BALCONISTA S/A - Edição 31
Está no ar a 31ª edição da revista Balconista S/A! Nela, avaliamos por que as SUVs lideram o emplacamento de veículos em território nacional. As respostas passam pela visão de profissionais da engenharia, da oficina, do balcão, além do próprio consumidor do automóvel. Contamos também a história de Luiz Augusto, balconista e proprietário de uma autopeças que incorpora o metabolismo leve e acolhedor de Biritiba Mirim. E na seção Placa Preta, você vai conferir as aventuras de um destemido Gurgel BR-800. Tudo isso e muito mais. Boa leitura!
Está no ar a 31ª edição da revista Balconista S/A!
Nela, avaliamos por que as SUVs lideram o emplacamento de veículos em território nacional. As respostas passam pela visão de profissionais da engenharia, da oficina, do balcão, além do próprio consumidor do automóvel. Contamos também a história de Luiz Augusto, balconista e proprietário de uma autopeças que incorpora o metabolismo leve e acolhedor de Biritiba Mirim. E na seção Placa Preta, você vai conferir as aventuras de um destemido Gurgel BR-800. Tudo isso e muito mais.
Boa leitura!
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APRESENTAÇÃO<br />
AO GURGEL<br />
O primeiro contato de José Antônio<br />
com a marca Gurgel ocorreu<br />
em 1987, na cidade de Altamira,<br />
no Pará, durante uma<br />
viagem a trabalho. Um dos companheiros<br />
de serviço – e morador<br />
local – levou alguns funcionários<br />
para jantar dirigindo um<br />
Carajás quatro portas.<br />
“E ainda brincou comigo: ‘esse<br />
carro é de São Paulo; você é de<br />
lá e não conhece?’. Daí eu respondi:<br />
‘amigo, São Paulo é muito<br />
grande!’”, conta, aos risos.<br />
Um ano após essa apresentação,<br />
a montadora lançou o<br />
BR-800, o que logo chamou a<br />
atenção de José Antônio. No entanto,<br />
a única forma de adqui-<br />
RAZÃO PARA<br />
COLOCAR A<br />
PLACA PRETA<br />
Existem vários motivos possíveis<br />
e imagináveis para tomar<br />
decisões deste tipo. A paixão,<br />
pura e simples, é um deles. Mas<br />
também pode ser a construção<br />
de uma tradição familiar, como<br />
forma de garantir a presença do<br />
veículo nas gerações seguintes.<br />
Essencialmente, foi a este último<br />
que José Antônio se apegou.<br />
“Quando cheguei em casa com<br />
o carro, num sábado de manhã,<br />
meu filho mais velho, com<br />
7 anos na época, falou: ‘nossa,<br />
pai, quero esse carro quando eu<br />
crescer’. Daí, pronto, disse a ele<br />
que não iria vender nunca. Então,<br />
decidi que colocaria a placa<br />
preta quando batesse os 30<br />
anos de fabricação, porque, nesse<br />
período, meu filho já estaria<br />
crescido”, recorda.<br />
O curioso é que, hoje, o filho tem<br />
25 anos e nunca tirou a habilitação;<br />
portanto, mais um fator<br />
que podemos classificar como<br />
tradição familiar. Se a CNH sair<br />
no ano que vem, o pacote estará<br />
completo, com criador e criatura<br />
se tornando aptos a guiar aos<br />
26.<br />
MAIS ORIGINAL<br />
DO QUE A<br />
ENCOMENDA<br />
Alguns componentes do BR-800<br />
foram fabricados exclusivamente<br />
pela Gurgel. É o caso do motor<br />
– 2 cilindros e 800 cilindradas –<br />
alimentado por um carburador<br />
de corpo simples, da suspensão<br />
dianteira Spring Shot, dos retrovisores<br />
e dos amortecedores. Os<br />
amortecedores, por sinal, saíram<br />
de linha ainda em 1990, mas<br />
seguem passíveis de revisão e<br />
troca, pois as peças ainda estão<br />
disponíveis no mercado.<br />
Já outros itens servem diferentes<br />
marcas. O câmbio, por exemplo,<br />
é o mesmo do Chevette 4<br />
marchas; a embreagem, por sua<br />
vez, divide-se em metade Fusca<br />
1600 e metade Chevette, enquanto<br />
a ignição tem origem na<br />
Ford e as maçanetas da porta<br />
vêm da Fiat.<br />
Quando comprou o BR-800, José<br />
Antônio precisou fazer mudanças<br />
para recuperar a versão de<br />
fábrica do veículo, além de refiná-lo<br />
ao seu gosto.<br />
“Ele tinha as rodas do Gol; en<br />
ri-lo era mediante a compra de<br />
ações da Gurgel Motores S/A,<br />
numa ideia para capitalizar a<br />
companhia. Assim, dada a inviabilidade<br />
naquele momento, não<br />
restou outra alternativa a não<br />
ser esperar por 15 anos.<br />
“Eu já tinha vontade de comprar<br />
um, mas era difícil, porque precisava<br />
comprar as ações para<br />
depois entrar na fila de espera.<br />
No fim das contas, só consegui<br />
o meu numa boa oportunidade<br />
que surgiu em 2004, depois de<br />
ele ter passado por dois donos.<br />
Mas acabou sendo bem barato.”<br />
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