos

sentir-nos sobrecarregadas, insatisfeitos, impacientes

e intolerantes. Da mesma forma

que, se estivermos focados em observar as

coisas boas que acontecem ao longo do dia,

sentimo-nos mais felizes, entusiasmados e

realizados. Portanto, a primeiro questão é: a

que é que não estamos a dar atenção? Podem

ser pessoas, situações, podem ser vozes

interiores e vontades próprias. Por isso, é importante

parar, observar atentamente todas

as esferas da nossa vida e observar o que é

que está a escapar e para onde é que podemos

apontar o nosso foco. Respondida a primeira

questão, passamos à segunda: qual é

a que posso fazer na forma como olho para

o que está a minha volta, que poderia trazer

aqui algum impacto mais significativo e que

acrescentaria mais valor à minha vida, melhores

relações e mais felicidade? Pode ser a

forma como organizo o tempo, como me dedico

às pessoas ou alguma característica pessoal

que tenha de aprofundar. Seja qual for

a escolha, há que implementá-la e observar

os resultados. Como diria Charlie Chaplin: a

persistência é o caminho do êxito. s

16 saber MAIO 2021


SAÚDE

Pedro Von Hafe

Médico Assistente Graduado de Medicina

Interna, Departamento de Medicina,

Hospital São João, Porto

Exercício

físico e saúde

Dr PEDRO VON HAFE

Nesta época de restrições relacionadas

com a pandemia, em que é

comum ficar sentado grande parte

do tempo, parece-nos importante

realçar os benefícios da actividade física.

Em 2015, a Academy of Medical Royal Colleges

redigiu um relatório em que chamava

ao exercício físico a “cura milagrosa”. Esta

afirmação está baseada em evidência científica

robusta. Inúmeros estudos mostraram

de forma consistente que as pessoas que

têm actividade física regular apresentam

um menor risco de desenvolver ou morrer

de doença cardiovascular quando comparadas

com os sedentários. O exercício físico

está associado a menor risco de doença

das coronárias, acidente vascular cerebral,

diabetes tipo 2, obesidade, acumulação de

gordura abdominal, osteoporose e alguns

cancros (mama e cólon, por exemplo), para

além de melhorar o sistema imunológico e

o bem-estar psicológico. Tem vindo a ser

demonstrado que o exercício protege o cérebro

de decadência cognitiva que acompanha

o envelhecimento, melhora a memória,

a agilidade do pensamento e mesmo a criatividade.

Investigações recentes mostraram

que permanecer muito tempo sentado, seja

em casa, no carro ou no trabalho aumenta o

risco de doença cardíaca e de morte se não

houver actividade física compensatória. Um

estudo mostrou que intercalar 30 minutos

de actividade física ligeira com o permanecer

sentado diminuía o risco de morte em 17%

e se o exercício fosse de intensidade moderada

a vigorosa a redução da mortalidade

chegava aos 35%. Num trabalho australiano,

as pessoas que andavam a pé com frequência

e de forma rápida tinham uma maior

probabilidade de viver mais 15 anos do que

aqueles que não apresentavam qualquer

actividade física. A actividade física regular

ajuda a controlar o peso, baixa a pressão arterial

em doentes com hipertensão arterial

e melhora os níveis de colesterol e triglicerídeos.

As pessoas com diabetes que fazem

exercício controlam melhor a sua doença e

reduzem o risco das suas complicações, e

sabe-se que os indivíduos em elevado risco

de desenvolver diabetes por uma história familiar

pesada de diabetes conseguem diminuir

esse risco em 60% através do exercício

físico. Nos doentes que tiveram um enfarte

do miocárdio, a terapêutica de reabilitação

com actividade física diminuiu a mortalidade

total em 27% e a mortalidade cardiovascular

em 31%. Mais de catorze ensaios clínicos

mostraram benefícios da actividade física

estruturada em doentes com insuficiência

cardíaca, uma das formas mais avançadas

de doença do coração. Mesmo em doentes

velhos hospitalizados as intervenções multidisciplinares

que incluíram actividade física

mostraram efeitos benéficos, apresentando

menos tempo de internamento e diminuindo

os custos. Uma meta-análise que avaliou

305 ensaios clínicos envolvendo mais de

340.000 participantes mostrou que o exercício

físico estruturado era tão eficaz como os

medicamentos na diminuição da mortalidade

por doença das coronárias e era superior

aos fármacos na prevenção da morte por

acidente vascular cerebral. É claro que esta

análise estatística não implica que os doentes

suspendam as suas medicações e a substituam

pelo exercício físico. Sabe-se que o

uso de estatinas (medicamentos para reduzir

o colesterol) e uma boa aptidão física estavam

associados de forma independente a

menor mortalidade nos indivíduos em risco.

As recomendações, independentemente do

género masculino ou feminino, indicam que

bastam 30 minutos por dia em cinco dias da

semana de actividade física moderada (150

minutos por semana). Esta actividade física

moderada corresponde por exemplo a marcha

em passo apressado, andar de bicicleta,

nadar, dançar e mesmo cortar a relva. Num

estudo, as mulheres que que andavam pelo

menos uma hora por semana diminuíam o

seu risco cardiovascular para metade quando

comparadas com aquelas com nenhuma

actividade. As crianças entre os três e os

cinco anos devem estar fisicamente activas

pelo menos três horas por dia. As crianças

entre os 6 e os 17 anos necessitam pelo menos

de uma hora de exercício físico diário.

Um estudo de 2006 que envolveu Portugal

e que incluiu crianças de 9 a quinze anos

apontou que provavelmente seria necessário

mais do que uma hora por dia de actividade

física, de forma a manter os factores

de risco cardiovascular baixos nas crianças

e isto era verdadeiro tanto para as crianças

obesas como para as magras, o que indicia

que devemos focar-nos não só no peso das

crianças mas também na sua aptidão física.

Uma análise observacional recente mostrou

que os indivíduos que iniciam a actividade física

na meia-idade, mesmo que não tenham

praticado qualquer exercício durante anos,

podem rapidamente ganhar os benefícios

da actividade física na esperança de vida.

Nunca é tarde para retomar a actividade

física. Alguns estudos mostraram que os

programas de exercício físico são benéficos

mesmo nos mais velhos (com mais de

75 anos). Para concluir, está provado que

os indivíduos com actividade física óptima

consomem menos dinheiro em cuidados de

saúde do que aqueles com níveis baixos de

actividade e isto é verdade para aqueles com

ou sem doença cardiovascular estabelecida.

Sendo assim, em termos de saúde pública

a promoção de actividade física regular é a

melhor opção em termos de custo-benefício,

um verdadeiro “best-buy”. s

saber MAIO 2021

17


MADEIRA AVES

JOSÉ FRADE

Fotógrafo autoditata

Taxa de Sibley-Ahlquist

José Frade nasceu há 53 anos no

concelho de Cascais. Trabalha

no sector automóvel mas foi

a sua paixão pela fotografia,

principalmente a fotografia de

natureza, que o fez aprofundar

os seus conhecimentos sobre

as aves e consequentemente

aderir ao grupo "Aves de Portugal

Continental", grupo esse criado

pelo Armando Caldas, mas, como

membro desde o primeiro dia,

foi convidado pelo fundador, em

conjunto com ele, administrar

o referido grupo, vendo aí uma

oportunidade para partilhar os

seus conhecimentos e incentivar as

pessoas à protecção da natureza.

Dulcina Branco

José Frade,

administrador do grupo “Aves de Portugal Continental”,

que gentilmente nos cede as fotos que ilustram

esta rubrica

Em Portugal encontram-se quase 600

espécies de aves, com registos novos

quase todos anos. Esta lista inclui

496 espécies e inclui as regiões

autonómas da Madeira e dos Açores. Deste

número, 14 encontram-se ameaçadas de extinção,

9 representam espécies introduzidas

e algumas são raras ou acidentais. A lista

está organizada conforme a Taxa de Sibley-

-Ahlquist, um sistema baseado em técnicas

avanças de biologia molecular, proposto no

início da década de 90 para a classe Aves. O

trabalho foi conduzido pelos cientistas Charles

Sibley e J.Ahlquist nos anos 80. A técnica

escolhida foi a hibridização de DNA, que permite

a comparação do grau de semelhança

genético de duas espécies. Os dados adquiridos

foram interpretados de maneira a reconstituir

as relações filogenéticas entre os

diversos grupos de aves. Os resultados do

estudo foram surpreendentes e, apesar de

confirmarem algumas ideias da classificação

tradicional, trouxeram mudanças radicais

ao sistema classificativo das aves. s

Fonte: wikipédia.org

18 saber MAIO 2021


Borrelho-grande-de-coleira

(Charadrius hiaticula)

Uma ave da família Charadriidae.

Nidifica no norte da Europa,

inverna no sul da Europa,

inclusive na Madeira e em África.

Guincho-comum

(Chroicocephalus ridibundus)

Ave da família Laridae.

Nidifica no norte e no centro da Europa,

inverna no sul incluindo no arquipélago da Madeira.

saber MAIO 2021

19


[DES]CONHECIDA ARTE

Anabela Machado

Educadora de infância e autora

facebook.com/Bijuterias-Anabela-104384394671524

O artesanato de Anabela Machado

Na vida desta educadora de infância

cruzam-se muitos interesses, entre

os quais o gosto – e o talento!- para

criar à mão bijuterias, bolsas,

bonecas de trapos, entre outros.

Anabela Machado nasceu em

Bragança (Trás-os-Montes), onde

concluiu o bacharelato em Educação

de Infância. Desde 1992 que vive

na Madeira, tendo concluido a

licenciatura em Ciência de Educação

na Universidade da Madeira. Desde

muito cedo demonstrou muito

interesse por artesanato, interesse

esse que continua a pôr em prática

no seu dia a dia, nas peças que cria

– únicas e diferentes - e que leva

às feiras de artesanato. A escrita

de livros infantils e a ilustração

são outras das facetas desta

multifacetada profissional que já

deu à estampa diversos livros – com

ilustrações feitas pela própria – na

área infanto-juvenil. Todos eles sob a

chancela da Editora o Liberal.

Dulcina Branco

C.R. & Anabela Machado

Como começou e desenvolveu o gosto

pela conceção de peças feitas à mão?

- Desde muito cedo demonstrei muito interesse

por artesanato, gostando de confecionar

bijuterias, bolsas, bonecas de trapos,

entre outros artigos. Na Madeira comecei a

fabricar colares e brincos, participando na

feira de artesanato “Mercarte”, que decorria

todos os sábados na cidade do Funchal.

A venda dos produtos confecionados no

primeiro ano como “feirante”, rendeu-me

dinheiro para efetuar uma das minhas viagens.

Na minha terra natal (Bragança), participei

na Feira Medieval, expondo e vendendo

algumas bijuterias.

Que peças tem feito, em que materiais e

com que fins?

- Tenho confecionado com mais frequência

colares usando como materiais: restos de

tecidos, pedrarias, fitas de cetim, lantejoulas,

entre outros artefactos. No momento,

não o faço tanto pelo interesse monetário

mas mais sim pelo prazer e como uma terapia

e ocupação do tempo livre. Muitos destas

peças confecionados destinam-se a ser

oferecidas às amigas e familiares nos seus

aniversários e outros datas festivas e que

me permite também divulgar o meu trabalho

de artesanato.

O que a inspira na conceção de uma

peça?

- O estado de espírito e também o estilo

20 saber MAIO 2021


próprio são a motivação para a confeção

dos meus trabalhos. Gosto de criar peças

únicas, que marquem a diferença. Para certas

pessoas poderão ser até consideradas

um pouco excêntricas e extravagantes. Os

trabalhos de Frida Kahlo – pelas cores usadas

pela artista, são uma inspiração.

Como decorre o seu processo criativo?

- Num ambiente calmo e descontraído, normalmente,

quase sempre ao som de boa

música, ou com o PC ligado para ir visualizado

algum filme. As peças não são muito

pensadas. Elas vão sendo concebidas mediante

a observação do material existente,

que acaba por ser escolhido de forma muito

aleatória, sendo que estas acabam por

surgir de forma muito imprevista. Contudo

no final, o resultado é quase sempre satisfatório.

Muitas vezes, começa-se por fazer

algo para logo em seguida desfazer e voltar

a começar tudo de novo, até conseguir peças

diferentes.

A pandemia incentivou a criatividade

ou a criação de peças personalizadas? É

uma forma criativa de fugir à crise económica

e de aumentar o rendimento das

famílias?

- A pandemia foi, sem dúvida, uma época

de muita criatividade no que concerne à

execução de muitos trabalhos, em especial

no primeiro confinamento. O tempo passado

em casa teve de ser ocupado, pelo que

mais do que nunca foi necessário dar azo à

imaginação. Foi um período muito fértil a

nível de criação de novas peças. Foram executadas

muitas mais que o habitual. Mas a

intenção nunca foi a de realizar dinheiro,

mas sim uma ocupação do tempo e o prazer

de dar azo à criatividade.

Onde podemos visualizar as suas peças?

- As peças foram partilhadas num álbum

particular do Facebook intitulado “Belartíssima”.

Também foi criada uma página na

mesma rede social denominada “Bijuterias

Anabela”. Esta maneira de divulgação não

tem quaisquer intenções monetárias, é

apenas um hobby muito prazeroso, mas

sem pretensão de expandir qualquer negócio.

Todavia, se houver interesse pela parte

dos visitantes em adquirir as peças, juntar-

-se-á o útil ao agradável. s

saber MAIO 2021

21


TURISMO

Belmond Reid’s

Palace Madeira:

130 anos de bem

servir

Dulcina Branco

Patrícia Duarte - Relações Públicas Reid’s Palace

www.travellermade.com/hotel-partners-europe

Depois do encerramento de vários meses imposto pela pandemia,

o Belmond Reid’s Palace Madeira reabriu no dia 1 de maio de 2021

rodeado de todas as medidas sanitárias e com novidades na sua

oferta gastronómica.

É

uma excelente notícia para a Madeira

e para a hotelaria em geral a reabertura

à atividade deste icónico hotel

situado no Funchal. Depois do encerramento

de vários meses imposto pela

pandemia, o Belmond Reid’s Palace reabriu

rodeado de todas as medidas sanitárias e

com novidades na sua oferta gastronómica.

Com uma localização exclusiva sobre o

mar e envolvido em mais de 10 hectares de

jardins subtropicais, o hotel assinalou a sua

reabertura - a 1 de Maio, com experiências

ao ar livre e novos conceitos gastronómicos.

Ao longo dos próximos meses, novos

menus irão surgir nos vários restaurantes

do Hotel. Para assinalar a reabertura, foi

apresentado o novo conceito gastronómico

para o Pool Terrace, o restaurante que fica

junto à piscina e que passa a oferecer um

menu disponível entre as 11:00 e as 17:00.

O menu privilegia os produtos locais e as

opções saudáveis. Também no terraço icónico

do Hotel, no qual à quarta-feira e domingo

é possível usufruir do tradicional chá

da tarde, a partir das 17:00 e todos os dias,

é também possível petiscar e até jantar. O

menu, inspirado na gastronomia Portuguesa

disponibiliza uma vasta oferta de bons

sabores. O menu com 14 cocktails de assinatura

continuará em vigor e a surpreender.

Outras das novidades são um workshop de

botânica - que inclui uma visita guiada pelos

jardins exuberantes do Reid’s Palace, e experiências

gourmet muito exclusivas. É o caso

de “Uma carta de amor gourmet” escrita por

Luís Pestana, Chef Executivo do hotel, uma

homenagem aos produtos locais e iguarias

únicas da ilha e que o cliente pode degustar

em privado numa mesa histórica e com vista

para o Atlântico. Há também um piquenique

sob as palmeiras que oferece um apetitoso

menu que dá asas à imaginação e traz o melhor

dos produtos locais. Estas experiências

estão disponíveis não só para os hóspedes

do hotel como também para os visitantes

em geral. Breve resenha história O escocês

William Reid visitou pela primeira vez a Madeira

em 1836 e em 1886 procedeu à construção

do hotel, após ter feito fortuna na importação

e exportação de vinhos. O hotel foi

inaugurado em 1891, já depois da sua morte.

Ao longo da sua ilustre história, o hotel

acolheu muitos hóspedes distintos: membros

da realeza britânica e europeia, presidentes,

políticos, actores e artistas. Os honrosos

nomes constantes no Livro de Ouro do

hotel incluem a imperatriz Zita da Áustria, o

Rei Eduardo VIII e a Princesa Stephanie do

Mónaco; outras presenças incluem os exploradores

da Antártida Ernest Shackleton e Robert

Falcon Scott, os actores Roger Moore e

Gregory Peck, e o poeta checo Rainer Maria

Rilke. A Sala de Jantar do hotel é conhecida

por “House of Lords”, graças aos aristocratas

britânicos que frequentavam os refinados

jantares dançantes aí realizados, e as Suites

Presidenciais receberam nomes de hóspedes

ilustres como George Bernard Shaw e

Winston Churchill. As renovações realizadas

ao longo das décadas testemunharam

a expansão das acomodações e instalações

do hotel, bem como a contínua preservação

dos jardins, incluídos no projecto original

de Reid. O espírito intemporal do Belmond

Reid’s Palace mantém-se complementado

por uma cortesia e charme genuína. s

22 saber MAIO 2021


Cortejo

alegórico da

Flor realiza-se

no primeiro

domingo

de outubro

Dulcina Branco

Paulo Camacho, Gabinete de Comunicação da Secretaria

Regional de Turismo e Cultura

O.L.C. (Cícero Castro)

A

Secretaria Regional de Turismo e

Cultura está a preparar a próxima

edição da Festa da Flor cujo cortejo

alegórico estará de regresso no

primeiro domingo de outubro. Tal como em

2020, o evento deste ano vai realizar-se em

conjunto com a Festa do Vinho da Madeira,

com uma vasta programação que está

a ser preparada para aquele mês. O tema

da próxima edição da Festa da Flor já está

escolhido e será “Madeira, Jardim da Esperança”.

Neste momento, está a ser estudado

o número de trupes a participar no cortejo

alegórico do dia 3 de outubro, que envolverá

largas centenas de figurantes. Em paralelo,

a SRTC está a equacionar replicar as

exibições em diferentes dias por parte das

trupes participantes no cortejo, a exemplo

do que aconteceu o ano passado. A grande

aceitação do modelo idealizado em 2020 em

substituição do cortejo fez com que voltem

a ser idealizadas para este ano um conjunto

de atuações em diferentes espaços da cidade

e em vários fins-de-semana. O Secretário

Regional de Turismo e Cultura sublinha que

tudo estará dependente da evolução pandémica

“que se perspetiva evolua favoravelmente

durante o verão. Se assim acontecer,

como todos desejamos, acreditamos que a

Festa da Flor 2021 constitua o grande momento

de alegria, tanto para os nossos residentes,

que tanto vivem este evento, como

também para os visitantes que há muitos

anos o reconhecem como um dos momentos

mais relevantes da nossa oferta de animação

turística”. Mais refere Eduardo Jesus

que o tema escolhido para próxima edição

“tem a ver com isso mesmo, com um virar

de página onde a Madeira seja um jardim

de esperança para as nossas vidas e também

para a retoma que se quer no turismo

e, consequentemente em toda a economia

transversal que abrange, que se traduz em

cerca de 26% do PIB regional”. s

saber maio 2021

23


CULTURA

“A Cultura

é Segura”

Afirmando que “a cultura é segura”,

o grupo 'Vigília Cultura e Artes'

voltou à placa central da Avenida

Arriaga, no Funchal, para chamar

a atenção para um setor arrasado pela

pandemia. O grupo organizou o protesto

simbolicamente designado de velório para

velar os profissionais do setor que não têm

quaisquer ajudas por serem trabalhadores

independentes sem descontos e desempregados.

Luís Pimenta, da organização da vígilia,

disse à Saber Madeira que foi solicitado

à tutela, no início deste ano, um pedido de

reunião para debater os problemas mas que

até à data não tiveram resposta. Esta vígilia,

a terceira que o grupo organiza, aconteceu

por ocasião da visita do presidente do executivo

e dos seus responsáveis da Cultura

à Sé do Funchal, cujos tetos estão a ser intervencionados.

Se o setor apresentava há

muito, fragilidades e que não foram solucionadas,

a pandemia veio pôr a nu grave precariedade

laboral. A pandemia teve um efeito

devastador no setor da cultura, de acordo

com um estudo divulgado no início deste

ano pela consultora EY, a pedido do Grupo

Europeu de Sociedades de Autores e Compositores.

De acordo com o mesmo, aponta-se

para uma quebra de receitas de 90%

para as artes cénicas e de 75% para o setor

da música, efeitos negativos que se podem

manter "durante uma década". Nas artes

cénicas, onde estão incluídos o teatro ou a

dança, a quebra de receitas ronda os 90%.

A segunda área mais afetada é a da música,

onde as receitas recuaram 76% no ano

passado. O estudo divulgado aponta ainda

quebras na área das artes visuais (-38%), na

arquitectura (-32%), na publicidade (-28%),

nos livros (-25%) ou na área da imprensa,

nomeadamente nos jornais e revistas, onde

as receitas terão recuado 23%. s

Dulcina Branco

D.R. (direitos reservados)

Luís Pimenta, do grupo 'Vigília Cultura

e Arte' explicou que, “a primeira vigília

foi organizada em maio de 2020, com o

primeiro confinamento, em que fomos

para casa sem perspetivas de trabalho e

de apoios sociais. Decidimos então, sair à

rua para tentar perceber o que o governo

central tinha de soluções. Entretanto,

passados 11 meses, só faz sentido fazer

um velório porque as reinvidicações continuam

por resolver e a situação agrava-

-se cada vez mais. A partir de janeiro, na

Madeira, ficámos com salas de espetáculos

limitadas a 5 espetadores o que se

tornou incomportável. Muitos de nós são

trabalhadores a recibos verdes, com trabalhos

precários e mal pagos. Não há tabelas

de remuneração do setor, qualquer

Eduardo de Jesus, Secretário Regional

do Turismo e Cultura afirmou à Saber

Madeira: “vejo esta manifestação com naturalidade.

A cultura parente pobre dos

orçamentos? É completamento falso considerar

dessa forma porque nunca houve

tanto investimento na Cultura como

agora. O que o setor cultural reclama não

tem nada a ver com os apoios - em que a

Madeira tem sido um exemplo. Têm sido

muitas e boas as oportunidades que têm

sido agarradas pelos agentes culturais. O

que está a ser reclamado neste momento

é o facto colocado pelas limitações da

pandemia mas não podemos ignorar que

estamos num processo pandémico, em

pessoa pode ser um profissional e baixar

o valor de uma tabela que não existe. Estamos

numa situação em que, se nada

for resolvido, vamos continuar à espera

que alguém decida quando é que podemos

trabalhar com dignidade. Estamos a

falar de técnicos de som, de luz, artistas

independentes, trabalhadores de bilheteira,

empregadas de limpeza... Mais de

70% destes profissionais estão à espera

de uma resposta dos governos central e

regional. Estamos em comunicação com

a secretaria regional do Turismo e Cultura

desde janeiro deste ano, quando apresentámos

uma proposta para a reabertura

do setor - com respeito pelas normas

da saúde – e o que tem acontecido são

reuniões desmarcadas.”.

que se não existir rigor não vamos nunca

controlar a doença. É natural que as pessoas

reclamem, o que é legítimo porque

estão cansadas, privadas dos seus rendimentos

e de fazerem aquilo que mais

gostam que é trabalhar. A abertura não

depende de um membro do governo mas

do governo no seu todo e da evolução

pandémica. Seria uma inconsciência se

governássemos sem ter em atenção o

interesse superior da população da Madeira

e que é a saúde pública. Não é por

haver mais ou menos manifestações que

o governo decide. Decide em função da

evolução pandémica e esta é uma responsabilidade

muito grande.”.

24 saber MAIO 2021


Presidente do Governo Regional,

Miguel Albuquerque, a propósito da vigília,

disse aos jornalistas: “penso que eles (vigília)

estão aqui para aplaudir - e acho muito

bem, o trabalho que o governo tem feito na

salvaguarda do património cultural. Fazem

muito bem em apoiar a cultura.”.

Frederico de Abreu, autodidata na área do

audiovisual, 41 anos, natural do Funchal,

disse-nos que, o facto de trabalhar ao nível

do online ou no digital é uma vantagem. Os

seus trabalhos dirigem-se para o mercado

asiático (China e Japão). No chão, em frente

à Assembleia Legislativa Regional, um grande

tecido preto exibia em letras brancas: “E

se tivessemos ficado sem cultura?”. Tudo

para dizer que, “ter um espetáculo com cinco

pessoas a assistir não é nada agradável,

desmoraliza toda a gente, quer da parte de

performance como da parte técnica. A cultura

foi particularmente afetada mas todos

compreendemos que é necessário tomar

precauções com o desconfinamento. Desde

novembro de 2019 que estou a par desta

situação que começou na cidade chinesa de

Whuan. Parte dos meus trabalhos vão para a

Ásia e desde essa altura que aquilo está um

caos. De resto, esta vigília vem reforçar o que

já se dizia antes, o seja, apenas 1% do Orçamento

é dedicado à Cultura., o que é injusto.

A cultura é necessária e fundamental e deve

ser vista com outros olhos, não apenas por

quem manda mas também por quem assiste.

A cultura regista a história e é o que fica de

nós quando cá não estivermos.”.

Estatuto dos profissionais do setor da cultura

aprovado pelo Governo da República.

O Conselho de Ministros dedicado à cultura,

que se realizou no dia 22 de abril de 2021 em

Mafra, viabilizou o estatuto de profissional da

Cultura. O anúncio foi feito pela ministra da

Cultura, Graça Fonseca que sublinhou que

foi “um dia histórico” destacando as bases

do mesmo. “O estatuto pretende ser uma

ferramenta legal de grande utilidade para

os profissionais da cultura, numa área com

especificidades muito próprios. No âmbito

laboral, o grande objetivo é fazer com que a

atividade descontínua característica do setor,

a chamada intermitência, não seja sinónimo

de trabalho precário, fazendo com que os

direitos e deveres dos profissionais sejam

devidamente aplicados”. No que se refere à

parte contributiva, “o estatuto permitirá que

muitos profissionais da cultura possam ser

integrados num sistema de proteção social

tal como os outros trabalhadores, de modo a

para ele descontarem e por ele serem protegidos”.

A ministra Graça Fonseca considerou

poder vir a aceitar “melhorias” e “alterações”

propostas. “Existe espaço para melhorias e

para introduzir as alterações que se vierem a

revelar necessárias ou adequadas no decurso

da consulta pública. Mas é importante realçar

que temos mesmo de agir, este é o tempo de

o fazer”, rematou. Em reação à aprovação do

Estatuto do Profissional da Cultura, a Plateia –

Associação de Profissionais das Artes Cénicas

considerou que este Estatuto será muito limitado

porque não contempla formas e medidas

robustas para o combate aos falsos recibos

verdes e outras formas de precariedade

e não propõe uma solução viável para melhoria

da proteção social de quem trabalha

nesta área. No caso de quem é trabalhador

independente, há uma grande desproporção

entre o que é exigido no aumento da carga

contributiva e as possíveis novas formas de

proteção. “Com a aprovação do Estatuto, o

governo cortou o diálogo, interrompeu o processo”,

considerou a Plateia. O Estatuto do

Profissional da Cultura — também conhecido

como “estatuto do artista” — é uma revindicação

de há vários anos do setor cultural mas

a forma como o Governo o pretende aprovar

tem gerado muitas críticas. Entidades representativas

do setor chegaram mesmo a dizer

que o Governo está a aprovar o Estatuto Profissional

da Cultura “de forma prematura”, a

exemplo do Sindicato dos Trabalhadores de

Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos

que já tinha criticado o modelo concebido

pelo Governo, referindo que este aprofundará

a precariedade — nomeadamente os

vínculos laborais informais já hoje existentes

nas artes.

saber MAIO 2021

25


PUBLIREPORTAGEM

Departamento Comunicação e Imagem da Câmara Municipal do Funchal

CMF avança com apoio

financeiro extraordinário

para agentes e associações culturais

A

Câmara Municipal do Funchal

aprovou, em abril, apoios extraordinários

à cultura no concelho,

no valor de 475 mil euros. Será

criado, para o efeito, o Programa “Funchal

Apoia + Cultura”, de modo a auxiliar financeiramente

os agentes e associações culturais

do concelho que têm sido afetados

pela pandemia. “O objetivo é garantir que

todos conseguem ultrapassar a situação

grave que estamos atualmente a viver,

mantendo a sua atividade e o seu meio

de subsistência, mas também adaptando

a sua oferta às novas circunstâncias que

estamos a viver a nível sanitário”, explica

o Presidente Miguel Silva Gouveia.

O autarca reforça que “com a crise de saúde

pública, ocorreu uma paralisia quase

total da normal atividade cultural, numa

escala global sem precedentes, perante

a qual as entidades públicas não podem

ficar indiferentes. Desde a primeira hora

desta crise, a Câmara Municipal do Funchal

tem assumido uma postura de proximidade

e de parceria com os agentes culturais

do concelho, e procurado adotar todas as

medidas ao nosso alcance, no sentido de

que estes possam debelar esta situação.”.

“É incontornável que a cultura e os trabalhadores

da cultura foram dos setores da

economia mais afetados em consequência

do encerramento ou diminuição drástica

da lotação das salas de espetáculos,

o que levou à contração radical dos seus

rendimentos, e a tendência para o agravamento

da situação de vulnerabilidade de

quem trabalha nesta área, resultante das

dificuldades económicas que enfrentam e

da morosidade da retoma de setores fulcrais

para a economia do concelho, fazem

prever a manutenção da atual situação de

contingência, com consequências diretas

no retorno financeiro de associações e

pessoas individuais que vivem da cultura.”.

O Presidente explica assim que, face a esta

conjuntura, “o Município do Funchal entendeu

avançar com apoios extraordinários

tanto aos trabalhadores da cultura, como

26 saber MAIO 2021


às associações de caráter cultural, de forma

a minorar as consequências do encerramento

e diminuição da lotação das salas

de espetáculo, estando igualmente contemplados

apoios na área dos gastos decorrentes

da necessidade da aquisição de

material de higiene e segurança sanitária,

necessários para a proteção da COVID19. A

cidade do Funchal é candidata a Capital Europeia

da Cultura e sabe que este desígnio

não pode ser cumprido sem a contribuição

de todos. O Município será, por isso, mais

uma vez um parceiro de confiança dos

artistas e das associações do concelho e,

todos juntos, vamos conseguir ultrapassar

esta situação.”. Programa divide-se

em “Apoio à Estrutura”, garantia de uma

“Cultura Segura” e “Ajuda a Trabalhadores

da Cultura”. O Programa “Funchal Apoia +

Cultura” tem como objetivo apoiar: associações

com atividades de caráter cultural;

pessoas coletivas de direito privado, com

fins lucrativos, legalmente constituídas, de

natureza de ensino artístico, com atividade

regular e com espaço para a realização

de aulas; pessoas singulares com atividade

profissional no âmbito de atividades de

caráter cultural; custos decorrentes da necessidade

da instalação de equipamentos

e aquisição de bens necessários à segurança

da atividade, no âmbito do combate à

COVID-19; quebra de rendimentos de trabalhadores

da cultura; e a manutenção da

estrutura das entidades com atividade na

área cultural. No que concerne ao “Apoio à

Estrutura”, este destina-se a contribuir, de

forma célere, imediata e temporária, para

o reforço do fundo de caixa de tesouraria

das associações com atividade regular no

âmbito cultural, e de pessoas coletivas de

direito privado, legalmente constituídas,

de natureza de ensino artístico que, neste

período de pandemia, estão impedidas

de realizar um conjunto de atividades e

serviços geradores de receitas, que lhes

permitam cumprir os compromissos assumidos

e pagar as despesas decorrentes

de funcionamento. O apoio será até um

máximo de 5 mil euros/ano, por entidade

ou pessoa singular, tendo como despesas

elegíveis as rendas ou encargos equivalentes,

despesas de água, luz ou outros gastos

de serviços e despesas de funcionamento.

No campo da “Cultura Segura”, o apoio

destina-se a associações e pessoas singulares

que desenvolvam eventos e ações

culturais e artísticas, que necessitem de

adaptar e dotar as suas instalações dos

equipamentos e bens necessários à segurança

de público e trabalhadores envolvidos.

Os apoios atribuídos ascenderão, no

máximo, a 1.500€/ano por entidade ou

pessoa singular, tendo como despesas

elegíveis: equipamentos de proteção individual,

equipamentos de higienização e

de dispensa automática de desinfetantes

e consumíveis, reorganização e adaptação

de espaços de trabalho e espetáculo, entre

outros. Finalmente, a “Ajuda a Trabalhadores

da Cultura” destina-se ao pagamento

de uma prestação pecuniária aos trabalhadores

que desenvolvam atividades de uma

forma regular e declarem manter atividade,

pelo menos, até ao final do ano 2021. O

apoio terá o valor de 2.600€, a pagar numa

só prestação, ou de 50% desse valor, caso

o profissional da cultura tenha sido abrangido

em 2021 por outro apoio extraordinário

no contexto da pandemia COVID-19. As

candidaturas ao Programa “Funchal Apoia

+ Cultura” serão realizadas por via eletrónica,

através do site oficial do Município do

Funchal, e serão abertas durante o mês de

maio.s

assegurar a educação

assegurar a educação

recorde na atribuição de bolsas de estudo universitárias

atribuição de manuais escolares a todo o ensino básico

computadores para alunos com carências socioeconómicas

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saber MAIO 2021

27


viajar coM saber

ANTÓNIO CRUZ

AUTOR E VIAJANTE › antonio.cruz@abreu.pt

Bragança

Fui até lá bem acima. A Bragança, onde em

tempos remotos tinha estado pro decorrência das

competências então necessárias adquirir enquanto

guia turístico em Portugal. Mas, assumo-o sem

vergonha, não me lembrava de nada a não ser do

seu castelo e praça envolvente.

1] Pelo que foi uma descoberta. Uma descoberta bem-sucedida porque

a cidade é surpreendente em museologia, em edificação religiosa, em

praças bonitas, em arqueologia, em gastronomia e, sobretudo, em

pessoas agradáveis e muito hospitaleiras.

António cruz › António Cruz escreve de acordo com a antiga ortografia

1]

28 saber MAIO 2021


3]

2]

2] O seu castelo, lindo e imponente que dá aquela pincelada

medieval à cidade e que, no seu âmago, guarda uma cidadela

bem cuidada, bem arrumada e preservada para deleite dos

que por ela deambulam.

4]

3] Cidadela essa que guarda, também, um dos espaços mais

emblemáticos da cidade, a Domus Municipalis, lugar onde os

Senhores importantes de outrora se reuniam. Tipo Paços do

Concelho. Mas também foi cisterna. E é hoje a única construção

civil de estilo românico existente na Península Ibérica.

5]

4] A Cidadela foi, de longe, o lugar da cidade onde melhor me senti.

E onde senti o pulsar verdadeiro, simples e calmante desta capital

de Distrito. A que temos mais a norte no nosso país de tantas dimensões

patrimoniais.

5] O Museu Abade de Baçal reúne algumas das mais valiosas peças

do acervo bragantino. São salas que compilam Arqueologia,

Epigrafia, Arte Sacra, Pintura, Ourivesaria, Numismática, Mobiliário

e Etnografia. José Malhoa, Almada Negreiros e Abel Salazar são

alguns dos nomes grandes com que nos podemos aqui cruzar.

7]

6] O Centro de Arte Contemporânea Graça Morais é outro dos epicentros

artísticos da cidade que reúne obras desta artista bem como

exposições temporárias. Uma forma de conhecer outros artistas para

além dos habituais evidentes.

6]

7] E porque o factor comida é omnipresente, Bragança não foge à

regra dos lugares que servem excelente comida regional. Ou soluções

mais alternativas, como esta, que dá pelo nome de Lost Corner

e funciona em registo de winebar com excelentes tapas e ambiente.

Imperdível!

saber MAIO 2021

29


BEM-ESTAR

Sara

de Freitas

Sara de Freitas

Terapeuta Holística

sdf.terapeuta@gmail.com

boaforma.com

Decorar e energizar os ambientes com Cristais

Sendo que os Cristais contêm padrões

energéticos de alta-frequência e projetam

"Luz", é importante salientar a

sua importância e aplica-los no dia-a-

-dia a fim de harmonizar e equilibrar. Para

além da sua beleza intrínseca, ajudam a

limpar, energizar e proteger os ambientes.

Tratando-se de ativar a energia dos espaços,

colocamos os Cristais sempre com intenção

positiva e adaptados ao espaço. Podemos

ter Cristais nas várias divisões da casa ou no

escritório, por exemplo: quartzo - pode ser

colocado em qualquer lugar da casa, principalmente

onde notemos que a energia está

estagnada, drusa de cristal ou ametista -

para harmonizar a família; jaspe vermelho,

olho-de-boi, olho-de-tigre, granada e pirite

- para atrair sucesso, quartzo rosa e quartzo

verde, ponta de cristal, topázio azul, olho-de-

-falcão - para relacionamentos harmoniosos,

turmalina verde, calcite ótica amarela e

azurite - para a criatividade. Sugestões para

colocar os Cristais no hall de entrada: olho

de tigre, esmeralda, topázio imperial, citrino,

pirite e magnetite - para atrair abundância e

prosperidade, cornalina, quartzo fumado ou

ametista - para maior proteção de todos os

habitantes da casa, turmalina preta - protege

contra energias negativas e contra a poluição

eletromagnética. É importante salientar

que o uso e utilização dos Cristais para

efeitos de energização dos ambientes deve

ter em conta a limpeza dos mesmos, a sua

energização e programação. Isto porque,

cada Cristal ou Pedra é único e tem diferentes

caraterísticas entre si. Os Cristais devem

ser usados com ética, responsabilidade e intenção

positiva. s

30 saber MAIO 2021


EDUCAÇÃO

Raquel Lombardi

Coordenadora Erasmus+

Refletir

em tempo

de pandemia

A I Conferência Internacional

da Saúde e Inclusão em tempos

de pandemia, organizada

pela Associação Cultural e de

Solidariedade Social Raquel

Lombardi e com apoio da Câmara

Municipal de Câmara de Lobos,

constitui-se como um evento

único na Região Autónoma

da Madeira, onde vários

profissionais (regionais, nacionais

e internacionais) ligados à saúde,

educação e inclusão resolveram

refletir e partilhar os seus

conhecimentos e experiências

perante esta situação pandémica

que mudou o mundo.

Raquel Lombardi

Faz um ano que um certo vírus assolou

as nossas vidas e mudou os nossos

comportamentos e visão global

do mundo que nos rodeia. Após este

tempo, chegou a hora de refletir e pensar

no futuro. É um momento de reflexão, mas

simultaneamente de trabalho mútuo e de

construção de um futuro melhor e mais sólido

para todos os indivíduos, seja qual for

a sua nacionalidade ou origem. É também

um momento de reencontro (embora semi-

-presencial) de vários profissionais das áreas

referidas com a comunidade e sociedade em

geral. O objetivo centra-se num regressar a

um contacto mais próximo com a comunidade

e com os pares para conjuntamente refletir

sobre as dúvidas e particularidades que

notoriamente surgiram em cada um de nós

nestes tempos pandémicos. A I Conferência

Internacional da Saúde e Inclusão em tempos

de pandemia, organizada pela Associação

Cultural e de Solidariedade Social Raquel

Lombardi e com apoio da Câmara Municipal

de Câmara de Lobos, constitui-se como um

evento único na Região Autónoma da Madeira,

onde vários profissionais (regionais,

nacionais e internacionais) ligados à saúde,

educação e inclusão resolveram refletir e partilhar

os seus conhecimentos e experiências

perante esta situação pandémica que mudou

o mundo. Esta primeira conferência surge assim,

num ano que se pretende ser o primeiro

do pós COVID e onde a necessidade de ampliar

e atualizar conhecimentos no que respeita

à promoção da educação em saúde e da

inclusão do individuo se torna imprescindível.

Importa referir ainda a consolidação da relação

entre profissionais da educação, saúde e

inclusão no contexto pandémico, nos planos

regionais, nacionais e internacionais, numa

ilha onde falamos com orgulho do passado,

presente e futuro de relação com os nossos

pares europeus de variadíssimos países afetados

também pela pandemia mundial. Esta

união permite-nos olhar com esperança e entusiamo

comedido para o futuro e para novas

oportunidades e desafios, apesar das dificuldades

que o mundo apresenta. O programa

foi desenhado para responder a todos estes

desafios nas três áreas: Educação, Saúde e Inclusão.

Integra trẽs blocos de sessões plenárias,

sendo o primeiro: “Educação e Saúde –

ações e trajetórias em tempos pandêmicos”;

o segundo: “Promoção da saúde em tempos

pandemicos- atividades e estratégias necessárias

para aumentar a literacia e a inclusão

em saúde”; e o terceiro: Inclusão: perceções

e expectativas atuais. As sessões distribuem-

-se em três dias de muito trabalho, realizadas

por preletores de referência, relatos e testemunhos

em sessões paralelas onde também

profissionais e indivíduos da sociedade em

geral podem dar o seu testemunho e divulgar

os seus trabalhos na área. Agradecemos

a Vossa presença (on line ou presencial), e o

Vosso Contributo na certeza que todos sairemos

mais enriquecidos e confiantes num

futuro que se quer próximo de reencontro

social e de convívio. s

saber MAIO 2021

31


FINANÇAS

Os direitos do cidadão

vivem uma oportunidade

de crescimento e capacitação

António Carneiro

Coordenador do Núcleo de Estudos de Bioética da SPMI

Em poucos momentos da história recente

tivemos noção tão clara de

como é importante que o cidadão

seja parte ativa na preservação da

sua saúde e na corresponsabilização no tratamento

da doença. A pandemia pelo SARS

CoV-2 (COVID 19) destapou realidades escondidas

e tornou claro que ninguém está

livre de contrair "uma gripe agressiva altamente

infeciosa e com mutações sucessivas"

e com mortalidade significativa. A resposta

do sistema de saúde, com particular

relevo para o SNS foi determinante para o

controlo da pandemia, apesar dos percalços

de percurso. Ficou claro que só com um serviço

de saúde forte e dotado de recursos se

pode consagrar o direito do cidadão a preservar

a sua saúde e a ser socorrido em caso

de doença. Num segundo plano a tecnologia

desenvolve vacinas em tempo record e com

eficácia comprovada. A ciência fez (e continuará

a fazer) progressos notáveis no tratamento

de novas e velhas doenças. Contudo,

os custos implicados condicionam o acesso

à inovação, aos tratamentos e às patentes,

por vezes, como constrangimentos sufocantes.

Os mais velhos, os portadores de multimorbilidade

e os cidadãos de menores recursos,

são os mais desvalidos e que mais se

confrontam com a insuficiência de recursos

para se cuidarem e tratarem. Só uma estratégia

solidária e de corresponsabilização de

todos pode minimizar essas desigualdades.

A experiência da pandemia nos lares e setor

social, que se mantinham à parte do sistema

de saúde, tornaram claro que as condicionantes

sociais, a integração de cuidados e

o acesso aos serviços de saúde são necessidades

básicas na preservação da saúde

e no combate à doença. O envelhecimento,

a multimorbilidade, a doença complexa

e a perda de faculdades para assegurar o

autocuidado, não são correspondidas em

hospitais, se não existir infraestrutura local

e autárquica capaz de assegurar o acompanhamento

e suporte. Também aqui aprendemos

a lidar com as nossas especificidades

e diversidade, compreendendo que o setor

social e a saúde são facetas do mesmo poliedro.

O acesso a unidades locais de saúde

empenhadas e capazes de assumir a responsabilidade

pelos seus utentes, são direitos

básicos e essenciais quando coordenados

com uma saúde pública interveniente,

preventiva, integradora e capaz de informar

e formar o cidadão. A crescente digitalização

da prestação de cuidados, da comunicação

entre cidadãos, do acesso à informação e do

crescendo de registos clínicos eletrónicos,

mudaram radicalmente a relação profissionais

de saúde / cidadãos. São o maior e mais

promissor desafio ao modelo de organização

dos serviços de saúde. Os direitos do cidadão

vivem uma oportunidade de crescimento

e de capacitação da pessoa como nunca

havia acontecido, mas ao mesmo tempo são

ameaçados por inúmeras possibilidades de

violação da privacidade e desigualdade de

acesso para os infoexcluídos. Se a Europa

aprofundar a sua integração, a cooperação

internações e a autossuficiência das necessidades

básicas, pode ser uma oportunidade

de complementaridade e subsidiariedade.

O aumento de escala permite rendibilizar e

racionalizar recursos, mas a sua legitimação

depende da forma como reconhecer o primado

do cidadão, a importância do cuidar

da pessoa vulnerável no respeito pela dignidade

da pessoa na definição das prioridades

sociopolíticas. Portugal tem dado passos

nesse sentido e a experiência da pandemia

provocou a rotura de inúmeros bloqueios e

anquiloses ancestrais, criando outras tantas

oportunidades para melhorar. s

32 saber MAIO 2021


IMAGE consulting

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D.R.

Marisa Faria

Consultora de Imagem

Qual é a

diferença

entre Moda

e Estilo?

Para conseguirmos perceber a diferença

entre estes dois conceitos que

podem gerar dúvidas, precisamos

de saber o que cada um significa. O

Estilo refere-se à forma individual de uma

pessoa expressar-se, seja por meio das

roupas, estilo de escrita ou estilo de arquitetura,

por exemplo. No mundo da moda,

“estilo” geralmente é uma abreviatura de

“estilo pessoal”, ou a forma como um indivíduo

expressa-se por meio de escolhas estéticas,

como roupas, acessórios, penteado

e a maneira como coordena a sua roupa.

Por outro lado, a Moda é o estilo dominante

numa determinada cultura num determinado

momento. Moda tem a ver com novas

tendências: refere-se às formas populares

de vestir-se durante uma época específica.

A moda pode durar dias, semanas ou

meses, mas é algo que tem um início e um

fim. Então, qual é a diferença entre Estilo e

Moda? Existe uma sobreposição entre estilo

e moda, mas podemos distinguir dizendo

que o estilo se relaciona com o indivíduo,

um meio de auto expressão individual, enquanto

que a moda é mais coletiva. Como

as pessoas vestem-se e expressam-se é o

seu estilo. A moda, por outro lado, tem a

ver com tendências globais e com os negócios

da moda. Nos desfiles as modelos fazem

parte do mundo da moda. A maneira

como elas se vestem em casa, no entanto,

é um estilo pessoal. Quando se tornam influenciadoras

e seu estilo pessoal se torna

icónico, elas podem começar a sua própria

linha de roupas, transformando o seu estilo

em moda. Para concluir, o estilo é atemporal,

enquanto a moda é oportuna. Alguém

que está na moda segue de perto as últimas

tendências da moda e usa roupas que

estão em destaque no momento. Quem

tem estilo pode ou não seguir as tendências

da moda, mas sempre mantém-se fiel à

sua própria essência. O estilo pessoal é desenvolver

um senso de identidade, em vez

de simplesmente absorver tendências. s

saber MAIO 2021

33


BELEZA

Luísa

silva

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rua 31 de Janeiro nº 12E, 5º andar sala V, Funchal

Facebook › BeautyStudio by Luísa Silva

Instagram › @beautystudiols

Que cuidados a ter com o seu rosto?

Anossa pele, e essencialmente a do

rosto, está sempre exposta a factores

que influenciam a nossa saúde

e bem estar, sendo eles a alimentação,

o stress, as alterações hormonais e os

factores externos como radiação solar, poluição

e resíduos. A maquilhagem também é

um dos factores que influencia o estado da

nossa pele. Com todos estes factores, a pele,

em sua defesa, aumenta a sua capacidade de

produção sebácea, o que resulta no aumento

da oleosidade, e da obstrução dos poros

causando o surgimento de acne e inflamações.

Realizar uma limpeza de pele e aconselhar-se

com a sua Esteticista-Cosmetologista

ou com a sua Dermatologista é o primeiro

passo para iniciar uma bom cuidado diário

e devidamente indicado para a sua pele.

Primeiramente, a limpeza de pele, quando

feita com regularidade, ajuda na diminuição

do excesso de oleosidade, pois remove células

mortas que se acumulam na camada

mais superficial da pele. Para além disso, a

limpeza de pele tem outro beneficios como

a melhoria do tónus muscular, a prevenção

do envelhecimento cutâneo e a melhoria do

estado de pele, tornando-se mais limpa, hidratada,

jovial e saudável. A periodicidade

da limpeza de pele deve ser de acordo com

cada tipo de pele, sendo que, no mínimo,

deve ser realizada duas vezes por ano. Existem

inúmeras técnicas associadas à limpeza

de pele a nível da extração, do equilíbrio do

pH da pele, do processo de cicatrização e de

acalmar a pele irritada. Cada rosto é único,

cada pele é única e com as suas peculiaridades,

por isso é importante a realização de

uma avaliação e um diagnóstico assertivo.

Não se esqueça de cuidar e proteger o seu

rosto antes mesmo do verão!. s

34 saber maio 2021


DECORAÇÃO

Sofás,

o destaque da sua sala

Osofá é a peça-chave de qualquer sala, não só pelo espaço

estético que ocupa, como também pela importância nos

momentos de descanso. Na La Redoute encontra muitos

modelos pensados ao detalhe para preencher as necessidades

de qualquer família. Para dar um toque extra de personalidade

procure arrojar o espaço com cores vibrantes, materiais como o

veludo. Os momentos de televisão em família são por vezes os mais

desejados. Dessa forma, pode optar por sofás em tamanho XXL, com

chaise longue e matérias confortáveis como o algodão, linho ou poliéster.

Nas cores, pode encontrar desde os tons nude clássicos aos

mais discretos, como o branco, o bege ou o cinza claro. Se optar pela

nossa paleta de cores mais colorida, pode escolher entre o rosa, o

amarelo, o azul ou até mesmo o verde. E com detalhes em madeira

ou em metal, os momentos de lazer nunca mais serão os mesmos. s

Teresa Mesquita (teresamesquita365.pt), Dora Sousa (dorasousa@redoute.pt) newsredoute.com/fotos

newsredoute.com/fotos

saber MAIO 2021

35


DICAS DE MODA

Lúcia Sousa

Fashion Designer Estilista › 914110291

WWW.luciasousa.com

FACEBOOK › LUCIA SOUSA-Fashion Designer estilista

D.r. (direitos reservados)

Natacha Quintal (4Affection Agency)

BRINCOS em Bordado Madeira

Acessórios! Nesta edição, apresento-

-vos uma novidade e que são uns originais

brincos desenhados e bordados

à mão. Desta forma, exploro pela

primeira vez a área dos acessórios. Lembrei-

-me de passar do desenho para o real o brinco

- utilizando a técnica do Bordado Madeira,

conferindo assim mais valor a este acessório.

A primeira étapa consistiu em desenhar vários

esboços cujo tema remete para o mar, tendo

esboçado nesta temática vários motivos inspirados

nas formas de conchas e búzios. De seguida,

simplifiquei os desenhos e após conversa

com a bordadeira, seleccionámos os pontos

típicos do Bordado Madeira mais adequados e

que foi neste caso o ponto “richelieu”. A complementar,

a nossa tão tradicional arte a que

acrescentei uma pena conferindo um look hipie

e bohemio. Complemente os seus looks do dia

a dia com estes originais brincos. s

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saber MAIO 2021

37


MAKEOVER

Mary Correia de Carfora

Maquilhadora Profissional › Facebook Carfora Mary Makeup

Lugares de beleza:

comer com os olhos

Texto/Produção: Mary de Carfora

D.R.

Olá, gente linda!. Desta vez, trago-vos

algo diferente! Gosto de

dar a conhecer e divulgar técnicas

e novidades relacionadas

com este belo mundo das maquilhagens e

da moda. Desta vez, penso que é um excelente

motivo de tema os lugares fantásticos

da nossa linda cidade do Funchal e que vale

a pena visitar. Dar a conhecer aqueles novos

espaços da nossa cidade que nos enriquecem

como cidadãos. A cidade do Funchal

possui uma diversidade destes espaços

únicos, acolhedores e encantadores - por

vezes, desconhecidos por alguns, os quais

podemos usufruir com toda a paz do mundo.

Um destes espaços é o Chá de Rosa’s.

Por aqui me perco muitas vezes– amo aquelas

panquecas! - espaço este que fica na rua

da Queimada de Cima. Aberto em 2018, o

desafio seria criar um “2 em 1”, ou seja, dois

conceitos num mesmo espaço. Na realidade,

o Chá de Rosa´s apresenta um conceito

inovador já que no mesmo espaço se pode

encontrar uma Casa de Chá, uma loja de

Flores e os serviços da área da decoração

de eventos. É de destacar a confecção própria

de bolos e outros doces caseiros com

redução de açúcar, uma vez que se verificou

existir uma lacuna nesta área. A variedade

de doces - com redução de açúcar, sem

farinha, lactose e também alguns produtos

vegetarianos e vegan, são uma das grandes

apostas e um sucesso deste espaço, já que

são produtos muito apreciados e procurados.

A confeção tradicional dos produtos -

frescos, saudáveis e madeirenses - são uma

marca de qualidade que vale a pena destacar.

Experimentem o “best seller”: o cheesecake

com doce de frutos vermelhos confecionado

no espaço e não vai querer outra

coisa!. Há também o bolo de ananás e coco

sem açúcar e sem farinha, o bolo de bolacha,

o pastel de nata e o tiramisu de sabores

maravilhosos. Os pequenos almoços, almoços

(saladas, massas e quiches), brunch e

lanches, são momentos únicos de prazer

à mesa neste espaço de bem receber. São

de se perder os deliciosos chás - variados,

quentes e frios, infusões de ervas naturais

e biológicas – que à mesa se podem saborear

com os bolos de sabores únicos e saudáveis.

O cantinho dedicado à decoração

de eventos e arranjos florais, com utilização

maioritariamente de flores e plantas regionais,

encanta o olhar. O objectivo é cativar

e fazer sentir ao cliente que esta casa também

é a sua casa. É nosso e é bom!. Beijos,

minha gente linda!. s

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Um dia com...

Mary Carfora

saber MAIO 2021

39


MOTORES

Novo Toyota

GR Yaris

Nélio Olim

H

oje é possível termos um carro de

rali na nossa garagem. Falamos do

novo Toyota Yaris, com 261 cavalos,

o segundo modelo da história

da Toyota Gazoo Racing. E a marca nipónica

aplicou-se tanto neste modelo que até a

própria Tommi Makinen Racing, empresa

responsável pelo projeto de ralis da Toyota,

esteve envolvida no desenvolvimento deste

modelo. E é nos detalhes que se percebe o

como este modelo foi preparado ao detalhe.

Os engenheiros da marca japonesa não

se limitaram a melhorar a plataforma GA-B

estreada na nova geração do Toyota Yaris.

Foram um pouco mais longe. Maximizaram

a aerodinâmica, redesenharam a suspensão

traseira, aligeiraram o peso e adotaram

um sistema de tração integral, fundindo

dois chassis. A parte dianteira pertence ao

novo Yaris (plataforma GA-B) e a parte traseira

pertence ao Corolla (plataforma GA-C).

Com todas estas modificações, o Toyota GR

Yaris ficou praticamente irreconhecível — a

título de exemplo a carroçaria passou de

cinco para três portas. Musculado, mostra

querer andar rápido, travar rápido e curvar

muito rápido!. Com esta nova carroçaria,

o Toyota Yaris ficou 9,1 mm mais baixo, e

mede agora 3995 mm de comprimento,

1805 mm de largura e 1460 mm de altura. A

distância entre eixos é de 2558 mm e pesa

1280 kg, tendo toda a carroçaria recorrido

a painéis de alumínio e carbono reforçado

com plástico. A grande surpresa está por

baixo do capot do pequeno Toyota GR Yaris,

onde podemos encontrar um motor pequeno

mas cheio de garra. Trata-se de um bloco

de três cilindros e 1.6 litros de capacidade,

capaz de desenvolver 261 cv e 360 Nm de

binário máximo. A velocidade máxima é

de 230 km/h (limitada eletronicamente) e

vai dos 0-100 km/h em apenas 5,5 segundos.

Números que só são possíveis graças

a uma relação peso-potência de 4,9 kg/cv.

Quanto à transmissão, essa fica a cargo de

uma caixa manual de seis velocidades e de

um sistema de tração integral GR-Four, que

tentará ao máximo colocar os 261 cavalos

no chão. O sistema de tração integral GR-

-Four é composto por dois diferenciais autoblocantes

Torsen. Estes podem ser controlados

eletronicamente através de vários

modos de condução, que fazem variar a distribuição

de potência. Para lidar com tanta

potência e com o aumento de tração, neste

Toyota GR Yaris encontramos suspensões

multi-link no eixo traseiro. O sistema de

travagem também foi revisto e conta agora

com uns grandes discos dianteiros ventilados

de 356 mm e pinças de quatros pistões.

A ser descoberto na MGL, concessionário

Toyota para a Madeira, no Caminho do Poço

Barral, no Funchal. s

Comprimento (mm) x Largura (mm) x Altura (mm) 3.995 x 1.805 x 1.460

Distância entre eixos (mm) 2.558

Peso do veículo (kg) 1.280

Ocupação 4

Motor

Motor turbo de injeção direta 3-cyclinder DOHC em linha

Modelo

G16E-GTS

Deslocamento (cc) 1.618

Saída máxima (kW [PS]) 200 [272]

Torque máximo (N m [kgf m]) 370 [37,7]

Transmissão

iMT (transmissão manual de 6 velocidades)

Sistema de direção

4WD

Diferenciais

Sistema 4WD esportivo “GR-FOUR”

Diferencial de deslizamento limitado Torsen ® x 2 (dianteiro, traseiro)

+Embreagem multi-placa eletronicamente controlada / Interruptor de

discagem de modo 4WD (NORMAL / ESPORTE / PISTA)

Suspensão [Dianteira / Traseira] MacPherson Strut / Double wishbone

Freios [Dianteira / Traseira] Disco ventilado / disco ventilado

Pneus [Dianteira / Traseira] 225 / 40ZR18 / 225 / 40ZR18

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FASHION ADVISOR

JORGE LUZ

www.facebook.com/jorgeluz83/

Tendências de moda

para a primavera/verão 2021

As temperaturas começam a subir

pelo que, é inevitável pensarmos

no que vamos vestir na presente

temporada. A Pandemia de covid-19

deixou influências nas hábitos e costumes

que devem perdurar, no entanto, o

mundo começa a respirar mais aliviado. E

isso nota-se no vestuário. A nova palavra de

ordem é, sem dúvida, o conforto. O minimalismo

também será cada vez mais procurado,

assim como uma moda limpa, produzida

com sustentabilidade, além das preocupações

com a reciclagem de materiais. O trabalho

por videoconferência estimulou a valorização

de peças que realçam o look da

cintura para cima. Desta forma, os ombros

continuam como os pontos focais das produções

e acessórios de cabeça e colares

serão ainda mais valorizados. Assimetria, tecidos

tecnológicos e feminilidade empoderada

são tendência. Quanto às peças-chave,

estão aí em força os macacões, a saia midi,

transparência, especialmente nas mangas

bufantes e em tecidos com texturas, looks

monocromáticos em candy colors são para

ter em conta e andar na moda na presente

estação. Até à próxima edição. s

Jorge Luz

d.r.

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saber MAIO 2021

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MARCAS ICÓNICAS

Marcas centenárias

que continuam a inovar

Atravessaram guerras mundiais, sofreram

crises várias até chegarem à atual pandemia

mas apesar dos altos e baixos, adaptaram-se e

continuam a dar alegria aos consumidores.

A par da longevidade, a inovação e a qualidade

são pilares das marcas com cem anos. Nesta

análise, olhamos para marcas incríveis que

comemoram 100 anos em 2021.

Dulcina Branco

Wikipédia e D.R. (direitos reservados)

Moto Guzzi

A 15 de Março de 2021, a italiana Moto Guzzi comemorou os seus

lendários 100 anos. Um século de história, motos esplêndidas, triunfos,

aventuras e personalidades extraordinárias que conjuntamente

construíram a marca da Águia.

Chanel Nº. 5

O icónico perfume inventado

por Coco Chanel em 1921 continua

muito popular. O frasco de

perfume de aparência distinta

continha uma fragrância com

notas de baunilha, sândalo, jasmim

e rosa. Reza a lenda que a

atriz Marilyn Monroe aplicava

todas as noites, antes de adormecer,

uma gota de Chanel.

Gucci

Fundada em Florença, começou

a ficar conhecida pelas malas de

viagens com alto padrão de qualidade

elaboradas por artesões

da região da Toscana. O mocassim

de fivela com tira verde e

vermelha e a bolsa com alça de

bambu são ícones desta marca

mundialmente famosa.

Queijo “A Vaca que Ri”

O queijo “A Vaca que Ri” foi criado

em Lons-le-Saunier, França,

pela Fromageries Bel. Só anos

mais tarde é que o queijo de

barrar em triângulos chegou a

outros países, onde continua a

deliciar os consumidores.

Braun

A famosa marca foi criada em

1921 pelo engenheiro mecânico

Max Braun. Tinha uma grande

variedade de aparelhos elétricos

mas ficou mais conhecida

pelas suas máquinas de barbear

elétricas. Durante muitos anos,

a marca foi propriedade da Gillette,

mas agora faz parte da gigante

Procter & Gamble.

Valadares

Em abril de 1921, a portuguesa

Valadares dava os seus primeiros

passos na produção de cerâmica

sanitária pela sociedade

Fábrica Cerâmica Valadares

Lda. A marca dedica o seu trabalho

ao desenvolvimento de

peças para casa de banho inovadoras

que vende para mais

de 70 países.

Sampedro

É a mais antiga produtora de

têxteis-lar nacional no ativo e

uma das gigantes reconhecidas

na Europa e no mundo. O ano de

2021 é uma data especial para a

marca que apesar da pandemia,

regista crescimento das vendas

nos têxteis de cama, de banho e

de mesa, exportando atualmente

para 36 países.

44 saber MAIO 2021


LUGARES DE CÁ

SOCIAL

Livros de Saramago doados à

Câmara Municipal do Funchal

› Marca de Água fez doação e lançou a 2ª edição do Concurso Nacional de Desenho Infantojuvenil

› Apresentação e lançamento da nova marca turística “Madeira. Tão tua”

› Inauguração das novas obras de requalificação das piscinas do Clube Naval do Funchal

› Festival da Canção Infantil da Madeira 2021 assinalou este ano 40 anos de edições

› Vacinação contra a covid-19 aos professores e pessoal não docente

› Violante Matos doou livros do seu pai, José Saramago, à CMFX

› 1.ª Travessia aérea Lisboa-Funchal assinalada com exposição

saber MAIO 2021

45


social

Doação e lançamento

de concurso

A galeria Marca de Água celebrou o Dia Mundial das Artes, no dia

15 de abril, com a doação de conjunto de obras de fotografia do

fotojornalista Fernando Ricardo à Câmara Municipal do Funchal

e o lançamento da 2ª edição do Concurso Nacional de Desenho

Infantojuvenil. A doação de obras de Fernando Ricardo por parte

da Galeria Marca de Água consistiu em cinco obras da série “Personalidades”

que integraram a exposição individual “Momentos”

que a galeria funchalense apresentou em 2020. A exposição foi

uma retrospetiva do percurso de cinquenta anos de carreira deste

que é uma referência do fotojornalista português. Fernando Ricardo

realizou reportagens internacionais para a The Associated

Press em cenários de guerra, cobriu viagens do Papa João Paulo II

e está representado em várias coleções públicas. Ainda nesta iniciativa,

a Marca de Água lançou a 2ª edição Concurso Nacional de

Desenho - realizado em parceria com a edilidade funchalense e

que adota neste ano o tema “Desenhar a História a partir das pinturas

de Sonia Delaunay. A entrega de trabalhos decorre até 3 de

setembro e a entrega dos prémios realiza-se a 27 de setembro,

data em que se assinala as Jornadas Europeias do Património. s

DB

D.R. (direitos reservados)

46 saber MAIO 2021


“Madeira. Tão tua”

“Fazer com que cada pessoa sinta que é aqui que pertence” é o

objectivo da nova marca Madeira, recentemente apresentada

ao mercado sob a assinatura “Madeira. Tão tua”. A apresentação

decorreu na Praça do Povo pelos responsáveis regionais e

ainda com a presença do ator Lourenço Ortigão, embaixador

da campanha promocional. A criação da nova marca envolveu

o trabalho das agências Bloom Consulting, que colaborou

ao nível da definição da estratégia de marca, e a BAR Ogilvy,

agência que assina a criatividade da nova identidade visual

que passará a estar presente em todos os materiais de comunicação

da região, quer no mercado nacional quer nos mercados

internacionais. O logótipo é composto a partir da desconstrução

do círculo, “símbolo associado à ideia de inclusão

e ao espírito madeirense” e envolveu um inquérito a cerca de

9.000 agentes e profissionais do setor do turismo. O secretário

regional do Turismo adiantou que a região vai investir

um milhão de euros em ações de promoção e comunicação

do destino utilizando a nova imagem de marca, preparando a

abertura turística para a presente época de verão. s

“Piscinas Paulo Camacho”

renovam imagem do Naval

O presidente do Governo Regional visitou as piscinas do Clube

Naval do Funchal, na Nazaré, batizadas “Piscinas Paulo Camacho”

- em homenagem ao antigo nadador olímpico madeirense

Paulo Camacho. O emblemático complexo de piscinas

- inaugurado em 1998, foi alvo de obras de melhoramentos,

com destaque para a remodelação visual, intervenção a cargo

do Atelier Nini Andrade, num investimento global de 600 976

€. Depois da instalação de painéis fotovoltaicos em 2019, o

projeto incluiu ainda a substituição da rede hidráulica e do

sistema de iluminação das piscinas. A terceira e última fase

passará pela instalação de bombas de calor e revestimento

do edifício, estando prevista uma candidatura a fundos comunitários.

No final da visita, Elmano Freitas treinador principal

do CNF há várias décadas, foi surpreendido com uma

fotografia oferecida pelo Governo Regional aquando da receção

da sua equipa na Quinta Vigia, pela subida do Naval à

primeira divisão de clubes. s

DB D.R. (direitos reservados) DB & Fonte: www.clubenavaldofunchal.com

saber MAIO 2021

47


social

Festival da Canção Infantil

da Madeira 2021: 40 anos

Todas as edições são especiais mas a deste ano foi particularmente

destacada já que, este que é o mais antigo festival da canção infantil

português celebrou este ano, 40 anos de edições. No âmbito

do mesmo, incluiu a homenagem à Professora e Maestrina Zélia

Gomes pelos seus 30 anos de Festival da Canção Infantil da Madeira.

Maria Matilde Rebolo, de 8 anos, foi a primeira classificada

com a canção “Sou Princesa do meu Reino”, letra de Noémi Reis e

música de Maria João Caires. O segundo classificado foi “Acordar

o Mundo”, com a solista Laura Abreu, de 9 anos, letra de Noémi

Reis e música de Maria Ferreira. O terceiro classificado foi “Um

Amigo como tu”, solistas: Leonor Magalhães e André Magalhães,

de 10 e 6 anos respetivamente, letra – Catarina Canha e música -

José António Magalhães. A canção recomendada para crianças foi

“Um Palco, um Sonho”, solista: Leonor Aniceto, de 8 anos, letra –

José Carlos Mota e música - Cristina Abreu. Esta edição foi produzida,

pelo segundo ano consecutivo, em moldes de estúdio, com

a finalidade de transmissão para a RTP-Madeira. As gravações

decorreram no Centro de Congressos da Madeira, sem acesso a

público, devido à atual pandemia. O evento foi da responsabilidade

da Secretaria Regional de Educação, Ciência e Tecnologia através

do Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira.

Seguindo o formato habitual, este Festival contou com a participação

de 12 canções inéditas, interpretadas por 14 crianças com

idades entre os 6 e os 10 anos e com a direção musical do coro

da responsabilidade da maestrina Zélia Gomes. As temáticas das

canções foram direcionadas ao público infantil e com cariz pedagógico,

trazendo sonhos, inspirações e muita alegria. Todos os solistas

e coralistas interpretaram os temas ao vivo, como é habitual

neste evento. O júri foi liderado por Carlos Gonçalves (Presidente

do Conservatório) e composto ainda por Andreia Jardim (vencedora

da edição de 1983), Cristina Barbosa (vencedora da edição

de 1987), Lígia Brazão (autora de várias canções participantes no

FCIM) e Natacha Aguiar (vencedora da edição de 2014) e com o

apoio de diversas instituições madeirenses e nacionais. s

DB

gentilmente cedidas por Fábio Ferro

(Coordenador da Equipa Organizadora do Festival)

48 saber MAIO 2021


Vacinação aos docentes

e não docentes

Docentes e não docentes madeirenses foram vacinados contra a

covid-19. O arranque desta fase da vacinação marcou a retoma

da inoculação com a vacina AstraZeneca contra a COVID-19 na

Madeira, após decisão da Agência Europeia de Medicamentos

que reafirmou, no dia 18 de março, que a vacina AstraZeneca é

segura e eficaz. A região iniciou no dia 19 de março a vacinação

contra a COVID-19 do grupo prioritário, docentes e não docentes

dos infantários, creches, pré-escolar, educação especial e

primeiro ciclo, seguindo-se os segundo e terceiro ciclos de ensino.

O inicio da vacinação contra a COVID-19 deste grupo profissional

foi acompanhado pelos secretários regionais da Saúde e

Educação, Pedro Ramos e Jorge Carvalho, respetivamente. Até

ao dia 11 de abril, foram administradas na Madeira, 60.014 vacinas

contra a COVID-19, desde o dia 31 de dezembro de 2020.

Na semana em análise, foram administradas 11. 512 vacinas, o

maior número de vacinas administradas ao fim de sete dias até

à data. A vacinação contra a covid-19 continua em marcha nos

concelhos madeirenses. s

DB

gentilmente cedidas por Miguel Lira (Foto S. R. de Saúde e Proteção Civil)

AF_Reconquista_rodapé_265x50.pdf 1 19/11/2020 18:14

C

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M

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CM

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CMY

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saber MAIO 2021

49


social

Doação da obra publicada de

Saramago à Câmara Municipal

do Funchal

O Presidente da Câmara Municipal do Funchal, acompanhado

pela Vereadora da Cultura, Madalena Nunes, recebeu nos Paços

do Concelho, Violante Saramago Matos, filha de José Saramago,

que doou à Autarquia toda a obra publicada do escritor. São

mais de 30 os livros cedidos, de uma edição que conta nas suas

capas com títulos manuscritos por diferentes autores. Miguel Silva

Gouveia manifestou a propósito desta iniciativa o “profundo

reconhecimento e agradecimento à Violante Saramago Matos

pela oferta deste património incontornável, não só da cultura

portuguesa, mas também da literatura europeia e mundial. Estes

pensamentos escritos de José Saramago agora enriquecem

o património cultural do município e ficarão disponíveis a todos

os funchalenses, e madeirenses, na Biblioteca Municipal do

Funchal.”. O edil funchalense anunciou que a próxima edição da

Feira do Livro do Funchal, que irá acontecer de 12 a 21 de novembro,

terá como tema a vida e obra de José Saramago, no mês

em que o escritor completaria 99 anos. José de Sousa Saramago

(n.1922 - m.2010) foi galardoado com o Nobel de Literatura de

1998; também ganhou, em 1995, o Prémio Camões, o mais importante

prémio literário da língua portuguesa. Foi considerado

o responsável pelo efetivo reconhecimento internacional da prosa

em língua portuguesa. s

DB

André Gonçalves (Câmara Municipal do Funchal)

50 saber MAIO 2021


Exposição dedicada

ao Centenário da 1ª travessia

Aérea Lisboa – Funchal

No dia 22 de março de 1921, o hidroavião Felixstowe F.3, de fabrico

britânico, comandado pelo capitão-tenente Sacadura Cabral

e pelo capitão-de-mar e guerra Gago Coutinho, ligou as cidades

de Lisboa e Funchal, o que constituiu a primeira travessia aérea

além Portugal. Para celebrar o centenário deste feito, a Câmara

Municipal organizou a exposição alusiva com diversos elementos

dessa viagem - cedidos pelo Museu do Ar, nomeadamente

a hélice original do hidroavião, e ainda casacos, óculos, luvas e

equipamentos originais, bem como documentos e fotos. Esta viagem

entre Lisboa e o Funchal durou 7 horas e meia. O hidroavião

foi comandado pelo capitão-tenente Artur de Sacadura Freire Cabral,

pelo capitão-de-mar e guerra Carlos Viegas Gago Coutinho,

como observador, e os dois tripulantes, o mecânico-chefe do

Centro de Aviação Marítima, Roger Soubiran, e, o segundo piloto,

o primeiro-tenente Manuel Ortins Bettencourt. No dia 28, a lancha

“Carlos” rebocou o hidroavião para os aviadores realizarem

dois voos de passeio: um até ao Paul do Mar e outro a sobrevoar

a baía do Funchal. s

DB

D.R. (direitos reservados)

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saber MAIO 2021

51


À MESA COM...

As sugestões de

FERNANDO OLIM

Maio, mês do coração que também é dedicado às mães.

Às mães, a nossa homenagem. Pela vida que transportam

no ventre e que outras vidas darão. As nossas

mães merecem o nosso melhor e o melhor dos

seus filhos. Parabéns a todas as mulheres e a todas as mães. s

PRODUÇÃO FERNANDO OLIM

Agradecimentos Catering Sun City

DULCINA BRANCO

FERNANDO OLIM

metrópoles

52 saber MAIO 2021


entrada

Travessa de

tomate e pepino

Disponha numa travessa tomate cortado às rodelas

ao qual adicinará, a gosto, diversos legumes como o

pepino, a cebola roxa e azeitonas. Decore a gosto.

prato

principal

Bolinhos fritos

Prepara os bolinhos com recheio a seu gosto, como

carne, peixe ou legumes, e que devem ser fritos

em azeite abundante. Pode complementar estes

bolinhos com molhos diversos: molho de tomate,

de mostarda e acompanhar com arroz simples ou

uma salada.

sobremesa

Cones de semi-frio

Num cone de bolacha coloque o semi-frio de baunilha

(gelado de baunilha). Finalize com frutos vermelhos,

concentrado de framboesas, creme de morango, a

gosto...

saber MAIO 2021

53


ESTATUTO EDITORIAL

A Revista Saber Madeira é uma revista mensal de

informação geral que dá, através do texto e da

imagem, uma ampla cobertura dos mais importantes

e significativos acontecimentos regionais,

em todos os domínios de interesse, não esquecendo

temáticas que, embora saindo do âmbito

regional, sejam de interesse geral, nomeadamente

para os conterrâneos espalhados pelo

mundo.

É um projeto jornalístico e dirige-se essencialmente

aos quadros médios e de topo, gestores,

empresários, professores, estudantes, técnicos

superiores, profissionais liberais, comerciantes,

industriais, recursos humanos e marketing.

Identifica-se com os valores da autonomia, da

democracia pluralista e solidária, defendendo

o pluralismo de opinião, sem prejuízo de poder

assumir as suas próprias posições.

Comunicações, Limitada

Parque Emp. Zona Oeste, lote 7 | 9304-006 Câmara de Lobos 291 911 300 comercial@oliberal.pt

Estatuto Editorial

Mais do que a mera descrição dos factos, tenta

descortinar as razões por detrás dos acontecimentos,

antecipando tendências, oportunidades

informativas.

Pauta-se pelo princípio de que os factos e as opiniões

devem ser claramente separadas: os primeiros

são intocáveis e as segundas são livres.

Como iniciativa privada, tem como objetivo o

lucro, pois só assim assegura a sua independência

editorial e económico-financeira face aos grupos

de pressão.

Através dos seus acionistas, direção, jornalistas

e fotógrafos, rege-se, no exercício da sua atividade,

pelo cumprimento rigoroso das normas éticas

e deontológicas do jornalismo.

A Revista Saber Madeira respeita os princípios

deontológicos da imprensa e a ética profissional,

de modo a não poder prosseguir apenas

fins comerciais, nem abusar da boa fé dos leitores,

encobrindo ou deturpando a informação.

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Não Diária - Sócio P-881

Tiragem

7.000 exemplares

[Escrita de acordo com

Novo Acordo Ortográfico]

54 saber MAIO 2021


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