ENTREVISTA
Exclusivo: novo presidente da AIMEX aponta os desafios da madeira tropical no país
TRANSPORTE FLORESTAL
SOLUÇÕES JUNTO AOS CLIENTES IMPULSIONAM
ENTRADA EM MERCADOS INTERNACIONAIS
FOREST TRANSPORT
SOLUTIONS WITH CUSTOMERS DRIVE
ENTRY INTO INTERNATIONAL MARKETS
SUMÁRIO
JUNHO 2021
38
SOB MEDIDA
PARA
O MERCADO
06 Editorial
08 Cartas
10 Bastidores
12 Coluna Ivan Tomaselli
14 Notas
24 Coluna Cipem
26 Frases
28 Entrevista
38 Principal
44 Economia
48 Silvicultura
50 Mercado
56 Ciência
60 Pesquisa
64 Agenda
66 Espaço Aberto
44
50
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO
21 ABC Agropecuária
11 Agroceres
07 Bayer
09 BKT
15 Carrocerias Bachiega
47 D’Antonio Equipamentos
68 Denis Cimaf
02 Dinagro
29 DRV Ferramentas
27 Emex
23 Engeforest
31 Envimat
53 Hansa Flex
55 J de Souza
05 Komatsu Forest
67 Log Max
59 Mill Indústrias
63 Mill Indústrias
25 Planflora
33 Prêmio REFERÊNCIA
37 Raptor Florestal
13 Rotary-Ax
17 Rotor Equipamentos
19 Sergomel
65 TPH Forest
35 Workshop Online
04 www.referenciaflorestal.com.br
EDITORIAL
Tecnologia,
inovação e
gestão
A pesquisa e a tecnologia são grandes aliadas do setor florestal.
Tanto para avaliação de resultados, quanto para o desenvolvimento
das novidades que facilitam o trabalho na indústria.
Nesta edição o Leitor irá conhecer as novidades relacionadas
ao transporte de madeira bruta, o crescimento do mercado de
madeira em Minas Gerais, as novidades sobre gestão empresarial
e uma entrevista exclusiva com o novo diretor geral da
AIMEX, Eduardo Leão, falando sobre o momento da associação
e os planos para valorizar ainda mais o mercado de madeira no
Pará. Ótima leitura!
2
1
Na capa dessa edição as
soluções da Unylaser para
facilitar o transporte na
indústria da madeira
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
www.referenciaflorestal.com.br
Ano XXIII • N°230 • Junho 2021
ENTREVISTA
Exclusivo: novo presidente da AIMEX aponta os desafios da madeira tropical no país
TRANSPORTE FLORESTAL
SOLUÇÕES JUNTO AOS CLIENTES IMPULSIONAM
ENTRADA EM MERCADOS INTERNACIONAIS
FOREST TRANSPORT
SOLUTIONS WITH CUSTOMERS DRIVE
ENTRY INTO INTERNATIONAL MARKETS
TECHNOLOGY, INNOVATION
AND MANAGEMENT
Research and technology are great allies of the Forestry Sector.
Both for evaluation of results and for the development of
new ideas that facilitate work in the industry. In this issue, you
will get to know the news related to timber log transport, the
growth of the timber market in the State of Minas Gerais, the
news about business management, and an exclusive interview
with Eduardo Leão, the new Executive Director of the Association
of Wood Exporting Industries of the State of Pará (Aimex), talking
about the moment of the Association and plans to further
value the timber market in the State.
Pleasant Reading!
Entrevista com
Eduardo Leão
Poda Florestal
3
EXPEDIENTE
ANO XXIII - EDIÇÃO 230 - JUNHO 2021
Diretor Comercial / Commercial Director
Fábio Alexandre Machado
fabiomachado@revistareferencia.com.br
Diretor Executivo / Executive Director
Pedro Bartoski Jr
bartoski@revistareferencia.com.br
Redação / Writing
Vinicius Santos
jornalismo@revistareferencia.com.br
Colunista
Cipem
Ivan Tomaselli
Depto. de Criação / Graphic Design
Fabiana Tokarski - Supervisão
Crislaine Briatori Ferreira
Gabriela Bogoni
criacao@revistareferencia.com.br
Tradução / Translation
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fone: +55 (41) 3333-1023
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ASSINATURAS
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dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos
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direitos autorais, exceto para fins didáticos.
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directed at the producers and consumers of the good and services of the
lumberz industry, research institutions, university students, governmental
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself
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under any form or means of the texts, photographs and other intellectual
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited
without the written authorization of the holders of the authorial rights.
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CARTAS
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
ENTREVISTA
Vantagens em se adotar o sistema de drones dentro da floresta
Capa da Edição 229 da
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,
mês de maio de 2021
www.referenciaflorestal.com.br
Ano XXIII • N°229 • Maio 2021
UMA NOVA ERA
UM SÉCULO DE HISTÓRIA UNINDO
INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
A NEW ERA
A CENTURY OF HISTORY UNITING
INNOVATION AND TECHNOLOGY
SETOR FLORESTAL
Por Mário Carlos Machado Wanzulta, Curitiba (PR)
Muito boa! Vocês da Revista REFERÊNCIA fazem um excelente trabalho e nós
como clientes da Revista gostamos muito, pois ela é um excelente meio de
comunicação, que promove o crescimento do setor. Sem dúvida uma das fontes
de informações mais relevantes do setor florestal.
ARTIGO
Por Luciana Pereira, Belém (PA)
Acho ela muito completa, pois fala de todos os assuntos referentes ao setor
florestal. Gosto muito também, pois sempre trazem reportagens e assuntos
novos sobre a Amazônia, abrange tudo de mais importante no setor.
Foto: divulgação
MERCADO
Por Giacomo Grezzana, São Paulo (SP)
Estou muito satisfeito com a Revista FLORESTAL, pois acho ela muito boa e
pretendo continuar sendo assinante para poder me atualizar sempre com
as novidades do setor.
Foto: divulgacão
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Revista Referência Florestal
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E-mails, críticas e sugestões podem ser
enviados também para redação
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ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
A LONG WAY
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Aplicações florestais com
autocarregadoras
Excelente tração em condições de serviço
pesado
Talão e ombro do pneu robustos para uma
resistência elevada às perfurações
Chetan Ghodture
Balkrishna Industries Ltd, India
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Mobile: +917021000031
BASTIDORES
Revista
Foto: REFERÊNCIA
REPORTAGEM DE CAPA
O responsável pelo setor de vendas e atuação em
campo, Eduardo Maggioni (esquerda), o responsável
pela gestão comercial da Unylaser, Roger Viezzer
(centro), e o gerente de exportações da Unylaser,
Fernando dos Reis (direita), após entrevista na sede da
PCP Steel, em Caxias do Sul (RS)
VISITA
A REFERÊNCIA FLORESTAL recebeu a visita do
diretor-presidente da Komatsu Forest, Felipe Vieira,
que recebeu a edição de maio das mãos do diretor
comercial da Revista, Fábio Machado.
ALTA
JUNHO 2021
CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES
O Brasil bateu recorde de exportações nos últimos
dois meses. Segundos dados da SECEX (Secretaria de
Comércio Exterior) o país vendeu 537 mil t (toneladas)
de madeira bruta para o exterior entre abril e maio.
Esse valor supera em 315% o mesmo período do ano
anterior. Apenas nos primeiros meses do ano o país
já exportou mais de 1 milhão de t, aumentando as
receitas em 84 milhões de dólares, que corresponde a
um crescimento de 81% em relação aos dados de 2020.
Esse aumento também influenciou no crescimento de
compra de produtos para a proteção destas plantas.
Apenas no mês de maio foram adquiridos 25,4 mil t de
defensivos agrícolas, que representa um investimento
de 270 milhões de dólares.
VALORIZAÇÃO DA INDÚSTRIA
Se por um lado as exportações de madeira bruta aumentaram,
do outro os custos de produção de produtos de
madeira industrializada aumentaram significativamente.
Os dados divulgados recentemente pelo IBGE indicam um
crescimento de 7,73% na inflação da indústria relacionada
à madeira no último ano. Essa alta não foi apenas
neste setor da indústria nacional, mas também em todas
as outras áreas de produção, que tiveram aumento de
preços, entre março de 2020 e o mesmo mês de 2021,
de 33,52%. Alexandre Brandão, gerente de análise e
metodologia da Coordenação de Indústria do IBGE, o
resultado ressalta o impacto da depreciação do Real em
relação ao dólar. “Muitas matérias-primas estão com os
preços majorados e essas altas se espalham por diversas
cadeias”, explica Brandão.
BAIXA
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A MELHOR TECNOLOGIA
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Avaliação de danos.
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cada necessidade dos clientes
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Otimização de Doses e Custos Operacionais.
Qualidade
Eficiência em resultados que só
a Linha de Produtos Mirex-S
pode proporcionar.
COLUNA
O CRESCIMENTO EUROPEU
DA DEMANDA DE PELLETS E
A OPORTUNIDADE PARA OS
PRODUTORES BRASILEIROS
O mercado brasileiro tem a chance de
conquistar uma boa fatia de um mercado
que não para de crescer
Ivan Tomaselli
Diretor-presidente da Stcp
Engenharia de Projetos Ltda
Contato: itomaselli@stcp.com.br
Foto: divulgação
Novas fontes
de madeira
serão
necessárias,
sejam elas
resíduos
industriais,
resíduos
florestais
ou madeira
de florestas
energéticas
C
om o aumento da demanda a indústria
europeia de pellets deverá
aumentar a produção ao longo
dos próximos 5 anos. Uma projeção
indica um crescimento da demanda
europeia de pellets entre 30 a 40% até
2025, impulsionada principalmente pelo programa
de substituição das fontes tradicionais de
energia por fontes renováveis.
Os pellets têm diversas vantagens em relação
a outras fontes de energia baseadas em
biomassa. Entre as vantagens menciona-se em
especial ser material com mais uniformidade,
que facilita o controle da queima e melhora a
eficiência de sistemas de geração de energia.
Além disto, por ser compactado, tem uma
maior concentração de energia por unidade
volumétrica, é mais fácil de transportar, armazenar
e manipular.
A Europa consome aproximadamente 30
milhões de toneladas por ano de pellets e é a
região de maior consumidor global. O uso do
pellet na Europa é diversificado, sendo 40%
para aquecimento residencial, 36% para geração
de energia em usinas, 14% para aquecimento
comercial e o restante para uso combinado
(geração e aquecimento).
Uma grande parte da demanda europeia de
pellets é atendida pela produção local, (70%).
A matéria-prima utilizada atualmente para
fabricação de pellets na Europa é predominantemente
resíduos de serrarias (85%). O restante
é madeira roliça (13%) e madeira recuperada
principalmente de construções (2%).
O crescimento da demanda de pellets na
Europa deverá aumentar a importação, uma vez
que dificuldades são esperadas no suprimento
de madeira para atender a produção local. Novas
fontes de madeira serão necessárias, sejam
elas resíduos industriais, resíduos florestais ou
madeira de florestas energéticas.
O uso de resíduos florestais para produção
de pellets tem se intensificado nos EUA (Estados
Unidos da América) e no Canadá. No Canadá,
por exemplo, a participação de pellets produzidos
a partir de resíduos industriais caiu de 97%
em 2010 para 72% em 2020. Os pellets produzidos
a partir de resíduos florestais têm um
maior conteúdo de cinzas, e como resultado,
um preço menor.
Nos últimos 5 anos o Brasil multiplicou 15
vezes as exportações de pellets, passando de 24
mil t (toneladas) - 2015 - para 361 mil t - 2020.
O crescimento das exportações de pellets em
2020 foi de 66% em relação a 2019. A produção
brasileira de pellets é praticamente toda baseada
em resíduos industriais, e 99% das exportações
tem como destino o Reino Unido e a Itália.
Embora as exportações brasileiras de pellets
tenham crescido a taxas elevadas a participação
no mercado global é ainda pequena. O Brasil
contribui com apenas 3% das importações europeias
de pellets.
Certamente o aumento da demanda previsto
para a Europa para os próximos 5 anos,
que deverá ser em parte atendida por importações
e acompanhada por uma tendência de
elevação dos preços, é uma boa oportunidade
para os exportadores brasileiros de pellets. Os
produtores nacionais também podem explorar
a alternativa de uso de resíduos florestais como
matéria-prima para pellets, o que pode ser uma
alternativa atrativa para melhorar a rentabilidade
do negócio.
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QUANDO O ASSUNTO É MATERIAL
DE CORTE A ROTARY-AX
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NOTAS
Comprar, refrescar
e reflorestar
A cerveja Praya e o Makro Atacadista, em parceria,
plantaram 13.456 árvores em prol da Mata
Atlântica no mês de março. Para cada cerveja
vendida na rede atacadista duas árvores foram
plantadas. O foco da ação foi dar mais atenção
para o Dia internacional das Florestas, comemorado
no dia 21 de março. O slogan: 1 Praya,
2 árvores; foi o grande chamariz da campanha.
“O resultado foi muito positivo! Somos gratos
por termos parceiros como o Makro Atacadista”,
afirma Paulo de Castro, diretor de comunicação
da Cervejaria Praya. Já Carla Arruda, diretora de
comunicação do Makro Atacadista, afirma que:
“A filosofia do Makro Atacadista vai de encontro
com a da Cervejaria Praya em priorizar causas que
impactem positivamente o planeta.” A ação foi realizada
em parceria com a ONG internacional, One
Tree Planteded, que plantou mais de 4 milhões de
árvores apenas em 2019.
Foto: divulgação
Adote um Parque
Foto: divulgação
Com o objetivo de atrair recursos do meio privado para a
conservação de parques nacionais na floresta amazônica, foi
criado pelo Governo Federal, via decreto, o programa Adote
um Parque. Empresas nacionais ou estrangeiras, ou até mesmo
pessoas físicas, poderão, através desta iniciativa, contribuir concretamente
com a proteção ambiental do Brasil. Ao adotar uma
UC (Unidade de Conservação), os interessados serão reconhecidos
como parceiros do meio ambiente e celebrarão Termo de
Doação com o ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade). As doações são estimadas em €10 ou R$50
por hectare ao ano. As áreas delimitadas pelo governo estão
em 9 Estados e variam de 2.574 e 3.865.172 ha (hectares), permitindo
diferentes níveis de investimento. O programa tem o
potencial de canalizar R$ 3,2 bilhões ao ano, diretamente às UC.
No modelo do programa, os recursos são investidos pelo adotante
em serviços como monitoramento, proteção, prevenção e
combate a incêndios florestais, prevenção e combate ao desmatamento
ilegal e recuperação de áreas degradadas.
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NOTAS
Árvore certa, lugar certo
Foto: Eliazel Rondon - Empaer
Pesquisa realizada pela EMPAER (Empresa Mato-grossense
de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural) , apresentou
dados sobre quais as espécies ideais para reflorestamento
e produção de madeira no Estado. Das 30 espécies
analisadas, 23 nativas e 7 exóticas, a pesquisa revelou
quais se desenvolviam melhor sem sofrer com incidência
de pragas ou doenças. São elas Fava barriguda, Peroba
mica, Tatajuba, Bajão e Castanheira. Eliazel Vieira Rondon,
pesquisador da Empaer, valoriza o resultado da pesquisa
que plantou 2.250 árvores em seu processo de 25 anos.
“Fazer plantio de uma espécie que não é indicada pode ser
investimento perdido devido sua fragilidade em doenças e
pragas, caracterizando um ecossistema instável”, destaca
Rondon. Tudo isso, é pensado na produção e lucratividade
da plantação. “Em plantio comercial, deve-se sempre ficar
atento ao volume das espécies a serem plantadas visando
o retorno financeiro do investimento”, valoriza o pesquisador
após a conclusão do estudo.
De volta às origens
Governo do Paraná, através da Secretaria de Estado
do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo firmou
uma Licença de Adesão e Compromisso para a substituição
de espécies de flora exótica por nativas. Objetivo é
promover a regeneração das áreas e evitar a disseminação
de pragas provocadas pela vegetação exótica, como a
vespa da madeira. Segundo o secretário Márcio Nunes, o
maior ganho é no interesse social, considerando o baixo
impacto ambiental da atividade, conforme previsto na Lei
Federal 1.265/2012 (Lei da Mata Atlântica). “A legislação
atinge, principalmente, pequenas propriedades rurais. O
lugar de espécies exóticas não é na beira dos rios, ou seja,
em Áreas de Preservação Permanente”, afirma Nunes. A
nova resolução prevê que os pedidos para retirar até 500
árvores de espécies exóticas em APPs (Áreas de Preservação
Permanentes) não precisam apresentar projetos
técnicos de impacto ambiental e de reflorestamento.
Além disso, a medida não oferece a dispensa de fiscalização,
que será realizada pelo IAT (Instituto Água e Terra),
que é vinculado à secretaria.
Foto: divulgação
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NOTAS
Setor privado contribui
com preservação
A Iniciativa 20x20, parceria regional para a América
Latina que envolve 70 ONGs, 17 governos e 22
investidores privados foi responsável por restaurar
22,3 milhões de ha (hectares) florestais e paisagens.
No Brasil a iniciativa contribui com a preservação de
450 mil hectares de floresta. O instituto de pesquisa
WRI (World Resources Institute) é responsável pela
secretaria-executiva na coordenação entre governos e
ONGs. Miguel Calmon, consultor sênior em florestas
do WRI no Brasil, valoriza o trabalho em relação a
produção, conservação e inclusão social. “Há empresas
que dependem diretamente do capital natural para as
suas atividades. Elas precisam investir em conservação
e restauração porque o próprio negócio delas depende
da proteção desse capital”, ele ressalta. Até o momento,
ao menos 18 países da América Latina e Caribe se
comprometeram a proteger 52 milhões de ha de terras
até 2030.
Foto: divulgação
Carne, celulose e baixo
carbono
Foto: REFERÊNCIA
Uma parceria entre a Klabin e a Embrapa foi firmada
para a criação e validação de diretrizes de um sistema silvipastoril
(integração pecuária-floresta). Esse sistema de integração
permite diminuir a emissão, ou até mesmo, zerar
os gases do efeito estufa emitidos pela pecuária. Esse projeto
de pesquisa está desenvolvendo um protocolo para
estabelecer diretrizes que alinhe a produção de celulose
e a mitigação dos gases simultaneamente. O pesquisador
Vanderley Porfírio-da-Silva, que coordena o projeto, valoriza
o potencial inovador e de melhoria na produção através
de informações mais claras. “Este potencial de armazenamento
e por quanto tempo o carbono fica armazenado
ainda não são conhecidos no caso de sistemas silvipastoris
com árvores voltadas à produção de celulose e papel, que
têm modelagens diferentes dos plantios voltados à produção
de madeira para serraria”, explica o pesquisador.
18 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Curativo a base de pinus
Foto: REFERÊNCIA
O pinus, que já tem grande destaque na indústria
de madeira agora também ganha espaço na medicina.
A pesquisa desenvolvida por Luiz Esteves Magalhães
e Francine Ceccon Claro utilizou Nanotecnologia para
potencializar propriedades físicas e químicas que dão
mais valor à celulose e assim desenvolveram uma membrana
que pode ser utilizada na recuperação de pele
queimada. Por não ter porosidades a membrana pode
ser utilizada como uma barreira que protege a área em
recuperação. “A característica de translucidez favorece
o acompanhamento da cicatrização sem a necessidade
de retirada do curativo para avaliação da ferida”, afirma
Claro. O seu grande diferencial em relação a outros
produtos para o tratamento de queimados é seu baixo
custo: segundo os pesquisadores o custo pode ser até
mil vezes menor do que os materiais disponíveis hoje.
A membrana ainda passará por testes clínicos e deverá
estar disponível para o público em quatro anos.
Preço do diesel recua
Após uma sequência de 5 meses registrando
altas nos valores o diesel registrou
queda de 0,84% no diesel comum e de
0,93% no diesel S-10. Esse resultado pode
não ser o mais expressivo, mas interrompeu
a sequência de aumentos consecutivos. Os
dados são do levantamento feito pelo IPTL
(Índice de Preços Ticket Log ). As maiores
baixas foram registradas na região sul, onde
alcançaram 1,57% e 1,58% para o diesel
comum e S-10, respectivamente. Além da
maior queda percentual, a região também
apresentou os menores preços, com o
combustível comum sendo encontrado a R$
4,064 e o S-10 R$ 4,102. A região com maiores
preços foi a Norte, onde a baixa para o
diesel comum foi de 0,02% chegando nas
bombas por R$ 4,744 e para o S-10 a queda
foi de 0,215 e o preço para o consumidor
chegou a R$ 4,783.
Foto: divulgação
20 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Nota de
falecimento
Imagem: reprodução
A Revista REFERÊNCIA FLORESTAL manifesta o mais
profundo sentimento de solidariedade à Komatsu, aos
familiares e amigos. Edson Leonardo Martini, presidente
da Komatsu, seus ensinamentos permanecerão
servindo de inspiração.
Investindo
em floresta
Foto: divulgação
A XP investimentos anunciou que está se preparando
para levantar até R$ 2 bilhões para seu novo fundo de investimentos
focado em florestas de produção de madeira. A
oportunidade vista pela corretora está em um mercado com
crescente demanda por investimentos e meio a baixa taxa
de juros do país. Segundo Bruno Castro, presidente da XP
Asset Management, as florestas são o primeiro passo, mas a
empresa também irá investir em fundos relacionados à terras
agrícolas e crédito de carbono. “O retorno desses fundos não
tem correlação com outros mercados, por isso eles são uma
verdadeira alternativa de diversificação para investidores
locais e estrangeiros”, afirma Castro. O fundo de florestas de
produção começou a levantar dinheiro no primeiro semestre,
e estão listados como possíveis investidores: fundos de pensão,
seguradoras, family offices e áreas de private banking,
além da própria XP que entrará com o capital inicial. Segundo
Castro é um mercado potencial de US$ 50 bilhões apenas no
âmbito de florestas, pois poucas áreas de floresta plantada no
Brasil são de investidores.
22 www.referenciaflorestal.com.br
COLUNA
Em ação conjunta, CIPEM e outras
entidades promovem confecção
e doação de 1200 Abafadores
Ecológicos para proteção das
florestas em Mato Grosso
Foto: divulgação
Desse modo, a
eficácia da extinção
das chamas é
potencializada e
consequentemente,
a conservação
ambiental também
J
unto a entidades dos setores público e privado, o CIPEM integra
um projeto que forneceu mais de 1000 (mil) Abafadores Sustentáveis
Ecológicos ao Corpo de Bombeiros Militar (CBM/MT). Os
equipamentos deverão ser utilizados para auxiliar na execução de
atividades relacionadas ao controle e ao combate de incêndios florestais,
em todo o Estado de Mato Grosso. Encabeçam o projeto: a SEMA/MT
(Secretaria de Estado de Meio Ambiente), o Corpo de Bombeiros Militar (CBM/
MT), o Sistema Nacional de Aprendizagem Rural, o Sindicato Rural e o Sistema
Penitenciário de Mato Grosso.
Além de ecológicos, os Abafadores desenvolvidos conferem excelente
qualidade devido sua composição utilizar materiais de alta performance. A ferramenta
consiste em uma lâmina de borracha firmada a um cabo de madeira
não termocondutor, sendo este segundo material fornecido pelo CIPEM, que
é referência nacional na organização da oferta de produtos florestais com garantia
de origem, advindos do Manejo Florestal Sustentável, por meio de seus
associados. Desse modo, a eficácia da extinção das chamas é potencializada e
consequentemente, a conservação ambiental também.
Outro ponto que vale destacar é que, a participação de diversos setores no
projeto permite que a conservação aconteça em maior escala. Nesse sentido, o
Cipem entende que a união entre as entidades não somente promove benefícios
ao meio ambiente, como também ao Estado, como um todo. Com maiores
recursos e equipamentos eficazes, os bombeiros garantem, por exemplo, maior
proteção às propriedades rurais, assegurando a continuidade das atividades
desenvolvidas regionalmente.
Por fim, o CIPEM reforça o compromisso com a conservação ambiental
aliada ao desenvolvimento de Mato Grosso.
“Realizaremos, portanto, o acompanhamento integral das etapas do Projeto.
Acreditamos que a aproximação com o setor público estadual é peça-chave
para a ampliação desses conceitos e apoiamos futuras colaborações que como
esta, tragam melhorias para a agenda Ambiental, essa iniciativa contou também
com o apoio do SINDUSMAD/SINOP” afirmou Rafael Mason, presidente
do CIPEM.
https://cipem.org.br
Para conferir o artigo na íntegra, acesse:
https://cipem.org.br/sema-cipem-corpo-de-bombeiros-e-outras-entidades-
-cooperam-em-confeccao-e-doacao-de-mais-de-1000-abafadores-ecologicos/
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cada finalidade de uso do florestamento.
+tecnologia
+genética
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NA PRODUÇÃO DE MUDAS
FRASES
Foto: Marcos Corrêa/PR
Não querem deixar que eles evoluam,
não querem deixar que eles plantem
nas suas terras, que explorem, que
garimpem, que construam pequenas
centrais hidrelétricas, que recebam
internet. Querem que continuem
como?
Jair Bolsonaro, Presidente do Brasil sobre as
restrições impostas aos indígenas brasileiros
“No governo do presidente Jair
Bolsonaro, o indígena decide
o rumo que irá seguir, sem
intermediários ou políticas
públicas pautadas em posturas
ideológicas”
Marcelo Xavier, Presidente da Funai (Fundação
Nacional do Índio)
“Esta resolução é moderna,
criativa e inédita no país”
Márcio Nunes, Secretário de Estado do
Desenvolvimento Sustentável e do Turismo
do Paraná, sobre programa da substituição de
plantas exóticas por nativas no Estado
“O Brasil tem a agricultura de
baixo carbono, o Brasil tem
código florestal, que nenhum
deles tem, o Brasil tem uma
série de medidas que deixam
claro que não somos nós
os principais vilões dessa
questão climática. Nós somos
a solução desse problema”
Ricardo Salles, Ministro do Meio Ambiente,
respondendo sobre aquecimento global em
entrevista ao jornal A Tarde
26 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA
Desafiando
GIGANTES
Foto: divulgação
Challenging giants
ENTREVISTA
A
AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras
de Madeiras do Estado do Pará), representa um
grupo com empresas atuantes na exploração
responsável da madeira no Estado com o quinto
maior volume de exportações da matéria-prima no país. Tal
importância no cenário nacional e internacional faz da AIMEX
não apenas um representante, mas também uma referência
na indústria da madeira. Em entrevista a Revista FLORESTAL
Eduardo Leão, novo diretor da AIMEX, valoriza o passado da
instituição, apresenta seus planos para o futuro e ações práticas
para o presente. Confira:
Eduardo
Leão
T
he Association of Wood Exporting Industries of the
State of Pará (AIMEX) represents a group of companies
operating in the responsible exploitation
of timber in the State, with the group being the
fifth largest exporter of the raw material by volume in Brazil.
This importance on the national and international scene makes
AIMEX a representative and reference in the forest product
industry. In an interview with Revista FLORESTAL, Eduardo Leão,
the new Executive Director of AIMEX, values the institution’s
past and presents its plans for the future and practical actions
for the present. Check out below:
ATIVIDADE/ ACTIVITY:
Diretor executivo da AIMEX (Associação das Indústrias
Exportadoras de Madeira do Estado do Pará)
Executive Director of the Association of Wood Exporting
Industries of the State of Pará (AIMEX)
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:
MBA em gestão empresarial (FDC - 2014), mestre em
hidrogeologia (2015), pós-graduado em gestão de recursos
hídricos (2009) e gestão ambiental industrial (2008), engenheiro
sanitarista e ambiental (2004)
BSc. in Sanitary and Environmental Engineering (2004),
Post-Graduate Studies in Industrial Environmental Management
(2008) and Water Resources Management (2009),
MBA (FDC - 2014), MSc. in Hydrogeology (2015)
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ENTREVISTA
>> Recentemente, a entidade perdeu o presidente Carlos
Roberto Pupo. Qual legado deixado pelo ex-presidente?
Já o conhecia antes de estar aqui. Tive uma experiência
como secretário de desenvolvimento do Pará e então lá comecei
a ter esse meu relacionamento com a AIMEX e com o
Pupo. Sempre foi um cara muito guerreiro, conhecedor da
área. Ele tinha um jeito um pouco mais incisivo de dialogar,
mas isso também era por causa do tratamento recebido
pelo setor florestal, com a imagem relacionada ao desmatamento
e sabemos que isso não é verdade. Pupo conhecia todas
as fragilidades do setor, todas as melhorias normativas,
então deixa um legado que, sem sombra de dúvidas, facilita
para quem viesse a sucedê-lo.
>> Quais as principais diferenças entre as atividades anteriores
e o que está sendo feito agora na entidade?
Sempre trabalhei com gestão. Treinei para ser gestor, trabalhar
em qualquer tipo de ramo e trazer essa minha bagagem.
Passei pela Vale, onde trabalhei por quase 10 anos
em projetos que iam da mineração ao agronegócio. Então
sempre fui meio coringa. Em 2015 tive a oportunidade de
trabalhar do outro lado da mesa, indo para o setor público.
Fui secretário de Estado e em 2018 fui convidado para a formação
da primeira diretoria da ANM (Agência Nacional de
Mineração). O que trago é a excelência em gestão, em integridade,
criando procedimentos de operação. Hoje a AIMEX
não tem um planejamento estratégico futuro, e isso já está
na minha lista de tarefas. Onde queremos chegar, daqui a 5
ou 10 anos, um plano de captação de associados, um selo
de qualidade AIMEX, os diferenciais oferecidos para o associado,
são coisas que vou estruturar. Como todo executivo,
não sei quanto tempo vou ficar aqui, mas gostaria de deixar
tudo estruturado.
>> Como aconteceu o convite para assumir a AIMEX?
Chamei a atenção da AIMEX quando ainda trabalhava como
secretário adjunto da secretaria de desenvolvimento estadu-
A madeira tropical tem um
valor muito grande e tem que
ser cada vez mais fortalecida,
pois o manejo florestal é
sinônimo de conservação
Recently, the entity lost Executive Director Carlos Roberto
Pupo to the Novel Coronavirus. What is the legacy left by
the former Director?
I already knew him before I became part of the Association.
When I was with the State of Pará Secretary of Development,
I began to have a relationship with AIMEX and Pupo.
He has always been a fighter, knowledgeable in the area,
had a slightly more penetrating way of dialogue, but this
was also because of the Forestry Sector’s treatment, with its
image related to deforestation, which we know is not valid.
Pupo knew all the weaknesses of the Sector and all the regulatory
improvements, so he left a legacy that undoubtedly
makes it easier for those who succeed him.
What are the main differences between previous management’s
activities and what is being done now in the entity?
I’ve always worked in management. I trained as a manager,
worked in all areas of business, and this is my luggage. I
worked at Vale, for almost ten years, on projects that went
from mining to agribusiness. So, I’ve always been a little
bit of a wild card. In 2015, I had the opportunity to work on
the other side of the table, going to the Public Sector. I was
Secretary of State, and, in 2018, I was invited to participate
on the first board of the National Mining Agency (ANM).
What I bring is excellence in management, integrity, and
creating operating procedures. Today, AIMEX does not have
a strategic plan for the future, which is already on my to-do
list. A plan to outline where we want to be in five or ten
years, increase membership, and create an AIMEX quality
seal: the differentials offered to membership are things that
I will structure. Like every executive, I don’t know how long I
will be here, but I’d like to leave it all structured.
How did the invitation to take over AIMEX happen?
I drew AIMEX’s attention while still working as State of
Pará’s Deputy Secretary of Development. AIMEX, as an
entity representing exporters, was suffering greatly from
the low credibility of the State and Brazilian Government
abroad. There is a significant trade fair there in Nantes,
promoted by Le Commerce Extérieur, a fair for French timber
buyers. They wanted to know what procedures of legal
origin of timber, if it is traceable, for example. They didn’t
know our system. That is the case for Sisflora, which came
before Sinaflora, and the IBAMA management system. So, I
made myself available, went there, represented the State of
Pará, and made a presentation in English and French, to the
French exporters, where I divulged everything, all our regulations,
for them to understand that when a state license is
issued, there is the possibility of traceability, with data and
transparency. All this has existed since 2016 here in the State
of Pará. So, I guess I won over little confidence from them.
When I asked for my resignation from the position in Brasilia
with the ANM, I returned to Belém. I was looking for other
areas of activity, and at that time, AIMEX knew that I was
looking. And unfortunately, it was 20 days after the death of
Pupo. A meeting of the executive body was held, and I was
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ENTREVISTA
al. A AIMEX, como exportadora, estava sofrendo muito com
a baixa credibilidade do governo estadual e brasileiro lá fora.
Existe uma feira muito importante lá em Nantes, promovida
pelo Le Commerce Extérieur que é uma espécie de feira dos
compradores de madeira da França, onde eles queriam conhecer
quais os procedimentos de origem legal da madeira,
se ela é rastreável, por exemplo. Eles não conheciam nosso
sistema. Que no caso era o SISFLORA, que veio antes do
SINAFLORA e do sistema de gestão do IBAMA. Então me
coloquei a disposição, fui lá, representei o Estado do Pará e
fiz a apresentação em inglês e francês, para os exportadores
franceses, onde mostrei tudo, todos os nossos normativos,
para eles acreditarem que quando existe uma licença estadual,
existe a possibilidade de rastreabilidade, com dados e
transparência. Tudo isso já existia desde 2016 aqui no Pará.
Então acho que peguei um pouco de confiança deles. Quando
pedi a minha renúncia do cargo em Brasília, da ANM,
retornei para Belém. Estava procurando outras áreas de
atuação e nesse momento a AIMEX soube que estava aqui e
infelizmente foi 20 dias depois do falecimento do Pupo. Foi
realizada uma reunião do corpo executivo e me fizeram uma
proposta.
>> Conhecer sobre o setor te ajudou a aceitar o desafio?
Conheço quase todos os associados e sei da seriedade dos
envolvidos, sei da confiabilidade, da rastreabilidade do manejo.
Então para mim foi uma decisão bem tranquila.
>> Quais as ações práticas realizadas nesse primeiro momento
de sua gestão?
A gente está batendo muito em normativas. Essas revisões
normativas estaduais ou no IBAMA em nível federal, são
falhas e infelizmente deixam o setor florestal frágil. A famigerada
ação contra o setor tem atrapalhado a possibilidade
de geração de mercado. Tenho uma madeira legalizada, mas
que não pode ser exportada. Existe uma demanda mundial
por cavaco, por sobra de madeira. Temos conversado com
o IBAMA e com a SEMA a respeito do Programa Pau Brasil,
que deve ser lançado até outubro. Ele deve nos dar a chance
de lançar dados sobre a rastreabilidade no sistema do
IBAMA. Isso vai promover mais mercado e mais negócio.
Outra grande luta interna, onde somos mediadores, é em
relação à integração do Estado do Pará e o governo federal,
que é em relação ao SINAFLOR e ao SINAM. Até poucos dias
não tínhamos meios não judiciais para ajustarmos o sistema
SINAFLOR/SINAM e estamos lutando para que essas conversas
continuem. Se isso não se resolver, o setor florestal vai
parar de novo, como já ocorreu no passado. Essa é uma das
grandes prioridades que temos para deixar o setor florestal
trabalhar com tranquilidade.
>> Quais as novas oportunidades para o mercado de madeira
tropical?
A madeira tropical tem um valor muito grande e tem que ser
cada vez mais fortalecida, pois o manejo florestal é sinônimo
de conservação. Estamos sendo incisivos em um programa
Did knowing about the Sector help you in accepting the
challenge?
I knew almost all the members, and I knew about the
seriousness of those involved, about reliability, management,
and traceability. So, for me, it was a straightforward
decision.
What were the practical actions taken in the first moments
of your mandate?
We are still up against regulations. These Federal or IBAMA
regulatory revisions are flawed and, unfortunately, lead to
a fragile Forestry Sector. The infamous Action XXXX-15. This
type of procedure has hindered the possibility of creating a
market. We have legalized wood that cannot be exported.
There is a worldwide demand for chips from timber wastes.
We have talked with IBAMA and SEMA about the Pau Brasil
Program, which should be launched by October. It should
give us a chance to release data on traceability within the
IBAMA system. This will promote the creation of larger
markets and more business. Another internal struggle,
where we are mediators, is concerning the integration of
the State of Pará and the Federal Government regulations,
which is SINAFLOR and SINAM. Until a few days ago, we had
no non-judicial means to adjust that of the SINAFLOR/SI-
NAM system, and we are fighting for these conversations to
continue. If this is not resolved, the Forestry Sector will come
to a stop, as occurred in the past. This is one of our biggest
priorities, letting the Forestry Sector work in peace.
What are the new opportunities for the tropical timber
market?
Tropical timber adds economic value to society. Production
has to be increased because Forest Management is synonymous
with conservation. We are being incisive in a communication
program in the social media and also making
an annual communication program with our local media to
reverse the mystique that Forest Management is not associated
with conservation. You have to realize that you can
harvest around six to ten trees from one hectare that will
contribute to the development of newer plants so that within
thirty years, the area will return to its natural state. This is
mainly unknown by society, including that from the State of
Pará, which lives in the surroundings or in the Amazon Forest.
This focus on communication and information opens up
the possibility of increasing the market internally. Today, our
members work with almost 90% of their production destined
for export, and our actions could open up new markets. For
this, we need to change the thinking that tropical wood is
linked to deforestation. So, this communication issue serves
mainly to demystify the internal market.
The year 2020 showed a sharp fall in timber exports from
the State of Pará. Is that a direct reflection of the pandemic?
What are the expectations for 2021?
I wasn’t here at the time, but from the information I have,
we are looking at a behavior that has similarities to various
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ENTREVISTA
de comunicação nas mídias sociais e também fazendo um
programa de comunicação anual com nossa mídia local,
para tirar essa mística de que o manejo não está associado
à conservação. Você tem que pensar que de um hectare vou
tirar em torno de 6 a 10 árvores que irá contribuir com o desenvolvimento
de plantas mais novas, tudo isso com prazos
de 30 anos para retornar até aquela área. Tudo isso é amplamente
desconhecido pela sociedade, mesmo a paraense,
que mora no entorno ou na Floresta Amazônica. Esse foco
em comunicação e informação abre a possibilidade do mercado
aumentar internamente. Hoje, nossos associados trabalham
com quase 90% de produção para exportação e isso
pode abrir um novo mercado. Para isso precisamos desligar
essa ideia de que madeira tropical está ligada ao desmatamento.
Então essa questão da comunicação vai melhorar
principalmente para desmitificar o mercado interno.
>> O ano de 2020 apresentou uma forte queda na exportação
da madeira no Pará. Isso é reflexo direto da Pandemia?
Quais as expectativas para 2021?
Não estava aqui na época, mas até onde tive informação
esse comportamento foi parecido para diversos setores, não
só o florestal. Os impactos causados pelos lockdowns, fechamentos
de fábricas e afins, que afetaram diretamente os
números do segundo e terceiro trimestres. Agora com a volta
das atividades voltando aos patamares similares pré-pandemia,
temos previsões otimistas para 2021. Os números do
primeiro trimestre, foram, em média, 10% acima em volume
e valor comparado no mesmo período do ano passado.
>> A Operação Androanthus da PF (AM) de forma abrupta
e trucenta, gerou grandes impactos aos madeireiros do
norte do país. Qual posicionamento da AIMEX diante da
situação?
A operação Androanthus, na nossa avaliação, como está em
nota divulgada, teve falhas operacionais. Quando se pega
toda uma região muito grande, como é a do Tapajós, não
pode colocar tudo no mesmo balaio. Sabemos que existem
os ilegais, faltou esse discernimento de separar o joio do trigo.
Temos associados da AIMEX com madeira certificada paralisada
pela PF (Polícia Federal). Ou seja, se tem um selo de
Procedimento FSC, se tem todo um procedimento de cadeia
de custódia, de rastreabilidade, que foi apresentado para a
PF e a PF não analisou? Chegou uma ação/solicitação judicial
há alguns dias atrás e a PF retroagiu: ela tinha liberado
e ela deu baixa com uma manifestação travando a liberação
de carga. Então foi uma situação bem complexa, onde houve
falhas, principalmente ligadas aos nossos associados. A PF
não reconhece permuta de terra, colocando tudo como grilagem.
Isso já é um procedimento adotado pelo governo do
Estado do Pará, com a emissão de título. Tudo isso é muito
frágil e precisaria realmente ser revisto.
>> A atuação de ONGs que buscam proteger a floresta é
muito forte na Amazônia e pouco ou quase nada pensam
nas pessoas que vivem na Floresta Amazônica. Qual o posi-
sectors, not just forestry. The impacts caused by lockdowns,
factory closures, and the like directly affected the numbers
of the second and third quarters. Now with the return of
activities to similar pre-pandemic levels, we have optimistic
forecasts for 2021. The first-quarter figures were on average
10% higher in volume and value compared to the same
period last year.
The Handroanthus Operation by the Federal Police (PF) in
the State curtailed forest operations, generating impacts
to the Forestry Sector in the State of Pará. What is AIMEX’s
position in the face of the situation?
The Handroanthus Operation, in our evaluation, and confirmed
in an officially released statement, had operational
failures. When you take a vast region, like Tapajós, you can’t
put everything in the same basket. We know that there are
illegal operations; this operation lacked this discernment
of separating the wheat from the chaff. We have AIMEX
members with certified timber seized by the PF. That is,
the timber has the FSC seal, the whole chain of custody
procedure, rastreability, all presented to the PF, and did the
PF analyze it? As the result of a lawsuit filed a few days ago,
the PF backtracked: it had the timber released, but it was released
during a demonstration hindering the release. So, it is
a very complex situation, where there were failures, mainly
associated to our members. The PF does not recognize the
transfer of land titles, calling land occupation illegal. Land
title transfer is already a procedure adopted by the Government
of the State of Pará, issuing proper land titles. All of
this is very fragile and needs to be reviewed.
Então se essas pessoas
não tiverem renda,
não tiverem como
serem pagos por isso,
não tenha dúvida que
elas vão voltar para a
floresta e teremos novos
tipos de desmatamento
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ENTREVISTA
cionamento da AIMEX sobre estas entidades?
Diria que muito disso é a questão da comunicação. Imagino
que muitas dessas ONGs, em grande maioria internacionais,
não têm conhecimento sobre a população, que
vive no meio da floresta e que também precisa de outra
fonte de renda. Hoje, infelizmente, os pagamentos por
serviços ambientais não estão popularizados. Existem algumas
iniciativas de pagamento por serviços ambientais, mas
um quilombola, uma tribo indígena, ou um ribeirinho sabem
disso? Temos associados AIMEX, que tem exploração
por manejo através de comunidades quilombolas. Conta
com nota fiscal, trabalho legal e isso deve ser colocado em
consideração. Por isso temos que mostrar para a sociedade,
nacional e internacional, que os povos amazônicos representam
25 milhões de pessoas em nível continente. Então
se essas pessoas não tiverem renda, não tiverem como
serem pagos por isso, não tenha dúvida que elas vão voltar
para a floresta e teremos novos tipos de desmatamento.
Fazendo o corte seletivo, estamos ajudando aquela floresta
a agregar carbono, fazer o papel de floresta, fazer o papel
de oxigenação. Talvez as ONGs, em sua grande maioria,
não tenham pleno conhecimento sobre isso e acreditem
que só a floresta intacta que tem esse valor. Uma das tarefas
que temos pela frente é a de fazer um grande papel de
conscientização e trazer essas entidades para conhecerem
os grandes produtos do manejo sustentável.
>> Quais seus planos para a valorização da madeira tropical?
Fazer um planejamento estratégico, mostrar qual o diferencial
da AIMEX em relação a outras associações, quais
são os benefícios de trabalhar conosco. Infelizmente, nossos
políticos, não necessariamente deste governo, passam
uma percepção de que são suscetíveis à corrupção. E não
é bem assim. Temos bons programas de gestão dentro do
governo, o próprio SINAFLOR e o SISFLORA, que são sistemas
inteligentes, que fazem o cruzamento de informação,
mas infelizmente a baixa credibilidade dos nosso governos
diante de quadros internacionais nos fragilizam. Então,
quando chega para o importador francês, por exemplo,
ele fica cheio de dúvidas sobre o trabalho envolvido na
extração da madeira ou mesmo a legalidade dela. Por isso
temos o foco em criar o selo AIMEX, para dar mais credibilidade
à madeira, visando acordos internacionais, por uma
FSC ou ITTO, temos que mostrar que esse selo, quando
atribuído ao nosso associado, separa o joio do trigo.
The actions of NGOs seek to protect the Amazon Forest,
and give little or almost no consideration to the people
living in the Forest. What is AIMEX’s position on this?
I would say that a lot of this is a lack of communication. I
imagine that many of these NGOs, mostly international,
have no knowledge about the population, who live in the
middle of the forest and who also need another source of
income. Today, unfortunately, payments for environmental
services are not popularized. There are payments for
initiatives for ecological services, but do a colony, an Indian
tribe, or a riverside dweller know that? We have AIMEX
members who undertake Forest Management using workers
from colony communities. They provide invoices, work
legally, and this should be taken into account. That is why
we have to show to society, national and international, that,
at the continental level, 25 million people live in the Amazon
Forest. So, if these people have no income, no way to be
paid for conservation, no doubt, they will go back to depend
on illegal forest operations. So, we’ll have new types of deforestation.
By selectively cutting, we’re helping that forest
sequester carbon, playing the role of the forest, playing the
role of oxygenation. For the most part, NGOs are not fully
aware of this and believe that only an intact forest has value.
One of the tasks that we have ahead of us is to take on
the role of awareness and get these entities to understand
the products of Sustainable Management.
What are your plans for a better appreciation of tropical
wood?
Strategic planning, by showing what is the differential of
AIMEX with other associations, what are the benefits of
working with us. Unfortunately, our politicians, not necessarily
of this Government, pass on a perception that the
associations are susceptible to corruption. And it’s not like
that. We have good management programs within the
Government, Sinaflor itself, and Sisflora, intelligent systems
that cross-reference information. Still, unfortunately, the low
credibility of our governments in the face of international
frameworks weakens us. So, when French importers arrive,
for example, they are full of doubts about the work involved
in the timber extraction or even the legality of it. Therefore,
we have to focus on creating the AIMEX seal to give more
credibility to the harvested timber, aiming at international
agreements through an FSC or ITTO and show what this seal
means when attributed to our members - separating the
wheat from the chaff.
Talvez as ONGs, em sua grande maioria, não tenham
pleno conhecimento sobre isso e acreditem que só
a floresta intacta que tem esse valor
36 www.referenciaflorestal.com.br
A Unylaser, fabricante do Fueiro RAPTOR®, uniu forças com a Librelato
para em conjunto desenvolver este Hexatrem especialmente para a
Suzano-Bahia. Toda a experiência e conhecimento adquirido ao longo
dos anos, bem como a orientação do cliente, foram fundamentais para
este projeto que utiliza Fueiros RAPTOR® 16.000 com a caixa de carga
extra larga. O produto foi especificamente desenvolvido para
transporte de madeira fora de estrada.
PRINCIPAL
SOB MEDIDA PARA
O MERCADO
Fotos: Emanoel Caldeira e divulgação
Empresa ganha cada vez mais o mercado interno e se
destaca inclusive no mercado internacional de fueiros
38 www.referenciaflorestal.com.br
C
om 17 anos de atuação no mercado, a Unylaser
nasceu dentro do Grupo PCP Steel, sediado em
Caxias do Sul (RS). A criação da empresa teve
como foco a entrada da companhia no segmento
florestal, em especial no fornecimento de
componentes e conjuntos metálicos de médio à grande porte
e de alta complexidade.
A Unylaser busca oferecer não apenas fueiros, chassis,
sobrechassis, defensas e outros acessórios para operação e
logística, mas também a possibilidade da customização personalizada
aos clientes.
“Dispomos de uma engenharia capacitada para entender
a necessidade do mercado e desenvolver novos e inovadores
produtos para dispor ao mercado uma operação cada vez mais
rentável, entendendo as reais necessidades das operações de
cada cliente”, explicou o responsável pela gestão comercial da
Unylaser, Roger Viezzer.
Made-to-measure
for the market
A company increasingly gains share of the
domestic bunk and stanchion market and
even stands out in the international market
S
eventeen years ago, Unylaser was born
within the PCP Steel Group, in Caxias do
Sul, in the Sierra of State of Rio Grande do
Sul. Unylaser’s birth focused on the Group’s
entry into the forestry segment, primarily
supplying metal components and assemblies for medium
to large and high-complexity equipment.
Junho 2021
39
PRINCIPAL
Todos os produtos da empresa disponibilizados ao setor
por meio da linha Raptor Florestal são feitos em aço de alta
e ultra-alta resistência, permitindo maior durabilidade, segurança
e economia de custos.
CRESCIMENTO DE FORA PARA DENTRO
Mesmo sediada no Brasil, a Unylaser teve como primeiros
clientes empresas do setor de celulose do Uruguai, país que faz
fronteira com o Rio Grande do Sul. Atualmente, 70% dos fueiros
que entram na nação vizinha são da marca Raptor Florestal.
No Brasil, a empresa atende empresas como a CNPC, Klabin
e Suzano, tendo atuação em Estados das regiões nordeste,
centro-oeste, sudeste e sul.
Além do Uruguai, a Unylaser também tem atuações em
mercados internacionais como Chile, Canadá, EUA (Estados
Unidos da América), África do Sul e Portugal.
“Buscamos desenvolver novos mercados para ter um
escoamento da produção excedente, participação em moeda
forte e também poder mitigar algum efeito de crise que possa
ter no futuro. Sabemos que o Brasil não anda em um ciclo
constante e essa capilarização de negócios no exterior é muito
importante”, pontuou o gerente de exportações da Unylaser,
Fernando dos Reis.
Unylaser seeks to offer stanchions, bunks, chassis, flatbeds,
fenders, and other accessories for forest operations
and logistics and customized equipment to customers.
“We have an engineering department capable of
understanding the needs of the market and developing
new and innovative products leading to an increasingly
profitable operation, understanding the real needs of
each customer,” explains Roger Viezzer, Head of Sales
Management for Unylaser.
All Company products are made available to the
industry through the Raptor Forestry line and are made
of high and ultra-high-strength steel providing greater
durability, safety, and cost savings.
GROWTH FROM THE OUTSIDE IN
Even being headquartered in Brazil, Unylaser had,
as its first customers, companies in the Pulp Sector in
Uruguay, a Country bordering the State of Rio Grande do
Sul. Currently, 70% of the bunks that enter the neighboring
nation are of the Raptor Forestal brand.
In Brazil, the Company serves customers such as CNPC,
Klabin, and Suzano, operating in the Northeastern, Midwestern,
Southeastern, and Southern Regions of Brazil.
40 www.referenciaflorestal.com.br
O diferencial dos produtos em aço de alta e ultra-alta
resistência foi ao encontro com a necessidade de clientes na
América do Norte, que ainda utilizavam fueiros e chassis com
ligas de alumínio.
“Buscamos entregar um produto com a cara do cliente,
entendendo o tipo de madeira que vai ser utilizado, quantos
eixos e rodas, quantas viagens ele vai fazer e tentamos estimar
até o quanto de economia na manutenção em pneus, freios e
consumo de combustível ele vai conseguir utilizando um fueiro
Raptor Florestal em comparação com um fueiro comum”,
comparou Reis.
Nos EUA, a Unylaser está trabalhando em um projeto de
inovação que consiste na criação de um chassi florestal completo
feito de aço de alta resistência. O produto foi batizado de
Lynx (lince, em português), que deve abrir ainda mais portas
para o portfólio da empresa no mercado internacional.
In addition to Uruguay, Unylaser also has operations
in international markets such as Chile, Canada, the United
States, South Africa, and Portugal.
“We seek to develop new markets so that any surplus
production can be sold, participating in a strong currency,
and also help to mitigate any crisis effect that may occur
in the future. We know that Brazil has economic ups and
downs, and this capillarization of business abroad is very
important,” points out Fernando dos Reis, Export Manager
for Unylaser.
The differential of high and ultra-high-strength steel
products was in line with customers’ needs in North
America, who still used stanchions and chassis made with
aluminum alloys.
Dispomos de
uma engenharia
capacitada
para entender
a necessidade
do mercado e
desenvolver novos
e inovadores
produtos
Junho 2021
41
PRINCIPAL
Já no Canadá, em janeiro de 2021, a Unylaser fechou um
acordo para exportação de componentes e equipamentos
para a multinacional do segmento florestal Munden Trucking,
possibilitando que a empresa abrisse um escritório avançado
no país (Edge Steel Solutions) como foco no desenvolvimento
e prospecção de novos parceiros na região.
“Trabalhando com mercados de vanguarda, de alta exigência,
de alto requerimento de níveis de qualidade, é necessário
que a gente consiga entregar um produto à altura daquilo que
se espera. Hoje não somos posicionados como um produto
barato e sim como um produto que entrega mais valor à operação
do cliente”, completou Reis.
Não somos posicionados
como um produto barato
e sim como um produto
que entrega mais valor a
operação do cliente
“We seek to deliver a product suitable to the customer,
understanding the type of timber that will be transported,
how many axles and wheels, how many trips. In addition,
we try to estimate how much savings will be achieved on
tire and brake maintenance and fuel consumption using
a Raptor Forestry bunk compared to a common bunk,”
added Export Manager Reis.
In the United States, Unylaser is working on an innovative
project to create a complete forestry chassis made
of high-strength steel. The product, baptized Lynx, should
open more doors to the Company’s product portfolio in
the international market.
In Canada, in January 2021, Unylaser signed an agreement
to export components and equipment to Munden
Trucking, a multinational operating in the forestry transportation
segment. This agreement enabled the Company
to open an advanced office in the Country (Edge Steel
Solutions) to focus on developing and prospecting new
commercial relationships in the region.
“Working with cutting-edge and high-demand markets
with high-quality levels, we need to be able to deliver
a product that is what is expected. Today, we are not
positioned as a cheap product manufacturer, but rather
as a product manufacturer that delivers more value to
the customer’s operation,” added Export Manager Reis.
GROWTH EVEN DURING THE PANDEMIC
At a delicate time for the world economy with the
Covid-19 pandemic, Unylaser has managed to be an ex-
42 www.referenciaflorestal.com.br
CRESCIMENTO MESMO NA PANDEMIA
Mesmo em um momento delicado para a economia mundial
com a pandemia da Covid-19, a Unylaser tem conseguido
ser uma exceção no mercado e registrar crescimento econômico,
além de aumentar o corpo de funcionários.
“A projeção de crescimento da Unylaser para 2021 é na
ordem de 60%. Nós estamos com diversas ações no que se
refere a ampliação do parque fabril, investimentos voltados
para novos equipamentos e substituição de equipamentos por
máquinas mais modernas”, projetou Viezzer.
Atualmente a empresa conta com 220 colaboradores e com
a demanda crescente de produtos, deve continuar a elevar o
corpo de funcionários, em especial, em técnicos e engenheiros.
“É uma coisa simples, mas quem tem a informação e cria
a necessidade é o cliente, por isso ouvimos muito o cliente
para evoluir os nossos produtos. O básico a gente já fez e a
evolução dos nossos produtos é focada na necessidade do
cliente”, finalizou o responsável pelo setor de vendas e atuação
em campo, Eduardo Maggioni.
ception in the market and record economic growth and
increase the number of employees.
“Unylaser’s growth projection for 2021 is around 60%.
As a result, we are planning several actions regarding the
expansion of the plant, investments focused on new equipment,
and replacement of equipment by more modern
machines,” analyzed Head of Sales Management Viezzer.
Currently. the Company counts on 220 employees,
and with the growing demand for products, the Company
should continue to increase the number of employees,
especially technicians and engineers.
“It’s a simple thing, but who has the information and
creates the need is the customer, so we listen to customers,
and potential customers, to evolve our products.
The basics we have already done and the evolution of
our products are focused on customer needs,” concluded
Eduardo Maggioni, Head of Sales and Field Operations.
Junho 2021
43
ECONOMIA
Madeira
LEGALIZADA
44 www.referenciaflorestal.com.br
Primeiro lote de
madeira legalizada é
comercializado por
comunidade da Reserva
Extrativista de Mapuá
Fotos: divulgação
Aexploração sustentável de madeira na RESEX
(Reserva Extrativista) Mapuá, no município
de Breves, região do Marajó, conquistou mais
uma importante etapa. Em abril deste ano,
os moradores da Resex finalizaram a venda
do primeiro lote de madeira legalizada da comunidade. O
volume explorado, de 367 m³ (metros cúbicos) de madeira
em tora, é referente à primeira UPA (Unidade de Produção
Anual), iniciada em dezembro de 2020.
“O manejo florestal comunitário era um projeto antigo
dos moradores daqui. Há muitos anos a gente aguardava
por esse momento, pois, sabemos que ele pode significar
um divisor de águas no desenvolvimento da nossa comunidade”,
comemora o agroextrativista João Batista Brandão,
do grupo de manejadores do rio Aramã, responsável pela
exploração florestal da primeira UPA. Segundo ele, a exploração
e a comercialização da segunda UPA deve ocorrer
ainda em 2021.
Junho 2021
45
ECONOMIA
A exploração madeireira na localidade atende as recomendações
do ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade), órgão responsável pela aprovação
do PMFS (Plano de Manejo Florestal Sustentável)
da RESEX, em setembro de 2019. O Plano contempla uma
área de aproximadamente 6.300 ha (hectares), dividida
em dois pólos comunitários: Boa Esperança e Santíssima
Trindade.
De acordo com Marcelo Galdino, coordenador do programa
Florestas Comunitárias, do IFT (Instituto Floresta
Tropical), a atual etapa do manejo sustentável de madeira
na RESEX é reflexo da organização comunitária e do PMFS,
que começou a ser elaborado em 2018 a partir de uma
oficina do IFT destinada ao grupo de manejadores locais.
“Todo o processo de elaboração do plano de manejo contou
com a participação da comunidade. Desde a primeira
reunião até a finalização do plano, tudo foi feito de forma
participativa, ouvindo os manejadores da Unidade, ICM-
BIO e o conselho gestor da RESEX”, destaca Galdino.
No PMFS a comunidade se propõe a promover o uso
tradicional dos recursos naturais de forma sustentável,
condizentes ao modo de vida da população tradicional residente
no interior da RESEX.
ASSESSORIA TÉCNICA DO IFT
Antes de iniciar oficialmente o manejo florestal na
comunidade, todos os manejadores passaram por cursos
de treinamento e capacitação realizados pelo IFT. Entre os
cursos ofertados estiveram TOI (Técnicas de Planejamento
e Abertura de Infraestrutura) e TCS (Técnicas Especiais
em Derruba de Árvores). “Todas essas capacitações, divididas
em aulas práticas e teóricas, abordaram diversos
conhecimentos destinados ao aumento da eficiência do
manejo florestal, segurança e conforto no trabalho com
uso de motosserras durante às diversas atividades com exploração
de impacto reduzido e planejamento e abertura
manual de estradas para facilitar o transporte da madeira”,
relata o técnico florestal João Adriano Lima.
O coordenador do programa Florestas Comunitárias
ressalta ainda que o manejo madeireiro não se resume à
retirada e venda da madeira. “O manejo comunitário é um
conjunto de técnicas e metodologias que envolve as comunidades
durante boa parte do ano. O IFT também realiza
capacitações de exploração de impacto reduzido e orienta
atividades prévias à extração madeireira, como o levantamento
de estoque, classificação e cubagem de madeira.”
46 www.referenciaflorestal.com.br
FLORESTAS COMUNITÁRIAS
O assessoramento do manejo sustentável na RESEX
Mapuá é uma iniciativa do projeto Florestas Comunitárias,
que tem o objetivo de apoiar a implementação de modelos
de manejo florestal comunitário para uso e comercialização
de madeira e açaí na localidade. O projeto conta
com o apoio financeiro do BNDES, por meio do Fundo
Amazônia, e com as parcerias institucionais da Caterpillar,
Keila Florestal e Stihl.
Há muitos anos a gente
aguardava por esse momento,
pois, sabemos que ele pode
significar um divisor de águas
no desenvolvimento da nossa
comunidade
Disco de corte para Feller
Usinagem
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conforme modelo ou amostra,
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qualidade;
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utilização de até 20
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SILVICULTURA
Poda FLORESTAL:
Benefícios da condução florestal para uso
múltiplo com alto valor agregado
Este artigo foi produzido pelo especialista Pedro Francio Filho,
da empresa Francio Soluções Florestais
Fotos: Francio Soluções Florestais
PRODUTO FINAL
48 www.referenciaflorestal.com.br
Adesrama (ou poda dos ramos) é uma prática silvicultural
de remoção de galhos ou ramos laterais
das árvores, em seu todo ou em partes. O objetivo
principal da operação é a produção de madeira
limpa (clearwood), livre de nós, que tem maior
valor agregado no mercado; porém a prática possibilita também
o uso múltiplo da floresta, aumento da qualidade e consequentemente
da produtividade, controle da umidade (evitando
doenças). Se realizada da maneira correta, e no período adequado,
também diminui a ocorrência de incêndios de copa.
A melhor época é no período mais seco do ano, normalmente
no inverno, onde os dias são mais curtos também. Esse
período coincide com a dormência da planta, dias mais curtos,
onde a cicatrização da planta é mais rápida, diminui a possibilidade
de brotação e melhora o desenvolvimento da floresta.
Mas depende muito das condições edafoclimáticas de cada região
do país, que poderá mudar o período da atividade.
O período ideal para a primeira poda seria entre 10 e 18
meses no eucalipto e 2 a 3 anos no Pínus, e normalmente são
retirados de 30 a 40% da altura total da árvore, para não diminuir
sua atividade fotossintética, utilizando a serrinha ou tesoura
de poda adequada, para cicatrizar mais rápido e melhor. Na
segunda poda, já será necessário um cabo extensor, e realizar
a poda de aproximadamente 50% da altura total da árvore -
sendo realizada no ano seguinte a primeira poda. Já a terceira e
quarta poda, serão realizadas de acordo com a altura comercial
a ser explorada, e finalidade da madeira.
GPC23 COM 7 ANOS NA FAZENDA
PEDRA BRANCA EM CAMPO LARGO (PR)
PODA, AFIAÇÃO
E MANUTENÇÃO
É muito importante analisar o perfil de crescimento da floresta,
se for uma floresta homogênea - alturas iguais – a poda
será realizada de uma mesma altura padrão em relação ao solo;
porém se a floresta for heterogênea – alturas distintas - a altura
de poda de cada árvore deverá ser analisada individualmente,
requerendo assim um olhar mais crítico do operador.
A idade adequada para a realização da desrama em árvores
de eucalipto varia conforme a espécie e as condições de solo e
clima em que a propriedade rural esteja localizada (pois esses
fatores afetam o crescimento das árvores). Quanto mais rápido
o crescimento das árvores, mais cedo deve-se desramá-las.
Com a contínua melhoria da qualidade genética, das mudas e
das técnicas de preparo do solo e de manutenção inicial dos
plantios (incluindo-se o controle de formigas cortadeiras), normalmente
a primeira desrama é realizada entre o primeiro e
segundo ano e a segunda desrama entre o segundo e terceiro
ano.
A escolha da ferramenta de trabalho é feita de acordo com
o estágio de desenvolvimento da floresta e da ergonomia, visto
que a poda é uma operação repetitiva e muito cansativa. A
afiação e manutenção constante das ferramentas são fundamentais
para melhorar o desempenho da equipe, e também a
qualidade da poda, resultando em uma melhor cicatrização e
desenvolvimento da floresta.
EXIGÊNCIAS PARA A OPERAÇÃO DE PODA:
• Área relativamente limpa de matocompetição, para facilitar
o deslocamento do operador e de seus equipamentos;
• Utilizar todos os Equipamentos de Proteção Individual;
• Utilizar a ferramenta de poda ideal e com a manutenção em dia;
• A poda deve ser feita bem próxima ao tronco, sem deixar pontas
ou pequenos toquinhos expostos;
• Evitar ao máximo danificar o tronco da árvore.
Junho 2021
49
MERCADO
Florestas cultivadas são a
maior cultura agrícola de
MINAS GERAIS
50 www.referenciaflorestal.com.br
Estudo ratifica que
Estado conta com 2,3
milhões de hectares de
áreas produtivas e mais
de 1,3 milhão de áreas
nativas conservadas
Fotos: divulgação
Junho 2021
51
MERCADO
O
maior levantamento já realizado com
imagens de satélite em Minas Gerais foi
concluído recentemente com precisão
superior a 97% no mapeamento e caracterização
das florestas cultivadas no estado.
Os dados consolidam as florestas cultivadas como a maior
cultura agrícola mineira presente em 803 municípios
(94%). Esse é o mais detalhado estudo já realizado no setor:
são 2,3 milhões de ha (hectares) de área de produção
de florestas e mais de 1,3 milhão de ha de áreas nativas
conservadas em 2020. A cada 1 ha de floresta cultivada,
0,6 ha de floresta nativa é conservada, seja em APPs (Áreas
de Preservação Permanente), RLs (Reservas Legais), RPPNs
(Reservas Particulares do Patrimônio Natural) ou programas
de restauração de áreas degradadas.
As imagens permitiram a obtenção de dados a partir
de áreas com 0,25 ha cultivado. Outra novidade é que o
levantamento aponta as classes de uso e cobertura da
terra que substituíram ou foram substituídas por florestas
cultivadas, além da espécie cultivada. O levantamento foi
realizado pela startup: Canopy Remote Sensing Solutions;
com o apoio do SINDIFER (Sindicato da Indústria do Ferro
no Estado de Minas Gerais) e da AMIF (Associação Mineira
da Indústria Florestal). “Fizemos um cruzamento entre o
que há de mais inovador em tecnologia de imagens de
satélite e avaliações do olho humano. Assim, foi possível
ter um retrato fidedigno das florestas cultivadas em Minas
Gerais”, destaca a presidente da AMIF, Adriana Maugeri.
O levantamento é estratégico para a tomada de decisões
na agroindústria e para o próprio desenvolvimento do
setor. “O Plano Nacional de Florestas Plantadas estabeleceu
como meta ampliar a área de produção em 2 milhões
de ha até 2030 (cerca 20%). A missão que abraçamos na
Canopy é de usar o estado da arte em geotecnologias para
entregar não só um raio-x completo das áreas de floresta
cultivada em Minas e no Brasil, mas um sistema de suporte
à decisão florestal, com informações sistemáticas, precisas
e atualizadas”, afirma o Co-fundador e CEO da Canopy Remote
Sensing Solutions, Fabio Gonçalves.
Painéis, pisos laminados, madeira serrada, madeira
tratada, carvão vegetal, celulose e papel são alguns dos
produtos gerados a partir das florestas cultivadas. Tais produtos
também solidificam a posição do estado internacionalmente:
Minas Gerais segue como líder mundial na produção
e consumo de carvão vegetal. “O carvão vegetal é
um insumo importante também para a produção de ferro
gusa nas siderúrgicas de Minas Gerais. Além da área cultivada,
saber o que se tem de disponibilidade de madeira no
estado é fundamental. Com essa tecnologia, em breve, teremos
o volume de madeira disponível nas áreas de plantio,
ou seja, informação relevante para o planejamento das
usinas”, afirma o presidente do SINDIFER, Fausto Varela.
O levantamento utilizou mais de 3.500 imagens de satélite
coletadas sobre o território mineiro na última década. O
cultivo do gênero eucalipto é o principal nos plantios com
96,8% do total de hectares. A região norte de Minas Gerais
concentra 25% da base florestal no estado, seguida pelo
Vale do Jequitinhonha (13%) e a região central (12%). As
demais regiões representam a outra metade da área total
plantada.
52 www.referenciaflorestal.com.br
A EXPANSÃO DA BASE FLORESTAL
A expansão da base florestal em 2020 ocorreu em
cerca de 29,2 mil ha, se comparada com o período de
2018/2019. Os novos plantios estão localizados nas regiões
norte (38%), central (28%) e Vale do Jequitinhonha (16%).
Por outro lado, cerca de 9,5 mil ha de plantios florestais
foram em 2020 convertidos em outras culturas agrícolas
(39%), pastagens (11%) e outros usos (50%), como loteamentos
e áreas de mineração. Consideradas as áreas de
expansão e de retração, o levantamento indica um saldo
positivo de 19,7 mil ha, o equivalente a 1% de crescimento,
aproximadamente, na área de floresta cultivada em
relação a 2018/2019.
CULTIVO POR BIOMA
O território mineiro é abrangido por três biomas em
toda a sua extensão, de acordo com classificação do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). São eles:
Cerrado (54%), Mata Atlântica (40%) e Caatinga (6%). As
florestas cultivadas em Minas Gerais estão presentes em
4,79% da área do Cerrado, 3,33% da área da Mata Atlântica
e 0,01% da área da Caatinga.
Uso da terra nos biomas mineiros
Bioma Floresta cultivada (%) Outros tipos de uso (%)
Mata Atlântica 3,33
96,67
Cerrado 4,79
95,21
Caatinga
0,01 99,99
Fonte: IBGE (2019), CANOPY e AMIF (2021)
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Junho 2021
53
MERCADO
FLORESTAS CULTIVADAS EM MINAS GERAIS
Os dados do novo levantamento solidificam a posição
de Minas Gerais como o maior produtor de florestas cultivadas
do Brasil. Embora as florestas cultivadas representem
apenas 1%, aproximadamente, do território brasileiro,
cerca de 90% de toda a madeira produzida com finalidade
industrial no país vêm dessa cultura, segundo a IBÁ (Indústria
Brasileira de Árvores).
As florestas cultivadas reduzem a pressão sobre as florestas
nativas porque fornecem insumos necessários à cadeia
produtiva da madeira. Elas também contribuem para
manter a disponibilidade de água no solo, capturam carbono
e lançam oxigênio na atmosfera reduzindo impactos
de gases do efeito estufa. Todo o cultivo dessas florestas é
baseado em práticas sustentáveis de uso do solo atestadas
em certificações nacionais e internacionais.
“Nós mostramos que é totalmente possível promover
o desenvolvimento econômico aliado à conservação ambiental
e respeito às comunidades que integram os territórios
onde atuamos. Para a floresta cultivada sobreviver e
produzir de forma satisfatória é indispensável conservar os
54 www.referenciaflorestal.com.br
ecursos naturais. Nossos plantios são feitos em forma de
mosaico por causa disso. É uma relação de simbiose entre
as florestas. A madeira é um dos materiais mais nobres e
consumidos na história da humanidade. A preocupação
atual que deve pautar a sociedade é exigir a origem sustentável
e legal dessa madeira. Este é o papel da indústria
florestal: oferecer ao mercado uma madeira que apresente
integralmente todo o cuidado e preocupação com a sustentabilidade
do nosso planeta”, explica a presidente da
AMIF, Adriana Maugeri.
A AMIF e o SINDIFER
A AMIF representa os produtores de florestas cultivadas
com a finalidade de extração da madeira de forma
sustentável, além de representar os consumidores de
produtos e subprodutos florestais. Já o SINDIFER tem estreita
relação com as florestas cultivadas devido ao uso de
carvão vegetal (com origem nessas florestas) na produção
de ferro gusa.
Todo o cultivo dessas
florestas é baseado em
práticas sustentáveis de
uso do solo atestadas em
certificações nacionais e
internacionais
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Junho 2021
55
CIÊNCIA
Desenvolvimento
SUSTENTÁVEL
A silvicultura de
floresta nativa
recebe um olhar mais
apurado pensando no
presente e futuro de
sua atividade
Fotos: divulgação
56 www.referenciaflorestal.com.br
Junho 2021 57
CIÊNCIA
O
PP&D-SEN (Programa de Pesquisa & Desenvolvimento
em Silvicultura de Espécies) tem
por objetivo promover o desenvolvimento
científico e tecnológico necessário ao estabelecimento
da silvicultura de espécies nativas
no Brasil em escala comparável à dos principais setores
agroindustriais do país. Ao longo de 15 anos, o PP&D-SEN
prevê a implementação de uma rede de 20 sítios de estudo
na Amazônia e na Mata Atlântica, com espécies já mapeadas
segundo seu potencial econômico.
“A silvicultura de espécies nativas tem potencial para
alcançar a mesma dimensão geográfica e socioeconômica
de grandes setores já consolidados, como as florestas
plantadas, soja, milho e cana-de-açúcar”, explica Miguel
Calmon, líder da força tarefa sobre o tema na Coalizão Brasil
e consultor sênior do WRI Brasil. “Embora algumas espécies
nativas tenham alto valor e sejam muito procuradas por
importadores, seu potencial econômico ainda precisa ser
desenvolvido”, destaca.
Atualmente o país fornece menos de 10% da produção
global de madeira tropical. Nesse vácuo, a exploração ilegal
avança sobre florestas nativas: embora não existam dados
oficiais, estima-se que até 90% das madeiras exportadas
sejam extraídas irregularmente, subtraindo impostos, causando
danos à imagem internacional do país e agravando as
taxas de desmatamento.
A crescente demanda nacional e internacional por madeiras
nativas do Brasil ainda não gerou um setor tão consolidado
quanto o de espécies exóticas usadas para a produção
de papel e celulose no país. Um dos fatores para essa
diferença é justamente o investimento em P&D (Pesquisa e
Desenvolvimento). Nos últimos quarenta anos, as indústrias
do pinus e do eucalipto investiram no melhoramento das espécies
para produção, gerando grandes resultados. O mesmo
não se deu com as nativas e, por isso, ainda há muitas
lacunas de conhecimento técnico e científico. O programa
lançado pela Coalizão Brasil visa contribuir para preencher
essa lacuna.
O PP&D-SEN é uma iniciativa pioneira, que vai envolver
universidades, instituições de pesquisa, empresas, governos
e sociedade civil, e uma oportunidade para financiadores
que querem investir nesse setor.
O reflorestamento com espécies nativas e o manejo
sustentável de florestas naturais e plantadas também contribuem
para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas,
colaborando para que o país cumpra a meta de restaurar e
reflorestar 12 milhões de ha (hectares) de áreas e florestas
degradadas até 2030 como parte de seu esforço para atingir
as metas climáticas em sua NDC (Contribuição Nacionalmente
Determinada) sob o Acordo de Paris. “O Acordo de Paris,
a Iniciativa 20x20, o Desafio de Bonn e a Década da Restauração
de Ecossistemas da ONU reconhecem a restauração e
o reflorestamento como uma estratégia-chave para mitigar
as mudanças climáticas e melhorar a resiliência ambiental,
econômica e social”, lembra Patricia Daros, diretora do Fundo
Vale. “Só conseguiremos avançar nessa agenda por meio
de ações coletivas, coordenadas, com o envolvimento de
diferentes setores”, completa.
Como o programa funciona
O Programa visa buscar recursos e parcerias para apoiar projetos de pesquisa em três áreas prioritárias:
Produção Florestal, Meio Ambiente e Paisagem, e Dimensões Humanas, cada uma delas com subdivisões operacionais:
Produção Florestal:
• Melhoramento Florestal - propagação vegetativa e sementes/mudas;
• Manejo Florestal - práticas silviculturais e zoneamento topoclimático;
• Tecnologia de Produtos Florestais - produtos madeireiros e não-madeireiros.
Meio Ambiente e Paisagem:
• Serviços Ecossistêmicos - carbono, água, inimigos naturais, polinizadores e qualidade do solo;
• Biodiversidade - conservação biológica, conflito com a fauna, uso sustentável e monitoramento.
Dimensões Humanas
• Socioeconomia- análises de custos, geração de empregos e mercado;
• Políticas públicas - Código Florestal e marco regulatório.
58 www.referenciaflorestal.com.br
A implantação do programa deverá ter início pela
criação da Rede SELD (Rede de Sítios de Estudo de Longa
Duração), a ser composta por 20 unidades de pesquisa
com 15 ha cada, distribuídas nos biomas Amazônia e
Mata Atlântica. As atividades devem ser financiadas por
diferentes tipos de agentes econômicos, como bancos de
desenvolvimento, fundações de amparo à pesquisa e financiadores
privados.
A silvicultura de espécies
nativas tem potencial para
alcançar a mesma dimensão
geográfica e socioeconômica
de grandes setores já
consolidados
Junho 2021
59
PESQUISA
A história da pesquisa
com eucalipto no Brasil
VIROU LIVRO
A EMBRAPA catalogou
seus 40 anos em
pesquisas em um
documento sobre o
gênero mais utilizado
em plantios florestais
no Brasil
EDILSON BATISTA DE OLIVEIRA
PESQUISADOR DA EMBRAPA FLORESTAS
JOSÉ ELIDNEY PINTO JÚNIOR
PESQUISADOR DA EMBRAPA FLORESTAS
60 www.referenciaflorestal.com.br
Junho 2021 61
PESQUISA
O
eucalipto e a EMBRAPA: quatro décadas de
pesquisa e desenvolvimento: é o título do livro
lançado na solenidade de aniversário da EM-
BRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária),
que faz um resgate das várias linhas
de pesquisa realizadas com o eucalipto, gênero arbóreo mais
utilizado em plantios florestais com fins produtivos no Brasil.
O livro, que conta com mais de mil páginas, lançado no
aniversário de 48 anos da EMBRAPA, apresenta os resultados
de esforços conjuntos de 105 autores na descrição de conhecimentos
e tecnologias para o setor florestal brasileiro. Os resultados
destas pesquisas têm contribuído para colocar o Brasil
como referência na silvicultura de eucalipto e evidenciam o
retorno tecnológico gerado pela pesquisa científica para o uso
sustentável da terra.
Com edição técnica de Edilson Batista de Oliveira e José
Elidney Pinto Júnior, pesquisadores da Embrapa Florestas, o
livro reúne o trabalho de 21 Unidades da EMBRAPA e conta
com texto de apresentação de Antônio Paulo Mendes Galvão,
ex-chefe da Embrapa Florestas, e principal articulador da
criação desta Unidade da Embrapa. Destaque para o prefácio
de Alysson Paolinelli, um dos responsáveis pela criação da
EMBRAPA, e por modernizar e expandir a empresa quando
ocupou o cargo de Ministro da Agricultura, na década de
1970. Devido à relevância de sua trajetória para a segurança
alimentar mundial, Paolinelli foi indicado para concorrer ao
Prêmio Nobel da Paz 2021.
O livro abarca 35 capítulos com informações resultantes
da pesquisa que se iniciou com o esforço conjunto multi-ins-
titucional e que possibilitou que a EMBRAPA Florestas, no
início da década de 1980, buscasse sementes de eucaliptos e
corímbias na Austrália e Indonésia, locais de origem do eucalipto,
e assim renovasse, com uma rede inicial com aproximadamente
240 experimentos distribuídos em diversos Estados
do país, a base genética utilizada hoje em muitas plantações.
Aborda, também, as tecnologias que possibilitaram a criação
de um sistema de produção altamente inovador, que tornou
o Brasil referência mundial em produtividade e silvicultura do
eucalipto.
Conforme destacado pelos editores, a alta produtividade
da eucaliptocultura exigiu da própria pesquisa científica
reavaliações sobre as questões ambientais. Uma demanda
da sociedade, por exemplo, é relacionada aos tipos de impactos
ambientais dos plantios de eucalipto em contraponto
à sustentabilidade das plantações florestais. A ciência tem
mostrado que tais impactos são pequenos em relação aos
de outras culturas agrícolas, inclusive apontando diversos
serviços ambientais proporcionados pelo cultivo do eucalipto.
Estes pontos são abordados no livro, que trata ainda de genética,
mudanças climáticas, uso do solo, nutrição, serviços
ambientais, restauração florestal, geração de renda, abelhas,
nanotecnologia, pragas e doenças, sementes, mudas, softwares,
geração de energia, integração lavoura-pecuária-floresta,
entre diversas informações e referências bibliográficas.
Presente em todos os biomas, o eucalipto possui grande
transversalidade e importância para o agronegócio. “Cultivado
em propriedades rurais familiares até grandes empresas,
tanto em monocultivos como em sistemas integrados, o
62 www.referenciaflorestal.com.br
gênero se tornou o mais plantado no país, gerando milhões
de empregos diretos, indiretos e resultantes do efeito-renda,
e receita de bilhões de dólares. Diversos serviços ambientais
são prestados, com destaque para a captura de gases de
efeito estufa e para os vários serviços decorrentes dos sistemas
de integração lavoura-pecuária-floresta, como conforto
térmico para o gado, que têm mostrado aumento da rentabilidade
econômica pela elevação da produtividade animal e
pela produção de madeira. Fundamental é a sua importância
na redução da pressão sobre florestas naturais, evitando desmatamentos
para obtenção de matéria-prima, em especial
madeira para múltiplas finalidades”, destacam os editores.
O EUCALIPTO
O eucalipto está presente no Brasil há mais de 150 anos e
sua utilização tem inúmeras finalidades, como: lenha, estacas,
moirões, dormentes, carvão vegetal, celulose e papel, chapas
de fibras e de partículas, até movelaria, geração de energia,
medicamentos, entre outros. Sua versatilidade, facilidade no
plantio, velocidade de crescimento, adaptação a vários climas
e alto potencial econômico, fizeram com que ele se tornasse
uma das espécies de maior importância econômica para nossa
economia. Anualmente, segundo a IBÁ (Indústria Brasileira
de Árvores), são 5,5 milhões de ha (hectares) plantados que
produzem em média 39 m³/ha/ano.
A ciência tem mostrado que
tais impactos são pequenos em
relação aos de outras culturas
agrícolas, inclusive apontando
diversos serviços ambientais
proporcionados pelo
cultivo do eucalipto
AGENDA
AGENDA2021
Entendendo a Amazônia
19 a 22
Online
https://agrirex.congresse.me/amazonia
JULHO
2021
JUL
2021
ENTENDENDO A AMAZÔNIA
O evento realizado pela Agrirex tem como foco entender
a Amazônia de maneira mais clara, considerando todos
os fatores envolvidos, como meio ambiente, as pessoas, a
economia, os desafios e oportunidades para o desenvolvimento
sustentável de atividades agropecuárias na região. A
abertura do evento será feita por Alysson Paolinelli, ex-ministro
da agricultura e indicado ao Nobel da Paz
Imagem: reprodução
JULHO
2021
Fitecma Argentina
14 a 17
Buenos Aires (Argentina)
http://feria.fitecma.com.ar
WoodEX for Africa
23 a 25
Joanesburgo (África do Sul)
http://www.woodexforafrica.com/
AGOSTO
2021
AGO
2021
WOODEX FOR AFRICA
A edição de 2021 do evento promete ser a maior
da história, com o dobro de marcas e expositores
presentes em relação a última edição. Estão presentes
representantes de mais de 30 países, sendo considerada
uma das maiores feiras da indústria da madeira e
móveis do continente africano.
Imagem: reprodução
64 www.referenciaflorestal.com.br
AGENDA2021
sólida e moderna
A TPH Forest destaca-se na fabricação de
grua florestal, garras, estruturas florestais
e Mini Skidder
AGOSTO
2021
Timber and Working with Wood Show –
Melbourne
27 a 29
Melbourne (Austrália)
www.timberandworkingwithwoodshow.
com.au/melbourne
SETEMBRO
2021
Av. José Bressan, 860 - Centro | Riqueza/ SC
+55 (49) 3675-0195 (49) 99915-9658
www.tphforest.com.br
WMF & WMA Beijing
Data: 3 a 6
Local: Pequim (China)
http://www.woodworkfair.com
SETEMBRO
2021
Simpos 2021
22 a 24
Curitiba (PR)
https://simpos2020.galoa.com.br/
Junho 2021
65
ESPAÇO ABERTO
Foto: divulgação
ESG é prioridade
EM 2021
Por Marcus Nakagawa,
Graduado em Propaganda e Marketing (ESPM-
SP), Mestre em Administração com o foco
em Sustentabilidade (PUC-SP), idealizador,
fundador e conselheiro da ABRAPS.
Novas práticas empresariais
dão o tom de uma nova
forma de administrar
pensando além dos lucros e
desempenho
O
começo de ano é sempre uma incógnita para todos.
Muitos planejamentos de atividades, metas
com números e orçamentos financeiros. Mas, este
ano, o foco será um pouco diferente. É um período
de muito cuidado e as pessoas anseiam pela
recuperação econômica e social do Brasil e do mundo.
Para os planejadores e financistas de plantão, o trabalho de
avaliar o macroambiente, o mercado e as variáveis incontroláveis
nunca foram tão difíceis como agora. Para se ter uma ideia, no
ano passado haveria um crescimento ou uma melhor condição
de produção e vendas. E para a nossa surpresa, um fator incontrolável
apareceu, causando um movimento sem precedentes no
mundo globalizado.
Mas a ideia não é colocar aqui as imensas manobras que as
empresas tiveram que fazer para sobreviver. Mas sim os saberes
que tivemos para este ano trabalharmos com muito afinco.
Na temática do desenvolvimento sustentável houve um crescimento
de empresas preocupadas em aprender sobre os inúmeros
tópicos que compõe este tema. O número de signatários
dos Dez Princípios do Pacto Global cresceu em 2020, chegando a
1.100 organizações.
Este movimento foi lançado em 2000 pelo então secretário-geral
das Nações Unidas, Kofi Annan. O Pacto Global busca
empresas que alinhem as suas estratégias de operações e desenvolvam
ações que contribuam para a melhora dos desafios que
compõe a sociedade. Os 10 princípios universais do Pacto são
hoje a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo.
O ESG (Environmental, Social and Governance) ganhou destaque
nos principais jornais e sites de notícias do país, colocando
as questões Ambientais, Sociais e de Governança como um foco
de atenção principalmente para os investidores. E este novo
modelo mental de gerar valor começa a entrar nas estratégias de
negócios das grandes empresas, pois os acionistas entenderam
que estes conjuntos de indicadores precisam fazer parte das entregas,
além da lucratividade.
Muitos fundos com carteira de ações de empresas, que se
preocupam com estes temas começaram a mostrar que não é só
por ajudar o meio ambiente ou as pessoas, mas sim uma forma
de ter mais controle, menos riscos e estar de acordo com a missão,
visão e valores que ficam muito bem nas entradas de suas
organizações. Gerar valor não somente para os clientes, acionistas
ou executivos, mas também para a sociedade em geral, para
os funcionários e todos os outros públicos de relacionamento, os
famosos e importantes stakeholders.
Mas a jornada para trazer estes indicadores ainda é longa. É
preciso sair da teoria e ir para a prática. Grandes bancos começam
inclusive a colocar profissionais especialistas nestas temáticas
em sua bancada de conselheiros na governança da empresa.
Outros não estão mais financiando projetos e empresas que
possam ter problemas com o ESG. Ou seja, o setor financeiro,
que popularizou estas três letras para economizar os termos sustentabilidade
corporativa ou desenvolvimento sustentável, está
tentando mostrar que se adapta para esta nova realidade.
66 www.referenciaflorestal.com.br
Novo sistema de medição de
comprimento ainda mais preciso;
Novo projeto de chassis, mais
robusto, maior durabilidade;
Novos cilindros das facas de
desgalhe;
Pinos substituíveis do Link,
simplificando sua manutenção;
Novo acesso ao ponto para
lubrificação, mais segurança na
manutenção;
Nova geometria da caixa da serra,
que propicia um ciclo de corte mais
rápido com menor lasque da
madeira;
Anéis trava ajustáveis no conjunto
de medição do diâmetro, que
estendem a durabilidade dos
componentes.
Serviço: (41) 2102-2881
Cabeçote: (41) 2102-2811
Peças: (41) 2102-2881
(41) 9 8856.4302
Pinhais-PR: Rua Alto Paraná, 226 - Sala 02
(41) 9 9232.7625
Butiá-RS: Av. Perimetral Sargento Fermino Peixoto da Silva, 181
(41) 9 9219.3741 Caçador-SC: Rua Victor Meireles, 90 • NOVA SEDE
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