BALCONISTA S/A - Edição 29
Está no ar a 29ª edição da revista Balconista S/A! Nela, você vai conferir o balanço das recentes paralisações na indústria automotiva em função da pandemia. Quais foram os impactos no mercado, nas fábricas, nas oficinas e nos balcões? Contamos também a história de um Fusca Azul Placa Preta, conhecemos um pouco mais sobre a Eco-Industry, carros elétricos, e atendemos ao pedido de um balconista insistente e bom de papo. Tudo isso e muito mais. Boa leitura!
Está no ar a 29ª edição da revista Balconista S/A!
Nela, você vai conferir o balanço das recentes paralisações na indústria automotiva em função da
pandemia. Quais foram os impactos no mercado, nas fábricas, nas oficinas e nos balcões? Contamos também a história de um Fusca Azul Placa Preta, conhecemos um pouco mais sobre a Eco-Industry, carros elétricos, e atendemos ao pedido de um balconista insistente e bom de papo.
Tudo isso e muito mais.
Boa leitura!
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
vislumbrar um retorno. Mas será?<br />
Atitudes assim não costumam ser<br />
obra do acaso.<br />
“Eu consumo esse conteúdo, para ficar<br />
por dentro. Mas também por um pouco<br />
de confete, porque gosto muito de<br />
falar, comentar, aproveitar o espaço”,<br />
assume, também reconhecendo que<br />
não esperava nosso contato.<br />
O balconista de Pouso Alegre afirma<br />
ler diversas publicações relacionadas<br />
à sua área, sempre buscando ampliar<br />
o conhecimento. Em relação à<br />
Balconista S/A, Matheus se imagina<br />
no lugar dos entrevistados, traçando<br />
paralelos com situações semelhantes<br />
vividas no cotidiano.<br />
“Sabe quando você está acompanhando<br />
uma situação engraçada, e pensa:<br />
‘putz, isso já aconteceu comigo’? É<br />
muito legal ter essa sensação; saber<br />
que tanto as coisas boas, como as<br />
ruins que a gente passa, são vividas<br />
por outras pessoas, e o quanto é bom<br />
a gente compartilhar”, conta.<br />
Mas, afinal, quem é Matheus Siqueira,<br />
além de um balconista curioso e<br />
proativo? Ele não só narrou para<br />
nós a sua trajetória, como também<br />
mergulhou em reflexões sobre a<br />
profissão, a vida e a pandemia de<br />
Covid-19.<br />
“Desde que eu me entendo por gente,<br />
estou em oficina. Meu pai é mecânico,<br />
meu irmão também. Então, desde<br />
os 10 anos eu já ajudava meu pai.<br />
Trabalhei com ele entre 2005 e 2012”,<br />
recorda Matheus.<br />
Dali, migrou para a Celinho Autopeças,<br />
onde começou como estoquista,<br />
até chegar ao atual cargo. Sua vida,<br />
portanto, se resume ao universo da<br />
mecânica e da reposição automotiva,<br />
o suficiente para constatar que existe<br />
um tempo considerável de experiência,<br />
a ponto de afirmar qual a fórmula<br />
certa para ser um bom profissional.<br />
“Olha… não se tem ao certo uma<br />
fórmula. É muito particular. Mas a<br />
questão do conhecimento vem tanto<br />
da prática, como da teoria. Algumas<br />
coisas a gente aprende no agito do<br />
balcão; outras, temos que pesquisar.<br />
Acho muito importante estar atento<br />
às novidades da indústria automotiva,<br />
e na forma como os mecânicos<br />
gostam de ser atendidos. Todos<br />
clientes são diferentes um do<br />
outro; então, a chave para você<br />
atender bem é ser maleável. O que<br />
faz da pessoa um bom profissional<br />
é a vontade de aprender, e não<br />
sentar em cima do que já sabe”,<br />
reflete Matheus.<br />
Por envolver uma constante troca<br />
de informações somada ao contato<br />
olho no olho, a profissão de<br />
balconista pressupõe a evolução<br />
da capacidade de ouvir e de<br />
manter a atenção. É um processo,<br />
e tudo isso vem sendo positivo<br />
para Matheus.<br />
“Acho que o atendimento no<br />
balcão, cara a cara, faz com que<br />
nos tornemos pessoas melhores,<br />
porque passamos a ser ouvintes<br />
melhores, mais atentos. Eu,<br />
particularmente, sou muito<br />
desatento; então, trabalhar assim<br />
nesses anos todos me fez um bem<br />
em relação a isso. Mas, resumindo,<br />
o mais importante é ter senso<br />
de adaptação, tanto ao mercado,<br />
como à clientela”, afirma.<br />
Pelo que vimos até aqui, ao<br />
contrário do que diz, Matheus não<br />
parece nada desatento, embora<br />
isso também possa revelar uma<br />
virtude indispensável aos bons<br />
profissionais: a humildade.<br />
24<br />
25