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Contabilidades disruptivas ganham cada vez mais mercado e visam status de
unicórnio nos próximos anos
Entrar para o grupo das empresas
inovadoras que valem 1 bilhão de
dólares ou mais é fruto da excelência
em inovar, relatam empreendedores
Depois de quebrarem paradigmas no
mercado brasileiro, muitas empresas
que apostaram na contabilidade disruptiva
agora visualizam, em um futuro
bem próximo, o status de unicórnio.
Caracterizadas pela inovação, elas
criaram e fazem uso de plataformas
digitais para levar facilidade aos clientes,
além de economia real em tributos,
atingindo alto valor de mercado
– como já ocorre com aplicativos de
mobilidade urbana, setor imobiliário e
bancos digitais, por exemplo.
por meios digitais. Uma contabilidade
com um perfil disruptivo se apropria
das tecnologias da informação para colocar
no mercado serviços e soluções
inovadores, capazes de ampliar o conceito
de contabilidade em si.
Com isso, conquistam reconhecimento
no mercado, agregam valor à marca e
ao mercado e se alçam a postulantes a
unicórnio.
voltada para as grandes, com soluções
efetivas e expressivas, transformadoras
das áreas que estão abaixo de um CFO
(Chief Financial Officer).
“Mesmo os processos operacionais
mais complexos, que exigiam interação
humana, já são feitos por meio da
robotização. O profissional de contabilidade
tem que atuar apenas nas etapas
essencialmente estratégicas. Isso tem
garantido a prestação de serviço de
gestão contábil, fiscal e financeira não
só mais rápida, como extremamente
correta, com alto grau de acuracidade.
É a contabilidade no estado da arte, em
tempo real”, frisa Lucas Ribeiro.
Empresas unicórnios são startups
– isto é, empreendimentos nascidos
com alto grau de inovação, escalabilidade,
recorrência e boas margens
– que alcançam, em breve período, valor
de mercado igual ou superior a 1
bilhão de dólares. Esse salto é possível
por conta do aporte de investidores,
que reconhecem na startup a
disrupção, e identificam considerável
potencial de expansão e até dominação
de determinados mercados.
Já as contabilidades que seguem esta
tendência são aquelas que estão revolucionando
a forma de prestar serviços
contábeis, fiscais e financeiros às empresas.
Um critério elementar é ter nas
soluções de tecnologia da informação
sua forma de atuação. São negócios
automatizados, que realizam procedimentos
por meio de robôs e promovem
análises a partir da inteligência
artificial. Reduzindo significativamente
o uso de pessoas, com muito mais
velocidade e assertividade. Afinal, os
dois estão cada dia mais raros no Brasil
e no mundo: bons profissionais e uma
contabilidade veloz e assertiva, dado a
alta complexidade do sistema tributário
brasileiro: estima-se que existam 2
bilhões de cenários tributários no país,
o que causa atrasos e erros constantes.
A quebra de paradigmas, porém, não
está atrelada apenas ao fato de ser um
serviço on-line, oferecido e executado
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“A contabilidade mais convencional
desaparecerá nos próximos 5 a 10
anos, quando atingir o ‘estado da arte’,
no qual não se enxergam mais análises
e apurações fiscais, nem lançamentos
contábeis ou fechamentos de balanços,
nem mesmo pagamentos e até mesmo
auditoria, pois tudo será automatizado
e feito pela Inteligência Artificial”,
sublinha o fundador e CEO da ROIT,
Lucas Ribeiro.
Fintech com sede em Curitiba e clientes
das mais variadas atividades, em
todo o país, a ROIT é exemplo de que a
tecnologia da informação é apropriada
para a oferta de serviços para além das
convencionais geração de guias, prestação
de contas e outros procedimentos
operacionais. Com 5 anos – foi constituída
em janeiro de 2016 -, a ROIT está
consolidando soluções tecnológicas
que operam de forma integrada o contábil,
o fiscal e o financeiro, de grandes
empresas. A ROIT é a única Fintech
Para se ter uma ideia, os robôs contadores
da ROIT já atingiram a marca
de 8 milhões de lançamentos contábeis
sem intervenção humana e mantêm
98% de assertividade. Segundo a
fintech, eles já respondem por 10 das
12 etapas que, em média, compõem o
fluxo de um processo contábil. Assim,
ao profissional cabe operar em apenas
dois momentos específicos, para
análises e decisões estratégicas.
Tal atuação promete levar a ROIT ao
valor de US$ 1 bilhão até 2023, tornando-se,
assim, unicórnio, calcula Lucas
Ribeiro. Soma-se a esta estratégia, o
posicionamento com soluções e integrações
efetivas com ERPs de grande
porte e soluções financeiras globais,
como a australiana CashFlowStory.
Na mesma expectativa encontram-se
outras contabilidades inovadoras, porém
focadas em micro e pequenas empresas,
como a ContabilizeAqui, que
também é uma das referências nacionais
em inovação tecnológica na prestação
de serviços contábeis.
Seu idealizador e sócio, Leandro Batagin,
endossa as palavras de Lucas Ribeiro:
para ser disruptiva, não basta ser
online, é imprescindível a tecnologia e
a inovação.
Atendimento especializado e prático,
serviços a valores mais acessíveis, democratizando
o acesso à gestão con-
tábil por parte de empresas de vários
portes também caracterizam uma contabilidade,
de fato, disruptiva.
Citando o professor Clayton Christensen,
de Harvard, Leandro Batagin
afirma: “acreditamos que para quebrar
paradigmas, não basta ser on-line.
É preciso oferecer preços atrativos,
tecnologia, suporte humanizado e conhecimento
técnico”.
essa ideia na prática. Se a sua ideia for
disruptiva, na prática, se torne sustentável
e escalável, a sua empresa se
tornar unicórnio será uma consequência”.
Para tanto, o idealizador do ContabilizeAqui,
que tem base em Capivari, interior
de São Paulo, insiste em alguns
aspectos: “O valor dos serviços é um
dos atrativos, mas não é o único.
A ContabilizeAqui prioriza oferecer
serviços de qualidade, que exige colaboradores
comprometidos, acesso
a uma plataforma onde o cliente consegue
ter o histórico de sua empresa, suporte
via plataforma, telefone e whatsapp”,
exemplifica.
Além da ROIT e da ContabilizeAqui, a
Agilize e a Contabilizei são outros casos
de contabilidades disruptivas, que
cada vez mais ganham notoriedade e
trilham um percurso que tende ao título
de unicórnio.
Ressaltando os quase 28 anos de atuação
da ContabilizeAqui (primeiro
como Escritório Santa Isabel), Leandro
Batagin pontua que, com a contabilidade
disruptiva, a economia mensal das
micro e pequenas empresas com gestão
contábil pode chegar a 90%. “O acesso
à contabilidade inovadora possibilita
que grande parte dos empreendedores
brasileiros consigam regularizar o seu
negócio para crescerem e continuarem
a empreender”, enaltece.
Segundo o Doing Business, ranking
do Banco Mundial que trata da regulamentação
do ambiente de negócios,
o Brasil está na 184ª posição de 190
quando o assunto é pagar impostos:
um prato cheio para o sucesso destas
startups de alto rendimento, que visam,
justamente, diminuir a alta carga
tributária, além de oportunizar gestão
eficiente e crescimento às empresas.
Além disso, a mesma entidade indica
que o brasileiro gasta, por ano, 1.500
horas no cálculo e pagamento de tributos,
enquanto a média nos demais países
da América Latina gira em torno
das 300 horas por ano. “Nós estamos
trabalhando bastante para reduzir essa
desvantagem competitiva, com inteligência
artificial e robotização”, finaliza
Ribeiro.
E qual o caminho a ser seguido rumo
ao valor de mercado de US$ 1 bilhão
e passar a ser unicórnio? Para Leandro
Batagin, isso não pode ser objetivo
central de nenhuma empresa, “pois,
como dizia Steve Jobs, ‘o dinheiro é importante
para conseguir as coisas, mas
não pode ser o seu objetivo principal’.
Uma boa ideia apenas não se sustenta,
o que vale mesmo é como se coloca
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O futuro é agora: a tecnologia como aliada dos advogados – Por: Vinicius Marques é
Founder e CEO da EasyJur Software Jurídico Inteligente, especializado em Gestão e
Tecnologia Jurídica.
Direito vem passando por diversas
mudanças nos últimos tem-
O
pos, e agora os “advogados do futuro”
estão transformando a forma de exercer
a justiça no presente
No Brasil e ao redor do mundo praticamente
todas as profissões estão passando
por mudanças importantes.
Isso diz respeito ao avanço tecnológico
e à própria evolução do que entendemos
por metodologia de trabalho e
valorização humana. Evidentemente, a
figura do advogado não poderia ficar
de fora desse contexto, sendo primordial
para o estabelecimento de ordem e
o cumprimento da lei no âmbito
social. Não há como negar que o Direito
representa um dos pilares principais
da sociedade e, por tamanha relevância,
os profissionais da área precisam
se adequar às tendências de mercado
para que consigam atender suas
demandas e estabelecerem vantagem
competitiva.
Discutir o futuro do advogado no
Brasil não é uma tarefa fácil, mas se
existe algum tipo de unanimidade
sobre o tema é de que a tecnologia
será um componente primordial para
um melhor entendimento sobre a realidade
operacional dos escritórios de
advocacia. Ao longo dos anos, dada a
complexidade de uma rotina de trabalho
que pode fugir do controle dos colaboradores,
o profissional do Direito
teve o cerne de suas atividades desvirtuado,
passando a lidar com atividades
que não exigem sua real capacitação.
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Por isso, a importância de se abordar
o assunto e explorar o que os próximos
anos reservam para a área.
Um novo ritmo produtivo e organizacional
É muito comum se deparar com um
ambiente extremamente caótico e dinâmico
dentro de um escritório.
As equipes precisam lidar com um
fluxo de informações que só tende a
crescer com a expansão do negócio e
a consolidação de um ótimo posicionamento
no mercado. No entanto, esse
crescimento não precisa ser um entrave
operacional para o gestor, afinal, todos
desejam alavancar seus resultados
e continuar em um ritmo crescente de
sucesso. Nesse sentido, o componente
tecnológico surge como uma grande
oportunidade de reformular as estruturas
que movem as operações de
forma ágil e assertiva, minimizando a
ocorrência de erros como a perda de
prazos, por exemplo.
Há de se enfatizar que nenhuma mente
humana está preparada para conduzir
inúmeras tarefas repetitivas que beiram
a exaustão. Desse modo, é natural
que situações problemáticas ocorram e
é por isso que os escritórios de advocacia
não podem correr esse risco
Embora a transformação digital seja
um fenômeno cada vez mais presente
no meio empresarial, ainda é comum
identificar pontos de resistência à
implementação tecnológica.
Seja pela desinformação em relação ao
real propósito da tecnologia no ambiente
de trabalho, ou à falta de iniciativa
para encontrar alternativas adaptáveis
às necessidades do negócio.
Tão importante quanto destacar as
contribuições da inovação para as empresas
é compreender a subjetividade
do tema e desmistificar tópicos que
prejudiquem a entrada de novas organizações
à era digital.
A automatização, além de impulsionar
a agilidade dos processos e introduzir
um espaço digital que garanta a segurança
das informações manipuladas,
abre portas para que o advogado adote
uma postura de foco total em sua capacitação
primária.
O advogado do futuro tem a tecnologia
como aliada
Não é sobre ofuscar a participação das
pessoas ou retirá-las da prateleira de
frente das empresas. O protagonismo,
como deve ser, continua totalmente
implícito aos profissionais do Direito
que, com o suporte tecnológico, deixarão
de gastar tempo hábil com atividades
que não exigem qualquer tipo de
resposta estratégica por parte dos colaboradores.
Como resultado, é natural
que se construa uma cultura corporativa
de valorização humana, deixando
as dificuldades operacionais a cargo da
máquina.
Sem dúvidas, o futuro do advogado no
Brasil passa pelo equilíbrio entre a presença
da tecnologia e a produtividade
de equipes respaldadas digitalmente.
Ferramentas inovadoras estão surgindo
a todo instante, oferecendo insumos
analíticos para que encontremos nosso
potencial diariamente. O segredo está
no balanço entre extremos aparentemente
opostos, mas que, juntos, podem
colocar o escritório de advocacia
em um caminho de conquistas proveitosas
para todos.
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O imbróglio sobre o imposto de importação dos cilindros de oxigênio
Por: Ana Campos é Especialista em Aquisições e Reestruturações e sócia fundadora
da empresa Grounds, empresa de consultoria inteligente especializada nas
áreas contábil, tributária, trabalhista, previdenciária e financeira.
Analisando o contexto do aumento
– e posterior redução – do II pelo Comitê
Executivo de Gestão da Câmara de
Comércio Exterior (Camex)
O Imposto sobre a importação de produtos
estrangeiros (II) é um tributo de competência
federal que incide sobre produtos
estrangeiros cujas alíquotas, conforme
explícito no Artigo 153 da Constituição
Federal, podem ser alteradas pelo Poder
Executivo.
Dito isso, nas últimas semanas, diante do
colapso ocasionado pela falta de oxigênio
nos hospitais de Manaus para pacientes de
COVID-19, o II voltou a ser discutido na
grande mídia do país, uma vez que o imposto
de importação sobre os cilindros de
oxigênio fora elevado no fim do ano poucas
semanas antes da atual crise
– fator que, na prática, seria mais um entrave
para o combate aos caos na saúde
pública manauara e, em última instância,
para o controle dos casos graves de coronavírus
que voltam a crescer no país.
O objetivo deste artigo é contribuir para
uma elucidação deste cenário.
O que ocorreu, de fato?
Houve falha do Governo Federal? Qual o
órgão responsável e quais foram as diretrizes
para o aumento? Vamos a uma análise
mais
detalhada do caso.
Entendendo a questão
De início, é importante salientar que, no
último dia 15, em medida antecipada pelo
Presidente da República Jair Bolsonaro, o
Comitê Executivo de Gestão da Câmara
de Comércio Exterior (Camex), do Ministério
da Economia, zerou o imposto de
importação sobre os cilindros de oxigênio,
monitores de sinais vitais, sensores de oxigênio
e “diversos insumos médicos que
permitem intensificar o combate à pandemia
da COVID-19.”
Para entendermos a medida – que pode
evitar um problema ainda maior no Amazonas
e em outros estados que enfrentam
aumentam de internações motivadas pelo
coronavírus – no entanto, precisamos voltar
algumas casas no tabuleiro do combate
a pandemia.
Já no início da crise, o Comitê Executivo
de Gestão da Câmara de Comércio Exterior
criou, a partir da Resolução Camex nº
17, de 17 de março de 2020, a lista de redução
temporária das alíquotas do Imposto
de Importação para combate à COVID-19,
a qual vem sendo atualizada por uma série
de resoluções subsequentes e que, em
suma, reduz a zero o II de uma série de
produtos importantes para o controle da
pandemia de coronavírus.
Ocorre que, em dezembro do ano passado,
os cilindros de oxigênio não foram incluídos
na prorrogação da medida de redução
da alíquota e, portanto, voltaram a ser taxados
já em janeiro (14% para os cilindros
de ferro e 16% para os cilindros de alumínio).
Em comunicado, o Camex informou
que a decisão seguiu recomendação do
Ministério da Saúde “autoridade finalística
sobre o assunto no âmbito do governo
federal”.
Diante da crise de Manaus e da repercussão
negativa em torno da questão, o Camex
buscou uma resolução rápida sobre
o tema e, como dito acima, fez uma nova
atualização da lista, incluindo um total de
561 que ficam isentos de II, ao menos até
30 de junho deste ano.
A responsabilidade do Governo
Federal e uma visão sobre o
caso
Não há como eximir a responsabilidade do
Governo Federal em torno do imbróglio
do imposto sobre os cilindros de oxigênio.
Ainda que a questão pareça, muito mais,
uma falha de comunicação que, se não
tivesse sido rapidamente sanada, poderia
causar ainda mais impactos para a crise
da COVID-19 no Brasil; o fato é que, conforme
aponto acima, o II é um tributo de
incumbência do Poder Executivo.
Além disso, o Ministério da Saúde e o Ministério
da Economia são órgãos subordinados
diretamente a Presidência da República
e, portanto, seus equívocos e virtudes
pesam também sobre os ombros do Governo
Federal.
Da parte dos órgãos subordinados é fundamental,
por sua vez, que haja um assessoramento
mais eficiente da Presidência; de
modo que o poder executivo, no conjunto
de suas forças, possa antever, se planejar
e agir de modo eficiente em contextos de
crise e, sobretudo, para que se evitem colapsos,
como o penoso e triste cenário vivido
em Manaus.
O fato é que falhas de comunicação – seguidas
de idas e vindas nas tomadas de
decisão – infelizmente, não são uma novidade
no atual contexto de instabilidade
política vivido pelo País. Ainda assim,
cabe à sociedade a cobrança de atitudes
mais assertivas, as quais serão, mais do
que nunca, essenciais para que o país volte
a crescer e para a proteção da vida de cidadãos
brasileiros.
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Trabalho híbrido pode ser o “novo normal” nas relações profissionais – Por: Gabriella
Valdambrini , Advogada
advogada Gabriella Valdambrini
A ressalta que é necessária atenção
aos aspectos jurídicos que envolvem
este formato
Alternar o trabalho no escritório com
o home office:
esta poderá ser a realidade dos trabalhadores
brasileiros na pós-pandemia.
A modalidade conhecida como ‘trabalho
híbrido’, já tem sido implementada
em várias empresas ao redor do mundo
e parece ser uma alternativa adequada
para os tempos incertos que vivemos
em razão da atual pandemia.
O que ocorre é que as relações trabalhistas
foram diretamente afetadas pela
necessidade do isolamento social, as
empresas tiveram que buscar alternativas
e, de início, a regra parecia ser mesmo
o home office em tempo integral.
Contudo, alguns profissionais realmente
precisam alternar suas ornadas
entre escritório e casa devido às especificidades
de suas tarefas.
Mas é preciso estar atento aos direitos
e deveres do empregador e empregado
nesta modalidade, como por exemplo,
o ‘direito à desconexão’. Sobretudo o
empregador, precisa ficar atento ao
direito ao descanso, entre outros direitos
do empregado, mesmo no formato
híbrido. Isso permitiria, por exemplo,
que os trabalhadores deixassem de
responder mensagens enviadas fora
do horário de expediente ou que não
atendessem ligações dos empregadores
em seus períodos de descanso. E como
o empregador irá monitorar se o trabalhador
realmente está cumprindo a sua
jornada de trabalho?
Neste caso, a discussão está relacionada
ao teletrabalho, modalidade de trabalho
que foi incluída legalmente em
2017, através da Reforma trabalhista
(Lei 13.467), mas que não prevê direito
à horas extras sob a alegação de que
a empresa não teria como controlar a
jornada do profissional.
A advogada trabalhista Gabriella Valdambrini
observa que “o trabalho híbrido
não tem uma legislação específica
e não está regulamentado na CLT
ou em qualquer outra lei, pois é uma
mistura do trabalho presencial e tele
presencial. Por isso, as empresas precisam
ficar atentas e respeitar as regras
das suas modalidades”.
A advogada destaca ainda que o empregador
precisa estar atento à convenção
coletiva: “É importante que as
empresas observem se há previsão na
convenção coletiva sobre o teletrabalho,
porque se houver alguma diferenciação,
ela poderá aplicar nos dias que
o empregado estiver em casa no regime
híbrido.
Muitos sindicatos, antes de existir o
teletrabalho, já vinham prevendo algumas
questões de responsabilidade do
empregador quando o empregado estivesse
em casa.
É o caso das empresas de tecnologia
da informação, o SINDPD já previa na
convenção coletiva que se o empregado
trabalha em casa, o empregador é
obrigado a custear a internet, ou seja,
há obrigações nas convenções coletivas
que acabam ressarcindo o empregado
de custos com o trabalho home office,
por isso é fundamental o conhecimento
das convenções coletivas e o que elas
determinem o que seja ressarcido ao
empregado”.
A advogada acrescenta: “o controle de
horas é a parte que tem mais discussões.
Em princípio, quem está em teletrabalho
não sofre controle de jornada,
mas é claro que dá para a empresa controlá-la
se ela quiser.
A sugestão para a empresa que vai adotar
o formato híbrido é: crie um meio,
ainda que seja login ou logout, para
controlar a jornada de trabalho, mesmo
quando o empregado está em casa,
assim ele não terá como alegar hora extra
e a empresa consegue exigir a mesma
produtividade, seja em casa ou na
empresa”.
Vale lembrar que em março de 2020, o
governo federal editou a Medida Provisória
927 inserindo um capítulo especial
para orientar o teletrabalho.
O parágrafo 5° do artigo 4° desta MP
prevê, por exemplo, que “o tempo de
uso de aplicativos e programas de
comunicação fora da jornada de trabalho
normal do empregado não
constitui tempo à disposição, regime
de prontidão ou de sobreaviso, exceto
se houver previsão em acordo individual
ou coletivo”.
Em relação à adequação legal que os
governos devem fazer para adequar
suas legislações internas a esse novo
‘mundo do trabalho’ que surge, Valdambrini
lembra que desde 1919, ano
em que a OIT realizou a primeira conferência
e impôs limitações à jornada
de trabalho e até hoje, já ocorreram
muitas alterações e flexibilizações relacionadas
às novas demandas trabalhistas,
que foram ocorrendo ao longo
das décadas e foram demandadas pela
adoção de novas tecnologias.
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O real impacto da RPA sobre o cotidiano operacional – Por: Rafael Caillet é fundador
e CEO da Oystr O real impacto da RPA sobre o cotidiano operacional – Por: Rafael
Caillet é fundador e CEO da Oystr
automatização de processos modifica
a perspectiva operacional
A
da empresa e traz oportunidades estratégicas
para que o gestor amplie sua
frente produtiva
O papel da tecnologia no ambiente de
trabalho pode ser traduzido de diversas
formas, em contribuições variadas
para a empresa em questão.
Uma delas, que vem conquistando
cada vez mais espaço no cenário empresarial,
é a Robotic Process Automation
(RPA), aplicação tecnológica voltada
para a digitalização de processos.
Tamanho prestígio pode ser justificado
por razões importantes, como a readequação
de profissionais para atividades
mais estratégicas, aumento na agilidade
e redução na taxa de erros manuais,
entre outros efeitos benéficos que se estendem
para a criação de uma cultura
de diminuição de gastos.
O fato é que, no intuito de aderir à implementação
tecnológica e entrar de
vez na era digital, a RPA se mostra um
caminho capaz de acelerar essa transição.
Para uma organização com pouca
maturidade no que diz respeito à
inovação, que não possui em seu core
business qualquer tipo de proximidade
com a área de TI, é natural que essa
etapa de adaptação seja difícil e ofereça
obstáculos complexos. Nesse sentido,
pensar na RPA como uma nova aliada
operacional é imprescindível atualmente.
A automatização em termos práticos
O gerenciamento de dados, documentos
e arquivos, se conduzido por meio
de sistemas manuais, está sujeito a uma
série de riscos que podem comprometer
os procedimentos como um todo.
Em outros tempos, esse modelo de trabalho
até seria a única saída para que
os profissionais lidassem com um alto
fluxo de informações. Hoje, sob a figura
da RPA, a perspectiva é totalmente
outra.
Automatizar processos é uma movimentação
inovadora, que ressignifica a
participação das pessoas no cotidiano
operacional e concede uma nova abordagem
ao armazenamento e uso dos
dados disponíveis.
O impacto dessas ferramentas, portanto,
é refletido para a empresa em
sua totalidade, e ao contrário do que
alguns imaginavam, o robô não é um
antagonista dos profissionais, mas um
agente potencializador de nossas maiores
capacitações. Isso nos leva ao próximo
tópico.
Valorize o capital intelectual de sua
empresa
A visão que todos nós, enquanto sociedade,
possuímos a respeito da tecnologia
tem se modificado com o passar
dos anos. Felizmente, grande parte das
empresas nacionais estão percebendo o
que se pode perder ao postergar a digitalização
de algumas etapas operacionais.
No fim das contas, as vantagens
retiradas dessa quebra de paradigma
beneficiam, especialmente, as pessoas.
Com esses procedimentos exaustivos
e repetitivos a cargo de robôs personalizados,
respeitando todas as demandas
apresentadas pela organização, os
colaboradores terão tempo hábil para
centralizar seus esforços em atividades
subjetivas e estratégicas, a exemplo do
relacionamento com o cliente. Além
disso, os mesmos poderão apoiar suas
decisões em insights respaldados pela
análise de dados.
O resultado é mais assertividade para
angariar novos clientes e consolidar
melhores resultados.
A RPA é para todos
Sem dúvidas, existem segmentos no
país em que a tecnologia se mostra mais
presente que os demais. No entanto, é
importante enfatizar que o componente
tecnológico está à disposição para
que empresas diversificadas transformem
suas realidades operacionais por
completo. Se tomarmos o setor jurídico
como parâmetro, com escritórios de
advocacia automatizando seus processos
e recuperando o protagonismo do
advogado, encontramos um exemplo
claro de como o robô é capaz de agregar
valor, sem ofuscar os profissionais.
A RPA é uma tendência crescente e que
não pode ser mais adiada pelo empresariado
nacional. Na missão de abraçar
a transformação digital e colocar determinada
empresa em um novo patamar
produtivo, trata-se de uma alternativa
enriquecedora, tanto para as equipes,
envolvidas nos métodos de trabalho,
quanto para o gestor, que terá plenas
condições de alavancar seu negócio.
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Os 5 pilares de uma gestão jurídica de sucesso – Por: Reinaldo Nagao, Sócio no
FNCA Advogados
sucesso de um escritório de advocacia
passa por uma série de
O
fatores que devem culminar em
uma gestão eficiente e modernizada
Dentro da realidade de qualquer
empresa, a gestão é o pilar central
para que as atividades sejam conduzidas
de forma organizada e
funcional, preservando a participação
de todos os envolvidos na
rotina operacional.
No contexto jurídico, ao nos
aprofundarmos no dia a dia dos
escritórios de advocacia, a importância
desse aspecto interno
também é decisiva para o sucesso
do negócio e a angariação de novos
clientes.
O conceito de gestão jurídica
acopla todos os departamentos e
seus respectivos processos, desde
a criação de um planejamento
estratégico à área de marketing
e relacionamento com o cliente.
Dessa forma, abordar o tema
por meio de uma visão macro
sobre o assunto, considerando a
governança como um todo, é imprescindível
para os que buscam
potencializar seus resultados e,
principalmente, consolidar suas
marcas em um mercado cada
vez mais exigente e em constante
evolução.
Nesse sentido, alguns tópicos podem
servir de base para que ocorra
uma verdadeira transformação
no que diz respeito à gestão jurídica
dos escritórios brasileiros.
1. A importância de um alinhamento
estratégico coeso
A organização é a base primária
para que projetos, tarefas, hábitos,
funcionem com harmonia
e exatidão. Não há como esperar
que as equipes trabalhem
adequadamente se não houver
nenhuma movimentação com
o intuito de estabelecer um alinhamento
interno bem resolvido,
com funções designadas com
coerência para que os colaboradores
tenham total tranquilidade
na hora de exercer suas maiores
aptidões.
Por mais simplório que possa
parecer à primeira vista, essa é
uma iniciativa que traz controle
e claridade para o gestor tomar
melhores decisões, sempre de
acordo com a realidade de seu escritório,
bem como as demandas
do mercado jurídico.
2. Compliance é quesito
obrigatório
Transparência, consentimento e
respeito às normas legais.
Esses são preceitos contundentes
do que se entende por Compliance
no ambiente empresarial. Em
termos práticos, isso implica em
uma abordagem responsável sobre
os dados armazenados, com
ferramentas capazes de garantir a
integridade desses materiais.
Na teoria, é muito mais fácil
discutir o impacto positivo da
conformidade, porém o desafio
repousa em transmitir esses princípios
para o dia a dia de trabalho,
refletindo em uma nova concepção
de cultura organizacional.
O gestor deve se apoiar em um
conjunto de ações que visem aderir
à responsabilidade social e o
cumprimento de regras previstas
na legislação. No fim, o Compliance
se configura em um diferencial
competitivo que não pode
ser descartado.
3. Como anda a comunicação
de seu escritório?
Se por um lado o alinhamento
estratégico é primordial para que
os profissionais consigam desempenhar
suas funções, de nada
adiantará se o sistema de comunicação
interna se encontrar fragilizado.
Interatividade, feedback, acesso
democrático a dados importantes
para melhores decisões são elementos
que tornam possível um
suporte recíproco entre os departamentos.
Logo, o maior beneficiado
será o próprio escritório.
4. Cuidar das pessoas é
cuidar do negócio
Investir em ferramentas inovadoras,
tecnologia, entre outros componentes
que distinguem um ne-
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gócio de seus concorrentes, é um
sinal bem-vindo de que os tempos
mudaram e o escritório de
advocacia não se manteve alheio
em meio à onda tecnológica. Dito
isso, essa não é a única frente que
carece de uma atenção especial
por parte do gestor.
As pessoas são e sempre serão
os maiores aditivos de qualquer
organização. São elas as grandes
responsáveis por formar um fio
condutor que levará determinado
negócio ao sucesso. Dentro da
rotina de um escritório jurídico,
que tende a ser caótica e extremamente
dinâmica, é preciso se
atentar às necessidades dos colaboradores
e oferecer uma estrutura
robusta para que a produtividade
seja preservada.
éticos e o respeito à natureza humana.
Para finalizar, destaco que não
existe uma fórmula exata para
que uma gestão jurídica obtenha
sucesso. Entretanto, é possível
afirmar com certeza e segurança
de que esses tópicos, se trabalhados
com seriedade e atenção,
podem transformar a perspectiva
estratégica e indicar um caminho
promissor para os escritórios de
advocacia.
5. Atenção no relacionamento
com o cliente
Oferecer serviços diferenciados
é um objetivo compartilhado
por muitos. No entanto, hoje em
dia, esse não é o único fator a ser
considerado na hora de conquistar
novos clientes. É necessário ir
além, e isso vai de encontro à importância
de proporcionar uma
jornada enriquecedora para o
usuário, compreendendo as particularidades
apresentadas por
cada um.
O advogado lida com pessoas a
todo instante, majoritariamente,
com temas sensíveis e delicados
sob uma ótica geral. Por isso, é
indispensável que o profissional
do Direito tenha insumos para
acompanhar as demandas do público
que se procura atingir, sempre
sob o princípio de conceitos
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Jamir Silva, jornalista e diretor da Revista Empresários, realizou uma entrevista exclusiva com Mariane Peres diretora de
Marketing da PPA onde ela traça um Raio-X sobre o pioneirismo e os principais desafios da empresa fundada em 1983
por Flavio Aparecido Peres e dirigida atualmente por Samuel Peres . A PPA é um exemplo bem-sucedido de empresa
familiar e 100% brasileira. O principal segredo para o sucesso da PPA está na sólida rede de mais de 500 distribuidores
em território nacional além de exportar para mais de 30 países e é líder na indústria de automatização de portas, portões
e cancelas da América Latina.
Quem é Mariane Peres?
Sou Mariane, tenho 36 anos, nasci e
resido na cidade de Garça, interior
de SP. Tenho uma filha de 4 anos, a Sophie.
Sou filha da Mara e do Flávio Peres
e irmã do Samuel.
Sou formada em Comunicação Social
com bacharel em Relações Públicas e
Publicidade & Propaganda pela FAAP-
-SP com MBA em Gestão Empresarial
pela FGV-SP.
Após terminar meus estudos em São
Paulo, em 2010 retornei a minha cidade
natal para dar continuidade a minha
carreira profissional e trabalhar
na empresa da nossa família, na área
em que me preparei academicamente,
contribuindo para o desenvolvimento
e crescimento da PPA.
Trabalhei durante quatro anos na PPA,
passando por diversos departamentos
para adquirir uma visão geral da gestão
da empresa.
Em 2014, encarei um novo desafio e fui
morar nos Estados Unidos, em Miami,
onde fiquei durante cinco anos, com o
objetivo de expandir os negócios. Demos
início à operação da PPA na cidade
de Miami, para atender os Estados
Unidos, e países da América Central e
do Caribe.
Em 2020 retornei para o Brasil e, já
com mais experiência, assumi a direção
da área de comunicação e marketing
do Grupo PPA.
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Sou apaixonada por comunicação e
pelo o que eu faço.
Como nasceu a PPA e quais
foram os principais desafios da
empresa?
A PPA nasceu em 1983 e foi fundada
pelo meu pai, Flavio Peres e seu irmão,
Alcides Peres. Flávio trabalhava na
época com oficina mecânica e seu irmão,
com telefonia.
Um cidadão garcense, na época, comprou
um motor para portão importado
(na época não existia tal produto no
país) e precisava de alguém para realizar
a instalação do equipamento.
O sangue empreendedor de Flavio encontrou
nesta instalação uma oportunidade,
e o inspirou a investir seu
tempo e capital em uma fábrica de automatizadores
para portão.
Foram muitos desafios no caminho,
porém Flavio nunca desistiu de seu sonho.
Nos primeiros anos, minha mãe,
Mara, que lecionava ciências e matemática
em escolas da cidade, trabalhava
nos três períodos para que meu
pai pudesse investir tudo o que tinha e
conseguia em sua pequena fábrica.
Os desafios foram muitos. Na época,
não existia tal produto no país, nem
mesmo algo similar. Foi preciso criar
todas as peças, convencer as pessoas a
tentar produzi-las.
Não existiam também empresas para
vender os automatizadores fabricados.
Ninguém conhecia e ninguém achava
necessário ter um motor no portão de
sua casa.
Flavio começou a vender e instalar
seus produtos, na época direto para o
cliente final. Com o passar dos anos
iniciaram as atividades dos revendedores,
ou seja, instaladores. Não passou
muito tempo, ele viu a necessidade do
trabalho do distribuidor, para ajudá-lo
na comercialização em uma área mais
abrangente e no pós-venda.
Assim foi criada a Rede de Distribuição
PPA. Com muito foco e muito trabalho
de parceria, conseguimos fortalecer
este público, que hoje é composto por
mais de 500 parceiros distribuidores
PPA no Brasil.
Além disso, passamos por desafios gerados
por momentos políticos marcantes
e situações em que o país passou
por crises econômicas.
Antes de assumir o cargo de Diretora
de Marketing da PPA onde você
foi aprimorar novos conhecimentos
e por quê?
Eu morei por cinco anos nos Estados
Unidos, em Miami.
Aos meus 16 anos eu fiz um intercâmbio
cultural e morei por um ano nos
Estados Unidos, no estado do Texas.
Terminei meu ensino médio lá. Me
apaixonei pelo país e tinha um sonho
de morar lá novamente.
Quando surgiu a necessidade de abrir
uma operação em Miami, eu me ofereci
para o desafio e na época, eu e meu
ex-marido abraçamos a oportunidade
e iniciamos o empreendimento no exterior.
Foi uma experiência maravilhosa e de
muito aprendizado. Não foi fácil, e eu
pude entender um pouco os desafios
pelos quais meu pai passou e venceu lá
atrás, na década de 1980.
Qual a importância do marketing realizado
pela PPA agregando valores
em seus produtos?
Vivemos em um cenário muito competitivo.
Os setores de controle de acesso
e de segurança eletrônica não atraem
os consumidores em momentos de
prazer.
Muito pelo contrário: geralmente, o
cliente procura nossos produtos para
se proteger de terceiros, ou então após
ter acontecido algo grave consigo mesmo
ou com alguém próximo.
Por isso, precisamos trazer o lado do
conforto que nossos produtos proporcionam.
E para se ter conforto com segurança,
é preciso que haja uma tecnologia de
ponta e muita inovação. E é nisso que
a PPA sempre investiu e se diferenciou.
Nós temos um produto de alta qualidade,
já consolidado no mercado há
mais de 10 anos, que abre um portão
deslizante (de correr) de três metros
em até quatro segundos. Recentemente,
alguns players começaram a falar de
motor rápido, mas, ainda sim, o nosso
é mais preciso e seguro.
Como você analisa o pioneirismo da
PPA no mercado Brasileiro frente ao
mercado de segurança?
O Flavio sempre teve a preocupação
em investir em tecnologia e qualidade.
Para ele, uma empresa que não evolui e
não renova, corre um grande risco de
ser engolida. Nós valorizamos os colaboradores
e incentivamos a trabalharmos
juntos.
Tudo isso trouxe para a PPA muita solidez
e confiabilidade e nos colocou em
posição de vanguarda. Nós estamos
sempre lançando tendências. Enquanto
o mercado inicia uma conversa de
motor rápido, por exemplo, nós já estamos
falando de motores 24V, que trazem
ainda mais eficiência, e assim por
diante.
Além disso, nós respeitamos nossa cadeia
comercial. Prezamos muito o relacionamento
com nossa rede de distribuição
e também com os instaladores.
Isso nos dá muita força e credibilidade.
Em 2021 a PPA está se transformando
e agora é o Grupo PPA?
A PPA enxergou a necessidade de oferecer
aos seus distribuidores soluções
completas em controle de acesso e segurança
eletrônica. Com isso, nos últimos
anos a PPA vem negociando e
adquirindo empresas fortes e estabelecidas
nos segmentos de cercas elétricas;
controle de acesso; CFTV; e também
movimentadores de corrente para portões.
Além disso, a PPA está pesquisando
e desenvolvendo, com muita força,
a tecnologia IoT (internet das coisas)
para reforçar nossos valores, estar cada
vez mais próximos de todos e agregar
aos nossos parceiros comerciais todas
as soluções para o conforto e segurança
de todos que confiam na PPA.
Em 2020, diante a pandemia, decidimos
entrar no mercado médico-hospitalar
e iniciamos a PPA Care.
Com isso, a PPA ganhou força e se
transformou em um grupo, o Grupo
PPA.
Como a PPA está se comportando
neste momento que o mundo
esta passando com a pandemia
da covid19?
Desde o início da pandemia a PPA se
preocupou com seus clientes, em especial
os distribuidores e revendedores.
Nossa equipe comercial realizou um
trabalho muito consistente, conversando
com cada distribuidor, entendendo
o que estava acontecendo em cada
cidade, cada região e buscando uma
forma de ajudar a cada um, de acordo
com suas necessidades.
Várias cidades tiveram lock down ou
outras formas de isolamento social
menos extremas, e nossa equipe conseguiu
entender cada caso, e principalmente,
ajudou a acalmar os nossos
parceiros distribuidores.
O mercado de controle de acesso e de
segurança eletrônica cresceu durante a
pandemia, e nós tivemos de nos adequar
para acompanhar tamanho crescimento.
Percebo que a PPA tem uma
grande preocupação com o meio
ambiente, nos fale um pouco sobre
isso?
Sim, PPA se preocupa com o meio
ambiente e tem parcerias para reciclar
todo o resíduo da fábrica. A PPA além
de ter o selo verde ECOOAR, apoia a
causa.
A Ecooar trabalha com projetos de
reflorestamento que agem na recomposição
de Áreas de Preservação Permanente
(APP) na Mata Atlântica e
demais biomas.
Como você analisa o crescimento
das mulheres em cargos de liderança
nas empresas brasileiras?
Eu acredito que à medida em que a
mulher ganha espaço e igualdade na
sociedade e no ambiente de trabalho, é
natural que cresça o empreendedorismo
feminino.
As mulheres são criativas; gerenciam
muito bem o tempo, afinal muitas delas
precisam conciliar as suas múltiplas
jornadas e têm o espírito de mudança,
de justiça.
Acho que este crescimento está apenas
no início.
Como dividir o tempo entre o
seu trabalho na PPA e sua família
e a filha?
Realmente parece ser um desafio conseguir
fazer tudo. Afinal, como diz a
minha amiga Rachel Polito, nós mulheres
achamos que temos que ser uma
“supermulher”. Temos que dar conta de
tudo. Ser boa no trabalho, boa mãe, dar
conta da casa, cuidarmos de nós e da
nossa saúde.
Eu entendi que não preciso me cobrar
tanto. Atualmente divido minha agenda
para conseguir ter tempo para todos
os compromissos, tanto pessoais
quanto profissionais. O importante é se
realizar nas nossas atividades por completo.
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A ESG nas empresas e os desafios da contemporaneidade – Por: Robinson Nicácio
de Miranda , Advogado e Parecerista. Professor de Direito Ambiental na Universidade
Municipal de São Caetano do Sul. Pós-graduado em Direito Constitucional pela
ESDC. Pós-graduado em Direito Administrativo pela PUC-MG. Mestre em Direito
Ambiental pela UNISANTOS. Doutorando em Direito Ambiental pela Universidade
de Buenos Aires
cada vez mais engajados na busca por
produtos e serviços que tenham impacto
positivo no ambiente e na sociedade.
O uso da energia, o descarte de resíduos,
a contribuição para a mitigação do
impacto climático, a ambientação no
trabalho, o relacionamento com a comunidade,
os códigos de conduta bem
como as medidas de combate à corrupção
constituem importantes métricas
no âmbito da atividade empresarial
cujo escopo é o de garantir a sustentabilidade
a longo prazo.
consulta pública BACEN n. 82/21, e a
Lei da Renovabio que criou os créditos
de descarbonização que são emitidos
pelos produtores ou importadores de
biocombustíveis com vistas à adequação
corporativa às novas realidades e
aos novos desafios.
A ESG é, em suma, crucial para as empresas
brasileiras, pois sua implementação
no âmbito da política empresarial
é vital para o fortalecimento das ideias
e difusão das práticas sustentáveis.
governança corporativa é essencial
para o sucesso das organiza-
A
ções e a ESG está na pauta dos negócios.
O sistema pelo qual as corporações e
demais organizações são conduzidas
para desenvolver boas práticas que as
fortaleçam, tendo em vista o alinhamento
de interesses em relação ao negócio,
dirigentes, acionistas e outros
stakeholders, ressalta a importância de
se pensar na governança no âmbito das
empresas com o olhar em direção ao
futuro.
Aliado à necessidade de boas práticas
e programas de conformidade, o tripé
Environmental, Social and Governance
(ESG) é considerado um importante
vetor para análise de investimentos,
pois impactos que podem ser diagnosticados
no campo da estratégia, planejamento
financeiro, programas de
conformidade, relações institucionais,
sustentabilidade, fusões e aquisições,
relações com investidores, inovação,
gestão de riscos e responsabilidade social
corporativa.
A ESG tornou-se o centro das atenções
para o investimento em um futuro melhor.
Consumidores vem se tornando
Observado como um investimento, a
implementação do ESG contribui para
o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável no âmbito dos programas
contemporâneos globais das
Nações Unidas.
Estar em conformidade aumenta o valor
de mercado das corporações bem
como sua imagem atraindo investidores.
Transparência, equidade, accountability
e a responsabilidade corporativa
nos moldes da ESG contribuem
para o fortalecimento empresarial
diante dos cenários cada vez mais desafiadores.
Associada à gestão do conhecimento, a
educação corporativa alinhada à ESG é
um importante instrumento que permite
a construção do capital intelectual
corporativo e projeta sua competitividade.
Reflexos importantes da ESG à luz da
legislação brasileira também podem
ser amplamente notados de modo a
conectá-la com a LGPD (Lei Geral
de Proteção de Dados), a Lei do Agro
(CRAs – Certificados de Recebíveis do
Agronegócio, baseada em títulos green
bonds), revisão de critérios de sustentabilidade
aplicáveis na concessão
dos créditos rurais, tendo como base a
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Advogada trabalhista explica as consequências do atestado falso no trabalho
Existem situações previstas por lei,
como o acompanhamento de consultas
médicas durante o período de gravidez
da esposa ou o nascimento de um filho,
por exemplo, que permitem ao trabalhador
se ausentar do serviço, sem que seja
descontado o valor do salário. No entanto,
a mais comum é a falta decorrente de alguma
doença ou acidente, que necessariamente
precisam de atestado médico.
Para Gabriela Coura, advogada trabalhista
do Gameleira Pelagio Fabião e Bassani Sociedade
de Advogados, são doze as hipóteses
em que o empregado pode se ausentar
de suas funções sem prejuízo salarial, de
acordo com o artigo 473 da CLT.
“Falecimento do cônjuge, ascendente, descendente,
irmão ou pessoa que, declarada
em sua carteira de trabalho e previdência
social, viva sob sua dependência econômica,
pelo período de dois dias consecutivos;
casamento, pelo período de três dias consecutivos;
acompanhar consultas médicas
e exames complementares durante o período
de gravidez de sua esposa ou companheira,
pelo período de dois dias; acompanhar
filho de até seis anos em consulta
médica, um dia a cada ano de trabalho,
são algumas circunstâncias previstas em
lei”, afirma a advogada pós-graduada em
Direito do Trabalho.
Além do que já é especificado na norma
legislativa, o empregador pode determinar
regras específicas, de modo a permitir ao
empregado, não só o aumento do limite
temporal estipulado em lei para se ausentar
do trabalho para acompanhamento
de seus familiares a consulta e/ou exames
médicos, como também, para ampliar o
rol de possibilidades em que o empregado
poderá não comparecer ao trabalho sem o
prejuízo do seu salário.
No entanto, uma prática que infelizmente
acontece e que pode gerar outras consequências
é a apresentação do atestado falso,
que pode ocorrer de diferentes formas.
Sabe-se que o mesmo deve ser emitido por
um médico registrado e adulterá-lo pode
levar à demissão por justa causa ou até
mesmo responder na justiça por falsidade
ideológica.
“Existem atestados adulterados de natureza
material e ideológica. O primeiro é emitido
e assinado por uma pessoa que não
tem autorização para o exercício da medicina.
Já o segundo tem a assinatura de um
médico, no entanto, ele não praticou o ato
profissional que justificaria a emissão do
documento, ou seja, emitiu um atestado
sem realizar o ato profissional que permitisse
a conclusão impressa no laudo emitido,
que seja tendencioso ou que não corresponda
à verdade”, explica a advogada.
Há ainda a hipótese do atestado legítimo
adulterado, quando o empregado realmente
passa por um atendimento médico
e recebe um atestado condizente com sua
situação, mas tenta obter proveito rasurando-o
e ampliando o período de afastamento.
Como identificar um atestado
falso
Para que um empregador possa identificar
a falta de veracidade do documento,
é necessário observar alguns fatores,
como a ausência do motivo que justifique
o afastamento do empregado; inexistência
de dados que identifiquem o profissional
que realizou o atendimento; informações
inconsistentes sobre a clínica ou hospital
em que o atendimento teria sido realizado;
rasuras no atestado emitido, seja na data
de emissão do atestado ou no número de
dias de afastamento; sinais de falsificação
de carimbo ou de assinatura do médico.
“Qualquer um desses fatores pode elevar
suspeitas de que o atestado entregue pelo
empregado à empresa é falso.
Todavia, a simples suspeita não é motivo
suficiente para aplicar a punição máxima
prevista no ordenamento jurídico, que é a
demissão do trabalhador por justa causa”,
atesta a especialista.
No Brasil, não há na legislação vigente
qualquer definição quanto ao prazo em
que o trabalhador deve apresentar o atestado
médico ao seu empregador, cabendo
a este a definição das diretrizes a serem
adotadas para a entrega.
Uma possibilidade é que um representante
do empregado apresente o documento
quando ele próprio não puder comparecer.
É comum que as empresas exijam do empregado
a entrega tão logo o trabalhador
retorne às suas funções ou, até no prazo
máximo de 48 horas após seu retorno ao
trabalho.
Havendo previsão em regimento interno
da empresa ou em código de conduta, é
possível gerar uma punição pela não entrega
do atestado, desde que seja observada
a gradação na aplicação das penalidades
previstas na CLT, como advertência,
suspensão e demissão por justa causa.
O que fazer quando descobrir
um atestado falso
Caso a empresa suspeite de fraude, poderá
solicitar esclarecimentos aos responsáveis,
que deverão prestá-los, pois a prática de
atestado falso é crime previsto nos artigos
297 e 302 do Código Penal.
“Os responsáveis são os emissores do referido
atestado médico, no caso o médico,
a clínica ou o hospital. Caso a fraude seja
constatada, pode implicar em demissão
por justa causa do empregado, prevista no
artigo 482, da CLT, pois foi quebrada a fidúcia,
boa-fé e a lealdade que devem se fazer
presentes em uma relação de emprego”
finaliza a advogada.
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A Paz tão almejada - Por: Cesar Romão - escritor - palestrante - autor de livros
publicados em mais de 50 países.
imensos que levaram a humanidade a
ter dificuldade para manter a paz no
mundo e no processo existencial individual.
Tivemos milhões de anos para lidar
com isto e dominar esta barreira que
nos impede de encontrar a Paz, porém
o ímpio de ser mais dominante que o
outro sempre vence esta batalha.
Assim acontece nas áreas religiosas,
políticas, humanas, sociais, econômicas,
familiares, entre outras.
A Paz (do latim Pax) é geralmente definida
como um estado de calma ou
tranquilidade, uma ausência de perturbações
e agitação. Derivada do latim
Pacem = Absentia Belli, pode referir-se
à ausência de violência ou guerra.
Há 2 milhões de anos, várias espécies
hominídeos se espalhavam pela África.
Algumas se pareciam muito entre si,
enquanto outras tinham características
mais marcantes.
Registros arqueológicos mostram que
quando o Homo Sapiens chegou à Europa,
ele já tinha uma variedade
bem maior de utensílios inovadores e
mortais.
Mas isso não foi a única coisa que a espécie
fazia. Ela criou algo que permitiu
superar as outras espécies na Terra:
a arte simbólica.
Portanto a questão da ausência de Paz
persegue a humanidade desde seus primórdios,
onde já tinham arte simbólica,
utensílios inovadores e utensílios
mortais, já faziam uso de recursos para
a dominância de sua classe.
Ao invés de buscarem um convívio
compartilhado e promissor atuavam
no planeta pela dominância de sua
classe.
Parece que se não formos melhores
que os outros não somos nada, se não
dominarmos os outros não podemos
existir, eis o mistério da ausência de
Paz.
Temos tantos recursos para construir a
evolução entre as pessoas, no entanto
fazemos cada vez mais coisas que as
afastam e incentivam uns contra os outros.
– Onde a Paz pode ter início, onde?
A Paz precisa ser uma decisão interna
de cada um de nós, a qual deve ter expansão
para os processos de existência
da raça humana, deve ser uma meta inviolável,
uma obsessão como meio de
coexistência.
Já é tempo de extinguir nossas origens
de dominância de classe e atuar pela
igualdade de classes em convívio pacifico,
respeitando nossas diferenças
como elas são e não fazendo delas motivos
para materializar inimigos.
Quem deseja a Paz no mundo, precisa
praticá-la dentro de si e do espaço de
vida ao qual pertence. Se assim acontecer
a utopia da Paz pode dar lugar a
realidade da Paz.
Precisamos ir de encontro a Paz, caso
contrário ela não virá até nós.
A dominância por sua classe, ainda é
notória e latente na sociedade em todos
os seus aspectos e teve acréscimos
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Tecnologia da informação movimenta setor de serviços que registra alta pela
1ª vez desde o começo da pandemia
Em busca de soluções mais rápidas e
eficientes, procura pelo software de
gestão da Consumer aumento 85%
neste 1º tri
O setor de serviços cresceu 3,7% entre
janeiro e fevereiro deste ano, superando
pela primeira vez os números registrados
antes da pandemia (alta de
0,9%), segundo a Pesquisa Mensal de
Serviços (PMS) divulgada pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística). Dentre as contribuições
positivas, o segmento de tecnologia da
informação teve destaque durante o
período, atingindo o maior patamar da
série histórica da pesquisa.
A alta demanda por serviços da área
foi impulsionada, principalmente, por
provedores de conteúdo, ferramentas
de busca, aplicativos e outros recursos
de entrega, e empresas de TI como um
todo.
Quem viu os negócios alavancarem
durante a pandemia foram empresas
como a Consumer que desenvolve
softwares de gestão para restaurantes,
lanchonetes e pizzarias. "Por conta de
medidas de isolamento as pessoas passaram
a depender cada vez mais de serviços
de entrega, especialmente na área
de alimentação", afirma Renato Almeida,
CEO da empresa. "Sem uma boa
ferramenta de gestão para atender toda
essa demanda o trabalho seria muito
mais complicado".
Em ascensão no mercado
Em 2020, a startup já havia registrado
145% de crescimento frente ao ano anterior.
Neste ano, tudo indica que irá se
repetir o mesmo feito. O 1º trimestre
segue com as vendas em alta e já garantiu
uma crescente de 85% em comparação
ao mesmo período do último ano.
Economia de tempo e dinheiro ao
cliente
Através de uma única plataforma que
une pedidos, produção e entrega, a
Consumer otimiza a rotina de restaurantes
e outros estabelecimentos da
área, proporcionando economia de
tempo e dinheiro para usuários do software.
"O foco total deve estar na experiência
de compra do cliente, desde
a realização do pedido até o momento
da entrega. Não estamos mais falando
de qualidade apenas no produto, mas
em todas as etapas do serviço", diz Almeida.
Para que isso aconteça da melhor forma,
a comunicação deve ser intuitiva
e rápida entre a empresa e o cliente, e
também, internamente. Para quem utiliza
os softwares de gestão da Consumer,
correr o risco de não entregar o
produto simplesmente não faz parte da
equação. "Essa eficiência tão necessária
durante a pandemia vai continuar presente
na vida do consumidor mesmo
em um cenário onde as coisas
voltam ao normal", afirma.
Caminho sem volta
Dados do Relatório Varejo 2021:
o que quer o consumidor brasileiro realizado
pela empresa de pagamentos
Adyen traz números importantes que
dão uma dica sobre o que esperar dos
brasileiros num período pós-pandemia.
- 90% dos entrevistados não retornam
após uma experiência ruim na loja física
ou online, ou seja, o empreendedor
possui apenas uma chance de converter
a venda e fidelizar o cliente
- 63% dos brasileiros usaram mais aplicativos
de delivery de comida durante
a pandemia e 62% vão continuar comprando
online mais do que antes da
pandemia;
- 45% estão menos inclinados a fazer
compras em lojas físicas depois de boas
experiências online.
Isso significa que sem uma ferramenta
capaz de integrar todos os canais de
comunicação da empresa não será possível
atender as expectativas do consumidor
- o que deve ser evitado a todo
custo. "É muita coisa para gerenciar ao
mesmo tempo, algo praticamente impossível
de fazer apenas com a força
humana", afirma Almeida, provando
que recursos tecnológicos de gestão
para a área de alimentação vieram para
fi c a r.
Sobre a Consumer
A Consumer é uma empresa de São
José do Rio Preto (SP), responsável
pela criação do sistema "Programa
Consumer", cujo foco é voltado exclusivamente
a bares e restaurantes,
pizzarias e lanchonetes. Com 10 anos
de desenvolvimento, o sistema possui
mais de 100 mil instalações no Brasil e
é a solução com maior número de integrações
ao Ifood. Além disso, é líder
nacional em soluções para o segmento
food service e parceiro do SEBRAE
no projeto "Alimentação Fora do Lar",
com palestras e treinamentos em todo
o país. Em constante evolução, a Consumer
busca sempre o que há de melhor
para os seus clientes. Oferecendo
uma solução completa, estável, simples
de usar e com ótimo custo-benefício.
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br
@programaconsumer
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Por trás das fintechs: a relação do Banco Central com a atuação do banco digital - Por:
Cristiane Ramos, diretora Comercial e de Marketing da fintech Dank Bank.
Até 2019, o cenário encontrado pelas
fintechs era completamente
diferente e obsoleto; com as transformações
no mercado, os bancos digitais
passam a ser mais competitivos e entregam
inovações que agregam valor
no cotidiano de seus clientes
O avanço exponencial dos processos
de transformação digital trouxe novas
formas de fazer negócios e potencializou
no mercado as famosas startups
que, hoje, compõem uma parcela expressiva
dos empreendimentos na economia
mundial. Dentro desse cenário,
as fintechs ganharam espaço e fazem
parte da rotina, remodelando serviços
financeiros essenciais que, antes, sofriam
com a burocracia e morosidade.
Por meio de processos baseados em recursos
tecnológicos, a palavra "fintech"
em si já explica o ideal por trás dessas
empresas, tendo a junção de "financial"
(financeiro) com "technology" (tecnologia).
Por outro lado, existem processos
que envolvem grandes entidades,
como Banco Central (BACEN), por
exemplo, que são pouco explorados.
Vale ressaltar que o próprio BACEN
define as fintechs como "empresas que
introduzem inovações nos mercados
financeiros por meio do uso intenso
de tecnologia", ressaltando, ainda, o
potencial que tais empreendimentos
possuem para criar modelos de negócios
inovadores. Além disso, o BACEN
também sinaliza que, no Brasil, diferentes
categorias de fintechs podem ser
mapeadas, envolvendo as de crédito, de
pagamento, gestão financeira, financiamento,
investimento, empréstimo, entre
outras.
A relação com o Banco Central
Em abril de 2018, o BACEN publicou
resoluções importantes para que as
fintechs pudessem operar em território
nacional, dentre elas a resolução nº
4.656, que estrutura dois tipos de empresas
financeiras, sendo elas:
Sociedades de Empréstimo entre Pessoas
(SEP) e a Sociedade de Crédito
Direto (SCD). Ao iniciar sua vida no
mercado financeiro, as fintechs que desejam
atuar como SEP ou SCD precisam
entrar com um protocolo no Banco
Central, obtendo uma licença para
se tornar uma instituição financeira
com número de banco próprio.
O Banco Central exige que uma fintech
seja aberta com capital próprio e plataforma
digital e, para tanto, o termo
"Bank" é o responsável por identificar
os bancos digitais. A permissão concedida
pelo BACEN leva aproximadamente
seis meses, considerando o processo
de análise e liberação.
Finalizando essa etapa, o banco digital
passa a operar no mercado financeiro,
podendo ofertar todos os serviços,
envolvendo empréstimos, financiamentos
e consignados, da mesma forma
que os bancos tradicionais, porém
com mais modernidade e inovações
aplicadas na experiência do cliente.
O mercado de adquirência
Companhias que atuam com serviços
financeiros, mediando pagamentos realizados
em maquininhas de cartões de
crédito, fazem parte do chamado "mercado
de adquirência". Embora este
mercado se categorize como sendo um
ramo complexo, com poucos operadores,
mostra sua importância e necessidade
para qualquer fintech.
As adquirentes, ou credenciadoras, são
o principal vínculo entre vendedores,
compradores, bandeiras de cartões e
bancos.
Nesse sentido, é a tecnologia que tornará
a experiência dos lojistas ainda
mais rápida e eficiente, ao disponibilizar
uma central de atendimento e suporte
especializada e experiente, em
que se pode atender de forma personalizada
o público. Embora façam parte
dos negócios que ofertam serviços financeiros,
as fintechs são muito mais
modernas que bancos tradicionais e a
experiência do usuário é elevada constantemente,
com recursos disponibilizados
por meio de aplicativos, que
podem ser acessados tanto em smartphones
quanto em computadores.
Por fim, a tendência é que os bancos
digitais conquistem cada vez mais espaço,
ofertando serviços qualitativos
com segurança e agilidade.
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O que é e qual a importância do Networking – Por: Cezar Nunes, MBA Empresarial
pela Fundação Dom Cabral, com mais de 37 anos de experiência em empresa multinacional
e sócio fundador da VERK – Desenvolvimento e Capacitação
Networking é palavra da moda. Muito
se tem falado da importância do networking
nas empresas e nos nossos
negócios, mas o que é realmente esse
tal de networking?
Networking é a ação de formar, ativar
e manter uma rede de contatos, trocando
informações e entregando valor
para quem você conhece.
Para manter essa rede viva, precisamos
de ações contínuas e colocar em prática
algumas atitudes no nosso dia a dia.
Agindo assim, montamos um o networking
saudável e que tem o potencial
de dar destaque aos nossos pontos
positivos, expondo-os sem que precisemos
recorrer à autopromoção.
O networking é a forma de dividir conhecimentos
e experiências, superar os
desafios, e dessa forma obter sucesso na
nossa de atuação. Ele não é importante
somente para quem está começando,
mas também para aqueles que já estão
há mais tempo no mercado.
Através desses relacionamentos profissionais,
aumentamos nossas chances
de sucesso, aproveitando melhor as
oportunidades do mercado, obtendo
insights importantes, gerando novos
negócios e criando uma rede forte para
formação de parcerias.
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Qual a importância do networking?
Hoje em dia, os chamados soft skills,
são cada vez mais valorizados e saber
se comunicar, conviver e manter bons
relacionamentos geram boas oportunidades
de negócios. Mas isso não é
por acaso, uma vez que as conexões
que mantemos são essenciais para que
sejamos reconhecidos e lembrados em
momentos decisivos.
Aqueles que mais se destacam nas redes
de contatos, obtêm mais êxito em
suas jornadas. Para isso, não podem
apenas buscar ganhar vantagens, mas
também, oferecerem experiências úteis
para o crescimento de outras pessoas.
É uma relação de “ganha-ganha”.
Isso acontece de forma natural, todos
temos a tendência de nos aproximar
das pessoas que têm uma visão semelhante
às nossas.
É claro que o networking nos traz benefícios
na área profissional, tais como
aumentar nossa visibilidade, criarmos
autoridade e credibilidade no mercado,
mas também, nos ajuda em muito na
área pessoal, afinal somos todos seres
sociáveis. Necessitamos ser ouvidos
para que possamos compartilhar nossas
ideias e trocar experiências. V
ocês devem concordar que quando estamos
em grupo, temos mais oportunidades
de desenvolver a criatividade,
trocamos experiências e termos insights
de novos produtos e serviços.
COMO MONTAR UM BOM NE-
TWORKING?
Na realidade não existe uma única
forma para podermos alimentar nossa
rede de contatos. Seguem algumas
alternativas que entendo poder ajudar:
1. Networking em eventos
Eventos ligados à sua área de atuação
é uma das alternativas bem eficientes
de se fazer networking. Mas como se
destacar e se relacionar com as pessoas
certas? Uma alternativa interessante, é
colocar no seu crachá algo que desperte
interesse e que seja expressivo acerca
do que você faz.
Cuidado para não ser inconveniente na
sua abordagem. Circule pelo local, pois
é bom termos um tempo para relaxar
e observar como reagem no ambiente.
Mesmo que tenha alguém em especial
que queira conversar, o ideal é puxar
assunto no momento correto, talvez
seja interessante esperar para o momento
do café, onde as pessoas estão
relaxadas e prontas para conversar.
Se prepare para se apresentar de forma
clara e objetiva, converse e saiba desenvolver
um bom papo para chamar
a atenção das pessoas. Lembre-se dos
nomes dos contatos. Devido à grande
quantidade de pessoas que se conhece
ao trabalhar o networking, é comum
que alguns nomes sejam esquecidos.
Isso pode gerar situações embaraçosas
e até comprometer sua imagem.
Uma forma para memorizar é repetir
mentalmente o nome da pessoa que
acabou de conhecer algumas vezes,
e chamá-la pelo nome nos primeiros
momentos da conversa. Isso será essencial
para manter uma relação positiva
e duradoura.
2.Aposte na criação de conteúdo
Com o aumento do uso das mídias
sociais, é sempre bom utilizarmos estratégias
de transmitir conteúdo para
criar autoridade no mercado que atuamos.
Isso irá ajudá-lo a potencializar os
resultados do seu networking.
Não estamos falando de compartilhar
qualquer conteúdo. Mantenha o foco
na sua área de domínio e de atuação.
Consequentemente, isso trará mais visibilidade,
admiração e respeito.
Concentre-se em criar conteúdos relevantes
que ajudem no desenvolvimento
das pessoas, com isso elas irão se interessar
em se aproximar de você.
Vale lembrar que eles podem ser postados
nas suas redes sociais e, principalmente,
no LinkedIn.
3.Amplie a sua rede de contatos
É importante termos em mente que
um dos segredos para o sucesso do networking
é busca de novas conexões.
A rede é dinâmica e deve ser a todo
momento alimentada.
Para isso aceite convites para dar ou
ouvir palestras, eventos e reuniões,
mesmo que não saiba exatamente
qual proveito poderá tirar da ocasião.
Marque sua presença, assim as pessoas
lembrarão de você e lhe farão referências.
Além disso, não se esqueça de
salvar dados dos novos contatos e de
alimentar suas redes sociais com regularidade.
Sempre mostre interesse nas publicações
de outras pessoas, fazendo comentários,
curtindo e compartilhando
seus conteúdos. Isso ajuda a formar
novos laços e a estreitar os antigos.
4.Networking tem mais a ver
com plantar do que caçar.
Alimente e regue sua rede de relacionamento
com frequência, é preciso
preparar a terra, plantar e regar para
poder ter uma colheita abundante de
relacionamentos mutuamente satisfatórios
e de crescimento sustentável em
seus negócios.
5.Mantenha contato com pessoas
de vários nichos
Comentei antes que é importante
manter por perto pessoas que têm objetivos
profissionais semelhantes aos
seus, mas isso não pode se tornar uma
regra absoluta. Deixe-me explicar melhor.
Vamos supor que eu seja da área
de desenvolvimento humano e pretendo
ganhar autoridade nesse mercado
criando conteúdo para postar no Insta
e no Linkedin. Qual a melhor forma?
Como fazer? Qual a frequência?
Como atingir meu público-alvo?
Não tenho conhecimentos suficientes
para começar e dar andamento a essas
ações. Nesse caso, quem poderia fornecer
insights e conhecimentos úteis para
solucionar o meu problema?
Certamente, especialistas em marketing
digital e produção de conteúdo
seriam as pessoas mais indicadas. Use
sua rede de contatos para obter esse
suporte. É por isso que a sua rede de
contatos deve ser diversificada.
Ao lidar com profissionais de outras
áreas, é possível se enriquecer intelectualmente,
adquirir outras visões do
mercado, criar parcerias e explorar novos
caminhos!
6.Quantidade é boa, mas qualidade
realmente é muito mais importante
O que importa é a QUALIDADE, não
a QUANTIDADE, dos relacionamentos
que você mantém com os membros
de sua rede. Expanda o seu negócio
através do crescimento de uma forte
rede de pessoas que sabem tudo sobre
o seu negócio e confiam totalmente em
você. Além disso, você confia completamente
em cada pessoa em sua rede
e tem um entendimento completo de
cada um de seus negócios.
Finalmente, mostre a eles regularmente
sobre quem são as pessoas que você
gostaria que lhe fossem apresentadas
para expandir seus negócios.
Essa é uma rede forte e confiável.
Rede eficaz não é realmente o que você
conhece ou quem você conhece. É o
quão bem você os conhece que realmente
conta. Portanto, quanto mais
fortes são os relacionamentos que você
constrói com os membros da sua rede,
mais efetiva ela será para os dois lados.
7.Seja sincero nos seus relacionamentos
Assim como você, as pessoas não gostam
de quem se aproxima delas apenas
por interesse, correto? Por isso, seus
contatos não podem ser vistos somente
como uma fonte de possíveis negócios.
É preciso demonstrar real interesse
pelo sucesso do outro, cultivar uma relação
fiel e verdadeira.
É muito fácil perceber quando alguém
quer apenas tirar vantagem de uma
relação e, acredite, pessoas interesseiras
carregam uma péssima imagem
profissional. Valorize suas conexões e
lembre-se: a base do bom networking
é construída a partir de trocas verdadeiras
que beneficiam ambas as partes.
Como foi possível perceber, para fazer
um networking apropriado, é preciso
cultivar relações reais e colaborativas.
Contudo, não se pode apenas esperar
que as oportunidades apareçam — elas
devem ser criadas por meio da participação
ativa em eventos, reuniões e até
nas redes sociais.
Afinal, boas interações são a chave
para a construção de um networking
poderoso!
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Longevidade: os desafios e oportunidades de carreira para a Melhor Idade
Com expectativa de vida dos
brasileiros em alta, cursos
educacionais voltados a esse público
se destacam no mercado;
Cuidador de Idoso é a profissão
que mais cresce no Brasil
A procura pelo curso de Cuidador
de Idoso disparou no Brasil
nos últimos anos. A resposta, segundo
alguns especialistas, está
no fato que o país tem envelhecido
mais.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística)
apontam que em 1991 a expectativa
de vida do brasileiro era de
66,9 anos. Hoje esse índice saltou
para 76 anos, e a expectativa é que
em 2039, passe a ser de 79,3 anos.
A pesquisa apontou ainda que
até 2050 o número de brasileiros
com mais de 60 anos irá dobrar,
passando de 24 milhões para 64
milhões de idosos.
Segundo o Caged (Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados),
o número de profissionais
de cuidadores de idosos passou
de 23.949 em 2014 para 36.720
em 2018. Já o levantamento da
Confederação Nacional de Bens,
Serviços e Turismo (CNC), com
dados do Ministério do Trabalho
e Emprego (MTE), cuidador foi a
ocupação que mais cresceu entre
os anos de 2007 e 2017.
A Via Certa Educação Profissional
– rede especializada em cursos
profissionalizantes – oferece o
curso de cuidador de idoso desde
2016 e também vem sentindo esse
reflexo do aumento da demanda
pelo curso. A alta foi de 60%
desde que a disciplina foi inaugurada.
A Via Certa conta com
58
42 unidades em funcionamento
espalhadas pelos estados de São
Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraíba,
Minas Gerais, Bahia.
Nicho em destaque no mercado
Décio Marchi, diretor executivo
da rede Via Certa, avalia que com
a expectativa de vida em alta, a
demanda por cursos especializados
na melhor idade também
tende crescer ainda mais nos próximos
anos. “Pois aqueles que
buscam por uma especialização
já enxergam oportunidades de
trabalho voltado a esse nicho e a
forma com que vem encarando a
velhice. Até mesmo para aqueles
que buscam por uma recolocação
no mercado de trabalho reconhecem
como essa carreira tem se
tornado promissora”, diz.
Marchi conta que a mensalidade
para se formar em cuidador é
de R$ 169,90, e que o curso tem
duração de seis meses, com carga
horária de 48 horas. A remuneração
desse profissional tende a ser
entre R$ 1.210,50 a R$ 2.117,16,
variando conforme a carga horária
e região do país.
O cuidador de idoso, seja ele familiar
ou profissional contratado,
é muito importante na tarefa de
proporcionar e oferecer um envelhecimento
mais saudável e com
menor comprometimento funcional.
O profissional atuará em
asilos e clínicas de repousos, ou
particulares.
O curso ensina desde auxiliar na
locomoção, alimentação e higiene,
até em casos de reconhecer
os sinais vitais da pessoa, AVC,
diabetes, entre muitos outros.
“O curso de cuidador de idosos
é multidisciplinar. Prepara
seus alunos para desempenhar
as principais rotinas para atuar
nessa área, e, acima de tudo, os
ensina que cuidar de um idoso
é muito mais que um trabalho, é
um ato de respeito com o próximo”,
afirma Marchi.
Desde que começou a oferecer
o curso na área, a Via Certa já
formou 1.100 cuidadores e a expectativa
é que esse número salte
para 3 mil nos próximos dois
anos.
“Contratar um profissional com
conhecimento técnico gera maior
segurança ao idoso e à própria
família, pois além de auxiliar na
prevenção de doenças e estimular
a autonomia desse idoso, conta
ainda com tratamento humanizado”,
enfatiza o diretor executivo
da Via Certa.
Conectado com a melhor
Idade
Com a população envelhecendo
e a expectativa de vida cada vez
mais em alta é importante pensar
em maneiras de incluir as pessoas
da melhor idade no universo
da tecnologia. Não é à toa que
as escolas profissionalizantes enxergam
um potencial de negócio
voltado a esse público.
Tanto é que a Via Certa oferece o
curso de “Melhor idade conectada
com ênfase em redes sociais”
para levar informações às pessoas
com mais de 60 anos conhecimentos
que contribuirão para
uma qualidade de vida superior,
com didática simples e agradável.
O curso tem duração de 12 meses
e carga horária de 74 horas.
Durante as aulas o aluno aprenderá
como navegar e pesquisar
na internet; criar apresentações
gráficas; planilhas; textos; entre
outros.
“Pode ser algo muito simples para
muitas pessoas, mas a verdade é
que há muitos idosos que sentem
essa dificuldade de acompanhar
o universo tecnológico.
E o curso veio para oferecer mais
independência a esse idoso, além
de poder aproximar ele de outras
pessoas, familiares que moram
longe, através das redes sociais,
até mesmo durante a pandemia
onde o distanciamento social se
tornou algo tão presente e necessário
e é um dos maiores causadores
de solidão entre esse público”,
diz o empresário.
“Essa forma vem sendo muito
aceita pelos alunos que buscam
nesse momento por um ensino
profissionalizante.
Com o mercado cada vez mais
exigente, a qualificação é essencial
para ir em busca de melhores
salários, recolocação no mercado
de trabalho e até mesmo como
uma renda extra”, finaliza
Metodologia Flex
Desde o início da rede, em 2012,
os cursos oferecidos pela Via Certa
já eram apresentados de forma
híbrida, onde alguns módulos
podiam ser feitos de maneira on-
-line e outros eram presenciais
com especialistas de determinada
área.
Com a pandemia, a rede acelerou
o processo de transformação
digital e em cinco meses lançou
o Sistema Flex em todas as unidades.
Nela é possível com que o
aluno tenha flexibilidade de escolher
como e onde quer estudar,
podendo optar em fazer as aulas
da plataforma 100% em casa ou
onde estiver, bem como também
na própria unidade Via Certa.
Ou até mesmo uma parte on-line
e outra parte na escola, tudo a livre
escolha do aluno.
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Demanda por provedores locais cresce durante a pandemia
Ainda no início da pandemia,
o mercado de provedores de
internet foi enquadrado como atividade
essencial. Mais de 14 meses
depois,
o resultado é um aumento de 47%
na demanda por provedores locais,
dando destaque ao segmento.
O que difere os provedores locais
das grandes operadoras é o atendimento
eficiente e a disposição demográfica.
Ou seja, os provedores
locais de internet estão espalhados
por todas as regiões, alcançando os
locais mais afastados – onde as operadoras
não estão – levando sinal de
internet a milhões de usuários, sobretudo
durante a pandemia.
“A essencialidade da internet de
banda larga ficou evidente no período
de isolamento social e os provedores
tiveram um protagonismo
muito grande na expansão dos acessos
de maior velocidade”, explica
Alessandra Lugato, diretora executiva
da associação.
Ainda no início da pandemia, o
mercado de provedores de internet
foi enquadrado como atividade essencial.
Mais de 14 meses depois,
o resultado é um aumento de 47%
na demanda por provedores locais,
dando destaque ao segmento.
Ainda no início da pandemia, o
mercado de provedores de internet
foi enquadrado como atividade essencial.
Mais de 14 meses depois, o
resultado é um aumento de 47% na
demanda por provedores locais.
O levantamento feito pela ABRINT
(Associação Brasileira de Provedores
de Internet e Telecomunicações)
mostrou o aumento na demanda
pelas pequenas empresas, dando
destaque ao segmento no ano de
2020.
Mas, entre mais de 20 mil opções
vêm a dúvida: “Como encontrar
provedores capacitados para atender
a minha região?”. Pensando nessa
demanda, empresários do ramo
das telecomunicações lançaram
uma plataforma chamada Quero Internet,
uma ferramenta que cataloga
os provedores regionais pela sua
área de cobertura.
No site, com apenas alguns cliques,
qualquer pessoa interessada com
um celular, tablet ou computador
faz uma consulta de viabilidade
baseado no endereço ou posição do
GPS e descobre os provedores que
possuem rede em sua região.
A ferramenta conta com mais de 38
mil buscas por mês. Entregando a
usuários interessados em internet
as opções disponíveis no seu endereço,
otimizando o tempo de busca
e melhorando a experiência de contratação.
No entanto, não é uma tarefa fácil
manter os mais de 134 milhões de
usuários conectados. De acordo
com a Anatel, 60% da conexão do
país vem dos provedores locais.
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