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Entrevista: Análise em investimentos nacionais do setor de energias renováveis
GERANDO
ENERGIA
MERCADO DE BIOMASSA
MOVIMENTA ECONOMIA
NA INDÚSTRIA DA MADEIRA
PESQUISA PROMISSORA
ENERGIA ATRAVÉS DE
MICROALGAS
UNIÃO FAZ A FORÇA
COMUNIDADE PRODUZ BIOGÁS E BIOMETANO
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E DESTINAÇÃO FINAL DA BIOMASSA
Gerando rentabilidade, contribuindo
para o desenvolvimento sustentável e
reduzindo os impactos ambientais,
visamos a melhoria da qualidade de
vida e das gerações futuras.
Nossos parceiros:
SUMÁRIO
04 | EDITORIAL
União pelo progresso
06 | CARTAS
08 | NOTAS
18 | ENTREVISTA
24 | PRINCIPAL
30 | CASE
Energia coletiva
34| ECONOMIA
Sustentabilidade econômica
38 | PESQUISA
42 | ARTIGO
Energia eólica
48 | AGENDA
50| OPINIÃO
O caminho das pedras da
transformação digital
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
03
EDITORIAL
Estampa a capa desta edição montagem
alusiva aos produtos oferecidos pela
Centenaro Cavacos
UNIÃO PELO
PROGRESSO
C
ompletar 15 anos de uma história de sucesso já é uma marca impressionante. Mas
celebrar essa data dentro de uma empresa que une diversas gerações torna tudo ainda
mais especial. Nessa edição vamos contar a história da Centenaro Cavacos, companhia de
Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, especializada na transformação de resíduos industriais
em biomassa. Além disso, também vamos contar sobre um projeto inovador em Arapongas (PR), que
pretende implantar uma usina de biogás no município, a partir de rejeitos de diversas localidades.
Também será foco nessa edição pautas sobre outras fontes de energia renovável, como a solar, a eólica
e a hidrelétrica. Tenha uma excelente leitura!
EXPEDIENTE
ANO VIII - EDIÇÃO 45 - JUNHO 2021
Diretor Comercial
Fábio Alexandre Machado
(fabiomachado@revistabiomais.com.br)
Diretor Executivo
Pedro Bartoski Jr
(bartoski@revistabiomais.com.br)
Redação
Jorge de Souza
(jornalismo@revistabiomais.com.br)
Dep. de Criação
Fabiana Tokarski - Supervisão
Crislaine Briatori Ferreira - Gabriela Bogoni
(criacao@revistareferencia.com.br)
Representante Comercial
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop
Dep. Comercial
Gerson Penkal - Jéssika Ferreira - Tainá Carolina Brandão
(comercial@revistabiomais.com.br)
Fone: +55 (41) 3333-1023
Dep. de Assinaturas
Cristiane Baduy
(assinatura@revistabiomais.com.br) - 0800 600 2038
ASSINATURAS
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A REVISTA BIOMAIS é uma publicação da JOTA Editora
Rua Maranhão, 502 - Água Verde - Cep: 80610-000 - Curitiba (PR) - Brasil
Fone/Fax: +55 (41) 3333-1023
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Veículo filiado a:
A REVISTA BIOMAIS - é uma publicação bimestral e
independente, dirigida aos produtores e consumidores de
energias limpas e alternativas, produtores de resíduos para
geração e cogeração de energia, instituições de pesquisa,
estudantes universitários, órgãos governamentais, ONG’s,
entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente
ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS não se
responsabiliza por conceitos emitidos em matérias, artigos,
anúncios ou colunas assinadas, por entender serem estes
materiais de responsabilidade de seus autores. A utilização,
reprodução, apropriação, armazenamento de banco de dados,
sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras
criações intelectuais da REVISTA BIOMAIS são terminantemente
proibídas sem autorização escrita dos titulares dos
direitos autorais, exceto para fins didáticos.
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CARTAS
MODELO
A editoria PELO MUNDO é uma das minhas preferidas da REVISTA BIOMAIS. Sempre com ótimos
exemplos que podem servir de inspiração para outras cidades e países!
Francisco Brum – Rio Negro (PR)
Foto: divulgação
TECNOLOGIA
É uma das minhas editorias preferidas! Trazer as inovações que surgem diariamente ao redor do globo para que elas
possam inspirar iniciativas semelhantes por todo o país!
Ana Freire – Vitória (ES)
FUTURO
O amanhã é verde e o pós-pandemia precisa ser pautado pela economia verde. Excelente reportagem mostrando os
benefícios econômicos de medidas e políticas mais sustentáveis. Parabéns!
Josias Teixeira – Recife (PE)
CASE
Ótimo case da edição 41 de outubro de 2020 sobre as empresas japonesas que querem
aumentar a produção de algas para biocombustíveis. Qualquer alternativa sustentável para
substituição de combustíveis fósseis deve ser incentivada.
Laís Queiroz– Rio de Janeiro (RJ)
Foto: divulgação
REVISTA
na
mídia
informação
biomassa
energia
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NOTAS
MAIS ENERGIA
A COPEL (Companhia Paranaense de Energia)
colocou em operação comercial a primeira unidade
geradora de energia da PCH (Pequena Central
Hidrelétrica) Bela Vista. Construída em tempo
recorde e entregue dois anos antes do prazo
previsto, a usina foi instalada no Rio Chopim, entre
os municípios de Verê e São João, no sudoeste do
Paraná. O investimento na mais nova hidrelétrica
da COPEL foi de R$ 224 milhões e a energia gerada
vai abastecer 100 mil pessoas. Bela Vista terá capacidade
para produzir 29,81 MW (Megawatts), sendo
29,322 MW em três unidades geradoras na casa
de força principal e 0,488 MW na unidade instalada
na casa de força complementar, construída junto à barragem, que vai gerar energia aproveitando a vazão mínima de água que não
pode ser represada e deve escoar de forma permanente no trecho abaixo do barramento, mantendo a condição ambiental adequada
do rio. A energia gerada na hidrelétrica será levada até a subestação existente em Dois Vizinhos através de uma linha de distribuição
em alta-tensão (138 mil volts), com 18 km (quilômetros), que passa por Verê, São Jorge D’Oeste e Dois Vizinhos. A previsão é de que
a segunda e a terceira unidades geradoras entrem em operação até o final do mês de julho. Com a implantação da PCH, a travessia
sobre o Rio Chopim na área do reservatório deixa de ser feita por balsa e passa a ser feita pela nova ponte que faz a integração entre
os municípios de Verê e São João. A ponte de 200m (metros) foi construída pela COPEL atendendo a uma reivindicação antiga da
população local, que agora é beneficiada com uma ligação rodoviária segura e gratuita entre os municípios de Verê e São João.
Foto: divulgação
Foto: divulgação
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Dobrar a produção de alimentos sem desmatar, transformar a Amazônia
no maior celeiro global de produtos naturais, mantendo a floresta em pé,
diminuir consideravelmente a aplicação de agroquímicos na produção de
alimentos, reduzir a desigualdade, ampliar a geração de renda e empregos
para os povos tropicais, abastecer o mundo com alimentos mais saudáveis,
produzidos de forma mais sustentável e combater ao mesmo tempo o aquecimento
global. Esses são alguns dos objetivos colocados pelos pesquisadores
que participaram do lançamento do Projeto Biomas Tropicais, que após
8 anos de formatação, conseguiu reunir algumas das maiores autoridades
brasileiras em ciências relacionadas à Bioeconomia Tropical. O Projeto Biomas
Tropicais é coordenado pelo Instituto Fórum do Futuro, presidido pelo
professor Alysson Paolinelli, e conta no seu núcleo central com a parceria
de instituições como o CNPq, a EMBRAPA, a ESALQ (Universidade de São
Paulo), as Universidades Federais de Lavras e Viçosa, o Centro de Gestão de
Estudos estratégicos, o SEBRAE e a FGV-Agro, além de inúmeras instituições
regionais em cada um dos biomas estudados. A experiência deve desenvolver alternativas para a integração da ciência, energia,
natureza e alimentos, criando uma sinergia entre essas áreas e dando grande ênfase a ações sustentáveis. Para atingir seus objetivos,
o projeto Biomas Tropicais se concentrará em pesquisa e gestão de alta precisão. O propósito é encontrar caminhos para promover a
inclusão tecnológica dos povos tropicais, permitindo o desenvolvimento sustentável, a geração de renda e empregos e viabilizando a
permanência dos povos tropicais em suas regiões de origem. A concepção do Projeto Biomas começou há oito anos e a implantação
teve início em meados de 2019, no Polo Demonstrativo dos Cerrados, em Rio Verde (GO). Agora estão sendo iniciados os trabalhos na
Amazônia e na Caatinga.
08 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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NOTAS
Foto: divulgação
POTENCIAL ENERGÉTICO
Apesar de cerca de 90% da energia elétrica do território
nacional ter origem nas usinas hidrelétricas, cerca de um quinto
do que é produzido é desperdiçado na transmissão da energia
até os centros de consumo, como o exemplo de Itaipu. Perdas
que resultam em pelo menos 5% da tarifa paga pelo consumidor.
Um dos caminhos para driblar essas perdas de energia no
país é optar pela energia solar distribuída. Até 2027, de acordo
com o Governo Federal, as hidrelétricas perderão espaço para
a energias renováveis e cairão para 51% em termos de participação
energética, enquanto fontes alternativas devem saltar
para 28%. Para o diretor da empresa de comércio exterior
brasileira Tek Trade, Rogério Marin, responsável por importar 4
MW (Megawatts) de energia em placas fotovoltaicas em 2020, o
principal caminho será o incentivo à implantação de usinas de
energias renováveis e o aumento da micro geração de energia
solar distribuída pela população. O diretor estima que o crescimento
em importação de painéis solares pela Tek Trade deve ter
um acréscimo de 15% em 2021, em comparação com 2020, e
seguir em crescimento pelos próximos anos. Uma oportunidade
aos empresários interessados em atuar com a distribuição e
instalação de equipamentos e que, inclusive, é apontada como
uma solução para a retomada do crescimento econômico, de
países e empresas no pós-pandemia. Outro fator apontado
por Marin é que as principais hidrelétricas do Brasil, ou seja, as
que geram mais energia, estão localizadas no Rio Paraná, na
fronteira Brasil-Paraguai. Sendo assim, na hora de transportar
esta energia para o restante do país, se perde pelo menos 20%
do recurso na transmissão pela rede, afetando diretamente na
qualidade da eletricidade fornecida em algumas regiões. Já o
painel solar possui facilidade na hora da instalação e sua matéria-prima
– a luminosidade do sol – é inesgotável e gratuita.
CARTEIRA DE TRABALHO
Em um momento em que o Brasil enfrenta o desemprego
e problemas econômicos, a geração distribuída
solar fotovoltaica vai na contramão. De acordo com
dados da ABSOLAR, somente em 2020 foram gerados
mais de 76 mil empregos em todo o país. Para este ano,
a expectativa é abrir mais de 118 mil vagas. O Paraná
ocupa a quinta posição em geração de postos de trabalho:
desde 2012 foram criados mais de 8.500 empregos.
O estado é o território com melhor irradiação solar do
sul do país, principalmente as regiões norte, noroeste
e oeste e as cidades com maiores potências de energia
solar instaladas são Maringá, Londrina, Cascavel e Foz
do Iguaçu. Junto com os empregos, chegam também
os investimentos. A geração distribuída solar fotovoltaica
já atraiu mais de 26 bilhões de investimentos
privados em todo o Brasil desde 2012, com os paranaenses
contribuindo em R$ 1,5 bilhão desse total, além
de arrecadar 6 bilhões de tributos, sendo 355,3 milhões
somente no Paraná. Até 2019, o Paraná ocupava a
quarta posição em geração distribuída e potência
instalada e também na geração de postos de trabalho.
Atualmente, perdeu uma colocação e está no quinto
lugar. Mas, pode voltar a crescer. Um dos motivos é o
programa de crédito exclusivo com juros subsidiados
lançado pelo governo do estado no dia 27 de abril,
com a criação do Banco do Agricultor Paranaense. Foi
anunciado que projetos de energia fotovoltaica poderão
ser financiados com limite equalizado de até R$ 500
mil. Foi previsto também subvenção para operações
em obras civis, aquisição de materiais e equipamentos
e na elaboração de projetos de geração de energia de
fontes fotovoltaicas e outras sustentáveis, o que traz
esperança para o setor voltar a crescer no Estado.
Foto: divulgação
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NOTAS
INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA
A ENGIE está concluindo a fase mais importante do Projeto de Pesquisa e
Desenvolvimento Aerogerador Nacional, que é a montagem do equipamento.
Localizado no município de Tubarão (SC), o aerogerador está instalado no
parque experimental de pesquisa e desenvolvimento da ENGIE e é resultado
de um Projeto Estratégico do P&D (Programa de Pesquisa e Desenvolvimento)
da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). O aerogerador foi projetado
e construído pela WEG S.A e a segunda etapa do projeto também contou com
recursos do P&D das CELESC (Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A). O projeto
denominado: Desenvolvimento e certificação de aerogerador nacional de 4,2
MW (Megawatts) de acoplamento direto, com gerador síncrono de ímãs permanentes
e conversor de potência plena; tem por objetivo desenvolver e incentivar
a tecnologia nacional em energia eólica para reduzir a dependência de
outros países, por meio do fortalecimento da cadeia brasileira de fornecedores
de componentes e prestadores de serviços para a fabricação e instalação de
aerogeradores de grande porte. Essa nova turbina, com 4,2 MW de potência, foi
instalada a 600 metros de outro aerogerador, de 2,1 MW, resultado da primeira
etapa deste Projeto Estratégico de P&D, o qual foi primeiro protótipo construído pela WEG no Brasil. Ele entrou em operação em 2015
e a análise do seu desempenho contribuiu para o desenvolvimento deste novo aerogerador, mais adequado às condições de vento do
Brasil. A energia elétrica gerada será futuramente fornecida ao SIN (Sistema Interligado Nacional), que faz a conexão entre as unidades
de geração e os consumidores de energia elétrica. Mais de R$ 300 milhões já foram investidos, desde 1999, em pesquisa e desenvolvimento
pela ENGIE no Brasil, em mais de 200 projetos realizados e/ou em desenvolvimento, unindo esforços de mais de 40 organizações,
incluindo universidades, centros de pesquisa, empresas e startups.
Foto: divulgação
Foto: divulgação
LOGÍSTICA REVERSA
O OLUC (Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado)
é classificado como resíduo perigoso e, contendo metais
pesados como cromo, cádmio, chumbo e arsênio, deve ser
enviado para a reciclagem por meio do rerrefino. Em acordo
de cooperação assinado no mês de junho, no âmbito do
programa Lixão Zero, o MMA (Ministério do Meio Ambiente),
a ABETRE e a AMBIOLUC visam informatizar o sistema de
logística reversa que permite a destinação ambientalmente
adequada desse resíduo. Com isso, qualquer cidadão poderá
acessar informações sobre a logística reversa do óleo, além
de resultados do sistema e orientações para contribuir com
a destinação ambientalmente adequada desse tipo de
resíduo. O grande objetivo é eliminar o descarte inadequado, contribuindo para o encerramento de lixões, em acordo com o Marco
Legal do Saneamento Básico, que determina o encerramento de todos os lixões do País até 2024. Para alcançar esse resultado, o
acordo prevê a integração das informações setoriais sobre logística reversa de OLUC no SINIR (Sistema de Informação Nacional
lançado pelo MMA em 2019) e o desenvolvimento de um aplicativo online, arquitetado para permitir a integração com os demais
sistemas de logística reversa existentes no país, como eletroeletrônicos, embalagens e medicamentos. Em 2020, foram coletados
mais de 465 milhões de litros de óleo lubrificante usado ou contaminado, em mais de 4.100 municípios brasileiros. A logística
reversa possibilitou a produção de mais de 300 milhões de litros de óleos básicos, alcançando 20% da demanda nacional, gerando
emprego e renda no setor. O programa Lixão Zero acumula uma série de ações na área de logística reversa de resíduos, incluindo
a implementação e incrementos nos sistemas de logística reversa de eletroeletrônicos, medicamentos, baterias de carro, latas de
alumínio e óleo lubrificante, aumentando as metas de reciclagem do OLUC, que até 2023 deverá alcançar 47,5% no país.
12 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS
Foto: divulgação
ECONOMIA
A rede varejista de alimentos, como hiper e supermercados,
tem sofrido com a alta da energia elétrica
no Brasil. Com os constantes reajustes que o Governo
tem repassado aos consumidores, é inevitável que esse
valor também chegue aos alimentos como forma dos
supermercados equilibrarem a conta. Segundo dados da
ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados), a conta
de energia é o segundo maior gasto de um supermercado,
atrás apenas da folha de pagamento, representando
um gasto de mais de R$ 3 bilhões no mercado
varejista. Dentre os maiores itens de consumo em um
supermercado, encontra-se o sistema de refrigeração
(40% de gastos), principalmente se o estabelecimento
conta com açougue e câmaras frias, ar-condicionado
(varia entre 30% e 50%) e iluminação, na média, até 20%.
Por conta dessa situação, muitos estabelecimentos têm
buscado soluções para que esses gastos não minimizem
ainda mais a sua margem de lucro. Uma das saídas
encontradas pelo setor tem sido o investimento em
energia fotovoltaica. A Distribuidora Betel, supermercado
localizado em Curitiba (PR), fez a aposta em energia
fotovoltaica em novembro de 2020. A conta de energia,
que girava em torno dos R$ 1.800,00, caiu para perto de
R$ 300,00 com o novo sistema, uma redução de 83% na
fatura. Para a instalação e habilitação do sistema, foram
gastos R$ 120 mil, que, dado os ajustes nos preços da luz,
terá um retorno sobre o investimento em três anos. Mas,
a economia mensal já chega aos clientes da empresa,
garante o proprietário Paulo Fontoura. "Revertemos a
economia em preços diferenciados, ampliação da loja e
contratação de funcionários, o que vai impactando no
crescimento da empresa."
SUSTENTABILIDADE
Falar é fácil, mas como seria um sistema de logística
reversa na cadeia do papel que funcione de verdade? Com
apoio da Green Mining, a IBEMA hoje efetivamente traz de
volta para sua unidade de Embu das Artes (SP) papel cartão
utilizado, e reinsere o material em sua cadeia produtiva. A
Green Mining conta com 24 funcionários registrados, entre
ex-cooperados ou ex-catadores de rua que, agora formalizados,
coletam papelão e papel cartão na cidade de São
Paulo. Eles utilizam triciclos de carga – bicicletas adaptadas
para transporte que evita o trânsito e as emissões de CO₂
(Gás Carbônico) – e com elas fazem a coleta de materiais
recicláveis em 720 bares, restaurantes e condomínios da
capital paulista. Esses pontos de coleta recebem o serviço
da Green Mining sem custos. Quem financia o sistema são
empresas como a IBEMA, que assumiram a responsabilidade
de colocar em prática o que a lei manda, ou seja, uma coleta
independente do poder público. Nos estabelecimentos
do setor de alimentação, são coletadas muitas caixas de
ingredientes para cozinha e de bebidas. Já nos condomínios
residenciais, existe o descarte desde papel sulfite limpinho
até embalagens sujas – e aí entra o treinamento realizado
com moradores e agentes de limpeza que segregam esses
materiais recicláveis. Após a coleta, o material é levado para
hubs, onde é prensado e devolvido às indústrias que apostam
nesse serviço. Para garantir o controle das quantidades
coletadas e sua procedência, a Green Mining utiliza um sistema
de rastreabilidade de última geração. Em um banco de
dados sequencial, cada lote de resíduo é acompanhado do
começo ao fim do ciclo, e assim se garante o peso e o tipo de
material em cada local de coleta. A pesagem é feita in loco
e fotografado. Cada etapa recebe um carimbo na forma de
blockchain, ou seja, sem possibilidade de adulteração.
Foto: divulgação
14 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Máquinas Peletizadoras
TECNOLOGIA E
INOVAÇÃO PARA A
INDÚSTRIA DE PELLETS
As Peletizadoras PBX são altamente
dimensionadas, para entregar pellets
de altíssima qualidade, possuem
matriz plana, cabeçotes com dois,
três ou quatro rolos podendo ser
aplicada nas seguintes matérias:
Pellets de madeira, feno, ração
animal, adubo orgânico e outros.
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NOTAS
CARBONO ZERO
Com produção própria e aquisição de certificados no mercado, o Banco do Brasil
(BB) alcançou 100% de compensação das emissões de gases de efeito estufa oriundos
do consumo de energia elétrica das dependências. Ao longo do ano passado, foram
consumidos um total de 532,8 mil MW/h (Megawatts/horas) . Com a operação, o BB
neutraliza a emissão de 33 toneladas de gás carbônico, o que equivale ao consumo
de energia de uma cidade de 222 mil residências em um ano ou ao reflorestamento
relativo ao plantio de 75.336 árvores. Para compensar sustentavelmente o volume de
532,8 mil MWh, o BB adquiriu, por meio de licitação, em contratação inédita na Administração
Pública, 523,9 mil I-REC (International Renewable Energy Certificate) da Distribuidora
Digital de Energia Matrix, cujos certificados são provenientes do complexo
eólico Serra da Babilônia (BA) e Baixa do Feijão (RN). O montante se une aos 8,9 mil
RECs decorrentes da geração de energia da usina solar inaugurada em março do ano
passado em Porteirinha (MG). O I-REC é uma plataforma internacional de transações que permite aos consumidores adquirirem o certificado
de uma energia de fonte renovável rastreada para compensar as emissões pelo consumo de energia elétrica. A ação integra um dos
10 compromissos sustentáveis assumidos pelo BB, especificamente o ‘Fomento à Energia Renovável’ que prevê, além da compensação
de 100% das emissões de gases de efeito estufa oriundos do consumo de energia elétrica, chegar a 90% de energia renovável até 2024.
Para 2021, as duas usinas fotovoltaicas do BB em funcionamento, a de Porteirinha (MG) e a de São Domingos do Araguaia (PA), inaugurada
em outubro de 2020, gerarão 16 mil I-RECs. Ainda neste ano, o BB tem prevista a inauguração de mais quatro usinas: na Bahia, no
Ceará, em Goiás e no Distrito Federal, além de outras quatro em 2022, a serem licitadas, gerando mais energia e compensando o consumo
de um número maior de dependências. Quando concluídas, as seis unidades entregues até 2021 fornecerão 32 GW/h (Gigawatts/
hora) de energia por ano, total semelhante ao consumo de 13,3 mil residências. Com essas medidas, o BB deixará de emitir cerca de 1,6
mil toneladas anuais de dióxido de carbono, o que equivale ao plantio de aproximadamente 4,5 mil árvores.
Foto: divulgação
Foto: divulgação
LEILÕES DE ENERGIA
O presidente Jair Bolsonaro assinou em maio, decreto que regulamenta uma
nova modalidade de leilões de energia, para contratação de reserva de capacidade,
com um primeiro certame do tipo já previsto pelo Ministério de Minas e
Energia para dezembro. Publicada em edição extra do Diário Oficial da União,
a medida não está associada à crise hídrica atual, uma vez que já vinha sendo
discutida no governo e mira usinas que entrariam em operação apenas no futuro,
mas tem ligação com o processo de privatização da Eletrobras. Alterações à
medida provisória (MP) sobre a desestatização durante a aprovação da matéria
pela Câmara dos Deputados estabeleceram uma obrigação de contratação pelo
governo de novas termelétricas a gás nos próximos anos, por meio dos leilões de
reserva de capacidade como os agora regulamentados pelo decreto do presidente.
O primeiro leilão desse tipo deverá ser realizado em dezembro, segundo uma
portaria da pasta de Minas e Energia também publicada na noite de sexta-feira,
em separado. O certame visará fechar contratos com usinas termelétricas a gás
e hidrelétricas novas ou existentes. Os contratos do leilão terão duração de até
15 anos. Serão negociados contratos de potência de reserva de capacidade, com início de suprimento a partir de julho de 2026,
e contratos de compra de energia no ambiente regulado, com suprimento a partir de janeiro de 2027. O texto de privatização da
Eletrobras que passou na Câmara prevê após mudanças do relator Elmar Nacimento (DEM-BA) aprovadas pelos deputados, que o
governo deverá contratar 6 GW (Gigawatts) em termelétricas a gás para operação a partir de 2026, 2027 e 2028, sendo 1 GW em
um Estado do nordeste e 5 GW entre usinas no norte e centro-oeste. O projeto também estabelece obrigação de contratação de até
2 GW em PCHs (pequenas centrais hidrelétricas) no leilão de energia A-6 deste ano. O Ministério de Minas e Energia disse em nota
na noite de sexta que, com o leilão de reserva de capacidade em dezembro, o A-6 de 2021 não será mais realizado.
16 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ENTREVISTA
Foto: divulgação
ENTREVISTA
FABRÍZIO
NICOLAI MANCINI
Formação: Engenheiro Elétrico pela UP
(Universidade Positivo), Doutorando
em Tecnologia e Sociedade pela UTFPR
(Universidade Federal Tecnológica do
Paraná) e mestrado em Desenvolvimento
de Tecnologia pelo Instituto Lactec
Cargo: Professor dos cursos de Engenharia
Elétrica e Engenharia de Energia da
Universidade Positivo
FUTURO DA
ENERGIA
A
busca por fontes renováveis de energia em detrimento ao uso dos combustíveis fósseis
tende a crescer cada vez mais em todo mundo. Mas como o Brasil está posicionado
dentro desse mercado? Essa e outras perguntas foram respondidas pelo doutorando
em Tecnologia e Sociedade, mestre em Desenvolvimento de Tecnologia, e
professor dos cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia de Energia da Universidade Positivo,
Fabrízio Nicolai Mancini, em entrevista exclusiva à Revista BIOMAIS.
“O Brasil tem um potencial maravilhoso e a gente não tem uma exploração adequada disso,
porque ainda temos custos muito elevados, dependendo do câmbio com uma dependência
internacional muito grande”, explicou Mancini.
18 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Qual sua avaliação sobre o investimento em energias
renováveis no Brasil? O que falta para potencializar
esse setor?
A gente tem visto, vamos dizer assim, uma certa paralisia,
desde 2016, o que acabou prejudicando um pouco
a área de infraestrutura. Apesar dos percalços políticos e
ideológicos, nós notamos que existem esses investimentos,
tanto pela parte do poder público, quanto uma tendência
de crescimento nos investimentos privados, inclusive vindo
do exterior. Mas ainda existem alguns gargalos no setor,
principalmente por conta de uma necessidade de reforma
no setor de energia elétrica. Atualmente, existem algumas
revisões, inclusive, com relação a questão da geração
distribuída. Outro aspecto é que em algumas outras áreas
estratégicas, como a dificuldade da gente desenvolver
a parte do biogás, por uma ausência de uma malha que
seria compartilhada com o gás natural, que é um outro
potencial muito grande que o Brasil tem. Também temos
algumas áreas crescentes, como a energia solar, que nós
notamos ainda um desarranjo, principalmente com relação
a questão da taxação do sistema de geração distribuída
compensada, o sistema de compensação. Então, nós temos
alguns gargalos bem importantes para ultrapassar e eles
estão vinculados em uma boa parte a questão da realidade
econômica atual, mundial, com a pandemia, e em um
outro aspecto com algumas necessidades de ajustes de
regulamentação do setor de energia, como é o caso da elétrica
e também a parte de petróleo, gás e biocombustíveis.
temos alguns problemas de regulamentação que precisam
ficar claros. As usinas de um sistema público, ou autoprodução,
ou produtor independente, estão fornecendo
energia para o sistema, enquanto a energia, vamos dizer
assim, estão centralizadas para esses empreendimentos.
Acredito que o Governo deveria estimular essas empresas
para fabricar esses módulos solares no Brasil. Isso seria uma
política que com certeza melhoraria o setor e deslocaria o
dinheiro que nós estamos mandando para o exterior, por
conta dos módulos solares, para ficar no Brasil. Até a (Usina
Binacional) Itaipu tinha um projeto muito interessante, que
inclusive está sendo reativado, que é a questão de se ter
uma produção verde, o silício verde, feito próximo de Itaipu
e o PTI (Parque Tecnológico de Itaipu). Seria um órgão
bem importante nisso. Em um outro ponto, a legislação
com relação a parte de compensação vai precisar de um
ajuste. Já estava prevista na resolução 482. Hoje nós temos
um projeto de lei correndo na Câmara dos Deputados, que
está bastante complicada a aprovação, por conta de uma
isenção que vai ser proposta no projeto de lei e pode afetar
o custo da tarifa de energia para a maior parte dos consumidores
cativos. Então o setor está pressionando para
que seja aprovada a lei com esse subsídio, só que isso vai
aumentar a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético),
que é um dos componentes mais importantes hoje, não
tirando o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias
Como o poder público pode auxiliar no fomento
dessas matrizes energéticas?
Com relação a essa questão de fomento, algumas
políticas públicas precisavam de um pouquinho mais de
agilidade. Na parte do biogás e biocombustíveis, a gente
tem o RenovaBio, que realmente pode dar um ganho bem
grande para o Brasil, tendo em vista que a maior parte
do problema ambiental do Brasil com relação a matriz
energética é vinculada a parte dos combustíveis. Esse seria
realmente um marco importante para o Brasil investir,
com o biodiesel, o biogás, todas essas questões vinculadas
a parte do combustível. No setor de energia elétrica
propriamente dita, creio que a questão pontual é a solar.
O Brasil tem um potencial maravilhoso e a gente não tem
uma exploração adequada disso, porque ainda temos
custos muito elevados, dependendo do câmbio com uma
dependência internacional muito grande. Além disso, nós
Precisamos resolver os
gargalos, mas também
sem afetar demais os
outros consumidores, se
não a gente vai fazer um
Robin Hood ao contrário
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
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ENTREVISTA
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PRINCIPAL
EM
FAMÍLIA
EMPRESA PIONEIRA NO
RECOLHIMENTO DE MADEIRA
PARA PRODUÇÃO DE BIOMASSA,
COM FOCO NA PRESERVAÇÃO
DO MEIO AMBIENTE E NA
SUSTENTABILIDADE
FOTOS EMANOEL CALDEIRA
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
25
PRINCIPAL
A
Centenaro Cavacos completa 15 anos de atuação
em 2021 e ano após ano se consolida como uma
das referências no Rio Grande do Sul na coleta,
transporte e processamento de retalhos de madeira
para geração de biomassa.
A empresa localizada em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha,
auxilia dessa forma outras companhias a cumprirem os
requisitos ambientais para o destino dos resíduos industriais,
no caso, os retalhos de madeira.
“A história começou em uma granja de aves, quando trabalhávamos
na integração das empresas, e tínhamos necessidade
de colocar maravalha no local em que ficavam esses
frangos. Todas as empresas do setor produtivo geram sobras
de madeira e precisavam de ajuda para a destinação final
desses materiais”, relata Celso Centenaro, um dos proprietários
da empresa.
“Assim foi criada a Centenaro Cavacos, com a finalidade
de picar esses retalhos de madeira produzindo biomassa-cavaco,
e retornando às indústrias para produção de energia.
Com essa prática, o ganho é para o meio ambiente, pois cada
metro cúbico de cavaco reaproveitado, usado nas caldeiras
das indústrias, equivale a preservação de uma árvore com
idade entre 5 e 10 anos. Assim, viabilizamos ao mercado
energia alternativa”, complementa Simone Centenaro, diretora
administrativa da empresa.
A Centenaro Cavacos possibilita que os clientes possam
utilizar o cavaco do processamento da madeira para a obtenção
de biomassa, que pode ser utilizado por essas empresas
como fonte renovável de combustível. Essa biomassa quando
é consumida para a produção de energia não agride o meio
ambiente, além de ter alto potencial como matriz energética
e ser mais competitiva em relação a fontes não renováveis.
Essa qualidade no serviço prestado pela Centenaro Cavacos
motivou a empresa a criar a Transambiental Transportes,
que oferece uma ampla infra-estrutura no transporte da produção.
Todo o transporte é feito com equipamentos próprios,
que contam na frota com caminhões roll-on roll-off com reboque
(julieta), além de carretas cavaqueiras que possuem
assoalho móvel com capacidade de transporte de 100m3
(metros cúbicos), possibilitando maior agilidade e segurança
no procedimento.
A Centenaro Cavacos ainda estabeleceu parceria com a
Asolução Biomassa, com foco na ampliação, melhoramento
e maior qualidade na produção de biomassa para atender as
exigências do mercado. Dessa forma, a empresa também está
realizando a transformação em biomassa-cavaco de resíduos
florestais e lenha de reflorestamento.
“Hoje estamos produzindo e comercializando em torno
de 6 mil m³ por dia, o que nos permite fazer maiores investimentos
em funcionários, caminhões e estrutura. Por exem-
26
www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA 27
CASE
ENERGIA
COLETIVA
FOTOS DIVULGAÇÃO
FOTOS DIVULGAÇÃO
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ARRANJO PRODUTIVO
LOCAL, QUE REÚNE
PODER PÚBLICO E
INICIATIVA PRIVADA
DE ARAPONGAS (PR),
TRANSFORMA CIDADE EM
POLO NA PRODUÇÃO DE
BIOGÁS E BIOMETANO
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
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CASE
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
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ECONOMIA
SUSTENTABILIDADE
ECONÔMICA
FOTOS DIVULGAÇÃO
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PRODUTOR RURAL DO NORTE PIONEIRO DO
PARANÁ TEM CONSEGUIDO ECONOMIA DE
ATÉ 80% NA TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA,
APÓS INSTALAÇÃO DE PAINÉIS SOLARES
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PESQUISA
MICROALGAS
EM AÇÃO
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PESQUISA DA UFPR TEM CONSEGUIDO
GERAR ENERGIA TERMOELÉTRICA COM A
UTILIZAÇÃO DESSES ORGANISMOS COMO
FILTRO NA QUEIMA DE RESÍDUOS
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
39
PESQUISA
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ARTIGO
ENERGIA EÓLICA:
ESTUDOS E REFLEXÕES
SOBRE A VIABILIDADE
DO POTENCIAL DESSA
MATRIZ ENERGÉTICA
NO BRASIL
FOTOS DIVULGAÇÃO
FELIPE MIGUEL MARTINHO
Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento,
Ano 1. Vol. 10 pp. 25-38. ISSN. 2448-0959
42 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ARESUMO
s questões ambientais e a constante preocupação
com as mudanças climáticas levaram a
uma corrida pelo desenvolvimento e inserção
de tecnologias de energias renováveis na matriz
elétrica em diversos países. Nesse contexto, a energia eólica
é considerada uma das mais promissoras fontes naturais de
energia, principalmente porque é renovável, não se esgota,
limpa, distribuída globalmente e, se utilizada para substituir
fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução do efeito
estufa. Além desses benefícios, pode-se trazer vantagens
globais e nacionais, como por exemplo, os benefícios com
a redução das emissões de gás carbono e a segurança do
abastecimento energético. O grande potencial de geração
no Brasil é a eólica, que compõe apenas uma pequena parte
da matriz energética brasileira, mas que vem ganhando
destaque nos leilões, por conta de sua competitividade.
O presente trabalho se propôs a demonstrar a viabilidade
do potencial dessa matriz e como a utilização de fontes de
energias renováveis é importante para a busca do desenvolvimento
sustentável. Para isso, foi realizado uma revisão bibliográfica
sistemática, estruturada, através de uma revisão
bibliográfica em artigos da área. A partir dos dados apresentados
no resultado desse estudo, discutiu-se a importância
desse tema que servirá de embasamento e guia para estudos
futuros que demonstrem o esforço do país na procura
por um desenvolvimento econômico e social, que leve em
consideração o meio ambiente e sua sustentabilidade.
Palavras-chave: Desenvolvimento sustentável, Energia
eólica, Energias renováveis
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
43
ARTIGO
INTRODUÇÃO
O desenvolvimento sustentável é um dos assuntos de
maior relevância na atualidade, uma vez que está relacionado
não só com a economia, mas também com o meio
ambiente e com a sociedade (United Nations, 1987, p.64).
A qualidade de vida de uma sociedade, por sua vez, está
intimamente ligada ao seu consumo de energia. A melhoria
nos padrões de vida, principalmente em países em desenvolvimento,
geram aumento da demanda energética e, dessa
forma, necessitam de um melhor planejamento energético
que aborde a segurança no suprimento de energia e os
custos ambientais para atender a este aumento de consumo
de energia (Goldemberg, 2008).
Alguns especialistas (Welch; Venkateswaran, 2009;
Terciote, 2002) consideram que a energia eólica é uma fonte
energética capaz de suprir as demandas de uma sociedade,
sem prejudicar gerações futuras, e por isso, o uso deste tipo
de energia renovável vem crescendo mundialmente.
No início de 2000, os projetos contratados decorrentes
das políticas de incentivo, e principalmente no final da década
com a entrada da energia eólica no mercado regulado de
energia, colocou o Brasil entre os países com maior crescimento
na implantação de novos parques eólicos e gerou
otimismo entre os agentes públicos e privados do setor
elétrico (Simas, 2013).
Decorrente destes fatores, o objetivo do presente estudo
foi realizar uma revisão da literatura sobre energia eólica e
a viabilidade do potencial dessa matriz energética no Brasil,
levando em conta o meio ambiente e sua sustentabilidade.
O estudo está organizado em tópicos, onde no primeiro
apresenta-se os fundamentos teóricos necessários para o
entendimento claro da pesquisa e em seguida, a metodologia
utilizada para a elaboração da revisão bibliográfica.
Posteriormente são apresentados os resultados juntamente
com a discussão dos fatos, finalizando com a conclusão do
estudo.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Os primeiros indícios da utilização de energia eólica para
a realização de trabalhos mecânicos datam cerca de dois
mil anos atrás, sendo utilizada nas máquinas de Heron em
Alexandria (Pinto, 2012).
Segundo Duarte (2004), o surgimento da tecnologia
do aproveitamento do vento foi uma consequência da
crise energética de 1973. Diante do aumento do preço do
petróleo e da necessidade de produzir eletricidade a preços
inferiores e de forma limpa e renovável, foram desenvolvidos
os atuais aerogeradores. Segundo os autores Terciote (2002),
Welch e Venkateswaran (2009), nos últimos anos a energia
eólica tornou-se uma peça fundamental na geração de
energia, principalmente elétrica, devido à grande expansão
em pesquisas e nas técnicas de desenvolvimento para transformar
o movimento do vento em energia. Atualmente, esta
fonte energética vem sendo descrita como uma das mais
importantes e promissoras tecnologias na geração complementar
de energia, por ser facilmente acessível e abundante
na natureza (Terciote, 2002; Welch; Venkateswaran, 2009).
Com o aprimoramento e aumento da potência das
máquinas eólicas, os custos de geração de eletricidade a
partir dos ventos vêm diminuindo, o que também reflete
na proliferação de inúmeros parques eólicos ao redor do
mundo (Welch; Venkateswaran, 2009).
Energia eólica é a energia cinética contida na massa de
ar em movimento (vento). Dessa forma, faz-se importante
conhecer o comportamento e as características dos ventos
para que seja possível compreender os aspectos necessários
para uma adequada modelagem eólica em uma determinada
região. A conversão da energia cinética de translação do
vento em energia cinética de rotação, ocorre a partir do uso
de turbinas eólicas, também denominadas aerogeradores,
as quais são fundamentais para a geração de eletricidade. A
captação da energia cinética do vento pode ser feita basicamente
utilizando-se dois tipos de turbinas: turbinas de eixo
vertical e as de eixo horizontal. No primeiro caso, engrenagem
e gerador são colocados ao nível do solo e a turbina é
movida por forças de arraste ou sustentação Estas turbinas
apresentam baixa complexidade de fabricação e são bastante
indicadas para características de vento similares ao sul da
América Latina (Farret, 2014).
Já as turbinas de eixo horizontal possuem as engrenagens,
eixo e gerador alinhados com a direção do vento,
sendo a opção mais utilizada mundialmente em parques de
geração eólicos comerciais. Podem ainda ser encontradas
algumas configurações em função do número de pás, sendo
que as turbinas com três pás são as mais empregadas por
apresentarem menor esforço mecânico, menor oscilação de
A energia eólica é
considerada uma das mais
promissoras fontes naturais
de energia, principalmente
porque é renovável
44 www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
45
ARTIGO
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Local: São Paulo (SP)
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OUTUBRO 2021
INTERSOLAR SOUTH AMERICA
Data: 18 a 20
Local: São Paulo (SP)
Informações: https://www.intersolar.net.br/pt/inicio
NOVEMBRO 2021
BRAZIL WINDPOWER
Data: 3 a 5
Local: São Paulo (SP)
Informações: https://www.brazilwindpower.com.br/
FENASUCRO & AGROCANA
Data: 9 a 12 de Novembro de 2021
Local: Sertãozinho (SP)
Informações:
www.fenasucro.com.br/pt-br.html
Imagem: divulgação
FEVEREIRO 2022
E-WORLD
Data: 8 a 10
Local: Essen (Alemanha)
Informações: https://www.e-world-essen.com/en/
A Fenasucro & Agrocana é a principal feira de
bioenergia e do setor sucroenergético da América
Latina. O evento acontece anualmente no principal
polo de produção bioenergética do Brasil; país com
maior potencial de produção mundial. Atualmente,
reúne profissionais dos principais pilares da matriz
energética, de usinas bioenergéticas e dos setores
de transporte e logística, papel e celulose e de
alimentos e bebidas para realização de negócios,
networking e atualização profissional.
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REVISTA
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OPINIÃO
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O CAMINHO DAS PEDRAS DA
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
A
verdade é que a tecnologia sempre esteve entre
meus principais interesses de pesquisa e, ao
longo dos últimos anos, tive o privilégio de poder
contribuir, de modo direto, para a difusão de uma
cultura mais disruptiva e aberta para o novo em meu círculo de
atuação.
Essas experiências, por sua vez, reforçaram a minha convicção
de que é indispensável seguir algumas importantes etapas
dentro de um movimento de digitalização. Uma pergunta que
recebo com frequência envolve, aliás, qual o passo a passo
para a estruturação de um planejamento de transformação
digital. Já adianto que não existem fórmulas mágicas, mas, sim,
determinados princípios que podem potencializar as chances
de sucesso de uma jornada rumo à inovação.
A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL É UMA
TRANSFORMAÇÃO CULTURAL
É isso mesmo que você leu. Toda transformação digital é,
antes de mais nada, uma transformação cultural. E isso quer
dizer que, para termos êxito nesta profunda caminhada de mudança,
temos de ter completa convicção no processo e difundir
essa confiança entre os gestores do negócio, responsáveis por
integrar toda a organização, em ações que devem ser executadas
com sinergia e plena abertura para as novas tecnologias
que passarão a fazer parte da realidade da companhia – seja
por meio da implementação de soluções, do desenvolvimento
de núcleos internos de inovação ou mesmo por meio de parcerias
de inovação aberta com startups e outras empresas.
ESTEJA PRONTO PARA ERRAR
Em seguida, entra a etapa de planejamento e priorização,
que envolve, por sua vez, a definição de quais áreas e tecnologias
serão priorizadas no processo de implementação da
transformação digital. Esta etapa inicial é importante para
direcionarmos investimentos, contratações, treinamentos e
eventuais mudanças de estrutura nos times que permitam uma
maior fluidez de toda a jornada de transformação digital.
Na sequência, é hora de partir para a execução/implementação
das ações voltadas para a inovação. É neste momento, inclusive,
que mais sentimos a importância da mudança cultural
que comentei acima, uma vez que, os processos de disrupção,
a rigor, são estruturados a partir de modelos de gestão mais
ágeis, dinâmicos e com pleno espaço para a experimentação e
mesmo para eventuais falhas. Lembre-se: erre depressa e corrija
depressa; esse é o novo mantra.
Logo, a tradicional lógica de erro = punição deve ser
completamente abandonada, em prol do fomento dos insights
criativos de seus colaboradores.
TODA EMPRESA É ÚNICA
Para todo paradigma, existe um contraponto. E o que isso
significa no plano da transformação digital? Significa que, seja
qual for a sua rota de mudança tecnológica, considere, antes de
tudo, as necessidades e dores de sua empresa, o perfil de seus
clientes e qual o propósito que irá ancorar os investimentos em
inovação na sua companhia. Este primeiro entendimento, interno,
é decisivo, principalmente na hora de partir para observar
o mercado e para entender em quais soluções deve-se investir
ou que parcerias devem ser firmadas. Com isso em mente, teremos
discernimento para separar as oportunidades que fazem
sentido para o nosso negócio e aquelas que não dialogam com
nossa estratégia de transformação.
Dentro deste contexto, o que você busca como líder: guiar
a construção desta nova e instigante sociedade ou se prender
a conceitos de mercado que, talvez, sequer existirão nas
próximas décadas? A escolha é sua e a única certeza é a de
que a transformação digital seguirá seu curso, abrindo novas
oportunidades e gerando novos desafios, que serão abraçados
por aqueles que estiverem antenados e prontos.
Por Alexandre Velilla
Empresário, CEO do CEL.LEP desde 2017, apresentador de programas de TV voltados para inovação e
empreendedorismo que reúne em sua trajetória profissional resultados extraordinários, mesmo em períodos de crise
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