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Primeira empresa de poupança por assinatura do Brasil ajuda povo brasileiro a
saber guardar dinheiro
A expectativa é que até o fim de 2021, o
acumulado seja superior a R$ 1 milhão
por mês.
“Falta aos brasileiros planejamento
financeiro. Como o cartão de crédito é
um meio bastante difundido, conseguimos
unir o útil ao agradável: as pessoas
tiram dinheiro do cartão de crédito e
aplicam em uma poupança de forma
automática, rendendo o suficiente para
realizar seus sonhos”, comenta André
Vilar, cofundador da Monis.
Avaliada em mais de R$ 15 mi, Monis
cresceu cerca de 70% em número
de clientes
O ano de 2020 foi um desafio para todos,
seja em termos de saúde como de
economia. A Confederação Nacional
do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC) aponta que há no país
66,5% de brasileiros endividados. Com
o objetivo de fazer com que sonhos se
tornem realidade, a Monis, é a primeira
empresa de poupança por assinatura
do Brasil está em alto crescimento.
Com sistema via cartão de crédito, basta
escolher o quanto quer guardar por
semana e assim se organizar financeiramente.
Em seis meses de atuação, a Monis
conseguiu uma rodada de investimento
que injetou R$ 2 milhões na empresa
– na época avaliada em cerca de R$ 15
milhões graças ao lançamento do MVP
(Produto Mínimo Viável).
Considerando apenas o segundo trimestre
deste ano a empresa cresceu
cerca de 70% ao mês em número de
pessoas que aderiram ao seu sistema.
Os usuários da Monis poupam em média,
mais de R$ 200 mil mensalmente e
esse número dobra mês a mês.
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Investimento feminino cresce no Brasil e plataformas P2P Lending sentem mudanças
Plataformas como a CapRate, primeira
peer-to-peer lending do
ramo imobiliário a atuar como SEP no
país, obteve crescimento de 260% do
público feminino entre seus investidores
Já foi-se o tempo em que quando se falava
sobre investimentos o assunto se
limitava a homens. Prova disso são os
dados da Bolsa de Valores Brasileira.
De acordo com a B3, em abril deste
ano o número de investidoras na Bolsa
chegou a um milhão de pessoas
Segundo o relatório Perfil do Investidor,
produzido pela B3, este cenário já
vem em crescimento vertical nos últimos
anos. Conforme o relatório, entre
2018 e 2020, o número de mulheres investindo
na bolsa de valores passou de
179.392 para 809.533, com uma taxa de
crescimento de 118,1% em 2020, percentual
superior à evolução masculina,
que registrou 84,3% no mesmo período.
Esse cenário confirma uma tendência
no universo feminino: a busca por
educação financeira e independência.
Impactos no Peer-to-peer
lending imobiliário
Essa guinada na mudança do investimento
feminino apontado pelo relatório
da B3 também é sentido em outros
modelos de investimento, como
nas plataformas P2P Lending. É o que
aponta a CapRate, empresa P2P Lending
do ramo imobiliário e a primeira
do segmento a atuar como Sociedade
de Empréstimo entre Pessoas (SEP) autorizada
e regulamentada pelo Banco
Central (BC) no país.
Em operação desde dezembro de 2018
e com mais de 1.300 investidores ativos
e mais de 10 mil pagamentos realizados
com 0% de inadimplência, a CapRate,
que tem como proposta a democratização
dos investimentos com valores a
partir de R$ 1 mil, registrou, em dois
anos, um crescimento de 260% de mulheres
investindo via plataforma.
Mulheres que lucram
No mercado de investimentos em
renda fixa, os principais alvos dos investidores
são CDI, Tesouro Direto e
Poupança. No caso dos investimentos
femininos, as mulheres só aplicam
mais que os homens na poupança, segundo
a Associação Brasileira das Entidades
dos Mercados Financeiro e de
Capitais (Anbima).
Conforme o levantamento da associação,
31,6% das mulheres aplicaram
na caderneta, enquanto 27,2% dos homens
fizeram o mesmo. No entanto,
com as perdas consecutivas da poupança
para a inflação, elas estão buscando
e descobrindo no peer-to-peer
lending imobiliário uma nova forma
de investir com segurança, confiança e
alta rentabilidade, é o que explica a mineira
da cidade de Pará de Minas, Laís
Navarro Barbosa.
“Notei que precisava buscar novos
meios de investimentos, mas deveria
ser um modelo que continuasse me
passando segurança. Foi aí que, há
mais de dois anos, conheci o peer-to-
-peer lending imobiliário e a CapRate
e percebi que poderia continuar investindo
com toda segurança e rentabilidade”,
explica Laís.
Para a paulistana Alexandra Lima, que
investe há dois anos e meio, escolher o
peer-to-peer lending imobiliário para
investir foi uma das decisões mais corretas
que ela tomou desde que decidiu
realizar aplicações.
“Conheci o P2P lending imobiliário
por meio da CapRate e tem sido uma
experiência muito satisfatória. Com
zero problemas e retornos sempre dentro
do prazo previsto”, destaca a paulistana.
Já a técnica judiciária do TRE-MG, Lorena
Ferreira Fraga, conta que apostar
no setor de imóveis lhe trouxe muitas
vantagens e que, ao escolher a CapRate
como caminho, lhe garantiu também a
segurança necessária.
“A incorporadora que resolvi aportar
cumpriu todo o combinado e o que era
previsto em contrato. Recebi todo o
valor investido com os juros pactuados
dentro daquele prazo. Ao investir com
a CapRate, essa é a segurança que ela
nos traz, sabemos que as incorporadoras
irão cumprir com todos os requisitos
pré-estabelecidos. Isso nos dá uma
maior segurança na hora de aportar
nosso capital”, explica a mineira Lorena.
Investindo via P2P Lending
Como em qualquer segmento do mercado
de investimento, no peer-to-peer
lending também existem algumas preocupações
na hora de fazer uma aplicação.
Uma delas tem a ver com os
riscos da aplicação e a segurança do
investimento.
Para o CEO da CapRate, Mauro Bing,
a plataforma visa atender todas as demandas
e interesses dos investidores e
investidoras.
“Nossa proposta é tornar os negócios
mais vantajosos, lucrativos, democráticos
e seguros para todos os gêneros.
Nós proporcionamos garantia real para
quem investe, além de rendimentos
muito acima dos demais investimentos
em renda fixa, como o Tesouro Direto,
o CDI e a Poupança. Em determinadas
rodadas, por exemplo, o percentual de
ganho pode chegar tranquilamente a
300% frente ao CDI e a Poupança”, explica
o CEO da CapRate.
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Franquias miram investidores e passam a aceitar bitcoin como moeda de pagamento
Nos últimos anos as criptomoedas
ganharam espaço nas carteiras de
investidores arrojados, paralelo a isso,
a desmaterialização do dinheiro na sociedade
foi acelerada pela pandemia e
os pagamentos por meios digitais e de
aproximação já viraram rotina para
muitos brasileiros. Visualizando uma
oportunidade de mercado, algumas
redes de franquias passaram a aceitar
bitcoin como forma de pagamento da
taxa de franquia.
Exemplos não faltam, entre eles estão
marcas como: Mr Fit, PremiaPão, Sofá
Novo de Novo, Açougue Vegano, Espetto
Carioca, Mané e Bendito.
A expectativa destas franqueadoras é
atingir investidores que já possuam
uma carteira de bitcoin e que tenham
interesse em abrir um negócio próprio.
Os porta-vozes das redes explicam que
os valores serão negociados conforme
a cotação do dia, como já acontece com
o dólar, por exemplo, e o pagamento
será realizado por transferência de carteira
digital. A primeira destas redes a
concluir uma negociação com pagamento
em bitcoin foi a Mr Fit.
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Volta ao trabalho presencial: ServiceNow dá 4 dicas para garantir a resiliência dos
negócios
Ao passo que a sociedade começa a
enxergar uma possível retomada
dos serviços presenciais, é necessário
que as empresas estejam preparadas e
tenham um plano sólido de retorno ao
trabalho para a segurança de todos no
ecossistema empresarial. No entanto,
o momento pede uma série de novas
preocupações e cuidados – que, se não
tomados, permitem futuros riscos que
podem ser tão complexos e disruptivos
quanto foram em 2020.
E para ajudar as organizações neste desafio
da retomada, a ServiceNow apresenta
quatro passos para que as equipes
de Resiliência de Negócios (todas as
áreas estratégicas responsáveis por planejar
este momento) possam garantir
um retorno bem-sucedido ao trabalho:
1.Construir uma cultura de resiliência
A maioria das iniciativas de retorno
presencial será focada em pessoas e
espaços, e para que essa parceria seja
confiável para a empresa, certifique-se
de envolver todas as funções no processo
– do estagiário ao presidente.
Estabelecer uma cultura de resiliência
permitirá uma transição orgânica da
postura de “resposta à crise” para a de
“comportamentos estratégicos”, criando
novos parâmetros para o futuro do
trabalho.
Também é crucial incorporar os aprendizados
trazidos pelo cenário pandêmico,
como a digitalização dos fluxos
de trabalho para otimizar resultados e
o trabalho feito de qualquer lugar.
Organizações entendem hoje que a
aglomeração presencial não é necessária
para que haja produtividade individual
ou eficiência operacional.
2. Aumentar a visibilidade do
programa
O apoio ativo da liderança é essencial,
tanto operacionalmente quanto culturalmente.
A melhor maneira de manter
os líderes atualizados em tempo real é
por meio de painéis (dashboards) que
mostrem o status da resposta dos colaboradores
a qualquer ocorrência.
Esses dashboards podem ser facilmente
criados com base em uma ferramenta
de continuidade empresarial, como
a ServiceNow® Business Continuity
Management, na qual podem ser hospedados
todos os detalhes relativos ao
programa de retomada.
3. Tranquilizar funcionários,
clientes e fornecedores
Comunicação envolvente, atualizações
regulares e informações de fácil acesso
são fundamentais para dar tranquilidade
às pessoas e proporcionar um ambiente
de trabalho saudável e produtivo.
A plataforma e o aplicativo Now
Mobile facilitam divulgações e o compartilhamento
de informações.
Prestar atendimento aos clientes e parceiros
também é um imperativo – não
só para cumprir obrigações contratuais,
mas também para construir relacionamentos
baseados na confiança.
Afinal, as demais empresas também
estão (ou deveriam estar) no mesmo
processo de adaptação e precisam entender
claramente a nova postura de
resiliência.
1. Digitalizar seu programa
Digitalizar os fluxos de trabalho do
programa dará a velocidade, a agilidade
e a visibilidade em tempo real necessárias
para reagir rapidamente quando
ocorrer uma crise. A digitalização também
vai permitir que o programa de
trabalho com resiliência ganhe escala
conforme a empresa crescer.
Além disso, a mobilidade é mais um
benefício importante – e uma prioridade
para muitos colaboradores hoje
em dia, já adeptos à trabalhar independentemente
do lugar ou do dispositivo
utilizado. Há uma fórmula simples
para planejar a força de trabalho no
pós-pandemia: trabalho distribuído +
fluxos de trabalho digitalizados = mais
produtividade, eficiência e resiliência.
Aprendizado contínuo
Porém, o aprendizado é contínuo: não
deve se desperdiçar os aprendizados
de uma boa crise. Seja uma pandemia,
fechamento de escritório ou qualquer
outro acontecimento, há lições que podem
melhorar a responsividade e a efetividade
da organização.
A resiliência deve ser uma prioridade,
e não algo a ser considerado depois.
Se for possível criar uma cultura de
resiliência, colocando-a em todos os
processos e digitalizando fluxos de trabalho
para ganhar velocidade e escala,
não só estaremos preparados da melhor
forma, como também ajudaremos
a moldar o futuro do trabalho.
Sobre a ServiceNow
ServiceNow (NYSE: NOW) está fazendo
o mundo do trabalho ‘trabalhar melhor’
para as pessoas. Nossa plataforma
e soluções baseadas em nuvem oferecem
fluxos de trabalho digitais que
criam grandes experiências e aumentam
a produtividade dos funcionários
e da empresa. Para obter mais informações,
visite:
www.servicenow.com.br.
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Marcos Farias evolui com a tecnologia e triplica sua receita em meio a pandemia
Com sua empresa, ministra treinamentos
para companhias de grande e
médio porte, que precisam desbravar
na computação em nuvem. Nem mesmo
a pandemia de covid-19 diminuiu
seu ritmo de trabalho. Pelo contrário:
a expectativa é triplicar a receita da
empresa em 2021.
Uma mudança e tanto para quem teve
a primeira experiência empreendedora
ainda na década de 90, quando ainda
frequentava as salas de aula do curso
técnico. Aos 18 anos, desenvolvia sistemas
para joalherias, segmento para o
qual fazia bicos na época, mas a falta de
maturidade para lidar com a gestão do
negócio pesou.
um novo desafio. Usou sua experiência
em treinamentos e criou a Arki1 como
um spin-off da área de treinamento da
antiga empresa para preparar profissionais
aos novos desafios de uma área
que está em constante transformação.
“Eu tento lembrar sempre que, dentro
de qualquer mercado, você só resolve
bem um problema se conseguir se
adaptar às necessidades que aparecem.
Os problemas evoluem e é preciso assimilar
novos conhecimentos para resolvê-los
da melhor maneira. O que
eu sabia em 1995 com processamento
de dados não faz mais sentido hoje.
Quando surge uma onda nova, ou você
surfa ou é engolido por ela. Eu prefiro
surfá-la.”
Fundador e CEO da Arki1, empresa
de treinamento especializada em
Google Cloud, entrou no curso de processamento
de dados na década de 90 e
nunca mais saiu da área
Em 1995, para melhorar sua vida, Marcos
Farias entrou no curso técnico de
“processamento de dados”, uma das
tendências daquela época. Sua vida
realmente mudou, mas não só. Em 26
anos, a própria área se transformou.
Hoje, não se fala mais em processamento
de dados, pois afinal, esta área
vai muito além disso.
O técnico em Processamento de Dados,
que se interessou pela carreira ao
ver bancários realizando operações em
um computador na década de 90, se
tornou especialista em soluções cloud,
com mais de 10 certificações Google
Cloud ativas – a ponto de treinar e capacitar
outros profissionais. Marcos é o
fundador e o CEO da Arki1, empresa
de treinamento especializada em Google
Cloud certificada pelo gigante do
Vale do Silício.
“Eu era muito novo, não tinha conhecimento
de estratégias de preços,
marketing, essas coisas. Desde cedo
me diziam que eu tinha ‘visão de dono’,
o que eu sempre encarei como um reconhecimento
do zelo no meu trabalho
e do respeito que eu tinha por aqueles
que depositavam sua confiança em
mim”, afirma.
Com origem humilde, recebeu dos pais
a consciência da importância da educação
e do trabalho para mudar seu
destino – o que o faz trabalhar desde
os 12 anos. O esforço o fez passar em
terceiro no processo seletivo (o chamado
vestibulinho) do curso técnico em
processamento de dados e, dali, seu
crescimento profissional acompanhou
a própria evolução da área.
Depois de trabalhar em uma multinacional,
em 2001 ingressou em uma
startup que o fez ter contato com grandes
contas e clientes. Cresceu na empresa
e, em 2008, se tornou sócio dela
em uma nova fase: a startup se tornava
a Just Digital. Especializou-se em soluções
Google para empresas e, em 2010,
começou a trabalhar também com treinamentos.
Foram oito anos de crescimento e amadurecimento
na empresa. Em 2016,
com a crise econômica que se iniciava
no Brasil e com pontos de vista divergentes
entre os sócios, resolveu assumir
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As reações do empreendedorismo no Covid-19 – Por: Elilde Browning,Professora e
escritora e Autora das obras: E assim foi a vida com uma versão para o inglês Paths of
life, Crônicas de um tempo infinito e Voltando a viver.
Os seres humanos sempre tiveram uma
capacidade extraordinária de sobreviverem
e se reinventarem a grandes e desastrosas
catástrofes na história da humanidade.
Justificando a afirmativa gostaria de lembrar
que em 1914 eclodiu a primeira
guerra mundial deixando um saldo de 22
milhões de mortos; em 1920 houve uma
pandemia mundial denominada Gripe
Espanhola onde morreram 50 milhões de
pessoas; em 1929 a crise econômica mundial
que começou com o desmoronamento
da bolsa de Nova York causando inflação,
desemprego e fome; Em 1933 os nazistas
chegam ao poder e começa a segunda
guerra mundial com 60 milhões de mortos.
No holocausto são dizimados seis milhões
de judeus; Em 1950 inicia-se a guerra
da Coréia e entre os anos de 1946 a 1954
a guerra do Vietnam.
OREm cada situação, os sobreviventes
buscaram soluções para que a vida continuasse.
A criatividade entrou em pauta
superando até o “modus vivendi” de antes.
Apesar de um número espantoso de mortes
o mundo não ficou, apenas, a lamentar
aqueles acontecimentos. Enfrentaram desafios
e com determinação e coragem seguiram
em frente. O mundo foi novamente
povoado e, assim, numa continuidade
dinâmica se reconstruiu o que se perdeu.
Recentemente, o covid-19 surpreendeu o
mundo surgindo em algum lugar do planeta
terra nos aterrorizando com mortes
contínuas e sem controle.
Graças ao avanço da ciência e da tecnologia
estamos esperançosos de que em breve,
com a vacinação, possamos ter controle
desse vírus invisível e mortal. Também,
buscam-se medicamentos eficazes para
salvar os que contraíram essa doença. É
uma corrida contra o tempo.
Algumas situações extremas foram tomadas
pelos governantes como, o isolamento
social o fechamento do comércio e das
escolas na tentativa de deter o avanço da
contaminação e, mesmo assim, ele se alastra
ignorando essas precauções. Milhões
de pessoas já morreram e outras poderão
ter o mesmo destino se a vacinação não for
ampla e urgente.
Com o recolhimento das pessoas, em
suas casas e em todo o mundo, a ruas ficaram
vazias assemelhando-se a cidades
fantasmas. Como era salutar misturar-se
às pessoas, em lugares diferentes, e sentir
que não estávamos sozinhos nesse mundo.
Como nos fazia bem receber um abraço
de um amigo e termos a sensação de afeto
e carinho! Quando essa pandemia se for,
certamente, iremos valorizar ainda mais
esses gestos humanos e entender o quanto
é importante se viver de maneira gregária.
Acostumados que estávamos no ir e vir
passamos por um choque inesperado. Era
preciso encontrar uma forma para superar
esse impasse e, também, suportar o
viver monótono do confinamento. Nesse
momento, o empreendedorismo surge
como uma alavanca para a humanidade
que encontrou novas formas de consumir,
vender e prestar serviços tornando a vida
mais prazerosa. Lembrando que toda a crise
gera oportunidades. E essa, sem dúvida,
modificou hábitos e um vislumbrar de novas
formas de empreender.
As vendas pela internet explodiram. Nunca
se vendeu tanto pela internet como agora.
Restaurantes e supermercados aderiram
as vendas por “delivery”e “drive thru”
e, ainda, migraram para as plataformas de
vendas online.
Os funcionários dos salões de beleza passaram
a prestar serviços domiciliares observando
sempre os cuidados necessários
de higiene.
As academias descobriram as atividades
online e também, usufruem os locais públicos
em praças e parques.
Os buffets impedidos de realizar festas e
eventos migraram para modelos de picnic
ao ar livre.
A educação formal passou por uma revolução.
Professores e alunos, de todos os níveis,
tiveram que se adaptar ao modelo de
aulas à distância.
Ainda levará tempo para entendermos
se essa modificação trará reais benefícios
para todos. É bem provável que sobreviva,
pela praticidade que se impõe. Fui professora
por vinte e dois anos e me lembro,
com saudade, daquela atmosfera salutar
que era estarmos reunidos, numa sala de
aula, vivenciando um aprendizado, tirando
dúvidas e compartilhando experiências
entre mestre e aluno.
Ainda, os clubes de assinaturas de vinhos,
alimentação natural, vegana e produtos de
cuidados pessoais tiveram um forte crescimento.
Cresceram as vendas de computadores
e notebooks. Todos precisam deles para
acompanhar o mundo da tecnologia.
O mercado de games explodiu nas vendas.
É um passatempo divertido e necessário
numa situação de confinamento. Faz-nos
desviar a atenção de uma realidade que
não estávamos preparados e vivenciar um
estado de bem estar.
O seguimento móbile faturou bilhões com
o aumento exponencial de downloads de
jogos para celular.
Quem já tinha o seu comércio online teve
a primazia de ter grandes lucros aumentando
o faturamento em mais de cem por
cento.
Segundo o SEBRAE 620 mil micros e pequenas
empresas surgiram em 2020. Sem
dúvida foi um despertar para um novo patamar
de empreendedorismo.
Concluímos que, independente do que nos
aconteça, teremos sempre uma escapatória
para sobreviver às adversidades que a vida
nos impõe. Com o advento do Covid-19,
aprendemos novas formas de empreender!
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Vendas online ampliam a lucratividade em até 90%
Maior rentabilidade, segundo
especialista, potencializa
ainda mais o setor de e-commerce.
No entanto, a concorrência
é grande e exige estratégias de
marketing diferenciadas para
conquistar o cliente e fortalecer
as marcas
A pandemia elevou o e-commerce
à categoria de serviço essencial.
E os números mais do que comprovam
isso. Dados do Comitê
de Métricas da Câmara Brasileira
da Economia Digital revelam
que, no Brasil, o segmento teve
um salto vertiginoso em 2020,
atingindo mais de 73% de expansão
em relação a 2019.
Esse crescimento impactou diretamente
outros setores, a exemplo
do delivery, que expandiu 48,77%
em 2020, segundo estudo da Statista.
Estima-se que somente esse
nicho de mercado movimente
mais de 6,3 trilhões de dólares até
o final deste ano.
Da mesma forma, os marketplaces
também despontam com
elevado crescimento dentro do
comércio virtual. Se em 2019 representavam
35% do faturamento
do setor, em 2020 aumentaram
sua fatia para 51% – segundo
dados da Abcomm (Associação
Brasileira de Comércio Eletrônico).
Marketing digital
Neste cenário profundamente
associado ao universo online, o
marketing digital assume papel
de protagonismo nas estratégias
de comunicação das empresas. E
os números também comprovam
essa tendência. A expectativa é
que, ao longo dos próximos cinco
anos, os investimentos neste segmento
cresçam cerca de 17,6%
em todo o mundo, saindo de um
patamar de US$ 305 bilhões em
2020, para US$ 807 bilhões em
2026 – ainda segundo a Abcomm.
As razões são óbvias
Tais projeções se baseiam em
pesquisas globais de opinião
do consumidor, que reforçam
a tendência de consolidação do
e-commerce como algo que veio
para ficar. Um exemplo é o relatório
“Consumer Trends Report
2021”, que aponta que 46% dos
brasileiros estão substituindo
compras em lojas físicas por experiências
online. Esse mesmo
estudo aponta que 57% dos clientes
se sentem mais confortáveis
comprando online e 54% continuarão
evitando visitas a lojas,
supermercados e mercados de
rua no futuro, devido às preocupações
com a saúde.
Caminho sem volta (e muito
mais lucrativo)
“Trata-se de um caminho sem
volta, que se tornou um imperativo
pra não só quem atua no varejo,
mas também o mercado B2B”,
analisa o especialista em marketing
digital, Caio Cunha – que é
presidente da WSI Master Brasil,
maior franquia mundial deste
segmento. Para ele, o marketing
digital é indiscutivelmente a principal
ferramenta de comunicação
mercadológica do ‘novo normal’
que vivemos. E o lado bom disso
é que as oportunidades de ampliação
dos lucros também são
indiscutivelmente maiores.
Custos bem menores
“Através do investimento em
marketing digital, quando bem
gerido, você tem um custo de
10% a 20% e um retorno de 80%,
85% ou de até 90% do seu investimento.
Por outro lado, quando
você tem que contratar um funcionário
e pagá-lo, você vai ter,
no máximo, um retorno de 50%.
Ou seja, o digital permite uma redução
de custo de 50% para 20%,
15%, e muitas vezes até 10%”, observa
Cunha, que tem mais de 25
anos de experiência na indústria
de tecnologia e já foi executivo
de grandes multinacionais como
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PWC, SAP e Hitachi.
Estratégia é essencial
Ele destaca, contudo, que não
existe receita pronta para vencer
a concorrência – que também
cresce na mesma escala. “É preciso
buscar caminhos inteligentes
para competir com as grandes
marcas. Não basta, por exemplo,
apenas adotar uma plataforma
digital e esperar tudo seja resolvido.
A concorrência é grande e
exige muito mais de quem vende”,
enfatiza o presidente da WSI
Master Brasil.
No caso dos marketplaces, especificamente,
ele diz que é preciso
avaliar, antecipadamente, todos
os custos que a empresa teria com
a operação própria, da divulgação
do anúncio à logística de entrega.
“Geralmente não há muita
diferença. Mas é preciso checar
e, sobretudo, levar em conta que
os marketplaces têm mais poder
de negociação com as empresas
de logística e isso representa agilidade
e taxas de frete mais amigáveis”.
Outro fator que deve ser levado
em conta, segundo ele, é o atendimento.
“Essas plataformas solucionam
um problema muito
comum às microempresas que
atuam online, que é a falta de
funcionários. Quem faz varejo
online precisa estar atento 100%
do tempo e despachar os pedidos
de forma instantânea, porque
isso impacta no prazo de entrega
e, de quebra, na reputação da empresa”.
Em compensação, destaca Caio
Cunha, o marketplace não ajuda
a potencializar a marca do pequeno
lojista ou fabricante. “A
experiência de compra ficará diretamente
associada à plataforma
e não à pequena empresa. Daí,
justamente, a importância de
saber agregar com soluções próprias
para atingir uma base maior
de clientes e, ao mesmo tempo,
colocar a própria marca em evidência.
O caminho óbvio é investir
em marketing digital com
plataformas mais completas que
integram todas as soluções digitais
implantadas . E isso também
vale para o segmento B2B, onde é
crescente a demanda por e-commerce”.
Caio Cunha é Presidente da WSI
Master Brasil, co-Fundador da
WSI Consultoria e membro do
Global WSI Internet Consultancy
Advisory Board. Com mais
de 25 anos de experiência na indústria
de tecnologia, atingiu cargos
executivos de alto nível, em
grandes empresas multinacionais
como PWC (com clientes IBM e
Unisys), SAP e Hitachi Data Systems,
no Brasil e no exterior. Ao
longo de sua carreira, participou
em programas de desenvolvimento
profissional em universidades
como a Stanford University, na
Califórnia, e no IMD Internacional,
na Suíça. Tem MBA em finanças
pelo IBMEC e é graduado
em Administração de Empresas
pela PUC, com dois anos na Roosevelt
University, em Chicago.
Fortalecimento da marca
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Entrevista Especial com Antônio Wrobleski, presidente do conselho de
administração da Pathfind
User Experience: melhoria contínua
a partir da experiência do
cliente
Empresas conectadas aos consumidores
oferecem soluções, melhoram
processos e aperfeiçoam
produtos para satisfazer necessidades,
dores e desejos
A era digital agregou novos conceitos
e práticas ao mercado e,
sem dúvidas, um dos mais importantes
é o UX, ou User Experience
(Experiência do Usuário,
em português). O objetivo desse
conceito é aprimorar a relação
com o cliente e proporcionar experiências
mais conectadas às
suas necessidades, dores e desejos.
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Para Antonio Wrobleski, presidente
do Conselho de Administração
da Pathfind, as empresas
que aplicam o UX tendem a ter
melhores resultados, já que conseguem
entender o cliente e oferecer
soluções, melhorando os
processos e aperfeiçoando o próprio
produto. No caso do setor de
logística, o especialista entende
que a melhoria contínua é capaz
de promover benefícios a toda a
rede, incluindo o consumidor final.
Confira a entrevista concedida
por
Antonio Wrobleski, presidente
do Conselho de Administração
da Pathfind a Jamir Silva, jornalista
e diretor da Revista Empresários.
Jamir Silva - O que é User Experience
(UX)?
Antonio Wrobleski - UX é toda a
gama de informações que a empresa
recebe no dia a dia e serve
para aprimorar o produto, o processo
ou o relacionamento com o
cliente.
Jamir Silva - Como a UX pode ser
aplicada às empresas?
Antonio Wrobleski - Pode ser
aplicada sempre visando o formato
de melhoria contínua.
Além disso, as empresas podem
aprimorar o produto, pensando
em adequá-lo às necessidades e
às dores que o mercado tem.
Jamir Silva - Como a pandemia
acelerou esse movimento?
Antonio Wrobleski - Na verdade,
a pandemia fez com que o empresário
tivesse mais tempo para
olhar para dentro da empresa.
Como o olho no olho tornou-se
impossível, criaram-se processos
de captura desses dados por meio
da escrita e de formalidades que
antes não existiam.
Jamir Silva - Como garantir um UX
de qualidade na empresa?
Antonio Wrobleski - Aplicar o
UX faz com que a empresa entenda
melhor as dores, os desejos
e as necessidades do cliente e o
que ele pensa para o futuro. Existe
uma expressão, que é Client
Perception, que é a percepção do
cliente, que com a UX é possível
identificar.
Jamir Silva - Novos empregos podem
surgir a partir desse conceito?
Antonio Wrobleski - UX não é
só sobre a relação com o cliente,
mas também sobre a relação
com o próprio produto, como ele
se comporta no mercado e o que
fazer para melhorar o posicionamento
dele. Por isso, com certeza
novos tipos de profissionais estão
surgindo.
Jamir Silva - Na logística, como
direcionar a experiência do cliente
com mais qualidade e propriedade?
Antonio Wrobleski - Na área de
logística, 95% dos clientes operam
os seus armazéns da mesma
forma, mas tem 5% com características
específicas que, com UX,
dá para entender. No transporte,
é possível identificar como o
seu cliente se posiciona junto ao
cliente dele. No fundo, é a mesma
rede e, quando a empresa de
logística entende isso, melhora a
cadeia toda e, consequentemente,
o próprio posicionamento no
mercado.
Votorantim Cimentos, Nestlé e
Heineken.
Website:http://www.pathfind.com.br
Sobre Antonio Wrobleski
Antonio Wrobleski é presidente do
Conselho de Administração da
Pathfind. Engenheiro, com MBA
na NYU (New York University),
também faz parte do Conselho da
BBM Logística e e sócio da Awro
Logística e Participações. Ele foi
presidente da Ryder no Brasil de
1996 até 2008, em 2009 montou a
AWRO Logistica e Participações,
com foco em M&A e consolidação
de plataformas no Brasil.
Foi Country Manager na DHL
e Diretor Executivo na Hertz. O
trabalho de Antonio Wrobleski
tem exposição muito grande no
mercado Internacional, com trabalhos
em mais de 15 países tanto
no trade de importação como de
exportação. Além disso, ele é faixa
preta em Jiu-jítsu, há 13 anos,
e pratica o esporte há 30 anos.
Sobre a Pathfind
A Pathfind é uma empresa brasileira
de software para a cadeia
logística com especialização em
ferramentas de roteirização e otimização
inteligente de distribuição
de cargas. A demanda por
mais inteligência na distribuição
de cargas com o aquecimento do
e-commerce impulsionou os negócios
da Pathfind, que oferece
tecnologia para otimização dinâmica
das rotas. Desde março, a
carteira de clientes cresceu 40%
acima do esperado e a previsão
de crescimento para 2020, feita
em janeiro, dobrou. Atualmente,
a empresa atende a mais de 400
clientes, entre eles FedEx, DHL,
31
32
Apagão: como proteger negócios em uma crise hídrica – Por: Jeferson D’Addario,
CEO do Grupo Daryus e especialista em continuidade de negócios e gestão de riscos
Especialista em continuidade de negócios
explica a importância de as
empresas criarem estratégias de resiliência
para evitarem possíveis paralisações
Nos últimos meses, muito se falou
sobre racionamento de energia e até
mesmo um provável apagão pelo país.
A escassez de chuvas prejudica os reservatórios,
o que torna a produção de
energia elétrica mais difícil. Com isso,
criar um plano de contingência para
tentar minimizar os efeitos de uma
possível falta de energia é fundamental
para proteger e manter os negócios em
funcionamento.
“Para uma estratégia de continuidade
de negócios dar certo é fundamental
preparar os profissionais e executivos
para isso. A própria ISO 22301 deveria
ser regra para setores público e privado
em todo o mundo.”, explica Jeferson
D’Addario, CEO do Grupo Daryus e
especialista em continuidade de negócios
e gestão de riscos
Segundo D’Addario, os empresários
precisam saber de três pontos fundamentais:
1 – Contingência é remediar algo que
teve sua gestão de riscos ou continuidade
negligenciada;
2 – Gestão de Continuidade de Negócios
é uma disciplina de gestão de riscos
estratégicos, e serve para identificar
os riscos e planejar a resiliência empresarial
a médio e longo prazo, ex.: um
tratamento de risco pode ser a implementação
de energia eólica ou solar em
vários locais nos próximos cinco anos;
3 – Planejar a continuidade e gerir os
riscos adequadamente é responsabilidade
da Alta Administração e Conselho.
Isto protege investidores, acionistas
e clientes.
De acordo com o especialista, o primeiro
passo para proteger os negócios
de uma crise ou desastres é criar um
programa de continuidade de negócios
top-down, depois é preciso entender
do negócio para que se consiga implementar
estratégias de resiliência. “Com
isso, é possível projetar cenários de crise,
fazer planos e mantê-los adequados.
Por fim, a conscientização e educação
da alta administração são grandes fatores
para uma empresa melhorar a resiliência
e minimizar perdas”, finaliza.
D´Addario possui mais de 20 anos
de experiência em TI e Consultoria e
soma mais de 40 projetos no Brasil e
América Latina em Continuidade de
Negócios, Resiliência Empresarial e
Segurança da Informação.
Sobre o Grupo DARYUS
Desde 2005 com o propósito de iluminar
mentes, proteger pessoas e negócios,
por meio de educação e serviços
em gestão de riscos, o Grupo DARYUS
tornou-se referência em consultoria,
educação e eventos nos temas: Gestão
de Riscos, Segurança de Informação,
Cibersegurança, Proteção de Dados
(LGPD) e Governança de Tecnologia
da Informação (TI). O Grupo é composto
por 4 unidades de negócios: 1)
A DARYUS Consultoria – especializada
em Gestão de Riscos e Cibersegurança,
2) O IDESP – Instituto DARYUS
de Ensino Superior Paulista – que é líder
na formação em GRC, com mais
de 30 mil profissionais formados desde
2006, e pioneira na criação dos cursos
de pós-graduação em segurança da informação,
forense computacional, cibersegurança
e continuidade de negócios,
3) A DARYUS Eventos, que tem
foco em criar e gerenciar eventos que
desenvolvam a comunidade de cibersegurança
e gestão de riscos no Brasil,
e 4) A DARYUS StartLab, aceleradora
de startups focada em Riscos, TI e Cibersegurança.
Para saber mais visite:
https://www.daryus.com.br/
33
Mulheres empreendedoras: o sucesso por trás da Ozllo
Zöe e Victória são as empreendedoras
que estão à frente da Ozllo, um marketplace
de moda, beauty e home care que se
tornou um sucesso no mundo digital com
uma forma diferente de atuação
Mulheres empreendedoras (resumo do
texto)
Cofundadoras da Ozllo, marketplace de
moda consciente que vende peças e acessórios
seminovos, de marcas renomadas
como Chanel e Louis Vuitton, prometem
revolucionar o mercado. De olho no crescimento
do interesse em produtos seminovos
e entendendo que muitas empresas
acabam não vendendo todo o estoque das
suas coleções, a Ozllo chega com o conceito
de venda do seminovo e do novo no
mesmo lugar, tendência que cresceu nos
últimos anos no Estados Unidos, principal
referência mundial em e-commerce.
Zoë Povoa sempre esteve ligada ao mundo
da moda, pois sua mãe tinha uma
confecção. Ao entrar em Administração
na renomada escola Insper, começou a
entender mais sobre o universo do negócio
da moda. Sua passagem de dois anos
pela gigante B2W deu a ela a experiência
necessária para largar tudo e empreender.
Assim, em 2018 se formou, saiu da B2W
e resolveu investir em seu próprio negócio,
contratando estagiários de férias para
catalogar e publicar 400 produtos no site.
Em 30 dias, um recorde para o mercado de
e-commerce, conseguiu comandar o seu
time para colocar a Ozllo no ar.
Um ano depois, Victória Alonso, que também
é formada em Administração pela
Insper e seguia a carreira de consultora na
Accenture, aceitou o desafio proposto por
Zoë, largou uma das maiores consultorias
de negócios do mundo para, ao lado da
amiga, empreender e fazer a Ozllo crescer.
34
O ano era 2018. Zoë Povoa tinha estabilidade
em um dos maiores grupos de e-commerce
do mundo, a B2W, que comanda as
operações da Americanas.com, Submarino.com,
Shoptime.com, com faturamento
na casa dos bilhões de reais. A empresa
está no portifólio da 3G Capital, fundada
em 2004 por Jorge Paulo Lemann, Marcel
Herrmann Telles, Carlos Alberto Sicupira,
Alex Behring e Roberto Thompson Motta,
mas não era isso que Zoë queria para a sua
vida.
Tendo a referência em casa, com a mãe
sendo dona de confecção, somada ao
aprendizado em uma das principais escolas
de negócios do país, o Insper, e seus dois
anos de experiência na gigante B2W, Zoë
Povoa entendeu que era hora de fazer um
e-commerce com um propósito em que ela
acreditava, a união de produtos seminovos
e novos na mesma plataforma, auxiliando
empresas a vender mais no e-commerce.
Assim surgiu a Ozllo, uma marca que tem
ganhado o carinho das pessoas a cada dia.
Em 2019, Victória Alonso entrou no projeto.
Assim como Zoë, Victória estava estável
na Accenture, uma gigante no setor
de consultoria de negócios, e seguia seu
sonho de ser consultora. Porém, a amiga
conseguiu impactar Victória com seu sonho
e em pouco tempo elas se tornaram
sócias.
Já atuando com influenciadoras de moda,
o que fez a marca se tornar ainda mais conhecida,
trouxeram a Luisa Accorsi, que
conta com mais de 850 mil seguidores
no Instagram, para ser a embaixadora da
marca. Era o que faltava para o sucesso do
marketplace se consolidar no concorrido
mercado de e-commerce de moda.
Atualmente, o portfólio de produtos está
acima dos 400 iniciais que o time de estagiários
cadastrou em tempo recorde.
Em 30 dias o sonho da Ozllo se tornou
um marketplace com produtos de diversas
marcas que tinha um enorme potencial de
ser um sucesso. Cerca de dois anos depois,
está claro que não ficou só no potencial.
A plataforma é dividida em marcas nacionais
e internacionais. Entre as nacionais
figuram marcas como Sophia Brand, Chez
Nous, Iódice, Spezzato e Maison MG.
Entre as internacionais, conta com Chloé,
Louis Vitton, Gucci, Apple, Hermés, entre
outras. O sucesso pode ser medido pela
sua abrangência: hoje a marca entrega para
17 estados brasileiros.
A Ozllo tem um diferencial para o mercado:
integrar-se com os grandes marketplaces,
uma estratégia que todos os e-commerces
pedem, mas que acaba deixando
projeto, muitas vezes, inviável. Por isso,
Zoë Povoa fechou parceria com diversas
ferramentas de ERPs para que as marcas
consigam integrar seus estoques e trabalhar
de maneira mais facil, além disso,
também estar em plataformas como Zattini,
Mercado Livre, Amazon, B2W, o que
amplia as vendas dos colaboradores e gera
praticidade na gestão dos negócios. Assim,
na Ozllo, os lojistas são realmente parceiros.
Sobre a Ozllo
Hub de serviços para varejistas de moda e
beauty, auxilia empresas a liquidarem peças
de coleções passadas, atua na venda de
seminovos. A Ozllo tem foco no aumento
do resultado financeiro de seus parceiros e
na manutenção da imagem das marcas de
alto padrão como tal, oferecendo um serviço
que se aproxime ao máximo da experiência
que proporcionam ao consumidor.
A plataforma também permite que usuários
passem suas próprias peças em desuso
para frente – por um preço até 80% menor
para o consumidor final. Foi criada em
2018, pelas empreendedoras Zoë Póvoa e
Victoria Alonso. www.ozllo.com.br
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36
Genética empreendedora: Gabriel Silva funda Ahimsa aos 23 anos e já conquistou o
mercado internacional
Fundada em 2013, a marca de calçados
veganos tem como missão produzir
de forma sustentável e inspirar
atitudes conscientes
A vida dá muitas voltas. Gabriel Silva,
CEO e fundador da Ahimsa Calçados,
que o diga. Aos 14 anos se mudou para
os Estados Unidos para ser tenista profissional,
aos 18 era instrutor de voo,
mas teve a carreira interrompida por
questões de saúde e sua profissão não
permitia que com diabetes tipo 1 seguisse
pilotando. Ele se reinventou: aos
23 anos começou a empreender e hoje
mescla seu estilo de vida com sua escolha
profissional.
De pai para filho, o início de tudo
O pai de Gabriel trabalha com calçados
desde 1985. Começou trabalhando em
uma fábrica e foi subindo de cargo até
se tornar gerente de exportações, o que
lhe fez tomar um novo rumo: empreender.
O empresário abriu sua empresa
de exportações, e em meados de 2000
com a valorização do real começou a
atuar no mercado interno.
A veia empreendedora somada ao
know-how é uma herança familiar.
Mas até fundar a Ahimsa em 2013 os
planos de Gabriel eram outros. Apaixonado
por aviação, dedicou-se a isso
e aos 18 anos já era instrutor de voo.
Em 2009, aos 19 anos, o setor estava
em alta, com as empresas comprando
aviões e com o mercado aquecido voltou
ao Brasil, onde atuou como piloto
particular internacional com a responsabilidade
de pilotar jatos. Teve a carreira
interrompida por ser diabético
tipo 1.
No vegetarianismo encontrou uma
dieta ideal para sua saúde. Por não
mais poder voar, seu pai o chamou
para trabalhar com ele.
Passou o primeiro mês muito próximo
ao patriarca até ganhar autonomia.
Um ano e meio após a imersão com o
pai, estava entrando no nicho vegano
e fundando a Ahimsa, em Franca (SP).
Os desafios diários
Gabriel começou sua carreira de empreendedor
aos 23 anos e, mesmo passada
quase uma década, afirma que o
aprendizado é diário. O empresário
não se considera expert em nada, mas
sabe um pouco de tudo. Quando não
se tem verba para chamar especialistas,
tem-se que aprender, ensinar, monitorar
todos os processos.
O pai até então possuía uma vasta experiência,
mas não uma fábrica, e hoje
essa realidade é diferente.
O maior aprendizado foi fabricar, mas
o maior desafio é gerenciar pessoas.
Lidar com funcionários, lojistas, logística,
gerenciamento. Nesse ponto, a
experiência com a aviação ajudou, pois
lá os processos precisam ser orquestrados.
O mundo evolui muito rápido e saber
administrar pessoas, extrair o melhor
delas, lidar com cliente, consumidores,
lojistas, são choques de realidade todos
os dias e se tornam desafios.
Atualmente, Gabriel gerencia um time
de mais de 50 pessoas e esse número
vem crescendo.
O mercado, por sua vez, também evolui
rápido, os materiais mudam, de
2013 para cá mudaram muito. É uma
superação a cada dia.
A diferenciação no mercado
A Ahimsa é cruelty free.
Desde a criação de seu nome, que significa
não violência, não machucar
nem causar nenhum tipo de dor a nenhum
ser vivo.
Com um mercado vegano consolidado
e em constante expansão, os calçados
veganos têm se diferenciado cada vez
mais e com isso ganham grandes responsabilidades.
Um dado que poucos
sabem é que seu processo de produção
consome 14 vezes menos água do que
a fabricação padrão.
Uma marca sem fronteiras
A Ahimsa, fundada em 2013, atende
tanto ao mercado B2B como ao B2C,
nacional e internacionalmente. Desde
2015 exporta para os quatro cantos do
mundo, devido à expansão do e-commerce.
As vendas acontecem no site
da marca, tanto para consumidor final
como para lojistas – que representam
66% das vendas totais, destinadas a países
como Estados Unidos, Inglaterra,
Alemanha, Canadá e principalmente
Austrália, sendo Melbourne seu maior
cliente no exterior.
“A Ahimsa nasceu para ser cruelty free
e por isso sempre nos preocupamos
com todos os processos de produção
dos calçados, incluindo seu descarte,
para que a sociedade se torne gradativamente
mais consciente, e faz a diferença
na vida das pessoas e dos animais.
Esse nosso DNA transcende o
mercado local e conseguimos ter uma
boa aceitação internacionalmente,
mais um case de sucesso para a marca”,
afirma Gabriel Silva, CEO e fundador
da Ahimsa.
Sobre a Ahimsa
Ahimsa significa a não violência, baseia-se
em atitudes como não agredir,
não matar, não machucar e nem causar
nenhum tipo de dor a nenhum ser
vivo. Com esse propósito a marca de
calçados veganos nasceu em 2013, com
o foco cruelty free. A marca trabalha
com materiais 100% veganos e sem
crueldade, com o objetivo de ser o mais
sustentável possível. Com vendas direcionadas
para atacado e varejo, atende
o mercado nacional e internacional.
Para mais informações, acesse:
https://useahimsa.com/
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Dependência das PMEs por tecnologia impulsiona mercado no Brasil
se tornar mais resiliente no futuro – e
sobreviver aos desafios que surgirão.
“É um segmento de mercado de vital
importância para as empresas que
trabalham com TI porque está mais
necessitado de tecnologia e aberto a
alternativas inovadoras”, explica Otto
Pohlmann, CEO da Centric Solution.
A empresa, especialista em soluções
completas focadas em implementação,
treinamento e suporte para ajudar a
sustentar o desenvolvimento de organizações
de todos os portes e ramos,
exemplifica este cenário. Atualmente,
90% de seu faturamento é proveniente
de pequenos e médios negócios. As
soluções de virtualização de aplicações,
ITSM (gerenciamento de serviços de
TI) e segurança em gestão de identidade
lideram a preferência dos clientes
da Centric. O setor de hotelaria é um
dos que demandam mais tecnologia na
empresa, principalmente com a virtualização
de aplicações.
Empresa de tecnologia que iniciou as
atividades em 2005 e oferece soluções
completas com foco em implementação,
treinamento e suporte para ajudar
a sustentar o desenvolvimento de empreendimentos
de todos os portes e
ramos de atividade. Adota ferramentas
voltadas a help desk, service desk, active
directory, cloud, IT security, network
performance, compliance, data
protection, aplicações e remote app.
Também realiza treinamentos, desenvolvimento
de projetos e monitoramento
em tempo real, 24 x 7, de processos,
negócios, redes, link e sistema
de missão crítica. Com sede em São
Paulo e uma equipe de 20 colaboradores,
a Centric ultrapassou a marca
de 3 mil clientes. Entre eles estão Banco
Safra, Crefisa, Unimed, CPFL e 60%
do mercado hoteleiro.
Centric Solution, especialista em
soluções completas focadas em
implementação, treinamento e suporte,
tem 90% de seu faturamento proveniente
de pequenos e médios negócios
A época em que os pequenos empresários
administravam seus negócios
na base das planilhas e da experiência
ficou para trás há algum tempo. Hoje,
é inimaginável encontrar PMEs que
não apostem em soluções tecnológicas
– e tal demanda está impulsionando o
mercado de TI no Brasil. O Estudo de
Maturidade Digital das Pequenas Empresas
de 2020, realizado pela IDC e
encomendado pela Cisco, mostra que
a pandemia de covid-19 foi um divisor
de águas na relação entre tecnologia e
os pequenos negócios. Essas companhias
precisaram buscar ferramentas
digitais para continuarem operando.
Para 96% delas, o avanço do novo coronavírus
as deixou dependentes da
tecnologia. Mesmo assim, quase dois
terços das empresas entrevistadas no
Brasil (62%) acreditam que a digitalização
de negócios é fundamental para
Um dos segredos para trabalhar com
PMEs é oferecer um serviço completo
a essas empresas. Elas enfrentam restrições
orçamentárias para implantar
as melhores tecnologias. Assim, além
do preço justo e acessível, é essencial
oferecer serviços técnicos eficientes
para auxiliar os gestores na jornada de
transformação digital. “Um dos nossos
diferenciais é oferecer um leque de
soluções amplo, integrado e acessível,
com serviços técnicos desempenhados
de forma rápida e com preço justo.
Temos que nos posicionar como parceiros
dos pequenos negócios, fornecendo
a estrutura necessária para eles
crescerem mesmo em um cenário de
incerteza”, complementa o executivo.
Sobre a Centric Solution
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39
40
Leão Group inaugurou escritório na capital paulista
O roqueiro Supla foi escolhido como
garoto propaganda por ser conhecido
também por sua vivência internacional
e por utilizar o inglês no meio das suas
falas. “Para mim é muito legal fazer
parte disso. Acho que estudar, trabalhar
e morar fora é uma opção viável,
mas muita gente não sabe a forma correta
de fazê-lo. E trazer informação de
coisas bacanas e que auxiliam as pessoas
a realizarem seus sonhos é sempre
é um diferencial para mim”, afirma Supla.
Com sede na Flórida, a empresa de
advocacia e assessoria imigratória
tem filiais em diversas partes do mundo
Com a presença confirmada do roqueiro
Supla, garoto propaganda da marca,
o escritório de advocacia e assessoria
imigratória Leão Group inaugurou sua
primeira filial em São Paulo. Referência
em Miami, nos Estados Unidos, nas
regiões Sul e Nordeste do Brasil e ainda
no Rio de Janeiro, o escritório de advocacia,
assessoria imigratória e de negócios
internacionais, comandado pelo
advogado e sócio fundador Leonardo
Leão, oferece serviços especializados
em imigração, como os mais diversos
vistos, também de negócios e investimentos
imobiliários.
“Percebemos uma possibilidade de
crescimento nesta região e o quanto
parcerias internacionais podem trazer
mais visibilidade e potência de crescimento,
além de geração de emprego, e
resolvemos ajudar a viabilizar o projeto
de expansão de grandes empresários
facilitando o trâmite com orientação
de melhores possibilidades no exterior,
elaboração de visto e documentação”,
explica Leonardo.
“Poucas figuras representam mais a
maneira paulistana do que o Supla!
Além disso, ele usa expressões cotidianas
em inglês para completar suas
frases e possui grande vivência internacional.
Por tudo isso, seu carisma e
irreverência, o escolhemos para anunciar
o nosso novo escritório de assessoria
imigratória”, brinca e explica o advogado
Leonardo Leão ao falar da nova
filial da Leão Group em São Paulo.
Leão Group Consulting Services é uma
empresa de consultoria registrada nos
EUA, com sede no estado da Flórida,
com filiais em diversas partes do
mundo, como Rio de Janeiro, Lisboa
e Milão. Os profissionais contam com
sólida formação, sendo graduados por
Universidades e Instituições de Ensino
mundialmente reconhecidas e com
vasta expertise no assessoramento de
diversos investidores e companhias ao
longo dos anos.
“A Leão Group ajuda também empresas
a explorar as grandes oportunidades de
negócios em mercados internacionais,
como os Estados Unidos e Europa, e
contribui para a organização, tomada
de decisão, diagnóstico e formulação
de soluções para os mais variados modelos
de negócio”, finaliza.
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42
Empreender sempre esteve na minha vida, afirma Diego Santana
Empreendendo desde que começou
na empresa, Diego Santana
está em sua nova empreitada comandando
uma empresa com 42
clientes e faturamento de R$ 6 milhões
ao ano
Esse paulistano, que por muito tempo
morou na Bahia, sempre teve a
vontade de fazer a diferença na vida
das pessoas. Pelo seu conhecimento,
aos 11 anos de idade, já dava aulas
de informática na escola onde estudava,
para alunos e professores.
Quando, mais velho, voltou para
sua cidade natal, ele abriu 3 lojas
on-line, apostando no crescimento
do mercado.
Com seu amplo conhecimento em
e-commerce, Diego recebeu o convite
para montar uma agência de
propaganda com foco em comércio
eletrônico. Em 2017, resolveu empreender
novamente, montando a
Your Commerce, uma agência que
vendia soluções de marketing digital
para os mais diversos e-c0mmerces
do Brasil. Em 2019, apostou na
sua carreira de palestrante e professor,
deixando a Your Commerce,
que mudou de nome depois da sua
saída.
Diego é hoje palestrante para empreendedores
em instituições como
Sebrae, Correios e Câmara Brasileira
de Comércio Eletrônico, mas com
a pandemia precisou se reinventar.
Foi quando lançou, em outubro de
2018, sua nova agência, a Ecommerce
Rocket, uma aceleradora das
lojas virtuais, que atua em São Paulo,
com sede em Florianópolis e que
atende clientes em todo o Brasil.
Atualmente, atende a 42 clientes e
fatura R$ 6 milhões ao ano, fazendo
apenas projetos de marketing
de performance para clientes de
médio e grande porte. Com uma
equipe enxuta, mas altamente ágil
e competente, o próprio Diego comanda
as operações, sendo o gestor
de marketing de performance para
e-commerce, um perfil cada vez
mais buscado pelas lojas on-line de
todos os tamanhos. A empresa administra
cerca de R$ 2 milhões em
mídia por mês e tem um resultado
de R$ 16 milhões mensais em vendas
para os clientes.
“Depois que fui eleito o profissional
de marketing do ano, pela Associação
Brasileira de E-commerce (AB-
Comm), muita coisa se abriu. Criei
o curso Gestor de Performance,
que em um ano formou 700 alunos,
além de fazer a Ecommerce Rocket
crescer em dois anos acima do esperado,
mesmo durante a pandemia.
É desafio constante, mas quem empreende
ama desafios”, afirma Diego.
Diego Santana
Profissional empreendedor nato,
atua com e-commerce desde 2008.
Já criou e gerenciou 3 operações de
sucesso no universo das vendas on-
-line. Hoje dedica a sua carreira a
acelerar e-commerces. Seu papel de
gestor de performance faz com que
Diego possa levar as lojas on-line a
venderem mais.
Professor do curso Gestor de Performance,
com mais de 700 alunos
formados em 1 ano.
Eleito em 2019 o Profissional de
Marketing Digital do Ano pela Associação
Brasileira de E-commerce.
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44
Varejo paulista fecha semestre com aumento de 22% nas vendas
Mesmo com boas perspectivas, a
entidade alerta que o setor ainda
enfrenta dificuldades para se recuperar
e tentar equilibrar o volume
de vendas em comparação ao ano
de 2019. A insegurança do consumidor
na hora de comprar, aumento
da inflação e incerteza no cenário
da pandemia foram os principais
entraves para o varejo.
maneira efetiva”, finaliza Stainoff.
De modo geral, segundo o levantamento
da FCDLESP, o segmento
que ainda enfrenta mais dificuldades
na recuperação são os bares e
restaurantes – duramente afetados
pelas medidas do Plano SP. Em paralelo,
o setor que mais mostrou
avanços é o de vestuário e calçados.
Flexibilização e avanço da vacinação
são os principais fatores que contribuíram
para um cenário positivo, segundo
dados da FCDLESP
No primeiro semestre deste ano, o
varejo paulista apresentou um aumento
de 22% nas vendas, de acordo
com a FCDLESP (Federação das
Câmaras de Dirigentes Lojistas do
Estado de São Paulo). O balanço realizado
pela entidade, com a participação
das principais CDLs do Estado
de São Paulo, aponta que o setor
varejista mostra sinais de recuperação
e segue otimista para o segundo
semestre.
Segundo os lojistas, no mesmo período
no ano passado, os principais
desafios dos varejistas foram causados
pelas fases mais restritivas
do Plano São Paulo – redução no
horário de funcionamento e capacidade
do local, que impactaram
diretamente o volume de vendas
que, consequentemente, apresentaram
um baixo índice. Já neste ano,
a maior flexibilização do estado nas
medidas possibilitou um cenário
mais confiante.
“O atual momento que o varejo vive
foi refletido no percentual de vendas
do Dia dos Pais. Com menos restrições,
o comércio gerou mais possibilidades
de venda, e a data, considerada
uma das mais importantes
do segundo semestre, demonstrou
bons resultados, o que gera um sentimento
otimista nos lojistas”, explica
o presidente da FCDLESP, Mauricio
Stainoff.
Expectativas
Para um segundo semestre positivo,
as CDLs da região metropolitana da
cidade, interior e litoral relatam que
manter os estabelecimentos abertos
é essencial para que as datas comemorativas
voltem a apresentar um
bom desempenho de vendas e possam
ajudar o varejo na possível retomada
da economia.
“O varejo tem apresentado bons índices,
o que ajuda na recuperação.
Com maior flexibilização e avanço
na vacinação, esperamos que até o
final do ano, as vendas se equilibrem
com 2019. Neste momento
de retomada, os estabelecimentos
devem continuar seguindo os protocolos
de segurança e garantindo a
confiança do consumidor, para que
a retomada aconteça, na prática, de
45
46
De agricultor a Presidente de empresa que fatura R$ 177 milhões com outsourcing de impressão
A
Reis Office está entre as principais
empresas focadas em impressão,
digitalização, transmissão e
armazenamento de documentos. A
companhia foi fundada pelo mineiro
José Martinho Reis, que deixou a
vida no campo para criar e desenvolver
um empreendimento que
faturou R$ 177 milhões em 2020 e
tem a projeção de fechar 2021 com
R$ 200 milhões e hoje conta com
mais de 300 funcionários em sua
sede em Guarulhos.
Reis nasceu no interior de Minas
Gerais, na cidade de Senhora de
Oliveira, a 160 km de Belo Horizonte,
em uma família de cinco irmãos.
Desde menino ajudava seu pai agricultor
com as tarefas e, na adolescência,
se formou em técnico agrícola.
Entretanto, não tinha condição
de entrar em um curso universitário
e, para fugir do trabalho no campo,
resolveu tentar a sorte com um primo
em São Paulo, em 1974.
Em duas semanas, o jovem de 19
anos conseguiu uma vaga como office
boy na Olivetti, fabricante de
máquinas de escrever, onde realizava
serviços bancários pela manhã
e ajudava no departamento de cobrança
à tarde.
Foi promovido a chefe de cobrança
em dois anos, mas logo pediu para
ser transferido para o setor de vendas
porque não ganhava bem. Em
pouco tempo se consolidou como
vendedor, tornou-se supervisor,
conseguiu grandes contas e formou-
-se em Administração de Empresas.
A reviravolta aconteceu no ano de
1984, quando a Olivetti aboliu as
vendas diretas para trabalhar somente
com concessionários. Martinho
teve a opção de ser transferido
para outro setor da empresa, mas
preferiu aproveitar a oportunidade
para empreender. Com um colega
de trabalho fundou a César Reis,
um negócio de revendas de equipamentos
de escritório, como máquinas
de escrever, calculadoras e telex,
sediada em Guarulhos. “Decidi
abrir a minha loja, tinha 29 anos e
ainda haveria tempo para mudar de
rumo caso não desse certo”, afirma.
O negócio funcionou com muito
esforço. O empresário vendia, entregava
e faturava os produtos, mas,
com a popularização dos computadores,
as máquinas de escrever caíram
em desuso e, em 2001, seu sócio
desistiu. Foi o momento de Martinho
fazer uma nova aposta: rebatizou
a companhia como Reis Office
e investiu no ramo de outsourcing,
oferecendo a locação, operação,
manutenção e suprimentos de equipamentos
de impressão e gerenciamento
de documentos. Seus clientes
atualmente são empresas das áreas
médica, indústria, transportes e governamentais
que desejam reduzir
custos com impressão.
“Fazemos um levantamento para
saber quanto o cliente gasta com
impressão e a sua necessidade em
relação aos equipamentos, qual seu
consumo de estoque. Então instalamos
dispositivos para barrar usos
indevidos, entre outras ações que
reduzem os custos em até 35%”, afirma
o fundador e presidente da Reis
Office.
Sobre a Reis Office
Sempre orientada pela tecnologia
e evoluindo junto ao mercado, a
Reis Office acompanha o desenvolvimento
do mercado de impressão
desde que foi fundada, em 1984.
A empresa tem como missão imprimir
soluções e sempre levar as
melhores inovações de outsourcing
para seus clientes por meio de uma
equipe qualificada e bem treinada.
Líder em soluções completas para
impressão, digitalização, transmissão
e armazenamento de documentos,
a companhia atua em parceria
com grandes marcas como Brother,
Canon, Epson, Kyocera, OKI,
Olivetti, Menno e Pantum. Além
de trabalhar somente com produtos
de alta qualidade, a Reis Office
também conta com as certificações
ISO 14001, que estabelece diretrizes
sobre gestão ambiental, e ISO 9001,
que define padrão de qualidade e
sistemas em geral.
47
Diversidade no Mercado de Consumo e Empreendedorismo – Por : Marcelo
Oliveira Martins dos Santos, Coordenador da Rede Afroempreendedores da
Baixada Santista ( Reafro )
Os negros assalariados aqueceriam o
mercado e isso
possibilitaria a importação de produtos.
Segundo a pesquisa A Voz e a Vez
– Diversidade no Mercado de Consumo
e
Empreendedorismo do Instituto Locomotiva
em 2018, os negros são
responsáveis pela circulação de mais
de 1,7 trilhão de reais na economia
brasileira. Isso significa que essa etnia
assume um papel importante no
mercado consumidor e influenciará
nas tendências do mercado nas próximas
décadas. Tendências essas no ramo da
moda, vestuário, turismo e também
serviço e produtos customizados para
a etnia negra como, por exemplo,
moda afro, beleza, cosméticos, saúde e
outros.
Por representamos mais de 54% da população
brasileira. Esse resultado
destaca a relevância do público negro
economicamente ativo que, de
acordo com o Instituto Locomotiva se
esses mesmos negros brasileiros
criassem um país, seria a 11ª nação do
mundo em população, com 114,8
milhões de pessoas e 17º país em consumo.
Mesmo não tendo seus direitos resguardados
por completo na sociedade
brasileira, os negros ocupam em maior
número o mundo do trabalho e, com
os seus salários, aquecem o consumo
brasileiro e produzem demandas e
nichos pouco explorados no empreendedorismo
nacional.
Enfim, um mercado de consumo e
negócio que vale a pena estudar e
investir, uma vez que cresce cada vez
mais.
É uma demanda gerada pela
comunidade negra que tem recursos
suficientes para impulsionar os
negócios que se aventurarão para atender
a comunidade negra brasileira.
Marcelo Oliveira Martins dos Santos –
Administrador de Empresas
–Formado na Universidade Catolica
Santos,MBA Gestão Empresarial
Estrategica pela Universidade Catolica
Santos ,Coordenador da Rede
Afroempreendedores da Baixada Santista
( Reafro ) e Presidente do
Instituto Luther King – Rede de Afroempreendedores.
Membro do Conselho
Estadual de Participação e desenvolvimento
da Comunidade Negra de São
Paulo
Mas devemos lembrar que o Brasil foi
um dos últimos países do mundo a
abolir a escravidão. Essa pressão de
abolição foi feita pela Inglaterra,
que queria a libertação de maneira formal.
Mas segundo os historiadores
da época, a intenção dos ingleses era
justamente o fomento do mercado
consumidor.
48
49
Entrevista especial com Theunis Marinho autor do livro “Sonhar Alto, Pensar
Grande – Lições de um brasileiro que enfrentou obstáculos e tornou-se presidente
de uma multinacional”.
Jamir Silva, jornalista e diretor da Revista
Empresários, entrevistou Theunis,
executivo brasileiro que trabalhou
por 28,5 anos no Grupo Bayer, iniciando
sua carreira no RH da Bayer S.A/
Brasil, transferiu-se para a área operacional
da Bayer AG/Alemanha (Óxido
de Ferro), onde ficou 8,5 anos. Voltou
para a Bayer S.A/Brasil, assumindo a
diretoria de Finanças e Administração
e, por fim, presidiu a Bayer Polímeros
S.A. (Brasil) e a diretoria geral-América
Latina para a Divisão de Plásticos
de Engenharia do Grupo Bayer. Atualmente
é membro de conselhos de
administração e consultivos, além de
coach e mentor de jovens CEOs. Em
2016, publicou o livro
“Sonhar Alto, Pensar Grande – Lições
de um brasileiro que enfrentou obstáculos
e tornou-se presidente de uma
multinacional”.
Linkedln, Facebook e Instagram: Theunis
Marinho
50
Jamir Silva – Como surgiu a idéia de
escrever o livro “Sonhar Alto, Pensar
Grande”?
Theunis Marinho – Um, entre vários
privilégios, dos jovens é poder “sonhar
e fazer grandes planos para o seu futuro”.
Ninguém pode tirar-lhe esse direito.
Quando um jovem tem um grande
projeto e garra, ele consegue direcionar
sua energia para aquilo dar certo,
mesmo que alcance, apenas, parte dele.
Para muitos, ir para uma Olimpíada
já é o topo. Para outros uma medalha
de bronze já é incrível, ou ainda ser o
campeão da sua cidade, numa atividade
de esportiva ou, ainda, passar num
vestibular. Tirar o sonho de um jovem
é como tentar matar a sua alma. Ele
precisa ter sonhos inspiradores e correr
atrás para realizá-los.
Tenho um provérbio, que diz: – “o sucesso
de uma pessoa se mede, não apenas
por aonde ela chegou, mas, também,
de onde ela partiu”.
Muitas vitórias começaram com um
sonho. O desafio é você fazer isso tornar-se
uma realidade. São o trabalho,
o foco, a resiliência, o planejamento, a
força para não desistir, que fazem um
jovem ser vitorioso. Porém, se você
não sonha, não foca nas suas metas,
você nem não sabe onde quer chegar…
Trago como exemplo a história real do
Manoel, taxista, cujo serviços, utilizo
muito. Ele veio do agreste pernambucano
e conseguiu concretizar os seus
sonhos. Certa vez, contando-me uma
parte marcante da sua história, disse
que, quando criança, o seu pai, em
uma desavença com um vizinho de
roça, foi assassinado. Manoel veio para
São Paulo em um caminhão, também
conhecido como “páu de arara”, tendo,
inicialmente, trabalhado como lavador
de carros, em frente à um Bingo e, na
sequência, como frentista, num posto
de combustível. Já há muito tempo,
tem seu próprio táxi. Sua filha é psicóloga
e seu filho trabalha numa rede de
lanchonetes. Diante disso, eu disse-lhe:
– Manoel, você é um grande vencedor
e merecedor de uma medalha de ouro.
Por histórias como essa, eu acredito
que o sucesso das pessoas se mede,
conforme o meu provérbio, já mencionado
acima.
Jamir Silva – Como a sua história de
vida pode influenciar outras pessoas?
Theunis Marinho – meu pai foi bancário
e, por isso, minha mãe e nós, quatro irmãos,
tivemos uma “vida cigana”. Nascí
na pequena cidade mineira de Alto
Rio Doce e, até meus 8 anos de idade,
morei em Angra dos Reis-RJ, Ubá-MG,
Belo Horizonte-MG, Socorro-SP e São
Paulo-Capital, sempre seguindo o emprego
do meu pai. O desprendimento,
com que aprendi a conviver em novos
lugares, ruas, casas, amigos, escolas
– me ajudou muito na minha trajetória
profissional e, hoje, com a minha
experiência, quero de alguma forma,
um pouco de tudo, que Deus me deu,
ajudando pessoas, através das histórias
e estratégias, contadas no meu livro e
nas palestras, mostrando aos jovens, os
caminhos para o sucesso na vida pessoal
e profissional.
Jamir Silva – Em seu Livro o senhor
traz “15 Mandamentos”, ou lições, para
o leitores terem sucesso em suas carreiras.
Pode falar sobre elas?
Theunis Marinho – Essas “15 dicas” foram
aprendidas ao longo da minha trajetória
de vida pessoal e profissional, as
quais destrincho em situações reais ao
longo do livro. São elas:
I – Sonhe alto e faça planos desafiadores
para o futuro. Lembre-se: nossos
olhos não ficam na nuca.
II – Não delegue seu destino a terceiros.
III - Aprenda a dizer não, sempre que
necessário e na hora certa.
IV – Não cultive relacionamentos destrutivos.
Eles são epidêmicos.
V – Discipline-se com pensamentos
positivos. A vida fica mais suave.
VI – Reflita sobre as consequências dos
seus atos, antes de colocá-los em prática.
VII – Cultive suas amizades, mesmo
que sejam passageiras.
VIII – Aprenda com seus erros. Eles
são ótimos “professores”.
XIII – Não sofra por antecipação.
XIV - Não apague seu passado. Ele é
seu alicerce mais profundo. Negá-lo é
tornar-se um “indivíduo falsificado”.
XV– Não adie as soluções para seus
problemas. Resolva-os, respeitando o
tempo e todos os envolvidos.
XII – Perdoe quem já o magoou. Você
desocupará espaços, “no seu “coração”,
para preenchê-lós com coisas boas.
XIII – Estude sempre.
XIV - Errar é inevitável.
XV – Tenha sempre bom humor.
Jamir Silva – Quando o livro foi lançado,
o Sr. achava que ele se tornaria um
best-seller ?
Theunis Marinho – “Sonhei Alto e Pensei
Grande” com um propósito: escrever
o livro, para ajudar pessoas do meu
país a se inspirarem e criarem projetos
audaciosos para o seu auto-crescimento
profissional e pessoal.
Hoje ele se encontra na 8ª Edição. Fiquei
muito honrado e gratificado, pelo
livro ter uma excelente recepção do
mercado e, principalmente, de poder
compartilhar os aprendizados que tive
ao longo da vida.
O meu maior prazer é estar sempre
aprendendo e poder transmitir minha
experiência aos outros, inspirando-os e
motivando-os a também darem o melhor
de si, encarando, de frente e com
flexibilidade, os grandes desafios. Ter
um feedback positivo do mercado e
dos leitores, também me traz aprendizado
e reciclagem.
Jamir Silva – Como se manter No topo
do “Everest corporativo”?
Theunis Marinho – A caminhada para
o sucesso é construída passo a passo,
exige sacrifícios, mas também requer
visão e planejamento. É preciso, antes
de tudo, não “engessar” a carreira logo
de início. Qualquer pessoa, que diz que
faz sucesso sozinho esta mentindo.
Você necessita de muitas pessoas para
te ajudarem a chegar ao “Seu Topo”.
Na vida real, a maior parte das mortes
das pessoas, que tentam escalar o
“Monte Everest”, nao acontecem na
subida, escalada, mas, sim, na descida.
Na vida real, também pode ser assim.
Saber a hora de chegar ao topo e a hora
de descer, é uma arte.
Meu propósito tem sido ajudar as pessoas,
que querem subir, ou seja: – alcançarem
“o topo do SEU Everest Corporativo”.
Se você me perguntasse, agora: qual foi
um dos grandes desafios que tive na
minha carreira, eu diria que foi estudar
o idioma alemão. Sempre achei que eu
não tinha grande aptidão para estudar
línguas e, ainda mais, alemão. Porém,
para isto, não existia a palavra não.
Claro, que, no mundo corporativo, o
idioma mundial é o inglês, mas, trabalhando
numa corporação mundial, de
origem alemã, falar o idioma alemão
com fluência, ainda mais morando por
8,5 anos na Alemanha, com três filhas,
esposa e “cachorro”, ajuda muiiito. “Eu
tinha que aprender as minúcias do
idioma para poder expressar-me em
alta perfomance”. Não havia o “mais
ou menos”, o suficiente. Tinha que chegar
nos 100% de entendimento com os
meus pares, clientes e, claro, vizinhos
da rua, pais da mesma escola das minhas
filhas e outros.
Jamir Silva – Quem é Theunis Marinho,
na sua essência?
Theunis Marinho – Não tenho a menor
dúvida de que a morte iguala todos seres
humanos, independente da idade,
cor, sexo, opcões de vida, poder econômico,
crenças, etc. O melhor caminho
é respeitar à todos. Não importa se trata-se
do mais humilde ou mais poderoso.
Quando morrermos teremos que
ser sepultados, cremados, lançados ao
mar, dentro de, até 24 horas, pois teremos,
todos, o mesmo “odor”
Jamir Silva – Para finalizar, qual a mensagem
que o Sr. deixa para os empresários
e empreendedores brasileiros ?
Theunis Marinho – O Brasil é um país
muito desafiador! Com as suas diversidades
políticas (você conhece outro
país, que tem 33 partidos políticos?),
distâncias sócio-econômicas da população,
tudo que fizermos, terá sido
pouco, tamanha são as demandas seculares,
em todos os níveis. Transformando
essa frase em algo positivo:
– é um país com imensas oportunidades.
As demandas são enormes, mas
com sua força e riqueza, as soluções
terão que vir do próprio povo.
Por último, queria deixar aqui, mais
um pensamento de minha autoria:
51
Superando as dificuldades e com bagagem de mais de 15 anos no mercado,
Ana Debiazi revoluciona as venture builders
CEO da Leonora Ventures se
destaca pela superação e desafios
de enfrentar mudanças no segmento
e pretende fazer da venture
builder a maior empresa de inovação
do mercado
Ana Paula Debiazi, CEO da Leonora
Ventures, é graduada em Economia
pela Universidade Federal do Mato
Grosso do Sul, com pós-graduação
em Administração de empresas pela
Fundação Getúlio Vargas, especialista
em Controladoria e Finanças
pela FGV e MBA em Gestão de Negócios
pela USP. Ana acumula mais
de 15 anos de experiência em cargos
de gestão, passando por grandes
empresas de diversos setores. Nos
últimos anos, já em Florianópolis,
atuou como COO em duas startups,
obtendo resultados expressivos de
crescimento e expansão.
Além de sua experiência no mercado
tradicional e de tecnologia, Ana
acumula vivências nos cargos de
COO e CFO em fundo de venture
capital, onde atuava junto às startups
do grupo, traçando estratégias tanto
de captação junto aos investidores
quanto de crescimento das startups
no mercado, com participação ativa
do seu desenvolvimento.
A história de vida
Ana Debiazi sempre teve espírito de
52
dona de empresa. Começou a trabalhar
aos 14 anos dando aula de inglês
para crianças em casa e pouco
a pouco foi expandindo sua atuação
para escolas de Campo Grande.
Com a pressão de cursar uma universidade
pública, trabalhava sábados
e domingos como secretária
em uma escola e em um cursinho
durante a semana em troca de uma
bolsa de estudos.
A recompensa chegou quando foi
aprovada em Economia na Universidade
Federal do Mato Grosso do
Sul. A vontade de continuar estudando
era grande, tanto é que cursou
a pós em Administração de Empresas
na Fundação Getúlio Vargas
– uma universidade particular, que,
com o fruto de seu trabalho, conseguia
arcar com a mensalidade.
Em todos os lugares em que trabalhou
sempre manteve seu interesse
alto e em busca de resultados como
se estivesse trabalhando para si.
Empreender no Brasil é um desafio,
as responsabilidades são maiores do
que quando se faz parte de um time
ou se é o líder e responsável pela
equipe inteira. Todos os encargos
que estão por trás de um empreendedor.
As mudanças na vida de Ana começaram
há quatro anos, quando saiu
de Campo Grande, onde trabalhava
na indústria, com um mercado tradicional,
e foi para Florianópolis no
segmento de startups acompanhar
de perto seu crescimento. A transformação
não é só no ramo empresarial,
mas no olhar para o negócio.
Sua primeira experiência com startup
foi na 1Doc, onde pôde enxergar
de perto por outro prisma a visão
comercial, trabalhar incansavelmente
para que a empresa continue
em frente. Ana relembrou aqueles
tempos em que, mesmo como funcionária,
já tinha a visão de dona e
sentiu que estava certa. Surgiu aí a
veia do empreendedorismo, a vontade
de sempre ir além, fazer mais
e melhor.
Os desafios
O mercado de trabalho ainda não
abriu 100% as portas para as mulheres,
e na visão da empreendedora
o Mato Grosso do Sul até hoje tem
uma cultura coronelista enraizada,
mesmo quando trabalhava lá em
2017, no setor industrial, bastante
visto como masculino pela sociedade.
O respeito perante um time predominantemente
formado por homens
e a insatisfação por não receber um
salário equiparado com seu cargo
por ser mulher causava inquietação.
Hoje, na posição de CEO, Ana reconhece
os desafios que venceu, sendo
o preconceito o maior deles, mas
está fortalecida e sabe que merece
chegar aonde chegou.
Colhendo os frutos
Pode parecer clichê, mas a receita
do sucesso é o trabalho. Não aceitar
‘não’ como resposta e ir atrás das
oportunidades sem procurar desculpas,
sempre com um plano de
ação. Educação e respeito é o básico
para chegar a qualquer lugar. Tratar
bem o outro e ter empatia são ações
fundamentais. Entregando com
qualidade, se dedicando, o sucesso
irá florescer. A formação acadêmica
também é importante na visão da
empreendedora. Estudar, procurar
cursos complementares, se dedicar
sem precisar renunciar a outros cargos,
por exemplo, o de mulher, de
mãe, esposa, filha, são atividades
que andam em paralelo.
Tornar-se CEO é a maior conquista
de Ana ao longo desses anos, ainda
mais de uma empresa como a Leonora
Ventures, que vem da base da
Leonora, uma companhia com 40
anos de mercado, e com a associação
da FCJ, uma multinacional, fruto
de todo trabalho realizado até então.
Os desafios e entraves existem,
mas tentar ser melhor naquilo que
se propôs a fazer, agradecer as oportunidades
e vitórias, enfrentar os
problemas com dedicação é a chave
do êxito.
Sobre a Leonora Ventures
Trazendo para a realidade da Leonora
Ventures, o objetivo era fechar
a rodada de investimento em um
tempo médio de 40/45 dias. O reconhecimento
dos esforços veio antes
do que se imaginava, e em três dias
o investimento aconteceu. Outras
vitórias a serem contabilizadas: a
meta de cinco startups para 2021
foi atingida e dobrada – passando a
ser dez. A meta é alcançar todos os
escopos propostos para se tornar a
marca mais conhecida de open innovation
e hub de inovação.
CEO da Leonora Ventures.
Sobre a Leonora Venture
A Leonora Ventures é uma Corporate
Venture Builder com DNA
inovador e com proposta de trazer
soluções para os setores de educação,
logística e varejo. Tem o objetivo
de fomentar ideias inovadoras
de educação e varejo e promover a
aproximação entre organizações já
consolidadas e startups. Pertencente
ao grupo FCJ Venture Builer, multinacional
que leva a inovação como
base de ação com sede em Belo Horizonte
(MG), pioneira no ramo de
Venture Building na América Latina,
presente também nos Estados
Unidos, em Portugal e na Finlândia.
Com uma equipe enxuta de cinco
pessoas, duas delas voltadas ao
marketing do desenvolvimento das
startups, a rotina de Ana é bem diferente
de quando era analista financeira
da Santa Casa, onde assumiu
a coordenação de faturamento e estava
à frente de um time de mais de
cem pessoas – aos 22 anos de idade.
Na área de inovação, a realidade é
outra: a ideia é trabalhar com menos
pessoas e fazer muito mais. No
modelo de liderança horizontal, a
CEO delega as funções, acompanha
os resultados e as dificuldades.
“Meu maior desafio é fazer com
que hoje a Leonora Ventures seja a
maior empresa de inovação de Santa
Catarina, amanhã da região Sul e
depois do Brasil, do mundo. Pensar
pequeno e pensar grande dá o mesmo
trabalho”, comenta Ana Debiazi,
53
54
55
Autorizar o retorno das feiras e eventos de negócios é apenas o começo do desafio de
recolocar em pé o setor – Por: Fernando Lummertz: profissional com 4 décadas de
atuação no setor, Administrador, MBA em Marketing, Jornalista,
Retomada das feiras e eventos de
A negócios não irá acontecer da noite
para o dia. Ainda que o represamento
dos calendários de 2020 e 21 possa
sugerir a realização de uma avalanche
de eventos para 2022 muitos fatores
concorrem para dificultar o retorno à
normalidade pré-pandemia com a velocidade
que desejamos.
É preciso continuar trabalhando muito
forte para encarar esses obstáculos nascidos
durante a pandemia. O longo período
de inatividade enfraqueceu por
demais a percepção de valor da ferramenta
de marketing e de vendas que as
feiras e eventos de negócios representam
efetivamente.
E isso exige uma união ainda maior
de todo o setor para que os níveis nos
quais haviam chegado em 2019 sejam
reconquistados.
Sem alongar por demais a lista dos
obstáculos, vamos nos deter nos principais:
56
1. Falta de confiança dos patrocinadores,
expositores e visitantes para
participar dos eventos.
2. Excesso de valorização da eficácia
das ferramentas digitais de virtualização
dos eventos artificialmente
gerado pela indústria digital que está
por trás da construção dessa falsa narrativa.
3. Aumentos absurdos dos preços
dos insumos empregados na montagem
de estandes e cenografia em geral.
4. Potencial falta de mão de obra
qualificada para atender um calendário
supostamente represado. Profissionais
do setor migraram para atividades
diferentes por necessidade de sobrevivência.
5. Baixo volume de recursos financeiros
das empresas do setor para
auto promoção e reorganização das
suas equipes de marketing, vendas e
operação.
Justificando porque coloquei em destaque
o item dois da relação acima
entendo que antes de qualquer outra
ação é preciso urgentemente trabalhar
na reconstrução da PERCEPÇÃO DE
VALOR.
E esse é um trabalho que precisa ser
realizado não só pelo conjunto das
empresas do setor, via entidades, mas
também individualmente, na medida
em que o resgate da confiança na eficácia
dos eventos passa obrigatoriamente
por evidenciar os bons resultados que
cada feira e/ou evento de negócio costuma
entregar para os seus patrocinadores,
expositores e visitantes.
Não podemos nos deixar vencer por
distorcidas demonstrações de que os
eventos virtuais são dezenas de vezes
mais abrangentes, geram mais leads e
custam muito menos para os participantes.
As ferramentas virtuais não são capazes
de competir com os eventos presenciais
em condições normais. Se posicionaram
numa brecha compulsória
que criou uma janela de oportunidades
para que fossem adotadas uma vez que
representavam o único paliativo disponível
para o crítico momento.
E, nesse sentido, o trabalho desenvolvido
pela EXPO RETOMADA em suas
edições vitoriosas já realizadas e nas
que certamente ainda virão, tem o importante
papel de ser o palco de (re)
construção dessa verdadeira narrativa
sobre a eficácia dos eventos presenciais
e, em especial, em recolocar a tecnologia
a serviço da ampliação dessa eficácia
e não mais na insípida concorrência
virtual.
Até porque não é esse o verdadeiro
papel de cada um dos atores. Nem os
promotores profissionais dos eventos
presenciais tem expertise para dominar
essas tecnologias e muito menos as
empresas de tecnologia tem expertise
para promover eventos.
Por favor, cada macaco no seu galho,
senão a árvore quebra…
Fernando Lummertz é administrador,
MBA em Marketing, jornalista, consultor,
professor, conferencista e empresário.
Fundador da Rede Feiras, a
mais completa plataforma de integração
dos profissionais envolvidos com
as feiras de negócios, é o criador do
PRO Expositor GESTÃO, o aplicativo
brasileiro mais utilizado para gestão da
participação nas feiras.
Pelos seus cursos e palestras já passaram
mais de 4000 profissionais que lhe
concedem uma avaliação bom/ótimo
de 98,5%. Considerado o consultor
brasileiro mais requisitado no segmento
das feiras de negócios, realiza
trabalhos de consultoria no Brasil e no
Exterior.
57
58
59
Entrevista concedida a Revista Empresários por Leonardo Leão, especialista em
Direito Internacional, advogado, fundador e CEO/consultor de imigração e negócios
internacionais da Leão Group.
Cresce cada vez mais número de profissionais
brasileiros residentes nos
EUA e Dados apontam uma tendência ao
aumento de Green Cards para esses “profissionais
excepcionais”. De acordo com
Escritório de Assuntos Consulares do
Departamento de Segurança Interna dos
Estados Unidos, em 2020, segundo números
parciais do relatório fiscal americano,
foram 1.899 permissões de residência permanente
(vistos efetivamente concedidos
ou mudanças de status).
O Itamaraty estima que cerca de 1,6 milhão
de brasileiros vivem hoje em território
norte-americano. “É um avanço que já
vínhamos notando desde 2015, numa média
de 10 a 18% ano a ano. De 2018 para
2019, o aumento foi de 29%. Ainda estamos
aguardando os dados consolidados
de 2020, mas acreditamos que também tenha
havido um crescimento exponencial”,
explica o especialista em direito internacional,
advogado e consultor de negócios
internacionais Leonardo Leão, da Leão
Group.
Acompanhe abaixo a entrevista concedida
a Revista Empresários por Leonardo
Leão, especialista em Direito Internacional,
advogado, fundador e CEO/consultor
de imigração e negócios internacionais da
Leão Group.
Revista Empresários: O que é necessário
para tirar o visto e seguir
carreira na área de telecomunicações
nos EUA? Quais qualificações
são exigidas?
Leonardo Leão: O mercado de telecomunicações
está mais aquecido do que
60
nunca nos EUA. Com o advento das novas
tecnologias, como o 5G, Internet das
Coisas (IoT), além da construção e viabilização
da First Net (rede wireless exclusiva
para serviços de emergência) e as
suas aplicações diárias nas necessidades da
sociedade americana, a busca por profissionais
de todas as áreas ligadas às telecomunicações
virou assunto de interesse nacional,
devido à carência de profissionais
qualificados para atender à demanda prevista
para os próximos anos. Dessa forma,
a maioria dos os profissionais com experiência
na referida indústria são bem-vindos
em solo americano.
Revista Empresários: A pessoa precisa
ser formada em quais faculdades
e desenvolver quais trabalhos?
Leonardo Leão: Caso a pessoa tenha
formação em engenharia de telecomunicações
ou Tecnologia da Informação, por
exemplo, além de experiência comprovada
de mais de cinco anos, após formado,
executando suas funções na área de telecomunicações,
há grande chance dela se
qualificar para a residência permanente
(Greencard) até mesmo sem a necessidade
de oferta de emprego no E.U.A.
Os trabalhos a serem desenvolvidos em
solo americano envolvem todos as atividades
relacionadas à referida indústria,
desde trabalhos de campo, na construção
e montagem de sites (torres e antenas), até
os trabalhos intelectuais, como desenvolvimento
de hardware e software voltados
às telecomunicações.
Revista Empresários: Qual o tipo
de visto? por que? Quanto a pessoa
gastará em média e em quanto
tempo sai esse visto?
Leonardo Leão: O tipo de visto a ser
utilizado dependerá diretamente do nível
de formação e realizações profissionais
durante a carreira: se a pessoa possuir um
histórico profissional destacado como ter
trabalhado em ou para grandes multinacionais,
prêmios recebidos, artigos escritos,
publicações em seu nome, dentre outros,
a pessoa terá grandes chances de se
qualificar para um visto EB1, para profissionais
com habilidade extraordinária. Já
para aqueles que possuem histórico de trabalho
na área de mais de cinco anos após a
conclusão do ensino superior, porém não
se enquadram como habilidade extraordinária,
a opção perfeitamente viável é a
aplicação para o visto EB2-NIW (National
Interest Waiver), onde a oferta de emprego
de uma empresa nos EUA é dispensada em
função dos planos do profissional estrangeiro
de aplicar o seu trabalho e conhecimento
em uma área de grande interesse do
governo Americano. É importante frisar
que ambos os vistos, EB-1 ou EB-2 NIW,
não necessitam de oferta de emprego no
EUA e garantem o Greencard para o aplicante
e sua família (mulheres e filhos).
O investimento para estes tipos de processos
imigratórios gira em torno de 25 mil
reais por família.
Revista Empresários : Qual o salário
médio dos profissionais da área
que já estão trabalhando nos EUA?
Leonardo Leão: O salário de profissionais
ligados à área de telecomunicações
nos EUA, dificilmente fica abaixo dos
USD 60 mil anuais para os profissionais de
campo, por exemplo. Já os trabalhadores
que executam funções com necessidade de
maior qualificação, como engenheiros ou
desenvolvedores de software, por exemplo,
o salário anual é acima de USD 100 mil.
A boa remuneração se deve, conforme já
citado, à escassez de mão de obra qualificada
disponível no mercado americano e
a “briga” entre as empresas da área para
contar e fidelizar tais profissionais.
Leonardo Leão é especialista em Direito
Internacional, advogado, fundador
e CEO/consultor de imigração e negócios
internacionais da Leão Group. Mestre em
Direito pela University of Miami School of
Law, com especialização na University of
Miami Division of Continuing & International
Education.
É pós-graduado em Direito Empresarial
e Trabalhista pela Fundação Getúlio Vargas
(FGV). Possui MBA pela Massachussets
Institute of Business. Tem um vasto
conhecimento e histórico comprovado
de mais de 15 anos fornecendo conselhos
indispensáveis aos clientes que buscam
orientações em relação à internacionalização
de carreiras e negócios.
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Entrevista - Gil Santos
por indicação ou algo relevante junto à
classe empresarial , em vários segmentos
e também no Social . Exemplo a
ABRAPEC.
Revista Empresários – Quantas
edições já foram realizadas e em quais
países ?
Gil Santos - O Prêmio Networking
Empresarial está em sua 8ª Edição a
Primeira foi aqui no Brasil e já percorremos
vários Países o último foi em
Portugal Lisboa em 2019
Revista Empresários – Qual a diferença
do Prêmio Networking e dos
outros que existem no Brasil?
mensagem que você deixaria para os
empresários e empreendedores brasileiros?
Gil Santos - A mensagem de dias melhores.
Que eles possam continuar com
essa garra e determinação, não existe
vitória sem batalhas, não existe sucesso
sem foco a frase não é minha porém
eu sempre digo ; Mostre me uma pessoa
capaz de tomar decisões precisas e
imediatas …que eu lhes mostrareis um
VENCEDOR
PRÊMIO NETWORKING EMPRE-
SARIAL CHEGOU PARA TODOS
ESSES VENCEDORES .
Jamir Silva, jornalista e diretor da Revista
Empresários, entrevistou Gil Santos,
idealizador do Prêmio Networking
Empresarial que tem como diferencial
valorizar os produtos e serviços regionais.
Revista Empresários – Como nasceu e
a importância do Prêmio Networking
e a importância dele para os empresários?
Gil Santos - Viajando em alguns Países
observei que não havia nenhum Prêmio
em homenagem aos empresários
que fazem a engrenagem girar e contribuem
para o crescimento do nosso
País O Prêmio Networking Empresarial
nasceu no Instituto de Homenagear
as pessoas , Empresários por meritocracia,
por tudo que os empresários
fazem por excelência e realizam
Revista Empresários – Como é realizada
a avaliação para que um empresários
seja indicado para receber o
prêmio e até quando a direção do prêmio
esta recebendo as indicações?
Gil Santos -Existe um Comitê com
Votação de júri , com análise de conquistas
e destaques nacional e internacional
, O critério das indicações se dá
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Gil Santos - O Prêmio Networking Empresarial
veio para homenagear, valorizar
e enaltece a classe Empresarial a diferença
é que os empresários se sentem
realmente Valorizados é reconhecidos ,
cada um dentro do seu segmento
Revista Empresários – O Prêmio
Networking esta alinhando com a Responsabilidade
Social e o porque ?
Gil Santos - Nós entendemos que fazer
o social é o nosso dever como cidadãos
, tanto é que em todos os Eventos que
realizamos , destinamos um recurso
para alguma instituição esse ano será
para o instituto Brasil + Social Projeto
Driblando a Fome aonde o Cafu Pentacampeão
e Luiza Brunet são os Padrinhos
do projeto social
Revista Empresários – Como você
analisa desempenho dos empresários
brasileiros durante a pandemia da Covid19
e agora com a retomada dos negócios?
Gil Santos - Eu os chamo de Super Heróis,
pela forma como os empresários
encararam essa pandemia que não é só
aqui no Brasil e sim mundial , por isso
estou realizando o Prêmio Networking
no dia 18 de Novembro de 2021 , na
Casa do Ator no grupo Bisutti na Vila
Olímpia , por reconhecer o talento e a
coragem desses empresários.
Revista Empresários – Qual a
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Feijoada Beneficente da Asfar em Santos foi um grande sucesso
Feijoada da Asfar em Santos foi
A um grande su cesso comemorando
também os 61 anos de fundação da
Associação de Família de Rotarianos
de Santos.
Patrícia Elias Rogas de Oliveira, Presidente
Asfar - Gestão 2021/2022 agradeceu
a todas as pessoas que colaboraram
com o grande sucesso do evento
dizendo: “Estamos muito felizes com
o sucesso da Feijoada da Asfar, e para
nós, essa retomada dos trabalhos presenciais,
encontros e eventos, foi o melhor
presente que a nossa Associação
poderia receber”
Sobre a comemoração de mais um aniversário
da Asfar, Patrícia emocionada
relatou a sua alegria de estar à frente
da presidência e poder contar com o
apoio das diretoras no ano em que a
Asfar esta comemorando seus 61 anos
de existência, em um clima gostoso,
de muita harmonia e tranquilidade. E
tudo, é claro, dentro dos padrões exigidos
pelo momento ainda delicado que
estamos vivendo! “Obrigada a todos
que nos prestigiaram, vocês fizeram
parte de um momento muito especial.
E que venham mais 61 anos de muita
prosperidade, para continuarmos
fazendo o que mais sabemos e temos
tanto prazer, ajudar o próximo” finalizou
Patrícia.
Confira alguns cliques do evento.
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Marcelo Feltrin é Head of Business Development da Opus Software.
Open Banking já deixou de ser
O um tema restrito apenas a quem
trabalha com o mercado financeiro e
fintechs. Ele é objeto de propaganda na
mídia aberta e campanhas de grandes
bancos de varejo junto a seus clientes.
Com tal popularização, é natural que
haja grande expectativa à sua volta, especialmente
em relação ao impacto no
mercado.
Nesse contexto, tenho observado algumas
posições que mais me parecem
mitos do que realidade. Neste artigo,
abordo três dessas lendas, apresentando
uma perspectiva alternativa.
Mito 1: Precisamos explicar o que é o
Open Banking para as pessoas. Caso
contrário, a sua adoção será pequena.
Recentemente, uma pesquisa do C6
Bank/Ipec divulgou uma série de informações
sobre o nível de conhecimento
da população brasileira a respeito do
Open Banking. Talvez fosse até melhor
dizer "nível de desconhecimento", uma
vez que a iniciativa foi confundida com
bancos abertos dia e noite ou até mesmo
com "open bar".
A questão não é contestar os dados da
pesquisa, afinal, ela foi feita por uma
instituição extremamente respeitável.
Entretanto, não creio que o desconhecimento
sobre Open Banking deva ser
interpretado como um indicador de
que os níveis de adoção serão baixos.
Isto porque conhecer o funcionamento
de algo não é necessariamente condição
essencial para adotá-lo.
Em especial, quando se fala em novas
tecnologias, o fator mais importante
está ligado ao benefício que a inovação
traz.
Pense nos pagamentos com cartão
de crédito, algo com o que já estamos
acostumados há décadas. É normal que
a maioria das pessoas não conheça os
papéis de adquirente, subadquirente,
bandeira, emissor, merchant, assim
como o caminho percorrido por seus
dados quando é realizado um pagamento
via cartão.
No entanto, pagar com cartão é algo
prático, que está disponível em inúmeros
lugares, facilitando a vida em muitas
situações (como em viagens, por
exemplo) e trazendo diversos benefícios
(seguros, pontos etc.).
Por conta disso é um meio de pagamento
largamente utilizado. Portanto,
o nível de adoção está muito mais relacionado
ao benefício percebido do que
ao conhecimento do sistema em si.
Não é difícil imaginar que com o Open
Banking algo semelhante vai acontecer.
Assim, as pessoas adotarão o sistema
se houver players que aproveitem
a nova infraestrutura e desenvolvam
aplicações que façam bom uso dela,
entregando valor para os clientes. Isto
certamente é mais importante do que o
entendimento do que é consentimento,
transmissora, receptora etc.
Mito 2: O medo de expor os dados vai
restringir a adoção
É natural que haja receio. Todos os dias
ouvimos falar em casos de vazamentos,
fraudes, golpes, e a reação natural é ter
mais cautela. Mas isso é apenas um dos
lados da moeda. Novamente, as pessoas
pesam o risco/benefício ao tomarem
a decisão de abrir a informação.
Considere, por exemplo, algumas
aplicações de PFM (Personal Finance
Management), aqueles aplicativos que
ajudam a gerenciar suas finanças. Eles
consolidam informações de várias contas-correntes
e criam uma visão unificada.
Temos vários cases de enorme
sucesso. Porém, com a tecnologia atual,
os usuários desses aplicativos têm
que abrir a senha da sua conta bancária
para que eles funcionem, e isso é MUI-
TO mais do que simplesmente abrir os
dados da sua conta bancária. Apesar
disso, milhões de usuários têm usado
esses aplicativos.
Com o Open Banking, o nível de segurança
será muito maior. Em primeiro
lugar, não haverá compartilhamento
de senha com ninguém, ela será usada
apenas no próprio ambiente do
banco onde já é utilizada. Além disso,
diferente do que temos hoje, todos os
participantes estarão sob a supervisão
do Banco Central, o que certamente
aumentará bastante a percepção de segurança.
Parece-me bastante razoável supor
que, a despeito da cautela natural, muitos
estarão dispostos a participar.
Mito 3: Open Banking é ruim para os
grandes bancos
Não necessariamente. Creio que a melhor
forma de se colocar é que o Open
Banking muda a dinâmica do jogo, o
que vai ser ruim apenas para quem não
tiver a capacidade de se adaptar.
Pensando em particular nos grandes
bancos, além da possibilidade de se
transformarem em grandes plataformas,
sobre as quais muita coisa acontece,
há de se considerar também outros
fatores que os favorecem: capacidade
tecnológica, expertise no tratamento
de dados ("data is the new oil"), além
do fato de terem largado na frente por
conta da obrigatoriedade da Fase 1.
Não podemos esquecer que a ideia do
Open Banking não é apenas redividir o
pedaço do bolo que cabe a cada player,
mas também fazer crescer bastante o
tamanho do bolo. Assim, algum grande
player pode até ficar com um percentual
menor do bolo, mas que representará
uma fatia muito maior do que
a que ele tinha antes.
Por fim, se a régua com a qual medirmos
o sucesso do Open Banking
considerar apenas o número de participantes,
no Brasil temos uma questão
peculiar: o sucesso do Pix e seus núme-
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ros impressionantes que não param de
crescer. Contudo, apesar de haver uma
relação forte entre as duas iniciativas,
elas têm naturezas bastante distintas, o
que faz com que utilizar esses números
como benchmark talvez seja um pouco
rigoroso. Afinal, a tendência é que
as curvas de adoção sejam muito diferentes.
O fato de haver menos usuários
compartilhando dados nos próximos
meses, comparado ao número de usuários
de Pix, não significará o insucesso
do Open Banking.
O Open Banking é um fenômeno
mundial. Ele tem o potencial de gerar
mudanças muito além do mercado
financeiro, e creio que irá viabilizar
oportunidades como poucas vezes foi
visto.
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Entendendo o Afroempreendedorismo – Por: Djalma Moraes – afroempreendedor,
professor, escritor e ator
Existe uma falsa visão de que os africanos
que aqui chegaram e foram
escravizados eram analfabetos, néscios
e indolentes. Na realidade, essa
visão foi imposta pelo colonizador
português que invadiu terras,
destruiu tribos e culturas em busca de
riquezas, entre elas o tráfico
negreiro. Os diversos povos que foram
dominados através do uso de armas
de fogo ou de estratégias sutis de provocar
guerras entre tribos para
comprar os derrotados e vendê-los nos
mercados escravagistas do mundo,
inclusive no Brasil.
Dentre os povos que foram dominados
e transformados em mercadorias
existiam tribos e reinos riquíssimos em
ouro, joias e pedras preciosas,
uma cultura milenar baseada na tradição
oral, na manipulação de metais,
comércio de tecidos e artesanatos, além
de terem uma medicina avançada
baseada no uso de ervas e compostos
naturais. Muitas tribos produziam
corantes a base de terra, frutas, folhas e
flores para adornar suas
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roupas e para identificar suas etnias,
por outro lado, haviam povos que
tiveram contatos com os árabes e receberam
ensinamentos do Alcorão, além
de se tornarem alfabetizados, também
conheceram a metalurgia, a química
e o domínio da vastíssima culinária regional.
Os povos africanos aqui chegavam,
após uma longa e cansativa viagem em
condições precárias, eram de tribos diferentes,
falavam dialetos
diferentes e eram regularmente separados
de seus iguais, quer sejam
familiares, amigos ou de qualquer elo
com sua cultura natal. Apesar
disso, seus conhecimentos foram extremamente
úteis para enriquecer a
aristocracia brasileira com seu sangue
e suor na dura lida das
plantações de cana ou até de café, foram
quatrocentos anos de rebeldia,
fugas, lutas e mortes, para que nosso
país se tornasse o grande produtor
de açúcar e de café, abastecendo assim
o mundo todo.
O afroempreendedorismo surgiu junto
com a escravidão, pois, muitos
africanos que aqui chegaram tinham
grande domínio de atividades
necessárias à infraestrutura das fazendas
e cidades, com conhecimento de
metalurgia tornaram-se ferreiros, os
que conheciam trabalhos com couros,
tornaram-se seleiros, cada ofício dominado
acabou servindo de moeda de
troca para compra da alforria, pois um
escravo com tais habilidades
ganhava mais dinheiro prestando serviços
a diversos senhores do que
trabalhando de sol a sol nas lavouras.
Assim surgiram as quituteiras, as baianas
de acarajé, pedreiros,
construtores, marceneiros, nossos primeiros
afroempreendedores. Na
atualidade, diante dos desafios causados
pela exclusão social, diversas
pessoas tiveram que se reinventar para
enfrentar as dificuldades que
foram surgindo e se agigantando diante
dos nossos olhos, nesse momento,
eis que grande parte da população de
afrodescendentes começa a se
movimentar em direção ao empreendedorismo
através de atividades
artesanais, fazendo turbantes, tranças,
adereços, brincos, importando
objetos de decoração, roupas e tecidos
de países africanos para venda
direta ou através de encomendas. Também
surgiram especialistas em
gastronomia fornecendo via delivery
pratos saudáveis ou até comidas mais
elaborados. Tudo isto prova que o espírito
empreendedor sempre esteve
presente nos povos advindos de terras
africanas.
Na atualidade com a reabertura gradativa
da economia, estamos vendo uma
grande massa de afroempreendedores
surgindo nos diversos segmentos,
principalmente em área voltadas à inovação,
como por exemplo, marketing
digital, webdesign, criação de games e
colocando em prática a garra que
faz parte da nossa cultura. Já foram feitas
diversas publicações sobre a
mudança do cenário em favelas e comunidades
através dessa nova onda de
negócios locais tocados por afroempreendedores
que está revolucionando
o
mercado tanto de pessoas de baixa renda,
quanto de futuros investidores
no mercado financeiro.
Espero que esta onde se transforme em
um tsunami que ajuda a reduzir a
desigualdade social em nosso país,
possibilitando não só o
enriquecimento, mas também uma
nova tomada de consciência que nos
leva
adiante, pois já sofremos muito com os
erros do passado e com a falta de
oportunidades reais no mercado de
trabalho.
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