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Entrevista: Análise em investimentos nacionais do setor de energias renováveis<br />
GERANDO<br />
ENERGIA<br />
MERCADO DE BIOMASSA<br />
MOVIMENTA ECONOMIA<br />
NA INDÚSTRIA DA MADEIRA<br />
PESQUISA PROMISSORA<br />
ENERGIA ATRAVÉS DE<br />
MICROALGAS<br />
UNIÃO FAZ A FORÇA<br />
COMUNIDADE PRODUZ BIOGÁS E BIOMETANO
BENTO GONÇALVES/RS<br />
Fone: (54) 3<strong>45</strong>5-0133 | (54) 3<strong>45</strong>4-1<strong>45</strong>0<br />
E-mail: contato@centenarocavacos.com.br<br />
COLETA, TRANSPORTE, RECICLAGEM<br />
E DESTINAÇÃO FINAL DA BIOMASSA<br />
Gerando rentabilidade, contribuindo<br />
para o desenvolvimento sustentável e<br />
reduzindo os impactos ambientais,<br />
visamos a melhoria da qualidade de<br />
vida e das gerações futuras.<br />
Nossos parceiros:
SUMÁRIO<br />
04 | EDITORIAL<br />
União pelo progresso<br />
06 | CARTAS<br />
08 | NOTAS<br />
18 | ENTREVISTA<br />
24 | PRINCIPAL<br />
30 | CASE<br />
Energia coletiva<br />
34| ECONOMIA<br />
Sustentabilidade econômica<br />
38 | PESQUISA<br />
42 | ARTIGO<br />
Energia eólica<br />
48 | AGENDA<br />
50| OPINIÃO<br />
O caminho das pedras da<br />
transformação digital<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
03
EDITORIAL<br />
Estampa a capa desta edição montagem<br />
alusiva aos produtos oferecidos pela<br />
Centenaro Cavacos<br />
UNIÃO PELO<br />
PROGRESSO<br />
C<br />
ompletar 15 anos de uma história de sucesso já é uma marca impressionante. Mas<br />
celebrar essa data dentro de uma empresa que une diversas gerações torna tudo ainda<br />
mais especial. Nessa edição vamos contar a história da Centenaro Cavacos, companhia de<br />
Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, especializada na transformação de resíduos industriais<br />
em biomassa. Além disso, também vamos contar sobre um projeto inovador em Arapongas (PR), que<br />
pretende implantar uma usina de biogás no município, a partir de rejeitos de diversas localidades.<br />
Também será foco nessa edição pautas sobre outras fontes de energia renovável, como a solar, a eólica<br />
e a hidrelétrica. Tenha uma excelente leitura!<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO VIII - EDIÇÃO <strong>45</strong> - JUNHO <strong>2021</strong><br />
Diretor Comercial<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
(fabiomachado@revistabiomais.com.br)<br />
Diretor Executivo<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
(bartoski@revistabiomais.com.br)<br />
Redação<br />
Jorge de Souza<br />
(jornalismo@revistabiomais.com.br)<br />
Dep. de Criação<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira - Gabriela Bogoni<br />
(criacao@revistareferencia.com.br)<br />
Representante Comercial<br />
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />
Dep. Comercial<br />
Gerson Penkal - Jéssika Ferreira - Tainá Carolina Brandão<br />
(comercial@revistabiomais.com.br)<br />
Fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Dep. de Assinaturas<br />
Cristiane Baduy<br />
(assinatura@revistabiomais.com.br) - 0800 600 2038<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
A REVISTA BIOMAIS é uma publicação da JOTA Editora<br />
Rua Maranhão, 502 - Água Verde - Cep: 80610-000 - Curitiba (PR) - Brasil<br />
Fone/Fax: +55 (41) 3333-1023<br />
www.jotaeditora.com.br<br />
Veículo filiado a:<br />
A REVISTA BIOMAIS - é uma publicação bimestral e<br />
independente, dirigida aos produtores e consumidores de<br />
energias limpas e alternativas, produtores de resíduos para<br />
geração e cogeração de energia, instituições de pesquisa,<br />
estudantes universitários, órgãos governamentais, ONG’s,<br />
entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS não se<br />
responsabiliza por conceitos emitidos em matérias, artigos,<br />
anúncios ou colunas assinadas, por entender serem estes<br />
materiais de responsabilidade de seus autores. A utilização,<br />
reprodução, apropriação, armazenamento de banco de dados,<br />
sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras<br />
criações intelectuais da REVISTA BIOMAIS são terminantemente<br />
proibídas sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
04 www.REVISTABIOMAIS.com.br
CARTAS<br />
MODELO<br />
A editoria PELO MUNDO é uma das minhas preferidas da REVISTA BIOMAIS. Sempre com ótimos<br />
exemplos que podem servir de inspiração para outras cidades e países!<br />
Francisco Brum – Rio Negro (PR)<br />
Foto: divulgação<br />
TECNOLOGIA<br />
É uma das minhas editorias preferidas! Trazer as inovações que surgem diariamente ao redor do globo para que elas<br />
possam inspirar iniciativas semelhantes por todo o país!<br />
Ana Freire – Vitória (ES)<br />
FUTURO<br />
O amanhã é verde e o pós-pandemia precisa ser pautado pela economia verde. Excelente reportagem mostrando os<br />
benefícios econômicos de medidas e políticas mais sustentáveis. Parabéns!<br />
Josias Teixeira – Recife (PE)<br />
CASE<br />
Ótimo case da edição 41 de outubro de 2020 sobre as empresas japonesas que querem<br />
aumentar a produção de algas para biocombustíveis. Qualquer alternativa sustentável para<br />
substituição de combustíveis fósseis deve ser incentivada.<br />
Laís Queiroz– Rio de Janeiro (RJ)<br />
Foto: divulgação<br />
REVISTA<br />
na<br />
mídia<br />
informação<br />
biomassa<br />
energia<br />
www.revistabiomais.com.br<br />
www.facebook.com.br/revistabiomais<br />
www<br />
Publicações Técnicas da JOTA EDITORA<br />
06 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Secador de lâminas<br />
4 pistas<br />
Vantagens:<br />
+ -<br />
produtividade/hora consumo de energia/hora<br />
“Persistência na tecnologia,<br />
obstinação em ser melhor”<br />
+55 (47) 98873-5231 +55 (47) 3382-2222 | +55 (47) 99927-5261<br />
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Rua Fritz Lorenz, 2170 – 89120-000 – Timbó – SC – Brasil
NOTAS<br />
MAIS ENERGIA<br />
A COPEL (Companhia Paranaense de Energia)<br />
colocou em operação comercial a primeira unidade<br />
geradora de energia da PCH (Pequena Central<br />
Hidrelétrica) Bela Vista. Construída em tempo<br />
recorde e entregue dois anos antes do prazo<br />
previsto, a usina foi instalada no Rio Chopim, entre<br />
os municípios de Verê e São João, no sudoeste do<br />
Paraná. O investimento na mais nova hidrelétrica<br />
da COPEL foi de R$ 224 milhões e a energia gerada<br />
vai abastecer 100 mil pessoas. Bela Vista terá capacidade<br />
para produzir 29,81 MW (Megawatts), sendo<br />
29,322 MW em três unidades geradoras na casa<br />
de força principal e 0,488 MW na unidade instalada<br />
na casa de força complementar, construída junto à barragem, que vai gerar energia aproveitando a vazão mínima de água que não<br />
pode ser represada e deve escoar de forma permanente no trecho abaixo do barramento, mantendo a condição ambiental adequada<br />
do rio. A energia gerada na hidrelétrica será levada até a subestação existente em Dois Vizinhos através de uma linha de distribuição<br />
em alta-tensão (138 mil volts), com 18 km (quilômetros), que passa por Verê, São Jorge D’Oeste e Dois Vizinhos. A previsão é de que<br />
a segunda e a terceira unidades geradoras entrem em operação até o final do mês de julho. Com a implantação da PCH, a travessia<br />
sobre o Rio Chopim na área do reservatório deixa de ser feita por balsa e passa a ser feita pela nova ponte que faz a integração entre<br />
os municípios de Verê e São João. A ponte de 200m (metros) foi construída pela COPEL atendendo a uma reivindicação antiga da<br />
população local, que agora é beneficiada com uma ligação rodoviária segura e gratuita entre os municípios de Verê e São João.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL<br />
Dobrar a produção de alimentos sem desmatar, transformar a Amazônia<br />
no maior celeiro global de produtos naturais, mantendo a floresta em pé,<br />
diminuir consideravelmente a aplicação de agroquímicos na produção de<br />
alimentos, reduzir a desigualdade, ampliar a geração de renda e empregos<br />
para os povos tropicais, abastecer o mundo com alimentos mais saudáveis,<br />
produzidos de forma mais sustentável e combater ao mesmo tempo o aquecimento<br />
global. Esses são alguns dos objetivos colocados pelos pesquisadores<br />
que participaram do lançamento do Projeto Biomas Tropicais, que após<br />
8 anos de formatação, conseguiu reunir algumas das maiores autoridades<br />
brasileiras em ciências relacionadas à Bioeconomia Tropical. O Projeto Biomas<br />
Tropicais é coordenado pelo Instituto Fórum do Futuro, presidido pelo<br />
professor Alysson Paolinelli, e conta no seu núcleo central com a parceria<br />
de instituições como o CNPq, a EMBRAPA, a ESALQ (Universidade de São<br />
Paulo), as Universidades Federais de Lavras e Viçosa, o Centro de Gestão de<br />
Estudos estratégicos, o SEBRAE e a FGV-Agro, além de inúmeras instituições<br />
regionais em cada um dos biomas estudados. A experiência deve desenvolver alternativas para a integração da ciência, energia,<br />
natureza e alimentos, criando uma sinergia entre essas áreas e dando grande ênfase a ações sustentáveis. Para atingir seus objetivos,<br />
o projeto Biomas Tropicais se concentrará em pesquisa e gestão de alta precisão. O propósito é encontrar caminhos para promover a<br />
inclusão tecnológica dos povos tropicais, permitindo o desenvolvimento sustentável, a geração de renda e empregos e viabilizando a<br />
permanência dos povos tropicais em suas regiões de origem. A concepção do Projeto Biomas começou há oito anos e a implantação<br />
teve início em meados de 2019, no Polo Demonstrativo dos Cerrados, em Rio Verde (GO). Agora estão sendo iniciados os trabalhos na<br />
Amazônia e na Caatinga.<br />
08 www.REVISTABIOMAIS.com.br
INOX CONEXÕES com grande história e tradição, atua há 26 anos no<br />
segmento de conexões, tubos, válvulas e acessórios em aço inoxidável,<br />
aço carbono e ligas de aço. Localizada em São Paulo, tem como objetivo<br />
atender a toda e qualquer necessidade de seus clientes nos mais diversos<br />
segmentos: Indústria química, alimentícia, farmacêutica, papel e celulose, óleo e<br />
gás. Composta por profissionais qualificados, trabalhamos visando a satisfação de<br />
nossos clientes. Dispomos de um sistema de gestão conforme norma ISO 9001, e somos<br />
qualificados no sistema CRC da Petrobras.<br />
R. Ijucapirama, 98 Jardim Santa Teresinha | São Paulo - SP<br />
(11) 2723 2020 | contato@inoxconexoes.com.br<br />
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NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
POTENCIAL ENERGÉTICO<br />
Apesar de cerca de 90% da energia elétrica do território<br />
nacional ter origem nas usinas hidrelétricas, cerca de um quinto<br />
do que é produzido é desperdiçado na transmissão da energia<br />
até os centros de consumo, como o exemplo de Itaipu. Perdas<br />
que resultam em pelo menos 5% da tarifa paga pelo consumidor.<br />
Um dos caminhos para driblar essas perdas de energia no<br />
país é optar pela energia solar distribuída. Até 2027, de acordo<br />
com o Governo Federal, as hidrelétricas perderão espaço para<br />
a energias renováveis e cairão para 51% em termos de participação<br />
energética, enquanto fontes alternativas devem saltar<br />
para 28%. Para o diretor da empresa de comércio exterior<br />
brasileira Tek Trade, Rogério Marin, responsável por importar 4<br />
MW (Megawatts) de energia em placas fotovoltaicas em 2020, o<br />
principal caminho será o incentivo à implantação de usinas de<br />
energias renováveis e o aumento da micro geração de energia<br />
solar distribuída pela população. O diretor estima que o crescimento<br />
em importação de painéis solares pela Tek Trade deve ter<br />
um acréscimo de 15% em <strong>2021</strong>, em comparação com 2020, e<br />
seguir em crescimento pelos próximos anos. Uma oportunidade<br />
aos empresários interessados em atuar com a distribuição e<br />
instalação de equipamentos e que, inclusive, é apontada como<br />
uma solução para a retomada do crescimento econômico, de<br />
países e empresas no pós-pandemia. Outro fator apontado<br />
por Marin é que as principais hidrelétricas do Brasil, ou seja, as<br />
que geram mais energia, estão localizadas no Rio Paraná, na<br />
fronteira Brasil-Paraguai. Sendo assim, na hora de transportar<br />
esta energia para o restante do país, se perde pelo menos 20%<br />
do recurso na transmissão pela rede, afetando diretamente na<br />
qualidade da eletricidade fornecida em algumas regiões. Já o<br />
painel solar possui facilidade na hora da instalação e sua matéria-prima<br />
– a luminosidade do sol – é inesgotável e gratuita.<br />
CARTEIRA DE TRABALHO<br />
Em um momento em que o Brasil enfrenta o desemprego<br />
e problemas econômicos, a geração distribuída<br />
solar fotovoltaica vai na contramão. De acordo com<br />
dados da ABSOLAR, somente em 2020 foram gerados<br />
mais de 76 mil empregos em todo o país. Para este ano,<br />
a expectativa é abrir mais de 118 mil vagas. O Paraná<br />
ocupa a quinta posição em geração de postos de trabalho:<br />
desde 2012 foram criados mais de 8.500 empregos.<br />
O estado é o território com melhor irradiação solar do<br />
sul do país, principalmente as regiões norte, noroeste<br />
e oeste e as cidades com maiores potências de energia<br />
solar instaladas são Maringá, Londrina, Cascavel e Foz<br />
do Iguaçu. Junto com os empregos, chegam também<br />
os investimentos. A geração distribuída solar fotovoltaica<br />
já atraiu mais de 26 bilhões de investimentos<br />
privados em todo o Brasil desde 2012, com os paranaenses<br />
contribuindo em R$ 1,5 bilhão desse total, além<br />
de arrecadar 6 bilhões de tributos, sendo 355,3 milhões<br />
somente no Paraná. Até 2019, o Paraná ocupava a<br />
quarta posição em geração distribuída e potência<br />
instalada e também na geração de postos de trabalho.<br />
Atualmente, perdeu uma colocação e está no quinto<br />
lugar. Mas, pode voltar a crescer. Um dos motivos é o<br />
programa de crédito exclusivo com juros subsidiados<br />
lançado pelo governo do estado no dia 27 de abril,<br />
com a criação do Banco do Agricultor Paranaense. Foi<br />
anunciado que projetos de energia fotovoltaica poderão<br />
ser financiados com limite equalizado de até R$ 500<br />
mil. Foi previsto também subvenção para operações<br />
em obras civis, aquisição de materiais e equipamentos<br />
e na elaboração de projetos de geração de energia de<br />
fontes fotovoltaicas e outras sustentáveis, o que traz<br />
esperança para o setor voltar a crescer no Estado.<br />
Foto: divulgação<br />
10 www.REVISTABIOMAIS.com.br
PERFORMANCE<br />
EFICIÊNCIA<br />
ROBUSTEZ<br />
SEGURANÇA<br />
GERADOR DE<br />
AR QUENTE<br />
SECAGEM INDIRETA<br />
DE GRÃOS<br />
O Gerador de ar quente IMTAB foi<br />
desenvolvido para secagem de<br />
produtos sem contaminação por<br />
HPAs e com mais segurança para<br />
secadores, já que não possui<br />
fagulhas oriundas de combustão.<br />
Este equipamento não necessita<br />
de água, vapor e ou vaso de<br />
pressão (caldeira), o equipamento<br />
foi desenvolvido com sistema de<br />
troca AR x GÁS, que resulta em<br />
um custo operacional muito<br />
abaixo dos equipamentos<br />
disponíveis no mercado.<br />
www.imtab.com.br<br />
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Estrada Geral Pitangueira n° 1<br />
Agrolândia - SC
NOTAS<br />
INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA<br />
A ENGIE está concluindo a fase mais importante do Projeto de Pesquisa e<br />
Desenvolvimento Aerogerador Nacional, que é a montagem do equipamento.<br />
Localizado no município de Tubarão (SC), o aerogerador está instalado no<br />
parque experimental de pesquisa e desenvolvimento da ENGIE e é resultado<br />
de um Projeto Estratégico do P&D (Programa de Pesquisa e Desenvolvimento)<br />
da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). O aerogerador foi projetado<br />
e construído pela WEG S.A e a segunda etapa do projeto também contou com<br />
recursos do P&D das CELESC (Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A). O projeto<br />
denominado: Desenvolvimento e certificação de aerogerador nacional de 4,2<br />
MW (Megawatts) de acoplamento direto, com gerador síncrono de ímãs permanentes<br />
e conversor de potência plena; tem por objetivo desenvolver e incentivar<br />
a tecnologia nacional em energia eólica para reduzir a dependência de<br />
outros países, por meio do fortalecimento da cadeia brasileira de fornecedores<br />
de componentes e prestadores de serviços para a fabricação e instalação de<br />
aerogeradores de grande porte. Essa nova turbina, com 4,2 MW de potência, foi<br />
instalada a 600 metros de outro aerogerador, de 2,1 MW, resultado da primeira<br />
etapa deste Projeto Estratégico de P&D, o qual foi primeiro protótipo construído pela WEG no Brasil. Ele entrou em operação em 2015<br />
e a análise do seu desempenho contribuiu para o desenvolvimento deste novo aerogerador, mais adequado às condições de vento do<br />
Brasil. A energia elétrica gerada será futuramente fornecida ao SIN (Sistema Interligado Nacional), que faz a conexão entre as unidades<br />
de geração e os consumidores de energia elétrica. Mais de R$ 300 milhões já foram investidos, desde 1999, em pesquisa e desenvolvimento<br />
pela ENGIE no Brasil, em mais de 200 projetos realizados e/ou em desenvolvimento, unindo esforços de mais de 40 organizações,<br />
incluindo universidades, centros de pesquisa, empresas e startups.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
LOGÍSTICA REVERSA<br />
O OLUC (Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado)<br />
é classificado como resíduo perigoso e, contendo metais<br />
pesados como cromo, cádmio, chumbo e arsênio, deve ser<br />
enviado para a reciclagem por meio do rerrefino. Em acordo<br />
de cooperação assinado no mês de junho, no âmbito do<br />
programa Lixão Zero, o MMA (Ministério do Meio Ambiente),<br />
a ABETRE e a AMBIOLUC visam informatizar o sistema de<br />
logística reversa que permite a destinação ambientalmente<br />
adequada desse resíduo. Com isso, qualquer cidadão poderá<br />
acessar informações sobre a logística reversa do óleo, além<br />
de resultados do sistema e orientações para contribuir com<br />
a destinação ambientalmente adequada desse tipo de<br />
resíduo. O grande objetivo é eliminar o descarte inadequado, contribuindo para o encerramento de lixões, em acordo com o Marco<br />
Legal do Saneamento Básico, que determina o encerramento de todos os lixões do País até 2024. Para alcançar esse resultado, o<br />
acordo prevê a integração das informações setoriais sobre logística reversa de OLUC no SINIR (Sistema de Informação Nacional<br />
lançado pelo MMA em 2019) e o desenvolvimento de um aplicativo online, arquitetado para permitir a integração com os demais<br />
sistemas de logística reversa existentes no país, como eletroeletrônicos, embalagens e medicamentos. Em 2020, foram coletados<br />
mais de 465 milhões de litros de óleo lubrificante usado ou contaminado, em mais de 4.100 municípios brasileiros. A logística<br />
reversa possibilitou a produção de mais de 300 milhões de litros de óleos básicos, alcançando 20% da demanda nacional, gerando<br />
emprego e renda no setor. O programa Lixão Zero acumula uma série de ações na área de logística reversa de resíduos, incluindo<br />
a implementação e incrementos nos sistemas de logística reversa de eletroeletrônicos, medicamentos, baterias de carro, latas de<br />
alumínio e óleo lubrificante, aumentando as metas de reciclagem do OLUC, que até 2023 deverá alcançar 47,5% no país.<br />
12 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
ECONOMIA<br />
A rede varejista de alimentos, como hiper e supermercados,<br />
tem sofrido com a alta da energia elétrica<br />
no Brasil. Com os constantes reajustes que o Governo<br />
tem repassado aos consumidores, é inevitável que esse<br />
valor também chegue aos alimentos como forma dos<br />
supermercados equilibrarem a conta. Segundo dados da<br />
ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados), a conta<br />
de energia é o segundo maior gasto de um supermercado,<br />
atrás apenas da folha de pagamento, representando<br />
um gasto de mais de R$ 3 bilhões no mercado<br />
varejista. Dentre os maiores itens de consumo em um<br />
supermercado, encontra-se o sistema de refrigeração<br />
(40% de gastos), principalmente se o estabelecimento<br />
conta com açougue e câmaras frias, ar-condicionado<br />
(varia entre 30% e 50%) e iluminação, na média, até 20%.<br />
Por conta dessa situação, muitos estabelecimentos têm<br />
buscado soluções para que esses gastos não minimizem<br />
ainda mais a sua margem de lucro. Uma das saídas<br />
encontradas pelo setor tem sido o investimento em<br />
energia fotovoltaica. A Distribuidora Betel, supermercado<br />
localizado em Curitiba (PR), fez a aposta em energia<br />
fotovoltaica em novembro de 2020. A conta de energia,<br />
que girava em torno dos R$ 1.800,00, caiu para perto de<br />
R$ 300,00 com o novo sistema, uma redução de 83% na<br />
fatura. Para a instalação e habilitação do sistema, foram<br />
gastos R$ 120 mil, que, dado os ajustes nos preços da luz,<br />
terá um retorno sobre o investimento em três anos. Mas,<br />
a economia mensal já chega aos clientes da empresa,<br />
garante o proprietário Paulo Fontoura. "Revertemos a<br />
economia em preços diferenciados, ampliação da loja e<br />
contratação de funcionários, o que vai impactando no<br />
crescimento da empresa."<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
Falar é fácil, mas como seria um sistema de logística<br />
reversa na cadeia do papel que funcione de verdade? Com<br />
apoio da Green Mining, a IBEMA hoje efetivamente traz de<br />
volta para sua unidade de Embu das Artes (SP) papel cartão<br />
utilizado, e reinsere o material em sua cadeia produtiva. A<br />
Green Mining conta com 24 funcionários registrados, entre<br />
ex-cooperados ou ex-catadores de rua que, agora formalizados,<br />
coletam papelão e papel cartão na cidade de São<br />
Paulo. Eles utilizam triciclos de carga – bicicletas adaptadas<br />
para transporte que evita o trânsito e as emissões de CO₂<br />
(Gás Carbônico) – e com elas fazem a coleta de materiais<br />
recicláveis em 720 bares, restaurantes e condomínios da<br />
capital paulista. Esses pontos de coleta recebem o serviço<br />
da Green Mining sem custos. Quem financia o sistema são<br />
empresas como a IBEMA, que assumiram a responsabilidade<br />
de colocar em prática o que a lei manda, ou seja, uma coleta<br />
independente do poder público. Nos estabelecimentos<br />
do setor de alimentação, são coletadas muitas caixas de<br />
ingredientes para cozinha e de bebidas. Já nos condomínios<br />
residenciais, existe o descarte desde papel sulfite limpinho<br />
até embalagens sujas – e aí entra o treinamento realizado<br />
com moradores e agentes de limpeza que segregam esses<br />
materiais recicláveis. Após a coleta, o material é levado para<br />
hubs, onde é prensado e devolvido às indústrias que apostam<br />
nesse serviço. Para garantir o controle das quantidades<br />
coletadas e sua procedência, a Green Mining utiliza um sistema<br />
de rastreabilidade de última geração. Em um banco de<br />
dados sequencial, cada lote de resíduo é acompanhado do<br />
começo ao fim do ciclo, e assim se garante o peso e o tipo de<br />
material em cada local de coleta. A pesagem é feita in loco<br />
e fotografado. Cada etapa recebe um carimbo na forma de<br />
blockchain, ou seja, sem possibilidade de adulteração.<br />
Foto: divulgação<br />
14 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Máquinas Peletizadoras<br />
TECNOLOGIA E<br />
INOVAÇÃO PARA A<br />
INDÚSTRIA DE PELLETS<br />
As Peletizadoras PBX são altamente<br />
dimensionadas, para entregar pellets<br />
de altíssima qualidade, possuem<br />
matriz plana, cabeçotes com dois,<br />
três ou quatro rolos podendo ser<br />
aplicada nas seguintes matérias:<br />
Pellets de madeira, feno, ração<br />
animal, adubo orgânico e outros.<br />
PELETIZADORAS<br />
PARA TODAS AS DEMANDAS<br />
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NOTAS<br />
CARBONO ZERO<br />
Com produção própria e aquisição de certificados no mercado, o Banco do Brasil<br />
(BB) alcançou 100% de compensação das emissões de gases de efeito estufa oriundos<br />
do consumo de energia elétrica das dependências. Ao longo do ano passado, foram<br />
consumidos um total de 532,8 mil MW/h (Megawatts/horas) . Com a operação, o BB<br />
neutraliza a emissão de 33 toneladas de gás carbônico, o que equivale ao consumo<br />
de energia de uma cidade de 222 mil residências em um ano ou ao reflorestamento<br />
relativo ao plantio de 75.336 árvores. Para compensar sustentavelmente o volume de<br />
532,8 mil MWh, o BB adquiriu, por meio de licitação, em contratação inédita na Administração<br />
Pública, 523,9 mil I-REC (International Renewable Energy Certificate) da Distribuidora<br />
Digital de Energia Matrix, cujos certificados são provenientes do complexo<br />
eólico Serra da Babilônia (BA) e Baixa do Feijão (RN). O montante se une aos 8,9 mil<br />
RECs decorrentes da geração de energia da usina solar inaugurada em março do ano<br />
passado em Porteirinha (MG). O I-REC é uma plataforma internacional de transações que permite aos consumidores adquirirem o certificado<br />
de uma energia de fonte renovável rastreada para compensar as emissões pelo consumo de energia elétrica. A ação integra um dos<br />
10 compromissos sustentáveis assumidos pelo BB, especificamente o ‘Fomento à Energia Renovável’ que prevê, além da compensação<br />
de 100% das emissões de gases de efeito estufa oriundos do consumo de energia elétrica, chegar a 90% de energia renovável até 2024.<br />
Para <strong>2021</strong>, as duas usinas fotovoltaicas do BB em funcionamento, a de Porteirinha (MG) e a de São Domingos do Araguaia (PA), inaugurada<br />
em outubro de 2020, gerarão 16 mil I-RECs. Ainda neste ano, o BB tem prevista a inauguração de mais quatro usinas: na Bahia, no<br />
Ceará, em Goiás e no Distrito Federal, além de outras quatro em 2022, a serem licitadas, gerando mais energia e compensando o consumo<br />
de um número maior de dependências. Quando concluídas, as seis unidades entregues até <strong>2021</strong> fornecerão 32 GW/h (Gigawatts/<br />
hora) de energia por ano, total semelhante ao consumo de 13,3 mil residências. Com essas medidas, o BB deixará de emitir cerca de 1,6<br />
mil toneladas anuais de dióxido de carbono, o que equivale ao plantio de aproximadamente 4,5 mil árvores.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
LEILÕES DE ENERGIA<br />
O presidente Jair Bolsonaro assinou em maio, decreto que regulamenta uma<br />
nova modalidade de leilões de energia, para contratação de reserva de capacidade,<br />
com um primeiro certame do tipo já previsto pelo Ministério de Minas e<br />
Energia para dezembro. Publicada em edição extra do Diário Oficial da União,<br />
a medida não está associada à crise hídrica atual, uma vez que já vinha sendo<br />
discutida no governo e mira usinas que entrariam em operação apenas no futuro,<br />
mas tem ligação com o processo de privatização da Eletrobras. Alterações à<br />
medida provisória (MP) sobre a desestatização durante a aprovação da matéria<br />
pela Câmara dos Deputados estabeleceram uma obrigação de contratação pelo<br />
governo de novas termelétricas a gás nos próximos anos, por meio dos leilões de<br />
reserva de capacidade como os agora regulamentados pelo decreto do presidente.<br />
O primeiro leilão desse tipo deverá ser realizado em dezembro, segundo uma<br />
portaria da pasta de Minas e Energia também publicada na noite de sexta-feira,<br />
em separado. O certame visará fechar contratos com usinas termelétricas a gás<br />
e hidrelétricas novas ou existentes. Os contratos do leilão terão duração de até<br />
15 anos. Serão negociados contratos de potência de reserva de capacidade, com início de suprimento a partir de julho de 2026,<br />
e contratos de compra de energia no ambiente regulado, com suprimento a partir de janeiro de 2027. O texto de privatização da<br />
Eletrobras que passou na Câmara prevê após mudanças do relator Elmar Nacimento (DEM-BA) aprovadas pelos deputados, que o<br />
governo deverá contratar 6 GW (Gigawatts) em termelétricas a gás para operação a partir de 2026, 2027 e 2028, sendo 1 GW em<br />
um Estado do nordeste e 5 GW entre usinas no norte e centro-oeste. O projeto também estabelece obrigação de contratação de até<br />
2 GW em PCHs (pequenas centrais hidrelétricas) no leilão de energia A-6 deste ano. O Ministério de Minas e Energia disse em nota<br />
na noite de sexta que, com o leilão de reserva de capacidade em dezembro, o A-6 de <strong>2021</strong> não será mais realizado.<br />
16 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ENTREVISTA<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
FABRÍZIO<br />
NICOLAI MANCINI<br />
Formação: Engenheiro Elétrico pela UP<br />
(Universidade Positivo), Doutorando<br />
em Tecnologia e Sociedade pela UTFPR<br />
(Universidade Federal Tecnológica do<br />
Paraná) e mestrado em Desenvolvimento<br />
de Tecnologia pelo Instituto Lactec<br />
Cargo: Professor dos cursos de Engenharia<br />
Elétrica e Engenharia de Energia da<br />
Universidade Positivo<br />
FUTURO DA<br />
ENERGIA<br />
A<br />
busca por fontes renováveis de energia em detrimento ao uso dos combustíveis fósseis<br />
tende a crescer cada vez mais em todo mundo. Mas como o Brasil está posicionado<br />
dentro desse mercado? Essa e outras perguntas foram respondidas pelo doutorando<br />
em Tecnologia e Sociedade, mestre em Desenvolvimento de Tecnologia, e<br />
professor dos cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia de Energia da Universidade Positivo,<br />
Fabrízio Nicolai Mancini, em entrevista exclusiva à <strong>Revista</strong> BIOMAIS.<br />
“O Brasil tem um potencial maravilhoso e a gente não tem uma exploração adequada disso,<br />
porque ainda temos custos muito elevados, dependendo do câmbio com uma dependência<br />
internacional muito grande”, explicou Mancini.<br />
18 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Qual sua avaliação sobre o investimento em energias<br />
renováveis no Brasil? O que falta para potencializar<br />
esse setor?<br />
A gente tem visto, vamos dizer assim, uma certa paralisia,<br />
desde 2016, o que acabou prejudicando um pouco<br />
a área de infraestrutura. Apesar dos percalços políticos e<br />
ideológicos, nós notamos que existem esses investimentos,<br />
tanto pela parte do poder público, quanto uma tendência<br />
de crescimento nos investimentos privados, inclusive vindo<br />
do exterior. Mas ainda existem alguns gargalos no setor,<br />
principalmente por conta de uma necessidade de reforma<br />
no setor de energia elétrica. Atualmente, existem algumas<br />
revisões, inclusive, com relação a questão da geração<br />
distribuída. Outro aspecto é que em algumas outras áreas<br />
estratégicas, como a dificuldade da gente desenvolver<br />
a parte do biogás, por uma ausência de uma malha que<br />
seria compartilhada com o gás natural, que é um outro<br />
potencial muito grande que o Brasil tem. Também temos<br />
algumas áreas crescentes, como a energia solar, que nós<br />
notamos ainda um desarranjo, principalmente com relação<br />
a questão da taxação do sistema de geração distribuída<br />
compensada, o sistema de compensação. Então, nós temos<br />
alguns gargalos bem importantes para ultrapassar e eles<br />
estão vinculados em uma boa parte a questão da realidade<br />
econômica atual, mundial, com a pandemia, e em um<br />
outro aspecto com algumas necessidades de ajustes de<br />
regulamentação do setor de energia, como é o caso da elétrica<br />
e também a parte de petróleo, gás e biocombustíveis.<br />
temos alguns problemas de regulamentação que precisam<br />
ficar claros. As usinas de um sistema público, ou autoprodução,<br />
ou produtor independente, estão fornecendo<br />
energia para o sistema, enquanto a energia, vamos dizer<br />
assim, estão centralizadas para esses empreendimentos.<br />
Acredito que o Governo deveria estimular essas empresas<br />
para fabricar esses módulos solares no Brasil. Isso seria uma<br />
política que com certeza melhoraria o setor e deslocaria o<br />
dinheiro que nós estamos mandando para o exterior, por<br />
conta dos módulos solares, para ficar no Brasil. Até a (Usina<br />
Binacional) Itaipu tinha um projeto muito interessante, que<br />
inclusive está sendo reativado, que é a questão de se ter<br />
uma produção verde, o silício verde, feito próximo de Itaipu<br />
e o PTI (Parque Tecnológico de Itaipu). Seria um órgão<br />
bem importante nisso. Em um outro ponto, a legislação<br />
com relação a parte de compensação vai precisar de um<br />
ajuste. Já estava prevista na resolução 482. Hoje nós temos<br />
um projeto de lei correndo na Câmara dos Deputados, que<br />
está bastante complicada a aprovação, por conta de uma<br />
isenção que vai ser proposta no projeto de lei e pode afetar<br />
o custo da tarifa de energia para a maior parte dos consumidores<br />
cativos. Então o setor está pressionando para<br />
que seja aprovada a lei com esse subsídio, só que isso vai<br />
aumentar a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético),<br />
que é um dos componentes mais importantes hoje, não<br />
tirando o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias<br />
Como o poder público pode auxiliar no fomento<br />
dessas matrizes energéticas?<br />
Com relação a essa questão de fomento, algumas<br />
políticas públicas precisavam de um pouquinho mais de<br />
agilidade. Na parte do biogás e biocombustíveis, a gente<br />
tem o RenovaBio, que realmente pode dar um ganho bem<br />
grande para o Brasil, tendo em vista que a maior parte<br />
do problema ambiental do Brasil com relação a matriz<br />
energética é vinculada a parte dos combustíveis. Esse seria<br />
realmente um marco importante para o Brasil investir,<br />
com o biodiesel, o biogás, todas essas questões vinculadas<br />
a parte do combustível. No setor de energia elétrica<br />
propriamente dita, creio que a questão pontual é a solar.<br />
O Brasil tem um potencial maravilhoso e a gente não tem<br />
uma exploração adequada disso, porque ainda temos<br />
custos muito elevados, dependendo do câmbio com uma<br />
dependência internacional muito grande. Além disso, nós<br />
Precisamos resolver os<br />
gargalos, mas também<br />
sem afetar demais os<br />
outros consumidores, se<br />
não a gente vai fazer um<br />
Robin Hood ao contrário<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
19
ENTREVISTA<br />
20 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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ENTREVISTA<br />
22 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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DO MEIO AMBIENTE E NA<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
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24 www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
25
PRINCIPAL<br />
A<br />
Centenaro Cavacos completa 15 anos de atuação<br />
em <strong>2021</strong> e ano após ano se consolida como uma<br />
das referências no Rio Grande do Sul na coleta,<br />
transporte e processamento de retalhos de madeira<br />
para geração de biomassa.<br />
A empresa localizada em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha,<br />
auxilia dessa forma outras companhias a cumprirem os<br />
requisitos ambientais para o destino dos resíduos industriais,<br />
no caso, os retalhos de madeira.<br />
“A história começou em uma granja de aves, quando trabalhávamos<br />
na integração das empresas, e tínhamos necessidade<br />
de colocar maravalha no local em que ficavam esses<br />
frangos. Todas as empresas do setor produtivo geram sobras<br />
de madeira e precisavam de ajuda para a destinação final<br />
desses materiais”, relata Celso Centenaro, um dos proprietários<br />
da empresa.<br />
“Assim foi criada a Centenaro Cavacos, com a finalidade<br />
de picar esses retalhos de madeira produzindo biomassa-cavaco,<br />
e retornando às indústrias para produção de energia.<br />
Com essa prática, o ganho é para o meio ambiente, pois cada<br />
metro cúbico de cavaco reaproveitado, usado nas caldeiras<br />
das indústrias, equivale a preservação de uma árvore com<br />
idade entre 5 e 10 anos. Assim, viabilizamos ao mercado<br />
energia alternativa”, complementa Simone Centenaro, diretora<br />
administrativa da empresa.<br />
A Centenaro Cavacos possibilita que os clientes possam<br />
utilizar o cavaco do processamento da madeira para a obtenção<br />
de biomassa, que pode ser utilizado por essas empresas<br />
como fonte renovável de combustível. Essa biomassa quando<br />
é consumida para a produção de energia não agride o meio<br />
ambiente, além de ter alto potencial como matriz energética<br />
e ser mais competitiva em relação a fontes não renováveis.<br />
Essa qualidade no serviço prestado pela Centenaro Cavacos<br />
motivou a empresa a criar a Transambiental Transportes,<br />
que oferece uma ampla infra-estrutura no transporte da produção.<br />
Todo o transporte é feito com equipamentos próprios,<br />
que contam na frota com caminhões roll-on roll-off com reboque<br />
(julieta), além de carretas cavaqueiras que possuem<br />
assoalho móvel com capacidade de transporte de 100m3<br />
(metros cúbicos), possibilitando maior agilidade e segurança<br />
no procedimento.<br />
A Centenaro Cavacos ainda estabeleceu parceria com a<br />
Asolução Biomassa, com foco na ampliação, melhoramento<br />
e maior qualidade na produção de biomassa para atender as<br />
exigências do mercado. Dessa forma, a empresa também está<br />
realizando a transformação em biomassa-cavaco de resíduos<br />
florestais e lenha de reflorestamento.<br />
“Hoje estamos produzindo e comercializando em torno<br />
de 6 mil m³ por dia, o que nos permite fazer maiores investimentos<br />
em funcionários, caminhões e estrutura. Por exem-<br />
26<br />
www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA 27
CASE<br />
ENERGIA<br />
COLETIVA<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
30 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ARRANJO PRODUTIVO<br />
LOCAL, QUE REÚNE<br />
PODER PÚBLICO E<br />
INICIATIVA PRIVADA<br />
DE ARAPONGAS (PR),<br />
TRANSFORMA CIDADE EM<br />
POLO NA PRODUÇÃO DE<br />
BIOGÁS E BIOMETANO<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
31
CASE<br />
32 www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
33
ECONOMIA<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
ECONÔMICA<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
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PRODUTOR RURAL DO NORTE PIONEIRO DO<br />
PARANÁ TEM CONSEGUIDO ECONOMIA DE<br />
ATÉ 80% NA TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA,<br />
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA 37
PESQUISA<br />
MICROALGAS<br />
EM AÇÃO<br />
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38 www.REVISTABIOMAIS.com.br
PESQUISA DA UFPR TEM CONSEGUIDO<br />
GERAR ENERGIA TERMOELÉTRICA COM A<br />
UTILIZAÇÃO DESSES ORGANISMOS COMO<br />
FILTRO NA QUEIMA DE RESÍDUOS<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
39
PESQUISA<br />
40 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ARTIGO<br />
ENERGIA EÓLICA:<br />
ESTUDOS E REFLEXÕES<br />
SOBRE A VIABILIDADE<br />
DO POTENCIAL DESSA<br />
MATRIZ ENERGÉTICA<br />
NO BRASIL<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
FELIPE MIGUEL MARTINHO<br />
<strong>Revista</strong> Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento,<br />
Ano 1. Vol. 10 pp. 25-38. ISSN. 2448-0959<br />
42 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ARESUMO<br />
s questões ambientais e a constante preocupação<br />
com as mudanças climáticas levaram a<br />
uma corrida pelo desenvolvimento e inserção<br />
de tecnologias de energias renováveis na matriz<br />
elétrica em diversos países. Nesse contexto, a energia eólica<br />
é considerada uma das mais promissoras fontes naturais de<br />
energia, principalmente porque é renovável, não se esgota,<br />
limpa, distribuída globalmente e, se utilizada para substituir<br />
fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução do efeito<br />
estufa. Além desses benefícios, pode-se trazer vantagens<br />
globais e nacionais, como por exemplo, os benefícios com<br />
a redução das emissões de gás carbono e a segurança do<br />
abastecimento energético. O grande potencial de geração<br />
no Brasil é a eólica, que compõe apenas uma pequena parte<br />
da matriz energética brasileira, mas que vem ganhando<br />
destaque nos leilões, por conta de sua competitividade.<br />
O presente trabalho se propôs a demonstrar a viabilidade<br />
do potencial dessa matriz e como a utilização de fontes de<br />
energias renováveis é importante para a busca do desenvolvimento<br />
sustentável. Para isso, foi realizado uma revisão bibliográfica<br />
sistemática, estruturada, através de uma revisão<br />
bibliográfica em artigos da área. A partir dos dados apresentados<br />
no resultado desse estudo, discutiu-se a importância<br />
desse tema que servirá de embasamento e guia para estudos<br />
futuros que demonstrem o esforço do país na procura<br />
por um desenvolvimento econômico e social, que leve em<br />
consideração o meio ambiente e sua sustentabilidade.<br />
Palavras-chave: Desenvolvimento sustentável, Energia<br />
eólica, Energias renováveis<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
43
ARTIGO<br />
INTRODUÇÃO<br />
O desenvolvimento sustentável é um dos assuntos de<br />
maior relevância na atualidade, uma vez que está relacionado<br />
não só com a economia, mas também com o meio<br />
ambiente e com a sociedade (United Nations, 1987, p.64).<br />
A qualidade de vida de uma sociedade, por sua vez, está<br />
intimamente ligada ao seu consumo de energia. A melhoria<br />
nos padrões de vida, principalmente em países em desenvolvimento,<br />
geram aumento da demanda energética e, dessa<br />
forma, necessitam de um melhor planejamento energético<br />
que aborde a segurança no suprimento de energia e os<br />
custos ambientais para atender a este aumento de consumo<br />
de energia (Goldemberg, 2008).<br />
Alguns especialistas (Welch; Venkateswaran, 2009;<br />
Terciote, 2002) consideram que a energia eólica é uma fonte<br />
energética capaz de suprir as demandas de uma sociedade,<br />
sem prejudicar gerações futuras, e por isso, o uso deste tipo<br />
de energia renovável vem crescendo mundialmente.<br />
No início de 2000, os projetos contratados decorrentes<br />
das políticas de incentivo, e principalmente no final da década<br />
com a entrada da energia eólica no mercado regulado de<br />
energia, colocou o Brasil entre os países com maior crescimento<br />
na implantação de novos parques eólicos e gerou<br />
otimismo entre os agentes públicos e privados do setor<br />
elétrico (Simas, 2013).<br />
Decorrente destes fatores, o objetivo do presente estudo<br />
foi realizar uma revisão da literatura sobre energia eólica e<br />
a viabilidade do potencial dessa matriz energética no Brasil,<br />
levando em conta o meio ambiente e sua sustentabilidade.<br />
O estudo está organizado em tópicos, onde no primeiro<br />
apresenta-se os fundamentos teóricos necessários para o<br />
entendimento claro da pesquisa e em seguida, a metodologia<br />
utilizada para a elaboração da revisão bibliográfica.<br />
Posteriormente são apresentados os resultados juntamente<br />
com a discussão dos fatos, finalizando com a conclusão do<br />
estudo.<br />
FUNDAMENTOS TEÓRICOS<br />
Os primeiros indícios da utilização de energia eólica para<br />
a realização de trabalhos mecânicos datam cerca de dois<br />
mil anos atrás, sendo utilizada nas máquinas de Heron em<br />
Alexandria (Pinto, 2012).<br />
Segundo Duarte (2004), o surgimento da tecnologia<br />
do aproveitamento do vento foi uma consequência da<br />
crise energética de 1973. Diante do aumento do preço do<br />
petróleo e da necessidade de produzir eletricidade a preços<br />
inferiores e de forma limpa e renovável, foram desenvolvidos<br />
os atuais aerogeradores. Segundo os autores Terciote (2002),<br />
Welch e Venkateswaran (2009), nos últimos anos a energia<br />
eólica tornou-se uma peça fundamental na geração de<br />
energia, principalmente elétrica, devido à grande expansão<br />
em pesquisas e nas técnicas de desenvolvimento para transformar<br />
o movimento do vento em energia. Atualmente, esta<br />
fonte energética vem sendo descrita como uma das mais<br />
importantes e promissoras tecnologias na geração complementar<br />
de energia, por ser facilmente acessível e abundante<br />
na natureza (Terciote, 2002; Welch; Venkateswaran, 2009).<br />
Com o aprimoramento e aumento da potência das<br />
máquinas eólicas, os custos de geração de eletricidade a<br />
partir dos ventos vêm diminuindo, o que também reflete<br />
na proliferação de inúmeros parques eólicos ao redor do<br />
mundo (Welch; Venkateswaran, 2009).<br />
Energia eólica é a energia cinética contida na massa de<br />
ar em movimento (vento). Dessa forma, faz-se importante<br />
conhecer o comportamento e as características dos ventos<br />
para que seja possível compreender os aspectos necessários<br />
para uma adequada modelagem eólica em uma determinada<br />
região. A conversão da energia cinética de translação do<br />
vento em energia cinética de rotação, ocorre a partir do uso<br />
de turbinas eólicas, também denominadas aerogeradores,<br />
as quais são fundamentais para a geração de eletricidade. A<br />
captação da energia cinética do vento pode ser feita basicamente<br />
utilizando-se dois tipos de turbinas: turbinas de eixo<br />
vertical e as de eixo horizontal. No primeiro caso, engrenagem<br />
e gerador são colocados ao nível do solo e a turbina é<br />
movida por forças de arraste ou sustentação Estas turbinas<br />
apresentam baixa complexidade de fabricação e são bastante<br />
indicadas para características de vento similares ao sul da<br />
América Latina (Farret, 2014).<br />
Já as turbinas de eixo horizontal possuem as engrenagens,<br />
eixo e gerador alinhados com a direção do vento,<br />
sendo a opção mais utilizada mundialmente em parques de<br />
geração eólicos comerciais. Podem ainda ser encontradas<br />
algumas configurações em função do número de pás, sendo<br />
que as turbinas com três pás são as mais empregadas por<br />
apresentarem menor esforço mecânico, menor oscilação de<br />
A energia eólica é<br />
considerada uma das mais<br />
promissoras fontes naturais<br />
de energia, principalmente<br />
porque é renovável<br />
44 www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
<strong>45</strong>
ARTIGO<br />
46 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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47
AGENDA<br />
JULHO <strong>2021</strong><br />
DESTAQUE<br />
FIEE SMART FUTURE<br />
Data: Data: 19 a 23<br />
Local: São Paulo (SP)<br />
Informações: https://www.fiee.com.br/pt-br.html<br />
OUTUBRO <strong>2021</strong><br />
INTERSOLAR SOUTH AMERICA<br />
Data: 18 a 20<br />
Local: São Paulo (SP)<br />
Informações: https://www.intersolar.net.br/pt/inicio<br />
NOVEMBRO <strong>2021</strong><br />
BRAZIL WINDPOWER<br />
Data: 3 a 5<br />
Local: São Paulo (SP)<br />
Informações: https://www.brazilwindpower.com.br/<br />
FENASUCRO & AGROCANA<br />
Data: 9 a 12 de Novembro de <strong>2021</strong><br />
Local: Sertãozinho (SP)<br />
Informações:<br />
www.fenasucro.com.br/pt-br.html<br />
Imagem: divulgação<br />
FEVEREIRO 2022<br />
E-WORLD<br />
Data: 8 a 10<br />
Local: Essen (Alemanha)<br />
Informações: https://www.e-world-essen.com/en/<br />
A Fenasucro & Agrocana é a principal feira de<br />
bioenergia e do setor sucroenergético da América<br />
Latina. O evento acontece anualmente no principal<br />
polo de produção bioenergética do Brasil; país com<br />
maior potencial de produção mundial. Atualmente,<br />
reúne profissionais dos principais pilares da matriz<br />
energética, de usinas bioenergéticas e dos setores<br />
de transporte e logística, papel e celulose e de<br />
alimentos e bebidas para realização de negócios,<br />
networking e atualização profissional.<br />
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O CAMINHO DAS PEDRAS DA<br />
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL<br />
A<br />
verdade é que a tecnologia sempre esteve entre<br />
meus principais interesses de pesquisa e, ao<br />
longo dos últimos anos, tive o privilégio de poder<br />
contribuir, de modo direto, para a difusão de uma<br />
cultura mais disruptiva e aberta para o novo em meu círculo de<br />
atuação.<br />
Essas experiências, por sua vez, reforçaram a minha convicção<br />
de que é indispensável seguir algumas importantes etapas<br />
dentro de um movimento de digitalização. Uma pergunta que<br />
recebo com frequência envolve, aliás, qual o passo a passo<br />
para a estruturação de um planejamento de transformação<br />
digital. Já adianto que não existem fórmulas mágicas, mas, sim,<br />
determinados princípios que podem potencializar as chances<br />
de sucesso de uma jornada rumo à inovação.<br />
A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL É UMA<br />
TRANSFORMAÇÃO CULTURAL<br />
É isso mesmo que você leu. Toda transformação digital é,<br />
antes de mais nada, uma transformação cultural. E isso quer<br />
dizer que, para termos êxito nesta profunda caminhada de mudança,<br />
temos de ter completa convicção no processo e difundir<br />
essa confiança entre os gestores do negócio, responsáveis por<br />
integrar toda a organização, em ações que devem ser executadas<br />
com sinergia e plena abertura para as novas tecnologias<br />
que passarão a fazer parte da realidade da companhia – seja<br />
por meio da implementação de soluções, do desenvolvimento<br />
de núcleos internos de inovação ou mesmo por meio de parcerias<br />
de inovação aberta com startups e outras empresas.<br />
ESTEJA PRONTO PARA ERRAR<br />
Em seguida, entra a etapa de planejamento e priorização,<br />
que envolve, por sua vez, a definição de quais áreas e tecnologias<br />
serão priorizadas no processo de implementação da<br />
transformação digital. Esta etapa inicial é importante para<br />
direcionarmos investimentos, contratações, treinamentos e<br />
eventuais mudanças de estrutura nos times que permitam uma<br />
maior fluidez de toda a jornada de transformação digital.<br />
Na sequência, é hora de partir para a execução/implementação<br />
das ações voltadas para a inovação. É neste momento, inclusive,<br />
que mais sentimos a importância da mudança cultural<br />
que comentei acima, uma vez que, os processos de disrupção,<br />
a rigor, são estruturados a partir de modelos de gestão mais<br />
ágeis, dinâmicos e com pleno espaço para a experimentação e<br />
mesmo para eventuais falhas. Lembre-se: erre depressa e corrija<br />
depressa; esse é o novo mantra.<br />
Logo, a tradicional lógica de erro = punição deve ser<br />
completamente abandonada, em prol do fomento dos insights<br />
criativos de seus colaboradores.<br />
TODA EMPRESA É ÚNICA<br />
Para todo paradigma, existe um contraponto. E o que isso<br />
significa no plano da transformação digital? Significa que, seja<br />
qual for a sua rota de mudança tecnológica, considere, antes de<br />
tudo, as necessidades e dores de sua empresa, o perfil de seus<br />
clientes e qual o propósito que irá ancorar os investimentos em<br />
inovação na sua companhia. Este primeiro entendimento, interno,<br />
é decisivo, principalmente na hora de partir para observar<br />
o mercado e para entender em quais soluções deve-se investir<br />
ou que parcerias devem ser firmadas. Com isso em mente, teremos<br />
discernimento para separar as oportunidades que fazem<br />
sentido para o nosso negócio e aquelas que não dialogam com<br />
nossa estratégia de transformação.<br />
Dentro deste contexto, o que você busca como líder: guiar<br />
a construção desta nova e instigante sociedade ou se prender<br />
a conceitos de mercado que, talvez, sequer existirão nas<br />
próximas décadas? A escolha é sua e a única certeza é a de<br />
que a transformação digital seguirá seu curso, abrindo novas<br />
oportunidades e gerando novos desafios, que serão abraçados<br />
por aqueles que estiverem antenados e prontos.<br />
Por Alexandre Velilla<br />
Empresário, CEO do CEL.LEP desde 2017, apresentador de programas de TV voltados para inovação e<br />
empreendedorismo que reúne em sua trajetória profissional resultados extraordinários, mesmo em períodos de crise<br />
Foto: divulgação<br />
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