Revista Empresários Ediçao Especial Dezembro 2021
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As ações estratégicas nas guerras e nas "batalhas" de sua carreira – Por : Danilo
Talanskas foi o CEO de três multinacionais: GE Healthcare, Rockwell Automation
e Elevadores Otis
Na Segunda Guerra Mundial, uma
das armas mais poderosas eram
as chamadas Fortalezas Voadoras, utilizadas
pelos Aliados no bombardeio
de alvos estratégicos do inimigo. Estes
pesados aviões, com um enorme
arsenal, tornavam-se armas realmente
mortíferas. Um exemplo é o B-24,
de fabricação norte-americana, numa
parceria entre a Ford, a Douglas Aircraft
e a North American Aviation.
Essa aeronave carregava até 4000 kg de
bombas, além das cabines de metralhadoras
no nariz, no bojo e na retaguarda
para defesa contra os caças inimigos.
A maioria destas missões não era para
ajudar na frente de batalha, mas atingir
alvos estratégicos atrás das linhas
de combate. Um exemplo foi a Oitava
Força Aérea dos Estados Unidos, estacionada
na Itália, bombardeando alvos
na Alemanha e no Leste Europeu.
O principal objetivo era a refinaria de
Ploesti, na Romênia, que produzia 60%
do óleo cru utilizado pela Alemanha.
Sabemos que, mais tarde, a máquina
de guerra alemã parou pela falta de
combustível. Um enorme investimento
de recursos e vidas, sem um resultado
imediato, mas que ajudou a definir o
desfecho da guerra.
Em nossas carreiras, precisamos também
ser estratégicos em nossas decisões
de longo prazo, sem deixar as
prioridades de curto prazo.
O sucesso na carreira não é uma ciência
exata e previsível. Conheci profissionais
muito bem formados academicamente
e que não avançaram em
suas carreiras, assim como outros com
os mesmos cursos, que dispararam
em seus objetivos. Da mesma forma
conheci outros, graduados em escolas
desconhecidas e que foram muito
bem-sucedidos.
Obviamente há aqueles que tiveram
uma formação fraca e uma carreira da
mesma categoria.
Que caminho seguir então? Sem dúvida,
uma boa formação aumenta as suas
chances de chegar onde você quer.
Veja que não estou utilizando a palavra
sucesso, mas sim, atingir os seus objetivos.
Gosto de pensar no planejamento de
sua carreira em quatro vetores que caminham
para um objetivo central e devem
todos estar em harmonia.
O primeiro vetor é a sua formação acadêmica
a longo prazo. Começa com
a sua escolha da faculdade e consequentemente
da carreira que você escolheu.
Continua com cursos de pós-
-graduação que você faça no decorrer
de sua carreira, podendo ser logo após
a faculdade ou mais tarde. Geralmente
uma pós, depois de alguns anos, traz
melhores resultados, pois você saberá
melhor do que precisa e tirará melhor
proveito do network.
O segundo vetor é a construção de sua
carreira por meio de sua experiência
no mesmo campo de sua formação
acadêmica e mantendo-se consistente
no tempo.
Estes dois vetores são os de longo prazo
e a harmonia de ambos trará muitos
benefícios para seu progresso. Isto não
quer dizer que você não pode estudar
ou trabalhar em áreas diferentes, mas
saiba que sempre haverá uma perda em
seus ganhos e progresso, se estes dois
vetores forem para caminhos diferentes.
Os outros dois vetores são de curto
prazo (o equilíbrio dos pratos no ar começa
a ficar mais complexo.
Muita gente acha que apenas a experiência
é importante e é aí que vem
o terceiro vetor, que é a qualidade de
sua entrega. Junto com o fator tempo
em sua experiência, deve vir a qualidade
desta experiência. Ou seja, o seu
trabalho deve ser consistentemente de
alta qualidade e, sempre que possível,
superando as expectativas de seus gestores
ou das companhias para as quais
você trabalha.
Este vetor é eliminatório. Não adianta
ter os outros três bem direcionados.
Se isto falhar, a sua carreira ficará estagnada.
Não raro, para alguns indivíduos,
este vetor compensa a fraqueza
dos outros e eles têm o seu lugar ao
sol! Por outro lado, muitos falam em
"chegar lá", quando nem mesmo conseguem
"chegar aqui".
O quarto vetor é o seu aprendizado,
para completar as suas competências,
visando garantir a qualidade da entrega
de sua posição atual e, eventualmente,
da próxima que você almeja. Aqui
entra um vasto "arsenal" de recursos,
cursos e auto aprendizado. Para muitos
será a busca de aperfeiçoamento e atualização
de conhecimentos técnicos.
Para outros, será o desenvolvimento
de "soft skilks", como melhorar o relacionamento
interpessoal, trabalhar em
equipe, falar em público, controlar o
seu temperamento ou no outro extremo,
vencer a sua timidez.
Este alinhamento de vetores pode
ocorrer em diversos pontos de sua
trajetória. Lembro-me de que, aos 33
anos, às vésperas de ir para os Estados
Unidos, para o meu MBA, por razões
que agora não vêm ao caso, eu havia
trabalhado em vendas, compras, logística
(com cursos de aperfeiçoamento
em todas estas áreas) além de um trabalho
pro-bono com a minha família
presidindo uma missão religiosa por
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três anos. Conclusão: minha carreira
havia se tornado uma "miscelânea" de
experiências e eu não sabia por onde
recomeçar.
Analisando estrategicamente o meu
passado e as possíveis oportunidades
do futuro, percebi que deste limão eu
poderia fazer uma limonada: tinha as
habilidades de ser um generalista ao
invés de um especialista e o grande desafio
seria chegar a uma oportunidade
de ser o gestor de um negócio. Nunca
vou esquecer a surpresa estampada no
rosto de minha esposa, ao voltar do
primeiro dia de aula e contar que optei
por uma ênfase em finanças no MBA.
Ela sabia que eu nunca havia trabalhado
na área financeira, porém, era
a competência que eu ainda não tinha
para o meu perfil generalista.
A "limonada" veio quando completei
quarenta anos e tive a primeira oportunidade
como o CEO de um dos negócios
da GE no Brasil. O alinhamento
do primeiro vetor, em um novo segundo
vetor, trouxe os seus resultados, não
sem antes ter que alinhar o quarto vetor
dois anos antes da promoção.
Meu chefe mostrou que eu cumpria
bem a função atual, porém, havia muito
a ser mudado nas minhas habilidades
para liderar um negócio debaixo da
gestão de alta pressão de Jack Welch.
Engolindo a minha frustração (você
sempre acha que está preparado para
tudo), aceitei o desafio e os conselhos
de meu chefe e comecei a trabalhar naquilo
que eu precisava mudar.
Foi apenas depois de um ano que ele
deixou um bilhete na minha mesa com
um curto recado de que "você está no
caminho certo". Passou-se então mais
um ano até surgir a oportunidade que
eu buscava.
companhias. Isto nunca para.
Há vários profissionais que "desalinham"
estes vetores durante suas carreiras.
Tive um funcionário que era
um excelente analista e estrategista de
marketing, tendo inclusive trabalhado
na matriz internacional de uma das
companhias que atuou. Cursou a faculdade
de Direito após os quarenta anos,
abriu um escritório de advocacia e hoje
é um advogado muito bem-sucedido.
Isto geralmente exige um cuidadoso
planejamento financeiro e emocional,
mas ele conseguiu fazer a transição,
começando tudo de novo nos quatro
vetores.
Assim como em guerras, você necessita
de constante alinhamento entre as
ações de curto e longo prazo.
Faço votos de que você se torne um
grande estrategista de sua carreira, ao
mesmo tempo que execute com perfeição
as táticas de curto prazo!
*Danilo Talanskas foi o CEO de três
multinacionais: GE Healthcare, Rockwell
Automation e Elevadores Otis.
Em paralelo à sua carreira como executivo,
atuou como palestrante e professor
em cursos de pós-graduação
nas áreas de Estratégia, Ética e Negócios
Internacionais. Nos últimos anos
fez parte de conselhos de administração,
conselhos consultivos e assessora
empresas. É formado em Administração
de Empresas pela Universidade
Presbiteriana Mackenzie, com MBA
pela Universidade de Brigham Young
(EUA) e é mestre em Administração
pela UFRJ (Universidade Federal do
Rio de Janeiro). Atualmente assessora
a Fernandez Mera Negócios Imobiliários
Ltda.
Até aquele momento eu tinha os quatro
vetores alinhados, porém começava
tudo de novo, principalmente no terceiro
vetor, que era manter a qualidade
de minha entrega em uma função totalmente
nova para mim.
Continuo no esforço deste alinhamento
até hoje, na minha "segunda" carreira,
após ter deixado a liderança de
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Juicyhub: empreendedora lança hub de inovação para acelerar o acesso à nova
economia
salas de reunião de diversos tamanhos
ou nas áreas abertas e ao ar livre, com
área de descompressão, café e bar. Tudo
para promover contatos, criatividade,
colaboração e diversidade de pessoas,
ideias e projetos.
"O Juicyhub é uma alternativa para as
pessoas que migraram para o litoral de
São Paulo e querem se conectar com
talentos locais e também para os santistas
que não têm mais a necessidade
de percorrer grandes distâncias de
fretado até o escritório, uma vez que a
flexibilização e o trabalho remoto são
uma realidade que veio para ficar",
explica Ludmilla Rossi, idealizadora e
fundadora do Juicyhub.
Combo de comunidade, coworking
e conteúdo digital abre caminhos
para o desenvolvimento fora das capitais
Ludmilla Rossi, empreendedora Winning
Women/ EY e sócia das empresas
Mkt Virtual e Juicy Santos, lança o
Juicyhub, hub de inovação social baseado
no tripé comunidade, conteúdo e
coworking. Ancorado na nova economia,
mais consciente e colaborativa, o
hub possibilitará trabalho híbrido ou
remoto, repensando os espaços de vivência
profissional.
Os serviços do Juicyhub serão utilizados
por meio de assinatura, tanto em
ambiente físico como digital. Conta
com espaço de 715 m2 na avenida Ana
Costa, a principal de Santos, projetado
para compartilhar, produzir, aprender
e atuar em rede.
O coworking, primeira fase do projeto,
entrou em operação no início de novembro
de 2021.
O Juicyhub combina design, biofilia e
um ambiente profissional inédito na
região. Os assinantes podem trabalhar
em múltiplos espaços, que incluem
mesas e cadeiras ergonômicas, sofás,
O hub multisetorial tem foco no desenvolvimento
econômico e social da
região e reúne pessoas e negócios que
acreditam que a nova economia é um
vetor importante para a mobilidade
social e que é fundamental fomentar
espaços para que comunidades se encontrem
e se fortaleçam.
Capitaneando o Juicyhub estão os
santistas Ludmilla Rossi e Mauricio
Matias, empreendedores desde 2001.
Juntos, participaram da fundação de
outras quatro empresas na área de serviços
profissionais e criatividade.
Em 2018, receberam o prêmio global
de impacto social e tecnologia (WSA);
em 2019, o prêmio Brasil Criativo com
o Juicybazar, e em 2020, Ludmilla foi
selecionada pelo programa Winning
Women da EY para receber mentorias
de expoentes do empreendedorismo
nacional. Também fazem parte do
grupo de parceiros estratégicos marcas
como Interport, Suvinil, B2Mamy,
Spacemoon e Devir, com a visão de colaborar
com iniciativas de impacto.
Juicyhub
https://www.juicyhub.com.br/
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Entrevista Especial com Elilde Browning
“
Qualquer indivíduo que tenha à
frente uma decisão a tomar pode
aprender a ser um empreendedor e a
comportar-se como tal. O empreendedorismo
é um comportamento, e
não um traço de personalidade” (Peter
Drucker).
"Seja um empreendedor em qualquer
situação da Vida"
Jamir Silva, jornalista e diretor da
Revista Empresários, realizou uma
entrevista com Elilde Browning, professora
e escritora. Autora das obras
E ASSIM FOI A VIDA, CRÔNICAS
DE UM TEMPO INFINITO E VOL-
TANDO A VIVER, com versões para
o inglês Paths of life, Chronicles of an
endless time e Coming to life. Articulista
do jornal Noroeste News de Caraguatatuba,
São Paulo, Brasil .
Jamir Silva - É um prazer recebê-la
para uma entrevista sobre o tema SEJA
UM EMPREENDEDOR EM QUAL-
QUER SITUAÇÃO DA VIDA. Inicialmente
quero agradecer os artigos que
você escreveu para a revista Empresários:
Uma escritora empreendedora,
O perfil do imigrante empreendedor e
As reações do empreendedorismo no
covid-19.
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Elilde Browning – A gratidão é minha
por ter tido a oportunidade de
escrever para uma revista de âmbito
internacional e ao lado de pessoas do
mais alto gabarito no mundo dos negócios.
Jamir Silva – Como você vê o empreendedorismo
em qualquer situação
da vida?
Elilde Browning - Empreender
abrange várias áreas das atividades
humanas. Podemos nos tornar empreendedores
por necessidade. Haja vista
o que aconteceu durante a pandemia
da covid-19 onde houve um despertar
para empreender.
Nos artigos que escrevi, sobre o assunto,
para a sua revista, ressaltei como
as pessoas descobriram o empreendedorismo
como uma alternativa para
sobreviver e o sucesso que estão alcançando
em seus empreendimentos.
É bem provável que elas não tinham
idéia dessa capacidade de chegar nesse
novo patamar na vida. Há, ainda,
os empreendedores por oportunidades
que descobrem como investir em negócios
para obter lucros. No meu livro
Voltando a Viver há um conto sobre
duas mulheres que depois de serem
abandonadas pelos maridos descobriram
que poderiam se tornar empresárias
montando um negócio sobre
comidas rotineiras que faziam para as
famílias. Começaram com uma de torta
de maçã e aos poucos foram abrindo
franquias e, de repente, esse empreendimento
se tornou um sucesso
absoluto. Descobriram, também, que
para prosperar num negócio é necessário
acreditar e fazer sempre o melhor.
Certamente elas tinham um conjunto
de características como: criatividade,
persistência, curiosidade, capacidade
de planejamento, iniciativa, liderança,
comprometimento e a vontade férrea
de alcançar seus objetivos e ter sucesso
no que se propunham.
Jamir Silva – Eu li as suas obras E
ASSIM FOI A VIDA, CRÔNICAS DE
UM TEMPO INFINITO E VOLTAN-
DO A VIVER. São obras admiráveis e
cada uma tem o seu próprio conteúdo
e diversidade. Gostaria que você fizesse
um comentário sobre elas.
Elilde Browning – E ASSIM FOI A
VIDA defino como um romance com
características filosóficas, existenciais,
autobiográfico e com muitas nuances
de empreendedorismo. Imagine uma
criança de onze anos ter a capacidade
de cuidar de uma família de sete irmãos?
Precisava ter, diariamente, muita
coragem, persistência e criatividade.
Todos esses aspectos estão minuciosamente
escritos nessa obra.
CRÔNICAS DE UM TEMPO INFINI-
TO são 14 crônicas baseadas em fatos
reais acontecidos em épocas diferentes.
São histórias reais, vivenciadas por todos
nós, pautadas nos sucessos, encontros,
desencontros, amores, desamores,
frustrações, conflitos e tudo mais que
envolve a vida.
VOLTANDO A VIVER são cinco contos
sobre: traição conjugal, drogas, violência
doméstica, abandono familiar e
solidão. O prefácio que foi escrito pelo
meu amigo o professor doutor Marcelo
Maia Cirino define a obra com uma
sensibilidade incomparável.
A dedicatória foi para o meu amigo
ítalo-americano Domingos Nobile, um
empreendedor notável e de muito sucesso
nos mundo dos negócios.
A trajetória de sua vida é algo incomum.
De origem humilde alcançou o
mais alto patamar de um homem bem
sucedido em todos os aspectos do viver.
Ainda, dediquei essa obra aos meus
leitores, a minha família e aos amigos.
Há um anexo com 202 pensamentos
extraídos das obras anteriores. É um
livro para ler, refletir e reler quando se
tornar necessário.
Jamir Silva – Os seus livros foram
traduzidos para a língua inglesa. Foi o
sucesso de vendas?
Elilde Browning – Sim. E, também,
porque sou cidadã brasileira e americana
e, como previa, os meus conterrâneos
nos Estados Unidos, estão lendo
os meus livros. Eles estão à venda nas
maiores livrarias do mundo inclusive
na Amazon. Em outubro de 2019 realizei
um evento na Livraria Books &
books, em Miami, com o meu livro Paths
of life que é a tradução do E Assim
foi a vida. Foi um sucesso absoluto. Em
menos de três horas vendemos quase
cem livros. O segundo Chronicles of an
endless time entrou no mercado mundial
em setembro e o terceiro entrará
em fevereiro com o título Coming back
to life. O mais curioso é que os japoneses
também estão lendo os meus livros.
E, assim, o mundo vai conhecendo as
obras da escritora Elilde Browning,
menina pobre nascida na cidade de
Itabuna, interior da Bahia e que está
oferecendo ao mundo um contexto de
criatividade e inspiração no mundo
literário e que um dia revendo toda a
sua trajetória de vida concluiu: Realizei
todos os meus sonhos inclusive aqueles
que nem me eram dados o direito de
sonhar.
Jamir Silva – Gostaria de agradecer
a atenção que você deu para os leitores
da Revista Empresários e conte sempre
conosco .
Elilde Browning – Para concluir
gostaria de mencionar que, também,
escrevo artigos para o jornal Noroeste
News de Caraguatatuba, São Paulo,
Brasil e da revista Empresários.
O meu próximo romance terá o título
ELAS E EU – MEMÓRIAS INAPAGÁ-
VEIS baseado na vida de um amigo
e que estará concluído até dezembro
2021 e simultaneamente, ainda, escrevo
o quinto que terá o título: NASCER,
VIVER, SOBREVIVER E MORRER –
AS INCÓGNITAS DA VIDA.
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A digitalização do dinheiro
Cássio Rosas é Diretor de Novos
Negócios e Estratégia da Wiboo,
plataforma com utility token que promove
um programa de fidelização
entre varejistas e consumidores por
meio de moedas digitais
A digitalização do dinheiro não se resume
apenas às transferências
proporcionadas por aplicativos no celular.
Na verdade, a própria cédula
de papel, da forma como a conhecemos
hoje e que serve para pagar aquele
cafezinho na padaria, também está
prestes a migrar para o ambiente
digital. Bancos centrais de todo o mundo,
inclusive do Brasil, já estão
implementando projetos de moedas
digitais ou devem fazer isso em um
futuro próximo. A entrada desse órgão
no universo dos ativos digitais
representa uma etapa a mais de aceitação
e popularização desse modelo na
sociedade. Não se trata mais de saber
se a forma de pagamento irá fazer
parte do nosso dia a dia, mas como
será integrada.
As moedas digitais emitidas por bancos
centrais têm uma sigla própria:
CBDC (central bank digital currency).
Um levantamento realizado pela
Bison Trails, startup em blockchain,
mostra que oito em cada dez bancos
centrais em todo o mundo já demonstraram
algum interesse no
desenvolvimento de suas moedas digitais.
É o caso, por exemplo, do
Brasil, que já lançou diretrizes para a
criação do “Real Digital”.
A Suíça e a França estão um passo à
frente, já realizando testes em seus
territórios. Já a Suécia encerrou a primeira
fase de testes e espera
deixar sua moeda totalmente digital
até 2026.
Ver a movimentação de entidades oficiais
em torno da moeda digital
mostra uma mudança de paradigma
importante em torno desse assunto.
Não
faz tanto tempo assim que a modalidade
era vista com receio por
investidores e poder público.
O surgimento das CBDCs vai impulsionar
o segmento que já estava em
alta,
acelerando possíveis regulações para o
universo cripto e trazendo
diversos benefícios a todos os atores
envolvidos. No caso do Real
Digital, a utilização do blockchain e de
outras tecnologias tende a
trazer mais segurança, agilidade, controle
e possibilidades a empresas,
bancos, corretoras, pessoas e poder público.
Chega a ser paradoxal falar em regulação
para criptoativos – afinal, a
principal característica deles é justamente
a descentralização.
Contudo, regulamentações genéricas
de todo o setor sempre, de alguma
forma, se fazem necessárias. Nesse
caso, não se trata de interferir no
funcionamento das moedas digitais,
mas de proporcionar mais segurança e
proteção às companhias e aos usuários.
Trata-se de uma medida que rege a
sociedade com padrões e regras. Portanto,
serve para eliminar projetos
que não estejam adequados e que representem
risco aos usuários, além de
chancelar iniciativas realmente inovadoras,
ajudando a tornar o tema
mais comum a todos.
Até porque há espaço para todos os tipos
de moedas digitais.
O “Real Digital” não vai tomar o lugar
do bitcoin ou de utility tokens. Nem é
esse o seu objetivo! As moedas fiduciárias,
também chamadas de Fiat,
terão ganhos exponenciais pela inserção
de tecnologia do início ao fim
do processo, ou seja, da sua criação à
sua utilização. Porém,
continuarão sendo moedas tradicionais
do ponto de vista institucional.
As criptomoedas mais tradicionais,
por sua vez, incorporam outras
funcionalidades que vão além do valor
mobiliário. É possível carregar
diferentes tipos de informações na
“corrente de blocos”, além, é claro,
do valor de mercado nas cotações.
A coexistência será realidade, ainda
mais com a devida regulamentação
para deixar o assunto em evidência
para
a população.
As moedas digitais foram criadas e se
popularizaram justamente para
facilitar a vida das pessoas. Com elas, o
risco de roubo é reduzido ao
mesmo tempo que transações são realizadas
rapidamente por um simples
aplicativo. A preocupação deu lugar à
aceitação. Quando o próprio Banco
Central, uma das principais entidades
do Sistema Financeiro Nacional,
busca criar a própria moeda digital, é
sinal de que a chave virou faz
tempo. Cabe às empresas e aos consumidores
se adaptarem à digitalização
do dinheiro e aproveitarem todas as
vantagens que isso tem a oferecer.
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Recolocação na maturidade – Por: Hugo Capobianco ,Especialista em carreira na
Consultoria LHH
Sem dúvida você já ouviu que o mercado
de trabalho está cada vez mais
condensado, competitivo e exigente no
que diz respeito à novas
habilidades. E com mais de 14 milhões
de desempregados no Brasil,
segundo dados da Pnad Contínua, a
recolocação profissional se torna
extremamente acirrada. Esse desafio é
ainda mais difícil para as pessoas
com mais de 50 anos. Para ter ideia, a
taxa de ocupação no ano passado
entre os profissionais com idade, entre
55 e 59 anos, ficou em 51%.
Isso ocorre porque mesmo com o sucesso
da inclusão de profissionais
seniores, muitos empregadores ainda
têm a visão errônea de que este
perfil de mão de obra está desatualizado
no que diz respeito às novas
tecnologias e processos, têm maior dificuldade
em de adaptação e,
consequentemente, resistência às mudanças
e que não possui habilidades
exigidas atualmente no mercado de
trabalho. Mas é o contrário, aqueles
com mais de 50 anos estão extremamente
ativos e produtivos, vide a
longevidade dos brasileiros, que segundo
o IBGE, é de 76,6 anos.
Mas, você deve estar se perguntando:
então, o que esse candidato de mais
de 50 anos pode fazer para mudar essa
realidade?
É preciso que ele tente vencer os estereótipos,
mostrando suas
habilidades e bagagem de conhecimento
e experiência, elementos que são
essenciais em empresas bem sucedidas
e, inclusive, para tranquilizar os
talentos mais jovens. Contudo, para
isso é preciso que ele siga uma
trilha de cinco pontos fundamentais.
O primeiro sem dúvida é fazer um processo
de autoconhecimento,
analisando onde está, qual sua situação
atual e onde quer chegar.
Identificar de forma clara quais são
suas habilidades e os pontos que
precisam ser aprimorados. É preciso
que o profissional maduro pense de
maneira ampla para poder ter um portfólio
de habilidades para ofertar ao
mercado. Outro ponto importante é se
manter conectado e atualizado com o
que acontece a sua volta, as tecnologias
e inovações e, claro, sobre o
mercado que deseja atuar.
Esses são fatores essenciais nas relações
de trabalho e, consequentemente, para
o aperfeiçoamento profissional.
Não ficar preso ao passado e há certos
padrões também pode ajudar a sair
na frente na hora da recolocação.
Afinal, vivemos no mundo VUCA
(Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo)
e aqueles que possuem mais
adaptabilidade se destacam naturalmente
no mercado de trabalho.
Paraisso é preciso, por exemplo, estar
a berto a atuar em formatos diferentes
de trabalho, como autônomo, carteira
assinada, associado, MEI (Micro
Empreendedor Individual) etc., uma
vez que isso aumenta o leque de
oportunidades e demonstra que ele
não é resistente as novas tendências.
Outro ponto fundamental é investir na
rede de networking e mantê-la
aquecida através de encontros virtuais,
troca de mensagens, ajuda com
informação ou indicação a seus pares.
Não tem mistério! O networking é o
mesmo, o que muda é apenas a forma
que ele ocorre, agora no meio online
devido á pandemia. Muitos profissionais
apenas usam essa rede de
relacionamento para pedir uma colocação.
Resultado: a chance de
conquistar o que quer reduz consideravelmente,
já que não é um ambiente
apenas para entrar e pedir um “favor”,
mas sim um ambiente de troca.
Logo, é importante que o profissional
também contribua com ideias,
indicações e até mesmo parabenize os
seus pares por algumas conquistas.
São pequenos gestos que fazem diferença
no momento da recolocação.
Esses são aspectos mais subjetivos para
tentar vencer a barreira do
estereótipo do mercado de trabalho
que muitas vezes não prioriza o
profissional maduro, mas se pode deixar
de lado também ferramentas como
um currículo claro e assertivo, no qual
estão destacadas as habilidades
e projetos que o profissional esteve à
frente e como isso fez diferença
para a empresa que atuava.
Agora, sem dúvida, esse não é um processo
fácil para se fazer sozinho.
Nessa hora, para aqueles que se sentem
perdidos e não sabem por onde e
como começar devem contar com
apoio de um serviço de transição de
carreira. Afinal, é através dele que ele
conseguirá traçar um plano
estratégico para conseguir aquela
oportunidade que tem sinergia com o
seu perfil e de forma mais otimizada.
Sem falar que a ajuda de um
consultor para lhe preparar para entrevistas
de emprego, posicionamento
correto nas redes sociais, entre outras
coisas, fará com que você saia
na frente dos outros candidatos.
Até porque como diz o velho ditado:
“uma andorinha só não faz verão”.
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Os desafios do trabalho em um mundo híbrido
flexibilidade no trabalho veio para
A ficar. E agora, mercado? Empresas
têm pela frente desafios de lidar com
a produtividade e pesquisas já apontam
que o trabalho remoto provocou
a queda na cooperação entre áreas, colaboradores
mais tempo conectados e
transferência de conhecimento prejudicada.
Com uma parte importante da sociedade
já vacinada e a retomada gradual
das principais atividades econômicas,
uma série de dúvidas surgem nas corporações
quanto à volta do trabalho
presencial e a manutenção em parte
do trabalho remoto. A tendência que
se nota é a adoção de uma mistura dos
dois modelos em uma forma de trabalho
híbrido, que cria novos desafios
para as empresas e suas lideranças.
A flexibilidade no trabalho veio para
ficar, assim como os desafios para lidar
com questões como produtividade, excesso
de trabalho e burnout, integração
de novos profissionais ao ambiente de
trabalho, relacionamento entre equipes,
inovação e troca de experiências,
que se colocam diante da nova gestão
do trabalho e devem ser resolvidas pelas
companhias o quanto antes.
"Ainda há pouco entendimento sobre
o assunto e as empresas cometem erros
básicos como, por exemplo, deixar que
os profissionais escolham quais dias da
semana vão para o escritório", afirma
Carlos Aldan, antropólogo, sociólogo,
cientista político e CEO do Grupo
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Kronberg, empresa especializada em
desenvolvimento de líderes.
Segundo ele, quando isso acontece,
80% dos profissionais escolhem ficar
em casa às segundas e sextas-feiras, e
apenas 18% escolhem trabalhar em
home office. Isso significa que de terça
à quinta feira haverá um enorme congestionamento
nas áreas comuns das
empresas, como o que vivíamos antes,
aumentando ainda mais a ansiedade
dos profissionais na retomada das atividades
presenciais.
Pesquisas internacionais recentes mostraram
que de 70% a 80% das grandes
corporações mundiais, entre elas Microsoft,
Apple, Google, HSBC e Citibank,
adotaram o trabalho híbrido, em
um plano típico de 3 dias com trabalho
presencial e 2 dias de home office.
É claro que todas as formas de trabalho
trazem vantagens e desvantagens, mas
para o executivo da Kronberg o modelo
híbrido representa uma grande compensação
entre os benefícios de estar
no presencial como melhor inovação,
maior criatividade, fortalecimento da
cultura interna e senso de pertencimento
com os benefícios de não ter
que ir ao escritório como o conforto de
casa, a convivência com a família e não
perder tempo com deslocamentos.
Estudos iniciais indicam que essa forma
de trabalho, além de deixar os colaboradores
mais satisfeitos, aumentaram
a produtividade em cerca de 5%.
Por outro lado, tem desvantagens, pessoas
em mais tempo de home offices
tem menor chance de serem promovidas
que as presentes, porque no dia a
dia não são notadas e perdem a convivência
com colegas e líderes.
Segundo pesquisas com cerca de 16
mil colaboradores da Microsoft, de
dezembro de 2019 a junho de 2020, o
trabalho remoto provocou a queda na
cooperação entre áreas, colaboradores
mais tempo conectados e transferência
de conhecimento prejudicada. "Com
o distanciamento perdemos também
a transferência e vivência das culturas
das corporações, corremos o risco de
sermos menos inovadores e criativos",
ressalta Aldan.
Aldan recomenda que ao contrário da
costumeira rapidez em se implementar
mudanças, dessa vez, o trabalho híbrido
deve ser instaurado com cuidado e
observando as experiências de outras
empresas para aprender com os acertos
e erros. "Estamos em uma corrida
longa e teremos maior clareza sobre o
que dá certo e errado ao longo de 2022
e 2023", afirma ele. Apoio emocional,
propósitos compartilhados, criação de
conexões, engajamento, colaboração
e produtividade são elementos fundamentais,
segundo ele, para as empresas
obterem sucesso nesse novo ambiente.
"Tudo isso é mais um fator que reforça
a necessidade de uma mudança
cultural dentro das corporações, que
a Kronberg vem pregando há muito
tempo, só se atinge com a mudança do
mindset dos seus líderes", conclui.
Carlos Aldan é CEO do Grupo
Kronberg, Master Assessor em Inteligência
Emocional na Califórnia, foi
Membro do Conselho Consultivo da
Harvard Business Review, no EUA, e
MBA pela Hull University, na Inglaterra.
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Cinco fatores que podem prejudicar a inovação na sua empresa
Especialista em Inovação, Criatividade
e Excelência Operacional
mostra que as perdas podem ser maiores
para quem não arrisca em novas
ideias
A inovação pode ser a chave para que
uma empresa aumente seus rendimentos
e sua clientela. E os números podem
provar. Um estudo divulgado em
agosto de 2021 pelo Programa Brasil
Mais, do governo federal, Sebrae, Senai
e ABDI (Associação Brasileira de
Desenvolvimento da Indústria), feito a
partir de cerca de 5 mil empresas que
apostaram na inovação e melhorias no
processo de gestão, mostrou que, em
média, pequenos negócios tiveram aumento
de 52% na produtividade, além
de melhoria de 18% no faturamento.
Ainda assim, algumas atitudes ou simplesmente
o medo em apostar em novas
ideias pode atrapalhar empreendedores,
o que faz com que empresas fiquem
para trás na concorrência.
Segundo o especialista em Inovação,
Criatividade e Excelência Operacional,
Marco Santos, da empresa Marco Santos
Pro, ainda que possa ocorrer algum
risco no processo de inovação, maiores
são as perdas de quem não aposta nas
mudanças. “Ao inovar de forma correta,
isto é, com métodos, os riscos podem
ser mitigados”, explica.
Santos enumera cinco fatores que podem
prejudicar a inovação na sua
empresa. Confira:
1 – Falta de propósito
Alguns empreendedores podem ter a
intenção de mudar processos internos,
mas a falta de um propósito claramente
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definido pode impedir que
objetivos como aumento na clientela e
a satisfação do consumidor sejam
conquistados. “Acredito que uma boa
forma de saber se o que estamos
fazendo gera valor é responder à pergunta:
‘Por que estamos fazendo isso?’. Se não
há um propósito claramente definido,
temos apenas algo novo, mas a resposta
não será satisfatória”, afirma o especialista.
2 – Profissionais desatualizados
A falta de atualização em cursos, novas
metodologias e processos também
pode prejudicar uma empresa na hora
de inovar. Santos aponta o conceito de
lifelong learning, ou seja, que o aprendizado
de gestores e colaboradores precisa
ser contínuo dentro de suas áreas
de atuação, de forma que a satisfação
dos clientes seja sempre atendida. “As
mudanças são constantes. O que era
novidade ‘ontem’, pode ser algo ultrapassado
‘hoje’. Ter novos conhecimentos, estimular
a criatividade e um repertório
amplo são básicos para a inovação”, explica.
3 – Medo de ser criativo
Na hora de praticar a inovação, um
dos vilões pode ser o receio da própria
pessoa de mostrar sua criatividade. Segundo
Santos, é comum que profissionais
tenham vergonha de suas ideias e
do que outras pessoas podem pensar
de suas sugestões, pelo medo de serem
julgadas ou ridicularizadas.
“Esses fatores acontecem por vários
motivos, desde
crenças pessoais, história de vida, situações
anteriores ou até mesmo a cultura
ultrapassada de uma empresa, que
não valoriza ideias e realiza a gestão
pelo medo (quando as pessoas são punidas
ao errar)”, aponta.
4 – Falta de estímulo
Outra atitude comum que pode prejudicar
a inovação em uma empresa é a
falta de estímulo aos colaboradores.
Ou seja, soluções de problemas não
são geradas devido à falta de organização
do ambiente empresarial.
Muitas vezes, a rotina não possibilita
alterações e o colaborador não consegue
dedicar parte de seu dia para revisar
processos.
Como consequência, não há como
propor mudanças. “As atividades do
trabalhoexistem para atender as necessidades
dos clientes e para resolver os
problemas quando essas necessidades
não são atendidas de forma satisfatória”,
diz Santos.
5 – Receios de parte da clientela
Santos aponta que é comum que consumidores
que estejam apegados a
produtos ou serviços já conhecidos não
aceitem bem as mudanças que uma
marca ou empresa apresente. Isso pode
gerar receio por parte dos
empreendedores de arriscar em inovação.
Contudo, segundo o especialista,
isso pode ser amenizado.
“Ao se desenvolver ou redesenhar um
produto/
serviço, esses riscos podem ser diminuídos
ao se estabelecer planos de
contingência e, principalmente, envolver
clientes nesse
desenvolvimento”, explica.
Sobre a Marco Santos Pro
Marco Santos Pro é uma marca criada
pelo especialista em Inovação e
Excelência Operacional Marco Santos.
O profissional tem experiência como
consultor e facilitador de treinamentos,
em apoio a organizações e pessoas
na transformação do conhecimento
em resultados práticos e sustentáveis.
O especialista capacita pessoas por
meio de treinamentos
de inovação, criatividade, melhoria
contínua de processos, métodos ágeis
e liderança. Combina e desenvolve
treinamentos para preparar pessoas e
organizações a superar os desafios
apresentados diariamente, estimulando
a cooperação e criatividade.
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ANCEV apresenta primeiro censo 2021 do setor de coworkings e destaca destaca
otimismo e peso dos pequenos e médios
Segundo pesquisa da Associação Nacional
dos Coworkings e Escritórios
Virtuais, o perfil dos clientes mudou
com a pandemia, consolidando o
hibridismo no formato de trabalho, e o
mercado está otimista e com
perspectivas de crescimento
A Associação Nacional dos Coworkings
e Escritórios Virtuais (ANCEV)
acaba de divulgar o primeiro censo
2021 do segmento de coworkings e
escritórios compartilhados no Brasil.
O Censo ANCEV 2021 apresenta
dados referentes aos últimos 12 meses
e destacou um universo de 1.647
coworkings localizados nas 100 maiores
cidades do país, e a pesquisa
descritiva exploratória teve com meta
amostral 206 correspondentes.
O relatório inédito, realizado pela Painel
Pesquisas e Consultoria,
ressalta um setor otimista (quase 50%
teve lucro acima ou dentro do
esperado) e que não se abalou estruturalmente
mesmo diante da pandemia,
com 75% dos respondentes mantendo
ou ampliando investimentos em
infraestrutura e serviços no último
ano, por entender o potencial de
crescimento existente.
O que houve foi uma aceleração de tendências
e adaptação do mercado para
oferecer novos serviços e atender diferentes
perfis de clientes. Dos
escritórios consultados, quase 30%
afirmaram que pelo menos metade dos
seus clientes, antigos ou novos, adotaram
o formato hibrido. “A chegada
da pandemia concretizou tendências
do setor como o trabalho híbrido que
é uma realidade estabelecida, pois as
empresas entenderam que há muito
benefícios em estar instalado numa estrutura
pronta, repleta de
conveniências e na qual ele pode diminuir
ou crescer o número de
posições com agilidade e sem pegadinhas
contratuais”, explica Mari
Gradilone, diretora da ANCEV.
Como reflexo do impacto da pandemia
nos ambientes de trabalho, os
coworkings se fixaram como escolha
de empresas de pequeno, médio e
grande porte, como uma alternativa
para controlar gastos e ainda manter
uma eficiência operacional de seus negócios
e processos, oferecendo aos
colaboradores um ambiente mais favorável
à concentração, ao bem-estar e
ao networking. O resultado dessa mudança
foi um lucro de até 5 milhões
em 2020 para 99,4% das empresas consultadas,
sendo os planos mensais e
anuais os mais procurados.
A pesquisa ainda revela que o mercado
é, sobretudo, movimentado
economicamente pelos pequenos e
médios coworkings, já que 73,3% possuem
apenas uma unidade, e 15%, duas.
O investimento inicial da maioria dos
consultados variou de 200 a 500 mil reais,
sendo que 80,1% iniciaram o
negócio com capital próprio.
“O dado de que 87% dos coworkings
tiveram
um lucro de até 250 mil reais no último
ano, reforça o fato de que o
mercado brasileiro de coworkings e escritórios
virtuais é baseado nessas
empresas nacionais, pequenas e médias,
que tem serviço de excelência e
com potencial de crescimento para
atender a demanda crescente”, completa
Mari Gradilone.
Nesse cenário, a região que ainda oferece
maior demanda para o setor é o
Sul do Brasil, que se destaca como destino
preferido para os Coworkings
que desejam expandir o negócio e abrir
uma segunda unidade – 23,6%,
dividido entre os estados de Santa Catarina,
Paraná e Rio Grande do Sul.
Sobre a ANCEV
Associação Nacional dos Coworkings e
Escritórios Virtuais é a única
associação oficial no Brasil que reúne e
congrega coworkings,
escritórios virtuais e demais empresas
similares do setor no cumprimento
de suas atividades na oferta de escritórios
compartilhados. A associação
atua em parceria com associados, instituições
nacionais e internacionais
e nas diversas esferas do governo, com
a meta de promover o segmento e
aprimorar a qualidade dos serviços
prestados.
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32
hub de integração de marketplaces
é o único do Brasil a possuir as
O
certificações Magalu Diamante e Meli Platinum
como ferramenta exclusiva
para integração
O ANYMARKET, uma plataforma para
integração de vendas em marketplaces
que promove operações simples, ágeis e
centralizadas, criada e
desenvolvida pelo Grupo DB1 para atender
ao universo do e-commerce,
recebeu recentemente o Selo Parceiro Diamante
do Magalu.
Com este reconhecimento, o
ANYMARKET torna-se o único hub de
integração
de marketplaces do Brasil a possuir as certificações
de parceiro Magalu Diamante e
parceiro Mercado Livre Platinum como
ferramenta exclusiva para integração.
Na prática, isso significa que o
ANYMARKET é um dos primeiros integradores
a terem acesso aos mais recentes
benefícios e atualizações disponibilizados
por esses marketplaces.
ANYMARKET recebe Selo Diamante do Magalu
que funciona como um shopping
center online, onde os lojistas podem oferecer
seus produtos para muitos
consumidores dentro de uma única estrutura
com diversos produtos, de
diferentes lojas.
O consumidor ganha pela variedade de
produtos e o vendedor ganha pela
visibilidade e pela possibilidade de atingir
um maior número de clientes.
O vendedor é o responsável pelo atendimento
ao consumidor, pelo planejamento
e pela execução das estratégias de venda.
Os marketplaces lucram por meio de uma
comissão sobre a venda realizada e
os vendedores aproveitam toda estrutura e
a segurança da plataforma.
O que são os integradores
Os integradores são empresas que fornecem
recursos para integrar o
seller a diversos marketplaces. Por meio de
sistemas e ferramentas, o integrador permite
que o seller consiga anunciar e vender
seus produtos em diversos marketplaces
de forma mais simples, rápida e automatizada.
Programa de Certificação de Integradores
do Magalu
Com a criação do Programa Acelera com o
Magalu, o Magalu Marketplace
busca oferecer uma experiência cada vez
melhor para os seus parceiros e
também permitir que parceiros e marketplace
possam evoluir com um
relacionamento ganha-ganha, onde o parceiro
terá acesso a melhores e
mais benefícios à medida que for atingindo
as métricas e os requisitos
estipulados dentro do programa.
para melhorar os serviços para
os sellers atuais, quanto para atingir novos
sellers. Dessa forma, os
sellers poderão contar com mais serviços,
maior estabilidade e mais rapidez no processamento
das informações.
Tudo isso impacta diretamente na experiência
do cliente final,
aumentando sua satisfação. Essa é relação
ganha-ganha ideal para todo o ecossistema
do Magalu.
Sobre o ANYMARKET:
O ANYMARKET é uma plataforma de integração
com marketplaces, criada e
desenvolvida pelo DB1 Group para atender
ao universo de e-commerce.
Possui mais de 2.000 clientes ativos entre
eles Electrolux, Netshoes,
Levi’s, Saraiva, Technos, Lacoste, Pneustore,
Marabraz, Angeloni, Acer
entre outras. Considerado o hub dos grandes
players, a plataforma atende
empresas com venda on-line que precisam
de uma operação simples, ágil e
centralizada para atuar em marketplaces.
O ANYMARKET apresenta números
expressivos com o processamento de mais
de 13 milhões de pedidos nos
últimos 12 meses. O ANYMARKET é uma
solução que conecta empresas a mais
de 50 marketplaces como Amazon, Mercado
Livre, Netshoes, Dafiti, Via
Varejo, B2W, Magazine Luiza, Carrefour,
entre outros. A plataforma
possui um diferencial em relação ao mercado,
com integração com
marketplaces como Fastshop, Kabum,
GPA e Mobly.
Mais informações: https://anymarket.com.
br/
Vagner Simão, Gerente de Tecnologia –
SRE Magalu, explica que “quando o
Magalu faz a liberação de novidades para
os integradores ou atualiza as nossas APIs,
a gente faz em um modelo canário. Isso
significa que a gente não faz a liberação
toda de uma vez. A gente faz a liberação
aos poucos, por seller. A gente vai restringindo
quais sellers terão acesso a cada um
dos recursos que estão sendo atualizados.
Esse modelo ajuda a manter o ambiente
cada vez mais estável e melhor para o integrador”.
Mas o que é um marketplace?
Marketplace é um canal digital de vendas
Como funciona a relação marketplace x
Integrador x seller x cliente?
A listagem dos integradores certificados
ficará disponível para que os
sellers possam escolher a opção que mais
se adequa às suas necessidades.
Para obter a certificação, o integrador precisará
ser homologado e
cumprir os requisitos do programa.
Conforme avança com o cumprimento
dos requisitos, o Magalu acompanha as
evoluções, liberando novos benefícios de
acordo com a certificação atingida.
Esses novos benefícios serão úteis tanto
ANYMARKET | Hub de Integração
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O seu e-commerce nos maiores marketplaces!
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suas vendas em um único ambiente
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34
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8º Prêmio Networking Empresarial uma noite de gala empresarial
Depois de quase dois anos de pandemia,
não é segredo para ninguém
dizer que toda esta transformação
afetou de modo significativo a vida
de milhões de brasileiros. No entanto,
o cenário poderia ser ainda pior, mas o
trabalho de muitas personalidades permitiu
que o país conseguisse atravessar
este período difícil com um pouco mais
de tranquilidade em meio ao caos.
Com apresentação de Luiza Brunet e
Leão Lobo, o 8º Prêmio Networking
aconteceu no dia 18 de novembro na
Casa do Ator em São Paulo
Como forma de reconhecer quem permitiu
que o Brasil mantivesse de pé os
empregos, renda, produção científica
e cultural, as personalidades que realizaram
estas atividades receberam na
noite desta quinta-feira o 8º Prêmio
Networking Empresarial. Foram agraciados
diversos empresários, artistas e
personalidades que se destacaram em
suas áreas de atuação.
Esportes
Cafu – Ex-jogador de futebol
Junior Pentacampeão – Ex-jogador e
secretário de esportes da cidade de Cajamar
Richard Annunziata – Campeão Brasileiro
de Kart
Televisão
Silvio Santos – Apresentador e proprietário
do SBT
Ratinho – Apresentador do SBT
Mony Santos – Apresentadora do programa
Código do Glamour
Celebridades
Luiza Brunet – Empresária e ativista
pelos direitos das mulheres
Leão Lobo – colunista social
Maurício Godofredo – médico
Fabiano de Abreu - Cientista
Jornalistas
Jamir Silva – Diretor do Grupo Empresários
(Revista,Portal de Noticias e
Assessoria de Imprensa)
Fabiano de Abreu
Luiz Andreoli
Arquitetura
Ruy Ohtake
Literatura
Augusto Cury
Cys Aragão
Artes plásticas
Segundo o organizador da premiação,
o empresário e comunicador Gil Santos,
a iniciativa traz um ânimo e renova
as esperanças depois de um ano e oito
meses de tantas incertezas: “O prêmio
comemora a resiliência de empresários
que, apesar das dificuldades, criaram
novos formatos para seus negócios e
não desistiram de produzir. A ideia do
prêmio é premiar pessoas que inspiram
e que contribuem com a produção
econômica, social, artística e científica
do Brasil”.
Presidente da Craques Master Brasil,
Gil lembra que no momento em que
o mundo parou pela pandemia quem
mais sofreu foi a classe empresarial.
“Apesar de todas as adversidades, a
maioria não deixou a engrenagem parar,
mantendo seus negócios em funcionamento,
assumindo a folha de pagamento,
a produção, a matéria prima”,
acrescenta.
Parte da arrecadação do evento foi
doada ao Instituto Brasil + Social.
Conheça alguns dos agraciados:
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Música
Targina Gondim
Wanessa Jackson
Gian & Giovanni
Cinema e artes cênicas
Robson Mello – diretor da Tamanduá
Produções
Regina Ribeiro – atriz e bailarina
Sebah Vieira – ator e diretor
Onu
Michele Barron – Organização Internacional
de Migração
Saúde
Francisco Balestrin – médico e presidente
do SindHosp
Marcelo Godofredo – médico
Beatriz Carvalho
Poder público
Coronel Telhada - Deputado estadual
Rodrigo Manga – prefeito de Sorocaba
(SP)
Antônio Carlos Mangini – prefeito de
Cabreúva
Robson Tuma – Secretário especial do
Desenvolvimento Social do
Ministério da Cidadania
Aildo Rodrigues Ferreira – secretário
de Esportes do Estado de São Paulo
Geraldo Alckmin – Ex-governador de
São Paulo
Terceiro Setor –
Dirce Ruiz Braz – Diretora Presidente
da ABRAPEC , Associação Brasileira
de Assistência ás Pessoas com Câncer
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Você sabe a importância de um advogado para a empresa?
Faigle afirma que o advogado planeja
métodos eficazes através de uma consultoria
tributária com foco consultivo,
preventivo e contencioso, com intuito
de manter os custos tributários dentro
do disposto na legislação. Desse modo,
é possível evitar riscos tributários desnecessários
pelo incorreto recolhimento
dos tributos. Entre alguns benefícios
estão: a redução do custo tributário; a
correta aplicação da legislação; o aproveitamento
de incentivos fiscais; segurança
jurídica; e obtenção de eventuais
créditos tributários.
3- Empresarial
Conheça as cinco principais áreas
que advogado pode atuar na sua
empresa
A advocacia é uma profissão que existe
no Brasil há mais de 90 anos. Hoje existem
mais de um milhão de advogados
inscritos na Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB). Entre as áreas de atuação
que um advogado pode escolher para
trabalhar, estão as ligadas às questões
jurídicas de uma empresa, contribuindo
para o bom funcionamento da mesma.
Pensando na importância desta profissão,
o advogado sênior Dr. Bruno
Faigle listou cinco áreas do Direito que
atuam para o sucesso empresarial:
1- Trabalhista
Os funcionários da empresa devem ser
contratados de acordo com a legislação
vigente, devidamente legalizados, para
que não haja situações embaraçosas
para o empreendimento, como processos
trabalhistas, por exemplo. “O advogado
atua com enfoque consultivo,
preventivo, visando a redução dos impactos
decorrentes das relações de trabalho,
com planejamento estratégico e
seguro”, afirma o especialista.
2- Tributária
“A orientação de um profissional jurídico
é fundamental para garantir a
idoneidade dos planejamentos e investimentos
da empresa, respeitando
sempre a Constituição do país”, alerta
o advogado.
4- Contrato
Antes de se comprometer com qualquer
tipo de serviço é necessário ler e
analisar o contrato entregue pela empresa
com atenção e cautela, para que
nenhum detalhe passe despercebido.
Por isso, “a contratação de um advogado
pode garantir a segurança da assinatura
do contrato e as responsabilidades
atribuídas, bem como para a elaboração
de contratos legalizados segundo
os moldes jurídicos”, explica Faigle.
5-Contencioso
Na área contenciosa, o advogado trabalha
na defesa dos interesses da empresa
perante os tribunais e órgãos administrativos,
atuando como porta-voz
do gestor.
Sendo assim, a presença de um advogado
na empresa soma ao corpo de
liderança, pois norteia nas tomadas
de decisões, e mantém a segurança e a
ética seguindo os moldes da Constituição.
Serviço:
Bruno Faigle
Advogado Sênior
(41) 8869-5919
https://faigle.com.br/
Rua Fernando Amaro,60, Alto da XV.
Curitiba-PR-Brasil.
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O que aprendemos sobre marketing com o apagão das empresas de Zuckerberg
– Por: Maria Carolina Bianchi de Avis Neves é coordenadora adjunta do Curso
Superior de Tecnologia em Gestão de Mídias Sociais e professora dos cursos de
Gestão de Mídias Sociais e Marketing Digital do Centro Universitário Internacional
UNINTER
queda do Facebook, Instagram
A e WhatsApp no dia 04 de outubro
já pode ser considerada histórica.
Apesar de acontecer com frequência,
geralmente as falhas mais longas registradas
duraram, até então, no máximo
duas horas, enquanto a do último dia 5
de outubro se estendeu por quase sete
horas, com as redes voltando à sua funcionalidade
lentamente.
As ações do Facebook (FB) – empresa
dona também das outras duas redes
sociais que apresentaram instabilidade
– tiveram 5,55% de queda na bolsa
de valores. Esse não é o único prejuízo
para a empresa que tem como principal
fonte de monetização a publicidade.
Tanto tempo fora do ar significa muitas
pessoas a menos clicando em anúncios
e muitas empresas que poderiam estar
investindo em publicidade e estão impedidas.
A situação se agrava quando
percebemos que a queda não foi só no
Brasil. Estados Unidos, Espanha, Alemanha
e Reino Unido tiveram as hashtags
#instagramdown e #facebookdown
no topo dos trendings topics do
Twitter.
Por falar em Twitter, a empresa usou a
rede social do passarinho para postar
uma declaração de seu empenho para
retomar o funcionamento das plataformas:
“Estamos cientes de que algumas
pessoas estão tendo dificuldades para
acessar o aplicativo do Facebook. Estamos
trabalhando para normalizar o
funcionamento o mais rápido possível,
e pedimos desculpas pelo inconveniente”.
E com tantas horas de instabilidade
surgem alguns problemas:
1) Muita gente migrou para aplicativos
alternativos e outras redes sociais. Isso
causa uma instabilidade por sobrecarga
nesses outros canais também. É
como um efeito dominó em que várias
ferramentas sofrem sobrecarga pelo
alto uso e podem falhar. Ou seja, enquanto
tudo não voltar ao normal será
comum perceber a instabilidade em diversas
ferramentas.
2) Surgem muitas fake news. Bastam
poucos minutos navegando na internet
para ver diversas notícias absurdas
e, até mesmo, uma live antiga do
Mark Zuckerberg sobre acusações. Ela
foi resgatada dando a entender que o
fundador do Facebook havia entrado
ao vivo para prestar esclarecimentos
sobre a queda. Também há pessoas dizendo
que o domínio www.facebook.
com está disponível para a compra, ou
que todos perderão seus seguidores e
publicações no Instagram, ou que no
final do dia aconteceria uma queda
de energia, entre outras diversas outras
informações não verificadas. Vale
lembrar: só acredite em informações
oriundas de canais de confiança e não
repasse mensagens apelativas sem verificar
antes.
3) Após a pandemia, muitos negócios
acabaram ficando reféns dessas redes
sociais para venderem. Tê-las fora do
ar por tanto tempo pode impactar a
economia como um todo. Significa
prejuízo para muitas empresas, dos
mais variados tipos e portes, e não perdas
apenas para o Facebook.
4) Ainda sobre as empresas dependerem
tanto dessas três redes, podemos
aprender que não podemos construir
um reinado em um terreno alugado.
Fica a dica: não dependa de apenas um
canal de vendas e de relacionamento
com seu público.
5) Como é a sua gestão de marca? O
fato exige, no mínimo, ponderação das
empresas que têm Facebook, Instagram
e WhatsApp como únicas fontes
de relacionamento com seus clientes.
Reflita: será que, se um dia as redes
sociais em que sua marca é mais forte
simplesmente sumirem, os seus seguidores
vão te procurar em outros
canais? Será que sentirão falta do seu
conteúdo? Será que sua marca será a
primeira a ser lembrada? Branding é
um trabalho de gestão de marca cada
vez mais importante.
6) Por falar em branding, o Telegram e
outros aplicativos mensageiros podem
perceber que servem como alternativa,
o famoso quebra-galho, e não como
opção principal. Sempre que o WhatsApp
sofre instabilidade ou tem alguma
queda aumentam as buscas pelo
Telegram, segundo o Google Trends.
Percebe-se que a rede não tomou o lugar
do WhatsApp, mas é cada vez mais
um substituto, a segunda opção. Isso
não é pouca coisa.
Por fim, a recomendação – e GRAN-
DE lição do dia – para todos os empresários
é que usem redes sociais e suas
ferramentas para construir um relacionamento
com seus clientes e possíveis
clientes, para fortalecer sua marca, não
apenas como uma vitrine para divulgação.
41
42
O que é tokenização e quais cuidados que você deve ter – Por: Cássio Krupinsk é
CEO da BlockBR, fintech de digital assets e investimentos
Muitos investidores ainda não
sabem do que se trata, mas é
questão de tempo para se renderem a
estes ativos que já estão presentes em
diversas negociações mundo afora. Os
tokens cresceram em popularidade nos
últimos meses por trazerem mais segurança,
transparência e praticidade às
movimentações financeiras. É um movimento
tão importante que ganhou
até um nome: tokenização.
Hoje, é possível “tokenizar” diferentes
ativos, de clubes de futebol a obras de
arte, passando por ações, bens imóveis,
ativos tradicionais e, claro, dinheiro.
Mas, como toda novidade, é preciso
aprofundar o conhecimento e conhecer
todos os detalhes antes de entrar
para evitar possíveis problemas no futuro!
Confira os principais cuidados
sobre esse segmento cada vez mais importante
no cenário global:
O que é token?
Primeiro é necessário responder à pergunta
fundamental: afinal, o que significa
token? De forma resumida, é uma
representação digital de um ativo real,
ou seja, que existe no mundo físico.
Basicamente, é uma tecnologia baseada
em blockchain capaz de digitalizar
diferentes bens e patrimônios em “pequenas
partes” para facilitar a negociação
delas na web. Cada token é regido
por um smart contract (contrato inteligente),
que vai determinar as regras
específicas de funcionamento do ativo
digitalizado. Além disso, aqueles que
envolvem valores mobiliários, como
ações, precisam ser regulados por órgãos
públicos competentes.
Quais são os tipos de token?
Como as possibilidades de tokenização
são variadas, os tokens são classificados
em categorias de acordo com suas
funcionalidades e tipos de uso.
Atualmente, existem quatro grandes
grupos:
• Security Tokens: é a principal
categoria porque é associada a ativos
mobiliários, ou seja, aqueles capazes de
gerar rendas e que representam a posse
real de um bem (ou pelo menos parte
dele). Em suma: o usuário pretende ter
algum tipo de retorno financeiro em
sua negociação/aquisição. Ações, imóveis
e demais investimentos físicos se
transformam em security tokens.
Entretanto, é preciso ter atenção, porque
eles estão sujeitos à legislação que
rege as movimentações financeiras.
• Utility tokens: como o nome
em inglês sugere, ele tem alguma utilidade.
Não necessariamente possui um
valor monetário. É bastante utilizado
dentro de um ecossistema específico,
como o varejo, permitindo que os
usuários possam adquirir produtos ou
serviços por meio desses tokens, como
cupons de desconto, programas de engajamento
e fidelização, entre outros.
• Equity tokens: são bastante
utilizados no ambiente corporativo
e funcionam de modo semelhante às
ações. Com eles, empresas que precisam
de investimento negociam tokens
que concedem participação societária
e dão direito aos lucros futuros.
As regras, evidentemente, são definidas
nos contratos inteligentes e ajudam
a potencializar a busca por recursos financeiros.
• NFT: a sigla significa non-fungible
tokens, ou seja, representa um
ativo digital único que não pode ser
substituído, como normalmente ocorre
em negociações financeiras.
Assim, ele é bastante utilizado como
ferramenta de comercialização e proteção
de bens com propriedade intelectual,
como obras de arte, patentes e até
participações em clubes esportivos!
Quais são as vantagens dos
tokens?
Dois pilares garantem o crescimento
dos tokens e sua popularidade.
O primeiro deles é a maior liquidez
para os investidores e as empresas.
Afinal, a negociação é simples, rápida e
transparente, regida pelo contrato inteligente
e com ótimo retorno para ambas
as partes (tanto para quem compra
quanto para quem vende). Além disso,
é uma forma mais democrática de investimento,
permitindo que usuários
que não têm condições de aplicar em
ativos tradicionais possam comprar alguns
tokens – há modalidades que são
negociadas a partir de R$ 50.
E quais são os cuidados?
A tokenização está na moda por digitalizar
diferentes ativos, mas alguns cuidados
são necessários para evitar riscos.
A negociação de tokens pode até
ser simples, mas garantir essa digitalização
de ativos é um processo tecnológico
complexo. Para que determinado
bem possa se transformar em token, é
preciso fazer uma análise rigorosa de
documentos e de compliance.
Algumas categorias precisam ser reguladas
por legislação específica.
Portanto, desconfie de empresas que
prometem tokenizar tudo e escolha
fintechs que têm expertise e know-how
na área.
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Dados, dados, dados: o desafio de construir uma base de assinantes fiéis- Por:
Gary Hamer, vice-presidente de vendas e desenvolvimento de negócios da
Smartlabs
Mas os provedores de serviço não estão
totalmente isentos de responsabilidade.
Assim como os assinantes pagam
pelo conteúdo escolhido, eles serão o
primeiro ponto de contato quando as
taxas de bits caírem e os canais desaparecerem.
Manter o controle sobre o
que está acontecendo, em tempo real é,
portanto, uma obrigação se quiserem
identificar e retificar problemas antes
que se tornem mais sérios.
Uma excelente oferta de serviço é essencial
para dar aos assinantes o tipo
de suporte que esperam – em última
análise – para reduzir a rotatividade.
avisados sobre o que está acontecendo,
como será corrigido e, crucialmente,
quando. Manter canais abertos de comunicação
é vital para que os assinantes
não se sintam abandonados.
Coletar dados é uma coisa: usar isso
para derivar insights significativos é
outra bem diferente. Porém, acerte as
duas metades da equação e você terá
descoberto o segredo para ter uma
base de assinantes fiéis.
transmissão já foi o maior ponto
A de atenção das emissoras. Os canais
eram transmitidos e, um ou dois
dias depois (às vezes até mais), chegavam
as reclamações dos telespectadores
que haviam sofrido uma interrupção
ou tiveram uma recepção ruim.
Fenômenos atmosféricos, topologia ou
interferências no sinal poderiam impactar
diretamente na transmissão do
sinal, e as opções de emissoras para lidar
com eles eram limitadas. Levantar
novas antenas era uma solução, mas
era caro, consumia tempo e demandava
negociação com proprietários de
terra e autoridades locais.
Hoje em dia as coisas estão muito mais
simples. Os sinais de satélite são mais
robustos e os roteadores de conteúdo
de IPTV/OTT estão se tornando mais
resilientes – e capazes – à medida que
os provedores de banda larga continuam
atualizando sua infraestrutura,
muitas vezes sem custo para eles próprios.
Amplo monitoramento da rede
É mandatório que as emissoras tenham
acesso a métricas precisas e oportunas,
muito mais fáceis de se obter do que
eram na época da transmissão por antenas.
Decodificadores de sinal de TV a
cabo (STB) e aplicativos podem coletar
e relatar dados ao vivo tanto da rede
gerenciada (IPTV) quanto dos serviços
de internet (OTT).
Relatórios e reparos
Já existem no mercado soluções capazes
de monitorar dados dos dispositivos
dos clientes e servidores simultaneamente,
para contar os dois lados da
história. Essa informação é mostrada
no dashboard em tempo real.
A perda de pacotes de IP e o potencial
de instabilidade de imagens serão imediatamente
óbvios e, caso sejam identificados
problemas que causem dispersão,
jitter, congelamento ou completa
perda de imagem, ele gera e entrega
um relatório personalizado ao operador.
Isso ajuda as emissoras a identificar a
causa de problemas comuns com mais
precisão, como taxas de flutuação de
bits, e a encontrar soluções mais eficazes.
Áreas de preocupação podem ser
detectadas com antecedência usando
algoritmos para que as correções possam
ser implementadas antes dos assinantes
percebam que eles precisam ou,
se não for possível, pelo menos sejam
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Mercado de startups é mar azul para investidores – Por: Sofía Gancedo é COO
da Bricksave e licenciada em Administração de Empresas pela Universidade de
San Andrés e mestre em Economia pela Eseade.
mercado imobiliário cresceu 19,5% em
relação a 2020 e 235% se comparado ao
primeiro mapeamento, em 2017.
Os efeitos da pandemia da Covid-19
ainda refletem na economia global,
mas um setor ainda brilha aos
olhos dos investidores. Seja em nível
nacional ou global, as startups continuaram
divulgando captações recordes
no acumulado dos primeiros seis meses
de 2021 e deixam o mercado com
os olhos voltados à tecnologia.
De acordo com o relatório Inside Venture
Capital, divulgado pela Distrito,
US$ 5,2 bilhões foram investidos em
startups brasileiras apenas no primeiro
semestre. O montante representa um
recorde histórico, já com crescimento
de 45% em comparação ao ano de
2020. Na comparação isolada dos primeiros
seis meses do ano passado, a
alta soma 299%.
E neste mar azul, um destaque especial
são as fintechs, que despontaram como
líderes em número de operações – segundo
o relatório, foram 24, movimentando
US$ 249 milhões, número esse
que abarca também as proptechs.
Nos últimos anos, o crescimento das
fintechs vinculadas ao mercado imobiliário
deu origem ao termo “proptech”,
impulsionado pela pandemia.
Para se ter uma ideia do crescimento
exponencial desse segmento, de acordo
com a quinta edição do Mapa das
Construtechs e Proptechs, lançado pela
Terracotta Ventures, em abril de 2021,
o número de startups de tecnologias
voltadas aos setores de construção e
Essa maré de inovação aponta uma
aposta no setor imobiliário, que se
mostra consistente e seguro.
As proptechs atuam em todas as etapas
do ciclo de vida deste setor, seja
em produtos ou nos serviços, inclusive
oferecendo oportunidades de investimento
imobiliário no exterior – com
rendimentos que chegam a 9% ao ano.
É o caso da Bricksave, plataforma de
crowdfunding imobiliário mundial,
que já conta com mais de 100 imóveis
distribuídos em cidades como Miami,
Chicago, Detroit, Viena, Barcelona e
Lisboa. Após um ano de início das operações
no Brasil, o foco está na venda
de imóveis individuais a serem adquiridos
por compradores e, em breve, a
partir da obtenção das autorizações regulatórias
necessárias, expandir localmente
seu modelo de negócios para o
crowdfunding.
Em 2021, a proptech ultrapassou 100
imóveis e US$ 10 milhões sob gestão,
uma grande meta alcançada para recompensar
a confiança do investidor.
Este crescimento sustentado responde
à automatização e transparência dos
processos, que incluem atendimento
personalizado e serviços-chave na mão
de profissionais com experiência em
empresas como JP Morgan e Citibank.
Com mais de 6 mil usuários registrados
de 19 nacionalidades diferentes, a
plataforma registra taxa de reinvestimento
em torno de 70%.
Os bons números demonstram que a
democratização do mercado imobiliário
é uma realidade, onde as proptechs
são o caminho para um investimento
acessível, descomplicado e transparente.
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Crédito home equity é alternativa diante do aumento da taxa de juros – Por: Fernando
Miranda é Coordenador de Branding e Conteúdo da Pontte, Fintech especializada em
home equity
Quem busca dinheiro extra para
pagar dívidas ou realizar algum
objetivo pessoal, como abrir uma empresa
ou reformar a casa, sabe que o
acesso a crédito não é fácil. Obter empréstimos
e financiamentos de instituições
financeiras tradicionais depende
de toda uma conjuntura macroeconômica
que pode facilitar, ou não, a
concessão às pessoas. Um dos principais
fatores é a taxa Selic, que regula os
juros cobrados pelas empresas no país.
Esse indicador está em franco crescimento
nos últimos anos, o que obriga
os usuários a encontrarem alternativas
para conseguir essa verba. Entre as melhores
opções está o serviço de home
equity praticado por startups.
Em agosto de 2021, o Comitê de Política
Monetária (Copom) aumentou
a taxa básica de juros no Brasil para
5,25%. O número ainda segue abaixo
para os padrões históricos da realidade
nacional, mas mostra tendência de alta.
No fim de 2020, por exemplo, o índice
estava em 2%, o menor percentual registrado
na história do país. Contudo, a
previsão do Banco Central estima que
a taxa deve passar de 7% para 2021 – e
com boas chances de continuar elevada
em 2022. Dessa forma, é evidente que
esse novo cenário vai acarretar uma reação
em cadeia em todos os setores da
economia.
A taxa Selic está diretamente relacionada
à oferta de crédito no Brasil.
Quando os juros estão mais baixos,
isso representa que empresas e pessoas
têm mais oportunidade de obter recursos
financeiros dos bancos e demais
instituições financeiras – é uma forma
de estimular a captação de investimentos
para retomar o crescimento econômico.
Em contrapartida, o aumento na
taxa serve justamente para frear o acesso
ao crédito, evitando maior circulação
de dinheiro e, consequentemente,
controlando a inflação dos preços.
A questão é que essa equação não consegue
agradar a todos e tampouco garantir
a realização de todos os objetivos
da sociedade.
A pandemia de covid-19 embaralhou
a economia global e, aqui no Brasil, os
pequenos e médios negócios seguem
com dificuldades para continuarem
operando em meio à instabilidade.
Ter acesso a crédito para conseguir expandir
sua empresa, finalmente tirar
o empreendimento do papel ou simplesmente
ganhar um fôlego extra para
pagar as contas revela-se fundamental
nas atuais circunstâncias. Com a Selic
em alta, conseguir crédito por vias tradicionais
torna-se mais difícil e desafiador
– e é justamente aqui que entra o
home equity e suas vantagens.
Entre as alternativas de crédito, o empréstimo
com imóvel de garantia é um
dos mais procurados justamente por
ser um contraponto a essa dificuldade.
As condições de pagamento são
bem mais vantajosas, incluindo período
maior de parcelamento e carência,
e com taxas que partem de 0,79%
ao mês. Além disso, é possível obtê-lo
com fintechs totalmente digitais, isto
é, com procedimentos realizados on-
-line e aprovação em poucos dias – o
índice de propostas negadas também é
bem mais baixo do que o praticado no
mercado. Em poucos dias a pessoa ou a
empresa já tem o dinheiro na mão para
ir atrás desse objetivo.
O cenário macroeconômico sempre
vai ser fator importante no mercado de
crédito aqui no Brasil – e a Selic sempre
teve influência na vida das empresas e
da população em geral. A boa notícia
é que, diferentemente de anos anteriores,
as pessoas não precisam ficar
reféns das decisões tomadas pelo Copom
sobre a taxa de juros. Se o crédito
ficar mais difícil pelas vias tradicionais,
agora há fintechs que podem oferecer
condições bem mais vantajosas para
conseguir aquele dinheiro a mais e realizar
todos os objetivos.
* Fernando Miranda é Coordenador
de Branding e Conteúdoda Pontte,
Fintech especializada em home equity
– pontte@nbpress.com
Sobre a Pontte
A Pontte é uma plataforma de crédito
digital que nasceu para construir um
crédito muito mais humano, justo e
flexível. Operando no mercado desde
2019, foi criada para mudar a relação
desigual entre quem pega o empréstimo
e quem oferece os recursos, combinando
eficiência, atendimento dedicado
e tecnologia para oferecer taxas de
juros mais baixas, prazos de pagamento
mais longos e mais controle sobre o
contrato. Em 2021 ganhou dois grandes
destaques: foi selecionada para o
Programa Scale-Up Endeavor Fintech
2021, que através de projetos de mentorias
busca orientar e acelerar o crescimento
de fintechs por meio de conexões
com redes de especialistas de todo
o Brasil; foi indicada ao “100 Startups
do Watch 2021” na categoria Finanças,
fruto de uma parceria realizada entre
Pequenas Empresas & Grandes Negócios,
Época Negócios, EloGroup e InnoVc.
O mapeamento mostra as startups
com potencial para se tornarem
líderes e receberem aportes de empresas,
governos e aceleradoras.
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Amor e ódio: os dois lados da nossa relação com a tecnologia – Por: Manish Bahl
é Diretor do Centro para o Futuro do Trabalho da Cognizant
Recentemente, realizei um webinar sobre
a linha do tempo do que está por
vir, The Timeline of Next. Durante a discussão,
o público foi questionado sobre
como acham que será sua relação com a
tecnologia em 2025 e não foi surpresa que
60% disseram que acreditam que serão
ainda mais dependentes da tecnologia do
que já são atualmente. O que mais me despertou
a atenção, no entanto, foi que 33%
disseram que esperam ter uma relação de
amor-ódio com a tecnologia. Com isso em
mente, agora é o momento ideal de olhar
para nossa relação atual com a tecnologia
e nos perguntarmos quem está realmente
no controle.
Todos nós ficamos olhando para nossos
celulares por muito tempo, ou sentimos
como se algo estivesse faltando caso, acidentalmente,
os deixássemos em casa. Mas
quem pode nos culpar se cada necessidade
nossa está geralmente a apenas um deslize
de dedos (entrega de alimentos, consultas
médicas, pagamento de contas, etc.).
Até mesmo a natureza está, de certa forma,
contida em nossos celulares: Ouve a
cachoeira borbulhante? O vento que sopra
nos pinhais? Sim, seu aplicativo de meditação
está aberto. A COVID-19 nos empurrou
ainda mais, e mais profundamente,
para nossos vícios digitais. O uso da Internet
aumentou em 70%, e o tráfego nas
mídias sociais aumentou em até 50% em
comparação com os níveis pré-lockdown.
O Zoom surgiu do nada para tomar conta
de nossas casas e se tornar a palavra de
2020. Mas e agora? Existe alguma reviravolta
ou todos nós nos tornamos parte da
Matrix?
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Como dizem por aí, não existe almoço
gratuito. Essa crescente dependência de
nossas vidas virtuais tem um preço.
Com mais dispositivos à mão, estamos
frequentemente consumindo informações
excessivas em uma tentativa de não sermos
deixados para trás. Mais informações
do que nossos cérebros podem processar,
resultando em ansiedade, fadiga mental,
depressão, raiva e possivelmente contribuindo
para a estupidez da sociedade em
geral. O tempo de atenção humana está
diminuindo em 88% a cada ano, e agora
se eleva a apenas oito segundos. Hoje, 45%
do comportamento humano se concentra
em tarefas que não requerem raciocínio.
As crianças estão crescendo em um mundo
onde a capacidade de concentração está
diminuindo consideravelmente. Somos
constantemente alimentados por notícias
falsas e desinformação. Com apenas alguns
cliques e avanços, ambos podem tornar-se
virais, resultando na confiança ou
desconfiança de um governo ou marca, no
diagnóstico errado, ou mesmo na falta de
um tratamento adequado, e talvez no pânico
ao comprar certos itens por medo de
insuficiência – criando assim uma escassez.
Muitas vezes ficamos frustrados com
o fato de que a “verdade” parece estar se
tornando cada vez mais difícil de ser encontrada.
Parece que essa desinformação,
manipulação e engano por meio dos dados
se tornou a norma e, muitas vezes, o epicentro
da comunicação.
Nesse caso, o que deve ser feito para negar
os efeitos nocivos de nossas vidas digitais,
mantendo seus aspectos positivos?
É provável que ninguém desista dos aparelhos
celulares no momento e, como não
há nenhuma metadona digital disponível,
como podemos garantir que a tecnologia
está trabalhando para nós e não contra
nós? É preciso procurar um meio-termo
na relação que as pessoas têm com a tecnologia.
Espero ver um movimento que redefina
essa relação em breve, com ênfase no impacto
social. Haverá uma tendência crescente
para mantermos fronteiras mais saudáveis
entre a “vida real” e a “vida digital”
das pessoas. As empresas têm uma oportunidade
única de trazer mudanças radicais
para seus modelos de negócios agora para
garantir o bem-estar digital de seus clientes
e funcionários no futuro. Você pode
aprender com quem já está fazendo isso:
• A empresa de tecnologia Vivo
lançou o #SwitchOff na Índia para incentivar
os usuários a fazerem uma pausa em
seus dispositivos e passarem tempo com
amigos e familiares. #SwitchOff destacou
questões como dependência digital e os
sentimentos de isolamento resultantes do
uso da tecnologia, bem como os benefícios
de fazer uma desintoxicação digital;
• Sundayy, uma plataforma de comunicação
social, permite aos usuários
verificar as atualizações uma vez por semana.
Eles escrevem reflexões ocultas de
segunda a sábado. No domingo, as anotações
são reveladas e as pessoas podem ver
o que seus amigos têm feito;
• Em Omã e nos Emirados Árabes
Unidos, a Pizza Hut desafiou os clientes a
desligarem seus dados por uma hora em
troca de pizza grátis.
Para saber mais sobre o equilíbrio entre vidas
reais e virtuais e como se desintoxicar,
confira as sugestões para fugir da matriz,
no blog da Cognizant. Foram reveladas as
quatro falhas digitais que se tornarão comuns
quando sairmos da pandemia e entrarmos
no próximo ‘normal’.
O crescente reconhecimento do bem-estar
digital é uma abertura para o surgimento
de novos fornecedores e modelos de negócios.
O gênio digital não vai voltar tão
cedo para a garrafa. O reequilíbrio de nossos
mundos online e offline é uma tarefa
difícil para o futuro – sem algum tempo
de inatividade digital, não apenas mentes,
mas futuros inteiros serão fritos. Afinal de
contas, somos humanos.
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Motivação na educação à distância – Por: Alan Dantas é Head of Online
Education da EBAC Online.
educação online tem tomado cada vez
A mais espaço em diversos países.
No Brasil, é crescente o número de empresas
que contratam profissionais técnicos e
criativos, com cursos profissionalizantes
livres, e deixam de exigir diploma universitário.
Podemos dizer que este é um grande
passo em direção à igualdade de acesso
a empregos técnicos e melhores salários.
Mas ainda existem dificuldades.
Além da credibilidade de seus certificados
– o que tem melhorado gradualmente -,
um dos principais desafios que a educação
à distância enfrenta é, sem dúvida, a motivação
e dedicação dos alunos.
Diversas estratégias e tecnologias têm sido
criadas para resolver o problema do
interesse e foco nos estudos online.
E é exatamente sobre isso de que vou falar
a seguir.
Existem duas formas principais de motivar
alguém: intrinsecamente e extrinsecamente,
que basicamente são motivações internas
e externas.
Enquanto a motivação intrínseca é baseada
nos valores, interesses e desejos da pessoa,
a motivação extrínseca é gerada pelo
ambiente e situações externas, que motivam
a pessoa a continuar, mesmo com
adversidades.
Com o advento das EdTechs, ou empresas
de tecnologias educacionais,
diversas estratégias de ensino e soluções
tecnológicas foram desenvolvidas para gerar
motivação intrínseca e extrínseca em
seus alunos. Desde a geração de personas
de aprendizado, à produção de conteúdo,
com frases e dados estrategicamente localizados
na interface
de aprendizagem, para gerar motivação
nos alunos escolhidos.
As possibilidades são diversas, mas antes
é importante entender seu público e qual
tipo de motivação se quer criar em cada
momento da trilha de aprendizagem.
A melhor forma de decidir entre motivação
intrínseca e extrínseca, ao desenhar
uma experiência de aprendizagem digital,
é pensar se a teoria da autodeterminação
está sendo respeitada e estimulada no
comportamento das pessoas.
Teoria da autodeterminação – A teoria da
autodeterminação promove a ideia de que
todas as pessoas são motivadas por necessidades
de autonomia e relacionamentos
sociais positivos, que são diretamente
ligados à aquisição e demonstração bem-
-sucedida de novas competências.
– Autonomia é a necessidade das pessoas
de alterarem suas realidades e ambientes
por meio de escolhas feitas por elas. Isso
significa que, mesmo dentro de uma trilha
de aprendizagem fixa, é importante que a
pessoa aprendiz sinta-se livre para escolher
alguns fatores de sua
experiência.
– Relacionamentos sociais positivos são
aqueles em que a pessoa se sente parte importante
e funcional de um grupo.
No aprendizado online, isso significa que
mesmo ao falhar, a pessoa continua valorizada
e apta a colaborar com suas competências
já adquiridas.
– Competência se refere à vontade de
passar por novos desafios e superá-los,
que pode ser estimulada por correção de
exercícios feita portutores especialistas, estratégias
de agrupamento de estudantes,-
correção em pares e discussões técnicas e
outras estratégias de socialização e conscientização
do progresso feito.
Mesmo com todas estas teorias, estratégias
e soluções tecnológicas à disposição,
é preciso entender o público alvo de cada
produto educacional para que tudo isso se
encaixe e funcione como planejado.
Existem diversas técnicas de criação deste
público alvo ou persona de aprendizagem.
Uma das principais é o Design Thinking,
que promove uma tempestade de ideias
para solução de problemas e geração de
conceitos baseando-se em diversas teorias
e diagramas que auxiliam no agrupamento
social, técnico e intelectual das pessoas
aprendizes.
Como mencionadas na apresentação sobre
Design Thinking, algumas das principais
informações usadas para refinamento de
personas de aprendizagem são:
Idade;•
Localização;•
Interesses e cultura;•
Competências e educação formal;•
Grupo da Pirâmide de Maslow;•
Emoções e vieses cognitivos.•
As experiências de aprendizagem digitais
podem ser escaláveis e ainda
motivacionais para a maioria de seus participantes.
Para isso, é necessário definir o
público alvo e planejar o roteiro do conteúdo
e aspectos tecnológicos da entrega
do conteúdo e interação entre aprendizes
e tutores, para que as pessoas aprendizes
se sintam aptas a tomar decisões sobre sua
experiência de aprendizagem, consigam
identificar o progresso na aquisição de
competências e possam compartilhar conhecimento
enquanto socializa com pares.
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O novo nível do Recrutamento e Seleção – Grupo Adecco anuncia união da Spring
Professional com a LHH para oferecer o mercado brasileiro soluções integradas
de Recursos Humanos de ponta a ponta
O intuito é ampliar sua plataforma
de soluções de ponta a ponta
no mercado brasileiro, conquistando
assim um Market Share de 46% a nível
Latam no que diz respeito ao segmento
de recrutamento executivo.
Essa reformulação abrangente da marca
global também se dará na mudança
de nome da Spring professional e na
nova promessa da própria marca LHH,
“Ready for Next” (Pronto para a Próxima).
“A Spring professional já possui
hoje uma forte atuação global em
Recrutamento e Seleção de middle e
top management. E a nossa imersão ao
nome forte que a LHH tem ao oferecer
soluções como outplacement, iniciativas
diversidade e inclusão e desenvolvimento
de talentos, vem para somar
no forte posicionamento estratégico da
LHH na oferta de um portfólio integrado
em Recursos Humanos de ponta
a ponta”, conta Ricardo Rocha, diretor
executivo da Spring Professional, agora
LHH.
que podemos fazer a nossa parte para
amenizar o cenário de 14,1 milhões de
pessoas em busca de um trabalho, segundo
dados do IBGE”, conclui Figueiredo.
Com as diversas transformações pelas
quais o mercado de trabalho
vem passando devido à tecnologia, à
expansão do trabalho híbrido impulsionado
pela pandemia do Covid-19,
a valorização de novas habilidades e
as soft skills, a corrida por talentos que
realmente tenham fit com a cultura organizacional
se tornou ainda mais acirrada.
Diante desse cenário e mirando a
liderança no mercado de recrutamento
executivo global, o Grupo Adecco
– líder mundial em soluções para Recursos
Humanos e faturamento de 23
bilhões de euros por ano – anuncia a
integração total da sua marca Spring
Professional, focada em recrutamento
e seleção, com a consultoria LHH, consultoria
que integra o grupo. A expectativa
é de um aumento de cinco vezes
o tamanho da sua operação no país nos
próximos quatro anos.
Com a unificação, a expectativa
é que a nova divisão de Recrutamento
da LHH – atualmente posicionada
globalmente como a 5° maior operação
– integre nos próximos quatro anos
70 profissionais para atuar na linha
de frente de Recrutamento e Seleção
e amplie sua atuação para os mais de
10 escritórios ao redor do Brasil. Com
isso, a empresa espera atender até 2022
cerca de 250 empresas.
De acordo com José Augusto
Figueiredo, presidente da LHH no Brasil,
depois de experimentarmos uma
mudança completa na forma como as
pessoas trabalham, além da enorme
evolução em tecnologia, automação e
mudanças nas expectativas em torno
da responsabilidade corporativa, ficou
claro que os clientes e os principais talentos
precisavam pensar de forma diferente
sobre sua força de trabalho ou
possibilidades de carreira. “Conforme
mudamos para uma marca unificada,
estamos ainda mais preparados para
ajudar pessoas, equipes e organizações
a encontrarem e se prepararem para o
que vem por aí, ou seja, conseguiremos
atender em 361 graus as necessidades
deles”, afirma Figueiredo.
Relações cada vez mais humanas
e um mundo em rápida transformação
são as apostas da LHH para o novo posicionamento
de marca. Além disso, a
empresa continuará fortalecendo seus
esforços para mobilizar pessoas em novos
caminhos de carreira, desenvolver
a próxima geração de líderes e fazer a
diferença para as pessoas e comunidades,
trazendo centenas de milhares
de pessoas de volta ao trabalho a cada
ano. “Temos ciência da importância da
nossa contribuição para a sociedade, já
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Cinco formas simples e inteligentes para proteger os equipamentos digitais
de sua empresa – Por: Otto Pohlmann é CEO da Centric Solution, empresa
de tecnologia que fornece soluções completas para atender aos requisitos de
segurança e da LGPD, com foco em implementação, treinamento e suporte a
fim de ajudar a sustentar o desenvolvimento de negócios de todos os portes e
setores
Não há negócio que sobreviva sem
a utilização de dados digitais atualmente.
Tal importância, contudo,
tem um ônus: essas informações passam
a ser alvos constantes de cibercriminosos.
É um cenário ainda mais desafiador
diante da intensa digitalização
provocada pela evolução da tecnologia.
Aqui no Brasil, as notificações de ataques
cibernéticos cresceram 220% no
primeiro semestre de 2021 em relação
ao mesmo período do ano anterior, segundo
dados do Grupo Mz com base
em dados levantados pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM).
A proteção de toda a arquitetura de
TI revela-se, então, fundamental no
ambiente corporativo – e começa com
soluções bem simples e inteligentes.
Confira:
1 – Gerenciamento de senhas
O primeiro passo, evidentemente, é
fazer o gerenciamento adequado das
senhas e das autenticações utilizadas
pelos colaboradores. O ideal é contar
com uma solução específica para isso,
capaz de gerar essas palavras-chave
de forma randômica, ou seja, que não
são previstas ou reutilizadas. Com esse
sistema, é possível estabelecer duas camadas
de proteção, fortalecendo a segurança
digital, e identificar possíveis
ataques de invasores e tentativas de
fraudes de senhas.
2 – Proteção de endpoints
Independente do porte da empresa,
é inegável que a operação do negócio
depende de uma quantidade cada vez
maior de equipamentos tecnológicos,
como computadores, celulares, entre
outros. Eles são os endpoints e, sem
a devida proteção, são buracos explorados
por cibercriminosos. Com uma
solução adequada, é possível estabelecer
camadas de proteção aos dispositivos,
reduzindo o risco de ataques
de malware. Sua vantagem é permitir
que os profissionais possam executar
atualizações e varreduras em busca de
fragilidades na estrutura digital, além
de fazer a gestão de ativos e o controle
remoto.
3 – Encriptação de dados
Mesmo com a gestão de senhas e a
proteção dos endpoints, alguns dados,
principalmente os mais sensíveis
e confidenciais, exigem uma camada
adicional de segurança.
A melhor alternativa é incluir uma ferramenta
capaz de encriptar essas informações
de forma rápida e prática.
Isso vale tanto para os dados que estão
nos discos rígidos quanto aqueles que
podem ser acessados de dispositivos
removíveis e móveis. Assim, mesmo
que um cibercriminoso consiga ultrapassar
todas as proteções, não conseguirá
acessar esses dados.
4 – Auditoria de arquivos
Além das soluções que estabelecem
camadas de proteção, é imprescindível
fazer varreduras em toda a rede para
identificar quaisquer alterações na rede
e nos arquivos. Isso ajuda a antever e
prevenir ataques. Com recursos de auditoria,
é possível monitorar e analisar
todas as mudanças feitas em arquivos
e pastas localizadas nos servidores da
empresa, além de gerar alertas em tempo
real quando alguma alteração for
feita e fornecer todas as tentativas de
acesso.
5 – Gestão das redes corporativas
Por fim, em um modelo de trabalho
híbrido, com os colaboradores realizando
parte de suas tarefas no home
office, a preocupação com a rede corporativa
também precisa ser redobrada.
Qualquer descuido no login pode
trazer graves prejuízos à corporação.
Assim, é fundamental investir em tecnologia
que faz a gestão adequada de
todas as redes corporativas. Com ela,
é possível ter uma visão completa de
todos os acessos e equipamentos utilizados,
além de executar varreduras
que identificam brechas deixadas pelos
colaboradores – e que são exploradas
pelos cibercriminosos.
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Margarete Bernal Organizer
Nem todo mundo tem talento para
organização. Uma tarefa como
arrumar o armário, que pode parecer
simples para alguns, para outros é um
verdadeiro pesadelo.
A correria do dia a dia faz com que
as pessoas deixem algumas tarefas de
lado, causando desordem na vida e nos
espaços por onde circulam.
É dentro desse contexto que a Personal
Organizer atua. A profissão tem crescido
nos últimos anos e vem chamando
atenção daqueles que querem transformar
sua capacidade de organização
em fonte de renda. Embora não exista
um levantamento oficial, estima-se que
cerca de 2 mil pessoas já atuam na área
no Brasil, especialmente no eixo Rio de
Janeiro – São Paulo.
Apesar de parecer uma novidade, a
profissão de Personal Organizer surgiu
na década de 1980.
Tudo começou nos Estados Unidos,
em 1983, quando Bewerly Clower, Stephanie
Culp, Ann Gambrell, Maxine
Ordesk e Jeanne Short se juntaram
para oferecer serviços de organização
em Los Angeles.
O projeto foi um sucesso e, em menos
60
de três anos, elas fundaram a National
Association Of Professional Organizers
(NAPO). Atualmente, a organização já
conta com mais de 4 mil membros.
Margarete Bernal Organizer
Margarete Bernal, Personal Organizer,
especialista em organização e produtividade,
62 anos, casada há 39 anos com
Manuel, mãe de Carolina e Henrique.
Graduada em Letras e pós graduada
em Administração de Empresas, Logística
Internacional e Comércio Exterior.
Trabalhou por 39 anos numa grande
empresa onde acumulou experiência
em gestão de processos e de pessoas,
implantação de sistemas e treinamentos.
Ao se aposentar em 2016, buscava uma
nova atividade que pudesse fazer para
ajudar as pessoas. Encontrou a profissão
de Personal Organizer e se apaixonou.
Decidiu então ressignificar sua
vida e sua missão, passando a ajudar a
transformar vidas das pessoas através
da organização.
Membro da ANPOP Associação Nacional
de Profissionais de Organização
e Produtividade @anpopbr
Capacitada para atender necessidades
em organização em diversos
nichos:
Residencial
Comercial
Documentos
Mudanças
Recém Casados
Baby / Kids
Pós Luto
Treinamento de funcionários
Consultorias
Aula particular de organização, presencial
ou on-line
Workshops, Palestras, entre outros.
Criou um canal no youtube e mantem
um programa semanal chamado #OrganizarTransforma"
que é seu slogan
profissional.
Nesse programa adota uma proposta
descomplicada de como a “organização”
pode ajudar no dia a dia, facilitando
e simplificando as rotinas, trazendo
mais tempo livre para uma vida leve e
mais feliz. Toda Quinta, 19h30 na @
pumpfluxodeideias
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5 dicas para o varejo se preparar para datas sazonais – Por: Clóvis Souza é fundador
da Giuliana Flores, com mais de 400 mil entregas feitas por ano, maior e-commerce de
flores do país, ocupando 70% no Brasil de market share no Brasil
é esperado, mas, conforme seu core, no
Dia do Orgulho Nerd não, por exemplo,
fará sentido investir esforços.
3. Planejar as ações com antecedência:
a comunicação, os descontos e
a logística de entrega precisam ser pensados
e executados com maestria para
que as expectativas dos clientes sejam
atendidas e não haja reclamações.
varejo tem seu fluxo orgânico de
O vendas, mas em datas sazonais,
como Páscoa, Dia das Mães, Dia dos
Namorados, das Crianças, Black Friday
e Natal, o volume aumenta exponencialmente.
Nesse cenário, o e-commerce
mostrou um crescimento acelerado
no início da crise sanitária acarretada
pelo novo coronavírus, sendo a principal
alternativa aos lojistas para manter
os negócios em andamento.
De acordo com o levantamento realizado
pela Associação Brasileira de
Comércio Eletrônico (ABComm), em
maio desde ano, as vendas online corresponderam
a 11,6% do setor varejista
do Brasil.
Diante disso, o varejo consegue prever
e se preparar para essas datas e atender
melhor os consumidores. Veja 5 dicas
de superar as expectativas dos clientes
nos momentos especiais:
4. Descontos e facilidades reais:
oferecer desconto para pagamentos
à vista, ou praticar a redução de preços
de modo que o consumidor não se
sinta enganado. É sabido que algumas
empresas agem de má-fé e aumentam
os valores antes de datas comemorativas
para encher os olhos dos clientes
com grandes descontos.
Os consumidores estão mais atentos a
essas práticas e ficam de olho nos preços.
Além disso, a loja pode ser acionada
por órgãos regulatórios e ser multada
por irregularidades.
5. Estar pronto para a resolução
rápida de problemas: por mais que se
planeje, erros podem acontecer.
Esteja atento a isso e tenha soluções
para resolver as pendências o quanto
antes e com menos impacto aos consumidores.
O varejo tem 365 oportunidades para
realizar boas vendas, mas algumas datas
são ainda mais especiais e alavancam
os negócios. Para ser bem-sucedido,
explore o potencial de sua empresa,
tenha organização e planejamento.
1. Mapeie as datas comemorativas:
saber quando o volume de vendas
irá aumentar é o primeiro passo para
suprir as demandas extras.
2. Analise o histórico dos períodos
de maior volume: nem todas as
datas comemorativas são rentáveis ao
seu negócio. Nas mais fortes, como Dia
das Mães e Natal, o aumento de vendas
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Quem mexeu no meu emprego? Por - Silvia Leão, Consultora Organizacional (Desenhando fluxograma das
atividades, organograma ajuda na criação da Missão, Visão e Valores, Implantação do Assesment, Implantação
do RH Business Partner, mapeamento organizacional, pesquisa de clima, faço analise comportamental, apoio
a alta direção dentre outros). Coach de Carreira e Coach de Propósito, Mentora Profissional, Terapeuta(PNL
Clínica, EFT), Hipnóloga e hipnoterapeuta, ministra cursos e treinamento In Company e na modalidade
VIP, presencial e online. Foi docente do SENAC, Microlins, Evidence Qualidade, Vectory, Bios Company.
Esta é uma questão relacionada com
a Empregabilidade. É uma paráfrase
de título de um livro "Quem mexeu
no meu queijo" que narra a história
de dois ratinhos que descobriram um
lugar com muito queijo e voltaram lá
diariamente para fazer as suas refeições.
Como tinha muito queijo, se habituaram
a ir sem muita preocupação,
e estacionados sem zona de conforto,
assim ficaram sem perceberem que o
queijo estava acabando.
Um dia chegaram e não tinha mais
queijo por ali. Então se perguntaram:
Quem mexeu no meu queijo?
Mas ninguém tinha tirado o queijo deles.
A realidade é que mudou e eles não
se deram conta. Assim acontece com
todos. A realidade muda e a gente têm
que entender essa mudança e "pró agir"
em relação a esta mudança.
Não devemos esperar para tomar atitudes.
Não devemos estacionar em um
"lugarzinho confortável".
Isso também acontece com as pessoas
no aspecto profissional.
Principalmente com profissionais empregados
e que estacionam em zona de
conforto. Tendem a encarar a realidade
do mercado de trabalho e do mercado
de recursos humanos como os "ratinhos"
encararam a realidade de terem
muito queijo e não perceberam que
este estava acabando.
Existem ocorrências na realidade sócio,
cultural, econômica e política que
vão mudando as realidades das profissões,
dos profissionais, do marcado de
trabalho e de recursos humanos.
Uma mudança no comportamento
das pessoas que compõem um determinado
grupo social gera reflexos em
todas as outras esferas. Uma mudança
na tecnologia, no campo da cultura, da
economia ou política podem ir produzindo
alterações nas relações de causa
e efeito, que vai gerando modificações,
inclusive afetando e alterando os níveis
de emprego, colocando profissões em
alta ou diminuindo a procura de profissionais
num mercado de trabalho
que antes estava aquecido, extinguido
profissões, criando outras, numa dinâmica
que precisa ser bem acompanhada
pelos profissionais para que possam
se organizar e se preparar para fazer
adaptações em suas atuações profissionais
de forma a manter a sua empregabilidade
sempre num nível de otimização
suficiente para que continue a ser
um profissional requisitado pelo mercado
de trabalho, e manter seu nível de
competividade no mercado de Recursos
Humanos.
Assim, deve manter-se sempre atualizado
em termos de informações sobre
a sua profissão, realizar leituras constantes,
realizar, periodicamente, cursos
de atualização, reciclagem de conhecimentos,
aperfeiçoamento profissional
e aquisição de novas tecnologias
relacionadas com a sua atuação. Desta
forma não serão surpreendidos como
os "ratinhos" de "Quem mexeu no meu
queijo? " e não se verão sem respostas
diante da questão similar:
QUEM MEXEU NO MEU EMPREGO?
Nenhum profissional que se mantenha
atualizado, qualificado, que reveja sempre
o seu perfil profissional, enriqueça
seu currículo periodicamente, recicle
sua carreira profissional, mantenha um
bom marketing pessoal e dinamize sua
network, se depara com esta questão.
Ele mesmo é quem mexe no seu emprego
e gera sempre a empregabilidade
necessária para fazer mudanças que se
anunciam requeridas para que sua carreira
caminhe num sentido ascendente
com relação aos aspectos de satisfação
profissional, oportunidades de trabalho,
geração de renda dentro de um
mundo de possibilidades.
Pode-se mexer no queijo de um rato,
mas não se mexe no emprego de um
profissional preparado e que não estaciona
em zona de conforto mesmo
quando está bem empregado e remunerado.
Quem estaciona rapidamente fica para
trás!
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Capacitar hoje, inovar sempre: a educação como um pilar para os negócios da
próxima década – Por: Flávia Roberta Freitas é líder de Responsabilidade Social
Corporativa na IBM América Latina e Brasil.
Primeiro precisamos incutir em nossa
sociedade que educação e inovação
caminham juntas. Todo o trabalho tecnológico
e científico demanda horas de
estudo e dedicação. Ao mesmo tempo,
cada software desenvolvido, aplicativo
lançado ou linha de código escrita, expande
as fronteiras do conhecimento
e multiplica as possibilidades de inovação.
Desta forma, nada mais natural
que as pessoas precisem de novas competências
para saber usar e lidar com
essas novidades. O desafio aqui é que
o ritmo de aprendizado é muito mais
lento do que o ritmo da inovação.
O setor empresarial – principalmente
quem está à frente do desenvolvimento
de novas tecnologias – não fica de
fora desse movimento. A capacitação
da força de trabalho tem sido uma
das prioridades para lideranças de
todo o mundo, tanto habilidades técnicas
quanto às chamadas soft skills.
O desenvolvimento de competências
também é buscado pelos talentos. De
acordo com um estudo do IBM Institute
for Business Value (IBV), no que
diz respeito aos atributos valorizados
em uma companhia, 36% das pessoas
indicaram a oportunidade para aprendizagem
contínua como prioridade. O
mesmo estudo também mostrou que
25% das pessoas indicaram.
Desafios em encontrar mão-de-obra
especializada no segmento de
tecnologia são latentes, mas não é de
hoje que vivemos esse cenário.
Os desafios em encontrar mão-de-obra
especializada no segmento de tecnologia
são latentes no mercado de trabalho
atual. E não é de hoje que vivemos
esse cenário. Há alguns anos, temos
visto empresas no mundo todo com dificuldades
em contratar e reter talentos
para lidar com tecnologias emergentes,
e como isso se destoa da realidade da
força de trabalho de forma geral.
Afinal, enquanto os últimos dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) indicam milhões de
brasileiros ainda desempregados, o
setor de tecnologia tem crescido e demandado
um número cada vez maior
de profissionais, impulsionado pelo
avanço galopante das inovações tecnológicas
e surgimento quase diários de
aplicativos e soluções digitais. Uma estimativa
da Brasscom (Associação das
Empresas de Tecnologia da Informação
e Comunicação) traz um sinal de
alerta: a demanda por profissionais de
TI e telecomunicação deve chegar a 70
mil por ano até 2024 no Brasil.
Como contornar essa situação?
Neste contexto desafiador, o acesso à
educação e a democratização da tecnologia
são temas urgentes a serem discutidos,
tanto nas instituições de ensino,
quanto dentro das empresas. Nas escolas,
apresentar aos alunos conteúdos
sobre tecnologias emergentes como
computação em nuvem, programação,
inteligência artificial e ciência de dados
é uma estratégia para introduzi-los a
esses conceitos, oferecendo a possibilidade
de desenvolver aptidões técnicas
e até mesmo gerar interesse por algum
tema que os direcionem para uma futura
profissão.
Os professores também devem ser considerados
nesse processo de aprendizado,
para que estejam equipados com
recursos e conhecimentos atualizados
que os permitam guiar os alunos em
sua jornada de formação, trazendo a
tecnologia e a aprendizagem de habilidades
técnicas para dentro da sala de
aula. A proposta é repensar a educação
desde sua base, para que os estudantes
cheguem ao mercado de trabalho com
maior resiliência para lidar com um
ambiente de negócios cada vez mais
competitivo e de rápida transformação.
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Tudo o que profissionais do Comércio Exterior precisam saber sobre Big Data e Inteligência de Mercado – Por: *Kauana
Pacheco é diretora da assessoria de marketing e comunicação para Comércio Exterior, a ComexLand, e ajuda empresas e
profissionais da área a se posicionarem no ambiente digital. O grande diferencial da assessoria é entendimento em Comex e
o atendimento que compreende a necessidade e o deadline de cada cliente. Kauana é formada em Negócios Internacionais
e é especialista em Big Data & Market Intelligence.
Provavelmente você já ouviu falar de
Big Data, não é? Ou talvez tenha
noção de que é importante, mas ainda
está um pouco perdido sobre o que
isso significa para seu negócio? Essa é
minha área de especialização, em novembro
conclui minha pós-graduação
em Big Data & Market Intelligence na
FAE Business School e posso garantir
que esse assunto é relevante para qualquer
tipo de negócio, principalmente
Comércio e Negócios Internacionais.
Neste artigo você entenderá de forma
simples e objetiva os principais conceitos
e como você pode aplicar isso na
sua empresa. Então vamos começar do
começo e embarcar nesse maravilhoso
mundo dos dados.
A importância do Big Data para
o Comércio Exterior brasileiro
Crise 2020-2021 no Comércio
Exterior
O Brasil representa apenas 1% da movimentação
mundial de importação
e exportação e esse é um fato preocupante,
uma vez que o país possui um
vasto território continental, além de
70
capacidade e necessidade para participar
ainda mais do comércio mundial.
A pandemia provocada pelo coronavírus
escancarou um dos maiores gargalos
já vistos na logística: a escassez de
container, o aumento do frete internacional
e congestionamentos nos maiores
portos do mundo na Ásia, Estados
Unidos e Europa.
Com a crise logística longe do fim essa
situação se torna ainda mais preocupante,
uma vez que com a baixa representação
nas importações e exportações,
o Brasil não é uma rota atrativa
para os armadores que visam o lucro
e assim o frete internacional se torna
ainda mais oneroso. Diversos estados
relatam prejuízos bilionários por não
conseguirem exportar seus produtos,
como é o caso do Espírito Santo, cuja
economia é sustentada pelas operações
de importação e exportação e os exportadores
não conseguem equipamento
(container) para rochas e café, sofrendo
prejuízos pelos estoques parados.
O ano de 2021 está sendo desafiador
para o comércio mundial: além dos
desafios provocados pela pandemia,
players do comércio internacional precisaram
lidar com incidentes como
o fechamento do Canal de Suez, interrompendo
a passagem entre Ásia
e Europa, as adversidades climáticas
(ciclones e tufões) na China que interromperam
diversas vezes atividades
logísticas de todos os modais e provocaram
ainda mais congestionamentos,
causando a incerteza se os produtos
de Black Friday e do Natal chegarão a
tempo e, ainda, como se não bastasse,
apagões em diversas cidades interrompendo
totalmente a produção.
Setores que superaram a crise
Por outro lado, testemunhamos o
grande superávit brasileiro (mais exportações
do que importações, ou seja,
maior entrada de capital estrangeiro no
país) na balança comercial, que bateu
recordes por diversos meses consecutivos
principalmente em commodities
como soja e diferentes tipos de carne, e
isso se dá principalmente pela alta demanda
do gigante asiático.
E-commerce, eletrônicos e infraestrutura
O Brasil nunca importou tantos eletrônicos
e o e-commerce potencializou o
consumo desses aparelhos. Apenas no
primeiro semestre do ano foram mais
de US$1bilhão em celulares (70,35%
deles oriundos da China e via transporte
aéreo). O alto volume de compras
realizadas pela internet fez com que as
empresas de comércio eletrônico investissem
em Hubs logísticos e novos
centros de distribuição, gerando assim
mais emprego, renda e desenvolvimento
para muitos estados brasileiros.
Bebidas
O Brasil é um grande importador de
vinhos e aumentou ainda mais a compra
dos queridinhos chilenos, mas o
que surpreendeu foi que as exportações
de vinhos provenientes do Brasil
também aumentaram em 200%. Percebeu-se
também marcas estrangeiras de
cervejas investindo em fábricas no Brasil,
como é o caso da cerveja espanhola
Estrella Galicia.
Com os desafios logísticos a nível
mundial, as empresas precisam reinventar
suas estratégias: uma empresa
brasileira resolveu fugir do habitual e
optou por exportar 9 toneladas de café
no modal aéreo para Londres, mesmo
com a operação mais cara o objetivo
era que o café chegasse até o seu destino
no tempo esperado – e chegou!
A Coca-Cola, por sua vez, driblou a
crise de container e falta de espaço em
navios optando pela modalidade Break
Bulk e afretou 3 navios graneleiros.
Mercado Pet
O mercado pet está se destacando em
todo o mundo e o Brasil marca presen-
ça tanto na importação quanto na exportação
de itens como ração, brinquedos,
roupas, bebedouro, sanitário pet,
casinhas, caminhas, focinheiras, pingentes
e coleiras, xampus, sabonetes,
perfumes e até mesmo pasta de dente.
Tudo para deixar o pet feliz!
Saúde e higiene
A pandemia aumentou muito a utilização
de produtos de higiene como álcool
em gel, sabonetes e esterilizantes.
Além desses, a demanda por máscaras
e luvas também cresceu consideravelmente
(+ 85% apenas em vendas online).
A procura por itens de ginástica também
cresceu, isso porque pessoas estavam
buscando formas de se manterem
saudáveis durante o isolamento social.
Segundo a Netshoes o aumento da busca
por esses itens foi de 2500%.
Serviços
Com a mudança nas formas de comunicação
que obrigaram empresas a estarem
presentes no mundo digital, dois
setores cresceram muito: a tecnologia
e o marketing. Empresas perceberam
que não podem ficar isoladas do digital
e precisam estar conectadas: a
competição entre a concorrência não
é mais por preço e sim por velocidade
e qualidade no atendimento. Enquanto
a tecnologia ajuda na velocidade, o
marketing ajuda nas estratégias de comunicação
para um atendimento excelente.
E, falando de tecnologia, está na hora
de falarmos de dados e como eles podem
ser transformados em inteligência
para que empresas e profissionais consigam
identificar oportunidades.
Inteligência de Mercado e Big
Data no Comércio Exterior
Empresas de todos os setores que citamos
acima, para superarem a crise e
aumentarem seus números, ou manterem
suas operações em plena pandemia,
precisaram criar planos, analisar
tendências de mercado ou encontrar
novos mercados para crescer. E é isso
que empresas de Comex e Logística
também precisam fazer, mas esbarram
na impossibilidade de investir em um
software especializado ou na falta de
tempo, ou simplesmente não possuem
equipes que consigam pensar de forma
criativa na solução de problemas.
Ter inteligência empresarial não é a tarefa
do chefe, é uma cultura que toda
empresa deve possuir.
O que são dados e como são
transformados em inteligência?
Dados isolados não significam muito,
porém quando organizados, tratados e
interpretados podem ser transformados
em informações valiosas para as
empresas, que as ajudam a identificar
oportunidades e tomar decisões inteligentes,
ou seja, encontrar algo capaz de
melhorar o estado atual.
O ciclo da inteligência para uma empresa
é a grande coleta de dados proveniente
de dados primários ( colhidos
diretamente da fonte); ou dados
secundários (já publicados em algum
lugar, como internet, consultorias, funcionários
etc.).
Tais dados coletados podem ser quantitativos
(aqueles que podemos metrificar,
como o número de habitantes de
um país) ou qualitativos (aqueles que
não podem ser expressos em números,
como por exemplo, comportamento da
população de um país).
A análise desses dados, dentro de um
contexto, os transforma em informação,
a síntese de diversas informações
se torna conhecimento, a experiência e
criação de estratégia para ação torna-se
a inteligência.
Quando empresas agem de forma inteligente
possuem capacidade de evoluir
seus setores em diferentes formas: na
saúde financeira, nas tomadas de decisão,
no controle de operações e gerenciamento
de riscos, na busca por clientes
e fornecedores, no entendimento
das dores e desejos de seus clientes, no
seu diferencial competitivo e no seu relacionamento
com stakeholders.
Muitas empresas não têm controle nenhum
sobre suas operações e têm gigantes
custos de oportunidades (aquele
valor que você renuncia ao tomar ou
NÃO uma decisão). Já outras, tentam
se organizar em planilhas realizadas
manualmente, porém gastam um tempo
enorme ao organizar dados e muitas
vezes os tomadores de decisão nem
conseguem analisar esses dados por
falta de tempo ou simplesmente por
não conseguirem encontrar estratégias
em uma planilha com diferentes informações.
Eu gosto de dizer que o Comércio Exterior
trabalha com detalhes e dados
e todas as operações giram em torno
disso. São diversas informações que
circulam entre os integrantes da cadeia
logística, as informações são recebidas
e repassadas e muitas se perdem entre
as milhares trocas de e-mails. Agora
imagine se todas as informações estivessem
organizadas e prontas para
serem analisadas pelo tomador de decisão,
isso economizaria tempo, custos
e traria mais inteligência para cada decisão
tomada.
O que é Big Data e como pode ser
aplicada no Comércio Exterior?
Chamamos de Big Data os dados que
são grandes demais para serem analisados
da forma convencional e manual,
pois possuem grande variação, volume
e velocidade, por isso a necessidade
do Big Data no Comex, uma vez que
lidamos com os esses 3vs diariamente.
Informações estruturadas são aquelas
que possuem um padrão. Já as não
estruturadas são aquelas que não possuem
um formato padronizado para a
leitura, como por exemplo um e-mail,
áudios do WhatsApp, documentos em
PDF, documentos em planilha do Excel,
vídeos de treinamentos. Os semiestruturados
são uma variação de ambos.
Os dados não estruturados são um
grande desafio para as empresas, pois a
análise é mais difícil, imagine em uma
operação onde se quer localizar o responsável
pela multa aduaneira e nesse
processo foram trocados documentos
por e-mail, áudios no WhatsApp e outras
informações no sistema da empresa.
Ou imagina uma busca por clientes
em outros países, mas as informações
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demográficas estão no website do governo,
informações legais em outro e
algumas informações você capturou
viajando até o país e anotou.
O investimento em um software de Big
Data e Inteligência Artificial resulta
em coleta, captura, tratamento e organização
de dados sem interferência
humana e ainda conta com a possibilidade
de automatizações e dashboards
que tornam a informação mais intuitiva
e criam diferentes possibilidades.
Empresas de tecnologia, normalmente,
sempre estão buscando inovação
e aprimoramento, querem ouvir seus
clientes cada vez mais para oferecerem
ainda mais soluções que impulsionam
ainda mais a sua empresa.
Vale se atentar que, como todos os investimentos,
é necessário definir objetivos
para cada análise que pode ser
descritiva, quando são analisadas situações
passadas, a fim de identificar tendências,
padrões ou anomalias. Análise
preditiva: o objetivo dessa análise é
prever situações futuras. Análise prescritiva:
análise de diferentes possibilidades
a serem tomadas em um cenário
futuro.
A Inteligência de mercado e o
crescimento da empresa
Empresas que possuem inteligência de
mercado dificilmente não crescem. Isso
porque elas têm a compreensão de segmentos,
dos clientes e da concorrência.
Elas não atuam apenas com os dados
gerados por si, elas atuam com dados
disponíveis no mercado, como novos
mercados potenciais e oportunidades
de negócios; as necessidades, dores e
preferências do cliente; os produtos
disponíveis no mercado, organização
de vendas, plano de marketing e preços
da concorrência; monitoramento das
tendências e o impacto delas; tamanho
do mercado, crescimento do mercado
e participação de mercado nos mercados
existentes.
Atualmente, empresas conseguem coletar
informações úteis em diversas
plataformas gratuitas, como WorldBank,
Trading Economics, Relatório
Focus do BACEN, International Trade
Center, The observatory of Economic
Complexity (OEC), GAP Minder,
OMC, Visual Capitalist, Comexvis e
Euromonitor (grátis para estudantes,
consulte na sua instituição de ensino)
Mesmo assim, sabe-se que investir em
um software especializado na sua área
traz ainda mais facilidade e benefícios,
por isso não espere para começar. Entenda
logo como transformar dados
em lucro.
O que diz a Lei Geral de Proteção
de Dados (LGPD) em relação ao
Big Data?
A Lei Geral de Proteção de Dados
Pessoais, Lei 13.709/2018 – legislação
brasileira que regula as atividades de
tratamento de dados pessoais baseada
no europeu General Data Protection
Regulation (GDPR) – é nova e ainda
território desconhecido por muitos,
por esse motivo, para não ser multado,
antes de coletar, armazenar dados de
terceiros e tomar qualquer ação é necessário
buscar ajuda do seu setor jurídico
ou de uma consultoria especializada
no assunto. Lembre-se que esse
é um assunto que players do Comex
devem ter muita atenção, não apenas
para inteligência de mercado, mas para
diversos outros setores que envolvem
dados sensíveis.
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