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Revista Analytica Edição115

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EDITORIAL<br />

<strong>Revista</strong><br />

Ano 19 - Edição 115 - Novembro 2021<br />

Estimado Leitor,<br />

A edição 115 da <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> foi elaborada para fechar este ano com um conteúdo especial para você!<br />

Nossa última edição do ano de 2021 traz artigos científicos sobre AVALIAÇÃO<br />

DA EFICIÊNCIA DOS EXTRATOS DE AMEIXA E BETERRABA COMO INIBIDORES<br />

ORGÂNICOS DE CORROSÃO e também sobre A UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS<br />

DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS.<br />

Esta edição traz uma nova seção: farmacogenética, que este mês, aborda sobre<br />

a resposta dos genes aos medicamentos.<br />

Sobre o setor empresarial, abordaremos a importância da testagem de Covid em<br />

funcionários para a segurança na retomada presencial às empresas.<br />

Contamos sempre também com as novidades das indústrias anunciadas por<br />

nossos clientes parceiros.<br />

Nós da equipe <strong>Analytica</strong> gostaríamos de agradecer por mais um ano de parceria<br />

com todos os nossos colaboradores, leitores, clientes, colunistas e todos que de<br />

alguma forma colaboraram para chegarmos até aqui.<br />

Um forte abraço e ótima leitura!<br />

Fale com a gente<br />

Comercial | Para Assinaturas | Renovação | Para Anunciar:<br />

Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />

Tel.: 11 3900-2390 | Dúvidas, críticas e ou sugestões, entre em<br />

contato, teremos prazer em atendê-lo.<br />

Para novidades na área de instrumentação analítica, controle<br />

de qualidade e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />

/<strong>Revista</strong><strong>Analytica</strong><br />

/revista-analytica<br />

/revistaanalytica<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS | MEIO AMBIANTE | LIFE SCIENCE<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

EXPEDIENTE<br />

Realização: Newslab Editora<br />

Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />

Jornalista Responsável: Luciene Almeida | editoria@revistaanalytica.com.br<br />

Publicidade e Redação: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />

Coordenação de Arte: FC DESIGN - contato@fcdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Hawaii | Periodicidade: Bimestral


<strong>Revista</strong><br />

Ano 19 - Edição 115 - Novembro 2021<br />

ÍNDICE<br />

01<br />

06<br />

Editorial<br />

Publique na <strong>Analytica</strong><br />

Artigo 1<br />

07<br />

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA<br />

DOS EXTRATOS DE AMEIXA E BETERRABA<br />

COMO INIBIDORES ORGÂNICOS DE CORROSÃO<br />

Autores: Cinthia Soares de Oliveira do Carmo, Jéssica Helen Silva, Karina<br />

Macedo Lima, Luana Aparecida dos Santos, Luana Cristina Lopes Veloso, Mara<br />

Cristina de Oliveira, Mariane Nascimento Reis Lomes.<br />

2<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

Artigo 2<br />

16<br />

A UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA<br />

QUALIDADE NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS<br />

Por: Luiza Viegas Menegon<br />

Cientista de Alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)<br />

Conteudista na Neoprospecta<br />

20<br />

22<br />

24<br />

25<br />

28<br />

32<br />

35<br />

Espectrometria de Massa<br />

Microbiologia<br />

Setor Empresarial<br />

Logística Laboratorial<br />

Farmacogenética<br />

Radar Científico<br />

Em Foco


<strong>Revista</strong><br />

Ano 19 - Edição 115 - Novembro 2021<br />

ÍNDICE REMISSIVO DE ANUNCIANTES<br />

ordem alfabética<br />

Anunciante pág. Anunciante pág.<br />

ARENA TECNICA 31<br />

BCQ<br />

4ª CAPA<br />

ER ANALITICA 05<br />

FCE PHARMA 26-27<br />

GREINER 19<br />

KASVI 03<br />

NOVA ANALITICA 37<br />

PENSABIO 2ª CAPA | 23<br />

PRIME CARGO<br />

3ª CAPA<br />

SARTORIUS 15<br />

VEOLIA 09<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS | MEIO AMBIANTE | LIFE SCIENCE<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

4<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

Conselho Editorial<br />

Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da Escola de<br />

Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de Cromatografia (CROMA)<br />

do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos E berlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas e Sociedade Internacional<br />

de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de<br />

Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS<br />

da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação Brasileira de Agribusiness.<br />

Colaboraram nesta Edição:<br />

Luciana e Sá Alves, Marcos Roberto Ruiz, Oscar Vega Bustillos, Bruna Mascaro e Claudio Kiyoshi Hirai.


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<strong>Revista</strong><br />

Ano 19 - Edição 115 - Novembro 2021<br />

PUBLIQUE NA ANALYTICA<br />

Normas de publicação para artigos e informes assinados<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para publicação de artigos, aos<br />

autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />

Informações aos Autores<br />

Bimestralmente, a revista <strong>Analytica</strong> publica<br />

editoriais, artigos originais, revisões, casos<br />

educacionais, resumos de teses etc. Os editores<br />

levarão em consideração para publicação toda<br />

e qualquer contribuição que possua correlação<br />

com as análises industriais, instrumentação e o<br />

controle de qualidade.<br />

Todas as contribuições serão revisadas e analisadas<br />

pelos revisores.<br />

Os autores deverão informar todo e qualquer<br />

conflito de interesse existente, em particular<br />

aqueles de natureza financeira relativo<br />

a companhias interessadas ou envolvidas em<br />

produtos ou processos que estejam relacionados<br />

com a contribuição e o manuscrito<br />

apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o termo<br />

de compromisso assinado por todos os autores,<br />

atestando a originalidade do artigo, bem<br />

como a participação de todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em português,<br />

mas com Abstract detalhado em inglês.<br />

O Resumo e o Abstract deverão conter as<br />

palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente<br />

ser enviadas na forma original, para<br />

uma perfeita reprodução. Se o autor preferir<br />

mandá-las por e-mail, pedimos que a resolução<br />

do escaneamento seja de 300 dpi’s, com<br />

extensão em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados e enviados<br />

por e-mail, ordenados em título, nome<br />

e sobrenomes completos dos autores e nome<br />

da instituição onde o estudo foi realizado.<br />

Além disso, o nome do autor correspondente,<br />

com endereço completo fone/fax e e-mail<br />

também deverão constar. Seguidos por resumo,<br />

palavras-chave, abstract, keywords, texto<br />

(Ex: Introdução, Materiais e Métodos, Parte<br />

Experimental, Resultados e Discussão, Conclusão)<br />

agradecimentos, referências bibliográficas,<br />

tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no texto com o<br />

sobrenome do devido autor, seguido pelo ano<br />

da publicação, segundo norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada referência<br />

citadas no texto devem vir listadas no fim,<br />

com o sobrenome do autor em primeiro lugar<br />

seguido pela sigla do prenome. Ex.: sobrenome,<br />

siglas dos prenomes. Título: subtítulo do<br />

artigo. Título do livro/periódico, volume, fascículo,<br />

página inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências. Referências<br />

de contribuições ainda não publicadas<br />

deverão ser mencionadas como “no prelo”<br />

ou “in press”.<br />

Observação: É importante frisar que a <strong>Analytica</strong> não informa a previsão sobre quando o artigo será publicado. Isso se deve ao fato que, tendo em<br />

vista a revista também possuir um perfil comercial – além do técnico cientifico -, a decisão sobre a publicação dos artigos pesa nesse sentido. Além<br />

disso, por questões estratégicas, a revista é bimestral, o que incorre a possibilidade de menos artigos serem publicados – levando em conta uma<br />

média de três artigos por edição. Por esse motivo, não exigimos artigos inéditos – dando a liberdade para os autores disponibilizarem seu material<br />

em outras publicações.<br />

6<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

ENVIE SEU TRABALHO<br />

Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />

A/C: Luciene Almeida – Redação<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />

Ou por e-mail: editoria@revistaanalytica.com.br<br />

Para outras informações acesse: www.revistaanalytica.com.br/publique/


Artigo 1<br />

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS EXTRATOS<br />

DE AMEIXA E BETERRABA COMO INIBIDORES<br />

ORGÂNICOS DE CORROSÃO<br />

Autores:<br />

Cinthia Soares de Oliveira do Carmo<br />

Jéssica Helen Silva<br />

Karina Macedo Lima<br />

Luana Aparecida dos Santos<br />

Luana Cristina Lopes Veloso<br />

Mara Cristina de Oliveira<br />

Mariane Nascimento Reis Lomes<br />

FACULDADE PITÁGORAS DE BETIM<br />

Resumo<br />

Apesar da utilização extensiva e relevante de inibidores de<br />

corrosão, a maior parte deles pode ser prejudicial ao meio<br />

ambiente. Diante disso, esse trabalho compreende a avaliação<br />

da eficiência do extrato da beterraba como inibidor orgânico de<br />

corrosão. Sendo assim, para a execução do mesmo, placas de aço<br />

carbono, devidamente preparadas, foram analisadas em soluções<br />

de NaCl 25 g/L e HCl 2 mols/L, divididas e avaliadas na presença<br />

e ausência do extrato em estudo. Sendo assim, para a obtenção<br />

dos resultados, realizou-se o ensaio de perda de massa, para a<br />

determinação da massa perdida em função da concentração do<br />

inibidor; bem como a concentração dos íons Fe2+/Fe3+ nas<br />

amostras foi analisada, através da Espectrometria de Absorção<br />

Atômica – EAA. Os ensaios de perda de massa demonstraram que<br />

o extrato de beterraba exerceu forte influência em solução HCl 2<br />

mols/L, pela qual foi observada uma perda de massa significativa<br />

do corpo de prova na ausência do extrato e um decréscimo da<br />

oxidação do metal em decorrência do aumento da concentração do<br />

inibidor. Dessa forma, o presente estudo expõe o comportamento<br />

do extrato em diferentes meios e avalia a eficiência dos compostos<br />

antioxidantes presentes como inibidores orgânicos de corrosão.<br />

Abstract<br />

Despite the extensive and relevant use of corrosion inhibitors,<br />

most of them can be harmful to the environment. Therefore,<br />

this work includes the evaluation of the efficiency of beet<br />

extract as an organic corrosion inhibitor. Therefore, for the<br />

execution of the same, carbon steel plates, properly prepared,<br />

were analyzed in NaCl solutions 25 g / L and HCl 2 moles /<br />

L, divided and evaluated in the presence and absence of the<br />

extract under study. Thus, in order to obtain the results, the<br />

mass loss test was performed, to determine the lost mass as<br />

a function of the concentration of the inhibitor; as well as<br />

the concentration of Fe2 + / Fe3 + ions in the samples was<br />

analyzed using Atomic Absorption Spectrometry - EAA. The<br />

mass loss tests showed that the beet extract had a strong<br />

influence on HCl 2 moles / L solution, whereby a significant<br />

loss of mass of the specimen was observed in the absence of<br />

the extract and a decrease in the oxidation of the metal due to<br />

the increased inhibitor concentration. Thus, the present study<br />

exposes the behavior of the extract in different media and<br />

assesses the efficiency of the antioxidant compounds present<br />

as organic corrosion inhibitors.<br />

Palavras chave: Corrosão. Extrato de beterraba. Inibidores de corrosão.<br />

Keywords: Corrosion. Beet extract. Corrosion inhibitors.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

7


Artigo 1<br />

Introdução<br />

Sendo assim, o objetivo deste trabalho é analisar<br />

Objetivos<br />

O processo de corrosão envolve a transformação<br />

de um material metálico ou liga metálica devido a<br />

sua interação química e/ou eletroquímica em um<br />

determinado meio corrosivo (Kodama e Hotsumi,<br />

2011). Exemplificamos aqui alguns métodos de<br />

proteção contra os ataques corrosivos: pinturas,<br />

o comportamento dos principais compostos<br />

majoritários presentes na ameixa e na beterraba<br />

quanto a capacidade de inibição do processo<br />

de corrosão da liga metálica metalon, liga de<br />

aço carbono, através dos processos extração por<br />

percolação, evaporação e técnica gravimétrica.<br />

Objetivo Geral<br />

Analisar a eficiência à corrosão do aço carbono<br />

utilizando extrato orgânico de ameixa e beterraba<br />

como inibidor de corrosão.<br />

Objetivos Específicos<br />

• Determinar o desempenho do extrato da<br />

revestimentos mecânicos, sistemas de proteção<br />

catódica, fosfatização e cromatização, inibidores<br />

de corrosão, dentre outros.<br />

Os Inibidores de corrosão são substâncias que,<br />

quando adicionados em pequena quantidade<br />

O uso de produtos naturais na indústria química<br />

tem se tornado extremamente importante devido<br />

ao fato desses produtos serem vistos como uma<br />

fonte inesgotável de compostos naturalmente<br />

biodegradáveis e que podem ser extraídos através<br />

de processos simples e de baixo custo (Grosser,<br />

ameixa e beterraba como inibidor de corrosão no<br />

aço carbono<br />

• Avaliar a corrosão do aço carbono nos meios aquoso<br />

(HCl - 2 mols/L) e meio salino (NaCl - 25g/L)<br />

Referencial Teórico<br />

ao meio, podem reduzir ou até mesmo eliminar<br />

2015). O processo de oxidação de materiais<br />

Inibidores de corrosão são substâncias<br />

o processo de dissolução do metal exposto a<br />

esse meio agressivo, seja este gasoso, aquoso<br />

ou oleoso (Tussoline, 2007). Mas alguns deles<br />

apresentam índices de toxidez que podem ser<br />

prejudiciais ao meio ambiente.<br />

ainda vem gerando muitos impactos ambientais.<br />

É possível perceber que embora existem muitos<br />

estudos nessa área, há ainda grande necessidade<br />

de métodos que visam a redução dos impactos<br />

econômicos e ambientais provenientes das<br />

constantes demandas de manutenção.<br />

que, quando adicionados em pequena<br />

quantidade ao meio, podem reduzir ou até<br />

mesmo, eliminar o processo de dissolução<br />

do metal. São largamente utilizados no<br />

âmbito industrial como, por exemplo, em<br />

sistema de refrigeração, decapagem e limpeza<br />

As ligas metálicas são de extrema importância<br />

para a sociedade devido a sua grande<br />

empregabilidade, porém um dos problemas ou<br />

o maior problema que assola estes materiais é<br />

a corrosão. Outro problema associado a corrosão<br />

são os mecanismos de proteção, que por sua vez<br />

são tóxicos à saúde humana e não compatíveis<br />

Dessa forma este trabalho busca a melhor<br />

compreensão frente ao comportamento dos<br />

extratos da ameixa e da beterraba como<br />

inibidores de corrosão e sua posterior aplicação na<br />

indústria e em larga escala. Com isso, procurouse<br />

embasamento teórico em artigos acadêmicos<br />

publicados em plataformas de artigos científicos.<br />

de equipamentos industriais como relata<br />

Kodama, Hotsumi (2011).<br />

Além disso de acordo com Rocha e outros<br />

(2010), existe uma preocupação ambiental<br />

no sentido de minimizar a utilização de<br />

produtos tóxicos e não compatíveis com<br />

com o meio ambiente gerando produtos e<br />

subprodutos nocivos de acordo com Rocha e<br />

outros (2010).<br />

Artigos escritos por autores como: Fabiana<br />

Nogueira Grosser, Artur Lucas Kodama e Tatiane<br />

Noda Hotsumi foram de grande importância para<br />

a realização desta pesquisa.<br />

o meio ambiente. A busca, portanto, de<br />

um inibidor de corrosão ambientalmente<br />

adequado, que possa reduzir ou eliminar o uso<br />

de solventes tóxicos ou a geração de produtos<br />

8<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

Visando minimizar os efeitos causado ao<br />

meio ambiente e à saúde humana, bem como<br />

melhorar a qualidade e a durabilidade de<br />

materiais metálicos expostos a meios agressivos,<br />

o presente trabalho, por meio de pesquisas,<br />

revisão bibliográfica e testes laboratoriais,<br />

apresenta uma alternativa para utilização de<br />

inibidores de corrosão orgânicos obtidos através<br />

de extratos de plantas e vegetais.<br />

A realização deste trabalho apresenta as<br />

imprescindíveis e relevantes importâncias<br />

obtidas com a pesquisa, como problema<br />

de pesquisa, o objetivo e a importância<br />

em se estudar o tema, referencial teórico,<br />

metodologias e principalmente resultados<br />

de pesquisa e testes, tencionando aplicar<br />

os conhecimentos obtidos em posteriores<br />

trabalhos e demais aplicações industriais.<br />

e subprodutos, que são nocivos à saúde ou ao<br />

ambiente é uma necessidade.<br />

Ainda de acordo com Rocha e outros (2010),<br />

buscando manter o meio ambiente em<br />

equilíbrio, surgiram novas ideias para inibir a<br />

corrosão. Deixando de lado os solventes tóxicos<br />

e utilizando de inibidores naturais que possuam<br />

ação antioxidante.


Artigo 1<br />

Existem atualmente vários mecanismos de<br />

proteção contra corrosão capazes de conter<br />

ou bloquear o processo corrosivo, ainda<br />

assim há razões para pesquisar e desenvolver<br />

outros meios de proteção como por exemplo<br />

obter extratos de compostos naturais de<br />

frutas e vegetais com boa interação com<br />

a superfície metálica, capazes de inibir a<br />

sua deterioração, afim de substituir outros<br />

métodos agressivos a saúde humana e a<br />

natureza, reduzindo assim os impactos<br />

ambientais. Kodama, Hotsumi (2011).<br />

Uma das alternativas é estudar constituintes<br />

vegetais contidos na flora brasileira como inibidores<br />

de corrosão, que além de serem ambientalmente<br />

corretos ainda são economicamente viáveis.<br />

Kodama, Hotsumi (2011).<br />

Figura 1: Extração da Beterraba<br />

Fonte: Próprio autor<br />

Figura 2: Extração da Ameixa<br />

Fonte: Próprio autor<br />

Os inibidores biodegradáveis são importantes<br />

pois aumenta a vida útil do material, previne<br />

acidentes provenientes de rupturas causadas<br />

pelo desgaste metálico (comum em regiões<br />

litorâneas). Após pesquisar efeitos de inibidores<br />

biodegradáveis, notou-se que a presença<br />

do extrato faz aumentar a resistência de<br />

incompatibilidade anódica e catódica evitando<br />

a corrosão, trazendo benefícios e baixo custo.<br />

Kodama, Hotsumi (2011).<br />

Figura 3: Soluções na ausência e presença de extratos e placas antes da sua oxidação.<br />

Fonte: Próprio autor<br />

10<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

Metodologia<br />

Inicialmente foram obtidos os extratos da ameixa<br />

e beterraba, que foram escolhidas através do<br />

critério de frutas e legumes com maior função<br />

antioxidante. O extrato foi obtido por extração<br />

com álcool etílico 70%.<br />

Após a extração para se obter o extrato orgânico<br />

fez-se a evaporação do álcool no sol durante<br />

uma semana e posteriormente o aquecimento<br />

em uma chapa, até que o extrato apresentou<br />

coloração escura e se tornou pastoso.<br />

Em relação aos corpos de prova, as placas de<br />

aço carbono, inicialmente elas foram lixadas e<br />

limpas com acetona para a remoção de qualquer<br />

película de oleosa que interferisse no resultado<br />

final. Em seguida foram feitas as pesagens da<br />

placa para a determinação da perda de massa no<br />

fim dos ensaios de corrosão.<br />

Os extratos foram diluídos em uma solução<br />

alcoólica de 5 mL de água para 5 mL de<br />

álcool e acrescentados nas soluções de 90<br />

mL NaCl (25g/L) e 90 mL HCl (2 mols/L).<br />

As soluções foram preparadas também na<br />

ausência dos extratos. Nos béqueres com<br />

presença de extrato foram diluídos 0,5g,<br />

1,0g, 2,0g e 2,5g de extrato.<br />

Em um período de 4 horas foram retiradas<br />

alíquotas de aproximadamente 20mL a cada<br />

1 hora e armazenadas em um recipiente<br />

plástico. A cada 1 hora as placas de aço<br />

foram lavadas e pesadas novamente para<br />

comparação da perda de massa ao longo das<br />

4 horas do ensaio.


Os ensaios foram feitos em béqueres de<br />

100 mL e tiveram duração de 4 horas.<br />

Tabela 1 – Resultados do teste de perda de massa<br />

Em quatro dos 20 béqueres de soluções NaCl e<br />

HCl não foi adicionado extrato. O resultado desse<br />

ensaio serve como cálculo comparativo entre as<br />

placas de aço depois de sua oxidação.<br />

Resultados e Discussão<br />

Resultados de perda de massa<br />

Os resultados do teste de perda de massa<br />

foram obtidos na ausência e na presença<br />

dos inibidores em meio salino e em meio<br />

ácido. Para garantir a exatidão das análises,<br />

foram utilizados 20 béqueres, cada qual com<br />

concentrações diferentes do extrato. Foram<br />

analisadas 20 placas com o intuito de obter<br />

a quantidade de massa perdida ao longo de<br />

4 horas. Os valores obtidos e as respectivas<br />

concentrações do extrato em cada meio estão<br />

representados na tabela 1.<br />

É possível visualizar através dos resultados<br />

representados na tabela 1 que ambos os extratos<br />

atuam como inibidores em solução de HCl 2<br />

mol/L. Neste caso a perda de massa foi bastante<br />

significativa. A comparação das soluções tanto na<br />

ausência, como na presença do extrato permitiu<br />

essa observação.<br />

Figura 4: Oxidação do metal em solução de NaCl com diversas concentrações do extrato da ameixa<br />

Fonte: Próprio autor<br />

Em contrapartida, em solução de NaCl 25 g.L-<br />

1 não houve perda de massa uniforme, mas<br />

é possível perceber superficialmente através<br />

da figura 4 a presença da corrosão devido a<br />

presença dos íons Cl-. Estes são adsorvidos<br />

na superfície metálica em competição com o<br />

oxigênio dissolvido ou com os íons hidroxila.<br />

Dessa forma ele promove a hidratação dos<br />

íons metálicos facilitando sua dissolução<br />

(Ribeiro; et al, 2014). Contudo notou-se<br />

que tanto a betalaína presente no extrato<br />

da beterraba, quanto os fenóis presentes no<br />

extrato da ameixa acelerou a oxidação do<br />

Figura 5: Passivação da superfície metálica em solução de HCl com diversas concentrações do extrato da ameixa<br />

Fonte: Próprio autor<br />

metal neste meio. A partir do pressuposto<br />

que esses extratos apresentam enzimas,<br />

pressupõe-se que, como catalisadores<br />

biológicos, elas aceleram a reação de<br />

oxidação do metal, considerando que as<br />

enzimas presentes nesses compostos atuam<br />

em meio neutro e em meio cujo pH é baixo,<br />

ocorrendo a desnaturação das mesmas.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

11


Artigo 1<br />

Além disso, o efeito do cloreto de sódio<br />

na corrosão deve-se ao fato deste sal ser<br />

um eletrólito forte, ocasionando, portanto,<br />

aumento da condutividade, que é fundamental<br />

no mecanismo eletroquímico de corrosão.<br />

Contudo, diante disso esse trabalho demanda<br />

um estudo aprofundado sobre a composição<br />

dos compostos presentes nestes elementos e<br />

sua atuação em solução de NaCl 2,0 mol.L-1.<br />

A partir da ideia de que o principal objetivo<br />

dos inibidores de corrosão é passivar a<br />

superfície metálica, observou-se a formação<br />

de um filme protetor de óxido metálico nas<br />

placas que continham maior concentração do<br />

extrato em solução de HCl 2 mol.L-1. É possível<br />

visualizar na figura 5 as cinco placas que foram<br />

mergulhadas em solução de HCl 2 mol.L-1<br />

sendo a placa I a que não contém o inibidor<br />

e a placa V a que contém maior concentração<br />

do mesmo. Diante disso é possível perceber<br />

consideravelmente a presença da passivação<br />

da superfície metálica mergulhada no meio<br />

que possui maior concentração do extrato da<br />

ameixa. Esta observação está em conformidade<br />

com a tabela 1, pois o filme protetor formado<br />

diminui a reatividade química que poderia levar<br />

ao processo corrosivo (Corrosão & Proteção,<br />

Mar/Abr. 2014).<br />

Figura 6: Representação do desempenho do extrato de ameixa e Beterraba em solução de NaCl 25g/L<br />

Figura 7: Representação do desempenho do extrato de ameixa e Beterraba em solução de HCl 2 Mol/L<br />

12<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

Comparando os resultados de perda de massa<br />

dos dois extratos analisados no presente<br />

trabalho é possível constatar que ambos<br />

foram eficientes em solução ácida, porém não<br />

obtiveram êxito em solução salina. No entanto,<br />

para diferentes concentrações do inibidor os<br />

resultados foram diferentes. É possível notar<br />

através da figura 6 que o extrato da ameixa<br />

em solução salina adquire um comportamento<br />

crescente conforme a concentração do inibidor,<br />

no entanto, o extrato da beterraba apresenta um<br />

valor relativo a cada concentração. No entanto<br />

a eficiência dos extratos só foi constatada<br />

observando a amostra controle preparada na<br />

Figura 8: Concentração de Fe+3 em função da massa, em gramas, de extrato de Ameixa adicionado em solução de HCl<br />

Fonte: Próprio autor


ausência dos extratos. Embora a ameixa e a<br />

beterraba possuem substância que atuem<br />

como inibidores, é importante considerar que<br />

são substâncias diferentes, que atuam em<br />

condições especificas que necessitaria de um<br />

estudo para analisar os fatores que favorecem a<br />

atuação destes compostos. Esse fato justifica a<br />

divergência de resultados.<br />

Assim como em Solução de NaCl 25 g/L, o<br />

extrato da ameixa assumiu comportamento<br />

semelhante em solução de HCl 2 Mol/L, porém<br />

de acordo com a figura 8, em conformidade com<br />

as respectivas concentrações, seu desempenho<br />

foi favoreceu a proteção das placas. O extrato da<br />

beterraba, entretanto, embora seu efeito tenha<br />

sido satisfatório, foi possível perceber uma<br />

dissemelhança em concentrações diferentes<br />

do extrato. Com isso destaca-se a importância<br />

de se considerar a concentração que deve<br />

ser utilizada, pois os inibidores têm que ser<br />

eficientes em concentrações mais baixas<br />

possíveis. Ser eficiente em altas concentrações<br />

inviabiliza o uso (Corrosão & Proteção, p.10,<br />

Mar/Abr. 2014).<br />

Figura 9: Concentração de Fe+3 em função da massa, em gramas, de extrato de Beterraba adicionado em solução de HCl.<br />

Fonte: Próprio autor<br />

Figura 10: Concentração de Fe+3 em função da massa, em gramas, de extrato de Ameixa adicionado em solução de NaCl.<br />

Fonte: Próprio autor<br />

Teste por absorção Atômica<br />

A espectrometria de absorção atômica (AAS -<br />

Atomic Absorption Spectrometry) é uma das<br />

mais utilizadas na determinação de elementos<br />

em baixas concentrações que estão presentes<br />

numa variedade de amostras, sejam estas<br />

líquidas, sólidas, em suspensão, e até mesmo<br />

gasosas, podendo estar associadas a sistemas<br />

de análise em fluxo e permitir estudos de<br />

especiação. (Welz, B.; Sperling, M.; Atomic<br />

Absorption Spectrometry, 1999).<br />

Figura 11: Concentração de Fe+3 em função da massa, em gramas, de extrato de Beterraba adicionado em solução de NaCl.<br />

Fonte: Próprio autor<br />

Para determinarmos a concentração de<br />

Fe+3 nas amostras retiradas usamos a<br />

absorção atômica.<br />

Como podermos observar nas figuras 8 e 9,<br />

na maioria dos casos houve uma redução<br />

da concentração de Fe+3 a medida que<br />

aumentávamos a quantidade de extrato na<br />

solução de HCl. Dessa forma foi possível a<br />

compreensão de que no ensaio em que não<br />

havia extrato houve mais oxidação do Fe e por<br />

isso sua concentração é consideravelmente<br />

maior em comparação da solução que continha<br />

2,5g de extrato de Ameixa e Beterraba.<br />

Já nas figuras 10 e 11, o resultado não foi satisfatório<br />

e foi completamente inverso do meio ácido. Como<br />

podemos ver, houve um aumento da concentração<br />

do Fe+3 à medida que aumentávamos o extrato,<br />

tanto no caso da Beterraba quanto no da Ameixa. Ao<br />

invés da corrosão ser minimizada com extratos verdes,<br />

elevou-se consideravelmente com passar das horas.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

13


Artigo 1<br />

Conclusão<br />

O método proposto neste trabalho<br />

comprova que tanto o extrato de beterraba,<br />

quanto o extrato de ameixa atuam como<br />

inibidores em solução de HCl 2,0 mol.L-1.<br />

Essa característica foi evidente nos dois<br />

ensaios realizados.<br />

O ensaio de perda de massa demonstrou<br />

a habilidade desses compostos através da<br />

determinação da massa perdida ao longo<br />

de 4 horas em função da concentração dos<br />

extratos presente em cada solução. Por<br />

meio desse método e através de registros<br />

fotográficos foi possível visualizar mediante<br />

o aumento da concentração do inibidor o<br />

acrescimento da camada de passivação e,<br />

consequentemente, a redução da oxidação.<br />

Em conformidade, o ensaio de absorção<br />

atômica comprovou a veracidade dessa<br />

informação, pela qual foi determinada<br />

maior quantidade de Fe2+/Fe3+ em<br />

solução de HCl 2,0 mol.L-1 com presença de<br />

20 g/L de extrato. Diante disso a realização<br />

dos ensaios em soluções de HCl 2,0 mol.L-1<br />

e NaCl 25 g/L permitiram a análise desses<br />

compostos em meios diferentes, logo, em<br />

comparação, sua eficiência em meio ácido<br />

foi percebida com satisfação.<br />

Considerando o bom desempenho dos<br />

extratos, esse trabalho propõe alternativas<br />

para reduzir a corrosão em aço carbono<br />

mediante processos de imersão ácida, em<br />

virtude de beneficiar o meio ambiente.<br />

Esse método se aplica em processos como<br />

decapagem de superfície por imersão ácida,<br />

utilizado para preparação de uma área para<br />

efetuação do processo de soldagem. Portanto<br />

pode-se concluir que os extratos exercem<br />

forte influência nesse aspecto. Apesar disso,<br />

percebeu-se através do presente trabalho<br />

a necessidade de prosseguimento em<br />

pesquisas nesse sentido e com isso a precisão<br />

na realização de estudos para uma possível<br />

utilização desses extratos em revestimentos<br />

de superfície metálica.<br />

Desse modo este trabalho não só incita a<br />

novas perspectivas, mas evidencia a eficiência<br />

dos inibidores e demonstra que os métodos<br />

utilizados permitiram avaliar e caracterizar o<br />

comportamento dos extratos em soluções de<br />

HCl 2,0 mol.L-1 e NaCl 25 g/L.<br />

Referências Bibliográficas<br />

CHIAVERINI, Vicente. Aços e Ferros Fundidos: Caraterísticas gerais, tratamentos térmicos, principais tipos. 7. ed. São Paulo: Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração, 2012, 599 p.<br />

GENTIL, Vicente. Corrosão. Editora Guanabara, Rio de Janeiro, 1987<br />

PAZ, Alberto. Eficiência e proteção ambiental. Corrosão & Proteção, São Paulo, n.51, p. 8-15, mar./abr. 2014.<br />

PAZ, Alberto. Inibidores de Corrosão: Confiabilidade e Redução de Custos. Corrosão & Proteção, São Paulo, n.14, p. 9-12, mar./abr. 2007.<br />

Ribeiro, D. et al. Corrosão em Estruturas de Concreto Armado: Teoria Controle e Métodos de Análise. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.<br />

ROSSI, Cátia. Inibição á corrosão do aço AISI 1020, em meios ácido e salino, por tensoativos e substâncias nitrogenadas micro emulsionados. 2007. 163f.. Tese (Doutorado em química) –<br />

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2007.<br />

Complemento Normativo - Artigo 1<br />

Referente ao artigo 1<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com Arena Técnica<br />

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS EXTRATOS DE AMEIXA E BETERRABA COMO INIBIDORES<br />

ORGÂNICOS DE CORROSÃO<br />

14<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

DIN EN 12393-1<br />

Foods of plant origin - Multiresidue methods for the<br />

determination of pesticide<br />

residues by GC or LC-MS/MS - Part 1: General considerations<br />

Norma publicada em: 01/2014. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada.<br />

Artigo: AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS EXTRATOS DE AMEIXA E BETERRABA<br />

COMO INIBIDORES ORGÂNICOS DE CORROSÃO<br />

Entidade: DIN.<br />

País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-en-12393-1/187189714<br />

DIN EN 12393-2<br />

Foods of plant origin - Multiresidue methods for the<br />

determination of pesticide residues by GC or<br />

LC-S/MS - Part 2: Methods for extraction and cleanup<br />

Norma publicada em: 03/2014. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada.<br />

Artigo: AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS EXTRATOS DE AMEIXA E BETERRABA<br />

COMO INIBIDORES ORGÂNICOS DE CORROSÃO<br />

Entidade: DIN.<br />

País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-en-12393-2/199623368<br />

ISO 6743-8<br />

Lubricants, industrial oils and related products (class L) -<br />

Classification - Part 8: Family R (Temporary<br />

protection against corrosion)<br />

Norma publicada em: 04/1987. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Lubrificantes, óleos industriais e produtos relacionados<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS EXTRATOS DE AMEIXA E BETERRABA<br />

COMO INIBIDORES ORGÂNICOS DE CORROSÃO<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

https://www.iso.org/standard/13217.html<br />

ASTM G31<br />

Standard Guide for Laboratory Immersion Corrosion Testing of Metals<br />

Norma publicada em: 01/2021. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Corrosão de metais.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS EXTRATOS DE AMEIXA E BETERRABA<br />

COMO INIBIDORES ORGÂNICOS DE CORROSÃO<br />

Entidade: ASTM.<br />

País de procedência/Região: EUA.<br />

https://www.astm.org/Standards/G31.htm<br />

ASTM G170<br />

Standard Guide for Evaluating and Qualifying Oilfield and<br />

Refinery Corrosion Inhibitors in the Laboratory<br />

Norma publicada em: 01/2006. / Status: Vigente.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS EXTRATOS DE AMEIXA E BETERRABA<br />

COMO INIBIDORES ORGÂNICOS DE CORROSÃO<br />

Entidade: ASTM.<br />

País de procedência/Região: EUA.<br />

https://www.astm.org/Standards/G170.htm<br />

ASTM G208<br />

Standard Practice for Evaluating and Qualifying Oilfield<br />

and Refinery Corrosion Inhibitors Using Jet Impingement<br />

Apparatus<br />

Norma publicada em: 01/2012. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Lubrificantes, óleos industriais e produtos relacionados<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS EXTRATOS DE AMEIXA E BETERRABA<br />

COMO INIBIDORES ORGÂNICOS DE CORROSÃO<br />

Entidade: ASTM.<br />

País de procedência/Região: EUA.<br />

https://www.astm.org/Standards/G208.htm


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Artigo 2<br />

A UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA<br />

QUALIDADE NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS<br />

Por: Luiza Viegas Menegon<br />

Cientista de Alimentos pela Universidade Federal de SC (UFSC)<br />

Conteudista na Neoprospecta<br />

O Que são Ferramentas da Qualidade?<br />

As ferramentas da qualidade são um conjunto de<br />

metodologias utilizado para definir, medir, analisar<br />

e resolver problemas que impactam nos resultados<br />

das organizações. Estas ferramentas colaboram para<br />

que os problemas sejam solucionados de forma<br />

assertiva, direcionando corretamente os esforços.<br />

As ferramentas da qualidade possuem<br />

significativa importância para os gestores, uma<br />

vez que possibilitam uma melhor organização dos<br />

processos. Com a aplicação destas ferramentas<br />

objetiva-se alcançar a qualidade, com melhoria<br />

contínua e foco nas necessidades dos clientes.<br />

16<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

Qualidade<br />

A ISO 9000:2015 define como qualidade o “grau<br />

em que um conjunto de características inerentes<br />

de um objeto satisfaz requisitos”. A qualidade do<br />

produto ou serviço está diretamente relacionada<br />

com a satisfação do cliente.<br />

Segundo Ishikawa, o termo qualidade pode ser<br />

definido como a “rápida percepção e satisfação<br />

das necessidades do mercado, adequação ao uso<br />

dos produtos e homogeneidade dos resultados<br />

do processo”.<br />

A qualidade está relacionada com todas as etapas<br />

do processo, e não apenas com o produto final. No<br />

mercado de alimentos, onde a competitividade é<br />

cada vez maior, a preocupação com a qualidade<br />

do produto e do processo de produção é crescente.<br />

Gestão da Qualidade<br />

Segundo a ISO 9000:2015, define-se Gestão<br />

da qualidade como a “gestão que diz respeito<br />

à qualidade”. O objetivo principal da Gestão da<br />

qualidade é buscar por contínuas melhorias<br />

do processo produtivo, a fim de atender as<br />

necessidades e expectativas dos clientes.<br />

A ISO 9001:2015 pontua os 8 princípios da<br />

Gestão da qualidade, sendo eles:<br />

• Foco no cliente<br />

• Liderança<br />

• Engajamento das pessoas<br />

• Abordagem de processo<br />

• Melhoria contínua<br />

• Tomada de decisão baseada em evidências<br />

• Gestão de relacionamento<br />

Uma Gestão da qualidade eficiente conta com<br />

estratégias baseadas nos objetivos que se deseja<br />

alcançar. Com isso, aumentar a produtividade se<br />

torna possível. Vale ressaltar que o principal objetivo<br />

da Gestão da qualidade é entregar ao cliente a<br />

melhor experiência, e para isso, deve-se promover<br />

melhorias contínuas no processo de produção.<br />

As Ferramentas da qualidade são aliadas<br />

da Gestão da qualidade, uma vez que<br />

promovem melhorias de processo. Estas<br />

ferramentas permitem a avaliação do processo,<br />

a identificação de gargalos, a análise de<br />

dados e busca pela causa-raiz do problema,<br />

o planejamento e implementação de ações<br />

corretivas e a análise dos resultados obtidos.<br />

Estas ferramentas permitem que processos sejam<br />

controlados e que ações assertivas sejam tomadas,<br />

aumentando a qualidade das organizações.<br />

Quando falamos sobre Ferramentas da qualidade,<br />

7 metodologias se destacam, sendo ferramentas<br />

básicas da qualidade.<br />

As 7 Ferramentas da Qualidade<br />

As 7 Ferramentas da qualidade são um<br />

conjunto de metodologias reunidas por Kaoru<br />

Ishikawa. Estas ferramentas buscam melhorar<br />

os processos das organizações e tornar os<br />

planos de ação mais efetivos.


As 7 Ferramentas da qualidade são:<br />

1. Histograma<br />

O Histograma é uma ferramenta estatística que<br />

permite a distribuição da frequência de determinados<br />

dados obtidos através de um gráfico de barras.<br />

Com esta ferramenta é possível ter visão geral<br />

do comportamento dos dados coletados em<br />

determinado período de tempo. Com a facilidade<br />

da análise de dados esta ferramenta auxilia na<br />

tomada de decisões.<br />

As causas são organizadas de acordo com o 6M:<br />

máquina, mão de obra, material, método, meio<br />

ambiente e medida.<br />

4. Carta de Controle<br />

A Carta de controle é também conhecida como<br />

Gráfico de controle ou Controle Estatístico de<br />

Processo (CEP). Esta ferramenta é muito utilizada<br />

para acompanhamento dos processos. Com ela, é<br />

possível analisar o processo e avaliar se o mesmo<br />

está seguindo conforme o esperado ou está<br />

apresentando desvios.<br />

Outras Ferramentas da Qualidade<br />

Além das 7 ferramentas básicas da qualidade,<br />

citadas do tópico anterior, outras ferramentas<br />

também são utilizadas. Entre elas podemos<br />

destacar o Ciclo PDCA e o Programa 5S.<br />

O Ciclo PDCA é uma ferramenta utilizada para<br />

promoção da melhoria contínua. Ela é constituída<br />

por 4 etapas, sendo estas realizadas de forma<br />

cíclica e sem interrupções, de modo que o processo<br />

esteja sempre em melhoria.<br />

A ferramenta possui a vantagem de ser de fácil<br />

interpretação e elaboração. Apesar disso, sua<br />

utilização se torna difícil quando necessário a<br />

comparação de diversas variáveis.<br />

2. Diagrama de Pareto<br />

O Diagrama de Pareto ou Gráfico de Pareto é uma<br />

ferramenta que permite a organização das causas<br />

de um determinado problema de forma ordenada.<br />

Esta organização é feita através de um gráfico de<br />

barras. A ferramenta possibilita a priorização dos<br />

problemas mais relevantes e suas causas.<br />

O Diagrama de Pareto é uma das ferramentas mais<br />

utilizadas quando o objetivo é buscar problemas.<br />

O gráfico é montado com dados de frequência<br />

absoluta, frequência acumulada e causas dos<br />

problemas. Desta forma é possível visualizar o<br />

impacto de cada causa em relação ao total.<br />

O princípio de Pareto é conhecido pela proporção<br />

80/20. Essa proporção indica que 80% dos<br />

problemas são provenientes de 20% das causas.<br />

3. Diagrama de Ishikawa<br />

O Diagrama de Ishikawa é também conhecido<br />

como Diagrama de Causa e Efeito ou Espinha<br />

de peixe. Esta ferramenta tem como objetivo<br />

relacionar, em uma representação gráfica, as<br />

causas e o efeito (problema).<br />

Esta ferramenta foi utilizada pela primeira vez<br />

em 1953, por Kaoru Ishikawa. Ela possibilita a<br />

identificação das não conformidades e a relação<br />

delas com o processo em questão.<br />

Esta ferramenta é estruturada em três linhas<br />

de referência, sendo elas: inferior, superior e<br />

média. Estes limites devem ser estatisticamente<br />

determinados e são utilizados para avaliar se o<br />

processo está sob controle, analisar a variabilidade<br />

do mesmo e controlar as não conformidades.<br />

5. Fluxograma de Processos<br />

O Fluxograma é uma ferramenta que permite<br />

a visualização das etapas que compõem<br />

determinado processo. Para isso, são utilizados<br />

diferentes símbolos, que representam as operações.<br />

Esta ferramenta permite a análise do processo,<br />

possibilitando tanto o planejamento do mesmo<br />

como o seu aperfeiçoamento. O Fluxograma é<br />

uma ferramenta muito visual, sendo um resumo<br />

ilustrativo das operações que envolvem um processo.<br />

6. Diagrama de Dispersão<br />

O Diagrama de dispersão é uma ferramenta<br />

utilizada para fazer associações entre variáveis. Ele<br />

possibilita a correlação entre dois fatores, sendo<br />

essencial na compreensão dessa relação.<br />

Esta ferramenta é apresentada na forma de um<br />

gráfico, onde cada variável fica em um eixo. Assim,<br />

é possível observar as mudanças em uma variável<br />

quando a outra sofre uma alteração.<br />

7. Folha de Verificação<br />

A Folha de verificação é também conhecida<br />

como Checklist. Esta ferramenta é muito utilizada<br />

na coleta, organização e análise de dados. Ela<br />

baseia-se em um formulário destinado a coletar<br />

informações relevantes do processo.<br />

As 4 etapas que constituem o Ciclo PDCA são:<br />

1.Plan (Planejar): Nesta etapa o processo é<br />

estudado e é planejado o seu aprimoramento,<br />

com a definição das metas a serem alcançadas e<br />

métodos que serão utilizados.<br />

2. Do (Executar): Nesta etapa o que foi planejado<br />

na etapa anterior é executado. É importante que<br />

dados sejam coletados para auxiliar na etapa<br />

seguinte.<br />

3. Check (Verificar): Nesta etapa analisase<br />

os resultados obtidos após a execução do<br />

planejamento. É o momento de avaliar se as metas<br />

traçadas foram alcançadas.<br />

4. Act (Agir): Nesta etapa os resultados são<br />

estudados, as ações corretivas são aplicadas e<br />

busca-se entender porque as metas não foram<br />

alcançadas.<br />

Já o Programa 5S é uma outra ferramenta bastante<br />

utilizada. Este programa baseia-se na filosofia<br />

japonesa e seu principal objetivo é atingir a<br />

qualidade total através da melhoria contínua.<br />

O programa é baseado em 5 sensos (5S),<br />

sendo eles:<br />

1. Seiri (Senso de utilização)<br />

2. Seiton (Senso de organização)<br />

3. Seiso (Senso de limpeza)<br />

4. Seiketsu (Senso de saúde, bem estar físico e<br />

mental e segurança)<br />

5. Shitsuke (Senso de disciplina)<br />

A montagem deste Diagrama é feita inicialmente<br />

colocando na “cabeça do peixe” o efeito. Em<br />

seguida, nas “espinhas do peixe” são colocadas as<br />

causas que podem estar relacionadas ao efeito.<br />

Os dados coletados são previamente estabelecidos<br />

e marcados quando concluídos. Esta ferramenta é<br />

utilizada para acompanhar estes dados, estando<br />

eles cumpridos ou em processo.<br />

Além das ferramentas já citadas, outras<br />

ferramentas da qualidade também são utilizadas<br />

pelas empresas, sempre com o objetivo de atingir<br />

a qualidade de seus processos e produtos.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

17


Artigo 2<br />

Aplicando as Ferramentas da Qualidade na<br />

Indústria de Alimentos<br />

O mercado de alimentos tem crescido cada vez<br />

mais e com tanta competitividade, a preocupação<br />

com a qualidade do processo e do produto final<br />

é crescente. Neste cenário, o setor da qualidade<br />

mostra-se de extrema importância e o sistema de<br />

gestão da qualidade cada vez mais estratégico.<br />

As inovações tecnológicas fizeram com que as<br />

necessidades dos clientes se transformassem. Com<br />

essa mudança, as empresas viram a necessidade<br />

da evolução. A competição do mercado exigiu das<br />

organizações mudanças nos seus processos de<br />

produção e de gestão, para que assim as mesmas<br />

se mantivessem inseridas no mercado.<br />

Novas estratégias e planos de ação foram<br />

necessários para acompanhar o desenvolvimento<br />

do mercado. Apesar da evolução tecnológica,<br />

o princípio da qualidade segue o mesmo: a<br />

busca pela melhoria contínua para atender as<br />

expectativas e necessidades dos clientes.<br />

A Quarta Revolução Industrial foi marcada pelo<br />

desenvolvimento tecnológico. Entre as novas<br />

tecnologias por ela trazida podemos citar a<br />

Internet das Coisas e a Análise de Big Data.<br />

Esta nova Era da indústria também trouxe<br />

impactos para o setor da qualidade, dando origem<br />

a Qualidade 4.0.<br />

Se nas Revoluções Industriais anteriores as 7<br />

Ferramentas da qualidade bastavam, esta nova<br />

Era exige mais. A Qualidade 4.0 utiliza a tecnologia<br />

para otimização dos processos. Vale ressaltar, que<br />

os princípios que norteiam as 7 Ferramentas da<br />

qualidade continuam valendo. A busca sempre será<br />

pelo monitoramento de problemas, pela redução<br />

de custos e pelo aumento de produtividade.<br />

Neste cenário de transformações envolvendo a<br />

qualidade, podemos citar o monitoramento dos<br />

processos em tempo real e a otimização da tomada<br />

de decisão como grandes mudanças trazidas por<br />

esta nova Era da qualidade.<br />

Referências<br />

As sete ferramentas da qualidade. Blog da Qualidade. 16<br />

de jul de 2018. Disponível em: . Acesso em:<br />

4 de nov de 2020.<br />

CÔRREA, P. F.; OLIVEIRA, L. B. Aplicação das Ferramentas<br />

da Qualidade na Solução de Problemas de Contaminação<br />

em uma Fábrica de Chocolate. <strong>Revista</strong> de Engenharia e<br />

Pesquisa Aplicada, v. 2, n. 2, 2017.<br />

DANIEL, E. A.; MURBACK, F. G. R. Levantamento bibliográfico<br />

do uso das ferramentas da qualidade. <strong>Revista</strong> do Curso de<br />

Administração. 2014.<br />

ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 35,<br />

2015, Fortaleza. Uso das ferramentas da qualidade em uma<br />

indústria de alimentos para redução das reclamações dos<br />

consumidores.<br />

GOBIS, M. A.; CAMPANATTI, R. Os benefícios da aplicação de<br />

ferramentas de gestão de qualidade dentro das indústrias do<br />

setor alimentício. <strong>Revista</strong> Hórus, v. 7, n. 1, p. 26-40, 2012.<br />

Modernização da Qualidade na Indústria 4.0. Doo. 20 de<br />

jan de 2020. Disponível em: . Acesso<br />

em: 4 de nov de 2020.<br />

NOGUEIRA, M. O.; DAMASCENO, M. L. V. Importância do<br />

sistema de gestão da qualidade para indústria de alimentos.<br />

Caderno de Ciências Agrárias, v. 8, n. 3, p. 84-93, 2016.<br />

7 ferramentas da qualidade. Portal ISO. Disponível em:<br />

. Acesso em: 4 de nov de 2020.<br />

Complemento Normativo - Artigo 2<br />

Referente ao artigo 2<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com Arena Técnica<br />

A UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS<br />

18<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

ISO 9000<br />

Quality management systems - Fundamentals and vocabulary<br />

Norma publicada em: 09/2015. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Gestão de qualidade e garantia de qualidade.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: A UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA<br />

DE ALIMENTOS<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

https://www.iso.org/standard/45481.html<br />

ISO 22000<br />

FOOD SAFETY MANAGEMENT<br />

Norma publicada em: 06/2018. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Processos na indústria de alimentos.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: A UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA<br />

DE ALIMENTOS<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

https://www.iso.org/standard/65464.html<br />

ISO 21469<br />

Safety of machinery - Lubricants with incidental product<br />

contact - Hygiene requirements<br />

Norma publicada em: 02/2006. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Processos na indústria de alimentos.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: A UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA<br />

DE ALIMENTOS<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

https://www.iso.org/standard/35884.html<br />

ASTM D7329<br />

Standard Specification for Food Preparation and Food<br />

Handling (Food Service) Gloves<br />

Norma publicada em: 01/2007. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Proteção de mão e braço<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: A UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA<br />

DE ALIMENTOS<br />

Entidade: ASTM.<br />

País de procedência/Região: EUA.<br />

https://www.astm.org/Standards/D7329.htm<br />

ABNT NBR 15635<br />

Serviços de alimentação — Requisitos de boas práticas<br />

higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais<br />

Norma publicada em: 09/2015. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Processo da Indústria alimentícia.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: A UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA<br />

DE ALIMENTOS<br />

Entidade: ABNT.<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=344520<br />

ABNT NBR 22002-5<br />

Programa de pré-requisitos na segurança de alimentos Parte<br />

5: Transporte e armazenamento<br />

Norma publicada em: 11/2020. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Processo da Indústria alimentícia.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: A UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA<br />

DE ALIMENTOS<br />

Entidade: ABNT.<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=456962


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Espectrometria de Massa<br />

QUANTIFICAÇÃO DAS INCERTEZAS<br />

NA ESPECTROMETRIA DE MASSAS<br />

Por Oscar Vega Bustillos*<br />

20<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

O resultado de uma medição química pode ser<br />

interpretado apenas quando este é acompanhado<br />

por sua incerteza de medição. A incerteza é<br />

necessária para decidir se o resultado da medição<br />

é ajustado para a finalidade pretendida e para<br />

provar que é consistente com outros resultados<br />

semelhantes. Os erros que afetam todas as<br />

medições não são totalmente corrigidos, de<br />

modo que os resultados diferem do valor real do<br />

mensurando. Muitas fontes de erros de medição<br />

podem ser identificadas e os erros podem ser<br />

quantificados e corrigidos, usando os certificados<br />

de calibração. No entanto, raramente estão<br />

disponíveis tempo e recursos para determinar<br />

inteiramente os erros e aplicar as correções.<br />

Segundo o guia EURACHEM (2011), o termo<br />

incerteza de medição é “um parâmetro associado<br />

ao resultado de uma medição que caracteriza<br />

a dispersão de valores que poderiam ser<br />

razoavelmente atribuídos ao mensurando”.<br />

Determinar a incerteza de um método é,<br />

portanto, estimar quantitativamente os limites<br />

dentro dos quais os desvios do valor de um<br />

mensurando são previstos de se situar, podendo<br />

ser expresso como um desvio padrão ou um<br />

múltiplo dele. De acordo com o Vocabulário<br />

Internacional de Metrologia, o termo incerteza<br />

de medição é um “parâmetro não negativo que<br />

caracteriza a dispersão dos valores atribuídos<br />

a um mensurando, com base nas informações<br />

utilizadas”.<br />

Para a avaliação da estimativa de incerteza de<br />

um método é necessário identificar as fontes<br />

de incertezas que atuam sobre as grandezas de<br />

entrada. Para efetuar o cálculo das incertezas,<br />

deve-se atribuir um valor mensurável a cada<br />

uma dessas grandezas de entrada para que seja<br />

possível quantificar a contribuição de cada uma.<br />

Após o cálculo individual da contribuição de cada<br />

incerteza, essas são combinadas, obtendo-se um<br />

valor global que tem influência no resultado. É<br />

necessário considerar todas as etapas do processo<br />

para identificação das fontes de incerteza. Como<br />

exemplo, podem ser avaliadas as etapas de<br />

amostragem, armazenamento, preparação das<br />

amostras, calibração de instrumentos, purezas<br />

dos reagentes, efeitos de matriz, experiencia do<br />

analista, entre outros.<br />

O cálculo da incerteza pode ser obtido via<br />

propagação de erros, isto é, pela adição das<br />

variações (Equação 1).<br />

Sendo, a medida M o resultado analítico. Se a<br />

equação para o cálculo de M é baseada apenas<br />

em multiplicações e divisões dos fatores, assim<br />

como M = (a × b × c) / d. Onde, u (x) é o<br />

fator de incerteza de cada padrão (x) logo a<br />

combinação de incertezas é uc (M).<br />

Para a determinação correta da incerteza<br />

de medição é essencial que o analista<br />

compreenda o procedimento de teste<br />

analíticos. Tem que ser descrito em detalhes<br />

um procedimento operacional padrão (POP).<br />

Se isso foi feito corretamente, não é difícil<br />

desenhar um fluxograma das etapas de<br />

trabalho individuais do método. Se esta<br />

tarefa é difícil, o POP não está completo ou<br />

não está claro, resultando em frustração do<br />

analista. Desenhar diagramas de fluxo não<br />

é obrigatório, mas é muito útil. A Figura 1<br />

apresenta o diagrama dos procedimentos<br />

necessários para uma análise química da<br />

fração de massas de oito elementos: Al, Ba,<br />

Fe, Mg, Mn, Pb, Sr e Zn em amostras de papel<br />

via espectrometria de massas com fonte de<br />

plasma, ICP-MS.<br />

O Diagrama de Ishikawa, também conhecido<br />

como espinha de peixe, é uma ferramenta<br />

utilizada para análise de dispersão no<br />

processo. Esta ferramenta foi desenvolvida<br />

por Kaoru Ishikawa (1915-1989) através de<br />

uma ideia básica, fazer com que as pessoas<br />

pensassem sobre causas e razões possíveis<br />

que fazem com que um problema ocorra.<br />

A melhor contribuição do Diagrama de<br />

Ishikawa: forneceu uma ferramenta poderosa<br />

que facilmente pudesse ser usada por nãoespecialistas<br />

para analisar e resolver problemas.<br />

Com seu diagrama de causa e efeito, Ishikawa<br />

fez avanços significativos na melhoria de<br />

qualidade. Os diagramas de Ishikawa são úteis<br />

como ferramentas sistemáticas para encontrar,<br />

classificar e documentar as causas da variação<br />

da qualidade na produção e organizar a relação<br />

mútua entre eles. De acordo com Ishikawa, a<br />

melhoria de qualidade é um processo contínuo,<br />

e sempre pode ser aperfeiçoada. Segundo<br />

Ishikawa: "Praticar um bom controle de<br />

qualidade é desenvolver, projetar, produzir e<br />

comercializar um produto de qualidade que é<br />

mais econômico, mais útil e sempre satisfatório<br />

para o consumidor".<br />

O diagrama de Ishikawa ou diagrama de causa<br />

e efeito é uma ferramenta útil para identificar<br />

os parâmetros de influência, ou seja, as fontes<br />

de incerteza, de um procedimento de teste<br />

completo ou de uma única etapa de trabalho. Ao<br />

desenhar essa estrutura, pode-se identificar,<br />

classificar e discutir esses parâmetros.<br />

Setas de primeiro, segundo e, se necessário,<br />

mais altos pontos de pedido de causas, por<br />

exemplo, a repetibilidade operacional de um<br />

pipetar, para efeitos, por exemplo, um volume<br />

ou, finalmente, para o resultado analítico. A<br />

Figura 2 apresenta o diagrama de Ishikawa do<br />

processo mostrado na Figura 1.


Espectrometria de Massa<br />

A equação para calcular o resultado analítico,<br />

deve ser denotado com detalhes. A equação<br />

(Equação 2) para a análise das mostras na Fig. 1<br />

é a seguinte:<br />

Onde, c = concentração, VPip = volume de uma<br />

pipeta, VFlask = volume de um frasco medidor, P<br />

= pureza, A = área do pico, m = massa. O índice<br />

S refere-se à amostra e o índice R à referência.<br />

A equação detalhada do mensurando deve ser<br />

anotada no POP. Na verdade, é o ponto de partida<br />

do diagrama de Ishikawa. Embora tal diagrama<br />

possa ser desenhado por associação livre, depois<br />

deve ser comparado com a equação. Cada fator<br />

da equação deve aparecer no diagrama.<br />

A determinação da incerteza de medição de<br />

todos os procedimentos de teste analítico<br />

validados não deve ser considerada como<br />

um peso adicional, mas como uma conclusão<br />

valiosa, trazendo valor agregado. A incerteza<br />

de medição permite avaliar um resultado<br />

e compará-lo com outros resultados,<br />

especialmente aqueles vindos de outros<br />

laboratórios. O significado da "incerteza de<br />

medição" deve ser comunicado aos superiores<br />

do laboratório e para os clientes. Um dado de<br />

incerteza de medição errônea, não é honesto<br />

e pode complicar desnecessariamente a<br />

comunicação com outros laboratórios, clientes<br />

ou autoridades. Por outro lado, não faz sentido<br />

declarar uma incerteza apenas adivinhando.<br />

A determinação séria das incertezas tem que<br />

ser prioridade de um laboratório honesto.<br />

O tempo e o dinheiro necessários para<br />

estabelecê-lo em um laboratório são pagos de<br />

volta com dados analíticos confiáveis.<br />

Fonte: I.G. Tanase and D.E. Popa.<br />

Figura 1: Diagrama de fluxo de uma análise via ICP-MS.<br />

Fonte: I.G. Tanase and D.E. Popa.<br />

Figura 1: O diagrama de Ishikawa com as fontes de incertezas da medição da análise apresentada na Fig. 1.<br />

Referências bibliográficas<br />

1) S.L.R. Ellison. “EURACHEM/CITAC”. Guide CG4. 2011.<br />

2) I.G. Tanase, D.E. Popa “Estimation of the uncertainty of the measurement results of some trace levels element in document<br />

paper samples using ICP-MS”. RSC Adv., 5, 2015.<br />

3) V.R. Meyer. “Measurement uncertainty. Review” Journal of Chromatography A. 1158. 2007.<br />

Oscar Vega Bustillos<br />

Pesquisador do Centro de Química e Meio Ambiente CQMA do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares IPEN/CNEN-SP<br />

Tel.: 55 11 2810 5656 - E-mail: ovega@ipen.br - Site: www.vegascience.blogspot.com.br<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

21


Microbiologia<br />

TESTE DE ESTERILIDADE<br />

QUANDO REALIZAR O ENSAIO DE ADEQUABILIDADE DO MÉTODO<br />

Realizar o teste de adequabilidade o método<br />

da análise de esterilidade antes de conduzir o<br />

teste de esterilidade de acordo com os métodos<br />

compendiais (Farmacopéia Brasileira 6ª edição, USP<br />

43, Farmacopéia Européia, Japonesa, britânica etc.)<br />

Os testes devem atender e verificar as<br />

seguintes condições:<br />

• Provável atividade inibitória do produto.<br />

• Realizar o ensaio de adequabilidade ao mesmo<br />

tempo em que se realiza o teste de esterilidade<br />

quando o tempo é crítico e os problemas com<br />

a atividade inibitória da formulação estiverem<br />

resolvidos. No entretanto , devemos verificar que<br />

quando realizamos a adequabilidade do ensaio<br />

em conjunto com o teste de esterilidade e o ensaio<br />

de adequabilidade não for aprovado , o resultado<br />

do teste de esterilidade do produto não deverá ser<br />

considerado , sendo que os dois testes deverão ser<br />

repetidos com as alterações necessárias para se obter<br />

a neutralização da atividade inibitória da formulação.<br />

O Food and Drug Administration dos EUA ,<br />

cita a possibilidade da realização do ensaio de<br />

adequabilidade no final do teste de esterilidade,<br />

no 14° dia, quando não houver número de<br />

amostras suficientes para a realização do ensaio de<br />

adequabilidade e a análise do produto for crítica,<br />

o que não parece ser uma estratégia adequada<br />

para nós, porque se o teste de adequabilidade<br />

demonstrar alguma atividade inibitória o teste de<br />

esterilidade será inválido.<br />

Procedimento do Ensaio de Adequabilidade<br />

1. O ensaio de adequabilidade e os testes de controles<br />

positivos que necessitam do uso de microrganismos<br />

viáveis, devem ser realizados fora da sal limpa ou<br />

isolador, em uma cabine de fluxo laminar.<br />

2. Filtração em membrana<br />

Filtrar o produto através do filtro membrana,<br />

rinsar o filtro membrana com 3 porções de<br />

100 mL (ou mais se necessário) do líquido de<br />

rinsagem especificado, tomando o cuidado de não<br />

ultrapassar o limite de 5 lavagens de 100 mL.<br />

Este procedimento deverá neutralizar e remover<br />

qualquer resíduo antimicrobiano do filtro membrana.<br />

3. Inocular na última porção de lavagem (100 mL0<br />

os microrganismos indicados com a contagem<br />

indicada (menor do que 100 Unidades Formadoras<br />

de Colônias).<br />

4. Filtrar o líquido de rinsagem e a cor<br />

assepticamente o filtro membrana em duas<br />

partes iguais, transferindo a primeira metade no<br />

Caldo Soja Caseína e a outra metade no Caldo<br />

tioglicolato. Caso o teste esteja sendo realizado<br />

em sistema fechado, rinsar cada canister com a<br />

solução de rinsagem inoculada.<br />

5. O FDA descreve que no caso em que o número<br />

de manifolds ou canisters for insuficiente é possível<br />

fazer a mistura de microrganismos e realizar a<br />

identificação dos microrganismos ao final do<br />

ensaio. Teste este que só deverá ser realizado desta<br />

maneira em último caso.<br />

6. No ensaio de adequabilidade para inoculação<br />

direta, inocular os tubos com os meios de cultura e<br />

produto com os microrganismos nas concentrações<br />

e condições adequadas.<br />

7. Para o ensaio de adequabilidade considerar que<br />

devemos inocular os mesmos microrganismos e<br />

mesmos meios de cultura como o controle positivo.<br />

8. Para as bactérias e fungos inocular os tubos<br />

conforme as recomendações compendiais<br />

assegurando que as culturas utilizadas não<br />

ultrapassem o número de 5 repiques da cultura<br />

mãe. As suspensões preparadas “in house” de<br />

bactérias e leveduras não devem ultrapassar o<br />

período de 2 horas pós a preparação, ou dentro<br />

de 24 horas se refrigerado entre 2 a 8°C.<br />

9. Suspensões de esporos (A. brasiliensis, B.<br />

subtilis, and C. sporogenes) podem ser preparados<br />

e mantidos 2ºC and 8ºC por até 7 dias. Todas<br />

as suspensões bactérias e de esporos devem<br />

apresentar uma contagem menores do que 100<br />

Unidades formadoras de colônias.<br />

10. Se obtivermos um crescimento comparável<br />

ao controle positivo sem o produto, poderemos<br />

prosseguir com o teste de esterilidade, caso em<br />

contrário significa que a atividade antimicrobiana<br />

da formulação em teste não foi eliminada sob as<br />

condições do teste e o procedimento do teste e o<br />

ensaio de adequabilidade deverá ser alterado e os<br />

ensaios repetidos.<br />

11. Se o produto apresentar atividade inibitória<br />

quando da realização do ensaio de adequabilidade<br />

em conjunto com o teste de esterilidade ambos<br />

deverão ser repetidos modificando as condições do<br />

teste de com a utilização de um agente neutralizante<br />

ou aumentando o volume de rinsagem de maneira a<br />

eliminar a atividade antimicrobiana.<br />

12. As cepas utilizadas nos testes de adequabilidade<br />

podem ser adquiridas comercialmente prontas<br />

para uso ou preparadas e mantidas no laboratório,<br />

desde que uma verificação quantitativa do número<br />

de UFCs seja realizada no momento da utilização.<br />

Referências bibliográficas:<br />

1. Farmacopéia Brasileira 6ª edição, 5.5.3.2 Ensaios Microbiológicos<br />

para Produtos Estéreis.<br />

2. Farmacopéia dos Estados Unidos da América, USP 43 <br />

sterility testing.<br />

3. Pharmaceutical Microbiology Manual, Food and Drug<br />

Adminsitration, 2020.<br />

22<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

Claudio Kiyoshi Hirai<br />

Farmacêutico bioquímico, diretor científico da BCQ consultoria e qualidade, membro da American Society of Microbiology e membro<br />

do CTT de microbiologia da Farmacopeia Brasileira.<br />

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Setor Empresarial<br />

A IMPORTÂNCIA DA TESTAGEM DE COVID EM<br />

FUNCIONÁRIOS PARA A SEGURANÇA NA RETOMADA<br />

PRESENCIAL ÀS EMPRESAS<br />

Por Daniel Rocha, diretor de Point of Care da Vyttra Diagnósticos<br />

Após quase dois anos do momento em que o<br />

mundo entrou em uma espécie de turbilhão<br />

coletivo com a pandemia de Covid-19, aos poucos<br />

a rotina começa a se acomodar. Algumas coisas<br />

podem voltar a funcionar como antes, mas outras<br />

certamente passarão por mudanças definitivas e<br />

será preciso nos adaptarmos a novos cenários.<br />

As atividades presenciais, que sempre estiveram no<br />

centro das principais discussões sobre protocolos<br />

de segurança, começaram a ser retomadas no<br />

trabalho, escolas e eventos, e ainda que o uso<br />

de máscaras, álcool em gel e distanciamento<br />

continuem sendo uma cautela necessária, adotar a<br />

testagem rápida para Covid-19 pode ser a maneira<br />

mais eficaz de evitar focos de propagação do<br />

vírus, além de demonstrar preocupação, cuidado<br />

e responsabilidade com a saúde dos funcionários,<br />

familiares e pessoas próximas.<br />

As as empresas devem seguir as recomendações<br />

sanitárias deliberadas pelos governos<br />

municipais, estaduais e federal para o retorno<br />

às atividades presenciais, sob pena de multa por<br />

descumprimento das normas locais. Soma-se a<br />

isso o risco de possível ação judicial e pagamento<br />

de indenizações por danos morais e materiais a<br />

colaboradores que eventualmente se contaminem<br />

durante o exercício de suas atividades profissionais,<br />

além da possibilidade de comprometimento da<br />

produtividade ou até paralisação de processos, no<br />

caso de uma contaminação em massa.<br />

Apesar da flexibilização de alguns protocolos para<br />

locais públicos, como retorno ao horário normal de<br />

funcionamento de bares, restaurantes e shopping<br />

centers, será exigido que as empresas fiscalizem<br />

o distanciamento social, tenham foco na higiene<br />

pessoal e do ambiente de trabalho, invistam<br />

em comunicação frequente sobre o tema aos<br />

funcionários e ainda, quando necessário, façam a<br />

testagem em massa de toda a equipe.<br />

A obrigatoriedade da testagem se dá<br />

principalmente para empregados que apresentam<br />

sintomas, assim como os que tiveram contato<br />

com este, e aos trabalhadores da área da saúde.<br />

Vale destacar que a necessidade de ser feita<br />

uma testagem em massa não é mandatória,<br />

e o procedimento pode ser realizado de forma<br />

aleatória, dividido por setores e períodos.<br />

Empresas que optaram por adotar a testagem<br />

como protocolo de segurança neste retorno às<br />

atividades presenciais levam em consideração<br />

alguns fatores importantes que justificam o<br />

investimento. Entre estes, podemos citar:<br />

• A real preocupação com a saúde e bem-estar de<br />

seus colaboradores.<br />

• A possibilidade de proporcionar um ambiente<br />

mais seguro para todos.<br />

• A detecção de casos assintomáticos que possam<br />

desencadear uma contaminação em massa.<br />

Os Testes de Fluxo Lateral (LFA), conhecidos como<br />

testes rápidos e mais comumente utilizados nesses<br />

casos, têm capacidade de disponibilizar o resultado<br />

em minutos, o que se apresenta uma grande<br />

vantagem quando há um grande número de<br />

pessoas prestes a frequentar o mesmo ambiente,<br />

como empresas, eventos, espaços públicos fechados.<br />

O grande desafio de alguns desses testes é a garantia<br />

de precisão, uma vez que o resultado depende da<br />

interpretação dos profissionais de saúde, já que<br />

utilizam o método imunocromatógráfico, em<br />

que marcadores coloridos identificam a presença<br />

ou não de reagentes, indicando se o resultado é<br />

positivo ou negativo.<br />

A contribuição que a Vyttra Diagnósticos tem<br />

trazido a este mercado é o investimento em alta<br />

tecnologia para oferecer maior assertividade na<br />

análise de resultados. Além de um amplo portfólio<br />

de testes para Covid-19, a empresa acaba de lançar<br />

um analisador portátil para leitura de testes LFA e<br />

imunofluorescência - a Proxima iaX -, que detecta<br />

com precisão a presença de uma ampla gama de<br />

patógenos, além do novo coronavírus, fazendo<br />

essa leitura por meio de cálculos de algoritmos que<br />

permitem uma interpretação segura e padronizada<br />

dos resultados, obedecendo a parâmetros<br />

preestabelecidos de intensidade de cor, excluindo<br />

a subjetividade da interpretação humana.<br />

Cada empresa deve avaliar essa necessidade e<br />

periodicidade dos testes de acordo com suas<br />

características de quantidade de funcionários,<br />

distribuição dessas pessoas nos espaços e locais<br />

de trabalho, protocolos de segurança e sanitários a<br />

que são submetidos, entre outros fatores variáveis.<br />

A diminuição dos casos de contaminação,<br />

internação e até óbitos por Covid-19 têm nos<br />

apontado este caminho de abertura e retomada<br />

das atividades presenciais, mas ainda assim há<br />

muito a conhecermos sobre o vírus, suas variantes<br />

e efeitos sobre o ser humano, e se numa guerra<br />

a melhor estratégia é saber onde está oponente,<br />

podemos considerar que a testagem é uma das<br />

melhores maneiras de enfrentar e combater este<br />

inimigo presente em nossas vidas atualmente.<br />

24<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

Daniel Rocha<br />

Diretor de Point of Care da Vyttra Diagnósticos


Logística Laboratorial<br />

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estrutura adequada e disponível para a pronta<br />

junto a ANVISA a certificação de Boas práticas<br />

de Armazenagem e Distribuição de<br />

produtos para a saúde.<br />

VISA não somente por estar cumprindo com a<br />

legislação vigente más também para garantir a<br />

qualidade dos produtos para consumo.<br />

utilização, uma equipe de profissionais capacitados,<br />

que nos permite o pronto atendimento<br />

das necessidades de nossos clientes, se compromete<br />

a garantir as boas práticas da ANVISA<br />

em todos os processos de armazenagem e<br />

distribuição.<br />

A CBPDA – Certificado de Boas Práticas de<br />

Armazenamento e Distribuição é um conjunto<br />

de procedimentos obrigatórios criados<br />

para garantir padrões de qualidade,<br />

integridade e segurança dos produtos nos<br />

processos de armazenagem, transporte e<br />

O grande desafio das Boas Práticas é a<br />

manutenção e controle de seus requisitos<br />

devido aos inúmeros processos envolvidos<br />

no armazenamento ou na distribuição dos<br />

produtos, contando com diversas variáveis<br />

envolvidas nos procedimentos.<br />

A Prime Storage, procura melhorar continuamente<br />

o serviço prestado de armazenagem<br />

de produtos para saúde, tal como os seus<br />

processos e métodos de controle com o<br />

objetivo de corresponder e antecipar-se às<br />

exigências de qualidade dos seus clientes, os<br />

requisitos estatutários e regulamentares.<br />

comercialização.<br />

O conceito de boas práticas tem como pilar<br />

o treinamento e capacitação das equipes,<br />

rastreabilidade de produtos e processos,<br />

medição e monitoramento, além de<br />

auditorias e autoinspeções.<br />

Implementar corretamente as Boas<br />

Práticas de Armazenagem e manter o<br />

nível de qualidade dos serviços é um<br />

desafio diário.<br />

Tâmisa Barbosa de Lima<br />

Farmacêutica/Coordenadora de Qualidade<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

25


Farmacogenética<br />

FARMACOGENÉTICA:<br />

RESPOSTA DOS GENES A MEDICAMENTOS<br />

A farmacogenética é o estudo de como o perfil<br />

Neste sentido, foi desenvolvido um estudo que<br />

Reações adversas e variantes genéticas<br />

genético de um indivíduo afeta a resposta ao<br />

visa entender melhor a interação entre o material<br />

Quando medicamentos entram no nosso<br />

metabolismo de medicamentos. Entenda melhor:<br />

genético e o metabolismo e prescrever para cada<br />

corpo eles são metabolizados e modificados<br />

indivíduo o tratamento mais eficaz baseado em<br />

estruturalmente por enzimas que ativam ou<br />

Embora o genoma de humanos se assemelhe<br />

seu perfil genético. Este estudo é conhecido<br />

desativam a medicação. Portanto, mutações<br />

em 99% de sua totalidade, cerca de 1%<br />

como farmacogenética ou farmacogenômica.<br />

nestes genes de enzimas metabolizadoras,<br />

é variável e nos torna seres únicos. Esta<br />

transportadores ou receptores podem afetar a<br />

variabilidade pode implicar, por exemplo,<br />

Em definição, a farmacogenética é o estudo<br />

resposta à terapia medicamentosa, causando<br />

em como nosso metabolismo funciona na<br />

de como os genes afetam uma resposta<br />

o que chamamos de reações adversas.<br />

presença de certos medicamentos. O estudo<br />

medicamentosa. A farmacogenética é a<br />

de como as diferenças entre indivíduos pode<br />

combinação entre a farmacologia (ramo<br />

Reações adversas são eventos clínicos<br />

afetar a resposta a fármacos é conhecido como<br />

da ciência que estuda os efeitos de uma<br />

inesperados causados pela ingestão de<br />

farmacogenética.<br />

substância química sobre a função dos<br />

medicamentos em doses recomendada e de<br />

sistemas biológicos) e a genômica (o ramo da<br />

acordo com a condição clínica do paciente. Ou<br />

O que é farmacogenética?<br />

ciência que lida com o estudo de genes).<br />

seja, é uma reação indesejável ao administrar<br />

Uma das principais conquistas do Projeto<br />

um medicamento teoricamente adequado<br />

Genoma Humano foi determinar a diversidade<br />

A história da farmacogenética é datada de<br />

às condições. As reações podem gerar danos<br />

de DNA existente entre diferentes indivíduos.<br />

cerca de 500 anos a.C, quando Pitágoras<br />

graves à saúde, levando muitas vezes a morte<br />

Entre as principais características que<br />

observou que, para certas pessoas, ingerir<br />

do paciente.<br />

nos diferem está a capacidade do corpo<br />

fava era fatal, enquanto para outras não.<br />

metabolizar certos medicamentos.<br />

Mais tarde, essa letalidade foi associada<br />

Nos Estados Unidos cerca de 5% das<br />

a uma mutação no gene da gligose-6-<br />

internações e 100 mil mortes anuais tem como<br />

Atualmente, a grande maioria dos<br />

fosfato desidrogenase (G6PD), que provoca<br />

causa reações adversas a medicamentos. Neste<br />

medicamentos e suas recomendações de<br />

o rompimento dos glóbulos vermelhos em<br />

cenário, variantes genéticas representam<br />

dosagem abrangem todos os indivíduos<br />

resposta a certos medicamentos, infecções e<br />

uma das maiores causas de reação adversa a<br />

igualmente. No entanto, nem sempre o<br />

ingestão de fava.<br />

medicamento.<br />

medicamento é capaz de funcionar da<br />

mesma forma para todos. A variabilidade<br />

Hoje, com os recursos disponíveis e após o<br />

O principal fator da variabilidade genética<br />

entre os indivíduos em relação à resposta à<br />

Projeto Genoma Humano, cerca de 21 mil genes<br />

entre indivíduos são os SNPs, polimorfismo de<br />

medicamentos leva ao desafio de prever o<br />

já foram identificados e os constantes avanços<br />

nucleotídeo único, que compreendem a troca<br />

28<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

grau de eficácia de um medicamento para um<br />

paciente específico<br />

da ciência permitem entender cada vez mais o<br />

papel destes genes no nosso sistema.<br />

de um par de nucleotídeos por outro na cadeia<br />

de DNA. Quando o SNP acontece em uma região


Farmacogenética<br />

gênica, a troca de um nucleotídeo pode causar<br />

uma disfunção do gene e, consequentemente,<br />

o aminoácido não ser codificado ou gerar uma<br />

alteração na proteína produzida.<br />

Outro fator importante de variabilidade<br />

genética são os CNVs, ou variações no número<br />

de cópias. Estas mutações podem levar a<br />

perda ou ganho de segmentos genômicos<br />

e surgem a partir de variações estruturais<br />

podendo ser deleções, duplicações, inserções<br />

ou translocações e inversões de sequencias de<br />

DNA. Neste contexto, CNVs podem gerar mais<br />

uma cópia de um gene ou abranger elementos<br />

funcionais desses genes, responsáveis<br />

por algum fenótipo específico. No caso<br />

da farmacogenética, mais copias de um<br />

determinado gene podem tornar mais rápido<br />

o metabolismo de um medicamento.<br />

Enzimas do CYP450<br />

Entre os principais genes estudados na<br />

farmacogenética, o grupo de genes que<br />

codificam enzimas do citocromo P-450<br />

se destacam. A grande maioria dos<br />

medicamentos disponíveis são metabolizadas<br />

por uma combinação de enzimas do citocromo<br />

P-450 e enzimas do metabolismo de fase II,<br />

como A tiopurina metiltransferase (TPMT) e<br />

Glucuronosiltransferase (UGT).<br />

As enzimas do citocromo P-450 são<br />

codificadas pelos genes da família CYP450,<br />

que são altamente polimórficos. Ou seja,<br />

que apresentam grande variabilidade<br />

entre indivíduos e, portanto, em como os<br />

medicamentos são metabolizados.<br />

Quais são os perfis de metabolização<br />

analisados na farmacogenética?<br />

• Metabolizadores Lentos: Indivíduos que<br />

possuem dois alelos, ou seja, duas variantes<br />

do gene, não funcionais, resultando na<br />

deficiência da enzima e consequente<br />

acúmulo do medicamento no organismo. Essa<br />

deficiência pode causar efeito de toxicidade<br />

do medicamento mesmo em dosagem baixas,<br />

por não ser capaz de metabolizá-lo.<br />

Metabolizadores Intermediários: Indivíduos<br />

que possuem alelos que metabolizam os<br />

medicamentos mais lentamente que a média<br />

(normais). Neste caso, embora doses médias<br />

sejam capazes de ter seu efeito terapêutico,<br />

o medicamento pode ser eliminado<br />

mais lentamente, causando acúmulo e<br />

consequentes efeitos tóxicos.<br />

Metabolizadores Normais/Extensivos:<br />

Indivíduos que possuem dois alelos funcionais,<br />

portanto metabolizam normalmente os<br />

medicamentos sem reações adversas causadas<br />

por origem genética.<br />

Metabolizadores Ultra-Rápidos: Indivíduos<br />

com duplicação de alelos funcionais, ou seja,<br />

mais cópias do gene, o que causa um aumento<br />

da velocidade de metabolização. Neste caso,<br />

o medicamento é metabolizado em uma<br />

velocidade acima do esperado, portanto não<br />

resulta no seu efeito terapêutico.<br />

Gráfico de como diferentes metabolizadores respondem a um mesmo medicamento. Gráfico adaptado de Roden, et al. 2019. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(19)31276-0<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

29


Farmacogenética<br />

Exemplos da farmacogenética<br />

Um exemplo de caso é o polimorfismo do gene<br />

CYP2D6, que codifica uma enzima que metaboliza<br />

a codeína, um analgésico para dor intensa como<br />

a do pós-parto. Em indivíduos que possuem<br />

variantes que os torna metabolizadores ultrarápidos,<br />

muita codeína é convertida em morfina.<br />

Em mães lactantes, a morfina em alta dose pode<br />

ser transferida para os filhos através do leite e gerar<br />

a morte do recém-nascido.<br />

Outro exemplo é a mutação no gene CYP2C19, que<br />

codifica a enzima que metaboliza o medicamento<br />

clopidogrel, que tem a função de evitar a agregação<br />

plaquetária. Pacientes com deficiência desta enzima<br />

(metabolizadores lentos) não são capazes de ativar<br />

o medicamento, não sendo eficiente para prevenir<br />

acidentes vasculares cerebrais, por exemplo.<br />

Cada vez mais genes são associados ao<br />

metabolismo de medicamentos, no entanto, na<br />

maioria das vezes é difícil predizer a resposta do<br />

paciente a medicamentos, já que a grande parte<br />

deles possui uma rota metabólica complexa.<br />

Além disso, outros fatores podem interferir no<br />

metabolismo de um medicamento como idade,<br />

tabagismo, sexo, dieta, comorbidades, assim como<br />

a interação com outros medicamentos.<br />

Farmacogenética e a medicina de precisão<br />

A farmacogenética é uma ferramenta para a<br />

chamada medicina de precisão. A medicina de<br />

Pessoas com diferentes perfis genéticos respondem melhor a diferentes doses ou medicamentos alternativos<br />

precisão é um modelo de atendimento médico possuem variantes que os tornam metabolizadores<br />

que tem o objetivo de personalizar o atendimento, lentos para os medicamentos antidepressivos.<br />

decisões médicas, terapias medicamentosas e Portanto a medicina de precisão pode ser utilizada<br />

exames adaptados ao paciente.<br />

nesse caso para definir os melhores medicamentos<br />

e doses para um tratamento eficaz.<br />

Através do sequenciamento genético do paciente,<br />

a medicina de precisão é capaz de diagnosticar<br />

O futuro da farmacogenética<br />

mais assertivamente o caminho necessário<br />

Ainda que seja uma tecnologia promissora<br />

para tratar o paciente de força eficaz. Além do<br />

para a medicina de precisão, muito ainda<br />

perfil genético de genes do metabolismo de<br />

precisa ser entendido na farmacogenética.<br />

medicamentos, a medicina de precisão também<br />

Além disso, por mais que tecnologias como<br />

leva em conta o estilo de vida, fatores epigenéticos<br />

o Sequenciamento de Nova Geração reduza<br />

e outros aspectos.<br />

significantemente o valor para realizar exames<br />

A farmacogenética na medicina de precisão<br />

de DNA em busca de variantes, a ferramenta<br />

vem sendo utilizada por exemplo no tratamento ainda não é amplamente acessível no Brasil.<br />

de pacientes com depressão. A maioria dos No entanto, com os avanços da ciência e<br />

antidepressivos é metabolizada por enzimas dos tecnologia, o futuro da medicina de precisão<br />

genes CYP2D6, CYP2C19 e CYP3A4. Indivíduos que está perto de chegar.<br />

Por: Nágela G. Safady<br />

30<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

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Radar Científico<br />

REMOVA LESÕES POR AÇÕES REPETITIVAS E<br />

CONTAMINAÇÃO DE FLUXOS DE TRABALHO MICROBIOLÓGICOS<br />

Introdução<br />

A natureza repetitiva do trabalho de laboratório de rotina coloca<br />

técnicos farmacêuticos e cientistas em risco de lesões por esforço<br />

repetitivo (LER). As atividades de rotina geralmente incluem repetição<br />

dos mesmos movimentos repetidamente, o que pode prejudicar<br />

as mãos, os pulsos e os ombros e podem levar a ferimentos graves.<br />

De acordo com a Administração de Segurança e Saúde Ocupacional<br />

(OSHA), o LER (lesões por esforço repetitivo) no local de trabalho<br />

resultou em mais de 300.000 casos até 2015. 1<br />

A LER (lesões por esforço repetitivo) está intimamente relacionado<br />

à ergonomia da operação do instrumento ao realizar processos<br />

laboratoriais simples, mas repetitivos. De acordo com um artigo<br />

sobre distúrbios do trabalhador laboratoriais comuns por ergonomista<br />

certificado Kevin Costello, movimentos musculo-esqueléticos<br />

envolvendo a repetição, o estresse de contato, a força e a postura<br />

desajeitada apresentam mais risco de lesão. 2<br />

A LER (lesões por esforço repetitivo) pode levar à fadiga e<br />

variabilidade do usuário laboratorial que causa má técnica, erros e<br />

contaminação cruzada. O resultado é o reteste que pode adicionar<br />

até 14 dias para procedimentos, como testes de esterilidade.<br />

Além disso, os custos sociais da síndrome do túnel do carpo, um<br />

resultado fundamental do LER (lesões por esforço repetitivo), foram<br />

estimados em US $ 30.000 por caso. Este valor não inclui custos<br />

indiretos, como a produtividade perdida e as questões de qualidade<br />

de vida que se estendem às atividades cotidianas. 3<br />

A contaminação cruzada microbiana também pode resultar quando<br />

dispositivos de filtragem laboratorial, como manifolds, funis de filtro e<br />

bombas, são difíceis de limpar.<br />

Este artigo explora novos desenhos de filtração que são<br />

consideravelmente mais ergonômicos e mais fáceis de limpar do que<br />

produtos convencionais.<br />

Reduzir o LER (lesões por esforço repetitivo):<br />

O segredo está em design de produto<br />

Em um laboratório de microbiologia<br />

Na maioria desses dispositivos<br />

32<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

farmacêutica, há muitas maneiras de evitar<br />

o esforço manual trabalhando de maneira<br />

mais ergonômica. Escolher as ferramentas<br />

certas pode fazer toda a diferença. Funis<br />

de filtro pré-esterilizados são opções mais<br />

eficientes para contaminação microbiana e<br />

teste de controle de qualidade, com o funil<br />

e membrana em um sistema descartável<br />

pronto para uso. A membrana está contida<br />

dentro do funil para filtragem, limitação<br />

de manuseio e transferência, o que reduz<br />

movimentos laboratoriais repetitivos.<br />

descartáveis, o top do funil é removido por<br />

torção ou outros movimentos que podem<br />

gerar agitação em pulsos e braços. Além<br />

disso, torcer o topo do funil pode muitas<br />

vezes rasgar as membranas delicadas<br />

abaixo, resultando na necessidade de<br />

reteste. Ao usar uma alternativa, como<br />

o funil de filtro Microfunnel, o topo é<br />

removido com um simples aperto de seus<br />

lados. Em seguida, o usuário pode acessar<br />

facilmente a membrana.


Radar Científico<br />

Outro passo em frente na redução do LER (lesões por esforço repetitivo) é um colega melhor projetado,<br />

como o coletor de laboratório de Pall.<br />

O coletor de laboratório da Pall tem poucas partes, sem ferramentas necessárias e acessórios de fricção<br />

simples para facilitar a desmontagem e a remontagem. Este design simplificado pode economizar tempo<br />

precioso e reduzir o risco de LER (lesões por esforço repetitivo).<br />

Reduzir LER (lesões por esforço repetitivo):<br />

Melhorar as técnicas de laboratório<br />

Além disso, como a tampa final do dispositivo e a mangueira podem ser configuradas em qualquer<br />

direção, todas as válvulas estão situadas na frente do coletor. Isso significa que não há necessidade de<br />

alcançar o topo de um funil de filtro e manobra atrás de um coletor para ligar e desligar as válvulas. Ambas<br />

as características melhoram a prevenção de contaminação e reduzem o risco de lesões.<br />

Finalmente, o manifold do laboratório da Pall permite o processamento de até seis amostras em uma época<br />

em que dois coletores são conectados em conjunto com um dispositivo de acoplamento. Com o tempo, este<br />

design pode significar menos manuseio e menor risco de LER (lesões por esforço repetitivo).<br />

O LER (lesões por esforço repetitivo) pode ser ainda mais reduzido quando os técnicos são bem treinados em técnicas, como o uso da pinça e<br />

manuseio de membrana. A orientação adequada e o manuseio de pinça não são apenas importantes para a saúde do técnico, mas também crucial<br />

para um bom crescimento microbiano.<br />

Nas figuras abaixo, você pode ver na imagem esquerda que a mão está em uma posição desajeitada. Isso pode causar dor durante a remoção de<br />

membrana. Na imagem certa, a pinça é mantida corretamente, dando a mão mais liberdade e uma sensação mais natural e confortável.<br />

Figura 1<br />

Na Figura 2, a técnica de chapeamento na imagem da esquerda não é apenas desajeitada, mas também aumenta o risco de criar bolhas<br />

na parte inferior da membrana do filtro. As bolhas de ar são uma preocupação, porque quando a membrana não toca corretamente o<br />

meio agar, os nutrientes não atingem a membrana conforme o esperado. Isso pode causar crescimento de células inadequadas que possa<br />

resultar em falsos negativos. A técnica adequada é demonstrada na imagem à direita.<br />

Figura 2<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

33


Radar Científico<br />

Limpeza: a chave para eliminar a contaminação cruzada<br />

A limpeza do seu equipamento de<br />

laboratório é a chave para eliminar<br />

a contaminação cruzada e os atrasos<br />

resultantes causados pela retestação.<br />

Empregando manifolds, bombas e funis<br />

com layouts fáceis de limpar ou descartáveis<br />

resultarão em dispositivos livres de<br />

contaminação - uma vantagem bem-vinda<br />

quando a limpeza é necessária pelo menos<br />

uma vez por dia.<br />

Os manifolds de laboratório apresentam<br />

aos micróbios, lugares para se esconder.<br />

Procure por dispositivos de aço inoxidável<br />

com poucas peças para desmontar e montar<br />

como o coletor de laboratório. Seus caminhos<br />

fluidos devem ser livres. Certifique-se de<br />

que o coletor seja projetado para se encaixar<br />

facilmente em autoclaves laboratoriais,<br />

separando-se em componentes gerenciáveis.<br />

Ao comprar uma nova bomba de<br />

microbiologia, como a bomba Sentino® da<br />

Pall, verifique se ele tem um caminho de<br />

fluido descartável que não requer limpeza ou<br />

desinfecção. Um trajeto de fluido de bomba<br />

descartável, combinado com uma opção de<br />

funil de filtro gama-irradiada, praticamente<br />

elimina o risco de contaminação cruzada do<br />

equipamento de teste.<br />

Os funis de filtro descartáveis, como os<br />

funis Microfunnel ST, não apenas eliminam<br />

a contaminação cruzada que podem vir de<br />

funis reutilizáveis, mas também têm uma<br />

segunda camada de sobrecarga que agiliza<br />

a sala de limpeza ou a entrada do capô, com<br />

uma limpeza para os vários funis embalados<br />

individualmente . Esta camada de sobrecarga<br />

reduz a contaminação de partículas brutas<br />

que podem vir de papelão.<br />

Conclusão<br />

As lesões por esforços repetitivos (LER) e<br />

facilidade de limpeza são freqüentemente<br />

esquecidos ao escolher a solução de filtração<br />

microbiológica que melhor se adapta às<br />

necessidades do seu laboratório farmacêutico.<br />

É importante selecionar produtos de alto<br />

desempenho com ergonomia que reduzam<br />

o risco de lesões a longo prazo. O objetivo é<br />

eliminar a fadiga e a variabilidade do usuário<br />

que podem levar à uma técnica inadequada,<br />

erros e reteste. A redução da contaminação<br />

cruzada microbiana e o subsequente novo teste<br />

economizarão o tempo do laboratório, recursos<br />

e atrasos no desenvolvimento do produto.<br />

Referências<br />

1 https://www.bls.gov/news.release/osh2.nr0.htm<br />

2 Repetitive Strain Injury in the Laboratory, VistaLab<br />

Technologies, August 25, 2020. 3 Repetitive Strain Injury<br />

in the Laboratory, Biocompare, March 29, 2018.<br />

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34<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

© Copyright 2021, Pall Corporation. Pall, MicroFunnel, and Sentino are trademarks of Pall Corporation. ®<br />

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ou sem luvas, com uma tela clara e grande para<br />

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aplicação, pois dependendo das aplicações, você<br />

pode precisar de água de qualidade ou pureza<br />

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<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

35


Em Foco<br />

LANÇAMENTO: MIELE LANÇA PACOTE ECONÔMICO DE<br />

LAVADORA DE VIDRARIAS PARA LABORATÓRIOS<br />

36<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

A Analitica apresenta o novo pacote de lavadora<br />

de vidrarias da Miele, composto pelo modelo<br />

PG8504 já existente no portfólio e acessórios<br />

inclusos, numa configuração completa, que<br />

atende à demanda de laboratórios pequenos<br />

nas áreas de pesquisas e industriais. O<br />

objetivo é fornecer um equipamento da mais<br />

alta qualidade e tecnologia Miele em uma<br />

configuração enxuta e econômica.<br />

A PG8504 Pacote Básico inclui dois suportes<br />

com 18 bicos injetores cada, para lavagens<br />

de vidrarias como erlenmeyers, garrafas,<br />

provetas, balões e ainda uma base perfurada<br />

para lavagens de béqueres grandes, funis e<br />

tampas. Esse pacote promocional é modular,<br />

permitindo up-grades e instalação de<br />

novos acessórios. Oferece limpeza eficiente,<br />

confiabilidade, consistência e flexibilidade<br />

máximas para atender às rigorosas demandas<br />

analíticas dos laboratórios modernos. Sistema<br />

modular, permite up-grade e instalação de<br />

novos acessórios<br />

A PG8504 Pacote Básico possui câmara externa<br />

e interna totalmente em aço 304/316 e soldas<br />

laser, com cantos arredondados que previne<br />

acúmulo de resíduos e contaminações, para<br />

máxima robustez, e precisão nas lavagens.<br />

Possui programas internos com ciclos<br />

programáveis e controles inteligentes para<br />

remoção da maioria dos resíduos. Os racks,<br />

cestos e acessórios aumentam a produtividade<br />

e eficiência dos ciclos de lavagens.<br />

Há opção de oferta com uma bomba adicional<br />

para enxágue com água desmineralizada a<br />

partir de um barrilete.<br />

O sistema de secagem passiva EcoDry é<br />

econômico e eficiente. Neste sistema, no<br />

final do programa e após a temperatura<br />

decair abaixo de 70 °C na cuba, a porta abre<br />

automaticamente, retirando a umidade<br />

residual para fora da cuba, acelerando o<br />

processo de secagem.<br />

No quesito de segurança a Miele excede as<br />

expectativas: possui controle da pressão de<br />

lavagem e também do braço de lavagem a fim<br />

de prevenir quebras dos materiais e promover<br />

maior economia de água e energia. Para o<br />

fechamento da porta, basta um ligeiro toque<br />

entre a porta e a máquina e a porta fechase<br />

automaticamente. Há ainda sensores que<br />

previnem inundações e vazamentos, com<br />

emissão de avisos e mensagens de erros.<br />

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Sua busca acabou!<br />

· Lavadora PG8504 com kit de acessórios básicos para lavagens de béqueres,<br />

funis, tampas, erlenmeyers, garrafas e provetas.<br />

· Capacidade de up-grade para uso com outros acessórios.<br />

· Qualidade Miele a um custo acessível.<br />

analiticaweb.com.br


Em Foco<br />

LAB DE A A Z: LANÇAMENTOS MICROSCÓPIO<br />

ÓTICA INFINITA E CENTRÍFUGA 8X15 (K14-0815P)<br />

A linha de equipamentos da Kasvi ganham<br />

ajuste de tensão e condensador de foco<br />

Assista ao vídeo da centrífuga:<br />

dois grandes complementos: o Microscópio<br />

ajustável (pinhão e cremalheira 1,25 N.A).<br />

Ótica Infinita¹ e a Centrífuga 8x15². Nosso<br />

Consulte acessórios disponíveis.<br />

diferencial é atender as necessidades de cada<br />

cliente, para oferecer as melhores soluções<br />

A nova Centrífuga 8x15 modelo K14-0815P<br />

com agilidade.<br />

é um equipamento moderno de porte médio,<br />

fácil e prático de manusear utilizado para<br />

Ideal para laboratórios de análises clínicas,<br />

centrifugação de amostras e reagentes.<br />

instituições de pesquisa, indústrias e<br />

Apresenta nível de ruído extremamente baixo.<br />

veterinária, o Microscópio Ótica Infinita<br />

Rotor de ângulo fixo. Bivolt com capacidade<br />

¹ Produto sob regulamentação na ANVISA 80884880006.<br />

produz imagens com total nitidez em todo<br />

para 8 tubos de 15 ml. Possui adaptadores<br />

² Produto sob regulamentação na ANVISA: 80884880034<br />

campo visual da amostra. Disponível nos<br />

(vendidos separadamente) para centrifugação<br />

38<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

modelos Binocular e Trinocular. Revólver<br />

quádruplo, objetivas plana acromáticas 4X,<br />

10X, 40X(S), 100X (S, Óleo), cabeçote com<br />

rotação360°. Foco coaxial grosso e fino com<br />

de tubos 13x75mm e 13x100mm. Sua tela é<br />

em LED. Possui ajustes de velocidade (500 -<br />

4.000 rpm) e do tempo (1 a 99 min). Também<br />

é possível fazer mudança de RPM para RCF.<br />

Kasvi<br />

0800 726 0508<br />

kasvi@kasvi.com.br


Em Foco<br />

REDUZINDO RESÍDUOS PLÁSTICOS DE<br />

LABORATÓRIO<br />

O mundo agora está tomando medidas para evitar<br />

que milhões de toneladas de lixo plástico acabem<br />

em aterros sanitários e nos oceanos. Mas com<br />

muitos laboratórios científicos ainda dependendo<br />

fortemente de plásticos descartáveis, é hora de<br />

encontrar maneiras de reduzir?<br />

É difícil perder as manchetes que destacam o<br />

impacto negativo dos plásticos em nossa vida<br />

selvagem e ecossistemas. Muitos de nós ficamos<br />

chocados ao assistir o episódio final de Blue Planet<br />

2, testemunhando pássaros marinhos alimentando<br />

seus filhotes com plástico - e as imagens<br />

assustadoras de uma mãe golfinho expondo<br />

potencialmente seu filhote recém-nascido a<br />

poluentes através de seu leite contaminado.<br />

Estima-se que 12 milhões de toneladas de<br />

plásticos acabem nos oceanos a cada ano.<br />

E seus efeitos são de longo alcance, com o<br />

plástico sendo encontrado até mesmo em<br />

criaturas que vivem 11 quilômetros abaixo da<br />

superfície. Para ajudar a proteger nosso meio<br />

ambiente, todos nós precisamos fazer mais para<br />

conter esse fluxo. E os cientistas têm um papel<br />

fundamental a desempenhar.<br />

Plásticos de laboratório<br />

Pense em quanto plástico você consegue gastar<br />

em um dia normal de trabalho no laboratório<br />

- incluindo pontas de pipetas, luvas, tubos de<br />

plástico - itens que costumam ser usados uma<br />

vez e depois jogados fora.<br />

E tudo isso se soma. Um departamento de<br />

biociências no Reino Unido estimou a geração<br />

de cerca de 267 toneladas de lixo plástico em<br />

apenas um ano. Aumentando isso para cerca<br />

de 20.500 instituições em todo o mundo<br />

envolvidas em pesquisas biológicas, médicas<br />

ou agrícolas, isso pode equivaler a 5,5 milhões<br />

de toneladas de resíduos de plástico de<br />

laboratório - aproximadamente a tonelagem<br />

combinada de 67 navios de cruzeiro.<br />

Os cientistas enfrentam desafios únicos para<br />

reduzir o desperdício de plástico em laboratório,<br />

muitos dos quais justificamos com base na<br />

economia de tempo e custos. Não menos<br />

importante, os itens descartáveis são estéreis e<br />

não precisam ser limpos. E não é tão simples<br />

quanto instalar lixeiras para reciclagem, já<br />

que muitos itens usados em um experimento<br />

acabaram cobertos por coisas que são tóxicas<br />

ou perigosas.<br />

Reutilizar, reciclar, reduzir<br />

Pode ser difícil para os laboratórios reduzir<br />

sua dependência de plásticos descartáveis.<br />

Mas é um problema que não podemos<br />

simplesmente ignorar.<br />

Se você está procurando algumas ideias para<br />

reduzir a pegada de plástico do seu laboratório,<br />

talvez possa mudar para frascos de vidro<br />

reutilizáveis - ou promover a reciclagem por<br />

meio de iniciativas como o novo programa<br />

de reciclagem de luvas de uma empresa,<br />

que transforma luvas descartáveis em novos<br />

produtos de plástico, como bancos de parque ,<br />

lixeiras ou até regadores!<br />

Se o seu laboratório depende de água<br />

ultrapura engarrafada, por que não considerar<br />

substituí-la por um sistema de purificação de<br />

água de laboratório interno? Isso não apenas<br />

fornecerá a você uma fonte confiável de água<br />

purificada, mas, ao mesmo tempo, poderá<br />

reduzir o desperdício de plástico. Instalar um<br />

sistema de purificação de água também pode<br />

economizar tempo e dinheiro - depois de um<br />

investimento inicial, os custos de operação<br />

subsequentes são geralmente mais baixos do<br />

que comprar água engarrafada.<br />

Por que escolher o ELGA LabWater?<br />

Somos os especialistas do LabWater,<br />

engenheiros especialistas da ELGA, químicos e<br />

cientistas que estão na vanguarda da inovação<br />

tecnológica. Continuamos a introduzir recursos<br />

inovadores em nossos sistemas de purificação<br />

de água, que são feitos para durar.<br />

Referência: Urbina MA, Watts AJR, Reardon,<br />

EE. Environment: Labs should cut plastic waste<br />

too. Nature 528, 479 (24 December 2015)<br />

https://www.nature.com/articles/528479c<br />

Autor: Dr Alison Halliday<br />

Sobre a Veolia<br />

O grupo Veolia é a referência mundial em gestão<br />

otimizada dos recursos. Presente nos cinco<br />

continentes com quase 179000 assalariados,<br />

o Grupo concebe e implementa soluções para<br />

a gestão da água, dos resíduos e da energia,<br />

que fomentam o desenvolvimento sustentável<br />

das cidades e das indústrias. Com suas três<br />

atividades complementares, Veolia contribui<br />

ao desenvolvimento do acesso aos recursos, à<br />

preservação e renovação dos recursos disponíveis.<br />

Em 2019, o grupo Veolia trouxe água potável<br />

para 98 milhões de habitantes e saneamento<br />

para 67 milhões, produziu cerca de 45 milhões de<br />

megawatt/hora e valorizou 50 milhões de toneladas<br />

de resíduos. Veolia Environnement (Paris Euronext :<br />

VIE) realizou em 2019 um faturamento consolidado<br />

de 27,189 bilhões de euros. www.veolia.com<br />

Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />

Rafaela Rodrigues<br />

Tel. +55 11 3888-8782<br />

rafaela.rodrigues@veolia.com<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

39


Em Foco<br />

VERSATILIDADE PERFEITA PARA MANIPULAÇÃO DE<br />

LÍQUIDOS EM LABORATÓRIOS<br />

GREINER BIO-ONE LANÇA SUA NOVA GERAÇÃO DE PONTEIRAS SAPPHIRE.<br />

No último mês de setembro, a Greiner Bio-One<br />

apresentou a sua mais nova geração de ponteiras<br />

Sapphire em um lançamento global. Ao longo das<br />

últimas décadas, as nossas ponteiras têm sido item<br />

fundamental em diversos laboratórios ao redor<br />

do mundo. Reconhecida como um dos principais<br />

fornecedores especializados em produtos plásticos<br />

para laboratório, a Greiner traz agora para o mercado,<br />

o sucesso de sua linha Sapphire.<br />

As novas ponteiras são produzidas e embaladas em<br />

Kremsmünster, na Áustria, através de um processo<br />

automatizado que minimiza qualquer risco potencial<br />

de contaminação. O novo portfólio é abrangente e<br />

reúne todos requisitos necessário para o manuseio de<br />

líquidos na rotina diária.<br />

Universal e especializado<br />

Fabricadas de polipropileno de grau médico,<br />

as ponteiras Sapphire possuem compatibilidade<br />

universal, se encaixando na maioria das micropipetas,<br />

e estão disponíveis nas versões standard, com filtro e<br />

low-retention. Ao minimizar a adesão de amostras<br />

no interior da ponteira, a superfície de baixa retenção<br />

(low-retention) oferece maior precisão, mesmo<br />

ao utilizar amostras viscosas ou detergentes. As<br />

ponteiras com filtro oferecem maior segurança<br />

As novas ponteiras Sapphire estão disponíveis em<br />

oito diferentes tamanhos com volumes de 10 µl a<br />

1250 µl, incluindo a ponteira de 10 µl estendida para<br />

recuperação de pequenos volumes. Dependendo da<br />

versão, as ponteiras Sapphire estão disponíveis em<br />

pacotes, racks e refis.<br />

e farmacêutica. Também está entre os principais<br />

fabricantes de linhas, ferramentas e plantas de<br />

extrusão. Em 2017, a Greiner empregou mais<br />

de 10 mil funcionários nas 139 subsidiárias<br />

distribuídas em 33 países. www.greiner.com<br />

40<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

durante a transferência de materiais biológicos e<br />

previnem a formação de aerosóis, sem interferir<br />

negativamente na precisão do volume pipetado.<br />

Nenhum aditivo é utilizado durante o processo de<br />

fabricação dos filtros e, mesmo em caso de contato<br />

acidental com o filtro, é possível recuperar a amostra.<br />

Em conjunto com as micropipetas Sapphire, as<br />

ponteiras universais oferecem um manuseio de<br />

líquido totalmente otimizado e harmônico.<br />

Greiner Bio-One<br />

Sediada em Kremsmünster, na Áustria, a Greiner<br />

possui quatro divisões operacionais, a Greiner<br />

Packaging, Greiner Bio-One, Greiner Foam e<br />

Greiner Extrusion, atuando em vários setores<br />

como na produção de espuma e processadores<br />

de plásticos para os setores de embalagens,<br />

móveis, esporte, automotivo, tecnologia médica<br />

Para mais informações:<br />

Departamento de Marketing<br />

Tel.: +55 19 3468 9600<br />

E-mail: info@br.gbo.com


Em Foco<br />

MEDIÇÃO É COISA SÉRIA! SAIBA OS REQUISITOS<br />

PARA CALIBRAÇÃO EM FÍSICO-QUÍMICA.<br />

Você conhece o DOQ-CGCRE-022? Este é um<br />

documento orientativo do INMETRO que rege<br />

sobre como calibrar seu equipamento de<br />

físico-química (pHmetro por exemplo). Nele<br />

há diretrizes e orientações para o laboratório<br />

de calibração.<br />

Um dos pontos importantes sobre o<br />

processo em físico-química é o fato de que<br />

é necessário fazer a calibração elétrica e<br />

por meio de MRCs (Material de Referência<br />

Certificado) e isso você encontra na ER<br />

Analítica. Somos acreditados pela CGCRE<br />

na grandeza físico-química. Seguimos à<br />

risca a norma e trabalhamos com o que há<br />

de melhor para calibração e manutenção<br />

de: pHmetros, medidores de DBO,<br />

condutivímetro e íon seletivo fluoreto.<br />

Você pode consultar nosso escopo<br />

através do link:<br />

http://www.inmetro.gov.br/laboratorios/rbc/<br />

lista_laboratorios.asp?acao=consulta<br />

Basta acessar o site, clicar no ícone “consultar<br />

laboratórios” e no campo “número de<br />

acreditação” inserir nosso número de<br />

acreditação que é 0715 e consultar.<br />

Saiba mais:<br />

Tel.: (11) 4606-7200<br />

WhatsApp: (11) 97149-5668<br />

www.eranalitica.com.br<br />

vendas@eranalitica.com.br<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Novembro 2021<br />

41


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Conceito de qualidade em Microbiologia<br />

Novas e modernas instalações<br />

Equipe capacitada e comprometida<br />

Acreditações: REBLAS / CGCRE-INMETRO /ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017<br />

comercial@bcq.com.br - www.bcq.com.br - TEL.: 55 11 5083-5444

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