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Referência Industrial 236 / Dezembro 2021

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ENTREVISTA - Nova Ferroeste deve impulsionar logística produtiva até o Porto de Paranaguá<br />

A VOZ DA INDÚSTRIA<br />

DA MADEIRA<br />

ASSOCIAÇÃO TRABALHA HÁ CINCO DÉCADAS<br />

EM PROL DO DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO<br />

DO SETOR INDUSTRIAL MADEIREIRO NO BRASIL<br />

THE VOICE OF THE<br />

TIMBER INDUSTRY<br />

AN ASSOCIATION HAS BEEN WORKING<br />

FOR FIVE DECADES FOR THE DEVELOP-<br />

MENT AND GROWTH OF THE INDUSTRIAL<br />

TIMBER SECTOR IN BRAZIL


A CONFIANÇA QUE APROXIMA É<br />

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permitindo diversas configurações de tamanhos de pacotes. Sua robustez e desempenho garantem uma operação<br />

confiável atendendo os altos requisitos de produção com velocidade de 14 camadas por minuto. O mecanismo de<br />

largura variável assegura que os pacotes sejam uniformes em vários produtos da serraria. O sistema de tabicamento<br />

automático pode ser regulado para diferentes comprimentos de tabiques. Com construção mecânica simples e lanças<br />

que se movimentam sobre rolamentos, o EGM oferece baixa manutenção e altas velocidades requeridas em uma serraria.<br />

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SUMÁRIO<br />

INDUSTRIAL<br />

<strong>2021</strong><br />

38<br />

48<br />

TECNOLOGIA DE PONTA PARA SERRARIAS<br />

Curitiba – PR - Brasil<br />

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64<br />

58<br />

MADEIRA<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

ABIMCI 37<br />

Acimderj 79<br />

Ágil Madeiras 51<br />

Aimex 47<br />

Alca Máquinas 11<br />

Auge Metal 71<br />

Benecke 17<br />

Cipem 09<br />

Contraco 61<br />

DRV Ferramentas 15<br />

Drytech 31<br />

Eletro Izidoro 33<br />

Engecass 21<br />

Franzoi 23<br />

Gottert 27<br />

Impacto 55<br />

Indumec 29<br />

Lignum Brasil 81<br />

Linck 05<br />

Lions Machine 63<br />

Máquinas Águia 77<br />

Mendes Máquinas 02<br />

Metrisa 57<br />

Mill Indústrias 84<br />

MM Wood Brazil 35<br />

Montana Química 07<br />

MSM Química 13<br />

MSP <strong>Industrial</strong> 83<br />

Nazzareno 25<br />

Omil 19<br />

SUMÁRIO<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Coluna Flavio C. Geraldo<br />

14 Notas<br />

26 Aplicação<br />

28 Frases<br />

30 Entrevista<br />

36 Coluna ABIMCI<br />

38 Principal A voz da indústria da madeira<br />

46 Setorial<br />

48 Secagem da Madeira<br />

52 Mercado<br />

58 Marcenaria<br />

64 Prêmio REFERÊNCIA<br />

72 Indústria<br />

74 Artigo<br />

80 Agenda<br />

82 Espaço Aberto<br />

Inovação. Qualidade.<br />

Economia.<br />

MADE IN GERMANY<br />

Sucesso garantido com a nossa<br />

competência e experiência<br />

mais de 150 linhas de perfilagem em uso ao redor do mundo<br />

serrarias com otimização de tábuas laterais e aumento de rendimento desde 1983<br />

serrarias com corte em curva desde 1989<br />

serrarias para corte de toras classificadas por dimensão e não classificadas<br />

04<br />

referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>


EDITORIAL<br />

DEFESA<br />

DO SETOR<br />

A<br />

ABIMCI (Associação Brasileira da<br />

Indústria de Madeira Processada Mecanicamente)<br />

atua ao lado das indústrias<br />

madeireiras desde a década de<br />

1970, se colocando à frente por diversas<br />

conquistas para as empresas ao longo dos<br />

anos. Nada melhor que contar mais sobre essa<br />

história, que reflete também como foi a evolução<br />

do setor nesses últimos 50 anos. Nesta edição, o<br />

Leitor também irá conferir uma entrevista sobre<br />

a Nova Ferroeste, ferrovia que deve impulsionar<br />

a logística do Paraná e Mato Grosso do Sul até o<br />

Porto de Paranaguá, além de reportagens especiais<br />

sobre exportação, mercado, marcenaria e<br />

muito mais. Tenha uma excelente leitura!<br />

NA CAPA<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XXIII • N°<strong>236</strong> •<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />

ENTREVISTA - Nova Ferroeste deve impulsionar logística produtiva até o Porto de Paranaguá<br />

A VOZ DA INDÚSTRIA<br />

DA MADEIRA<br />

ASSOCIAÇÃO TRABALHA HÁ CINCO DÉCADAS<br />

EM PROL DO DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO<br />

DO SETOR INDUSTRIAL MADEIREIRO NO BRASIL<br />

NA CAPA DESTE MÊS É<br />

ESTAMPADA A LOGO DA<br />

ABIMCI, ASSOCIAÇÃO<br />

REFERÊNCIA NA LUTA PELO<br />

SETOR MADEIREIRO<br />

THE VOICE OF THE<br />

TIMBER INDUSTRY<br />

AN ASSOCIATION HAS BEEN WORKING<br />

FOR FIVE DECADES FOR THE DEVELOP-<br />

MENT AND GROWTH OF THE INDUSTRIAL<br />

TIMBER SECTOR IN BRAZIL<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIII - EDIÇÃO <strong>236</strong> - DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

06<br />

IN DEFENSE OF THE<br />

SECTOR<br />

A<br />

BIMCI has been working alongside<br />

timber processing companies since<br />

the 1970s, putting itself as head<br />

of various struggles of these companies<br />

over the years. Therefore,<br />

there is nothing better than to relate more about<br />

this story, which also reflects the evolution of the<br />

Sector over the last 50 years. In this issue, you can<br />

also check out an interview about the Nova Ferroeste<br />

Railroad, a railroad that should boost logistics<br />

in the States of Paraná and Mato Grosso do Sul<br />

to the Port of Paranaguá, as well as articles on<br />

exports, market, woodworking, and much more.<br />

Pleasant reading!<br />

referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Jorge de Souza<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Flavio C. Geraldo | Paulo Pupo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski / Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriela Bogoni | Larissa Purkotte<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Midias Sociais / Social Media<br />

Cainan Araújo<br />

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Tradução / Translation - John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Pedro Moura<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />

exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />

and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />

the written authorization of the holders of the authorial rights.


CUTTING-EDGE TECNOLOGIES<br />

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PRODUCTIVITY AND PROFITABILITY TO<br />

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PRÊMIO REFERÊNCIA - Conheça os ganhadores do prêmio mais importante do setor madeireiro<br />

CARTAS<br />

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A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

LANÇAMENTO<br />

MPG-Plus<br />

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CARTAS<br />

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<br />

<br />

CAPA DA EDIÇÃO 234 DA<br />

<br />

<br />

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE NOVEMBRO DE <strong>2021</strong><br />

ENTREVISTA<br />

<br />

<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XXIII • N°235 •Novembro <strong>2021</strong><br />

EM CONSTANTE<br />

DESENVOLVIMENTO<br />

SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS DE PONTA COM<br />

FABRICAÇÃO NACIONAL TRAZEM MAIS<br />

PRODUTIVIDADE E RENTABILIDADE AO SETOR<br />

IN CONSTANTLY<br />

DEVELOPMENT<br />

Por Leandro Feitosa – Naviraí (MS)<br />

Foto: divulgação<br />

08<br />

CAPA<br />

Por Luís Freitas –<br />

Natal (RN)<br />

Fica claro que cada vez<br />

mais as empresas que<br />

investem em tecnologia<br />

para os processos estão<br />

alguns passos na frente<br />

da concorrência.<br />

APLICAÇÃO<br />

Por Lucila Marin – Marília (SP)<br />

As casas de madeira têm um charme<br />

inigualável. Como é bom ver que cada vez<br />

mais elas vão voltando a ganhar espaço no<br />

Brasil e no mundo.<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />

fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Triste como as empresas são colocadas de lado<br />

em decisões políticas. O empresário tem que ser<br />

prioridade, porque gera empregos e receita para<br />

o país. Que os madeireiros do Pará possam logo<br />

voltar a produzir com regularidade.<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

INDÚSTRIA<br />

Por Josete dos Anjos –<br />

Uberaba (MT)<br />

O Governo infelizmente<br />

quando faz alterações em<br />

leis não faz a divulgação<br />

correta dentro das<br />

empresas. Parece que<br />

fazem isso apenas para<br />

poder faturar com multas!<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

<strong>Referência</strong> <strong>Industrial</strong> Madeira<br />

@referenciamadeira<br />

Foto: divulgação<br />

Cipem e Sema realizam visita técnica para debate e aplicabilidade<br />

de melhorias em procedimentos legais da comercialização do cavaco<br />

CIPEM e Sema realizam visita técnica para<br />

debate e aplicabilidade de melhorias em<br />

procedimentos legais da comercialização do<br />

cavaco.<br />

Com a finalidade de promover melhorias<br />

aos procedimentos legais relacionados com<br />

a utilização do cavaco destinado a produção<br />

sustentável de energia, o Centro das Indústrias<br />

Produtoras e Exportadoras de Madeira<br />

(CIPEM) e a Secretaria de Estado de Meio<br />

Ambiente (Sema/MT) se reuniram com a<br />

Indústria Inpasa Agroindustrial, usina de<br />

etanol de milho localizada em Sinop.<br />

A agenda se deu em duas etapas: a primeira<br />

delas, com a realização de uma visita<br />

técnica às instalações da Usina Inpasa<br />

Agroindustrial, que possibilitou a verificação<br />

do funcionamento dos equipamentos e de<br />

todos os processos envolvidos na obtenção<br />

do volume final de cavaco.<br />

A etapa seguinte consistiu em um debate<br />

sobre possíveis alterações, que visam aprimorar<br />

a Resolução que dispõe sobre os produtos<br />

e subprodutos florestais, bem como por<br />

determinar o termo de referência que orienta<br />

o cálculo do volume de cavaco produzido e<br />

comercializado no Estado de Mato Grosso.<br />

De acordo com Angeli Katiucia Guterres dos<br />

Santos, engenheira florestal da Inpasa<br />

Agroindustrial, a demanda compreende a<br />

determinação metodológica de um termo de<br />

referência que considere, em seu inventário,<br />

as diversidades do material que origina o<br />

cavaco e suas respectivas potencialidades.<br />

Flávio Peruso Pires Gonçalves, diretor<br />

comercial da Inpasa Agroindustrial, reiterou<br />

total interesse e disposição em contribuir com<br />

a demanda.<br />

A superintendente de Gestão Florestal da<br />

Sema/MT, Suely de Fátima Menegon Bertoldi,<br />

destacou que os Planos de Manejo Florestal<br />

Sustentável (PMFS) e os Planos de Exploração<br />

Florestal (PEF) asseguram a origem<br />

dos produtos e subprodutos florestais frente<br />

à legislação vigente. “São indispensáveis<br />

para a garantia de que a matéria-prima<br />

utilizada possui origem sustentável e legal”,<br />

pontuou.<br />

De acordo com a representante da<br />

Sema/MT, foi realizado o devido alinhamento<br />

de divulgação e apresentação do Plano<br />

de Suprimento Sustentável (PSS), que passará<br />

a vigorar a partir da publicação da instrução<br />

normativa, para os novos pedidos de<br />

licenças ambientais e renovações. Para os<br />

licenciamentos em vigor, haverá o prazo de<br />

1 (um) ano para adequação ao PSS.<br />

CipemdeMT CipemMT cipemmt (65) 3644-3666 Manejosustentavel<br />

Confira a matéria completa em nosso site:<br />

www.cipem.org.br


BASTIDORES<br />

BASTIDORES<br />

BASE DO SUCESSO<br />

A FAMÍLIA É A BASE DO SUCESSO DA REVISTA REFERÊNCIA MADEIRA. NA<br />

FOTO, FÁBIO MACHADO, FRAN MACHADO, CAMILE BARTOSKI, PEDRO<br />

NETO, CARLA SCHITTLER, PEDRO BARTOSKI JR. E FERNANDA MACHADO.<br />

Foto: Emanoel Caldeira<br />

SATISFAÇÃO<br />

EQUIPE POSADA PARA REGISTRAR MAIS UM EVENTO REALIZADO PELA<br />

REVISTA REFERÊNCIA MADEIRA, O PRÊMIO REFERÊNCIA <strong>2021</strong>. “NOSSO<br />

SENTIMENTO É DE GRATIDÃO A TODOS OS COLABORADORES. O<br />

NOSSO SUCESSO SE DEVE PRINCIPALMENTE A CADA UM DELES”,<br />

RESUME PEDRO BARTOSKI JR., DIRETOR EXECUTIVO.<br />

Foto: Emanoel Caldeira<br />

ALTA<br />

APAGÃO ZERO<br />

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque,<br />

descartou qualquer risco de desabastecimento<br />

elétrico ou de apagão no país,<br />

por conta da crise hídrica dos reservatórios.<br />

Segundo o ministro, tirando causas meteorológicas<br />

externas, não haverá racionamento<br />

por falta de energia. “Não há hipótese alguma<br />

de racionamento ou apagão por falta de<br />

energia. Pode ser por conta de um raio, de<br />

uma tempestade, mas não por falta de energia.<br />

É isto que nós estamos trabalhando, há<br />

mais de ano, para garantir aos consumidores<br />

brasileiros”, afirmou o ministro, durante a<br />

inauguração do novo laboratório do CEPEL<br />

(Centro de Pesquisas de Energia Elétrica) da<br />

Eletrobras, em Nova Iguaçu (RJ). Bento Albuquerque<br />

disse que o país atravessa a pior<br />

crise hídrica dos últimos 90 anos, com falta<br />

de chuvas sobre os principais reservatórios,<br />

mas ressaltou que o setor elétrico soube<br />

trabalhar para superar o problema. “Não há<br />

risco de desabastecimento de energia de<br />

forma alguma, mas eu entendo que o uso<br />

racional da energia tem que fazer parte da<br />

nossa educação e da nossa cultura”, finalizou<br />

o ministro.<br />

10 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

BAIXA<br />

PRODUTIVIDADE<br />

A produtividade do trabalho na indústria no terceiro trimestre<br />

de <strong>2021</strong> retornou ao patamar do segundo trimestre de<br />

2020, momento mais grave para economia da crise causada<br />

pela pandemia de Covid-19. O indicador que mede a relação<br />

entre o volume produzido e as horas trabalhadas na produção<br />

caiu 1,3% em relação ao segundo trimestre do ano, na<br />

série livre de efeitos sazonais, mostra o estudo Produtividade<br />

na Indústria, da CNI (Confederação Nacional da Indústria). A<br />

pesquisa revela que o volume produzido no terceiro trimestre<br />

de <strong>2021</strong> recuou 1,9% em relação ao segundo trimestre<br />

deste ano. Já as horas trabalhadas caíram 0,6% na mesma<br />

base de comparação. A produtividade está em queda desde<br />

o último trimestre de 2020. Na comparação com o terceiro<br />

trimestre de 2020, último trimestre de alta do indicador, a<br />

perda acumulada chega a 7,6%. As quedas consecutivas<br />

refletem o ambiente de elevadas incertezas, prejudicial ao<br />

investimento e, consequentemente, à recuperação da produtividade,<br />

explica a gerente de política industrial da CNI,<br />

Samantha Cunha. No curto prazo, pesam dificuldades como<br />

a falta de insumos e a pressão sobre os custos de produção.<br />

De acordo com o estudo, <strong>2021</strong> será o segundo ano consecutivo<br />

de recuo da produtividade, que deve cair mais de 2%.<br />

A maior queda registrada pelo indicador desde o início da<br />

série histórica, em 2000, foi de 2,2%, em 2008, ano marcado<br />

pela crise financeira global. Apesar do cenário desafiador<br />

para os próximos meses, a perspectiva é de melhora no longo<br />

prazo, devido às oportunidades ligadas à digitalização e a<br />

transição para uma economia mais sustentável.<br />

Agradecemos pela confiança em nosso trabalho.<br />

Desejamos um natal especial E um novo ano<br />

repleto de qualidade, eficiência e crescimento !<br />

alcamaquinassc alca.maquinas (47) 9 8826-0050 (47) 3357-9258 (47) 3357-2666<br />

Alca Comércio de Máquinas<br />

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COLUNA<br />

NADA MELHOR<br />

DO QUE UMA BOA LIMONADA<br />

NÃO É INCOMUM A CONFUSÃO AO RELACIONAR O CCA EM ESTADO PURO COM A MADEIRA<br />

TRATADA COM ESSE PRODUTO<br />

Flavio C. Geraldo<br />

FG4 MAD - Consultoria em Madeira<br />

Contato: flavio@fg4mad.com.br<br />

HÁ DIFERENÇAS FUNDAMENTAIS<br />

SE COMPARARMOS OS<br />

INGREDIENTES ATIVOS ORIGINAIS DO<br />

PRODUTO FORMULADO, EM ESPECIAL O<br />

CROMO E O ARSÊNIO, E ESSES MESMOS<br />

INGREDIENTES ATIVOS DENTRO DA<br />

MADEIRA<br />

R<br />

ecentemente surgiu na pauta das discussões<br />

relativas à revisão de um texto normativo<br />

sobre madeira tratada, um tema ligado a algumas<br />

recomendações específicas sobre o<br />

uso da madeira tratada para a construção de<br />

playgrounds. Essas recomendações constam de uma norma<br />

da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), a<br />

NBR 16.071 - Playgrounds, em vigor no Brasil desde 2013,<br />

mencionando, especificamente, que nos equipamentos<br />

das áreas de lazer não podem ser usadas substâncias químicas<br />

em dosagens que causem efeitos adversos à saúde<br />

dos usuários. Os exemplos incluem várias substâncias ou<br />

produtos, dentre os quais o preservativo de madeiras CCA.<br />

Não temos espaço suficiente para todas as colocações necessárias<br />

a respeito do assunto. No entanto, vale a menção<br />

de que muitos ainda cometem equívocos de interpretação<br />

entre o produto formulado CCA, base arseniato de cobre<br />

cromatado, e a madeira tratada com esse produto. Há<br />

diferenças fundamentais se compararmos os ingredientes<br />

ativos originais do produto formulado, em especial o cromo<br />

e o arsênio, e esses mesmos ingredientes ativos dentro<br />

da madeira. Em resumo, após a diluição para uso, quando<br />

aplicados e introduzidos na madeira esses componentes<br />

12 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

Foto: divulgação<br />

fixam-se aos elementos celulósicos desse material através<br />

de complexas reações químicas, tornando-os insolúveis.<br />

O cromo, que na formulação era hexavalente, sofre uma<br />

redução passando a ser trivalente, ou seja, não classificável<br />

como carcinogênico pela IARC (Agência Internacional de<br />

Pesquisa do Câncer). Já o arsênio está na forma pentavalente,<br />

cuja toxicidade é de cinco a dez vezes menor do que<br />

na forma trivalente. Por outro lado, a NBR 16.143 - Preservação<br />

de Madeiras - Sistema de Categorias de Uso, cujo<br />

texto foi elaborado sob o teto da ABPM (Associação Brasileira<br />

de Preservadores de Madeira), é muito clara a respeito<br />

do que pode ser considerado como dosagens, para nós<br />

retenções, de acordo com a categoria de uso de cada elemento<br />

construtivo, oferecendo os referenciais necessários à<br />

segurança buscada pelos elaboradores da norma de playgrounds.<br />

Uma oportunidade de atuação para que esses<br />

termos sejam revistos, objetivando a busca por uma melhor<br />

adequação desse texto normativo, uma vez que os construtores<br />

de playgrounds e, principalmente os contratantes<br />

e usuários, entre eles os síndicos de edifícios e os responsáveis<br />

dos poderes públicos, fiquem devidamente respaldados<br />

e esclarecidos a respeito do uso da madeira tratada<br />

em playgrounds. Desde o início dos anos 2000, quando<br />

a percepção do mercado consumidor sofreu mudanças<br />

profundas em relação à utilização da madeira tratada em<br />

construções residenciais, inúmeros estudos e pesquisas<br />

relacionadas aos possíveis efeitos danosos causados pela<br />

madeira tratada com CCA vêm sendo conduzidos pelas<br />

mais renomadas instituições ao redor do mundo. Até hoje<br />

não se apresentou um nexo causal, ou seja, um vínculo fático<br />

que liga o efeito à causa, a comprovação de que houve<br />

dano efetivo causado pela madeira tratada com CCA à<br />

saúde humana. Isto tudo nos endereça à necessidade de<br />

estarmos sempre atentos para não cairmos nas armadilhas<br />

do Greenwashing, expressão aplicada ao ato de enganar<br />

consumidores sobre as práticas ambientais de uma empresa<br />

ou aos benefícios ambientais de um produto ou serviço.<br />

Afinal, dentre os sete pecados capitais do Greenwashing,<br />

o segundo deles é claro quanto à falta de provas, ou seja,<br />

não apresentar dados e fatos para provar atitudes ou<br />

medidas supostamente corretas sob o ponto de vista da<br />

segurança ambiental e humana. Para não mencionar o terceiro<br />

deles, que contempla a imprecisão, ou seja, ser vago<br />

no conceito. De qualquer forma, vale sempre a lembrança<br />

de que se a vida te der um limão, faça uma limonada. Isto<br />

tudo nos remete à necessidade de se buscar uma maior interação<br />

junto aos responsáveis pela elaboração desse texto<br />

normativo, procurando agregar informações que possam<br />

refletir na segurança necessária e na ampliação das opções<br />

construtivas de maneira geral, inclusive playgrounds.<br />

CIPERTRIN MD<br />

• Líder no tratamento inseticida de painéis de madeira, (compensados,<br />

aglomerados MDF, OSB e outros) por adição à cola;<br />

• Mais concentrado dos inseticidas, diminui a quantidade de inertes<br />

a serem aplicados na cola, como também a área de estocagem;<br />

• Base água, com baixa toxicidade e baixo odor;<br />

• Isento de solventes que atacam as borrachas dos equipamentos<br />

industriais;<br />

• Compatível com resinas de última geração;<br />

• Fácil diluição em água, para tratamento por imersão de madeiras<br />

serradas.<br />

Rua Cyro Correia Pereira, 3209 • CIC • Curitiba (PR)<br />

(41) 3347-8282 msm@msmquimica.ind.br<br />

www.msmquimica.ind.br<br />

TBP 90<br />

• O primeiro fungicida (antimofo) para madeira a base de<br />

tribromofenol só poderia ser o líder de mercado e a MSM<br />

Química a maior importadora deste ingrediente ativo.<br />

• Produto de fácil aplicação não retirando da madeira<br />

suas características naturais.<br />

• Fácil diluição, não decantando ou criando borras dentro<br />

do tanque de imersão.


NOTAS<br />

DESENVOLVIMENTO<br />

SUSTENTÁVEL<br />

Em uma iniciativa do Instituto Fórum do Futuro, que reuniu diversas<br />

entidades de peso da ciência e da gestão de políticas públicas<br />

e privadas, foi apresentado em dezembro, o primeiro Polo Demonstrativo<br />

do Projeto Biomas Tropicais, o: Amazônia 1; que está<br />

sendo instalado nos municípios de Cacoal, Pimenta Bueno e Espigão<br />

do Oeste, em Rondônia. As propostas do programa pretendem<br />

demonstrar que a partir de Ciência, Tecnologia e Inovação é<br />

possível promover a Bioeconomia Tropical, gerar renda, emprego<br />

e inclusão social de forma sustentável, e manter a floresta em pé.<br />

Para o presidente do Instituto Fórum do Futuro, Alysson Paolinelli,<br />

excluir do debate as soluções e tecnologias sustentáveis que a Ciência<br />

já dispõe para oferecer é um verdadeiro atentado contra os<br />

direitos humanos, contra as chances de sobrevivência dos povos<br />

tropicais. “Só na Amazônia são 29 milhões; no mundo, centenas<br />

de milhões de habitantes vão cada vez mais necessitar de conhecimento<br />

científico para enfrentar os grandes desafios das próximas<br />

décadas: as mudanças climáticas, o aumento da fome e o incremento<br />

das correntes migratórias forçadas, que mantêm o mundo em sobressalto”, alerta o ex-ministro da agricultura, que liderou<br />

o processo de criação da Agricultura Tropical Sustentável, nos anos 1970. Na análise dos conselheiros do Fórum do Futuro, mais<br />

da metade das tecnologias sustentáveis já produzidas pelas instituições de Ciência no Brasil jamais chegaram à sociedade, por<br />

diversos motivos. A implantação do Polo Demonstrativo Amazônia 1 “será um verdadeiro laboratório aberto para mostrar como<br />

é possível, desde já, melhorar a qualidade de vida das pessoas, mantendo a floresta em pé e como aliada do processo civilizatório”,<br />

comenta o Conselheiro Paulo Haddad, ex-Ministro da Fazenda e do Planejamento. Ele acrescenta: “isto só será possível<br />

se conseguirmos integrar as visões da ciência, da iniciativa privada e dos atores locais.” Para o Conselheiro Antônio Nazareno,<br />

ex-Reitor da Universidade Federal de Lavras, os Polos Demonstrativos do Projeto Biomas poderão se tornar a referência confiável<br />

sobre ações sustentáveis, planejadas, que possibilitarão a convivência entre Bioeconomia tropical sustentável, a produção de alimentos<br />

e a geração de renda para as populações situadas nas zonas trópicas do Planeta.<br />

Foto: divulgação<br />

Desejamos a todos<br />

um Feliz Natal e<br />

um 2022 repleto de<br />

sucesso!<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />

DESBUROCRATIZAÇÃO<br />

Foto: divulgação<br />

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados<br />

aprovou no mês de novembro o projeto de lei que prorroga a desoneração<br />

da folha de pagamento de 17 dos setores que mais empregam no<br />

Brasil. A desoneração acabaria em 2020 e foi postergada até o fim deste<br />

ano, agora, deverá seguir até dezembro de 2023. O PL tramita em caráter<br />

conclusivo e, caso não haja recurso contrário de no mínimo 51 deputados,<br />

seguirá direto para análise do senado, sem precisar ser votado pelo<br />

plenário da câmara. Se por um lado, a notícia é muito bem-vinda, por<br />

outro, continua muito aquém do inicialmente proposto e efetivamente<br />

necessário para a melhoria do ambiente de negócios e para a manutenção<br />

do emprego no país, sobretudo em um período de recuperação<br />

econômica. Considerando-se essencial, portanto, a extensão da desoneração<br />

por um prazo maior, bem como a inclusão e reinclusão de outros<br />

setores intensivos em mão de obra, tal qual o moveleiro. O Projeto de Lei<br />

2541/21, dos deputados Efraim Filho (DEM-PB) e Dagoberto Nogueira (PDT-MS), foi aprovado na forma do substitutivo do relator,<br />

deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG). Freitas reduziu o período de prorrogação previsto no projeto, de cinco para dois<br />

anos. O objetivo, segundo ele, foi evitar que a proposta seja vetada pelo presidente Jair Bolsonaro. Pelo mesmo motivo, disse o<br />

relator, não foram incluídos novos setores entre os beneficiados com a desoneração.<br />

14 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

SUCESSO NO MERCADO<br />

Foto: divulgação<br />

O Projeto Comprador Movelpar reuniu 42 empresas brasileiras<br />

e 31 compradores internacionais em rodadas de negócios<br />

virtuais organizadas por meio do Projeto Setorial Brazilian Furniture.<br />

Ao longo de três dias, foram feitas 208 reuniões, sendo<br />

90% delas entre novos contatos. Ampliando, assim, o panorama<br />

de possibilidades para as indústrias brasileiras de móveis<br />

ao redor do mundo. Ao todo, foram concretizados mais de<br />

US$ 1,3 milhões em negócios imediatos e cerca de US$ 5 milhões<br />

em negócios prospectados para os próximos 12 meses.<br />

Totalizando movimentação superior a US$ 6,3 milhões. Iniciativa<br />

da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do<br />

Mobiliário) e da APEX-Brasil (Agência Brasileira de Promoção<br />

de Exportações e Investimentos), o evento ocorreu em plataforma<br />

digital, proporcionando conexões com compradores de<br />

21 países, tais como: Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Costa<br />

Rica, Dinamarca, Equador, Espanha, EUA (Estados Unidos da<br />

América), Índia, Kuwait, México, Nicarágua, Omã, Panamá, Paraguai,<br />

Peru, Portugal, Qatar, Reino Unido e Uruguai. Pesquisa<br />

pós-evento revelou alta satisfação por parte dos associados<br />

tanto em relação ao ambiente de negócios quanto com a<br />

organização e a estrutura do Projeto Comprador Movelpar.<br />

Entre os pontos de atenção em relação às estratégias das<br />

empresas para conquistar o mercado internacional, algumas<br />

delas apontaram a necessidade de melhor adequação de produto<br />

e de revisão de preços. A maior parte das marcas brasileiras,<br />

81% delas, no entanto, acreditam que suas estratégias<br />

estão adequadas ao processo de internacionalização pelo<br />

qual estão passando. A ABIMÓVEL e a APEX-Brasil atuam em<br />

constante parceria com os SECOMs (Setores de Promoção<br />

Comercial do Ministério das Relações Exteriores) na prospecção<br />

de compradores, com vista a fomentar as relações comerciais<br />

da indústria brasileira de móveis ao redor do mundo. A<br />

entidade frisa também seu apoio às organizações de eventos<br />

e feiras estratégicas em nosso setor, tal qual a MOVELPAR,<br />

trabalhando em sinergia com o SIMA (Sindicato das Indústrias<br />

de Móveis de Arapongas-PR) e demais parceiros em diversas<br />

ações físicas e virtuais ao longo dos anos.<br />

MATÉRIA-PRIMA<br />

As dificuldades de abastecimento de insumos e de<br />

matérias-primas afetaram em média 68% das empresas<br />

das indústrias extrativa e de construção em outubro<br />

de <strong>2021</strong>, de acordo com pesquisa da CNI (Confederação<br />

Nacional da Indústria). O percentual é um<br />

pouco menor do que em fevereiro deste ano, quando<br />

73% das empresas relataram o problema. Apesar<br />

da ligeira queda, a situação está bastante complicada<br />

e mais da metade das indústrias avalia que esse desajuste<br />

só terá fim a partir de abril de 2022. Em 18<br />

dos 25 setores da indústria de transformação consultados,<br />

mais de dois terços das empresas afirmaram<br />

que, mesmo em negociações com o valor acima do<br />

habitual, está mais difícil obter os insumos no mercado<br />

doméstico. Esse problema aflige 90% do setor de<br />

calçados; 88% das indústrias de couro, 85% dos fabricantes<br />

de móveis; 79% da indústria química; 78% do<br />

vestuário e 78% das madeireiras, além de 77% das indústrias<br />

de equipamentos de informática e produtos<br />

eletrônicos e 76% do setor de bebidas, por exemplo.<br />

Entre os setores que dependem de insumos importados,<br />

18 deles também relataram o mesmo problema:<br />

a dificuldade de comprar a mercadoria, mesmo que<br />

se decida pagar a mais por ela. Os setores mais afetados<br />

foram: farmacêuticos (88%), máquinas e materiais<br />

elétricos (86%), vestuário (85%), material plástico<br />

(84%), limpeza e perfumaria (82%), têxteis (81%),<br />

móveis (80%). De acordo com o gerente de análise<br />

econômica da CNI, Marcelo Azevedo, há pelo menos<br />

três explicações e não há solução fácil para nenhuma<br />

delas. “Há um buraco na produção industrial que<br />

ainda não foi resolvido. A sondagem industrial de outubro<br />

mostrou ajuste nos estoques, é uma condição<br />

importante, necessária para resolver o problema, mas<br />

é um primeiro passo. E esse ajuste ainda precisa se<br />

completar para uma série de setores”, explica o economista.<br />

“Além disso, temos a expansão da demanda<br />

global de uma série de produtos, com os países<br />

voltando da crise. Esses fatores seguem provocando<br />

estresse nas linhas produtivas e a escassez de diversos<br />

insumos”, completa.<br />

Foto: divulgação<br />

16 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

Imagem: divulgação<br />

De acordo com relatório da CEPAL (Comissão<br />

Econômica para a América Latina e o Caribe) divulgado<br />

no mês de dezembro, o comércio internacional<br />

da região terá uma recuperação importante<br />

em <strong>2021</strong>. O crescimento ocorre após forte queda<br />

observada no ano passado. A recuperação, no entanto,<br />

não será igual em todos os países por causa<br />

da incerteza provocada pela pandemia do novo<br />

coronavírus. Segundo o levantamento Perspectivas<br />

do Comércio Internacional da América Latina<br />

e do Caribe <strong>2021</strong>, haverá um aumento de 25% no<br />

valor das exportações regionais de bens neste ano<br />

após uma queda de 10% em 2020. Esse aumento<br />

é impulsionado pela alta de 17% nos preços de exportação e uma expansão de 8% do volume exportado. A expectativa para<br />

2022 é aumento de 10% no valor das exportações regionais de bens e 9% nas importações, mesmo com menor crescimento<br />

da economia regional e mundial. A América do Sul registrou o maior aumento do valor exportado em <strong>2021</strong>, de 34%, beneficiada<br />

especialmente com os maiores preços das matérias-primas. No Caribe, o aumento das exportações ocorre pela alta<br />

dos preços do petróleo e do gás. “O aumento das exportações de bens da região durante <strong>2021</strong> é explicado principalmente<br />

pelo aumento dos preços dos produtos básicos, sobretudo minerais, petróleo e produtos agroindustriais, mais do que pela<br />

expansão do volume exportado. Da mesma forma, as exportações regionais de serviços ainda não se recuperaram da queda<br />

sofrida como resultado da pandemia”, mostra o relatório. O relatório da CEPAL indica vários fatores de incerteza no comércio<br />

mundial com reflexos na região como o ritmo desigual de vacinação e novas variedades do vírus; pressões inflacionárias e dificuldade<br />

em manter os estímulos fiscais; tensões comerciais e riscos no setor imobiliário da China; interrupções nas cadeias de<br />

abastecimento e aumento dos fretes.<br />

CONFIANÇA<br />

O ICE (Índice de Confiança Empresarial),<br />

medido pela FGV (Fundação Getulio Vargas),<br />

recuou 3,3 pontos de outubro para<br />

novembro deste ano e chegou a 97 pontos<br />

em uma escala de zero a 200. De setembro<br />

para outubro, o indicador havia subido 0,4<br />

ponto. A queda em novembro foi puxada<br />

pela piora na confiança dos empresários<br />

em relação ao presente e ao futuro. O Índice<br />

da Situação Atual recuou 2,5 pontos<br />

e chegou a 97. Já o Índice de Expectativas<br />

cedeu 4,5 pontos e atingiu 95,8. O ICE<br />

consolida os índices de confiança empresariais<br />

medidos pela FGV em quatro áreas:<br />

indústria, construção, serviços e comércio.<br />

Os quatro segmentos tiveram queda na<br />

confiança na passagem de outubro para<br />

setembro, com destaque para o comércio, que caiu 6,2 pontos e chegou a 88, o patamar mais baixo entre os setores analisados.<br />

A indústria teve a segunda maior queda (-3,1 pontos), mas continuou com o maior patamar entre os quatro segmentos (102,1<br />

pontos) e foi o único a ficar acima de 100. A confiança dos serviços recuou 2,3 pontos, para 96,8, enquanto a construção cedeu<br />

0,8 ponto, para 95,3 pontos.<br />

18 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

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Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

GOVERNANÇA<br />

O Ministério da Economia divulgou em dezembro,<br />

a 5ª Certificação do Indicador de Governança<br />

IG-Sest, um instrumento de avaliação das<br />

estatais federais que verifica o cumprimento de<br />

dispositivos legais, infralegais e de boas práticas<br />

de governança corporativa. No total, 60 estatais<br />

foram avaliadas, sendo 45 de controle direto e<br />

15 subsidiárias. Dentre as estatais avaliadas, 16<br />

foram classificadas no grau de governança de<br />

nível 1 e outras 15, no nível 2. As demais não<br />

receberam classificação. As empresas classificadas<br />

no nível mais alto obtiveram notas de 9,08<br />

a 10, calculadas conforme metodologia prevista<br />

no regulamento. A média geral de todas as<br />

empresas avaliadas foi superior a 8. Na cerimônia de premiação, o ministro da Economia, Paulo Guedes, elogiou o trabalho dos<br />

gestores das estatais e destacou que as estatais converteram um prejuízo de R$ 35 bilhões em 2015 para um superávit de R$ 135<br />

milhões nos primeiros nove meses de <strong>2021</strong> com ações de governança. “O desafio é cuidar bem do patrimônio da União. Essas<br />

estatais são patrimônio, isso foi feito com muito trabalho por gerações passadas”, aponta o ministro. Segundo Guedes, foi preciso<br />

mudar a gestão para chegar ao bom resultado de hoje. “Esse esforço é extraordinário. Esse esforço prepara, recupera as<br />

estatais para elas poderem ter um valor de mercado cada vez melhor, uma gestão cada vez melhor”, destacou. “Vamos trabalhar<br />

nesses termos, como erradicar a pobreza, como reduzir o endividamento e baixar as taxas de juros no Brasil, como transformar o<br />

capital público”, almeja o ministro. “As empresas estatais representam pouco mais de 5% do valor do PIB (Produto Interno Bruto)<br />

no Brasil. Então é um valor muito alto, é uma responsabilidade muito alta”, destacou o secretário-executivo substituto do Ministério<br />

da Economia, Miguel Ragone de Mattos. “O dia de hoje representa a importância de trabalhar a gestão nessa área específica.”<br />

“A importância do IG-Sest é realmente trazer o reconhecimento para as empresas estatais pelo trabalho de governança e<br />

transparência que foi feito no último ano”, enaltece o secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo<br />

Mac Cord de Faria. “Sabemos que infelizmente boa parte dessas empresas estatais num passado não tão distante estavam envolvidas<br />

nos maiores escândalos de corrupção que o mundo já viu e hoje nós já recebemos o reconhecimento da OCDE (Organização<br />

para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) pelo estabelecimento de boas práticas de governança nessas mesmas<br />

empresas estatais”, ressalta Mac Cord de Faria.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

EMPREGO<br />

O IAEMP (Indicador Antecedente de Emprego),<br />

medido pela FGV (Fundação Getulio Vargas),<br />

recuou 4,1 pontos de outubro para novembro.<br />

Assim, ele atingiu 83 pontos, o menor patamar<br />

desde abril deste ano (78,9 pontos). O IAEMP<br />

busca antecipar tendências do mercado de<br />

trabalho no país nos próximos meses, com<br />

base em entrevistas com consumidores e com<br />

empresários da indústria e dos serviços. Em novembro,<br />

os sete componentes do IAEMP tiveram<br />

queda, com destaque para a situação atual<br />

dos negócios no setor de serviços e o emprego<br />

previsto na indústria.<br />

20 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

NOVA<br />

DIRETORIA<br />

Foto: divulgação<br />

Foi realizada em 29 de novembro, na sede<br />

da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias<br />

do Mobiliário) em São Paulo (SP), a<br />

Assembleia Geral Ordinária que, entre outros<br />

pontos, elegeu a nova diretoria executiva e<br />

o conselho fiscal para a gestão 2022/2024 da<br />

entidade. Os presentes elegeram a chapa<br />

única liderada por Irineu Munhoz, que assume<br />

a presidência da entidade a partir do próximo<br />

ano. A solenidade oficial de posse deverá<br />

ocorrer em fevereiro de 2022. Irineu Munhoz<br />

é um dos fundadores da Caemmun, fabricante<br />

de móveis sediada no polo moveleiro<br />

de Arapongas (PR); foi presidente do SIMA<br />

(Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas),<br />

entre 2015 e <strong>2021</strong>; ocupou o cargo<br />

de 1º vice-presidente da ABIMÓVEL na atual<br />

gestão 2019/2022; e segue também como um<br />

dos vice-presidentes da FIEP (Federação das<br />

Indústrias do Estado do Paraná). Maristela<br />

Cusin Longhi, atual presidente da ABIMÓVEL<br />

e que também compõe a nova chapa eleita,<br />

prosseguirá como presidente do conselho da<br />

entidade a partir do próximo ano.<br />

QUEDA<br />

O PIB (Produto Interno Bruto), a soma de todos os bens e serviços<br />

produzidos no país, recuou 0,1% no terceiro trimestre deste ano, na<br />

comparação com o trimestre anterior. O PIB, no período, somou R$<br />

2,2 trilhões. Os dados foram divulgados em dezembro, pelo IBGE<br />

(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparação com<br />

o terceiro trimestre de 2020, no entanto, houve uma alta de 4%. O<br />

PIB também acumula alta no período de 12 meses (3,9%). Na passagem<br />

do segundo para o terceiro trimestre deste ano, a queda foi<br />

puxada pelo setor agropecuário, que teve perdas de 8%. Segundo<br />

a pesquisadora Rebeca Palis, do IBGE, o resultado foi influenciado<br />

pelo encerramento da safra de soja, que fica mais concentrada no<br />

primeiro semestre do ano. “Como ela é a principal commodity brasileira,<br />

a produção agrícola tende a ser menor a partir do segundo<br />

semestre. Além disso, a agropecuária vem de uma base de comparação<br />

alta, já que foi a atividade que mais cresceu no período de<br />

pandemia e, para este ano, as perspectivas não foram tão positivas,<br />

em ano de bienalidade negativa para o café e com a ocorrência de<br />

fatores climáticos adversos na época do plantio de alguns grãos”,<br />

afirma a pesquisadora. A indústria manteve-se estável no período.<br />

Por outro lado, a alta de 1,1% do setor de serviços evitou um recuo<br />

maior do PIB no terceiro trimestre. A construção cresceu 3,9% e<br />

evitou uma queda da indústria. A alta dos serviços foi puxada por<br />

outras atividades de serviços (4,4%), informação e comunicação<br />

(2,4%), transporte, armazenagem e correio (1,2%) e administração,<br />

defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,8%). As<br />

atividades imobiliárias mantiveram-se estáveis, enquanto atividades<br />

financeiras, de seguros e serviços relacionados e comércio tiveram<br />

quedas de 0,5% e 0,4%, respectivamente. Sob a ótica da demanda,<br />

a formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, caiu 0,1%.<br />

O consumo das famílias cresceu 0,9%, enquanto o consumo do governo<br />

subiu 0,8%. No setor externo, houve queda nas exportações<br />

(-9,8%) e importações (-8,3%) de bens e serviços. O IBGE também<br />

divulgou uma revisão do desempenho do PIB em 2020. A taxa de<br />

queda de 4,1%, informada anteriormente, foi corrigida para um decréscimo<br />

de 3,9%.<br />

Foto: divulgação<br />

22 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

INFLAÇÃO<br />

A previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerada a inflação<br />

oficial do país, subiu de 10,15% para 10,18% neste ano. Essa foi a 35ª elevação consecutiva da projeção. A estimativa<br />

está no Boletim Focus de hoje (6), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC (Banco Central), em Brasília, com a expectativa<br />

das instituições para os principais indicadores econômicos.<br />

Para 2022, a estimativa de inflação subiu de 5% para 5,02%. Para 2023, a previsão passou de 3,42% para 3,50% e para<br />

2024 foi mantida em 3,10%.<br />

A previsão para <strong>2021</strong> está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo CMN<br />

(Conselho Monetário Nacional) é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima<br />

ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior de 5,25%. Para 2022 e 2023, as metas são 3,5% e 3,25%, respectivamente,<br />

também com intervalo de tolerância 1,5 ponto percentual.<br />

Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a SELIC, definida em<br />

7,75% ao ano pelo COPOM (Comitê de Política Monetária). Na última reunião do COPOM deste ano, a previsão do mercado<br />

financeiro é que a SELIC suba para 9,25% ao ano.<br />

Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica chegue a 11,25% ao ano. E para 2023 e 2024, a previsão é de<br />

Selic em 8% ao ano (a previsão da semana passada era 7,75% ao ano) e 7% ao ano, respectivamente.<br />

Quando o COPOM aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos<br />

nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Além disso, os bancos consideram<br />

outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.<br />

Quando o COPOM reduz a SELIC, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao<br />

consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.<br />

As instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este<br />

ano de 4,78% para 4,71%. Para 2022, a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto) - a soma de todos os bens e serviços<br />

produzidos no país - é de crescimento de 0,51%. Na semana passada, a estimativa de expansão era de 0,58%. Em<br />

2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB de 1,95% e 2,10%, respectivamente.<br />

A expectativa para a cotação do dólar subiu de R$ 5,50 de R$ 5,56 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão<br />

passou de R$ 5,50 para R$ 5,55.<br />

Foto: divulgação<br />

24 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>


APLICAÇÃO<br />

CASACOR<br />

BRASÍLIA <strong>2021</strong><br />

Com 37 ambientes assinados por 57 arquitetos, designers de interiores e paisagistas, a Casacor Brasília foi realizada entre<br />

os meses de outubro e dezembro. A feira é reconhecida como a maior e mais completa mostra de arquitetura, design<br />

de interiores e paisagismo das Américas na cidade. O tema a ser explorado pelo elenco de profissionais participantes<br />

da mostra de <strong>2021</strong> é Casa Original. Ele instiga os profissionais e os visitantes a refletirem sobre o morar contemporâneo<br />

ao propor o resgate da história de seus habitantes em equilíbrio com a tecnologia. A 29 a edição ocupa área coberta de<br />

4.130m 2 (metros quadrados) em parceria com a Eletronorte, dividida em três edificações, e mais 2.995m 2 ao ar livre, que<br />

apresentam as principais tendências de arquitetura, design, mobiliário, objetos e paisagismo, além de novidades em materiais<br />

para construção. São 7.200m 2 compostos por espaços que vão de estúdios com 35m 2 a um amplo jardim de mais<br />

de 1 mil m 2 , assinados por nomes consagrados da arquitetura, do design de interiores e do paisagismo, e novos talentos<br />

estreantes na mostra.<br />

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CASA COSMOPOLITA<br />

A inspiração do projeto de 120m 2 dos<br />

arquitetos Guilherme Bussamra e Elisa<br />

Fraga, da Guel Arquitetos, é a casa do<br />

mundo, onde todos os tipos de pessoas<br />

se sentem à vontade. O espaço tem integração<br />

fluída e moderna entre quarto e<br />

banheiro, divididos por uma tela tensionada<br />

de iluminação. Há grande variação<br />

nos materiais e aplicações de luminotécnica.<br />

O ambiente conta com obras de<br />

artes marcantes de Roberto Burle-Marx,<br />

Lúcio Costa e do fotógrafo Bruno Stuckert.<br />

Destaque para a presença da luminária<br />

que parece flutuar.<br />

líder em soluções para<br />

a indústria da madeira<br />

Fotos: Edgar Cesar<br />

26 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

LIVING KIT HOUSE & TEKTONS<br />

Com 220m 2 , o espaço é uma cozinha<br />

integrada com jardim e sala de estar. O<br />

projeto das arquitetas Gabriela Gontijo e<br />

Mariana Hummel apresenta modernidade<br />

e funcionalidade. O aproveitamento<br />

das texturas e a valorização do contraste<br />

entre os materiais utilizados, como madeira<br />

e vidro, marcam o encerramento<br />

de um ciclo do escritório Studio Gontijo.<br />

A desconstrução é o destaque do ambiente,<br />

onde a marcenaria e o uso de<br />

revestimentos contrapostos se valorizam<br />

mutuamente, como a nobreza da laca somada<br />

à rusticidade da taipa. Com objetos<br />

exclusivos, o espaço registra a inusitada<br />

utilização de materiais tradicionais.<br />

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O DESENVOLVIMENTO SOCIAL, PARA A EDUCAÇÃO E PARA O<br />

DESENVOLVIMENTO REGIONAL”<br />

GUSTAVO MONTEZANO, PRESIDENTE DO BNDES (BANCO<br />

NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL)<br />

excelência em cada detalhe<br />

qualidade superior<br />

“A FARIA<br />

LIMA E OS<br />

BANQUEIROS<br />

ESTÃO<br />

PREVENDO UM<br />

CRESCIMENTO<br />

MENOR. É<br />

NATURAL. NO<br />

ÂNGULO DE VISÃO<br />

“A EXPECTATIVA É DE RETOMADA DO<br />

CRESCIMENTO DA PRODUTIVIDADE, PUXADA POR<br />

OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS NAS NOVAS<br />

TECNOLOGIAS DIGITAIS, NA IMPLEMENTAÇÃO<br />

DAS REDES 5G, CONSIDERADA BASE PARA A<br />

DIGITALIZAÇÃO, E EM TECNOLOGIAS VERDES, QUE<br />

GANHAM IMPORTÂNCIA DIANTE DA CRISE CLIMÁTICA”<br />

DE FINANCISTAS, É<br />

CLARO QUE VAI HAVER<br />

UMA DESACELERAÇÃO<br />

SAMANTHA CUNHA, GERENTE DE POLÍTICA INDUSTRIAL DA CNI<br />

(CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA)<br />

FORTE, PORQUE OS<br />

JUROS ESTÃO SUBINDO. A<br />

INFLAÇÃO SUBIU, DE NOVO<br />

ESTAMOS FAZENDO A COISA<br />

CERTA. O IMPORTANTE NÃO<br />

É A PREVISÃO. O IMPORTANTE<br />

É FAZER A COISA CERTA. O<br />

RESULTADO SERÁ O MELHOR<br />

POSSÍVEL”<br />

PAULO GUEDES,<br />

MINISTRO DA<br />

ECONOMIA<br />

Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados<br />

“DE FATO, OS NÍVEIS DE PROTEÇÃO<br />

TARIFÁRIA, E TAMBÉM NÃO TARIFÁRIA<br />

DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS<br />

NACIONAIS, ESPECIALMENTE A<br />

INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E<br />

EM PARTE O SETOR DE SERVIÇOS,<br />

ESTÃO ENTRE OS MAIS ELEVADOS DO<br />

MUNDO”<br />

OTTO ALENCAR FILHO (PSD-BA),<br />

DEPUTADO FEDERAL<br />

•Tecnologia<br />

•QUALIDADE<br />

•ECONOMIA<br />

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Secador de Lâminas Contínuo<br />

O equipamento traz inovações tecnológicas que resultam<br />

em alta produtividade, custos de produção reduzidos e<br />

qualidade superior<br />

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28 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

Rua General Potiguara, 1115 - CIC | Curitiba-PR<br />

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ENTREVISTA<br />

ABRINDO<br />

CAMINHOS<br />

BREAKING<br />

PATHS<br />

Alogística representa um dos principais gargalos do<br />

setor produtivo do Brasil, muito disso pela falta de<br />

diversificação dos modais para transportar as commodities<br />

nacionais. Mas um projeto promete melhorar<br />

esse cenário: a Nova Ferroeste. “Com um traçado<br />

que sai de Maracaju (MS), nos conectamos com a Malha Oeste e<br />

em Balsa Nova(PR) o nosso traçado se conecta com a Malha Sul.<br />

Dessa maneira o projeto da Nova Ferroeste permite a integração<br />

com a malha ferroviária nacional, o que é essencial para o país”,<br />

explica o coordenador do Plano Estadual Ferroviário do Governo<br />

do Paraná, Luiz Henrique Fagundes. O corredor ferroviário irá<br />

acelerar o fluxo produtivo do interior dos estados do Paraná e<br />

Mato Grosso do Sul com o Porto de Paranaguá (PR), auxiliando<br />

as indústrias nacionais a se aproximarem do mercado externo. O<br />

coordenador conversou com exclusividade à Revista REFERÊNCIA<br />

INDUSTRIAL.<br />

Desejamos a você<br />

um FELIZ NATAL e<br />

próspero ANO NOVO!<br />

ENTREVISTA<br />

Logistics represents one of the main bottlenecks for Brazil’s<br />

Productive Sector, much of it due to the lack of diversification<br />

of modals to transport commodities. But one project<br />

promises to improve this scenario: the New Ferroeste Railroad.<br />

“With a route that leaves Maracaju (MS), we connect<br />

with the Western Rail Network with Balsa Nova (PR), which connects<br />

with the Southern Rail Network. In this way, the New Ferroeste Railroad<br />

project leads to integration with the national railway network, which is<br />

essential for the Country,” explains Luiz Henrique Fagundes, Coordinator<br />

of the State Railroad Plan of the Government of Paraná. The railway<br />

corridor accelerates the productive flow from the interior of the States<br />

of Paraná and Mato Grosso do Sul with the Port of Paranaguá (PR),<br />

helping domestic companies to get closer to the foreign market. The<br />

Coordinator spoke exclusively with REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong>.<br />

Foto: divulgação<br />

30 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

LUIZ HENRIQUE<br />

FAGUNDES<br />

FORMAÇÃO PROFISSIONAL: ENGENHARIA MECÂNICA PELA USP<br />

(UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) E MBA PELA OHIO UNIVERSITY<br />

CARGO: COORDENADOR DO PLANO ESTADUAL FERROVIÁRIO<br />

DO GOVERNO DO PARANÁ, EX-CEO DA SHIFT TECHNOLOGY<br />

CONSULTING E DA MAFLOW BRASIL.<br />

PROFESSIONAL EDUCATION: MECHANICAL ENGINEERING, UNIVERSITY OF SÃO<br />

PAULO (USP), AND MBA, OHIO UNIVERSITY<br />

FUNCTION: COORDINATOR OF THE STATE OF PARANÁ GOVERNMENT RAILROAD<br />

PLAN, EX-CEO OF SHIFT TECHNOLOGY CONSULTING AND MAFLOW BRASIL<br />

contato@drytech.ind.br www.drytech.ind.br<br />

@dry.tech (51) 99425.1629 (51) 3575-6031 | (51) 3091-9922<br />

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ENTREVISTA<br />

COMO A NOVA FERROESTE IRÁ IMPACTAR<br />

NO DESENVOLVIMENTO DO SETOR PRODU-<br />

TIVO DO PARANÁ E DO MATO GROSSO DO<br />

SUL?<br />

O projeto vai transformar a realidade dos dois<br />

Estados. Essa conexão vai permitir que a produção<br />

de grãos, proteína animal e demais commodities<br />

sejam escoadas com maior rapidez e menor custo<br />

logístico. Hoje um contêiner de Cascavel (PR) a<br />

Paranaguá (PR) leva 5 dias de viagem, com a Nova<br />

Ferroeste esse tempo cai para 20h (horas). Isso<br />

de reflete em maior competitividade no mercado<br />

externo e produtos baratos para o consumidor<br />

final aqui no Brasil. Em distâncias acima de 200 km<br />

(quilômetros) o modal ferroviário prevalece sobre o<br />

modal rodoviário. Um estudo encomendado pelo<br />

governo demonstrou que a redução do custo logístico<br />

com a Nova Ferroeste pode ficar acima de 30%<br />

em alguns lugares. Dessa maneira vai ser criado um<br />

ciclo virtuoso. Quando as empresas e cooperativas<br />

aumentam a produtividade, geram novos postos de<br />

trabalho e mais dinheiro circula nesses locais.<br />

QUAIS OS BENEFÍCIOS DO INVESTIMENTO<br />

EM FERROVIAS PARA A LOGÍSTICA DO SETOR<br />

PRODUTIVO NO BRASIL?<br />

Com um traçado que sai de Maracaju (MS), nos<br />

conectamos com a malha oeste e em Balsa Nova<br />

(PR) o nosso traçado se conecta com a malha sul.<br />

Dessa maneira o projeto da Nova Ferroeste permite<br />

a integração com a malha ferroviária nacional, o<br />

que é essencial para o país. Quando estiver concluída<br />

a Nova Ferroeste será o segundo maior corredor<br />

de grãos e contêineres refrigerados do país.<br />

Um estudo que acaba de ser finalizado demonstrou<br />

que se a estrada de ferro estivesse pronta hoje, iria<br />

transportar cerca de 38 milhões de toneladas.<br />

HOW WILL NEW FERROESTE RAILROAD<br />

IMPACT THE DEVELOPMENT OF THE PRODUC-<br />

TIVE SECTOR IN THE STATES OF PARANÁ AND<br />

MATO GROSSO DO SUL?<br />

The project transforms the reality of the two<br />

states. This connection leads to lower shipping<br />

times and logistics costs for grains, animal protein,<br />

and other commodities. Today, a container from<br />

Cascavel to Paranaguá takes five days, with the<br />

New Ferroeste Railroad, the time drops to 20 hours.<br />

This reflects greater competitiveness in the foreign<br />

market and cheaper products for the final consumer<br />

here in Brazil. Furthermore, at distances above 200<br />

km, the railway modal prevails over the road modal.<br />

A government-commissioned study showed that<br />

reducing the logistical cost by using the New Ferroeste<br />

Railroad could be more than 30% in some<br />

places. In this way, a virtuous cycle is created. When<br />

companies and cooperatives increase productivity,<br />

they generate new jobs, and more money circulates<br />

in these locations.<br />

WHAT ARE THE BENEFITS OF INVESTMENT<br />

IN RAILWAYS FOR THE LOGISTICS OF THE PRO-<br />

DUCTIVE SECTOR IN BRAZIL? HOW DO YOU<br />

SEE THIS?<br />

With a route that leaves Maracaju (MS), we connect<br />

with the Western Rail Network and with Balsa<br />

Nova (PR) which connects with the Southern Rail<br />

Network. In this way, the New Ferroeste Railroad<br />

project leads to integration with the national railway<br />

network, essential for the Country. When the New<br />

Ferroeste Railroad is completed, it will be the Country’s<br />

second-largest corridor for grains and refrigerated<br />

containers. A study that has just been completed<br />

has shown that if the railway were ready today, it<br />

would carry about 38 million tons per year.<br />

A Eletro Izidoro atua no segmento de motores e painéis<br />

elétricos e hélices industriais. Há mais de 20 anos atendendo<br />

clientes em todo Brasil com produtos de qualidade, garantia e<br />

pontualidade na entrega.<br />

painéis elétricos - motores - hélices industriais<br />

Área de atuação no setor industrial:<br />

- MADEIREIRA<br />

- LAMINADORAS<br />

- AGROINDÚSTRIA<br />

- ALIMENTÍCIA<br />

- CELULOSE<br />

- METALÚRGICA<br />

- MINERAÇÃO<br />

- NAVAL<br />

Fabricação, Recuperação e locação de Sistemas de Ventilação Axial<br />

• Ventilação para secador de lâminas;<br />

• Ventilação para estufas de madeiras;<br />

• Ventilação para túneis e mineração;<br />

• Ventilação para secador de grãos e cereais<br />

*Fabricamos hélices de acordo com a necessidade do cliente.<br />

A DESESTATIZAÇÃO DA NOVA<br />

FERROESTE PREVÊ UM CONTRATO DE<br />

70 ANOS. ESTIMAMOS 10 ANOS PARA A<br />

CONSTRUÇÃO DE TODO O TRAÇADO<br />

ATENDEMOS TODO BRASIL • TRABALHAMOS COM FABRICAÇÃO, REFORMA E BALANCEAMENTO<br />

(49) 3241-2537 www.eletroizidoro.com.br<br />

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32 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>


ENTREVISTA<br />

QUAIS OS CRONOGRAMAS PARA O INÍCIO<br />

DAS OPERAÇÕES NOS TRECHOS DA NOVA<br />

FERROESTE?<br />

A desestatização da Nova Ferroeste prevê um<br />

contrato de 70 anos. Estimamos 10 anos para a<br />

construção de todo o traçado. Naturalmente uma<br />

obra com 1304 km de extensão vai ser executada<br />

em etapas e o início da operação não depende da<br />

finalização completa. A Ferroeste, como existe hoje<br />

também vai continuar funcionando normalmente<br />

durante as obras. Com a finalização dos estudos de<br />

engenharia e ambiental, já demos entrada no pedido<br />

de Licença Prévia junto ao IBAMA (Instituto Brasileiro<br />

do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />

Renováveis), que é o órgão licenciador e também<br />

quem define as datas e os locais das audiências públicas.<br />

Depois dessa etapa vamos levar o projeto a<br />

leilão na Bolsa de Valores de São Paulo.<br />

COMO A LOGÍSTICA NO PORTO DE PARA-<br />

NAGUÁ SERÁ BENEFICIADA COM A NOVA<br />

FERROVIA?<br />

Com a chegada da nova Ferroeste – de Maracaju<br />

(MS) ao Porto de Paranaguá, a expectativa é<br />

receber ainda mais carga - cerca de 26 milhões de t<br />

(toneladas) a mais, já no primeiro ano de operação<br />

– em especial granéis de exportação e contêineres<br />

refrigerados com proteína animal vindas da região<br />

oeste do Estado do Paraná, do Estado vizinho Mato<br />

Grosso do Sul e também do Paraguai. Certamente,<br />

em termos de logística, somada aos investimentos<br />

e melhorias que a Portos do Paraná já vem desenvolvendo<br />

– a destacar as licitações de novos arrendamentos,<br />

o projeto do Moegão e de modernização<br />

e ampliação do Corredor Leste de Exportação<br />

do Porto de Paranaguá; e as obras de infraestrutura<br />

marítima, como a derrocagem de parte da Pedra<br />

da Palangana, em andamento no Canal de Acesso<br />

-, a nova ligação ferroviária tende a contribuir ainda<br />

mais para o projeto do Paraná de se tornar o Hub<br />

Logístico da América do Sul.<br />

WHAT IS THE SCHEDULE FOR THE START<br />

OF OPERATIONS IN THE PARTS OF THE NEW<br />

FERROESTE RAILROAD?<br />

The denationalization of the New Ferroeste Railroad<br />

provides for a 70-year contract. We estimate 10<br />

years for the construction of the entire layout. Naturally,<br />

a work 1304 km long is executed in stages, and<br />

the start of the operation does not depend on the<br />

total completion. The Ferroeste, as it exists today,<br />

also continues to function normally during work.<br />

After completing engineering and environmental<br />

studies, we have already filed a request for a Prior<br />

License with Ibama. This environmental licensing<br />

body defines the dates and places of public hearings.<br />

After this stage, we take the project to auction<br />

on the São Paulo Stock Exchange.<br />

HOW WILL LOGISTICS IN THE PORT OF<br />

PARANAGUÁ BENEFIT FROM THE NEW<br />

RAILWAY?<br />

With the arrival of the New Ferroeste Railroad<br />

from Maracaju (MS) to the Port of Paranaguá, the<br />

expectation is to receive even more cargo - about<br />

26 million tons more, just in the first year of operation<br />

- especially export bulk and refrigerated containers<br />

with animal protein from the Western Region<br />

of the State of Paraná, the neighboring state (MS),<br />

and also Paraguay. Indeed, in terms of logistics,<br />

added to the investments and improvements that<br />

Portos do Paraná has been carrying out – highlighting<br />

the bids for new leases, the Moegão Project,<br />

the modernization and expansion of the East Export<br />

Corridor of the Port of Paranaguá, and the maritime<br />

infrastructure works, such as the breaking up of part<br />

of the Palangana Rock in progress in the Access<br />

Channel - the new railway link tends to contribute<br />

even more to the Paraná Project of becoming the<br />

Logisticshub of South America.<br />

UM ESTUDO ENCOMENDADO PELO GOVERNO<br />

DEMONSTROU QUE A REDUÇÃO DO CUSTO<br />

LOGÍSTICO COM A NOVA FERROESTE PODE FICAR<br />

ACIMA DE 30% EM ALGUNS LUGARES<br />

a melhor solução<br />

em exportação<br />

de madeira!<br />

pinus | eucalipto<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

34 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>


COLUNA ABIMCI<br />

<strong>2021</strong>, AVANÇOS E DESAFIOS<br />

ANO PARA O SETOR MADEIREIRO TERMINA DE FORMA SATISFATÓRIA, ALGO QUE DEVE SER<br />

COMEMORADO APÓS DESAFIOS E IMPREVISIBILIDADES<br />

Paulo Pupo<br />

Superintendente da Associação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente<br />

Contato: abimci@abimci.com.br<br />

TEMOS TUDO PARA INICIAR<br />

2022 DE FORMA POSITIVA COM<br />

BOAS EXPECTATIVAS DE MERCADO, DE<br />

RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA E DO<br />

CONSUMO MUNDIAL<br />

36 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

Foto: divulgação<br />

M<br />

ais um ano marcado pela pandemia do<br />

novo coronavírus está chegando ao fim.<br />

Os impactos para a população mundial,<br />

assim como para os mais variados setores<br />

produtivos são incalculáveis. Para o de<br />

base florestal, em especial o industrial madeireiro, o ano<br />

termina com as atividades de produção e mercado mantidas<br />

em níveis satisfatórios praticamente em todos os segmentos,<br />

cenário que precisa ser reconhecido e comemorado,<br />

diante de tantos desafios e imprevisibilidades.<br />

Já no início de <strong>2021</strong>, o segmento de molduras venceu o<br />

processo de Dano e de antidumping imposto por coalizão<br />

de fabricantes norte-americanos por meio do departamento<br />

de comércio dos EUA (Estados Unidos da América). Um<br />

processo técnico, complexo e oneroso, mas que deu ganho<br />

de causa ao produto brasileiro.<br />

As nossas exportações de madeira mostraram números<br />

crescentes e solidificados ao longo do ano, assim como<br />

a demanda no mercado interno, baseada no bom momento<br />

da construção civil que potencializou o consumo e<br />

os negócios de nossas empresas no mercado interno. O<br />

segmento de madeira processada vivenciou um ano com<br />

vários avanços e bom desempenho.<br />

Paralelamente à produção e mercado, o suprimento<br />

florestal dominou os principais esforços e análises das empresas<br />

no decorrer do ano. A criação do Comitê Florestal<br />

na estrutura da ABIMCI, otimizou e ampliou as discussões<br />

de questões relacionadas ao suprimento; possíveis formas<br />

de incentivo e fomento; legislação; e código florestal, reforçando<br />

ainda mais a pauta como estratégica e crucial para a<br />

sustentabilidade de todo o setor. As primeiras ações coordenadas<br />

pela ABIMCI já tiveram início, atuando junto a entidades<br />

federais como o SFB (Serviço Florestal Brasileiro),<br />

associações de reflorestadores regionais e EMBRAPA Florestas<br />

para união de esforços, tecnologia, melhora da produtividade,<br />

entre outros fatores. Todas as tratativas visam<br />

o aumento do suprimento de madeira e desburocratização<br />

para os plantios florestais. Um plano de metas e ações, que<br />

será entregue ao Governo Federal, está sendo desenvolvido<br />

pela ABIMCI para dar amplo suporte ao crescimento<br />

das áreas de florestas plantadas.<br />

Outro acontecimento de destaque, que atendeu à<br />

solicitação da ABIMCI, foi a publicação pelo SFB de nota<br />

técnica com considerações sobre uma melhor interpretação<br />

do Código Florestal Brasileiro em relação à origem da<br />

madeira das espécies pinus e eucalipto. A publicação é de<br />

grande importância, pois a falta de um esclarecimento mais<br />

preciso ou de um documento específico que comprovasse<br />

essa informação dentro do texto Código Florestal tem<br />

causado dificuldades às empresas exportadoras brasileiras,<br />

assim como às empresas importadoras que também<br />

enfrentam entraves nos países de destino. O documento<br />

esclarece que os plantios ou reflorestamento das espécies<br />

exóticas dos gêneros Pinus sp. e Eucalyptus sp. são provenientes<br />

de áreas aptas legalmente para seu cultivo, tendo<br />

inclusive modelo de licenciamento simplificado e harmonizado<br />

com outras culturas agrícolas.<br />

No campo técnico, a ABIMCI, entidade gestora nacional<br />

do Comitê Brasileiro de Madeira da ABNT, o CB-31,<br />

coordenou o trabalho das Comissões de Estudo que permitiram<br />

a publicação de importantes normas técnicas para<br />

os segmentos de portas de madeira, madeira serrada de<br />

coníferas, compensado e compensado plastificado.<br />

A questão logística e de fretes internacionais não pode<br />

ficar de fora da avaliação de <strong>2021</strong>. Dificuldades reais de realização<br />

dos nossos embarques vieram em definitivo para a<br />

mesa de negociações, com escalada de valores praticados<br />

pelos armadores em níveis descontrolados. Vários de nossos<br />

produtos madeireiros, em especial, durante o segundo<br />

semestre do ano, estão tendo que adaptar suas políticas<br />

comerciais aos novos valores praticados que influenciam<br />

diretamente na competitividade de nosso mercado. Temos<br />

tudo para iniciar 2022 de forma positiva com boas expectativas<br />

de mercado, de recuperação da economia e do consumo<br />

mundial. No Brasil, teremos um ano de eleições que<br />

sempre trazem novas preocupações e atenção aos desdobramentos.<br />

Mas em especial, precisamos manter nossas esperanças<br />

de que seja possível eliminar de vez a pandemia<br />

e de que a vida possa voltar à normalidade. Esse é o real<br />

sentido das coisas! Um ano novo positivo a todos!<br />

Tel: (41) 3225-4358<br />

www.abimci.com.br<br />

abimci@abimci.com.br


PRINCIPAL<br />

A VOZ DA INDÚSTRIA<br />

DA MADEIRA<br />

COM ABRANGENTE ATUAÇÃO<br />

DESDE A DÉCADA DE 1970,<br />

A ASSOCIAÇÃO SEGUE<br />

TRABALHANDO EM PROL DA<br />

DEFESA E CRESCIMENTO DO<br />

SEGMENTO DE BASE FLORESTAL<br />

E MADEIRA PROCESSADA<br />

Fotos: divulgação<br />

A<br />

história de uma associação com meio<br />

século de existência reúne detalhes, que<br />

dificilmente seriam contados com exatidão<br />

em algumas páginas. A narrativa da ABIMCI<br />

(Associação Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente), em especial, é mais<br />

complexa, porque traz consigo não apenas conquistas<br />

em prol de seus associados, mas os passos do desenvolvimento<br />

do setor industrial madeireiro no Brasil.<br />

Quando a ABIMCI foi fundada em 18 de julho de 1972,<br />

em São Paulo (SP), seu foco de atuação era a defesa dos<br />

interesses das empresas fabricantes de forma de concreto.<br />

Ao longo dos anos, a entidade foi se fortalecendo e ampliando<br />

sua representatividade e ações. Pautas e outros<br />

segmentos de produtos foram incorporados na agenda<br />

e escopo de trabalho da entidade, entre eles os compensados<br />

de pinus e tropical; laminados; madeira serrada;<br />

portas; molduras; pisos, pellets e biomassa.<br />

THE VOICE OF THE<br />

TIMBER INDUSTRY<br />

WITH COMPREHENSIVE OPERATIONS SINCE<br />

THE 1970S, THE ASSOCIATION CONTINUES<br />

TO WORK FOR THE DEFENSE AND GROWTH<br />

OF THE FOREST-BASED SEGMENT AND<br />

PROCESSED WOOD<br />

The story of an association with half a century of<br />

existence unites details that cannot be described<br />

fully in just several pages. That is because,<br />

in particular, the narrative of the Brazilian Association<br />

of Mechanically Processed Timber<br />

Industry (Abimci) is very complex. After all, it covers the<br />

38 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

DEZEMBRO <strong>2021</strong> 39


PRINCIPAL<br />

Assim, a ABIMCI assumiu um papel estratégico cada<br />

vez maior, criou comitês segmentados por produtos, que<br />

auxiliam na definição de pautas estratégicas e de avaliação<br />

de mercado. “Nas reuniões dos comitês são abordados<br />

temas específicos de cada segmento de produto, como<br />

questões comerciais, mercados interno e externo, suprimento,<br />

custos industriais, logística, certificação, barreiras<br />

tarifárias e não tarifárias, informações e discussões, que<br />

contribuem com subsídios para definições de estratégias<br />

das empresas e para a construção de agendas da ABIMCI”,<br />

destaca o presidente da ABIMCI, Juliano Vieira de Araujo.<br />

Com o crescimento e consolidação das exportações<br />

brasileiras, a atenção às políticas internacionais e o incremento<br />

das agendas com entidades internacionais parceiras<br />

se tornou essencial. “Esta é hoje uma das principais pautas<br />

da entidade para promoção dos produtos brasileiros nos<br />

principais mercados consumidores, como América do<br />

Norte e Europa”, afirma o presidente da ABIMCI.<br />

Além disso, a entidade tem participado ativamente<br />

das agendas de coalizões nacionais, como a Coalizão Empresarial<br />

Brasileira e Coalizão Empresarial para Facilitação<br />

de Comércio e Barreiras, ambas com políticas públicas de<br />

negociação com mercados externos; e também acompanha<br />

as pautas da Coalizão pela Construção coordenada<br />

pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção),<br />

que promove a construção civil no Brasil.<br />

achievements from the benefits for its members to the<br />

steps in the development of the Timber <strong>Industrial</strong> Sector<br />

in Brazil.<br />

Abimci, founded on July 18, 1972, in São Paulo, focused<br />

on defending the interests of industrial timber in a<br />

concrete way. Over the years, the entity has strengthened<br />

and expanded its representativeness and actions. Topics<br />

and other product segments were incorporated into the<br />

entity’s agenda and scope of work, including pine and<br />

tropical plywood, laminates, sawn wood, doors, door and<br />

window frames, flooring, pellets, and biomass.<br />

Thus, Abimci assumed an increasingly strategic role<br />

and created committees segmented by-products, which<br />

assisted in defining strategic agendas and market evaluations.<br />

“In the committee meetings, specific topics for<br />

each product segment is addressed, such as trade issues,<br />

domestic and foreign markets, procurement, industrial<br />

costs, logistics, certification, tariff and non-tariff barriers,<br />

information, and discussions that contribute to subsidies<br />

for definitions of company strategies and the construction<br />

of Abimci agendas,” says Juliano Vieira de Araujo, current<br />

Abimci President.<br />

With the growth and consolidation of Brazilian exports,<br />

attention to international policies and agendas<br />

with international partner entities has become essential.<br />

“Today, this is one of the main agendas of the entity for<br />

Para dar suporte aos associados, a ABIMCI desenvolveu<br />

programas de qualidade e certificação para os produtos<br />

destinados aos mercados interno e externo. “Há mais de<br />

20 anos, oferecemos aos associados o PNQM (Programa<br />

Nacional de Qualidade da Madeira). Ele é base para alicerçar<br />

a melhoria dos processos produtivos das indústrias e<br />

a busca contínua da qualidade dos produtos, além de ser<br />

reconhecido para as certificações CE e UKCA Marking”,<br />

detalha Juliano.<br />

Desde 2013, a entidade disponibiliza também aos<br />

associados, fabricantes de portas de madeira, o PSQ-<br />

-PME (Programa Setorial da Qualidade de Portas para<br />

Edificações). O suporte técnico ao mercado industrial<br />

madeireiro também é reforçado pela ABIMCI com a gestão<br />

nacional do Comitê Brasileiro de Madeira da ABNT, o<br />

CB-31, que tem por objetivo estudar, elaborar e revisar as<br />

normas técnicas brasileiras de acordo com as demandas<br />

apresentadas.<br />

ESTUDO SETORIAL<br />

Desde 2004, a ABIMCI disponibiliza ao<br />

mercado o Estudo Setorial com dados referentes<br />

à indústria e ao mercado de base<br />

florestal. O material é fonte de informações<br />

socioeconômicas e específicas sobre cada<br />

segmento representado pela entidade. Na<br />

publicação, os leitores encontram dados<br />

sobre as florestas no mundo e no Brasil;<br />

o perfil da indústria madeireira no país; e<br />

dados de consumo e exportação dos principais<br />

produtos madeireiros industrializados<br />

no Brasil. A ABIMCI já está trabalhando na<br />

próxima edição que será disponibilizada<br />

no início de 2022.<br />

the promotion of Brazilian products in the main consumer<br />

markets, such as North America and Europe,” says the<br />

Abimici President.<br />

In addition, the entity has actively participated in<br />

the agendas of national coalitions, such as the Brazilian<br />

Business Coalition and the Business Coalition for Trade<br />

Facilitation and Barriers, both with public policies for negotiating<br />

with foreign markets. Also, it follows the agendas<br />

of the Coalition for Construction coordinated by the<br />

Brazilian Chamber of the Construction Industry (CBIC),<br />

which promotes building construction in Brazil.<br />

To support members, Abimci has developed quality<br />

and certification programs. “For more than 20 years, we<br />

have been offering members the National Wood Quality<br />

Program (PNQM). It is the basis for improving the production<br />

processes of companies and the continuous search<br />

for product quality, besides being recognized for CE and<br />

UKCA Marking certifications,” details Araujo.<br />

SECTOR STUDY<br />

Since 2004, Abimci has made the<br />

Sector Study available with data on the<br />

industry and the forest-based market.<br />

The material sources socioeconomic<br />

and specific information about each<br />

segment represented by the entity.<br />

In the publication, readers find data<br />

on forests in the world and Brazil, the<br />

profile of the timber industry in Brazil,<br />

and consumption and export data<br />

of the leading industrialized timber<br />

products in the Country. Abimci is<br />

already working on the next issue for<br />

early 2022.<br />

Acesse os Estudos Setoriais já publicados:<br />

https://abimci.com.br/publicacoes/<br />

40 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

DEZEMBRO <strong>2021</strong> 41


PRINCIPAL<br />

NOVA MARCA<br />

Para dar início às comemorações dos 50 anos, a ABIM-<br />

CI está reestruturando a sua comunicação com o mercado,<br />

e é claro, com seus associados. Ela reposiciona a sua<br />

marca, apresentando um novo logotipo, que tem como<br />

inspiração as florestas. O símbolo mantém o conceito<br />

original da combinação da inicial do nome da ABIMCI com<br />

a forma pictórica de uma árvore. “A elaboração do novo<br />

logotipo foi o primeiro passo dado para o reposicionamento<br />

da marca da ABIMCI. Ela dá início a todas as ações<br />

para a comemoração dos 50 anos da entidade, que será<br />

celebrado em 2022”, destaca o presidente da ABIMCI.<br />

O próximo ano será especial para a ABIMCI. “Estamos<br />

construindo uma agenda que envolve desde a elaboração<br />

de um amplo plano de comunicação, o lançamento de<br />

um novo site, novas ferramentas de comunicação com os<br />

associados, uma celebração festiva relativa aos 50 anos,<br />

além das agendas comerciais, técnicas e de eventos”,<br />

detalha Juliano.<br />

ANÁLISE PRESENTE, RUMO AOS 50 ANOS<br />

Na evolução histórica e no momento presente da<br />

ABIMCI, a intensificação de reuniões realizadas pelos<br />

comitês de produtos se tornou primordial para a compreensão<br />

dos cenários macro, para o planejamento e tomada<br />

de decisões. Por isto, trazemos aqui algumas análises de<br />

<strong>2021</strong> feitas pelos coordenadores de cada comitê.<br />

A crise logística enfrentada impactou diretamente<br />

os mercados, e definitivamente veio para a mesa de<br />

negociações como uma importante variável. “Estamos<br />

acompanhando a dinâmica mundial do movimento dos<br />

contêineres e procurando alternativas, que viabilizem a<br />

exportação dos produtos brasileiros, buscando minimizar<br />

O NOVO LOGOTIPO DÁ<br />

INÍCIO A TODAS AS<br />

AÇÕES PARA A COMEMORAÇÃO<br />

DOS 50 ANOS DA ENTIDADE, QUE<br />

SERÁ CELEBRADO EM 2022<br />

JULIANO VIEIRA DE ARAUJO,<br />

PRESIDENTE DA ABIMCI<br />

Since 2013, the entity has also made available to members,<br />

who are wooden door manufacturers, the Sector<br />

Program for the Quality of Doors for Buildings (PSQ-Pme).<br />

Furthermore, Abimci also reinforces the technical support<br />

to the industrial timber market with the national management<br />

of Abnt’s Brazilian Wood Committee, CB-31, which<br />

aims to study, elaborate, and revise Brazilian technical<br />

standards according to the demands presented.<br />

NEW LOGO<br />

To kick off the 50th-anniversary celebrations, Abimci<br />

is restructuring its communication with the market, and of<br />

course, with its members. In addition, it is repositioning its<br />

logo, presenting a new one inspired by forests. The symbol<br />

retains the original concept of combining the Abimci name<br />

with the pictorial shape of a tree. “The development of the<br />

new logo was the first step taken for the repositioning of<br />

Abimci’s brand. It initiates the actions for the celebration of<br />

the 50th anniversary of the entity that will be celebrated in<br />

2022,” says the Abimci President.<br />

Next year is special for Abimci. “We are creating an<br />

agenda that involves the development of a broad communication<br />

plan, the launch of a new website, new communication<br />

tools with members, a festive celebration for the<br />

50th anniversary, in addition to the commercial, technical,<br />

and event agendas,” explains Araujo.<br />

THE CURRENT ANALYSIS AND THE NEXT 50 YEARS<br />

In the historical evolution and present moment of<br />

Abimci, the intensification of meetings held by the Product<br />

Committees has become paramount for understanding<br />

macro scenarios and planning and decision making. For<br />

this, below is a summary analysis of <strong>2021</strong> made by the Coordinators<br />

of each Committee.<br />

os impactos para os clientes internacionais”, afirma o<br />

coordenador do comitê de laminados e compensados de<br />

pinus e ex-presidente da ABIMCI, José Carlos Januário.<br />

Ele destaca que mesmo com este cenário, o compensado<br />

de pinus do Brasil tem registrado crescimento importante<br />

em vários mercados, consolidando a posição do país<br />

como significativo player mundial.<br />

Para o segmento de laminados e compensado tropical,<br />

este ano, apesar do pequeno crescimento da produção<br />

frente ao compensado de pinus, apresentou melhora.<br />

“Com a valorização do dólar perante o real e também o<br />

aumento do consumo no mercado norte-americano em<br />

<strong>2021</strong>, tivemos uma melhora nos resultados das empresas.<br />

Acredito que em 2022, a produção de compensado<br />

tropical se mantenha nos níveis deste ano. No mercado<br />

interno, as vendas de compensados de paricá continuam<br />

crescendo nas indústrias de móveis”, avalia o coordenador<br />

do comitê de laminados e compensado tropical, Paulo<br />

Cavalcanti Neto.<br />

Já o segmento de pellets também está sofrendo os<br />

impactos da crise logística. O coordenador do comitê de<br />

pellets e biomassa, Ademir Antônio Gasperini, lembra que<br />

o ano começou com um cenário positivo com a produção<br />

contratada para um novo ciclo e com novos produtores<br />

entrando no mercado. “Estávamos com a oferta um<br />

pouco acima da demanda, somando o mercado interno<br />

e externo, no entanto, veio a crise logística internacional.<br />

Com isso, não estamos conseguindo desovar a produção<br />

para o mercado externo e o interno não absorve a produ-<br />

The logistics crisis directly impacted the markets and<br />

came to the negotiating table as an important variable.<br />

“We are monitoring the global dynamics of container movement<br />

and looking for alternatives that enable the export<br />

of Brazilian products, seeking to minimize the impacts<br />

for international customers,” said José Carlos Januário,<br />

Coordinator of the Pine Laminated and Plywood Committee<br />

and former President of Abimci. However, he points<br />

out that even with this scenario, Brazil’s pine plywood has<br />

recorded significant growth in several markets, consolidating<br />

the Country’s position as a significant global player.<br />

This year, the laminates and tropical plywood segment<br />

showed improvement, despite the small production growth<br />

compared to pine plywood. “With the appreciation<br />

of the Dollar against the Real and also the increase in<br />

consumption in the U.S. market in <strong>2021</strong>, we had an improvement<br />

in the results of companies. I believe that in<br />

2022, tropical plywood production will remain at this year’s<br />

levels. In the domestic market, sales of paricá plywood<br />

continue to grow in the furniture industry,” says Paulo Cavalcanti<br />

Neto, Coordinator of the Laminates and Tropical<br />

Plywood Committee<br />

Also, the pellet segment is suffering the impacts of the<br />

logistics crisis. Ademir Antônio Gasperini, Coordinator of<br />

the Pellets and Biomass Committee, recalls that the year<br />

began with an optimistic scenario with the production<br />

contracted for a new cycle and new producers entering<br />

the market. “Supply was slightly above demand, summing<br />

the domestic and foreign market; however, the interna-<br />

42 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

DEZEMBRO <strong>2021</strong> 43


PRINCIPAL<br />

ção, ocasionando uma superoferta e estoques altos. Não<br />

podemos falar em crise ou ano perdido, mas a situação<br />

comprometeu a rentabilidade”, avalia.<br />

Concomitante à crise logística, o aumento no custo<br />

dos insumos e da demanda tiveram influência direta nos<br />

resultados e direcionamentos estratégicos das empresas<br />

do segmento. “Destaco em especial o tema logístico com<br />

os aumentos nos fretes e problemas no cumprimento<br />

dos prazos de entrega. Além disso, o abastecimento de<br />

matéria-prima se tornou um desafio para várias regiões<br />

devido ao aumento do consumo. O mercado doméstico<br />

teve reflexos devido a essas condições, além da conjuntura<br />

econômica interna. Entretanto, no geral os resultados<br />

foram positivos para as empresas e novas oportunidades<br />

foram desenvolvidas para o produto brasileiro”, analisa<br />

o coordenador do Comitê de PMVA (Produtos de Maior<br />

Valor Agregado e Madeira de Pinus), Luis Daniel Woiski.<br />

Para o mercado de molduras, a forte demanda, as<br />

dificuldades operacionais, o colapso da logística, os estímulos<br />

econômicos criados pelo governo americano e o<br />

Fed com taxas de juros reduzidas contribuíram, segundo<br />

o coordenador do comitê de molduras, Armando Giacomet,<br />

para o desabastecimento da moldura brasileira no<br />

mercado externo. “Por outro lado, os países do sudeste<br />

da Ásia se consolidaram como um novo polo mundial de<br />

produção de molduras, que crescerá ao longo do tempo,<br />

vindo a se transformar em um importante concorrente dos<br />

produtores brasileiros”, alerta Armando.<br />

No Brasil, a construção civil praticamente não parou<br />

durante a pandemia, abrindo ao mesmo tempo espaço e<br />

tional logistics crisis came. With this, we cannot export<br />

products to the foreign market, and the domestic market<br />

does not absorb production, creating an oversupply and<br />

above-average inventories. Of course, we shouldn’t talk<br />

about a crisis or a lost year, but the situation has compromised<br />

profitability,” he says.<br />

Concomitantly with the logistics crisis, the increase<br />

in input costs and demand directly influenced the results<br />

and strategic directions of the companies in the segment.<br />

“Especially, I want to point out the logistics theme with increases<br />

in freight costs and problems in meeting delivery<br />

deadlines. In addition, the raw material supply has become<br />

a challenge for several regions due to increased consumption.<br />

The domestic market had repercussions due<br />

to these conditions and the internal economic situation.<br />

However overall, the results were positive for producers,<br />

and new opportunities were developed for the Brazilian<br />

product,” evaluates Luis Daniel Woiski, Coordinator of the<br />

Higher Added Value and Pine Wood Products Committee<br />

(PMVA). According to Armando Giacomet, Coordinator of<br />

the Window and Door Frame Committee, for the window<br />

and door frame market, strong demand, operational difficulties,<br />

logistics collapse, the economic stimulus created<br />

by the U.S. government, and the reduced interest rates by<br />

the Fed contributed to the lack of availability of Brazilian<br />

frames in the foreign market. “However, the countries of<br />

Southeast Asia have consolidated themselves as a new<br />

global center for frame production, which will grow over<br />

time, becoming an important competitor for Brazilian producers,”<br />

he says.<br />

desafios para o compensado plastificado. O coordenador<br />

do Comitê de Compensado Plastificado, Rafael Bobato,<br />

conta que a partir do primeiro semestre o produto acabou<br />

sofrendo pressão com reajuste nos preços da matéria-prima,<br />

na faixa de 30 a 50% e não conseguiu repassar ao<br />

consumidor final na mesma velocidade que os outros produtos,<br />

como o compensado sem revestimento, estavam<br />

repassando na exportação e, por isto, alguns fabricantes<br />

deixaram de produzi-lo. “Então, começou a faltar produto<br />

no mercado, como consequência, em meados de junho,<br />

o mercado estava completamente desabastecido. A<br />

partir desta fase, os fabricantes conseguiram aumentar os<br />

preços. Por outro lado, no segundo semestre, o setor de<br />

compensados teve uma baixa significativa na exportação,<br />

o que trouxe novamente os produtores para o segmento<br />

do plastificado”, justifica.<br />

O bom momento da construção civil também impactou<br />

positivamente o segmento de portas e pisos de<br />

madeira. “Em <strong>2021</strong>, a venda de pisos teve um crescimento<br />

acima do esperado”, afirmou o coordenador do comitê<br />

de pisos e madeira tropical, Murilo Granemann de Souza.<br />

Ele conta também que a grande surpresa foi o aumento<br />

de custos de insumos e matéria-prima. O mesmo cenário<br />

foi observado pelas empresas fabricantes de portas de<br />

madeira que fazem parte do PSQ-PME, que atuam diretamente<br />

com o setor da construção civil.<br />

NAS REUNIÕES DOS<br />

COMITÊS SÃO<br />

ABORDADOS TEMAS<br />

ESPECÍFICOS DE CADA<br />

SEGMENTO DE PRODUTO,<br />

COMO QUESTÕES<br />

COMERCIAIS, MERCADOS<br />

INTERNO E EXTERNO<br />

In Brazil, building construction did not slow down<br />

much during the pandemic, opening space and challenges<br />

for plasticized plywood. Rafael Bobato, Coordinator<br />

of the Plasticized Compensation Committee, says that<br />

the product came under pressure with adjustment in raw<br />

material prices in the range of 30 to 50% from the first half<br />

of the year. Exporters could not pass these costs on to the<br />

final consumer at the same speed as other products, such<br />

as unplasticized plywood. Therefore, some manufacturers<br />

stopped producing the product. “Then, the market began<br />

to lack product, and, as a result, in mid-June, the market<br />

was completely out of stock. From this stage, manufacturers<br />

have managed to raise prices. As well, in the second<br />

half of the year, the plywood segment had a significant<br />

drop in exports, which brought manufacturers back to<br />

producing plasticized plywood,” he explains.<br />

Building Construction is currently passing through a<br />

time of growth, which has positively impacted the wooden<br />

door and flooring segment. “In <strong>2021</strong>, the sale of flooring<br />

has shown better growth than expected,” said Murilo<br />

Granemann de Souza, Coordinator of the Tropical Wood<br />

and Flooring Committee. He also says that the big surprise<br />

was increased input and raw material costs. The same<br />

scenario was observed by the companies that make wooden<br />

doors part of the PSQ-Pme that work directly with the<br />

Building Construction Sector.<br />

44 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

DEZEMBRO <strong>2021</strong> 45


SETORIAL<br />

QUALIDADE<br />

COMPROVADA<br />

COM UMA HISTÓRIA DE 80 ANOS MARCADA POR SUCESSO<br />

E INOVAÇÃO, A GÖTTERT É REFERÊNCIA NA ENTREGA DE<br />

ESTUFAS DE SECAGEM AO SETOR MADEIREIRO<br />

C<br />

hegar aos 80 anos de vida é o cumprimento<br />

de uma meta vitoriosa. Agora, atingir esse<br />

status tendo um legado de sucesso e inovação,<br />

sendo uma referência dentro de sua<br />

área de atuação é ainda mais louvável.<br />

A Göttert foi fundada em 1941, na Argentina, por Carlos<br />

e Enrique Göttert, que desde os primeiros passos da<br />

empresa observaram a importância de conseguir atender<br />

as necessidades dos clientes, oferecendo as melhores<br />

tecnologias e recursos de inovação disponíveis dentro do<br />

mercado.<br />

“Oferecemos ao setor madeireiro estufas de secagem<br />

fabricadas pela própria empresa, no qual respondem a<br />

um programa de fabricação que contempla variantes para<br />

se atender e adaptar-se de maneira flexíveis às demandas<br />

de cada cliente. Tentamos sempre ter uma relação de<br />

parceiros e não simplesmente de cliente-fornecedor. Com<br />

profissionais altamente qualificados, oferecemos assistência<br />

ao cliente, prevenindo interrupções e paradas de<br />

produção”, relata Norberto Göttert, diretor da Göttert no<br />

Brasil e Argentina.<br />

As estufas de secagem da empresa contam com diferenciais<br />

para otimizar os processos e evitar defeitos no<br />

produto, como:<br />

• Sistemas construídos adequados ao tipo de madeira<br />

a secar;<br />

• Em alumínio, combinada de alvenaria com teto de<br />

alumínio com carregamento lateral ou frontal e dimensões<br />

de acordo com as necessidades especificas de cada<br />

cliente.<br />

• Sistema de umidificação com variação em injeção<br />

de vapor à baixa pressão, água atomizada ou evaporação;<br />

• Monitoramento automático ou computadorizado<br />

nas estufas de secagem.<br />

“A inovação e tecnologia dos processos é incentivada<br />

dentro da Göttert através de pesquisas desenvolvidas<br />

pelo setor de P&D, em nossos laboratórios e auditorias,<br />

sendo assim capazes de oferecer uma gama de produtos<br />

inovadores com tecnologias de primeira mão e desempenhando<br />

um excelente serviço. Portanto através do departamento<br />

de P&D a Göttert é capaz de oferecer aos nossos<br />

clientes a possibilidade de evoluir continuamente em seu<br />

processo”, prossegue Norberto Göttert.<br />

Atualmente a empresa tem sedes na Argentina e no<br />

Brasil, com atuação destacada dentro da América Latina e<br />

países como o Canadá, os EUA (Estados Unidos da América),<br />

a Irlanda, o Irã e a Letônia. Além disso, o mercado<br />

da madeira serrada está aquecido e segundo a Göttert<br />

a demanda produtiva para exportação subiu 16% nos últimos<br />

2 anos, puxados pela dinamização do mercado de<br />

housing e a desvalorização do real aliada a alta do dólar.<br />

“A Göttert tem o comprometimento em dar um suporte<br />

às atividades que vão desenvolver suas habilidades<br />

e conhecimentos. Nossa situação atual é baseada nos<br />

valores que, por 80 anos, guardam nossa maneira de<br />

gestão. Esses valores que os nossos fundadores passaram<br />

estão enraizados em nossa identidade e atualmente reforçam<br />

a confiança e o reconhecimento de nossos clientes<br />

e a posição de liderança que possuímos no mercado”,<br />

finaliza Norberto Göttert.<br />

Trav. Quintino Bocaiúva 1588<br />

l 5º Andar, Bloco A l Nazaré l 66035 190<br />

(91) 3242 7161<br />

aimex@aimex.com.br<br />

www.aimex.com.br<br />

aimex__brasil<br />

aimexbrasil<br />

46 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>


SECAGEM DE MADEIRA<br />

O secador tem a função de retirar água dos materiais<br />

a fim de reduzir a umidade para determinados<br />

processos, funcionando para diversos materiais e tem<br />

beneficiado e otimizado cadeias produtivas de várias<br />

empresas. Para o setor de lâminas e compensados a<br />

função básica é retirar essa umidade da madeira.<br />

“A umidade é retirada das lâminas de madeira para<br />

que possam ser posteriormente coladas em forma de<br />

um painel de compensado”, reitera Eduardo.<br />

VANTAGENS DE USO<br />

O equipamento é destaque no mercado industrial<br />

por otimizar processos. Eduardo Koller frisa algumas<br />

vantagens como: “redução da mão de obra, menor movimentação<br />

manual das lâminas - que reduz as quebras<br />

e trincas, e consequentemente, a qualidade das lâminas,<br />

além do melhor controle do processo produtivo e<br />

previsibilidade de produção.”<br />

SECAGEM<br />

EM ALTA<br />

MERCADO DE<br />

SECADORES DE LÂMINAS<br />

ESTÁ AQUECIDO NO<br />

BRASIL E TEM PREVISÃO<br />

DE ALTA DEMANDA<br />

PARA 2022<br />

Fotos: Emanoel Caldeira<br />

O<br />

mercado brasileiro de secadores para<br />

produção de lâminas de madeira está<br />

crescendo e o setor projeta que pelo menos<br />

até 2026 a tendência é que se mantenha<br />

a alta procura. Devido à demanda<br />

e o aquecimento do mercado, a produção de lâminas<br />

para compensado aumentou consideravelmente e os<br />

secadores de lâminas passam a ser um gargalo na linha<br />

de produção.<br />

Eduardo Koller, engenheiro mecânico e diretor da<br />

Indumec afirma: “O equipamento reflete a necessidade<br />

crescente do mercado em aumentar produção, qualidade<br />

do produto final e redução de custo de produção.”<br />

48 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong> DEZEMBRO <strong>2021</strong> 49


SECAGEM DE MADEIRA<br />

Dentre os principais benefícios do secador<br />

de lâminas estão:<br />

• Possui vida útil longa e muita resistência;<br />

• Design moderno e inovador;<br />

• Otimização do tempo nos processos de<br />

fabricação;<br />

• Projeto conforme a necessidade do cliente;<br />

• Produto fabricado com alta tecnologia e<br />

modernidade.<br />

Os fabricantes de lâminas e compensados sabem<br />

que um dos processos mais importantes na hora de<br />

gerar um compensado de qualidade, é justamente a<br />

secagem.<br />

O processo consiste em, através de um conjunto de<br />

rolos transportadores, as lâminas passarem por dentro<br />

do maquinário, enquanto jatos de ar quente são direcionados<br />

sobre as superfícies superior e inferior das<br />

lâminas promovendo a redução da umidade. Para que<br />

esse processo ocorra de forma eficiente é necessário<br />

um secador de qualidade, produtivo e robusto.<br />

“O secador deve ser moderno. Nos secadores Indumec,<br />

por exemplo, temos ventiladores centrífugos,<br />

que impulsionam o ar através de radiadores, com tubos<br />

aletados elípticos, que aquecem o ar, que passa na sequência<br />

por um conjunto de funis direcionadores sobre<br />

a superfície das lâminas”, detalha Eduardo.<br />

A Indumec tem como uma das empresas parceiras<br />

a Ágil Madeiras, empresa onde instalou um de seus<br />

secadores. “O secador da Indumec trouxe um resultado<br />

bem significativo na qualidade dos nossos compensados.<br />

Antes, não conseguíamos fazer a capa, principal<br />

produto dos compensados, depois que adquiri o<br />

secador consegui fazer a capa e fazer a secagem da<br />

mesma, agregando mais valor ao meu produto final”,<br />

comemora Luciana Pegoraro Dal Bosco, fundadora da<br />

Ágil Madeiras.<br />

A empresa sempre procurou atender as necessidades<br />

do cliente proporcionando o melhor do compensado,<br />

por isso resolveu investir na instalação de mais<br />

secadores para justamente atender a alta demanda.<br />

A que tudo indica o mercado vem de um histórico<br />

que já era positivo e ganhou força devido a tecnologia<br />

e inovações implementadas no equipamento, além de<br />

suprir a necessidade das demandas de demais empresas.<br />

“Para 2022 vamos instalar mais um secador, fizemos<br />

ampliações já visando essa necessidade de mais uma<br />

implementação”, projeta Luciana.<br />

COMPROMISSO E QUALIDADE<br />

Produtos de alta qualidade<br />

e o compromisso com a entrega<br />

Atuamos no ramo de produção de compensado naval<br />

e lâminas de madeira de pinus, com vendas no<br />

mercado interno e externo, em diversos países da<br />

América e Europa. Temos Certificação CARB<br />

(California Code of Regulations), exigida para<br />

exportação. Os produtos podem ter diversas<br />

aplicações como fabricação de embalagens,<br />

divisórias, construção civil, móveis e estofados. Em<br />

nossa gama de produtos, temos plastificados,<br />

pintados e oleados, de classes A até D.<br />

Nossa equipe tem como base a família, e nosso<br />

compromisso é sempre garantir a melhor qualidade.<br />

50 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

www.agilcompensados.com.br<br />

Rua Miguel Goetten Sobrinho 313 | Santa Cecília - SC<br />

(49) 3515-1002 | (49) 9 9122-2183 | admin@agilmadeiras.com


MERCADO<br />

ANÁLISE<br />

SETORIAL<br />

ESTUDO CONDUZIDO PELO PROJETO<br />

BRAZILIAN FURNITURE REÚNE<br />

INFORMAÇÕES E RESULTADOS DO SETOR<br />

DE MÓVEIS NO BRASIL DE 2015 A 2020<br />

Fotos: divulgação<br />

52 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

DEZEMBRO <strong>2021</strong> 53


MERCADO<br />

C<br />

om foco na disponibilização de informações<br />

detalhadas às indústrias brasileiras de móveis,<br />

o Projeto Brazilian Furniture lançou a edição<br />

<strong>2021</strong> do estudo: Do Brasil para o Mundo; que<br />

reúne informações e resultados consolidados<br />

do setor entre os anos de 2015 e 2020. O documento traz<br />

um panorama da produção doméstica e do comércio exterior<br />

com base em dados estatísticos de fontes oficiais e<br />

de referência.<br />

O estudo foi desenvolvido pelo IEMI (Inteligência de<br />

Mercado), com apoio da ABIMÓVEL (Associação Brasileira<br />

das Indústrias do Mobiliário) e da APEX Brasil (Agência<br />

Brasileira de Promoção de Exportações), ambas promotoras<br />

do Projeto Brazilian Furniture.<br />

As análises e os comentários inseridos conferem ao<br />

material propriedades necessárias de uma ferramenta de<br />

apoio à gestão e ao planejamento das empresas brasileiras<br />

do setor moveleiro interessadas na promoção de suas<br />

exportações.<br />

PRODUÇÃO DE MÓVEIS NO BRASIL<br />

Falando especificamente do consolidado de 2020 na<br />

comparação com 2019, dado mais recente, a produção de<br />

móveis e colchões no país apresentou retração de cerca<br />

de 1,5% em volume. O que, frente aos efeitos negativos<br />

da pandemia sobre a produção e o comércio na primeira<br />

metade do ano passado, confirma uma retomada significativa<br />

da indústria e do varejo do setor no segundo<br />

semestre. Em valores nominais, ainda, foi observada uma<br />

expansão de 2,2% no último ano, quando verificada a variação<br />

em reais (R$), sem descontar a inflação.<br />

Quando analisado o período do estudo como um<br />

todo, de 2015 até 2020, porém, a produção apresentou<br />

queda mais acentuada, cerca de 6,9%, marcada pela forte<br />

crise econômica brasileira ocorrida nos anos de 2015 e<br />

2016. Ainda assim, no período de seis anos foi possível inferir<br />

um aumento de aproximadamente 21,2% no valor da<br />

produção, também em reais e sem descontar a inflação.<br />

PERFIL DA PRODUÇÃO DE MÓVEIS NO BRASIL<br />

A indústria moveleira está presente em todas as regiões<br />

do país, mas com grande concentração no sul e<br />

no sudeste, com as empresas e os empregos estando<br />

distribuídos em 11 polos produtores localizados nestas<br />

regiões.<br />

Por meio das análises levantadas a partir do estudo é<br />

possível afirmar que apesar dos ciclos econômicos e flutuações<br />

macroeconômicas, essas empresas continuam a demonstrar<br />

resiliência, mas agora buscando maior eficiência<br />

a partir da adoção de processos produtivos mais enxutos<br />

para que consigam sobreviver.<br />

É importante apontar, porém, que apesar da adaptabilidade<br />

desses negócios, o número de empresas moveleiras<br />

no Brasil apresentou uma queda de 2,5% entre 2019<br />

e 2020, e o número do pessoal ocupado também recuou<br />

A INDÚSTRIA MOVELEIRA<br />

ESTÁ PRESENTE EM TODAS<br />

AS REGIÕES DO PAÍS, MAS COM<br />

GRANDE CONCENTRAÇÃO NO SUL E<br />

NO SUDESTE<br />

Linha de empacotamento<br />

de madeiras<br />

A Linha Completa para Empacotamento de Madeiras<br />

Impacto é um equipamento que possibilita a movimentação<br />

completa do fardo de madeira do desgradeamento até o seu<br />

enfardamento para transporte.<br />

Componentes<br />

Desgradeador de madeiras<br />

Destopadeira automática,<br />

Esteira de classificação<br />

Enfardador automático<br />

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Características<br />

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54 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

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MERCADO<br />

1,5% no último ano. Em número de unidades produtivas<br />

ativas no setor, pode ser verificado que tal retração foi<br />

contínua ao longo dos anos, caindo 12,3% entre 2015 e<br />

2020.<br />

No total, considerando-se as cinco regiões do País, o<br />

número de empresas ativas na indústria de móveis e colchões<br />

nacional em 2020 foi de 18,1 mil empresas. A produção<br />

do setor foi de 431,6 milhões de peças, gerando,<br />

assim, uma receita bruta de R$ 71,5 bilhões.<br />

CONSUMO INTERNO E EXTERNO<br />

Quando falamos no consumo interno, o chamado<br />

consumo doméstico aparente, este sofreu uma redução<br />

de 2,1% no último ano, quando verificado o número de<br />

peças. Enquanto em valores (US$), a variação foi negativa<br />

em aproximadamente 22,3% entre 2019 e 2020, em função,<br />

sobretudo, da desvalorização da moeda brasileira.<br />

Se considerarmos os valores ofertados ao mercado<br />

pelos produtores locais e pelos importadores, excluídas<br />

as exportações, chegaremos a um consumo interno de<br />

móveis de aproximadamente 424 milhões de peças em<br />

2020. Em valores esse consumo foi de cerca de US$ 13<br />

bilhões, a preços de fábrica/atacado (sem o markup do<br />

varejo).<br />

Mais uma vez, demonstrando uma reação surpreendente<br />

ao relembrarmos o desempenho do setor no<br />

terceiro trimestre do ano, devido às restrições físicas e<br />

econômicas relacionadas à pandemia de Covid-19.<br />

Do total de peças produzidas, 3,9% são destinadas à<br />

exportação. Embora o Brasil seja o sexto maior produtor<br />

mundial no setor, o país ocupa, no entanto, a 27ª posição<br />

no ranking dos maiores exportadores globais na área,<br />

com participação de 0,5% no comércio internacional. Panorama<br />

que é considerado abaixo do seu real potencial,<br />

com campo considerável para o crescimento da participação<br />

dos móveis e colchões brasileiros no mercado global.<br />

Questão explorada com afinco no conteúdo do estudo,<br />

inclusive pontuando-se caminhos e possibilidades<br />

para o incremento da competitividade internacional de<br />

nossa indústria e design.<br />

AS ANÁLISES E OS<br />

COMENTÁRIOS INSERIDOS<br />

CONFEREM AO MATERIAL PROPRIEDADES<br />

NECESSÁRIAS DE UMA FERRAMENTA DE<br />

APOIO À GESTÃO E AO PLANEJAMENTO<br />

DAS EMPRESAS BRASILEIRAS DO SETOR<br />

MOVELEIRO<br />

56 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>


MARCENARIA<br />

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FÃS DA MARCENARIA BUSCAM LAZER E UMA NOVA FONTE DE<br />

RENDA DURANTE EVENTO EM CAMPINAS<br />

Fotos: divulgação<br />

58 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

DEZEMBRO <strong>2021</strong> 59


MARCENARIA<br />

QUALIDADE<br />

E EFICIÊNCIA<br />

O<br />

s apaixonados por marcenaria puderam<br />

aprenderem como aliar essa paixão<br />

com a oportunidade de ganhar uma<br />

renda extra. Idealizado pela empresa<br />

Rumo 4, o festival de marcenaria realizado<br />

no mês de novembro, em Campinas (SP), possibilitou<br />

o encontro com 25 profissionais renomados e<br />

youtubers, de todo o Brasil, que trabalham na área.<br />

Foram realizadas apresentações, debates, painéis<br />

sobre técnicas de marcenaria e negócios. Os<br />

participantes ainda puderam aprender qual o tipo<br />

de máquina ideal para cada trabalho, como fazer um<br />

acabamento perfeito, o tipo de design que mais faz<br />

sucesso com o público e até lições para o sucesso<br />

do negócio.<br />

Rodrigo Pioto, fundador do Rumo 4 e parte do<br />

corpo de professores do curso, diz que muitos querem<br />

aprender marcenaria somente pelo lazer. “A<br />

marcenaria acaba sendo terapêutica, ajuda a elevar<br />

a autoestima, ajuda a aliviar o stress e a ansiedade”,<br />

explica.<br />

60 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

UMA SERRA TICO-TICO,<br />

UMA FURADEIRA SIMPLES<br />

E ALGUMAS FOLHAS DE LIXAS JÁ<br />

POSSIBILITAM A CRIAÇÃO DE<br />

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Secador de lâminas<br />

Entre os temas de maior destaque, se destacaram<br />

as técnicas mais usadas em madeira e resina,<br />

uma tendência do momento; como vender pelo instagram<br />

e o futuro da marcenaria MDF.<br />

“É um evento bem completo mesmo. Pensamos<br />

nos pontos mais importantes para uma pessoa começar<br />

um negócio com madeira. É a melhor oportunidade<br />

de <strong>2021</strong> para quem quer aprender rápido<br />

e transformar uma habilidade em renda imediata”,<br />

explica Rodrigo.<br />

O organizador do evento ainda conta que muitas<br />

pessoas têm a falsa ideia de que para começar na<br />

marcenaria, é necessário um arsenal de máquinas. “É<br />

fato que quanto mais máquinas temos, mais possibilidades<br />

existem, mas é possível começar com pouco”,<br />

garante Rodrigo.<br />

Nos dois dias do evento, os participantes encontraram<br />

profissionais e influenciadores do ramo de<br />

marcenaria que compartilharam o que fizeram para<br />

terem sucesso nesse segmento, sendo que o festival<br />

ainda teve a presença de grandes fabricantes de máquinas,<br />

ferramentas e insumos.<br />

“Uma serra tico-tico, uma furadeira simples e<br />

algumas folhas de lixas já possibilitam a criação de<br />

produtos de marcenaria criativa altamente vendáveis<br />

e lucrativos, como, por exemplo, tábuas de churrasco,<br />

abridores e suportes para vinhos. Mas o que é<br />

preciso? Encontrar o caminho das pedras! Aprender,<br />

fazer e vender é uma das propostas do festival de<br />

marcenaria”, finaliza o organizador do evento.<br />

PENSAMOS NOS<br />

PONTOS MAIS<br />

IMPORTANTES PARA UMA<br />

PESSOA COMEÇAR UM<br />

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62 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

DEZ EMPRESAS RECEBERAM<br />

O PRÊMIO REFERÊNCIA PELO<br />

TRABALHO DESENVOLVIDO DENTRO<br />

DO SETOR MADEIREIRO EM <strong>2021</strong><br />

Fotos: Emanoel Caldeira<br />

O<br />

ano de <strong>2021</strong> foi repleto de grandes<br />

oportunidades para a indústria da<br />

madeira no país. O setor demonstrou<br />

sua força e transformou cada momento<br />

em um passo para construção de um<br />

2022 ainda mais promissor. Diante do cenário, a<br />

JOTA EDITORA, responsável pela publicação das<br />

Revistas REFERÊNCIA FLORESTAL, REFERÊNCIA<br />

INDUSTRIAL, REFERÊNCIA PRODUTOS DE<br />

MADEIRA, REFERÊNCIA BIOMAIS e REFERÊNCIA<br />

CELULOSE & PAPEL, realizou o Prêmio REFERÊNCIA,<br />

a fim de enaltecer não apenas as premiadas, mas<br />

também celebrar as conquistas da indústriade base<br />

florestal durante <strong>2021</strong>.<br />

Neste ano a noite de premiação foi dividida em dois<br />

momentos diferentes, na primeira parte do evento foi<br />

realizado o painel: Panorama da Madeira; apresentado<br />

por Fábio Machado, diretor comercial da Revista<br />

REFERÊNCIA. O bate-papo contou com a participação<br />

de Eduardo Leão, Presidente da AIMEX (Associação<br />

das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do<br />

Pará), apresentando o tema: O cenário da exportação<br />

de produtos florestais amazônicos; Rafael José Mason,<br />

Presidente do CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras<br />

e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato<br />

Grosso) apresentou o tema: A sustentabilidade do<br />

manejo florestal no Estado do Mato Grosso; e Álvaro<br />

Luiz Scheffer Junior, presidente da APRE (Associação<br />

Paranaense de Empresas de Base Florestal) tratou sobre<br />

a Participação do setor florestal na nova economia.<br />

Após a realização do painel, a jornalista e<br />

apresentadora Mira Graçano, foi responsável pela<br />

condução da cerimônia de premiação das dez<br />

empresas ganhadoras. Neste ano as empresas<br />

premiadas foram: Aplysia Soluções Ambientais, Brasil<br />

Tropical Pisos/BTP Floors, Dalcomad, Francio Soluções<br />

Florestais, Madeplant Florestal Ltda., Madfreitas, MM<br />

Wood Brazil Exportação de Madeira, Terra Sol Madeiras<br />

Ecológicas, Todesmade – Indústria de Madeiras e<br />

Artefatos Ltda e Uniflora Com. de Madeiras.<br />

Devido as restrições causadas pela pandemia, o<br />

evento foi realizado de maneira híbrida, sendo a parte<br />

presencial no Restaurante Porta Romana Trattoria,<br />

em Curitiba (PR), com a presença dos vencedores,<br />

patrocinadores e transmissão online através do canal<br />

no youtube da Revista REFERÊNCIA, que atingiu<br />

números expressivos: picos de audiência simultânea<br />

de quase 5 mil pessoas, totalizando mais de 42 mil<br />

pessoas que passaram pela transmissão na noite<br />

do evento. A cerimônia está disponível para ser<br />

assistida e compartilhada através do link: https://bit.ly/<br />

PremioReferencia<strong>2021</strong>.<br />

CONFIRA OS GANHADORES DO PRÊMIO REFERÊNCIA <strong>2021</strong><br />

APLYSIA SOLUÇÕES AMBIENTAIS<br />

A Aplysia Soluções Ambientais, empresa que desde 1997<br />

desenvolve soluções completas para a indústria, recebeu destaque<br />

pelo Projeto ReNaturalize, que tem como objetivo a recuperação<br />

e restauração de ambiental de rios e nascentes. Os resultados<br />

do ReNaturalize o fizeram o único projeto brasileiro premiado no<br />

BRICS Solutions for SDGs Awards <strong>2021</strong>. O trabalho da empresa<br />

tem grande importância para o setor de celulose e papel, que<br />

utiliza a água como elemento essencial em seu processo produtivo<br />

e necessita das melhores soluções para o tratamento da água,<br />

visando garantir impactos ambientais positivos.<br />

Kátia Regina Chagas, pesquisadora da Aplysia, destacou a<br />

importância do projeto vencedor e o quanto a empresa se orgulha<br />

por essa conquista. “Levamos soluções ambientais para o setor de<br />

celulose e papel há mais de duas décadas e sermos reconhecidos<br />

por isso nos faz acreditar que estamos no caminho certo”, afirmou<br />

Kátia (à dir.), que recebeu a placa das mãos de Marcele Coelho, da<br />

REFERÊNCIA.<br />

64 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

DEZEMBRO <strong>2021</strong> 65


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

BRASIL TROPICAL PISOS/BTP FLOORS<br />

As preocupações ambientais fazem parte do trabalho da Brasil<br />

Tropical Pisos desde o início de suas atividades em 1994. Um dos<br />

objetivos da empresa sempre foi ser uma ponte entre a floresta e o<br />

mercado, trabalhando com madeiras nobres, retiradas de manejos<br />

sustentáveis e certificação de procedência. A empresa leva pisos de<br />

madeira, decks, revestimentos internos e madeira bruta para mais de<br />

35 países, valorizando a qualidade da madeira brasileira ao redor do<br />

mundo. A excelência no trabalho e preocupações ambientais fizeram a<br />

BTP um dos destaques no segmento em <strong>2021</strong>.<br />

“Fico muito feliz de estar nesse lugar com pessoas tão importantes.<br />

Estou emocionado e satisfeito por depois de tantos anos de trabalho<br />

junto a minha família conseguirmos conquistar esse prêmio”, destacou<br />

Leandro Bianchini Serafin, CEO da Brasil Tropical Pisos. Quem fez a<br />

entrega da placa foi Rafael Mason (à dir.), do CIPEM.<br />

MADEPLANT FLORESTAL LTDA<br />

O trabalho da Madeplant Florestal Ltda começou há 15 anos,<br />

no Mato Grosso do Sul, onde a empresa tem sua sede. Oferecendo<br />

serviços de plantio e manutenção de florestas de eucalipto, colheita<br />

mecanizada, produção de biomassa, coleta e transporte de cavacos<br />

e consultoria para elaboração de projetos, a empresa executa o ciclo<br />

completo, que vai do plantio ao processamento da madeira. Em<br />

<strong>2021</strong> a Madeplant Florestal Ltda realizou grandes investimentos em<br />

maquinários e equipamentos para a produção de biomassa, atingindo<br />

produção média de 110 mil t/h (toneladas por hora).<br />

Renan Simões, diretor executivo da Madeplant Florestal Ltda,<br />

tratou a conquista do prêmio como um sonho realizado. “Na<br />

Madeplant sempre dissemos que quem não sonha não realiza, quem<br />

não ousa não conhece seus limites. Nosso sonho acontece e se torna<br />

palpável no momento em que recebemos nosso primeiro prêmio em<br />

nível nacional”, frisou. Renan (à dir.) recebeu a placa de Diego Ricardo<br />

Vieira, da DRV Ferramentas.<br />

DALCOMAD<br />

A Dalcomad, empresa fundada em 1994 e que desde 2009 atua no<br />

setor de portas, mostrou que com muito trabalho e dedicação novas<br />

soluções podem ser oferecidas ao mercado de portas. Neste ano a<br />

Dalcomad conquistou o Prêmio REFERÊNCIA com o lançamento do<br />

Kit Due, novo modelo de kit porta que tem como grande diferencial<br />

selecionar a abertura da porta, para a direita ou para a esquerda, no<br />

momento da instalação. A empresa apresenta esse modelo como uma<br />

maneira de facilitar o trabalho do varejista e do consumidor final, uma vez<br />

que otimiza o estoque e tem montagem simples.<br />

Rogério Dalgallo, sócio e diretor da Dalcomad, valorizou a equipe de<br />

funcionários da empresa por conseguir fazer do Kit Due uma realidade.<br />

“Dedico esse prêmio aos colaboradores da Dalcomad. Nos últimos 4 anos<br />

eles acreditaram em uma ideia diferente, que nossos clientes pediam<br />

e conseguimos desenvolver o kit porta pronto”, salientou Rogério, que<br />

recebeu das mãos do presidente da ABIMCI, Juliano Vieira de Araujo (à<br />

esq.), a placa comemorativa.<br />

MADFREITAS<br />

A Madfreitas está no setor madeireiro desde 2003 produzindo vigas,<br />

caibros, pranchas para cobertura, decks, assoalhos, batentes e tábuas.<br />

A empresa sediada em Nova Maringá (MT), trabalha exclusivamente<br />

com madeiras procedentes de manejos sustentáveis e reservas legais<br />

para atender clientes no sudeste e centro-oeste do país. A empresa<br />

recebeu grande destaque pelo empenho na realização de treinamentos,<br />

investimento em equipamentos e pelas boas práticas pregadas e<br />

garantidas no trabalho, colocando sempre a floresta em primeiro lugar.<br />

Claudinei Melo Freitas (à dir.), reforçou o empenho ambiental da<br />

empresa em todas as atividades. “Para nós a madeira é subproduto, o<br />

produto principal é a manutenção da floresta em pé. Somos guardiões<br />

da floresta e estamos inseridos na bioeconomia, aproveitando tudo que<br />

a madeira pode oferecer”, reforçou Claudinei, que recebeu o prêmio das<br />

mãos de Valdinei Bento dos Santos, do CIPEM.<br />

FRANCIO SOLUÇÕES FLORESTAIS<br />

A Francio Soluções Florestais oferece serviços de consultoria e<br />

treinamentos na área de silvicultura e agrosilvicultura. O crescimento<br />

da empresa é continuo e seu trabalho contribui diretamente para que<br />

a produção de floresta plantada alcance os melhores resultados na<br />

colheita. A Francio Soluções Florestais trabalha baseada em dados e<br />

ciência para levar aos seus clientes planos estratégicos e mensuráveis. O<br />

Prêmio REFERÊNCIA <strong>2021</strong> conquistado pela empresa destaca o trabalho<br />

dedicado a fazer o setor florestal mais forte, trazendo as melhores<br />

soluções técnicas para atingir os melhores resultados de produtividade.<br />

Pedro Francio Filho, proprietário da Francio Soluções Florestais,<br />

realçou a história da empresa e a importância dos clientes para a<br />

conquista do prêmio. “Essa conquista é fruto de um sonho iniciado há<br />

mais de 15 anos, de uma jornada muito longa focada em produtividade.<br />

Esse prêmio não é nosso, é dos nossos clientes”, apontou Pedro. Fabiana<br />

Tokarski, da REFERÊNCIA foi a responsável por fazer a entrega da placa.<br />

MM WOOD BRAZIL EXPORTAÇÃO DE MADEIRA<br />

A madeira serrada brasileira tem alta qualidade e está ganhando o<br />

mundo através das exportações. A MM Wood Brazil trabalha há mais de<br />

10 anos no setor madeireiro e há dois passou a operar exclusivamente<br />

com a negociação de madeira para o exterior. O trabalho ávido e com<br />

planos de rápido crescimento fizeram a empresa conquistar clientes<br />

na Ásia, Europa e México. Para 2022 já existem planos de levar a<br />

madeira serrada para os EUA (Estados Unidos da América). O Prêmio<br />

REFERÊNCIA <strong>2021</strong> é o reconhecimento pelo trabalho e pela ambição de<br />

toda equipe da MM Wood Brazil.<br />

Felipe Macedo (à esq.), sócio e diretor da MM Wood Brazil, destacou<br />

o rápido crescimento da empresa. “Começamos nossas atividades de<br />

exportação em meio a pandemia e hoje estamos sendo reconhecidos<br />

em meio a empresas já consagradas no mercado. Agradeço<br />

especialmente ao meu pai, minha esposa e meu sócio, que tanto tem<br />

feito para nossa empresa crescer”, celebrou Felipe, que recebeu a placa<br />

do prêmio das mãos de Pedro Bartoski Jr., da REFERÊNCIA.<br />

66 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong> DEZEMBRO <strong>2021</strong> 67


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

TERRA SOL MADEIRAS ECOLÓGICAS<br />

A Terra Sol Madeiras Ecológicas atua há quase 20 anos e é<br />

especializada em madeiras ecológicas para construção civil, atua<br />

na fabricação de painéis colados e construção modular. A empresa<br />

conquistou o Prêmio REFERÊNCIA <strong>2021</strong> pelo lançamento do Mod<br />

House, método de construção ágil, seco, eficiente e baseado em<br />

sistemas modulares, que otimizam a produção e construção das casas.<br />

A arquitetura contemporânea do Mod House combina os fatores<br />

já citados a um excelente sistema de isolamento termo-acústico e<br />

estrutura interna que só a madeira pode oferecer.<br />

“Com o Mod House nós conseguimos ajudar a desmistificar<br />

a história de que casa de madeira não é legal. É uma forma de<br />

construção limpa, com melhor controle financeiro e construções<br />

financeiramente viáveis e muito duráveis ”, enfatiza Thiago Streck<br />

Peres (à dir.), sócio e diretor técnico comercial, sobre o Mod House.<br />

Quem fez a entrega da placa foi Everson Stelle, da Montana Química.<br />

CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA <strong>2021</strong><br />

Claudinei Melo Freitas e<br />

Maria Marta Freitas<br />

Paulo Souza Dantas Filho, Tyago Mello Correa<br />

e Renan Gonçalves De Moraes Simões<br />

Everson Stelle e Fábio Machado<br />

TODESMADE – INDÚSTRIA DE MADEIRAS E ARTEFATOS LTDA<br />

A Todesmade do Grupo Todeschini, se destacou em <strong>2021</strong> por<br />

grandes investimentos e inovação, fatores que o Prêmio REFERÊNCIA<br />

valoriza e foram levados em conta para essa conquista. No início deste<br />

ano foi inaugurado um parque fabril destinado ao processamento<br />

dos mais de 10 mil ha (hectares) de pinus plantados pela empresa no<br />

Rio Grande do Sul. Batizado de Projeto Sinergia, complexo industrial<br />

também recebeu uma planta para a produção de pellets, assim toda a<br />

madeira que entra na fábrica, seja como produto final ou biomassa é<br />

aproveitada.<br />

Sidiano Valduga, gerente industrial da Todesmade, deu grande<br />

destaque para a experiência positiva da entrada no setor madeireiro.<br />

“Somos muito fortes no setor moveleiro e aprendemos nesse ano que<br />

o setor madeireiro não é um ramo de negócios e sim uma família, que<br />

nos orgulhamos de fazer parte”, afirmou. Ao lado, Sidiano recebeu de<br />

Paulo Pupo, da ABIMCI, a placa do prêmio.<br />

Frederico Rossi<br />

Vanessa Leising Serafin, Leandro Bianchini<br />

Serafin, Janaina Thiel e Everton dos Santos<br />

Thiago Streck Peres e<br />

Marcos Jachimek Flores<br />

Eduardo Leão<br />

Rogério Dalgallo, Andreia Debastiani<br />

Dalgallo, Natalia Dalgallo e Vitoria Dalgallo<br />

Sidiano Valduga e Célio Sarmento<br />

UNIFLORA COM. DE MADEIRAS<br />

A Uniflora, localizada em Curitibanos (SC), realizou grandes<br />

investimentos para suprir as demandas cada vez mais elevadas<br />

de seus clientes. A empresa fundada em 2011 é especializada na<br />

comercialização de madeira serrada para fabricação de pallets<br />

de pinus. A Uniflora fez de <strong>2021</strong> um ano de muito crescimento no<br />

processamento de madeira, para garantir maior eficiência, velocidade<br />

na entrega e produtos com alto padrão já reconhecido e valorizado<br />

por seus clientes.<br />

Diogo Scariot (à esq.), sócio administrador da Uniflora, destacou<br />

os investimentos feitos e os planos para o futuro da empresa. “Hoje<br />

já são três fábricas instaladas e a quarta planta está em construção.<br />

Temos em vista um futuro muito bom e próspero através da madeira”,<br />

ressaltou Diogo. Gerson Penkal foi o responsável por fazer a entrega<br />

da placa do prêmio.<br />

Rafael Mason<br />

Álvaro Luiz Scheffer Junior e<br />

Fábio Machado<br />

Wilma do Rocio Colaço e<br />

Valdinei Bento dos Santos<br />

Ailson Loper<br />

Giulianna Coutinho Mariani<br />

e Kátia Regina Chagas<br />

Juliano Vieira de Araújo<br />

68 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong> DEZEMBRO <strong>2021</strong> 69


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

Diego Ricardo Vieira, Diego Ricardo Vieira<br />

Filho, Liliane Cordeiro e Michele Cordeiro<br />

Simone de Almeida Francio,<br />

Pedro Francio Filho e Diego Wantowsky<br />

Paulo Pupo<br />

Ronaldo Macedo e Carlos Queiroz<br />

Felipe Macedo e Daniela Bueno<br />

Gerson Penkal<br />

O QUE HÁ DE MELHOR<br />

EM FABRICAÇÃO DE<br />

PEÇAS PARA O<br />

SETOR INDUSTRIAL<br />

Marcele Coelho e Fabiana Tokarski<br />

Francisleine Machado, Fábio Machado<br />

e Fernanda Machado<br />

Guilherme Maurer, Paloma Silva,<br />

Cainan Araújo e Crislaine Briatori<br />

Fábio Machado, Francisleine Machado, Camile<br />

Bartoski, Mira Graçano, Pedro Bartoski Neto, Carla<br />

Schittler, Pedro Bartoski Jr. e Fernanda Machado<br />

Diogo Popinhak Scariot, Larissa Souza<br />

Francisco e Domingos Scariot Junior<br />

Pedro Bartoski Neto, Carla Schittler,<br />

Pedro Bartoski Jr. e Camile Bartoski<br />

Claudinei Melo Freitas, Valdinei Bento dos Santos,<br />

Rafael Mason, Leandro Bianchini Serafin<br />

e Frederico Rossi<br />

Michele Cordeiro, Claudinei Melo Freitas,<br />

Maria Marta Freitas e Liliane da Silva Cordeiro<br />

Renan Gonçalves de Moraes Simões, Tyago Mello<br />

Correa, Fábio Machado, Diego Ricardo Vieira, Diego<br />

Ricardo Vieira Filho e Paulo Souza Dantas Filho<br />

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INDÚSTRIA<br />

PRODUTIVIDADE<br />

EM PAINÉIS DE MADEIRA<br />

EMPRESA TEM ATUAÇÃO<br />

NA FABRICAÇÃO<br />

DE MÁQUINAS DE<br />

ALTA FREQUÊNCIA E<br />

CONQUISTA MERCADO<br />

COM ACELERAÇÃO<br />

DO PROCESSO DE<br />

SECAGEM<br />

Fotos: Emanoel Caldeira<br />

tanto na parte elétrica, quanto na parte mecânica. “Isso<br />

é muito importante, possuímos certificação na fabricação<br />

da máquina, NR10 e NR12.”<br />

A grande diferença dos equipamentos está na inovação<br />

do gerador, elaborado pelo fundador da empresa.<br />

Foram anos de pesquisas e compromisso na missão de<br />

entregar o melhor resultado.<br />

Para aumentar a produtividade, foi desenvolvido um<br />

conjunto de componentes para acelerar o processo,<br />

levando em conta que é preciso modificar vários ítens<br />

para se obter o resultado esperado, não apenas a válvula,<br />

comenta Sérgio.<br />

O projeto de Sérgio triplicou a produtividade, comparado<br />

aos equipamentos de início. Esse é o exemplo<br />

de que a empresa faz jus a sua visão de ser referência<br />

não só no segmento de máquinas de alta frequência,<br />

mas em projetos especiais. A empresa se encontra em<br />

uma fase de ampliação e tem grandes planos para o futuro.<br />

“Queremos ter nosso equipamento comercializado<br />

internacionalmente e estamos trabalhando para isso,<br />

além disso, vamos investir no desenvolvimento de automação”,<br />

prospecta Tatiane.<br />

Aempresa atua desde 2001 na fabricação<br />

de máquinas e assistência técnica com<br />

peças de reposição para coladeiras de<br />

alta frequência (Moveleiro e Madeireiro),<br />

equipamentos de aquecimento indutivo<br />

(Metalúrgicas) e máquinas especiais para solda (PVC,<br />

Têxtil e Couros). “As coladeiras podem ser fornecidas<br />

nas potências: 30,41, 64 e até 120 KW, sendo o nosso<br />

carro chefe a coladeira voltada para o setor moveleiro,<br />

madeireiro”, explica Tatiane.<br />

As coladeiras de alta frequência da MSP <strong>Industrial</strong><br />

tornaram-se referência no setor de colagem de painéis,<br />

blocos e diversos itens, pelo processo de aceleração<br />

através de ondas de rádio frequência, gerando maior<br />

produtividade, rapidez com maior segurança através do<br />

equipamento eletrônico (PLC interface) inversores, entre<br />

outros.<br />

Na parte geradora utilizamos equipamentos de última<br />

geração como o soft starts, gerando grande economia<br />

em comparação com as máquinas antigas (redução<br />

no consumo de energia de até 70%).<br />

A empresa foi tomando uma configuração de excelência<br />

com o tempo. O fundador da empresa, Sérgio<br />

Luis Funka, tem um grande know how de conhecimento<br />

que foi acumulado pela experiência da atuação em si e<br />

pelo gosto que tinha pelo setor.<br />

Tânia Funka, gerente financeira da empresa conta<br />

que “a empresa nasceu da carência do mercado de se<br />

ter coladeiras de alta frequência e também da manutenção<br />

delas.”<br />

A maior parte dos clientes da MSP está localizada<br />

na região norte de Santa Catarina, mas a empresa está<br />

expandindo a cada ano, novos clientes em todo Brasil e<br />

também atendendo países na América do Sul.<br />

Os clientes, segundo Tânia, são fiéis desde a fundação<br />

ou desde quando adquirem o produto e serviço<br />

por conta da tecnologia que a empresa oferece no<br />

segmento. A empresa conta com o feedback positivo<br />

dos clientes, os equipamentos Coladeira de AF MSP são<br />

fabricados e enquadrados 100% nas normas legislativas,<br />

A GRANDE<br />

DIFERENÇA DOS<br />

EQUIPAMENTOS ESTÁ NA<br />

INOVAÇÃO DO GERADOR,<br />

ELABORADO PELO FUNDADOR<br />

DA EMPRESA. FORAM ANOS<br />

DE PESQUISAS E<br />

COMPROMISSO NA MISSÃO<br />

DE ENTREGAR O MELHOR<br />

RESULTADO<br />

72 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

DEZEMBRO <strong>2021</strong> 73


ARTIGO<br />

PROPOSTA DE MENSURAÇÃO<br />

DOS GANHOS<br />

COM A MANUTENÇÃO DE SISTEMA DE<br />

GESTÃO INTEGRADO<br />

(QUALIDADE, MEIO AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO)<br />

Foto: divulgação<br />

MARINO JOSÉ DE OLIVEIRA<br />

MARCONI LACERDA PIRES<br />

PROPOSTA DE MENSURAÇÃO DOS GANHOS COM A<br />

MANUTENÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO<br />

(QUALIDADE, MEIO AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA<br />

DO TRABALHO). REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR<br />

NÚCLEO DO CONHECIMENTO. ANO 06, ED. 06, VOL. 13,<br />

PP. 59-78. JUNHO DE <strong>2021</strong>.<br />

Abusca por propor uma sistemática que permita<br />

mensurar os ganhos relacionados à<br />

certificação e manutenção de um Sistema de<br />

Gestão Integrado baseado nas normas ISO<br />

9001, ISO 14001 e ISO 45001 se configurou<br />

como o problema desta pesquisa. Foi necessário o estudo<br />

a respeito do conceito de qualidade com uma visão mais<br />

abrangente como alicerce para o entendimento dos sistemas<br />

de gestão de maneira específica e integrada. A pesquisa<br />

se desenvolve em grande empresa do setor siderúrgico<br />

com sistema de gestão integrado certificado. Para coleta de<br />

dados foi realizada pesquisa de campo atrelada à aplicação<br />

de questionário online, focada nas pessoas dessa organização<br />

que de alguma maneira interagem com o sistema e<br />

podem afetar ou são afetados pela sua eficiência e eficácia.<br />

A pesquisa apresenta como resultado macro, uma cesta de<br />

indicadores, mensuráveis financeiramente que permitirão à<br />

organização gerenciar e tomar ações baseadas em ganhos<br />

reais e/ou perdas evitadas além de, mensurar a efetividade<br />

do seu Sistema de Gestão Integrado por meio de uma relação<br />

direta entre as performances de cada sistema de gestão<br />

individualmente.<br />

Palavras-chave: Sistemas de Gestão, Análise Crítica da<br />

Direção, Indicadores de Gestão, Ganhos, Retorno Sobre Investimento.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

A atuação prática no dia a dia de uma empresa de grande<br />

porte com um sistema de gestão integrado maduro baseado<br />

nas certificações das normas do Sistemas de Gestão<br />

da Qualidade International Standardization Organization<br />

ISO (Organização Internacional de Padronização) 9001, IATF<br />

(International Automotive Task Force) – Força Tarefa Automotiva<br />

Internacional 16949, American Petroleum Institute<br />

(API Q1) – Instituto Americano de Petróleo, Sistema de Gestão<br />

Ambiental (ISO 14001) e Sistema de Gestão de Saúde e<br />

Segurança Ocupacional (Occupacional Health and Safety Assessment<br />

Series (OHSAS) – Séries de Avaliações em Saúde e<br />

Segurança 18001 e recentemente ISO 45001), é um desafio<br />

constante. Atrelada à busca de sistemáticas objetivas para<br />

responder aos não raros questionamentos sobre o real valor<br />

agregado para a organização mantenedora de toda essa<br />

estrutura para o funcionamento da gestão integrada, em<br />

cenário de constante pressão para redução de custos, são as<br />

molas propulsoras para a realização desta pesquisa.<br />

O principal enfoque da ISO 9001:2015 é melhorar a satisfação<br />

do cliente. O cliente é a principal parte interessada a<br />

ser atendida com a adoção, implementação e manutenção<br />

dos requisitos desta norma, que se baseia no modelo plan-<br />

-do-check-act (PDCA) – Planejar, Executar, Checar, Agir, e se<br />

caracteriza como a espinha dorsal das normas de sistema de<br />

gestão ambiental e de saúde e segurança citadas nesta pesquisa.<br />

As exigências do consumidor constituem as informações<br />

de introdução para o método de execução do produto,<br />

sendo a retirada uma mercadoria ou trabalho que atinge<br />

a satisfação do consumidor. A organização precisa medir<br />

a satisfação do comprador e utiliza esse dado para indicar<br />

a necessidade de aperfeiçoar o processo. As normas IATF<br />

74 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

DEZEMBRO <strong>2021</strong> 75<br />

RESUMO<br />

16949 e API Q1 são normas de sistema de gestão da qualidade<br />

onde foram adicionados a todos os requisitos da ISO<br />

9001, outros requisitos específicos das grandes empresas<br />

montadoras de veículos automotivos (no caso da IATF 16949)<br />

e das empresas petrolíferas mundialmente conhecidas (no<br />

caso da API Q1).<br />

A ISO 14001 igualmente se fundamenta no ciclo PDCA.<br />

A visão da organização é definida em sua administração<br />

ambiental, e o Sistema de Gestão Ambiental é então preparado<br />

para ajudar de suporte à política. A organização precisa<br />

evoluir procedimentos para reconhecer os modos como<br />

ela afeta a natureza, reconhecer condições legais e outros<br />

requisitos apropriados, e determinar metas e objetivos para<br />

melhorar constantemente o sistema de gestão e impedir a<br />

poluição. Neste cenário, se apresenta como principal parte<br />

interessada com a implementação desta norma, as comunidades<br />

dos entornos das organizações certificadas. A organização<br />

usa os dados de organização para evoluir operações<br />

que administram o efeito ambiental de suas ações, produtos<br />

e trabalhos. A seguir, é realizada a análise crítica da atuação<br />

do Sistema de Gestão Ambiental para determinar a necessidade<br />

de alterações no sistema, a fim de garantir que ele dê<br />

suporte à política ambiental da organização.<br />

A ISO 45001 foi desenvolvida por organismos certificadores<br />

e outras organizações da área de normalização, com a finalidade<br />

de responder à demanda do mercado com relação<br />

à gestão de questões de Saúde e Segurança do Trabalho.<br />

De acordo com a ABNT (Associação Brasileira de Normas<br />

Técnicas). “A nova ordem de Saúde e Segurança Ocupacional<br />

fundamenta-se nos componentes comuns achados em<br />

todas as regras de conjuntos de administração da ISO e usa<br />

um modelo comum de PDCA, que proporciona uma estrutura<br />

para que as instituições planifiquem o que tem necessidade<br />

de implementar para diminuir o risco de destruições. As<br />

medidas precisam abordar preocupações que são capazes<br />

de levar a adversidades de saúde a longo período e afastamento<br />

no trabalho, bem como aqueles que dão início a<br />

acidentes. Tem como parte interessada diretamente afetada<br />

pela certificação desta norma os trabalhadores das organizações<br />

certificadas.<br />

O mote central desta pesquisa foi buscar os meios adotados<br />

para apresentar a efetividade da manutenção das<br />

certificações destes sistemas de gestão de maneira integrada<br />

e propor uma sistemática para mensurar este nível de<br />

efetividade (financeiramente) de forma a permitir para a alta<br />

direção de uma grande empresa do ramo siderúrgico, com<br />

sistema de gestão integrado implementado, a visualização<br />

de meios para mensuração dos ganhos obtidos e retorno<br />

com o investimento para essa estrutura de sistema de gestão<br />

integrado.<br />

2. REVISÃO DE LITERATURA<br />

2.1 A GESTÃO DA QUALIDADE<br />

O conceito de Qualidade foi construído ao longo dos<br />

períodos históricos à medida em que a relação cliente/fornecedor<br />

foi se intensificando em termos do aumento do nível<br />

de exigência do cliente e da adoção de requisitos diferenciadores<br />

nos produtos providos por fornecedores buscando<br />

aumentar o ganho no mercado de atuação.


ARTIGO<br />

Com base na visão dos pensadores da qualidade e o<br />

alinhamento no conceito de qualidade atribuído por cada<br />

um deles, para um justo pareamento com os objetivos desta<br />

pesquisa será considerado também o conceito abrangente<br />

de Campos (1992), no seu entendimento sobre a Gestão<br />

da Qualidade Total, que considera a qualidade como algo<br />

mais do que somente a qualidade intrínseca do produto ou<br />

serviço. Neste sentido o autor traz uma abordagem considerando<br />

que a qualidade é um conjunto de atributos a<br />

serem atendidos aos quais classifica como QCAMS, sendo<br />

eles: Qualidade intrínseca do produto, Custo, Atendimento,<br />

Moral e Segurança. Nesta concepção, a qualidade somente<br />

é considerada quando se consegue perceber de maneira<br />

direta e indireta que a principal parte interessada, o cliente,<br />

explicita por meio de feedbacks a sua real satisfação com todos<br />

os atributos do QCAMS para um determinado produto<br />

ou serviço adquirido.<br />

Essa visão de “qualidade total” preconizada por Campos<br />

(1992) é enxergada como o pano de fundo da filosofia da<br />

TQM (Gestão da Qualidade Total) – Total Quality Management<br />

que consiste numa estratégia de administração orientada<br />

a criar consciência da qualidade e melhoria contínua<br />

em todos os processos organizacionais objetivando a sustentabilidade.<br />

Entender o conceito de qualidade com uma visão mais<br />

ampla que extrapola somente aqueles atributos intrínsecos<br />

ao produto ou serviço é que permitirá a abordagem de se<br />

ter um sistema de gestão (neste caso o sistema de gestão<br />

da qualidade) como um alicerce para a concepção dos sistemas<br />

de gestão definidos por outros temas de abrangência<br />

tais como: Meio ambiente, saúde, segurança ocupacional,<br />

responsabilidade social, gestão de riscos, compliance, segurança<br />

da informação, dentre outros. O tema abrangente sistema<br />

de gestão, ora conceituado e caracterizado de maneira<br />

individual, ora de maneira integrada é o objeto de estudo na<br />

próxima seção desta pesquisa.<br />

2.2 SISTEMAS DE GESTÃO<br />

No conceito de Chiavenato (2000) “o sistema é um conjunto<br />

de elementos interdependentes, cujo resultado final<br />

é maior do que a soma dos resultados que esses elementos<br />

teriam caso operassem de maneira isolada.” Ou seja, o<br />

sistema por si só não define qual o seu resultado esperado,<br />

mas nos permite afirmar com certeza que este resultado<br />

será melhor que o resultado individual de suas partes. Neste<br />

cenário a importância de que a gestão ou gerenciamento de<br />

determinada atividade, processo, departamento e da empresa<br />

seja sustentada por um ou vários sistemas interligados.<br />

Podemos ilustrar este raciocínio listando os vários sistemas<br />

necessários para um adequado funcionamento de uma organização:<br />

Sistema de gestão de pessoas, sistema de gestão<br />

da produção, sistema de gestão da manutenção, sistema de<br />

gestão comercial, etc.<br />

Localiza-se a explicação de sistema de administração<br />

descrita de várias formas por diferentes escritores, porém<br />

nota-se que a concepção embutida nessas definições é<br />

convergente: Sistema é um grupo de partes interagentes e<br />

interdependentes que, juntamente, forma um todo unitário<br />

com definido objetivo e exercem determinado encargo produzindo<br />

uma ou mais consequências.<br />

2.3 A ANÁLISE CRÍTICA PELA ALTA DIREÇÃO – VE-<br />

RIFICAÇÃO DA EFICÁCIA E EFICIÊNCIA DOS SISTEMAS<br />

DE GESTÃO<br />

A estrutura das normas de sistemas de gestão se faz por<br />

meio de requisitos que direcionam as práticas a serem adotadas<br />

pelas organizações que buscam a melhoria dos seus<br />

processos de gestão em termos de qualidade, meio ambiente,<br />

saúde, segurança, responsabilidade social e outros.<br />

A norma ISO/IEC Directives, Part I, 2019 apresenta como<br />

uma Estrutura de Alto Nível, a estrutura comum de normas<br />

de sistemas de gestão, também chamado de Anexo SL. Em<br />

tese esta estrutura apresenta a espinha dorsal das normas<br />

de sistemas de gestão em termos de requisitos comuns.<br />

Considerando como base o requisito 9.3 Análise Crítica pela<br />

Alta Direção das normas de sistema de administração temos<br />

de modo geral neste requisito, a solicitação de que a Alta<br />

Direção deve analisar criticamente o sistema de gestão da<br />

organização, a períodos planejados, para garantir sua constante<br />

pertinência, adaptação e eficácia. Essa pesquisa crítica<br />

tem de incluir a análise de possibilidades para melhoria e<br />

exigência de alterações no sistema de gestão, incluindo a<br />

sua política e os objetivos de cada sistema de gestão. Todo<br />

esse processo deve ser devidamente registrado.<br />

2.4 AGREGAÇÃO DE VALOR PARA AS ORGANIZA-<br />

ÇÕES (RESULTADOS) NA VISÃO DO MODELO DE EXCE-<br />

LÊNCIA DA GESTÃO – MEG<br />

Buscando avaliar no sentido mais da importância dos<br />

resultados da gestão das organizações consideradas como<br />

de classe mundial adota-se como referência a abordagem<br />

do MEG (Modelo de Excelência da Gestão), preconizado<br />

pela FNQ (Fundação Nacional da Qualidade). Esse modelo<br />

busca avaliar o nível de excelência das organizações através<br />

do grau de atendimento aos 8 fundamentos da gestão para<br />

a excelência: Pensamento sistêmico, Aprendizado organizacional<br />

e inovação, Liderança transformadora, Compromisso<br />

com as partes interessadas, Adaptabilidade, Desenvolvimento<br />

sustentável, Orientação por processos e Geração de<br />

valor. Anualmente, empresas se candidatam nesse processo<br />

de avaliação que permite à essas organizações receberem<br />

um diagnóstico de profissionais capacitados a respeito do<br />

seu modelo de gestão frente aos fundamentos da gestão<br />

citados anteriormente que se desdobram em 31 temas específicos<br />

de avaliação.<br />

2.5 A IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES DE GES-<br />

TÃO COMO DIRECIONADORES DA TOMADA DE DECI-<br />

SÃO NAS ORGANIZAÇÕES<br />

A gestão de processos e do negócio por meio de “Drivers”<br />

ou indicadores de monitoramento da performance<br />

ou da gestão é parte essencial para a tomada de decisão<br />

em todos os níveis das organizações (Estratégico, Tático<br />

e Operacional). Este conceito remete a mecanismos para<br />

identificar e mensurar este nível de atendimento em relação<br />

às metas estabelecidas para cada processo seja ele um processo<br />

de gestão (níveis Estratégico e Tático) ou um processo<br />

rotineiro (nível operacional). Neste sentido temos Nunes<br />

(2008) afirmando que “definir indicadores para medir os resultados<br />

passou a ser de extrema importância para o sucesso<br />

empresarial, entretanto, é importante saber determinar o<br />

que medir, quais os indicadores são mais relevantes e quais<br />

fundamentos serão usados nessa mensuração”.<br />

2.6 CUSTOS RELACIONADOS AOS SISTEMAS DE<br />

GESTÃO CERTIFICADOS<br />

A implementação dos requisitos dos sistemas de gestão<br />

apresentados no quadro 1, para um ou mais sistemas de<br />

gestão, comumente levam as organizações a tomada de<br />

decisão com relação à busca de uma avaliação externa reconhecida<br />

(acreditada) que pode resultar no que é definido<br />

como certificação do sistema de gestão ou certificação de<br />

terceira parte por uma Entidade ou Organismo Certificador<br />

(OC). Um dos aspectos a ser considerado na seleção de uma<br />

entidade certificadora são os custos envolvidos. A validade<br />

do certificado, a quantidade de auditorias na vigência do<br />

certificado e a quantidade de dias de auditoria são previamente<br />

estabelecidas nas normas de auditoria; contudo,<br />

existem variações nos processos de avaliação e custos/dia<br />

de auditores, ocasionando diferenças entre entidades na<br />

apresentação dos custos totais. (Ribeiro Neto; Tavares e Hoffmann,<br />

2017, p. 307). Portanto essa decisão deve ser estudada<br />

e planejada pelas empresas, pois implicará em custos<br />

linha completa<br />

de serrarias<br />

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inerentes para cada uma das etapas deste processo e decorrentes<br />

dos recursos, atividades e processos para a obtenção<br />

e manutenção destas certificações. Tomando como base<br />

uma análise dos “Fatores Críticos para a Implementação<br />

Bem-sucedida do Sistema Integrado de Gestão”, definidos<br />

por Oliveira e Stachelski (2011, p. 51 – 56) temos uma relação<br />

do fator crítico e itens específicos do seu detalhamento com<br />

potencial para a geração de uma sistemática de mensuração<br />

e monitoramento por meio de indicadores que poderão estar<br />

relacionados a custos, ganhos ou perdas evitadas.<br />

3. METODOLOGIA<br />

3.1 TIPO DE PESQUISA ADOTADA PARA COLETA DE<br />

DADOS<br />

Para condução desta pesquisa foi utilizada a pesquisa<br />

de campo pela necessidade de aprofundamento no tema<br />

definido sem uma necessidade tão grande de se ater aos<br />

resultados específicos e sua análise estatística. Outro ponto<br />

é de que o grupo é bem delimitado, ou seja, empresa e<br />

pessoas que fazem parte da empresa que já implementaram<br />

um sistema de gestão, seja este de maneira em separado ou<br />

integrada.<br />

3.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO EM ES-<br />

TUDO<br />

A presente pesquisa teve como organização de estudo<br />

uma grande empresa multinacional do segmento siderúrgi-<br />

A Máquinas Águia deseja a todos<br />

um feliz Natal e um próspero ano novo<br />

76 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

DEZEMBRO <strong>2021</strong> 77


ARTIGO<br />

co, fundada em 1952, sediada na cidade de Belo Horizonte<br />

(MG). A empresa conta com aproximadamente 3000 empregados<br />

em seu quadro próprio. É líder mundial na fabricação<br />

de soluções tubulares para os mercados petrolífero, industrial,<br />

automotivo e da construção civil. Como informação<br />

adicional alinhada aos objetivos desta pesquisa, se torna<br />

válida a informação de que a empresa possui o sistema de<br />

gestão integrado baseado nas normas de sistema de gestão<br />

da qualidade (ISO 9001, IATF 16949 e API:Q1), norma de<br />

sistema de gestão ambiental (ISO 14001), norma de sistema<br />

de gestão de saúde e segurança ocupacional (ISO 45001),<br />

norma de sistema de gestão de energia (ISO 5001) e norma<br />

de acreditação de laboratórios de ensaios e calibração (ISO<br />

17025). Respeitando a política de segurança da informação<br />

e imagem da empresa que não autoriza a utilização da sua<br />

identificação oficial, para fins desta pesquisa, a sua identificação<br />

será realizada utilizando o nome fictício de empresa Z.<br />

3.4 UNIVERSO E AMOSTRA<br />

A população é o conjunto de todos os elementos que,<br />

cada um deles, apresenta uma ou mais características comum.<br />

Comumente fala-se de população como referência<br />

ao total de habitantes de determinado lugar. Já a amostra é<br />

parte dessa população. Por meio da amostra se estabelecem<br />

ou se estimam as características do universo ou população.<br />

Para esta pesquisa será considerada como a população ou<br />

o universo, os empregados da empresa Z. Com base neste<br />

entendimento e no conceito de amostragem probabilística<br />

por conglomerado definido por Costa & Costa, 2017, “o<br />

pesquisador seleciona conglomerados, entendidos esses<br />

como escola, empresas, bairro, entre outros”, define por<br />

um critério de regionalização para definição da amostra. Ou<br />

seja, de todo o universo de empregados da empresa Z será<br />

tomado como a amostra a ser considerada os empregados<br />

que tem atuação direta ou indireta com o sistema integrado<br />

de gestão da empresa.<br />

3.5 FORMAS DE COLETA DE DADOS<br />

Os dados relacionados à forma de monitoramento e<br />

mensuração dos ganhos com a manutenção dos sistemas de<br />

gestão foram coletados por meio do envio de questionário<br />

online, gerado pela plataforma google drive, aos representantes<br />

da empresa Z que atuam diretamente em departamentos<br />

com alguma responsabilidade sobre os sistemas de<br />

gestão certificados da empresa. Baseado na estrutura da<br />

empresa Z e com o objetivo de se coletar informações que<br />

caracterizem como significativa a amostra, o questionário<br />

online foi enviado para representantes das seguintes áreas/<br />

gerências: Gerência do Sistema Integrado de Gestão, Gerência<br />

de Saúde e Segurança, Assessoria de Meio Ambiente.<br />

Na concepção da empresa Z, estes departamentos e suas<br />

funções junto aos demais processos da empresa, configuram<br />

a estrutura do SIG (Sistema Integrado de Gestão) da empresa.<br />

Basicamente estes setores são responsáveis pelo tripé<br />

de atividades que sustentam o SIG da empresa Z: Auditorias<br />

internas e externas, Treinamento nos requisitos das normas e<br />

Consultoria aos processos da empresa para a correta implementação<br />

dos requisitos das normas.<br />

78 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

3.5.1 ANÁLISE DOS DADOS<br />

Foi realizada uma análise essencialmente qualitativa<br />

dos dados coletados e obtidos após aplicação dos questionários.<br />

Os dados foram analisados por meio da geração<br />

automática de gráficos padronizados da plataforma google<br />

drive. Essas informações foram migradas para tratamento<br />

em planilhas e/ou relatórios específicos por montante de<br />

informações/respostas obtidas para cada uma das questões<br />

do questionário. Desta maneira foi possível se visualizar uma<br />

linha de tendência das respostas por questão. A análise desta<br />

tendência em termos de similaridade de métricas, indicadores,<br />

práticas de gestão adotadas, percepção de ganhos<br />

e perdas evitadas atrelado ao entendimento e tratamento<br />

dessas informações serviram de base para a elaboração da<br />

proposta de uma cesta de indicadores aplicáveis à população<br />

definida quando considerada a amostra pesquisada.<br />

CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Esta pesquisa científica teve como objetivo o aprofundamento<br />

em um tema particularmente bastante motivador.<br />

Motivador e desafiador no sentido de identificar, compreender<br />

e apresentar de uma maneira diferente e que agregue<br />

mais valor às organizações, um tema ao qual estou totalmente<br />

inserido no meu dia a dia. Enxergar por de trás dos<br />

certificados, dos gráficos, das tabelas, dos relatórios, o que<br />

realmente os acionistas querem ver foi a proposta embutida<br />

no desenvolvimento deste trabalho. Outro ponto motivador<br />

foi propor uma possível resposta a uma interrogação normalmente<br />

percebida nos momentos de apresentar os ganhos/<br />

benefícios de se manter as certificações do sistema integrado<br />

de gestão e de buscar novos recursos/investimentos<br />

neste tema. Somado a tudo isso, o pragmatismo do Modelo<br />

da Excelência da Gestão da Fundação Nacional da Qualidade<br />

demonstrando o quanto os resultados efetivos são<br />

importantes para as organizações alcançarem a excelência<br />

foi também incentivador para o estudo, a leitura, a pesquisa<br />

e a transformação dos pensamentos e aprendizados nas<br />

laudas desta pesquisa. O aprimoramento dos indicadores<br />

propostos nesta pesquisa científica converge para a real<br />

necessidade de, cada vez mais, se traduzir indicadores de<br />

gestão em informações financeiras reais. Estas informações<br />

devem garantir o direcionamento e alinhamento das estratégias<br />

e ações da organização com base nos resultados dos<br />

indicadores globais propostos IEFQ (Índice de Eficiência do<br />

Sistema de Gestão da Qualidade), IEFS (Índice de Eficiência<br />

do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional) e<br />

IEFA (Índice de Eficiência do Sistema de Gestão Ambiental).<br />

Já a análise macro da efetividade do Sistema Integrado<br />

de Gestão, certificado ou não, é mensurada com base na<br />

análise periódica (a cada seis meses ou anual) do comportamento<br />

do indicador IESIG (Índice de eficiência do Sistema<br />

Integrado de Gestão), que, conforme proposto, relativiza a<br />

eficiência de cada sistema de gestão por meio de uma visão<br />

única da performance do SIG.<br />

Para ler a versão integral do artigo, acesse https://<br />

www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/<br />

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AGENDA<br />

AGENDA<br />

2022<br />

MAIO<br />

3 A 7 DE 2022<br />

MAIO<br />

24 A 26 DE 2022<br />

AGOSTO<br />

2 A 4 DE 2022<br />

FEIMEC<br />

LOCAL: SÃO PAULO (SP)<br />

WWW.FEIMEC.COM.BR/PT/HOME.<br />

HTML<br />

SHOW FLORESTAL<br />

LOCAL: TRÊS LAGOAS (MS)<br />

WWW.SHOWFLORESTAL.COM.BR/<br />

MEC SHOW<br />

LOCAL: SERRA (ES)<br />

WWW.MECSHOW.COM.BR/<br />

FIMMA E MOVELSUL<br />

14/03/2022 A 17/03/2022<br />

LOCAL: BENTO GONÇALVES (RS)<br />

INFORMAÇÕES: HTTPS://FIMMA.COM.BR<br />

A FEIRA INTERNACIONAL DE FORNECEDORES DA CADEIA PRODUTIVA DE MADEIRA E MÓVEIS (FIMMA CONEXÕES<br />

E NEGÓCIOS) É UMA DAS MAIORES FEIRAS DO SEGMENTO NO MUNDO E TEM COMO OBJETIVO APOIAR O<br />

DESENVOLVIMENTO DO SETOR ATRAVÉS DA APRESENTAÇÃO DE TECNOLOGIAS, INSUMOS E EQUIPAMENTOS DE PONTA<br />

QUE SE TRANSFORMARÃO EM OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS. O EVENTO VEM SENDO REALIZADO DESDE 1993 COM<br />

UM TOTAL DE 14 EDIÇÕES ATÉ HOJE E, RECENTEMENTE, DECIDIU SE REINVENTAR CRIANDO UMA SÉRIE DE PLATAFORMAS<br />

E INICIATIVAS VOLTADAS À INOVAÇÃO E<br />

SOLUÇÕES, QUE TORNARAM A FIMMA UMA<br />

PRESENÇA PERMANENTE NA REALIDADE DOS<br />

EXPOSITORES. EM SUA ÚLTIMA EDIÇÃO, EM 2019,<br />

RECEBEU 23.657 VISITANTES DE 30 PAÍSES. AS<br />

DUAS PRINCIPAIS FEIRAS DO SETOR MOVELEIRO<br />

NO BRASIL – FIMMA E MOVELSUL – ESTÃO UNINDO<br />

FORÇAS E TERÃO SUAS PRÓXIMAS EDIÇÕES<br />

NO MESMO PERÍODO E INTEGRANDO TODA<br />

CADEIA DE MADEIRA E MÓVEIS, DE 14 A 17 DE<br />

MARÇO DE 2022, NO PARQUE DE EVENTOS DE<br />

BENTO GONÇALVES (RS). A DECISÃO INÉDITA NA<br />

HISTÓRIA DAS FEIRAS RESPONDE AO MOMENTO<br />

DE EXCEPCIONALIDADE E OFERECE UMA NOVA<br />

DATA ALINHADA AO CALENDÁRIO MUNDIAL DE<br />

EVENTOS DO SETOR.<br />

80 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>


ESPAÇO ABERTO<br />

A CULTURA COMO FATOR<br />

CHAVE PARA O SUCESSO DO PLANEJAMENTO<br />

ESTRATÉGICO EMPRESARIAL<br />

Q<br />

uando a alta gestão busca a implantação<br />

do planejamento estratégico,<br />

com o intuito de propiciar maior<br />

previsibilidade sobre os aspectos internos<br />

e externos que impactam em<br />

seus negócios, além da elaboração de objetivos<br />

e metas de curto, médio e longo prazo, aspectos<br />

estes vitais para sobrevivência das empresas principalmente<br />

no futuro, há um momento crucial, que<br />

dará um sentido real para todo esse dispêndio de<br />

energia, o momento em que são definidos três importantíssimos<br />

pilares: a Missão (razão de existência<br />

da empresa), Visão (aonde quer chegar, futuro)<br />

e os Valores (princípios éticos, morais, crenças e<br />

comportamentos) que nortearão as ações e decisões<br />

de todos os integrantes da organização, rumo<br />

às metas e aos objetivos traçados.<br />

Estes três pilares são a sustentação de todos os<br />

outros componentes de um planejamento estratégico,<br />

pois eles, principalmente o último, são quem<br />

nortearão as relações humanas dentro e fora da<br />

empresa, já que as ações humanas individuais e/ou<br />

coletivas são responsáveis por grande parte dos<br />

impactos positivos ou negativos ao que foi planejado.<br />

A partir da sua formalização e divulgação, estes<br />

comportamentos serão esperados, observados<br />

e cobrados, pois entende-se que este é o novo<br />

DEFINIÇÃO DE PILARES<br />

COMO MISSÃO, VISÃO E<br />

VALORES SÃO FUNDAMENTAIS<br />

PARA O CUMPRIMENTO DAS<br />

METAS TRAÇADAS DENTRO DAS<br />

EMPRESAS<br />

82 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />

POR<br />

FÁBIO<br />

WASHINGTON<br />

CEO DA SOLUTION<br />

FOCUS E COM 20 ANOS<br />

DE ATUAÇÃO NA ÁREA<br />

DE GESTÃO DE PESSOAS<br />

(FABIO.WASHINGTON@<br />

SOLUTIONFOCUS.COM.BR)<br />

jeito de ser desejado a partir deste momento, em<br />

outras palavras, a tão sonhada nova cultura (conjunto<br />

de hábitos, crenças e conhecimentos).<br />

É comum observarmos estes pilares emoldurados<br />

nas paredes, que traz um aspecto glamuroso<br />

para o ambiente, porém é incomum quando aplicado<br />

à risca no dia a dia, fato esse, que causa uma<br />

ruptura, ou seja, no entendimento das pessoas, é<br />

como se houvesse duas culturas, a das paredes, e<br />

a outra, a real, vivida diariamente.<br />

Esta ruptura, que parece ser algo tão simples,<br />

porém não é, é a responsável pela descrença, não<br />

apenas nas relações, mas sim, em todo o planejamento<br />

estratégico.<br />

Aquela sinergia (união das forças) esperada,<br />

todo o ânimo gerado no lançamento do projeto,<br />

com o passar do tempo vai se apagando, sumindo<br />

aos poucos, o que não demora muito, para que<br />

aquela famosa pergunta venha a aparecer nas reuniões<br />

mensais de acompanhamento: por que os<br />

objetivos e as metas não são atingidos?<br />

Todo planejamento começa na alta gestão,<br />

também é da alta gestão que se espera a aplicação<br />

prática de tudo aquilo que ela mesma elaborou,<br />

quando isso ocorre, cria uma atmosfera de<br />

coerência entre teoria e prática, automaticamente<br />

extensível a todos os níveis organizacionais. Conforme<br />

disse o filósofo Confúcio: a palavra convence,<br />

o exemplo arrasta. Caso contrário veremos<br />

acontecer aquilo que certa vez o saudoso Peter<br />

Drucker, pai da gestão moderna disse: a cultura<br />

devora a estratégia no café da manhã.<br />

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