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Pedra porosa
0 5 10 cm
Figura 1 – Representação da placa de pressão (Oliveira,
2004)
Devido ao problema de cavitação da água no
interior da tubulação conectada à base da pedra
porosa a sucção máxima que pode ser aplicada
na placa de pressão é de aproximadamente 80
kPa.
Para se aplicar um valor maior de sucção
deve ser utilizada a placa de pressão que aplica
a técnica da translação de eixos proposta por
Hilf (1956). Neste equipamento, apresentado na
Figura 2, sobre a pedra porosa tem uma câmara
onde se impõe uma pressão de ar. Como a água
presente na pedra porosa esta conectada ao
ambiente externo, que esta submetido a pressão
atmosférica, a sucção imposta corresponde à
pressão de ar aplicada dentro da câmara.
Os corpos de prova são colocados sobre a
pedra porosa até que entre em equilíbrio com a
sucção imposta pela mesma. O tempo de
equilíbrio é determinado pela estabilização do
nível de água da bureta que esta conectada à
tubulação da base deste equipamento (Oliveira
e Marinho, 2006).
Circulação
de água na base
Pedra Porosa
0 10 cm
Bureta
Figura 2 – Representação da placa de pressão (Oliveira,
2004).
Os equipamentos apresentados
anteriormente neste item são utilizados para se
impor uma sucção aos corpos de prova, no
entanto, existem equipamentos que medem a
sucção. A técnica mais utilizada nos
laboratórios de mecânica dos solos não
saturados é o emprego do papel filtro. O papel
filtro é colocado em contato com o corpo de
prova e posteriormente envolto em filme
plástico, papel alumínio e deixado em repouso
no interior de uma caixa de isopor por por um
período mínimo de 7 dias. Após este período de
tempo é determinado o teor de umidade do
papel filtro que possui uma curva de calibração
que relaciona este valor com a sucção.
Os papéis utilizados para se medir a sucção
são quantitativos do tipo II, tais como o
Whatman n o 42, Fisherbrand 9-790A e
Scheicher & Shuel n o 586. O papel fitro
Whatman n o 42 é o mais difundido
internacionalmente e possui várias propostas de
calibração (Chandler e Gutierrez, 1986; Fawcett
e Collins, 1967; Hamblim, 1981).
Um equipamento mais avançado para se medir
a sucção, e ainda restrita a poucos centros de
pesquisa, é o tensiõmetro de alta capacidade
(TAC), apresentado na Figura 3.
Pedra Porosa
Água
Diafragma
Transdutor Tipo
Entran EPX
Figura 3 – Representação esquemática do tensiômetro de
alta capacidade.
Este equipamento consiste basicamente de um
transdutor, uma pedra porosa e água. O
transdutor é do tipo Entran EPX, acoplado a
uma cápsula de aço inox. Esta cápsula é
composta de uma câmara, com pequeno volume
de água, que está em contato com uma pedra
porosa de alta entrada de ar e um diafragma.
Para se medir o valor da sucção de um
corpo de prova com o tensiômetro de alta
capacidade deve-se garantir que a água presente
em sua estrutura apresente uma continuidade
hidráulica com a água da pedra porosa deste
equipamento. Esta continuidade é garantida
com a utilização de uma pasta preparada com o
mesmo solo e com teor de umidade próxima ao
limite de liquidez.