Revista Newslab Ed. 169
Revista Newslab Edição 169 Seguiremos buscando aprimorar a qualidade de nossa revista, contentes com a comemoração dos 28 anos, em novembro do ano passado, e com todo o espaço já conquistado. Foram mais de um milhão e meio de acessos em 2021, um crescimento de 50% em relação ao ano de 2020.
Revista Newslab Edição 169
Seguiremos buscando aprimorar a qualidade de nossa revista, contentes com a comemoração dos 28 anos, em novembro do ano passado, e com todo o espaço já conquistado. Foram mais de um milhão e meio de acessos em 2021, um crescimento de 50% em relação ao ano de 2020.
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evista
Editorial
Ano 29 - Edição 169 - Janeiro 2022
Ano novo, novos desafios. Inicio este primeiro
editorial entusiasmada com o trabalho que temos
pela frente.
Seguiremos buscando aprimorar a qualidade de
nossa revista, contentes com a comemoração dos 28
anos, em novembro do ano passado, e com todo o
espaço já conquistado. Foram mais de um milhão e
meio de acessos em 2021, um crescimento de 50%
em relação ao ano de 2020.
Continuaremos promovendo o aumento de diálogos
com o meio acadêmico, mantendo, ainda, nosso
compromisso em divulgar práticas inovadoras,
descobertas e pesquisas enriquecedoras de toda
nossa área de medicina diagnóstica.
A edição 169 chega com diferentes e interessantes
contribuições, propostas inovadoras e instigantes,
atenta aos novos contextos atuais e novas tecnologias.
Dentre os artigos científicos, trouxemos nesta edição
um trabalho excepcional sobre Mieloma Múltiplo,
outro sobre Análise das alterações hematológicas
encontradas em pacientes com dengue e ainda,
um artigo intitulado Predição de epitopos e análise
estrutural de subtipos de Toxina Shiga Like produzidos
por Escherichia coli no Brasil.
Apresentados os artigos, seguimos para as
seções da revista.
Começamos o ano com uma nova coluna, a
Neurociência em Foco, recebida de Portugal, escrita
pelo renomado neurocientista Dr. Fabiano de Abreu
Agrela Rodrigues que é PhD em Neurociências,
Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências
da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com
formações também em neuropsicologia, nesta edição
ele discorre sobre A Síndrome da Fadiga Crônica
sob a perspectiva da neurociência. Trata-se de uma
importante contribuição em relação a este tema tão
atual: A fadiga. Um mal vivido por todos os seres
humanos que resulta da disfunção entre a dopamina
e o cortisol, dois hormônios de extrema importância
para o bem estar e qualidade de vida.
Na seção Gestão Laboratorial, Dr. Humberto Façanha
nos convida a refletir sobre 2022 - O QUE OS
GESTORES LABORATORIAIS DEVEM ESPERAR E FAZER?
Convido os leitores a participarem ativamente da
elaboração da Newslab, enviando colaborações,
artigos, ideias, sugestões. Pedimos também que
divulguem a revista para suas redes, de modo
que mantenhamos nosso constante crescimento,
aprendizado e diálogo colaborativo na divulgação de
práticas e inovações no âmbito laboratorial.
Desejo a todos vocês, uma excelente leitura!
Luciene Almeida
Editora Chefe
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Ano 29 - Edição 169 - Janeiro 2022
Revista NewsLab
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CNPJ.: 35.678.385/0001-25 - Insc. Est.: 128.209.420.119 - ISSN 0104 - 8384
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Impressão: Gráfica Hawaii | Periodiciade: Bimestral
0 2
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
evista
Ano 29 - Edição 169 - Janeiro 2022
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A Revista Newslab, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para
publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.
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artigo, bem como a participação de todos os envolvidos.
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Abstract detalhado em inglês. O Resumo e o Abstract deverão
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0 4
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
evista
Índice remissivo de anunciantes
ordem alfabética
Ano 29 - Edição 169 - Janeiro 2022
ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.
ALTONA 29
BIOCON 71
BIOMEDICA 67
BIOTECNO 69
BUNZL SAÚDE 09
CELLAVISION 97
DB
4ª CAPA
DIAGNO 103
DIAGNÓSTICA CREMER 77
ERBA 41
EUROIMMUN 117
FIRSTLAB 83
GREINER 99
GRIFOLS 05
GT GROUP BIOSUL 73
HAGELAB SISTEMAS 39
HAMILTON DO BRASIL 25
HORIBA 2ª CAPA | 119
J. R. EHLKE&CIA 14-15
KOLPLAST 87
LABORLINE 11
MINDRAY 91
MOBIUS 49
MP SYSTEMS 51
NEWPROV 79
NIHON KOHDEN 23 | 44-45
PERKINELMER 19
PNCQ 109
PRIME CARGO
CAPA - 3ª CAPA
RENYLAB 53
SARSTEDT 21
SNIBE 13
TBS-THE BINDINGSITE 63
THERMOFISHER 07
VEOLIA 93
VIDA BIOTECNOLOGIA 61
WAMA 65
ZYBIO 03
ZYMO RESEARTH
33 - FOLDER
Conselho Editorial
Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição
humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Prof. José de Souza Andrade Filho - Patologista no hospital Felício Rocho BH, membro da academia Mineira
de Medicina e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas do Minas Gerais | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa da Universidade de São
Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da
Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Dr. Amadeo
Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da
USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade
Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e
Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.
Colaboraram nesta Edição:
Allyne Cristina Grando, Humberto Façanha, Fábia Bezerra, Gleiciere Maia Silva, Jorge Luiz Silva Araújo-Filho, Luiz Arthur Calheiros Leite, Brunno Câmara, José de Souza Andrade-Filho,
Helena Varela de Araújo, Rafaele Loureiro, Bruna Garcia, Mauren Isfer Anghebem, Juliana Garotti, Luciana Chavasco, Caroline Neves, Anderson Pereira Soares, Andreia Paula Lopes de Almeida,
Amanda de Lima Gazzineu, Jonas Michel Wolf.
0 6
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
ÍNDICE
revista
Ano 29 - Edição 169 - Janeiro 2022
52
MATÉRIA DE CAPA
GRUPO PRIME
VAMOS JUNTOS?
Com gestão integrada e em consonância com as demandas
do mercado, Grupo Prime cresce e se consolida como
operador logístico focado na área da saúde.
10
ARTIGO CIENTÍFICO I
ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS
ENCONTRADAS EM PACIENTES COM DENGUE
26
ARTIGO CIENTÍFICO II
ASPECTOS CLÍNICOS E DIAGNÓSTICO DE
MIELOMA MÚLTIPLO: A CITOMETRIA DE FLUXO
NO DIAGNÓSTICO E NA PESQUISA DE DOENÇA
RESIDUAL MENSURÁVEL.
Autores: Ariane Ilsa Clymaco Foschiera,
Jufner Celestino Vaz Toni, Kely Braga Imamura.
Autoras: Danielle Borges Germano e
Helena Varela de Araújo
02
56
60
64
- Editorial
- Radar Científico I - ThermoFisher
- Minuto Laboratório
- Bioquímica
34
ARTIGO CIENTÍFICO III
PREDIÇÃO DE EPITOPOS E ANÁLISE
ESTRUTURAL DE SUBTIPOS DE TOXINA SHIGA
LIKE PRODUZIDOS POR ESCHERICHIA COLI
NO BRASIL
Autores: Yasmin Pina de Almeida,
Anderson Pereira Soares.
66
68
74
82
- Neurociência em Foco
- Medicina Genômica
- Citometria de Fluxo
- Análises Clínicas
48
GESTÃO LABORATORIAL
2022 – O QUE OS GESTORES LABORATORIAIS
DEVEM ESPERAR E FAZER?
Autor: Humberto Façanha da Costa Filho.
84
- Biossegurança
86
88
90
123
- Hematologia
- Logística Laboratorial
- Informes de Mercado
- Analogias em Medicina
80
LADY NEWS
O USO DO PODCAST COMO FERRAMENTA
DE EDUCAÇÃO CONTINUADA NO ÂMBITO
LABORATORIAL
Autora: Luciana Chavasco, Ana Carolina Caetano.
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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ARTIGO CIENTÍFICO I
ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS
ENCONTRADAS EM PACIENTES COM DENGUE
Analysis of hematological changes found in patients with dengue
Autores:
Ariane Ilsa Clymaco Foschiera1, Jufner Celestino
Vaz Toni2, Kely Braga Imamura 3 .
1 - Especialista em Banco de Sangue e Hematologia Clínica
pela Faculdade Unyleya, Brasília- DF-Brasil.
2 - Mestre em Biotecnologia; Professor do curso de
especialização em Patologia Clínica na Faculdade Unyleya,
Brasília -DF- Brasil.
3 - Doutora em Biotecnologia; Professora do curso de
especialização em Banco de Sangue e Hematologia Clínica
na Faculdade Unyleya, Brasília -DF- Brasil.
* Imagem ilustrativa
Resumo
A dengue é uma arbovirose transmitida pelo Aedes aegypti de
importância mundial, que acompanha a humanidade há centenas de
anos, sendo, todavia, negligenciada e sem perspectivas de controle
em curto prazo. A dengue pode ser assintomática ou apresentar amplo
espectro clínico, variando de doença febril autolimitada até formas
graves, que podem evoluir para choque circulatório e óbito. Para tanto,
a precocidade no diagnóstico da doença e na detecção de sinais de
alarme, que indicam uma evolução desfavorável, assim como o controle
da disseminação, a erradicação do mosquito transmissor, e a instituição
de tratamento adequado são fundamentais para frear o avanço da
doença. De acordo com o Ministério da Saúde, a dengue afeta mais de
100 milhões de pessoas por ano, no mundo, e é uma das doenças que
causam maior impacto na saúde pública do país. Não há tratamento
específico para a dengue, ele é apenas sintomático e de suporte, e até
o momento, não existe vacina disponível para prevenção da doença,
sendo o controle do vetor a medida mais efetiva. São comuns as
alterações no hemograma, como hemoconcentração, leucopenia,
plaquetopenia e alterações de hemostasia sanguínea com presença
frequente de manifestações hemorrágicas. Algumas dessas alterações
estão relacionadas com a gravidade da doença e indicam a necessidade
de intervenção terapêutica com finalidade de reduzir a mortalidade.
Dessa forma, o objetivo deste estudo é apresentar uma análise das
alterações hematológicas encontradas em pacientes com dengue
nos períodos de 2009 a 2015 nos estados das regiões Sul, Sudeste e
Nordeste do Brasil, correlacionando-as às características genéticas e
imunológicas da doença.
Palavras-chave: Dengue, alterações hematológicas, FHD, arbovirose.
Abstract
Dengue is an arbovirus transmitted by Aedes aegypti of world
importance, which has been with humanity for hundreds of years,
however neglected and with no prospects for control in the short
term. Dengue can be asymptomatic or present a broad clinical
spectrum, ranging from self-limited febrile illness to severe forms
that can progress to circulatory shock and death. Therefore, early
diagnosis of the disease and detection of alarm signals, which
indicate an unfavorable evolution, as well as the control of
dissemination, the eradication of the transmitting mosquito, and
the institution of adequate treatment are essential to curb the
progress of the disease. According to the WHO, dengue affects more
than 100 million people a year worldwide, and is one of the diseases
that cause the greatest impact on public health in the country.
There is no specific treatment for dengue, it is only symptomatic
and supportive, and so far, there is no vaccine available to prevent
the disease, with vector control being the most effective measure.
Alterations in the blood count, such as hemoconcentration,
leukopenia, thrombocytopenia and alterations in blood hemostasis,
with frequent presence of hemorrhagic manifestations, are common.
Some of these changes are related to the severity of the disease and
indicate the need for therapeutic intervention in order to reduce
mortality. Thus, the aim of this study is to present an analysis of
the hematological alterations found in patients with dengue in the
periods from 2009 to 2015 in the states of the South, Southeast
and Northeast regions of Brazil, correlating them to the genetic and
immunological characteristics of the disease.
Keywords: Dengue, hematological alterations, FHD, arbovirus.
0 10
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
ARTIGO CIENTÍFICO I
Introdução
Mais de dois bilhões e meio de pessoas
residem em regiões endêmicas da dengue
e aproximadamente 400 milhões de
infecções ocorrem por ano, com uma taxa de
mortalidade que chega a ultrapassar 20% em
algumas áreas. A Organização Mundial da
Saúde (OMS) considera a dengue como um
grande desafio global de saúde pública que
ocorre essencialmente nos países tropicais
e subtropicais. A doença teve um aumento
logarítmico entre as décadas de 1960 e 2010,
justificado principalmente devido ao aumento
da taxa de crescimento populacional,
aquecimento global, urbanização não
planejada, controle ineficiente dos mosquitos,
viagens aéreas frequentes e falta de
instalações de saúde (OMS, 2021).
A infecção causada pelo vírus da dengue
afeta mais de 100 países, incluindo a Europa e
os Estados Unidos. O primeiro caso relatado de
uma doença semelhante a dengue ocorreu na
Índia em 1780, já a primeira epidemia ocorreu
entre 1963-1964, também na Índia. A dengue
apresenta um quadro clínico diversificado que
varia de doença assintomática até quadros
graves de febre hemorrágica da dengue (FHD),
evoluindo para a síndrome do choque da
dengue (SCD), associadas à elevada taxa de
mortalidade. É uma doença sazonal, ocorrendo
com maior frequência em períodos quentes
e de alta umidade, já que estas condições,
encontradas em países tropicais e subtropicais,
favorecem a proliferação do mosquito
transmissor, o Aedes aegypti (OMS, 2021).
O vírus da dengue pertence ao gênero Flavivirus
e à família Flaviviridae. É um vírus de RNA, de
filamento único, envelopado e que possui quatro
sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 (DIAS
et al., 2010). A proteção cruzada entre eles é
apenas transitória, de forma que uma mesma
pessoa pode apresentar a doença até quatro vezes
ao longo da sua vida. No Brasil, o sorotipo 3 do
vírus da dengue predominou na grande maioria
dos estados entre 2002 e 2006. No período entre
2007 e 2009, observou-se alteração no sorotipo
predominante, com a substituição do DEN-3 pelo
DEN-2 e uma nova circulação do sorotipo 1. Essa
alteração levou a ocorrência de epidemias em
diversos estados e ao aumento no número de
casos graves da doença (OMS, 2021).
A dengue, clinicamente é difícil de se diferenciar
de inúmeras outras doenças virais e, sendo assim,
muitas vezes permanece sem diagnóstico. O Aedes
aegypti também é responsável pela transmissão
da Chikungunya e Zika. Na dengue, as alterações
no hemograma, como hemoconcentração,
leucopenia, plaquetopenia e alterações de
hemostasia sanguínea com presença frequente
de manifestações hemorrágicas são comuns.
Algumas dessas alterações estão relacionadas
com a gravidade da doença e indicam a
necessidade de intervenção terapêutica com
finalidade de reduzir a mortalidade. Assim, o
objetivo deste estudo é apresentar uma análise
das alterações hematológicas encontradas
em pacientes diagnosticados com dengue
nos períodos de 2009 a 2015 nos estados
das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil,
correlacionando-as às características genéticas e
imunológicas da doença.
Metodologia
O presente estudo consiste em uma revisão
descritiva com base na busca de artigos científicos
disponíveis em diferentes bancos de dados. A
busca foi realizada entre os meses de fevereiro
a dezembro de 2009 a 2015 nas bases de dados
Medline/Pubmed, Science Direct e Scielo, nos
idiomas português e inglês, abrangendo artigos
publicados neste período. Os descritores utilizados
foram dengue, alterações hematológicas, pacientes
com dengue, arbovíroses, bem como a combinação
destas palavras. Foi adotado como critério de
inclusão, as publicações cuja temática abordavam
os resultados das alterações hematológicas
encontradas nos pacientes diagnosticados com
dengue. Foram excluídas publicações que não
contemplaram o tema, ou apresentavam-se vagas
de acordo com o objetivo proposto.
0 12
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
Autores: Ariane Ilsa Clymaco Foschiera1, Jufner Celestino Vaz Toni2, Kely
Braga Imamura 3 .
ARTIGO CIENTÍFICO I
Revisão bibliográfica
Vetor, transmissão, diversidade genética
e patogênese da Dengue
O Aedes aegypti é um mosquito que possui
hábito diurno, essencialmente no início da
manhã e no final da tarde, possui preferência
por ambientes urbanos e intradomiciliares,
alimentando-se principalmente de sangue
humano (BARROS et al. 2008). A proliferação
do A. aegypti é feita pela postura de ovos pela
fêmea em locais com água parada, após a
postura, os ovos eclodem originando as larvas.
O tempo entre a eclosão do ovo, a fase larval e
o mosquito adulto permeiam em torno de 10
dias. Em locais mais quentes este processo pode
ser ainda mais rápido. Vale ressaltar que o ovo do
A. aegypti sobrevive até um ano fora da água,
aguardando condições ambientais favoráveis
para se desenvolver (BARROS et al. 2008).
O mosquito adquire o vírus da dengue ao
se alimentar do sangue do indivíduo que se
encontra na fase de viremia. Essa fase iniciase
1 dia antes do início dos sinais clínicos,
como a febre, durando até o 6° dia da doença.
Interessantemente, o vírus se localiza nas
glândulas salivares do mosquito, se prolifera
e permanece no mesmo local deixando o
artrópode infectante durante toda a sua
vida (BRASIL, 2021). Nesse sentido, uma vez
infectada, a fêmea do A. aegypti inocula
o vírus junto com a sua saliva ao picar o
indivíduo sadio. Ademais, a fêmea também
faz a transmissão transovariana do vírus
para a sua prole, expandindo, dessa forma, a
doença (BARROS et al. 2008).
Depois de inoculado no hospedeiro humano,
o vírus da dengue permeia as células e replicase,
gerando, consequentemente progenitores
virais. Neste momento, a fase de viremia tem
início, em seguida há distribuição do vírus
para todo o organismo. Os principais locais de
replicação viral no hospedeiro humano são as
células da linhagem monocítica-macrofágica
de órgãos linfoides, pulmões e fígado
(BHAMARAPRAVATI, 1997). Vale lembrar
que a replicação viral estimula os monócitos
e, indiretamente os linfócitos a produzirem
citocinas. Algumas dessas citocinas possuem
efeito pró-inflamatório e, sendo assim, serão
responsáveis pelos primeiros sintomas, como a
febre, outras citocinas são capazes de estimular
a produção de anticorpos, que se ligam aos
antígenos virais formando os imunocomplexos
(FONSECA e FONSECA, 2002).
Os anticorpos IgM “antidengue” começam
a ser produzidos a partir do 5° ou 6° dia
de infecção (GUZMÁN e KOURI, 2002). Os
anticorpos diminuem o processo infeccioso,
iniciando o declínio da viremia (TSAI et
al., 2005). Vale ressaltar que os títulos
desses anticorpos caem ao longo da vida,
entretanto, eles continuam conferindo
imunidade sorotipo específica, sendo assim,
em uma infecção secundária, a produção de
anticorpos é mais rápida e atinge níveis mais
elevados (GUBLER, 1998).
0 16
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
uma sequência não conservada (diferente do que
encontramos em outros vírus do gênero Flavivirus).
Lembrando que a região 3’ não traduzida também
está envolvida na replicação viral e ainda apresenta
sequências conservadas entre os Flavivírus, que
é dividida em (I) região variável, localizada logo
após a ORF e (II) região terminal, que contém uma
sequência de ciclização (SC1) e uma estrutura em
haste (“stemm-loop”) totalmente estável. Essas
regiões interagem com as proteínas não estruturais
NS3 e NS5 (GRIFFIN, 2007).
ARTIGO CIENTÍFICO I
O vírus da dengue é um vírus de RNA, de
filamento único, envelopado. As primeiras
linhagens do vírus da dengue possuíam uma
baixa diversidade genética, e dessa forma,
uma imunidade cruzada total ou parcial, pode
ter impulsionado uma origem alopátrica dos
diferentes sorotipos, auxiliando as diferenças
genéticas existentes hoje. Os flavivírus,
particularmente os que são arbovírus possuem
uma baixa taxa de mutação, quando são
comparados com outros vírus de RNA. Estudos
moleculares das sequências de nucleotídeos
do genoma dos diferentes sorotipos da dengue
mostraram os genótipos que estão nas regiões
tropicais. Nas Américas a circulação do grupo
genotípico do DEN-1; DEN-2; DEN-3 e DEN-4
destacaram-se (FAUCI; MORENS, 2016).
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
As partículas virais do DEN apresentam cerca
de 50 e 55 nm de diâmetro, possuem um core de
ribonucleoproteínas, um envelope de glicoproteínas,
e seu genoma codifica uma poliproteína. Essa
poliproteína é clivada em 10 proteínas, sendo
3 estruturais e 7 não estruturais. Vale ressaltar
que o genoma do DEN é constituído por uma
região codificadora que varia entre 10.158 e
10.173 nucleotídeos, e essa região codificadora é
flanqueada por regiões terminais não traduzidas 5’
e 3’ que possuem cerca de 100 e 450 nucleotídeos
respectivamente. A região 5’ não traduzida está
envolvida na tradução e na replicação do genoma do
vírus e a complementariedade da cadeia negativa,
atua como sítio de iniciação da cadeia positiva
(durante o processo de replicação do RNA viral).
De forma interessante, o vírus da dengue apresenta
Diferentes fatores relacionados tanto ao vírus
quanto ao hospedeiro determinam a gravidade
da doença. Lembrando que a dengue pode
ser tanto assintomática, como causar febre
hemorrágica (FHD) ou síndrome do choque da
dengue (SCD). Entre estes fatores destacam-se
os diferentes genótipos dos vírus. Alguns vírus
podem ser mais virulentos de acordo com Rico-
Hesse et al., 1997, infectando um número maior
de células, aumentando consequentemente a
viremia. Este aumento da viremia ativa ainda
mais o sistema imune do indivíduo gerando
uma resposta inflamatória intensa, permitindo o
desenvolvimento de formas mais graves da doença
(FONSECA e FONSECA, 2002). Vale ressaltar que
essa hipótese é reforçada uma vez que a maioria
dos casos de FHD observados nas Américas foram
associados ao sorotipo DEN-2. RICO-HESSE et
al., 1997, ressalta também que esta hipótese
pode correlacionar os casos de FHD isolados
que ocorrem durante a infecção primária com a
infecção de cepas mais virulentas. Estudos indicam
que indivíduos com FHD possuem populações de
macrófagos intensamente infectadas, produzindo
viremia elevada (DAHER, 2005).
0 17
Autores: Ariane Ilsa Clymaco Foschiera1, Jufner Celestino Vaz Toni2, Kely
Braga Imamura 3 .
ARTIGO CIENTÍFICO I
De acordo com Sabin 1952, o risco de ocorrer
uma FHD ou SCD é maior na infecção secundária
quando comparada à infecção primária. Este
fato está relacionado com o tipo de imunidade
conferida em cada infecção. Na infecção primária,
o indivíduo produz anticorpos neutralizantes para
o sorotipo específico da dengue que causou essa
infecção, ou seja, uma imunidade homóloga,
que permanece por toda a vida. Todavia, esses
representando um aumento de mais de 150%
em relação ao ano de 2009. Desse total, 2.271
casos foram de FHD, com 367 óbitos. A região
sudeste foi a que notificou o maior número
de casos (51,2%), seguida do Centro-Oeste
(23,7%), Nordeste (11,3%), Norte (8,5%) e
Sul (5,3%) (COSTA, et al., 2010).
Segundo dados do Ministério da Saúde,
Sudeste (201,9 casos/100 mil habitantes),
Nordeste (154,5 casos/100 mil habitantes)
e Norte (147,7 casos/100 mil habitantes).
É importante lembrar que o mundo vive
uma grande pandemia relacionada ao vírus
SarsCov-2 e este fato pode ter diminuído
as notificações em relação à dengue,
principalmente em 2021.
anticorpos conferem proteção também contra
os outros sorotipos, uma imunidade heteróloga,
mas, apenas por alguns meses, sendo assim,
depois desse período, se o indivíduo for
infectado por um sorotipo diferente do que gerou
a infecção primária os anticorpos se ligam ao
vírus, entretanto, não conseguem neutralizá-lo.
Alguns pacientes infectados pelo vírus da dengue
podem persistir assintomáticos ou terem doença
em 2013, foram notificados 204.650 casos
de dengue no País. Desse total, 324 foram
notificados como casos graves com 33 óbitos. Em
2010, o sorotipo 4, que há 28 anos não circulava
no Brasil, foi isolado em Roraima (COSTA, et al.,
2010). Em 2019, foram notificados 474 mil
casos de dengue e 188 óbitos em Minas Gerias,
já em 2020, foram notificados 84.636 mil casos
e 13 óbitos, no mesmo estado (OMS, 2021). De
Um estudo realizado com crianças na zona
rural da Tailândia, demonstrou que 53% das
infecções ocasionadas pelo vírus da dengue
não foram associadas com sintomas, apesar
da intensa vigilância (ENDY, et al., 2002).
Tan et al., 2008 ao estudar 2.531 gestantes
notou que existiu uma prevalência da
dengue durante a gestação de 2,5%
febril indiferenciada. Isso ocorre principalmente
acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de
mulheres, com taxa de transmissão vertical
em crianças menores de 15 anos.
São Paulo, em 2021, só na cidade de São Paulo
de 1,6%, na Malásia.
já foram registrados 6.408 casos, ultrapassando
Epidemiologia e alterações hematologias
causadas pelo vírus da dengue
No Brasil, a primeira epidemia documentada
tanto clínica quanto laboratorialmente
aconteceu entre os anos de 1981 e 1982 em
Boa Vista, Roraima. Alguns anos se passaram
e ente 1986-1987 uma epidemia culminou a
cidade do Rio de Janeiro. Desde então novas
epidemias ocorrem em diferentes estados
do Brasil, e do mundo (WHO, 2009). Em
2002, ocorreu uma das maiores epidemias
de dengue do Brasil, com aproximadamente
700.000 casos notificados. Após este período,
houve uma diminuição do número de casos
todo o ano de 2020 (com 2.009 casos de
dengue). Até a metade de 2021 já ocorreram
440.012 casos prováveis de dengue no Brasil,
com uma taxa de incidência de 207,8 casos
por 100 mil habitantes. Em comparação com o
ano de 2020, houve uma redução de 51,8 % de
casos registrados no mesmo período analisado.
Até o momento, foram confirmados 154 óbitos
por dengue, sendo 133 por critério laboratorial
e 21 por clínico-epidemiológico. Permanecem
em investigação 72 óbitos (OMS, 2021).
A região Centro-Oeste apresentou a maior
taxa de incidência de dengue, com 466,2
Na infecção pelo vírus da dengue, são
comuns as alterações no hemograma,
como hemoconcentração, leucopenia,
plaquetopenia e alterações de hemostasia
sanguínea com presença frequente de
manifestações hemorrágicas. Algumas
dessas alterações estão relacionadas com a
gravidade da doença e indicam a necessidade
de intervenção terapêutica com finalidade
de reduzir a mortalidade. Constantemente
observam-se alterações hematológicas nos
pacientes com dengue. São comuns, de acordo
com a fisiopatologia, a hemoconcentração,
no País, até que em 2010, foram detectados
casos/100 mil habitantes, seguida das
leucopenia, plaquetopenia e alterações na
mais de 790.000 casos suspeitos de dengue,
regiões Sul (222,3 casos/100 mil habitantes),
hemostasia (OMS, 2021).
0 18
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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ARTIGO CIENTÍFICO I
Na Dengue Clássica (DC) é comum encontrar
quadros de linfocitose, trombocitopenia
e elevação das enzimas hepáticas. Já nos
quadros de FHD, as principais alterações
são as modificações observadas na
coagulação intravascular disseminada, com
trombocitopenia acentuada (
Eficácia e praticidade,
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ARTIGO CIENTÍFICO I
estudos têm demonstrado que durante a fase
aguda da doença, a medula óssea apresenta
hipocelularidade e redução da maturação de
Oliveira, (2009), notou também que os
pacientes com FHD apresentaram plaquetopenia
mais prolongada, com um maior número de
conduzido por Oliveira, et al., (2009), com 60
pacientes positivos para dengue observou além
da leucopenia durante a infecção, uma redução
megacariócitos (OLIVEIRA, 2012).
linfócitos atípicos. Todavia, as demais alterações
da contagem absoluta de células CD4 e CD8, em
hematológicas apresentaram evolução diária
ambas as fases da doença, inicial e término.
Achados de alterações hematológicas
semelhante às encontradas na DC.
na dengue
Considerações finais
A correlação existente ente as alterações
Barros, (2008), ao analisar os resultados
Estudos publicados têm sugerido a
hematológicas e a gravidade da dengue traz para
hematológicos e sorológicos realizados na cidade
utilização de diferentes marcadores clínicos e
os médicos um excelente limiar de tratamento
de Belém-PA, elucidou que dos 210 prontuários
laboratoriais, capazes de nortear o médico e
para os pacientes infectados com o vírus.
analisados, 51% apresentaram plaquetopenia
predizer o prognóstico da dengue. Contudo, os
Dentre a gama de alterações hematológicas,
e 25% leucopenia. A positividade da pesquisa
estudos têm utilizado diferentes metodologias,
os exames inespecíficos observados nos
sorológica para IgM foi de 47,1%. Alguns
tornando difícil à comparação entre os diversos
hemogramas, como a leucopenia, por
autores destacam que um prontuário contendo
resultados. As variabilidades populacionais
exemplo, demonstram os primeiros indícios de
10% de linfócitos atípicos no sangue periférico
e os sorotipos dos vírus não permitem a
infecção pelo vírus da dengue, apresentando
é um excelente indicador para o diagnóstico
multiplicação dos resultados de diferentes
contagens inferiores a 2,0x109/l leucócitos, a
da dengue, quando comparado com outras
regiões do mundo para a nossa região. A
neutropenia com presença de linfócitos atípicos
patologias infecciosas virais, que geralmente
definição adequada dos achados hematológicos
e trombocitopenia, por sua vez, mostra indícios
contam com uma quantidade bem inferior de
durante o quadro de dengue permitiria a
da infecção quando apresenta valores abaixo de
linfócitos atípicos (JAMPANGEM, et al, 2007;
realização de uma melhor avaliação da doença,
100x109/l plaquetas (BARROS, 2008).
OLIVEIRA, et al, 2009). Resultados obtidos
tanto do ponto de vista clínico, como de saúde
por meio de citometria de fluxo utilizando
pública, contribuindo para elucidar o real
Um estudo realizado em Campo Grande, Mato
marcadores celulares, mostraram um predomínio
impacto da dengue no mundo.
Grosso do Sul, evidenciou um predomínio de DC
de linfócitos atípicos na FHD, demonstrando que
em 90,2%, dos 543 prontuários dos pacientes
os linfócitos atípicos encontrados na infecção
Os resultados demonstram que é necessária
com quadro clínico acometido pelo sorotipo 3. As
pelo vírus da dengue são mais frequentes nos
a realização de exames específicos para o
principais alterações hematológicas observadas
últimos dias da infecção, relacionando-se com
diagnóstico confirmatório da dengue, no
nestes pacientes foram a leucopenia (68,3%),
o início da fase de convalescença da doença
entanto, o exame inespecífico de hemograma
plaquetopenia (66,5%), linfocitopenia (67,2%) e
(JAMPANGEM, et al, 2007).
é uma alternativa valiosa no acompanhamento
presença de linfócitos atípicos (67%) (OLIVEIRA,
dos casos de dengue. As alterações encontradas
2009). De acordo com a WHO, (2009), pode-se
Vale ressaltar que a ocorrência de
e a gravidade dependem do tempo de infecção.
notar uma variação do número de plaquetas e
leucocitose na dengue pode ser característica
As principais alterações hematológicas foram
linfócitos nos pacientes com dengue sorotipo 3
de complicações, sugerindo uma piora no
leucopenia, plaquetopenia, linfopenia e a
desde o começo dos sintomas até a convalescência.
prognóstico do paciente. Em um estudo
presença de linfócitos atípicos.
0 22
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
Que a gente continue cultivando bons sentimentos
e perseguindo os sonhos que ainda não foram
alcançados com uma dose extra de motivação!
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Programme for Research and Training in Tropical Diseases.
New ed.Geneva: TDR: World Health Organization; 2009.
ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS ENCONTRADAS
EM PACIENTES COM DENGUE
ANALYSIS OF HEMATOLOGICAL CHANGES FOUND IN PATIENTS WITH DENGUE
Autores:
Ariane Ilsa Clymaco Foschiera1,
Jufner Celestino Vaz Toni2,
Kely Braga Imamura 3 .
1 - Especialista em Banco de Sangue e Hematologia Clínica pela Faculdade Unyleya, Brasília- DF-Brasil.
2 - Mestre em Biotecnologia; Professor do curso de especialização em Patologia Clínica na Faculdade Unyleya, Brasília -DF- Brasil.
3 - Doutora em Biotecnologia; Professora do curso de especialização em Banco de Sangue e Hematologia Clínica na Faculdade Unyleya, Brasília -DF- Brasil.
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ARTIGO CIENTÍFICO II
ASPECTOS CLÍNICOS E DIAGNÓSTICO
DE MIELOMA MÚLTIPLO: A CITOMETRIA DE FLUXO NO DIAGNÓSTICO
E NA PESQUISA DE DOENÇA RESIDUAL MENSURÁVEL.
CLINICAL ASPECTS AND DIAGNOSIS OF MULTIPLE MYELOMA: FLOW CYTOMETRY IN THE DIAGNOSIS AND
RESEARCH OF MEASURABLE RESIDUAL DISEASE.
Autoras:
Danielle Borges Germano e
Helena Varela de Araújo.
* Imagem ilustrativa
Resumo
O Mieloma Múltiplo (MM) representa entre 10-15% das neoplasias
hematológicas. O seu diagnóstico se baseia em diversos aspectos clínicos
e laboratoriais. A utilização da citometria de fluxo no diagnóstico,
prognóstico, monitoramento do tratamento, com a pesquisa de doença
residual mensurável/mínima (DRM), vem sendo cada vez mais utilizada e
aprimorada em função da viabilidade na distinção de células de plasmáticas
(CP) neoplásicas com alta qualidade, sensibilidade e especificidade.
Utilizando as bases de dados PubMed (Medline) e Scientific Electronic
Library Online (SciELO) uma pesquisa bibliográfica foi realizada. Concluiuse
a crescente importância da citometria de fluxo no diagnóstico,
monitoramento e pesquisa de DRM dos pacientes com Mieloma Múltiplo,
com papel fundamental na tomada de decisão médica durante a terapia e
possibilitando a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
Palavras-chave: Mieloma Múltiplo, Mieloma latente, Doença residual
mensurável, doença residual mínima, diagnóstico, citometria de fluxo,
imunofenotipagem e biomarcadores.
Abstract
The Multiple Myeloma (MM) represents 10-15% of all hematologic
neoplasms. The diagnosis of MM is based on many clinical
and laboratorial aspects. The application of flow cytometry in
diagnosis, prognosis, treatment monitoring and even minimal
residual disease (MRD) research has been increasingly used
and improved due to the feasibility of distinguishing neoplastic
plasma cells (PC) with high quality, sensitivity and specificity.
Using PubMed (Medline) and Scientific Electronic Library
Online (SciELO) databases, a literature review was performed.
In conclusion, the growing importance of flow cytometry on
diagnosis, follow-up and MRD detection in MM patients, have
a fundamental role in medical decision during therapy and
enabling the improvement of patient’s life.
Keywords: Multiple myeloma, smoldering myeloma, measurable
residual disease, minimal residual disease, diagnosis, flow cytometry,
immunophenotyping and biomarkers.
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Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
Introdução
O Mieloma Múltiplo (MM) é uma neoplasia
casos com sintomas inespecíficos (exemplo:
náuseas, vômitos, poliúria, mal-estar e
Com isso, o mieloma múltiplo deixou de ser
uma neoplasia hematológica maligna definida
ARTIGO CIENTÍFICO II
hematológica rara, representando apenas
diarreias), até sintomas mais debilitantes como
apenas pela presença de sintomas que seguiam
1% dos tumores malignos e 10-15% das
anemia grave, fraturas ósseas e falência. (4,5)
os critérios CRAB (calcium, renal, anemia,
neoplasias hematológicas.(1-3) É caracterizada
bone), que avaliavam apenas parâmetros de
pela proliferação clonal de células plasmáticas
A manifestação de dor óssea é bastante
hipercalcemia, insuficiência renal, anemia e
malignas que comprometem a medula óssea
comum pela ocorrência de lesões líticas,
lesões ósseas, para uma doença caracterizada
(MO).(2,3) Dessa maneira, ocorre produção de
manifestações clínicas típicas dessa neoplasia,
por biomarcadores. (3,6)
imunoglobulina anormal (proteína monoclonal,
que ocorrem pela alteração nos processos de
proteína M), geralmente da classe IgG, seguida
formação e reabsorção óssea, pois inicia-se a
Utilizando-se da avaliação de glicoproteínas
de IgA, e posteriormente, com menor frequência
produção de, por exemplo, IL-1β e IL-6, fatores
de superfície celular da família SLAM
IgM, IgE ou IgD. Observa-se também, na
ativadores de osteoclastos (OAFs), responsáveis
de receptores envolvidos na regulação
maioria dos casos, restrição de cadeia leve
pela indução da produção destes. (4)
imunológica, os pacientes apresentaram
da imunoglobulina kappa ou lambda. Dessa
infiltração da MO > 60%, relação da cadeia
maneira, observa-se hiperviscosidade do tecido
Em 2003, o Grupo Internacional de Mieloma
leve livre sérica envolvida/ não envolvida
sanguíneo e danos à órgãos. (4)
Múltiplo (International Myeloma Working
> 100, ou > 1 lesão focal com mais de 5
Group - IMWG) definiu o MM pela presença
mm determinada por exame de imagem
A incidência de MM é maior em pacientes
de lesão óssea como fator determinante no
por ressonância magnética(7), fornecendo
idosos com idade média de 70 anos de
diagnóstico da doença, em conjunto com pico
assim maior precisão no diagnóstico precoce,
idade(2,3), sendo pouco frequente em
de proteína M e/ou presença de plasmócitos
estabelecimento da estratégia de tratamento
indivíduos
Autoras: Danielle Borges Germano e Helena Varela de Araújo.
ARTIGO CIENTÍFICO II
Metodologia
Utilizando-se as bases de dados PubMed
(Medline) e Scientific Electronic Library
Online (SciELO) uma pesquisa bibliográfica foi
realizada. Empregou-se as seguintes palavraschave
Mieloma Múltiplo, Multiple Myeloma,
mieloma latente, smoldering myeloma, doença
residual mensurável/mínima, measurable/
minimal residual disease, diagnóstico,
diagnosis, citometria de fluxo, flow cytometry,
imunofenotipagem, immunophenotyping.
biomarcadores e biomarkers. Com o objetivo de
limitar e selecionar os artigos mais adequados
à inclusão nesta revisão, definiu-se a utilização
de artigos em inglês e português, disponíveis
na íntegra gratuitamente e publicados nos
últimos 5 anos, ou seja, compreendendo o
período entre 2016 e 2020. Dentre os artigos
acessíveis priorizou-se a inclusão daqueles
que apresentaram achados inovadores e
promissores no diagnóstico e monitoramento
de doença residual mensurável com aplicação
da citometria de fluxo.
Marcadores e Citometria de Fluxo no
Mieloma Múltiplo
A utilização da citometria de fluxo no
diagnóstico, prognóstico, monitoramento do
tratamento, pela pesquisa de DRM, no contexto
do Mieloma Múltiplo, vem sendo cada vez mais
utilizada e aprimorada em função da capacidade
de distinção de células de plasmáticas (CP)
Evidenciando o crescente interesse na
neoplásicas clonais e células plasmáticas
de DRM em pacientes com MM. (8) adverso em pacientes com MM. (11)
policlonais normais (8) com alta qualidade,
sensibilidade e especificidade, sendo também
uma ferramenta na identificação de novas
estratégias terapêuticas promissoras. 9
utilização da imunofenotipagem por citometria
de fluxo no diagnóstico e monitoramento de
discrasias de células plasmáticas na atualidade,
um estudo recente teve como objetivo analisar
a expressão de marcadores de superfície celular
Os dados gerados através da aplicação
da citometria de fluxo multiparamétrica
usuais ou aqueles atualmente em análise em
populações normais e anormais de CP. (10)
permitem a integração de parâmetros que
possibilitam um aumento significante na Foram avaliados 54 pacientes que a
relevância diagnóstica na diferenciação apresentaram células plasmáticas normais
da gamopatia monoclonal de significado
indeterminado (MGUS) e mieloma múltiplo,
e 241 anormais através da citometria de
fluxo, caracterizando a expressão de CD45,
e o rigoroso estabelecimento da chance de CD38, CD138, CD19, CD56, CD20, CD27,
progressão de MGUS para MM. (8)
CD28, CD81, CD117 e CD200. Como resultado,
O imunofenótipo característico de
foram observadas diferenças significantes na
expressão de todos os marcadores avaliados,
plasmócitos normais apresenta antígenos com exceção do CD20. (10)
CD45, CD19, CD20, CD27, CD38, CD81, e CD138,
com isso, estabeleceu-se um consenso sobre a
utilização da avaliação combinada de CD38 e
CD138. Entretanto, tabelas mais abrangentes de
marcadores são aplicadas para melhor distinção
Uma taxa de 98,1% entre o grupo com CPs
normais possuía a combinação do imunofenótipo
com CD81 positivo e CD117 negativo, sendo que
a expressão inversa destes marcadores traduz um
entre células plasmáticas normais/reativos imunofenótipo de células anormais. (10)
e com mieloma quando há a necessidade de
análise de DRM. (9)
De acordo com o estudo de Kriegsmann e
colaboradores (11) notabiliza a relevância no
Após aprimoramento dessa técnica, entre cenário do mieloma múltiplo demonstrou que
os marcadores posteriormente adicionados a baixa expressão de CD27 está associada a
como CD117, CD200 e CD307, demonstraram
aplicabilidade e efetividade no monitoramento
doença de alto risco e a positividade de CD81
marca uma predisposição à um prognóstico
0 28
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
Os kits da altona Diagnostics
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são capazes de detectar as novas cepas
circulantes e recém descobertas.
Nós da altona Diagnostics estamos cientes da importância de monitorar constantemente as cepas emergentes
e circulantes e atualizamos regularmente a análise de reatividade de nossos testes de PCR em tempo real.
Várias linhagens SARS-CoV-2 originárias de diferentes regiões do mundo foram descritas e até agora
não encontramos nenhuma mutação que pudesse causar a falha dos nossos testes.
Veja relação de variantes descritas, na tabela abaixo:
Nomenclatura da OMS Linhagem PANGOLIN Linhagem GISAID Origem provável
VOC Alpha B.1.1.7 GRY United Kingdom(UK)
VOC Beta B.1.351 GH/501Y.V2 South Africa
VOC Gamma P1 GR/501Y.V3 Brazil
VOC Delta B.1.617.2 + AY.1 + AY.2 G/478K.V1 India
VOI Epsilon B.1.427 + B.1.429 GH/452R.V1 California, US
VOI Zeta P.2 GR/484K.V2 Brazil
VOI Eta B.1.525 G/484K.V3 UK/Nigeria
VOI Theta P.3 GR/1092K.V1 Philippines
VOI Iota B.1.526 GH/253G.V1 USA
VOI Kappa B.1.617.1 G/452R.V3 India
VOI Lambda C37 GR/452Q.V1 Peru
VOI Mu B.1.621 GH Colombia
Nenhuma dessas mutações
afeta o desempenho dos
kits RealStar®, FlexStar®
e AltoStar® para detecção
de SARS-CoV-2 da
altona Diagnostics.
*A tabela acima foi atualizada dia 20 de Outubro de 2021 e as atualizações são realizadas todo dia 20 de cada mês,
para visualizar o relatório completo e as novas atulizações acesse o link
https://coronavirus-altona-dx.com/home.html
Para maiores informações, agende uma visita com a nossa equipe técnica e comercial.
altona Diagnostics Brasil LTDA - Rua São Paulino, 221 – São Paulo – SP
fone: +55 11 5083-1390 - cel +55 11 97066-6084 - e-mail: vendas.brasil@altona-diagnostics.com
www.altona-diagnostics.com
Autoras: Danielle Borges Germano e Helena Varela de Araújo.
ARTIGO CIENTÍFICO II
Outro marcador, que diante estudos, mostrou grande
significância no contexto de pacientes diagnosticados
que promove a determinação da remissão
completa feita por meio da medição de proteínas
A citometria de fluxo basea-se na análise de
parâmetros de intensidade de fluorescência
com mieloma múltiplo é o CD46. Este, por sua vez,
monoclonais no soro e na urina por imunofixação
e espalhamento de luz em cada célula
possui uma superexpressão presente na superfície de
e eletroforese de proteínas é insuficientemente
analisada. A fluorescência é detectável
células malignas de MM, o que poderia ser justificado
sensível na determinação de uma resposta de
quando há a ligação da célula à um anticorpo
por sua função desempenhada no papel de inibição
longo prazo sobre o paciente diante à terapia. (14)
monoclonal marcado com um corante
do sistema complemento e por facilitar a entrada de
fluorocromo específico para as estruturas
patógenos em meio intracelular. (12) Conforme estudo
Com isso, atualmente, vê-se a necessidade de
celulares proteicas. (15)
realizado por Sherbenou e colaboradores (12) o CD46
detecção e quantificação de células tumorais
apresentou elevada expressão em todas as linhagens
residuais que não foram eliminadas pela terapia
É indicada, segundo as diretrizes de consenso
de células de MM, demostrando valores superiores ao
com maior precisão, mesmo que em pequenas
mais atuais, a aquisição de um valor mínimo de 2
de CD38, um outro marcador comumente utilizado na
quantidades, pois tais dados fornecem informações
milhões de eventos, sendo adequada a aquisição
análise de MM. (12)
indispensáveis referentes ao resultado do paciente
de 5 milhões de eventos por tubo para uma
ao tratamento, caracterizando a positividade ou
sensibilidade de 10-5. (16)
Evidenciando o papel de CD46 no mieloma
negatividade de doença residual mensurável. (14)
múltiplo, Lok e colaboradores (13) , exibiram dados
Para a determinação da análise por citometria
que mostram que as células tumorais detêm
Desse modo, métodos mais sensíveis passaram
de fluxo vê-se a necessidade da utilização de
a capacidade de evitar a lise celular mediada
a ser estudados e aprimorados com o tempo, onde
um painel de anticorpos adequados à avaliação,
pela superexpressão de reguladores negativos
mesmo que cada método disponível expresse
havendo a obrigatoriedade de atualização
da ligação do complemento, como o CD46, que
vantagens e desvantagens características, entre
contínua dos anticorpos mais expressivos e
também se relaciona à ativação de vias, produção
eles, a citometria de fluxo multiparamétrica se
eficazes nesse diagnóstico frente a estudos
de interleucina e influência no microambiente
mostra consistentemente promissora, possuindo
mais recentes.
tumoral em casos de mieloma. (13)
a capacidade de caracterização simultânea da
composição das CPs normais e de células de
Um estudo de 2017, com iniciativa de
Pesquisa de Doença Residual Mensurável
mieloma, e da possibilidade do fornecimento de
Flores-Montero e colaboradores (16) , apresentou
Os avanços no diagnóstico e nas diferentes
altos níveis de aplicabilidade, sendo ele superior
uma pesquisa realizada em amostras de MO
estratégias de tratamento inovadoras para o MM
a 95% dos pacientes, elevada sensibilidade,
para detecção de DRM que foram corados
alcançados nas últimas décadas são inegáveis,
otimização do tempo de resposta, sendo ele
com o painel de 8 cores para um total de 12
entretanto, apesar desses avanços, esta ainda
inferior a 6 horas, e melhor reprodutibilidade em
marcadores diferentes, sendo eles CD19 (97%
permanece como uma doença incurável, onde
comparação aos demais métodos. Além disso, a
dos casos); CD45 (89%); CD56 (86%); CD81
a resistência aos tratamentos eleva a taxa de
citometria de fluxo é uma excelente ferramenta
(86%); CyIgλ (73%); CD27 (71%); CD117
recaídas de quadros de pacientes, levando ao
para avaliação DRM porque permite a caracterização
(60%); e CyIgκ (56%), contribuíram com mais
reaparecimento da doença. Tal fator corrobora
simultânea da composição dos CPs, tanto normais
frequência para a diferenciação entre células
para a conclusão de que o método tradicional
quanto neoplásicas, no nível de uma única célula. (14)
plasmáticas normais e clonais. (16)
0 30
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
Já um estudo publicado em 2019, empreendido
por Schouweiler e colaboradores (17) , diferindo-se
um pouco daquele anteriormente citado, fez a
utilização de um painel que determinou a expressão
dos seguintes antígenos de superfície celular, CD19,
CD27, CD28, CD56, CD117 e CD138. Segundo os
resultados obtidos neste trabalho, CD56 exibiu maior
frequência de expressão atípica, estando presente
em 37,3% dos casos, quando cada antígeno foi
analisado de modo independente. Enquanto a
expressão de CD28 se apresentou em 10,8% dos
pacientes com expressão atípica. Para os marcadores
CD19, CD27 e CD117, conforme o padrão de
expressão esperado, verificou-se CD19+, CD27+,
CD117- em todos os casos. (17)
À vista disso, se torna evidente o papel da
citometria de fluxo na avaliação do quadro e
detecção precoce de possíveis casos de DRM
positiva em pacientes que se encontravam em
remissão completa, cenário que favorece e otimiza
de forma significativa a intervenção antecipada
com os métodos de tratamento mais indicados.
Tratamento e Prognótico
No decorrer das últimas décadas, o tratamento
designado ao Mieloma Múltiplo pautava-se em
determinantes clínicos como idade e a presença de
comorbidades, com tudo, a evolução das técnicas
moleculares vêm alterando esse cenário. (18)
O tratamento de MM é orientado por meio do
estadiamento e estratificação de risco da doença.
Como tratamento padrão para pacientes com idade
Indicado para o tratamento associado
inferior a 65 anos com ausência de comorbidades
fagocitose mediada por anticorpo. (19,20) vida de pacientes com Mieloma Múltiplo.
graves, o transplante autólogo de células-tronco com lenalidomida/ dexametasona ou
(ASCT) continua sendo comumente utilizado, bortezomibe/ dexametasona em casos
assim como medicamentos mais atuais como os
agentes imunomoduladores (IMiDs), inibidores
de proteassoma (IP) e anticorpos monoclonais
que se mostraram de fundamental importância no
tratamento dessa gamopatia monoclonal. (19)
de pacientes que tenham no mínimo um
tratamento prévio, e em monoterapia, em
situações onde ao menos três linhas de
tratamento prévio foram aplicadas, com
um agente inibidor de proteassoma (IP)
e um agente imunomodulador, ou em
Com o intuito de reduzir a carga tumoral,
otimizando a taxa de resposta e elevando
casos de dupla reincidiva a um IP e um
agente imunomodulador, o daratumumabe
a viabilidade de realização de enxerto, se mostra um tratamento que fornece
mantendo a tolerabilidade máxima possível
e a toxicidade mínima possível diante células
hematopoiéticas normais, a quimioterapia de
indução aplicada anteriormente ao ASCT se
apresenta importante nesse contexto, o que
eficácia e segurança diante de taxas de
respostas clinicas significativas e duráveis,
profundidade de resposta, sobrevida livre de
progressão e sobrevida global de modo geral
segundo estudos. (20)
leva à utilização dos agentes medicamentos
que estão disponíveis atualmente. (19)
A pesquisa de DRM mostra-se como um
Nos últimos anos, o daratumumabe,
fator prognóstico confiável inerente a recidiva e
sobrevida de pacientes com MM. (21,22)
aprovado para uso pela Anvisa em 2017,
ganhou mais espaço entre os estudos que Conclusão
avaliam medicamentos para o tratamento de Os avanços e descobertas alcançadas
MM. Trata-se de um anticorpo monoclonal no decorrer dos últimos anos no campo
imunoglobulina G1 anti-CD38, uma da citometria de fluxo para o diagnóstico,
glicoproteína transmembrana, que se monitoramento e pesquisa de DRM em casos
encontra altamente expressa em plasmócitos. de MM vêm contribuindo significativamente em
Esse medicamento possui atividade um prognóstico cada vez mais positivamente
inibitória, impossibilita o crescimento promissor para esses pacientes. Além disso,
celular e estimula a apoptose pela lise
celular mediada pelo sistema imunológico,
citotoxicidade mediada por anticorpo ou
a CF vem auxiliando na tomada de decisão
sobre intensificação e mudança terapêutica e
impactando significativamente na qualidade de
ARTIGO CIENTÍFICO II
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
0 31
ARTIGO CIENTÍFICO II
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PMC7556664.
ASPECTOS CLÍNICOS E DIAGNÓSTICO DE MIELOMA MÚLTIPLO:
A CITOMETRIA DE FLUXO NO DIAGNÓSTICO E NA PESQUISA DE
DOENÇA RESIDUAL MENSURÁVEL.
CLINICAL ASPECTS AND DIAGNOSIS OF MULTIPLE MYELOMA: FLOW CYTOMETRY IN THE
DIAGNOSIS AND RESEARCH OF MEASURABLE RESIDUAL DISEASE.
Autoras:
Danielle Borges Germano e Helena Varela de Araújo.
0 32
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
Após completar 25 anos a Zymo Research irá escrever mais um
capítulo na sua história iniciando suas operações no Brasil para
atender a América Latina com a atenção que ela merece.
Desde seu nascimento em uma pequena garagem em Orange,
California, até ser uma indústria líder nos dias de hoje, Zymo Research
foi guiada por uma visão de proporcionar impacto positivo no campo
biomédico e de contribuir para um bem maior da humanidade.
Essa visão atingiu todos os aspectos da Zymo Research e tem
guiado seu crescimento, sua cultura e a criação das ferramentas e
serviços mais inovadores e valiosos desta empresa desde 1994.
Agora, a Zymo Research é uma empresa de biotecnologia
estabelecida globalmente e líder da indústria nas áreas de
epigenética e microbiômica e já ocupa um espaço emergente na
área de sequenciamento de nova geração (NGS). Com instalações
internacionais e uma rede de distribuição global, a Zymo Research
permite que pesquisadores façam descobertas de ponta em todo o
mundo.
Como nós Inovamos
Como uma empresa privada, a Zymo Research gira em torno das
necessidades, ideias e feedback dos seus clientes desde o
desenvolvimento de produtos ao suporte técnico, a Zymo Research
é construída sobre uma base de cientistas que apoiam outros
cientistas.
Nossos produtos desafiam ideias e fluxos de trabalho tradicionalmente
aceitos, com a crença de que quando você escuta as necessidades
dos clientes, sempre há espaço para inovação para tornar as coisas
mais simples.
Próxima Parada: Brasil
A Zymo Research inicia suas operações na America Latina
estabelecendo um escritório comercial com suporte técnico e
científico, um moderno laboratório de sequenciamento genético e
uma planta fabril para produção de seus reagentes e kits localmente.
1994
Lançamento do 1º
produto - EZ Yeast
Transformation kit
2001
Lançamento da tecnologia
de bissulfito patenteada,
utilizando a inovadora
dessulfonação em coluna de
extração. Marca o início de
uma ênfase epigenética para
P&D na empresa.
2010
Mudança da sede
corporativa para
Irvine, CA.
2008
A Zymo passa a se autodenominar...
“A empresa da epigenética.”
1996
Lançamento da primeira série de
produtos de purificação de DNA
com tecnologia exclusiva de coluna
de extração com microeluição. Em
destaque estão as linhas de
produtos DNA Clean & Concetrator
e Zymoclean.
2007
Lançamento da
tecnologia patenteada
Zyppy para
purificação de
plasmídio sem pellet.
2008
Inauguração da filial européia
Zymo Research Europe,
para suporte de distribuição
de vendas P&D na UE.
2011
Lançamento da
tecnologia patenteada
Direct-zol RNA
A BELEZA DA CIÊNCIA É TORNAR AS COISAS SIMPLES!
Larry Jia, Fundador e CEO
2012
Lançamento do pacote de
serviços de epigenética
baseada em NGS.
2015
Lançamento da tecnologia
patenteada Zymo para
purificação de plasmídeo
de alto rendimento.
2016
Lançamento do pipeline
ZymoBiomics
2017
Lançamento do
relógio epigenético
de envelhecimento.
2019
Lançamento comercial
do MiDog.
2020
COVID-19 Resposta
@zymoresearch.latam @zymoresearch.latam /zymoresearchsouthamerica
C
A
fo
n
d
d
p
p
Zymo no Brasil
A Zymo Research South America (ZRSA) nasceu com
a visão de que a América do Sul pode ser um player
global na futura indústria biomédica. Ao investir em
pessoas e recursos, esperamos estabelecer um
centro de pesquisa e desenvolvimento de última
geração no Brasil e aproveitar seu pool de talentos
para iniciar programas inovadores de pesquisa e
desenvolvimento.
Larry Jia, Fundador e CEO
Nosso primeiro esforço se concentrará na construção
da infraestrutura necessária, como serviços de
sequenciamento de DNA de última geração e
fabricação de reagentes essenciais para atender às
necessidades imediatas dos mercados da América do
Sul, principalmente nos mercados de genômica,
microbioma, epigenético e clínico.
A longo prazo, acreditamos que, com o investimento
contínuo em P&D, a ZRSA cumprirá sua missão de se
tornar um importante desenvolvedor, fabricante e
fornecedor sul-americano de biotecnologia para os
mercados globais de pesquisa e diagnóstico.
E
p
fi
ta
lí
Z
Por Marc Van Eden
VP de Desenvolvimento de Negócios
E
u
b
re
te
olete. Preserve. Descubra.
A Zymo Research recebeu o reconhecimento do
Programa de Pesquisa Humana da NASA por
seu envolvimento no projeto desenvolvimento
de um dispositivo de coleta de swab(2)
DNA/RNA Shield. Este dispositivo é um componente
crítico para a pesquisa conduzida pela
The Human Health Countermeasures (HHC) a
bordo da Estação Espacial Internacional.
O objetivo do HHC é desenvolver estratégias e
tecnologias para mitigar os riscos à saúde
relacionados ao voo espacial.
“Queríamos investigar o microbioma humano ativo
dos astronautas”, disse o Dr. Hernan Lorenzi, o
principal investigador do estudo no J. Craig Venter
Institute.
le continuou: “Ao fazer isso, podemos empregar contramedidas prebióticas ou
robióticas para prevenir ou remediar doenças associadas às mudanças
siológicas introduzidas durante o voo espacial. O que é complicado em conduzir
l experimento é que o RNA é uma molécula frágil. A acessibilidade ao nitrogênio
quido no espaço simplesmente não é viável. Felizmente, a solução da
ymo Research, DNA / RNA Shield, funcionou bem.”
metodologia usada para coletar e armazenar amostras fecais pode influenciar
rtemente a análise de DNA e RNA. Sem a estabilização adequada dos ácidos
ucleicos e a inativação adequada das nucleases, as amostras podem ser
egradadas ou comprometidas, o que, por sua vez, pode causar uma deturpação
os dados coletados de testes genéticos e de expressão. Para resolver esse
roblema, os cientistas da Zymo Research desenvolveram a solução de
reservação DNA/RNA Shield.
ste conservante está disponível para uso em frascos personalizados (1) ou em
ma variedade de dispositivos de coleta que permitem a coleta de saliva por swab
ucal(2) ou coletor(3), sangue(4), fezes(5), tecidos(6), urina(7), solo e águas
siduais. Estas amostras coletadas no conservante podem ser armazenadas em
mperatura ambiente e enviadas com segurança.
ARTIGO CIENTÍFICO III
PREDIÇÃO DE EPITOPOS E ANÁLISE ESTRUTURAL
DE SUBTIPOS DE TOXINA SHIGA LIKE PRODUZIDOS POR
ESCHERICHIA COLI NO BRASIL
Autores:
Yasmin Pina de Almeida¹, Anderson Pereira Soares²
1
Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas.
São Paulo-SP.
2
Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.
São Paulo-SP.
Resumo
A Escherichia coli produtora de Toxina Shiga (STEC) compreende
uma variedade de Escherichia coli que engloba diversos sorotipos do
microrganismo, cujo principal fator de virulência é a produção de um grupo
de citotoxinas, as Toxinas Shiga. Esses microrganismos possuem a capacidade
de produzir dois grupos distintos da toxina: a Toxina Shiga tipo 1 (STx1)
e a Toxina Shiga tipo 2 (STx2), podendo produzir somente um dos tipos
ou ambos, sendo que a STx2 é a mais comumente associada a ocorrência
de quadros mais graves relacionados a infecção por STEC. As infecções por
STEC podem se manifestar clinicamente de diferentes maneiras, podendo
ocasionar desde uma diarreia, com possibilidade de progressão à colite
hemorrágica e em quadros mais graves evoluir para a Síndrome Hemolítico
Urêmica, patologia grave que caracteriza- se pela presença de três sinais
clínicos: trombocitopenia, anemia hemolítica microangiopática e insuficiência
renal aguda. No Brasil não se tem dados recentes que apontem a ocorrência
de importantes surtos ocasionados por STEC, entretanto, no país uma grande
variedade de sorotipos do microrganismo é frequentemente isolada em
animais, produtos alimentícios e em amostras humanas em casos isolados. A
presente pesquisa tem como objetivos a predição de epitopos em sequência
linear e modelagem por homologia.
Palavras-Chave: Escherichia coli Produtora de Toxina Shiga, Toxina
Shiga, STEC, EHEC, predição de epitopos, BepiPred, Shiga Toxin Producing
Escherichia coli.
Abstract
The Shiga Toxin-producing Escherichia coli (STEC) comprises a
variety of Escherichia coli that includes several serotypes of the
microorganism, whose main virulence factor is the production of a
group of cytotoxins, the Shiga Toxins. These microorganisms have
the ability to produce two distinct groups of the toxin: Shiga Toxin
type 1 (STx1) and Shiga Toxin type 2 (STx2), and can produce only
one of the types or both, STx2 being the most commonly associated
with occurrence of more severe conditions related to STEC infection.
STEC infections can manifest clinically in different ways, and can
cause diarrhea, with the possibility of progression to hemorrhagic
colitis and, in more severe conditions, progress to Hemolytic Uremic
Syndrome, a severe pathology characterized by the presence of three
clinical signs: thrombocytopenia, microangiopathic hemolytic anemia
and acute renal failure. In Brazil, there are no recent data that indicate
the occurrence of important outbreaks caused by STEC, however, in the
country a wide variety of serotypes of the microorganism is frequently
isolated in animals, food products and in human samples in isolated
cases. The present research aims to predict epitopes in linear sequence
and homology modeling.
Keywords: Shiga Toxin Producing Escherichia coli, Shiga Toxin,
STEC, EHEC, epitope prediction, BepiPred, Shiga Toxin Producing
Escherichia coli.
0 38
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
ARTIGO CIENTÍFICO III
Introdução
A Escherichia coli é um bacilo Gram negativo,
toxinas Shiga: a Toxina Shiga Tipo 1 (STx1)
essa que muito se assemelha à citotoxina
deste microrganismo é relativamente baixa,
visto que a ingestão de aproximadamente 100
pertencente à família Enterobacteriaceae de
produzida pela Shigella dysenteriae e a Toxina
bacilos já é o suficiente para desencadear uma
grande importância clínica, que em situações
Shiga Tipo 2 (STx2) que não se diferenciam
infecção (9) .
normais coloniza o trato gastroinstestinal
no mecanismo de ação, entretanto são
de seres humanos e outros animais em
estruturalmente e antigenicamente distintas
As manifestações clínicas desencadeadas
uma relação de comensalismo, ou seja, de
entre si. Dentre esses tipos, a STx2 é a
pela ação da bactéria e pelos efeitos citotóxicos
uma forma não patogênica (1, 2) . Entretanto,
toxina que está mais comumente presente
nas infecções por STEC podem evoluir e variam
existe uma grande variedade de sorotipos da
em quadros mais graves relacionados a
em grau de gravidade, tendo seu início entre 3
espécie que apresentam um alto potencial de
infecção por STEC (5, 6) . Cada um desses dois
à 4 dias após a contaminação, com a ocorrência
patogenicidade por possuírem importantes
tipos da citotoxina possuem variantes que
de uma diarreia profusa e dores abdominais,
fatores de virulência, sendo assim capazes
são classificadas a partir da existência de
com a possibilidade de progressão para a
de provocar infecções intestinais e/ou
subtipos, sendo eles: STx1a, STx1b, STX1c,
manifestação de Colite Hemorrágica (CH),
extra intestinais, sendo denominadas como
STx1d, STx2a, STx2b, STx2c, STx2d, STx2e,
patologia que cursa com a intensificação
Escherichia coli diarreiogênicas (3) .
STx2f, STx2g, STx2h, STx2i, STx2j e STx2k (6) ,
do quadro de diarreia, aliado à presença de
estes são estruturalmente distintos, além de
sangue nas fezes, que pode perdurar por até
A Escherichia coli Produtora de Toxina Shiga
diferenciar- se pelo nível de citotoxicidade,
aproximadamente 5 dias (10) , e em quadros
(STEC), e por vezes também denominada como
capacidade de ligação (afinidade e
mais graves, há a possibilidade de evolução
Escherichia coli Enterohemorrágica (EHEC)
dissociação) ao receptor globotriacilceramida
para a Síndrome Hemolítico Urêmica (SHU),
ou ainda como Escherichia coli produtora
(GB3) e pelo tipo de reservatório ou espécie
uma complicação grave caracterizada pela
de Verotoxina (VTEC), é uma categoria de
do hospedeiro (6, 7) .
presença de três principais indicativos clínicos:
bactérias que engloba uma grande variedade
anemia hemolítica do tipo microangiopática,
de sorotipos de microrganismos pertencentes
O principal reservatório para tais
trombocitopenia e insuficiência renal aguda
ao grupo de Escherichia coli diarreiogênicas,
microrganismos é o trato gastrointestinal
(11, 12)
, sendo de importância salientar que,
cujo principal fator de virulência é a produção
do gado bovino, sendo assim o consumo de
crianças menores de 5 anos estão mais
de citotoxinas bacterianas com alto potencial
alimentos de origem animal (carne, leite
propensas ao desenvolvimento de SHU, sendo
de patogenicidade: as Toxinas Shiga- Like
não pasteurizado e seus derivados), de
esta considerada uma das principais causas
(STx), ou por vezes denominadas Verotoxinas
água e vegetais que estejam contaminados
de insuficiência renal em crianças nesta
(VTx), que são capazes de inibir a síntese
pelas fezes desses animais, são potenciais
faixa etária (10, 13) . Além da insuficiência renal
de proteínas em células e desencadear uma
e as principais fontes de transmissão dessa
crônica ser uma possível sequela em pacientes
série de processos patológicos
(4)
. Esses
bactéria ao homem, não excluindo-se também
com SHU, danos neurológicos, cardíacos e
microrganismos podem produzir unicamente
a possibilidade de transmissão pessoa a
pancreáticos também são frequentemente
ou concomitantemente um ou dois tipos de
pessoa via oral- fecal (8) . A dose infectante
relatados nestes casos (13, 14) .
0 40
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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Autores: Yasmin Pina de Almeida¹, Anderson Pereira Soares²
ARTIGO CIENTÍFICO III
As terapias de suporte à vida e o tratamento
sintomático, que incluem a reposição hídrica e
eletrolítica a partir da administração endovenosa
de cristaloides, suporte e monitoramento da
pressão arterial, e em casos de complicações a
realização de diálise, plasmaférese terapêutica,
transfusão de concentrado de hemácias e de
plaquetas e transplante renal, são as medidas
terapêuticas mais indicadas e mais amplamente
utilizadas no manejo de casos de infecção
por STEC (10) . A administração de antibióticos
especificamente em casos de infecção por STEC é
deveras controversa, sendo na maioria das vezes
superfície de células endoteliais dos rins, intestino
e cérebro (18) , e sendo o antígeno de diferenciação
(CD77) em um tipo de específico de linfócito B (19) .
Na STx1, a subunidade A é composta por cerca de
315 aminoácidos e na STx2 essa mesma porção
possui cerca de 319 aminoácidos; em ambos os
tipos da toxina, há um sítio sensível a tripsina
que permite que essa porção seja clivada em uma
subunidade A1 e uma subunidade A2 estando
estas ligadas a partir de uma ponte dissulfeto
(10)
; a atividade enzimática da toxina encontra-se
especificamente na subunidade A1 sendo essa
a porção responsável por inibir a síntese proteica
A Escherichia coli produtora de Toxina Shiga e seus
mais diversos sorotipos são considerados de grande
relevância médica e epidemiológica por serem o
agente etiológico presente em importantes surtos de
origem alimentar ocorridos a partir do ano de 1982 (3,
20)
, em países desenvolvidos como os Estados Unidos
da América, Alemanha e Japão. Na Argentina, país
fronteiriço ao Brasil, os casos de infecção por STEC são
endêmicos, sendo considerados um grande problema
de saúde pública (21) . Segundo dados mundiais da
Organização Mundial de Saúde (OMS), estimasse
que anualmente, ocorram entre 0,6 a 136 casos de
infecções por STEC a cada 100.000 pessoas (8) .
contraindicada, tendo em vista que algumas
classes de antibióticos podem ser prejudiciais, ao
induzir a um agravamento dos casos e aumentar
consideravelmente o risco de desenvolvimento da
nas células hospedeiras ao ter ação enzimática
atuando como uma N-glicosidase (10) . Por sua vez,
a subunidade B consiste em um pentâmero ligado
a subunidade A2 da cadeia A por uma ligação não
No Brasil, apesar de não haver a ocorrência de
grandes surtos reportados, uma grande variedade
de sorotipos desses microrganismos em específico
é amplamente detectada em animais criados para
Síndrome Hemolítico Urêmica (15) , uma vez que
covalente formado por cinco subunidades menores
o consumo humano (principalmente em bovinos)
por diversos mecanismos estes fármacos induzem
a uma maior produção da toxina shiga pela
bactéria, levando-se em consideração também,
os mecanismos de ação de antimicrobianos que
levam à lise das bactérias o que consequentemente,
desencadeia uma maior liberação e circulação da
toxina (16) .
idênticas em que cada uma destas subunidades
possui aproximadamente 69 aminoácidos na STx1
e 71 aminoácidos na STx2 (5) .
e como contaminantes em produtos alimentícios, o
que representaria potenciais fontes de transmissão
da bactéria à humanos (22) , além da ocorrência de
casos isolados em humanos (23) envolvendo sorotipos
de extrema importância clínica e epidemiológica,
como exemplo: O157:H7 (o sorotipo mais presente
em surtos ocorridos mundialmente e o agente
etiológico responsável por casos de maior gravidade)
Tanto a Toxina Shiga Tipo 1 (STx1), quanto a
Toxina Shiga Tipo 2 (STx2) consistem em uma
estrutura proteica AB5 (figura 1) composta por
uma subunidade A, que compreende o sitio ativo
enzimático da citotoxina e uma subunidade B
(17)
, que consiste no sítio de ligação da mesma
ao receptor globotriacilceramida (GB3) na célula
hospedeira (17) , sendo este receptor expresso na
Figura 1: Estrutura comum e geral da Toxina Shiga, sendo
esta formada por uma subunidade A, que ao ser clivada se
divide em duas subunidades menores: A1 e A2, além de uma
subunidade B que consiste em um pentâmero composto por
cinco subunidades iguais (17).
e o sorotipo O111:H8, sendo este último, o sorotipo
mais frequentemente identificado no país (13, 24) ; No
Brasil, a Escherichia coli O111:H8 tem o seu principal
fator de virulência a partir da produção de Toxina
Shiga tipo 1a (STx1a), por sua vez, a Escherichia coli
O157:H7 possui um maior potencial patogênico ao
ter a capacidade de produzir habitualmente dois dos
subtipos mais patogênicos da toxina: a Toxina Shiga
tipo 2a (STx2a) e a Toxina Shiga tipo 2c (STx2c) (23, 25) .
0 42
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
Autores: Yasmin Pina de Almeida¹, Anderson Pereira Soares²
Os dados epidemiológicos de casos de
infecções por STEC em humanos no Brasil
de aminoácidos do sitio ativo enzimático
(subunidade A) correspondente aos subtipos
Resultados
Com a utilização da ferramenta BLAST
ARTIGO CIENTÍFICO III
são desatualizados e insuficientes, o
da toxina a serem utilizadas, foram obtidas
(Basic Local Alignment Search Tool) foi
que pode ser explicado a partir do baixo
a partir do repositório de sequências
possível a realização de uma análise
emprego de métodos diagnósticos que
GenBank Protein (NCBI) em formato FASTA,
estrutural comparativa das sequências de
sejam específicos e que possibilitem a
e posteriormente foi utilizada a ferramenta
aminoácidos dos subtipos de citotoxina
identificação do sorotipo do microrganismo,
Protein BLAST (Basic Local Alignment Search
selecionados, tendo obtido os seguintes
o que de certa forma impossibilita a
Tool) que tem como função o alinhamento
resultados: sendo composta por
implementação de uma vigilância ativa e
de duas ou mais sequências, sendo assim
aproximadamente 319 aminoácidos, a
específica para esses casos, o que poderia
utilizada com o objetivo de determinar o grau
subunidade A correspondente ao subtipo
evidenciar uma subnotificação de casos
de homologia existente entre as sequências
Toxina Shiga tipo 2a (STx2a) é homologa
isolados e surtos (26) . Do mesmo modo,
selecionadas. Para predição de epitopos as
em cerca de 99,69%, diferenciando-
apesar da presença deste patógeno ser
sequências selecionadas correspondentes
se em apenas 1 aminoácido, quando
constantemente evidenciada a partir
as subunidades da toxina foram submetidas
comparada a mesma subunidade também
do isolamento de sorotipos de STEC em
em formato FASTA, ao site BepiPred- 2.0 ®
composta por 319 aminoácidos da Toxina
alimentos, animais e em amostras humanas
que objetiva prever epitopos potencialmente
Shiga Tipo 2c (STx2c), sendo ambos
no país, há uma certa escassez de estudos
reconhecidos por linfócitos B a partir de
os subtipos de toxina produzidos pela
específicos que incluam a análise estrutural
sequências lineares de aminoácidos de uma
Escherichia coli O157:H7. Por sua vez, a
in sílico dos subtipos de toxinas do tipo
proteína alvo (antígenos) (27) . Posteriormente,
Toxina Shiga tipo 1a (STx1a) produzido
Shiga produzidas pelos principais sorotipos
as sequências de aminoácidos selecionadas
pela Escherichia coli O111:H8 tem a sua
de Escherichia coli já isolados em amostras
foram submetidas e enviadas ao servidor
subunidade A composta por cerca de 315
humanas no Brasil.
I- TASSER ®, que permite a modelagem
aminoácidos e apresenta apenas 54,81%
de proteínas e construção de estruturas
e 54,49% de similaridade quando
Materiais e Métodos
conformacionais (tridimensionais) a partir
comparada aos subtipos STx2a e STx2c
Em um primeiro momento, foram
de uma sequência linear de aminoácidos,
respectivamente. Em contrapartida
selecionados os subtipos de toxina shiga
bem como também permite a predição de
a subunidade A da STX1a apresenta
(STx) produzidos por dois dos principais
funções da sequência de aminoácidos uma
100% de similaridade estrutural se
sorotipos de STEC encontrados em
vez determinada (28) . O uso da ferramenta
comparada a essa mesma porção da
amostras humanas no Brasil, levando
PyMol permitiu que os epitopos presentes
Toxina Shiga (STx) originalmente
em consideração os seguintes fatores:
em sequências lineares preditos pelo
produzida pela enterobactéria Shigella
relevância clínica e epidemiológica e
BepiPred 2.0 fossem evidenciados em
dysenteriae, sendo essa composta
potencial de patogenicidade. As sequências
estrutura conformacional.
também por 315 aminoácidos.
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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ARTIGO CIENTÍFICO III
Com os resultados das predições realizadas
pelo BepiPred 2.0 foi possível a identificação
e localização de possíveis epitopos presentes
nas sequências lineares de aminoácidos
selecionados, que possam ser especificamente
reconhecidos por linfócitos B e estimular a
produção de imunoglobulinas específicas ao
gerar resposta imune.
Figura 2: resultados obtidos a partir do BepiPred 2.0 da sequência de aminoácidos (em laranja) da subunidade A da STx2a, onde o fragmento
com o maior potencial antigênico está localizado entre os aminoácidos 51-57 (E), aparecendo destacados.
Figura 3: resultados obtidos a partir do BepiPred 2.0 da sequência de aminoácidos (em laranja) da subunidade A da STx2c, onde a porção
localizada entre os aminoácidos 51-56 (E) apresentou alto potencial antigênico.
Predição de epitopos em sequências
lineares de STx2a e STx2c
Compartilhando aproximadamente 99,69% de
homologia (áreas conservadas) em sua estrutura
primária de aminoácidos, as subunidades A
da Toxina Shiga Tipo 2a (STx2c) e Toxina Shiga
Tipo 2C (STx2c) são, basicamente, idênticas
antigenicamente. Assim sendo, em suas
sequências compostas por 319 aminoácidos, a
partir dos resultados obtidos pelo BepiPred 2.0,
foi possível a identificação de treze epitopos com
valores potenciais de antigenicidade acima do
limiar selecionado (0,5), sendo que o epitopo
identificado considerado o de maior relevância
na STx2a, foi o epitopo localizado na porção
entre os aminoácidos 51 à 57 (EHISQGT) por ter
apresentado valores de propensão antigênica
acima de 0,61 (figura 2). Considerando a
sequência de aminoácidos da STx2c, o epitopo
que apresentou maior propensão antigenica foi
o fragmento localizado entre os aminoácidos 51
a 56 (EHISQG), também apresentando valores de
antigenicidade acima de 0,61 (figura 3).
Figura 4: resultados obtidos a partir do BepiPred 2.0 da sequência de aminoácidos (em laranja) da subunidade A STx1a, onde o epitopo de
maior relevância e potencial antigênico presente na sequência aparece destacado em amarelo na porção entre os aminoácidos 51 e 58.
Figura 5: resultados obtidos a partir do BepiPred 2.0 da sequência de aminoácidos (em laranja) da subunidade A STx1a, onde o segundo
epitopo com probabilidade antigênica presente na sequência aparece destacado, entre os aminoácidos 209 a 211.
Predição de epitopos em sequência
linear STx1a
A partir dos resultados do BepiPred
2.0, foram identificados dez epitopos
(considerando-se o score de 0,50)
presentes na sequência linear composta
por 315 aminoácidos da subunidade A
correspondente a Toxina Shiga Tipo 1a
(STx1a), sendo que os seguintes epitopos
foram considerados como sendo de maior
relevância por ambos possuírem potencial
de antigenicidade (0,63) acima do limiar;
sendo um destes fragmentos localizados
na porção entre os aminoácidos 51 e
58 (QTISSGGT) representado na figura
4, e o outro fragmento localizado
entre os aminoácidos 209 à 211 (GRS)
(figura 5); Tendo os resultados, foi
possível concluir que a subunidade A
da STx1a é significativamente distinta
antigenicamente aos outros dois
subtipos estudados.
0 46
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
Autores: Yasmin Pina de Almeida¹, Anderson Pereira Soares²
Modelagem por homologia- STx2a e STx2c
Considerando a alta similaridade estrutural e
antigênica existente entre os subtipos STx2a e
STx2c, a partir do software I-TASSER foi possível
a construção de uma estrutura conformacional a
partir de uma sequência linear de aminoácidos
das proteínas selecionadas. Tendo a estrutura
conformacional, o uso da ferramenta PyMol
possibilitou a evidenciação dos epitopos que
apresentaram maior potencial de antigenicidade
preditos pela ferramenta BepiPred 2.0
Discussão
De acordo com os resultados obtidos pela
ferramenta BepiPred 2.0 anteriormente
apresentados nesta pesquisa, a subunidade
A da STx1a apresentou em sua sequência
primária de aminoácidos o fragmento
localizado entre os aminoácidos 51 e 57 como
sendo o fragmento com o maior potencial de
reconhecimento imunológico por linfócitos B,
sendo assim, este epitopo foi considerado como
o de maior relevância nesta sequência. A análise
estrutural da subunidade A da STx2c permitiu o
reconhecimento da alta similaridade estrutural
e antigênica da sequência quando comparada
a mesma subunidade pertencente a STx2a,
corroborando com os resultados obtidos pela
análise de similaridade realizada pela ferramenta
BLAST, onde o resíduo localizado entre os
aminoácidos 51-56 foi considerado como sendo
o epitopo com maior propensão antigênica.
Figura 7. Estrutura conformacional da subunidade A dos subtipos STx2a e STX2c, onde os epitopos preditos com o score acima do limiar de
0,5 estão evidenciados em azul, e a região correspondente ao epitopo predito de maior potencial antigênico em ambas as toxinas (fragmento
localizado entre os aminoácidos 51-57 e entre os aminoácidos 51-56) está evidenciado em verde.
Quando analisada a sequência de aminoácidos
da subunidade A da STx1a, esta se mostrou
significativamente distinta estruturalmente e
antigenicamente quando comparada a mesma
porção dos outros subtipos de toxina selecionados,
apresentando como o epitopo de maior
relevância predito, o fragmento localizado entre
os aminoácidos 51-58; o resíduo localizado entre
os aminoácidos 209-211 apesar de apresentar
alta probabilidade com seu potencial antigênico
acima do limiar (Score), este fragmento não será
considerado como sendo de alta relevância por ter
um menor comprimento de aminoácidos.
A modelagem por homologia, permitiu a
construção de uma estrutura conformacional
a partir de uma sequência linear de
aminoácidos, com o uso da ferramenta PyMol
foi possível a identificação de resíduos alvo,
de forma a evidenciar os epitopos preditos
com maior potencial de reconhecimento por
linfócitos B.
Em suma, a realização da presente pesquisa
permitiu a identificação e localização de
possíveis epitopos presentes em sequências
lineares que possuam alta probabilidade de
reconhecimento por linfócitos B, sendo assim,
capazes de gerar resposta imunológica com
produção de imunoglobulinas (anticorpos)
específicas, podendo esses fragmentos do
antígeno serem considerados como potenciais
alvos vacinais e de neutralização do sítio ativo
da toxina o que em tese, seria de grande
interesse no desenvolvimento de possíveis
fórmulas com potenciais imunizantes e
ARTIGO CIENTÍFICO III
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
0 47
Autores: Yasmin Pina de Almeida¹, Anderson Pereira Soares²
ARTIGO CIENTÍFICO III
neutralizantes, que visem a prevenção e o
tratamento com minimização dos agravos
clínicas que podem incluir a ocorrência
de diarreia, colite hemorrágica e, em
pesquisa possibilitou o reconhecimento,
a partir do uso de ferramentas da
clínicos decorrentes das infecções por
casos mais graves a Síndrome Hemolítico
bioinformática (BepiPred- 2.0 e I- TASSER)
STEC; assim como, esses resíduos com altos
Urêmica (SHU), doença caracterizada
de epitopos presentes nas sequências
potenciais antigênicos, também possam
pela presença de anemia hemolítica do
de aminoácidos da subunidade A das
vir a ser aplicados e mais amplamente
tipo microangiopática, trombocitopenia e
citotoxinas selecionadas que possuam
estudados no que tange ao desenvolvimento
insuficiência renal aguda. No Brasil dois
a probabilidade de serem reconhecidos
e aperfeiçoamento de testes diagnósticos que
dos sorotipos do microrganismo têm maior
por linfócitos B, sendo capazes de
utilizam-se de metodologias diagnósticas
relevância: a Escherichia coli 0111:H8 e a
gerar resposta imune com produção
baseadas na ligação antígeno- anticorpo,
Escherichia coli O157:H7, sendo estas
de anticorpos; sendo estes fragmentos
tendo como exemplo os métodos ELISA
capazes de produzir os seguintes subtipos
considerados potenciais alvos vacinais e de
(Enzyme-Linked ImmunoSorbent Assay) e
da citotoxina, respectivamente: STx1a e
neutralização da toxina. Espera-se que a
métodos de imunocromatografia no qual se
STx2a/ STX2c. Com a realização do presente
realização da presente pesquisa contribua
baseiam os chamados “testes rápidos”, o que
estudo foi possível o cumprimento dos
de alguma forma para maiores estudos
em tese seria de grande valia para incentivo
objetivos de pesquisa anteriormente
que envolvam o uso de ferramentas
à uma maior empregabilidade de métodos
determinados, sendo assim, foi possível
de bioinformática no estudo e analise
diagnósticos específicos para o diagnóstico
a descrição da estrutura proteica geral
estrutural de sequências que possuam
específico em casos de infecção por STEC.
e comum à todos os subtipos da toxina;
alguma relevância em saúde, objetivando
bem como, foi possível determinar o
contribuir também para o desenvolvimento
Conclusão
grau de homologia existente entre os
de fórmulas com potenciais imunizantes
Em suma, a Escherichia coli Produtora
subtipos escolhidos, com posterior análise
ou de neutralização para a prevenção e
de Toxina Shiga (STEC) consiste em
estrutural e antigênica in sílico com o
tratamento nas infecções por STEC, como
uma categoria da espécie composta por
objetivo de identificar epitopos presentes
também espera-se que os resultados da
diversos sorotipos de microrganismos,
em sequências lineares e conformacionais
presente pesquisa possam de alguma
cujo principal fator de virulência é a
de aminoácidos do sítio ativo enzimático
forma contribuir para o desenvolvimento
capacidade de produzir uma variedade
(subunidade A) dos três subtipos
de testes diagnósticos baseados na
de potentes citotoxinas com alto
produzidos pelos principais sorotipos
ligação antígeno e anticorpo, contribuindo
potencial de patogenicidade: as Toxinas
da bactéria encontrados em amostras
assim para uma maior disponibilidade e
Shiga (STx). Sendo a infecção por STEC
humanas no Brasil. Além também de
empregabilidade de métodos diagnósticos
e seus efeitos citotóxicos capazes de
ter sido possível alcançar os resultados
específicos a serem utilizados no
desencadear uma série de manifestações
esperados, pois a realização da presente
diagnóstico de infecções por STEC.
0 48
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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B FluA-H1N1 PIV-2 BP
BG RSV-B CoV-229E
Cl-1 FluA-H3 PIV-3 BPP
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Cl-2 FluB PIV-4 MP
PIV-1 CoV-NL63
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ARTIGO CIENTÍFICO III
Referências
1. Figler HM, Dudley EG. The interplay of Escherichia coli
O157:H7 and commensal E. coli: the importance of strainlevel
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Using I-TASSER. Current protocols in bioinformatics.
2015;52:5.8.1-5.8.15.
PREDIÇÃO DE EPITOPOS E ANÁLISE ESTRUTURAL DE SUBTIPOS DE TOXINA
SHIGA LIKE PRODUZIDOS POR ESCHERICHIA COLI NO BRASIL.
Autores:
Yasmin Pina de Almeida¹, Anderson Pereira Soares²
1
Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas. Avenida Santo Amaro, nº 1239, Vila Nova Conceição, São Paulo- SP.
2
Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. Avenida Professor Lineu Prestes, Nº 1374, Butantã, São Paulo- SP.
0 50
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
GESTÃO LABORATORIAL
2022 – O QUE OS GESTORES LABORATORIAIS
DEVEM ESPERAR E FAZER?
Por Humberto Façanha da Costa Filho
As pessoas físicas normalmente, por costume,
fazem um balanço do ano que finda, oram,
agradecem e pedem ajuda para a realização dos
seus sonhos. Chama a atenção que, sendo está
uma época de festas, de grandes encontros
familiares, no entanto, muitas pessoas sentem
nostalgia. Existem diversas explicações para
este fato, conforme ensinam os profissionais,
especialistas em comportamento humano. De
qualquer forma, o importante é que as pessoas
refletem, analisam e fazem planos para o ano
que inicia. De forma semelhante, as pessoas
jurídicas devem atualizar o planejamento
estratégico dos seus negócios. Girar o ciclo
PDCA, método de gestão do terceiro milênio,
verificando a realização das tarefas planejadas,
o atingimento das metas estipuladas, eventuais
desvios, propositura de ações corretivas e
preventivas, enfim, elaborar, por assim dizer,
um novo planejamento estratégico, capaz de
reduzir o risco de insolvência e incrementar a
competitividade empresarial, visando assegurar
não só a sobrevivência, mas, aumentar a
produtividade organizacional. Vale lembrar que,
um verdadeiro planejamento deve definir as
metas dos seus processos, com base na
concorrência, mediante o uso de um
imagem: Freepik.com
benchmarking competitivo. Somente desta
forma pode aumentar a chance de obter sucesso
perene. Dito isto, que reflexões podemos
fazer para os laboratórios clínicos,
considerando cenários do ano de 2022? A
suposta capacidade de prever o futuro cabe aos
videntes. Nós, gestores laboratoriais, devemos
utilizar as ferramentas científicas, os
computadores, os algoritmos matemáticos,
tudo com base em banco de dados e softwares,
para tentar minimizar as incertezas e aumentar
as probabilidades de estimar com mais precisão
o futuro, contudo, talvez, esta pertença mais à
Deus. Longe disto ser motivo para desistir de
planejar, ao contrário, justifica mais a
necessidade do ato de planejar! Pessoalmente,
creio que a pandemia da COVID 19 está
longe de acabar. O alfabeto grego ainda
dispõe de muitas letras para assegurar a
denominação de novas variantes, talvez, ainda
seja necessária a utilização de índices: alfa dois;
alfa 3 etc. Quem sabe quantas novas vacinas
surgirão e quantas doses de cada uma serão
necessárias? Quiçá isto esteja fortemente mais
correlacionado à ganância de grandes grupos
empresariais, conglomerados financeiros
(indústria farmacêutica e correlatos;
megainvestidores...) ou ainda, disputa de poder
político, ideologias, enfim, mais correlacionado
ao egoísmo humano do que com a verdadeira
busca para a recuperação da saúde da
humanidade. Sendo assim, por decorrência,
0 52
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
GESTÃO LABORATORIAL
os gestores laboratoriais podem esperar,
pelo menos, a manutenção da demanda
de todo o elenco de exames relacionados
com a pandemia, todavia, já sem mais o
boas oportunidades surjam, ou, se
juntarem em empresas tipo cooperativas,
com centrais de produção regionais,
objetivando reduzir custos operacionais
situação clínica, do contrário, não entrariam no
laboratório. Então, o mais lógico, mais racional,
é que os custos de produção (variáveis,
marginais) sejam os mais baixos possíveis, uma
mesmo ímpeto do seu início. Digamos
(variáveis no coletivo e fixos no aspecto
vez que os clientes acreditam que neste quesito,
assim, tais exames passam a ser incorporados
individual de cada laboratório cooperado). A
TODOS OS LABORATÓRIOS SÃO IGUAIS!
ao rol da rotina normal do laboratório, nada
concorrência pelo mercado (receita)
Entretanto, os gestores sabem que a QUALIDADE
mais de excepcional. No campo das fusões e
continua, contudo, pelo lado dos custos
INTRÍNSECA (Exatidão e precisão) DOS EXAMES,
aquisições, o mercado já deriva para negócios
haverá uma queda significativa,
não deve ser desprezada, jamais. Então, como
entre grupos verticalizados e de grande porte.
aumentando as chances de um futuro
produzir barato na atual situação de que cada
Aquisições, digamos diretas, estão ocorrendo
melhor. O diferencial para ganhar os
laboratório tem sua própria central de produção?
com laboratórios de menor produção, uma vez
clientes passa a ser a qualidade dos
Se numa cidade com 200 mil habitantes temos
que entre os grandes, as possibilidades estão
serviços. A qualidade intrínseca dos exames é
20 ou 30 pequenas centrais? É obvio que se for
exaurindo. No meu ponto de vista, isto significa
atributo mandatório, não irá mais diferenciar os
somente uma imensa central, comprando os
que os pequenos e médios laboratórios
laboratórios. É como uma companhia aérea
insumos em grandes lotes, negociando
que operam de forma isolada, devem
proclamar aos sete ventos que os seus aviões
comodatos com significativo poder de barganha
começar a se preocupar com o seu futuro,
voam! Isto é o mínimo que se espera de uma
junto aos fornecedores, se financiando junto a
pois, se não estiverem longe dos grandes
empresa aérea. Do mesmo modo, o que
estes, através de amplos prazos de faturamento,
centros, portanto, imunes a concorrência
qualquer cliente espera de um laboratório é que
os custos de produção de uma cooperativa serão
predatória, talvez seja melhor vender, caso
os exames evidenciem corretamente a sua
bem menores. O grande desafio dessa solução
é, mais uma vez, vencer o egoísmo humano.
Normalmente, gestores laboratoriais vêm os
concorrentes como inimigos a serem destruídos,
nunca como possíveis parceiros para uma
solução. Por que sobrevivermos juntos, se é
possível nos matarmos separados? No campo
institucional, os gestores laboratoriais devem
se preocupar em 2022 com um aspecto
fundamental para a sobrevivência dos seus
laboratórios: estabelecimento do marco
regulatório para o negócio das análises
clínicas. Sem isto, falta ao mercado, uma
legislação o mais completa possível para
imagem: Freepik.com
delimitar quem faz o que e como fazer.
0 54
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
Atualmente impera quase que uma
promiscuidade no exercício profissional
(análises clínicas), onde, praticamente todo
mundo pode se envolver com o NOBRE CAMPO
Federações, Conselhos Profissionais,
apoio político etc., visando de forma
obstinada, regulamentar esta área, de
suma importância para a sobrevivência
laboratórios são alternativas de investimentos,
portanto, devem ser geridos de forma
profissional, por especialistas na área (Afinal,
quem faz implante dentário com um ferreiro?) e
GESTÃO LABORATORIAL
DO TRATAMENTO DA SAÚDE, pois, de uma forma
dos laboratórios no longo prazo.
com suporte tecnológico às decisões, não
ou de outra, a diversidade de profissionais e
CONCLUSÃO: há pouco tempo, em um
teremos grandes chances de vislumbrar um
empresas que recepcionam, buscam, entregam,
aplicativo de convívio profissional, li o
futuro auspicioso. Não há alternativa
colhem e realizam exames laboratoriais, é
posicionamento de um dono de laboratório que
honesta possível a não ser gestão
imensa! Cada qual submetido, ou o que é pior,
disse textualmente “É hora de sair das
baseada em evidências científicas. É o que
não submetido à diferentes exigências para o
cordas”, se referindo naturalmente, a um
oferecemos aos nossos clientes: gestão
desempenho de idênticas finalidades. Pergunto:
ringue de combate. Disse ainda que os
profissional para um futuro perene! Esperando
ou moralizamos está situação ou nos
laboratórios devem mudar um pouco o foco do
termos contribuído para os negócios na área das
locupletamos? A resposta só pode ser uma, esta
dia a dia e se reinventar. Para verem os “Cases”
análises clínicas, nos despedimos até a próxima
situação deve ser resolvida mediante
de sucesso que recentemente quebraram
edição da revista NewsLab.
organização, disciplina, LEGISLAÇÃO, que
paradigmas, enfim, que os gestores laboratoriais
estabeleça as devidas normas técnicas para
deveriam deixar de reclamar e se lamentar de
Boa sorte e sucesso!
todos os processos envolvidos e, sobretudo, as
forma sistemática e buscarem soluções. Achei
Humberto Façanha
responsabilidades dos profissionais envolvidos.
estas colocações muito interessantes e me
Trata-se da saúde pública! E, nesta área,
questiono se já não está na hora de fazermos
irresponsabilidades não devem ser admitidas.
“algo mais” ao invés de continuarmos
Tudo deve ser disciplinado, controlado, pois,
fazendo “mais do mesmo”? De uma coisa eu
vidas não têm preços. Os gestores
tenho certeza: se não fizermos o BÁSICO, o
laboratoriais devem se unir, buscar as
MÍNIMO QUE SE ESPERA, que é uma GESTÃO
Sociedades Científicas, Sindicatos,
ECONÔMICA PROFISSIONAL, pois os
Desafios econômicos durante e pós pandemia?
Humberto Façanha
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Professor e engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro
da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas
(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor
do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA),
curso de Pós-Graduação em Análises Clínicas.
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Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
0 55
MATÉRIA DE CAPA
VAMOS JUNTOS?
Com gestão integrada e em consonância com as demandas do mercado, Grupo Prime cresce e
se consolida como operador logístico focado na área da saúde.
São 8 horas da manhã de uma segunda-feira.
Um homem, de 45 anos, se dirige a um
hospital para fazer a tomografia computadorizada
que havia agendado há algumas
semanas. Uma mulher, de 65, entra na sala
de cirurgia para passar por uma osteossíntese
e colocar um parafuso no fêmur, fraturado
após uma queda. Uma gestante, de 25,
acessa o site de um laboratório de diagnósticos
para verificar se os resultados dos
exames que fez já estão disponíveis.
Situações corriqueiras? Sim, mas... E se o
tomógrafo apresentar algum problema e
deixar de funcionar? E se, durante a cirurgia,
houver necessidade de um outro parafuso
não disponível nas dependências do hospital?
E se os reagentes que permitem a análise dos
exames laboratoriais ficarem parados, dentro
do caminhão de transporte, pela fiscalização
do município onde reside a jovem grávida,
devido a um problema na documentação não
detectado pelo fabricante?
Foto: da esquerda para a direita: Roberto Monteiro (Diretor Financeiro), Márcio Maiorino (Diretor Administrativo) , Wilson Santos
(CEO & Diretor Comercial), Adriano Trevisan (Diretor de Inovação) , Marcos Pinheiro (Diretor de Armazenagem).
As respostas não são simples, mas podem
ser dadas pelo Grupo Prime, operador
logístico focado na área da saúde que, há 16
anos, cumpre todas as normas e exigências
sanitárias, fiscais e regulatórias determinadas
pelos órgãos competentes para prover
os clientes de soluções customizadas, que
assegurem flexibilidade, transparência e
agilidade para lidar, inclusive, com situações
tão distintas e urgentes como essas.
Além do frete e
da armazenagem
O trabalho da Prime não consiste, apenas,
em separar os insumos necessários e
fazê-los chegar ao destino final em
condições adequadas e no menor tempo
possível. Ou, então, em contatar o cliente
para resolver a pendência fiscal. A Prime
torna-se, cada vez mais, especialista em
gerar e compartilhar informações de
maneira personalizada, a fim de garantir
acuracidade a todo o processo logístico e
serenidade aos clientes. “Somos um
operador que não entrega apenas a carga.
Entregamos informação dedicada”, ressalta
Wilson Santos, CEO e diretor comercial do
Grupo Prime.
É esta informação que embasa todo o
trabalho desenvolvido e roteiriza os
caminhos que a empresa vai percorrer junto
aos clientes. É esta informação que está por
trás dos investimentos correntes em
estrutura e treinamento e do profundo
conhecimento administrativo e fiscal
necessário para lidar com as diferenças nas
legislações dos 26 estados brasileiros e do
Distrito Federal. É ela que minimiza os riscos
envolvidos em cargas tão sensíveis, que
garante solidez financeira e o cumprimento
de todas as determinações sanitárias. É ela
que permite a rastreabilidade e o monitoramento
de todos os processos e que ajuda a
Prime a diagnosticar as demandas dos
clientes para poder entregar a eles a resposta
mais completa, no menor prazo.
Para se ter uma ideia, é possível acompanhar,
quase que instantaneamente, via
sistema, o momento em que a carga foi
entregue e em qual temperatura os
produtos ficaram acondicionados durante
todo o trajeto, independentemente se ele
foi de poucos ou muitos quilômetros. “Um
item que deve ser mantido entre 2 e 8o C
também tem de ser transportado nessas
condições. E garantir que ele saia de São
Paulo rumo a Teresina, por exemplo, sem
sofrer alteração de temperatura, só é possível
para quem tem logística muito eficiente. Nós
não só temos, como mostramos que temos”,
enfatiza Roberto Costa, controller do Grupo
Prime.
0 56
Revista NewsLab Edição 168 | Novembro 2021
Uma das razões para isso é o fato de o Grupo
estar constantemente aprimorando o
próprio parque logístico e propondo
soluções inovadoras, que garantam um
atendimento rápido, em conformidade com
as regras sanitárias e sem impactar os
inúmeros processos internos. Segundo
Marcos Pinheiro, diretor da Divisão Storage,
apesar de o crescimento da logística no País
estar cada vez mais consolidado e acelerado,
há carência de empresas que, como a
Prime, tenham flexibilidade operacional. “A
nossa intenção é sempre oferecer aos
clientes operações totalmente customizadas
e em regiões estratégicas no cenário
nacional, tudo com controle e monitoramento
em tempo real do estoque, ou seja,
uma gestão de estoque com segurança e
acuracidade. Por isso, para os próximos três
anos, a previsão é de dobrarmos a capacidade
física das nossas instalações."
MATÉRIA DE CAPA
Foto: Gerente de Operação Luiz Junior, analisando
inventário, em tempo real.
Nos mínimos detalhes
A estrutura para fazer tudo acontecer de maneira legal e completamente monitorada é grande. A começar pela frota. Os caminhões
têm sensores em dois pontos, de tecnologias diferentes, que disponibilizam a leitura da temperatura on-line, tanto para a Prime
como para seus clientes. Além disso, contam com estrutura térmica no baú, sistemas de back-up, rastreamento e alimentação de
energia, equipamentos de refrigeração, rampa pneumática e, para o caso do transporte
de sensíveis, como equipamentos médicos e hospitalares, ainda são preparados para
não transferir energia para a carga.
Segundo Márcio Maiorino, diretor administrativo do Grupo Prime, a revalidação de tudo
o que é investido nesses veículos é feita a cada seis meses ou um ano e há, inclusive,
colaboradores encarregados apenas disso.
“Não damos brechas para erros. Hoje, quando o nosso motorista sai, ele sabe onde
vai parar para abastecer, quais são os pontos de descanso. Ao chegar ao local de
entrega, precisa dar baixa no sistema automaticamente. Meu cliente, então, entra
com login e senha e visualiza tudo depois de menos de um minuto. Caso o motorista
não dê baixa naquela entrega corretamente, não consegue sair para a próxima,
porque tudo está linkado no caminhão para um completo gerenciamento de risco.
“Tudo é 100% monitorado”, afirma Wilson Santos.
Neste ano, o Grupo Prime vai lançar um carro
conceito ainda mais moderno, que contará com
toda a tecnologia de segurança disponível no
mercado. “Haverá, por exemplo, câmera de
fadiga, câmera de detecção de uso de celular e
de carona, além de leitura de biometria facial,
em que o veículo só ligará após reconhecimento
do rosto do motorista”, antecipa Adriano
Trevisan, diretor de Inovação.
E não para por aí. Com a crescente demanda por
ESG (Environmental, Social and Governance),
uma espécie de reconhecimento de boas
práticas ambientais, sociais e de governança nas
empresas, o Grupo Prime já vislumbra a inclusão
de veículos elétricos em sua frota a partir de
2022. “Nossos esforços em boas práticas de
responsabilidade social corporativa fazem com
que consigamos participar e ser avaliados por
plataformas como a Ecovadis, a primeira
plataforma colaborativa que permite às
empresas monitorar o desempenho em
desenvolvimento sustentável de seus fornecedores,
em 150 setores e 110 países”, esclarece
Roberto Costa.
Storage:
controle integral
A mesma filosofia e os mesmos cuidados
que pautam a Divisão Cargo do Grupo,
responsável pelo transporte, conduzem
os trabalhos na divisão Storage, de
armazenagem. Tudo o que entra e sai
das seis unidades da Prime, espalhadas
pelas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e
Centro-Oeste, é devida e exaustivamente
controlado, assim como as especificidades
de cada produto. “Temos rastreabilidade
total dos itens: do horário de
entrada, de quem os recebeu, da quantidade,
do lote, da data de vencimento, de
quem fez as documentações, do local em
que está armazenado, em qual temperatura.
É um sistema bastante robusto e
totalmente validado”, explica Marcos
Pinheiro, diretor da Divisão Storage.
Revista NewsLab Edição 168 | Novembro 2021 0 57
MATÉRIA DE CAPA
Inclusive, a Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária), que determina todos os
pormenores do processo de armazenamento e
distribuição de itens relacionados à saúde,
concedeu à matriz da Prime, em Barueri (SP), o
“Certificado de Boas Práticas de Distribuição e
Armazenagem”. O selo confirma que a empresa
segue todos os procedimentos existentes
para garantir a qualidade, a integridade e a
segurança dos produtos, como rastreabilidade,
medição e monitoramento, além de passar por
auditorias constantes.
O resultado dessa expertise é facilmente
observado: há peças de equipamentos
armazenadas na Prime que podem ser
entregues em até duas horas. “A minha
média, porém, é de 40 minutos. É este tipo de
velocidade de que o cliente precisa”, avalia o
diretor de Storage.
Situadas em Recife (PE), Goiânia (GO),
Contagem (MG), Campinas (SP), Duque de
Caxias (RJ) e Joinville (SC), as demais unidades
do Grupo Prime têm papel fundamental para
viabilizar a velocidade dos processos. “Os
clientes levam as peças da matriz para essas
unidades para que, assim, o atendimento
daquela região seja mais rápido”, explica.
E o trabalho só tende a aumentar. Com a nova
matriz, que está sendo construída
também em Barueri, cidade paulista
eleita como a melhor do País para o
setor de serviços, o Grupo Prime vai
ampliar em mais de 70% a capacidade
de armazenamento disponível em relação à
unidade atual. Hoje, a empresa está situada
em uma planta com 6.500 m2 de área total e
3.200 m2 de área fabril. Na nova unidade,
serão 11 mil m2 com 5.600 m2 destinados a
armazenamento, sem contar que haverá
espaços amplos dedicados às demandas dos
clientes, como áreas técnicas e administrativas.
“Somos e ficaremos ainda mais próximos
dos clientes. A Prime é uma extensão da
empresa deles”, ressalta Pinheiro.
O novo armazém, com previsão de inauguração
em 2022, será totalmente climatizado
e controlado, e informações referentes aos
produtos, como temperatura, umidade,
quantidade e validade, poderão ser monitoradas
pelos clientes de maneira remota.
Para isso, a Prime está implantando
ferramentas de RFID (Radio Frequency
Identification) e IOT (Internet of Things),
além do uso de drones para possibilitar o
inventário automatizado dos itens. “O novo
prédio vai nascer tecnologicamente e processualmente
muito avançado. Nosso intuito é
gerar ainda mais agilidade e segurança e
ampliar o acompanhamento dos indicadores
da carga”, ressalta Adriano Trevisan, diretor
de Inovação.
E Wilson Santos, CEO da empresa, complementa:
“Cada item de Storage estará na
‘nuvem’, e o nosso cliente vai ‘enxergar
aquele ser vivo’, vai acompanhar o trajeto
“Somos e ficaremos ainda mais próximos dos clientes.
A Prime é uma extensão da empresa deles.”
que percorreu para chegar ao local para
onde ele vendeu – quando entrou, quando
saiu, em qual temperatura foi mantido.
Estamos levando a logística para dentro
da sala do cliente”.
Entrega
sob medida
O intuito é, realmente, fazer a inovação e a
tecnologia extrapolarem os limites físicos do
Grupo Prime e ajudarem os clientes a vivenciar
soluções para as próprias necessidades. “Nossa
principal característica é prover serviços personalizados
e trabalhar com agilidade na adequação
desses serviços para cada cliente”, enfatiza
Adriano Trevisan.
E como funciona, na prática? A Prime, por
meio de sua “Fábrica de softwares”, mapeia
a demanda externa, diagnostica e encontra
uma solução que pode ser processual, fiscal
ou tecnológica, por exemplo. Então, entrega
para o cliente um produto novo, desenvolvido
sob medida e suportado por um sistema.
“Entender o processo do meu cliente tem um
peso muito grande porque é o que vai
garantir que a nova tecnologia seja realmente
implantada. Ideia, sem implantação, é
sonho. A gente tem de realizar, e é o que
temos feito, até porque a nossa fábrica de
softwares vive dentro da logística, fala a
mesma língua do motorista, do funcionário
que trabalha no armazém. Quando
vou ensinar os funcionários do meu
cliente a trabalhar de uma forma
diferente, quando vou implantar
um sistema lá, funciona, porque
quem trabalha no armazém dele tem o
mesmo perfil de quem trabalha no meu”,
explica o diretor de Inovação.
Fotos: Construção da Nova Unidade (11 mil m²) em Barueri, São Paulo.
0 58
Revista NewsLab Edição 168 | Novembro 2021
MATÉRIA DE CAPA
Foto: Frota Própria para Transporte de Cargas, com alta tecnologia embarcada.
Além disso, imersos no dia a dia da
logística, os desenvolvedores do Grupo
conseguem vislumbrar lacunas e, então,
criar soluções para que o sistema do
cliente fique exatamente como ele quer
e, ainda, “converse” com o da Prime.
“Conseguimos inovar para o cliente,
fazer com que ele entre na nossa velocidade,
na velocidade do mercado”, afirma
Wilson Santos.
Segundo Márcio Maiorino, diretor
administrativo da Prime, o Grupo Prime
cresceu 80% nos últimos três anos.
“Expandimos em todas as áreas e não
conseguimos, hoje, enxergar os limites para
este crescimento.” Tanto é que novos
serviços estão sendo apresentados ao
mercado, como é o caso da desinstalação
de equipamentos, da gestão de estoque e
dos postos de armazenagem avançados
(leia “Você precisa, a gente faz”).
Foto: Líder Operacional Valmir de Oliveira, realizando o
recebimento do material na Câmara Fria.
E vem mais por aí, seja no que se refere à
operação logística de próteses e órteses, seja no
controle de ativos, seja na construção de bases
de apoio próximas a hospitais. Solidez financeira
não falta para isso: 12% do faturamento total do
Grupo é reinvestido na própria Prime. Também
não faltam ideias. “Ainda não somos 5% do que
seremos”, promete Wilson Santos, CEO e diretor
comercial do Grupo.
O horizonte de oportunidades que a Prime
vislumbra e que carrega em seu DNA só é factível
graças ao minucioso trabalho desempenhado
pela equipe de gestão da empresa. “Neste
segmento de mercado que está sempre oferecendo
novos desafios dos pontos de vista regulatório e
operacional, é fundamental apoiarmos as
iniciativas provenientes do constante crescimento
corporativo de forma bastante estruturada e
equilibrada, preservando a saúde financeira da
empresa. Isso é possível a partir de muito planejamento
na aplicação de recursos, de gestão
eficiente dos gastos, do estabelecimento de
parcerias sólidas e da avaliação do cenário
macroeconômico para subsidiar a tomada de
decisões”, conclui o controller do Grupo Prime,
Roberto Costa.
Você precisa, a gente faz!
Mais do que um operador logístico focado na
área da saúde, o Grupo Prime faz questão de se
colocar como um exímio prestador de serviços.
E, como tal, é muito hábil em identificar as
lacunas existentes e entregar as soluções que o
mercado procura. Bons exemplos disso são os
novos serviços que a empresa oferece:
desinstalação de equipamentos e gestão
de estoque avançado.
A desinstalação de equipamentos é um
serviço indicado para os clientes que têm
um parque instalado de equipamentos
que precisam ser removidos ou realocados,
seja para manutenção ou, até
mesmo, em função do fim de um contrato
de comodato ou consignação. E qual o
papel da Prime nisso? Como o próprio
nome sugere, assumir a etapa de desinstalação,
que seria realizada pela equipe
de engenharia do fabricante. Assim, há
uma redução no custo do processo e o
cliente pode focar a atuação da própria
equipe técnica para a instalação de
equipamentos, ou seja, para a atividade
que vai gerar receita.
Já a gestão de estoque avançado promete
desonerar o cliente de processos fiscais,
licenças obrigatórias e gestão de espaço
para armazenagem, além de garantir uma
melhor gestão no fluxo de caixa. Como?
Com a criação de pontos de armazenagem
da Prime em lugares próximos – e convenientes
– para o cliente. Isso diminui o
tempo (e o custo!) de distribuição, além
de favorecer a criação de um equilíbrio
financeiro entre os gastos logísticos e as
receitas do cliente, que ganha maior
liberdade para executar, por exemplo, o
plano de expansão comercial. Ele vende e
a Prime, de maneira otimizada, cuida de
toda a operação logística.
Revista NewsLab Edição 168 | Novembro 2021 0 59
RADAR CIENTÍFICO 1
ALÉM DE DETECTAR A VARIANTE OMICRON,
OS TESTES PCR TAQPATH COVID-19 DA THERMO FISHER SCIENTIFIC TAMBÉM
FUNCIONAM COMO ESTRATÉGIA DE TRIAGEM INICIAL DA NOVA VARIANTE
A Thermo Fisher Scientific, líder mundial à
serviço da ciência, confirmou que seu teste
TaqPath COVID-19 CE-IVD RT-PCR Kit, baseado na
reação em cadeia da polimerase (PCR), utilizado
amplamente na detecção do vírus SARS-CoV-2,
não tem sua eficiência comprometida pela nova
variante de preocupação B.1.1.529, a variante
Omicron, conservando a precisão técnica dos
resultados de COVID-19 realizados com estes
testes.
A variante Omicron, que teve seu status elevado
à "variante de preocupação" pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), tem mais de 30
mutações somente na proteína S (de spike).
A OMS relatou que as evidências preliminares
sugerem um risco aumentado de transmissão
em comparação com outras variantes de
preocupação. Estas informações estão levando
a novas restrições de viagens e também
estimulando pesquisas para verificar o real
impacto da nova variante na eficácia das vacinas
e nos testes existentes. Tanto a OMS quanto os
Centros Europeus de Controle de Doenças já
relataram que se valeram dessa característica
específica de alguns testes de PCR chamada
de “falha do gene S” ou “Dropout do Gene S”
que ajudou na rápida identificação da variante
Omicron. Esse teste é o TaqPath COVID-19 da
Thermo Fisher Scientific.
Isso revela que os testes com esta peculiaridade
técnica podem servir como uma ferramenta útil
na detecção imediata da nova variante, mesmo
que ainda dependa de uma confirmação por
sequenciamento do genoma viral. Os casos da
nova variante foram identificados pela primeira
vez na África do Sul, mas agora seguem sendo
relatados em pelo menos mais uma dúzia de
países ao redor do mundo.
Os ensaios TaqPath COVID-19 foram projetados
para detectar infecções por SARS-CoV-2
identificando três genes alvos das regiões do
vírus: orf1a/b, S e N do vírus. Esta abordagem
de múltiplos genes permite que o teste forneça
resultados com maior precisão, mesmo no caso
em que um dos alvos seja afetado por alguma
eventual mutação. É esse o caso da variante
Omicron. Por conter muitas mutações no gene
S, esse alvo acaba sendo impactado, ocorrendo
a chamada “falha do gene S”. No entanto, os
demais alvos gênicos orf1a/b e N dos testes
TaqPath COVID-19 não são afetados por
nenhuma das mutações presentes na variante
Omicron, conforme relatado na avaliação de
sequências no banco de dados público GISAID.
Com isso, a precisão geral dos testes TaqPath
COVID-19 segue inalterada.
Em maiores detalhes, foi descoberto que
a variante Omicron possui a mutação 69-
70del do gene S, identificada pela primeira
vez como sendo uma mutação da variante
alfa. Esta mutação, então, ocasiona o
chamado “dropout ou falha do gene S” nos
resultados do teste TaqPath, o que pode
sugerir aos pesquisadores e profissionais
da saúde que a infecção em questão possa
ser um novo caso da variante do Omicron,
permitindo uma triagem inicial da nova
variante. A confirmação final deve então ser
realizada sequenciando a amostra ou através
de genotipagem com ensaios de mutação
específicos para a Omicron.
"O teste da Thermo Fisher nos permitiu
detectar casos que podem conter a nova
variante, identificando amostras com a falha
do gene S", disse Tulio de Oliveira, diretor do
Centro de Inovação e Resposta a Epidemias
(CERI) da Universidade Stellenbosch e do
UKZN, South África. "Esta identificação
precoce é muito importante para nos ajudar
a rastrear e entender a propagação da
variante B.1.1.529 pela África do Sul e pelo
mundo."
0 60
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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RADAR CIENTÍFICO 1
Os ensaios de genotipagem específicos
para detectar a variante Omicron já estão
disponíveis também no Painel de Mutações
TaqMan da Thermo Fisher. Este painel, que
atualmente é usado para fins de pesquisa
e confirmação de casos positivos dentro
do laboratório, tem um menu completo de
mais de 50 ensaios para avaliar os casos
confirmados de COVID-19 e identificar
todas as principais variantes e mutações
conhecidas.
Além dos testes TaqPath COVID-19 originais,
a Thermo Fisher desenvolveu os testes
TaqPath COVID-19 2.0 com um design de
ensaio avançado para compensar as mutações
emergentes. Os ensaios TaqPath COVID-19 2.0
detectam a presença de SARS-CoV-2 utilizando
oito genes alvos nas regiões orf1a/b e N do
vírus. Esses ensaios também foram avaliados
em relação às sequências no banco de dados
público GISAID e confirmados in silico acerca
da detecção de todas as mutações da B.1.1.529
sem que haja perda de sensibilidade.
"Como todos os vírus, sempre soubemos que
o SARS-CoV-2 continuaria a sofrer mutações
e que estratégias eficientes de testagem são
a chave para conter a pandemia", disse Mark
Stevenson, vice-presidente executivo e diretor
de operações da Thermo Fisher Scientific. "É
por isso que desenvolvemos ensaios com
verificações e balanços integrados adicionais,
para garantir que os médicos, pesquisadores
e funcionários da saúde pública tenham
ferramentas eficazes para testar com precisão
o COVID-19, mesmo com a evolução da
composição genética do vírus."
A Thermo Fisher está comprometida em
apoiar a resposta mundial à pandemia,
monitorando novas variantes do SARS-
CoV-2 e desenvolvendo soluções de teste
inovadoras, adaptativas e consistentes. Este
trabalho ajuda a rastrear e, posteriormente, a
limitar a disseminação da COVID-19, ajudando
comunidades a se manterem saudáveis.
O kit TaqPath COVID-19 CE-IVD RT PCR foi lançado em março 2020 e
a versão 2.0 para pesquisa lançada em junho de 2021.
Para mais informações, visite: https://www.thermofisher.com/covid19
Saiba mais em thermofisher.com
O TaqPath COVID-19 está validado e segue funcionando para detecção da COVID-19 em
casos de infecção pela variante Omicron e suas sublinhagens BA.1, BA.2 e BA.3. A mutação
S69-70del está presente apenas nas sublinhagens BA.1 e BA.3, portanto o padrão de
detecção baseado na falha do gene S não é observado para a BA.2.
Para mais informações sobre as soluções de NGS Oncomine acesse oncomine.com © 2021 Thermo Fisher Scientific Inc. Todos os direitos reservados.
Todas as marcas comerciais são propriedades da Thermo Fisher Scientific e suas subsidiárias, salvo especificação contrária. COL013820 1220.
062
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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Nefrologia
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MINUTO LABORATÓRIO
QUAL O IMPACTO DO RESULTADO
DE GLICEMIA COM RELAÇÃO AO TEMPO DE CENTRIFUGAÇÃO
DAS AMOSTRAS APÓS A COLETA?
Por Daniela Martinelli Béo, Fábia Bezerra e Marcia Ribeiro.
Sabemos que possíveis interferências no tempo inadequado de
centrifugação das amostras de sangue em geral, é um dos erros mais
graves na fase pré-analítica e quando se trata de analitos mais sensíveis
De acordo com a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC), o
soro deve ser obtido após a retração completa do coágulo, do qual
ocorre conforme tabela abaixo:
como a Glicose, a criticidade aumenta.
Após a coleta da amostra as células sanguíneas continuam a degradar
a glicose para atender as necessidades energéticas. E a velocidade
de consumo da glicose depende do número dos elementos figurados
presentes na amostra, portanto, o tempo de transporte, temperatura
e o objeto deste estudo que é o tempo de centrifugação, interferem
diretamente na performance da fase analítica. Quanto maior o tempo de
contato do soro com esses elementos faz com que ocorra um aumento da
ação enzimática chamada glicólise, ou seja, a glicólise é uma sequência
de reações que converte a glicose em piruvato, havendo produção de
energia em forma de ATP.
Os resultados de glicemia dos pacientes no tempo de 30 minutos após
a coleta foram considerados valores padrão e foram submetidos ao
coeficiente de variação intraindividual (CVi) estipulado pelo banco de
dados da Federação Europeia de Química Clínica e Medicina Laboratorial
(EFLM). Através do CVi estipulado, foi calculado o mínimo e máximo
que cada amostra de glicose poderia performar sem impacto na clínica
do paciente. As dosagens de glicose com amostras com centrifugação
tardia foram coloridas em tabela de acordo com a legenda abaixo:
Nesta pesquisa, 20 voluntários participaram do estudo, onde foram
coletados de cada um, três amostras de sangue em tubo com gel
separador com ativador de coágulo (tubo amarelo) e centrifugamos nos
seguintes tempos após a coleta:
A primeira amostra foi centrifugada após 30 minutos;
A segunda amostra foi centrifugada após 3 horas;
E a terceira amostra centrifugada 6 horas após a coleta.
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Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
MINUTO LABORATÓRIO
A demora na centrifugação causou a diminuição dos resultados em
todas as amostras analisadas. Pacientes pré-diabéticos (glicose
de 100 a 125 mg/dL em jejum) apresentaram valores normais de
glicose se o tempo de centrifugação da amostra fosse maior que 1
hora após a coleta.
Da mesma forma, a demora na centrifugação da amostra pode
ocasionar para pacientes diabéticos (glicose >125 mg/dL) uma
subnotificação do seu estado, por apresentar resultados de glicose
mais baixo que o real.
As amostras centrifugadas após 3 horas, apresentaram uma média
de diminuição de 12% dos resultados quando comparado ao padrão
de centrifugação (30 minutos após a coleta)
A média da diferença entre os resultados aumenta para 20% quando
centrifugadas após 6 horas pós coleta.
O impacto da demora no tempo da centrifugação ocasiona mudança
no valor de diagnóstico dos exames dos pacientes e, dessa forma,
compromete a assertividade da conduta médica.
Conforme observado, o tempo de centrifugação inadequado
compromete seriamente os resultados reportados das amostras,
mudando o valor de diagnóstico do paciente e podendo comprometer
os resultados reais de glicemia. Por este motivo, na fase préanalítica,
o comprometimento dos profissionais que realizam a
centrifugação é fundamental para liberarmos resultados fidedignos,
assim como o cuidado com a temperatura do transporte, calibração
e rotação da centrifuga, por exemplo.
Referências:
• Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (47.: 2013: São Paulo)
Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/
ML): coleta e preparo da amostra biológica. – Barueri, SP : Manole : Minha Editora, 2014.
• Costa GV, Moreli, LM. Principais parâmetros biológicos avaliados em erros na fase
préanalítica de laboratórios clínicos: revisão sistemática. Jornal Brasileiro de Patologia
Medicina Laboratorial. 201248 (3)163-168.
• Costa S. L. de. Gestão da Qualidade Laboratorial: é preciso entender as variáveis para
controlar o processo e garantir a segurança do paciente. Análises Clínicas 36 (1) 1-12.
• Chaves CD. Controle de qualidade no laboratório de análises clínicas. Jornal Brasileiro de
Patologia e Medicina Laboratorial. 201046 no(5) 120-128
• Banco de dados de variação biológica EFLM - European Federation of Clinical Chemistry
and Laboratory Medicine
• Federação Europeia de Química Clínica e Medicina Laboratorial. Disponível em .
• Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 2019-2020. Disponível em .
Daniela Martinelli Béo
Biomédica, Analista da Qualidade
Hapvida Diagnósticos
Fábia Bezerra
Biomédica, Gerente da Qualidade Corporativa
Hapvida Diagnósticos
Marcia Ribeiro
Biomédica, Diretora SADT
Hapvida Diagnósticos
0 66
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
BIOQUÍMICA
O QUE É UM ZIMOGÊNIO
Por Brunno Câmara
Um zimogênio também é denominado como
proenzima. Ou seja, é um precursor (def.:
aquilo que vem antes) inativo de uma enzima.
Ativação do zimogênio
Para virar uma enzima ativa e exercer suas
funções, o zimogênio precisa passar por
alguma mudança bioquímica.
Exemplos dessas mudanças são uma reação
de hidrólise ou uma mudança de configuração
para revelar o sítio ativo.
A parte retirada que estava inativando-o
e pode ser um único peptídeo ou pode ser
alguma dobra num domínio com mais de 100
resíduos de aminoácidos.
Exemplos de zimogênios
O pepsinogênio é um zimogênio produzido
e liberado por células do estômago. Ele é
ativado pelo ácido clorídrico, quando 44
aminoácidos são clivados da molécula.
Assim, origina-se a pepsina. Uma enzima que
cliva proteínas em peptídeos menores.
Outro exemplo é o angiotensinogênio, que
é o zimogênio da angiotensina I. Para sua
ativação é necessário que a enzima renina
faça a clivagem.
Os zimogênios mais conhecidos são aqueles
envolvidos na coagulação. No sangue, são
proteínas inativas. Mas, quando ocorre
algum dano endotelial, são ativadas
sequencialmente.
Então, temos, por exemplo, a protrombina
(zimogênio) e a trombina (ativa); Fator
IX (zimogênio) e Fator IX ativado; Fator X
(zimogênio) e Fator X ativado.
Não podemos esquecer também da fibrinólise,
onde o plasminogênio (zimogênio) dá origem
à plasmina (enzima ativa), que vai degradar a
fibrina formada.
Importância
Imagine que a pepsina estivesse o tempo
todo ativa no nosso trato digestivo. Ou que
os fatores da coagulação estivessem o tempo
todo se ativando, produzindo coágulos.
0 68
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
BIOQUÍMICA
Seria um grande problema para o organismo.
Por isso, essa forma inativa da enzima é muito
importante. É um controle para que a enzima
só atue quando realmente precisa atuar.
Ela está lá presente. Pronta para agir. Mas,
precisa de um "comando".
Após realizar suas funções ela volta a
ser inativada ou é degradada. E, assim, o
equilíbrio (homeostase) fica garantido.
Referências
Lu, H., Cassis, L., Kooi, C. et al. Structure and
functions of angiotensinogen. Hypertens Res 39,
492–500 (2016). https://doi.org/10.1038/hr.2016.17
Chakraborty, P., Acquasaliente, L., Pelc, L.A. et al.
Interplay between conformational selection and
zymogen activation. Sci Rep 8, 4080 (2018). https://
doi.org/10.1038/s41598-018-21728-9
Charithani B. Keragala, Robert L. Medcalf;
Plasminogen: an enigmatic zymogen. Blood 2021;
137 (21): 2881–2889. doi: https://doi.org/10.1182/
blood.2020008951
Autor:
Brunno Câmara
Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de
Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (área de concentração: virologia). Criador e
administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
Contato: @biomedicinapadrao
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
0 69
NEUROCIÊNCIA EM FOCO
A SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA
SOB A PERSPECTIVA DA NEUROCIÊNCIA
Por Dr. Fabiano de Abreu
Estudo científico analisa a relação entre a
fadiga e as disfunções neuronais na sociedade
contemporânea
Meu estudo científico analisa a relação entre
a fadiga e as disfunções neuronais. A fadiga
é um mal vivido por todos os seres humanos
que resulta da disfunção entre a dopamina
e o cortisol, dois hormônios de extrema
importância para o bem estar e qualidade de
vida. Enquanto a dopamina é relacionada com a
sensação de recompensa ou prazer, o cortisol é
conhecido como o “hormônio do estresse”.
Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), a fadiga é dividida em etapas de acordo
com os estímulos que a provocam. Podemos
citar como exemplo, a fadiga muscular,
resultante da atividade física excessiva. Existe
também a fadiga mental, que advém da
atividade constante de transmissão e recepção
de informação. Todavia, quando a fadiga tornase
recorrente, manifestando-se de forma
exacerbada, ela passa a ser considerada como
Síndrome da Fadiga Crônica (SFC).
Não existe uma resposta concreta para como
se dá essa doença. Entretanto, alguns estudos
apontam que pode ser resultado da ação
dos neurotransmissores, que agem como
mensageiros químicos que transportam,
estimulam e equilibram os sinais entre os
neurônios e as outras células do corpo.
Segundo meu estudo, as atividades
desempenhadas pelo indivíduo e os estímulos
que elas promovem geram influência direta na
liberação de neurotransmissores. Portanto, a
nossa forma de vida e organização social está
diretamente relacionada com o funcionamento
cerebral. Até 12 mil anos atrás, o homem vivia
exaustivamente na caça de animais perigosos e
coleta para a sua sobrevivência. Nesta fase da
história, o hominídeo não era parte do topo da
cadeia alimentar. Através da sua inteligência e
capacidade de abstração, o homem conquistou o
topo da cadeia alimentar e também a revolução
tecnológica. Eis então que o ser humano passa
a viver de uma forma que exige mais atividade
cerebral: entretanto, houve uma evolução
tecnológica, não uma evolução cerebral.
Ao invés de beneficiar a inteligência
e capacidade cognitiva, os hábitos
comportamentais contemporâneos, como
o mau uso da internet, estão diminuindo a
inteligência humana. A mente do homem
contemporâneo é sobrecarregada de
informação em uma escala jamais vista
anteriormente, sendo a Síndrome de Fadiga
Crônica uma das consequências decorrente do
abuso de informações ininterruptas.
Em suma, hoje vivemos em uma era
repleta de coisas que transbordam
e vão além da nossa mentalidade.
Usamos a mente sem parar, de forma
inadequada e como consequência
vivemos a sensação de fadiga e cansaço,
como resposta do corpo perante a
disfunção de neurotransmissores. Uma
das respostas finais dos estímulos
mentais prejudiciais exacerbados são
distúrbios dos neurotransmissores,
como a Síndrome de Fadiga Crónica,
uma doença que afeta prejudicialmente
a qualidade de vida da pessoa.
Autor:
Dr. Fabiano de Abreu
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações
também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência
Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo e formação
profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International,
diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro
da Mensa e Intertel, associação de pessoas de alto QI e especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.
0 70
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
MEDICINA GENÔMICA
O QUE É UM GENOMA DE REFERÊNCIA?
O genoma de referência é uma representação linear do genoma de uma espécie, que é utilizada como padrão
para comparação em pesquisa básica e na construção de outros genomas.
Por: Nágela G. Safady
Para sequenciar um genoma, o DNA é
fragmentado para que o equipamento consiga
ler a sequência de nucleotídeos. Depois que estes
curtos fragmentos são sequenciados, é necessário
colocá-los novamente na ordem da sequência de
DNA. Quando se trata do genoma humano, o
número de fragmentos pode chegar a bilhões.
Portanto, para facilitar o trabalho da montagem
e analisar as variações do material genético, é
utilizada uma sequência modelo de genoma
conhecida como genoma de referência.
Como o genoma de referência foi
desenvolvido?
O genoma de referência é uma representação
linear do genoma de uma espécie. A maioria dos
genomas de referência são haplóides, apenas
uma fita de DNA, no entanto, algumas regiões
com grande diversidade alélica são representadas
mais de uma vez em sequências alternativas.
O primeiro rascunho do que seria o genoma
humano foi produzido depois de 15 anos do
esforço internacional do Projeto Genoma Humano
através do sequenciamento Sanger, publicado pela
primeira vez em 2001. Em 2003 foi anunciado
o sequenciamento do genoma “completo”,
representado por 99% do material genético, com
algumas lacunas ainda desconhecidas.
Exemplo de uma montagem de genoma a partir do genoma de referência
O Projeto Genoma Humano também incentivou As pesquisas relacionadas ao sequenciamento do
o desenvolvimento de princípios sobre o genoma humano enfrentaram diversos desafios na área
compartilhamento dados genômicos, de bioinformática, como na montagem das sequencias de
como os Princípios das Bermudas, que garantiu
que o genoma de referência fosse um recurso
DNA, uma vez que o genoma humano é denso e repleto
de regiões repetitivas. No entanto, com o desenvolvimento
público. Com isso, o aprimoramento da de novas técnicas, como do Sequenciamento de Nova
construção genômica evolui rapidamente no
meio científico, utilizando o primeiro genoma
Geração que permite sequenciar bilhões de fragmentos
de uma só vez, junto com o avanço de algoritmos da
humano sequenciado como base para o bioinformática, a construção do genoma humano teve
desenvolvimento de outras construções.
uma grande evolução.
0 72
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
Um ano de novas
possibilidades
ao seu lado.
Nosso relacionamento é feito com base no respeito e transparência.
Mais do que isso, nossa união é feita do compartilhamento de sonhos e experiências.
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MEDICINA GENÔMICA
Em 2007 foi criado o Genome Research
NCBI35 (hg17): Esta construção também foi
GRCh37 (hg19): Esta construção foi
Consortium (CRG), uma colaboração entre o
produzida pelo International Human Genome
produzida pelo Genome Reference
The Wellcome Sanger Institute, representado
pela Genome Reference Informatics Team, o
McDonnell Genome Institute da Washington
University (MGI), o European Bioinformatics
Institute (EBI) e o The National Center for
Sequencing Consortium e lançada em 2004.
Ela é considerada “finalizada”, o que indica
que a sequência é altamente precisa, com
menos de um erro por 10.000 bases.
Consortium em fevereiro de 2009. Além
dos cromossomos “regulares”, o genoma
também contém 9 sequências alternativas
de haplótipos.
Biotechnology Information (NCBI). Desde
então, o consórcio tem o objetivo de melhorar
os conjuntos de genoma de referência de
humanos, camundongos e peixes-zebra,
além do esforço para garantir que variações
complexas dentro de uma espécie sejam
capturadas e representadas.
NCBI36 (hg18): Lançado em março
de 2006 (NCBI Build 36.1) também foi
desenvolvido pelo International Human
Genome Sequencing Consortium. Este
genoma de referência também inclui
4 regiões alternativas de haplótipos
GRCh38 (hg38): Lançado em 2013, O Build
38 é o mais recente genoma de referência
até o momento. CRCh38 representou uma
atualização significativa devido à sua
precisão pois apresentava pouco menos de
1000 lacunas desconhecidas no genoma.
Desde então, ele foi repetidamente
Principais genomas humanos de referência
Quais são os genomas humano de referência?
NCBI34 (hg16): A sequência de referência
humana (NCBI Build 34) foi produzida pelo
International Human Genome Sequencing
Consortium e lançada em julho de 2003.
Esta sequência cobre cerca de 99% das
(sequências que não podem ser
representadas em um único genoma).
Este genoma foi o primeiro a ser
empregado com a tarefa de alinhar
leituras de sequenciadores NGS (o
Illumina GAII) e foi usado pelo projeto
“corrigido”. Desde seu lançamento, esta
versão é atualizada periodicamente para
corrigir pequenos erros ou lacunas. No
entanto, ainda está faltando 5 a 10% do
genoma, incluindo todos os centrômeros
e outras regiões desafiadoras, como genes
regiões contendo genes no genoma e foi
piloto para 1000 Genomas para
que codificam as sequências de RNA que
sequenciada com uma precisão de 99,99%.
identificar milhões de variantes.
formam ribossomos.
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Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
Qual genoma humano de referência
Onde consigo baixar o genoma de referência?
Em outras palavras, os genomas de
MEDICINA GENÔMICA
devo usar?
As duas principais plataformas para fazer o
referência não são baseados em genoma
Cada nova versão do genoma humano de
download das diferentes versões do genoma
completamente saudável, de um ancestral
referência teve sua precisão e integridade
de referência são:
comum, ou que represente a maioria da
melhorada. Portanto, o ideal é utilizar a
população mundial. Por exemplo, o genoma
última versão do genoma de referência,
The UCSC Genome Browser: hospedado
de referência GRch37 foi desenvolvido
GRCh38 (Hg38) pois ela possui as
no site da University of California, Santa
a partir de 13 voluntários anônimos em
informações mais atualizadas da sequência
do genoma humano. Por isso, esta construção
é a referência para muitos projetos de grande
escala, incluindo o Projeto 100.000 Genomas
do Reino Unido.
Cruz, que usa a nomenclatura Hg38 para a
última versão do genoma de referência.
The Genome Reference Consortium:
hospedado pelo NCBI, usa a nomenclatura
GRCh38 para a última versão do genoma de
referência.
Buffalo, nos Estados Unidos, sendo que
cerca de 80% do genoma de referência
vieram de 8 pessoas e, aproximadamente
70% do genoma total vieram de apenas
um homem, designado “RP11”.
No entanto, em alguns casos é necessário
O genoma de referência é
O alinhamento com a referência para
identificar variantes relacionadas à doença
usar a versão anterior de genoma de
representativo?
ainda é uma etapa importante na maioria
referência, Hg19, como quando se
Como dito anteriormente, embora a ideia
das análises e é crucial em atribuições de
está reanalisando um sequenciamento
do genoma de referência seja representar o
significância clínica. Em casos como esse,
baseado na versão anterior do genoma
material genético humano, a sua diversidade
vieses no genoma de referência podem
de referência. Isso porque as variantes
alélica não é uma média da população global.
levar a erros de interpretação. Por exemplo
encontradas em um genoma de referência
Na verdade, na maioria dos casos, esta
se o genoma de referência possui um
não necessariamente são encontradas no
sequência de DNA contém longos trechos que
alelo raro, a variante patogênica pode ser
outro, o que pode afetar a análise.
são altamente específicos a um indivíduo.
ignorada como benigna.
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
0 75
MEDICINA GENÔMICA
Os projetos HapMap e subsequente Projeto
uma coleção de múltiplos genomas de
No entanto, o pan-genoma é representado
1000 Genomas foram desenvolvidos a partir
uma mesma espécie.
através de um gráfico, diferente da forma
da necessidade de amostrar uma diversidade
linear do modelo utilizado atualmente.
populacional mais ampla e que represente
Esta estratégia já é bastante utilizada
Portanto, qualquer alteração no genoma de
melhor a variabilidade alélica humana. Além
em pesquisa com plantas poliploides e
referência atual exigirá um grande esforço
disso, GRC está constantemente trabalhando
bactérias, nas quais diferentes estirpes
da área de genômica e bioinformática para
para desenvolver conjuntos que representem
podem apresentar diferentes genes,
a adoção de novas práticas e algoritmos de
melhor essa diversidade e forneçam dados
uma vez que a maior representação
análise.
mais robustos para a análise do genoma.
aumenta consideravelmente a chance
de identificar variantes.
Principais referências:
Kaye AM, Wasserman WW. The genome atlas: navigating a
Pan-genomas e o futuro do genoma de
new era of reference genomes. Trends Genet. 2021;37(9):807-
818. doi:10.1016/j.tig.2020.12.002
referência
A recomendação mais recente, e que está
se tornando cada vez mais popular, é o
Em um recente estudo que analisou o
pan-genoma de indivíduos africanos foi
determinado que cerca de 10% do genoma
Ballouz S, Dobin A, Gillis JA. Is it time to change the reference
genome?. Genome Biol. 2019;20(1):159. Published 2019
Aug 9. doi:10.1186/s13059-019-1774-4
Schneider VA et al. Evaluation of GRCh38 and de novo haploid
genome assemblies demonstrates the enduring quality of the
desenvolvimento de pan-genomas. Mais
destes indivíduos não está presente no
reference assembly. Genome Res 27, 849–864, doi:10.1101/
gr.213611.116 (2017).
complexo do que uma única sequência de
genoma de referência GRCh38, o que reflete
Sherman RM, Forman J, Antonescu V, et al. Assembly of
a pan-genome from deep sequencing of 910 humans
referência, um pan-genoma contém todas
as sequências de DNA possíveis, ou seja,
na baixa variabilidade e sobre a necessidade
de referências específicas por população.
of African descent [published correction appears in Nat
Genet. 2019 Feb;51(2):364]. Nat Genet. 2019;51(1):30-35.
doi:10.1038/s41588-018-0273-y
FONTE:
0 76
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
CITOMETRIA DE FLUXO
CITOMETRIA DE FLUXO
NO ACOMPANHAMENTO DO PACIENTE COM HIV
Por: Helena Varela de Araújo, Rafaele Loureiro de Azevedo e Bruna Garcia Nogueira
HIV e AIDS
O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é
membro do gênero Lentivirus, que tem como
característica um longo período de incubação,
ou seja, um longo período entre a infecção e o
aparecimento de sintomas. É o vírus causador
da síndrome da imunodeficiência adquirida, a
sida ou, do inglês, aids.
O HIV pode infectar diversas células do sistema
imune, principalmente linfócitos T CD4, também
conhecidos como linfócitos T auxiliares. A entrada
do vírus na célula acontece pela ligação da
glicoproteína gp120, pertencente a sua estrutura,
com a molécula CD4 das células-alvo. (1) A partir
dessa ligação, o vírus é internalizado na célula
pela fusão do envelope viral com a membrana
celular. Depois de internalizado, o vírus se
replica na célula infectada e posteriormente são
liberados novos vírus e a célula infectada sofre
apoptose (Figura 1).
A infecção pelo HIV pode ser dividida
em fases:
- Fase aguda: ocorre nas primeiras semanas
após a infecção pelo HIV. Nesse momento o
vírus se replica intensivamente, dessa maneira,
há alta carga viral e níveis descendentes de
linfócitos T CD4. Nessa fase o indivíduo é
altamente infectante e apresenta manifestações
Figura 1 - Ciclo de vida do HIV.(1)
clínicas semelhantes a outras infecções virais
agudas, como, por exemplo, febre, cefaleia,
sudorese e linfadenomegalia. Esse conjunto de
manifestações clínicas é denominado Síndrome
Retroviral Aguda (SRA), que é autolimitada
e desaparece em três ou quatro semanas. Por
serem sintomas comuns a qualquer infecção
viral, raramente são atribuídos a infecção
por HIV, fazendo com que a doença não seja
diagnosticada nesta fase. (2)
- Latência clínica: nessa fase o exame físico
costuma ser normal, podendo haver ainda
linfadenopatia após a fase aguda. Podem
ocorrer alterações nos exames laboratoriais,
porém sem muita repercussão clínica. A
contagem de linfócitos T CD4 segue decrescente
e as infecções começam a se tornar frequentes.
Algumas manifestações são marcadores de
imunodepressão grave e evolução para Aids,
como candidíase oral e diarreia crônica. (2)
- Síndrome da imunodeficiência
adquirida (aids): nessa fase, a contagem
de linfócitos T CD4 geralmente está em torno
de 200 células/mm³. O aparecimento de
infecções oportunistas e neoplasias (exemplo:
sarcoma de Kaposi, Linfoma não-Hodgkin e
câncer de colo de útero) é definidor de aids.
Entre as infecções mais comuns, pode-se
destacar neurotoxoplasmose, tuberculose
pulmonar atípica ou disseminada e meningite
criptocócica. Caso não seja realizado tratamento
o indivíduo irá progredir até o óbito. (2)
0 78
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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CITOMETRIA DE FLUXO
Os primeiros casos de HIV foram detectados
na África e nos Estados Unidos e a pandemia
de aids se tornou notável na década de 1980,
mesmo que os mecanismos de infecção ainda
não fossem muito bem esclarecidos. Desde o
início da pandemia de aids, 79,3 milhões de
pessoas foram infectadas com HIV no mundo. (3)
Até 2020, 37,7 milhões de pessoas viviam com
HIV, segundo a UNAIDS. (3) Mesmo com todos
os avanços científicos e estudos realizados
nesses anos, até hoje não se chegou à cura.
Porém, muito se conquistou desde então. Hoje,
indivíduos com HIV podem viver normalmente,
graças à terapia antirretroviral.
Diagnóstico
É muito importante que o diagnóstico do
HIV seja realizado nos estágios iniciais da
infecção para que a pessoa vivendo com HIV
(PVHIV) possa usufruir dos benefícios do
tratamento. Por esse motivo, cada vez mais os
testes diagnósticos estão sendo ampliados e
facilitados, como por exemplo com a criação
dos testes rápidos, realizados por meio de
imunoensaios simples em até 30 minutos. (2)
Visto que a infecção pelo HIV acontece de
forma sistêmica, o diagnóstico é realizado tanto
com exames físicos como por meio de exames
laboratoriais, como Carga Viral (CV) do HIV, contagem
de linfócitos T CD4+ (LT-CD4+), genotipagem prétratamento
e sorologias para outras ISTs.
Figura 2 - Progressão da infecção do HIV até a AIDS. LT CD4+: linfócitos T CD4; CV-HIV: carga viral do HIV.(2)
Atualmente, existem vários métodos Acompanhamento (citometria e carga viral)
utilizados para diagnosticar a presença da O acompanhamento laboratorial das
infecção pelo HIV e podem ser seguidos
diversos fluxogramas para que o diagnóstico
seja o mais fidedigno possível, evitando assim
PVHIV é realizado principalmente através
dos exames de contagem de linfócitos T
CD4+ e da Carga Viral do HIV. A contagem
resultados inconclusivos, falso-reagentes e de LT-CD4+ é um dos exames mais
falso-não reagentes. Os testes mais eficazes importantes para o acompanhamento
para a confirmação diagnóstica são os das PVHIV, principalmente para definir a
moleculares, que detectam o RNA viral.
Além deles, há os imunoensaios de primeira
à quarta geração. Os de primeira e segunda
geração detectam apenas o anticorpo IgG,
urgência do início da TARV, já que é o exame
que avalia o status imune do paciente. Já
a CV-HIV é o padrão-ouro para avaliar a
eficácia do tratamento.
então os mais utilizados atualmente são os
de terceira geração, que permitem detectar as Dessa forma, quanto mais baixa a contagem
imunoglobulinas M (IgM) e G (IgG) e os de de LT-CD4+, mais frequentemente o
quarta geração, que permitem a detecção do
antígeno e do anticorpo de forma conjunta,
reduzindo o tempo entre a infecção e a
paciente deve ser avaliado e, em casos
de PCHIV com carga viral indetectável
e LT-CD4+ > 350 células/mm³ em dois
detecção do marcador da infecção, ou seja, a exames consecutivos com 6 meses de
janela diagnóstica. (1)
intervalo, não há relevância clínica deste
0 80
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
acompanhamento. Nesses pacientes, o
foco deve ser o exame de carga viral para
detectar possíveis falhas virológicas, ou
seja, dois exames consecutivos de CV-HIV
detectáveis. (Figuras 3 e 4) (2)
CITOMETRIA DE FLUXO
Exames laboratoriais que podem ser
realizados (descritos a direita), um sinal
de mais (+) indica um resultado do teste
positivo, um sinal de menos (-) um resultado
negativo, e um mais-menos (+ -) um
resultado limítrofe-positivo. O eixo inferior se
inicia no dia zero da infecção. O segmento em
cinza no início da linha preta de carga viral,
indica a incapacidade de detectar cargas virais
muito baixas (não detectado, fase de eclipse).
Figura 3 - Frequência de solicitação de exame de LT-CD4+ para monitoramento laboratorial de PVHIV, de acordo com a
situação clínica. (2)
Legendas:
W blot: Western blot;
AcNSS: Anticorpos neutralizantes espécie específica;
Ac: Anticorpo;
CAgAC: Complexo Antígeno Anticorpo.
“Janela imunológica”
A expressão “Janela Imunológica” ou “Janela
Sorológica” se refere ao período entre a infecção pelo
HIV até a identificação dos anticorpos anti-HIV.
Sistema Único de Saúde
O Sistema Único de Saúde (SUS) é
reconhecido mundialmente pela sua atuação
em prol de pacientes com HIV. O Brasil tem o
maior programa público de enfrentamento ao
HIV e à aids do mundo.
Figura 4 - Frequência de solicitação de exame de CV-HIV para monitoramento laboratorial de PVHIV, de acordo com a situação
clínica. (2)
Desde 1996 o SUS distribui gratuitamente a
terapia antirretroviral (TARV). Recentemente,
em novembro de 2021, a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um
novo medicamento para tratamento do HIV.
Trata-se da combinação de duas substâncias
já utilizadas em um único comprimido,
facilitando a adesão ao tratamento por parte
dos pacientes.
Além disso, são oferecidas gratuitamente
estratégias de enfrentamento e prevenção, como
a profilaxia pré-exposição (PrEP) e a profilaxia
pós-exposição (PEP), testes para diagnóstico
em suas unidades de saúde e acompanhamento
gratuito para todas as pessoas que vivem com
HIV em território nacional, além de distribuição
de preservativos internos e externos.
Desde 2001, quando a quantificação de
linfócitos T CD4 começou a ser realizada pelo
SUS, já foram realizados 10 milhões de testes
em todo o país. Atualmente, mais de 130
citômetros de fluxo estão espalhados pelo
Brasil, auxiliando no acompanhamento dos
pacientes infectados pelo vírus HIV.
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
081
CITOMETRIA DE FLUXO
CITOMETRIA DE FLUXO NO ACOMPANHAMENTO
DO PACIENTE COM HIV
Referências:
1. Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2018.
2. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em
Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. –
Brasília : Ministério da Saúde, 2018.
3. Estatísticas - UNAIDS Brasil. Disponível em: . Acesso em: 2 dez. 2021.
Autoras:
Helena Varela de Araújo
Biomédica graduada pela UFRN e pela University of
Kent, CRBM/SP 31497. Especialista em hematologia e
citometria de fluxo pelo Hospital Albert Einstein. Tem
MBA em Gestão de Saúde e diploma em Comunicação e
Marketing. Analista especializada em citometria de fluxo
do Centro de Hematologia de SP. Futura assistente técnica
do laboratório de citometria de fluxo do Whitehead
Institute, MIT. Fundadora, administradora, criadora de
conteúdo e professora do @HemoFlow
Rafaele Loureiro de Azevedo
Bióloga graduada pela Universidade Estácio de Sá,
CRBio/RJ 121828/02-D. Especialista em hematologia
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em
Imunobiológicos por BioManguinhos/Fundação Oswaldo
Cruz. Atualmente é analista de inovação e operações
farmacêuticas da Fiocruz/RJ. Tem experiência em
Controle de Qualidade, Citometria de Fluxo e expressão de
anticorpos monoclonais in vitro. É criadora de conteúdo e
professora do @HemoFlow
Bruna Garcia Nogueira
Farmacêutica graduada pela UnB, CRF/SP 95286.
Especialista em Hematologia pelo Hospital Albert
Einstein, com aperfeiçoamento em Citometria de
Fluxo pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Analista
especializada em citometria de fluxo no Hospital
Albert Einstein. Criadora de conteúdo e professora
do @HemoFlow
0 82
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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LADY NEWS
O USO DO PODCAST COMO
FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA
NO ÂMBITO LABORATORIAL
Por: Luciana Chavasco, Ana Carolina Caetano
O aumento exponencial do uso de tecnologias
inovadoras de comunicação no dia a dia
laboratorial tornou-se inevitável nos tempos
atuais, uma vez que muitas atividades são
possibilitadas e otimizadas pelo advento das
ferramentas digitais. Com a pandemia pelo
novo coronavírus, no contexto da educação
continuada, esta prática foi potencializada
e, inevitavelmente, implantado um novo
modelo educacional, mediado pela introdução
de recursos midiáticos, didáticos, que
favoreceram a construção de uma nova esfera
educativa, expandindo as possibilidades de
engajamento e interação entre os profissionais,
permitindo constantes atualizações em prol do
conhecimento científico.
Nesta nova esfera educacional, destacase
uma ferramenta que vem ganhando
notoriedade no cenário nacional: o podcast.
Este vem se configurando de forma positiva
no desenvolvimento da aprendizagem, visto
que, por meio de sua linguagem, pode-se
explorar um universo didático-pedagógico
mais informal, por meio de relatos orais de
experiências significativas de cada entrevistado,
aliando recursos lúdicos como a música, por
exemplo. Assim, busca-se a construção do saber
sem o rigor de uma sala de aula, contribuindo
para a constituição e ampliação de um novo
contexto de produção de conhecimento.
Neste sentido, “a Organização Feminina de
Análises Clínicas (OFAC), por acreditar na força
da disseminação de ideias e conhecimentos
através de diferentes mídias digitais, criou
o OFACast, o podcast que visa promover o
networking entre os profissionais envolvidos,
possibilitando conexões em diversas áreas das
análises clínicas”, relata Dra. Marbenha Linko,
CEO da OFAC Brasil.
O OFACast tem como mediadoras a Biomédica
Ana Carolina Caetano e a Farmacêutica
Bioquímica Luciana Chavasco, que recebem,
quinzenalmente, convidados especialistas e
referências nos diversos setores das Análises
Clínicas para um bate papo descontraído,
com foco na troca de experiências, sempre
no sentido de incentivar o crescimento
profissional dos ouvintes, criando fortes redes
de relacionamentos de “mão dupla”.
A estrutura do OFACast conta com uma
primeira parte que diz respeito a assuntos
técnicos e estimula os ouvintes a refletirem de
forma crítica sobre a realidade do tema exposto.
A segunda parte, busca conhecer melhor os
convidados e faz uma analogia aos happy hours
corporativos, lembrando os bons momentos de
confraternizações entre os colegas analistas
clínicos, abordando assuntos como hobbies,
livros, cinema, arte e culinária.
Os temas são sempre relevantes, atuais
e às vezes, polêmicos. Muitos deles são
constantemente discutidos nos grupos de
WhatsApp da OFAC Brasil, expondo dificuldades
coletivas e necessidades de soluções conjuntas,
a fim propagar conhecimentos e alavancar
bons negócios. Abaixo, um streaming do que já
aconteceu nos 6 episódios:
• Como pauta inaugural, o OFACast contou
com a participação da Dra. Marbenha Linko,
idealizadora da OFAC Brasil que teve a
oportunidade de contar sobre sua trajetória
profissional e sobre o processo de criação
da OFAC.
0 84
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
LADY NEWS
• Em seguida, o tema sobre o papel das redes
sociais na educação continuada foi discutido
pelo Dr. Caio Salvino, grande profissional nas
Análises Clínicas que foi um dos pioneiros do
assunto no Brasil, ao criar o Talk Show das
Análises Clínicas: Papo de Jaleco.
• Os desafios de inovação em saúde foram
trazidos pela Dra. Ana Marcatto que discutiu
os processos de desenvolvimento tecnológico
e transferência industrial de produtos
destinados ao diagnóstico in vitro, assim
como no desenvolvimento estratégico de
empresas e startups.
• Gestão e empreendedorismo em Análises
Clínicas foi muito bem falado pela Dra.
Waldirene Nicioli, gestora da OFAC e proprietária
de Laboratório que expôs os desafios de
empreender neste setor.
• Em homenagem ao dia dos Biomédicos,
Dr. Brunno Câmara, falou sobre sua atuação
na área de criação de conteúdo, onde atua há
mais de 10 anos e sobre a luta pela valorização
destes profissionais.
• E, para encerrar o ano, a Dra. Marina
Campos deu uma aula sobre gestão de
pessoas e desenvolvimento humano com foco
na importância da saúde mental, tema tão
discutido nos últimos 2 anos.
Como o dia a dia dos analistas clínicos está
cada vez mais corrido, a proposta é possibilitar
momentos de informação e descontração,
quando talvez não seja possível ler um livro
ou assistir um vídeo. Lançar oportunidade de
audição em períodos em que se deslocam nos
carros ou em transportes públicos, ou ainda em
intervalos na empresa. Os episódios têm uma
média de duração de 50 minutos e os ouvintes
podem acessá-lo pelo celular, por meio do
Youtube, Spotify e Google Podcasts.
Luciana Chavasco
Farmacêutica Bioquímica, Especialista em Citologia
Clínica e Oncótica pelo Instituto Adolfo Lutz, Título de
especialista pela SBCC, Especialista em Hematologia
Clínica e Laboratorial, Mestre em Ciências Farmacêuticas
pela Unifal-MG, Doutoranda em Ciências Farmacêuticas
pela Unifal-MG, Proprietária e responsável técnica dos
Laboratórios Chavasco de Três Corações - MG. Membro da
Organização Feminina de Análises Clínicas (OFAC).
Ana Carolina Caetano
Biomédica habilitada em análises clínicas pela UNIBH.
Mestre em Bioinformática pela UFMG. Cursando MBA em
Gestão Estratégica de Marketing pela UNIBH. Atua como
Consultora Comercial no Lab Rede em Belo Horizonte.
Membra da Organização Feminina de Análises Clínicas
(OFAC Brasil).
O OFACast vai ao encontro do principal objetivo
da OFAC: compartilhar conhecimento por meio
de discussão e networking. Para os próximos
episódios há muitos desafios, incluindo a
conquista e adesão de novos ouvintes, busca por
pautas atrativas e novos parceiros. “Persistência e
evolução são cruciais para evoluirmos junto com
a audiência”, relata a dupla mediadora.
Ouçam o OFACast através de sua
plataforma preferida, fica o nosso convite.
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
0 85
ANÁLISES CLÍNICAS
LEUCEMIA MEGACARIOBLÁSTICA
AGUDA LMA-M7
Por: Brunno Câmara.
A leucemia megacarioblástica aguda (LMAK) é um
subtipo da leucemia mieloide aguda (LMA), que
acomete os megacariócitos.
LMAK associada à SD
Indivíduos com a trissomia do cromossomo 21
possuem risco maior de desenvolver leucemias.
De modo fascinante, a DMT resolve-se
espontaneamente na maioria dos pacientes. Porém,
cerca de 10-20% dos casos progridem para LMAK.
Pela classificação FAB, corresponde à LMA-M7, e
contém marcadores da linhagem megacariocítica,
como CD41, CD42, e CD61.
Para o diagnóstico é necessário encontrar pelo
menos 20% de blastos, sendo que 50% ou mais
devem ser megacarioblastos.
Geralmente, a LMAK apresenta-se com leucopenia e
contagem de plaquetas normal ou aumentada.
Ela é geralmente subdividida em 3 grupos, baseado
nas características da pessoa que tem a doença:
• Crianças com Síndrome de Down (SD);
• Crianças sem SD;
• Adultos sem SD.
Cada uma dessas subcategorias tem um conjunto
específico de alterações genéticas que causam ou
promovem a doença, e também possui diferentes
desfechos.
De fato, 95% dos casos de câncer em indivíduos com
SD são leucemias.
A principal alteração associada com esse subgrupo é
a mutação no gene GATA1.
Esse gene é expresso em megacariócitos, eosinófilos,
basófilos e linhagem eritroide, além do progenitor
eritroide-megacariocítico (MEP).
Desordem Mieloproliferativa Transitória (DMT)
Pacientes com SD, podem desenvolver uma DMT.
A DMT é caracterizada pelo aumento no número de
megacariócitos pequenos e displásicos, e também
blastos com características megacariocíticas no
sangue periférico e fígado.
Pode ser acompanhada por trombocitopenia,
leucopenia e, raramente, anemia. Há também
elevada contagem de basófilos e eosinófilos
imaturos.
LMAK sem associação com SD
Nos indivíduos sem SD, a LMAK tem origens
genéticas diferentes, causada principalmente por
translocações e inversões cromossômicas.
A fusão de oncogenes são recorrentes, e encontrada
em mais de 70% dos casos.
As fusões gênicas mais frequentes são:
• CBFA2T3-GLIS2 (~18%);
• Rearranjos no gene MLL (~ 17%);
• Rearranjos no gene HOX (~15%);
• NUP98-KDM5A (~11%);
• RBM15-MKL1 (~10%).
Esse grupo de LMAK tem pior prognóstico, quando
comparado com aquele associado à SD.
Bain, B.J., Chakravorty, S. and Ancliff, P. (2015), Congenital acute megakaryoblastic leukemia. Am. J. Hematol., 90: 963-963.
doi:10.1002/ajh.24109
Referências
McNulty M, Crispino JD. Acute Megakaryocytic Leukemia.
Cold Spring Harb Perspect Med. 2020;10(2):a034884.
Published 2020 Feb 3. doi:10.1101/cshperspect.a034884
Cardin S, Bilodeau M, Roussy M, et al. Human models
of NUP98-KDM5A megakaryocytic leukemia in mice
contribute to uncovering new biomarkers and therapeutic
vulnerabilities. Blood Adv. 2019;3(21):3307-3321.
doi:10.1182/bloodadvances.2019030981
Hahn AW, et al, Acute megakaryocytic leukemia: What
have we learned, Blood Rev (2015), http://dx.doi.
org/10.1016/j.blre.2015.07.005
Autor:
Brunno Câmara
Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de
Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (área de concentração: virologia). Criador e
administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
Contato: @biomedicinapadrao
0 86
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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Por: Gleiciere Maia Silva e Jorge Luiz Silva Araújo-Filho.
Medicamentos são conceituados como
substâncias ou preparações, elaborados em
farmácias ou indústrias farmacêuticas com
a finalidade de prevenir, curar doenças ou
aliviar os seus sintomas. Com a facilidade de
aquisição de drogas, tornou-se rotineiro o uso
de medicamentos em larga escala, gerando
um acúmulo desses produtos nas residências.
Contudo, os usuários precisam estar atentos
aos corretos cuidados de armazenamento e
conservação desses medicamentos para que
não haja alteração, mesmo dentro do prazo
de validade, e para os que foram utilizados,
esses devem ser descartados corretamente a
fim de evitar danos à saúde da população e
prejuízos ao meio ambiente.
Comumente e em várias residências da
população brasileira, os medicamentos são
descartados em lixos comuns ou na rede
coletora de esgoto. Esses hábitos geram
uma serie de consequências, e deverão ser
corrigidos e informados para população os
malefícios por trás de um simples ato de
jogar “remédio” no lixo, uma vez que essas
drogas contêm diversas substâncias químicas
que contaminam o meio ambiente.
Na atualidade nota-se um crescimento da
contaminação ambiental de áreas urbanas e
rurais. Para Bila e Dezotti (2003) na zona urbana
a forma de contaminação mais frequente
é através do descarte de medicamentos no
vaso sanitário e nas pias. Essa prática causa
por sua vez poluição dos rios e mares. Os
medicamentos diluídos em água podem
interferir no metabolismo e no comportamento
de organismos aquáticos, podendo matar
organismos que vivem nesses ambientes ou
contaminar sua carne, posteriormente sendo
consumidos pelos seres humanos, acarretando
um ciclo de contaminações.
O solo por sua vez, não está livre das
consequências negativas do descarte
inadequado desses resíduos. Os aterros
sanitários e lixões são contaminados e
ameaçam a vida das pessoas que trabalham
nesses ambientes como é o caso dos
catadores de lixos, causando assim danos à
saúde humana (BILA, 2003).
Segundos dados do Conselho Nacional de
saúde (2020), no Brasil existe uma farmácia
(ou drogaria) para cada 3.300 habitantes e o
país está entre os dez que mais consomem
medicamentos no mundo. Diante disso,
é de extrema importância ressaltar que
na atualidade existem poucas políticas
relacionadas ao descarte de medicamentos e
os perigos ao meio ambiente.
0 88
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
A Política Nacional de Resíduos sólidos
adequado, desta maneira os compostos que
o descarte desses resíduos ocasiona as
(PNRS), garante como obrigação de
estão neles contidos ficam isolados e longe
pessoas e ao meio ambiente são validas.
toda a sociedade o descarte correto
de qualquer ambiente que possa vir a ser
Para tanto, são necessárias parcerias entre
de medicamentos. A logística reversa,
contaminado com tais substâncias.
as políticas públicas governamentais, redes
consistem em farmácias e drogarias aceitar
farmacêuticas/drogarias e população para
os medicamentos vencidos para encaminhar
A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária
controlar esses riscos.
esses resíduos ao descarte correto. A
incineração é atualmente a maneira indicada
para destino e diminuição do volume dos
medicamentos inutilizados, entretanto,
incluem consequências a poluição de água
e solo gerando emissão de gases tóxicos à
atmosfera. Para isso, deve ocorrer após o
processo de recolhimento e armazenamento
(ANVISA) dispõe de uma lista de pontos de
coletas credenciadas, onde esse processo
se torna regido pela Lei de Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR
16457:2016. Por conseguinte, destacamos
que a informação dessa problemática para
a sociedade é necessária, uma vez que o
conhecimento sobre as consequências que
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. Manual de Gerenciamento de resíduos de serviços
de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde - "Efetivando o Controle Social".
Esplanada dos Ministérios, Bloco “G” - Edifício Anexo, Ala “B” -
1º andar - Sala 103B - 70058-900 - Brasília, DF. http://www.
conselho.saude.gov.br/
BILA, D.M.; DEZOTTI, M. Fármacos no meio ambiente.
Química Nova, v. 26, n. 4, p. 523-530, 2003.
COSTA, D.; TEODÓSIO, A. S. S. Desenvolvimento Sustentável,
Consumo e Cidadania: um estudo sobre a (des) articulação
da comunicação de Organizações da Sociedade Civil, Estado
e Empresas. Revista de Administração Mackenzie, v. 12, n. 3,
p.114-145, 2011.
FALQUETO, E.; KLIGERMAN, D.C.; ASSUMPÇÃO, R.F. Como
realizar o correto descarte de resíduos de medicamentos?
Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, n. Supl. 2, p. 3283-3293, 2010.
OMS. Organização Mundial de Saúde. The role of Pharmacist
in self care-medication. http://apps.who.int/medicinedocs/
pdf/whozip32e/whozip32e.pdf/.
Gleiciere Maia Silva
(@profa.gleicieremaia)
Biomédica, Especialista em Micologia, Mestre em Biologia
de Fungos e Doutoranda em Medicina Tropical.
Contato: gleicieremaia@gmail.com
Jorge Luiz Silva Araújo-Filho
(@dr.biossegurança)
Biólogo, Mestre em Patologia, Doutor em Biotecnologia;
Palestrante e Consultor em Biossegurança.
Contato: jorgearaujofilho@gmail.com
Tel.: (81) 9.9796-5514
HEMATOLOGIA
HEMOGRAMA E MORFOLOGIA
NA LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA
Por: Dr. Luiz Arthur Calheiros Leite. PhD
A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é uma
neoplasia hematológica que corresponde
de 15% a 20% de todas as leucemias.
Na maioria dos casos, há presença do
cromossomo Filadélfia e a produção de
uma oncoproteína com atividade tirosinaquinase
aumentada (BCR-ABL1). O curso
clínico da doença é caracterizado por três
fases: crônica, acelerada e crise blástica. Na
fase crônica cerca 50% são assintomáticos
e a maioria dos diagnósticos são feitos por
um hemograma de rotina. O hemograma
apresenta leucocitose com desvio à
esquerda com predomínio de neutrófilos,
basófilos, eosinófilos e granulócitos
imaturos (promielócitos, mielócitos e
metamielócitos). Nota-se também anemia
normocítica e normocrômica e trombocitose.
Sem o devido diagnóstico esses pacientes
evoluem para a fase acelerada com aumento
significativo da leucometria (30000/mm3
a 500000/mm3) com crescente basofilia
(>10%), desvio a esquerda até blastos
(blastos entre 10 a 19%), elevação da
contagem de granulócitos imaturos (IG),
com metamielócitos e mielócitos neutrófilos
e eosinofílicos e promielócitos. A anemia
torna-se acentuada e há trombocitose.
Na fase blástica a contagem de blastos
é superior a 20%, caracterizando uma
transformação para uma leucemia aguda,
com anemia, neutropenia e plaquetopenia
(tríade leucêmica). A LMC é uma doença
tratável e o diagnóstico correto permite
o controle da doença com a instituição
da terapia com imatibines. Para tanto, os
analistas devem atentar para hemogramas
que apresentem leucometria elevada com
basofilia e granulócitos imaturos.
Autor
Dr. Luiz Arthur Calheiros Leite
Especialista e Mestre em Hematologia pela UNIFESP
Doutor em Bioquímica e Fisiologia pela UNIFESP
Consultor em Hematologia Laboratorial
Professor e Fundador da Escola Brasileira de Hematologias, LAHEMATOEAD
0 90
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
LOGÍSTICA LABORATORIAL
CERTIFICADO DE BOAS PRÁTICAS
DE ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO
DE PRODUTOS PARA A SAÚDE
PRIME STORAGE RECEBE CERTIFICADO
DE BOAS PRÁTICAS DA ANVISA
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A Prime Storage, é uma empresa de armazenamento
de carga, fundada em 06 de janeiro de
2011, especializada em armazenar produtos
para a área da saúde, contamos hoje com estrutura
adequada e disponível para a pronta utilização,
uma equipe de profissionais capacitados,
que nos permite o pronto atendimento das necessidades
de nossos clientes, se compromete a
garantir as boas práticas da ANVISA em todos os
processos de armazenagem e distribuição.
A Prime Storage, procura melhorar continuamente
o serviço prestado de armazenagem
de produtos para saúde, tal como os seus
processos e métodos de controle com o
objetivo de corresponder e antecipar-se às
exigências de qualidade dos seus clientes, os
requisitos estatutários e regulamentares.
Recentemente a Prime Storage obteve junto
a ANVISA a certificação de Boas práticas de
Armazenagem e Distribuição de produtos
para a saúde.
A CBPDA – Certificado de Boas Práticas
de Armazenamento e Distribuição é um
conjunto de procedimentos obrigatórios
criados para garantir padrões de qualidade,
integridade e segurança dos produtos nos
processos de armazenagem, transporte e
comercialização.
O conceito de boas práticas tem como pilar
o treinamento e capacitação das equipes,
rastreabilidade de produtos e processos,
medição e monitoramento, além de auditorias
e autoinspeções.
É fundamental cumprir as boas práticas da AN-
VISA não somente por estar cumprindo com a
legislação vigente más também para garantir a
qualidade dos produtos para consumo.
O grande desafio das Boas Práticas é a
manutenção e controle de seus requisitos
devido aos inúmeros processos envolvidos
no armazenamento ou na distribuição dos
produtos, contando com diversas variáveis
envolvidas nos procedimentos.
Implementar corretamente as Boas Práticas
de Armazenagem e manter o nível de qualidade
dos serviços é um desafio diário.
Tâmisa Barbosa de Lima
Farmacêutica/Coordenadora de Qualidade
0 92
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
INFORME DE MERCADO
INFORMES DE MERCADO
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dos produtos e lançamentos do setor.
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Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
CORANTES HEMATOLÓGICOS TRADICIONAIS RÁPIDOS
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INFORME DE MERCADO
Uma nova geração de corantes rápidos,
mantendo a metodologia tradicional e
garantindo o desempenho.
• Tempo reduzido;
• Coloração tradicional;
• Resposta de coloração excelente;
• Acompanha tampão para o preparo de
água, garantindo o ótimo desempenho;
• Melhor custo x benefício.
Em 1897, Paulo Erlich utilizou pela primeira
vez corantes derivados da anilina para corar as
células sanguíneas. Ele classificou estes corantes
em ácidos, básicos e neutros. As combinações
destes corantes se tornaram a base para as
colorações de Romanowsky.
Dimitri Leonidovich Romanowsky modificou
a técnica de Erlich usando uma mistura aquosa
de eosina Y e azul de metileno oxidado. Como
esta solução não era estável, James Homer
Wright introduziu o metanol como solvente
e fixador prévio da extensão sanguínea.
Gustav Giemsa padronizou as soluções
corantes e adicionou glicerol para aumentar a
solubilidade e estabilidade.
Todas as colorações desenvolvidas por Wright,
por Giemsa, por Richard May e Ludwig Grünwald
e por William Boog Leishman receberam a
denominação de colorações derivadas de
Romanowsky.
Todas estas colorações são chamadas de
corantes tradicionais e utilizadas na rotina
laboratorial, como descrito, há muito tempo. Mas
são corantes que têm um tempo de técnica em
torno de 15 a 20 minutos. Um tempo bastante
prolongado em relação ao tempo em que um
contador hematológico realiza o hemograma.
A Newprov traz uma nova versão dos corantes
de Leishman e Wright, uma versão que mantém a
mesma tradição de qualidade, mas em um tempo
bastante reduzido. Esta nova versão, chamada de
Leishman e Wright rápidos, têm um tempo de
coloração de 4 minutos. Com uma vantagem a
mais, o corante (tanto Leishman como Wright)
vêm acompanhados de uma solução tampão
pH 6,8. O conjunto, corante + tampão, garante
a mesma qualidade de coloração que a técnica
tradicional.
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Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
0 95
INFORME DE MERCADO
CELLAVISION VET: AUTOMAÇÃO DA CONTAGEM DIFERENCIAL
DE LEUCÓCITOS EM AMOSTRAS VETERINÁRIAS
A tecnologia CellaVision já é adotada em
muitos laboratórios de análises clínicas no
mundo. A utilização de redes neurais artificiais
para a pré-classificação de leucócitos e eritrócitos
ajuda profissionais de laboratórios a obterem
resultados mais precisos e padronizados,
garantindo maior eficiência e confiabilidade.
Agora, laboratórios veterinários podem
contar com a mesma tecnologia CellaVision
para amostras caninas, felinas, aviárias e outros
mamíferos. A plataforma de análise CellaVision é
a mesma utilizada para amostras humanas, mas
o software desenvolvido é totalmente dedicado
para amostras veterinárias. Assim, estes
laboratórios poderão obter os mesmos benefícios
que os grandes laboratórios de análises clínicas
possuem quanto ao aumento da produtividade,
eficiência, padronização e redução de resultados
falso-negativos.
Outra característica presente no CellaVision Vet é
o laudo personalizado, onde é possível gerar um
laudo que inclui imagens das células de interesse,
selecionadas pelo usuário, além de informações
adicionais e logotipo do laboratório. O laudo
personalizado pode ser salvo em formato pdf.
Assim como na versão humana, o CellaVision
Vet conta com o acesso remoto, onde é possível
analisar e assinar exames à distância, seja dentro
do próprio laboratório, em unidades diferentes
de onde o equipamento se encontra instalado
ou até mesmo em home-office. O acesso
remoto permite a colaboração entre colegas e
consultorias externas em tempo real para um
diagnóstico mais preciso, sobretudo para as
lâminas mais desafiadoras.
Para amostras caninas e felinas:
Para amostras aviárias:
O software de sangue periférico pré-classifica automaticamente os
leucócitos nas seguintes classes: Neutrófilos segmentados, bastonetes,
eosinófilos, basófilos, linfócitos, monócitos e outros.
Ainda, pré-classifica elementos não-leucócitos em eritroblastos,
trombócitos gigantes, agregação plaquetária, células esmagadas e
artefatos.
O software de sangue periférico pré-classifica automaticamente
heterófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos. Além disso,
pré-classifica elementos não leucocitários em trombócitos gigantes,
agregação plaquetária e artefatos.
Contatos:
Cellavision.com
Wagner.miyaura@cellavision.com
0 96
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
Este é o próximo
grande acontecimento
em hematologia.
Apresentamos o CellaVision ® DC-1
Um novo analisador CellaVision que processa uma lâmina por vez, permitindo laboratórios
de pequeno porte implementarem as melhores práticas em morfologia digital para contagens
diferenciais em sangue periférico. Mesmo compacto, apresenta o mesmo conjunto de vantagens
na implementação operacional e clínica dos nossos analisadores maiores.
Saiba mais em www.cellavision.com/its-here
O CellaVision DC-1 não se encontra disponível em todos os mercados
MM-128-08 2019-03-18
INFORME DE MERCADO
TUBOS VACCUETE® EDTA K3 ÂMBAR:
PROTEÇÃO DE MATERIAL BIOLÓGICO FOTOSSENSÍVEL.
Bloqueio da passagem de luz para o interior do tubo durante a coleta, transporte, armazenamento e
processamento de material.
Muitas são as dificuldades quando falamos
de cuidados pré-analíticos. Proteger a
integridade e a estabilidade da amostra
durante a fase pré-analítica é o principal
desafio para garantir a segurança dos
resultados de seus pacientes.
Nos últimos anos, com a crescente demanda
de tecnologia envolvendo a proteção de
material biológico, várias recomendações e
padrões foram desenvolvidos para garantir
a integridade da amostra durante a coleta,
transporte e processamento.
Alguns analitos, por serem compostos
orgânicos biologicamente ativos, são suscetíveis
a alterações físico-químicas quando expostos
a determinados fatores como temperatura, pH,
umidade e luz, por exemplo.
Visando aumentar a segurança e prevenir a
degradação desses analitos da ação da luz, como
no caso das vitaminas B1 e B6, por exemplo, a
Greiner Bio-One lança em seu portifólio o tubo
de EDTA K3 coloração âmbar.
O Tubo VACUETTE® EDTA K3 de coloração âmbar
se torna indispensável na rotina laboratorial,
pois oferece proteção da amostra da incidência
de luz de comprimentos de onda abaixo de 380
nm, garantindo que não haja a degradação do
material, o que pode comprometer o resultado
final do exame.
Outra característica importante é que a
coloração semitranslúcida do tubo permite a
visibilidade da amostra durante a coleta, além
de possuir a tecnologia dos tubos VACUETTE®
com vácuo pré-definido para aspiração exata
de volumes, estéreis e fabricados seguindo um
rigoroso processo de controle de qualidade.
As concentrações do aditivo EDTA K3 dos tubos
Âmbar VACUETTE® e suas tolerâncias permitidas,
bem como a proporção de sangue-aditivo, estão
de acordo com os requisitos e as recomendações
do padrão internacional ISO 6710.
Na rotina laboratorial os benefícios são muitos.
Sua utilização resulta em otimização do processo,
reduzindo o tempo de coleta, uma vez que o
vácuo permite rapidez e precisão de volume,
além da visualização do fluxo da amostra. A
proteção contra a luz no momento da coleta,
exclui a necessidade de corte e uso de papel
alumínio como proteção do tubo, o que permite
maior segurança na identificação da amostra
direto no tubo primário, que será utilizado
desde a coleta até o processamento. Já durante o
transporte, impede a intercorrência de exposição
da amostra à luz.
A Greiner Bio-One investe em tecnologia e
insumos de qualidade e é referência mundial em
sistemas de coleta de sangue a vácuo, além da
divisão de BioScience, que oferece soluções para
laboratórios de análises clínicas e microbiologia.
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Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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com garantia de acesso a todas as informações?
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grande tráfego de dados, que precisam de organização e agilidade no dia a dia.
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local foi efetuada a coleta do paciente.
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INFORME DE MERCADO
EXAME HEVYLITE® DA BINDING SITE COMEÇA A SER
OFERECIDO NO BRASIL
O Hevylite® é um teste que possibilita a
quantificação do isotipo de cadeia pesada + leve
das imunoglobulinas no soro, ou seja, um teste
laboratorial para medição de imunoglobulinas
intactas, importante para pacientes com
diagnóstico de Mieloma Múltiplo (MM), em fase de
monitoramento da doença.
O Hospital Israelita Albert Einstein é o primeiro
no Brasil a disponibilizar esta grande novidade
para os médicos e pacientes, com a inclusão do
exame Hevylite® na rotina do seu laboratório
clínico, assim como foi com o Freelite® (exame
para quantificação de cadeias leves livres
kappa/lambda). Quando utilizado em conjunto
com os exames do painel para Mieloma, o
Hevylite® oferece uma série de vantagens no
monitoramento de pacientes com Gamopatias
Monoclonais.
Dentre os benefícios do Hevylite®, destacam-se:
• Eliminação da subjetividade dos resultados e possível
dificuldade de interpretação da imunofixação e
também da eletroforese em alguns casos;
• Utilização em conjunto com o Freelite e os outros
exames tradicionais, oferecendo o melhor painel
para diagnóstico e monitoramento da doença;
• Indicativo de doença residual mínima e antecipação
da informação sobre possível recaída
• Monitoramento mais rápido e preciso de possíveis
alterações clonais.
O uso do Hevylite® em conjunto com o Freelite®
no monitoramento dos pacientes com MM garante
maior precisão e fornece informações relevantes
para a conduta médica. Para saber mais detalhes
sobre o Freelite® ou o Hevylite® e conhecer os
laboratórios clínicos que atualmente realizam tais
exames no Brasil, entre em contato conosco.
Para mais informações entre
em contato com a equipe:
info@bindingsite.com.br
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0 100
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
O IMPACTO DA PANDEMIA NO CONSUMIDOR FINAL
Caso tentemos explicar o impacto da Covid-19 no
mercado de IVD, correríamos o risco de sermos
redundantes, já que os efeitos da Pandemia
foram mais do que estudados, e principalmente,
sentidos por todos os participantes. Num
ambiente emergencial de alta demanda,
exigiu-se uma grande flexibilidade e resiliência,
e o mercado premiou as empresas que
se movimentaram mais rapidamente. No
entanto, em um ambiente, talvez longínquo,
de mais linearidade e previsibilidade, outras
aptidões, além da velocidade e resiliência,
serão exigidas de qualquer empresa do ramo.
Entretanto, caso olhemos diretamente ao
impacto da Pandemia no consumidor final,
algumas pistas do que será exigido das
empresas de IVD, poderão ser notadas.
Uma preocupação evidente de sua saúde deve
fazer com que o consumidor final procure mais
serviços de saúde, principalmente relacionados
à prevenção. Isso deve manter uma demanda
por serviços laboratoriais preventivos em alta.
Mas após toda a experiência durante o período
da Pandemia, o consumidor estará mais
sensibilizado a considerar não somente fatores
como qualidade de serviço ou atendimento,
mas outros fatores que cada vez mais
influenciam a vida de forma geral. Isso faz com
que prestemos atenção a outros fatores como
responsabilidade social, diversidade, inclusão,
sustentabilidade, compliance e outros. Com
isso, houve uma massificação da divulgação
com a utilização destes temas em diversas
comunicações das empresas. Assim, o próprio
mercado estabeleceu um padrão standard
de temas e comunicação onde basicamente
toda empresa séria precisa comunicar o seu
posicionamento dentro da sociedade. Fica
evidente que as empresas que fazem uma boa
comunicação com a boa divulgação de seu
papel na sociedade, nem sempre conseguem
utilizar esta estratégia para alavancar o negócio
em curto prazo. No entanto, a falta de uma
comunicação clara certamente irá influenciar
negativamente em sua marca.
Com isso, hoje talvez a saúde seja uma das
maiores preocupações da sociedade no
geral, e empresas que cumprem o seu papel
na melhoria a qualquer aspecto de saúde,
por si só já possui um importante papel. O
propósito já está evidente e isso daria uma
falsa sensação de conforto, já que na empresa
de saúde já está implícito a sua função, que
é fundamental para o cidadão. Ainda assim,
o propósito da empresa necessariamente
precisaria estar claro e evidente para todos os
stakeholders na empresa.
A própria Nihon Kohden possui a sua
filosofia como referência para qualquer
estratégia e decisão, há 70 anos. Ao divulgar
a nossa filosofia: “Nós contribuímos
para o mundo ao combater as doenças
e melhorar a saúde com tecnologia
avançada, e ao criar uma vida plena
para nossos funcionários”, fica claro que o
objetivo principal é o combate às doenças e
melhoria da saúde. Mas também é evidente
o instrumento utilizado para isso, que é o
avanço tecnológico de ponta desenvolvido
pela empresa, conhecimento esse totalmente
utilizado em prol da saúde. No entanto, a
empresa precisa estar preparada da entregar
a melhor tecnologia, o que é possível graças
à equipe comprometida e com uma vida
plenamente garantida. Para que a forte ideia
filosófica seja totalmente compreendida,
além de uma comunicação eficiente, não
medimos esforços para fazer com que cada
um de nossos stakeholders sejam os modelos
e divulgadores deste nobre propósito. Isso sim
é o nosso diferencial.
Feliz 2022 cheio de propósitos!
NIHON KOHDEN
Rua Diadema, 89 1° andar CJ. 11 a 17 - Bairro Mauá
São Caetano do Sul - SP - CEP 09580-670, Brasil
Contato: +55 11 3044-1700 - FAX: + 55 11 3044-0463
E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br
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INFORME DE MERCADO
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
0 101
INFORME DE MERCADO
ALTERAÇÕES NO HEMOGRAMA E O DIAGNÓSTICO
DAS ANEMIAS
Por: Adriana Fontes e Thaís Cristina de Miranda
As anemias afetam mais de 25% da população
mundial, e ocorrem por causas diversas, sendo
as principais: anemia ferropriva, megaloblástica,
aplástica, hemolítica autoimune, falciforme e as
talassemias.
A anemia ferropriva ou por deficiência de ferro
é a deficiência nutricional mais comumente
acometida no mundo e ocorre devido a perdas
sanguíneas crônicas e ingestão e/ou absorção
insuficiente de ferro, resultando na redução
de seus níveis plasmáticos, limitando assim a
eritropoese. Em estágios iniciais, o hemograma
apresenta um volume corpuscular médio
(VCM) normal, porém com concentração de
Hemoglobina (HGB) abaixo dos valores de
referência. Com a evolução do quadro, ocorre a
queda dos valores de VCM e a diminuição do valor
de concentração da hemoglobina corpuscular
média (CHCM). Ademais, em prognósticos mais
graves, o Red Cell Distribution Width (RDW) sofre
aumento devido à anisocitose das hemácias.
Além da avaliação da HGB, é indispensável que
o profissional de saúde solicite também o exame
de ferritina sérica, que é o marcador das reservas
de ferro do organismo.
A anemia megaloblástica é a principal anemia
que causa o aumento no tamanho das hemácias
(macrocitose), e é resultante da deficiência de
vitamina B12 e/ou ácido fólico. Tais nutrientes
atuam no processo de síntese de material
genético, portanto sua deficiência resulta em
anormalidades hematológicas e na própria
medula. Manifesta-se com aumento de VCM,
pancitopenia, sem a presença de reticulocitose,
e redução no número de glóbulos vermelhos no
exame laboratorial. Seu diagnóstico é feito com
a análise da presença de anisocitose, em casos
extremos com presença de eritroblastos e até
megaloblastos.
A anemia aplástica é uma doença rara, com
incidência de 2 casos em 1.000.000 de pessoas ao
ano, caracterizada pela presença de pancitopenia
em sangue periférico, causada pela substituição da
medula hematopoiética por células gordurosas,
sem infiltração ou fibrose. Apresenta-se de forma
idiopática em até 70 % dos casos. No hemograma
não são observadas alterações na morfologia
das hemácias, no entanto há redução do número
de eritrócitos, granulócitos e plaquetas além do
aumento de linfócitos.
Já a anemia hemolítica autoimune é uma condição
que ocorre devido à ligação de anticorpos à superfície
das hemácias, promovendo sua destruição. Para
diagnosticar este transtorno, além do teste de
Coombs positivo, é necessário que o hemograma
apresente HGB abaixo de 12 g/dL, com presença de
plaquetopenia e aumento de reticulócitos.
A anemia falciforme tem origem genética e é
causada por defeitos na estrutura da molécula de
HGB, resultando na alteração da morfologia celular.
Durante a realização do esfregaço sanguíneo, é
possível perceber a presença de drepanócitos
(hemácias foiciformes) e elevado número de
leucócitos. Quanto ao hemograma automatizado, é
importante verificar o resultado de RDW, pois caso se
encontre acima de 19% é indicativo de um quadro
grave de anemia falciforme.
Tel : +55 31- 3489-5100
0 102
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
Por fim, a talassemia beta é caracterizada a
nível laboratorial pela alteração morfológica dos
eritrócitos, com redução de tamanho e coloração,
sendo comum a presença de anisocitose
dependendo do subtipo da talassemia. No
hemograma pode ser percebida uma redução
do VCM, HGB, CHCM e Hemoglobina Corpuscular
Média (HCM). Caso o quadro do paciente tenha
evoluído para hiperesplenismo, é possível
observar também pancitopenia.
Dado as alterações apresentadas, o hemograma
é de extrema importância no acompanhamento
da evolução das anemias e indispensável na
avaliação da resposta ao tratamento, servindo
como base para o direcionamento de terapias,
não excluindo a necessidade de exames
complementares.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Portaria nº 1.247, de 10 de novembro de 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Portaria nº 1.300. de 21 de novembro de 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Orientações para o diagnóstico e tratamento das Talassemias
Beta. Brasília, 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Portaria nº 27, de 26 de novembro de 2018.
DE ALMEIDA, LAYANNE LACERDA ZONTA; São José, do Rio
Preto. Anemia aplástica.
DE ALMEIDA, R.A.; BERETTA, A. Anemia Falciforme e
abordagem laboratorial: uma breve revisão de literatura.
Revista Brasileira de Análises Clínicas, v. 49, n. 2, p. 131-4, 2017.
FAILACE, R.; FERNANDES, F.B.; FAILACE, R. Hemograma:
manual de interpretação. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
LORENZI, T.F. Manual de hematologia: propedêutica e clínica.
4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
MONTEIRO, Mirella Dias et al. Anemia megaloblástica: revisão
de literatura. Revisa Saúde em foco–edição, 2019.
OLIVEIRA, Maria Christina LA et al. Curso clínico da anemia
hemolítica auto-imune: um estudo descritivo. Jornal de
Pediatria, v. 82, p. 58-62, 2006.
Imagens meramente ilustrativas
INFORME DE MERCADO
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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trabalho, permitindo aos usuários o foco em aspectos
clínicos relevantes das análises. A combinação entre
um analisador automatizado, de alta capacidade, e
do diferencial de 5 partes, do Elite 580, disponibiliza
ao usuário um importante tempo, que poderá
ser direcionado, de maneira direta e melhorar a
qualidade dos resultados liberados.
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tecnologia em que a cabeça do swab é revestida
com microcerdas de nylon, o que proporciona
eficiência na coleta e melhor eluição do material
coletado. Diferente dos swabs normalmente
disponíveis no mercado, o modelo para
coleta nasal possui haste flexível e diâmetro
adequado para acessar a região da nasofaringe,
minimizando o desconforto do paciente.
Outro diferencial é que, tanto o modelo nasal
quanto o oral possuem pontos de quebra, para
que a cabeça do swab possa ser mais facilmente
dispensada dentro do tubo com meio de
preservação para transporte até o laboratório. Os
swabs são vendidos individualmente ou em kits
com diferentes meios de transporte.
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Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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a partícula viral, permite o isolamento de
pequenos ácidos nucléicos (>50 nt) até
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integridade genética das amostras por longos
períodos à temperatura ambiente e sob
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e programações prontos para diversos
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O Quick DNA/RNA Viral MagBead da Zymo
foi validado pelo Instituto Adolfo Lutz e pela
Coordenação Geral de Laboratórios (CGLAB)
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sendo utilizado em todos os LACEN nos 26
estados e no Distrito Federal.
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INFORME DE MERCADO
TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE
Para quem está preocupado com a diabetes,
um teste de tolerância à glicose pode ser uma
boa solução para eliminar quaisquer dúvidas
sobre o seu corpo, se ele está ou não a quebrar
as moléculas de glicose e a produzir insulina
suficiente.
médico pede a realização do exame antes das
24 semanas. Ou porque um teste de urina de
rotina mostrou grandes quantidades de açúcar
na urina ou quando a mulher é considerada
de alto risco. A American Diabetes Association
estima que a diabetes gestacional ocorra em
9,2 por cento das gestações.
A prova consiste em retirar uma amostra de
sangue, consumir determinada quantidade
de glicose e então, medir os níveis da mesma
após a ingestão do açúcar. Através deste
teste, dependendo da concentração de glicose
encontrada no sangue, é possível determinar
Os médicos devem rastrear todas as mulheres
grávidas quanto a diabetes gestacional, já
que o mesmo pode causar complicações na
gravidez, portanto, a detecção precoce e o
tratamento imediato são importantes.
se o corpo do indivíduo está decompondo o
açúcar da forma esperada.
O teste inicia com a retirada de uma amostra
de sangue para observar a sua taxa de glicose
O teste de tolerância à glicose é administrado
para determinar se o paciente sofre de diabetes
tipo 2 ou diabetes gestacional (patologia
em repouso. Em seguida o paciente consome
uma bebida concentrada em glicose, e os
níveis de açúcar no sangue serão medidos a
diagnosticada durante a gravidez). Os cada 30 a 60 minutos, durante 1 a 3 horas.
médicos costumam diagnosticar rapidamente
o diabetes tipo 1 porque geralmente se
A dose oral recomendada é de 75 g para os
adultos, valor que será ajustado de acordo
desenvolve rapidamente e envolve altos com o peso em crianças. No entanto, também
níveis e sintomas de açúcar no sangue. Por são utilizadas doses de 50g e 100g.
outro lado, o diabetes tipo 2 se desenvolve
com o passar dos anos. O diabetes tipo 2 é a
Diagnóstico do Diabetes Melitus
forma mais comum de diabetes e geralmente
se desenvolve durante a idade adulta. O
diabetes gestacional ocorre quando uma
mulher grávida que não teve diabetes antes
da gravidez apresenta altos níveis de açúcar Diagnóstico do Diabetes Melitus Gestacional (ADA, 2012)
no sangue como resultado da gravidez. O teste
normalmente é administrado em torno da 24ª
à 28ª semana de gravidez. Em alguns casos o
Para mais informações,
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Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
NOVO ENSAIO DE SEQUENCIAMENTO DE NOVA GERAÇÃO (NGS)
POSSIBILITA IDENTIFICAÇÃO E VIGILÂNCIA DAS VARIANTES DE
SARS-COV-2 EM MENOS DE 24 HORAS.
O sequenciamento de nova geração (NGS)
pode auxiliar a entender a estrutura genética do
SARS-CoV-2 e permite que pesquisadores possam
descobrir, detectar e rastrear variantes emergentes
do vírus. É fundamental que os cientistas
obtenham rapidamente informações sobre a taxa
de mutação do SARS-CoV-2, o risco de infecção
do hospedeiro e a disseminação viral para ajudar
a reduzir o impacto do vírus.
INFORME DE MERCADO
O painel Ion AmpliSeq SARS-CoV-2 Insight
Research Assay é uma solução que identifica
efetivamente as variantes do SARS-CoV-2
com > 99% de cobertura do genoma,
tem sido usado para sequenciar a variante
Omicron (B.1.1.529), proporcionando
vigilância genômica rápida e precisa.
Esta solução é compatível com o Sistema
Ion Torrent Genexus que é a primeira
plataforma automatizada e totalmente
integrada capaz de simplificar o NGS
tornando a pesquisa epidemiológica do
SARS-CoV-2 fácil e acessível para qualquer
laboratório ou hospital, independentemente
de experiência molecular prévia.
Além dos resultados rápidos de forma automatizada,
a vigilância do SARS-CoV-2 nos sistemas Ion Torrent
permite escalabilidade e precisão para detectar com
segurança as variantes emergentes de SARS-CoV-2,
como a Delta, Omicron e as várias outras.
*Apenas para uso em pesquisa.
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Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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0 107
INFORME DE MERCADO
NGS STAR
PIPETADOR PARA PREPARO DE BIBLIOTECAS NGS
Esta plataforma foi desenvolvida exclusivamente
para aplicações de sequenciamento de nova geração
(NGS). A preparação de bibliotecas totalmente
automatizada pode ser otimizada e personalizada de
acordo com a necessidade do laboratório, podendo
processar de 1 até 96 amostras sem intervenção do
usuário.
A Hamilton Company conta com vários métodos
já validados para kits de distintas marcas:
• Illumina
• Roche-KAPA
• PacBio
• IDT
• Twist Bioscience
• Thermo Fisher Scientific
• New England BioLabs
• QIAGEN
• Agilent
• Nanopore
• Paragon
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O Curso Preparação do Laboratório para
Implantação de um Sistema de Gestão da
Qualidade – PNCQ Gestor e Formação de
Auditores Internos, está de volta, de forma
presencial, seguindo todas as recomendações
sanitárias! Os participantes recebem o software
e todas as orientações para implantar seu SGQ,
preparando seu laboratório para a Acreditação pelo
Sistema Nacional de Acreditação – SNA-DICQ.
A versão 7.1 do software PNCQ Gestor, atende aos
requisitos do Manual do SNA-DICQ 7ª ed., baseado
nos requisitos da Norma ABNT NBR ISO 15189:2015
e da RDC 302:2005 da ANVISA.
O software PNCQ Gestor auxilia a elaborar e
controlar a documentação de seu Sistema de
Gestão da Qualidade a partir de modelos, que
devem ser adaptados à realidade do laboratório, e
propicia a elaboração dos documentos de maneira
muito menos trabalhosa. É possível criar e importar
documentos, além de propiciar rastreabilidade total
das atividades dos usuários, facilitando os registros.
PROGRAMA DO CURSO PNCQ GESTOR:
• Passo-a-passo para a implantação de um SGQ
• Software PNCQ Gestor
• Requisitos do SNA-DICQ para a Acreditação do seu
laboratório
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0 108
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
INFORME DE MERCADO
ANO NOVO, VIDA NOVA! A VIDA BIOTECNOLOGIA LANÇA A
SUA MARCA EM UM NOVO MOMENTO DA EMPRESA.
No dia 01 de janeiro, a VIDA Biotecnologia
lançou oficialmente sua nova marca
e nova identidade visual. Com formas
mais orgânicas e modernas ela chega
não somente carregada de valores que
trouxeram a empresa até aqui, mas
também rejuvenescida, encorpada e
pronta para representar toda a EVOLUÇÃO
e TRANSFORMAÇÃO que são parte do DNA
da VIDA. A empresa também apresentou o
seu novo slogan “Evoluir para Transformar”.
Evoluir e transformar não são palavras
escolhidas ao acaso. Têm um propósito.
E fazem parte do novo momento da VIDA
Biotecnologia, uma empresa que cresce, se
reestrutura e renova todos os dias.
Além de renovar a sua marca, a VIDA
Biotecnologia caminha na evolução de
processos, práticas e sistemas para se
manter em conformidade com as exigências
do mercado e continuar tendo o respeito
dos colaboradores, parceiros e clientes. As
redes sociais e o site da empresa já estão
devidamente adequados à nova identidade.
Os documentos, equipamentos e embalagens
serão alterados gradativamente.
Você já teve a oportunidade de ver a
nova marca?
Acesse o site vidabiotecnologia.com.br e
as redes sociais da marca para conhecer.
0 110
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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O Seu Portal de Compras da Saúde!
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A Bunzl Saúde acompanha a mudança de
comportamento no mercado digital, e entende a
importância de manter o relacionamento em todos
os canais, deste modo, o Portal Bunzl Saúde, visa
oferecer uma melhor experiência de compra aos
seus clientes, onde quer que eles estejam.
O Portal Bunzl Saúde atende empresas, profissionais
e estudantes da área e até mesmo pessoas físicas,
disponibilizando um amplo portfólio com marcas
consolidadas que se destacam pela credibilidade
na atuação das linhas diagnóstica e hospitalar,
apresentando ao mercado produtos certificados por
padrões nacionais e internacionais de qualidade.
A proposta é oferecer aos clientes facilidade ao
comprar, diferenciando as lojas por segmentos de
negócios: Laboratório, Hospital, Dental, Veterinário,
Home Care, Estética, Farmácia e Estudante,
tornando possível o máximo de aproveitamento das
potencialidades dos produtos, seja para o uso do
estabelecimento ou abastecimento de estoque.
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Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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INFORME DE MERCADO
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Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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ALTA PERFORMANCE
Na Mindray, procuramos entender as necessidades
de cada cliente e fornecer soluções personalizadas.
Atualmente os analisadores com maior valor clínico,
maior eficiência de sinalização para reduzir a taxa
de exame microscópico e com resultados de fluídos
corporais gerados em um sistema de alta velocidade
são os mais procurados pelos laboratórios.
INFORME DE MERCADO
Especificações técnicas:
• Princípio SF Cube – Tecnologia de análise de WBC,
diferencial em 6 partes e NRBC.
• 29 parâmetros + 2 histogramas (RBC e PLT);
• Canal exclusivo para contagem de Basófilos;
• Compatível com dosagem em líquido peritoneal, Líquido
Cefalorraquidiano, Líquido Pleural e Líquido Sinovial
• Volume de amostra:
o Sangue total – modo fechado: 80µL
modo aberto: 35µL
o Pré-diluido – modo aberto: 20 µL
o Fluídos Corporais – modo aberto: 85 µL
• Armazena até 100.000 resultados incluindo
informações gráficas e numéricas
• Libera até 110 resultados de soro e 40 de líquidos
corporais por hora;
• Contagem de eritroblastos em todas as análises;
• Dimensões: 695mm (A) x 672mm (L) x 826mm (P);
• Peso: ¬87,5kg;
• Compatível com diversos fabricantes de tubos;
• Acompanha software exclusivo LabXpert que
permite um total gerenciamento do resultados dos
pacientes, possibilitando o cadastro de parâmetros
para repetição automática;
• Identificação de hemácias infectadas por Malária
• Porta LAN suporta protocolo HL7 / LIS Bi-direcional
Desempenho:
Parâmetro Linearidade Precisão (CV%) Arraste
WBC 0-500x109/L ≤2.5% (≥4x109/L)
RBC 0-8,6x1012/L ≤1.5% (≥3,5x1012/L)
HGB 0-260g/L ≤1.0% (110-180)
HCT 0-75% ≤1.5% (30-50%)
PLT 0-5000 x109/L ≤4.0% (≥100x109/L)
Contato: Roney Caetano
Gerente de Vendas - IVD
E-mail: r.caetano@mindray.com
Mobile/WhatsApp: +55 11 96403 2821
≤1.0%
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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INFORME DE MERCADO
A J.R.EHLKE, EM PARCERIA COM A WERFEN, APOSTA NA
TECNOLOGIA DE PONTA A FAVOR DA CONFIABILIDADE NO
DIAGNÓSTICO EM HEMOSTASIA.
Não é de hoje que os testes laboratoriais
possuem grande relevância no diagnóstico
dos pacientes em diferentes situações clínicas.
Temos infinitas possibilidades no portifólio
laboratorial para atender especialmente cada
caso. Sabemos que, de um tempo para cá, os
testes de hemostasia tornaram-se ponto crucial
no processo, já que os seus números influenciam
diretamente nas decisões clínicas.
É fundamental para um diagnóstico e
acompanhamento eficaz do paciente, que os
diferentes processos da análise disponham
de qualidade. Isso inclui a performance dos
equipamentos laboratoriais e, principalmente,
a qualidade dos reagentes utilizados para a
realização dos exames.
Um exemplo de reagentes mundialmente
reconhecidos por sua credibilidade e confiança
são os da Instrumentation Laboratory,
integrante do grupo Werfen desde 1991.
Focado em inovação e melhorias constantes
para testes de diagnóstico in vitro, o grupo
Werfen desenvolve, fabrica e distribui reagentes
da linha de hemostasia.
Nos principais testes da rotina de
coagulação, podemos elencar os reagentes
de ponta desenvolvidos pelo fabricante.
O Recombiplastin2G utilizado para a
determinação quantitativa de TP – Tempo de
Protrombina - é derivado de fator tecidual
humano através de tecnologia recombinante.
Sua apresentação é liofilizada, de fácil
reconstituição pelo operador e sua estabilidade
após o preparo é excelente. Seu ISI (índice de
padronização internacional) de ≅1,00 é um
dos melhores valores encontrados no mercado.
Para o teste de TTPA - Tempo Parcial de
Tromboplastina Ativada - o reagente mais
moderno e utilizado em grandes centros
laboratoriais é o APTT-SP. Este é derivado
de tecnologia de fosfolipídios sintéticos,
contendo como ativador as partículas de sílica
micronizada. Possui apresentação líquida
e pronta para uso, o que também impacta
positivamente no resultado dos testes.
Na linha analítica do Fibrinogênio, destacase
o avanço do reagente Fib-C para o QFA, que
melhora significativamente a estabilidade (7
dias após reconstituído). Sua matriz é composta
de Trombina purificada de origem bovina e sua
linearidade pode variar entre 35 e 1000mg/dL
nos sistemas automatizados IL.
Atualmente, outro ensaio que tem se
destacado no mercado é o teste de D-dímero
que é utilizado para avaliação de pacientes com
COVID 19. A IL possui diferentes apresentações
deste insumo, para atender a necessidade de
cada laboratório. As duas mais conhecidas e
aplicadas são: D-dimer 500 e D-dimer HS500.
A diferença entre eles é o modo de preparo, já
que um está pronto para uso e o outro necessita
ser reconstituído. Ambos os kits são para a
determinação quantitativa do D-dímero no
plasma humano, com uma ótima linearidade
e sensibilidade, cut-off validado de 500ng/mL
e resultados liberados em menos de 5 minutos
nos sistemas IL.
A J. R. Ehlke & Cia Ltda, empresa com mais de
50 anos dedicados ao mercado de diagnósticos
laboratoriais, distribui produtos da linha de
hemostasia Werfen em toda a região sul. Entre
em contato conosco e solicite uma visita de
nossa equipe comercial e científica.
Para maiores informações, favor consultar-nos.
J.R. EHLKE&CIA Ltda.
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0 114
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
AUMENTO DE CASOS DE H3N2 REFORÇA A NECESSIDADE
DE TESTAGEM DA POPULAÇÃO
INFORME DE MERCADO
Nas últimas semanas houve um aumento
significativo de casos de síndrome gripal
em diversas regiões do Brasil. No Rio de
Janeiro, foi identificado mais casos positivos
de Influenza A do que de Covid-19, segundo
boletim epidemiológico Infogripe (semana
48), da Fiocruz.
Em São Paulo, a Secretaria de Saúde alertou
para o aumento de casos da variante H3N2 do
vírus Influenza.
“Tal cenário serve de alerta aos demais
grandes centros urbanos e turísticos em
função do risco de importação de casos de
Influenza, especialmente em locais cujas
medidas não farmacológicas para a mitigação
da transmissão da COVID-19 estejam
com baixa adesão, pois também afetam a
transmissibilidade do vírus Influenza”, alerta
a conclusão do boletim Infogripe.
Neste momento, se torna ainda mais
fundamental a realização do teste molecular
para diferenciação do agente causador da
síndrome gripal, pois auxilia no controle
epidemiológico e proporciona um tratamento
personalizado ao paciente, diminuindo
drasticamente o uso de medicamentos.
Solução da Mobius
O Kit XGEN MULTI PR24 (Anvisa 80502070089)
identifica simultaneamente 24 patógenos que
mais causam infecções respiratórias, inclusive
os que estão circulando atualmente no país,
por meio de amostras de swab nasofaríngeo,
exudatos nasofaríngeos, aspirado nasofaríngeos,
lavado broncoalveolar.
O teste permite identificar esses agentes
infecciosos a partir de material genético
purificado utilizando amplificação de DNA/
RNA por transcrição reversa e PCR multiplex
(RT-PCR) com subsequente hibridização
reversa em uma membrana contendo sondas
específicas para cada patógeno.
Para mais informações, consulte-nos
Mobiuslife.com.br
comercial@mobiuslife.com.br
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
0 115
INFORME DE MERCADO
DEFININDO NOVOS HORIZONTES EM DIAGNÓSTICO
POR IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA: DO BIOCHIP A
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
O ensaio de imunofluorescência
indireta (IIFA) tem importante papel no
diagnóstico autoimune por ser um método
de triagem essencial para detecção de vários
tipos de auto-anticorpos. O método oferece
alta sensibilidade e especificidade e um amplo
espectro de antígenos devido ao uso de células
e tecidos como substratos antigênicos.
A EUROIMMUN foi pioneira na tecnologia do
BIOCHIP, inventada pelo fundador da empresa
Dr. Winfried Stoecker em 1983 e desde então
busca continuamente propulsionar a tecnologia
de IIFA com soluções de última geração. No
método do BIOCHIP, seções em miniatura de
diferentes substratos são posicionadas lado
a lado nos campos de reação em lâminas
de microscopia e incubadas em paralelo
sob condições padronizadas com a Técnica
TITERPLANE. Essa abordagem multiplex
permite perfis de anticorpos abrangentes em
uma única análise.
Microscópios com iluminação LED controlada
e óptica de precisão que incorpora componentes
Zeiss de última geração para garantir imagens
de alta qualidade foram desenvolvidos.
Atualmente, a EUROIMMUN oferece sistemas
de microscopia completamente automatizados,
acompanhados por um software sofisticado
para aquisição de imagem, interpretação de
padrões e arquivamento dos resultados com
total rastreabilidade.
O microscópio EUROPattern modelo 1.5
de alta capacidade pode processar até 500
campos contendo vários substratos BIOCHIP em
uma corrida. Possui velocidade de aquisição
de 13 segundos por imagem. O EUROPattern
Microscope Live é o modelo mais novo que
combina tecnologia de ponta com processamento
de imagem ultrarrápido para laboratórios de
pequeno e médio rendimento. Esse microscópio
incorpora uma nova tecnologia de focagem a
laser, que permite a aquisição de imagens em 2
segundos por imagem. O hardware do microscópio
é complementado pelo software EUROLabOffice
4.0 avançado, que fornece avaliação de imagens
incorporando inteligência artificial, bem como
gerenciamento completo de análises e resultados.
Como funciona a avaliação com
Inteligência Artificial (IA)?
O software utiliza algoritmos de Redes Neurais
Convolucionais Profundas (Deep Convolutional
Neural Networks) para discriminação de resultados
positivos e negativos e reconhecimento de
padrões. Por exemplo, na avaliação de anticorpos
antinucleares (ANA) em células HEp-2, que é
uma das análises mais comumente realizadas em
diagnósticos autoimunes, a IA nos permite incluir
não apenas nove padrões diferentes, incluindo DFS
70 e AMA, mas também combinações deles para
obter a sugestão de resultado mais precisa para
cada paciente. O software também gera sugestões
de títulos a partir das intensidades de fluorescência
das diluições. A classificação do padrão ANA está
em conformidade com International Consensus on
ANA Patterns (ICAP). O classificador também pode
ser utilizado para avaliar anticorpos ANCA em
substratos de granulócitos, anticorpos anti-dsDNA
em Crithidiae luciliae, e autoanticorpos associados
a doenças autoimunes do fígado em substratos de
tecido. A EUROIMMUN está trabalhando em outras
aplicações a serem adicionadas ao repertório de
avaliação com IA.
Referência: From BIOCHIPs to artificial
intelligence – defining new horizons in IFA
- Dr. Panagiotis Grypiotis, Head of Product
Management Automation at EUROIMMUN
0 116
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
INFORME DE MERCADO
HORIBA Medical Brasil inova e disponibiliza ferramenta para
avaliação da identificação de células sanguíneas – QSP
• Usuários ilimitados
• Cada gerente de laboratório estabelece o protocolo
de controle e escolhe as lâminas a serem analisadas
pela equipe responsável pelo exame das lâminas.
• Semanalmente, um caso pode ser examinado.
• O programa QSP emite relatórios personalizados
para garantir uma rastreabilidade perfeita.
O software QSP é uma ferramenta para imagens
de alta definição, didática e muito intuitiva.
Ele oferece ao pessoal do laboratório o
exame das lâminas sanguíneas, que são digitalizadas
e avaliadas previamente. Permite ao
laboratório avaliar a capacidade dos potenciais
examinadores
O QSP é mais do que um atlas citológico…
Usa casos clínicos reais fornecidos por
médicos aprovados.
Com casos normais e patológicos.
Vantagens
Treinamento contínuo dos analistas de laboratório
• 6 slides digitais por mês.
• O laboratório pode definir sua própria classificação
de células.
• Avaliação de WBC, RBC e PLT classificação e /
ou morfologias.
• Identificação incorreta de células.
• Relatórios com desempenho individual pontuação.
• Fácil de usar
• Não há necessidade de material adicional (baseado
em PC).
É elaborado um relatório individual da classificação
que mostra
• Um índice da sensibilidade média das células
corretamente classificadas em relação
à referência.
• Uma classificação imediata de TP, TN, FP, FN e
os cálculos associados da relação sensibilidade
e precisão
• Imagens de células que não combinam com a
classificação de referência.
• As observações do leitor e do gerente.
• As ações corretivas associadas.
Benefícios
• Padronização da leitura manual das lâminas
ao microscópio.
• Aumentando a confiabilidade dos resultados
finais.
• Ajudar novos técnicos a melhorar seu nível e se
tornarem confiantes.
• Ajudando Técnicos experientes a manter
seu nível.
HORIBA Medical Brasil
(11) 2923-5400
marketing.br@horiba.com
0 118
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
INFORME DE MERCADO
DB MOLECULAR DISPONIBILIZA TESTE PARA AUXILIAR
NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HANSENÍASE
Exame detecta o perfil de resistência aos fármacos de primeira e segunda linha utilizados no tratamento da doença.
O Brasil é o segundo país com maior incidência
de casos hanseníase, atrás apenas da Índia. De
acordo com dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS), em 2018 foram reportados 28.660
novos casos no Brasil, equivalendo a 92,6% do
total das Américas, a incidência mundial foi de
208.619 casos neste mesmo ano. Apesar dos
dados ainda serem preocupantes, a incidência
vem diminuindo ano a ano, registros de 2019
indicaram 23.612 novos casos no País.
O Mycobacterium leprae, nome científico da
bactéria causadora da hanseníase, tem um
período de incubação longo, podendo levar anos
para que a pessoa comece a manifestar sintomas.
O desenvolvimento da doença ocorre de acordo
com a resposta imunológica do hospedeiro e
após um longo período de exposição ao agente,
havendo seis formas de manifestação devido
à variação da resposta imunológica entre as
pessoas. De um modo geral, a partir do momento
que um indivíduo adoece, se o sistema imune for
competente, a hanseníase se manifesta de forma
localizada e não contagiosa, mas quando não há
uma resposta imunológica efetiva, se manifesta
de maneira mais grave e transmissível
Como demonstrado em um estudo da FIOCRUZ,
de 2016, a bactéria é capaz de mimetizar uma
infecção viral, de modo a causar uma resposta
imunológica “equivocada” e ineficaz. A produção
de citocinas Interferon tipo I ocasiona a ativação
de alguns genes que favorecem a invasão celular
e ocupação da bactéria na célula.
Questões socioeconômicas são intimamente
relacionados à doença, sabe-se que em pessoas
que vivem em condições de extrema pobreza e/ou
condições inadequadas de habitação, as chances
de ser portador chegam a dobrar, levando em
consideração fatores como aglomeração em uma
mesma moradia e escassez de higiene.
Antigamente, a ausência de tratamento por conta
do desconhecimento sobre a doença levava as
pessoas a complicações clínicas que evoluíam a
óbito, porém ao longo dos anos com o advento
dos medicamentos, os pacientes têm um bom
prognóstico. O tratamento da hanseníase é
feito com coquetel de drogas (antibióticos e
quimioterápicos), chamado de poliquimioterapia,
e pode apresentar resultados bem eficazes.
O desafio é realizar o diagnóstico rápido e
confiável, que promova um tratamento assertivo
ao paciente. Quanto antes detectada a doença,
antes interrompe-se a cadeia de transmissão,
e, também, eleva as chances de cura, evitando
complicações da doença e prevenindo o
desenvolvimento de resistência às drogas.
Por isso, exames que realizam a detecção da
hanseníase e avaliem, ao mesmo tempo, o
perfil de resistência, traz um cenário mais
favorável ao paciente.
O exame molecular é capaz de detectar a
resistência a rifampicina pela detecção das
mutações mais significativas do gene rpoB
(codificado pela subunidade- ß da RNA
polimerase); resistência à ofloxacina e outras
fluoroquinolonas pela detecção das mutações
mais significativas do gene gyrA (codificado
pela subunidade-A da DNA girase) e resistência
à dapsona pela detecção de regiões relevantes
do gene folP1 (codificado pela dihidropteroato
sintetase). E trazem mais sensibilidade e
especificidade ao teste.
O DNA é extraído de amostras de baciloscopia
cutânea positiva, amplificado por PCR e detectado
em uma membrana strip, utilizando hibridização
reversa e uma reação de coloração enzimática.
Este é o primeiro teste comercial para a detecção
molecular de Mycobacterium leprae.
Deixe a inovação impulsionar seu laboratório.
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Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
AUTOMATIZE SEU TESTE DE PCR EM TEMPO REAL
INFORME DE MERCADO
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tempo real da altona é baseado na plataforma
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até o resultado final do PCR.
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único reagente de purificação e escolha a partir
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Combine até oito testes em uma placa de 96
poços e analise até quatro patógenos de uma
única amostra
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Interface com o sistema de gerenciamento
de laboratório (LIMS) e reagentes com
código de barras, permitindo total controle e
rastreabilidade do processo.
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Reagentes prontos para o uso e software
amigável
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Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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INFORME DE MERCADO
TECNOLOGIA PATENTEADA DE HOMOGENEIZAÇÃO
POR ROTAÇÃO MAELSTROM PARA AUTOMATIZAR SUA
DEMANDA COM QUALIDADE
Cansado de tentar extrair ácido nucleico
de suas amostras sem eficiência? Junte-se à
Biomedica para aumentar a produtividade do
seu laboratório, reduzir o tempo e obter maior
eficiência nas extrações.
O produto TANBead Maelstrom incorpora essa
tecnologia e oferece o melhor desempenho
para aplicações no diagnóstico molecular e
ciências da vida.
COVID-19 trouxe um enorme impacto
no sistema médico global e a empresa
TANBead mostrou excelentes resultados de
prevenção de epidemias. A Taiwan Advanced
Nanotech, também conhecida como TANBead,
desempenhou um papel fundamental na
pandemia. Além do consistente fornecimento
de reagentes de extração de ácidos nucleicos
e equipamentos automatizados para uso,
pelo Center for Disease Control, por muitos
laboratórios importantes durante o estágio
inicial da epidemia, a reputação da marca
também cresceu rapidamente. Os produtos
TANBead podem purificar e extrair DNA/RNA
viral para detecção por PCR, devido à sua alta
precisão, mesmo pequenas quantidades de
vírus também podem ser detectadas.
A tecnologia patenteada da TANBead pode
aumentar a eficiência da extração de ácido
nucleico e oferece uma extração rápida,
confiável, de alta qualidade, pronta para uso e
com múltiplas aplicações. Os instrumentos da
TANBead são automatizados e possuem essa
tecnologia exclusiva chamada de tecnologia
por rotação spin, que previne contaminação
cruzada e realiza um manuseio revolucionário
das beads magnéticas, preservando a
integridade do material genético.
Sua linha de equipamentos MAELSTROM é
aprovada pelo FDS e CE e suas patentes são
concebidas no Canadá, China, EUA, EU, Coréia,
Japão e Taiwan.
Além do equipamento, a TANBead em
parceria com o seu distribuidor exclusivo no
Brasil, a empresa Biomédica, oferece uma
gama ampla de kits de Extração Ácidos
Nucléicos para diversas aplicações. Para o
combate à pandemia, a TANbead oferece o kit
de extração e purificação de RNA/DNA viral a
partir de materiais biológicos, como: SWAB
nasofaríngeo, BAL, aspirado nasofaríngeo, soro,
plasma, LCR, urina e outros. Os ácidos nucléicos
purificados podem ser analisados por PCR em
tempo real e NGS.
A técnica de Biologia Molecular está crescendo
cada vez mais e é utilizada para identificar
uma diversidade muito grande de doenças
infecciosas, hereditárias, câncer, entre outros,
revolucionado o mercado de diagnóstico.
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Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
CELLTAC-G – SEGURANÇA, QUALIDADE E TECNOLOGIAS
EXCLUSIVAS PARA SEU LABORATÓRIO
INFORME DE MERCADO
Walk Away System - O sistema “Walk Away
System” de acesso randômico e totalmente automatizado
atinge até 90 testes por hora, apenas inserindo
racks no carregador.
DynaScatter Laser - A tecnologia ótica ”DynaScatter
Laser” analisa e diferencia as células WBC em seu
estado “quase-nativo” com muita precisão. O inovador
sistema de detecção de espalhamento de laser com 3
ângulos provê uma melhor detecção de WBC realizando
uma medição precisa de luz dispersada. Obtendo a
informação do tamanho do WBC de um sensor chamado
“FSS”, as informações de estrutura e complexidade
das partículas do núcleo são coletadas por um sensor
chamado “FLS” e a informação da granularidade interna
e da lobularidade são obtidas através de um sensor
chamado “SDS”. Essa informação gráfica 3D é calculada
então por um algoritmo exclusivo da Nihon Kohden.
DynaHelix Flow - A tecnologia chamada “DynaHelix
Flow” alinha perfeitamente as células WBC,
RBC e PLT para uma contagem por impedância com
alta precisão usando um fluxo hidrodinâmico focado
antes de passar pela abertura de contagem. Somado
a isso, o “DynaHelix Flow” previne totalmente que a
mesma célula seja contada duas vezes (retorno) usando
o exclusivo “DynaHelix Flow stream”. Esse avançado
sistema recém desenvolvido, melhora expressivamente
a precisão e confiabilidade das contagens.
Smart ColoRac Match - O sistema “Smart
ColoRac Match” ajuda a localizar rapidamente
amostras clinicamente alteradas e tubos cujo código
de barras não pôde ser lido usando uma exclusiva
codificação através de racks coloridos que
são associados ao programa gerenciador de dados
do Celltac G. Isso aumenta muito a eficiência do
laboratório sem investimento extra, sem aumento
de espaço e sem a necessidade de treinamento
extra para o operador. O sistema “Smart ColoRac
Match” definitivamente maximiza a produtividade
do seu laboratório proporcionando resultados mais
rápidos e precisos.
Seamless information transfer - O sistema
de troca de dados baseado no protocolo HL7 permite
transferência de informação bidirecional sem
interrupção.
Reagent Management - O sistema de gerenciamento
de reagentes do Celltac G torna muito fácil
a manipulação destes. Contribuindo assim para resultados
com o mais alto padrão de qualidade.
Novos parâmetros – Os novos parâmetros
Índice de Mentzer e RDW-I adicionam valiosas
informações clínicas para que se possa diferenciar
os traços de possibilidade de uma Beta-talassemia
de uma possível anemia ferropriva nos casos de
anemia microcítica. E com os novos parâmetros
Band%, Band# e Seg%, Seg# sua análise diferencial
será muito mais precisa e confiável, já que o
equipamento separa a contagem de neutrófilos
em Segmentados % e # e Bastonetes % e #. E os
parâmetros P-LCR e P-LCC reportam plaquetas gigantes,
plaquetas agregadas ou células fragmentadas.
Estes novos parâmetros ajudam a acelerar o
diagnóstico através de resultados precisos.
Opte pela melhor tecnologia para o seu
laboratório!
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Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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INFORME DE MERCADO
LOGCARE COM MAIS DE 20 ANOS NO MERCADO DE
SISTEMAS DE RASTREIO, ATUA COM EXCELÊNCIA NO
AUXÍLIO DO TRANSPORTE DE MATERIAIS BIOLÓGICOS
Os percursos realizados pelo material
biológico retirado de clínicas e laboratórios
são requeridos de avaliações extremamente
restritas, é neste momento em que as coletas
se tornam mais sensíveis pelo tempo da
viagem e até mesmo por meio das oscilações
de temperaturas nos compartimentos
durante todo o transporte entre o ponto de
coleta inicial até o ponto final de análise. O
processo de transporte do material biológico
sem a devida responsabilidade pode gerar
diversos erros, entre eles a falha da análise,
interferindo no resultado apresentado
futuramente ao paciente.
Os transportes de amostras de materiais
biológicos fazem parte da fase pré-analítica,
é neste momento em que se inicia a análise
das amostras. O cuidado com a escolha da
embalagem, acondicionamento do material
e cumprimento das cautelas necessárias para
o deslocamento são imprescindíveis para que
o transporte seja concluído com excelência.
É de responsabilidade dos laboratórios garantir
qualidade e segurança nestes processos, para
isso podem contar com a ajuda com serviços
auxiliares como o LogCare, disponibilizado
pela MPSystems do Brasil, que oferece uma
plataforma extremamente qualificada, através
desta excelência operacional, é possível realizar
acompanhamento em tempo real de solicitações
de coleta de material biológico, rastreamento do
percurso do consultório ao centro de análises,
obter informações sobre o transporte, além da
redução de custos operacionais.
Estamos disponíveis em nosso site:
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Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
AC LABOR + HAGE = HAGELAB SOLUÇÕES E INOVAÇÕES
PARA UMA “GRANDE DOR” DO MERCADO...
Gestão de qualidade e inteligente é quando
levamos em consideração todas as variáveis que
nos fazem diminuir o desperdício, maximizar lucros,
aumentar a disponibilidade e a produtividade, além
de aplicar o ESG. Esse é um “mantra” o qual sempre
inicio meus textos.
Com a exigência do mercado cada vez maior, onde
a qualidade das entregas de produtos controlados,
perecíveis e biológicos deixou a muito tempo de ser
algo negociável, precisamos pensar em soluções
que garantam toda essa qualidade e tenhamos o
controle em todos os processos desde a compra dos
kits e insumos, passando pela coleta, transporte
de materiais e a chegada das amostras para o seu
processamento. No caso de vacinas por exemplo,
tão importante quanto entregar na temperatura
adequado é garantir que em todo processo logístico
até chegar ao braço do paciente essas condições
foram adequadas.
Temos inúmeras RDCs que tratam da garantia
da qualidade no transporte, boas práticas de
distribuição e armazenamento de amostras
biológicas, vacinas, fármacos, hemoderivados, entre
outros produtos críticos, mas cumprir todas essas
recomendações, que são extremamente necessárias,
é um desafio que muitas vezes levam empresas bem
intencionadas a desistirem pelo caminho.
Quando pensamos como esses controles são feitos
hoje em dia, temos vários itens limitadores e que
são passíveis de erros, como por exemplo anotações
de temperaturas e horários manuais, falha de
comunicação dos equipamentos que podem fazer
essas leituras.
Quando a AC Labor identificou a grande
necessidade do mercado, para uma solução
completa da gestão eficiente e a solução de inúmeras
dores que os clientes, empresas, prestadores de
serviço, hemocentros, transportadoras, centros de
distribuição de fármacos, vacinas e outros, fomos
buscar a solução para isso e chegamos até mesmo
em transplante de órgãos.
É necessário um sistema Seguro, inviolável e
factível.
Com a entrada em vigor no dia 16 de Março de
2022 da exigência da RDC 430 para o monitoramento
de temperatura para transporte de fármacos e com
a exigência de transportes de amostras biológicas
entre 2OC a 8OC pelas certificadoras de qualidade,
a soluções é buscar o que a AC Labor + HAGE está
trazendo, uma empresa pronta, completa que trata
desde a consultoria e ajuste do conhecimento de
suas rotas e que leva a solução completa e integrada
a todos os clientes. Já que além de exigido existe
uma responsabilidade social em fazer com que um
medicamento, uma vacina, uma amostra biológica
ou uma bolsa de sangue chegue em seu destino com
todos os cuidados necessário preservados.
Conseguimos entregar a solução, uma implantação
tão eficiente e eficaz que seremos capazes de auxiliar
em várias frentes ao mesmo tempo, com inovação,
tecnologia, transparência e acima de tudo qualidade.
Ailton Flavio Moreira Junior
CEO – AC Labor
Com isso saímos na frente mais uma vez,
entregando um produto completo -Hardware +
software criados dentro do que o cliente precisa.
Apresentamos também o rastreamento de
equipamentos, onde temos todas as condições de
informar e monitorar o status dos equipamentos,
como: ligado ou desligado, em funcionamento
ou parado, se movimentaram ou se permanece
no mesmo local e o que é mais incrível, podemos
encerrar o funcionamento do equipamento em
qualquer local que ele esteja, ou seja, o proprietário
do equipamento possui total controle sobre o bem.
AC Labor + HAGE, atuando e buscando sempre a
solução ideal para os clientes e para o mundo, ESG
está em nosso DNA e entrega de soluções é o que
nos move.
INFORME DE MERCADO
Para que possamos realizar uma gestão completa
e de alta performance para todos os nichos de
mercado de saúde é extremamente necessário o
cliente conhecer sua própria operação, saber fazer
as perguntas corretas e acima de tudo entender que
não existe uma solução única para todos os modais.
Desde o fabricante até a entrega; da coleta de
amostra ao processamento; da transportadora até
o destino final; do doador de órgãos até o receptor
e tudo 100% rastreado, protegido e com todos os
requisitos da LGPD atendidos integralmente.
Saiba mais: hagelab.com.br
Ailton Flavio Moreira Junior
CEO – AC Labor
Sócio proprietário - HAGELAB
Engenheiro Eletricista/Eletrônico
Esp. Eng. Clínica – Pelo Albert Einstein
MBA – Gestão Empresarial FGV
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
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INFORME DE MERCADO
GT CLOT
ANALISADOR SEMI AUTOMÁTICO DE COAGULAÇÃO
GT Clot
Analisador Semi Automático de
Coagulação
- Capacidade de Armazenamento: 5000
resultados
- 16 Posições de Amostra
- 4 Posições de Reagente
- Consumo de Reagente: < 50 µL
- Não sofre interferência de amostras lipêmicas
- Sistema de cronômetro "on board"
- Excelente relação custo benefício
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
- Testes Realizados: TAP, TTPA, Fibrinogênio, Tempo
de Trombina e fatores da coagulação
- Princípio de Medição: Óptico por dispersão de
luz
- Comprimento de onda: 470 nm
- Sistema de Pipetagem: pipeta eletrônica
- Consumo de Reagente: < 50 µL
- Canais de leitura: 2 canais
- Posições de amostra: 16 posições
- Posições de Reagente: 4 posições
- Precisão da Dispensação: CV 0,98) para FIB
- Consistência de Leitura: ± 2 s em TTPA no
intervalo de uma hora
- Controle de Qualidade: 3 Níveis
- Memória: 5.000 resultados (500 ID de pacientes,
10 testes para cada ID)
- Condições de operação: temperatura ambiente
15-30°C e umidade de
ANALOGIAS EM MEDICINA
SACA-ROLHA EM MEDICINA
O saca-rolha, como se sabe, é instrumento
utilizado para retirar rolhas de garrafas ou de
outras vasilhas. O saca-rolha simples possui
uma espiral de metal que penetra na rolha e
uma pega onde a mão imprime um movimento
circular ao instrumento. Este movimento
permite a penetração da espiral na rolha. Esta é
retirada do gargalo da garrafa puxando o sacarolha,
ficando a rolha presa à parte espiralada.
Existem diversos modelos de saca-rolhas, desde
os mais simples, em que o utilizador tem que
imprimir força e movimento de rotação ao
instrumento, passando por tipos intermediários
com alavancas em que a rolha é sacada, além
de outras variedades mais raras.
Algumas doenças ou agentes causais
são frequentemente identificados e/ou
diagnosticados por assumirem um aspecto
de saca-rolha, principalmente ao exame
radiológico, manométrico e/ou microscópico.
Esôfago em saca-rolha (Inglês: corkscrew
esophagus). É também referido como esôfago
em quebra-nozes ou hipercontrátil. Durante
a deglutição, o esôfago se contrai para a
comida entrar no estômago. No esôfago em
saca-rolhas ocorrem contrações e espasmos
difusos da túnica muscular e que podem
causar dor no peito e ao engolir (deglutição
dolorosa). Outros sintomas são tosse seca,
azia e sensação de que algo está preso na
garganta. Dor súbita e intensa no peito, que
pode durar vários minutos, ou ocorrer de
vez em quando, é outro sintoma do esôfago
em saca-rolhas. Trata-se de condição rara,
relacionada a estresse emocional, acomete
mais adultos após os 50 anos e tem como
substrato anatômico a hipertrofia das
túnicas musculares do esôfago (hipertrofia
muscular gigante, segundo alguns autores). A
radiografia contrastada mostra irregularidades
da parede esofágica semelhantes ao perfil de
um saca-rolha (vide fotografia).
Caverna em saca-rolha: Na tuberculose
pulmonar a eliminação do material caseoso
deixa lesão cavitária, arredondada ou
tortuosa, com necrose caseosa e pouca fibrose
na parede, semelhante à espiral de saca-rolha
(bas. em Prolla et all., Bogliolo-Patologia).
Há também os pelos em saca-rolha (Inglês:
corkscrew hairs) que ocorrem em certas
displasias ectodérmicas e na avitaminose C
(escorbuto). A mesma comparação é feita com
as arteríolas helicoidais da camada funcional
do endométrio, o pólipo hiperplásico
serrilhado do cólon, os treponemas e certas
bactérias como o Helicobacter pylori,
principal agente de gastrite.
Com relação ao Treponema pallidum, agente
causador da sífilis, o importante exame em
campo escuro, permite reconhecê-lo por
sua forma em saca-rolha característica e por
seus movimentos para frente e para trás com
rotação em torno do seu eixo longitudinal
(Inglês: corkscrew appearance).
Texto baseado em artigos nacionais e no
livro Analogias no Ensino Médico. Coopmed –
Av. Alfredo Balena, 190. Belo Horizonte, MG.
José de Souza Andrade-Filho*
* Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da
Academia Mineira de Medicina e Professor de Patologia da
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.
Revista NewsLab Edição 169 | Janeiro 2022
0 127
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tornamos líderes em apoio laboratorial. Para muitos, esta
seria uma vitória. Para nós, é apenas a linha de partida.
Queremos seguir evoluindo a cada segundo, mudando
constantemente, sempre em busca do novo.
Porque o mundo não para. Nem a gente.
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