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ENTREVISTA - Nova Ferroeste deve impulsionar logística produtiva até o Porto de Paranaguá<br />
A VOZ DA INDÚSTRIA<br />
DA MADEIRA<br />
ASSOCIAÇÃO TRABALHA HÁ CINCO DÉCADAS<br />
EM PROL DO DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO<br />
DO SETOR INDUSTRIAL MADEIREIRO NO BRASIL<br />
THE VOICE OF THE<br />
TIMBER INDUSTRY<br />
AN ASSOCIATION HAS BEEN WORKING<br />
FOR FIVE DECADES FOR THE DEVELOP-<br />
MENT AND GROWTH OF THE INDUSTRIAL<br />
TIMBER SECTOR IN BRAZIL
A CONFIANÇA QUE APROXIMA É<br />
A MESMA QUE NOS FAZ CRESCER JUNTOS<br />
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largura variável assegura que os pacotes sejam uniformes em vários produtos da serraria. O sistema de tabicamento<br />
automático pode ser regulado para diferentes comprimentos de tabiques. Com construção mecânica simples e lanças<br />
que se movimentam sobre rolamentos, o EGM oferece baixa manutenção e altas velocidades requeridas em uma serraria.<br />
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<strong>2021</strong><br />
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58<br />
MADEIRA<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
ABIMCI 37<br />
Acimderj 79<br />
Ágil Madeiras 51<br />
Aimex 47<br />
Alca Máquinas 11<br />
Auge Metal 71<br />
Benecke 17<br />
Cipem 09<br />
Contraco 61<br />
DRV Ferramentas 15<br />
Drytech 31<br />
Eletro Izidoro 33<br />
Engecass 21<br />
Franzoi 23<br />
Gottert 27<br />
Impacto 55<br />
Indumec 29<br />
Lignum Brasil 81<br />
Linck 05<br />
Lions Machine 63<br />
Máquinas Águia 77<br />
Mendes Máquinas 02<br />
Metrisa 57<br />
Mill Indústrias 84<br />
MM Wood Brazil 35<br />
Montana Química 07<br />
MSM Química 13<br />
MSP <strong>Industrial</strong> 83<br />
Nazzareno 25<br />
Omil 19<br />
SUMÁRIO<br />
06 Editorial<br />
08 Cartas<br />
10 Bastidores<br />
12 Coluna Flavio C. Geraldo<br />
14 Notas<br />
26 Aplicação<br />
28 Frases<br />
30 Entrevista<br />
36 Coluna ABIMCI<br />
38 Principal A voz da indústria da madeira<br />
46 Setorial<br />
48 Secagem da Madeira<br />
52 Mercado<br />
58 Marcenaria<br />
64 Prêmio REFERÊNCIA<br />
72 Indústria<br />
74 Artigo<br />
80 Agenda<br />
82 Espaço Aberto<br />
Inovação. Qualidade.<br />
Economia.<br />
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serrarias para corte de toras classificadas por dimensão e não classificadas<br />
04<br />
referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>
EDITORIAL<br />
DEFESA<br />
DO SETOR<br />
A<br />
ABIMCI (Associação Brasileira da<br />
Indústria de Madeira Processada Mecanicamente)<br />
atua ao lado das indústrias<br />
madeireiras desde a década de<br />
1970, se colocando à frente por diversas<br />
conquistas para as empresas ao longo dos<br />
anos. Nada melhor que contar mais sobre essa<br />
história, que reflete também como foi a evolução<br />
do setor nesses últimos 50 anos. Nesta edição, o<br />
Leitor também irá conferir uma entrevista sobre<br />
a Nova Ferroeste, ferrovia que deve impulsionar<br />
a logística do Paraná e Mato Grosso do Sul até o<br />
Porto de Paranaguá, além de reportagens especiais<br />
sobre exportação, mercado, marcenaria e<br />
muito mais. Tenha uma excelente leitura!<br />
NA CAPA<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Ano XXIII • N°<strong>236</strong> •<strong>Dezembro</strong> <strong>2021</strong><br />
ENTREVISTA - Nova Ferroeste deve impulsionar logística produtiva até o Porto de Paranaguá<br />
A VOZ DA INDÚSTRIA<br />
DA MADEIRA<br />
ASSOCIAÇÃO TRABALHA HÁ CINCO DÉCADAS<br />
EM PROL DO DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO<br />
DO SETOR INDUSTRIAL MADEIREIRO NO BRASIL<br />
NA CAPA DESTE MÊS É<br />
ESTAMPADA A LOGO DA<br />
ABIMCI, ASSOCIAÇÃO<br />
REFERÊNCIA NA LUTA PELO<br />
SETOR MADEIREIRO<br />
THE VOICE OF THE<br />
TIMBER INDUSTRY<br />
AN ASSOCIATION HAS BEEN WORKING<br />
FOR FIVE DECADES FOR THE DEVELOP-<br />
MENT AND GROWTH OF THE INDUSTRIAL<br />
TIMBER SECTOR IN BRAZIL<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXIII - EDIÇÃO <strong>236</strong> - DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
06<br />
IN DEFENSE OF THE<br />
SECTOR<br />
A<br />
BIMCI has been working alongside<br />
timber processing companies since<br />
the 1970s, putting itself as head<br />
of various struggles of these companies<br />
over the years. Therefore,<br />
there is nothing better than to relate more about<br />
this story, which also reflects the evolution of the<br />
Sector over the last 50 years. In this issue, you can<br />
also check out an interview about the Nova Ferroeste<br />
Railroad, a railroad that should boost logistics<br />
in the States of Paraná and Mato Grosso do Sul<br />
to the Port of Paranaguá, as well as articles on<br />
exports, market, woodworking, and much more.<br />
Pleasant reading!<br />
referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Jorge de Souza<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista / Columnist<br />
Flavio C. Geraldo | Paulo Pupo<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski / Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Gabriela Bogoni | Larissa Purkotte<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Midias Sociais / Social Media<br />
Cainan Araújo<br />
Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />
Tainá Carolina Brandão<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />
Tradução / Translation - John Wood Moore<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
Pedro Moura<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
0800 600 2038<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />
consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />
segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />
conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />
responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />
de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />
FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />
exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />
consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />
governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />
segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />
articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />
use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />
and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />
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<br />
CAPA DA EDIÇÃO 234 DA<br />
<br />
<br />
REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE NOVEMBRO DE <strong>2021</strong><br />
ENTREVISTA<br />
<br />
<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Ano XXIII • N°235 •Novembro <strong>2021</strong><br />
EM CONSTANTE<br />
DESENVOLVIMENTO<br />
SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS DE PONTA COM<br />
FABRICAÇÃO NACIONAL TRAZEM MAIS<br />
PRODUTIVIDADE E RENTABILIDADE AO SETOR<br />
IN CONSTANTLY<br />
DEVELOPMENT<br />
Por Leandro Feitosa – Naviraí (MS)<br />
Foto: divulgação<br />
08<br />
CAPA<br />
Por Luís Freitas –<br />
Natal (RN)<br />
Fica claro que cada vez<br />
mais as empresas que<br />
investem em tecnologia<br />
para os processos estão<br />
alguns passos na frente<br />
da concorrência.<br />
APLICAÇÃO<br />
Por Lucila Marin – Marília (SP)<br />
As casas de madeira têm um charme<br />
inigualável. Como é bom ver que cada vez<br />
mais elas vão voltando a ganhar espaço no<br />
Brasil e no mundo.<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />
fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Triste como as empresas são colocadas de lado<br />
em decisões políticas. O empresário tem que ser<br />
prioridade, porque gera empregos e receita para<br />
o país. Que os madeireiros do Pará possam logo<br />
voltar a produzir com regularidade.<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
INDÚSTRIA<br />
Por Josete dos Anjos –<br />
Uberaba (MT)<br />
O Governo infelizmente<br />
quando faz alterações em<br />
leis não faz a divulgação<br />
correta dentro das<br />
empresas. Parece que<br />
fazem isso apenas para<br />
poder faturar com multas!<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
<strong>Referência</strong> <strong>Industrial</strong> Madeira<br />
@referenciamadeira<br />
Foto: divulgação<br />
Cipem e Sema realizam visita técnica para debate e aplicabilidade<br />
de melhorias em procedimentos legais da comercialização do cavaco<br />
CIPEM e Sema realizam visita técnica para<br />
debate e aplicabilidade de melhorias em<br />
procedimentos legais da comercialização do<br />
cavaco.<br />
Com a finalidade de promover melhorias<br />
aos procedimentos legais relacionados com<br />
a utilização do cavaco destinado a produção<br />
sustentável de energia, o Centro das Indústrias<br />
Produtoras e Exportadoras de Madeira<br />
(CIPEM) e a Secretaria de Estado de Meio<br />
Ambiente (Sema/MT) se reuniram com a<br />
Indústria Inpasa Agroindustrial, usina de<br />
etanol de milho localizada em Sinop.<br />
A agenda se deu em duas etapas: a primeira<br />
delas, com a realização de uma visita<br />
técnica às instalações da Usina Inpasa<br />
Agroindustrial, que possibilitou a verificação<br />
do funcionamento dos equipamentos e de<br />
todos os processos envolvidos na obtenção<br />
do volume final de cavaco.<br />
A etapa seguinte consistiu em um debate<br />
sobre possíveis alterações, que visam aprimorar<br />
a Resolução que dispõe sobre os produtos<br />
e subprodutos florestais, bem como por<br />
determinar o termo de referência que orienta<br />
o cálculo do volume de cavaco produzido e<br />
comercializado no Estado de Mato Grosso.<br />
De acordo com Angeli Katiucia Guterres dos<br />
Santos, engenheira florestal da Inpasa<br />
Agroindustrial, a demanda compreende a<br />
determinação metodológica de um termo de<br />
referência que considere, em seu inventário,<br />
as diversidades do material que origina o<br />
cavaco e suas respectivas potencialidades.<br />
Flávio Peruso Pires Gonçalves, diretor<br />
comercial da Inpasa Agroindustrial, reiterou<br />
total interesse e disposição em contribuir com<br />
a demanda.<br />
A superintendente de Gestão Florestal da<br />
Sema/MT, Suely de Fátima Menegon Bertoldi,<br />
destacou que os Planos de Manejo Florestal<br />
Sustentável (PMFS) e os Planos de Exploração<br />
Florestal (PEF) asseguram a origem<br />
dos produtos e subprodutos florestais frente<br />
à legislação vigente. “São indispensáveis<br />
para a garantia de que a matéria-prima<br />
utilizada possui origem sustentável e legal”,<br />
pontuou.<br />
De acordo com a representante da<br />
Sema/MT, foi realizado o devido alinhamento<br />
de divulgação e apresentação do Plano<br />
de Suprimento Sustentável (PSS), que passará<br />
a vigorar a partir da publicação da instrução<br />
normativa, para os novos pedidos de<br />
licenças ambientais e renovações. Para os<br />
licenciamentos em vigor, haverá o prazo de<br />
1 (um) ano para adequação ao PSS.<br />
CipemdeMT CipemMT cipemmt (65) 3644-3666 Manejosustentavel<br />
Confira a matéria completa em nosso site:<br />
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BASTIDORES<br />
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BASE DO SUCESSO<br />
A FAMÍLIA É A BASE DO SUCESSO DA REVISTA REFERÊNCIA MADEIRA. NA<br />
FOTO, FÁBIO MACHADO, FRAN MACHADO, CAMILE BARTOSKI, PEDRO<br />
NETO, CARLA SCHITTLER, PEDRO BARTOSKI JR. E FERNANDA MACHADO.<br />
Foto: Emanoel Caldeira<br />
SATISFAÇÃO<br />
EQUIPE POSADA PARA REGISTRAR MAIS UM EVENTO REALIZADO PELA<br />
REVISTA REFERÊNCIA MADEIRA, O PRÊMIO REFERÊNCIA <strong>2021</strong>. “NOSSO<br />
SENTIMENTO É DE GRATIDÃO A TODOS OS COLABORADORES. O<br />
NOSSO SUCESSO SE DEVE PRINCIPALMENTE A CADA UM DELES”,<br />
RESUME PEDRO BARTOSKI JR., DIRETOR EXECUTIVO.<br />
Foto: Emanoel Caldeira<br />
ALTA<br />
APAGÃO ZERO<br />
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque,<br />
descartou qualquer risco de desabastecimento<br />
elétrico ou de apagão no país,<br />
por conta da crise hídrica dos reservatórios.<br />
Segundo o ministro, tirando causas meteorológicas<br />
externas, não haverá racionamento<br />
por falta de energia. “Não há hipótese alguma<br />
de racionamento ou apagão por falta de<br />
energia. Pode ser por conta de um raio, de<br />
uma tempestade, mas não por falta de energia.<br />
É isto que nós estamos trabalhando, há<br />
mais de ano, para garantir aos consumidores<br />
brasileiros”, afirmou o ministro, durante a<br />
inauguração do novo laboratório do CEPEL<br />
(Centro de Pesquisas de Energia Elétrica) da<br />
Eletrobras, em Nova Iguaçu (RJ). Bento Albuquerque<br />
disse que o país atravessa a pior<br />
crise hídrica dos últimos 90 anos, com falta<br />
de chuvas sobre os principais reservatórios,<br />
mas ressaltou que o setor elétrico soube<br />
trabalhar para superar o problema. “Não há<br />
risco de desabastecimento de energia de<br />
forma alguma, mas eu entendo que o uso<br />
racional da energia tem que fazer parte da<br />
nossa educação e da nossa cultura”, finalizou<br />
o ministro.<br />
10 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
BAIXA<br />
PRODUTIVIDADE<br />
A produtividade do trabalho na indústria no terceiro trimestre<br />
de <strong>2021</strong> retornou ao patamar do segundo trimestre de<br />
2020, momento mais grave para economia da crise causada<br />
pela pandemia de Covid-19. O indicador que mede a relação<br />
entre o volume produzido e as horas trabalhadas na produção<br />
caiu 1,3% em relação ao segundo trimestre do ano, na<br />
série livre de efeitos sazonais, mostra o estudo Produtividade<br />
na Indústria, da CNI (Confederação Nacional da Indústria). A<br />
pesquisa revela que o volume produzido no terceiro trimestre<br />
de <strong>2021</strong> recuou 1,9% em relação ao segundo trimestre<br />
deste ano. Já as horas trabalhadas caíram 0,6% na mesma<br />
base de comparação. A produtividade está em queda desde<br />
o último trimestre de 2020. Na comparação com o terceiro<br />
trimestre de 2020, último trimestre de alta do indicador, a<br />
perda acumulada chega a 7,6%. As quedas consecutivas<br />
refletem o ambiente de elevadas incertezas, prejudicial ao<br />
investimento e, consequentemente, à recuperação da produtividade,<br />
explica a gerente de política industrial da CNI,<br />
Samantha Cunha. No curto prazo, pesam dificuldades como<br />
a falta de insumos e a pressão sobre os custos de produção.<br />
De acordo com o estudo, <strong>2021</strong> será o segundo ano consecutivo<br />
de recuo da produtividade, que deve cair mais de 2%.<br />
A maior queda registrada pelo indicador desde o início da<br />
série histórica, em 2000, foi de 2,2%, em 2008, ano marcado<br />
pela crise financeira global. Apesar do cenário desafiador<br />
para os próximos meses, a perspectiva é de melhora no longo<br />
prazo, devido às oportunidades ligadas à digitalização e a<br />
transição para uma economia mais sustentável.<br />
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SE COMPARARMOS OS<br />
INGREDIENTES ATIVOS ORIGINAIS DO<br />
PRODUTO FORMULADO, EM ESPECIAL O<br />
CROMO E O ARSÊNIO, E ESSES MESMOS<br />
INGREDIENTES ATIVOS DENTRO DA<br />
MADEIRA<br />
R<br />
ecentemente surgiu na pauta das discussões<br />
relativas à revisão de um texto normativo<br />
sobre madeira tratada, um tema ligado a algumas<br />
recomendações específicas sobre o<br />
uso da madeira tratada para a construção de<br />
playgrounds. Essas recomendações constam de uma norma<br />
da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), a<br />
NBR 16.071 - Playgrounds, em vigor no Brasil desde 2013,<br />
mencionando, especificamente, que nos equipamentos<br />
das áreas de lazer não podem ser usadas substâncias químicas<br />
em dosagens que causem efeitos adversos à saúde<br />
dos usuários. Os exemplos incluem várias substâncias ou<br />
produtos, dentre os quais o preservativo de madeiras CCA.<br />
Não temos espaço suficiente para todas as colocações necessárias<br />
a respeito do assunto. No entanto, vale a menção<br />
de que muitos ainda cometem equívocos de interpretação<br />
entre o produto formulado CCA, base arseniato de cobre<br />
cromatado, e a madeira tratada com esse produto. Há<br />
diferenças fundamentais se compararmos os ingredientes<br />
ativos originais do produto formulado, em especial o cromo<br />
e o arsênio, e esses mesmos ingredientes ativos dentro<br />
da madeira. Em resumo, após a diluição para uso, quando<br />
aplicados e introduzidos na madeira esses componentes<br />
12 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
Foto: divulgação<br />
fixam-se aos elementos celulósicos desse material através<br />
de complexas reações químicas, tornando-os insolúveis.<br />
O cromo, que na formulação era hexavalente, sofre uma<br />
redução passando a ser trivalente, ou seja, não classificável<br />
como carcinogênico pela IARC (Agência Internacional de<br />
Pesquisa do Câncer). Já o arsênio está na forma pentavalente,<br />
cuja toxicidade é de cinco a dez vezes menor do que<br />
na forma trivalente. Por outro lado, a NBR 16.143 - Preservação<br />
de Madeiras - Sistema de Categorias de Uso, cujo<br />
texto foi elaborado sob o teto da ABPM (Associação Brasileira<br />
de Preservadores de Madeira), é muito clara a respeito<br />
do que pode ser considerado como dosagens, para nós<br />
retenções, de acordo com a categoria de uso de cada elemento<br />
construtivo, oferecendo os referenciais necessários à<br />
segurança buscada pelos elaboradores da norma de playgrounds.<br />
Uma oportunidade de atuação para que esses<br />
termos sejam revistos, objetivando a busca por uma melhor<br />
adequação desse texto normativo, uma vez que os construtores<br />
de playgrounds e, principalmente os contratantes<br />
e usuários, entre eles os síndicos de edifícios e os responsáveis<br />
dos poderes públicos, fiquem devidamente respaldados<br />
e esclarecidos a respeito do uso da madeira tratada<br />
em playgrounds. Desde o início dos anos 2000, quando<br />
a percepção do mercado consumidor sofreu mudanças<br />
profundas em relação à utilização da madeira tratada em<br />
construções residenciais, inúmeros estudos e pesquisas<br />
relacionadas aos possíveis efeitos danosos causados pela<br />
madeira tratada com CCA vêm sendo conduzidos pelas<br />
mais renomadas instituições ao redor do mundo. Até hoje<br />
não se apresentou um nexo causal, ou seja, um vínculo fático<br />
que liga o efeito à causa, a comprovação de que houve<br />
dano efetivo causado pela madeira tratada com CCA à<br />
saúde humana. Isto tudo nos endereça à necessidade de<br />
estarmos sempre atentos para não cairmos nas armadilhas<br />
do Greenwashing, expressão aplicada ao ato de enganar<br />
consumidores sobre as práticas ambientais de uma empresa<br />
ou aos benefícios ambientais de um produto ou serviço.<br />
Afinal, dentre os sete pecados capitais do Greenwashing,<br />
o segundo deles é claro quanto à falta de provas, ou seja,<br />
não apresentar dados e fatos para provar atitudes ou<br />
medidas supostamente corretas sob o ponto de vista da<br />
segurança ambiental e humana. Para não mencionar o terceiro<br />
deles, que contempla a imprecisão, ou seja, ser vago<br />
no conceito. De qualquer forma, vale sempre a lembrança<br />
de que se a vida te der um limão, faça uma limonada. Isto<br />
tudo nos remete à necessidade de se buscar uma maior interação<br />
junto aos responsáveis pela elaboração desse texto<br />
normativo, procurando agregar informações que possam<br />
refletir na segurança necessária e na ampliação das opções<br />
construtivas de maneira geral, inclusive playgrounds.<br />
CIPERTRIN MD<br />
• Líder no tratamento inseticida de painéis de madeira, (compensados,<br />
aglomerados MDF, OSB e outros) por adição à cola;<br />
• Mais concentrado dos inseticidas, diminui a quantidade de inertes<br />
a serem aplicados na cola, como também a área de estocagem;<br />
• Base água, com baixa toxicidade e baixo odor;<br />
• Isento de solventes que atacam as borrachas dos equipamentos<br />
industriais;<br />
• Compatível com resinas de última geração;<br />
• Fácil diluição em água, para tratamento por imersão de madeiras<br />
serradas.<br />
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TBP 90<br />
• O primeiro fungicida (antimofo) para madeira a base de<br />
tribromofenol só poderia ser o líder de mercado e a MSM<br />
Química a maior importadora deste ingrediente ativo.<br />
• Produto de fácil aplicação não retirando da madeira<br />
suas características naturais.<br />
• Fácil diluição, não decantando ou criando borras dentro<br />
do tanque de imersão.
NOTAS<br />
DESENVOLVIMENTO<br />
SUSTENTÁVEL<br />
Em uma iniciativa do Instituto Fórum do Futuro, que reuniu diversas<br />
entidades de peso da ciência e da gestão de políticas públicas<br />
e privadas, foi apresentado em dezembro, o primeiro Polo Demonstrativo<br />
do Projeto Biomas Tropicais, o: Amazônia 1; que está<br />
sendo instalado nos municípios de Cacoal, Pimenta Bueno e Espigão<br />
do Oeste, em Rondônia. As propostas do programa pretendem<br />
demonstrar que a partir de Ciência, Tecnologia e Inovação é<br />
possível promover a Bioeconomia Tropical, gerar renda, emprego<br />
e inclusão social de forma sustentável, e manter a floresta em pé.<br />
Para o presidente do Instituto Fórum do Futuro, Alysson Paolinelli,<br />
excluir do debate as soluções e tecnologias sustentáveis que a Ciência<br />
já dispõe para oferecer é um verdadeiro atentado contra os<br />
direitos humanos, contra as chances de sobrevivência dos povos<br />
tropicais. “Só na Amazônia são 29 milhões; no mundo, centenas<br />
de milhões de habitantes vão cada vez mais necessitar de conhecimento<br />
científico para enfrentar os grandes desafios das próximas<br />
décadas: as mudanças climáticas, o aumento da fome e o incremento<br />
das correntes migratórias forçadas, que mantêm o mundo em sobressalto”, alerta o ex-ministro da agricultura, que liderou<br />
o processo de criação da Agricultura Tropical Sustentável, nos anos 1970. Na análise dos conselheiros do Fórum do Futuro, mais<br />
da metade das tecnologias sustentáveis já produzidas pelas instituições de Ciência no Brasil jamais chegaram à sociedade, por<br />
diversos motivos. A implantação do Polo Demonstrativo Amazônia 1 “será um verdadeiro laboratório aberto para mostrar como<br />
é possível, desde já, melhorar a qualidade de vida das pessoas, mantendo a floresta em pé e como aliada do processo civilizatório”,<br />
comenta o Conselheiro Paulo Haddad, ex-Ministro da Fazenda e do Planejamento. Ele acrescenta: “isto só será possível<br />
se conseguirmos integrar as visões da ciência, da iniciativa privada e dos atores locais.” Para o Conselheiro Antônio Nazareno,<br />
ex-Reitor da Universidade Federal de Lavras, os Polos Demonstrativos do Projeto Biomas poderão se tornar a referência confiável<br />
sobre ações sustentáveis, planejadas, que possibilitarão a convivência entre Bioeconomia tropical sustentável, a produção de alimentos<br />
e a geração de renda para as populações situadas nas zonas trópicas do Planeta.<br />
Foto: divulgação<br />
Desejamos a todos<br />
um Feliz Natal e<br />
um 2022 repleto de<br />
sucesso!<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
DESBUROCRATIZAÇÃO<br />
Foto: divulgação<br />
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados<br />
aprovou no mês de novembro o projeto de lei que prorroga a desoneração<br />
da folha de pagamento de 17 dos setores que mais empregam no<br />
Brasil. A desoneração acabaria em 2020 e foi postergada até o fim deste<br />
ano, agora, deverá seguir até dezembro de 2023. O PL tramita em caráter<br />
conclusivo e, caso não haja recurso contrário de no mínimo 51 deputados,<br />
seguirá direto para análise do senado, sem precisar ser votado pelo<br />
plenário da câmara. Se por um lado, a notícia é muito bem-vinda, por<br />
outro, continua muito aquém do inicialmente proposto e efetivamente<br />
necessário para a melhoria do ambiente de negócios e para a manutenção<br />
do emprego no país, sobretudo em um período de recuperação<br />
econômica. Considerando-se essencial, portanto, a extensão da desoneração<br />
por um prazo maior, bem como a inclusão e reinclusão de outros<br />
setores intensivos em mão de obra, tal qual o moveleiro. O Projeto de Lei<br />
2541/21, dos deputados Efraim Filho (DEM-PB) e Dagoberto Nogueira (PDT-MS), foi aprovado na forma do substitutivo do relator,<br />
deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG). Freitas reduziu o período de prorrogação previsto no projeto, de cinco para dois<br />
anos. O objetivo, segundo ele, foi evitar que a proposta seja vetada pelo presidente Jair Bolsonaro. Pelo mesmo motivo, disse o<br />
relator, não foram incluídos novos setores entre os beneficiados com a desoneração.<br />
14 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>
NOTAS<br />
SUCESSO NO MERCADO<br />
Foto: divulgação<br />
O Projeto Comprador Movelpar reuniu 42 empresas brasileiras<br />
e 31 compradores internacionais em rodadas de negócios<br />
virtuais organizadas por meio do Projeto Setorial Brazilian Furniture.<br />
Ao longo de três dias, foram feitas 208 reuniões, sendo<br />
90% delas entre novos contatos. Ampliando, assim, o panorama<br />
de possibilidades para as indústrias brasileiras de móveis<br />
ao redor do mundo. Ao todo, foram concretizados mais de<br />
US$ 1,3 milhões em negócios imediatos e cerca de US$ 5 milhões<br />
em negócios prospectados para os próximos 12 meses.<br />
Totalizando movimentação superior a US$ 6,3 milhões. Iniciativa<br />
da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do<br />
Mobiliário) e da APEX-Brasil (Agência Brasileira de Promoção<br />
de Exportações e Investimentos), o evento ocorreu em plataforma<br />
digital, proporcionando conexões com compradores de<br />
21 países, tais como: Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Costa<br />
Rica, Dinamarca, Equador, Espanha, EUA (Estados Unidos da<br />
América), Índia, Kuwait, México, Nicarágua, Omã, Panamá, Paraguai,<br />
Peru, Portugal, Qatar, Reino Unido e Uruguai. Pesquisa<br />
pós-evento revelou alta satisfação por parte dos associados<br />
tanto em relação ao ambiente de negócios quanto com a<br />
organização e a estrutura do Projeto Comprador Movelpar.<br />
Entre os pontos de atenção em relação às estratégias das<br />
empresas para conquistar o mercado internacional, algumas<br />
delas apontaram a necessidade de melhor adequação de produto<br />
e de revisão de preços. A maior parte das marcas brasileiras,<br />
81% delas, no entanto, acreditam que suas estratégias<br />
estão adequadas ao processo de internacionalização pelo<br />
qual estão passando. A ABIMÓVEL e a APEX-Brasil atuam em<br />
constante parceria com os SECOMs (Setores de Promoção<br />
Comercial do Ministério das Relações Exteriores) na prospecção<br />
de compradores, com vista a fomentar as relações comerciais<br />
da indústria brasileira de móveis ao redor do mundo. A<br />
entidade frisa também seu apoio às organizações de eventos<br />
e feiras estratégicas em nosso setor, tal qual a MOVELPAR,<br />
trabalhando em sinergia com o SIMA (Sindicato das Indústrias<br />
de Móveis de Arapongas-PR) e demais parceiros em diversas<br />
ações físicas e virtuais ao longo dos anos.<br />
MATÉRIA-PRIMA<br />
As dificuldades de abastecimento de insumos e de<br />
matérias-primas afetaram em média 68% das empresas<br />
das indústrias extrativa e de construção em outubro<br />
de <strong>2021</strong>, de acordo com pesquisa da CNI (Confederação<br />
Nacional da Indústria). O percentual é um<br />
pouco menor do que em fevereiro deste ano, quando<br />
73% das empresas relataram o problema. Apesar<br />
da ligeira queda, a situação está bastante complicada<br />
e mais da metade das indústrias avalia que esse desajuste<br />
só terá fim a partir de abril de 2022. Em 18<br />
dos 25 setores da indústria de transformação consultados,<br />
mais de dois terços das empresas afirmaram<br />
que, mesmo em negociações com o valor acima do<br />
habitual, está mais difícil obter os insumos no mercado<br />
doméstico. Esse problema aflige 90% do setor de<br />
calçados; 88% das indústrias de couro, 85% dos fabricantes<br />
de móveis; 79% da indústria química; 78% do<br />
vestuário e 78% das madeireiras, além de 77% das indústrias<br />
de equipamentos de informática e produtos<br />
eletrônicos e 76% do setor de bebidas, por exemplo.<br />
Entre os setores que dependem de insumos importados,<br />
18 deles também relataram o mesmo problema:<br />
a dificuldade de comprar a mercadoria, mesmo que<br />
se decida pagar a mais por ela. Os setores mais afetados<br />
foram: farmacêuticos (88%), máquinas e materiais<br />
elétricos (86%), vestuário (85%), material plástico<br />
(84%), limpeza e perfumaria (82%), têxteis (81%),<br />
móveis (80%). De acordo com o gerente de análise<br />
econômica da CNI, Marcelo Azevedo, há pelo menos<br />
três explicações e não há solução fácil para nenhuma<br />
delas. “Há um buraco na produção industrial que<br />
ainda não foi resolvido. A sondagem industrial de outubro<br />
mostrou ajuste nos estoques, é uma condição<br />
importante, necessária para resolver o problema, mas<br />
é um primeiro passo. E esse ajuste ainda precisa se<br />
completar para uma série de setores”, explica o economista.<br />
“Além disso, temos a expansão da demanda<br />
global de uma série de produtos, com os países<br />
voltando da crise. Esses fatores seguem provocando<br />
estresse nas linhas produtivas e a escassez de diversos<br />
insumos”, completa.<br />
Foto: divulgação<br />
16 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>
NOTAS<br />
Imagem: divulgação<br />
De acordo com relatório da CEPAL (Comissão<br />
Econômica para a América Latina e o Caribe) divulgado<br />
no mês de dezembro, o comércio internacional<br />
da região terá uma recuperação importante<br />
em <strong>2021</strong>. O crescimento ocorre após forte queda<br />
observada no ano passado. A recuperação, no entanto,<br />
não será igual em todos os países por causa<br />
da incerteza provocada pela pandemia do novo<br />
coronavírus. Segundo o levantamento Perspectivas<br />
do Comércio Internacional da América Latina<br />
e do Caribe <strong>2021</strong>, haverá um aumento de 25% no<br />
valor das exportações regionais de bens neste ano<br />
após uma queda de 10% em 2020. Esse aumento<br />
é impulsionado pela alta de 17% nos preços de exportação e uma expansão de 8% do volume exportado. A expectativa para<br />
2022 é aumento de 10% no valor das exportações regionais de bens e 9% nas importações, mesmo com menor crescimento<br />
da economia regional e mundial. A América do Sul registrou o maior aumento do valor exportado em <strong>2021</strong>, de 34%, beneficiada<br />
especialmente com os maiores preços das matérias-primas. No Caribe, o aumento das exportações ocorre pela alta<br />
dos preços do petróleo e do gás. “O aumento das exportações de bens da região durante <strong>2021</strong> é explicado principalmente<br />
pelo aumento dos preços dos produtos básicos, sobretudo minerais, petróleo e produtos agroindustriais, mais do que pela<br />
expansão do volume exportado. Da mesma forma, as exportações regionais de serviços ainda não se recuperaram da queda<br />
sofrida como resultado da pandemia”, mostra o relatório. O relatório da CEPAL indica vários fatores de incerteza no comércio<br />
mundial com reflexos na região como o ritmo desigual de vacinação e novas variedades do vírus; pressões inflacionárias e dificuldade<br />
em manter os estímulos fiscais; tensões comerciais e riscos no setor imobiliário da China; interrupções nas cadeias de<br />
abastecimento e aumento dos fretes.<br />
CONFIANÇA<br />
O ICE (Índice de Confiança Empresarial),<br />
medido pela FGV (Fundação Getulio Vargas),<br />
recuou 3,3 pontos de outubro para<br />
novembro deste ano e chegou a 97 pontos<br />
em uma escala de zero a 200. De setembro<br />
para outubro, o indicador havia subido 0,4<br />
ponto. A queda em novembro foi puxada<br />
pela piora na confiança dos empresários<br />
em relação ao presente e ao futuro. O Índice<br />
da Situação Atual recuou 2,5 pontos<br />
e chegou a 97. Já o Índice de Expectativas<br />
cedeu 4,5 pontos e atingiu 95,8. O ICE<br />
consolida os índices de confiança empresariais<br />
medidos pela FGV em quatro áreas:<br />
indústria, construção, serviços e comércio.<br />
Os quatro segmentos tiveram queda na<br />
confiança na passagem de outubro para<br />
setembro, com destaque para o comércio, que caiu 6,2 pontos e chegou a 88, o patamar mais baixo entre os setores analisados.<br />
A indústria teve a segunda maior queda (-3,1 pontos), mas continuou com o maior patamar entre os quatro segmentos (102,1<br />
pontos) e foi o único a ficar acima de 100. A confiança dos serviços recuou 2,3 pontos, para 96,8, enquanto a construção cedeu<br />
0,8 ponto, para 95,3 pontos.<br />
18 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
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Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
GOVERNANÇA<br />
O Ministério da Economia divulgou em dezembro,<br />
a 5ª Certificação do Indicador de Governança<br />
IG-Sest, um instrumento de avaliação das<br />
estatais federais que verifica o cumprimento de<br />
dispositivos legais, infralegais e de boas práticas<br />
de governança corporativa. No total, 60 estatais<br />
foram avaliadas, sendo 45 de controle direto e<br />
15 subsidiárias. Dentre as estatais avaliadas, 16<br />
foram classificadas no grau de governança de<br />
nível 1 e outras 15, no nível 2. As demais não<br />
receberam classificação. As empresas classificadas<br />
no nível mais alto obtiveram notas de 9,08<br />
a 10, calculadas conforme metodologia prevista<br />
no regulamento. A média geral de todas as<br />
empresas avaliadas foi superior a 8. Na cerimônia de premiação, o ministro da Economia, Paulo Guedes, elogiou o trabalho dos<br />
gestores das estatais e destacou que as estatais converteram um prejuízo de R$ 35 bilhões em 2015 para um superávit de R$ 135<br />
milhões nos primeiros nove meses de <strong>2021</strong> com ações de governança. “O desafio é cuidar bem do patrimônio da União. Essas<br />
estatais são patrimônio, isso foi feito com muito trabalho por gerações passadas”, aponta o ministro. Segundo Guedes, foi preciso<br />
mudar a gestão para chegar ao bom resultado de hoje. “Esse esforço é extraordinário. Esse esforço prepara, recupera as<br />
estatais para elas poderem ter um valor de mercado cada vez melhor, uma gestão cada vez melhor”, destacou. “Vamos trabalhar<br />
nesses termos, como erradicar a pobreza, como reduzir o endividamento e baixar as taxas de juros no Brasil, como transformar o<br />
capital público”, almeja o ministro. “As empresas estatais representam pouco mais de 5% do valor do PIB (Produto Interno Bruto)<br />
no Brasil. Então é um valor muito alto, é uma responsabilidade muito alta”, destacou o secretário-executivo substituto do Ministério<br />
da Economia, Miguel Ragone de Mattos. “O dia de hoje representa a importância de trabalhar a gestão nessa área específica.”<br />
“A importância do IG-Sest é realmente trazer o reconhecimento para as empresas estatais pelo trabalho de governança e<br />
transparência que foi feito no último ano”, enaltece o secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo<br />
Mac Cord de Faria. “Sabemos que infelizmente boa parte dessas empresas estatais num passado não tão distante estavam envolvidas<br />
nos maiores escândalos de corrupção que o mundo já viu e hoje nós já recebemos o reconhecimento da OCDE (Organização<br />
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) pelo estabelecimento de boas práticas de governança nessas mesmas<br />
empresas estatais”, ressalta Mac Cord de Faria.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
EMPREGO<br />
O IAEMP (Indicador Antecedente de Emprego),<br />
medido pela FGV (Fundação Getulio Vargas),<br />
recuou 4,1 pontos de outubro para novembro.<br />
Assim, ele atingiu 83 pontos, o menor patamar<br />
desde abril deste ano (78,9 pontos). O IAEMP<br />
busca antecipar tendências do mercado de<br />
trabalho no país nos próximos meses, com<br />
base em entrevistas com consumidores e com<br />
empresários da indústria e dos serviços. Em novembro,<br />
os sete componentes do IAEMP tiveram<br />
queda, com destaque para a situação atual<br />
dos negócios no setor de serviços e o emprego<br />
previsto na indústria.<br />
20 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>
NOTAS<br />
NOVA<br />
DIRETORIA<br />
Foto: divulgação<br />
Foi realizada em 29 de novembro, na sede<br />
da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias<br />
do Mobiliário) em São Paulo (SP), a<br />
Assembleia Geral Ordinária que, entre outros<br />
pontos, elegeu a nova diretoria executiva e<br />
o conselho fiscal para a gestão 2022/2024 da<br />
entidade. Os presentes elegeram a chapa<br />
única liderada por Irineu Munhoz, que assume<br />
a presidência da entidade a partir do próximo<br />
ano. A solenidade oficial de posse deverá<br />
ocorrer em fevereiro de 2022. Irineu Munhoz<br />
é um dos fundadores da Caemmun, fabricante<br />
de móveis sediada no polo moveleiro<br />
de Arapongas (PR); foi presidente do SIMA<br />
(Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas),<br />
entre 2015 e <strong>2021</strong>; ocupou o cargo<br />
de 1º vice-presidente da ABIMÓVEL na atual<br />
gestão 2019/2022; e segue também como um<br />
dos vice-presidentes da FIEP (Federação das<br />
Indústrias do Estado do Paraná). Maristela<br />
Cusin Longhi, atual presidente da ABIMÓVEL<br />
e que também compõe a nova chapa eleita,<br />
prosseguirá como presidente do conselho da<br />
entidade a partir do próximo ano.<br />
QUEDA<br />
O PIB (Produto Interno Bruto), a soma de todos os bens e serviços<br />
produzidos no país, recuou 0,1% no terceiro trimestre deste ano, na<br />
comparação com o trimestre anterior. O PIB, no período, somou R$<br />
2,2 trilhões. Os dados foram divulgados em dezembro, pelo IBGE<br />
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparação com<br />
o terceiro trimestre de 2020, no entanto, houve uma alta de 4%. O<br />
PIB também acumula alta no período de 12 meses (3,9%). Na passagem<br />
do segundo para o terceiro trimestre deste ano, a queda foi<br />
puxada pelo setor agropecuário, que teve perdas de 8%. Segundo<br />
a pesquisadora Rebeca Palis, do IBGE, o resultado foi influenciado<br />
pelo encerramento da safra de soja, que fica mais concentrada no<br />
primeiro semestre do ano. “Como ela é a principal commodity brasileira,<br />
a produção agrícola tende a ser menor a partir do segundo<br />
semestre. Além disso, a agropecuária vem de uma base de comparação<br />
alta, já que foi a atividade que mais cresceu no período de<br />
pandemia e, para este ano, as perspectivas não foram tão positivas,<br />
em ano de bienalidade negativa para o café e com a ocorrência de<br />
fatores climáticos adversos na época do plantio de alguns grãos”,<br />
afirma a pesquisadora. A indústria manteve-se estável no período.<br />
Por outro lado, a alta de 1,1% do setor de serviços evitou um recuo<br />
maior do PIB no terceiro trimestre. A construção cresceu 3,9% e<br />
evitou uma queda da indústria. A alta dos serviços foi puxada por<br />
outras atividades de serviços (4,4%), informação e comunicação<br />
(2,4%), transporte, armazenagem e correio (1,2%) e administração,<br />
defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,8%). As<br />
atividades imobiliárias mantiveram-se estáveis, enquanto atividades<br />
financeiras, de seguros e serviços relacionados e comércio tiveram<br />
quedas de 0,5% e 0,4%, respectivamente. Sob a ótica da demanda,<br />
a formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, caiu 0,1%.<br />
O consumo das famílias cresceu 0,9%, enquanto o consumo do governo<br />
subiu 0,8%. No setor externo, houve queda nas exportações<br />
(-9,8%) e importações (-8,3%) de bens e serviços. O IBGE também<br />
divulgou uma revisão do desempenho do PIB em 2020. A taxa de<br />
queda de 4,1%, informada anteriormente, foi corrigida para um decréscimo<br />
de 3,9%.<br />
Foto: divulgação<br />
22 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>
NOTAS<br />
INFLAÇÃO<br />
A previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerada a inflação<br />
oficial do país, subiu de 10,15% para 10,18% neste ano. Essa foi a 35ª elevação consecutiva da projeção. A estimativa<br />
está no Boletim Focus de hoje (6), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC (Banco Central), em Brasília, com a expectativa<br />
das instituições para os principais indicadores econômicos.<br />
Para 2022, a estimativa de inflação subiu de 5% para 5,02%. Para 2023, a previsão passou de 3,42% para 3,50% e para<br />
2024 foi mantida em 3,10%.<br />
A previsão para <strong>2021</strong> está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo CMN<br />
(Conselho Monetário Nacional) é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima<br />
ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior de 5,25%. Para 2022 e 2023, as metas são 3,5% e 3,25%, respectivamente,<br />
também com intervalo de tolerância 1,5 ponto percentual.<br />
Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a SELIC, definida em<br />
7,75% ao ano pelo COPOM (Comitê de Política Monetária). Na última reunião do COPOM deste ano, a previsão do mercado<br />
financeiro é que a SELIC suba para 9,25% ao ano.<br />
Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica chegue a 11,25% ao ano. E para 2023 e 2024, a previsão é de<br />
Selic em 8% ao ano (a previsão da semana passada era 7,75% ao ano) e 7% ao ano, respectivamente.<br />
Quando o COPOM aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos<br />
nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Além disso, os bancos consideram<br />
outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.<br />
Quando o COPOM reduz a SELIC, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao<br />
consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.<br />
As instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este<br />
ano de 4,78% para 4,71%. Para 2022, a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto) - a soma de todos os bens e serviços<br />
produzidos no país - é de crescimento de 0,51%. Na semana passada, a estimativa de expansão era de 0,58%. Em<br />
2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB de 1,95% e 2,10%, respectivamente.<br />
A expectativa para a cotação do dólar subiu de R$ 5,50 de R$ 5,56 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão<br />
passou de R$ 5,50 para R$ 5,55.<br />
Foto: divulgação<br />
24 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>
APLICAÇÃO<br />
CASACOR<br />
BRASÍLIA <strong>2021</strong><br />
Com 37 ambientes assinados por 57 arquitetos, designers de interiores e paisagistas, a Casacor Brasília foi realizada entre<br />
os meses de outubro e dezembro. A feira é reconhecida como a maior e mais completa mostra de arquitetura, design<br />
de interiores e paisagismo das Américas na cidade. O tema a ser explorado pelo elenco de profissionais participantes<br />
da mostra de <strong>2021</strong> é Casa Original. Ele instiga os profissionais e os visitantes a refletirem sobre o morar contemporâneo<br />
ao propor o resgate da história de seus habitantes em equilíbrio com a tecnologia. A 29 a edição ocupa área coberta de<br />
4.130m 2 (metros quadrados) em parceria com a Eletronorte, dividida em três edificações, e mais 2.995m 2 ao ar livre, que<br />
apresentam as principais tendências de arquitetura, design, mobiliário, objetos e paisagismo, além de novidades em materiais<br />
para construção. São 7.200m 2 compostos por espaços que vão de estúdios com 35m 2 a um amplo jardim de mais<br />
de 1 mil m 2 , assinados por nomes consagrados da arquitetura, do design de interiores e do paisagismo, e novos talentos<br />
estreantes na mostra.<br />
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CASA COSMOPOLITA<br />
A inspiração do projeto de 120m 2 dos<br />
arquitetos Guilherme Bussamra e Elisa<br />
Fraga, da Guel Arquitetos, é a casa do<br />
mundo, onde todos os tipos de pessoas<br />
se sentem à vontade. O espaço tem integração<br />
fluída e moderna entre quarto e<br />
banheiro, divididos por uma tela tensionada<br />
de iluminação. Há grande variação<br />
nos materiais e aplicações de luminotécnica.<br />
O ambiente conta com obras de<br />
artes marcantes de Roberto Burle-Marx,<br />
Lúcio Costa e do fotógrafo Bruno Stuckert.<br />
Destaque para a presença da luminária<br />
que parece flutuar.<br />
líder em soluções para<br />
a indústria da madeira<br />
Fotos: Edgar Cesar<br />
26 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
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integrada com jardim e sala de estar. O<br />
projeto das arquitetas Gabriela Gontijo e<br />
Mariana Hummel apresenta modernidade<br />
e funcionalidade. O aproveitamento<br />
das texturas e a valorização do contraste<br />
entre os materiais utilizados, como madeira<br />
e vidro, marcam o encerramento<br />
de um ciclo do escritório Studio Gontijo.<br />
A desconstrução é o destaque do ambiente,<br />
onde a marcenaria e o uso de<br />
revestimentos contrapostos se valorizam<br />
mutuamente, como a nobreza da laca somada<br />
à rusticidade da taipa. Com objetos<br />
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ESTÃO<br />
PREVENDO UM<br />
CRESCIMENTO<br />
MENOR. É<br />
NATURAL. NO<br />
ÂNGULO DE VISÃO<br />
“A EXPECTATIVA É DE RETOMADA DO<br />
CRESCIMENTO DA PRODUTIVIDADE, PUXADA POR<br />
OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS NAS NOVAS<br />
TECNOLOGIAS DIGITAIS, NA IMPLEMENTAÇÃO<br />
DAS REDES 5G, CONSIDERADA BASE PARA A<br />
DIGITALIZAÇÃO, E EM TECNOLOGIAS VERDES, QUE<br />
GANHAM IMPORTÂNCIA DIANTE DA CRISE CLIMÁTICA”<br />
DE FINANCISTAS, É<br />
CLARO QUE VAI HAVER<br />
UMA DESACELERAÇÃO<br />
SAMANTHA CUNHA, GERENTE DE POLÍTICA INDUSTRIAL DA CNI<br />
(CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA)<br />
FORTE, PORQUE OS<br />
JUROS ESTÃO SUBINDO. A<br />
INFLAÇÃO SUBIU, DE NOVO<br />
ESTAMOS FAZENDO A COISA<br />
CERTA. O IMPORTANTE NÃO<br />
É A PREVISÃO. O IMPORTANTE<br />
É FAZER A COISA CERTA. O<br />
RESULTADO SERÁ O MELHOR<br />
POSSÍVEL”<br />
PAULO GUEDES,<br />
MINISTRO DA<br />
ECONOMIA<br />
Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados<br />
“DE FATO, OS NÍVEIS DE PROTEÇÃO<br />
TARIFÁRIA, E TAMBÉM NÃO TARIFÁRIA<br />
DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS<br />
NACIONAIS, ESPECIALMENTE A<br />
INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E<br />
EM PARTE O SETOR DE SERVIÇOS,<br />
ESTÃO ENTRE OS MAIS ELEVADOS DO<br />
MUNDO”<br />
OTTO ALENCAR FILHO (PSD-BA),<br />
DEPUTADO FEDERAL<br />
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ENTREVISTA<br />
ABRINDO<br />
CAMINHOS<br />
BREAKING<br />
PATHS<br />
Alogística representa um dos principais gargalos do<br />
setor produtivo do Brasil, muito disso pela falta de<br />
diversificação dos modais para transportar as commodities<br />
nacionais. Mas um projeto promete melhorar<br />
esse cenário: a Nova Ferroeste. “Com um traçado<br />
que sai de Maracaju (MS), nos conectamos com a Malha Oeste e<br />
em Balsa Nova(PR) o nosso traçado se conecta com a Malha Sul.<br />
Dessa maneira o projeto da Nova Ferroeste permite a integração<br />
com a malha ferroviária nacional, o que é essencial para o país”,<br />
explica o coordenador do Plano Estadual Ferroviário do Governo<br />
do Paraná, Luiz Henrique Fagundes. O corredor ferroviário irá<br />
acelerar o fluxo produtivo do interior dos estados do Paraná e<br />
Mato Grosso do Sul com o Porto de Paranaguá (PR), auxiliando<br />
as indústrias nacionais a se aproximarem do mercado externo. O<br />
coordenador conversou com exclusividade à Revista REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL.<br />
Desejamos a você<br />
um FELIZ NATAL e<br />
próspero ANO NOVO!<br />
ENTREVISTA<br />
Logistics represents one of the main bottlenecks for Brazil’s<br />
Productive Sector, much of it due to the lack of diversification<br />
of modals to transport commodities. But one project<br />
promises to improve this scenario: the New Ferroeste Railroad.<br />
“With a route that leaves Maracaju (MS), we connect<br />
with the Western Rail Network with Balsa Nova (PR), which connects<br />
with the Southern Rail Network. In this way, the New Ferroeste Railroad<br />
project leads to integration with the national railway network, which is<br />
essential for the Country,” explains Luiz Henrique Fagundes, Coordinator<br />
of the State Railroad Plan of the Government of Paraná. The railway<br />
corridor accelerates the productive flow from the interior of the States<br />
of Paraná and Mato Grosso do Sul with the Port of Paranaguá (PR),<br />
helping domestic companies to get closer to the foreign market. The<br />
Coordinator spoke exclusively with REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong>.<br />
Foto: divulgação<br />
30 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
LUIZ HENRIQUE<br />
FAGUNDES<br />
FORMAÇÃO PROFISSIONAL: ENGENHARIA MECÂNICA PELA USP<br />
(UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) E MBA PELA OHIO UNIVERSITY<br />
CARGO: COORDENADOR DO PLANO ESTADUAL FERROVIÁRIO<br />
DO GOVERNO DO PARANÁ, EX-CEO DA SHIFT TECHNOLOGY<br />
CONSULTING E DA MAFLOW BRASIL.<br />
PROFESSIONAL EDUCATION: MECHANICAL ENGINEERING, UNIVERSITY OF SÃO<br />
PAULO (USP), AND MBA, OHIO UNIVERSITY<br />
FUNCTION: COORDINATOR OF THE STATE OF PARANÁ GOVERNMENT RAILROAD<br />
PLAN, EX-CEO OF SHIFT TECHNOLOGY CONSULTING AND MAFLOW BRASIL<br />
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ENTREVISTA<br />
COMO A NOVA FERROESTE IRÁ IMPACTAR<br />
NO DESENVOLVIMENTO DO SETOR PRODU-<br />
TIVO DO PARANÁ E DO MATO GROSSO DO<br />
SUL?<br />
O projeto vai transformar a realidade dos dois<br />
Estados. Essa conexão vai permitir que a produção<br />
de grãos, proteína animal e demais commodities<br />
sejam escoadas com maior rapidez e menor custo<br />
logístico. Hoje um contêiner de Cascavel (PR) a<br />
Paranaguá (PR) leva 5 dias de viagem, com a Nova<br />
Ferroeste esse tempo cai para 20h (horas). Isso<br />
de reflete em maior competitividade no mercado<br />
externo e produtos baratos para o consumidor<br />
final aqui no Brasil. Em distâncias acima de 200 km<br />
(quilômetros) o modal ferroviário prevalece sobre o<br />
modal rodoviário. Um estudo encomendado pelo<br />
governo demonstrou que a redução do custo logístico<br />
com a Nova Ferroeste pode ficar acima de 30%<br />
em alguns lugares. Dessa maneira vai ser criado um<br />
ciclo virtuoso. Quando as empresas e cooperativas<br />
aumentam a produtividade, geram novos postos de<br />
trabalho e mais dinheiro circula nesses locais.<br />
QUAIS OS BENEFÍCIOS DO INVESTIMENTO<br />
EM FERROVIAS PARA A LOGÍSTICA DO SETOR<br />
PRODUTIVO NO BRASIL?<br />
Com um traçado que sai de Maracaju (MS), nos<br />
conectamos com a malha oeste e em Balsa Nova<br />
(PR) o nosso traçado se conecta com a malha sul.<br />
Dessa maneira o projeto da Nova Ferroeste permite<br />
a integração com a malha ferroviária nacional, o<br />
que é essencial para o país. Quando estiver concluída<br />
a Nova Ferroeste será o segundo maior corredor<br />
de grãos e contêineres refrigerados do país.<br />
Um estudo que acaba de ser finalizado demonstrou<br />
que se a estrada de ferro estivesse pronta hoje, iria<br />
transportar cerca de 38 milhões de toneladas.<br />
HOW WILL NEW FERROESTE RAILROAD<br />
IMPACT THE DEVELOPMENT OF THE PRODUC-<br />
TIVE SECTOR IN THE STATES OF PARANÁ AND<br />
MATO GROSSO DO SUL?<br />
The project transforms the reality of the two<br />
states. This connection leads to lower shipping<br />
times and logistics costs for grains, animal protein,<br />
and other commodities. Today, a container from<br />
Cascavel to Paranaguá takes five days, with the<br />
New Ferroeste Railroad, the time drops to 20 hours.<br />
This reflects greater competitiveness in the foreign<br />
market and cheaper products for the final consumer<br />
here in Brazil. Furthermore, at distances above 200<br />
km, the railway modal prevails over the road modal.<br />
A government-commissioned study showed that<br />
reducing the logistical cost by using the New Ferroeste<br />
Railroad could be more than 30% in some<br />
places. In this way, a virtuous cycle is created. When<br />
companies and cooperatives increase productivity,<br />
they generate new jobs, and more money circulates<br />
in these locations.<br />
WHAT ARE THE BENEFITS OF INVESTMENT<br />
IN RAILWAYS FOR THE LOGISTICS OF THE PRO-<br />
DUCTIVE SECTOR IN BRAZIL? HOW DO YOU<br />
SEE THIS?<br />
With a route that leaves Maracaju (MS), we connect<br />
with the Western Rail Network and with Balsa<br />
Nova (PR) which connects with the Southern Rail<br />
Network. In this way, the New Ferroeste Railroad<br />
project leads to integration with the national railway<br />
network, essential for the Country. When the New<br />
Ferroeste Railroad is completed, it will be the Country’s<br />
second-largest corridor for grains and refrigerated<br />
containers. A study that has just been completed<br />
has shown that if the railway were ready today, it<br />
would carry about 38 million tons per year.<br />
A Eletro Izidoro atua no segmento de motores e painéis<br />
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A DESESTATIZAÇÃO DA NOVA<br />
FERROESTE PREVÊ UM CONTRATO DE<br />
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32 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>
ENTREVISTA<br />
QUAIS OS CRONOGRAMAS PARA O INÍCIO<br />
DAS OPERAÇÕES NOS TRECHOS DA NOVA<br />
FERROESTE?<br />
A desestatização da Nova Ferroeste prevê um<br />
contrato de 70 anos. Estimamos 10 anos para a<br />
construção de todo o traçado. Naturalmente uma<br />
obra com 1304 km de extensão vai ser executada<br />
em etapas e o início da operação não depende da<br />
finalização completa. A Ferroeste, como existe hoje<br />
também vai continuar funcionando normalmente<br />
durante as obras. Com a finalização dos estudos de<br />
engenharia e ambiental, já demos entrada no pedido<br />
de Licença Prévia junto ao IBAMA (Instituto Brasileiro<br />
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />
Renováveis), que é o órgão licenciador e também<br />
quem define as datas e os locais das audiências públicas.<br />
Depois dessa etapa vamos levar o projeto a<br />
leilão na Bolsa de Valores de São Paulo.<br />
COMO A LOGÍSTICA NO PORTO DE PARA-<br />
NAGUÁ SERÁ BENEFICIADA COM A NOVA<br />
FERROVIA?<br />
Com a chegada da nova Ferroeste – de Maracaju<br />
(MS) ao Porto de Paranaguá, a expectativa é<br />
receber ainda mais carga - cerca de 26 milhões de t<br />
(toneladas) a mais, já no primeiro ano de operação<br />
– em especial granéis de exportação e contêineres<br />
refrigerados com proteína animal vindas da região<br />
oeste do Estado do Paraná, do Estado vizinho Mato<br />
Grosso do Sul e também do Paraguai. Certamente,<br />
em termos de logística, somada aos investimentos<br />
e melhorias que a Portos do Paraná já vem desenvolvendo<br />
– a destacar as licitações de novos arrendamentos,<br />
o projeto do Moegão e de modernização<br />
e ampliação do Corredor Leste de Exportação<br />
do Porto de Paranaguá; e as obras de infraestrutura<br />
marítima, como a derrocagem de parte da Pedra<br />
da Palangana, em andamento no Canal de Acesso<br />
-, a nova ligação ferroviária tende a contribuir ainda<br />
mais para o projeto do Paraná de se tornar o Hub<br />
Logístico da América do Sul.<br />
WHAT IS THE SCHEDULE FOR THE START<br />
OF OPERATIONS IN THE PARTS OF THE NEW<br />
FERROESTE RAILROAD?<br />
The denationalization of the New Ferroeste Railroad<br />
provides for a 70-year contract. We estimate 10<br />
years for the construction of the entire layout. Naturally,<br />
a work 1304 km long is executed in stages, and<br />
the start of the operation does not depend on the<br />
total completion. The Ferroeste, as it exists today,<br />
also continues to function normally during work.<br />
After completing engineering and environmental<br />
studies, we have already filed a request for a Prior<br />
License with Ibama. This environmental licensing<br />
body defines the dates and places of public hearings.<br />
After this stage, we take the project to auction<br />
on the São Paulo Stock Exchange.<br />
HOW WILL LOGISTICS IN THE PORT OF<br />
PARANAGUÁ BENEFIT FROM THE NEW<br />
RAILWAY?<br />
With the arrival of the New Ferroeste Railroad<br />
from Maracaju (MS) to the Port of Paranaguá, the<br />
expectation is to receive even more cargo - about<br />
26 million tons more, just in the first year of operation<br />
- especially export bulk and refrigerated containers<br />
with animal protein from the Western Region<br />
of the State of Paraná, the neighboring state (MS),<br />
and also Paraguay. Indeed, in terms of logistics,<br />
added to the investments and improvements that<br />
Portos do Paraná has been carrying out – highlighting<br />
the bids for new leases, the Moegão Project,<br />
the modernization and expansion of the East Export<br />
Corridor of the Port of Paranaguá, and the maritime<br />
infrastructure works, such as the breaking up of part<br />
of the Palangana Rock in progress in the Access<br />
Channel - the new railway link tends to contribute<br />
even more to the Paraná Project of becoming the<br />
Logisticshub of South America.<br />
UM ESTUDO ENCOMENDADO PELO GOVERNO<br />
DEMONSTROU QUE A REDUÇÃO DO CUSTO<br />
LOGÍSTICO COM A NOVA FERROESTE PODE FICAR<br />
ACIMA DE 30% EM ALGUNS LUGARES<br />
a melhor solução<br />
em exportação<br />
de madeira!<br />
pinus | eucalipto<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
34 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>
COLUNA ABIMCI<br />
<strong>2021</strong>, AVANÇOS E DESAFIOS<br />
ANO PARA O SETOR MADEIREIRO TERMINA DE FORMA SATISFATÓRIA, ALGO QUE DEVE SER<br />
COMEMORADO APÓS DESAFIOS E IMPREVISIBILIDADES<br />
Paulo Pupo<br />
Superintendente da Associação<br />
Brasileira da Indústria de Madeira<br />
Processada Mecanicamente<br />
Contato: abimci@abimci.com.br<br />
TEMOS TUDO PARA INICIAR<br />
2022 DE FORMA POSITIVA COM<br />
BOAS EXPECTATIVAS DE MERCADO, DE<br />
RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA E DO<br />
CONSUMO MUNDIAL<br />
36 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
Foto: divulgação<br />
M<br />
ais um ano marcado pela pandemia do<br />
novo coronavírus está chegando ao fim.<br />
Os impactos para a população mundial,<br />
assim como para os mais variados setores<br />
produtivos são incalculáveis. Para o de<br />
base florestal, em especial o industrial madeireiro, o ano<br />
termina com as atividades de produção e mercado mantidas<br />
em níveis satisfatórios praticamente em todos os segmentos,<br />
cenário que precisa ser reconhecido e comemorado,<br />
diante de tantos desafios e imprevisibilidades.<br />
Já no início de <strong>2021</strong>, o segmento de molduras venceu o<br />
processo de Dano e de antidumping imposto por coalizão<br />
de fabricantes norte-americanos por meio do departamento<br />
de comércio dos EUA (Estados Unidos da América). Um<br />
processo técnico, complexo e oneroso, mas que deu ganho<br />
de causa ao produto brasileiro.<br />
As nossas exportações de madeira mostraram números<br />
crescentes e solidificados ao longo do ano, assim como<br />
a demanda no mercado interno, baseada no bom momento<br />
da construção civil que potencializou o consumo e<br />
os negócios de nossas empresas no mercado interno. O<br />
segmento de madeira processada vivenciou um ano com<br />
vários avanços e bom desempenho.<br />
Paralelamente à produção e mercado, o suprimento<br />
florestal dominou os principais esforços e análises das empresas<br />
no decorrer do ano. A criação do Comitê Florestal<br />
na estrutura da ABIMCI, otimizou e ampliou as discussões<br />
de questões relacionadas ao suprimento; possíveis formas<br />
de incentivo e fomento; legislação; e código florestal, reforçando<br />
ainda mais a pauta como estratégica e crucial para a<br />
sustentabilidade de todo o setor. As primeiras ações coordenadas<br />
pela ABIMCI já tiveram início, atuando junto a entidades<br />
federais como o SFB (Serviço Florestal Brasileiro),<br />
associações de reflorestadores regionais e EMBRAPA Florestas<br />
para união de esforços, tecnologia, melhora da produtividade,<br />
entre outros fatores. Todas as tratativas visam<br />
o aumento do suprimento de madeira e desburocratização<br />
para os plantios florestais. Um plano de metas e ações, que<br />
será entregue ao Governo Federal, está sendo desenvolvido<br />
pela ABIMCI para dar amplo suporte ao crescimento<br />
das áreas de florestas plantadas.<br />
Outro acontecimento de destaque, que atendeu à<br />
solicitação da ABIMCI, foi a publicação pelo SFB de nota<br />
técnica com considerações sobre uma melhor interpretação<br />
do Código Florestal Brasileiro em relação à origem da<br />
madeira das espécies pinus e eucalipto. A publicação é de<br />
grande importância, pois a falta de um esclarecimento mais<br />
preciso ou de um documento específico que comprovasse<br />
essa informação dentro do texto Código Florestal tem<br />
causado dificuldades às empresas exportadoras brasileiras,<br />
assim como às empresas importadoras que também<br />
enfrentam entraves nos países de destino. O documento<br />
esclarece que os plantios ou reflorestamento das espécies<br />
exóticas dos gêneros Pinus sp. e Eucalyptus sp. são provenientes<br />
de áreas aptas legalmente para seu cultivo, tendo<br />
inclusive modelo de licenciamento simplificado e harmonizado<br />
com outras culturas agrícolas.<br />
No campo técnico, a ABIMCI, entidade gestora nacional<br />
do Comitê Brasileiro de Madeira da ABNT, o CB-31,<br />
coordenou o trabalho das Comissões de Estudo que permitiram<br />
a publicação de importantes normas técnicas para<br />
os segmentos de portas de madeira, madeira serrada de<br />
coníferas, compensado e compensado plastificado.<br />
A questão logística e de fretes internacionais não pode<br />
ficar de fora da avaliação de <strong>2021</strong>. Dificuldades reais de realização<br />
dos nossos embarques vieram em definitivo para a<br />
mesa de negociações, com escalada de valores praticados<br />
pelos armadores em níveis descontrolados. Vários de nossos<br />
produtos madeireiros, em especial, durante o segundo<br />
semestre do ano, estão tendo que adaptar suas políticas<br />
comerciais aos novos valores praticados que influenciam<br />
diretamente na competitividade de nosso mercado. Temos<br />
tudo para iniciar 2022 de forma positiva com boas expectativas<br />
de mercado, de recuperação da economia e do consumo<br />
mundial. No Brasil, teremos um ano de eleições que<br />
sempre trazem novas preocupações e atenção aos desdobramentos.<br />
Mas em especial, precisamos manter nossas esperanças<br />
de que seja possível eliminar de vez a pandemia<br />
e de que a vida possa voltar à normalidade. Esse é o real<br />
sentido das coisas! Um ano novo positivo a todos!<br />
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PRINCIPAL<br />
A VOZ DA INDÚSTRIA<br />
DA MADEIRA<br />
COM ABRANGENTE ATUAÇÃO<br />
DESDE A DÉCADA DE 1970,<br />
A ASSOCIAÇÃO SEGUE<br />
TRABALHANDO EM PROL DA<br />
DEFESA E CRESCIMENTO DO<br />
SEGMENTO DE BASE FLORESTAL<br />
E MADEIRA PROCESSADA<br />
Fotos: divulgação<br />
A<br />
história de uma associação com meio<br />
século de existência reúne detalhes, que<br />
dificilmente seriam contados com exatidão<br />
em algumas páginas. A narrativa da ABIMCI<br />
(Associação Brasileira da Indústria de Madeira<br />
Processada Mecanicamente), em especial, é mais<br />
complexa, porque traz consigo não apenas conquistas<br />
em prol de seus associados, mas os passos do desenvolvimento<br />
do setor industrial madeireiro no Brasil.<br />
Quando a ABIMCI foi fundada em 18 de julho de 1972,<br />
em São Paulo (SP), seu foco de atuação era a defesa dos<br />
interesses das empresas fabricantes de forma de concreto.<br />
Ao longo dos anos, a entidade foi se fortalecendo e ampliando<br />
sua representatividade e ações. Pautas e outros<br />
segmentos de produtos foram incorporados na agenda<br />
e escopo de trabalho da entidade, entre eles os compensados<br />
de pinus e tropical; laminados; madeira serrada;<br />
portas; molduras; pisos, pellets e biomassa.<br />
THE VOICE OF THE<br />
TIMBER INDUSTRY<br />
WITH COMPREHENSIVE OPERATIONS SINCE<br />
THE 1970S, THE ASSOCIATION CONTINUES<br />
TO WORK FOR THE DEFENSE AND GROWTH<br />
OF THE FOREST-BASED SEGMENT AND<br />
PROCESSED WOOD<br />
The story of an association with half a century of<br />
existence unites details that cannot be described<br />
fully in just several pages. That is because,<br />
in particular, the narrative of the Brazilian Association<br />
of Mechanically Processed Timber<br />
Industry (Abimci) is very complex. After all, it covers the<br />
38 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
DEZEMBRO <strong>2021</strong> 39
PRINCIPAL<br />
Assim, a ABIMCI assumiu um papel estratégico cada<br />
vez maior, criou comitês segmentados por produtos, que<br />
auxiliam na definição de pautas estratégicas e de avaliação<br />
de mercado. “Nas reuniões dos comitês são abordados<br />
temas específicos de cada segmento de produto, como<br />
questões comerciais, mercados interno e externo, suprimento,<br />
custos industriais, logística, certificação, barreiras<br />
tarifárias e não tarifárias, informações e discussões, que<br />
contribuem com subsídios para definições de estratégias<br />
das empresas e para a construção de agendas da ABIMCI”,<br />
destaca o presidente da ABIMCI, Juliano Vieira de Araujo.<br />
Com o crescimento e consolidação das exportações<br />
brasileiras, a atenção às políticas internacionais e o incremento<br />
das agendas com entidades internacionais parceiras<br />
se tornou essencial. “Esta é hoje uma das principais pautas<br />
da entidade para promoção dos produtos brasileiros nos<br />
principais mercados consumidores, como América do<br />
Norte e Europa”, afirma o presidente da ABIMCI.<br />
Além disso, a entidade tem participado ativamente<br />
das agendas de coalizões nacionais, como a Coalizão Empresarial<br />
Brasileira e Coalizão Empresarial para Facilitação<br />
de Comércio e Barreiras, ambas com políticas públicas de<br />
negociação com mercados externos; e também acompanha<br />
as pautas da Coalizão pela Construção coordenada<br />
pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção),<br />
que promove a construção civil no Brasil.<br />
achievements from the benefits for its members to the<br />
steps in the development of the Timber <strong>Industrial</strong> Sector<br />
in Brazil.<br />
Abimci, founded on July 18, 1972, in São Paulo, focused<br />
on defending the interests of industrial timber in a<br />
concrete way. Over the years, the entity has strengthened<br />
and expanded its representativeness and actions. Topics<br />
and other product segments were incorporated into the<br />
entity’s agenda and scope of work, including pine and<br />
tropical plywood, laminates, sawn wood, doors, door and<br />
window frames, flooring, pellets, and biomass.<br />
Thus, Abimci assumed an increasingly strategic role<br />
and created committees segmented by-products, which<br />
assisted in defining strategic agendas and market evaluations.<br />
“In the committee meetings, specific topics for<br />
each product segment is addressed, such as trade issues,<br />
domestic and foreign markets, procurement, industrial<br />
costs, logistics, certification, tariff and non-tariff barriers,<br />
information, and discussions that contribute to subsidies<br />
for definitions of company strategies and the construction<br />
of Abimci agendas,” says Juliano Vieira de Araujo, current<br />
Abimci President.<br />
With the growth and consolidation of Brazilian exports,<br />
attention to international policies and agendas<br />
with international partner entities has become essential.<br />
“Today, this is one of the main agendas of the entity for<br />
Para dar suporte aos associados, a ABIMCI desenvolveu<br />
programas de qualidade e certificação para os produtos<br />
destinados aos mercados interno e externo. “Há mais de<br />
20 anos, oferecemos aos associados o PNQM (Programa<br />
Nacional de Qualidade da Madeira). Ele é base para alicerçar<br />
a melhoria dos processos produtivos das indústrias e<br />
a busca contínua da qualidade dos produtos, além de ser<br />
reconhecido para as certificações CE e UKCA Marking”,<br />
detalha Juliano.<br />
Desde 2013, a entidade disponibiliza também aos<br />
associados, fabricantes de portas de madeira, o PSQ-<br />
-PME (Programa Setorial da Qualidade de Portas para<br />
Edificações). O suporte técnico ao mercado industrial<br />
madeireiro também é reforçado pela ABIMCI com a gestão<br />
nacional do Comitê Brasileiro de Madeira da ABNT, o<br />
CB-31, que tem por objetivo estudar, elaborar e revisar as<br />
normas técnicas brasileiras de acordo com as demandas<br />
apresentadas.<br />
ESTUDO SETORIAL<br />
Desde 2004, a ABIMCI disponibiliza ao<br />
mercado o Estudo Setorial com dados referentes<br />
à indústria e ao mercado de base<br />
florestal. O material é fonte de informações<br />
socioeconômicas e específicas sobre cada<br />
segmento representado pela entidade. Na<br />
publicação, os leitores encontram dados<br />
sobre as florestas no mundo e no Brasil;<br />
o perfil da indústria madeireira no país; e<br />
dados de consumo e exportação dos principais<br />
produtos madeireiros industrializados<br />
no Brasil. A ABIMCI já está trabalhando na<br />
próxima edição que será disponibilizada<br />
no início de 2022.<br />
the promotion of Brazilian products in the main consumer<br />
markets, such as North America and Europe,” says the<br />
Abimici President.<br />
In addition, the entity has actively participated in<br />
the agendas of national coalitions, such as the Brazilian<br />
Business Coalition and the Business Coalition for Trade<br />
Facilitation and Barriers, both with public policies for negotiating<br />
with foreign markets. Also, it follows the agendas<br />
of the Coalition for Construction coordinated by the<br />
Brazilian Chamber of the Construction Industry (CBIC),<br />
which promotes building construction in Brazil.<br />
To support members, Abimci has developed quality<br />
and certification programs. “For more than 20 years, we<br />
have been offering members the National Wood Quality<br />
Program (PNQM). It is the basis for improving the production<br />
processes of companies and the continuous search<br />
for product quality, besides being recognized for CE and<br />
UKCA Marking certifications,” details Araujo.<br />
SECTOR STUDY<br />
Since 2004, Abimci has made the<br />
Sector Study available with data on the<br />
industry and the forest-based market.<br />
The material sources socioeconomic<br />
and specific information about each<br />
segment represented by the entity.<br />
In the publication, readers find data<br />
on forests in the world and Brazil, the<br />
profile of the timber industry in Brazil,<br />
and consumption and export data<br />
of the leading industrialized timber<br />
products in the Country. Abimci is<br />
already working on the next issue for<br />
early 2022.<br />
Acesse os Estudos Setoriais já publicados:<br />
https://abimci.com.br/publicacoes/<br />
40 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
DEZEMBRO <strong>2021</strong> 41
PRINCIPAL<br />
NOVA MARCA<br />
Para dar início às comemorações dos 50 anos, a ABIM-<br />
CI está reestruturando a sua comunicação com o mercado,<br />
e é claro, com seus associados. Ela reposiciona a sua<br />
marca, apresentando um novo logotipo, que tem como<br />
inspiração as florestas. O símbolo mantém o conceito<br />
original da combinação da inicial do nome da ABIMCI com<br />
a forma pictórica de uma árvore. “A elaboração do novo<br />
logotipo foi o primeiro passo dado para o reposicionamento<br />
da marca da ABIMCI. Ela dá início a todas as ações<br />
para a comemoração dos 50 anos da entidade, que será<br />
celebrado em 2022”, destaca o presidente da ABIMCI.<br />
O próximo ano será especial para a ABIMCI. “Estamos<br />
construindo uma agenda que envolve desde a elaboração<br />
de um amplo plano de comunicação, o lançamento de<br />
um novo site, novas ferramentas de comunicação com os<br />
associados, uma celebração festiva relativa aos 50 anos,<br />
além das agendas comerciais, técnicas e de eventos”,<br />
detalha Juliano.<br />
ANÁLISE PRESENTE, RUMO AOS 50 ANOS<br />
Na evolução histórica e no momento presente da<br />
ABIMCI, a intensificação de reuniões realizadas pelos<br />
comitês de produtos se tornou primordial para a compreensão<br />
dos cenários macro, para o planejamento e tomada<br />
de decisões. Por isto, trazemos aqui algumas análises de<br />
<strong>2021</strong> feitas pelos coordenadores de cada comitê.<br />
A crise logística enfrentada impactou diretamente<br />
os mercados, e definitivamente veio para a mesa de<br />
negociações como uma importante variável. “Estamos<br />
acompanhando a dinâmica mundial do movimento dos<br />
contêineres e procurando alternativas, que viabilizem a<br />
exportação dos produtos brasileiros, buscando minimizar<br />
O NOVO LOGOTIPO DÁ<br />
INÍCIO A TODAS AS<br />
AÇÕES PARA A COMEMORAÇÃO<br />
DOS 50 ANOS DA ENTIDADE, QUE<br />
SERÁ CELEBRADO EM 2022<br />
JULIANO VIEIRA DE ARAUJO,<br />
PRESIDENTE DA ABIMCI<br />
Since 2013, the entity has also made available to members,<br />
who are wooden door manufacturers, the Sector<br />
Program for the Quality of Doors for Buildings (PSQ-Pme).<br />
Furthermore, Abimci also reinforces the technical support<br />
to the industrial timber market with the national management<br />
of Abnt’s Brazilian Wood Committee, CB-31, which<br />
aims to study, elaborate, and revise Brazilian technical<br />
standards according to the demands presented.<br />
NEW LOGO<br />
To kick off the 50th-anniversary celebrations, Abimci<br />
is restructuring its communication with the market, and of<br />
course, with its members. In addition, it is repositioning its<br />
logo, presenting a new one inspired by forests. The symbol<br />
retains the original concept of combining the Abimci name<br />
with the pictorial shape of a tree. “The development of the<br />
new logo was the first step taken for the repositioning of<br />
Abimci’s brand. It initiates the actions for the celebration of<br />
the 50th anniversary of the entity that will be celebrated in<br />
2022,” says the Abimci President.<br />
Next year is special for Abimci. “We are creating an<br />
agenda that involves the development of a broad communication<br />
plan, the launch of a new website, new communication<br />
tools with members, a festive celebration for the<br />
50th anniversary, in addition to the commercial, technical,<br />
and event agendas,” explains Araujo.<br />
THE CURRENT ANALYSIS AND THE NEXT 50 YEARS<br />
In the historical evolution and present moment of<br />
Abimci, the intensification of meetings held by the Product<br />
Committees has become paramount for understanding<br />
macro scenarios and planning and decision making. For<br />
this, below is a summary analysis of <strong>2021</strong> made by the Coordinators<br />
of each Committee.<br />
os impactos para os clientes internacionais”, afirma o<br />
coordenador do comitê de laminados e compensados de<br />
pinus e ex-presidente da ABIMCI, José Carlos Januário.<br />
Ele destaca que mesmo com este cenário, o compensado<br />
de pinus do Brasil tem registrado crescimento importante<br />
em vários mercados, consolidando a posição do país<br />
como significativo player mundial.<br />
Para o segmento de laminados e compensado tropical,<br />
este ano, apesar do pequeno crescimento da produção<br />
frente ao compensado de pinus, apresentou melhora.<br />
“Com a valorização do dólar perante o real e também o<br />
aumento do consumo no mercado norte-americano em<br />
<strong>2021</strong>, tivemos uma melhora nos resultados das empresas.<br />
Acredito que em 2022, a produção de compensado<br />
tropical se mantenha nos níveis deste ano. No mercado<br />
interno, as vendas de compensados de paricá continuam<br />
crescendo nas indústrias de móveis”, avalia o coordenador<br />
do comitê de laminados e compensado tropical, Paulo<br />
Cavalcanti Neto.<br />
Já o segmento de pellets também está sofrendo os<br />
impactos da crise logística. O coordenador do comitê de<br />
pellets e biomassa, Ademir Antônio Gasperini, lembra que<br />
o ano começou com um cenário positivo com a produção<br />
contratada para um novo ciclo e com novos produtores<br />
entrando no mercado. “Estávamos com a oferta um<br />
pouco acima da demanda, somando o mercado interno<br />
e externo, no entanto, veio a crise logística internacional.<br />
Com isso, não estamos conseguindo desovar a produção<br />
para o mercado externo e o interno não absorve a produ-<br />
The logistics crisis directly impacted the markets and<br />
came to the negotiating table as an important variable.<br />
“We are monitoring the global dynamics of container movement<br />
and looking for alternatives that enable the export<br />
of Brazilian products, seeking to minimize the impacts<br />
for international customers,” said José Carlos Januário,<br />
Coordinator of the Pine Laminated and Plywood Committee<br />
and former President of Abimci. However, he points<br />
out that even with this scenario, Brazil’s pine plywood has<br />
recorded significant growth in several markets, consolidating<br />
the Country’s position as a significant global player.<br />
This year, the laminates and tropical plywood segment<br />
showed improvement, despite the small production growth<br />
compared to pine plywood. “With the appreciation<br />
of the Dollar against the Real and also the increase in<br />
consumption in the U.S. market in <strong>2021</strong>, we had an improvement<br />
in the results of companies. I believe that in<br />
2022, tropical plywood production will remain at this year’s<br />
levels. In the domestic market, sales of paricá plywood<br />
continue to grow in the furniture industry,” says Paulo Cavalcanti<br />
Neto, Coordinator of the Laminates and Tropical<br />
Plywood Committee<br />
Also, the pellet segment is suffering the impacts of the<br />
logistics crisis. Ademir Antônio Gasperini, Coordinator of<br />
the Pellets and Biomass Committee, recalls that the year<br />
began with an optimistic scenario with the production<br />
contracted for a new cycle and new producers entering<br />
the market. “Supply was slightly above demand, summing<br />
the domestic and foreign market; however, the interna-<br />
42 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
DEZEMBRO <strong>2021</strong> 43
PRINCIPAL<br />
ção, ocasionando uma superoferta e estoques altos. Não<br />
podemos falar em crise ou ano perdido, mas a situação<br />
comprometeu a rentabilidade”, avalia.<br />
Concomitante à crise logística, o aumento no custo<br />
dos insumos e da demanda tiveram influência direta nos<br />
resultados e direcionamentos estratégicos das empresas<br />
do segmento. “Destaco em especial o tema logístico com<br />
os aumentos nos fretes e problemas no cumprimento<br />
dos prazos de entrega. Além disso, o abastecimento de<br />
matéria-prima se tornou um desafio para várias regiões<br />
devido ao aumento do consumo. O mercado doméstico<br />
teve reflexos devido a essas condições, além da conjuntura<br />
econômica interna. Entretanto, no geral os resultados<br />
foram positivos para as empresas e novas oportunidades<br />
foram desenvolvidas para o produto brasileiro”, analisa<br />
o coordenador do Comitê de PMVA (Produtos de Maior<br />
Valor Agregado e Madeira de Pinus), Luis Daniel Woiski.<br />
Para o mercado de molduras, a forte demanda, as<br />
dificuldades operacionais, o colapso da logística, os estímulos<br />
econômicos criados pelo governo americano e o<br />
Fed com taxas de juros reduzidas contribuíram, segundo<br />
o coordenador do comitê de molduras, Armando Giacomet,<br />
para o desabastecimento da moldura brasileira no<br />
mercado externo. “Por outro lado, os países do sudeste<br />
da Ásia se consolidaram como um novo polo mundial de<br />
produção de molduras, que crescerá ao longo do tempo,<br />
vindo a se transformar em um importante concorrente dos<br />
produtores brasileiros”, alerta Armando.<br />
No Brasil, a construção civil praticamente não parou<br />
durante a pandemia, abrindo ao mesmo tempo espaço e<br />
tional logistics crisis came. With this, we cannot export<br />
products to the foreign market, and the domestic market<br />
does not absorb production, creating an oversupply and<br />
above-average inventories. Of course, we shouldn’t talk<br />
about a crisis or a lost year, but the situation has compromised<br />
profitability,” he says.<br />
Concomitantly with the logistics crisis, the increase<br />
in input costs and demand directly influenced the results<br />
and strategic directions of the companies in the segment.<br />
“Especially, I want to point out the logistics theme with increases<br />
in freight costs and problems in meeting delivery<br />
deadlines. In addition, the raw material supply has become<br />
a challenge for several regions due to increased consumption.<br />
The domestic market had repercussions due<br />
to these conditions and the internal economic situation.<br />
However overall, the results were positive for producers,<br />
and new opportunities were developed for the Brazilian<br />
product,” evaluates Luis Daniel Woiski, Coordinator of the<br />
Higher Added Value and Pine Wood Products Committee<br />
(PMVA). According to Armando Giacomet, Coordinator of<br />
the Window and Door Frame Committee, for the window<br />
and door frame market, strong demand, operational difficulties,<br />
logistics collapse, the economic stimulus created<br />
by the U.S. government, and the reduced interest rates by<br />
the Fed contributed to the lack of availability of Brazilian<br />
frames in the foreign market. “However, the countries of<br />
Southeast Asia have consolidated themselves as a new<br />
global center for frame production, which will grow over<br />
time, becoming an important competitor for Brazilian producers,”<br />
he says.<br />
desafios para o compensado plastificado. O coordenador<br />
do Comitê de Compensado Plastificado, Rafael Bobato,<br />
conta que a partir do primeiro semestre o produto acabou<br />
sofrendo pressão com reajuste nos preços da matéria-prima,<br />
na faixa de 30 a 50% e não conseguiu repassar ao<br />
consumidor final na mesma velocidade que os outros produtos,<br />
como o compensado sem revestimento, estavam<br />
repassando na exportação e, por isto, alguns fabricantes<br />
deixaram de produzi-lo. “Então, começou a faltar produto<br />
no mercado, como consequência, em meados de junho,<br />
o mercado estava completamente desabastecido. A<br />
partir desta fase, os fabricantes conseguiram aumentar os<br />
preços. Por outro lado, no segundo semestre, o setor de<br />
compensados teve uma baixa significativa na exportação,<br />
o que trouxe novamente os produtores para o segmento<br />
do plastificado”, justifica.<br />
O bom momento da construção civil também impactou<br />
positivamente o segmento de portas e pisos de<br />
madeira. “Em <strong>2021</strong>, a venda de pisos teve um crescimento<br />
acima do esperado”, afirmou o coordenador do comitê<br />
de pisos e madeira tropical, Murilo Granemann de Souza.<br />
Ele conta também que a grande surpresa foi o aumento<br />
de custos de insumos e matéria-prima. O mesmo cenário<br />
foi observado pelas empresas fabricantes de portas de<br />
madeira que fazem parte do PSQ-PME, que atuam diretamente<br />
com o setor da construção civil.<br />
NAS REUNIÕES DOS<br />
COMITÊS SÃO<br />
ABORDADOS TEMAS<br />
ESPECÍFICOS DE CADA<br />
SEGMENTO DE PRODUTO,<br />
COMO QUESTÕES<br />
COMERCIAIS, MERCADOS<br />
INTERNO E EXTERNO<br />
In Brazil, building construction did not slow down<br />
much during the pandemic, opening space and challenges<br />
for plasticized plywood. Rafael Bobato, Coordinator<br />
of the Plasticized Compensation Committee, says that<br />
the product came under pressure with adjustment in raw<br />
material prices in the range of 30 to 50% from the first half<br />
of the year. Exporters could not pass these costs on to the<br />
final consumer at the same speed as other products, such<br />
as unplasticized plywood. Therefore, some manufacturers<br />
stopped producing the product. “Then, the market began<br />
to lack product, and, as a result, in mid-June, the market<br />
was completely out of stock. From this stage, manufacturers<br />
have managed to raise prices. As well, in the second<br />
half of the year, the plywood segment had a significant<br />
drop in exports, which brought manufacturers back to<br />
producing plasticized plywood,” he explains.<br />
Building Construction is currently passing through a<br />
time of growth, which has positively impacted the wooden<br />
door and flooring segment. “In <strong>2021</strong>, the sale of flooring<br />
has shown better growth than expected,” said Murilo<br />
Granemann de Souza, Coordinator of the Tropical Wood<br />
and Flooring Committee. He also says that the big surprise<br />
was increased input and raw material costs. The same<br />
scenario was observed by the companies that make wooden<br />
doors part of the PSQ-Pme that work directly with the<br />
Building Construction Sector.<br />
44 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
DEZEMBRO <strong>2021</strong> 45
SETORIAL<br />
QUALIDADE<br />
COMPROVADA<br />
COM UMA HISTÓRIA DE 80 ANOS MARCADA POR SUCESSO<br />
E INOVAÇÃO, A GÖTTERT É REFERÊNCIA NA ENTREGA DE<br />
ESTUFAS DE SECAGEM AO SETOR MADEIREIRO<br />
C<br />
hegar aos 80 anos de vida é o cumprimento<br />
de uma meta vitoriosa. Agora, atingir esse<br />
status tendo um legado de sucesso e inovação,<br />
sendo uma referência dentro de sua<br />
área de atuação é ainda mais louvável.<br />
A Göttert foi fundada em 1941, na Argentina, por Carlos<br />
e Enrique Göttert, que desde os primeiros passos da<br />
empresa observaram a importância de conseguir atender<br />
as necessidades dos clientes, oferecendo as melhores<br />
tecnologias e recursos de inovação disponíveis dentro do<br />
mercado.<br />
“Oferecemos ao setor madeireiro estufas de secagem<br />
fabricadas pela própria empresa, no qual respondem a<br />
um programa de fabricação que contempla variantes para<br />
se atender e adaptar-se de maneira flexíveis às demandas<br />
de cada cliente. Tentamos sempre ter uma relação de<br />
parceiros e não simplesmente de cliente-fornecedor. Com<br />
profissionais altamente qualificados, oferecemos assistência<br />
ao cliente, prevenindo interrupções e paradas de<br />
produção”, relata Norberto Göttert, diretor da Göttert no<br />
Brasil e Argentina.<br />
As estufas de secagem da empresa contam com diferenciais<br />
para otimizar os processos e evitar defeitos no<br />
produto, como:<br />
• Sistemas construídos adequados ao tipo de madeira<br />
a secar;<br />
• Em alumínio, combinada de alvenaria com teto de<br />
alumínio com carregamento lateral ou frontal e dimensões<br />
de acordo com as necessidades especificas de cada<br />
cliente.<br />
• Sistema de umidificação com variação em injeção<br />
de vapor à baixa pressão, água atomizada ou evaporação;<br />
• Monitoramento automático ou computadorizado<br />
nas estufas de secagem.<br />
“A inovação e tecnologia dos processos é incentivada<br />
dentro da Göttert através de pesquisas desenvolvidas<br />
pelo setor de P&D, em nossos laboratórios e auditorias,<br />
sendo assim capazes de oferecer uma gama de produtos<br />
inovadores com tecnologias de primeira mão e desempenhando<br />
um excelente serviço. Portanto através do departamento<br />
de P&D a Göttert é capaz de oferecer aos nossos<br />
clientes a possibilidade de evoluir continuamente em seu<br />
processo”, prossegue Norberto Göttert.<br />
Atualmente a empresa tem sedes na Argentina e no<br />
Brasil, com atuação destacada dentro da América Latina e<br />
países como o Canadá, os EUA (Estados Unidos da América),<br />
a Irlanda, o Irã e a Letônia. Além disso, o mercado<br />
da madeira serrada está aquecido e segundo a Göttert<br />
a demanda produtiva para exportação subiu 16% nos últimos<br />
2 anos, puxados pela dinamização do mercado de<br />
housing e a desvalorização do real aliada a alta do dólar.<br />
“A Göttert tem o comprometimento em dar um suporte<br />
às atividades que vão desenvolver suas habilidades<br />
e conhecimentos. Nossa situação atual é baseada nos<br />
valores que, por 80 anos, guardam nossa maneira de<br />
gestão. Esses valores que os nossos fundadores passaram<br />
estão enraizados em nossa identidade e atualmente reforçam<br />
a confiança e o reconhecimento de nossos clientes<br />
e a posição de liderança que possuímos no mercado”,<br />
finaliza Norberto Göttert.<br />
Trav. Quintino Bocaiúva 1588<br />
l 5º Andar, Bloco A l Nazaré l 66035 190<br />
(91) 3242 7161<br />
aimex@aimex.com.br<br />
www.aimex.com.br<br />
aimex__brasil<br />
aimexbrasil<br />
46 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>
SECAGEM DE MADEIRA<br />
O secador tem a função de retirar água dos materiais<br />
a fim de reduzir a umidade para determinados<br />
processos, funcionando para diversos materiais e tem<br />
beneficiado e otimizado cadeias produtivas de várias<br />
empresas. Para o setor de lâminas e compensados a<br />
função básica é retirar essa umidade da madeira.<br />
“A umidade é retirada das lâminas de madeira para<br />
que possam ser posteriormente coladas em forma de<br />
um painel de compensado”, reitera Eduardo.<br />
VANTAGENS DE USO<br />
O equipamento é destaque no mercado industrial<br />
por otimizar processos. Eduardo Koller frisa algumas<br />
vantagens como: “redução da mão de obra, menor movimentação<br />
manual das lâminas - que reduz as quebras<br />
e trincas, e consequentemente, a qualidade das lâminas,<br />
além do melhor controle do processo produtivo e<br />
previsibilidade de produção.”<br />
SECAGEM<br />
EM ALTA<br />
MERCADO DE<br />
SECADORES DE LÂMINAS<br />
ESTÁ AQUECIDO NO<br />
BRASIL E TEM PREVISÃO<br />
DE ALTA DEMANDA<br />
PARA 2022<br />
Fotos: Emanoel Caldeira<br />
O<br />
mercado brasileiro de secadores para<br />
produção de lâminas de madeira está<br />
crescendo e o setor projeta que pelo menos<br />
até 2026 a tendência é que se mantenha<br />
a alta procura. Devido à demanda<br />
e o aquecimento do mercado, a produção de lâminas<br />
para compensado aumentou consideravelmente e os<br />
secadores de lâminas passam a ser um gargalo na linha<br />
de produção.<br />
Eduardo Koller, engenheiro mecânico e diretor da<br />
Indumec afirma: “O equipamento reflete a necessidade<br />
crescente do mercado em aumentar produção, qualidade<br />
do produto final e redução de custo de produção.”<br />
48 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong> DEZEMBRO <strong>2021</strong> 49
SECAGEM DE MADEIRA<br />
Dentre os principais benefícios do secador<br />
de lâminas estão:<br />
• Possui vida útil longa e muita resistência;<br />
• Design moderno e inovador;<br />
• Otimização do tempo nos processos de<br />
fabricação;<br />
• Projeto conforme a necessidade do cliente;<br />
• Produto fabricado com alta tecnologia e<br />
modernidade.<br />
Os fabricantes de lâminas e compensados sabem<br />
que um dos processos mais importantes na hora de<br />
gerar um compensado de qualidade, é justamente a<br />
secagem.<br />
O processo consiste em, através de um conjunto de<br />
rolos transportadores, as lâminas passarem por dentro<br />
do maquinário, enquanto jatos de ar quente são direcionados<br />
sobre as superfícies superior e inferior das<br />
lâminas promovendo a redução da umidade. Para que<br />
esse processo ocorra de forma eficiente é necessário<br />
um secador de qualidade, produtivo e robusto.<br />
“O secador deve ser moderno. Nos secadores Indumec,<br />
por exemplo, temos ventiladores centrífugos,<br />
que impulsionam o ar através de radiadores, com tubos<br />
aletados elípticos, que aquecem o ar, que passa na sequência<br />
por um conjunto de funis direcionadores sobre<br />
a superfície das lâminas”, detalha Eduardo.<br />
A Indumec tem como uma das empresas parceiras<br />
a Ágil Madeiras, empresa onde instalou um de seus<br />
secadores. “O secador da Indumec trouxe um resultado<br />
bem significativo na qualidade dos nossos compensados.<br />
Antes, não conseguíamos fazer a capa, principal<br />
produto dos compensados, depois que adquiri o<br />
secador consegui fazer a capa e fazer a secagem da<br />
mesma, agregando mais valor ao meu produto final”,<br />
comemora Luciana Pegoraro Dal Bosco, fundadora da<br />
Ágil Madeiras.<br />
A empresa sempre procurou atender as necessidades<br />
do cliente proporcionando o melhor do compensado,<br />
por isso resolveu investir na instalação de mais<br />
secadores para justamente atender a alta demanda.<br />
A que tudo indica o mercado vem de um histórico<br />
que já era positivo e ganhou força devido a tecnologia<br />
e inovações implementadas no equipamento, além de<br />
suprir a necessidade das demandas de demais empresas.<br />
“Para 2022 vamos instalar mais um secador, fizemos<br />
ampliações já visando essa necessidade de mais uma<br />
implementação”, projeta Luciana.<br />
COMPROMISSO E QUALIDADE<br />
Produtos de alta qualidade<br />
e o compromisso com a entrega<br />
Atuamos no ramo de produção de compensado naval<br />
e lâminas de madeira de pinus, com vendas no<br />
mercado interno e externo, em diversos países da<br />
América e Europa. Temos Certificação CARB<br />
(California Code of Regulations), exigida para<br />
exportação. Os produtos podem ter diversas<br />
aplicações como fabricação de embalagens,<br />
divisórias, construção civil, móveis e estofados. Em<br />
nossa gama de produtos, temos plastificados,<br />
pintados e oleados, de classes A até D.<br />
Nossa equipe tem como base a família, e nosso<br />
compromisso é sempre garantir a melhor qualidade.<br />
50 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
www.agilcompensados.com.br<br />
Rua Miguel Goetten Sobrinho 313 | Santa Cecília - SC<br />
(49) 3515-1002 | (49) 9 9122-2183 | admin@agilmadeiras.com
MERCADO<br />
ANÁLISE<br />
SETORIAL<br />
ESTUDO CONDUZIDO PELO PROJETO<br />
BRAZILIAN FURNITURE REÚNE<br />
INFORMAÇÕES E RESULTADOS DO SETOR<br />
DE MÓVEIS NO BRASIL DE 2015 A 2020<br />
Fotos: divulgação<br />
52 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
DEZEMBRO <strong>2021</strong> 53
MERCADO<br />
C<br />
om foco na disponibilização de informações<br />
detalhadas às indústrias brasileiras de móveis,<br />
o Projeto Brazilian Furniture lançou a edição<br />
<strong>2021</strong> do estudo: Do Brasil para o Mundo; que<br />
reúne informações e resultados consolidados<br />
do setor entre os anos de 2015 e 2020. O documento traz<br />
um panorama da produção doméstica e do comércio exterior<br />
com base em dados estatísticos de fontes oficiais e<br />
de referência.<br />
O estudo foi desenvolvido pelo IEMI (Inteligência de<br />
Mercado), com apoio da ABIMÓVEL (Associação Brasileira<br />
das Indústrias do Mobiliário) e da APEX Brasil (Agência<br />
Brasileira de Promoção de Exportações), ambas promotoras<br />
do Projeto Brazilian Furniture.<br />
As análises e os comentários inseridos conferem ao<br />
material propriedades necessárias de uma ferramenta de<br />
apoio à gestão e ao planejamento das empresas brasileiras<br />
do setor moveleiro interessadas na promoção de suas<br />
exportações.<br />
PRODUÇÃO DE MÓVEIS NO BRASIL<br />
Falando especificamente do consolidado de 2020 na<br />
comparação com 2019, dado mais recente, a produção de<br />
móveis e colchões no país apresentou retração de cerca<br />
de 1,5% em volume. O que, frente aos efeitos negativos<br />
da pandemia sobre a produção e o comércio na primeira<br />
metade do ano passado, confirma uma retomada significativa<br />
da indústria e do varejo do setor no segundo<br />
semestre. Em valores nominais, ainda, foi observada uma<br />
expansão de 2,2% no último ano, quando verificada a variação<br />
em reais (R$), sem descontar a inflação.<br />
Quando analisado o período do estudo como um<br />
todo, de 2015 até 2020, porém, a produção apresentou<br />
queda mais acentuada, cerca de 6,9%, marcada pela forte<br />
crise econômica brasileira ocorrida nos anos de 2015 e<br />
2016. Ainda assim, no período de seis anos foi possível inferir<br />
um aumento de aproximadamente 21,2% no valor da<br />
produção, também em reais e sem descontar a inflação.<br />
PERFIL DA PRODUÇÃO DE MÓVEIS NO BRASIL<br />
A indústria moveleira está presente em todas as regiões<br />
do país, mas com grande concentração no sul e<br />
no sudeste, com as empresas e os empregos estando<br />
distribuídos em 11 polos produtores localizados nestas<br />
regiões.<br />
Por meio das análises levantadas a partir do estudo é<br />
possível afirmar que apesar dos ciclos econômicos e flutuações<br />
macroeconômicas, essas empresas continuam a demonstrar<br />
resiliência, mas agora buscando maior eficiência<br />
a partir da adoção de processos produtivos mais enxutos<br />
para que consigam sobreviver.<br />
É importante apontar, porém, que apesar da adaptabilidade<br />
desses negócios, o número de empresas moveleiras<br />
no Brasil apresentou uma queda de 2,5% entre 2019<br />
e 2020, e o número do pessoal ocupado também recuou<br />
A INDÚSTRIA MOVELEIRA<br />
ESTÁ PRESENTE EM TODAS<br />
AS REGIÕES DO PAÍS, MAS COM<br />
GRANDE CONCENTRAÇÃO NO SUL E<br />
NO SUDESTE<br />
Linha de empacotamento<br />
de madeiras<br />
A Linha Completa para Empacotamento de Madeiras<br />
Impacto é um equipamento que possibilita a movimentação<br />
completa do fardo de madeira do desgradeamento até o seu<br />
enfardamento para transporte.<br />
Componentes<br />
Desgradeador de madeiras<br />
Destopadeira automática,<br />
Esteira de classificação<br />
Enfardador automático<br />
Pintura automática<br />
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Características<br />
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MERCADO<br />
1,5% no último ano. Em número de unidades produtivas<br />
ativas no setor, pode ser verificado que tal retração foi<br />
contínua ao longo dos anos, caindo 12,3% entre 2015 e<br />
2020.<br />
No total, considerando-se as cinco regiões do País, o<br />
número de empresas ativas na indústria de móveis e colchões<br />
nacional em 2020 foi de 18,1 mil empresas. A produção<br />
do setor foi de 431,6 milhões de peças, gerando,<br />
assim, uma receita bruta de R$ 71,5 bilhões.<br />
CONSUMO INTERNO E EXTERNO<br />
Quando falamos no consumo interno, o chamado<br />
consumo doméstico aparente, este sofreu uma redução<br />
de 2,1% no último ano, quando verificado o número de<br />
peças. Enquanto em valores (US$), a variação foi negativa<br />
em aproximadamente 22,3% entre 2019 e 2020, em função,<br />
sobretudo, da desvalorização da moeda brasileira.<br />
Se considerarmos os valores ofertados ao mercado<br />
pelos produtores locais e pelos importadores, excluídas<br />
as exportações, chegaremos a um consumo interno de<br />
móveis de aproximadamente 424 milhões de peças em<br />
2020. Em valores esse consumo foi de cerca de US$ 13<br />
bilhões, a preços de fábrica/atacado (sem o markup do<br />
varejo).<br />
Mais uma vez, demonstrando uma reação surpreendente<br />
ao relembrarmos o desempenho do setor no<br />
terceiro trimestre do ano, devido às restrições físicas e<br />
econômicas relacionadas à pandemia de Covid-19.<br />
Do total de peças produzidas, 3,9% são destinadas à<br />
exportação. Embora o Brasil seja o sexto maior produtor<br />
mundial no setor, o país ocupa, no entanto, a 27ª posição<br />
no ranking dos maiores exportadores globais na área,<br />
com participação de 0,5% no comércio internacional. Panorama<br />
que é considerado abaixo do seu real potencial,<br />
com campo considerável para o crescimento da participação<br />
dos móveis e colchões brasileiros no mercado global.<br />
Questão explorada com afinco no conteúdo do estudo,<br />
inclusive pontuando-se caminhos e possibilidades<br />
para o incremento da competitividade internacional de<br />
nossa indústria e design.<br />
AS ANÁLISES E OS<br />
COMENTÁRIOS INSERIDOS<br />
CONFEREM AO MATERIAL PROPRIEDADES<br />
NECESSÁRIAS DE UMA FERRAMENTA DE<br />
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DAS EMPRESAS BRASILEIRAS DO SETOR<br />
MOVELEIRO<br />
56 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>
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58 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
DEZEMBRO <strong>2021</strong> 59
MARCENARIA<br />
QUALIDADE<br />
E EFICIÊNCIA<br />
O<br />
s apaixonados por marcenaria puderam<br />
aprenderem como aliar essa paixão<br />
com a oportunidade de ganhar uma<br />
renda extra. Idealizado pela empresa<br />
Rumo 4, o festival de marcenaria realizado<br />
no mês de novembro, em Campinas (SP), possibilitou<br />
o encontro com 25 profissionais renomados e<br />
youtubers, de todo o Brasil, que trabalham na área.<br />
Foram realizadas apresentações, debates, painéis<br />
sobre técnicas de marcenaria e negócios. Os<br />
participantes ainda puderam aprender qual o tipo<br />
de máquina ideal para cada trabalho, como fazer um<br />
acabamento perfeito, o tipo de design que mais faz<br />
sucesso com o público e até lições para o sucesso<br />
do negócio.<br />
Rodrigo Pioto, fundador do Rumo 4 e parte do<br />
corpo de professores do curso, diz que muitos querem<br />
aprender marcenaria somente pelo lazer. “A<br />
marcenaria acaba sendo terapêutica, ajuda a elevar<br />
a autoestima, ajuda a aliviar o stress e a ansiedade”,<br />
explica.<br />
60 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
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Entre os temas de maior destaque, se destacaram<br />
as técnicas mais usadas em madeira e resina,<br />
uma tendência do momento; como vender pelo instagram<br />
e o futuro da marcenaria MDF.<br />
“É um evento bem completo mesmo. Pensamos<br />
nos pontos mais importantes para uma pessoa começar<br />
um negócio com madeira. É a melhor oportunidade<br />
de <strong>2021</strong> para quem quer aprender rápido<br />
e transformar uma habilidade em renda imediata”,<br />
explica Rodrigo.<br />
O organizador do evento ainda conta que muitas<br />
pessoas têm a falsa ideia de que para começar na<br />
marcenaria, é necessário um arsenal de máquinas. “É<br />
fato que quanto mais máquinas temos, mais possibilidades<br />
existem, mas é possível começar com pouco”,<br />
garante Rodrigo.<br />
Nos dois dias do evento, os participantes encontraram<br />
profissionais e influenciadores do ramo de<br />
marcenaria que compartilharam o que fizeram para<br />
terem sucesso nesse segmento, sendo que o festival<br />
ainda teve a presença de grandes fabricantes de máquinas,<br />
ferramentas e insumos.<br />
“Uma serra tico-tico, uma furadeira simples e<br />
algumas folhas de lixas já possibilitam a criação de<br />
produtos de marcenaria criativa altamente vendáveis<br />
e lucrativos, como, por exemplo, tábuas de churrasco,<br />
abridores e suportes para vinhos. Mas o que é<br />
preciso? Encontrar o caminho das pedras! Aprender,<br />
fazer e vender é uma das propostas do festival de<br />
marcenaria”, finaliza o organizador do evento.<br />
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PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
DEZ EMPRESAS RECEBERAM<br />
O PRÊMIO REFERÊNCIA PELO<br />
TRABALHO DESENVOLVIDO DENTRO<br />
DO SETOR MADEIREIRO EM <strong>2021</strong><br />
Fotos: Emanoel Caldeira<br />
O<br />
ano de <strong>2021</strong> foi repleto de grandes<br />
oportunidades para a indústria da<br />
madeira no país. O setor demonstrou<br />
sua força e transformou cada momento<br />
em um passo para construção de um<br />
2022 ainda mais promissor. Diante do cenário, a<br />
JOTA EDITORA, responsável pela publicação das<br />
Revistas REFERÊNCIA FLORESTAL, REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL, REFERÊNCIA PRODUTOS DE<br />
MADEIRA, REFERÊNCIA BIOMAIS e REFERÊNCIA<br />
CELULOSE & PAPEL, realizou o Prêmio REFERÊNCIA,<br />
a fim de enaltecer não apenas as premiadas, mas<br />
também celebrar as conquistas da indústriade base<br />
florestal durante <strong>2021</strong>.<br />
Neste ano a noite de premiação foi dividida em dois<br />
momentos diferentes, na primeira parte do evento foi<br />
realizado o painel: Panorama da Madeira; apresentado<br />
por Fábio Machado, diretor comercial da Revista<br />
REFERÊNCIA. O bate-papo contou com a participação<br />
de Eduardo Leão, Presidente da AIMEX (Associação<br />
das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do<br />
Pará), apresentando o tema: O cenário da exportação<br />
de produtos florestais amazônicos; Rafael José Mason,<br />
Presidente do CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras<br />
e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato<br />
Grosso) apresentou o tema: A sustentabilidade do<br />
manejo florestal no Estado do Mato Grosso; e Álvaro<br />
Luiz Scheffer Junior, presidente da APRE (Associação<br />
Paranaense de Empresas de Base Florestal) tratou sobre<br />
a Participação do setor florestal na nova economia.<br />
Após a realização do painel, a jornalista e<br />
apresentadora Mira Graçano, foi responsável pela<br />
condução da cerimônia de premiação das dez<br />
empresas ganhadoras. Neste ano as empresas<br />
premiadas foram: Aplysia Soluções Ambientais, Brasil<br />
Tropical Pisos/BTP Floors, Dalcomad, Francio Soluções<br />
Florestais, Madeplant Florestal Ltda., Madfreitas, MM<br />
Wood Brazil Exportação de Madeira, Terra Sol Madeiras<br />
Ecológicas, Todesmade – Indústria de Madeiras e<br />
Artefatos Ltda e Uniflora Com. de Madeiras.<br />
Devido as restrições causadas pela pandemia, o<br />
evento foi realizado de maneira híbrida, sendo a parte<br />
presencial no Restaurante Porta Romana Trattoria,<br />
em Curitiba (PR), com a presença dos vencedores,<br />
patrocinadores e transmissão online através do canal<br />
no youtube da Revista REFERÊNCIA, que atingiu<br />
números expressivos: picos de audiência simultânea<br />
de quase 5 mil pessoas, totalizando mais de 42 mil<br />
pessoas que passaram pela transmissão na noite<br />
do evento. A cerimônia está disponível para ser<br />
assistida e compartilhada através do link: https://bit.ly/<br />
PremioReferencia<strong>2021</strong>.<br />
CONFIRA OS GANHADORES DO PRÊMIO REFERÊNCIA <strong>2021</strong><br />
APLYSIA SOLUÇÕES AMBIENTAIS<br />
A Aplysia Soluções Ambientais, empresa que desde 1997<br />
desenvolve soluções completas para a indústria, recebeu destaque<br />
pelo Projeto ReNaturalize, que tem como objetivo a recuperação<br />
e restauração de ambiental de rios e nascentes. Os resultados<br />
do ReNaturalize o fizeram o único projeto brasileiro premiado no<br />
BRICS Solutions for SDGs Awards <strong>2021</strong>. O trabalho da empresa<br />
tem grande importância para o setor de celulose e papel, que<br />
utiliza a água como elemento essencial em seu processo produtivo<br />
e necessita das melhores soluções para o tratamento da água,<br />
visando garantir impactos ambientais positivos.<br />
Kátia Regina Chagas, pesquisadora da Aplysia, destacou a<br />
importância do projeto vencedor e o quanto a empresa se orgulha<br />
por essa conquista. “Levamos soluções ambientais para o setor de<br />
celulose e papel há mais de duas décadas e sermos reconhecidos<br />
por isso nos faz acreditar que estamos no caminho certo”, afirmou<br />
Kátia (à dir.), que recebeu a placa das mãos de Marcele Coelho, da<br />
REFERÊNCIA.<br />
64 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
DEZEMBRO <strong>2021</strong> 65
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
BRASIL TROPICAL PISOS/BTP FLOORS<br />
As preocupações ambientais fazem parte do trabalho da Brasil<br />
Tropical Pisos desde o início de suas atividades em 1994. Um dos<br />
objetivos da empresa sempre foi ser uma ponte entre a floresta e o<br />
mercado, trabalhando com madeiras nobres, retiradas de manejos<br />
sustentáveis e certificação de procedência. A empresa leva pisos de<br />
madeira, decks, revestimentos internos e madeira bruta para mais de<br />
35 países, valorizando a qualidade da madeira brasileira ao redor do<br />
mundo. A excelência no trabalho e preocupações ambientais fizeram a<br />
BTP um dos destaques no segmento em <strong>2021</strong>.<br />
“Fico muito feliz de estar nesse lugar com pessoas tão importantes.<br />
Estou emocionado e satisfeito por depois de tantos anos de trabalho<br />
junto a minha família conseguirmos conquistar esse prêmio”, destacou<br />
Leandro Bianchini Serafin, CEO da Brasil Tropical Pisos. Quem fez a<br />
entrega da placa foi Rafael Mason (à dir.), do CIPEM.<br />
MADEPLANT FLORESTAL LTDA<br />
O trabalho da Madeplant Florestal Ltda começou há 15 anos,<br />
no Mato Grosso do Sul, onde a empresa tem sua sede. Oferecendo<br />
serviços de plantio e manutenção de florestas de eucalipto, colheita<br />
mecanizada, produção de biomassa, coleta e transporte de cavacos<br />
e consultoria para elaboração de projetos, a empresa executa o ciclo<br />
completo, que vai do plantio ao processamento da madeira. Em<br />
<strong>2021</strong> a Madeplant Florestal Ltda realizou grandes investimentos em<br />
maquinários e equipamentos para a produção de biomassa, atingindo<br />
produção média de 110 mil t/h (toneladas por hora).<br />
Renan Simões, diretor executivo da Madeplant Florestal Ltda,<br />
tratou a conquista do prêmio como um sonho realizado. “Na<br />
Madeplant sempre dissemos que quem não sonha não realiza, quem<br />
não ousa não conhece seus limites. Nosso sonho acontece e se torna<br />
palpável no momento em que recebemos nosso primeiro prêmio em<br />
nível nacional”, frisou. Renan (à dir.) recebeu a placa de Diego Ricardo<br />
Vieira, da DRV Ferramentas.<br />
DALCOMAD<br />
A Dalcomad, empresa fundada em 1994 e que desde 2009 atua no<br />
setor de portas, mostrou que com muito trabalho e dedicação novas<br />
soluções podem ser oferecidas ao mercado de portas. Neste ano a<br />
Dalcomad conquistou o Prêmio REFERÊNCIA com o lançamento do<br />
Kit Due, novo modelo de kit porta que tem como grande diferencial<br />
selecionar a abertura da porta, para a direita ou para a esquerda, no<br />
momento da instalação. A empresa apresenta esse modelo como uma<br />
maneira de facilitar o trabalho do varejista e do consumidor final, uma vez<br />
que otimiza o estoque e tem montagem simples.<br />
Rogério Dalgallo, sócio e diretor da Dalcomad, valorizou a equipe de<br />
funcionários da empresa por conseguir fazer do Kit Due uma realidade.<br />
“Dedico esse prêmio aos colaboradores da Dalcomad. Nos últimos 4 anos<br />
eles acreditaram em uma ideia diferente, que nossos clientes pediam<br />
e conseguimos desenvolver o kit porta pronto”, salientou Rogério, que<br />
recebeu das mãos do presidente da ABIMCI, Juliano Vieira de Araujo (à<br />
esq.), a placa comemorativa.<br />
MADFREITAS<br />
A Madfreitas está no setor madeireiro desde 2003 produzindo vigas,<br />
caibros, pranchas para cobertura, decks, assoalhos, batentes e tábuas.<br />
A empresa sediada em Nova Maringá (MT), trabalha exclusivamente<br />
com madeiras procedentes de manejos sustentáveis e reservas legais<br />
para atender clientes no sudeste e centro-oeste do país. A empresa<br />
recebeu grande destaque pelo empenho na realização de treinamentos,<br />
investimento em equipamentos e pelas boas práticas pregadas e<br />
garantidas no trabalho, colocando sempre a floresta em primeiro lugar.<br />
Claudinei Melo Freitas (à dir.), reforçou o empenho ambiental da<br />
empresa em todas as atividades. “Para nós a madeira é subproduto, o<br />
produto principal é a manutenção da floresta em pé. Somos guardiões<br />
da floresta e estamos inseridos na bioeconomia, aproveitando tudo que<br />
a madeira pode oferecer”, reforçou Claudinei, que recebeu o prêmio das<br />
mãos de Valdinei Bento dos Santos, do CIPEM.<br />
FRANCIO SOLUÇÕES FLORESTAIS<br />
A Francio Soluções Florestais oferece serviços de consultoria e<br />
treinamentos na área de silvicultura e agrosilvicultura. O crescimento<br />
da empresa é continuo e seu trabalho contribui diretamente para que<br />
a produção de floresta plantada alcance os melhores resultados na<br />
colheita. A Francio Soluções Florestais trabalha baseada em dados e<br />
ciência para levar aos seus clientes planos estratégicos e mensuráveis. O<br />
Prêmio REFERÊNCIA <strong>2021</strong> conquistado pela empresa destaca o trabalho<br />
dedicado a fazer o setor florestal mais forte, trazendo as melhores<br />
soluções técnicas para atingir os melhores resultados de produtividade.<br />
Pedro Francio Filho, proprietário da Francio Soluções Florestais,<br />
realçou a história da empresa e a importância dos clientes para a<br />
conquista do prêmio. “Essa conquista é fruto de um sonho iniciado há<br />
mais de 15 anos, de uma jornada muito longa focada em produtividade.<br />
Esse prêmio não é nosso, é dos nossos clientes”, apontou Pedro. Fabiana<br />
Tokarski, da REFERÊNCIA foi a responsável por fazer a entrega da placa.<br />
MM WOOD BRAZIL EXPORTAÇÃO DE MADEIRA<br />
A madeira serrada brasileira tem alta qualidade e está ganhando o<br />
mundo através das exportações. A MM Wood Brazil trabalha há mais de<br />
10 anos no setor madeireiro e há dois passou a operar exclusivamente<br />
com a negociação de madeira para o exterior. O trabalho ávido e com<br />
planos de rápido crescimento fizeram a empresa conquistar clientes<br />
na Ásia, Europa e México. Para 2022 já existem planos de levar a<br />
madeira serrada para os EUA (Estados Unidos da América). O Prêmio<br />
REFERÊNCIA <strong>2021</strong> é o reconhecimento pelo trabalho e pela ambição de<br />
toda equipe da MM Wood Brazil.<br />
Felipe Macedo (à esq.), sócio e diretor da MM Wood Brazil, destacou<br />
o rápido crescimento da empresa. “Começamos nossas atividades de<br />
exportação em meio a pandemia e hoje estamos sendo reconhecidos<br />
em meio a empresas já consagradas no mercado. Agradeço<br />
especialmente ao meu pai, minha esposa e meu sócio, que tanto tem<br />
feito para nossa empresa crescer”, celebrou Felipe, que recebeu a placa<br />
do prêmio das mãos de Pedro Bartoski Jr., da REFERÊNCIA.<br />
66 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong> DEZEMBRO <strong>2021</strong> 67
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
TERRA SOL MADEIRAS ECOLÓGICAS<br />
A Terra Sol Madeiras Ecológicas atua há quase 20 anos e é<br />
especializada em madeiras ecológicas para construção civil, atua<br />
na fabricação de painéis colados e construção modular. A empresa<br />
conquistou o Prêmio REFERÊNCIA <strong>2021</strong> pelo lançamento do Mod<br />
House, método de construção ágil, seco, eficiente e baseado em<br />
sistemas modulares, que otimizam a produção e construção das casas.<br />
A arquitetura contemporânea do Mod House combina os fatores<br />
já citados a um excelente sistema de isolamento termo-acústico e<br />
estrutura interna que só a madeira pode oferecer.<br />
“Com o Mod House nós conseguimos ajudar a desmistificar<br />
a história de que casa de madeira não é legal. É uma forma de<br />
construção limpa, com melhor controle financeiro e construções<br />
financeiramente viáveis e muito duráveis ”, enfatiza Thiago Streck<br />
Peres (à dir.), sócio e diretor técnico comercial, sobre o Mod House.<br />
Quem fez a entrega da placa foi Everson Stelle, da Montana Química.<br />
CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA <strong>2021</strong><br />
Claudinei Melo Freitas e<br />
Maria Marta Freitas<br />
Paulo Souza Dantas Filho, Tyago Mello Correa<br />
e Renan Gonçalves De Moraes Simões<br />
Everson Stelle e Fábio Machado<br />
TODESMADE – INDÚSTRIA DE MADEIRAS E ARTEFATOS LTDA<br />
A Todesmade do Grupo Todeschini, se destacou em <strong>2021</strong> por<br />
grandes investimentos e inovação, fatores que o Prêmio REFERÊNCIA<br />
valoriza e foram levados em conta para essa conquista. No início deste<br />
ano foi inaugurado um parque fabril destinado ao processamento<br />
dos mais de 10 mil ha (hectares) de pinus plantados pela empresa no<br />
Rio Grande do Sul. Batizado de Projeto Sinergia, complexo industrial<br />
também recebeu uma planta para a produção de pellets, assim toda a<br />
madeira que entra na fábrica, seja como produto final ou biomassa é<br />
aproveitada.<br />
Sidiano Valduga, gerente industrial da Todesmade, deu grande<br />
destaque para a experiência positiva da entrada no setor madeireiro.<br />
“Somos muito fortes no setor moveleiro e aprendemos nesse ano que<br />
o setor madeireiro não é um ramo de negócios e sim uma família, que<br />
nos orgulhamos de fazer parte”, afirmou. Ao lado, Sidiano recebeu de<br />
Paulo Pupo, da ABIMCI, a placa do prêmio.<br />
Frederico Rossi<br />
Vanessa Leising Serafin, Leandro Bianchini<br />
Serafin, Janaina Thiel e Everton dos Santos<br />
Thiago Streck Peres e<br />
Marcos Jachimek Flores<br />
Eduardo Leão<br />
Rogério Dalgallo, Andreia Debastiani<br />
Dalgallo, Natalia Dalgallo e Vitoria Dalgallo<br />
Sidiano Valduga e Célio Sarmento<br />
UNIFLORA COM. DE MADEIRAS<br />
A Uniflora, localizada em Curitibanos (SC), realizou grandes<br />
investimentos para suprir as demandas cada vez mais elevadas<br />
de seus clientes. A empresa fundada em 2011 é especializada na<br />
comercialização de madeira serrada para fabricação de pallets<br />
de pinus. A Uniflora fez de <strong>2021</strong> um ano de muito crescimento no<br />
processamento de madeira, para garantir maior eficiência, velocidade<br />
na entrega e produtos com alto padrão já reconhecido e valorizado<br />
por seus clientes.<br />
Diogo Scariot (à esq.), sócio administrador da Uniflora, destacou<br />
os investimentos feitos e os planos para o futuro da empresa. “Hoje<br />
já são três fábricas instaladas e a quarta planta está em construção.<br />
Temos em vista um futuro muito bom e próspero através da madeira”,<br />
ressaltou Diogo. Gerson Penkal foi o responsável por fazer a entrega<br />
da placa do prêmio.<br />
Rafael Mason<br />
Álvaro Luiz Scheffer Junior e<br />
Fábio Machado<br />
Wilma do Rocio Colaço e<br />
Valdinei Bento dos Santos<br />
Ailson Loper<br />
Giulianna Coutinho Mariani<br />
e Kátia Regina Chagas<br />
Juliano Vieira de Araújo<br />
68 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong> DEZEMBRO <strong>2021</strong> 69
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Diego Ricardo Vieira, Diego Ricardo Vieira<br />
Filho, Liliane Cordeiro e Michele Cordeiro<br />
Simone de Almeida Francio,<br />
Pedro Francio Filho e Diego Wantowsky<br />
Paulo Pupo<br />
Ronaldo Macedo e Carlos Queiroz<br />
Felipe Macedo e Daniela Bueno<br />
Gerson Penkal<br />
O QUE HÁ DE MELHOR<br />
EM FABRICAÇÃO DE<br />
PEÇAS PARA O<br />
SETOR INDUSTRIAL<br />
Marcele Coelho e Fabiana Tokarski<br />
Francisleine Machado, Fábio Machado<br />
e Fernanda Machado<br />
Guilherme Maurer, Paloma Silva,<br />
Cainan Araújo e Crislaine Briatori<br />
Fábio Machado, Francisleine Machado, Camile<br />
Bartoski, Mira Graçano, Pedro Bartoski Neto, Carla<br />
Schittler, Pedro Bartoski Jr. e Fernanda Machado<br />
Diogo Popinhak Scariot, Larissa Souza<br />
Francisco e Domingos Scariot Junior<br />
Pedro Bartoski Neto, Carla Schittler,<br />
Pedro Bartoski Jr. e Camile Bartoski<br />
Claudinei Melo Freitas, Valdinei Bento dos Santos,<br />
Rafael Mason, Leandro Bianchini Serafin<br />
e Frederico Rossi<br />
Michele Cordeiro, Claudinei Melo Freitas,<br />
Maria Marta Freitas e Liliane da Silva Cordeiro<br />
Renan Gonçalves de Moraes Simões, Tyago Mello<br />
Correa, Fábio Machado, Diego Ricardo Vieira, Diego<br />
Ricardo Vieira Filho e Paulo Souza Dantas Filho<br />
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INDÚSTRIA<br />
PRODUTIVIDADE<br />
EM PAINÉIS DE MADEIRA<br />
EMPRESA TEM ATUAÇÃO<br />
NA FABRICAÇÃO<br />
DE MÁQUINAS DE<br />
ALTA FREQUÊNCIA E<br />
CONQUISTA MERCADO<br />
COM ACELERAÇÃO<br />
DO PROCESSO DE<br />
SECAGEM<br />
Fotos: Emanoel Caldeira<br />
tanto na parte elétrica, quanto na parte mecânica. “Isso<br />
é muito importante, possuímos certificação na fabricação<br />
da máquina, NR10 e NR12.”<br />
A grande diferença dos equipamentos está na inovação<br />
do gerador, elaborado pelo fundador da empresa.<br />
Foram anos de pesquisas e compromisso na missão de<br />
entregar o melhor resultado.<br />
Para aumentar a produtividade, foi desenvolvido um<br />
conjunto de componentes para acelerar o processo,<br />
levando em conta que é preciso modificar vários ítens<br />
para se obter o resultado esperado, não apenas a válvula,<br />
comenta Sérgio.<br />
O projeto de Sérgio triplicou a produtividade, comparado<br />
aos equipamentos de início. Esse é o exemplo<br />
de que a empresa faz jus a sua visão de ser referência<br />
não só no segmento de máquinas de alta frequência,<br />
mas em projetos especiais. A empresa se encontra em<br />
uma fase de ampliação e tem grandes planos para o futuro.<br />
“Queremos ter nosso equipamento comercializado<br />
internacionalmente e estamos trabalhando para isso,<br />
além disso, vamos investir no desenvolvimento de automação”,<br />
prospecta Tatiane.<br />
Aempresa atua desde 2001 na fabricação<br />
de máquinas e assistência técnica com<br />
peças de reposição para coladeiras de<br />
alta frequência (Moveleiro e Madeireiro),<br />
equipamentos de aquecimento indutivo<br />
(Metalúrgicas) e máquinas especiais para solda (PVC,<br />
Têxtil e Couros). “As coladeiras podem ser fornecidas<br />
nas potências: 30,41, 64 e até 120 KW, sendo o nosso<br />
carro chefe a coladeira voltada para o setor moveleiro,<br />
madeireiro”, explica Tatiane.<br />
As coladeiras de alta frequência da MSP <strong>Industrial</strong><br />
tornaram-se referência no setor de colagem de painéis,<br />
blocos e diversos itens, pelo processo de aceleração<br />
através de ondas de rádio frequência, gerando maior<br />
produtividade, rapidez com maior segurança através do<br />
equipamento eletrônico (PLC interface) inversores, entre<br />
outros.<br />
Na parte geradora utilizamos equipamentos de última<br />
geração como o soft starts, gerando grande economia<br />
em comparação com as máquinas antigas (redução<br />
no consumo de energia de até 70%).<br />
A empresa foi tomando uma configuração de excelência<br />
com o tempo. O fundador da empresa, Sérgio<br />
Luis Funka, tem um grande know how de conhecimento<br />
que foi acumulado pela experiência da atuação em si e<br />
pelo gosto que tinha pelo setor.<br />
Tânia Funka, gerente financeira da empresa conta<br />
que “a empresa nasceu da carência do mercado de se<br />
ter coladeiras de alta frequência e também da manutenção<br />
delas.”<br />
A maior parte dos clientes da MSP está localizada<br />
na região norte de Santa Catarina, mas a empresa está<br />
expandindo a cada ano, novos clientes em todo Brasil e<br />
também atendendo países na América do Sul.<br />
Os clientes, segundo Tânia, são fiéis desde a fundação<br />
ou desde quando adquirem o produto e serviço<br />
por conta da tecnologia que a empresa oferece no<br />
segmento. A empresa conta com o feedback positivo<br />
dos clientes, os equipamentos Coladeira de AF MSP são<br />
fabricados e enquadrados 100% nas normas legislativas,<br />
A GRANDE<br />
DIFERENÇA DOS<br />
EQUIPAMENTOS ESTÁ NA<br />
INOVAÇÃO DO GERADOR,<br />
ELABORADO PELO FUNDADOR<br />
DA EMPRESA. FORAM ANOS<br />
DE PESQUISAS E<br />
COMPROMISSO NA MISSÃO<br />
DE ENTREGAR O MELHOR<br />
RESULTADO<br />
72 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
DEZEMBRO <strong>2021</strong> 73
ARTIGO<br />
PROPOSTA DE MENSURAÇÃO<br />
DOS GANHOS<br />
COM A MANUTENÇÃO DE SISTEMA DE<br />
GESTÃO INTEGRADO<br />
(QUALIDADE, MEIO AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO)<br />
Foto: divulgação<br />
MARINO JOSÉ DE OLIVEIRA<br />
MARCONI LACERDA PIRES<br />
PROPOSTA DE MENSURAÇÃO DOS GANHOS COM A<br />
MANUTENÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO<br />
(QUALIDADE, MEIO AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA<br />
DO TRABALHO). REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR<br />
NÚCLEO DO CONHECIMENTO. ANO 06, ED. 06, VOL. 13,<br />
PP. 59-78. JUNHO DE <strong>2021</strong>.<br />
Abusca por propor uma sistemática que permita<br />
mensurar os ganhos relacionados à<br />
certificação e manutenção de um Sistema de<br />
Gestão Integrado baseado nas normas ISO<br />
9001, ISO 14001 e ISO 45001 se configurou<br />
como o problema desta pesquisa. Foi necessário o estudo<br />
a respeito do conceito de qualidade com uma visão mais<br />
abrangente como alicerce para o entendimento dos sistemas<br />
de gestão de maneira específica e integrada. A pesquisa<br />
se desenvolve em grande empresa do setor siderúrgico<br />
com sistema de gestão integrado certificado. Para coleta de<br />
dados foi realizada pesquisa de campo atrelada à aplicação<br />
de questionário online, focada nas pessoas dessa organização<br />
que de alguma maneira interagem com o sistema e<br />
podem afetar ou são afetados pela sua eficiência e eficácia.<br />
A pesquisa apresenta como resultado macro, uma cesta de<br />
indicadores, mensuráveis financeiramente que permitirão à<br />
organização gerenciar e tomar ações baseadas em ganhos<br />
reais e/ou perdas evitadas além de, mensurar a efetividade<br />
do seu Sistema de Gestão Integrado por meio de uma relação<br />
direta entre as performances de cada sistema de gestão<br />
individualmente.<br />
Palavras-chave: Sistemas de Gestão, Análise Crítica da<br />
Direção, Indicadores de Gestão, Ganhos, Retorno Sobre Investimento.<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
A atuação prática no dia a dia de uma empresa de grande<br />
porte com um sistema de gestão integrado maduro baseado<br />
nas certificações das normas do Sistemas de Gestão<br />
da Qualidade International Standardization Organization<br />
ISO (Organização Internacional de Padronização) 9001, IATF<br />
(International Automotive Task Force) – Força Tarefa Automotiva<br />
Internacional 16949, American Petroleum Institute<br />
(API Q1) – Instituto Americano de Petróleo, Sistema de Gestão<br />
Ambiental (ISO 14001) e Sistema de Gestão de Saúde e<br />
Segurança Ocupacional (Occupacional Health and Safety Assessment<br />
Series (OHSAS) – Séries de Avaliações em Saúde e<br />
Segurança 18001 e recentemente ISO 45001), é um desafio<br />
constante. Atrelada à busca de sistemáticas objetivas para<br />
responder aos não raros questionamentos sobre o real valor<br />
agregado para a organização mantenedora de toda essa<br />
estrutura para o funcionamento da gestão integrada, em<br />
cenário de constante pressão para redução de custos, são as<br />
molas propulsoras para a realização desta pesquisa.<br />
O principal enfoque da ISO 9001:2015 é melhorar a satisfação<br />
do cliente. O cliente é a principal parte interessada a<br />
ser atendida com a adoção, implementação e manutenção<br />
dos requisitos desta norma, que se baseia no modelo plan-<br />
-do-check-act (PDCA) – Planejar, Executar, Checar, Agir, e se<br />
caracteriza como a espinha dorsal das normas de sistema de<br />
gestão ambiental e de saúde e segurança citadas nesta pesquisa.<br />
As exigências do consumidor constituem as informações<br />
de introdução para o método de execução do produto,<br />
sendo a retirada uma mercadoria ou trabalho que atinge<br />
a satisfação do consumidor. A organização precisa medir<br />
a satisfação do comprador e utiliza esse dado para indicar<br />
a necessidade de aperfeiçoar o processo. As normas IATF<br />
74 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
DEZEMBRO <strong>2021</strong> 75<br />
RESUMO<br />
16949 e API Q1 são normas de sistema de gestão da qualidade<br />
onde foram adicionados a todos os requisitos da ISO<br />
9001, outros requisitos específicos das grandes empresas<br />
montadoras de veículos automotivos (no caso da IATF 16949)<br />
e das empresas petrolíferas mundialmente conhecidas (no<br />
caso da API Q1).<br />
A ISO 14001 igualmente se fundamenta no ciclo PDCA.<br />
A visão da organização é definida em sua administração<br />
ambiental, e o Sistema de Gestão Ambiental é então preparado<br />
para ajudar de suporte à política. A organização precisa<br />
evoluir procedimentos para reconhecer os modos como<br />
ela afeta a natureza, reconhecer condições legais e outros<br />
requisitos apropriados, e determinar metas e objetivos para<br />
melhorar constantemente o sistema de gestão e impedir a<br />
poluição. Neste cenário, se apresenta como principal parte<br />
interessada com a implementação desta norma, as comunidades<br />
dos entornos das organizações certificadas. A organização<br />
usa os dados de organização para evoluir operações<br />
que administram o efeito ambiental de suas ações, produtos<br />
e trabalhos. A seguir, é realizada a análise crítica da atuação<br />
do Sistema de Gestão Ambiental para determinar a necessidade<br />
de alterações no sistema, a fim de garantir que ele dê<br />
suporte à política ambiental da organização.<br />
A ISO 45001 foi desenvolvida por organismos certificadores<br />
e outras organizações da área de normalização, com a finalidade<br />
de responder à demanda do mercado com relação<br />
à gestão de questões de Saúde e Segurança do Trabalho.<br />
De acordo com a ABNT (Associação Brasileira de Normas<br />
Técnicas). “A nova ordem de Saúde e Segurança Ocupacional<br />
fundamenta-se nos componentes comuns achados em<br />
todas as regras de conjuntos de administração da ISO e usa<br />
um modelo comum de PDCA, que proporciona uma estrutura<br />
para que as instituições planifiquem o que tem necessidade<br />
de implementar para diminuir o risco de destruições. As<br />
medidas precisam abordar preocupações que são capazes<br />
de levar a adversidades de saúde a longo período e afastamento<br />
no trabalho, bem como aqueles que dão início a<br />
acidentes. Tem como parte interessada diretamente afetada<br />
pela certificação desta norma os trabalhadores das organizações<br />
certificadas.<br />
O mote central desta pesquisa foi buscar os meios adotados<br />
para apresentar a efetividade da manutenção das<br />
certificações destes sistemas de gestão de maneira integrada<br />
e propor uma sistemática para mensurar este nível de<br />
efetividade (financeiramente) de forma a permitir para a alta<br />
direção de uma grande empresa do ramo siderúrgico, com<br />
sistema de gestão integrado implementado, a visualização<br />
de meios para mensuração dos ganhos obtidos e retorno<br />
com o investimento para essa estrutura de sistema de gestão<br />
integrado.<br />
2. REVISÃO DE LITERATURA<br />
2.1 A GESTÃO DA QUALIDADE<br />
O conceito de Qualidade foi construído ao longo dos<br />
períodos históricos à medida em que a relação cliente/fornecedor<br />
foi se intensificando em termos do aumento do nível<br />
de exigência do cliente e da adoção de requisitos diferenciadores<br />
nos produtos providos por fornecedores buscando<br />
aumentar o ganho no mercado de atuação.
ARTIGO<br />
Com base na visão dos pensadores da qualidade e o<br />
alinhamento no conceito de qualidade atribuído por cada<br />
um deles, para um justo pareamento com os objetivos desta<br />
pesquisa será considerado também o conceito abrangente<br />
de Campos (1992), no seu entendimento sobre a Gestão<br />
da Qualidade Total, que considera a qualidade como algo<br />
mais do que somente a qualidade intrínseca do produto ou<br />
serviço. Neste sentido o autor traz uma abordagem considerando<br />
que a qualidade é um conjunto de atributos a<br />
serem atendidos aos quais classifica como QCAMS, sendo<br />
eles: Qualidade intrínseca do produto, Custo, Atendimento,<br />
Moral e Segurança. Nesta concepção, a qualidade somente<br />
é considerada quando se consegue perceber de maneira<br />
direta e indireta que a principal parte interessada, o cliente,<br />
explicita por meio de feedbacks a sua real satisfação com todos<br />
os atributos do QCAMS para um determinado produto<br />
ou serviço adquirido.<br />
Essa visão de “qualidade total” preconizada por Campos<br />
(1992) é enxergada como o pano de fundo da filosofia da<br />
TQM (Gestão da Qualidade Total) – Total Quality Management<br />
que consiste numa estratégia de administração orientada<br />
a criar consciência da qualidade e melhoria contínua<br />
em todos os processos organizacionais objetivando a sustentabilidade.<br />
Entender o conceito de qualidade com uma visão mais<br />
ampla que extrapola somente aqueles atributos intrínsecos<br />
ao produto ou serviço é que permitirá a abordagem de se<br />
ter um sistema de gestão (neste caso o sistema de gestão<br />
da qualidade) como um alicerce para a concepção dos sistemas<br />
de gestão definidos por outros temas de abrangência<br />
tais como: Meio ambiente, saúde, segurança ocupacional,<br />
responsabilidade social, gestão de riscos, compliance, segurança<br />
da informação, dentre outros. O tema abrangente sistema<br />
de gestão, ora conceituado e caracterizado de maneira<br />
individual, ora de maneira integrada é o objeto de estudo na<br />
próxima seção desta pesquisa.<br />
2.2 SISTEMAS DE GESTÃO<br />
No conceito de Chiavenato (2000) “o sistema é um conjunto<br />
de elementos interdependentes, cujo resultado final<br />
é maior do que a soma dos resultados que esses elementos<br />
teriam caso operassem de maneira isolada.” Ou seja, o<br />
sistema por si só não define qual o seu resultado esperado,<br />
mas nos permite afirmar com certeza que este resultado<br />
será melhor que o resultado individual de suas partes. Neste<br />
cenário a importância de que a gestão ou gerenciamento de<br />
determinada atividade, processo, departamento e da empresa<br />
seja sustentada por um ou vários sistemas interligados.<br />
Podemos ilustrar este raciocínio listando os vários sistemas<br />
necessários para um adequado funcionamento de uma organização:<br />
Sistema de gestão de pessoas, sistema de gestão<br />
da produção, sistema de gestão da manutenção, sistema de<br />
gestão comercial, etc.<br />
Localiza-se a explicação de sistema de administração<br />
descrita de várias formas por diferentes escritores, porém<br />
nota-se que a concepção embutida nessas definições é<br />
convergente: Sistema é um grupo de partes interagentes e<br />
interdependentes que, juntamente, forma um todo unitário<br />
com definido objetivo e exercem determinado encargo produzindo<br />
uma ou mais consequências.<br />
2.3 A ANÁLISE CRÍTICA PELA ALTA DIREÇÃO – VE-<br />
RIFICAÇÃO DA EFICÁCIA E EFICIÊNCIA DOS SISTEMAS<br />
DE GESTÃO<br />
A estrutura das normas de sistemas de gestão se faz por<br />
meio de requisitos que direcionam as práticas a serem adotadas<br />
pelas organizações que buscam a melhoria dos seus<br />
processos de gestão em termos de qualidade, meio ambiente,<br />
saúde, segurança, responsabilidade social e outros.<br />
A norma ISO/IEC Directives, Part I, 2019 apresenta como<br />
uma Estrutura de Alto Nível, a estrutura comum de normas<br />
de sistemas de gestão, também chamado de Anexo SL. Em<br />
tese esta estrutura apresenta a espinha dorsal das normas<br />
de sistemas de gestão em termos de requisitos comuns.<br />
Considerando como base o requisito 9.3 Análise Crítica pela<br />
Alta Direção das normas de sistema de administração temos<br />
de modo geral neste requisito, a solicitação de que a Alta<br />
Direção deve analisar criticamente o sistema de gestão da<br />
organização, a períodos planejados, para garantir sua constante<br />
pertinência, adaptação e eficácia. Essa pesquisa crítica<br />
tem de incluir a análise de possibilidades para melhoria e<br />
exigência de alterações no sistema de gestão, incluindo a<br />
sua política e os objetivos de cada sistema de gestão. Todo<br />
esse processo deve ser devidamente registrado.<br />
2.4 AGREGAÇÃO DE VALOR PARA AS ORGANIZA-<br />
ÇÕES (RESULTADOS) NA VISÃO DO MODELO DE EXCE-<br />
LÊNCIA DA GESTÃO – MEG<br />
Buscando avaliar no sentido mais da importância dos<br />
resultados da gestão das organizações consideradas como<br />
de classe mundial adota-se como referência a abordagem<br />
do MEG (Modelo de Excelência da Gestão), preconizado<br />
pela FNQ (Fundação Nacional da Qualidade). Esse modelo<br />
busca avaliar o nível de excelência das organizações através<br />
do grau de atendimento aos 8 fundamentos da gestão para<br />
a excelência: Pensamento sistêmico, Aprendizado organizacional<br />
e inovação, Liderança transformadora, Compromisso<br />
com as partes interessadas, Adaptabilidade, Desenvolvimento<br />
sustentável, Orientação por processos e Geração de<br />
valor. Anualmente, empresas se candidatam nesse processo<br />
de avaliação que permite à essas organizações receberem<br />
um diagnóstico de profissionais capacitados a respeito do<br />
seu modelo de gestão frente aos fundamentos da gestão<br />
citados anteriormente que se desdobram em 31 temas específicos<br />
de avaliação.<br />
2.5 A IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES DE GES-<br />
TÃO COMO DIRECIONADORES DA TOMADA DE DECI-<br />
SÃO NAS ORGANIZAÇÕES<br />
A gestão de processos e do negócio por meio de “Drivers”<br />
ou indicadores de monitoramento da performance<br />
ou da gestão é parte essencial para a tomada de decisão<br />
em todos os níveis das organizações (Estratégico, Tático<br />
e Operacional). Este conceito remete a mecanismos para<br />
identificar e mensurar este nível de atendimento em relação<br />
às metas estabelecidas para cada processo seja ele um processo<br />
de gestão (níveis Estratégico e Tático) ou um processo<br />
rotineiro (nível operacional). Neste sentido temos Nunes<br />
(2008) afirmando que “definir indicadores para medir os resultados<br />
passou a ser de extrema importância para o sucesso<br />
empresarial, entretanto, é importante saber determinar o<br />
que medir, quais os indicadores são mais relevantes e quais<br />
fundamentos serão usados nessa mensuração”.<br />
2.6 CUSTOS RELACIONADOS AOS SISTEMAS DE<br />
GESTÃO CERTIFICADOS<br />
A implementação dos requisitos dos sistemas de gestão<br />
apresentados no quadro 1, para um ou mais sistemas de<br />
gestão, comumente levam as organizações a tomada de<br />
decisão com relação à busca de uma avaliação externa reconhecida<br />
(acreditada) que pode resultar no que é definido<br />
como certificação do sistema de gestão ou certificação de<br />
terceira parte por uma Entidade ou Organismo Certificador<br />
(OC). Um dos aspectos a ser considerado na seleção de uma<br />
entidade certificadora são os custos envolvidos. A validade<br />
do certificado, a quantidade de auditorias na vigência do<br />
certificado e a quantidade de dias de auditoria são previamente<br />
estabelecidas nas normas de auditoria; contudo,<br />
existem variações nos processos de avaliação e custos/dia<br />
de auditores, ocasionando diferenças entre entidades na<br />
apresentação dos custos totais. (Ribeiro Neto; Tavares e Hoffmann,<br />
2017, p. 307). Portanto essa decisão deve ser estudada<br />
e planejada pelas empresas, pois implicará em custos<br />
linha completa<br />
de serrarias<br />
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inerentes para cada uma das etapas deste processo e decorrentes<br />
dos recursos, atividades e processos para a obtenção<br />
e manutenção destas certificações. Tomando como base<br />
uma análise dos “Fatores Críticos para a Implementação<br />
Bem-sucedida do Sistema Integrado de Gestão”, definidos<br />
por Oliveira e Stachelski (2011, p. 51 – 56) temos uma relação<br />
do fator crítico e itens específicos do seu detalhamento com<br />
potencial para a geração de uma sistemática de mensuração<br />
e monitoramento por meio de indicadores que poderão estar<br />
relacionados a custos, ganhos ou perdas evitadas.<br />
3. METODOLOGIA<br />
3.1 TIPO DE PESQUISA ADOTADA PARA COLETA DE<br />
DADOS<br />
Para condução desta pesquisa foi utilizada a pesquisa<br />
de campo pela necessidade de aprofundamento no tema<br />
definido sem uma necessidade tão grande de se ater aos<br />
resultados específicos e sua análise estatística. Outro ponto<br />
é de que o grupo é bem delimitado, ou seja, empresa e<br />
pessoas que fazem parte da empresa que já implementaram<br />
um sistema de gestão, seja este de maneira em separado ou<br />
integrada.<br />
3.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO EM ES-<br />
TUDO<br />
A presente pesquisa teve como organização de estudo<br />
uma grande empresa multinacional do segmento siderúrgi-<br />
A Máquinas Águia deseja a todos<br />
um feliz Natal e um próspero ano novo<br />
76 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
DEZEMBRO <strong>2021</strong> 77
ARTIGO<br />
co, fundada em 1952, sediada na cidade de Belo Horizonte<br />
(MG). A empresa conta com aproximadamente 3000 empregados<br />
em seu quadro próprio. É líder mundial na fabricação<br />
de soluções tubulares para os mercados petrolífero, industrial,<br />
automotivo e da construção civil. Como informação<br />
adicional alinhada aos objetivos desta pesquisa, se torna<br />
válida a informação de que a empresa possui o sistema de<br />
gestão integrado baseado nas normas de sistema de gestão<br />
da qualidade (ISO 9001, IATF 16949 e API:Q1), norma de<br />
sistema de gestão ambiental (ISO 14001), norma de sistema<br />
de gestão de saúde e segurança ocupacional (ISO 45001),<br />
norma de sistema de gestão de energia (ISO 5001) e norma<br />
de acreditação de laboratórios de ensaios e calibração (ISO<br />
17025). Respeitando a política de segurança da informação<br />
e imagem da empresa que não autoriza a utilização da sua<br />
identificação oficial, para fins desta pesquisa, a sua identificação<br />
será realizada utilizando o nome fictício de empresa Z.<br />
3.4 UNIVERSO E AMOSTRA<br />
A população é o conjunto de todos os elementos que,<br />
cada um deles, apresenta uma ou mais características comum.<br />
Comumente fala-se de população como referência<br />
ao total de habitantes de determinado lugar. Já a amostra é<br />
parte dessa população. Por meio da amostra se estabelecem<br />
ou se estimam as características do universo ou população.<br />
Para esta pesquisa será considerada como a população ou<br />
o universo, os empregados da empresa Z. Com base neste<br />
entendimento e no conceito de amostragem probabilística<br />
por conglomerado definido por Costa & Costa, 2017, “o<br />
pesquisador seleciona conglomerados, entendidos esses<br />
como escola, empresas, bairro, entre outros”, define por<br />
um critério de regionalização para definição da amostra. Ou<br />
seja, de todo o universo de empregados da empresa Z será<br />
tomado como a amostra a ser considerada os empregados<br />
que tem atuação direta ou indireta com o sistema integrado<br />
de gestão da empresa.<br />
3.5 FORMAS DE COLETA DE DADOS<br />
Os dados relacionados à forma de monitoramento e<br />
mensuração dos ganhos com a manutenção dos sistemas de<br />
gestão foram coletados por meio do envio de questionário<br />
online, gerado pela plataforma google drive, aos representantes<br />
da empresa Z que atuam diretamente em departamentos<br />
com alguma responsabilidade sobre os sistemas de<br />
gestão certificados da empresa. Baseado na estrutura da<br />
empresa Z e com o objetivo de se coletar informações que<br />
caracterizem como significativa a amostra, o questionário<br />
online foi enviado para representantes das seguintes áreas/<br />
gerências: Gerência do Sistema Integrado de Gestão, Gerência<br />
de Saúde e Segurança, Assessoria de Meio Ambiente.<br />
Na concepção da empresa Z, estes departamentos e suas<br />
funções junto aos demais processos da empresa, configuram<br />
a estrutura do SIG (Sistema Integrado de Gestão) da empresa.<br />
Basicamente estes setores são responsáveis pelo tripé<br />
de atividades que sustentam o SIG da empresa Z: Auditorias<br />
internas e externas, Treinamento nos requisitos das normas e<br />
Consultoria aos processos da empresa para a correta implementação<br />
dos requisitos das normas.<br />
78 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
3.5.1 ANÁLISE DOS DADOS<br />
Foi realizada uma análise essencialmente qualitativa<br />
dos dados coletados e obtidos após aplicação dos questionários.<br />
Os dados foram analisados por meio da geração<br />
automática de gráficos padronizados da plataforma google<br />
drive. Essas informações foram migradas para tratamento<br />
em planilhas e/ou relatórios específicos por montante de<br />
informações/respostas obtidas para cada uma das questões<br />
do questionário. Desta maneira foi possível se visualizar uma<br />
linha de tendência das respostas por questão. A análise desta<br />
tendência em termos de similaridade de métricas, indicadores,<br />
práticas de gestão adotadas, percepção de ganhos<br />
e perdas evitadas atrelado ao entendimento e tratamento<br />
dessas informações serviram de base para a elaboração da<br />
proposta de uma cesta de indicadores aplicáveis à população<br />
definida quando considerada a amostra pesquisada.<br />
CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
Esta pesquisa científica teve como objetivo o aprofundamento<br />
em um tema particularmente bastante motivador.<br />
Motivador e desafiador no sentido de identificar, compreender<br />
e apresentar de uma maneira diferente e que agregue<br />
mais valor às organizações, um tema ao qual estou totalmente<br />
inserido no meu dia a dia. Enxergar por de trás dos<br />
certificados, dos gráficos, das tabelas, dos relatórios, o que<br />
realmente os acionistas querem ver foi a proposta embutida<br />
no desenvolvimento deste trabalho. Outro ponto motivador<br />
foi propor uma possível resposta a uma interrogação normalmente<br />
percebida nos momentos de apresentar os ganhos/<br />
benefícios de se manter as certificações do sistema integrado<br />
de gestão e de buscar novos recursos/investimentos<br />
neste tema. Somado a tudo isso, o pragmatismo do Modelo<br />
da Excelência da Gestão da Fundação Nacional da Qualidade<br />
demonstrando o quanto os resultados efetivos são<br />
importantes para as organizações alcançarem a excelência<br />
foi também incentivador para o estudo, a leitura, a pesquisa<br />
e a transformação dos pensamentos e aprendizados nas<br />
laudas desta pesquisa. O aprimoramento dos indicadores<br />
propostos nesta pesquisa científica converge para a real<br />
necessidade de, cada vez mais, se traduzir indicadores de<br />
gestão em informações financeiras reais. Estas informações<br />
devem garantir o direcionamento e alinhamento das estratégias<br />
e ações da organização com base nos resultados dos<br />
indicadores globais propostos IEFQ (Índice de Eficiência do<br />
Sistema de Gestão da Qualidade), IEFS (Índice de Eficiência<br />
do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional) e<br />
IEFA (Índice de Eficiência do Sistema de Gestão Ambiental).<br />
Já a análise macro da efetividade do Sistema Integrado<br />
de Gestão, certificado ou não, é mensurada com base na<br />
análise periódica (a cada seis meses ou anual) do comportamento<br />
do indicador IESIG (Índice de eficiência do Sistema<br />
Integrado de Gestão), que, conforme proposto, relativiza a<br />
eficiência de cada sistema de gestão por meio de uma visão<br />
única da performance do SIG.<br />
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AGENDA<br />
AGENDA<br />
2022<br />
MAIO<br />
3 A 7 DE 2022<br />
MAIO<br />
24 A 26 DE 2022<br />
AGOSTO<br />
2 A 4 DE 2022<br />
FEIMEC<br />
LOCAL: SÃO PAULO (SP)<br />
WWW.FEIMEC.COM.BR/PT/HOME.<br />
HTML<br />
SHOW FLORESTAL<br />
LOCAL: TRÊS LAGOAS (MS)<br />
WWW.SHOWFLORESTAL.COM.BR/<br />
MEC SHOW<br />
LOCAL: SERRA (ES)<br />
WWW.MECSHOW.COM.BR/<br />
FIMMA E MOVELSUL<br />
14/03/2022 A 17/03/2022<br />
LOCAL: BENTO GONÇALVES (RS)<br />
INFORMAÇÕES: HTTPS://FIMMA.COM.BR<br />
A FEIRA INTERNACIONAL DE FORNECEDORES DA CADEIA PRODUTIVA DE MADEIRA E MÓVEIS (FIMMA CONEXÕES<br />
E NEGÓCIOS) É UMA DAS MAIORES FEIRAS DO SEGMENTO NO MUNDO E TEM COMO OBJETIVO APOIAR O<br />
DESENVOLVIMENTO DO SETOR ATRAVÉS DA APRESENTAÇÃO DE TECNOLOGIAS, INSUMOS E EQUIPAMENTOS DE PONTA<br />
QUE SE TRANSFORMARÃO EM OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS. O EVENTO VEM SENDO REALIZADO DESDE 1993 COM<br />
UM TOTAL DE 14 EDIÇÕES ATÉ HOJE E, RECENTEMENTE, DECIDIU SE REINVENTAR CRIANDO UMA SÉRIE DE PLATAFORMAS<br />
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DUAS PRINCIPAIS FEIRAS DO SETOR MOVELEIRO<br />
NO BRASIL – FIMMA E MOVELSUL – ESTÃO UNINDO<br />
FORÇAS E TERÃO SUAS PRÓXIMAS EDIÇÕES<br />
NO MESMO PERÍODO E INTEGRANDO TODA<br />
CADEIA DE MADEIRA E MÓVEIS, DE 14 A 17 DE<br />
MARÇO DE 2022, NO PARQUE DE EVENTOS DE<br />
BENTO GONÇALVES (RS). A DECISÃO INÉDITA NA<br />
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80 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong>
ESPAÇO ABERTO<br />
A CULTURA COMO FATOR<br />
CHAVE PARA O SUCESSO DO PLANEJAMENTO<br />
ESTRATÉGICO EMPRESARIAL<br />
Q<br />
uando a alta gestão busca a implantação<br />
do planejamento estratégico,<br />
com o intuito de propiciar maior<br />
previsibilidade sobre os aspectos internos<br />
e externos que impactam em<br />
seus negócios, além da elaboração de objetivos<br />
e metas de curto, médio e longo prazo, aspectos<br />
estes vitais para sobrevivência das empresas principalmente<br />
no futuro, há um momento crucial, que<br />
dará um sentido real para todo esse dispêndio de<br />
energia, o momento em que são definidos três importantíssimos<br />
pilares: a Missão (razão de existência<br />
da empresa), Visão (aonde quer chegar, futuro)<br />
e os Valores (princípios éticos, morais, crenças e<br />
comportamentos) que nortearão as ações e decisões<br />
de todos os integrantes da organização, rumo<br />
às metas e aos objetivos traçados.<br />
Estes três pilares são a sustentação de todos os<br />
outros componentes de um planejamento estratégico,<br />
pois eles, principalmente o último, são quem<br />
nortearão as relações humanas dentro e fora da<br />
empresa, já que as ações humanas individuais e/ou<br />
coletivas são responsáveis por grande parte dos<br />
impactos positivos ou negativos ao que foi planejado.<br />
A partir da sua formalização e divulgação, estes<br />
comportamentos serão esperados, observados<br />
e cobrados, pois entende-se que este é o novo<br />
DEFINIÇÃO DE PILARES<br />
COMO MISSÃO, VISÃO E<br />
VALORES SÃO FUNDAMENTAIS<br />
PARA O CUMPRIMENTO DAS<br />
METAS TRAÇADAS DENTRO DAS<br />
EMPRESAS<br />
82 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2021</strong><br />
POR<br />
FÁBIO<br />
WASHINGTON<br />
CEO DA SOLUTION<br />
FOCUS E COM 20 ANOS<br />
DE ATUAÇÃO NA ÁREA<br />
DE GESTÃO DE PESSOAS<br />
(FABIO.WASHINGTON@<br />
SOLUTIONFOCUS.COM.BR)<br />
jeito de ser desejado a partir deste momento, em<br />
outras palavras, a tão sonhada nova cultura (conjunto<br />
de hábitos, crenças e conhecimentos).<br />
É comum observarmos estes pilares emoldurados<br />
nas paredes, que traz um aspecto glamuroso<br />
para o ambiente, porém é incomum quando aplicado<br />
à risca no dia a dia, fato esse, que causa uma<br />
ruptura, ou seja, no entendimento das pessoas, é<br />
como se houvesse duas culturas, a das paredes, e<br />
a outra, a real, vivida diariamente.<br />
Esta ruptura, que parece ser algo tão simples,<br />
porém não é, é a responsável pela descrença, não<br />
apenas nas relações, mas sim, em todo o planejamento<br />
estratégico.<br />
Aquela sinergia (união das forças) esperada,<br />
todo o ânimo gerado no lançamento do projeto,<br />
com o passar do tempo vai se apagando, sumindo<br />
aos poucos, o que não demora muito, para que<br />
aquela famosa pergunta venha a aparecer nas reuniões<br />
mensais de acompanhamento: por que os<br />
objetivos e as metas não são atingidos?<br />
Todo planejamento começa na alta gestão,<br />
também é da alta gestão que se espera a aplicação<br />
prática de tudo aquilo que ela mesma elaborou,<br />
quando isso ocorre, cria uma atmosfera de<br />
coerência entre teoria e prática, automaticamente<br />
extensível a todos os níveis organizacionais. Conforme<br />
disse o filósofo Confúcio: a palavra convence,<br />
o exemplo arrasta. Caso contrário veremos<br />
acontecer aquilo que certa vez o saudoso Peter<br />
Drucker, pai da gestão moderna disse: a cultura<br />
devora a estratégia no café da manhã.<br />
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