Revista Coamo edição maio de 2021
Revista Coamo edição maio de 2021
Revista Coamo edição maio de 2021
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
DO CAMPO À MESA: REPORTAGEM MOSTRA CADEIA DA SOJA NA INDUSTRIALIZAÇÃO
www.coamo.com.br
MAIO/2021 ANO 47 EDIÇÃO 513
INDÚSTRIA
Coamo terá fábrica
de ração em
Campo Mourão
FEIRA DE NEGÓCIOS
Cooperados aproveitam
oportunidade de bons
negócios
Felipe Pereira Laurentino e
Luan Carlos de Oliveira.
Foto Arquivo Coamo
PARCERIA DE VALOR
Funcionários têm oportunidades para o desenvolvimento social, econômico
e profissional e, também, para a prática do voluntariado na comunidade
EXPEDIENTE
Órgão de divulgação da Coamo
Ano 47 | Edição 513 | Maio de 2021
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO
Ilivaldo Duarte de Campos: iduarte@coamo.com.br,
Wilson Bibiano Lima: wblima@coamo.com.br
Ana Paula Bento Pelissari Smith: anapelissari@coamo.com.br
Antonio Marcio dos Santos: amsantos@coamo.com.br
Ruthielle Borsuk da Silva: rborsuk@coamo.com.br
Milena Luiz Corrêa: mlcorrea@coamo.com.br
Raquel Sumie Eishima: raqueleishima@coamo.com.br
Aline Aristides Bazan: abazan@coamo.com.br
Lucas Otávio Pavão: lpavao@coamo.com.br
Contato: (44) 3599-8129 - comunicacao@coamo.com.br
Colaboração: Entrepostos, Gerências Angulares e Assessorias
Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte de Campos
Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima, Ana Paula
Bento Pelissari Smith, Ruthielle Borsuk da Silva e Ilivaldo Duarte de Campos
Edição de fotografia: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima e
Lucas Otávio Pavão
Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento de Negócios Publicitários
Contato: (11) 5092-3305
Contato publicitário: Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457
É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados
não exprimem, necessariamente, a opinião da Revista Coamo.
As fotos desta edição foram produzidas obedecendo os devidos protocolos de saúde, ou são
de arquivo.
Acompanhe a Coamo pelas redes sociais
COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA
SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 - Caixa Postal, 460 www.coamo.com.br
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presidente: Engenheiro Agrônomo, José Aroldo Gallassini. MEMBROS VOGAIS: Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Ricardo Accioly Calderari,
Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Emilio Magne Guerreiro Júnior, Wilson Pereira de Godoy, Rogério de Mello Barth e Adriano Bartchechen.
CONSELHO FISCAL: Jonathan Henrique Welz Negri, Sidnei Hauenstein Fuchs e Igor Eduardo de Mello Schreiner (Membros Efetivos). Vander Carlos Furlanetto, Edilson Alberto
Kohler e Jorge Luiz Tonet (Membros Suplentes).
DIRETORIA EXECUTIVA: Presidente Executivo: Airton Galinari. Diretor Administrativo e Financeiro: Antonio Sérgio Gabriel. Diretor Comercial: Rogério Trannin de Mello.
Diretor Industrial: Divaldo Corrêa. Diretor de Logística e Operações: Edenilson Carlos de Oliveira. Diretor de Suprimentos e Assistência Técnica: Aquiles de Oliveira Dias.
Extensão Territorial: 4,5 milhões de hectares. Capacidade Global de Armazenagem: 6,59 milhões de toneladas. Receita Global de 2020: R$ 20,003 bilhões.
Tributos e taxas gerados e recolhidos em 2020: R$ 466,95 milhões. Cooperados: 29.438. Municípios presentes: 71. Unidades: 111.
Maio/2021 REVISTA
3
SUMÁRIO
32
Trabalho em família
Família Paschoal, de Cruzmaltina (PR), é exemplo de trabalho e união. Os irmãos Dorival
e Daniel receberam do pai a missão de continuar com a atividade agrícola, e agora estão
passando os trabalhos para os filhos Silvano (Dorival) e Maria Caroline e Lucas (Daniel)
4 REVISTA
Maio2021
SUMÁRIO
14
Fábrica de ração
Com o objetivo de ampliar a sua gama de produtos industrializados, a Coamo
investirá mais de R$ 100 milhões para a construção de uma fábrica de ração
animal. Objetivo é agregar mais valor ao quadro social, industrializando o
milho, segundo produto mais recebido pela cooperativa (atrás da soja)
Industrialização da soja
18
Na cadeia produtiva da Coamo, a soja é destaque. A oleaginosa está no sistema de produção do campo
à mesa, do Brasil para o mundo. Confira a terceira reportagem da série que já apresentou o café e o trigo
Funcionários participativos
26
No dia a dia, os mais de oito mil funcionários da Coamo dão o seu melhor para atender os quase 30
mil cooperados nos 71 municípios da área ação da cooperativa em regiões produtoras do PR, SC e MS
Credicoamo
42
Com o objetivo de atender às necessidades dos cooperados em várias atividades desenvolvidas
no meio rural, a Credicoamo oferece aos associados oportunidades de crédito para investimentos
Feira de Negócios
46
Com o propósito de oferecer produtos com qualidade, bons preços e condições especiais de
pagamento, a Coamo promove em todas as unidades mais uma feira de negócios
Pecuária
51
Para avaliar a alimentação e digestão dos alimentos pelos animais, os veterinários da Coamo estão
utilizando a Penn State, uma ferramenta que garante mais precisão na formulação da dieta
Maio/2021 REVISTA
5
GOVERNANÇA
Seguro agrícola é indispensável
Um bom planejamento
da safra exige do cooperado a
análise da propriedade como
um todo junto à assistência técnica
da cooperativa. Tudo para que
a produção e a rentabilidade sejam
melhores a cada ano.
Essa análise vai além da
definição de qual tecnologia implantar,
do incremento da lavoura,
ou da escolha dos insumos a
serem utilizados. Para um plano
safra completo, é imprescindível
incluir no custeio o seguro agrícola,
como instrumento de proteção
para em caso de frustração
da safra.
Os cooperados da Coamo
e Credicoamo estão contratando
um volume maior de seguro
agrícola a cada nova safra.
Esse é o caminho, é a orientação
que repassamos em nossas reuniões
com os cooperados.
Diante dessa necessidade,
a Credicoamo está sempre
ao lado dos cooperados e
disponibilizando, por meio da
Via Sollus Corretora de Seguros,
excelentes condições para contratação
do seguro agrícola para
a garantia deste benefício que
objetiva assegurar o rendimento
da lavoura e dos custos de produção.
Percebemos que, ao longo
dos últimos anos, está mais
forte a cultura do seguro agrícola.
Os cooperados estão pensando
e agindo diferente para
garantir a proteção da atividade.
O seguro agrícola deve
ser visto como investimento e
instrumento de proteção. Uma
vez contratado, os produtores
esperam por safras normais para
não utilizá-lo, mas caso seja preciso,
eles sabem, que têm suas
lavouras protegidas.
Sou um defensor e incentivador
do seguro agrícola,
que está mudando a realidade
da agricultura brasileira. Lembro
bem que, em 1995, a nossa
região não tinha seguro agrícola
e devido a uma frustração
de safra na época, os produtores
tiveram prejuízos e prorrogadas
suas dívidas em até 25
anos. Foi um desastre, uma situação
que não queremos viver
nunca mais.
A Coamo e a Credicoamo
têm feito um trabalho forte
junto aos cooperados para orientar
e disseminar a cultura do seguro
agrícola. Como resultado
desta iniciativa, registramos um
aumento da participação deles
na aquisição desta ferramenta de
proteção, que cobre praticamente
o financiamento da lavoura.
Com o seguro garantido,
os cooperados podem ficar mais
tranquilos e ter, assim, o planejamento
completo da sua lavoura,
fazer a sua parte com implantação
de tecnologias modernas e esperando
clima favorável e colheitas
de altas produtividades.
"Para um plano
safra completo,
é imprescindível
incluir no custeio
o seguro agrícola,
como instrumento
de proteção em
função de possíveis
problemas
climáticos."
JOSÉ AROLDO GALLASSINI,
Presidente dos Conselhos de Administração Coamo e Credicoamo
Maio/2021 REVISTA
7
Tecnologia
que vem de dentro.
Para potencializar os resultados da Safrinha.
Pra que complicar?
Simplifique com Brevant ® Sementes.
Com ampla adaptação e crescimento precoce,
os híbridos B2702VYHR, B2782PWU e B2620PWU
chegaram para expandir o potencial produtivo
da sua lavoura e do seu negócio.
Aponte o
celular e
saiba
mais.
POWERCORE ® é uma tecnologia desenvolvida pela Corteva Agriscience e Monsanto. POWERCORE ® é uma marca da Monsanto LLC. Agrisure Viptera ® é marca registrada e utilizada sob licença da
Syngenta Group Company. A tecnologia Agrisure ® incorporada nessas sementes é comercializada sob licença da Syngenta Crop Protection AG. Tecnologia de proteção contra insetos Herculex ®
I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. Herculex ® e o logo HX são marcas registradas da Corteva Agriscience. LibertyLink ® e o logotipo da gota de água são marcas da BASF.
Roundup Ready ® é marca utilizada sob licença da Monsanto Company.
8 REVISTA
Maio2021
www.brevant.com.br | 0800 772 2492
® Marcas registradas da Corteva Agriscience e de suas companhias afiliadas. ©2021 Corteva.
GESTÃO
Um marco na verticalização industrial
"A Coamo já oferece rações para uso dos
cooperados em suas atividades, e com
a construção de uma indústria própria
proporcionará crescimento no volume
de fornecimento."
Com credibilidade e a participação dos cooperados,
aliados a uma administração profissionalizada e a
execução de um planejamento estratégico aprovado
pela diretoria, a Coamo está sempre atenta às oportunidades
do mercado para fazer investimentos, oferecer novos
produtos e serviços, e agregar mais valor à produção dos
seus cooperados.
Para cumprir este objetivo, lançamos recentemente
o mais novo empreendimento industrial da Coamo, a fábrica
de ração. O início da obra será em breve, anexo ao parque
industrial da cooperativa em Campo Mourão em uma área
de 10.000 m². O investimento irá gerar 70 empregos diretos
e mais de 300 indiretos, durante a fase de implantação. A
previsão de conclusão será em 18 meses.
Trata-se de uma moderna e completa indústria,
com investimento de R$ 100 milhões e uma produção de
200 mil toneladas por ano, em rações de bovinos, suínos,
aves, peixes e, também, para animais domésticos.
A implantação desta fábrica representa um marco
na verticalização da cooperativa por meio do processamento
e industrialização do milho, até então, o único produto
que a Coamo não industrializa em sua história de 50 anos.
O milho é de grande importância para a cooperativa,
haja vista o volume recebido em nossos armazéns, nas diversas
regiões produtoras no Paraná, Santa Catarina e Mato
Grosso do Sul.
A Coamo já oferece rações para uso dos cooperados
em suas atividades, com aquisição de produção terceirizada.
Mas, com a construção desta indústria própria, haverá
crescimento nos volumes de produção e o atendimento do
produto alcançará um maior número de cooperados e consumidores
em várias regiões do país, com acesso às rações
de qualidade com a marca Coamo.
Trabalhamos para melhorar a renda e propiciar
desenvolvimento sustentável aos cooperados. Esta premissa
reforça a missão da Coamo, como uma cooperativa totalmente
voltada para os cooperados, sendo a sua melhor
opção. Com esta nova fábrica, acreditamos que aumentará
a remuneração no preço do milho, que é o segundo maior
produto no recebimento da cooperativa.
A fábrica de ração vem se somar às 11 indústrias da
cooperativa, das quais dez próprias e uma terceirizada, instaladas
nos parques industriais em Campo Mourão, Mamborê
(terceirizada) e Paranaguá, no Paraná, e Dourados, no Mato
Grosso do Sul.
O processo de industrialização na Coamo começou
em 1975 com a implantação do moinho de trigo. Seis anos
mais tarde, em 1981, entrou em funcionamento a primeira
indústria de processamento de óleo de soja. Na sequência
vieram, em 1985, a fiação de algodão; 1990, a indústria de
processamento de soja e Terminal Portuário em Paranaguá;
1996, refinaria de óleo de soja; 1999, indústria de hidrogenação;
2000, fábrica de margarina e gordura vegetal; 2009,
torrefação e moagem de café e, 2015, novo moinho de trigo.
Em novembro de 2019, inauguramos em Dourados (MS),
duas novas indústrias para produção de processamento de
óleo de soja e refinaria de óleo de soja.
AIRTON GALINARI
Presidente Executivo da Coamo
Maio/2021 REVISTA
9
ENTREVISTA
LUIZ FERNANDO GARCIA DA SILVA
Diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa)
“Nosso desafio é aumentar a capacidade operacional
e a competitividade dos portos do Paraná.”
Os Portos de Paranaguá e
Antonina movimentaram
no ano passado um total
de 57.339.307 toneladas,
volume que consolida uma nova marca
histórica, com uma alta de 8% em relação
ao recorde anterior (em 2019 foram
53.204.040 toneladas). O balanço
confirma 2020 como o melhor ano das
exportações paranaenses. Para explicar
um pouco sobre o trabalho desenvolvido,
a entrevista do mês na Revista
Coamo é com diretor-presidente da
Administração dos Portos de Paranaguá
e Antonina (Appa), Luiz Fernando
Garcia da Silva. "A atual gestão recebeu
do governador Carlos Massa Ratinho
Júnior a missão de aumentar a participação
dos portos na logística brasileira,
com mais competitividade e redução
dos custos para os produtores, e de
pensar o desenvolvimento dos portos
paranaenses não apenas para atender
a demanda presente, mas para o futuro
– próximos 30, 40, 50 anos – de forma
sólida e sustentável."
LUIZ FERNANDO GARCIA DA SILVA
É graduado em Economia pela Universidade Federal do Paraná com especialização em gestão de empresas. Está
na sua segunda passagem pela Administração dos Portos do Paraná, sendo a primeira de 2009 a 2015, e desde
janeiro de 2019 é dirigente da empresa pública Portos do Paraná. Foi diretor-presidente da Companhia Docas do
Estado de São Paulo (Codesp); assessor especial do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, e secretário
nacional de políticas portuárias no Governo Federal. Coordenou o grupo de trabalho que estudou a solução para
o problema da dragagem do Porto de Santos e integrou a equipe criada para desburocratização e simplificação
da legislação portuária, que culminou com o Decreto 9.048/17, considerado um novo marco regulatório no setor
portuário. Possui experiência na administração pública e planejamento dos projetos portuários.
10 REVISTA
Maio/2021
Revista Coamo: Qual a missão da
Appa e seus resultados?
Luiz Fernando Garcia da Silva: A atual
gestão recebeu do governador Carlos
Massa Ratinho Júnior a missão de aumentar
a participação dos portos na
logística brasileira, com mais competitividade
e redução dos custos para
os produtores, e de pensar o desenvolvimento
dos portos paranaenses
não apenas para atender a demanda
presente, mas para o futuro – próximos
30, 40, 50 anos – de forma sólida e sustentável.
Temos avançado em todas as
frentes: investimento em infraestrutura
marítima (dragagem, derrocagem, sinalização
e estudo para alcançar um
novo calado operacional para os dois
portos); terrestre (melhoria dos acessos
rodo e ferroviário); e na retroárea (avançando
na regularização das áreas, com
os novos arrendamentos, e otimizando
a eficiência na descarga e armazenagem).
Além de avançar em projetos e
obras, os Portos do Paraná – cuja gestão
atua alinhada com toda a comunidade
portuária (incluindo operadores, terminais
e demais atores) – têm avançado
na movimentação, com constantes recordes.
RC: Como o trabalho realizado consolida
a gestão pública de segurança
portuária?
Luiz Fernando: Os Portos do Paraná
seguem tendo a segurança como a
prioridade, apesar de já serem pioneiros
entre os terminais brasileiros no
uso da tecnologia para tornar ainda
mais rigoroso o controle de acesso e
vigilância. O objetivo é proteger não
apenas os trabalhadores, os recintos
alfandegados e as cargas, mas ajudar
na segurança nacional. Afinal, somos
uma fronteira aberta com o mundo. Os
Portos do Paraná foram os primeiros
terminais públicos do Brasil a receberem
a certificação definitiva do Código
Internacional para Segurança de
Navios e Instalações Portuárias (ISPS
Code). Trabalhamos para manter essa
certificação e estamos em constante
busca pelo desenvolvimento da segurança
portuária, com investimentos na
modernização, treinamento do efetivo
e trabalho em conjunto com as demais
forças de segurança e terminais que
movimentam suas cargas pelos Portos
"Mais de 90% de toda
a exportação dos Portos
do Paraná são produtos
do agronegócio. A força
do Agro impulsiona
o desenvolvimento,
a performance e os
resultados dos portos
paranaenses."
do Paraná. A reestruturação do plano
de segurança foi uma das primeiras
medidas adotadas pela atual gestão.
A revisão tem o objetivo de ampliar o
controle de acesso, o monitoramento
de todas as áreas e recintos públicos, e
a segurança da interface porto x navio.
RC: Os portos de Paranaguá e Antonina
são importantes corredores de
exportação. Qual foi a evolução registrada
nos últimos anos?
Luiz Fernando: Os portos paranaenses
movimentaram 57.339.307 toneladas
em 2020, volume que consolida
uma nova marca histórica. Paranaguá e
Antonina, mostram uma alta de 8% em
relação ao recorde anterior, registrado
em 2019 (com 53.204.040 toneladas).
O balanço confirma 2020 como o melhor
ano das exportações paranaenses.
O relatório com os dados consolidados
mostra que mais da metade de
toda a movimentação de 2020, cerca
de 65%, foi de granéis sólidos. Foram
37.389.768 toneladas, de importação
e exportação. A alta registrada é de 7%
em relação às 34.925.488 toneladas de
2019. No segmento, a soja representa
o maior volume. Foram 14.263.349
toneladas exportadas em 2020. O
volume final é 26% maior que o registrado
no ano anterior (11.290.203). Na
importação, o destaque foi fertilizantes.
Em 2020 foram importadas 10.008.277
toneladas. Alta de 6% na comparação
com 2019 (9.429.014 toneladas). Os
maiores percentuais de aumento no
balanço do ano foram nos segmentos
de carga geral e graneis líquidos. Ambos
cresceram 10%, nos dois sentidos
do comércio exterior. Em 2020, os portos
paranaenses somaram 2.470 manobras
de atracações de navios, 68 a mais
que em 2019, com 2.402 atracações.
RC: Como foram os resultados dos primeiros
meses deste ano?
Luiz Fernando: Fechamos o primeiro
trimestre de 2021 com dois novos recordes.
Em março, juntos, os terminais
de Paranaguá e Antonina registraram
o melhor março da história em volume
movimentado. Foram 5.622.705
toneladas de cargas, de importação e
exportação. O volume é 7% maior que
o registrado no mesmo mês de 2020
(5.235.158 toneladas). Um novo marco
foi consolidado na quantidade de caminhões
que passaram pelo Pátio de
Maio/2021 REVISTA 11
ENTREVISTA
"ESTE ANO SERÁ, NOVAMENTE, BASTANTE EXPRESSIVO PARA O AGRONEGÓCIO, QUE
MOVIMENTA QUASE 80% DAS NOSSAS OPERAÇÕES NOS PORTOS PARANAENSES."
Triagem: 59.611 veículos, em 31 dias.
RC: Diante desses recordes iniciais,
qual a expectativa para 2021?
Luiz Fernando: Este ano será, novamente,
bastante expressivo para o
agronegócio, que movimenta quase
80% das nossas operações. Os portos
de Paranaguá e Antonina aprenderam
a lidar com a Covid-19, de modo a
seguir operando com segurança aos
trabalhadores, atendendo toda a cadeia
logística, em todos os segmentos.
Nesses três primeiros meses do ano,
movimentamos 12.869.820 toneladas
de cargas, volume 3% maior que 2020.
RC: Como funciona o sistema de gestão
dos Portos do Paraná?
Luiz Fernando: Os Portos do Paraná
são um complexo portuário, formado
pelos portos de Paranaguá e Antonina.
A administração funciona como empresa
pública estadual, subordinada à
Secretaria de Estado de Infraestrutura
e Logística, com convênio de delegação
junto ao Governo Federal. Como
empresa pública, a administração é
responsável por gerir os terminais portuários
paranaenses e é dirigida por
um conselho administrativo e uma diretoria
executiva. O modelo de gestão
atual obedece às linhas landlord, em
que a autoridade portuária é responsável
pela administração do porto e por
oferecer a estrutura necessária às atividades
de movimentação de cargas.
Assim, o poder público mantém toda a
infraestrutura de acesso aquaviário, bacia
de evolução, berços de atracação,
acessos rodoviários, ferroviários e internos.
Já a iniciativa privada é responsável
pela superestrutura: equipamentos,
armazéns e mão de obra. Em 2019, o
Paraná foi o primeiro Estado do Brasil
a receber autonomia para administrar
contratos de exploração de áreas dos
portos organizados, por meio de um
convênio de delegação de competência
formalizado em agosto. Com a medida,
a gestão dos arrendamentos de
instalações portuárias, que antes eram
definidos pela Secretaria Nacional de
Portos, passam a ser controlados pela
empresa pública Portos do Paraná. Em
2020, os portos do Paraná tiveram a
Luiz Fernando Garcia da Silva, diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa)
melhor gestão pública do país, liderando
o ranking em melhores práticas de
mercado e gestão. O Paraná alcançou
a maior nota no Índice de Gestão das
Autoridades Portuárias (IGAP): 90 pontos,
e na categoria Execução dos Investimentos
Planejados, obteve índice de
81,8%. O conceito é importante para
mensurar a proporção do orçamento
de investimento disponível que foi efetivamente
executada pela autoridade
portuária.
RC: Como está o processo para aumentar
a capacidade e a competitividade
dos terminais de Paranaguá e
Antonina?
Luiz Fernando: Esse é o nosso desafio,
para isso, estamos concluindo
estudo técnico, para ampliar o calado
operacional, ou seja, a distância entre a
lâmina d’água e o fundo do mar, e permitir
que os terminais recebam navios
maiores e com mais carga. A meta de
dragagem para aumentar o calado é a
mais ousada da história dos portos paranaenses.
Atualmente, os navios operam
com profundidade de 12,5 metros
para entrar no Porto de Paranaguá e de
8,5 no Porto de Antonina. O objetivo é
alcançar 15,5 e 12,5 metros, respectivamente.
O calado operacional limita o
tamanho do navio e a quantidade de
produtos que ele consegue transportar
em segurança. Sem uma profundidade
adequada, é preciso limitar o peso da
carga e controlar o quanto de navio ficará
dentro d´água. Esse estudo de engenharia
voltado a atrair embarcações
maiores e mais modernas, que está
sendo finalizado, é o primeiro passo do
projeto. O estudo mapeia os procedi-
12 REVISTA
Maio/2021
mentos necessários para o aprofundamento
do canal de acesso. A intenção
é que a iniciativa privada explore e que
tenha por obrigação deixar o calado
nas condições operacionais necessárias,
realizando as dragagens de aprofundamento,
manutenção, sinalização
e outros serviços que garantem segurança
na navegação.
RC: Quais os principais investimentos
no Porto de Paranaguá?
Luiz Fernando: Em 2020, a Portos do
Paraná investiu quase R$ 361.5 milhões
– de recursos públicos – em projetos,
obras e serviços. Entre as principais,
destacamos: Ampliação do cais e a modernização
do berço 201; Dragagem
de manutenção continuada (dentro do
programa para 5 anos); Reformas dos
Terminais de passageiros e turismo da
Ilha do Mel. Em obras previstas para
este ano, são mais de R$ 56 milhões
em investimentos públicos previstos.
Destacando: Projeto Básico para modernização
do Corex. Em relação aos
investimentos futuros, em parceria com
a iniciativa privada, destacamos a execução
das Obras no Corredor de Exportação
– R$ 1 bi; Execução das Obras
do Moegão - Terminal exclusivo para
descarga via trens e redução de interferências
rodo/ferro – R$ 450 milhões;
e os Novos arrendamentos – cerca de
R$ 1,3 bilhões. Em andamento estão
consultas para os leilões de arrendamento
das áreas PAR32 (carga geral) e
PAR50 (terminal de líquidos) no Porto
de Paranaguá. Os certames devem ser
realizados ainda no primeiro semestre
de 2021. Arrendamentos futuros: Outras
três áreas de granel sólido (para
exportação) seguem disponíveis para
arrendamento. Com isso, a expectativa
é ultrapassar investimentos de R$ 1,3
bilhão e aumentar a movimentação,
que já foi recorde em 2020.
RC: Conte-nos um pouco sobre os protocolos
de medidas sanitárias efetivados
neste período de Pandemia.
Luiz Fernando: O Porto de Paranaguá
foi o primeiro do Brasil a adotar medidas
rígidas de controle e prevenção
ao Coronavírus, antes mesmo de ser
declarada como pandemia pela Organização
Mundial de Saúde. Desde março
de 2020, contratamos e mantemos
estruturas para reforçar a saúde dos
"Nossa postura tem sido
garantir uma gestão
pública transparente,
eficiente e consciente,
com investimento
constante em melhores
práticas, inovação e
compliance, governança."
trabalhadores em geral, com atendimento
24 horas, em turnos, incluindo
14 de técnicos de enfermagem, três
de auxiliares administrativos e dois de
limpeza hospitalar, e a estrutura conta
com dois postos médicos e dois postos
de enfermagem. Foram mais de
R$ 11 milhões investidos e 1,6 milhão
de trabalhadores atendidos no acesso
ao cais e no Pátio de Triagem dos caminhões.
Foram criados canais de comunicação
com toda a comunidade
portuária – empresários, operadores,
agentes, trabalhadores e funcionários
– para trocas de informações oficiais
de maneira mais ágil. A atividade portuária
é essencial para o transporte de
alimentos, insumos e maquinários, e
paralisar o Porto representaria perdas
graves para toda a cadeia logística.
RC: Como observa a atuação das cooperativas
em parceria com a APPA?
Luiz Fernando: Mais de 90% de toda
a exportação dos Portos do Paraná são
produtos do agronegócio. É a força
do Agro que impulsiona o desenvolvimento,
a performance e os resultados
dos portos paranaenses. As cooperativas
se destacam não apenas pela
produção e os resultados no campo,
mas pela representatividade, força e
ousadia.
RC: A Coamo está investindo em suas
instalações no Porto de Paranaguá.
Como analisa esse investimento e atuação
da cooperativa?
Luiz Fernando: A cooperativa está
expandindo o terminal privado no
Porto de Paranaguá, com investimento
de R$ 200 milhões na ampliação
da capacidade estática de
armazenagem de grãos e na produtividade.
Ao investir nessa ponta,
a Coamo gera benefícios e ganhos
para toda a cadeia logística envolvida
nas exportações dos granéis
sólidos. É um investimento pensado
não apenas no agora, mas para
o futuro, ou seja, para fazer frente
às expectativas e demandas do
setor produtivo que são crescentes.
A Coamo é uma das principais
cooperativas que operam no porto,
contribuindo com muita eficiência e
competência, para os resultados que
alcançamos nos últimos anos. É o
esforço de vocês, do campo, da administração,
da operação portuária,
que nos ajudam a quebrar recordes,
romper barreiras e atender a demanda
mundial por alimentos.
Maio/2021 REVISTA 13
FÁBRICA DE RAÇÃO
ampliação da verticalização industrial na Coamo
Empreendimento será em uma área de dez mil metros quadrados no Parque Industrial da
cooperativa, em Campo Mourão, com capacidade de produção de 200 mil toneladas/ano
14 REVISTA
Maio2021
Com o objetivo de ampliar
a sua gama de produtos
industrializados, a Coamo
investirá R$ 100 milhões na
construção de uma fábrica de
ração animal. O objetivo é agregar
mais valor ao quadro social,
industrializando o milho, segundo
produto mais recebido pela
cooperativa (atrás da soja), e que
é comercializado in natura pela
cooperativa. A fábrica será construída
em uma área de dez mil
metros quadrados no Parque Industrial
da cooperativa, em Campo
Mourão.
Inicialmente, serão gerados
cerca de 70 empregos diretos
e outros 300 indiretos. Serão
fabricadas rações para bovinos,
peixes, suínos, aves e animais
domésticos. “É um investimento
Diretoria da Coamo apresentou o projeto da nova fábrica para o governador do Paraná, Ratinho Massa
para aumentar a renda dos associados
com a industrialização do
milho, algo inédito nos 50 anos
da cooperativa”, ressalta o presidente
do Conselho de Administração
da Coamo, José Aroldo
Gallassini.
Ele recorda que a Coamo
tem como vocação atender a
demanda do cooperado. “A Coamo
é uma cooperativa de grãos
e muito forte nesse setor. Temos
indústrias para soja, trigo e café.
Faltava uma fábrica para o milho
e o segmento de ração tem um
mercado bastante aquecido”, diz.
As obras iniciarão ainda
neste ano. O presidente Executivo
da Coamo, Airton Galinari, diz
que a estimativa é produzir 200
mil toneladas de ração. “Ano passado
produzimos mais de 50 milhões
de sacas de milho. Em vez
de arrecadar R$ 152 milhões com
Maio/2021 REVISTA 15
INDUSTRIALIZAÇÃO
PROJETO DA FÁBRICA DE RAÇÃO NASCEU PARA AUMENTAR A
RENDA DOS ASSOCIADOS COM A INDUSTRIALIZAÇÃO DO MILHO
a venda do milho, passaremos a
faturar R$ 280 milhões. Dinheiro
a mais que vai para o cooperado.
Podemos remunerá-los melhor”,
afirma.
Galinari diz que a Coamo
está no mercado de rações
há alguns anos, com a produção
em indústria terceirizada.
“Os produtos levam o nome
Coamo, mas são produzidos em
outras fábricas. Agora, teremos
a nossa indústria de ração, realizando
todo o processo desde
o recebimento do milho até a
entrega para a comercialização
da ração”, comenta.
Apresentação do projeto para o prefeito de Campo Mourão, Tauillo Tezelli
A Coamo é um patrimônio do Paraná, nos orgulha
com seu trabalho. Apoiamos projetos bons e
vitoriosos, aqueles que temos certeza de que vão
crescer e gerar emprego e renda. É a soma de um
bom investimento do Estado com um bom investimento
da Coamo, em que todos ganham. Vamos
estudar uma maneira de viabilizar a operação.
Ratinho Junior, governador do Paraná
Investimento é sempre uma boa notícia para a
cidade. Todos conhecem a importância da Coamo
não apenas para Campo Mourão como para o
Brasil, e agora anuncia mais um empreendimento
que começa gerando vários empregos desde a
construção e vai colaborar com a arrecadação de
impostos do município, emprego e renda.
Tauillo Tezelli, prefeito de Campo Mourão
16 REVISTA
Maio2021
Com a agroindustrialização,
Coamo agrega mais valor
Fundada em 1970, a Coamo
completou em novembro de
2020, 50 anos de existência e a
agroindustrialização faz parte
da história da cooperativa. O
processo de industrialização na
Coamo começou em 1975 com a
implantação do moinho de trigo.
Seis anos mais tarde, em 1981,
entrou em funcionamento a primeira
indústria de processamento
de óleo de soja. Na sequência
vieram, em 1985, a fiação de algodão;
1990, a indústria de processamento
de soja e Terminal
Portuário em Paranaguá; 1996,
refinaria de óleo de soja; 1999,
indústria de hidrogenação; 2000,
fábrica de margarina e gordura
vegetal; 2009, torrefação e moagem
de café, e 2015 novo moinho
de trigo. Em novembro de
2019, a cooperativa inaugurou
em Dourados (MS), duas novas
indústrias de processamento e
refinaria de óleo de soja.
Originados nos campos
dos cooperados, os grãos que
chegam até as indústrias da Coamo
são processados e ampliam a
renda dos cooperados gerando
mais qualidade de vida no campo,
além de garantir divisas para
o país. “Quem tem indústria pode
possibilitar uma margem maior e
até pagar mais com a venda do
produto industrializado”, afirma
o presidente do Conselho de
Administração da Coamo e Credicoamo,
José Aroldo Gallassini.
Moinho de trigo é uma das indústrias mantidas pela Coamo
Segundo Gallassini,
desde o início da aprovação
e funcionamento das suas indústrias,
a Coamo pensou em
industrializar os produtos in
natura para agregar valor à produção
dos cooperados com a
venda no mercado interno ou
externo. “É preciso que as indústrias
sejam viáveis, e é isso
que acontece. Temos satisfação
e orgulho em ver os produtos
acabados com a marca Coamo
nos mercados e estabelecimentos
de vários Estados brasileiros
e sendo exportados para várias
partes do mundo, como é o
caso da soja”.
Maio/2021 REVISTA 17
O GRÃO
DE OURO
Na cadeia produtiva da Coamo, a soja é
destaque. A oleaginosa está no sistema
de produção do campo até à mesa do
consumidor, e do Brasil para o mundo
A
soja é o carro chefe da produção de alimentos
do Brasil, maior produtor e exportador mundial
desta oleaginosa. Dela se extrai o farelo,
ingrediente para nutrição animal e o óleo na produção
de bens de consumo para cozinha, medicamentos,
biodiesel. Além disso, o país tem condições climáticas
e biológicas favoráveis que garantem a produção de
um grão rico em proteína e, por isso, cobiçado pelo
mercado externo. Nesta edição da Revista Coamo,
a soja é a protagonista, dando continuidade à série
“Do campo à mesa”. Essa é a terceira reportagem. Em
edições anteriores já foram apresentados o café e o
trigo. Grãos que fazem parte da cadeia produtiva da
Coamo, desde a lavoura até à industrialização.
No Brasil, a soja impulsiona as exportações do
agro e no cooperativismo o crescimento de milhares
de pessoas. É a união de várias mãos de agricultores
que produzem com sustentabilidade e em espírito
de cooperação. Uma destas mãos é do cooperado
Luiz Carvalho da Coamo de Ivaiporã (Centro-Norte
do Paraná). “Não existe nada mais gratificante do que
produzir alimentos. Lógico que todo mundo gosta do
lucro, mas primeiramente eu trabalho pelo prazer de
produzir, em saber que o meu grão irá alimentar outros
brasileiros e chegará em outros países.”
Com o coração tomado pelo cooperativismo,
Luiz Carvalho afirma que sabendo da responsabilidade
que tem por ser produtor de alimentos, procura
trabalhar com sustentabilidade e se aperfeiçoando
constantemente para adotar as novas tecnologias.
18 REVISTA
Maio2021
DO CAMPO À MESA
“A cooperativa me oferece toda estrutura e
assistência técnica. Além disso, eu produzo
sementes para a Coamo, o que é uma grande
responsabilidade. A ideia do cooperativismo é
muito forte em mim. Precisamos dessa parceria,
comprometimento e união, além de adotar
as melhores práticas para garantir um grão de
qualidade”, afirma.
Para Luiz Carvalho é a cooperativa que
oferece todo o suporte para que ele possa
crescer cada ano. “A próxima safra já está planejada.
No cooperativismo nos preparamos
com antecedência, o que nos permite trabalhar
de uma forma dinâmica e segura. Com o
apoio da Coamo tenho tranquilidade para fazer
o que gosto: produzir alimentos.”
Cooperado Luiz Carvalho, de Ivaiporã, sabe da responsabilidade de produzir alimentos
Primeira etapa, do processo de qualidade
Logo que chega nas indústrias, soja recebe todos os cuidados para a industrialização
Uma safra dura alguns
meses e o resultado desse trabalho
é entregue nas unidades da
Coamo. Uma relação de confiança
entre cooperado e cooperativa,
que garante o sustento de milhares
de famílias e a continuidade do
ciclo de produção de alimentos.
“Temos muito cuidado com a soja
que recebemos dos cooperados.
Primeiro separamos e classificamos.
Depois, ela é armazenada
adequadamente, com controle de
temperatura e umidade. Isso para
termos uma matéria-prima de
qualidade para ser industrializada,
agregando valor ao que vem dos
campos dos associados”, afirma
Wagner Pescador, gerente da Indústria
de Óleo de Campo Mourão.
Wagner explica o processo
da soja. “A industrialização começa
com a preparação da soja.
Ela é quebrada por meio de equipamentos
chamados quebradores.
Na sequência, vem o peneiramento
e a aspiração, onde se
separa a polpa da soja da casca,
que é moída e peletizada. Esse
é o primeiro produto que pode
ser adquirido como fonte de fibra
para consumo animal. A polpa,
que é fonte de proteína, após laminada
é levada para o processo
de extração do óleo. Desse
processo saem dois produtos: o
farelo de soja, também fonte de
proteína animal, e o óleo, que
é matéria-prima para indústria,
Maio/2021 REVISTA 19
DO CAMPO À MESA
NO BRASIL, A SOJA É A PROTAGONISTA DO AGRONEGÓCIO, GARANTINDO AO
PAÍS O PÓDIO MUNDIAL NA EXPORTAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DO PRODUTO
como óleo refinado ou gordura.”
Da soja que é industrializada,
aproximadamente 70%, se
transforma em farelo, 20%, se torna
óleo e, de 5 a 6%, casca. “O maior
volume do nosso farelo é exportado,
uma parte fica no mercado interno
para grandes clientes, e outra
parte o cooperado adquire a granel
ou em sacarias de 50kg disponíveis
em todos os entrepostos da Coamo”,
explica Wagner Pescador.
Segundo Alexandro Cruzes,
gerente Geral das Indústrias de óleo,
a cooperativa está sempre atenta ao
mercado e buscando melhorias em
processos, tecnologias e treinamento
de funcionários. “Estamos sempre
aprendendo e procurando atender
aos anseios de nossos clientes. Nosso
foco está na melhoria contínua.
As três indústrias de Campo Mourão,
Paranaguá e Dourados, contam
com tecnologia de ponta. Investimos
também na capacitação dos
funcionários. A filosofia da Coamo
é de nunca se acomodar. Nossa responsabilidade
é grande, pois precisamos
cuidar da produção de quase
30 mil famílias.”
Wagner Pescador, gerente da Indústria de Óleo de CM
Alexandro Cruzes, gerente Geral das Indústrias de Óleo
Soja in natura Soja quebrada Casca de soja Soja laminada Soja expandida
20 REVISTA
Maio2021
Indústria de soja em Dourados
Todos os anos a Coamo investe em melhorias nos processos
para dar mais qualidade e segurança aos produtos e continuar
competitiva. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, desde 2019,
a Coamo conta com um moderno complexo industrial. As novas
indústrias produzem farelo, óleo bruto e óleo refinado de soja. “Estas
indústrias permitiram expandir a presença da cooperativa no
mercado brasileiro com óleo refinado e, também, ampliar a nossa
participação no mercado europeu com farelo de soja”, afirma o gerente
Industrial, Emerson Mansano.
O diretor Industrial da Coamo, Divaldo Correa, destaca a
escolha da região de Dourados para instalação. “O volume de soja
recebido pela Coamo no Mato Grosso do Sul comportou a instalação
de uma moderna indústria esmagadora de soja e de uma
refinaria de óleo de soja, reduzindo o custo com o transporte do
produto já industrializado ao invés de transportá-lo in natura para
a industrialização em Campo Mourão ou em Paranaguá”, pondera.
As indústrias de óleo e refinaria de óleo de soja foram construídas
à margem da BR 163, entre Dourados e Caarapó, com investimento
superior a R$ 780 milhões e capacidade para processamento
de 3.000 toneladas/dia de soja, produção de farelo de soja e uma
refinaria para 720 toneladas/dia de óleo de soja, equivalente a 15 milhões
de sacas. “Com as indústrias de Dourados, somados aos outros
dois parques industriais, a Coamo ampliou a capacidade de processamento
de soja para 8.000 toneladas/dia e a de refino para 1.440
toneladas/dia de óleo de soja refinado”, revela Divaldo Correa.
De acordo com ele, com as novas indústrias, a Coamo
passou a esmagar 40 milhões de sacas de soja por ano. “Isso representa
quase a metade da soja recebida pela Coamo. Crescemos
também na produção de alimentos abrindo mais mercado no
Mato Grosso do Sul e interior de São Paulo, deixando a Coamo
mais competitiva na atividade alimentícia.”
Complexo industrial da Coamo em Dourados (MS)
Casca de soja moída e peletizada Lex (lâmina extraída) Farelo de soja Óleo bruto Óleo degomado
Maio/2021 REVISTA 21
DO CAMPO À MESA
Sinergia industrial
Coamo está presente em Paranaguá (PR) desde 1990
A indústria de óleo da
Coamo em Paranaguá tem capacidade
para produzir 2.000 toneladas/dia.
Segundo o gerente do
complexo, Lincoln de Negreiros
Teixeira, o parque fabril garante
a força industrial da cooperativa.
“Estamos na cidade e, por isso,
a Coamo tem um rígido controle
sobre a geração de efluentes,
emissão atmosférica e controle
de particulados. Estamos em sinergia
com o terminal portuário,
pois temos uma estrutura de
manutenção para a indústria que
ajuda no terminal. Produzimos
380 toneladas/dia de óleo degomado
e 100 toneladas/dia de
casca de soja peletizada.”
Para a melhoria contínua
da indústria que agrega valor à
produção dos cooperados, estão
previstas algumas melhorias.
“Já estão aprovados investimentos
na degomagem enzimática,
no silo de recebimento de soja
Úmida de 6.825,00 toneladas e
no sistema de moagem para resíduo
de 4,5mm. Tudo isso, para
que a produção dos agricultores
seja cada vez mais valorizada”,
destaca o gerente da indústria
de óleo em Paranaguá.
Produção verticalizada
O óleo de soja também é
matéria-prima para as fábricas de
refinaria e hidrogenação da cooperativa.
A indústria refina esse
óleo, o tornando sensorialmente
mais atrativo ao consumo humano
ou hidrogenando para industrialização
de margarinas e gorduras.
“O óleo degomado passa
por três etapas que chamamos
de neutralização, branqueamento
e desodorização. Na primeira
etapa, neutralizamos o óleo baixando
sua acidez. Seguindo depois
para a segunda etapa que é
o branqueamento, onde o óleo
ficará mais claro em relação ao
óleo degomado. Por fim, vem a
desodorização, que consiste em
Óleo de Soja Refinado Coamo passa por várias etapas até ser envasado e comercializado ao consumidor
retirar componentes voláteis do
óleo. Após essas três etapas, ele
está pronto para ser envasado
a granel ou em garrafas pet de
900ml”, explica o gerente Industrial
de Alimentos, Wellington
Brianezi Cavazzani.
A cadeia da gordura inicia
com o óleo branqueado. “O
produto degomado passará na
refinaria pelo processo de neutralização
e branqueamento.
22 REVISTA
Maio2021
Margarinas Coamo
Gorduras Vegetal Coamo
Depois seguirá para a rota de
gordura. Esse óleo será hidrogenado
totalmente e interesterificado,
se tornando gordura. A
partir desse momento, a gordura
formada passará pelo desodorizador
e será estocada nos tanques
de processo. Assim, estará
apta para ser matéria-prima para
a fabricação das margarinas, que
consistem na mistura de óleos
líquidos e gorduras”, explica Cavazzani.
O processo de industrialização
permite que se produza
gorduras e margarinas com diversas
finalidades. “A Coamo tem
gordura para fazer bolo, balas,
confeitos, panetones, sorvetes.
O que determina cada aplicação
são algumas características. Uma
gordura de fritura, por exemplo,
precisa ser mais líquida e pastosa,
porque será aquecida para o
processo de fritura. Já a gordura
de uma massa, recheio ou biscoito,
precisa ter uma característica
que chamamos de maleabilidade,
tem que ter um ponto onde
você consegue manusear essa
margarina ou gordura para que
se incorpore com os demais ingredientes
de uma forma mais
uniforme.”
Esses produtos são comercializados
nas linhas industrial
e varejo por meio da marca
Coamo, totalizando 15 tipos de
margarinas, vendidas em potes
de 500 gramas, baldes de 14,5
kg, caixas de 24 kg e sachê de 1
kg. Já as gorduras contam com
27 tipos, também em baldes de
14,5 kg, caixas de 24 kg, sachê
Wellington Brianezi Cavazzani, gerente Industrial de Alimentos
de 500 gramas e a granel. “A
Coamo está presente com sua
linha alimentícia em todas as regiões
do Brasil - Paraná, Santa
Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio
Grande do Sul, São Paulo, Minas
Gerais, Espírito Santo e alguns
Estados do Norte e Nordeste - e
alguns países da América Latina.
É a produção dos cooperados
da Coamo na mesa de milhares
de famílias”, afirma o gerente Comercial
de Alimentos, Wagner
Schneider.
Maio/2021 REVISTA 23
DO CAMPO À MESA
Cooperando com a soja
No cenário cooperativista,
essa produção ganha
força. São milhares de agricultores
que se unem para encher
navios e levar a força da cooperação
para diversos países
do mundo. No Brasil, em 2020,
foram exportadas 82 milhões
de toneladas de soja, e desse
total, o Paraná respondeu por
13 milhões. Já os cooperados
da Coamo exportaram três milhões
de toneladas, ou seja,
3,6% de toda soja exportada
pelo Brasil saíram dos campos
dos quase 30 mil associados da
Coamo, presentes no Paraná,
Santa Catarina e Mato Grosso
do Sul.
Segundo o gerente Comercial
de Produtos Agrícolas
da Coamo, Fernando Domingues
Bosqueiro, o Brasil vem
ganhando espaço no mundo
como produtor e exportador de
alimentos. “Quebramos o recorde
de maior exportador global
há alguns anos. Já o recorde de
maior produtor de soja mundial
foi em 2020, quando passamos
os Estados Unidos. Esses feitos
só foram possíveis graças a disponibilidade
de terras agricultáveis
e sobretudo a qualidade
do agricultor, que se uniu à pesquisa
e trouxe tecnologia para o
campo, possibilitando o aumento
de produtividade. Em 2020,
o agricultor brasileiro foi o que
mais tirou soja do campo por
hectare, superando americanos
e argentinos.”
Produto de qualidade
Outro ponto chave é a
qualidade da soja brasileira ser
bem-vista no mundo todo. “Temos
o grão com o maior teor
de proteína quando comparado
com outros países produtores.
O mercado asiático é o principal
comprador e paga um ágio para
a soja brasileira em relação à soja
norte-americana. Já a soja argentina,
eles compram simplesmente
para manter o estoque
governamental, mas a preferência
é sempre pela soja brasileira.
Nossa soja tem um teor de proteína
ao redor de 34% por cento,
a americana 33% e a Argentina
32%”, afirma Bosqueiro, acrescentando
que o maior mercado
para a soja em grão é a China.
“Os chineses querem industrializar,
por isso, importam o grão e
produzem óleo e o farelo para
utilizar na cadeia doméstica deles.”
Segundo Fernando,
quando se fala dos derivados de
soja, frutos da industrialização e
geração de valor e empregos na
cadeia, os cooperados podem
se sentir ainda mais animados.
“No esmagamento de soja, acabamos
sendo até mais representativos
no contexto nacional,
abrem-se duas vertentes, o farelo
e óleo de soja. No caso do
óleo de soja, o maior consumidor
dos cooperados da Coamo
é o mercado nacional, chegando
ao lar de 20 milhões de brasileiros
por meio do óleo refinado
e das margarinas. O óleo de
soja acaba ficando 75% no mercado
nacional para consumo
Fernando Domingues Bosqueiro, gerente Comercial de Produtos
Agrícolas da Coamo, e Rogério Trannin de Mello, diretor Comercial da Coamo
24 REVISTA
Maio2021
A Coamo respondeu em 2020 por 4,4% da produção nacional de
soja. São milhares de agricultores que se unem para encher navios
e levar a força da cooperação para diversos países do mundo
doméstico. Uma pequena parte
acaba indo para o biodiesel. O
restante produzimos como óleo
bruto degomado que, também,
vai para o mercado asiático para
consumo humano.”
Farelo de soja
Quanto ao farelo de soja,
a situação é inversa. “A maior parte
é exportada para o mercado
europeu, cerca de 80%, pois nosso
farelo também tem mais proteína.
O norte da Europa exige
uma qualidade de farelo maior,
então a gente acaba exportando
para lá. No mercado doméstico,
fica 20%, para a produção de
carne de marcas tradicionais e
renomadas do Brasil”, explica o
gerente Comercial de Produtos
Agrícolas da Coamo.
O diretor Comercial da
Coamo, Rogério Trannin de Mello,
acrescenta que os consumidores,
nacional e internacional,
conhecem o diferencial que a
Coamo tem para oferecer. “Estamos
presentes desde a escolha
da semente, prestamos assistência
técnica ao cooperado do
plantio até a colheita, com todos
os cuidados e boas práticas de
fabricação. Realizamos um trabalho
com toda a segurança que o
consumidor procura. Da terra até
a mesa do consumidor, existe um
cuidado especial”, garante.
Sistema sustentável
O sistema brasileiro de cultivo de soja depende de tecnologias
ambientalmente amigáveis e sustentáveis, como plantio direto e manejo
integrado de pragas. O Brasil é líder mundial na produção de soja, pois
é polo no desenvolvimento de tecnologias. “O sistema de plantio direto
ocupa 100% da área de soja. É um sistema diferenciado de manejo do
solo, o que facilita a possibilidade de ter até três safras durante o ano.
A região de Campo Mourão é a segunda (1973) na história do Plantio
Direto no Brasil”, recorda o diretor de Suprimentos e Assistência Técnica
da Coamo, Aquiles Dias.
Por falar em safra, na de 2019/20 o Brasil produziu cerca de 125
milhões de toneladas de soja, com a ocupação de aproximadamente 37
milhões de hectares de área plantada, conforme demonstra o estudo
da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apresentado
em setembro de 2020. Além disso, o Produto Interno Bruto (PIB) do
agronegócio brasileiro avançou 24,31% em 2020, frente a 2019, e
alcançou participação de 26,6% no PIB brasileiro.
Maio/2021 REVISTA 25
Felipe Pereira Laurentino e Luan
Carlos de Oliveira, funcionários
do Parque Industrial da Coamo
em Campo Mourão (PR)
PROTAGONISTAS DO CRESCIMENTO
PESSOAL, SOCIAL E PROFISSIONAL
Mais de oito mil funcionários colaboram para o desenvolvimento
do cooperativismo em benefício de milhares de famílias
No dia a dia, os mais de oito
mil funcionários da Coamo
Agroindustrial Cooperativa
nas áreas Administrativa,
Técnica, Operacional, Industrial e
Comercial dão o seu melhor para
atender os quase 30 mil cooperados
nos 71 municípios da área de
ação da cooperativa em regiões
produtoras do Paraná, Santa Catarina
e Mato Grosso do Sul.
Uma política de desenvolvimento
coordenada pela área
de Recursos Humanos, busca o
aprimoramento tanto pessoal
como profissional, para a melhoria
contínua nos processos e
soluções. Os colaboradores têm
oportunidades de crescimento
em diferentes funções e, uma vez
preparados, vão assumindo novos
cargos e acompanhando o
desenvolvimento da cooperativa.
Assim, os funcionários
são protagonistas além do dia
a dia da labuta, vão mais além.
Como consumidores nas suas
regiões, ajudam a impulsionar a
economia e o comércio de suas
cidades. Também estão a frente
como cidadãos do bem comum,
atuando como voluntários na
sociedade, seja nas paróquias
e igrejas, ou como membros de
escolas, clubes de serviços e entidades
beneficentes.
Onde quer que estejam,
são reconhecidos como membros
do cooperativismo e carregam o
sobrenome da sua cooperativa e
da sua identidade, com valores e
princípios difundidos ao longo de
cinco gerações, não só para eles
funcionários, mas para seus familiares
e a própria comunidade.
26 REVISTA
Maio2021
VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL
Cadeia de valores
O presidente da Associação
Comercial e Industrial de
Campo Mourão (Acicam), Ben-
-Hur Berbet, é um entusiasta do
cooperativismo e revela o quanto
este movimento ajuda nas comunidades
que possuem a força
de uma cooperativa. “A Coamo
por meio dos seus cooperados
e funcionários, é um motivo de
orgulho para os empresários e
tenho certeza, para todas as regiões
que contam com uma de
suas unidades, pois onde tem
Coamo tem progresso e desenvolvimento,
e o comércio agradece
o prestígio e a participação
da família cooperativista.”
Segundo Berbet, o funcionário
da Coamo carrega consigo
o nome da cooperativa,
por isso, ele é muito bem-visto.
“Quando o colaborador diz que
trabalha na Coamo ou mostra
Ben-Hur Berbet, presidente da Associação Comercial de Campo Mourão
seu crachá, pode comprar e o
comércio pode vender tranquilamente,
com a certeza de que irá
receber no dia do vencimento”.
Ele acrescenta que há muito tempo
ouve dos empresários que os
funcionários são exemplos de
honestidade, devido aos valores
repassados pelo Dr. Aroldo e diretoria.
“Os valores transmitidos
aos colaboradores se transformaram
em uma grande cadeia
de honestidade, fruto de um
cooperativismo bem-feito, e isso
é percebido pelos empresários.
Então, o cooperativismo, além de
empregos, gera renda, confiança
e segurança.”
Aumento de empregos
Os últimos 14 meses
foram diferentes e muita coisa
mudou no mundo. No cooperativismo
também. O agronegócio
foi considerado atividade essencial
e não parou, pois produz alimentos
e teve que se organizar
ainda mais com seus comitês
para promover ações que ajudaram
cooperados, funcionários e
familiares, além da comunidade,
no combate ao vírus mortal do
Covid -19.
A Coamo mantém, desde
o início, ações preventivas no
ambiente da cooperativa para
o trabalho dos funcionários e o
atendimento dos cooperados,
em observância as normas da
segurança sanitária e as determinações
do Comitê de Prevenção
por meio de um Plano
de Contingência. A cooperativa
orienta, conscientiza e comunica
regularmente por meio de seus
canais à família cooperativa e a
Antonio César Marini, gerente de Recursos Humanos
Maio/2021 REVISTA 27
VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL
COLABORADORES TÊM OPORTUNIDADES DE CRESCIMENTO EM DIFERENTES
FUNÇÕES PARA ASSUMIR NOVOS CARGOS E SE DESENVOLVEM COM A COAMO
comunidade, a importância dos
cuidados, de se evitar aglomerações,
do uso de máscara e do
álcool gel.
Mesmo diante de um cenário
nunca visto, por outro lado,
o crescimento da Coamo em face
do seu planejamento estratégico,
do bom momento do agronegócio
com grandes volumes e bons
preços, provocou aumento no
número de funcionários em dezenas
de unidades. “Foram 185
novos empregos gerados desde
março de 2020 na Coamo e Credicoamo
em função dos novos
investimentos”, informa Antonio
César Marini, gerente de Recursos
Humanos.
Mesmo diante de um cenário nunca visto, o crescimento da
Coamo aumentou o número de funcionários nas unidades
Centenas de oportunidades
Ao longo de cada ano, centenas de
funcionários são convidados a participar
de processos seletivos, resultado das indicações
na Avaliação de Desenvolvimento
e política de aproveitamento interno da
cooperativa. “A Coamo acredita e investe
na sua força laboral, e a cada trimestre são
muitos os promovidos em diferentes funções
nas áreas diversas da empresa, que
proporciona o desenvolvimento de carreira.
Como resultado, é grande o número de
chefias e gerentes que iniciaram sua jornada
profissional em outros cargos, inclusive
aprendiz, e cada um tem uma história de
luta, vontade, disciplina e determinação”,
informa Marini.
O técnico de Operações Financeiras,
Jean Alberto dos Santos, está na cooperativa
há 15 anos, mas cresceu ouvindo
falar da Coamo em seu lar, haja vista que
seu pai, durante muitos anos, exerceu a
função de motorista. “Comecei na Coamo
como aprendiz em outubro de 2005 na Secretária
Executiva, após fui para o departamento
de Análise de Crédito, onde fui efetivado
e fiquei 12 anos. Em maio de 2018,
recebi a oportunidade de ser promovido
para a área de Mesa Financeira na gerência
28 REVISTA
Maio2021
Financeira, na função de técnico
de Operações Financeiras”, comemora
Jean Alberto.
Ele é testemunha de que
a cooperativa oferece oportunidades.
“Para mim, a Coamo é uma
empresa sólida, é referência de
sucesso e um exemplo de que o
cooperativismo pode transformar
a vida das pessoas, seja dos funcionários,
dos cooperados e das famílias.
Quem está no cooperativismo
faz parte de um time vencedor.”
Jean Alberto dos Santos, técnico de Operações Financeiras está no cooperativismo há 15 anos, mas cresceu
ouvindo falar da Coamo em seu lar, haja vista que seu pai, durante muitos anos, exerceu a função de motorista
MAIS DE 30 MIL PARTICIPAÇÕES EM TREINAMENTOS
Durante a pandemia, as ações presenciais foram suspensas e os cursos e treinamentos passaram a ser realizados de forma virtual
Maio/2021 REVISTA 29
VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL
Sistema "sem meias verdades"
O atual gerente do entreposto da Coamo
em Candói (PR), Fernando Américo Valim Sagioneti,
lembra muito bem dos seus primeiros anos
de Coamo. “Fui contratado como atendente de
Cooperados em 2005, na cidade de Ivaiporã, e
quatro anos depois participei da primeira turma
de Jovens Talentos (programa criado pela Coamo
para descobrir funcionários com potencial
para crescer na empresa) e fui promovido a assistente
de Controle Administrativo em Candói, depois
a encarregado de Distribuição em São Domingos
(SC) e Manoel Ribas (PR), e em 2019 fui
promovido a gerente de entreposto”, relata. Ele
destaca um dos fortes valores do sistema cooperativista.
“O cooperativismo é uma organização
exemplar, com transparência e honestidade, nele
não encontramos meias verdades ou ações duvidosas,
por isso é um orgulho ser cooperativista.”
Fernando Américo Valim Sagioneti, de Candói (PR)
Qualidade de vida
Enio Reinaldo Tobaldini, alcançou este ano a marca dos 40 anos de serviço
Anualmente, por meio do Programa Tempo de Casa, a
Coamo valoriza e reconhece o trabalho dos seus funcionários que
completam 10, 20, 30 e 40 anos de empresa. É uma forma de parabenizar
e incentivar todos os colaboradores.
Dezenas de funcionários alcançam todo ano a marca dos
40 anos de serviço. Um deles, que completou em maio deste ano,
é o encarregado Operacional da Coamo em Toledo, Enio Reinaldo
Tobaldini. Ele faz questão de partilhar os frutos oriundos desse
trabalho no cooperativismo. “A Coamo representa uma vida toda.
Aqui formei minha família, construí minha história e fiquei conhecido
como o ´seu’ Enio da Coamo. Estar na Coamo há 40 anos é um
grande orgulho, quando entrei ela tinha dez anos. Aqui trabalhei,
cresci e pude dar tranquilidade e conforto para minha família, criar
e formar meu filho médico (Leandro) e minha filha doutora em Fisiologia
Humana (Glaucia)." Ele se sente honrado em fazer parte
dos funcionários da Coamo. “É uma empresa sólida, com princípios
e que preza pela honestidade, princípios estes que um dia
meu pai e minha mãe também me ensinaram.”
30 REVISTA
Maio2021
Vanessa Carla Kelniar, gerente da Agência da Credicoamo em Toledo (PR)
Função social com conhecimento
A história de Vanessa Carla
Kelniar no cooperativismo teve
início em setembro de 2013 na
Credicoamo em Campo Mourão,
na função de caixa. Na mesma
agência, um ano depois ela foi
promovida a encarregada Adjunta
do Setor Crédito e nos anos seguintes
vieram novas promoções
para encarregada dos setores de
Seguros em 2016, e Administrativo
em 2019.
Em janeiro deste ano,
Vanessa assumiu a função de
gerente de agência na Credicoamo
em Toledo e comemora esta
conquista. “Sinto-me realizada e
feliz, pois na Credicoamo temos
oportunidades de crescimento. A
gente valoriza o padrão cultural e
os valores.” Segundo a gerente,
o cooperativismo desempenha
uma função social importante
aos associados para sua melhoria
na condução e investimentos no
seu negócio. “Quando atendemos
os associados, oferecemos
conhecimento e as soluções para
suas necessidades. Com toda
essa gama de serviços e filosofia
é fácil defender a bandeira do
cooperativismo.”
De atendente a diretor
O diretor de Logísticas e
Operações da Coamo, Edenilson
Carlos de Oliveira, é outro bom
exemplo da política da Coamo na
valorização dos pratas da casa. Antes
da sua promoção para o cargo
atual, em fevereiro de 2020, quando
da implantação da Governança
Corporativa na cooperativa, ele
exercia a função de gerente de Produtos
Agrícolas. Mas, sua trajetória
foi iniciada em 1992, no entreposto
de Iretama, na função de atendente
de Cooperados. Depois,
aproveitando as oportunidades
oferecidas pela Coamo trabalhou
em diversas unidades nas áreas
de atendimento e fornecimento
de Insumos, Distribuição de Insumos,
e como gerente de Entrepos-
Diretor de Logística e Operações da Coamo, Edenilson Carlos de Oliveira
to. “Na Coamo, com dedicação e
profissionalismo, os funcionários
conquistam seus espaços e crescem
junto com a cooperativa e
ajudam o cooperativismo ser melhor
a cada novo dia. Sinto admiração,
orgulho e gratidão à Coamo,
pelo seu jeito simples, correto e
sua filosofia de bons princípios
que colaboram para reconhecer
os talentos internos e gerar inúmeras
oportunidades para as promoções
constantes nas atividades da
cooperativa.”
Maio/2021 REVISTA 31
VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL
Em prol do bem comum
Nas ações comunitárias nos municípios da
Coamo sempre houve a presença de funcionários da
Coamo. E de forma natural, espontânea. Seja por meio
de atividades do Programa de Qualidade 5S, implantado
na cooperativa há 25 anos, ou pela participação dos
funcionários em clubes de serviços ou entidades beneficentes,
religiosas ou filantrópicas. “Estar presente em
clube de serviço ou entidade agrega muito valor, não
só profissional como pessoal. É uma excelente oportunidade
pra gente conhecer, discutir e agir para mudar a
realidade e ajudar o próximo. É essencial saber e sentir
o que os outros sentem”, afirma Edilson Duarte de Aquino,
gerente da cooperativa em Quinta do Sol, que há
nove anos é membro do Rotary Clube. Segundo ele, os
valores que o cooperativismo ensina e pratica, são importantes
para mostrar e propagar junto à comunidade.
“O espírito de solidariedade e união e a ideia de praticar
o bem comum, são praticamente iguais, tanto na
cooperativa como no trabalho voluntário, não importa
o local. Além de contribuir com as pessoas e a sociedade,
a gente se realiza e aprende sempre.”
Edilson Duarte de Aquino, gerente da Coamo em Quinta do Sol
EVENTOS REALIZADOS PELOS COOPERADOS NO DIA DE COOPERAR
32 REVISTA
Maio2021
Atuação sustentável
Para o presidente Executivo da Coamo,
Airton Galinari, a Coamo é a ‘Casa do Cooperado’,
e o trabalho desenvolvido pela nossa
equipe de funcionários leva aos cooperados
a infraestrutura, conhecimento, informação de
mercado, tecnologias e o desenvolvimento,
com segurança para produzir de forma sustentável.
“O nosso compromisso está definido em
nossas Diretrizes Corporativas e trabalhamos
diariamente para cumprir a missão de gerar
renda aos cooperados, com profissionalismo e
inovação em nossa atividade.”
Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo
DIRETRIZES CORPORATIVAS
As diretrizes apresentam as políticas, princípios e costumes que orientam e direcionam a maneira de administrar a Coamo.
Elas refletem a personalidade, imagem e cultura, e devem marcar o jeito de ser, de pensar e agir no dia a dia da cooperativa.
Maio/2021 REVISTA 33
VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL
Atendimento 100%
Cooperado Abbas Aly Ayoub
“Graças a Deus estou
muito contente com o cooperativismo,
do qual faço parte há
47 anos. Sou cooperativista com
orgulho. Na Coamo sou bem
atendido e posso dizer que o
atendimento é 100%, com funcionários
bem preparados, profissionais
atenciosos, que fazem
da Coamo a minha família”, comemora
o cooperado Abbas
Aly Ayoub, de Campo Mourão.
O produtor agradece
a administração da cooperativa
pelos resultados satisfatórios
nesses anos todos. “Se não fosse
o cooperativismo não teria conquistado
tudo o que tenho e sou.
Ele ajuda a transformar a vida
de todos. Quanto mais participo
mais cresço e sou feliz, por isso
temos que ser 100% Coamo.”
Trabalho reconhecido
O diretor Administrativo
e Financeiro da Coamo, Antonio
Sérgio Gabriel, comemora os resultados
e o crescimento dos colaboradores.
“Ficamos felizes em
ver o protagonismo dos nossos
funcionários, eles mostram seus
talentos e buscam aprimorar as
suas qualidades e se preparam
para as oportunidades, sempre
pensando em crescer no aspecto
pessoal e profissional.” Antônio
Sérgio destaca que um dos pilares
da empresa são os funcionários.
Diretor Administrativo e Financeiro da Coamo, Antônio Sergio Gabriel
“Investimos no desenvolvimento
e incentivamos para que estejam
engajados e satisfeitos, pois assim
seremos cada vez mais fortes.
Também valorizamos os familiares
nos diversos eventos."
O “S” que faz o desenvolvimento
Desde 21 de setembro
de 1999, os cooperativistas paranaenses
passaram a ter um
apoio para a promoção de ações
de monitoramento e programas
de formação para dirigentes,
funcionários e cooperados. Desde
então, a criação do Serviço
Leonardo Boesche,
superintendente do Sescoop-PR
34 REVISTA
Maio2021
Nacional de Aprendizagem do
Cooperativismo no Estado do
Paraná (Secoop-PR) mudou para
melhor a vida de milhares de
pessoas, com formação, valorização
e melhorias das condições
de vida. "O Cooperativismo
sempre se preocupou com
a formação de pessoas, e estas
formam as cooperativas. Nos
últimos 10 anos, saltamos de
4.344 eventos para 5.571 e capacitamos
mais de 145 mil pessoas,
contra os 129 mil em 2011.
Os investimentos superam R$ 23
milhões e resultaram em mais de
76 mil horas de ensinamentos e
desenvolvimento em cursos e
treinamentos”, explica Leonardo
Boesche, superintendente do
Sescoop-PR.
Opção do Cooperativismo
José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar
Gerar oportunidades de renda e desenvolvimento
aos cooperados, cooperativas e comunidades
sempre foi uma opção do cooperativismo.
O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken,
reitera que este é o compromisso da organização
que comemorou em abril de 2021 seus 50 anos
de existência. “Onde há uma cooperativa bem estruturada,
há progresso e desenvolvimento. Sempre
com muita organização e responsabilidade com as
pessoas e com o ambiente onde vivemos. Sabemos
que temos muitos desafios, mas temos esperanças
em dias melhores, que nos animam e nos levam a
acreditar no futuro.”
Sintonia perfeita
O idealizador da Coamo, José Aroldo
Gallassini, presidente do Conselho de Administração
da Coamo e Credicoamo, ensina que o
cooperativismo é uma filosofia de vida e melhora
a vida de quem dele participa. “Desde o início, a
Coamo existe para facilitar a vida dos cooperados
e oportuniza produtos e serviços, que sozinhos
eles não teriam disponíveis ou se tivessem,
teriam grandes dificuldades. Com o apoio dos
funcionários, vivemos uma sintonia que é demonstrada
no dia a dia em uma relação de confiança e
credibilidade, juntamente com os cooperados e
diretoria para a realização dos objetivos sociais e
econômicos, buscando resultados para todos.”
José Aroldo Gallassini, presidente do Conselho
de Administração da Coamo e Credicoamo
Maio/2021 REVISTA 35
Soluções BASF para
o Trigo. Seu Legado
mais produtivo.
Conheça as soluções integradas BASF para o trigo e potencialize
a produtividade e a qualidade da sua lavoura.
PRODUTOS:
Tratamento de Sementes
Standak ® Top
Herbicidas
Heat ®
Basagran ® 600
Finale ®
Inseticidas
Nomolt ® 150
Imunit ®
Fastac ® Duo
Fungicidas
Abacus ® HC
Ativum ®
Versatilis ®
Brio ®
Opera ® Ultra
Tecnologia
0800 0192 500
BASF.AgroBrasil
BASF Agricultural Solutions
BASF.AgroBrasilOficial
agriculture.basf.com/br/pt.html
blogagro.basf.com.br
BASF na Agricultura.
Juntos pelo seu Legado.
ATENÇÃO
ESTE PRODUTO É PERIGOSO À SAÚDE HUMANA, ANIMAL E AO MEIO AMBIENTE. USO AGRÍCOLA. VENDA SOB
RECEITUÁRIO AGRONÔMICO. CONSULTE SEMPRE UM AGRÔNOMO. INFORME-SE E REALIZE O MANEJO
INTEGRADO DE PRAGAS. DESCARTE CORRETAMENTE AS EMBALAGENS E OS RESTOS DOS PRODUTOS. LEIA ATENTAMENTE
E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO, NA BULA E NA RECEITA. UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL. RESTRIÇÕES TEMPORÁRIAS NO ESTADO DO PARANÁ PARA OPERA ® ULTRA PARA O ALVO PUCCINIA GRAMINISF. SP.
TRITICIE STANDAK ® TOP PARA O ALVO PYTHIUM SPP. REGISTROS MAPA: OPERA ® ULTRA Nº 9310, ATIVUM ® Nº 11216,
ABACUS 36 ® REVISTA HC Nº 9210, BRIO Maio2021
® Nº 09009, VERSATILIS ® Nº 01188593, NOMOLT ® 150 Nº 01393, IMUNIT ® Nº 08806, FASTAC ® DUO
Nº 10913, HEAT ® Nº 01013, BASAGRAN ® 600 Nº 0594, FINALE ® Nº 0691 E STANDAK ® TOP Nº 01209.
INVESTIMENTO
Novo entreposto em Campo Mourão terá museu e auditório
Em breve, a Coamo
iniciará a construção
do novo
entreposto em Campo
Mourão, que contará
também com auditório
e Memorial para retratar
sua história e evolução.
"Este investimento faz
parte da visão estratégica
da Coamo em atender
cada vez melhor
seus cooperados e ao
mesmo tempo perpetuar
a transformadora
história da cooperativa,
repleta de bons resultados,
com muita evolução
e transformação ao
longo das cinco décadas”,
informa Airton Galinari,
presidente Executivo
da Coamo.
Memorial Coamo 50 anos
Dentro do planejamento de
comunicação dos 50 anos
da Coamo, seguindo todos
os protocolos sanitários, cooperados
e funcionários podem conhecer
o Memorial do Jubileu de Ouro, na
Administração Central da cooperativa.
Estão expostos alguns troféus
e homenagens a reprodução da ata
de fundação da Coamo, o busto do
idealizador José Aroldo Gallassini,
e uma maquete do prédio.
Maio/2021 REVISTA 37
VENÇA A BATALHA CONTRA O AZEVÉM
ANTES MESMO DELA COMEÇAR.
chegou yamato.
Herbicida pré-emergente da IHARA
que não dá chance para a matocompetição.
Melhor controle
contra o azevém
e outras daninhas.
Lavoura no
limpo por mais
tempo e maior
produtividade.
Seletivo e longo
residual.
USE O LEITOR DE QR CODE DO SEU CELULAR
AS DANINHAS VÃO SE RENDER! VEJA
MAIS SOBRE A EFICIÊNCIA DE YAMATO
E PROTEJA SUA PLANTAÇÃO DE TRIGO
YAMATO E AXEEV TECHNOLOGY SÃO MARCAS REGISTRADAS PELA KUMIAI.
ATENÇÃO
ESTE PRODUTO É PERIGOSO À SAÚDE HUMANA, ANIMAL E AO MEIO
AMBIENTE; USO AGRÍCOLA; VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO;
CONSULTE SEMPRE UM AGRÔNOMO; INFORME-SE E REALIZE O MANEJO INTEGRADO DE
PRAGAS; DESCARTE CORRETAMENTE AS EMBALAGENS E OS RESTOS DOS PRODUTOS;
LEIA ATENTAMENTE E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO, NA BULA E NA RECEITA;
E UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.
38 REVISTA
Maio2021
Yamato ® SC
VIA SOLLUS
FOCO NA SEGURANÇA
Via Sollus oferece soluções em seguros, visando a proteção necessária com agilidade
e tranquilidade, sempre em parceria com as cooperativas Coamo e Credicoamo
Criada em maio de 2008,
a Via Sollus Corretora
nasceu com o objetivo
de intermediar o produto seguro,
entre segurado e seguradora,
apresentando melhor
preço e atendimento desde
a contratação até a regulação
dos sinistros. Desde sua fundação,
a corretora vem oferecendo
aos segurados soluções aos
segurados, visando a proteção
necessária com tranquilidade e
segurança, sempre em parceria
com as cooperativas Coamo e
Credicoamo.
O presidente dos Conselhos
de Administração da Coamo
e Credicoamo, José Aroldo
Gallassini, lembra sobre como
e o porquê foi criada a corretora
de seguros. Segundo ele, a
Coamo sempre primou para dar
segurança a todo quadro social.
“Nunca tivemos uma empresa
da Coamo que não fosse cooperativa.
Sentimos a necessidade
de ter uma corretora de seguro
agrícola, mas nem a Coamo nem
a Credicoamo podiam registrar.
Foi aí que criamos a Via Sollus
Corretora de Seguros, em 2008.”
Ele conta que foi necessário inserir
na corretora, outros tipos de
seguro, já que a Coamo contratava
com terceiros, seguros para
todas as instalações da cooperativa
e produção recebida, gerando
um alto custo.
“Temos um grande volume
de seguros contratados de
veículos, prestamistas (da dívida),
entre outros. Depois que implantamos
a Via Sollus, o seguro
agrícola fez com que diminuísse
o número de endividamentos
dos cooperados. Como a empresa,
cujo dono é a Coamo, faz
também seguros para não cooperados,
toda a comunidade é
bem-vinda aqui na Via Sollus”,
acrescentou Galassini.
O presidente Executivo
da Credicoamo, Alcir José Goldoni,
destaca entre os serviços
prestados pela Via Sollus, os seguros
de veículos, máquinas e
implementos, residencial, vida,
empresarial, prestamista, agrícola
e outros. Para Goldoni, a
Via Sollus tem uma trajetória
positiva, que veio trazer muitos
benefícios aos associados e à
comunidade.
Maio/2021 REVISTA 39
40 REVISTA
Maio2021
VIA SOLLUS
VIA SOLLUS BUSCA UM CUSTO ADEQUADO À ATIVIDADE, PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, UM
ATENDIMENTO DIFERENCIADO E HUMANIZADO, PARA FAZER A DIFERENÇA AO SEGURADO
De acordo com o presidente
Executivo, a Credicoamo
foi uma das responsáveis pelo
crescimento da Via Sollus. “Quando
o associado vem financiar seu
custeio, máquinas, barracão ou
qualquer outro bem, já faz o seguro.
A Via Sollus acabou propiciando
ao associado uma segurança
maior em termos de proteger seu
patrimônio e levar tranquilidade à
família. O seguro traz o benefício
da proteção e tranquilidade. No
caso do seguro agrícola, quando
há frustração de lavoura, o produtor
pode não ter todo o ganho
esperado, mas com certeza, não
arcará com dívidas, visto que o seguro
cobre todo o valor. Ou seja,
não tem um retrocesso na atividade
agrícola. “
Devido ao crescimento
da Via Sollus, foi necessário
segmentar áreas internas para o
melhor atendimento. A corretora
conta com dois departamentos
na área de produção e comercialização
de seguros. Outra área
para seguros de cooperados e
funcionários da Credicoamo e
Coamo. E uma estrutura para comercialização
de seguros para o
público em geral, que não tem
ligação direta com as cooperativas,
mas busca a Via Sollus devido
a qualidade nos serviços,
atendimento e bons preços oferecidos.
Um dos fatores que contribui
para o sucesso da Via Sollus,
é carregar consigo a marca
José Aroldo Gallassini, presidente do Conselho de Administração da Coamo e da Credicoamo
Coamo, que já tem a confiança
dos cooperados e da comunidade.
Além disso, a Via Sollus busca
um custo adequado à atividade,
Alcir José Goldoni, presidente Executivo da Credicoamo
prestação de serviço, um atendimento
diferenciado e humanizado,
para fazer a diferença ao
segurado.
Maio/2021 REVISTA 41
CRÉDITO
CREDICOAMO OFERECE LINHAS
DE INVESTIMENTOS
Com o objetivo de atender
às necessidades dos
associados, apoiar a modernização
da frota de máquinas
e equipamentos visando o aumento
da capacidade produtiva,
e possibilitar a aquisição de bens
essenciais à produção, a Credicoamo
oferece aos associados
várias oportunidades de crédito
para investimentos.
De acordo com o diretor
de Negócios da Credicoamo,
Dilmar Antônio Peri, a Credicoamo
oferece para o quadro
de associados, todas as linhas
disponíveis no mercado financeiro.
As modalidades podem
ser divididas em quatro tipos: investimento
agrícola e pecuário;
investimento diversificado (que
abrange operações que precisam
de mais agilidade); financiamento
de fornecimento nos
Planos de Negócios Coamo; e
crédito fundiário.
A linha de investimento
diversificado da Credicoamo
é pensada a partir do pressuposto
de que o associado, seja
ele agricultor ou pecuarista,
necessita da máquina ou equipamento
de imediato e, por
consequência, precisa de agilidade
nas aprovações e disponibilidade
dos recursos. Esta modalidade
permite a retirada no
mesmo dia, sem a necessidade
de emissão de projeto técnico.
O investimento é liberado com
condições facilitadas, de acordo
com a capacidade financeira
do associado.
Na modalidade de investimento
agrícola e pecuário, a linha
é disponibilizada dentro do perfil
e necessidade do cooperado. O
crédito é destinado a aquisição
de máquinas agrícolas e equipamentos,
insumos para correção
do solo, construção de barracões,
instalação de sistema fotovoltaico,
compra de animais, aquisição de
insumos e de qualquer tecnologia
que o cooperado emprega no
campo. Ainda pensando no bem-
-estar do cooperado, a cooperativa
de crédito oferece linhas para a
construção da casa própria.
No financiamento de fornecimento
nos Planos de Negócios,
a Credicoamo mantém parceria
com a Coamo nos negócios
em que o cooperado está adquirindo.
Para isso, foi criada esta
modalidade específica onde,
42 REVISTA Maio/2021 Maio2021
para o período da campanha de
fornecimento de bens, são oferecidas
condições especiais, com
taxas e prazos diferenciados, facilitando
as negociações e facilitando
a aquisição de bens de
imediato.
Pensando no crescimento
dos associados, a Credicoamo
criou a modalidade denominada
crédito fundiário, que disponibiliza
recursos para complementar
aquisições de áreas de terras,
com pagamentos semestrais ou
anuais, a critério do associado
e dentro de sua capacidade de
reembolso.
A Credicoamo atende
todas às necessidades dos
cooperados baseando-se nos
recursos próprios da cooperativa,
oriundos da movimentação
financeira, deixada na
cooperativa e que volta para
o campo. Disponibiliza linhas
de investimentos tradicionais,
oficiais do governo federal
(BNDES). Neste caso, os investimentos
são em parceria com
MODALIDADES DE FINANCIAMENTOS
Investimento agrícola e pecuário
Investimentos diversificados
Financiamento dos fornecimentos
nos Planos de Negócios Coamo
Crédito Fundiário
alguns bancos. Essas modalidades
seguem todos os princípios
do crédito rural.
Para o presidente Executivo
da Credicoamo, Alcir
José Goldoni, os serviços de
investimentos disponíveis na
Credicoamo têm agilidade e facilidade
no processo de negociação.
“O associado tem mais
vantagens, porque a finalidade
é incentivar às atividades agropecuárias.
Entre os benefícios,
a Credicoamo oferece taxas
de juros reduzidas, os recursos
FINALIDADE
Financiar a aquisição de máquinas, equipamentos e
implementos, animais e correção e conservação do solo
Financiar a aquisição de produtos e bens
não enquadrados em linhas específicas
Propiciar a participação do associado nos
planos de fornecimento da Coamo
Completar a necessidade de pagamento de
parcela anual da compra de área agrícola
são voltados para cada tipo de
finalidade, prazos e pagamento
facilitados, valores adequados
à necessidade do produtor
rural e possibilidade de expansão
das operações”, acrescenta
Goldoni.
Em resumo, a Credicoamo
possibilita o desenvolvimento
da produção e da produtividade
do associado, a diversificação
das atividades, melhoria da renda
e, por consequência, o aumento
na qualidade de vida do
homem do campo.
Maio/2021 REVISTA
43
SEGURANÇA DIGITAL
Banco Central: campanha
de segurança do Pix
Intitulado “O Pix é novo, mas os golpes são antigos”,
o Banco Central realizou em maio uma campanha
com o objetivo de proteger os usuários contra as
fraudes mais comuns envolvendo o Pix e consolidar
uma cultura de segurança digital.
Como estratégia de alcance, a campanha
contou com diversas ações de comunicação,
como divulgação de conteúdo nas mídias sociais
do Banco Central e das instituições integrantes,
e a participação de representante do BC, em uma
live nas redes sociais, além de um evento online
promovido pelo BC.
Na estratégia de comunicação da Coamo
e da Credicoamo, a divulgação foi realizada via
portais internos, sites das cooperativas, whatsapp aos
cooperados e funcionários, e redes sociais da Coamo.
44 REVISTA
Maio2021
CONFIRA AS DICAS PUBLICADAS:
UM ESTRANHO NO HOME BANKING
Golpistas podem criar páginas falsas da internet, mandar
mensagens de texto ou usar outros meios para obter seus
dados, “invadir” sua conta bancária e utilizar o Pix para
desviar recursos. Não caia nessa! Em hipótese alguma
compartilhe suas informações de acesso com estranhos.
Antes de fazer login no site do seu banco, verifique se você
está na página certa e só depois insira os seus dados. Use
sempre os canais oficiais do seu banco, e nunca clique em
links suspeitos recebidos por e-mail, mensagem ou pelas
redes sociais.
CENTRAL DE ATENDIMENTO FALSA
Uma pessoa ligou dizendo que trabalha no seu banco e
ofereceu ajuda para cadastrar sua chave Pix ou falou que
precisava fazer algum tipo de ativação da conta ou verificação
no seu aplicativo? Cuidado com o golpe da central
de atendimento falsa! O golpista finge que é atendente do
banco para roubar os seus dados, acessar sua conta e desviar
dinheiro. Não permita acesso remoto ao seu dispositivo
nem faça procedimentos de segurança durante o contato.
Também não passe para outras pessoas seus dados de acesso
e senhas. Encerre a chamada imediatamente e entre em
contato com seu banco.
MENSAGEM DO “AMIGO”
Um contato seu enviou mensagem pedindo dinheiro emprestado
e indicando uma conta para fazer um Pix? Fique
atento: esse pode ser o velho golpe “mensagem do ‘amigo’”!
O golpista finge ser um conhecido para enganar a
vítima, que transfere o dinheiro crente que está ajudando
um amigo. Se alguém te pedir ajuda financeira, ligue para
a pessoa e verifique se o pedido é verdadeiro: ela pode ter
tido o seu perfil no aplicativo de mensagens clonado. E para
não ser o seu aplicativo clonado e ser o “amigo” da vez, ative
o duplo fator de autenticação nas configurações de privacidade
da sua conta. Por fim, lembre-se sempre de conferir
os dados do destinatário antes de confirmar um Pix.
DEPÓSITO SUSPEITO
O golpista oferece um empréstimo ou produto mediante
pagamento prévio numa rede social, site de anúncios ou
plataforma e-commerce e negocia com a vítima, que faz
o pagamento por meio do Pix, mas acaba não recebendo
o prometido. Fique atento e #evitegolpes! Ao fazer uma
negociação on-line, pesquise sobre o ofertante em sites especializados
e desconfie de promessas de grande retorno
financeiro. No caso de empréstimo, verifique se a instituição
que está oferecendo é autorizada pelo BC. E lembre-se:
antes de confirmar um Pix, confira os dados do destinatário.
Dicas de segurança para você
continuar aproveitando o Pix
com todas as suas vantagens:
• Antes de inserir seus dados, verifique
se o site ou a plataforma são
mesmo do seu banco;
• Desconfie de ofertas imperdíveis
e promessas de grande retorno
financeiro. Ao fazer uma compra
on-line, pesquise sobre o ofertante
em sites especializados;
• Sempre confira os dados do destinatário
antes de confirmar um
Pix;
• Nunca compartilhe seus dados
de usuário e senhas com terceiros,
principalmente por telefone ou
mensagem;
• Proteja suas informações de
acesso: nunca anote senhas em
papel, celular ou computador;
• Crie senhas complexas: nunca
utilize dados pessoais ou números
repetidos ou sequenciais;
• Não clique em links de origem
suspeita, como os recebidos por
mensagem de texto, e-mail ou pelas
redes sociais;
• Na dúvida, entre em contato com
o seu banco pelos canais de atendimento
oficiais.
Se mesmo seguindo essas dicas
você for vítima de um golpe, registre
a ocorrência na polícia, entre
em contato com o seu banco
e acesse o site do BC para mais
orientações.
Maio/2021 REVISTA 45
12ª FEIRA DE NEGÓCIOS COAMO:
oportunidade de investimento aos cooperados
A
missão da Coamo é agregar
valor à produção dos
cooperados. Um dos
benefícios da cooperativa é o
fornecimento de produtos agrícolas
e veterinários, máquinas
e implementos, com condições
especiais, por meio da Feira de
Negócios, realizada em todas as
unidades no Paraná, Santa Catarina
e Mato Grosso do Sul. Oportunidade
para quem quer adquirir
produtos com bons preços e
prazos de pagamento.
De acordo com o gerente
de Bens e Fornecimento
de Lojas, Paulo Roberto Bacini,
a feira começou antecipadamente
esse ano em virtude da
pandemia e da falta de matéria-prima
no mercado, de forma
a oferecer melhores preços
e produtos aos cooperados. A
feira abrange todos os produtos
da farmácia veterinária (rações,
sais minerais, frascarias,
medicamentos) e loja de peças
46 REVISTA
Maio2021
OPORTUNIDADE
(que inclui peças, pneus, lubrificantes,
energia fotovoltaica,
máquinas e implementos).
O evento foi preparado
para todo o quadro social da
cooperativa, e os produtores
aproveitam as condições oferecidas,
como o pagamento direto
para dezembro, sem juros, financiamento
com a Credicoamo, e
descontos especiais nas máquinas.
O cooperado Messias Hélio
de Sá, da Coamo em Juranda
(Centro-Oeste do Paraná),
aproveitou a feira para comprar
maquinário. Ele vê como uma
oportunidade para fazer bons
negócios. “Todos os anos compramos
alguma coisa na Feira de
Negócios da Coamo. São vários
produtos que estão à nossa disposição.
Essa feira é esperada e
já está no nosso calendário há
anos”, avalia o cooperado, que
ainda elogiou o atendimento da
Coamo de forma geral.
O programa de pontos
Fideliza pode ser utilizado para
a aquisição dos produtos disponíveis
na feira. Além disso, a Credicoamo
está com linhas de crédito
específicas para os produtos
do evento. Todos os anos, a cooperativa
de crédito busca auxiliar
o cooperado na aquisição das
máquinas na Coamo. São condições
especiais para o fornecimento
das máquinas e produtos
veterinários.
Paulo Vinicius Demeneck,
cooperado há mais de
dez anos na Coamo em Juranda,
recomenda aos cooperados
para conferir as condições da
feira. “No ano passado, consegui
comprar uma plaina de arrasto
e metade do pagamento
foi por meio dos pontos do programa
Fideliza. Além do bom
atendimento, os prazos tornam
a feira ainda mais vantajosa”, comenta
o produtor.
Cooperado Messias Hélio de Sá, da Coamo em
Juranda (PR) aproveitou a feira para comprar maquinário
Paulo Vinicius Demeneck, cooperado há mais de dez anos na Coamo em
Juranda (PR), recomenda aos cooperados para conferir as condições da feira
Maio/2021 REVISTA 47
48 REVISTA
Maio2021
SISTEMA DE PRODUÇÃO
SOLO CORRIGIDO,
produtividade a caminho
Mais do que extrair do solo
os frutos que alimentam
o planeta e sustentam a
economia, é importante devolver
o equilíbrio necessário para sustentabilidade
do sistema produtivo.
Desta forma, utilizar práticas
conservacionistas, como o plantio
direto e rotação de culturas, dentre
outras, é fundamental. São
ações que vão muito além do aspecto
técnico. O Programa Coamo
de Correção do Solo, lançado recentemente
pela Coamo, tem essa
missão. O objetivo é agregar valor
à produção dos cooperados com
desenvolvimento sustentável.
Atentos às vantagens
proporcionadas pelos programas
da Coamo, os cooperados Sebastião
Jesus da Silva e José Henrique
Carvalho da Silva, pai e filho,
de Luiziana (Centro-Oeste do Paraná),
são daqueles que aproveitam
as condições ofertadas, mas,
sobretudo, se preocupam com a
preservação do sistema produtivo
da propriedade. Eles aderiram
ao Programa de Correção do
Solo e estão devolvendo à terra
o que ela precisa para continuar
produzindo com sustentabilidade.
Atualmente, estão aplicando
calcário e em breve aplicarão
gesso. “É a forma que temos de
garantir o equilíbrio das nossas
áreas e, consequentemente, ter
um aumento da nossa produção.
Por isso, é importante fazer essa
correção sempre que necessário
e com o apoio da Coamo, por
meio de programas como este,
fica mais fácil”, comenta José Henrique,
que aos poucos está assumindo
a gestão das atividades.
O jovem cooperado valoriza
as condições ofertadas no
programa, que facilitam a ação
de corrigir o sistema de produção
e melhorar a produtividade. “São
boas as formas de pagamento,
que facilitam o acesso do produtor
à tecnologia. Esperamos que
seja um programa duradouro
para que possamos sempre estar
corrigindo nossas áreas, de acordo
com a necessidade”, acrescenta
o produtor, já prosperando a
melhoria na produtividade. “Colhemos
em média de 170 a 180
sacas de soja por alqueire nessa
região. Mas, queremos sempre
melhorar e aumentar essa produtividade.
Por isso, este investimento
em correção”, declara.
Todas essas ações, aliadas
à mentalidade de pensar no todo,
e na atitude de produtores e técnicos,
são determinantes para o
avanço no processo de melhoria
do sistema produtivo. O engenheiro
agrônomo Alessandro Vitor
Zancanella, da Coamo em Luiziana,
afirma que este é o caminho
para o processo de sustentabilidade.
“A ideia é deixar nutrientes
disponíveis para as plantas, melhorar
a produtividade e equilibrar
o solo. Este programa da Coamo
possibilita uma transformação no
campo com baixo custo e muito
benefício”, afirma Zancanella.
Atentos as vantagens proporcionadas pelos programas da Coamo, os cooperados Sebastião Jesus da Silva e
José Henrique Carvalho da Silva, de Luiziana (PR), aproveitaram as condições ofertadas para corrigir o solo
Maio/2021 REVISTA 49
#NovosTemposNovasSoluções #JactoConnect
O Jacto Connect já
está disponível para
todos os celulares
com Android e iOS.
Baixe agora mesmo
na Play Store ou
na App Store.
Você com a
Jacto, sem sair
do campo.
O ecossistema digital da Jacto chegou
e agora sua experiência na fazenda vai
mudar para sempre.
• Fale diretamente com a Jacto em um toque;
• Confira anúncios de equipamentos usados
e venda os seus;
• Acompanhe informações de telemetria;
• Faça treinamentos e baixe documentações;
• E muito, muito mais!
2dcb.com.br
50 REVISTA
jacto.com
Maio2021
PECUÁRIA
Peneiras de Penn State
e de digestibilidade
Uso de ferramentas de avaliação garantem mais precisão na
formulação das dietas e redução no desperdício de ingredientes
A
profissionalização do manejo
alimentar nos rebanhos
de leite e corte é um
dos focos da área técnica da Coamo.
Para a correta execução deste
manejo, existem ferramentas e
tecnologias que auxiliam no levantamento
de dados, que após avaliados
fornecem informações precisas
para ajustar a dieta que será ou
está sendo fornecida para os bo-
vinos. “Isso diminui o desperdício,
melhora a eficiência e a lucratividade
do sistema produtivo”, revela o
médico veterinário da Coamo de
Campo Mourão, Hérico Alexandre
Rossetto.
Segundo o veterinário,
para aumentar a precisão da formulação
das dietas totais, e atender
as exigências dos animais,
algumas variáveis devem ser conhecidas
e ajustadas, como, a
composição dos alimentos, a mistura
da dieta, o consumo total da
necessidade diária etc. “Este trabalho
de auditoria, auxilia na análise
dos processos de alimentação
dos animais, gerando informações,
que após processadas, dirão
se o manejo alimentar está correto
ou não, aumentando a eficiência
produtiva de leite ou carne.”
Maio/2021 REVISTA 51
PECUÁRIA
COM O PENN STATE É POSSÍVEL AVALIAR A ALIMENTAÇÃO DOS
ANIMAIS E A DIGESTIBILIDADE DOS ALIMENTOS FORNECIDOS
Dentre as ferramentas
utilizadas, duas são de grande
auxílio para a nutrição. Hérico
Rossetto afirma que são as peneiras
de Penn State e as de digestibilidade.
“É possível avaliar
se o volumoso está processado
ou se a dieta está corretamente
formulada. Consegue-se analisar
a digestibilidade dos alimentos
fornecidos, por meio da quantidade
de nutrientes eliminados,
sem digestão, nas fezes dos animais”,
orienta.
De acordo com o veterinário,
o separador de partículas
de Penn State, caixa de peneiras,
avalia o comprimento da forragem
utilizada para os bovinos.
“Amostras são coletadas e passadas
nas peneiras de Penn State, e
a proporção de material retido em
cada peneira é avaliada e os coeficientes
de variação são analisados
para os ajustes na confecção
da dieta total dos animais. Devem
apresentar condição de mistura
(CV) - valor médio entre as peneiras
do meio e de baixo - de 1 a 4 %.
Enquanto o CV de 5 a 8 % indica
boas condições. Valores acima de
10 % indicam algum problema na
mistura, que deve ser investigado
e corrigido.”
Outra ferramenta eficiente
para a nutrição de precisão,
são as peneiras de digestibilidade,
as quais são um guia,
onde por meio de avaliações
do esterco, tomam-se decisões
para a realização de mudanças
Médico veterinário da Coamo de Manoel Ribas (PR), Marcio Delecrod, mostra a operacionalidade do Penn State
Diferente da maioria dos
jovens, o produtor rural, João
Tiago Camilo Braga, fez o caminho
inverso. Ele deixou a cidade
para trabalhar no campo.
“Desde criança, eu e meu irmão,
na alimentação e avaliação da
dieta total fornecida. “O esterco
fresco e intacto fornece valiosas
informações para tomada de
decisões no ajuste da alimentação
dos animais. Com o uso de
peneiras específicas, o esterco
é lavado e é removido o material
não digerido. Um pedaço
de grão de milho ou uma partícula
de forragem, por exemplo,
após a pesagem, darão informações
sobre o processamento
dos grãos, digestibilidade e
velocidade de passagem pelo
trato digestivo”, explica Hérico
Rossetto.
Ele ainda ressalta que
com o uso destas ferramentas de
avaliação de dietas, tem-se mais
precisão na formulação das dietas,
redução no desperdício de ingredientes
e, consequentemente,
mais eficiência e produtividade.
Vacas nutridas e produtivas
já ajudávamos o meu tio na leiteria.
Sempre gostei da lida no
campo. Por isso, decidimos voltar
para o sítio, eu fiquei com o
trabalho na pecuária e meu irmão
com a lavoura.”
52 REVISTA
Maio2021
Na propriedade da família,
a leiteria é tocada há quase
dez anos. De ano em ano, eles foram
aprimorando as tecnologias
e aumentando a produtividade.
Duas tecnologias implantadas
recentemente foram o Penn State
e o analisador de digestão. “Com
o tempo fomos melhorando os
animais, fizemos um barracão, o
compost barns. O ajuste técnico
alinhado junto ao departamento
João Tiago Camilo Braga, de Manoel Ribas (PR), vem investindo na atividade leiteira
técnico da Coamo, nos permitiu
crescer ainda mais. Hoje são cerca
de 30 vacas em lactação, com
perspectiva de até o final do ano
aumentar para 40”, revela João
Tiago.
Para realizar essas melhorias,
o jovem, explica que é
preciso a busca por conhecimento,
principalmente quando o assunto
é alimentação. “A nutrição
tem que ser o alicerce do nosso
trabalho. O que as vacas consomem,
se reflete na produção
de leite. Se a alimentação delas
melhora, a produção cresce também.
A nutrição e a reprodução
evoluem juntas. Por isso, buscamos
melhorar, uma quantidade
menor de vacas, com produção
elevada.”
Segundo o médico veterinário
da Coamo de Manoel
Ribas, Marcio Adriano Delecrod,
o cooperado precisa otimizar
constantemente a alimentação
dos rebanhos. “O mercado leiteiro
está instável e o custo de
produção elevado, por isso é
preciso intensificar e melhorar a
eficiência na propriedade, principalmente,
na área nutricional,
que responde por quase 60%
do custo do litro do leite produzido.
Assim, por meio de ferramentas
como o penn state e
do analisador de digestão, otimizamos
o processo nutricional
e melhoramos a saúde ruminal
dos animais. Na propriedade
da família Camilo, o uso destas
tecnologias veio para somar.
Eles agregaram cerca de três litros
média/animal por dia, o que
permitiu que eles tivessem mais
liquidez no final do mês.”
Maio/2021 REVISTA 53
54 REVISTA
Maio2021
SAFRA DE INVERNO
Um novo ciclo para o trigo
Cooperados investem no cereal visando a melhoria
do sistema de produção e, também, o lucro
A
chuva que caiu em meados
de maio na região da
Coamo, deu a largada para
o plantio de trigo na área de ação
da cooperativa. A cultura é uma
das alternativas de cultivo no in-
Alysson Marcon, de Pitanga (PR), aproveitou a chuva para iniciar o plantio
verno. Em Pitanga (Centro do Paraná)
o cooperado Alysson Marcon,
aposta todos os anos na cultura e,
novamente, plantou o cereal de
olho não só na rentabilidade, mas
também, nos benefícios proporcionados
ao sistema de produção.
A maior parte da área
(250 hectares) fica para o trigo e
outra parte fica com aveia e gado,
pois na propriedade da família,
a pecuária também é uma atividade
lucrativa. “Onde plantamos
trigo, a soja é outra, muito mais
produtiva. Dá uma palhada diferenciada.
Sem contar, a renda que
conseguimos obter com o trigo.
Além disso, o maquinário, que
não é nada barato, precisa estar
circulando”, explica o cooperado.
Em parceria com o departamento
técnico da Coamo, Alysson
diz que capricha no manejo.
“Temos que fazer a nossa parte e,
por isso, sigo a recomendação dos
agrônomos e investimos pesado
em tecnologia. Vamos colher os
frutos disso lá na frente”, enfatiza o
cooperado.
A expectativa é colher
150 sacas de trigo por alqueire.
Para isso, Alysson não perde tempo
e está atento ao que pode incrementar
a produtividade. “Aderimos
ao plano da Coamo para o
trigo. Também aproveitamos para
adquirir calcário e gesso no programa
de Conservação do Solo.
Quando seguimos um cronograma
e as recomendações da cooperativa
não tem erro. Agora, é só
torcer para o clima ajudar.”
Maio/2021 REVISTA 55
Produza em média
+8
sacas a mais por hectare*
Conheça os fertilizantes premium do Programa
Nutricional MaisMays para o milho.
*Resultado de lavouras demonstrativas realizadas
no Brasil com o Programa Nutricional MaisMays.
Manejo do
Nitrogênio
equilíbrio
Nutricional
uniformidade
e vigor
Eficiência
operacional
Mais coNheciMeNto
eM NutRição, Mais
equilíBRio Na lavouRa.
Quer 56saber REVISTA mais? Procure um Maio2021 consultor ou representante Yara e acompanhe nossos canais oficiais. yarabrasil.com.br |
ALIMENTOS COAMO
Coamo lança nova farinha
de trigo e mistura para bolo
O
Moinho de Trigo da
Coamo conta com tecnologia
de ponta que
permite desenvolver diversos tipos
de farinhas e misturas para
pães e bolos. Diante dessa possibilidade,
somada ao objetivo
de agregar valor à produção dos
cooperados que produzem trigo,
a cooperativa lançou mais dois
produtos, a Farinha de Trigo Coamo
Super Premium Panificação e
Mistura para bolo da linha Coamo
Linha Fácil, sabor leite condensado.
Segundo Luis Fernando Doneda,
chefe do departamento de
Vendas responsável pelo canal do
moinho de trigo, a Coamo sempre
está inovando. “Sempre pro-
curamos trazer novidades para o
portfólio da linha alimentícia da
Coamo, e que atenda os nossos
consumidores mais exigentes.”
Doneda revela que a
Farinha Super Premium está disponível
nas embalagens de 1kg
e 5kg para o consumidor do varejo
e a Farinha Super Premium
Panificação em saca de 25 kg
para o público transformador.
“Esse produto permite que o panificador,
por exemplo, consiga
produzir os pães mais perfeitos
possíveis, e branquinhos. Essa
farinha é mais branca, pois é extraída
do interior do grão. É uma
farinha muito nobre”, explica.
A Mistura para bolo da linha
Coamo Linha Fácil, sabor leite
condensado é outra novidade,
em embalagem de 5 kg. “Temos
11 sabores em nosso portfólio de
misturas de bolos. O de leite condensado,
foi uma solicitação de
nossos clientes. A Coamo Linha
Fácil caiu nas graças do público
transformador, pois ela tem uma
ótima performance, garantindo a
produção de bolos perfeitos. São
misturas prontas, em que basta
adicionar leite ou água e ovos"
explica. Segundo ele, o produto
facilita o processo e garante a
padronização da produção, uma
necessidade de quem tem uma
padaria e quer ter constância na
qualidade de seus bolos.”
Maio/2021 REVISTA 57
Empadão
de Frango Simples.
coamo
de
INGREDIENTES
Massa:
Margarina Coamo Família - 1 xícara (200g)
Farinha de Trigo Coamo Tradicional - 3 xícaras (420g)
Água - 2 colheres de sopa (20ml)
Recheio:
Filé de frango desfiado - 500g
Caldo de Legumes ou Frango - 2 envelopes ou cubinhos
Óleo de Soja Coamo - ¼ de xícara (45g)
Cebola - 2 unidades
Alho - 4 dentes
Sal - 3 colheres de chá (15g)
Orégano - ½ colher de sopa
Pimenta - ½ colher de chá
Milho - 170g (1 lata)
Água do Cozimento do Frango - 3 xícaras (720ml)
Farinha de Trigo Coamo Tradicional - ¼ de xícara (30g)
Requeijão - 180g (1 pote)
Salsinha - 2 colheres de sopa
Cebolinha - 2 colheres de sopa
10 porções
Para o modo de
preparo dessa e
outras receitas
saborosas, aponte
o celular aqui.
FÁCIL DE PREPARAR, ESSE
EMPADÃO DE FRANGO É MAIS
UMA RECEITA QUE TODO
MUNDO GOSTA!
MODO DE PREPARO
Para o recheio, cozinhe o frango em 1 litro de água com o caldo
de legumes ou frango. Desfie o frango e reserve o líquido do cozimento.
Frite a cebola e o alho até dourar. Adicione o frango, orégano, pimenta
e vá adicionando o caldo do frango aos poucos. Adicione o sal somente no final,
para corrigir. Dissolva a farinha em um pouco do caldo e adicione ao recheio.
Deixe cozinhar por 10 minutos. Adicione o requeijão, o milho, a salsinha e a
cebolinha. Ajustar o sal, se necessário. O recheio não pode ficar muito líquido,
tem que ficar cremoso, caso necessário, deixe secar mais um pouco.
Para a massa, misture a farinha e a margarina com a ponta dos dedos até
virar uma farofa. Adicione a água aos poucos e misture até deixar uma massa
compacta. Deixe na geladeira por 30 minutos. Divida a massa em 3 partes,
sendo uma para a tampa e duas partes para cobrir a forma. Coloque a massa na
forma e aperte. Abra, com um rolo, a tampa com uma espessura fina.
Pode passar um ovo batido por cima, pincelar. Asse em forno preaquecido,
por 45 minutos, a 180° C.
Acesse os nossos canais: /alimentoscoamo @alimentoscoamo /alimentoscoamo
Ficar
junto da
família
co
O cafezinho
e esquenta
suas manhãs
de
A pausa
deliciosa
para um la
coamo coamo
Seus momentos felizes têm
sabor de Coamo. Um sabor
produzido por milhares de
Ficar
junto da
famílias do campo, com todo
carinho e cuidado, para você
Ficar
experimentar o que a vida tem
de mais gostoso.
família
junto da
família
Experimente
Alimentos
Coamo.
Cozinhar
com a melho
amiga
coamo
de
www.alimentoscoamo.com.br
Nossa história
de transformação
é feita pelas
transformações
de todos
os dias.
A dedicação diária de cada cooperado e seus
familiares. O apoio de cada parceiro que está
sempre ao nosso lado. A escolha de cada cliente
pelos produtos Coamo. Nossa história é feita
com as transformações de cada dia que mudam
nosso presente. Escrevem o nosso futuro.
E transformam a vida de todos nós.
A vida é a gente que transforma.