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Desporto: entrevista Avelino Silva
Nutrição: Regresso às aulas
Hélder
Spínola
Durante
décadas a
humanidade
não quis
ouvir os
avisos, foi
esse o nosso
grande erro
Anos
€2,50 | N.º293 | ANO XXIV
mensal OUTUBRO 2021
5 602930 003431
Corais
Dicas de Moda
Fotografia Filipe Frango
Makeover
PUB
sumario
04 ENTREVISTA
É uma voz ativa na causa
ambiental o professor da UMa e
investigador Hélder Spínola, que
na entrevista à Saber Madeira
explica as mudanças ambientais
que estão a acontecer e os
projetos que tentam minimizar os
impactos ambientais decorrentes
das alterações climáticas.
25
36
07 Turismo
Outubro é mês da Festa da Flor e
do Vinho Madeira 2021
08
10
Madeira Aves
Narceja-comum e Pena-vermelhacomum
Em Análise...
Os porquês do Afeganistão
12 Madeira
I Conferência Internacional de
Saúde e Inclusão-Parte 4
13
14
Cantinho da Poesia
Castanhas, as pérolas do Outono
Caprichos de Goes
Mediação de conflitos no sistema da
arte e gestão dos museus-Parte 2
16 Cultura
Duarte Afonso: livros e religião
18 Desporto
Avelino Silva em entrevista
20 Imagem
Liberte-se do seu velho Eu...
21 Comportamento
É difícil decidir!
22 Beleza
Pele limpa e saudável
23 Nutrição
Regresso às aulas
24 Bem-Estar
Kit de óleos essenciais para ter em
casa
25
26
28
30
Lugares de Cá
Pórtico de São Jorge
Câmara Municipal do Funchal
Funchal distinguido pelas boas
práticas desportivas e sociais
Viajar com Saber
Liechtenstein e Suiça
Marcas Icónicas
Louboutin
31 Decoração
Imperdíveis de outono
32
Dicas de Moda
Corais
34 Makeover
A fotografia de Filipe Frango
36 Motores
Rota TT Vinho Madeira
apadrinhada por Fernando Mendes
38
40
52
54
Fashion Advisor
Looks para a meia-estação
Agenda Cultural
Outubro 2021
42 Instantâneo
Máscaras são descartáveis,
o ambiente não
43 Social
À mesa com...Fernando Olim
Estatuto Editorial
saber outubro 2021
3
ENTREVISTA
Hélder
Spínola
4 saber Outubro 2021
Nasceu em Moçambique,
em 1973, quando os pais,
madeirenses de Santana
e São Jorge, aí residiam e
trabalhavam. Veio para a
Madeira com 3 anos, quando
a família se viu obrigada a
regressar pelos tumultos
sociais e políticos que se
seguiram à independência
das ex-colónias portuguesas.
Cresceu em Santana, rodeado
de um ambiente rural e
natural, e influenciado
pelos livros e a comunicação
social que associavam a
natureza selvagem ao seu
imaginário, viria a licenciarse
em Biologia e em Biologia
Molecular. Foi presidente da
Direção Nacional da Quercus-
Associação Nacional de
Conservação da Natureza,
entre 2003 e 2009, e desde
2007 que desenvolve a sua
atividade profissional como
professor e investigador na
Universidade da Madeira.
Depois de algum tempo a
investigar na área da genética
humana, com trabalhos
relativos à caracterização
genética das populações e à
associação de polimorfismos
genéticos à suscetibilidade
a doenças, nos últimos dez
anos, Hélder Spínola tem se
dedicado à compreensão dos
mecanismos educativos e, em
particular, socioeducativos
que visam facilitar a
promoção da literacia e da
cultura ambiental.
Dulcina Branco
Facebook Hélder Spínola
O conhecimento
científico mais
atualizado diz-nos
que chegamos ao
ponto em que, se a
atual geração não
fizer o suficiente e
já, entraremos num
caminho sem retorno
Quando olha para o Planeta Terra na
atualidade, o que vê e o que o preocupa
mais?
- Estamos atualmente a viver uma grave crise
ecológica ao nível planetário decorrente da
influência humana. O conhecimento científico
mais atualizado diz-nos que chegamos ao
ponto em que, se a atual geração não fizer
o suficiente e já, entraremos num caminho
sem retorno, e as condições de suporte de
vida, para nós e para outras espécies, começarão
a ficar cada vez mais deterioradas,
influenciando negativamente a nossa sobrevivência,
segurança e qualidade de vida. O
grande desafio que temos em mãos neste
preciso momento é conseguir responder às
nossas necessidades sem pôr em causa o
equilíbrio do Planeta, ou seja, viver sem ultrapassar
os limites da natureza. Preocupa-
-me que não estejamos a fazer o suficiente,
e nem sequer aquilo que está perfeitamente
ao nosso alcance, para ganhar este importante
desafio.
As alterações climáticas estão aí, à vista
de todos. O que aconteceu recentemente
na Europa (inundações na Alemanha, Bélgica
e Países Baixos) são resultado destas
alterações? O que falhou?
- Há 30 anos falava-se em alterações climáticas
como algo que nos iria afetar num
futuro relativamente distante. Há 20 anos
começamos a perceber que esse problema
já começava a nos atingir e, hoje, os seus
efeitos são notórios e evidentes, não só
para a comunidade científica mas também
para o cidadão comum. Cheias, vagas de calor,
incêndios, furacões e outras catástrofes
batem-nos à porta de forma cada vez mais
violenta e frequente. Durante décadas a humanidade
não quis ouvir os avisos, foi esse
o nosso grande erro. Agora estamos a pagar
o preço, mas ainda vamos a tempo de evitar
males maiores se começarmos já e a sério.
Como é que a humanidade pode tentar
minizar os efeitos destas alterações e se
são suficientes medidas anunciadas pelos
governos, como os carros elétricos e
redução do plástico?
- Os objetivos que foram definidos internacionalmente,
nomeadamente através do
protocolo de Paris assinado em 2015, se
forem alcançados, permitem conter estas
alterações climáticas a níveis suportáveis,
o que implica, até 2050, garantir a neutralidade
carbónica. Efetivamente, nos últimos
anos, temos sentido um impulso ao nível
das medidas públicas e da participação dos
cidadãos, mas sejamos sinceros, não são suficientes,
é preciso mais, muito mais… Para
termos uma ideia do desafio que temos pela
frente, no ano de 2020 conseguimos reduzir
globalmente as emissões de gases com efeito
de estufa em cerca de 6% porque fomos
obrigados a parar devido à pandemia da
COVID19. Pois bem, esse é justamente o valor
que temos de reduzir por ano para conseguir
atingir a neutralidade carbónica em
2050. No entanto, entretanto, à medida que
vamos aprendendo a viver com a pandemia,
estamos a voltar aos valores de poluição anteriores
aos de 2020 e, por isso, a desviarmo-
-nos do que 2020 nos ensinou, ou seja, que,
se quisermos, se existir vontade por parte
das sociedades, conseguimos fazer o caminho
certo. Mas será que queremos fazê-lo?
Estamos disponíveis para isso? As mudanças
que temos de fazer são profundas, mexem
na forma como a sociedade está organizada
e funciona, mexem nos nossos valores,
expetativas, hábitos, implica que as comunidades
vivam à luz de uma cultura ambiental
e nunca de uma cultura de consumo como
acontece há demasiado tempo.
A Madeira está preparada para enfrentar
as alterações climáticas e que áreas são
mais sensíveis e/ou poderão ser mais afetadas?
- Ainda ninguém está preparado para estas
alterações climáticas e para outros desequilíbrios
ambientais que estamos a provocar.
As mudanças
que temos de fazer
são profundas,
mexem na forma
como a sociedade
está organizada e
funciona
saber outubro 2021
5
O grande desafio que
temos em mãos neste
momento é conseguir
responder às nossas
necessidades sem pôr
em causa o equilíbrio
do Planeta
Na Madeira, há um conjunto de aspetos
mais sensíveis relativamente ao problema
das alterações climáticas, nomeadamente
a gestão dos recursos hídricos, os incêndios
florestais e a segurança no litoral e nos leitos
e margens das ribeiras. Os acontecimentos
das últimas décadas, nomeadamente as aluviões
e os incêndios florestais, mostram que
estamos muito vulneráveis e que há imenso
trabalho a fazer em matéria de prevenção.
Ao nível dos recursos hídricos, basta lembrar
as perdas de mais de 50% nas redes de
distribuição de água para percebermos que,
com a sua escassez, esta situação é insuportável
para a nossa sociedade.
A pandemia trouxe novos desafios à humanidade,
alguns nefastos mas necessários,
como as máscaras. Estamos a saber
lidar com estas novas realidades?
- Apesar de tudo, julgo que nos soubemos
adaptar, em tempo recorde, a uma nova
ameaça, na forma como a sociedade se
reorganizou, nos novos hábitos e práticas
que adotamos (desde o uso de máscaras
até ao teletrabalho) e, entre outros, no desenvolvimento
e administração das vacinas.
E tudo isto é a prova de que, também nos
desafios de sustentabilidade, se quisermos,
temos capacidade para responder de forma
suficientemente eficaz para evitar males
maiores. Aliás, creio que, se não formos
capazes, por laxismo, de evitar as situações
mais graves associadas aos desequilíbrios
ambientais, quando esses problemas começarem
a nos atingir a doer a sério, seremos
muito lestos a nos adaptar às novas circunstâncias,
mas, naturalmente, como se vê no
caso da pandemia, já com perdas acentuadas
na nossa qualidade de vida. Somos muito
bons a reagir em momentos de crise mas
pouco disponíveis para previr essas mesmas
situações. Depois pagamos um preço demasiado
caro.
As alterações climáticas aceleraram a
implementação de medidas com vista à
proteção de pessoas e bens, ou seja, começa-se
agora a olhar para as questões
do ambiente com mais seriedade do que
há anos?
- Ainda me lembro dos nossos governantes
dizerem que as questões ambientais eram
preocupação de “fundamentalistas” e que
nada poderia parar o progresso. Hoje o discurso
mudou, todos são pelo ambiente mas
a prática nem sempre acompanha essa unanimidade.
É certo que as políticas públicas
já se vão obrigando a atuar na área do ambiente,
mas frequentemente apenas para
mostrar que alguma coisa está a ser feita e
raramente para resolver os problemas de
fundo.
E nós, comuns cidadãos, como é que cada
um pode contribuir de forma a proteger
mais e melhor os ecossistemas?
- O nosso dia a dia, quer seja da sociedade
no seu conjunto, das organizações públicas
e privadas, das famílias e dos indivíduos, é a
causa dos desequilíbrios ambientais, e são
as mudanças que podemos e devemos fazer
a esse nível que poderão fazer grande
diferença na qualidade do ambiente em que
vivem humanos e todas as outras espécies.
Uma regra infalível é procurar utilizar menos
recursos e poluir menos, pois é nesta
equação que está a origem do problema.
Reduzir os consumos de água, eletricidade,
combustíveis, roupas, alimentos e demais
recursos, e, por exemplo, usar mais energias
renováveis, evitar produzir lixo e separar o
máximo possível para reciclagem, evitar poluir
a água, tendo o máximo de cuidado nos
detergentes que usamos para lavar a loiça
e a roupa. Há uma infinidade de mudanças
que podem ser adotadas por cada um de
nós e pelas nossas famílias, assim como pelas
empresas ou serviços onde trabalhamos.
Precisamos de mudar de cultura, trocando
a cultura de consumo em que vivemos por
uma cultura ambiental, com outros valores,
hábitos e expetativas de vida. s
6 saber Outubro 2021
turismo
Festa da Flor 2021
de 01 a 24 de outubro
Oprograma da Festa da Flor, que se
mudou da primavera para o outono
– estava previsto a realização
em maio - devido à pandemia,
prolonga-se por quase todo o mês de Outubro,
de 01 a 24. O palco central das iniciativas
é o Funchal, com o cortejo alegórico - 03
de outubro na Avenida do Mar com o desfile
de 12 grupos e 1200 pessoas, o Muro da
Esperança na Praça do Município no sábado
dia 02, os tapetes florais na Avenida Arriaga,
exposições na Praça do Povo e Praça da Restauração,
entre outras iniciativas. O tema
deste ano é “Madeira, Jardim da Esperança”
e, tal como em 2020, esta edição reúne dois
grandes eventos: a Festa da Flor e a Festa do
Vinho da Madeira. Os eventos estão sujeitos
às regras sanitárias decorrentes do contexto
de pandemia que estamos a atravessar, o
que implica a utilização da máscara de proteção
individual e o teste negativo à covid
para assistir ao desfile dos grupos. O secretário
regional do Turismo e Cultura, Eduardo
de Jesus, apresentou as iniciativas tendo referido
que a ocupação turística ronda neste
período os 62%. Esta edição está orçamentada
em 755 mil euros. Apresentaremos na
próxima edição imagens do evento. s
Dulcina Branco
SRTC e Cícero Castro - FESTA DA FLOR 2020
saber OUTUBRO 2021
7
MADEIRA AVES
JOSÉ FRADE
Fotógrafo autoditata
José Frade nasceu há 53 anos no
concelho de Cascais. Trabalha
no sector automóvel mas foi
a sua paixão pela fotografia,
principalmente a fotografia de
natureza, que o fez aprofundar
os seus conhecimentos sobre
as aves e consequentemente
aderir ao grupo "Aves de Portugal
Continental", grupo esse criado
pelo Armando Caldas, mas, como
membro desde o primeiro dia,
foi convidado pelo fundador, em
conjunto com ele, administrar
o referido grupo, vendo aí uma
oportunidade para partilhar os
seus conhecimentos e incentivar as
pessoas à protecção da natureza.
Dulcina Branco
José Frade,
administrador do grupo “Aves de Portugal Continental”,
que gentilmente nos cede as fotos que ilustram
esta rubrica
“Cante, voe, suba
- como um pássaro!”
As aves migratórias têm o seu dia
mundial a 8 de maio. O Dia Mundial
das Aves Migratórias 2021
tem como tema “Cante, voe, suba -
como um pássaro!” e resulta de uma parceria
entre dois tratados da ONU, a Convenção
sobre Espécies Migratórias e o Acordo sobre
Aves Aquáticas Migratórias Afro-Eurasianas,
em colaboração com a ONG Ambiente para
as Américas. A data é o único programa internacional
que celebra a migração de aves
ao longo de todas as principais rotas aéreas
do mundo. A iniciativa deste ano concentra-
-se nos fenómenos do “canto dos pássaros”
e “voo dos pássaros” como uma forma de
inspirar e conectar pessoas de todas as idades
num esforço comum para proteger estes
animais e os seus habitats. Fonte: news.
un.org s
8 saber outubro 2021
Narceja-comum
(Gallinago gallinago)
Uma ave da família Scolopacidae.
Nidifica no Norte da Europa,
inverna sobretudo no Sul.
Invernante pouco numeroso na Madeira
Perna-vermelha-comum
(Tringa totanus)
Ave da família Scolopacidae.
Nidifica no Norte da Europa e Ásia,
inverna no Sul da Europa e Africa.
Migrador de passagem na Madeira
saber outubro 2021
9
em análise...
Francisco Gomes
Analista político
Os porquês do
Afeganistão
No Afeganistão vimos o
Ocidente exibir a derrocada
do seu sistema moral e a
delinquência moral das
suas chefias. Americanos
e europeus, passivos e
ignorantes do que é o Islão,
permitiram que fossem os
maiores vermes de entre o
vasto povo muçulmano a
definir os termos e a transmitir
uma noção deturpada daquela
religião aos canais de opinião
pública de todo o mundo.
Carolina rodrigues
Aqueda do Afeganistão não é um
acontecimento indecifrável, mas
o resultado de decisões da parte
de americanos e europeus
que tornaram o desfecho final inevitável.
Para perceber o que se está a passar no
terreno, temos de considerar aqueles que
foram os cinco problemas chave da campanha
ocidental naquela zona do mundo.
O primeiro problema foi o facto de que o
Ocidente nunca entendeu a realidade política
do Afeganistão e foi para aquele país
assumindo que o conseguiria perceber
através de relatórios de presumidos peritos.
Se o tivesse feito, tinha entendido que
não havia estado no Afeganistão, e, logo,
para ocupá-lo, teria de criá-lo e de assegurar
que a liderança lá colocada teria a
força para argumentar perante o povo
que a presença de exércitos americanos
e europeus era necessária para garantir a
paz e o desenvolvimento. O segundo problema
foi o facto de que o Ocidente nunca
entendeu as complexidades da conjuntura
global em que estava a operar. Essa lacuna
foi notória quando assumiu, erradamente,
que a China iria apoiar a sua presença
no Afeganistão por medo do terrorismo,
o que não aconteceu, e quando pensou,
também erradamente, que o Paquistão,
o país que apadrinhou a criação dos talibãs,
algum dia iria aceitar que o território
vizinho fosse transformado numa base
para combater os próprios talibãs. O ter-
10 saber outubro 2021
Asia ON
ceiro problema foi a displicência da União
Europeia. Aliás, as observações de que os
líderes europeus eram a voz da sensatez
na aliança ocidental são total fantasia. Na
verdade, nem uma única vez ao longo de
vinte anos de guerra, se viu qualquer país
europeu criticar abertamente a estratégia
americana no Afeganistão. O quarto problema
foi o facto de o Ocidente nunca ter
assumido que mudar a história num país
como o Afeganistão, que tombou o império
inglês e expulsou os soviéticos, exigia
um compromisso militar e financeiro incompatível
com a pressão dos ciclos eleitorais
a que as lideranças ocidentais estão
sujeitas e com o ‘politicamente correcto’
que está instalado na Europa e nos Estados
Unidos. O quinto problema foi o facto
de o Ocidente ter aceitado negociar com
os talibãs, acreditando nas suas promessas
e se submetendo aos termos impostos
para a retirada dos militares. Ao agir assim,
a diplomacia ocidental cavou a sepultura
das autoridades afegãs e mostrou ao
mundo que os inimigos da liberdade, podem
impor a sua ideologia de ódio a toda
a comunidade internacional. Em suma,
no Afeganistão vimos o Ocidente exibir a
derrocada do seu sistema moral e a delinquência
moral das suas chefias. Americanos
e europeus, passivos e ignorantes do
que é o Islão, permitiram que fossem os
maiores vermes de entre o vasto povo muçulmano
a definir os termos e a transmitir
uma noção deturpada daquela religião aos
canais de opinião pública de todo o mundo.
O desfecho dificilmente poderia ser
outro. s
saber outubro 2021
11
madeira
Raquel Lombardi
Coordenadora Erasmus+
I Conferência
Internacional de
Saúde e Inclusão
em Tempos de
Pandemia ACSS
Raquel Lombardi –
Conclusões Finais
Parte 4
(cont.)
Como o COVID-19 é uma doença comunicável,
as práticas de saúde
pública constituem o principal mecanismo
preventivo como proteção
primária além do tratamento e a comunicação
de risco é essencial para a conscientização
pública, medidas preventivas e conter o
surto durante a pandemia. Num aspeto mais
amplo, comunicação de crise e risco, corresponde
a um quadro maior que consiste na
comunicação de crise urgente, capacitando
a decisão - fazer o processo, e construir uma
rede de comunicação entre os especialistas
e o comum. A mídia desempenha um papel
importante na transmissão de informações
entre os especialistas em comunicação de
risco, administradores e o comum dos cidadãos.
Mas, a pandemia é um período dinâmico
e são possíveis mudanças na perceção humana,
nos diferentes níveis de sensibilidade
e comportamentos. A incerteza está presente
neste curso e no superar dessa incerteza,
pode ser essencial a comunicação correta
de risco com a colaboração da mídia (Hulya
Syrin), mas também, o seu nível de alfabetização
sanitária. A literacia de saúde limitada
e inadequada na sociedade é, também ela,
uma epidemia silenciosa. A perceção, aceitação
e implementação das intervenções da
sociedade estão intimamente relacionadas
com o nível de alfabetização sanitária dos indivíduos.
A literacia de saúde é, desta forma,
uma grande e importante questão de saúde
pública, mas, que ainda é globalmente subestimada,
pelo que não deve ser ignorada
na emergência de problemas de saúde,
surtos e na criação dos comportamentos de
saúde corretos, que são muito importantes
no caso de epidemias, e na formação de reações
comunitárias. A alfabetização sanitária
é um fator social determinante de saúde, e,
embora os baixos níveis de literacia estejam
associados à falta de educação, pobreza, desemprego
e baixo estatuto socioeconómico,
pessoas com educação superior e os níveis
de rendimento mais altos podem também
mostrar baixos níveis de literacia de saúde
quando confrontados com um novo problema
(Secil Ozcan). E na realidade, a pandemia
COVID-19 afectou todas as áreas da medicina,
com impacto na saúde e qualidade de
vida dos doentes. A área da Medicina Física
e de Reabilitação (MFR), com a atividade
assistencial presencial restrita aos doentes
agudos em regime de ambulatório ou sua
substituição por teleconsulta e telerreabilitação,
foi uma das áreas cuja notoriedade da
sua importância na recuperação dos indivíduos
afectados pela condição e na melhoria
da sua qualidade de vida mais se realçou na
comunicação social apesar da dificuldade
de resposta pelas limitações condicionadas
pela pandemia/saúde pública. Para além
do mencionado acima, a Medicina Física e
Reabilitação, nas suas várias valências (essencialmente
Fisioterapia; Terapia da Fala
e Terapia Ocupacional) teve um papel fundamental
na recuperação dos doentes com
sequelas de COVID 19, que apresentam alterações
respiratórias, neuro cognitivas, motoras,
deglutição e descondicionamento, entre
outras (Joana Macedo). Em oncologia não
podemos fazer um registo muito melhor. Em
tempos de pandemia covid-19, as recomendações
aconselhadas para prevenção primária
(assim como secundária) foram adiadas
ou esquecidas e, consequentemente, um
tratamento pior e menor expectativa de vida
estão no horizonte (Fernando Fernandes).
(continua no próximo número). s
12 saber outubro 2021
Cantinho da poesia
Rosa Mendonça
Escritora
facebook.com/rosa.6823mendonca/
[rosa mendonça autora]
CASTANHAS,
AS PÉROLAS
DO OUTONO
De copa regular, direita, elipsoidal e muito frondosa
O castanheiro brinda-nos com um espetáculo divinal:
No interior das cúpulas espinhosas, guarda e protege um bem precioso,
As tão esperadas castanhas, as pérolas que o sol amadureceu!
Percorrendo o souto, sinto-me uma anã no meio de gigantes catedrais.
Espantada! Miro a beleza dos castanheiros carregados de ouriços
Bem formosos, grandes e com picos pontiagudos.
É no Curral das Freiras que abunda a maior parte dos castanheiros.
Somos 5 aventureiros, os primeiros inscritos numa experiência
Que já conta com 35 mil visitantes, dizem os produtores de castanha.
Preparámos na véspera a máquina fotográfica
Para registar cada pormenor, cada momento catita.
Nesta altura do ano a melancolia dos dias, tira-nos do sério
Perante dias mais escuros e anoitecer mais cedo,
Pouco há a fazer após a jornada laboral, exceto as rotinas corriqueiras
Recolhemos cedo ao lar e, porque o sono é traiçoeiro, abatemos facilmente,
sentimos o corpo mole e sem vontade para nada.
Os raios de sol esmorecem e as pestanas tornam-se mais pesadas
É o outono a convidar ao recolhimento, à reflexão, ao aconchego.
Desocupados e tomados pelo abrandamento do ritmo de vida
Seguimos em velocidade de molengão, arrastados feitos tartarugas.
As árvores mudam de figurino, a maior parte despida e nua.
Os terrenos húmidos são agora um manto gigante de folhas amarelas
Que foram caindo e apodrecerão com as chuvas grossas de outono.
Ricas em nutrientes, servem de adubo para a próxima primavera
A Castanha do Curral tem um sabor único, embora pequena, é a melhor.
Pelas nossas cidades, as bancadas enchem-se de castanhas e o selo Madeira
garante a sua qualidade ímpar.
O homem das castanhas, sinalizado ao longe pelo fumo e cheiro, apregoa:
“Há quentes e boas!” Como resistir ao seu chamamento?
Em casa, os pais ajudam os filhos a arrumar o saco do pão-por-Deus,
Vão derretidos e vaidosos para a escola, alegres agitam os sacos,
Símbolo de partilha com quem mais precisa.
Há festa rija no Curral das Freiras, a festa da castanha e os seus derivados
Chegam excursões a abarrotar de visitantes, todos com um único destino:
O certame onde a castanha é rainha e apresenta uma vasta gama de produtos
a provar: sopas, licores, doces, bolos, farinha...
Quem prova nunca mais esquece e implora por mais!
Depois do pandulho farto, é o momento perfeito para se juntar um acordeão,
castanholas, e a voz pronta para o despique.
A língua afiada e de resposta certeira anima conterrâneos e forasteiros,
Pois a alma de um povo reflete-se nas suas tradições.
s
D.R.
saber outubro 2021
13
CAPRICHOS DE GOES
Diogo goes
Professor do Ensino Superior e Curador
As práticas
de Compliance
como instrumento
de
regulação e
mediação de
conflitos no
sistema da
arte e na gestão
dos museus
– parte 2
(Artigo adaptado a partir do publicado no
Jornal da Comunidade Científica de Língua
Portuguesa - A Pátria, 26 de julho de 2021)
Apesar dos museus funcionarem de
acordo com a legislação, no quadro
jurídico aplicável (ICOM, 2017),
pode-se considerar que, o seu posicionamento
institucional tem vindo a sofrer
alterações, mudando em função das
estratégias definidas pelas tutelas ou indo
ao encontro dos financiadores privados.
Este sistema de relações é demonstrativo
dos conflitos de interesse existentes (ICOM,
2017) entre os financiadores privados, os
decisores públicos, os programadores culturais
e a falta de transparência destes,
nos processos de decisão (Pontes, 2019).
Mecenas, patrocinadores, colecionadores e
doadores assumem um papel ativo, preponderante
no financiamento direto ou indireto
dos museus, podendo no entanto, distorcer
a missão pretendida para um museu contemporâneo.
Uma vez que a instituição museológica
infere sobre a legitimação, a definição
de valor, a cotação das obras expostas
(mas também daquelas em acervo ou depósito)
e sobre a transação comercial das mesmas
no mercado da arte, notamos, a título
de exemplo, que a doação de uma obra de
arte ou o patrocínio específico para exposição
de uma obra de um determinado artista
num museu, poderá constituir fator de valorização
das obras do artista no mercado da
arte e a assunção de uma garantia de valor
em bem móvel para o colecionador/financiador.
Atendendo às distintas especificidades
dos setores culturais, conclui-se que, além
da melhoria da legislação, torna-se necessária
a implementação do compliance no contexto
do setor museológico e no mercado
da arte internacional. O compliance para a
Cultura poderá ser realizado através do desenvolvimento
de programas de conformidade
e na expressão normativa em códigos
de ética ou conduta (Pontes, 2019), estreitando
para isso, parcerias com instituições
internacionais para uma uniformização das
práticas a adotar e definição de mecanismos
de avaliação e controle. A regulação do
14 saber outubro 2021
conflitos de interesse nos financiamentos
às instituições culturais e o combate à corrupção
nomeadamente, no sistema da arte,
em concordância com Campanella (2021),
passará pela criação de “instrumentos de
prevenção, deteção, repressão e sancionamento,
os quais em conjunto irão promover
uma consciência cívica” (Campanella, 2021).
Segundo Campanella (2021), as prioridades
definidas na Estratégia Nacional Anticorrupção
2020-2024 passam pela “melhoria do
conhecimento e das práticas institucionais
em matéria de transparência e integridade”,
nomeadamente através de campanhas de
sensibilização e formação para a cidadania,
que além da transparência e do livre acesso
à informação - com a devida proteção
dos dados, no termos da legislação aplicável
- poderão “prevenir e detetar os riscos
de corrupção na ação pública”, propondo-se
para isso programas de “public compliance”
(Campanella 2021). A falta de dotação
de recursos humanos e financeiros, (Cândido,
2014; Goes, 2020) poderá inviabilizar a
prossecução das boas práticas pretendidas
ou limitar a capacidade de mensuração dos
impactos na comunicação organizacional no
interior da instituição e na comunidade (Morás,
2017), na verificabilidade da adoção de
boas práticas, de certificação de qualidade
(Matos, 2007) nos procedimentos e na implementação
de códigos de ética e conduta
(AAM, 2011; ICOM, 2017; IdBrasil, 2019;
Instituto Odeon, 2015; Morás, 2017; Pontes,
2019), entre outras matérias. A necessidade
de uniformização de normas e procedimentos
na gestão museológica, a par das atuais
diferenças de estatutos e personalidades
jurídicas (fundações, institutos, associações,
museus de direito público e privados) na dependência
de diferentes organismos ou tutelas
(municipais, regionais e nacionais, etc.)
são outras das dificuldades encontradas,
para a implementação de um sistema uno,
na identificação, prevenção e correção das
não-conformidades ou ilícitos, na regulação,
na avaliação das práticas e na certificação
da qualidade. A avaliação de desempenho
no cumprimento de metas, missão e objetivos,
o acompanhamento das disposições
legais e da proteção de dados e a instituição
de manuais de boas práticas deverão ser
algumas das medidas a discutir e a adotar
pelas instituições culturais, quer públicas,
quer privadas. A criação de códigos de ética
e conduta e de gabinetes que assegurem o
acompanhamento, a análise, a avaliação do
desempenho da organização e dos seus colaboradores,
a verificação do bom cumprimento
da missão, das metas estabelecidas
e dos objetivos estratégicos, podem permitir
ao gestor cultural tomar uma decisão informada
sobre qual a visão para futuro da
instituição. E se necessário, adequar a programação,
o plano museológico, a comunicação,
os recursos humanos e financeiros
ou os instrumentos de gestão às novas necessidades
identificadas (Cândido, 2014). A
mensuração dos indicadores de desempenho,
poderá permitir a extração de conclusões
sobre como a instituição museológica
deverá prosseguir ou quais os impactos que
colhe na comunidade onde se insere, contribuindo
para a política de transparência e
para a defesa do interesse público. s
Referências bibliográficas:
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National Standards and Best Practices for U.S. Museums.
Washington: AAM.
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IDBrasil. Disponível em:
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CO%CC%81DIGO-DE-CONDUTA-IDBR-2019-DEZ-
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Belo Horizonte: Instituto Odeon. Disponível
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(Mestrado em Direito) - Centro de Ciências Jurídicas,
Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.
saber outubro 2021
15
CULTURA
Duarte
Afonso
A Humanidade está
a ficar cada vez
mais ameaçada e
rodeada de perigos
monstruosos que
aparecem do nada
Apresenta-se como escritor e
os livros que já deu à estampa
refletem sobre «acontecimentos
relevantes que se passam no país
e no mundo», conforme conta
nesta entrevista a que respondeu
por escrito. Este antigo oficial
de diligências que, em 1965,
chegou à Madeira para trabalhar
no Tribunal Judicial da Comarca
do Funchal tem nos livros e
nos temas religiosos espaços
prediletos de reflexão e que gosta
de partilhar com quem o ouve ou
lê. A defesa da língua de Camões
é uma das ‘bandeiras’ de que não
abdica.
Dulcina branco
D.R.
Quem é o Duarte Afonso?
- Nasci em Freixial do Campo em 26 de
Dezembro de 1940, concelho de Castelo
Branco. Grande parte da minha infância foi
passada no campo, em casa da minha avó
paterna, muitas vezes à frente de juntas de
vacas quando eram lavrados os terrenos.
Depois de tirar a quarta classe, fui estudar
para Castelo Branco. Já com os estudos secundários,
fui estagiar para o Tribunal Judicial
da Comarca daquela cidade, onde fui colocado
depois do estágio. Em Março de 1965,
concorri para o Tribunal Judicial da Comarca
do Funchal, para o lugar de oficial de diligências,
onde fui colocado em Maio do mesmo
ano. Já nesta cidade, continuei a estudar e
matriculei-me na Academia de Música e Belas
Artes, no sector de línguas, onde tirei o
curso da língua Francesa. Estudei história,
geografia, literatura e a língua francesa. As
letras eram a minha área preferida.
É nesse tempo que nasce também o seu
interesse pela religião? Como é a sua relação
com mundo religioso?
- Nasci num berço cristão. Além disso, em
1629, a minha aldeia contribuía anualmente
para o convento Franciscano de São Vicente
da Beira, com alqueires de centeio. Cada
morador, um alqueire de centeio sendo casado,
as viúvas ou solteiras meio alqueire e
o concelho (Junta de freguesia) do dito lugar
sessenta reis. Os rapazes não pagavam por
prestarem serviço militar. Esse facto também
contribuiu muito para o fortalecimento
da minha religião. Tenho-me esforçado para
seguir a doutrina de Cristo. Nem sempre tenho
conseguido mas nunca deixei de tentar.
Os ensinamentos de Jesus Cristo são o meu
caminho e a minha bússola. Todos os anos
vou à minha aldeia fazer a Procissão dos
Passos (excepto nos últimos anos devido ao
coronavírus).
A atividade literária manifesta-se na sua
vida também com a escrita de livros. Fale-
-nos disto.
- Sim. A minha paixão pela actividade literária
nasceu por ter alguns conhecimentos de literatura
e pelas muitas histórias verídicas que
ia conhecendo nos tribunais. Estes foram as
minhas grandes universidades. Lancei Caminhos
Difíceis, Vidas de Sofrimento, Morte
Premeditada, Abandonada por Amor, Mentiras
e Invenções do Código da Vinci e Freixial
do Campo a sua História, Usos e Costumes.
Escrevi artigos relacionados com a natureza
e contra o acordo ortográfico.
O que tem o Novo Acordo Ortográfico que
não lhe agrada?
- Escrevo na ortografia anterior ao acordo,
na verdadeira língua de Camões. A nova ortografia
é baseada no acordo ortográfico o
qual é uma mentira e um atentado contra a
nossa língua. A finalidade do acordo era para
unificar a ortografia e afinal não unificou
nada. Foi introduzida a dupla grafia. A consagração
da dupla grafia reflecte a impossibilidade
efectiva e incontornável de unificação.
O governo e a Assembleia da República com
16 saber outubro 2021
o seu silêncio, com o seu comportamento, ao
deixarem que o acordo ortográfico vá mutilando
e destruindo à vontade a nossa língua,
e nada fazem para o parar ou atirar para o
caixote do lixo - que é o lugar certo onde
deve estar, também são responsáveis pelos
erros e disparates que o mesmo trouxe à
nossa ortografia. E, em vez de expectadores
de todo o mal que está acontecer à nossa
língua, agonizar num pântano de areias movediças
para onde a atiraram, também se
tornaram espetadores a espetar-lhe setas
no coração e a cravar pregos no ataúde que
a há-de levar ao cemitério.
Que ideias ou reflexões procura transmitir
nos seus escritos?
- Procuro transmitir a umas pessoas o bálsamo
das minhas palavras e lembrar a outras
a reflexão dos seus actos. Procuro levar aos
meus leitores acontecimentos relevantes
que se passam no país e no mundo. O meu
livro Vidas de Sofrimento está na Scribd, a
maior biblioteca digital do mundo e que em
pouco mais de três meses teve 976 visualizações.
Está com um novo livro. Fale-nos disto.
- A minha aldeia tem uma história muito rica
e não queria que fosse atirada para a gaveta
do silêncio nem desaparecesse na bruma do
tempo. Mas, o que me levou apressar o livro
foi o facto de os Governantes e a Assembleia
da República a terem brindado com o ferrete
da injustiça e da discriminação. Tiraram-lhe a
palavra “Campo” e destruíram a sua identidade.
Ficou apenas com “União das Freguesias
de Freixial e Juncal do Campo” quando devia
ser “União das Freguesias de Freixial do
Campo e Juncal do Campo”. Na mesma Lei
22/2012 de 30 de Maio artigo 9, onde consta
a agregação de freguesias também está
escrito que os “interessados nascidos antes
da agregação de freguesias podem solicitar
a manutenção no registo civil da denominação
da freguesia agregada onde nasceram”.
Isto é outro disparate, como o de tirarem a
palavra “Campo” à minha freguesia. No livro
falo ainda do Milagre de Fátima, presenciado
pelo Professor Lalanda na Cova da Iria para
onde foi de bicicleta no dia 13 de Outubro
de 1917. O milagre foi visto por ele junto aos
pastorinhos. Esse facto contribuiu imenso
para o fortalecimento do seu testemunho,
porque teve o privilégio de ouvir o que os
pastorinhos diziam e o que a Senhora de
Fátima transmitiu à pastorinha mais velha.
Por sua vez, a própria pastorinha transmitiu
às pessoas o que Nossa Senhora lhe dissera.
Segundo o documento que o professor
A minha aldeia tem
uma história muito
rica e não queria que
fosse atirada para
a gaveta do silêncio
nem desaparecesse na
bruma do tempo
Lalanda nos deixou, o Sol chegou a estar a
uns 500 ou 600 metros de distância. (Junto
ao livro está uma fotocopia do documento).
Num mundo cada vez mais tecnológico,
faz sentido a religião?
- Para mim a religião faz sempre sentido,
desde que esteja ao serviço da paz, da justiça,
da Humanidade e seja solidária com os
pobres, os marginalizados e os filhos da pouca
sorte. Se assim não for, não faz qualquer
sentido porque não contribui para um mundo
melhor.
Os livros, a literatura... Que lugar ocupam
têm estes no mundo atual?
- Acho que, a nossa literatura vai-se definhando
porque esse monstro a que chamam
acordo ortográfico vai mutilando a ortografia,
tirando a etimologia a muitas palavras e
quando assim acontece, a literatura também
sofre, tornando-se mais fraca e mais pobre.
Por isso, o seu papel também se torna mais
frágil. Os “fatos e contatos” do Diário da República,
e os “interessados nascidos “da Assembleia
da República”, (Lei 22/2012 de 30
da Maio artº 9) são um bom exemplo como a
literatura é tratada ao mais alto nível.
As redes sociais contribuem para a degradação
da escrita?
- Embora sejam um meio de comunicação
útil e poderoso, também prejudicam a forma
de escrever, devido à forma anárquica como
a nossa língua ali é tratada por imensas pessoas.
O acordo ortográfico com a dupla grafia,
com o hífen e a consagração pelo uso,
deu azo a que se abrisse a caixa de pandora
de onde saíram todos os males contra a
nossa língua que a estão a mutilar e a transformar
a nossa ortografia numa autêntica
trapalhada e a prejudicar quem tenta escrever
bem. Os grandes culpados de todos os
erros e disparates que o acordo ortográfico
trouxe à nossa língua é o actual governo e os
anteriores, que se têm remetido ao silêncio
e nada fizeram nem fazem para acabar com
esta situação. A língua portuguesa faz parte
da identidade de Portugal. É o elo de ligação
entre imensos povos por esse mundo fora,
por isso, deve ser respeitada, amada e protegida.
Infelizmente isso não tem acontecido.
O acordo ortográfico é um bom exemplo
dessa realidade.
O que é que o preocupa quando olha para
o mundo na atualidade e qual é o papel da
religião neste mundo?
- Para já, olho para a pandemia com muita
apreensão, porque é o espelho da incapacidade
humana para travar estes perigos sem
fazerem estragos. Mesmo que esta pandemia
seja dominada depois dos muitos milhões
de vidas que já ceifou - e irá ceifar por
esse mundo fora, nada nos garante que não
virá outra com a mesma ferocidade ou ainda
pior contra a Humanidade. Na Igreja Católica
nem tudo são rosas, também há muitos espinhos
e seria bom que o Vaticano fosse capaz
de arrancar esses espinhos, para não prejudicarem
a própria Igreja nem a doutrina de
Jesus Cristo. O caminho do Papa Francisco
tem sido muito difícil de percorrer. Mesmo
assim lá vai ultrapassando obstáculos e vencendo
barreiras. E muito tem feito em defesa
da Igreja, da paz, dos fracos e oprimidos, da
justiça e da Humanidade. E depois temos a
Fé. A fé é um sentimento de quem acredita
em determinadas coisas. Quanto mais conhecimentos
adquirimos mais a fé se fortifica.
A arqueologia é também uma grande
aliada da fé porque nos mostra provas de
acontecimentos de há milhares de anos.
Jerusalém, Jericó, Magdala, Cafarnaum, Nazaré,
Belém, Armaguedon e outras cidades
estão cheias de testemunhos oferecidos
pela arqueologia, que nos mostra coisas extraordinárias
passadas naqueles lugares há
milhares de anos, dos quais a Bíblia nos fala.
De resto, olho para tudo isto com algum pessimismo
porque a Humanidade está a ficar
cada vez mais ameaçada e rodeada de perigos
monstruosos que aparecem do nada,
como foi o caso do (coronavírus) e as defesas
para enfrentar esses perigos são muito
frágeis. s
Procuro levar
aos meus leitores
acontecimentos
relevantes que se
passam no país e no
mundo
saber outubro 2021
17
desporto
Avelino Silva
Presidente Associação de Natação da Madeira
A Madeira recebeu este verão, no complexo de piscinas olímpicas
do Funchal, o Campeonato Europeu de Natação Adaptada em que
participaram um milhar de participantes de 48 países. Na organização
e logística deste importante evento internacional pesou a experiência
da Associação de Natação da Madeira e do seu responsável, Avelino
Silva, que nesta entrevista conta como foi organizar este campeonato
europeu e faz o retrato da modalidade na região. Nascido há 46 anos
em Câmara de Lobos, Avelino Silva é licenciado em Educação Física e
Desporto, tem uma pós graduação em Gestão pelo ISAL e mestrado
em Ensino de Educação Física; é ainda aluno de doutoramento em
Ciências do Desporto na Universidade da Beira Interior e professor
(Assistente Convidado) na Universidade da Madeira. Este quadro da
Direção Regional de Educação, no projeto do Desporto Escolar, assume
desde 2012 a presidência da Associação de Natação da Madeira.
Há um trabalho imenso
pela frente para que
tenhamos mais atletas
de competição na natação
adaptada
Quais são os principais desafios de presidir
à Associação de Natação da Madeira?
- Enquanto ilhéus rodeados por mar, penso
que, a função primeira da Associação de
Natação da Madeira é de contribuir para
que todos os nossos jovens tenham acesso
ao ensino da natação e adaptação ao meio
aquático. Por outro lado, o estado delega nas
associações desportivas a incombência de
desenvolver programas de atividade física e
bem estar, com o objetivo de contribuir para
desenvolvimento cívico, comportamental,
corporal e intelectual, através de uma prática
regular assente em quadros competitivos.
Em suma, é o garantir que a modalidade
(natação) possa contribuir para os desideratos
atrás mencionados, mantendo sempre
uma gestão financeira rigorosa, porquanto a
maioria dos apoios são públicos.
Com foi trazer e organizar no Funchal um
grande evento como o Campeonato Europeu
de Natação Adaptada?
- O 'World Para Swimming European Open
Championships' foi um evento internacional
que teve cerca de mil participantes entre
atletas, treinadores, fisioterapeutas, dirigentes,
de 48 países. Teve como objetivo
proporcionar as melhores condições desportivas
(neste contexto de pandemia) aos
atletas que viam nesta prova a última oportunidade
para garantir o acesso aos Jogos
Paralímpicos Tóquio 2020, jogos estes que
decorreram em agosto. Devido a dimensão
do evento, o caderno de encargos e exigências
foram muitas grandes e muitas delas
específicas, atendendo ao público alvo, ou
seja, atletas com deficiências diversas. Logo,
houve um conjunto de medidas e adaptações
que tivemos que ter em conta, quer no
Complexo de Piscinas Olímpicas do Funchal,
quer no Casino Park Hotel, no entanto, a experiência
adquirida desde 2015, na organização
de eventos nacionais e internacionais,
destacando-se a realização do Campeonato
Europeu de Natação Adaptada em 2016,
deu-nos alguma bagagem e garantia de realizar
estes eventos nas melhores condições
para os atletas. Os apoios das instituições
públicas locais e regionais foram determinantes
para o sucesso do evento, bem como
a envolvência da comunidade local, onde
destacamos a participação de 250 voluntários
e professores que acompanharam os
seus alunos. Não foi indiferente aos organismos
nacionais e internacionais as condições
de excelência que a região ofereceu às comitivas,
destacando-se a segurança, a rede
viária, o clima, a qualidade dos hotéis, a hospitalidade
dos madeirenses, a boa comida.
Como foram as participações portuguesas
e madeirenses neste campeonato?
- Esta competição era direcionada a seleções
nacionais, onde Portugal participou com 8
atletas. A Região Autónoma da Madeira não
teve, desta vez, qualquer atleta selecionado
pela nossa Seleção. Em 2016, a Madeira esteve
representada pelo Emanuel Gonçalves,
que na altura representava o Clube Naval do
Funchal. A nível desportivo, o Complexo de
Piscinas Olímpicas do Funchal por se uma infra-estrutura
recente (inaugurada em 2015)
potenciou resultados de excelência, verificando-se
nesta competição alguns recordes
nacionais para os atletas portugueses, bem
como vários recordes europeus e mundiais.
Como é que estamos na região em termos
da natação adaptada?
- Temos alguns atletas na modalidade, nomeadamente
no Clube Escola OLiceu e ainda
o Iate Clube de Santa Cruz. Na verdade,
há um trabalho imenso pela frente para que
tenhamos mais atletas de competição na
natação adaptada. Temos algumas lacunas
18 saber outubro 2021
em termos de quadros técnicos com experiência
e motivação para desenvolver esse
trabalho - que deveria ser de todos, numa
responsabilização cívica de todos. Esse trabalho,
acaba por ser muito desenvolvido
pela projetos CAOs. A Madeira, fruto da sua
política desportiva e aposta nas infraestruturas
desportivas, terá certamente a melhor
relação de piscinas por metro quadrado. A
esse nível estamos muito bem servidos e
apetrechados. Da análise e experiência adquirida,
penso que falta ainda dar condições
para existir mais técnicos de natação com
formação especifica para o desenvolvimento
desta modalidade, bem como existir uma
maior aposta dos clubes para esta modalidade.
Temos uma cultura muito na base da
natação pura e, mais recentemente, para
a modalidade de águas abertas, mas falta,
de facto, dar esse passo na modalidade de
natação adaptada. Acreditamos que, estes
eventos possam criar algumas condições
para que, quer os treinadores, quer os clubes,
possam acarinhar e apostar mais neste
tipo de atletas.
A sociedade ainda olha para os atletas
com deficiência como 'coitadinhos'?
- Treinar atletas com deficiências motoras e
intelectuais não é uma tarefa muito fácil. Exige
um saber técnico muito grande e acompanhamento
constante. Nalguns casos, a
relação é de um treinador para um atleta, o
que dificulta muitas vezes a gestão de espaços
e de recursos humanos. É um trabalho
de enorme responsabilidade de todos os
intervenientes do desporto e dos decisores
nas várias dimensões e que todos devemos
acarinhar e contribuir também para o desenvolvimento
humano e bem estar desta
população alvo.
Um atleta de natação adaptada tem que
se esforçar e treinar mais do que outro
atleta?
- Nalguns casos sim, devido às especificidades
das lesões e necessidades coordenativas.
s
DULcina branco
D.R. e pedro vasconcelos
saber outubro 2021
19
comportamento
Sónia ferreira
info@arquiteturadoser.pt
Sónia Ferreira
Psicóloga Clínica e 'Coach'
É difícil
decidir!
Sbe aqueles dias em que está de comando
na mão a tentar escolher que
canal vai ver, mas não se consegue
decidir? Ou aqueles momentos em
que olha para o menu de um restaurante e
quando o empregado chega ainda não conseguiu
decidir o que lhe apetece comer? Ou
quando percorre o corredor dos champôs no
supermercado, pegando nas embalagens,
lendo o bem que vão fazer ao seu cabelo,
mas o tempo vai passando e o carrinho de
compras continua vazio? Parece-vos familiar,
certo?. O que acontece é que escolher é difícil.
As razões são várias, mas há uma que se
destaca e sobre a qual gostaria de vos falar.
Por muito que a liberdade de escolha seja
positiva, a pesquisa tem mostrado que não
estamos preparados para lidar com a abundância
de decisões. Na verdade, não lidamos
bem, nem com muitas nem com poucas opções
e acabamos por paralisar sem chegar
a uma decisão. Em 2004, o psicólogo Barry
Schwartz batizou este efeito com o nome de
“paradoxo da escolha”, mas existem outros
nomes e há um que gosto particularmente
– FOBO. Esta é a sigla inglesa para Fear Of
Better Options, ou em português, o medo de
opções melhores. E gosto do termo porque
vai mesmo ao ponto que mais nos incapacita
de tomar decisões: achar que pode haver
algo melhor do que aquilo que estamos a escolher
e, por isso, queremos encontrar essa
opção. Esse medo de deixar para trás algo
que poderia ser melhor pode ser angustiante,
contribuindo para que adiemos decisões
importantes. Claro que há pessoas mais
permeáveis a este medo do que outras. Há
pessoas que sentem um enorme arrependimento
e emoções negativas advindas da
comparação entre o que escolheram e o que
podiam ter escolhido. E isso pode acontecer
em qualquer esfera da nossa vida, desde cobiçar
o vestido de uma amiga, olhar de soslaio
para prato de outra pessoa no restaurante
ou outros campos impactantes da vida
pessoal, familiar e profissional. Para superar
este medo e angústia é importante perceber
que o resultado não depende apenas de nós.
Se marcou um fim de semana fora e o tempo
esteve péssimo, se o filme que escolheu não
foi tão giro como seria de esperar ou se o
caminho que escolheu para casa estava em
obras, há que perceber que o resultado final
das nossas decisões é afetado por vários
fatores que não controlamos. Por isso, há
que experimentar para saber como correu.
O que nos leva a outro pensamento que devemos
ter em conta e que é o medo de escolher
mal e não poder voltar atrás. Porque
isso pode acontecer! Escolher mal uma casa,
um emprego, uma relação ou um bife não
tem a mesma importância. Há cenários que
são mesmo muito pouco apetecíveis, mas
então qual é a opção? Da mesma forma que
podemos mandar o bife para trás ou não o
comer, podemos fazer algo similar com o
resto. Às vezes damos uma carga intensa, final
e irreversível às decisões, mas tem se ser
assim. Para cada escolha feita, haverá oportunidade
para tomar novas decisões depois
desta terminar. Citando uma frase da Casa
de Papel: “Algo pode acabar hoje. Mas será
o primeiro dia da tua próxima vida.”. Claro
que toma uma decisão acertada é mais confortável,
mas como é que sabemos que é
certa? Uma das formas de o fazer é avaliar a
importância da decisão e o impacto que ela
tem para a sua vida. Haverá decisões que requerem
mais estudo, mas será que daqui a
cinco anos aquela lasanha que ficou por comer
vai ter importância na sua vida ou nessa
altura estará mais preocupado com a escolha
do próximo destino de férias?. O importante
é escolher, aproveitar ao máximo cada
decisão, aprender com cada uma, focar no
presente e confiar no seu instinto. Quanto
mais nos conhecemos e sabemos o que nos
faz felizes, melhores são as nossas escolhas
e mais pequeno ficará o nosso FOBO. s
20 saber OUTUBRO 2021
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LIBERTE-SE DO
SEU VELHO EU,
DÊ AS BOAS
VINDAS AO
SEU NOVO EU
INTERNET
Uma vez ouvi dizer que “os nossos
guarda-roupas são retratos tridimensionais
da nossa vida interior”,
e não podia concordar mais com
esta afirmação. Muitas das minhas clientes
quando vêm até mim, têm um guarda-
-roupa que retrata que estão evitando uma
parte da sua vida - a parte dos seus sonhos
e desejos, da sua realização, da sua felicidade.
E vivem escondidas do mundo, através
de um guarda-roupa que as torna invisíveis,
revivendo constantemente as memórias
passadas em vez de olhar para o futuro,
para a mulher que desejam ser, aquela que
concretiza e não se vitimiza, aquela que é
decidida e corajosa, independentemente
de todos os seus medos. E você, também
tem um guarda-roupa que espelha que
está a esconder-se do mundo? Compare os
seus sentimentos às peças que tem no seu
guarda-roupa. E tire TUDO do seu armário
e empilhe na sua cama. UM NOVO ARMÁ-
RIO SIGNIFICA NOVOS COMEÇOS. Limpar o
armário não é simplesmente arrumar, é um
ato de libertação. Ao deixar as coisas ir, está
a aprender a deixar ir. Segure cada peça e
pergunte: “Isto representa a mulher que eu
quero tornar-me?”. Não é fácil. Ao longo do
processo, a sua mente dir-lhe-á: “Não posso
livrar-me disto. Foi um presente da minha
mãe “ ou “Paguei muito por este vestido. É
um desperdício doar, ou o maior deles: “Posso
arrepender-me”. Por mais que lhe custe,
agradeça a essas peças pelas experiências
que lhe proporcionou e liberte-as, porque
elas eram uma bela parte do seu passado,
mas não pertencem ao seu futuro. Apenas
os itens que a eleva são autorizados a
manter. Quando terminar a transformação
do seu guarda-roupa, sentirá uma nova liberdade
de espaço, novas escolhas, novos
começos. Agora, cada item no seu armário
é algo que escolheu deliberadamente para
estar lá. Se está sentindo que a sua vida é
um caos, que não tem espaço para respirar
ou está a evitar o desapego, vá para o seu
armário. Limpar o seu guarda-roupa é uma
organização, mas, mais importante, desenvolve
a coragem de abrir mão do que não
está mais lhe servindo e permite que decida
intencionalmente sobre a mulher que deseja
ser. s
saber OUtubRO 2021
21
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Como deixar a pele limpa e saudável
Chegamos ao Outono. É altura de
começar a cuidar do seu rosto através
de tratamentos específicos,
sejam eles para acne, manchas,
ou até mesmo para desidratação. Primeiramente,
é importante que seja feita uma
limpeza profunda da pele. Tem como objetivo
estimular a regeneração celular, manter
a pele bonita, hidratada e saudável, e
remover peles mortas e pontos negros
existentes. É um tratamento em que os
resultados são visíveis logo após a sessão,
pois a pele é limpa mais profundamente
através de esfoliação e extração de inestéticos
pontos negros. Após a realização da
limpeza profunda da pele, é importante
que haja uma rotina diária de cuidado de
rosto, sem esquecer o protetor solar, pois
é ele que vai prevenir o surgimento de futuros
problemas de pele. s
Vejamos quais são as étapas para atingir
uma pele limpa e purificada:
Higienização – limpa e desengordura a pele,
eliminando impurezas mais superficiais.
Esfoliação – pode ser química (através de
peeling químicos que atuam por si só) ou física
(com esfoliantes em creme, que atuam
através de estimulação com massagem)
Extração de comedons/milliuns – são os
pontos pretos e o pontos brancos. Geralmente,
é feita manualmente apenas com a
ajuda do vapor de ozono para que os poros
dilatem e, consequentemente, a sua extração
seja mais fácil e menos dolorosa.
Hidratação – feita através de séruns e cremes
calmantes para atenuar o rubor causado
pela extração. É também feita uma
massagem para potenciar o relaxamento e
promever uma melhor absorção dos cosméticos.
Máscara – é um passo importante, pois é
aqui que atuamos no problema mais evidente
que a pele possa demonstrar como acne,
manchas, rugas e rídulas, desidratação.
Proteção Solar – é o ponto chave da finalização
de uma limpeza de pele. Permite que
a pele se mantenha protegida contra factores
externos (sol, fumo, poeiras, etc.).
d.r.
22 saber outubro 2021
NUTRIÇÃO
Alison Karina
de Jesus
Alison Karina de Jesus
Nutricionista (2874N)
facebook.com/nutricionalmentebem
instagram.com/nutricionalmentebem
info@nutricionalmentebem.com
https://nutricionalmentebem.com/
Internet/ boaforma.com
Regresso às aulas
Com o regresso às aulas, muitas crianças
e adolescentes fazem a maioria
das refeições fora de casa. A questão
que reina é: quais são os cuidados
que devem ter, assim como os pais?. Com
alguma organização e planeamento, torna-
-se mais fácil garantir uma alimentação mais
saudável em casa bem como fora de casa.
Gosto de reforçar que não há alimentos
proibidos, há uns mais indicados que outros
que devem ser consumidos diariamente
(frutas, legumes, lacticínios, cereais, carne
ou peixe), enquanto há outros que devem
ficar apenas para dias especiais (bolachas,
biscoitos, bolos, fast food, fritos e snacks ricos
em gordura e açúcar). Os lanches a meio
da manhã e da tarde são complementos
essenciais para atingir as quantidades recomendadas
de todos os nutrientes. Estas
pequenas refeições ajudam a uma melhor
utilização dos nutrientes e da energia pelo
organismo evitando a falta de concentração
ou quebras no desempenho físico e intelectual.
Algumas das propostas práticas e
saudáveis para levar na mala: pacotes de
leite (não achocolatados ou achocolatados
com menor quantidade de açúcar), peças de
fruta, purés de fruta, pão com fiambre, de
preferência de aves que têm menor quantidade
de gordura ou queijo magro, pacotinhos
individualizados de bolacha maria ou
bolacha de água e sal e triângulos de queijo
ou queijinhos individualizados. Temos o pão
de preferência integral, de mistura ou centeio.
Bolachas, snacks muito calóricos como
barras de chocolate, refrigerantes ou bolos
entram muitas vezes na nossa alimentação
nestas refeições, sendo que estes alimentos
estão relacionados com o aumento do peso.
O pequeno-almoço é das refeições mais importantes
do dia porque nos quebra o jejum
noturno. Este é fundamental, pois proporciona
ao organismo a energia e os nutrientes
necessários ao começo de um novo dia.
E, idealmente, deve ser tomado na primeira
meia hora do nosso dia. Algumas pessoas
não têm apetite ou simplesmente não conseguem
comer logo após acordar. Nesses
casos não se deve forçar, sendo aconselhável
estimular gradualmente o apetite em
dias ou semanas consecutivas, começando
por alimentos leves, a gosto e em pequenas
quantidades, aumentando-as gradualmente
para assim estimular o nosso organismo a
ganhar novo hábito de iniciar o dia com o
pequeno almoço. s
saber OUTUBRO 2021
23
BEM-ESTAR
Sara
de Freitas
Sara de Freitas
Terapeuta Holística
sdf.terapeuta@gmail.com
Kit de óleos essenciais para ter em casa
Os óleos essenciais são substâncias
aromáticas extraídas das plantas,
flores, folhas, caules e raízes, têm
propriedades terapêuticas e podem
ser utilizados em várias situações. São
essas utiilizações que apresentamos a seguir
e que se adequam a diversas situações
de emergência e, portanto, são indispensáveis
para ter sempre em casa. Assim sendo:
- Lavanda: acne, urticária, picadas de insetos,
queimaduras, feridas, cicatrizes,
insônias, stresse, tensão pre-menstrual,
indigestão, dires de cabeça, entre outras
propriedades.
- Alecrim: distrofias musculares, artrites,
reumatismo, gota, esgotamento mental, dor
de cabeça, indigestão, flatulência entre outras
propriedades.
- Ylang-Ylang: ansiedade, frustação, choque,
raiva, insônia, impotência, frigidez, indigestão,
pele seca.
- Orégão: doenças respiratórias com acumulação
de muco nos pulmões e no nariz,
tosse, infeções do trato urinário, febre tifóide,
feridas na pele, intoxicação alimentar,
degeneração muscular, rugas, entre outras
propriedades.
- Melaleuca (Tea Tree ou árvore-do-chá): Gripes,
constipacões, herpes labial, micoses, picadas
de insetos, entre outras propriedades.
- Hortelã-pimenta: Desconfortos gástricos,
cólicas, dores de cabeça, fadiga mental e
física, irritação da pele, dores musculares,
vômitos, náuseas, dores de estomago, má
circulação, constipacoões, congestão nasal,
sinusite, entre outras propriedades.
- Limão: Acalma e estimula a mente, gripe,
constipacões, dores de garganta, febre, tosse,
entre outras propriedades.
Métodos para a aplicação:
- Massagens (sendo que deve ser misturado
com óleo vegetal)
- Inalação
- Difusores de ambiente, entre outros métodos.
É importante que se saliente que os óleos
essenciais devem ser puros (100% naturais)
para a sua eficácia. Deve-se ter cuidados na
utilização, como por exemplo: não devem
ser ingeridos, não se deve aplicar diretamente
sobre a pele, grávidas, crianças, pessoas
ou idosos com patologias associadas devem
ser evitadas ou devem antes consultar a um
Profissional Aromaterapeuta ou Terapeuta
de Saúde Integrativa). s
24 saber OUTUBRO 2021
LUGARES DE CÁ
Pórtico de São Jorge
Dulcina Branco
Thierry fernandes
visitmadeira.pt
É
na freguesia de São Jorge
(concelho de Santana),
mais precisamente no
Calhau de São Jorge, que
se encontra este famoso pórtico
em pedra o qual se destaca no
conjunto de ruínas antigas aqui
existentes e muito fotografadas.
Estas pertencem aos antigos engenhos
de cana-de-açúcar aqui
construídos no início do povoamento
da ilha da Madeira. Este
núcleo integra o Núcleo Primitivo
da freguesia de São Jorge
e está classificado como Monumento
de Interesse Municipal,
desde 2003, dada a sua relevância
histórica.s
saber outubro 2021
25
PUBLIREPORTAGEM
Departamento Comunicação e Imagem da Câmara Municipal do Funchal
Funchal distinguido
pelas boas práticas
desportivas e sociais
O
Município do Funchal foi galardoado
nos Paços do Concelho da
Câmara Municipal de Faro, pela
plataforma Cidade Social, com
as distinções “Município Amigo do Desporto”
e “Autarquia Solidária”. O Funchal foi
ainda agraciado, na ocasião, com o “Selo
de Qualidade do Programa de Atividade
Física Sénior”. A vereadora Madalena Nunes
representou a autarquia na cerimónia
e começou por realçar que “este é o sexto
ano consecutivo em que o Funchal recebe
a bandeira que reconhece as políticas e investimentos
que o Município tem feito em
prol do Desporto. Um trabalho que realizamos
em parceria com as associações,
clubes e atletas da nossa cidade, com o
objetivo de realçar a importância da atividade
física e de assegurar que a prática
desportiva chega a todos os funchalenses.”
. O galardão “Autarquia Solidária” vem, pela
primeira vez, reconhecer as políticas de
desenvolvimento social implementadas no
Funchal, enaltecendo o trabalho realizado
em prol da comunidade, nomeadamente
através dos programas e apoios disponibilizados
às famílias. De forma especial, este
prémio destaca as medidas tomadas para
minimizar os impactos da COVID-19 junto
da população mais vulnerável do concelho.
Dos programas desenvolvidos destacam-
-se o Fundo de Investimento Social, a Comparticipação
de Medicamentos, o Subsídio
26 saber OUTUBRO 2021
Municipal ao Arrendamento, os Manuais
Escolares gratuitos, as Bolsas de Estudo do
Ensino Superior, o “Mercado em Casa”, o
“Funchal, Cabaz Vital”, entre outros. Relativamente
ao “Selo de Qualidade do Programa
de Atividade Física Sénior”, o Municipio
viu reconhecido o projeto “Atividade Física,
Saúde e Bem-Estar para a População +50”,
que é desenvolvido pelos Ginásios da CMF.
Destinado a toda a população acima dos 50
anos de idade, o programa promove a prática
da atividade física regular, fomentando
hábitos saudáveis de vida e combatendo o
sedentarismo. “Estas distinções são o reconhecimento
nacional pelo trabalho de
excelência que a Câmara Municipal do Funchal
tem colocado no terreno no âmbito da
promoção do desporto e da atividade física
com a população sénior, e também das políticas
sociais implementadas por este Executivo
que procuram promover a igualdade
e a inclusão, não deixando ninguém para
trás”, concluiu a autarca. s
PUB
saber outubro 2021
27
viajar coM saber
ANTÓNIO CRUZ
AUTOR E VIAJANTE › antonio.cruz@abreu.pt
Liechtenstein e Suiça
1] A ideia era fazer uma viagem circular, o que acabaria por acontecer.
Ao desembarcar em Zurique e alugar uma viatura a lógica seria meterme
à estrada em direcção a Vaduz tendo que passar, pro exemplo,
por Walensee, encostada à margem do lago com o mesmo nome.
E assim foi.
Suíça, cantões alemães. Já tinha andado por Berna,
Zurique, Lucerna, Basel, isto no que toca a cidades
suíço-alemãs. Agora que estou no Liechtenstein,
pois era esse o propósito da viagem, aproveito e
vou atrás de lugares de que já tinha ouvido falar e
andado a pesquisar nos motores de busca.
António cruz › António Cruz escreve de acordo com a antiga ortografia
1]
28 saber outubro 2021
2]
3]
2] E também porque Bad Ragaz estava ali tão perto, mal me
ficaria passar por esta fantástica estância termal sem parar por
um par de horas e perceber porque é considerada uma das
mais bonitas e charmosas de toda a Suíça.
3] E também, porque esta coisa do viajar é um bocado como as
cerejas, porque Maienfeld estava ali mesmo à mão de semear,
meto-me à estrada e vou no encalço desta vila que basicamente
é a porta de entrada para o famoso parque temático da Heidi.
Naturalmente que jamais poderia perder a oportunidade de lhe
ir dar um abraço e ver como andam o Pedro e o avô. E as cabras…
4] 5]
4] Esgotada que estava a “questão” Lichtenstein, a ideia era
regressar a Zurique um dia antes da partida por causa do PCR
no aeroporto, fazendo o percurso pelo Lago Constança. A que se
juntariam locais como Diessenhofen e Aubon, para compor na
perfeição um quadro romântico e altamente impressionista.
6] Já alojado em Zurique, e porque o meu último dia tinha tempo de
sobra para me ocupar de outros locais não menos interessantes e
preenchedores de apetites geográficos, decido ir até Winterthur, mas
uma cidade que me encheu as medidas e me convidou a percorrer as
suas praças, as suas avenidas, as suas ruelas encantadas.
6]
5] E nessa volta larga e temperada por um clima perfeito, por
uma calma apaziguadora, por paisagens de encher fundo o peito
de ar puro e a alma de momentos únicos, teria que juntar a tudo
isto Frauenfeld e Stein Am Rhein, duas localidades lindíssimas e
preenchidas por momentos históricos que ainda hoje perduram
nas memórias. E na História.
7]
7] Para, por fim, completar uma viagem a todos os níveis surpreendente
pois, por mais que regresse à Suíça, tenho sempre a certeza
das suas paisagens idílicas, das suas vilas perfeitas, da sua limpeza,
organização, civismo e disciplina. Que de vez em quando sabem bem
enquanto bálsamo social e exemplo civilizacional.
saber outubro 2021
29
MARCAS ICÓNICAS
Dulcina Branco
Wikipédia
A Louboutin é uma criação do designer Christian
Louboutin que, em 1991, cria a linha de calçado
feminino que tem como marca registada a sola
vermelha. A biografia deste designer francês,
nascido em Paris em 1964, revela que, fascinado
por sapatos desde criança, usa como base das suas
primeiras coleções os rascunhos que desenhava nos
cadernos da escola. Aos 15 anos, começa a criar
sapatos para dançarinas até que, na década de 1980,
começa a criar modelos para as principais marcas
da moda parisiense como Christian Dior, Chanel e
Yves Saint Laurent. Colabora ainda com a revista
Vogue numa área diferente que não os sapatos,
aos quais regressa anos depois, em 1992, quando
se torna empresário em nome individual. Abre a
primeira loja em Paris com os sapatos das solas
vermelhas que se tornam a sua marca registada.
Em 2008, obtem a patente para os seus sapatos mas
não a sua exclusividade , o que faz com que outras
marcas utilizem o design por si criado, como a Yves
Saint Laurent, à qual move uma ação em tribunal.
O modelo do verão 2011 da YSL, reclamado por
Louboutin, fazia parte de uma linha na qual as solas
são da mesma cor dos sapatos: a versão verde ganha
sola verde, a roxa, sola roxa, e a vermelha, sola
vermelha, ação que Louboutin perdeu em tribunal.
Perdeu essa batalha mas não a guerra, já que o
crescimento da marca foi gradual e universal, com a
abertura de lojas em diversos países – a Louboutin
está em mais de trinta países - e o surgimento de
novos produtos como os ténis para homem e para
mulher, e malas. Há muito que Portugal tem sido
uma fonte de inspiração e uma segunda casa para
Christian Louboutin, motivo pelo qual o designer
lançou em 2019 uma mala que honra o país – a mala
Portugaba, que rapidamente esgotou nas lojas.
30 saber outubro 2021
DECORAÇÃO
Imperdíveis de outono
Ooutono chegou e o mundo da decoração vibra com as
propostas vibrantes para a decoração da casa. Nesta
temporada, escolha uma divisão da casa que gostava de
mudar e aposte numa peça ‘statement para lhe conferir
um aspeto renovado e com muito estilo. A La Redoute apresenta
uma lista de cinco peças da nova coleção que não pode deixar de
conhecer. (Foto1) Cama Windsor – A sua cabeceira com barras finas
e estrutura de linhas simples e contemporâneas, tornam esta cama
de carvalho maciço e natural numa verdadeira obra de arte. (Foto2)
Aparador-estante Pilpao – O móvel que vai roubar todas as atenções.
Candeeiro de mesa Yaku – inspirado nos garrafões que outrora
transportavam líquidos, este candeeiro é o objeto de decoração
do momento. (Foto3) Mesa de centro Ruben – Com três tampos em
vidro temperado, em tons de azul e bege, esta ousada mesa de centro
não deixa ninguém indiferente. (Foto4) Cesto Felicia – Um cesto
de arrumação que alia beleza e funcionalidade, ideal para colocar na
casa de banho ou no quarto dos mais pequenos. s
Tânia Tadeu (taniatadeu@taylor365.pt), Dora Sousa (dorasousa@redoute.pt)
newsredoute.com/fotos
saber outubro 2021
31
DICAS DE MODA
Lúcia Sousa
Fashion Designer Estilista › 914110291
WWW.luciasousa.com
FACEBOOK › LUCIA SOUSA-Fashion Designer estilista
D.r. (direitos reservados)
Betty Rodrigues (4affection agency)
Cabeleireiro › Paulo Silva
Makeup › Sónia Barbosa
Sapato › Foreva
Pedro M.A.Faria www.pedrofariaphotos.com
Corais
Abeleza do mundo subaquático serviu
de inspiração à criação deste coordenado
que integra a coleção Underwater.
Aos corais fui buscar inspiração a
cor cor de coral. Este coordenado é composto
por duas peças. O top com uma silhueta
inspirada na forma de concha, tem nos ombros
um bordado original, com o desenho de
corais bordado à mão no ponto ‘Richelieu’.O
decote em V tem ao centro a representação
de uma concha bordada à mão, igualmente
no ponto ‘Richelieu’ de onde saem uns filhos
de lado. Nas costas um belíssimo detalhe feito
em macramé. O tecido é em crepe de seda
com relevo. A saia é de corte a direito com
uma abertura de lado para maior conforto.
Aprecie a criatividade deste coordenado. s
32 saber outubro 2021
saber outubro 2021
33
MAKEOVER
Mary Correia de Carfora
Maquilhadora Profissional › Facebook Carfora Mary Makeup
Um dia com...
A fotografia de
Filipe Frango
Decidi dedicar este número à fotografia
do Filipe Frango, com quem
tenho tido o privilégio de trabalhar.
É sempre uma honra e um
prazer trabalhar com grandes profissionais,
e o Filipe Frango é um destes. Nascido em
Lisboa em janeiro de 1985, programador de
software de profissão, o Filipe começou na
fotografia por “mero acaso”, conforme diz,
em Agosto de 2019, numa viagem de férias,
muito graças à namorada, Vanessa Vieira,
cuja página no Instagram – Instagram(@
vanessa_vieira foi um importante impulsionador.
Para o Filipe, as redes sociais não são
uma ameaça mas antes uma mais-valia, utilizando
este canal a seu favor para expôr e
promover o seu trabalho, uma vez que ajuda
a Vanessa na criação de conteúdos e parcerias
para a sua conta de Instagram. Aos poucos,
foi sentindo necessidade de aprofundar
os seus conhecimentos e investir em formação
técnica. Caracterizando a sua fotografia,
constata-se que a mesma distingue-se pela
qualidade. “Tem que ser bem resolvida tecnicamente
com uma boa exposição, nitidez
e com assunto principal bem definido e em
foco”, explica. Acredita na regra dos 50/50,
pois para o Filipe uma boa fotografia é “50%
na hora do clique e os outros 50% na edição”,
resultando assim uma fotografia autoral com
a sua marca pessoal. Innvestindo no equipamento
fotográfico, foi capaz de se superar e
apresentar fotos diferentes com a sua marca
e a sua visão, pois conforme diz: “a fotografia
é a arte de eternizar momentos”. Começaram
a surgir oportunidades para realizar
casamentos, batizados, sessões fotográficas,
espetáculos, eventos de moda, carnaval, Festa
da Flor, em que os seus trabalhos primam
pela qualidade e diferença. Adora fotografar
casamentos, sendo este o seu “nicho” principal.
“Vibra com a envolvência do momento
e com isto, tenho o privilégio de contar
uma história e captar as emoções através da
minha máquina. Cada história é uma história
diferente, um verdadeiro desafio”, diz o Filipe
que, tirou proveito da pandemia investindo
na sua formação técnica e, desta forma,
aperfeiçoar a arte de fotografar. Todo o seu
percurso permitiu-lhe melhorar e ser o fotógrafo
que é hoje. É procurado pela sua autoria
por captar os momentos decisivos porque
como o próprio afirma, “tirar uma fotografia,
é congelar o momento.”. Quando pega
na sua máquina sente e vê o mundo de outra
perspetiva. O objetivo da fotografia é não
precisar de explicar os momentos por palavras
mas captar os mesmos através da sua
objetiva, imortalizando um momento único
o qual não poderá repetir senão por meio
de um simples clique. Descubra o trabalho
deste fotógrafo em filipefrangophotography
(Facebook) e @filipe.frango (Instagram). s
Mary de Carfora
Filipe Frango
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saber outubro 2021
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MOTORES
Rota TT
do Vinho
da Madeira
apadrinhada
por Fernando
Mendes
Nélio Olim
Nelson Martins
ARota TT do Vinho da Madeira foi
uma iniciativa da Associação da
Madeira de Todo Terreno Turistico
em parceria com o Motor Clube da
Madeira, a Associação de Motociclismo da
Madeira e a Federação de Todo Terreno de
Portugal. Com partida da ampla praça do Fórum
de Machico, o objetivo era promover o
Vinho da Madeira, não apenas o espirituoso,
mas também os vinhos tranquilos produzidos
um pouco por toda a ilha. Desta feita,
máquinas e participantes rumaram ao Centro
Experimental da Vinha no Caniçal, onde
foram recebidos por dois representantes
dos produtores das marcas Pedra de Fogo e
do Beijo, nomeadamente a Engenheira Elsa
Ferreira e Luz Carvalho, que tiveram oportunidade
de explicar a produção dos vinhos
e o respetivo processo de maturação até
serem colocados à comercialização. Daqui
os entusiastas do todo terreno rumaram
aos belos trilhos existentes nas serras da
Madeira, percorrendo zonas de rara beleza
como a zona das Funduras, entre a Ribeira
de Machico e a Portela, prosseguindo depois
para o Lombo das Faias sempre por
terra até chegarem à zona do Poiso. Com
as condições climatéricas a não permitirem
realizar o almoço no Montado do Pereiro,
e graças à colaboração do Clube de Futebol
União, a caravana rumou ao Complexo
Desportivo do União, onde, duma forma
mais descontraída, puderam degustar o repasto
preparado para o almoço. Seguiu-se
uma visita a uma mostra etnográfica subordinada
à temática das vindimas, no centro
da Camacha, rumando depois os veículos a
novos trilhos de terra batida em direção ao
Funchal, onde no Instituto do Vinho Madeira
tiveram oportunidade de encerrar o evento
com um Madeira de Honra e para se depararem
com a grande surpresa do dia: o ator
e apresentador Fernando Mendes, figura carismática
da televisão portuguesa e um dos
apresentadores que há mais tempo se mantém
no ar com o seu conhecido programa
Preço Certo, veio apadrinhar esta iniciativa
da Associação da Madeira de Todo Terreno
Turistico, fato que deixou muito satisfeitos
os elementos ligados à organização da Rota
do Vinho da Madeira de 2021. Encerrou-se
assim com chave de ouro a edição de 2021
deste evento de promoção de produtos regionais
e que contou ainda com a participação
de Humberto Vasconcelos, Secretário
Regional de Agricultura e Desenvolvimento
Rural, e de Paula Jardim, Presidente do Instituto
do Vinho da Madeira. A próxima rota TT
é já no inicio de novembro e dela daremos
conta na nossa próxima edição. s
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FASHION ADVISOR
JORGE LUZ
www.facebook.com/jorgeluz83/
'look' em dias de meia-estação
O
lá, amigas! Chegada a meia-estação,
não sabemos o que vestir. O
outono e a primavera costumam
ser estações com tempo agradável
mas também com muitas variações de
temperatura, que alternam entre o calor e
o frio. É por isso que chamamos de 'meia-
-estação' ou seja, estação de transição do
verão para o inverno (outono), ou do inverno
para o verão (primavera). Neste caso,
chegado o outono, começam a aparecer as
mangas compridas, os casacos mais leves
mas ainda propícios para a época. A minha
sugestão são as malhas de início de estação
nas cores preto e branco. O preto e o
branco são as cores dominantes mas, como
já vos habituei e quem me segue conhece
bem o meu gosto peculiar: os básicos são
proibidos e as peças, mesmo as mais simples
e básicas, têm sempre um detalhe e
brilho. Neste caso, as peças de malha têm
detalhes que marcam a diferença. As malhas
vêm com brilhos, detalhes em pêlo,
muitas aplicações - pérolas, essencialmente.
A mulher que veste Jorge Luz é uma mulher
segura, confiante e não gosta de passar
despercebida. Gosta de ser notada e, como
tal, gosta de marcar pela diferença, pelo
que, deixo-vos com estas sugestões para a
meia-estação apoiadas em peças que, para
além de serem confortáveis, são originais,
bonitas e criativas. s
Jorge Luz Jorge Luz Fernanda Barry
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saber outubro 2021
39
agenda cultural
Agenda
Cultural da
Madeira –
OUTUBRO 2021
SECRETARIA REGIONAL DO TURISMO E CULTURA
D.R.
EXPOSIÇÕES
“FILOSARTE”
Até 23 de Outubro
Museu Etnográfico da Madeira
Pintura Digital de Roberto Sales Rodrigues
Conceição
Exposição integrada na Comemoração das
Jornadas Europeias do Património, este ano
sob o tema “Património Inclusivo e Diversificado”
com este tema, o museu procura celebrar
a diversidade e possibilitar a inclusão de
todos na sociedade. Pretende-se criar uma
experiência acolhedora e aberta para todas
as pessoas, removendo barreiras à participação
como acesso físico, idiomas, pessoas
com problemas físicos, etc. Os técnicos dos
Serviços do Museu Etnográfico da Madeira
aderiram e celebram a data, em parceria
com a Casa São João de Deus, instituição que
desenvolve múltiplas intervenções no âmbito
da Prevenção/Promoção, tratamento,
40 saber outubro 2021
recuperação e reabilitação de pessoas portadoras
de doença física e mental, com uma
oficina e mostra de trabalhos realizados pelo
utente Roberto Conceição e uma oficina.
“ESCOLA DA VILA - Construção de um
ESPAÇO comum”
Até 30 de Outubro
Escola do Porto Santo
Exposição comissariada por Madalena Vidigal
e Diogo Amaro
Durante várias décadas, a Antiga Escola Primária
da Vila do Porto Santo, também conhecida
pela população como Escola da Vila,
serviu o seu propósito de estabelecimento
de ensino até à saída da comunidade escolar.
A escola faz parte da memória e identidade
de todas as gerações de habitantes
da Vila e foi exemplar na relação do espaço
arquitetónico com a infância enquanto
lugar onde se ativa o encontro com a mais
nobre das atividades, a aprendizagem. Após
o abandono da escola (em 2018), a Câmara
Municipal do Porto Santo estabeleceu um
protocolo com a PORTA33 (em 2019) com o
intuito desta transformar o espaço da Antiga
Escola num local de residências e atividades
artísticas, em comunhão e associação com a
comunidade local. A “Escola da Vila” é hoje,
objeto de análise e reflexão nesta mostra
expositiva, que pretende assinalar a reabertura
e reativação do seu edifício, com um
novo propósito — um novo Espaço Cultural
e de Residências Artísticas — promovido
pela PORTA33, que agora inicia um processo
de devolução da Escola à sua comunidade.
Coletiva “AQEA”
Até 20 de Novembro
Na galeria.a (Cine Teatro Santo António)
Curadoria: Paulo Sérgio BEJu
Esta exposição constitui a segunda parte do
“projeto senhor Ilhário” e reúne 21 artistas:
Carmo Afonso, Clara Cardoso, Diogo Brazão,
Filipe Gonçalves, Gil Nuno, Gonçalo Ferreira
de Gouveia, Ignazio Crobu, Isabel Natal, Lara
Jumá, Laura Freitas, Luísa Spínola, Margarida
Jardim, Patrícia Pinto, Pisco, Rodrigo Costa,
Sílvia Marta, Sofia D’Anca, Sónia Abreu, Teresa
Gouveia, Vanda Natal, Violante, G I L N G.
“Fios de deitar lenha”
Até 20 de novembro
Museu Etnográfico da Madeira
Nesta mostra, o Museu Museu Etnográfico
da Madeira aborda a composição e o modo
de funcionamento destes engenhos, os “fios
de deitar lenha”, como eram popularmente
designados, ou seja, os cabos aéreos, usados
para transportar carga, nas serras da nossa
ilha, e as diferentes profissões que surgiram,
associadas a esta atividade. Na freguesia de
Ponta Delgada, mais precisamente nos sítios
das três Lombadas, ainda se utilizam os cabos,
popularmente designados por fios de
deitar lenha, como meio de fazer deslocar
a carga nas serras (lenha, feiteira e mato-
-bardo), suspensa em ganchos de ferro, em
locais distantes e de difícil acesso. Outrora,
estes fios eram utilizados em grande número,
sobretudo nas freguesias da costa norte,
nomeadamente Ponta Delgada, Boaventura,
São Vicente e Seixal, onde predomina uma
orografia montanhosa e muito acidentada, o
que impossibilitava a utilização da corsa e do
carro chião, meios de transporte de carga,
utilizados em freguesias com uma orografia
mais plana. Associadas a esta atividade, estavam
ligadas várias profissões, já extintas,
algumas delas, entretanto, recuperadas. O
mestre de deitar (montar) o fio, o ferreiro
que confecionava os ganchos de ferro, feitos
a partir de molas de carro ou aros de pipas
e o mestre de soldar fios, que enxertava o
fio, no cimo da serra, com o auxílio de um
pequeno fole de ferreiro.
“Um desejo inconcebível de abrir todas
as portas”
Até 27 de Novembro
Casa da Cultura de Santa Cruz | Quinta do
Revoredo
Curadoria: Bruno Ministro
Exposição integrada nas comemorações do
centenário do nascimento de António.
São marcas de multiplicidade na obra de António
Aragão a profusão de géneros literários
e artísticos praticados pelo autor — da
pintura à poesia, passando pela escultura,
ficção e teatro. São-no também a diversidade
de formas por ele cultivadas — e expandidas
— nos campos de cruzamento
entre cada um desses mesmos géneros —
o que se manifesta em trabalhos de poesia
experimental e visual, pintura figurativa e
não figurativa, eletrografia, livro de artista,
performance, entre outros. A exposição
“um desejo inconcebível de abrir todas as
portas” nasce de um semelhante desejo de
abrir portas ao conhecimento sobre António
Aragão através de uma mostra ampla da
sua obra. Começa, por isso, por apropriar
aquelas palavras do autor para o seu título
e programa de curadoria. Assim, a exposição
centra-se na produção literária do autor
com o objetivo de oferecer aos seus leitores-
-visitantes — quais “antenas recetivas” — um
contacto situado com a obra de um dos autores
mais relevantes do experimentalismo
literário português e internacional. Espera-
-se, também, que seja possível, a partir dela,
o exercício da imaginação do “inconcebível”
que sempre fica oculto na impossibilidade
probabilística de tudo dar a ver.
“Pensar Aragão mais (ou menos)
exa(c)tamente”
Até 21 de Dezembro
Quinta Magnólia – Centro Cultural
Curadoria: Carlos Valente
Coordenação: Teresa Klut
“Pensar Aragão” é evocar o conjunto vasto
da sua intervenção no devir cultural, tanto
local como global; é trazer infindavelmente
para o aqui e agora a influência que ainda
hoje exerce nos diversos campos do saber
e do fazer e, no que toca às artes, com o
tom experimental das suas vertentes: desenhadas,
pintadas, fotografadas, esculpidas,
fotocopiadas, declamadas, coladas, recortadas,
quer em presença, quer por correspondência,
etc. Pela constante intersecção
entre palavra e imagem, Aragão deu novos
mundos ao mundo da literatura, das artes
visuais, da poesia, mas também se destacou
e deixou obra em campos como a história,
a arqueologia e a etnografia, e ainda contributos
muito válidos na construção de uma
opinião crítica e atuante, mais pública ou
mais privada, no seio da cultura e da sociedade
da(s) época(s) e das gerações que tocou.
“Pensar Aragão mais (ou menos) exa(c)
tamente” é, pois, uma proposta expositiva
que pretende evocar o legado de António
Aragão através das seguintes mostras. Uma
Coletiva que reúne os trabalhos inéditos
propostos por um grupo de artistas convidados,
ligados direta ou indiretamente a
Aragão porque com ele conviveram, com ele
(co)criaram, com ele aprenderam, ou, tão
simplesmente, com ele estabelecem alguma
afinidade artístico-estética.
OUTROS EVENTOS
CICLO DE CONCERTOS “CELEBRAÇÃO EM
ESTILO BARROCO”
Dias 3 e 10 de Outubro
Concertos protagonizados pelo Funchal Baroque
Ensemble. Com direção musical de
Giancarlo Mongelli.
Dia 3 de outubro | 17h00 - Na Igreja Matriz
de São Vicente
Dia 10 de outubro | 16h00 - Igreja Matriz de
São Jorge
Este ciclo de concertos resulta de um protocolo
entre a AOCM e a Secretaria Regional
de Turismo e Cultura, através da Direção
Regional da Cultura, e pretende, além
de valorizar o património arquitetónico
barroco da Região Autónoma da Madeira,
enaltecer as especificidades e pormenores
que constituem o repertório musical
barroco, e tem como objetivo celebrar o
regresso aos palcos e à vida cultural ativa.
Entrada gratuita mediante reserva e disponibilidade
de lugares.
Reservas: www.associacaoocm.com
PEÇA DE TEATRO “PEDRO BOND”
1 a 3 de Outubro
Centro Cívico do Estreito de Cª de Lobos
Encenação de Laura Aguilar
Com Guilherme de Mendonça e Pedro Araújo
Santos
Uma co-produção com o Teatro Municipal
Baltazar Dias
Calendarização:
Dia 1 |15h00 e 21h00 • Dia 2 |21h00
Dia 3 |16h00 • 60 Minutos • M/6 anos.
Reservas: Tel.: 961 308 546
E-mail: feiticeirodonorte@feiticeirodonorte.pt
Peça de Teatro “ATORES E PIOLHOS COM
ÑAQUE ÑAQUE”
13 a 31 outubro
Cine Teatro de Santo António
Pela Associação Teatro Experimental do
Funchal | ATEF
Texto a partir de vários autores: António Aleixo,
Agustin Rojas, Baltazar Dias, Fernando
Pessoa, Herberto Hélder, Mário Sá Carneiro,
Miguel Torga, Jorge Diaz e Sanchis Sinisterra
entre outros. Sinopse: “ATORES E PIOLHOS
COM ÑAQUE ÑAQUE”, é uma peça onde se
reflete, num registo divertido, sobre o ofício
do ator, sobre a condição do espetador e sobre
a necessidade humana de perdurar, de
deixar uma marca, tornando-se assim uma
metáfora da precariedade da própria condição
humana. Sebastião, Sancho, Santiago
e Samuel são atores cómicos ambulantes,
perdidos no tempo e no espaço, e que se
reencontram num palco de hoje, no “aqui”
e “agora” da representação teatral. Chegam
ao teatro carregando as suas malas onde
guardam todo o seu aparato teatral. Têm de
apresentar ao público um espetáculo, mas
as dúvidas, temores e inquietações que os
atormentam, interrompem e atrasam constantemente
a representação.
M/ 12 anos.
Calendarização:
4ª e 6ª feira | 15h00 e 21h00
5ª feira | 11h00 e 21h00
Sábado | 21h00
Domingo | 18h00
Reservas:
Seg. a sexta | 09h30 - 12h30 e 14h30 -17h30
Tel.: - 291 226 747 | 933 369 136
E-mail: info@atef.pt
Espetáculo
“VIRADOS
DO AVESSO”
Dias 29, 30 e
31 outubro
Centro Cultural
John Dos
Passos - Ponta
do Sol
Revista à portuguesa
Uma co-produção
entre
a Associação
“Sonhos em
Cena” e a Associação “Avesso”
Integrada no Festival do Avesso 2021
Reservas:
Tel.: 963 355 528
E-mail: info@avesso.pt
s
saber outubro 2021
41
Instantâneo
As máscaras são descartáveis,
o ambiente não
São um novo foco de poluição a nível mundial, apesar de serem
objetos essenciais de proteção individual, já que evitam
a probabilidade de infeção pelo novo SARS-COV2. Muitas das
máscaras acabam no chão, aumentando o risco de infeção. As
máscaras não são recicláveis e devem ser colocadas no lixo comum. “É
uma questão de saúde pública e também de saúde do ambiente, em
especial do oceano”, alerta a Ocean Conservany - organização sem fins
lucrativos que defende a proteção do oceano. s
Dulcina branco
D.R.
42 saber outubro 2021
LUGARES DE CÁ
SOCIAL
›
›
entrega das Medalhas
de Mérito Turístico Madeira
› Madeira em destaque no Concurso Nacional de Cocktails Clássico e Flair Tending 2021
› Associação Barmen da Madeira celebrou 50º aniversário
› Dia Mundial da Fisioterapia assinalado pela Associação Raquel Lombardi
› Leroy Merlin abre espaço no Funchal
› Dia Mundial da Visão com presença de Dolores Aveiro em escola
› Abertura do Hotel Pestana Fisherman Village em Câmara de Lobos
saber outubro 2021
43
social
Medalhas de Mérito Turístico
O Presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, presidiu
no Museu da Quinta das Cruzes, à cerimónia de entrega das
Medalhas de Mérito Turístico. A Região galardoou 19 pessoas
singulares e coletivas “pelo seu profissionalismo, entrega e dedicação
à indústria do turismo, tão importante para a economia
regional, num ano ainda marcado pela emergência de saúde
pública, sobressaindo, deste contexto, a significativa capacidade
de resiliência e de superação de empresários e dos profissionais
que operam no setor”, explicou em comunicado emitido
pelo Governo Regional. A medalha de mérito turístico da Região
Autónoma da Madeira, criada em agosto de 1979, comporta os
graus de ouro, prata e bronze por excecionais, importantes ou
significativos serviços prestados, respetivamente. s
DB
residência do Governo Regional da Madeira
44 saber outubro 2021
saber outubro 2021
45
social
Madeira venceu Concurso
Nacional de Cocktails Clássico
Madeira 2021
A Associação Barmen da Madeira, em conjunto com a Associação
Barmen de Portugal, organizou o Concurso Nacional de Cocktails
Clássico e Flair Tending – 2021 no Casino da Madeira. Participaram
no concurso, na categoria de clássico, 24 profissionais de
bar, em representação das Associações Barmen da Madeira, Algarve
e Estoril. A iniciativa teve como objetivo encontrar o campeão
nacional nas modalidades Cocktails Clássico e Flair Tending.
O evento teve a presença do Presidente da International
Bartenders Association, Giorgio Fradda. Os Barmen madeirenses
vencedores foram: Pedro Moreira Barmen do Hotel Four Views,
Eusébio Silva Barmen do Cocktail Bar Nos Copos, Carlos Santos
Barmen do Hotel Savoy. Melhor técnica: Cesar Figueira Barmen
do Hotel Baia Azul. Na competição Flair Tending: Jorge Coelho
Barmen do Algarve. s
DB
Júlio Castro
46 saber outubro 2021
Aniversário
Associação Barmen Madeira
A Associação Barmen da Madeira celebrou o 50º Aniversário na
sede situada em São Martinho. Entidades oficiais, sócios, parceiros,
família, e amigos associaram-se a este evento. Alberto Silva,
Presidente da Direção, aproveitou a oportunidade para agradecer
o apoio do Governo Regional da Madeira e da Câmara Municipal
do Funchal e da Câmara Municipal de Machico e manifestou
confiança na realização dos três grandes eventos que a associação
realiza, nomeadamente o Concurso Nacional de Cocktails,
o Festival de Cocktails Vinho da Madeira e Festival de Cocktails
Porto Santo. s
DB
Júlio Castro
saber outubro 2021
47
social
Dia Mundial da Fisioterapia
A Associação Cultural e de Solidariedade Social Raquel Lombardi
assinalou o Dia Mundial da Fisioterapia no dia 8 de setembro e
que foi subordinado à problemática da covid-19, reabilitação e
papel dos fisioterapeutas no tratamento e gestão das pessoas
afetadas pela doença. As comemorações tiveram lugar no Hotel
Jardim do Atlântico, nos Prazeres, sob a orientação do Grupo
de Fisioterapeutas do Hospital Dr. Nélio Mendonça, do Hospital
Dr. João de Almada e da fisioterapeuta Carolina Caldeira, tendo
como linha orientadora e estratégica o WCPT (World Confederation
of Physical Therapy) e a APFisio -Associação Portuguesa de
Fisioterapeutas. A edição deste ano associou-se à Mark Madeira
Wanderes, atividade idealizada por Mark Shipton, paciente de
nacionalidade inglesa residente na Madeira que sofre de esclerose
múltipla. s
DB
Cícero Castro
48 saber outubro 2021
Abertura
da Leroy Merlin Madeira
A Leroy Merlin já está na Madeira. A abertura do espaço da marca
aconteceu no dia 1 de outubro, em São Martinho, Funchal.
As portas ainda não estavam abertas e alguns clientes aguardavam
a abertura às oito da manhã. A abertura decorreu com
uma pequena cerimónia interna que contou com a presença dos
colaboradores da loja e representantes da empresa que adquiriu
a marca AKI. Em janeiro de 2019 deu-se início ao processo de
convergência das duas empresas. A Leroy Merlin está presente
em Portugal desde 2003 e tem atualmente cerca de 50 lojas
por todo o país. A abertura do espaço no Funchal é novo passo
no plano de expansão da empresa que integrou a totalidade da
equipa que se encontrava no AKI Funchal e contratou 116 novos
colaboradores. s
DB
Luís Castro
PUB
saber outubro 2021
49
social
Mês da Visão com Dolores Aveiro
No âmbito do Mês da Visão, que se assinala no mês de outubro,
a MultiOpticas promoveu na escola Visconde Cagongo,
no Funchal, a iniciativa “Olhar de Mãe” que contou com a embaixadora
da marca, Dolores Aveiro. O evento decorreu da
campanha nacional que consiste na oferta de mil cheques visão,
no valor de 100€, a crianças referenciadas de 100 escolas
do ensino básico de todo o país. Em Portugal, 25% da população
é míope e entre os 18 e os 25 anos os dados apresentam
valores entre os 30%. Nas crianças, a taxa de incidência tem
vindo a aumentar. s
DB
D.R.
50 saber outubro 2021
Abertura Pestana Fisherman Village
PUB
É o mais recente hotel do grupo Pestana na
RAM o Pestana Fisherman Village e fica na cidade
de Câmara de Lobos. A abertura foi presidida
pelo Presidente do Governo Regional, Miguel
Albuquerque, que elogiou o investimento.
“São milhares de postos de trabalho criados,
milhares e milhares de euros pagos em impostos,
rendimento que distribui pelas famílias e
investimento na inovação, na qualidade e na
técnica do turismo”, disse Miguel Albuquerque.
O hotel de 4 estrelas, de 42 quartos, é o segundo
projeto do maior grupo hoteleiro português
no concelho de Câmara de Lobos e resultou da
reabilitação do edifício “Torre Bela”. s
DB
Presidência Governo Regional da Madeira
saber outubro 2021
51
À MESA COM...
As sugestões de
FERNANDO OLIM
Há dias em que é preciso que a comida nos conforte...
Quando chove e o dia está cinzento e frio, quando estamos
muito cansados ou, simplesmente, quando queremos
aconchego. A comida tem esse dom de não só
saciar a fome como confortar, a lembrar que outono está aí e
com ele os pratos reconfortantes, típicos destes dias em que o
frio, de mansinho, começa a se anunciar. s
PRODUÇÃO FERNANDO OLIM
Agradecimentos Catering Sun City
DULCINA BRANCO
FERNANDO OLIM
puxeumacadeira.com
52 saber outubro 2021
entrada
Tosta de tomate
e queijo fresco
Tosta de pão torrado complementado com queijo
fresco a gosto, tomate grelhado, cebola caramelizada,
oregão e folha de agrião.
prato
principal
Entrecosto assado
com legumes
O entrecosto assado acompanha com legumes
grelhados a gosto, cebola caramelizada, tomate
grelhado e molho de mostarda.
sobremesa
Muffin de chocolate
com frutos exóticos
O muffin de chocolate acompanha com maracujá, fisális,
pêssego caramelizado. Polvilhe com chocolate em pó.
saber outubro 2021
53
ESTATUTO EDITORIAL
A Revista Saber Madeira é uma revista mensal de
informação geral que dá, através do texto e da
imagem, uma ampla cobertura dos mais importantes
e significativos acontecimentos regionais,
em todos os domínios de interesse, não esquecendo
temáticas que, embora saindo do âmbito
regional, sejam de interesse geral, nomeadamente
para os conterrâneos espalhados pelo
mundo.
É um projeto jornalístico e dirige-se essencialmente
aos quadros médios e de topo, gestores,
empresários, professores, estudantes, técnicos
superiores, profissionais liberais, comerciantes,
industriais, recursos humanos e marketing.
Identifica-se com os valores da autonomia, da
democracia pluralista e solidária, defendendo
o pluralismo de opinião, sem prejuízo de poder
assumir as suas próprias posições.
Comunicações, Limitada
Parque Emp. Zona Oeste, lote 7 | 9304-006 Câmara de Lobos 291 911 300 comercial@oliberal.pt
Estatuto Editorial
Mais do que a mera descrição dos factos, tenta
descortinar as razões por detrás dos acontecimentos,
antecipando tendências, oportunidades
informativas.
Pauta-se pelo princípio de que os factos e as opiniões
devem ser claramente separadas: os primeiros
são intocáveis e as segundas são livres.
Como iniciativa privada, tem como objetivo o
lucro, pois só assim assegura a sua independência
editorial e económico-financeira face aos grupos
de pressão.
Através dos seus acionistas, direção, jornalistas
e fotógrafos, rege-se, no exercício da sua atividade,
pelo cumprimento rigoroso das normas éticas
e deontológicas do jornalismo.
A Revista Saber Madeira respeita os princípios
deontológicos da imprensa e a ética profissional,
de modo a não poder prosseguir apenas
fins comerciais, nem abusar da boa fé dos leitores,
encobrindo ou deturpando a informação.
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54 saber outubro 2021
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