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Robert B. Chisholm Jr. - Introdução aos Profetas

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Isaías | 4 1 1

Senhor alertou Isaías e seus seguidores para que não se deixassem dominar

pelo pânico (v. 11-12).44 No meio de todo o medo e confusão, o remanescente

fiel tinha de manter o foco no Senhor, seu rei soberano (v. 13).

O povo de Israel e de Judá, incluindo os residentes de Jerusalém, tinha

abandonado o Senhor. Essa decisão provaria ser sua derrocada. Em vez de

ser sua fonte de segurança, o Senhor traria sua morte. No passado, sua intervenção

por seu povo tinha sido comemorada com uma “pedra de apoio”

(ISm 7.12). Ele era a rocha de defesa e segurança de Israel (Dt 32.4; 28m

22.32). Agora, ironicamente, ele se tomaria uma pedra/rocha sobre a qual

tanto Israel quanto Judá tropeçariam e cairiam em uma armadilha que aprisionaria

o povo de Jemsalém (v. 14-15).

A luz desses eventos iminentes, era importante que um registro escrito

do “testemunho” e da “lei” fosse preservado entre o remanescente fiel (v.

16).45 O “testemunho” provavelmente se refere às mensagens proféticas

que Deus deu ao profeta, e a “lei”, às ordens e alertas do profeta. Quando as

profecias fossem cumpridas e as advertências se materializassem, os seguidores

de Deus poderiam, então, produzir um registro oficial para confirmar

a autenticidade do ministério de Isaías e para imprimir nas pessoas a realidade

da autoridade de Deus sobre eles.

Isaías afirmou que manteria sua confiança no Senhor até o tempo em que

fosse chegado o juízo, quando a face de Deus seria escondida do seu povo

(v. 17). Isaías e seus filhos (Shear-Jasube e Maer-Shalal-Hash-Baz) continuariam

firmes como lembretes da vontade do Senhor de ajudar seu povo

(v. 18). O nome de Isaías (que quer dizer “o Senhor salva”) era um lembrete

de que o Senhor era a única fonte de proteção da nação; o nome de Shear-

-Jasube (“um sobrevivente voltará”) tinha como propósito de, ao menos

originalmente, encorajar Acaz (7.3); e Maer-Shalal-Hash-Baz (“Rápido-

-Despojo-Presa-Segura”) era uma garantia da derrota de Síria e Israel (8.4).

Infelizmente, o povo, por causa da falta de fé, tinha perdido a segurança

divina que os nomes sugeriam.

Quando as trevas do juízo se espalharam pela terra, o povo estava se

voltando para práticas pagãs, em um esforço para descobrir e controlar

o futuro (v. 19).46 Os “médiuns” e “espíritas” mencionados aqui usavam

44 As formas pronominais e verbais na segunda pessoa dos versículos 12-13 são plurais, indicando

que esses alertas são dirigidos a Isaías e a outros seguidores do Senhor que buscavam o profeta por

liderança (v. 16).

45 Se é o Senhor (como nos v. 12-15) quem fala a Isaías aqui (as formas verbais da segunda pessoa são

singulares), então “meus discípulos” se refere aos seguidores do Senhor. Se Isaías é quem está falando

(como no v. 17), os ouvintes não são especificados e “meus discípulos” se refere aos seguidores do profeta.

46 Não é claro se quem fala é o profeta ou o Senhor nos versículos 19-22. Se é Isaías quem fala, então

provavelmente dirige-se aos seguidores do Senhor (o verbo e o pronome na segunda pessoa no v. 19

estão no plural). Se é o Senhor quem fala, então os versículos 19-22 retomam o discurso registrado nos

versículos 12-15, no qual ele se dirige a Isaías e ao remanescente fiel.

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