Revista Apólice #268
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AGOSTO 2021 • Nº 268 • ANO 26
conectando você ao mercado de seguros
especial
BENEFÍCIOS
O RETORNO AO
TRABALHO
PRESENCIAL
Administradoras de benefícios
contribuem para formular os protocolos
sanitários e de apoio físico e mental para
os coladores de suas empresas clientes
O mercado de seguros se prepara
para o retorno ao trabalho presencial
Pandemia muda benefícios oferecidos
pela empresas, adaptados ao home office
EDITORIAL
O retorno que
queremos
Já sabemos que o mundo não será mais como antes. Todas
as experiências da pandemia de Covid-19 certamente
terão consequências no retorno da convivência social e
profissional. A maioria das empresas, de quase todos os setores, já
ensaia sua volta ao trabalho presencial após a vacinação completa de
seus colaboradores, respeitando um protocolo sanitário.
O mercado de seguros tem um papel muito importante
neste retorno. Administradoras de benefícios e corretoras de seguros
estão contribuindo com suas empresas clientes para elaborar não
apenas o protocolo sanitário como também criar alguns serviços de
apoio à saúde física e mental dos colaboradores.
Além disso, também mostramos nesta edição como
as empresas do mercado de seguros estão se preparando para
este retorno, com novos programas de benefícios para os seus
funcionários. Neste sentido, de olhar não apenas para os seus
números mas também para a sociedade como um todo, conversamos
com a diretora executiva da CNseg sobre ASG, as práticas que guiam
empresas em aspectos de sustentabilidade do ambiente e também
da sociedade. No futuro, o consumidor terá um olhar mais atento para
a forma das empresas devolverem à sociedade a sua contribuição e
dará preferência para aquelas que vão além dos muros de seu espaço
físico.
Boa leitura
AGOSTO 2021 • Nº 268 • ANO 26
EXPEDIENTE
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ESPECIAL BENEFÍCIOS
ÍNDICE
06 entrevista
Solange Beatriz Palheiro Mendes,
diretora executiva da CNseg,
conta como as práticas de
cuidados Ambientais, Sociais e de
Governança estão presentes no
mercado de seguros brasileiro e suas
consequências para os consumidores
10 painel
RETORNO
O avanço da vacinação na população brasileira acelerou
a preparação para o retorno ao trabalho presencial.
Administradoras de benefícios trabalham junto aos seus
clientes para criar protocolos sanitários e consultoria para
manter a saúde física e mental dos colaboradores
>> PÁG. 16
14 gente
ESPECIAL BENEFÍCIOS
23 too seguros
Seguradora cria linha de descontos
exclusivos para os beneficiários de
seus produtos que queiram cuidar
melhor da sua saúde
29 fator seguradora
Seguro de Garantia Arbitral oferece
cobertura para empresas que sejam
acionadas em Câmaras Arbitrais
no Brasil, atendendo a uma nova
tendência dos contratos
SECURITÁRIOS
Seguradoras e corretoras de seguros trabalham para
oferecer boas condições de retorno ao trabalho para
seus colaboradores. O modelo que deve ser adotado na
maioria das empresas é o híbrido
>> PÁG. 24
30 mudança
A pandemia forçou as empresas a
atualizarem os benefícios oferecidos
aos seus colaboradores. Apoio para
pagamento da conta de energia
elétrica, rede de internet e cadeiras mais
confortáveis passaram a assumir um
papel de destaque
Os artigos assinados são de
responsabilidade exclusiva de
seus autores, não representando,
necessariamente, a opinião desta revista.
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ENTREVISTA
SOLANGE BEATRIZ PALHEIRO MENDES
Mercado brasileiro está em dia com
práticas ASG
CUIDAR DO AMBIENTE, DA
SOCIEDADE E DA GOVERNANÇA
(ASG) É UMA REALIDADE QUE
AS SEGURADORAS NACIONAIS
ESTÃO INCORPORANDO AOS
POUCOS EM SUA ROTINA. A
DIRETORA EXECUTIVA DA CNSEG
(CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS
SEGURADORAS) CONTA COMO AS
EMPRESAS PODEM SE ENVOLVER
AINDA MAIS COM O COTIDIANO
DA SOCIEDADE, COM FOCO NA
SUSTENTABILIDADE
APÓLICE: Quando começou o envolvimento
das seguradoras brasileiras
com as práticas ASG?
Antes mesmo de se falar na sigla
ASG, que congrega as questões
ambientais, sociais e de governança, o
setor já estava atento aos pilares da sustentabilidade.
A primeira iniciativa foi o
Protocolo de Intenções celebrado, em
2009, entre a Confederação Nacional
das Seguradoras - CNseg, o Sindicato
das Seguradoras RJ/ES e o Ministério
do Meio Ambiente. Seu objetivo foi
traçar diretrizes para a implementação
de ações de responsabilidade socioambiental,
reforçando o posicionamento
do setor na preservação ambiental. Na
época, o então ministro Carlos Minc
classificou o convênio como “um instrumento
mais poderoso que a ação de mil
fiscais”. Já em 5 de setembro de 2012,
foi assinado um termo aditivo ao Protocolo
de Intenções, criando uma Comissão
Especial para estabelecer uma
agenda de debates e ações, visando o
desenvolvimento sustentável. O termo
Solange Beatriz
aditivo também adequou os Princípios do Protocolo de Intenções
aos Princípios para o Sustentabilidade em Seguros (PSI, sigla em
inglês) e incluiu a Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Estado
do Rio de Janeiro como participante do Protocolo de Intenções.
Nesse período, já falávamos em oferecer produtos de seguros,
de previdência e de capitalização que fomentassem a qualidade
de vida da população e o uso sustentável do meio ambiente. E
também que considerassem os impactos e custos socioambientais
na gestão de seus ativos e nas análises de risco, tendo por base as
políticas internas de cada instituição. Vale lembrar ainda que, em
1991, o setor lançou o Seguro para Responsabilidade Civil decorrente
de Poluição Ambiental.
Ainda assim, o passo mais consistente ocorreu de fato em
2012, quando a CNseg subscreveu os Princípios para Sustenta-
6
bilidade em Seguros (PSI, sigla em inglês), estabelecidos pelo
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – Iniciativa
Financeira (UNEP FI, sigla em inglês) em parceria com a indústria
global de seguros. Os PSI foram lançados durante o 48º Seminário
Anual da IIS (International Insurance Society), no dia 19 de junho
de 2012, no Rio de Janeiro. Uma iniciativa histórica de apoio
aos objetivos da Conferência das Nações Unidas de 2012 sobre
Desenvolvimento Sustentável.
Em julho de 2012, a Comissão de Sustentabilidade da CNseg,
hoje Comissão de Integração ASG, foi criada com a missão
de assessorar a Diretoria da Confederação a disseminar conceitos
e fomentar práticas de desenvolvimento sustentável no setor segurador
brasileiro, estimulando a troca de experiências e a adoção
das melhores práticas pelas empresas.
APÓLICE: Qual é o papel da CNseg como incentivadora destas
práticas?
Cabe-nos estimular a inserção das questões ambientais,
sociais e de governança no âmbito das Federações (FenSeg, FenaPrevi,
FenaSaúde e FenaCap) que compõem a CNseg; conscientizar
as seguradoras acerca da importância da inserção de
conceitos ASG no desempenho do seu papel de gestoras de risco
e investidoras institucionais, com ênfase especial na subscrição
de risco, aplicação de seus ativos, regulação e liquidação de sinistros.
E ainda: fomentar a aplicação de conceitos ASG pelos demais
agentes da cadeia de valor do seguro em seus negócios e operações;
estimular a implementação da Política de Responsabilidade
Socioambiental (PRSA) pelas empresas do setor de seguros. Além
de participar ou promover fóruns que discutam temas relacionados
ao desenvolvimento sustentável, estimulando parcerias com
Governo, comunidade acadêmica e demais instituições e organizações
nacionais e internacionais.
APÓLICE: Como as empresas estão se engajando neste movimento?
Dados do Relatório de Sustentabilidade da CNseg, publicado
em outubro de 2020, apontam que 57,9% das empresas
endossam os Princípios para Iniciativa de Seguros Sustentáveis
e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Além disso,
42,1%incluem critérios ASG nos processos de subscrição de
riscos e 84,2% integram as questões ASG em sua estratégia, seja
em planejamento, treinamento, políticas, procedimentos, seja
em outros aspectos.
APÓLICE: Estas práticas são uma forma de ter um olhar para a
sociedade como um todo e não apenas como consumidores?
Sim, o setor mantém um protagonismo histórico nas questões
ASG, que, agora, começa a ter adesões de outros segmentos
importantes da economia mundial. A política de subscrição
mais severa das seguradoras com setores poluentes, sobretudo
na Europa, como ocorre no caso do carvão, é uma contribuição
relevante e já gera impactos naquele continente, com redução
do seu consumo. Mas outras precisam ser adotadas de forma
Dados do Relatório de
Sustentabilidade da CNseg,
publicado em outubro de
2020, apontam que 57,9%
das empresas endossam os
Princípios para Iniciativa de
Seguros Sustentáveis e os
Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável (ODS). Além disso,
42,1%incluem critérios ASG
nos processos de subscrição
de riscos e 84,2% integram as
questões ASG em sua estratégia,
seja em planejamento,
treinamento, políticas,
procedimentos, seja em outros
aspectos.”
emergencial por todos, até porque o
último relatório Painel Intergovernamental
sobre Alterações Climáticas das
Nações Unidas, divulgado em agosto,
já afirma que alguns impactos das mudanças
climáticas são irreversíveis. Significa
dizer que vamos ter de conviver
com incêndios de grandes proporções,
como os que temos vistos na Califórnia,
Grécia, e Turquia, inundações e fenômenos
meteorológicos extremos em todo
o mundo, com perdas materiais severas.
APÓLICE: Sustentabilidade pode estar
relacionada a várias ações. Quais são
as mais comuns e as mais necessárias?
O guarda-chuva da sustentabilidade
é abrangente. No caso brasileiro,
estamos falando de gargalos no saneamento
básico – cerca de 35 milhões
de brasileiros não têm acesso a água
tratada, metade da população não tem
7
ENTREVISTA
SOLANGE BEATRIZ PALHEIRO MENDES
O cardápio das ações das seguradoras é variado.
Teremos, por exemplo, o lançamento durante a COP
26 da Net-Zero Insurance Alliance, um compromisso
de priorizar a redução máxima de emissão de
gases de efeito estufa, e, na sequência, neutralizar
as emissões residuais, ou seja, aquelas que não
tenham sido possível eliminar. Pelo menos um grupo
de sete seguradoras e resseguradoras globais
confirmou a adesão à emissão zero (Axa, Allianz,
Aviva, Munich Re, SCOR, Swiss Re e Zurich).”
acesso aos serviços de coleta de esgotos
e, dos afluentes coletados, apenas
45% são tratados. Isso é uma afronta a
um direito que é constitucional. Assim
como o maior rigor no combate aos
desmatamentos da floresta amazônica
e aos incêndios que progridem lá e no
Cerrado. Uso mais racional dos recursos
hídricos, incluindo menor demanda de
água pela agricultura e indústria; diversificação
da matriz energética, para
ampliar a utilização dos recursos renováveis.
Redução das desigualdades por
gênero, raça ou mesmo preferência sexual.
Moradias dignas. Enfim, a miríade
da sustentabilidade segue em várias
direções e todas são relevantes ou estratégicas
para a sustentabilidade.
APÓLICE: Várias iniciativas como o
PSI ou COP 26 indicam as mudanças
e ações globais. As empresas brasileiras
possuem iniciativas próprias e
específicas para o nosso país?
O cardápio das ações das seguradoras
é variado. Teremos, por exemplo,
o lançamento durante a COP 26 da Net-
-Zero Insurance Alliance, um compromisso
de priorizar a redução máxima de
emissão de gases de efeito estufa, e, na
sequência, neutralizar as emissões residuais,
ou seja, aquelas que não tenham
sido possível eliminar. Pelo menos um grupo de sete seguradoras
e resseguradoras globais confirmou a adesão à emissão zero (Axa,
Allianz, Aviva, Munich Re, SCOR, Swiss Re e Zurich).
A CNseg, como instituição signatária e co-fundadora dos
Princípios para Iniciativa de Seguros Sustentáveis (PSI), entende
que o engajamento setorial em nível internacional é extremamente
importante para mobilização das empresas no âmbito nacional.
Para a entidade, seguradoras e resseguradoras possuem
papel crucial no combate às mudanças climáticas, não apenas
por suas decisões de investimentos, mas também por suas ações
de subscrição, que integram progressivamente a avaliação de riscos
e seus impactos associados ao clima.
No campo de investimentos verdes, a CNseg integra o
Investidores pelo Clima (IPC), uma iniciativa da consultoria SITA-
WI Finanças do Bem, com apoio do Instituto Clima e Sociedade
(iCS), criada em 2019. Tem a companhia de outras 21 grandes
organizações, como gestoras de ativos, fundos de pensão e seguradoras
(SulAmérica, Zurich, Brasilprev, Santander, Itaú e Bradesco)
participam da iniciativa. Trata-se, enfim, de contribuição
relevante para tornar a sociedade mais resiliente à ameaça de
um clima em mudança. O IPC planeja engajar e capacitar investidores
profissionais nos países para que avancem na descarbonização
de portfólios enquanto buscam melhor retorno
ajustado a riscos. No caso brasileiro, os investidores elegeram
três fontes emissoras de gases de efeito estufa para atuar: agropecuária,
energia e uso da terra, além de empresas de capital
aberto dos três segmentos.
APÓLICE: Como você percebe o comprometimento dos executivos
do setor com a agenda ASG?
Há um crescente comprometimento pela agenda ASG,
com muitas empresas colocando a alta administração dos grupos
à frente da execução das ações ambientais, sociais e de governança.
8
APÓLICE: As empresas estão investindo em sustentabilidade?
Ainda segundo o último Relatório de Sustentabilidade,
elaborado a partir das respostas de 82% das empresas representadas
pela CNseg, aponta que 72,2% das seguradoras têm diretrizes
formais para inclusão dos critérios ASG no desenvolvimento
e na venda de produtos ou serviços de seguros, capitalização e
previdência; enquanto 66,7% têm produtos ou linhas de negócio
relacionados diretamente ao risco ou à responsabilidade ambiental.
Hoje, 78,9% oferecem algum tipo de iniciativa inovadora
para os clientes, como reciclagem de peças automotivas, telemetria
e seguros de índices. Em termos financeiros, 47,4% das empresas
incluem questões ASG em sua política de investimentos e
36,7% já têm implementada uma metodologia de avaliação ASG
na análise e gestão de ativos.
APÓLICE: Você acredita que o consumidor, cada vez mais, dará
preferência às empresas socialmente responsáveis?
Esse parece ser o consenso consagrado entre as novas
gerações de consumidores, a partir dos millenium. Eles, a partir
das redes sociais, “cancelam o CNPJ” de qualquer empresa com
práticas sociais anacrônicas. Temos visto sua atuação contra
empresas de cosméticos que usam animais em seus testes, em
redes de supermercados que são palco de ações racistas ou de
violência, o salto dos veganos. O Brasil
incorpora-se rapidamente à pauta global
das empresas socialmente responsáveis.
APÓLICE: O Brasil está no mesmo patamar
de outros países em relação às
práticas ASG?
Aqui temos problemas que já
foram superados em economias mais
desenvolvidas, como a extrema pobreza,
moradias sem qualquer infraestrutura
sanitária, doenças provocadas por
água não potável, enorme desigualdade
social etc. Os nossos desafios são
bem maiores, mas o desafio é mundial.
A consciência de que as questões ASG
ganharam força em 2020 e continuarão
a ser foco de muita atenção para os
investidores, faz com que os mercados
nacional e internacional persigam, com
determinação, o único caminho, o investimento
na agenda ASG.
PAINEL
operação
Descobrindo o mercado de saúde
Por meio da XP Seguridade, o grupo financeiro
XP Inc. vai entrar no mercado de saúde com foco
em pequenas e médias empresas. O grupo vai iniciar
a venda de seguro saúde e odontológico a partir do
último trimestre deste ano. “Tem uma oportunidade
muito grande de crescimento. É um mercado que movimentou
R$ 220 bilhões no ano passado”, diz Roberto
Teixeira, sócio e head da XP Seguridade.
A ideia é criar um marketplace com produtos
de várias operadoras e seguradoras e disponibilizar no
ecossistema do grupo XP. Entre as empresas que deverão
ofertar seus produtos nesse ambiente estão SulAmérica,
Unimed, Amil, NotreDame Intermédica, entre
outras. Inicialmente, serão dez empresas, mas esse número
deve aumentar ao longo do tempo.
vida
Procura por seguro de pessoas cresceu
29,6% em maio
Dados do
levantamento de
maio de 2021 do
mercado de seguro
de pessoas, realizado
pela Fena-
Previ (Federação
Nacional de Previdência
Privada
e Vida), demonstram
que o segmento alcançou mais de R$ 4,2 bilhões
em prêmios no mês, valor 29,6% maior do que o aferido
em maio de 2020 que foi de R$ 3,2 bi.
A evolução, em termos percentuais e por representatividade,
indica aumento de 41,4% no seguro
Prestamista (R$ 1,34 bilhão); 40,4% em Funeral (R$ 88
mi); 37,4% no Vida Individual (R$ 757 mi), além de 35,2%
no de Doenças Graves/Terminais que arrecadou R$ 121
milhões, e vem seguido pelo de Vida em Grupo (17,6%)
com R$1,1 bilhão. Todos registraram incremento quando
comparados aos resultados de maio de 2020.
De janeiro a maio de 2021, a maioria dos seguros
de pessoas também apresentou aumento – somando
um montante de R$ 20 bilhões em prêmios, com 15%
de acréscimo sobre o mesmo período do ano anterior.
fusão
Corretoras se unem para ampliar soluções em gestão de saúde
A corretora de seguros da Rodobens
e a It’sSeg Seguros Inteligentes anunciaram
parceria com objetivo de ter uma
oferta completa em gestão de benefícios
e de saúde. A aliança estratégica entre as
empresas trará benefícios mútuos, como
ampliação da carteira e novas opções de
produtos para a base de clientes.
Há mais de 70 anos no mercado, a
Rodobens é uma plataforma de serviços
financeiros especializada no varejo automotivo,
que distribui seus produtos e serviços
em mais de 2.700 pontos de venda em
todo o Brasil. “Construímos uma trajetória
sólida e de tradição ao lado de bons parceiros,
e buscamos agora um especialista
em gestão de benefícios, focado em saúde
corporativa para ampliar as vantagens aos
nossos clientes, inovando e desenvolvendo
soluções que facilitem o seu dia a dia.
A parceria com a It’sSeg vem ao encontro
deste objetivo, no qual combinamos a
nossa força em serviços com atuação nacional,
com toda a expertise reconhecida
do parceiro”, destaca Ronald Torres, diretor
Geral da empresa.
10
vacinados
Desconto no seguro de vida para vacinados contra Covid-19
A Porto Seguro passou a
oferecer condições especiais para
quem se vacinar contra a Covid-19
e aderir ao Vida do Seu Jeito, seguro
de vida personalizável que permite
a contratação de coberturas variadas
de maneira independente. A
ação é válida para novas contratações
realizadas até o dia 31 de dezembro
deste ano. Com isso, todos
os clientes que aderirem ao produto no período e que já
foram comprovadamente vacinados com um dos imunizantes
aprovados pela Anvisa terão desconto no valor do
prêmio do primeiro ano de vigência do seguro.
Quem comprovadamente
completar o ciclo de vacinas
(duas doses para as vacinas que
assim exigem ou dose única) terá
desconto de 10% na contratação
do novo seguro de vida. Aqueles
que tiverem o ciclo incompleto
de vacinas (uma dose para as
vacinas que necessitam de duas
doses) contarão com desconto
de 5%. Quando o cliente completar o ciclo de vacinação,
poderá solicitar a complementação do desconto de 10%
para as parcelas ainda faltantes no primeiro ano do seguro
de vida.
patrocínio
38 projetos de música recebem apoio
O Circuito SulAmérica de Música e Movimento
apoiará neste ano 38 iniciativas em todo o país por meio
das leis de incentivo à cultura e ao esporte. Dentre elas,
25 são projetos socioculturais e socioesportivos sem
fins lucrativos, que beneficiam diretamente mais de 17
mil pessoas e geram cerca de mil empregos diretos e
indiretos. Foram selecionados neste ciclo a Cia BEMO de
Ballet, a Cia Teatro Transforma, o Tênis para Todos de Paraisópolis,
a Escolinha de Triathlon, a Fundação Tênis e o
Leitura na Amazônia, da ONG Vaga Lume entre outros.
Apoiada desde 2017, a Orquestra Ouro Preto, de
Minas Gerais, também realizará neste ano uma série de
lives com grandes nomes da Música Popular Brasileira.
A primeira será com Fernanda Takai, no dia 22/8. Diogo
Nogueira (18/9), Ana Carolina (9/10), Alceu Valença
(14/11) e Lulu Santos (4/12) serão os próximos convidados.
A seguradora também patrocina a Academia da Orquestra
Ouro Preto, programa de formação musical de
talentos com 42 alunos bolsistas, que farão a abertura
das duas primeiras live sessions.
fusão 2
Distribuição para produtos de grandes riscos
A Willis Towers Watson passa a atuar como co-
-corretora parceira da corretora própria da Caixa Seguridade
na distribuição de seguros para grandes riscos e
corporate. A parceria será concretizada até o final deste
mês de agosto, prazo para finalização da integração
dos sistemas. A companhia já trabalha na implantação
de uma plataforma tecnológica, que irá fornecer maior
acessibilidade e transparência no ato da contratação e
cotação dos produtos da seguradora.
Segundo a líder de Worksite e SME da corretora,
Raquel Silva, a atuação terá como foco empresas dos
mais variados portes, com destaque para as PME’s (pequenas
e médias) que juntas somam mais de dois milhões
de CNPJs.
11
PAINEL
chegada
Novo player na distribuição de seguros
A corretora Globus Seguros fechou parceria com
o Nibo, plataforma de gestão financeira e relacionamento
entre empresas e contadores. Com a negociação, a
Globus passa a ser a corretora exclusiva da plataforma,
onde terá uma área para ofertar diversos produtos,
como, por exemplo, seguros de saúde, vida, automóvel
e empresariais.
“Estamos muito
satisfeitos com essa associação,
pois nos possibilita
o acesso a um
novo canal de distribuição.
Também estamos
prontos para trabalhar
as demandas dos mais
diversos perfis de clientes
que iremos atender
por meio da plataforma Nibo. Em termos de resultado,
pretendemos lançar os primeiros produtos já em agosto.
Nossa expectativa é que em 12 meses nossa penetração
na base de clientes seja maior que 20% para o
número de clientes PJs e PFs, e elevar o nosso faturamento
em 12% até o final deste ano”, afirma Christian
Wellisch, sócio-fundador da corretora.
automóvel
Blindados são bem-vindos
A Tokio Marine passou a aceitar a modalidade de
veículos blindados nas apólices de seguro automóvel.
A novidade atende um público de alta renda e vai ao
encontro da queda do custo de blindagem, que atualmente
chega a 40% do valor total do veículo.
A aceitação de veículos blindados também possibilita
maior autonomia aos corretores de seguros, que
podem fazer todo o processo de cotação, envio de documentos
e contratação online. “Isso traz mais agilidade
ao dia a dia dos nossos parceiros de negócios, colaborando
para que possam focar na ampliação de suas carteiras
e em um atendimento consultivo aos segurados”,
afirma Luiz Padial, diretor de Automóvel da seguradora.
aquisição
Insurtech vendida após 10 anos de atuação
A Minuto Seguros foi adquirida
pela Creditas, um unicórnio brasileiro
conhecido pelas soluções de
crédito digitais, que inicia agora uma
nova vertical de negócios.
Com a transação, a fintech
passa a oferecer aos seus clientes
uma gama de opções, que reúnem
crédito, seguros e soluções de consumo.
O fundador da Minuto Seguros,
Marcelo Blay, passa a ser sócio da Creditas e vice-presidente
da nova unidade de seguros e continuará como CEO da
Minuto. Redpoint eVentures, atual acionista tanto da Creditas
quanto da Minuto, se mantém como sócia da Creditas.
Com mais de R$250 milhões em prêmios anuais
e 160.000 clientes, a Minuto foi a corretora de seguros
pioneira na utilização de canais
digitais para democratizar o
acesso a diferentes tipos de seguros
no Brasil. A insurtech conta
com uma operação completa
que contempla cotação em tempo
real com mais de 15 seguradoras
parceiras, contratação digital,
gestão pós-venda, renovação
digital e gestão de sinistros.
A Creditas passa a oferecer uma solução completa
focada nos ativos das pessoas. A integração fortalece,
principalmente, a vertical de carros e vai permitir a contratação,
dentro de um mesmo aplicativo, de um pacote
completo de serviços: crédito com garantia do veículo,
financiamento, compra, venda e troca e agora, o seguro.
12
tecnologia
Ferramenta para comunicação do sinistro
A Sabemi lançou
uma página online para
a comunicação do sinistro.
A ferramenta no site
possibilita aos beneficiários
o registro do óbito
e solicitação do pagamento
de indenização de importâncias seguradas de
modo totalmente digital, com agilidade e facilidade.
“Esta é mais uma iniciativa que reforça nosso
cuidado com os segurados, especialmente quando se
trata de um momento de perda, que é muito delicado.
Sempre buscamos maneiras de desburocratizar os processos
e serviços, pensando no bem-estar dos beneficiários,
garantindo atendimentos mais práticos e rápidos”,
afirma Gilmar Beck, gerente Operacional de Seguros da
companhia.
rede social
Instagram para corretores
Para marcar o Dia do Amigo, comemorado em
20 de julho, a Bradesco Seguros apresentou o perfil
‘Com você, Corretor’, que oferecerá um portfólio completo
de conteúdos para aproximar os profissionais.
No novo perfil,
será possível compartilhar
posts sobre
produtos e principais
serviços oferecidos
pela companhia, se
informar sobre tendências
do mercado,
além de acompanhar
dicas inspiradoras, que ajudarão os corretores a se motivarem
na jornada de trabalho e no relacionamento com
os segurados. A expectativa é oferecer diariamente temáticas
diferentes.
gente
LÍDER PARA P&C
A Chubb nomeou
Marc Poliquin para o cargo
de vice-presidente sênior e
head de Property e Casualty
(P&C) para as operações de
seguros gerais (COG, pela
sigla em inglês) na América
Latina. Atualmente, Poliquin
é vice-presidente sênior e head de Professional
Indemnity na companhia. Em sua nova função,
o executivo será responsável pelo desenvolvimento
comercial e de produtos, operações de subscrição e
desempenho técnico da linha na região.
TRANSPORTES E AVIAÇÃO
A Lockton anunciou
a chegada de seu novo diretor
de Transportes & Aviação,
Marco Darhouni. Com
quase 20 anos de experiência
no setor, o executivo
passa a integrar o time de
Risk Solutions, como parte
do projeto de expansão e
crescimento da corretora no Brasil e na América
Latina. Segundo o executivo, os clientes da corretora
contam com uma proposta de valor centrada
na sua alta especialização técnica e de tecnologia,
com colocação de programas sob medida e estruturas
dedicadas de atendimento técnico e de
sinistros.
RATIFICADO NO MARKETING
André Gonçalves
ingressou no Seguro PASI
para fazer parte do time de
marketing como assistente
quando o departamento
havia sido criado há pouco
mais de 3 anos e era dirigido
por Fabiana Resende,
atual vice-presidente executiva da companhia.
“Trabalhar ao lado dessa grande líder e de toda a
equipe tem sido um aprendizado constante e muito
motivador”, destacou. Ele agora foi conduzido ao
cargo de gerente e deve liderar o time.
RELACIONAMENTO E BENEFÍCIOS
A MDS Brasil apresentou
Marçal Liguori como
novo superintendente de
Relacionamento de Benefícios
da empresa. Com mais
de 28 anos em operação,
gestão e consultoria em seguro
de pessoas, o executivo
também possui expertise
com grandes contratos de benefícios e autogestão
para empresas nacionais e multinacionais.
INFLUENCER DIGITAL
O 25º aniversário da
Rede Lojacorr marcará uma
nova era na empresa. Além
da contratação de novos colaboradores
para a equipe, que
deve crescer no total cerca
de 50% em toda a organização
na sede administrativa e
comercial até o final de 2021, a companhia compõe
o time de gestores com um novo CDO. O diretor de
Transformação Digital (Chief Digital Officer) é Daniel
Castello, que passa a atuar ao lado de Diogo Arndt
Silva (presidente - CEO) e toda a diretoria.
Há cerca de um ano, Castello iniciou um trabalho
de mentoria e consultoria para a Rede pela Endeavor,
via programa de Scale-UP. Desde então, a consolidação
da ampliação da empresa e formatação da
Lojacorr 2.0 passou a ser um caminho cada vez mais
próximo. No final de 2020, o time de gestores convidou
o executivo para atuar na organização.
14
NOVO MANDATO
A Assembleia Geral Ordinária do CVG-RJ (Clube
Vida em Grupo do Rio de Janeiro) elegeu para mais
um mandato de dois anos (2021-2023) na presidência
da entidade Octávio Perissé e
seu vice-presidente, Enio Miraglia,
além de diretores, conselheiros
consultivos e fiscais.
“É uma honra conduzir
por mais um período o destino
desta grande entidade
pioneira dedicada ao seguros
de pessoas e ajudar a alavancar,
promover e difundir a cultura de seguros em
nosso País. Gostaria de agradecer aos meus diretores,
conselheiros, beneméritas e associados, que confiaram
em nós para levar adiante uma nova etapa de
trabalho. Pretendo honrar, mais uma vez, este novo
mandato contribuindo pela união de todos e dedicação
contínua para projetar este segmento tão importante
na proteção das famílias brasileiras”, afirmou
Perissé.
Além do presidente e o vice-presidente, a nova
diretoria do CVG-RJ será composta por: Edson Calheiros,
diretor de ensino; Wellington Costa, diretor social,
Gilberto Villela, diretor financeiro. Diretores adjuntos:
Paulo Galindo; Rogerio Soucasaux; Sônia Marra; Tatiana
Antoniazzi e Vinicius Brandão.
Conselho consultivo: Lucio Marques (presidente);
Ademir Marins (secretário). E a comissão fiscal será
composta por: Icatu Seguros, Ronaldo Marques (presidente);
Bradesco Seguros, Emanuel Paiva (membro) e
SulAmérica Seguros, Lauro Barros (membro).
CUIDADOS FINANCEIROS
A Sompo Seguros
contratou Paulo de Tarso
Magalhaes Paes de Barros
Filho como superintendente
de Precificação e Hugo
Ferraz Muraro, que assume
a gerência da área de Gestão
de Riscos Financeiros.
A chegada dos executivos
atende à estratégia de negócios
que visa o investimento
em capital humano e
tecnologia para dar suporte
aos planos de crescimento
estabelecidos para a companhia
no Brasil.
NOVIDADES EM SEGUROS E RESSEGUROS
A Marsh Brasil anunciou a nomeação de novas
diretoras e diretores para fortalecer ainda mais
a sua atuação em mercados estratégicos e trazer
novas soluções para os clientes.
Silvana Speranza foi
nomeada diretora de Placement
para Specialties, que
abrange as indústrias de Power,
Energy, Mining, Infraestrutura,
Construção e Portos
& Terminais nos ramos de
Property e Engenharia. “O
que me motiva a cada dia
são as possibilidades que
oferecemos a todos que aqui trabalham para que
criem seus sonhos dentro da empresa”, afirma.
HEAD DE OPERAÇÕES
A Darwin Seguros anunciou Wellington
Lopes como seu novo sócio e head de operações.
O executivo tem experiência em gestão
de operações de seguros. Ao longo de mais
de 30 anos de carreira, Lopes atuou em diversas
áreas técnicas e de operações: serviços ao
cliente, jornada e experiencia do cliente;
assistência 24 Horas; emissão e aceitação;
vistoria, inspeção, sinistro, fraude; e demais
atividades de backoffice de seguros
nos produtos de auto, residência, vida, acidentes
pessoais e demais ramos.
15
ESPECIAL BENEFÍCIOS
RETORNO
Nunca mais como antes
OLHEMOS PARA 2022. SIM, A RETOMADA
DO TRABALHO PRESENCIAL ESTÁ SENDO
INICIADA NO MERCADO EM GERAL E EM VÁRIOS
PAÍSES. NO BRASIL, A PALAVRA DE ORDEM,
ESPECIALMENTE ENTRE AS SEGURADORAS,
CUJA MAIORIA OPTOU PELO MODELO HÍBRIDO
DE VOLTA AO TRABALHO ÀS SUAS BASES
FÍSICAS, É ‘RESILIÊNCIA’. MAS AS MARCAS
ESTÃO AÍ, DOLOROSAMENTE DEIXADAS PELA
TRÁGICA PASSAGEM DA PANDEMIA. PARA
SEGUIR ADIANTE, EMPRESAS E EMPREGADOS
BUSCAM O DIÁLOGO QUE RESSIGNIFIQUE O
TRABALHO, A DOENÇA E, ACIMA DE TUDO, A VIDA
André Felipe de Lima
16
O
saxofonista interpretado por Woody Allen, em Sleeper
— O dorminhoco, uma produção cinematográfica
de 1973, parece presente em cada um de nós. Ou, pelo
menos, um pouco dele está, e isso é difícil negar. Igualmente à
personagem do filme, sentimo-nos longe da realidade, perdidos
em um tempo cujo futuro nos distancia de qualquer exercício
de idealização, sobretudo agora, quando sociedade, poder público
e mercado começam a debater a retomada presencial das
atividades, principalmente no campo laboral. Essa incômoda
sensação começou há pouco mais de um ano e meio quando a
Covid-19 iniciou sua impiedosa investida nos países e nos continentes.
Naquele instante, muitas empresas obrigaram seus trabalhadores
a irem para casa com um laptop embaixo do braço e
uma oração para proteger-se do pior, do desconhecido. Não se
tratava somente de um emprego sob risco, mas, e fundamentalmente,
a vida estava em cheque.
17
ESPECIAL BENEFÍCIOS
RETORNO
O retorno será em um novo modelo híbrido de
trabalho e, apesar de ainda não sabermos como
será, a função do escritório e seu layout devem
mudar. Para nossa retomada, seguiremos todos
os protocolos de saúde e segurança necessários
visando um retorno seguro e efetivo”
JOÃO ALTMAN, da VR Benefícios
Estamos, contudo, despertando
deste incômodo sono. No Brasil, embora
ainda aquém do que deveria constituir-se,
a vacinação intensifica-se e empresas já se
planejam para um regresso de seus funcionários
às bases das companhias. Será,
entretanto, que esse processo está funcionando
a contento? Será que realmente
todos os segmentos de mercado estão
propensos à retomada presencial ou mesmo
preparados para receber seus colaboradores?
E mais: será que os trabalhadores
estão realmente desejosos pelo retorno
aos seus postos de trabalho dos quais se
separaram em março de 2020, quando
a pandemia chegou ao Brasil? E o setor
segurador, como vem se comportando
diante desse cenário? É plausível afirmar
que seguradoras e corretoras retomarão o
modelo funcional de antes da Covid-19?
As respostas a estas perguntas estão neste
debate promovido por Apólice, que
para esta reportagem ouviu alguns atores
da indústria de seguros para tentar compreender
um cenário no qual o imperativo
é um eloquente e insistente ponto de
interrogação. Mas há um caminho viável a
ser seguido para a busca de soluções: ouvir,
antes de tudo, o trabalhador.
No exterior, ao que tudo indica,
essa premissa vem sendo o pilar para a
retomada presencial do trabalho, como
aponta relatório divulgado em maio
pela consultoria americana McKinsey &
Company. Se depender dos funcionários, as empresas terão de adotar
um modelo híbrido nesse sentido, ou seja, a maioria dos trabalhadores
ouvidos para a pesquisa informou desejar trabalhar de casa
ao menos três dias da semana. E o mais surpreendente: 25% destes
funcionários consideram deixar o emprego caso o patrão os obrigue
ao retorno integralmente presencial e passaram a priorizar a saúde
mental no trabalho. Lá, vem funcionando assim. E aqui, no Brasil?
NOSSAS PECULIARIDADES EM VERDE E AMARELO
Chama atenção a pesquisa quantitativa também divulgada
em maio pela VR Benefícios e realizada pelo Instituto Locomotiva
com profissionais de recursos humanos de empresas de diversos
segmentos atendidos pela VR. De cara, o estudo, que recebeu 438
respostas online, originárias de todas as regiões do Brasil, no período
de 11 de agosto a 22 de setembro de 2020, aponta que a grande
maioria dos trabalhadores (classe C) não estava fazendo home
office, pelo menos até setembro do ano passado. Dos entrevistados,
74% são mulheres e 26% são homens, com idades acima de 18 anos.
Na divisão de classes, 52% são A/B; 42% são C e 6% são D/E.
Quanto às empresas — indica o estudo —, 46% adotaram o
trabalho remoto e 26% digitalizaram processos. No que se refere aos
funcionários, 79% dos representantes de RH declararam ter adotado
novas medidas de gestão de pessoas por conta da pandemia e 81%
deles consideram muito importante um plano de retomada do trabalho,
mas quase a metade, ou seja, 46% das companhias admitiram
não ter se organizado para isso. Serviços de transporte, de assistência
médica/psicológica e de alimentação correspondem às medidas
para as quais as empresas dispensariam menos atenção durante a
retomada do trabalho presencial. Este resultado está em descompasso
com, por exemplo, o que sinaliza o mercado americano, como
destaca o estudo da McKinsey & Company. Aos percentuais, portanto,
ressaltados pelo estudo da VR Benefícios: 42% das empresas afirmaram
que não prestarão assistência médica/psicológica aos funcionários.
Somente 17% declararam o contrário e outras 41% não
souberam responder a questão. Em contrapartida, 83% garantiram
que haverá álcool em gel e outros 76% que oferecerão máscara aos
funcionários. Mas somente 25% pretendem realizar testes e exames
com os funcionários e 33% simplesmente não pretendem realizá-los
quando retornarem ao trabalho presencial.
18
RETOMADA REPLETA DE DESAFIOS
As questões e, sobretudo, as estatísticas, permanecem incômodas.
A vacinação ainda é lenta no país e a variante delta do coronavírus
parece incansável e incontrolável em sua disseminação.
Diante disso, seria possível verdadeiramente projetar condições de
trabalho no Brasil para um contexto — frise-se, ainda distante — em
que a pandemia já corresponderia a apenas mais uma preocupação?
“Para a decisão oficial sobre o nosso retorno (presencial ao trabalho),
uma coisa é certa: vamos ouvir as pessoas, entender as necessidades
das áreas e estudar caso a caso. Na VR, nós temos este cuidado
com as pessoas: construímos nossas iniciativas de forma colaborativa”,
ressalta o diretor executivo de Pessoas e Cultura da VR Benefícios,
João Altman, que completa: “No caso da VR Benefícios, nossos times
estão trabalhando de forma remota, em suas residências, com total
segurança, desde março de 2020 e só vamos abrir nosso escritório
novamente em 2022. A volta deve acontecer em um novo modelo híbrido
de trabalho, sempre respeitando as escolhas e individualidade
dos nossos colaboradores. Inclusive, já temos contratado pessoas de
outros estados (a sede da VR é São Paulo) com contrato de trabalho
100% remoto. Apesar de ainda não sabermos como será o retorno,
temos certeza de que o escritório do futuro não será como antes. Sua
função mudará e, consequentemente, seu layout.”
No caso da VR Benefícios, o escritório está fechado para trabalho
presencial e a volta dos funcionários a este espaço deve ocorrer
somente em 2022. “O retorno será em um novo modelo híbrido
de trabalho e, apesar de ainda não sabermos como será, a função do
escritório e seu layout devem mudar. Para nossa retomada, seguiremos
todos os protocolos de saúde e segurança necessários visando
um retorno seguro e efetivo”, ressalta Altman.
Quando a pandemia começou em março de 2020, a companhia
Suzano, uma gigante da indústria do papel e celulose, mantinha
em seu quadro funcional aproximadamente 14 mil empregados
diretos. Com os terceirizados, esse número saltou para 35 mil
trabalhadores. A essencialidade do negócio da Suzano, sobretudo
na pandemia com a crescente demanda global por produtos
de higiene e embalagens de alimentos e medicamentos, requer
a maior parte dos empregados em trabalho presencial nas operações
da companhia. Contudo, em decorrência da Covid-19, todos
os colaboradores das áreas administrativas, que não precisam
estar fisicamente nas operações, começaram
a trabalhar em home office. “Para
o pós-pandemia, porém, nós ainda estamos
avaliando as possibilidades de atuação
das equipes em um modelo que seja
eficiente, seguro, flexível e que continue
fortalecendo a conexão entre as pessoas”,
diz a gerente de Gente e Gestão da
Suzano, Thaís Loureiro.
Advogado especialista em direito
na saúde e presidente da Associação
Nacional das Administradoras de Benefícios
(Anab), Alessandro Acayaba de
Toledo, destaca que no começo da pandemia
poucos líderes acreditavam que o
home office poderia ser tão produtivo e
eficiente. Para ele, o mercado trilha um
caminho sem volta, já que grandes corporações
também perceberam que podem
reduzir custos ao adotar o modelo
de trabalho remoto ou híbrido. “Ao mesmo
tempo, diversas pesquisas mostram
a satisfação dos colaboradores com esses
modelos. A partir de agora, acredito
que as empresas com melhores resultados
e maiores índices de satisfação dos
funcionários, serão as que estiverem
dispostas a ouvir o que eles têm a dizer
e a criar sistemas que continuem incentivando
a produtividade e o bem-estar
das pessoas”, enfatiza Toledo.
No setor das administradoras
de benefícios — destaca ele — a preocupação
prioritária é com a saúde e
“No começo da pandemia poucos líderes acreditavam
que o home office poderia ser tão produtivo e
eficiente. O mercado trilha um caminho sem volta, já
que grandes corporações também perceberam que
podem reduzir custos ao adotar o modelo de trabalho
remoto ou híbrido
ALESSANDRO ACAYABA DE TOLEDO, da Anab
19
ESPECIAL BENEFÍCIOS
RETORNO
Nos últimos seis meses, já tivemos mais de 2500
participantes nessas sessões. Tudo fica gravado,
podendo ser acessado pelo nosso público a qualquer
momento. Ainda no pilar da saúde mental, estamos
aplicando um Check-up emocional por meio de uma
plataforma digital que trabalha com algoritmos e
proporciona um diagnóstico individual, assim a
atuação e cuidados da equipe de saúde com cada
caso mapeado é personalizada”
THAIS LOUREIRO, da Suzano
o bem-estar dos colaboradores, como
não poderia ser diferente, já que o core
dessas corporações é justamente o cuidado
com a saúde. Por isso, a retomada
das atividades presenciais está sendo
avaliada cuidadosamente pelas empresas,
levando em conta a realidade de
seus funcionários e a estrutura de cada
uma. “De maneira geral, as administradoras
de benefícios têm implementado
diversas iniciativas com foco na saúde
dos colaboradores, tanto do ponto
de vista físico quanto emocional, com
apoio psicológico e auxílio home office,
por exemplo. Ainda assim, prevalece o
modelo de trabalho remoto até que os
funcionários estejam totalmente imunizados
com as duas doses da vacina. De
qualquer forma, posso adiantar que na
grande maioria de nossas associadas
deve predominar o modelo de trabalho
híbrido, mas sem uma data de retorno
estabelecida por enquanto, já que ainda
temos um cenário incerto, mesmo que a
vacinação esteja avançando no País.”
ADAPTAÇÃO E PROTOCOLOS
O espaço físico das empresas
está sendo preparado para receber funcionários.
O atendimento médico, caso
necessário, não é esquecido. É franca a
predisposição das empresas do setor
de saúde em geral, e de seguradoras,
para que seus colaboradores só retornem ao ambiente físico de
trabalho após estarem completamente imunizados com as duas
doses da vacina contra Covid-19. A pandemia parece ter reforçado
na indústria seguradora uma percepção de que o funcionário é
muito mais que somente um nome na lista de empregados. É um
ser socialmente comprometido com a empresa, mas com devidas
peculiaridades que não podem ser ignoradas pelos gestores das
companhias, sobretudo os diretamente envolvidos com as áreas
de RH. Cabe, entretanto, ao funcionário conscientizar-se da gravidade
do momento e, fundamentalmente, na premente necessidade
da imunização completa, com duas doses, contra o insidioso e
mortal vírus.
Em dezembro passado, o plenário do Supremo Tribunal Federal
(STF) decidiu que o Estado pode determinar aos cidadãos que
se submetam, compulsoriamente, à vacinação contra a Covid-19,
conforme a Lei 13.979/2020. Em resumo, o Estado pode impor aos
cidadãos que recusem a vacinação medidas restritivas previstas em
lei, que incluem multa, impedimento de frequentar determinados
lugares e fazer matrícula em escola, mas não pode fazer a imunização
à força. Também ficou definido que os estados, o Distrito Federal
e os municípios têm autonomia para realizar campanhas locais de
vacinação.
“A imunização dos nossos colaboradores permitirá o retorno
seguro de todos, dessa forma, as ondas de retorno serão mais
abrangentes conforme o avanço da vacinação dos nossos times.
Em relação à preparação dos nossos espaços, desde o início da
pandemia o nosso time de Facilities tem se preparado para esse
retorno e boa parte da estrutura já foi testada nas ondas de retorno
que tivemos ainda em 2020”, afirma Thais Loureiro, da Suzano.
Entre as diversas ações empregadas pela Suzano, Thais
destaca seis principais. Uma delas é o App Meu Lugar, um aplicativo
que apoia no controle de ocupação dos escritórios e posições
de trabalho. Os colaboradores sinalizam a reserva do seu espaço,
20
que é liberada pelo time de facilities, conforme o percentual de
ocupação determinado pela diretriz da companhia. “Também seguimos
com foco no distanciamento, sendo que em todas as unidades
instalamos barreiras, sejam nas mesas de trabalho e nos
restaurantes, além de adesivos demarcando pontos de distanciamento
em diversos espaços dos nossos sites. No transporte,
seguimos mantendo barreiras nos nossos fretados para garantir
o distanciamento, além de controlar a taxa de ocupação, mantendo
o limite de 50% de ocupação. Além disso, nossas medidas
de sanitização continuam fazendo parte do nosso protocolo de
higienização em todas as áreas de trabalho, filtros de ar-condicionado,
veículos e fretados”, assinala a executiva.
No decorrer da pandemia, a Suzano promoveu diversas
ações com foco em temas importantes que estão conectados com
esse cenário e a saúde mental. Dentre eles, uma série de lives interativas
com profissionais de diversas áreas, entre eles o médico
Drauzio Varella, o filósofo Mario Sérgio Cortella e o ator Leandro
Hassum.
“Nossas sessões de mindfulness passaram a ser remotas e ao
vivo três vezes por semana. Interagimos durante sete dias consecutivos
com o monge Satyanatha, por exemplo, que explorou o tema
Felicidade e Saúde emocional/espiritual em toda a jornada. Nos últimos
seis meses, já tivemos mais de 2500 participantes nessas sessões.
Tudo fica gravado, podendo ser acessado pelo nosso público
a qualquer momento. Ainda no pilar da saúde mental, estamos aplicando
um Check-up emocional por meio de uma plataforma digital
que trabalha com algoritmos e proporciona um diagnóstico individual,
assim a atuação e cuidados da equipe de saúde com cada caso
mapeado é personalizada”, conta Thais Loureiro.
OLHAR JURÍDICO PARA A RETOMADA
Em setembro passado, o Ministério da Saúde, por meio da
portaria 2.384, incluiu a covid na lista de doenças do trabalho, quando
comprovadamente o contágio ocorre no ambiente laboral. Nos
Estados Unidos, por exemplo, recusar a vacinação pode desdobrar-
-se em demissão sumária, como aconteceu recentemente no canal
de TV CNN, que demitiu na primeira semana de agosto três funcionários
por irem ao trabalho sem se vacinar contra a Covid-19. Sobre
o episódio, o presidente da companhia, Jeff Zucker, foi enfático ao
dizer que a política para casos do gênero é de “tolerância é zero”:
“Você precisa estar vacinado para trabalhar no campo, com outros
funcionários, independentemente de entrar ou não em um escritório.
Ponto final.”
Presidente da Comissão de Justiça do Trabalho da Ordem
dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ), o advogado
Marcus Vinícius Cordeiro ressalta que a vacinação é um ato de
solidariedade. Um gesto de preocupação com o próximo. “Isso
tudo é real. Temos campanha da OAB nesse sentido. Na área jurídica,
a OAB fala também para a sociedade. Embora não haja uma
lei definida obrigando (à vacinação), ela vai acabar prevalecendo
nessa conjuntura da normalidade. Um empregado que não quer
se vacinar coloca em risco uma coletividade. Ele certamente não
terá espaço para afirmar essa individualidade. Já há uma decisão
do Tribunal em São Paulo nesse sentido”,
exemplifica Cordeiro.
Para essa retomada ao trabalho
presencial, há, contudo, outro viés, como
ressalta o representante da OAB-RJ. Diante
de números insatisfatórios de vacinação
no país, o trabalhador, apesar da
convocação para voltar ao trabalho, não
pode se recusar ao retorno.
“Nesse sentido, há a obrigatoriedade
do cumprimento do contrato da
forma como disposto pelo empregador.
Ele é responsável pela direção da prestação
de serviços. O empregado que não
comparecer está se recusando a cumprir
o contrato, isso já em um cenário de segurança,
de normalidade. Agora, se o
empregador disser que não há segurança,
que no local não há nenhuma preocupação
sanitária, não tem álcool em gel,
ninguém usa máscara, o filho fica doente
e não comunicam, aí, é claro, que há uma
justificativa, mas que certamente vai levar
à inviabilidade do contrato. O empregador
vai dizer: ‘Você não quer vir? Então, tá,
acabou o contrato’. Não há um direito de
recursar essa recusa (do empregado). Há
medidas que podem justificar essa recusa”,
explica Cordeiro.
Embora a lei valha para todos,
não se pode obrigar o funcionário a retornar
ao trabalho presencial sem que
se ofereça a ele toda a segurança contra
o coronavírus e suas sempre constantes
variantes. “Você não pode obrigar o
sujeito a entrar dentro do caldeirão em
chamas. Então a saída é coletiva mesmo,
com as entidades sindicais forçando a
pactuar condições de trabalho que não
coloquem em risco o trabalhador. Se
ainda assim não conseguir, o empregado
que for obrigado a cumprir o contrato,
mas tem um revés em razão disso,
ele tem uma ação contra a empresa,
inclusive de danos morais em relação a
essa condição insalubre que lhe foi imposta.
Vivemos um momento único, mas
as soluções que foram dadas no campo
do trabalho foram bem interessantes e
ágeis, mas também é porque já existia a
tecnologia para isso. Mas muitas coisas
estão sendo vistas como forma de serem
permanentes, e isso também precisa ser
21
ESPECIAL BENEFÍCIOS
RETORNO
ambientes de trabalho, e esta será norteada por dois inequívocos e
indispensáveis pilares: segurança e saúde.
MARCUS VINÍCIUS CORDEIRO,
da Comissão de Justiça do
Trabalho OAB-RJ
avaliado, mas sempre dentro de um consenso
para propiciar trabalho seguro,
confortável e também para atender aos
interesses do empreendimento”, sustenta
o representante da OAB-RJ.
Prevalecem incertezas, é verdade.
Prevalece, sobretudo, um consenso
de que ainda estamos longe, bem distantes
mesmo, de um desenho preciso
de quando, efetivamente, teremos uma
retomada normal do trabalho e da vida.
Certamente, quando tudo isso passar,
ainda será preciso uma nova ordem nos
MARCO RAGI,
da Truvio
RETOMADA SEGURA NO ÁPICE DA PANDEMIA
A retomada presencial ao trabalho está se intensificando,
mas ela começou a acontecer bem antes, sobretudo para atividades
que não poderiam parar e exigem in loco a presença do profissional.
Exemplo de prevenção à Covid-19 durante o trabalho presencial
vem acontecendo desde junho do ano passado, momento severo
da pandemia, no Shopping Center Norte, na capital paulista, que recorreu
à inteligência de dados desenvolvida pela healthtech Truvio
e implantada pela Pamcary, tradicional gestora de riscos na área de
transporte de cargas.
As duas empresas empregaram uma plataforma no shopping
que permitiu o cruzamento de dados para identificar a contaminação
e exposição dos funcionários ao coronavírus. Mas o grande desafio
foi manter a qualidade humanizada no atendimento mesmo à
distância, como destaca o gerente comercial de segmentos Pamcary,
Rogério Araújo.
A companhia é, atualmente, gestora de benefícios do
Shopping Center Norte, especificamente para assistência médica
e odontológica, seguro de vida em grupo e também em medicina
ocupacional. “Já existia essa cultura de atendimento humanizado.
Com a implantação dessa plataforma, houve essa preocupação de
manter essa estrutura mais adaptada a um momento de pandemia”,
diz Araújo.
A plataforma criada pela Truvio funciona ininterruptamente
durante 24 horas do dia. Passo a passo, o funcionário do shopping
preenche um questionário para que seja avaliado o risco que ele
possa representar caso apresente sintomas ou tenha mantido contato
com alguém que tenha o teste positivo para Covid-19. Em seguida,
comprovadas as suspeitas, o trabalhador é orientado a permanecer
em casa e um grupo médico é acionado para encaminhar
adequadamente a situação.
“O objetivo maior da plataforma é cumprir os protocolos do
governo para triagem de casos suspeitos e de compactantes suspeitos,
identificar grupos de risco, evidências médicas e todo o processo
de triagem, de acompanhamento, de testagem e de afastamento
para garantir a saúde dos colaboradores, o retorno seguro quanto e
a segurança jurídica da empresa no cumprimento das normativas
e dos protocolos. Estes são os principais objetivos”, enumera Marco
Ragi, cofundador da Truvio.
O acompanhamento humanizado foi decisivo para o sucesso
da retomada segura do trabalho no Shopping Center Norte, como
descreve Araújo: “O correto mesmo é você conhecer o status da
saúde da pessoa e a partir dali fazer ações. O que tem acontecido,
o que a telemedicina hoje oferece, não é o proativo é o reativo. A
pessoa liga com algum problema, como uma demanda. Talvez o sucesso
dos números do programa implantado no Center Norte seja
a antecipação, ou seja, você saber diariamente conquistar a saúde
daquela pessoa e poder fazer ações. É um modelo que pode evoluir
para uma gestão de saúde mesmo assistencial”, reflete o executivo
da Pamcary.
22
ESPECIAL BENEFÍCIOS
TOO SEGUROS
Descontos exclusivos para
segurados cuidarem da saúde
TOO SEGUROS OFERECE
UM SERVIÇO PARA
GARANTIR DESCONTOS
ESPECIAIS PARA
BENEFICIÁRIOS QUE
QUEREM CUIDAR DA
SUA SAÚDE
Para quem fez um empréstimo consignado e escolheu contratar
um Seguro Prestamista da Too Seguros junto ao banco
parceiro, pode também contratar o Benefício Saúde: uma
assistência que oferece descontos de até 85% para consultas médicas,
em exames e na compra de remédios em redes de farmácias
credenciadas e que não implica um valor adicional ao seguro.
O serviço é fruto de uma parceria da Too com a AVUS, uma
plataforma que reúne clínicas médicas, odontológicas, especialidades
de apoio como psicologia ou nutrição, laboratórios, farmácias e
outros estabelecimentos.
“Essa é uma excelente alternativa para aqueles que não têm
acesso à uma rede de saúde particular e que enfrentam uma demora
muito grande para marcar consultas ou exames. Esse é um
benefício com muita acessibilidade, atendimento ágil e on-line e
muitas especialidades. É um diferencial para o mercado”, diz Débora
Rebello, gerente comercial de Rede & Corban da Too Seguros.
ACIONAMENTO 100% ON-LINE
Para agendar uma consulta, o cliente pode acessar a plataforma
da Avus pela internet e escolher a especialidade médica ou
ligar para o número de atendimento,
disponível de segunda a sexta em horário
comercial.
Para conseguir descontos na
compra de remédios em redes credenciadas,
ele só precisa informar o CPF. O
agendamento de exames é feito diretamente
com os laboratórios credenciados.
O serviço possui uma duração
de 12 meses, o cliente poderá escolher
entre mais de oitenta especialidades
médicas, com cobertura nacional e
sem carência, diferenciação por idade
ou doença preexistente.
Assim, o aposentado e pensionista
que possui um empréstimo
consignado pode ficar tranquilo para
arcar com seus compromissos financeiros.
23
ESPECIAL BENEFÍCIOS
SECURITÁRIOS
Queremos conhecer você
ESSA É A PREMISSA DE PROFISSIONAIS DE RECURSOS HUMANOS AO ABORDAREM COLABORADORES DA
MAIORIA DAS SEGURADORAS E DE ALGUMAS CORRETORAS DO PAÍS. DESDE O COMEÇO DA PANDEMIA DA
COVID-19, ESTES GESTORES DE PESSOAS IMPLANTARAM E REDEFINIRAM PROCESSOS E BENEFÍCIOS PARA
ATENDER A UM EMPREGADO CADA VEZ MAIS ATRELADO AO HOME OFFICE. CONHECÊ-LO SOB TODOS OS
ÂNGULOS SOCIOECONÔMICOS TORNOU-SE PRIORIDADE PARA AS COMPANHIAS. TODOS GANHAM COM ISSO
André Felipe de Lima
O
vírus trouxe tragédia com ele,
mas também despertou pessoas
e empresas para aspectos que até
então eram ignorados, inclusive no mercado
de trabalho. O colaborador passou a
ser mais observado por um prisma onde
a alteridade projeta-se de forma mais eloquente
e atravessa a porta da fábrica ou
do escritório sem parcimônia e tendo a
empatia como chave para isso. Falamos,
agora, de um ser social com todas as suas nuances e particularidades
que até então eram desconhecidas de seus empregadores.
Com 67 anos, Boris Ber é um corretor com vastíssima e profícua
trajetória na indústria de seguros. Tem mais de 40 anos de
experiência. Ele é CEO e fundador da Asteca Corretora de Seguros,
autor de vários artigos e conceituado palestrante sobre gestão de
negócios no mercado segurador. Mas ele é, na essência, e de forma
louvável, humilde e transparente ao admitir que conhecia pouco o
lado mais humano dos funcionários da corretora que ajudou a fundar
em 1982. O dia a dia atribulado, as agendas apertadas, enfim,
24
“A busca pela apólice que possa proteger o
empregado durante o retorno presencial ao
trabalho cresce no mercado. Mas, ainda não há
uma cobertura verdadeiramente específica para
isso. O corretor tem aí uma grande oportunidade.
Todo mundo viu a morte de perto.
BORIS BER, da Asteca
um cotidiano que inegavelmente dificultava uma aproximação entre
empregadores e empregados certamente foram determinantes
para essa distância. Mas isso vem mudando bastante, como o próprio
Ber atesta.
“Temos uma avaliação de todos os departamentos e funcionários
e de desempenho, que com esse fenômeno da pandemia, se
é que podemos chamar de fenômeno, descobrimos algumas coisas.
Por exemplo: descobri que tenho uma funcionária que leva uma
hora e cinquenta para vir e duas horas para voltar. Não tínhamos
essa informação”, reconhece o corretor.
A pandemia demarcou seu nefasto território e todos foram
trabalhar de casa. A percepção mais aguçada sobre os ditames que
ela impôs e as dificuldades do trabalhador em home office aguçaram
a percepção do empregador em relação à realidade nua e crua
do funcionário. Mas agora, passado um ano e meio de pandemia,
setores do mercado começam a migrar do trabalho remoto para o
modelo anteriormente presencial. Muitas — e isso é sentido no setor
securitário — adotarão um sistema híbrido para essa retomada,
conciliando, portanto, os dois modelos.
Na Asteca Corretora, Ber reconheceu que o desempenho dos
funcionários é igual ou mesmo melhor trabalhando em home office.
A empresa já desenvolveu um planejamento prévio que pode ser
adaptado para o período que o funcionário estipular para trabalhar
presencialmente. “Quando isso vai se dar? Dependerá de algumas
coisas, inclusive da vontade do funcionário”, avalia o executivo.
“Temos funcionários que têm uma boa condição para fazer home
office. Tenho que levar isso em consideração. Tenho funcionário que
não tem uma boa condição de home office. E o que é uma boa condição
de home office? É a pessoa não ter que tirar o computador da
mesa para dar almoço para ela e para as crianças. Para isso tudo já
temos esse levantamento. Municiamos desde internet, um computador
um pouco melhor, um laptop, demos até cadeira ergométrica
para ela trabalhar. Mas a tendência é um modelo híbrido”, antecipa
o executivo.
Ber diz que ele próprio mudou a forma de trabalho: “Se você
perguntasse para mim se antes da pandemia seria possível a Asteca
trabalhar como está trabalhando hoje, eu responderia que de jeito
nenhum. Eu, como exemplo, estou muito
mais produtivo, estou conseguindo atender
mais pessoas. As minhas reuniões de
diretoria, com o pessoal, enfim, as reuniões
técnicas, estão superprodutivas. Os
treinamentos das companhias estão funcionando
superbem”.
PESQUISA FUNDAMENTAL
Na Capemisa Seguradora, o trabalho
remoto não era considerado até o
advento da pandemia, como afirma a gerente
de pessoas da companhia, Patrícia
Pacheco. Segundo ela, o corpo funcional
estava habituado somente à forma tradicional
de trabalho, ou seja, a presencial.
A executiva pondera, entretanto, que a
empresa sempre esteve preparada para
contingências ou para situações imprevistas
que por algum motivo forçassem a
ausência do trabalhador.
Patrícia ressalta ter havido, logo
após o início da pandemia, uma rápida
adaptação dos funcionários ao novo modo
de trabalho e que, após essa adaptação,
uma constatação da administração da Capemisa
de que é possível o trabalho remoto.
“Investimos em pesquisa. Fomos entender
com os funcionários pontos positivos e
negativos desse novo formato de trabalho
e percebemos que havia uma adesão muito
grande das pessoas que envolvia questão
do conforto, da qualidade de vida e da
segurança”, diz a gestora de RH.
25
ESPECIAL BENEFÍCIOS
SECURITÁRIOS
Investimos em pesquisa. Fomos entender com os
funcionários pontos positivos e negativos desse
novo formato de trabalho e percebemos que havia
uma adesão muito grande das pessoas que envolvia
questão do conforto, da qualidade de vida e da
segurança”
PATRÍCIA PACHECO, da Capemisa
Em relação ao trabalho presencial,
a pesquisa sobre teletrabalho registrou
muitas queixas coletivas, mas houve
também questionamentos sobre o home
office. Patrícia conta que a seguradora
buscou soluções para atenuar obstáculos
que, eventualmente, impedissem a
migração para o modelo remoto de trabalho.
A companhia foi paulatinamente
adaptando-se ao cenário, porém em conformidade
com os sinais que os empregados
emitiram na pesquisa e, essencialmente,
no dia a dia daqueles primeiros
momentos do trabalho de casa.
FLAVIA PONTES,
da Qualicorp
Vários fatores foram identificados pela pesquisa da Capemisa,
dentre os quais a adaptação do ambiente do lar para o trabalho a
distância, a administração da família, os espaços da residência, as
mudanças dos hábitos do funcionário, o estágio da saúde mental
dele e a questão financeira, ou seja, o quanto gastava em casa e com
o trânsito diário até a empresa. As soluções vieram.
“A gente foi investindo nessa parte de saúde mental, com o
grupo de gestão da saúde que já tínhamos. Intensificamos cursos
com uma psicóloga exclusiva para atender às pessoas nesse processo
de adaptação e treinamento de como administrar o tempo,
o espaço da casa, a família e outros fatores que influenciam nessa
nova rotina. Investimos também numa linha de educação financeira,
justamente para as pessoas terem esse reacional”, ressalta Patrícia.
Paralelamente a volta do trabalho presencial e a essa adaptação
ao home office, tendência que deve ser integralmente ou parcialmente
adotada por diversos segmentos, inclusive o de seguros,
as seguradoras empreenderam esforços para oferecer ao mercado
soluções que atendam às demandas desse contexto e promovam
uma gestão cuidadosa de riscos. Um fato é cristalinamente inquestionável:
empresas e pessoas não serão as mesmas depois que a
pandemia efetivamente passar.
“Acho que as companhias — guardadas as devidas proporções,
mas, evidentemente, guardadas as condições — vão voltar
muito diferentes, mas muito diferentes mesmo. Tanto é que as
grandes companhias, a maior parte dos departamentos, está em
home office.
O modelo híbrido para a retomada presencial do trabalho
vem sendo debatido incansavelmente por áreas de recursos humanos
de empresas de todos os mercados. Exemplo disso é a operadora
Qualicorp, que desde março do ano passado mantém todos os
funcionários em home office. A companhia envolveu seu RH e a área
médica para estudar e estruturar novas formas de retomada, além
de manter o acompanhamento constante da situação sanitária do
País. Como destaca a diretora de Pessoas e Cultura da Qualicorp,
Flavia Pontes, a operadora definiu que, mesmo após a pandemia,
manterá o home office parcial (três dias em home office e dois dias
no escritório). “Já para as mães da Quali que retornarem de licença
maternidade, o home office será 100% até que a criança complete
um ano. Além disso, atualmente contamos também com algumas
posições fixas em modelo home based, ou seja, alguns de nossos
26
colaboradores continuarão atuando 100% de suas casas mesmo
após o fim da pandemia”, antecipa Flavia, reforçando serem outros
pontos fundamentais para a Qualicorp a gestão humanizada e a preocupação
com os impactos que a saúde mental e emocional causam
na vida do colaborador. “Por isso, ainda em 2020 começamos uma
parceria com o Zenklub. Trata-se de uma plataforma de serviços de
bem-estar e saúde emocional em que nossos Qualis podem contar
com auxílio psicológico durante esse período desafiador que temos
vivenciado”, especifica a executiva da Qualicorp,
Para os colaboradores deslocados para o trabalho remoto,
a Qualicorp ofereceu equipamentos necessários e um benefício financeiro
para que todos possam utilizá-lo em eventuais despesas,
como as de luz e internet. “Paralelamente, também disponibilizamos
testes rápidos para que nossos mais de dois mil Qualis e seus
familiares realizassem, além de entregarmos álcool em gel em suas
residências, de modo a garantir sua segurança”, frisa Flavia.
EM BUSCA DE TRANQUILIDADE, MAS COM SEGURO
Com o advento da pandemia, percebeu-se a maior procura
pelo seguro de vida até por conta do aumento da preocupação das
pessoas em relação a tudo o que vem acontecendo há cerca de um
ano e meio. “E falar de seguro de vida, falar de morte, que antigamente
eram tabus, as pessoas até evitavam, deixou de ser. A gente
percebeu que os clientes e os corretores estão mais abertos a falar,
encarar francamente essa certeza que nós temos na vida. A retomada
do ambiente de trabalho físico traz na verdade para as pessoas
a necessidade da contratação de uma cobertura adicional para que
elas fiquem mais tranquilas e tenham um melhor bem-estar na retomada
dessas atividades”, justifica o diretor comercial da Capemisa,
Fábio Lessa.
A busca pela apólice que possa proteger o empregado durante
o retorno presencial ao trabalho cresce no mercado. Mas,
como explica Boris Ber, ainda não há uma cobertura verdadeiramente
específica para isso. “O corretor tem aí uma grande oportunidade.
Todo mundo viu a morte de perto. Quanto à procura de proteção
à covid em si, há um termo jurídico, mas é subjetivo. Não posso
provar, mas ter indícios de que alguém transmitiu a alguém ou que
esse alguém pegou a Covid em meu escritório porque ele vem de
ônibus, vem de metrô ou tem a casa dele onde toma cerveja com o
amigo. Não há uma responsabilidade objetiva na contaminação. Daí
fica difícil fazer uma comprovação para se ter um seguro e para fazer
uma indenização. O que há, por enquanto, é dar o conforto de um
bom seguro de vida e de um seguro saúde, o que meus funcionários
têm”, assinala Ber.
CAMINHOS PERCORRIDO PELAS SEGURADORAS
Logo no início da pandemia, a Seguros Unimed migrou 100%
da operação para home office em apenas duas semanas. Isso só foi
possível por ter recorrido a dois fatores: o primeiro deles um consistente
programa de home office ativo na companhia e o segundo a
inovação digital, que já era um pilar estratégico da seguradora. Mas
há um terceiro e decisivo aspecto: um direcionador de negócios.
“As decisões da empresa, especialmente nos últimos quatro anos,
PEDRO NABUCO PALHANO,
da Unimed
garantiram a assertividade da nossa atuação
e uma resposta rápida à crise”, grifa
o superintendente de Pessoas, Estratégia,
Processos e Projetos na Seguros Unimed,
Pedro Nabuco Palhano, ponderando, entretanto,
que situações de crise, em geral,
têm uma característica de acelerar tendências.
“Com a pandemia de covid-19,
fomos desafiados a nos reinventar. Nesse
contexto, a tecnologia foi de extrema
importância para garantir a continuidade
do trabalho, em um momento em que o
isolamento social era essencial para preservar
vidas ao redor do mundo”, complementa
Palhano.
O executivo observa que, com
base na experiência vivenciada até aqui,
a partir de indicadores, de performance e
de outras diretrizes corporativas, as empresas
estão com um olhar atento para
os modelos de trabalho que se apresentarão
no pós-crise. E, neste futuro próximo,
frise Palhano, não há como ignorar
as novas possibilidades que a tecnologia
apresentou à sociedade e ao mercado.
“Caberá a cada organização uma avaliação
cuidadosa da sua estratégia, dos seus
indicadores de performance de trabalho
— presencial e remoto—, além de questões
sociais, de saúde e de perfil de suas
equipes — esclarece o superintendente
da Seguros Unimed.
Desde o início da pandemia, a
Icatu Seguros também migrou todos os
27
ESPECIAL BENEFÍCIOS
SECURITÁRIOS
funcionários para o trabalho remoto, desenvolvendo,
inclusive, um projeto específico
nesse sentido para o Centro de Relacionamento
com o Cliente (CRC) para
que operasse de casa, com a operação
na nuvem, realizado em apenas 72 horas,
o que levou a Icatu a ganhar o prêmio
internacional CX Excellence Award, promovido
pela Nice, referência mundial de
soluções para Contact Centers. “Hoje a
Icatu está operando de forma híbrida. A
companhia, inclusive, mudou para uma
nova sede, no AQWA Corporate, no Porto
Maravilha, no Rio de Janeiro, mantendo
todos os cuidados recomendados pela
Organização Mundial da Saúde (OMS)
para garantir a saúde dos funcionários”,
diz a diretora de Pessoas da Icatu, Camila
Asenjo.
O período da pandemia contribuiu
para uma grande evolução em
todo o modelo de gestão da Icatu, especialmente
à distância. Camila assinala
que todos na seguradora aprenderam a
operar todos os processos da companhia
de forma remota, garantindo os serviços
a clientes e parceiros. “Com esse retorno
gradativo, percebemos a importância
que o ambiente físico e a interação
pessoal possuem para muitas funções.
O aprendizado coletivo, as conversas informais
que geram insights e inovação, a
transferência da cultura organizacional,
uma estrutura física apropriada, a interação
humana que reduz milhares de comunicações remotas, são
alguns dos impactos positivos que já sentimos nesta retomada”, percebe
a executiva.
CAMILA ASENJO,
da Icatu
PASSO A PASSO ATÉ A RETOMADA PRESENCIAL
No âmbito geral, como as seguradoras, embora com a maioria
delas priorizando um modelo híbrido de retomada funcional,
estão contribuindo com os protocolos para retorno seguro ao trabalho
presencial? O que, especificamente, empregam nesse sentido,
sobretudo em cuidados específicos com saúde, apoio psicológico,
bem-estar e saúde financeira dos trabalhadores?
Como uma empresa de pessoas, a principal preocupação da
Icatu Seguros no retorno às atividades presenciais de forma escalonada
é assegurar o bem-estar, a segurança e a preservação da saúde
das equipes. “Afinal, o nosso principal foco — dentro e fora da companhia
— é a proteção da vida”, endossa Camila Asenjo.
Sinalizações nas áreas comuns sobre a importância do uso de
máscara e de evitar aglomerações, são algumas das medidas empregadas
pela Icatu. As reuniões virtuais estão sendo priorizadas para
que as salas de reunião não ultrapassem a ocupação máxima de metade
das cadeiras e a limpeza dos ambientes durante o dia também
foi reforçada e, ao final do expediente, toda a empresa passa por um
processo de desinfecção. “Além disso, a Icatu está disponibilizando
um reembolso de parte das despesas de deslocamento dos funcionários
para que sejam evitadas aglomerações no transporte público”,
destaca Camila.
Os funcionários da Icatu também podem contar com o Apoio
Pass, um serviço de orientação profissional psicológica, financeira,
jurídica e social, disponível 24 horas, essencial, como reforça Camila,
neste momento de crise. O serviço é sigiloso e está disponível para
todos que trabalham na Icatu, além de seus dependentes diretos.
“Temos contato constante com todos os colaboradores para entender
o cenário individual de cada um e, a partir disso, trazer a melhor
solução para todos os colaboradores, tanto de forma individual
quanto coletiva”, explica a executiva.
A Seguros Unimed traduz como pilar do plano interno de enfrentamento
à crise a garantia da saúde das pessoas. Nesse sentido,
além de ampliar o programa de home office, a seguradora disponibilizou
aos colaboradores uma rede multidisciplinar de cuidado para
questões de saúde e apoio ao luto, com atendimento pelo WhatsApp
de saúde e bem-estar. Por meio de uma parceria importante com
a Conexa Saúde, a companhia também oferece suporte emocional a
todos os colaboradores, incluindo os familiares.
“Mantivemos nossos programas de gestão de pessoas mesmo
na crise; capacitamos nossos líderes para a gestão a distância e
diagnósticos das equipes; criamos a #sextoulive, evento online que
reúne todos os nossos colaboradores para abordar temas voltados
à saúde (física e emocional), às finanças pessoais, causas sociais,
além de promover integração com a alta liderança e apresentar todas
as diretrizes da seguradora para enfrentamento da pandemia.
A novidade é que passaremos a oferecer, em agosto, apoio nutricional
online a todos os colaboradores que necessitarem”, finaliza
Palhano.
28
PRODUTO
FATOR SEGURADORA
Seguro de Garantia Arbitral atende
a novas demandas contratuais
ATENTA ÀS TENDÊNCIAS DE NEGÓCIOS DA
INICIATIVA PRIVADA COM O PODER PÚBLICO,
E COM CONGÊNERES, FATOR LANÇA
PRODUTO PARA ATENDER ÀS CÂMARAS DE
ARBITRAGEM NACIONAIS
A
seguradora percebeu no mercado brasileiro
a carência de produtos para cobrir
os processos das Câmaras Arbitrais.
A empresa já fazia o seguro de garantia judicial e
Agatha Lopes Mateus verificou a demanda do mercado,
que antes fazia uma verdadeira “gambiarra”,
alterando as condições particulares das apólices.
O seguro Garantia Arbitral tem o objetivo de garantir os processos
tanto da administração pública quanto da iniciativa privada,
seguindo a alteração legislativa de 2015, que fomentou a procura da
arbitragem no Brasil. O produto funciona como uma contracautela
em processos arbitrais. O tomador precisa da concessão de medida
liminar e, para que não haja prejuízo à parte contrária, caso ela não
se confirme em sentença, existe o seguro Garantia Arbitral, para evitar
prejuízos à parte contrária”, explica Agatha Lopes Mateus, especialista
em Riscos Financeiros da seguradora.
O valor pode incluir custas de arbitragem e honorários de árbitro,
só que o gatilho dele é a sentença arbitral e não o pagamento
do tomador. “A responsabilidade continua sendo subsidiária, como é
no seguro garantia de forma geral”, ressalta Agatha. A dinâmica deste
produto é parecida com a Garantia Judicial: de um lado tem a jurisdição
estatal e do outro lado um outro tipo de jurisdição ao qual a lei
confere ao árbitro os poderes de um juiz de direito, com a possibilidade
de escolher o árbitro, a Câmara etc. “A dinâmica é similar, apesar
do arbitral ter a vigência média de 17 meses, diferente do judicial. A
renovação também é parecida, porque a seguradora está vinculada
ao risco até a sua extinção ou substituição”, ressalta a advogada.
Para equiparar o seguro a dinheiro, é obrigatória a inclusão
de 30% da importância segurada. Agatha afirma que a Fator achou
importante incluir este percentual como ocorre no seguro garantia
trabalhista e cível, para que o produto tivesse aceitação das Câmaras
Arbitrais.
Lançado em maio de 2021, o seguro Garantia Arbitral tem um
grande público potencial em vista. De acordo com levantamento de
litígios em Câmaras arbitrais realizado pelo escritório Mattos Filho, na
Fiesp havia R$ 33 milhões em discussão em 2019; na Acam (Associação
das Câmaras de Arbitragem) havia 78 casos, com R$ 11 bi em litígio,
em 2019; na Câmara do Comércio Brasil Canadá havia R$ 8 bi em
discussão, também em 2019. As empresas
acabam optando pela arbitragem por ser
um processo mais célere e para poder
escolher árbitros especialistas na matéria
em litígio. “A expectativa é emitir valores
expressivos, mas sabemos que isso leva
tempo e que depende de setores, como
construção e infraestrutura, imobiliário,
telecomunicações, saneamento e energia”,
pontua a executiva.
Um ponto relevante desta apólice
é o contrato de contragarantia, porque
ele contém o compromisso do tomador
em informar a seguradora periodicamente,
para que ela acompanhe o risco com
frequência. “O sigilo dos procedimentos
arbitrais foi uma preocupação para o produto,
mas conseguimos uma solução satisfatória”,
aponta Agatha.
A precificação é um pouco diferente
também do judicial. Como é um
produto novo e pode atender discussões
complexas e valores expressivos,
é preciso ter taxas compatíveis, porque
a subscrição é detalhada e mais demorada.
No mercado internacional, a arbitragem
é muito mais utilizada. Em Portugal,
por exemplo, ela é utilizada para
relações de consumo. “Aqui no Brasil,
caminhamos para esta nova realidade”,
conclui Agatha.
29
ESPECIAL BENEFÍCIOS
MUDANÇAS
Preparando-se para uma nova o
SEGURADORAS ATENDEM
DEMANDAS DE COLABORADORES
E REDESENHAM BENEFÍCIOS E
PRODUTOS PARA ADEQUAR-SE ÀS
REALIDADES DO TRABALHO E DO
MERCADO CONSTRUÍDAS DURANTE
A PANDEMIA DA COVID-19
André Felipe de Lima
Desde o início da pandemia, os
profissionais de recursos humanos
foram responsáveis por
adaptações nos benefícios oferecidos aos
trabalhadores. Demandas, em sua maciça
maioria, que partiram dos próprios
empregados. Produtos como saúde, previdência
privada e vida, efetivamente os
mais diretamente acionados ao longo
da devastadora jornada da Covid-19 no
país e no mundo, estão entre estes benefícios
oferecidos a um funcionário que
hoje está em casa, trabalhando em home
office, inexorável tendência laboral daqui
em diante, e o setor de seguros é um dos
que melhor internalizaram essa premissa.
Pesquisas como o Guia Salarial
2021 realizada pela consultora americana
Robert Half com 620 profissionais brasileiros
de diferentes níveis hierárquicos,
de analistas a c-level, e realizada em julho
do ano passado comprova a tendência
pelo trabalho remoto, que veio para ficar,
porém ainda sem um formato conceitual
definitivo. Do estudo extraem-se dados
importantes, dentre os quais que 80%
não veem o home office como um benefício,
mas, sim, como um novo modelo de
trabalho que desejam seguir. Percentual
de 86% dos entrevistados pela Robert
Half se refere aos profissionais que disseram
concordar que seria interessante se
alguns benefícios oferecidos pelas suas
empresas mudassem daqui para frente.
Outros 71% consideram o pacote de benefícios
antes de aceitar uma proposta e,
quando ele não atende a todas as suas necessidades, esses candidatos
buscam melhor negociação salarial.
Desperta atenção na pesquisa, entretanto, que nenhum tipo
de seguro, sobretudo de saúde ou de vida — exceto previdência
privada — integra a lista dos oito benefícios considerados mais importantes
pelos empregados das companhias. Os funcionários desejam
assistência médica, vale-refeição, vale-alimentação, assistência
odontológica, aportes na previdência privada, notebook (justamen-
30
rdem
te para qualificar o trabalho remoto), auxílio financeiro para manter
o home office e auxílio estudo, estes três últimos itens novidades
que não constavam da lista de benefícios anterior à pandemia.
Será que está a caminho uma internalização, enfim, de que
a previdência privada se trata de um benefício de longo prazo? Ao
que tudo indica, sim. O benefício tornou-se ainda mais relevante durante
a pandemia. Quem antes não via as vantagens da previdência
complementar e o valor agregado que proporciona, mudou radicalmente
de ideia. Daqui para frente, a previdência
privada estará sempre no rol dos
benefícios mais importantes para o colaborador
que deseja segurança financeira.
Embora o seguro não apareça no
topo da lista de benefícios demandados
pelos empregados, ressalte-se que algumas
posições do setor ganharão destaque
daqui em diante em estratégias de
gestão de recursos humanos no mercado
em geral. Analistas de subscrição, de
sinistro e de contabilidade/ controladoria
terão mais projeção em projetos das
companhias. É aquela velha história: o
Brasil ainda não internalizou a cultura do
seguro, como evidencia implicitamente a
pesquisa da Robert Half, mas o universo
corporativo entende que este benefício
precisa estar na linha de frente para os
trabalhadores. O recado foi dado pelos
entrevistados para o estudo da consultora:
entre as cinco áreas de mercado em
destaque nos próximos meses, que desejamos
serem a da reta final da Covid-19,
aparece a de seguros, e a recomendação
da Robert Half, em conformidade com o
que ouviu dos profissionais e dos dados
coletados para a pesquisa, é a seguinte:
“Após a pandemia, em um cenário
mais competitivo, o desafio das empresas
será ampliar a carteira de clientes
e garantir boa participação no mercado.
Com isso, encontrar novas oportunidades
de gerar receita torna-se crucial para
o crescimento. Um caminho é pensar em
produtos e serviços que reflitam as necessidades
que vêm se desenhando hoje,
entre eles destacamos riscos financeiros e
segurança cibernética para exercer o trabalho
remoto, dois produtos que devem
seguir em alta. Para atender às expectativas
das empresas, habilidades como visão
de negócio e senso de propriedade,
além de adaptabilidade e flexibilidade,
serão cada vez mais demandadas e farão
a diferença na hora da contratação.”
A consultoria alerta também para
o fato de que as empresas precisam pensar
em produtos e serviços para as necessidades
atuais. “Existe um importante
cuidado para evitar que um eventual
aumento da sinistralidade impacte diretamente
na rentabilidade da seguradora.
31
ESPECIAL BENEFÍCIOS
MUDANÇAS
DELANE GIANNETTI,
da Liberty
Por isso, uma tendência do segmento,
chamada de know your customer (KYC),
pode ajudar no equilíbrio. Esse procedimento,
que ajuda a evitar crimes e fraudes,
permite que as organizações conheçam
o perfil de cada cliente para avaliar
e monitorar os riscos envolvidos na relação.
Além disso, o KYC permite que a
companhia ofereça uma precificação do
produto mais justa para o consumidor,
visto que todo o processo será realizado
de acordo com as suas necessidades.”
Nesse contexto, a agenda digital
se destacará para desburocratizar um setor
que permaneceu “intocado por mais
de 100 anos”, como frisa o relatório da Robert
Half, e fortalecerá produtos, análises
atuariais, precificação e finanças.
Empresas do setor de seguros
mobilizam-se bastante nesse sentido,
mas fazendo antes o dever de casa com
seus colaboradores, como é o caso da
área de recursos humanos da Liberty
Seguros, que vem adequando os benefícios
já existentes concedidos aos funcionários.
Diretora de RH da Liberty Seguros,
Delane Giannetti destaca que durante o
período de pandemia, manteve todos os
benefícios que já existiam, além de ampliar
alguns, como o vale alimentação e
vale refeição, de modo que o funcionário
pode optar qual das formas ele quer receber
o benefício.
Como descreveu a executiva, a empresa também enviou para
a casa de cada colaborador kit com equipamentos necessários para
home office, disponibilizou cadeiras para todos os colaboradores
que precisaram e implantou jornadas flexíveis para maior qualidade
de vida e para que os funcionários pudessem conciliar as rotinas
com a família. Houve também atendimento médico especial
e acompanhamento para casos de Covid-19 para colaboradores e
suas famílias, além de teste rápido no ambulatório médico estendido
aos familiares dos empregados. A empresa intensificou a gestão
virtual e o engajamento do trabalho a distância, mas priorizou a saúde
mental de seus funcionários, oferecendo atendimento psicológico
via telemedicina, EAP para todos os colaboradores e familiares e
programas de qualidade de vida e bem-estar.
Os corretores de seguros também estão atentos a essa movimentação
do setor em torno dos benefícios aos seus colaboradores,
mas também o impacto dela para além do escritório ou, de certa
forma, do home office.
Diretor executivo da Genebra Seguros, Guilherme Silveira ressalta
que o mercado de benefícios está inegavelmente passando por
mudanças que foram aceleradas pela pandemia. “Atualmente, observamos
maior interesse dos departamentos de recursos humanos em
entender as coberturas e em buscar soluções mais completas para
os riscos aos quais os colaboradores estão expostos. Uma das inovações
que foi muito bem-vinda, nesse sentido, foi o crescimento da
telemedicina, que antes da pandemia era adotada de maneira tímida
por algumas operadoras e que hoje é uma realidade em praticamente
todos os planos de saúde, e que passou a ser oferecida também,
como assistência em algumas apólices de seguro de vida. Diversos
corretores perceberam a oportunidade representada pela telemedicina
e a utilizaram para incrementar as suas vendas”, diz Silveira.
O corretor da Genebra aponta, contudo, outra via que não
pode ser ignorada. Segundo ele, há demandas de empresas para
que as seguradoras promovam estas mudanças nos produtos e
adaptem-os às necessidades de seus funcionários. “Vejo muito interesse
por parte do mercado segurador em adequar os produtos de
forma que estes atendam de maneira mais completa os consumidores.
No entanto, ainda existe alguma dificuldade das companhias em
criar produtos disruptivos, em especial, devido a entraves regulatórios”,
reflete o executivo da Genebra.
REDESENHANDO PRODUTOS
Com o cenário pandêmico, todas as seguradoras tiveram de
redefinir produtos. A Brasilseg (do Banco do Brasil) foi uma das primeiras
a, por exemplo, incluir em suas apólices a cobertura para os
casos de Covid-19, como lembra a superintendente de seguros de
vida da seguradora, Karina Massimoto. “Primeiramente, em um movimento
conjunto do mercado, a Brasilseg comunicou que desde
março de 2020, indeniza seus segurados por morte por Covid-19.
Posteriormente, renovamos nosso portfólio de produtos de seguro
de vida para uma oferta modular, em que o cliente pode contratar
um conjunto de coberturas e assistências sob medida, além de
benefícios voltados para saúde e bem-estar, como terapia online,
pulseira inteligente e mapeamento genético”, assinala Karina.
32
Ela explica, entretanto, que a Brasilseg já trabalhava no desenvolvimento
deste produto antes mesmo da pandemia, com o
objetivo de reforçar os conceitos de seguro para a vida e de viver
mais e melhor, mas muitos benefícios do novo seguro de vida da
BB Seguros — explica Karina — convergiram com o momento da
pandemia.
Na Liberty não foi diferente. Como explica Delane, o que a
seguradora realizou neste último ano e meio foi priorizar ainda mais
projetos e melhorias digitais para simplificar as jornadas dos clientes
e dos corretores: “Procuramos criar e adaptar produtos cada vez
mais ágeis e personalizados para oferecer uma experiência ainda
melhor para os clientes. Lançamos atendimento via WhatsApp, aviso
de sinistro 100% online, pagamento via Pix, a plataforma Meu
Momento de Vida e a Academia Digital, treinamento para corretores
com foco nas negociações no ambiente digital, além de um espaço
para terceiros no site. Além disso, com o objetivo de manter o bem
estar dos segurados, decidimos fazer a cobertura de casos relacionados
à Covid-19 desde o início, e mantemos essa cobertura até
hoje no seguro de vida sem custo adicional.”
Mas houve empresas do setor que optaram por manter os
produtos e benefícios já existentes sem alterá-los por conta da pandemia.
Uma destas companhias é a Argo Seguros. “Não fizemos
nenhum ajuste nos benefícios. Como o nosso seguro de saúde é
bem diferenciado do mercado, no início da pandemia já tivemos a
cobertura providenciada. Dessa forma, não houve necessidade de
adequação, assim como aconteceu com o nosso seguro de vida, que
prontamente obtivemos a confirmação da cobertura de pandemia”,
diz a head de RH da Argo Seguros, Juliana Begnami.
Por conta da complexidade do atual cenário, a Argo implantou
o programa Conte Comigo, cujo objetivo é oferecer suporte
para que os colaboradores e seus familiares consigam superar com
mais tranquilidade momentos desafiadores da sua vida pessoal ou
profissional. O programa oferece suporte 24 horas, sete dias por semana,
e atua para o gerenciamento de questões de vulnerabilidade
emocional, social, jurídica, financeira e de saúde. Os colaboradores
têm apoio de profissionais especializados, como assistentes sociais,
psicólogo, advogado, orientador financeiro, entre outros, tudo com
sigilo e ética profissional.
“Essa foi uma ação muito importante e que trouxe bastante
tranquilidade e conforto para todos. Oferecer suporte para que
o colaborador consiga superar com mais tranquilidade momentos
desafiadores de sua vida pessoal ou profissional. No nosso caso, o
programa Conte Comigo foi uma das principais ações que a Argo
fez para dar o devido suporte aos seus colaboradores”, frisa Juliana.
HORA E VEZ DO SEGURO DE VIDA
No Brasil, e isso é fato, o seguro de vida permanece com baixa
adesão, mesmo em meio ao período pandêmico. Embora com indicadores
de notória evolução, a carteira, inegavelmente essencial para o
planejamento financeiro, ainda é relegada a segundo plano pelo brasileiro.
Como, afinal, a indústria securitária contribui para redesenhar
esse perfil e adaptar serviços que demandas das empresas e de seus
colaboradores, justamente e sobretudo em seguro saúde e de vida?
GUILHERME SILVEIRA,
da Genebra
Karina Massimoto conta o que fez
a Brasilseg nesse sentido: “Em 2021 a BB
Seguros lançou uma nova plataforma de
cotação e contratação para seguros de
vida. A ferramenta desenvolvida é intuitiva,
permitindo a entrega da cotação e
contratação imediata para as empresas.
Para contratação, a nova plataforma disponibiliza
18 coberturas, de acordo com
a necessidade e natureza da operação
do cliente, além de oito assistências que
podem ser escolhidas de acordo com a
necessidade e preferência dos colaboradores.
A ferramenta ainda leva uma nova
KARINA MASSIMOTO,
da Brasilseg
33
ESPECIAL BENEFÍCIOS
MUDANÇAS
pouco tempo o funcionário tinha pouca voz na escolha dos seus
benefícios, atualmente se tornou mais importante adaptar a oferta
de seguros e previdência ao estilo e momento de vida de cada colaborador.
Esse é um movimento que deverá se intensificar nos próximos
anos, com o acirramento da concorrência advinda de players
como a XP Seguros e a Flash Benefícios, e que deverá popularizar o
mercado de benefícios flexíveis, que atualmente são oferecidos por
uma pequena parte das empresas.”
JULIANA BEGNAMI,
ARGO
experiência para o cliente e para a rede
BB, uma vez que é totalmente digital, online
e de fácil acompanhamento após a
contratação.”
No portfólio da Liberty Seguros,
destaca-se o segmento de vida. Delane
ressalta que entre as opções disponíveis
para empresas há o Liberty Vida Global,
voltado para empresas com operação
entre dois e 600 colaboradores. O produto
foi elaborado para proteger os funcionários
das organizações de maneira
coletiva e, com base no capital global registrado
pela companhia, as coberturas
são distribuídas uniformemente conforme
o número de empregados. A empresa
também criou o Liberty Vida Pequena
Empresa dirigido a empresas que mantêm
entre cinco e 1200 colaboradores.
“Em ambas as opções de seguros, a Liberty
garante a cobertura em casos de
morte, invalidez, doenças graves, despesas
médicas e indenização por acidente”,
reforça Delane.
Para Guilherme Silveira, o mercado
de seguros está trabalhando intensamente
para atender às demandas das
empresas não apenas nas coberturas securitárias,
mas também através de serviços
que permitam aos colaboradores das
empresas maior flexibilidade na contratação
de benefícios. “Na minha opinião,
esse foi um ponto que se tornou muito
evidente devido à pandemia. Se até
NOVO NORMAL, NOVO TRABALHO
Com a intensificação do trabalho remoto, as seguradoras investem
em iniciativas digitais para engajamento e apoio às áreas da
companhia. Todas as ações presenciais foram adaptadas para o meio
digital e, ao que tudo indica, trata-se de um processo célere.
Na Liberty, por exemplo, a cultura de trabalho no modelo
home office existe desde 2013, como suporte opcional aos funcionários.
Com isso, quase todos os processos são digitais, o que facilita
a vida dos colaboradores, pois já possuíam as ferramentas necessárias
quando começou a adaptação por conta da pandemia. Por esse
motivo, a Liberty implementou com mais facilidade o home office
no início da pandemia e, desde então, tem trabalhado com afinco
para manter todas as áreas engajadas”, observa Delane.
Superintendente de Recursos Humanos da Brasilseg, Priscilla
Nascimento Gosler informa que muitas das iniciativas da Brasilseg
junto aos colaboradores estavam adaptadas para o formato digital e
foram ampliadas desde que a seguradora implantou o trabalho em
home office contingencial. Desde 2019 — explica a executiva —, a
Brasilseg já havia adotado o uso da rede social workplace como canal
de comunicação interna, gerando forte engajamento entre os
quase dois mil colaboradores. Foram mais de 400 grupos de trabalho,
mais de 3 mil posts, mais de 18 mil comentários e mais de 2
milhões de mensagens no primeiro semestre de 2021.
“Promovemos algumas ações especiais dentro da plataforma
neste período, como a criação de um grupo denominado De Repente
Home Office, com orientações para o trabalho remoto, dicas de
organização, produtividade e ergonomia, com espaço para os colaboradores
compartilharem dúvidas e momentos vividos no novo
modelo de trabalho. Também utilizamos a ferramenta para dar visibilidade
aos colaboradores sobre as iniciativas estratégicas, para
que todos estejam alinhados e engajados com a visão da companhia
e consideramos que foi essencial para manter os colaboradores conectados
com a empresa”, ressalta Priscilla.
“Desde o início de 2020, em função da pandemia e da decorrente
mudança de hábitos imposta aos colaboradores, a empresa
tem exercitado seu propósito diariamente, que é cuidar das pessoas
e proteger o que é valioso para elas, procurando oferecer suporte
psicológico e orientações para amenizar o impacto dessas mudanças
na saúde mental do grupo. O suporte tem sido de extrema importância
para os colaboradores neste período, tanto para aqueles
que se sentiram mais impactados pelo novo modelo de vida imposto
pelas circunstâncias, quanto para aqueles que tiveram casos de
falecimento de familiares ou amigos”, pondera a superintendente de
RH da Brasilseg.
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