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ENTREVISTA<br />
Diretora-executiva da ABPMA, fala sobre o futuro do Mogno Africano no Brasil<br />
VERSATILIDADE QUE<br />
TRAZ RESULTADO<br />
SOLUÇÕES PERSONALIZADAS POTENCIALIZAM<br />
O TRANSPORTE FLORESTAL<br />
VERSATILITY THAT<br />
BRINGS RESULTS<br />
CUSTOM SOLUTIONS BOOSTS THE<br />
FOREST TRANSPORTATION
ÚNICA IMPLEMENTADORA DEDICADA<br />
AO SETOR FLORESTAL NO BRASIL<br />
Há mais de uma década no mercado, a MANOS IMPLEMENTOS busca constantemente<br />
compor operações logísticas florestais otimizadas através do desenvolvimento e<br />
fabricação de carrocerias, reboques, e semireboques customizados para cada operação
ESTRATÉGIA DE ATUAÇÃO<br />
APLICAR<br />
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ENTENDER<br />
Compreender<br />
a necessidade<br />
do cliente<br />
CICLO DE<br />
ATENDIMENTO<br />
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em campo<br />
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DESENVOLVER<br />
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A MANOS IMPLEMENTOS e a empresa<br />
australiana KENNEDY TRAILERS firmaram<br />
parceria para oferecer novas soluções para<br />
o TRANSPORTE RODOVIÁRIO FLORESTAL.<br />
Quer descobrir as novidades que a Manos vai preparar para este ano?<br />
Acesse nosso site e cadastre-se para receber todas as nossas novidade!<br />
Rodovia SC 135, Km 122,8<br />
CEP: 89560-000<br />
Tel.: (49) 3566 1426<br />
Whats.: (49) 99127 8046<br />
www.manosimplementos.com.br
SUMÁRIO<br />
FEVEREIRO <strong>2022</strong><br />
40<br />
EXCELÊNCIA NO<br />
TRANSPORTE<br />
FLORESTAL<br />
08 Editorial<br />
10 Cartas<br />
12 Bastidores<br />
14 Notas<br />
24 Coluna Cipem<br />
26 Frases<br />
28 Entrevista<br />
38 Coluna<br />
40 Principal<br />
46 Legislação<br />
52 Economia<br />
58 Pesquisa<br />
64 Agenda<br />
66 Espaço Aberto<br />
46<br />
58<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
31 ABC Agropecuária<br />
35 ArborGen<br />
09 Bayer<br />
11 BKT<br />
13 Carrocerias Bachiega<br />
57 D’Antonio Equipamentos<br />
68 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
15 DRV Ferramentas<br />
33 Engeforest<br />
55 Feldermann<br />
61 Fischer Máquinas<br />
29 GF Pneus<br />
63 Globalmac<br />
07 Komatsu Forest<br />
49 Lion Equipamentos<br />
67 Log Max<br />
04 Manos Implementos<br />
37 Mill Indústrias<br />
19 Neocert<br />
21 Planflora<br />
23 Rotary-Ax<br />
27 Rotor Equipamentos<br />
51 Shopping da Indústria<br />
39 Show <strong>Florestal</strong><br />
25 Tecmater<br />
17 Unibrás<br />
06 www.referenciaflorestal.com.br
EDITORIAL<br />
Passos firmes<br />
para o futuro<br />
O ano de 2021 foi cheio de conquistas e muito promissor<br />
para a indústria florestal do país. Recordes de produção e<br />
vendas não apenas fortaleceram o setor, mas também abriram<br />
as portas para um <strong>2022</strong> mais promissor e com objetivos ainda<br />
mais ambiciosos. Nesta edição que abre o ano de <strong>2022</strong> o<br />
leitor conhecerá os motivos que fazem o trabalho da Manos<br />
Implementos ser tão bem avaliado por seus clientes, aprenderá<br />
um pouco sobre o Cambará, as novidades sobre legislação para<br />
preservação ambiental, os detalhes sobre uma importante<br />
pesquisa sobre melhoramento genético de pínus e também<br />
uma entrevista exclusiva com a diretora executiva da ABPMA<br />
(Associação Brasileira do Produtores de Mogno Africano), falando<br />
sobre o crescimento da produção dessa madeira no Brasil.<br />
Uma ótima leitura!<br />
2<br />
1ENTREVISTA<br />
Diretora-executiva da ABPMA, fala sobre o futuro do Mogno Africano no Brasil<br />
VERSATILIDADE QUE<br />
TRAZ RESULTADO<br />
SOLUÇÕES PERSONALIZADAS POTENCIALIZAM<br />
O TRANSPORTE FLORESTAL<br />
Na capa deste mês a Manos<br />
Implementos Rodoviários,<br />
que oferece soluções<br />
personalizadas para o<br />
transporte florestal<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXIV • N°<strong>237</strong> • <strong>Fevereiro</strong> <strong>2022</strong><br />
VERSATILITY THAT<br />
BRINGS RESULTS<br />
CUSTOM SOLUTIONS BOOSTS THE<br />
FOREST TRANSPORTATION<br />
TAKING FIRM STEPS<br />
OWARDS THE FUTURE<br />
The year 2021 was full of promising achievements for the<br />
Country’s forestry industry. Record production and sales have<br />
strengthened the Sector and opened the door to a more promising<br />
<strong>2022</strong> and even more ambitious goals. In this issue that<br />
opens the doors to the year <strong>2022</strong>, the reader will get to know<br />
the reasons that make the work of Manos Implementos so well<br />
evaluated by its customers, and learn a little about Cambará,<br />
the news about legislation for environmental preservation, and<br />
the details about important research on genetic improvement<br />
of pine. There is also an exclusive interview with the Executive<br />
Director of the Brazilian Association of African Mahogany Producers,<br />
who tells us about the growth of the production of this<br />
wood in Brazil. Pleasant Reading!<br />
Entrevista com<br />
Patricia Fonseca<br />
Novas concessões<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXIV - EDIÇÃO <strong>237</strong> - FEVEREIRO <strong>2022</strong><br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Vinicius Santos<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Cipem<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Gabriela Bogoni<br />
Larissa Purkotte<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Midias Sociais / Social Media<br />
Cainan Lucas<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial<br />
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />
Knop<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
Pedro Moura<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
0800 600 2038<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />
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without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />
08 www.referenciaflorestal.com.br
CARTAS<br />
ENTREVISTA<br />
Diretor executivo do IPEF conta sobre os avanços e desafios da instituição no Brasil<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
AVANÇO GENÉTICO<br />
VENDA E DESENVOLVIMENTO DE<br />
MATERIAIS GENÉTICOS QUE<br />
ASSEGURAM A PRODUTIVIDADE<br />
Capa da Edição 236 da<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de dezembro de 2021<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXIII • N°236 • Dezembro 2021<br />
GENETIC ADVANCEMENTS<br />
SALE AND DEVELOPMENT OF GENETIC<br />
MATERIAL THAT ENSURES PRODUCTIVITY<br />
PRINCIPAL<br />
Por João Melo - Campinas (SP)<br />
“Esse tipo de trabalho realizado pela Arborgen é excelente não apenas para os<br />
dias de hoje. Eles ajudam o setor a produzir mais e melhor a cada ciclo”<br />
ENTREVISTA<br />
Por Pedro Oliveira – Brusque (SC)<br />
“Essa entrevista combina muito com a capa da Revista. Pesquisa de<br />
qualidade sendo feita no Brasil é tudo que o setor da madeira precisa<br />
para crescer ainda mais”<br />
Foto: divulgação<br />
CAMPO FLORESTAL<br />
Por Maria Ângela Passos – Carambeí (PR)<br />
“Que grande trabalho dessa escola. Mais do que formar profissionais,<br />
ela forma grandes seres humanos, que vão cuidar e aproveitar da<br />
melhor forma as nossas florestas”<br />
Foto: divulgacão<br />
ACOMPANHE AS PUBLICAÇÕES DA REVISTA TAMBÉM EM NOSSAS REDES SOCIAIS<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
10 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />
@referenciaflorestal<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados também para redação<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
A LONG WAY<br />
TOGETHER<br />
FS 216<br />
Por mais difíceis que sejam as suas necessidades, FS 216 é o seu melhor aliado para<br />
todas as operações com autocarregadoras e máquinas de arrasto. Este pneu silvicultura<br />
com cintos em aramida tem um desenho robusto das barras com angulação otimizada<br />
e mais larga, para potencializar a performance no campo da tração. FS 216 proporciona<br />
uma resistência excelente aos cortes e aos rasgos, bem como a máxima proteção contra<br />
possíveis danos em qualquer momento.<br />
FS 216 é a resposta da BKT a todas as exigências, mesmo nas condições operacionais<br />
mais críticas.<br />
Chetan Ghodture<br />
Balkrishna Industries Ltd, India<br />
Email: chetang@bkt-tires.com<br />
Mobile: +917021000031
BASTIDORES<br />
Revista<br />
Foto: Emanoel Caldeira<br />
ONDE O TRABALHO ACONTECE<br />
Reportagem da REFERÊNCIA foi a campo para<br />
conferir de perto a operação dos equipamentos da<br />
Manos Implementos Rodoviários. Além da equipe<br />
da Manos, estava presente José Pedro Teixeira, da<br />
PEGM, empresa que trabalha há três anos com a<br />
Manos, além do jornalista da REFERÊNCIA, Vinícius<br />
Santos.<br />
EVENTO<br />
A equipe da Revista REFERÊNCIA FLORESTAL, com<br />
o diretor Fábio Machado, comercial Gérson Penkal<br />
e o jornalista Vinícius Santos, marcou presença na<br />
14ª Edição da Codornada <strong>Florestal</strong>, em Curitibanos<br />
(SC), em dezembro do ano passado.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
ALTA<br />
MERCADO AQUECIDO<br />
O mercado de crédito de carbono está cada dia mais<br />
ativo. Há cerca de três meses um crédito de energia<br />
renovável custava em torno de um dólar e agora já é<br />
negociado pelo triplo do preço. Créditos REDD (Redução<br />
de Emissões provenientes de Desmatamento e<br />
Degradação <strong>Florestal</strong>), negociados anteriormente a US$<br />
4 já alcançaram a casa dos US$ 14. O mercado de créditos<br />
de carbono disparou em 2021 e tem tudo para continuar<br />
crescendo. Comparando os oito primeiros meses<br />
de 2021 com 2020 o crescimento das transações no<br />
mundo foi de 60% e no montante do ano as movimentações<br />
totais do crédito de carbono tenham movimentado<br />
US$ 1 bilhão. As expectativas são de que até 2030<br />
os créditos de carbono gerem mais de US$ 100 bilhões<br />
para o Brasil, pois a Amazônia está no foco das grandes<br />
empresas em relação à preservação ambiental.<br />
FEVEREIRO <strong>2022</strong><br />
PREVISÃO DO PIB<br />
O FMI (Fundo Monetário Internacional), liberou nova previsão<br />
para o PIB do Brasil e de 1,5% a previsão caiu para<br />
0,3% em <strong>2022</strong>. O FMI também reduziu a previsão do PIB<br />
mundial em 0,5%, fechando em 4,4% para o ano recém<br />
iniciado. Um dos maiores responsáveis por isso é os EUA<br />
(Estados Unidos da América) e a China, que arrastaram<br />
para baixo o PIB mundial e junto com isso o de todos os<br />
seus parceiros comerciais, como Brasil e México. Alta da<br />
inflação nas grandes economias, restrições de mobilidade<br />
entre países e escassez de mão de obra causadas pela<br />
variante da Covid-19 Ômicron, são alguns dos aspectos<br />
citados pelo FMI para a diminuição do otimismo em<br />
relação à economia mundial.<br />
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NOTAS<br />
Relatório <strong>Florestal</strong><br />
O SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) publicou o boletim com os<br />
dados mais recentes sobre as florestas brasileiras. A publicação aborda<br />
temas que foram desenvolvidos e atualizados em 2020 e 2021. Os boletins<br />
são lançados anualmente desde 2016, e apresentam a compilação<br />
dos dados e informações atualizadas e disponibilizadas anualmente<br />
pelo SNIF (Sistema Nacional de Informações Florestais). Os temas<br />
abordados são: IFN (Inventário <strong>Florestal</strong> Nacional) – Panorama sobre a<br />
divulgação dos dados abertos e banco de imagens, que trata da abertura<br />
e publicidade dos dados abertos do IFN. Também traz uma explicação<br />
detalhada do banco de imagens público do IFN, além de instruções<br />
de como navegá-lo; Florestas Plantadas e Sistemas Agroflorestais:<br />
aborda as florestas plantadas no Brasil, de espécies nativas a exóticas, e<br />
também mostra as áreas ocupadas por sistemas agroflorestais. Desenvolvido<br />
pelo Serviço <strong>Florestal</strong>, o SNIF é uma plataforma que reúne informações sobre os temas relacionados às florestas e ao<br />
setor florestal do país. Além das informações produzidas pelo órgão, o SNIF disponibiliza dados produzidos por instituições<br />
brasileiras e estrangeiras, tanto públicas quanto privadas. O objetivo é facilitar a obtenção e uso destas informações de<br />
forma organizada e atualizada por toda a sociedade, inclusive para a formulação e execução de políticas de uso sustentável,<br />
conservação e recuperação dos recursos florestais. O download do boletim está disponível no site do SFB.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Futebol e sustentabilidade<br />
A Amazônia estava presente na final da Copa Verde 2021. A competição<br />
de futebol que reúne equipes das regiões norte e centro-oeste, do Distrito<br />
Federal e do Espírito Santo, em prol do meio ambiente teve uma participação<br />
especial em sua premiação. O time campeão e o melhor jogador da<br />
partida ganharam troféus de madeira nativa certificada pelo FSC (em inglês,<br />
Conselho de Gestão <strong>Florestal</strong>), produzidos por artesãos da Movelaria<br />
Anambé, empreendimento comunitário administrado pela COOMFLONA<br />
(Cooperativa Mista da Floresta Nacional do Tapajós), no Pará, e idealizados<br />
pelos designers Guido Guedes e Alessandra Delgado. O troféu de campeão,<br />
criado pelo designer Guido Guedes, foi feito de itaúba, garapeira, ipê e<br />
muiracatiara. O contraste de cores das diferentes espécies ressalta a diversidade<br />
da flora brasileira e as lâminas multifacetadas convidam a compor<br />
trilogias, como: Defesa, Meio de Campo e Ataque; Pessoal, Familiar e Social<br />
ou ainda: Equipe, Adversário e Competição. Para desenhar o troféu do<br />
melhor jogador da partida final, a artista Alessandra Delgado se inspirou na<br />
importância da natureza e na sua conexão com o homem. Foram utilizadas<br />
madeiras de itaúba, muiracatiara e piquiarana.<br />
14 www.referenciaflorestal.com.br
SOLUÇÕES<br />
SUPREMA:<br />
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BRASIL<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
NOTAS<br />
Estudo, economia e prêmios<br />
A sétima edição do Prêmio Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro em Estudos de<br />
Economia e Mercado <strong>Florestal</strong> está com as inscrições abertas até o dia 30 de<br />
junho de <strong>2022</strong>. A iniciativa, também conhecida como Prêmio SFB de Monografias,<br />
visa reconhecer trabalhos realizados no campo de estudos florestais<br />
e receber contribuições e propostas aplicáveis às políticas voltadas ao setor.<br />
Podem concorrer à premiação trabalhos elaborados de forma individual<br />
ou em grupo, nas categorias Profissional ou Graduando, de candidatos de<br />
qualquer nacionalidade e formação acadêmica que atendam às condições<br />
do Edital nº 2/<strong>2022</strong>, publicado pela ENAP (Escola Nacional de Administração<br />
Pública). O prêmio é voltado tanto para estudantes quanto para profissionais<br />
e possui como tema central a Economia e o Mercado <strong>Florestal</strong>. Serão aceitos<br />
trabalhos sobre concessões florestais; PIB Verde; sistema tributário do setor<br />
florestal; comércio internacional; tendências para os segmentos de florestas<br />
plantadas e/ou nativas; impactos econômicos e de mercado da Lei de Proteção<br />
da Vegetação Nativa; instrumentos econômicos e financeiros voltados ao<br />
setor florestal; e outros subtemas, desde que vinculados ao tema principal.<br />
Mais informações sobre o prêmio podem ser acessadas no site do SFB.<br />
500 milhões para as florestas<br />
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)<br />
lançou, a Iniciativa Floresta Viva. O objetivo é conceder apoio financeiro<br />
a projetos de restauração florestal com espécies nativas e com sistemas<br />
agroflorestais nos vários biomas do território brasileiro. A arrecadação<br />
será feita por meio de matchfunding, modelo de financiamento que<br />
junta recursos não reembolsáveis do BNDES com os de outras instituições<br />
apoiadoras. Em sua primeira fase, a Floresta Viva disporá de pelo<br />
menos R$ 140 milhões — sendo até 50% do Banco —, podendo chegar<br />
a R$ 500 milhões ao final da segunda fase. Para viabilizar a iniciativa,<br />
o BNDES realizou conversas com mais de 40 empresas. Entre essas<br />
organizações, já confirmaram participação Petrobras, Coopercitrus,<br />
Grupo Heineken, Itaipu Binacional — em parceria com o Governo do<br />
Estado de Mato Grosso do Sul —, Philip Morris Brasil e Vale, por meio<br />
do Fundo Vale. Outras instituições estão em negociação para aderir ao<br />
projeto. Segundo o diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do<br />
Banco, Bruno Aranha, a Floresta Viva ajudará a impulsionar o setor de<br />
restauração ecológica e as empresas brasileiras na transição justa para<br />
uma economia neutra em carbono. “Com essa iniciativa, nossa expectativa<br />
é reflorestar entre 16 mil e 33 mil hectares com espécies nativas<br />
e biodiversidade, podendo capturar cerca de 9 milhões de toneladas de<br />
CO 2<br />
equivalente ao longo da vida dos projetos”, afirma.<br />
Imagem: reprodução Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Novo mercado<br />
Foto: divulgação<br />
A região norte vai receber em breve uma nova filial da Sotreq, a<br />
maior revendedora Caterpillar do Brasil. Moderna e espaçosa, a unidade<br />
está em fase final de construção em Parauapebas (PA). Trata-se<br />
de uma das maiores unidades da empresa, capaz de oferecer também<br />
excelência na oferta de produtos e serviços, atendimento à altura dos<br />
que procuram qualidade, comodidade e economia. Otávio Coêlho,<br />
gerente regional de mineração da Sotreq em Carajás , explica que a<br />
região de Carajás é a nova fronteira de mineração e com a construção<br />
da filial Parauapebas e assim a empresa estabelecerá um novo patamar<br />
de atendimento aos clientes desta região. “Reunindo em uma<br />
única filial soluções de peças, Serviços de CRC, serviços de campo e<br />
treinamentos, que consolidam nossa liderança e contribuirá mais ainda<br />
com o desenvolvimento da cidade”, afirma Otávio. A área tem cerca<br />
de 50 mil m 2 (metros quadrados), sendo 16 mil m 2 de construção,<br />
que já entra na reta final. Localizada na saída para Marabá, na rodovia<br />
PA-275, a nova filial conta com estruturas amplas e alinhadas com o<br />
que há de melhor no que se refere a padrões de segurança, qualidade,<br />
sustentabilidade e ergonomia.<br />
Recorde portuário<br />
Os Portos de Paranaguá e Antonina fecharam o ano de<br />
2021 com movimentação de 57.520.122 toneladas de cargas - o<br />
maior volume de produtos importados e exportados já atingido<br />
pelos terminais paranaenses na história. O aumento em relação<br />
ao ano anterior foi de 0,3%. Segundo Luiz Fernando Garcia,<br />
diretor-presidente da Portos do Paraná, os números poderiam<br />
ter sido ainda melhores, caso a estiagem não tivesse afetado<br />
a produção de grãos no estado. “Trabalhamos intensamente,<br />
durante todo o ano de 2021, com alta produtividade e performance<br />
e superamos o nosso próprio recorde. O segmento dos<br />
granéis sólidos de exportação registrou queda, porém todos os<br />
demais alcançaram aumento na movimentação”, afirma Luiz.<br />
O segmento de carga geral, que engloba as movimentações de<br />
madeira, papel e celulose é responsável por 24% do volume<br />
total de movimentações nos portos do Paraná. Carga geral foi<br />
responsável por 11% do crescimento total das movimentações<br />
dos portos.<br />
Foto: Claiton Luis Moraes<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br
Cerflor / 44-08<br />
Seja um cliente Neocert e CONQUISTE:
NOTAS<br />
Espécies arbóreas brasileiras<br />
Foto: divulgação<br />
A Embrapa Florestas acaba de disponibilizar, para download gratuito,<br />
os cinco volumes dos livros: Espécies Arbóreas Brasileiras; de Paulo<br />
Ernani Ramalho Carvalho, pesquisador que hoje está aposentado e dedicou<br />
boa parte de sua trajetória profissional à redação e edição destes<br />
livros. Os cinco volumes trazem 340 espécies arbóreas nativas do Brasil,<br />
com informações detalhadas tais como taxonomia, descrição, reprodução,<br />
ocorrência, aspectos ecológicos, clima, solos, sementes, produção<br />
de mudas, características silviculturais, melhoramento e conservação<br />
genética, crescimento e produção, características da madeira, principais<br />
produtos e usos, pragas e doenças e espécies afins; complementadas<br />
com mapas, tabelas e fotografias. Segundo Erich Schaitza, Chefe Geral<br />
da Embrapa Florestas, a intenção do lançamento é tornar a informação<br />
sobre nossas espécies nativas cada vez mais acessível. “Temos desafios<br />
de restauração florestal e também compromissos assumidos com as<br />
NDCs (Novas Metas Climáticas, em inglês) e o conhecimento embarcado<br />
nestes livros pode ajudar no planejamento de uso e conservação<br />
das nossas espécies nativas”, afirma Erich.<br />
Metas renovadas<br />
O Governo do Amazonas ampliou as metas e compromissos<br />
assumidos pelo Estado com a Coalizão Under 2, comunidade global<br />
de governos comprometidos com ações climáticas alinhadas ao<br />
Acordo de Paris. A Coalizão Under 2 é uma aliança climática que<br />
reúne mais de 260 Estados, regiões e províncias em todo o mundo,<br />
que representam cerca de 1,75 bilhão de pessoas e 50% da economia<br />
global. O movimento oferece suporte técnico, visibilidade de<br />
ações em nível internacional e auxílio para participação em eventos<br />
climáticos de grande expressão. As metas foram divididas em<br />
quatro campos de atuação distintos, com ações a serem executadas<br />
sob coordenação da SEMA (Secretaria de Estado do Meio Ambiente).<br />
São eles: cooperação de planejamento intergovernamental,<br />
justiça ambiental, soluções baseadas na natureza e agricultura.<br />
Dentro do campo Cooperação de Planejamento Intergovernamental,<br />
o Governo do Amazonas se compromete a preparar um plano<br />
de ação estadual sobre a mudança climática, em conformidade com<br />
o objetivo do Acordo de Paris, em manter o aumento da temperatura<br />
global em 1,5°C (graus Celsius).<br />
Foto: Por Neil Palmer/CIAT<br />
20 www.referenciaflorestal.com.br
planflora.com.br<br />
/planflora<br />
(49) 9 9995-2069 (49) 3442-5433<br />
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EUCALYPTUS GRANDIS PLANFLORA GPC23<br />
A cultivar desenvolvida pela Planflora para<br />
agregar valor na industrialização da madeira
NOTAS<br />
Programa florestal gaúcho<br />
Foto: divulgação<br />
Denominado RS+Renda, o programa criado pela CMPC, é baseado<br />
na prática de geração de valor compartilhado, que possibilita aos produtores<br />
rurais e proprietários de terras passarem a integrar a cadeia<br />
produtiva da companhia, através da diversificação de sua produção e<br />
garantindo rendimentos sobre o plantio. O RS+Renda busca dar suporte<br />
ao aumento de capacidade produtiva de 350 mil toneladas que será proporcionado<br />
pelo BioCMPC e tem a meta de alcançar o plantio de 15 mil<br />
hectares já em <strong>2022</strong>. O programa nasce de uma necessidade dentro da<br />
cadeia produtiva da CMPC: por ser uma empresa de capital estrangeiro,<br />
a CMPC não pode adquirir terras rurais no Brasil. Dentro do programa<br />
a CMPC realiza todas as atividades desde o plantio da floresta até a colheita<br />
e transporte da madeira. O produtor rural receberá o pagamento<br />
equivalente a 50% do volume da madeira colhida sem casca dividido de<br />
duas maneiras: pagamento antecipado do valor referente a até 70% do<br />
incremento médio anual (volume produzido por hectare anualmente) e<br />
30% do valor em volume real ajustado, balizado pelo inventário pré-corte<br />
e após o recebimento da madeira no depósito CMPC.<br />
Relatório anual IBÁ<br />
Já está disponível o Relatório Anual 2021 da IBÁ (Indústria Brasileira<br />
de Árvores), referente a 2020, desenvolvido em parceria com o<br />
IBRE/FGV, que apresenta os indicadores do setor de árvores cultivadas,<br />
mostrando a relevância e os impactos desta importante e sustentável<br />
cadeia produtiva, seja por seus produtos, pelos investimentos em<br />
ações socioambientais nas comunidades ou pelas oportunidades de<br />
emprego e renda que gera em regiões distantes de grandes centros.<br />
Com faturamento de R$ 116 bilhões, o setor planta, colhe e replanta.<br />
O Brasil plantou 1 milhão de árvores por dia para fins industriais.<br />
São 9,55 milhões de ha (hectares) de áreas para produção no<br />
país, ao mesmo tempo o setor conserva outros 6 milhões de ha de<br />
mata natural, uma área maior do que o Estado do Rio de Janeiro. Não<br />
há nenhum outro setor produtivo com tamanha área de conservação.<br />
Este é um setor presente em mil municípios no Brasil, atuando em<br />
regiões historicamente com baixo dinamismo econômico e em áreas<br />
previamente degradadas. São mais de 1,6 milhão de pequenos produtores<br />
participantes de programas de fomento florestal.<br />
Foto: RudsonVieiraC<br />
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material de corte com<br />
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COLUNA<br />
Planejamento Anual<br />
Primeira Reunião de Diretoria aborda<br />
principais demandas e ações<br />
estratégicas para <strong>2022</strong><br />
Foto: divulgação<br />
Esta ação visa<br />
potencializar a<br />
produtividade e<br />
trazer agilidade à<br />
conclusão dos temas<br />
identificados, sempre<br />
prestando o suporte<br />
e o apoio quando<br />
necessário<br />
https://cipem.org.br<br />
O<br />
Cipem realizou nesta quinta-feira (20) a Primeira Reunião de<br />
Diretoria de <strong>2022</strong>. Os presidentes e representantes dos sindicatos<br />
associados, bem como, do CIPEM e do FNBF (Fórum<br />
Nacional das Atividades de Base <strong>Florestal</strong>) se reuniram de<br />
forma remota, a fim de discutir, dentre outros assuntos, as<br />
perspectivas para o ano que se inicia e o planejamento estratégico de ações e<br />
agendas relacionadas ao Setor.<br />
Rafael Mason, presidente do CIPEM, conduziu a reunião e na abertura<br />
contextualizou as conquistas e, abordou as principais estratégias a fim de<br />
aprimorar a gestão, organização e o atendimento às demandas relevantes de<br />
<strong>2022</strong>.<br />
As entidades do setor de base florestal CIPEM e FNBF, classificaram separadamente,<br />
determinados assuntos em seu comando a partir desse encontro.<br />
“Esta ação visa potencializar a produtividade e trazer agilidade à conclusão<br />
dos temas identificados, sempre prestando o suporte e o apoio quando necessário”,<br />
esclareceu Rafael.<br />
O dirigente complementou explicando que, no caso da consolidação<br />
da rastreabilidade (Cadeia de Custódia <strong>Florestal</strong>) por exemplo, importante<br />
mudança empreendida na gestão florestal por meio do Executivo Estadual<br />
(SEMA) integrado ao Federal (IBAMA), haverá participação ativa de ambas as<br />
entidades, bem como dos órgãos federais e estaduais de comando e controle<br />
da atividade florestal – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos<br />
Naturais Renováveis (IBAMA) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente<br />
(SEMA/MT).<br />
Mason apresentou também a previsão para a conclusão da implementação<br />
do Sisflora 2.0 e consequentemente, da Cadeia de Custódia, ressaltando<br />
que haverá capacitação interna voltada para orientar e esclarecer a operação<br />
no novo sistema, através de painéis apresentados na próxima edição do<br />
ENESF (Encontro de Executivos do Setor de Base <strong>Florestal</strong>), a capacitação será<br />
conduzida pela SEMA (MT) em parceria com o setor privado.<br />
Debateu-se também sobre o delicado momento de aumento dos casos de<br />
Covid-19 em todo o país. Consensualmente, os participantes apontaram a necessidade<br />
em reiterar os cuidados preventivos. A situação requer atenção no<br />
que tange ao planejamento de agendas externas, visto que o endurecimento<br />
das medidas restritivas pode culminar no adiamento e cancelamento de eventos<br />
nacionais e internacionais, como feiras e rodadas de negócios.<br />
Ao final, os participantes foram atualizados acerca do andamento de pautas<br />
tributárias e de mercado, prestação de contas, espaço no qual, dedicou-se<br />
também à apresentação das principais reivindicações dos associados.<br />
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trará uma nova experiência para<br />
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tempo, trará mais recursos para o<br />
ICMBio [Instituto Chico Mendes de<br />
Conservação da Biodiversidade]<br />
proteger melhor o território e<br />
garantir a preservação”<br />
Joaquim Leite, Ministro do Meio Ambiente,<br />
em apresentação dos novos planos de seu<br />
ministério<br />
“Realizar impacto na ponta,<br />
esse é o mantra do MMA<br />
(Ministério do Meio Ambiente).<br />
Sair dos estudos, sair das viagens<br />
e focar em ações concretas<br />
para preservação junto com a<br />
iniciativa privada e a população”<br />
“Há uma expectativa de se<br />
criar um milhão de empregos<br />
diretos e indiretos com essa<br />
agenda ambiental. Muitos<br />
destes postos estarão fora das<br />
grandes cidades, o que torna<br />
o impacto social ainda mais<br />
relevante”<br />
André Germanos, secretário de Áreas Protegidas<br />
do MMA (Ministério do Meio Ambiente)<br />
Gustavo Montezano, presidente do BNDES (Banco<br />
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social),<br />
em evento sobre novas concessões ambientais<br />
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ENTREVISTA<br />
Sucesso africano<br />
NO BRASIL<br />
An African success in Brazil<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
O<br />
Mogno Africano é uma espécie inserida no<br />
Brasil há 40 anos, mas que na última década<br />
ganhou muito mais atenção e espeço dentro<br />
do mercado de reflorestamento. Esse crescimento<br />
se deve ao trabalho realizado por Patrícia Alves Fonseca,<br />
diretora-executiva da ABPMA (Associação Brasileira de Produtores<br />
de Mogno Africano), que desde sua fundação trabalha<br />
para disseminar e valorizar o Mogno Africano no Brasil.<br />
Patricia Fonseca<br />
A<br />
frican Mahogany is a tree planted in Brazil 40<br />
years ago; however, it has gained much more<br />
attention and space within the reforestation<br />
field in the last decade. This growth is due to<br />
the work carried out by Patrícia Alves Fonseca,<br />
Executive Director of Brazilian Association of African Mahogany<br />
Producers (ABPMA), which since its foundation works to disseminate<br />
and value African Mahogany in Brazil.<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
É diretora da ABPMA (Associação Brasileira dos Produtores<br />
de Mogno Africano) e do Instituto Café Solidário. Segue à<br />
frente da organização de mais de 50 associados, que juntos<br />
somam 30 mil ha de floresta sustentável.<br />
Patricia Fonseca is Executive Director of the Brazilian Association<br />
of African Mahogany Producers (ABPMA) and the<br />
Instituto Café Solidário. ABPMA has more than 50 members,<br />
who have more than 30 thousand ha of sustainable forest.<br />
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ENTREVISTA<br />
Nosso intuito é fazer do Brasil<br />
o maior produtor de mogno<br />
africano do mundo<br />
>> Como foi fundada a ABPMA?<br />
A Associação nasceu da união de alguns produtores de<br />
Mogno Africano que começaram a plantar e buscaram<br />
nessa união uma forma de aprender mais e ter mais informações<br />
sobre uma árvore que já estava presente no Brasil,<br />
mas não em plantios comerciais. No início eram em torno<br />
de cinco produtores das regiões Sudeste e Centro-Oeste,<br />
mas hoje, depois de 10 anos de início da ABPMA, os plantios<br />
da espécie já estão presentes em todas as regiões do<br />
país.<br />
>> Como foi sua chegada à diretoria-executiva da ABPMA?<br />
Na época da fundação da associação eu já trabalhava na<br />
empresa de um dos fundadores e atual presidente da ABP-<br />
MA, Ricardo Tavares. O convite para assumir a diretoria-<br />
-executiva veio através do próprio Ricardo, pois ele buscava<br />
alguém de confiança para ficar responsável por direcionar e<br />
gerir as atividades da ABPMA em tempo integral. Na época,<br />
confesso, conhecia pouco ou quase nada sobre plantios<br />
de Mogno Africano e assim iniciei um grande processo de<br />
aprendizado. Sou responsável pela parte operacional da<br />
ABPMA, enquanto a presidência foca no contato entre os<br />
nossos membros.<br />
>> Como foi a introdução e popularização do Mogno Africano<br />
no Brasil?<br />
O Mogno Africano chegou ao Brasil através de plantios da<br />
Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) há<br />
pouco mais de 45 anos realizados no Pará. Dessas árvores<br />
saíram a maioria das sementes que fazem os plantios do<br />
país. Essas sementes foram disseminadas inicialmente<br />
no próprio Estado do Pará, na tentativa de popularizar a<br />
espécie entre produtores locais. Como o clima da região<br />
era muito semelhante ao local de origem da espécie, o desenvolvimento<br />
foi ótimo. Agora, a chegada do Mogno Africano<br />
em outras regiões era uma incógnita, pois a variação<br />
climática do Brasil é muito grande e quando a espécie foi<br />
How was ABPMA founded?<br />
The Association was born from the union of some<br />
African Mahogany producers who began to plant and<br />
sought in this union a way to learn more and have more<br />
information about a tree that was already present in<br />
Brazil, but not in commercial plantations. At first, there<br />
were 5 producers from the Southeast and Midwest Regions,<br />
but today, after 10 years, plantations of the species<br />
are already present in all regions of the Country.<br />
How did you become a member of the ABPMA Executive<br />
Board?<br />
At the time of the creation of the Association, I was already<br />
working in a company of one of the Association’s<br />
founders and current president, Ricardo Tavares. The<br />
invitation to take over the Executive Board came from<br />
Tavares himself. He was looking for someone he could<br />
trust to be responsible for directing and managing AB-<br />
PMA’s activities full-time. At the time, I confess, I knew<br />
little or almost nothing about African Mahogany plantations,<br />
so I started a learning process. I am responsible<br />
for the operational part of ABPMA, while the presidency<br />
focuses on contact between our members.<br />
How was African Mahogany introduced and become<br />
popular in Brazil?<br />
African Mahogany arrived in Brazil through Embrapa<br />
plantations (Brazilian Agricultural Research Company)<br />
just over 45 years ago in Pará. Most of the seeds that<br />
created the Country’s plantations came from these<br />
trees. These seeds were initially disseminated in the State<br />
of Pará to popularize the species among local producers.<br />
Therefore, as the Region’s climate was very similar<br />
to the place of origin of the species, the development<br />
was inordinate. Now, the arrival of African Mahogany<br />
in other regions is unknown because Brazil’s climate<br />
variation is considerable. Therefore, the results from<br />
the species planted in regions other than the Southeast<br />
and Mid-West are unknown. Nevertheless, among the<br />
producer members of the Association, it was something<br />
extraordinarily experimental and courageous. This<br />
courage and willpower helped a lot in popularizing the<br />
plantations that today are present even in the southern<br />
states, such as the State of Paraná.<br />
Regarding popularization, the work of the Association<br />
was focused on many conversations and quality information<br />
about African Mahogany that helped make the<br />
species become so well known. This work has led to<br />
excellent results. Today, we have much literature to ensure<br />
good results for the planting of African Mahogany.<br />
Since we have not completed a complete growth cycle,<br />
planting, thinning, and harvesting, which happens only<br />
when the tree reaches the age of 18, we have to take<br />
every moment to learn from and help the other members.<br />
30 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
levada para outras regiões, como sudeste e centro-oeste,<br />
não sabíamos como seriam os resultados. Entre os produtores<br />
membros da associação foi algo bem experimental e<br />
corajoso por parte dos produtores. Essa coragem e força<br />
de vontade ajudaram muito na popularização dos plantios<br />
que hoje estão presentes até mesmo em Estados do Sul,<br />
como o Paraná. Em relação a popularização do trabalho da<br />
associação, focado em muitas conversas e informações de<br />
qualidade sobre o Mogno Africano fez a espécie se tornar<br />
tão conhecida. Esse trabalho de pequenos passos tem dado<br />
grandes resultados. Hoje já temos literatura suficiente para<br />
garantir os bons resultados no início do plantio do Mogno<br />
Africano. Como não completamos um ciclo completo de<br />
plantio, desbaste e corte, que acontece apenas a partir dos<br />
18 anos da árvore, temos aproveitado cada momento para<br />
aprender e ajudar os outros membros.<br />
>> A ABPMA trabalha com pesquisa laboratorial da espécie?<br />
Temos vontade de trabalhar com isso, mas os custos desse<br />
tipo de pesquisa ainda atrapalham um pouco. Dentro da<br />
associação temos um grupo voltado à pesquisa com todos<br />
os pesquisadores brasileiros que estudam a espécie. No<br />
momento estamos realizando um trabalho sobre desbaste<br />
da árvore para o processo de comercialização da madeira.<br />
Em relação à genética já temos alguns resultados catalogados,<br />
mas não podemos afirmar que temos trabalhos de melhoramento<br />
genético. Além disso, os testes genéticos para<br />
melhoria de produção e resultados levam pelo menos um<br />
ciclo completo de plantio e ainda temos mais 7 ou 8 anos<br />
até conseguirmos fechar o primeiro ciclo de quem plantou<br />
junto à fundação da associação. Algo que buscamos e<br />
apoiamos muito no momento são pesquisas governamentais<br />
feitas em universidades. No ramo da genética buscamos<br />
melhorar algumas características que valorizam o valor<br />
final da nossa madeira, como a redução de tortuosidade do<br />
caule, para a retirada de tábuas mais longas.<br />
>> Existe apenas uma espécie de Mogno Africano plantada<br />
no Brasil?<br />
Em relação a espécie temos uma situação que foi aclarada<br />
há pouco tempo. Tivemos muitas sementes que vieram<br />
para o Brasil na clandestinidade e isso gerou uma mistura<br />
de espécies de Mogno Africano. Desde o início pensávamos<br />
que havia uma predominância de Khaya Ivorensis no país,<br />
mas foi verificada que a espécie era na verdade Khaya<br />
Grandifoliola, uma espécie muito próxima da Ivorensis. Para<br />
chegar a essas conclusões, trouxemos para o país o maior<br />
pesquisador de Mogno Africano do mundo e descobrimos<br />
também que essas novas sementes deram ao país cruzamentos<br />
novos, que podem ter gerado uma nova espécie.<br />
Claro, essas árvores ainda precisam ser melhor estudadas<br />
para entender quais melhoramentos para a espécie foram<br />
agregados ao Mogno produzido em nosso país. Isso tudo<br />
serviu para não apenas identificarmos, mas sim para podermos<br />
oferecer para os nossos compradores madeira de<br />
Does ABPMA work with laboratories to research the<br />
species?<br />
We want to do this, but the costs are a bit high for this<br />
type of research. Within the Association, we have a<br />
group that keeps in touch with the research being carried<br />
out by Brazilian scientists who study the species. At<br />
the moment, regarding genetics, we are studying the<br />
tree thinning process for creating marketable wood. Nevertheless,<br />
we already have several results cataloged,<br />
but we cannot say that we are carrying out genetic improvement.<br />
In addition, genetic tests for production improvement<br />
and results take at least a complete planting<br />
cycle. We still have another 7 or 8 years to the end of<br />
the first cycle for those who planted at the time of the<br />
foundation of the Association. But we seek and support<br />
any government research carried out at universities. In<br />
genetics, we seek to improve some characteristics that<br />
improve the final value of our wood, such as the reduction<br />
of trunk tortuosity, for the production of longer<br />
planks.<br />
Is only one species of African Mahogany planted in<br />
Brazil?<br />
Regarding the species, we have a situation that was<br />
made clear not long ago. Many seeds came to Brazil via<br />
the underground, which generated a mixture of African<br />
Mahogany species. From the beginning, we thought<br />
there was a predominance of Khaya Ivorensis in the<br />
Country. Later, the species was verified as Khaya Grandifoliola,<br />
very close to Ivorensis. We brought one of the<br />
world’s best-known African Mahogany scientists to Brazil<br />
to reach these conclusions. Also, we discovered that<br />
these new seeds led to the Country having new crosses,<br />
which may have generated a new species. Of course,<br />
these trees still need to be better studied to understand<br />
what improvements to the species were added to the<br />
Mahogany produced in our Country. This all served to<br />
identify and offer our buyers quality wood, certified and<br />
verified species, which values the final product.<br />
Queremos mostrar cada<br />
vez mais nosso produto e<br />
fazer o Mogno Africano uma<br />
referência de madeira nobre<br />
32 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
What are the advantages of becoming a member of the<br />
Association?<br />
The advantages are impalpable. We don’t offer services<br />
or anything like that because we operate differently.<br />
We combine experiences from different places so that<br />
producers can access the best techniques already developed,<br />
whether in production, management, irrigation,<br />
and the like. We have two face-to-face meetings a year<br />
to foster contact and friendship between producers.<br />
For example, the African Mahogany thinning process<br />
is customized and different from other reforestation<br />
plantations. Milling, pruning, and harvesting are entirely<br />
different from what we’re used to. These contacts<br />
and exchanges of experience serve so that all producers<br />
can use the best available on their properties. And that<br />
brings us to the most critical part of it all: profitability.<br />
Who sets the wood price is the Association. We worked<br />
hard to create a positive and comfortable image of Afriqualidade,<br />
certificada e com verificação da espécie, que<br />
valoriza o produto final.<br />
>> Qual a posição do Brasil no mercado mundial de Mogno<br />
Africano?<br />
Não podemos afirmar com certeza, pois os dados que temos<br />
dentro da ABPMA são apenas dos nossos associados.<br />
Isso representa um valor que supera os 50 mil ha (hectares)<br />
plantados no país. Outro dado que temos é que grande<br />
parte da produção está em Minas Gerais. Essa informação<br />
é algo que atualizamos continuamente. Explico, muitos<br />
produtores não associados nos procuram na época de<br />
desbaste, 10 a 12 anos de plantio, e é nesse momento que<br />
tomamos conhecimento das plantações e do volume de<br />
produção que temos no país. Nosso intuito é fazer do Brasil<br />
o maior produtor de Mogno Africano do mundo. Para isso<br />
temos que garantir que podemos atender o mercado interno<br />
e externo de madeira. O mercado externo não fecha negócio<br />
sem a garantia de que terá a matéria-prima contínua<br />
para atender suas necessidades. O mogno é uma commodity<br />
que precisa de reposição. Na África já existem restrições<br />
ao corte da madeira, devido a exploração predatória que<br />
levam a escassez, e isso coloca o Brasil com boas oportunidades<br />
de expansão. Uma ótima notícia que tivemos<br />
recentemente é que um dos nossos associados fechou uma<br />
parceira com um dos maiores fundos de investimentos do<br />
mundo para o plantio de Mogno Africano no Brasil. O plantio<br />
que será realizado até 2025 terá 10 mil ha em apenas<br />
uma propriedade e pode ser tratado como maior plantio de<br />
Mogno Africano do mundo.<br />
>> Quais as vantagens em se associar?<br />
As vantagens são impalpáveis. Não temos uma prestação<br />
de serviço ou algo do tipo, pois vamos em outro caminho.<br />
O que fazemos é unir experiências de diferentes lugares<br />
para que os produtores tenham acesso as melhores técnicas<br />
já desenvolvidas, seja em produção, manejo, irrigação e<br />
afins. Temos duas reuniões presenciais por ano para fomentar<br />
o contato e amizade entre os produtores. Por exemplo,<br />
o processo de desbaste do Mogno Africano é completamente<br />
personalizado e diferente de outros plantios de<br />
reflorestamento. A serraria, poda e corte fogem do que<br />
estamos habituados. Esses contatos e trocas de experiência<br />
servem para que todos os produtores possam ter os melhores<br />
resultados em suas propriedades. E isso nos leva a parte<br />
mais importante disso tudo: rentabilidade. Quem definiu o<br />
What is Brazil’s position in the African Mahogany world<br />
market ?<br />
We cannot say for sure because the data we have within<br />
ABPMA is only from our members. They represent<br />
more than 50 thousand hectares of planted trees.<br />
Other data shows that much of the production is located<br />
in Minas Gerais. This information is something<br />
we continually update. Many non-member producers<br />
come to us at the time of thinning, 10 to 12 years after<br />
planting, and only at this time do we become aware of<br />
the plantations and the volume of production we have<br />
in the Country. We intend to make Brazil the largest<br />
producer of African Mahogany globally. We have to<br />
ensure that we can meet the domestic and external<br />
wood market. The foreign market does not close a deal<br />
without guarantees that the raw material continues to<br />
meet its needs. Mahogany is a commodity that needs<br />
replanting. There are already restrictions on harvesting<br />
the wood in Africa due to predatory exploitation, which<br />
leads to scarcity, providing Brazil with expansion opportunities.<br />
A piece of good news we’ve had recently is that<br />
one of our members has closed a partnership with one<br />
of the most significant investment funds in the world to<br />
plant African Mahogany in Brazil. Ten thousand hectares<br />
will be planted on just one property by 2025 and will<br />
become the most significant African Mahogany plantation<br />
in the world<br />
Tivemos muitas sementes que vieram para o Brasil<br />
na clandestinidade e isso gerou uma mistura de<br />
espécies<br />
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ENTREVISTA<br />
preço da madeira foi a associação. Nós trabalhamos muito<br />
para que fosse criada uma imagem positiva e de luxo sobre<br />
o Mogno Africano. Nós criamos o conceito Mogno Africano:<br />
Objeto de desejo; em que trouxemos grandes designers<br />
e levamos os produtos para feiras e eventos voltados a<br />
classes com alto poder aquisitivo e mostramos que é uma<br />
madeira de alto nível voltada a produtos de luxo.<br />
>> Quais cursos promovem? Como são escolhidos os temas?<br />
Todas as reuniões são como pequenos cursos. Nós vamos<br />
até a fazenda de um de nossos associados e durante dois<br />
dias temos atividades com foco em informações técnicas.<br />
Nas sextas-feiras apresentamos palestras e aos sábados<br />
realizamos ações de campo. Fizemos também workshops<br />
muito grandes, para mais de 600 pessoas, sempre com<br />
intuito de informar e aproximar os produtores. Atualmente<br />
realizamos eventos menores, para atender diretamente<br />
nosso associado, que já tem acesso a muita informação e<br />
assim ele passa isso para quem está chegando agora.<br />
>> Dentro da associação existem cinco grupos distintos<br />
de trabalho: Pesquisa, Comercialização, Técnico, Mídia/<br />
Digital e Investimentos/Financiamento. Como funcionam<br />
esses grupos?<br />
Há alguns anos percebi que não poderia ficar com todas<br />
as atividades da associação, pois me sobrecarregava. Percebi<br />
também que para que a associação fosse realmente<br />
uma associação de produtores, no sentido mais direto,<br />
era necessário que os associados participassem mais das<br />
atividades. Por isso, esses grupos foram formados por mim,<br />
selecionando os associados que mais se enquadravam nos<br />
aspectos de cada um dos temas e cada um pode agregar<br />
conhecimento e experiência dentro de áreas que já tem<br />
expertise.<br />
>>Qual a principal conquista da ABPMA nos primeiros 10<br />
anos de atuação?<br />
A formação de um mercado interno de Mogno é nossa<br />
maior conquista. Hoje já temos um embasamento para o<br />
trabalho que realizamos. Quem planta o Mogno faz isso<br />
para cortar e ter rentabilidade no mercado. A associação<br />
está conseguindo garantir esse mercado.<br />
>>Quais os planos para o futuro da ABPMA?<br />
Nosso próximo passo é levar o Mogno Africano para os<br />
polos moveleiros, e para isso precisamos de mais madeira.<br />
Se pensarmos no potencial da madeira nobre é algo muito<br />
grande. Nossos passos são graduais, por isso precisamos<br />
ir com calma, para apresentar nosso produto para essas<br />
empresas e garantir que esse negócio tenha boas garantias.<br />
Nosso objetivo é conquistar mais mercado e oferecer mais<br />
produtos. Queremos mostrar cada vez mais nosso produto<br />
e fazer o Mogno Africano uma referência de madeira nobre.<br />
Hoje somos um produto conhecido no mercado da madeira<br />
e queremos fazer ele ainda maior.<br />
can Mahogany. We created the concept “African Mahogany:<br />
Object of Desire”. We brought in great designers<br />
and took the products to fairs and events aimed at classes<br />
with high purchasing power and demonstrated that<br />
it is a high-end wood focused on luxury products.<br />
What courses do you offer? How are the topics chosen?<br />
All meetings are like small classes. We go to the plantation<br />
of one of our members, and for two days, we have<br />
activities focused on technical information. On Fridays,<br />
we present lectures, and on Saturdays, we carry out<br />
field activities. We also have carried out extensive workshops<br />
for more than 600 people, intending to inform<br />
and bring producers closer together. Currently, we hold<br />
more minor events to directly serve our members so<br />
that those who already have access to much information<br />
can pass it on to those who are becoming new<br />
members. ABPMA’s work has also significantly helped<br />
foster students and scientists’ curiosity, who today contribute<br />
to the better development of African Mahogany<br />
in the Country.<br />
Within the Association, there are five distinct working<br />
groups: Research, Marketing, Technical, Media/Digital,<br />
and Investments/Financing. How do these groups work?<br />
A few years ago, I realized that I could not perform<br />
all the activities of the Association because it was too<br />
much of a burden for me alone. And I also realized that<br />
the members needed to participate more in the activities<br />
in the most immediate sense for the Association<br />
to be a producer association. Therefore, these groups<br />
were formed by me, selecting the members who best<br />
fit the aspects of each of the themes, and each one can<br />
add knowledge and experience within areas where they<br />
already have expertise.<br />
What is the main achievement of ABPMA in the first 10<br />
years of existence?<br />
Creating an internal mahogany market is our most<br />
outstanding achievement. Today, we already have a<br />
foundation for the work we do. Whoever plants mahogany<br />
does this to harvest profitability in the market. The<br />
Association is managing to secure this market.<br />
What are the plans for the future of ABPMA?<br />
Our next step is to take African Mahogany to the furniture<br />
poles, and for that, we need more wood. If we<br />
think about the potential of noble wood, it’s a big deal.<br />
Our steps are gradual, so we need to take it slowly, to<br />
present our product to these companies and ensure<br />
that this business has good guarantees. Our goal is to<br />
conquer a larger market and offer more products. We<br />
want to show our product more and more and make<br />
African Mahogany a noble wood reference. Today, we<br />
have a well-known product in the wood market, and we<br />
want to make it even better known.<br />
36 www.referenciaflorestal.com.br
COLUNA<br />
Manejo florestal e<br />
animais peçonhentos<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Eng. <strong>Florestal</strong> e Seg. do Trabalho<br />
Ms. em Manejo <strong>Florestal</strong><br />
gabrielberger.com.br<br />
gabriel@gabrielberger.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
Como lidar com a presença de animais peçonhentos nas etapas<br />
manuais e semimecanizadas do manejo florestal<br />
A<br />
s atividades de silvicultura e manejo florestal no<br />
Brasil abrangem etapas de trabalho manual, semimecanizado<br />
e mecanizado. O que diferencia o uso<br />
de cada uma dessas etapas são as suas particularidades,<br />
que dependem do local e da finalidade<br />
da atividade. Geralmente elas consistem, entre outras tarefas em<br />
campo, no preparo do solo, plantio, tratos culturais, manejo e<br />
colheita florestal. Nessas etapas é muito comum o contato com<br />
cobras com ou sem peçonhas.<br />
Por isso é muito importante que em cada etapa de trabalho<br />
ocorra o planejamento da atividade, que consiste em analisar e<br />
preparar o ambiente de trabalho, identificando os riscos, para o<br />
estabelecimento das medidas de controle. A limpeza da base da<br />
árvore, da vegetação rasteira, rota de fuga dos funcionários, verificação<br />
de galhos e troncos secos, pedras, desníveis e buracos são<br />
algumas dessas análises. E é nesse momento que irá ser verificado<br />
a presença ou não de cobras.<br />
Hoje o Brasil apresenta pouco mais de 400 espécies de cobras,<br />
sendo que apenas 15% são peçonhentas e de importância<br />
médica, ou seja, venenosas. Esses 15% são divididos em 4 grupos:<br />
jararaca, cascavel, surucucu e coral.<br />
Essas serpentes estão presentes em todos os biomas do<br />
Brasil. A cobra com maior incidência de picadas é a jararaca, a<br />
qual compreende mais de 20 espécies. A jararaca prefere se desenvolver<br />
e criar hábitos em ambientes abertos. Quando jovem<br />
escolhem permanecer em ambientes úmidos, pois se alimentam<br />
de anfíbios. Quando adultas escolhem campos, plantações e florestas,<br />
pois se alimentam de roedores.<br />
Para evitar o contato com as cobras é muito importante manter<br />
o local sempre limpo, livre de entulhos, como por exemplo,<br />
madeira, telhas e tijolos, principalmente em áreas de oficinas, de<br />
vivência e área de trabalho.<br />
Em média no Brasil tem-se o registro de 28 mil picadas por<br />
ano. E a grande maioria não é ligada a cobras peçonhentas.<br />
O trabalhador sendo picado por uma cobra peçonhenta, é<br />
importante sempre manter a calma, pois o excesso de movimento<br />
aumenta o fluxo sanguíneo, e mais rápido o veneno se espelha<br />
pelo corpo do trabalhador. De maneira imediata procurar atendimento<br />
médico de referência, ou seja, hospital ou unidade de<br />
saúde pública. Manter-se hidratado, lavar o local com água e<br />
sabão, pode-se colocar gelo para diminuir a dor e se possível permanecer<br />
deitado.<br />
Em hipótese alguma realizar ação localizada próximo ou sobre<br />
a picada como torniquete ou garrote. Não cortar ou chupar no local<br />
da picada e não passar nenhum tipo de produto, como café ou<br />
margarina. O único tratamento eficaz contra a picada de cobras<br />
peçonhentas é o soro antiofídico. Esse soro tem a capacidade de<br />
neutralizar o veneno de serpentes e é utilizado como antídoto<br />
quando uma pessoa é picada por uma serpente.<br />
Jamais tentar manipular ou pegar a cobra que originou a picada.<br />
Apenas tire uma foto, se conseguir. Pelo sintoma e estado<br />
do paciente o médico vai saber qual soro especifico administrar.<br />
Jamais matar a cobra.<br />
A legislação ambiental do Brasil, através da Lei dos Crimes<br />
Ambientais nº 9.605 de 1998 que trata das condutas e atividades<br />
lesivas ao meio ambiente determina no seu artigo 32 que quem<br />
causar maus tratos em animais silvestres, aqui incluem-se as cobras,<br />
comete crime ambiental, estando o infrator sujeito a detenção<br />
de três meses a um ano, além do pagamento de multa.<br />
Partes do corpo %<br />
Pés e pernas 80<br />
Mão e ante braço 18<br />
Cabeça 2<br />
Como proteção para minimizar o risco de uma picada, é<br />
importante sempre fazer uso de vestimentas adequadas e equipamentos<br />
de proteção individual, como por exemplo, as luvas e<br />
perneiras. Jamais realizar qualquer atividade de silvicultura ou<br />
manejo florestal com as mãos, pernas e pés desprotegidos.<br />
Foto: divulgação<br />
38 www.referenciaflorestal.com.br
info@malinovski.com.br<br />
www.showflorestal.com.br<br />
Organização:<br />
Apoio Master:<br />
+55 (41) 9 9924-3993<br />
+55 (41) 3049-7888
PRINCIPAL<br />
EXCELÊNCIA NO TRANSPORTE<br />
FLORESTAL<br />
Fotos: Emanoel Caldeira<br />
40 www.referenciaflorestal.com.br
Implementos personalizados<br />
garantem maior eficiência na<br />
operação do transporte de<br />
toras, diminuição de custos com<br />
manutenção e maior durabilidade<br />
<strong>Fevereiro</strong> <strong>2022</strong><br />
41
PRINCIPAL<br />
O<br />
transporte florestal vai muito além de levar<br />
tora de um ponto a outro. É um processo que<br />
envolve uma série de detalhes e cada um deles<br />
tem um valor diferente dependendo da região<br />
ou o tipo de madeira transportada. Para trazer a<br />
solução ideal para cada operação, a Manos Implementos Rodoviários<br />
trabalha com uma metodologia de atendimento focada<br />
em flexibilidade, exclusividade e melhoria de performance.<br />
A Manos é sediada em Videira (SC) e conta com mais de 30<br />
anos de experiência no setor florestal. A empresa iniciou suas<br />
atividades como uma oficina mecânica e há mais de uma década<br />
passou a fabricar implementos para transporte rodoviário.<br />
Atualmente, a Manos tem aproximadamente 100 funcionários<br />
que atendem as demandas de clientes em todo país. A Manos<br />
possui um dos maiores portifólios de implementos florestais<br />
rodoviários do Brasil, com carrocerias, reboques, e semi-reboques,<br />
para atender os mercados de celulose, serraria, laminação.<br />
Gustavo Cesca, sócio proprietário e diretor comercial da Manos,<br />
explica que o maior diferencial da empresa não está ligado<br />
diretamente ao produto, mas à metodologia que a empresa<br />
emprega desde o primeiro contato com o cliente, até a entrega<br />
do equipamento: o Ciclo Manos de Atendimento. “Entender,<br />
antes de atender, esse é nosso foco”, orgulha-se Gustavo. O<br />
diretor comercial ainda é enfático ao comparar as diretrizes de<br />
atendimento da empresa. “Não trabalhamos com implementos<br />
de prateleira, vamos muito além: o nosso objetivo é atender<br />
melhor e de forma personalizada as particularidades de cada<br />
polo embarcador”, reforça Gustavo.<br />
Excellence in Forest<br />
Transport<br />
Custom implements ensure greater efficiency<br />
in the operation of timber log transport,<br />
maintenance cost reduction, and outstanding<br />
durability<br />
F<br />
orest transport goes far beyond moving logs from<br />
one point to another. It is a process that involves<br />
several details, and each of them is different<br />
depending on the region or type of timber transported.<br />
Manos Implementos Rodoviários works<br />
with a service methodology focused on flexibility, exclusivity,<br />
and performance improvement to provide the ideal solution<br />
for each operation.<br />
Manos is headquartered in Videira (SC) and has over 30<br />
years of experience in the Forestry Sector. The Company began<br />
its activities as a mechanical workshop and began manufacturing<br />
implements for road transport more than a decade ago.<br />
Currently, Manos has approximately 100 employees who meet<br />
customer demands nationwide. The Company catalog includes<br />
implements for forest transport beds, forest transport structures,<br />
semi-trailers, and container carriers.<br />
Gustavo Cesca, Sales Director and Partner of Manos, explains<br />
that the Company’s most significant differential is not<br />
directly linked to the product but to the methodology that the<br />
42 www.referenciaflorestal.com.br
Entregar apenas uma<br />
carreta é muito pouco, nós<br />
entregamos uma solução<br />
SOLUÇÃO PERSONALIZADA<br />
Para atingir os objetivos, a Manos empenha seus melhores e<br />
mais capacitados profissionais na aplicação dos 4 passos do Ciclo<br />
Manos de Atendimento: Entender, Planejar, Viabilizar e Aplicar.<br />
Para iniciar o processo, a equipe de pesquisa e desenvolvimento<br />
entra em contato para fazer o levantamento de perfil do cliente<br />
e descobrir como a Manos pode oferecer o melhor equipamento<br />
para cada situação. Leonardo Zilio, diretor industrial da Manos,<br />
defende a importância do planejamento e o método de atendimento.<br />
“Entregar apenas uma carreta é muito pouco. Nós<br />
entregamos uma solução”, garante Leonardo.<br />
Thiago Patrício de Oliveira, gerente de pesquisa e desenvolvimento<br />
e gerente de pós-venda da empresa, é quem atua<br />
diretamente na união do campo com a pesquisa. Ele trabalha<br />
diretamente com o segundo passo do ciclo, que é direcionado<br />
ao planejamento, em que são avaliadas as solicitações do<br />
cliente e como a Manos pode desenvolver o equipamento que<br />
melhor atende a operação. “Encontramos em nosso catálogo<br />
o implemento que se adequa ao nosso cliente ou adequamos<br />
um modelo já existente”, explica Thiago.<br />
A equipe de engenharia industrial da Manos realiza a viabilização<br />
do projeto, através de um corpo técnico experiente e<br />
softwares, que avaliam todas as variáveis antes do implemento<br />
ser produzido. “Na realização do projeto levamos em conta não<br />
apenas aspectos do implemento, mas também do terreno e do<br />
relevo e tudo que influencia direta ou indiretamente a operação<br />
florestal. Os implementos da Manos são fabricados com uma<br />
liga metálica importada da Alemanha, que oferece resultados<br />
acima da média de mercado. “O nosso implemento é mais leve<br />
e tem a mesma segurança e durabilidade que equipamentos si-<br />
Company employs from the first contact with the customer to<br />
the final delivery of the equipment: the Manos Service Cycle.<br />
“Understanding, before servicing, this is our focus,” boasts<br />
Cesca. However, the Sales Director and Partner is still emphatic<br />
when talking about the Company’s service guidelines. “We don’t<br />
work with off-the-shelf implements. We go much further: our<br />
goal is to better and specifically meet the peculiarities of each<br />
customer,” Cesca reinforces.<br />
CUSTOM SOLUTIONS<br />
To achieve the objectives, Manos commits its best and<br />
most skilled professionals in carrying out the 4 steps of the<br />
Manos Cycle of Care: Understanding, Planning, Enabling, and<br />
Applying. To start the process, the research and development<br />
team contacts the customer to survey the customer’s profile<br />
and find out how Manos can offer the best equipment for each<br />
situation. Leonardo Zilio, Industrial Manager for Manos, defends<br />
the importance of planning and the method of service. “Just<br />
delivering the trailer is a tiny part of our business. We deliver a<br />
solution,” ensures Zilio.<br />
Thiago Patrício de Oliveira, Research and Development and<br />
After-Sales Manager for the Company, is the one who acts directly<br />
in the union of the field with the research. He works directly<br />
with the second step of the cycle, which is directed to planning,<br />
evaluating customer requests, and determining how Manos can<br />
<strong>Fevereiro</strong> <strong>2022</strong><br />
43
PRINCIPAL<br />
milares, dando ao operador maior peso líquido de carga e menor<br />
desgaste do implemento quando está vazio”, compara Thiago.<br />
PROVA REAL<br />
Leonardo destaca que é nesse momento, com a entrega do<br />
equipamento, que o cliente constata os ganhos reais na prática.<br />
“Implementos desenvolvidos de forma exclusiva melhoram a<br />
performance, ampliam a disponibilidade do equipamento e<br />
diminuem o custo de manutenção”, enaltece o diretor industrial.<br />
Depois de levar o equipamento para o campo, onde a equipe da<br />
Manos presta assistência completa para que através da manutenção<br />
preventiva o implemento se mantenha o maior tempo<br />
possível rodando. “Oferecemos peças originais para reposição,<br />
manuais de manutenção, treinamento de manutenção e acompanhamento<br />
para possíveis melhorias para elevar ainda mais o<br />
desempenho do implemento no campo”, descreve Leonardo. O<br />
diretor salienta que é o plano de gestão e a prestação de serviços<br />
que faz a Manos crescer e ganhar cada vez mais clientes. “Não<br />
é só a entrega ou a fabricação de um implemento, isso muitos<br />
podem fazer, mas o pacote de serviços que a empresa oferece<br />
de maneira singular para os clientes é o nosso diferencial”,<br />
enaltece Leonardo.<br />
Na mesma linha, Thiago de Oliveira, que trabalha diretamente<br />
com o pós-venda, assegura que o atendimento oferecido<br />
pela Manos garante a durabilidade e disponibilidade contínua<br />
do implemento para o transportador. O gerente comenta, que<br />
recentemente visitou um dos parceiros da Manos, que segue<br />
as instruções de manutenção preventiva a risca, e pôde constatar<br />
os resultados do trabalho. “O implemento tinha um ano<br />
de atividade e estava em perfeito estado, apenas as marcas de<br />
uso, mas nada que impedisse ou atrapalhasse o pleno funcionamento”,<br />
frisa Thiago.<br />
PELOS OLHOS DO COMPRADOR<br />
Os clientes da Manos são os maiores beneficiários do trabalho<br />
realizado pela empresa. É o caso de José Pedro Teixeira,<br />
proprietário da PEGM, que há 3 anos passou a trabalhar com a<br />
Entender, antes de atender,<br />
esse é nosso foco<br />
develop the equipment that best serves the operation. “We find<br />
in our catalog the implement that best suits our customer, or<br />
we fit an existing model to suit his needs,” explains de Oliveira.<br />
The customization of projects is one of the main differentials<br />
of Manos within the forest implement market. This flexibility<br />
gives the buyer the perfect answer for his operation. The Manos’<br />
industrial engineering team makes the project viable through<br />
software that evaluates all variables before beginning to produce<br />
the implement. “In carrying out the project, we consider<br />
aspects of the truck and the terrain, the climate, the shipper,<br />
and everything that directly or indirectly influences the forest<br />
operation,” de Oliveira explains.<br />
Manos’ implements are manufactured with a metal alloy<br />
imported from Germany, which delivers above-average market<br />
results. “Our implement is lighter and has the same safety and<br />
durability as similar equipment, providing the operator with<br />
greater net load weight and lower truck wear when empty,”<br />
says de Oliveira.<br />
REAL PROOF<br />
Industrial Manager Zilio points out that the customer sees<br />
the real gains in practice at the moment of equipment delivery.<br />
“Uniquely developed implements improve performance, increase<br />
equipment availability, and reduce maintenance costs,”<br />
the Industrial Manager notes. After taking the equipment to<br />
the field, where the Manos team provides complete assistance<br />
through preventive maintenance so that the truck keeps running<br />
for as long as possible without generating extra costs. “We<br />
offer original spare parts, maintenance manuals, maintenance<br />
training, and follow-up for possible improvements to increase<br />
implement performance in the field further,” describes Zilio. The<br />
Director stresses that the management plan and the provision<br />
of services help make Manos grow and gain more and more<br />
customers. “It is not only the delivery or manufacture of an implement<br />
that many others provide, but the package of services<br />
that the Company offers to customers is unique and is considered<br />
our differential,” praises Zilio. In the same vein, Research and<br />
Development and After-Sales Manager de Oliveira, who works<br />
directly with after-sales, ensures that the service offered by Manos<br />
ensures the durability and continuous availability of the truck<br />
to the carrier. The Manager comments that he can verify the<br />
results when he recently visited one of Manos’ customers, who<br />
followed the preventive maintenance instructions to the letter.<br />
“The implement has been in operation for one year and is still<br />
in perfect condition with only the marks of use, but nothing that<br />
prevented or hindered the full operation,” stresses de Oliveira.<br />
THROUGH THE BUYER’S EYES<br />
Manos customers are the largest beneficiaries of the work<br />
performed by the Company. This is the case of José Pedro Teixeira,<br />
Owner of PEGM, who three years ago began working with<br />
Manos. The businessman comments that the first contact he had<br />
44 www.referenciaflorestal.com.br
Manos. O empresário comenta que o primeiro contato com a<br />
Manos foi através de Leonardo Zilio, que foi até a sua empresa,<br />
apresentou os equipamentos e logo fecharam negócio. “Hoje<br />
90% da minha frota roda com implementos Manos e ainda este<br />
ano estará rodando 100%”, celebra José. Para o empresário, a<br />
Manos tem na qualidade do equipamento e no atendimento<br />
os diferenciais que ele não tinha visto nos 10 anos em que<br />
trabalha com transporte florestal. “A Manos abriu as portas de<br />
sua fábrica e deu todo suporte para mim e minha equipe. Os<br />
motoristas, que estão em contato no dia a dia, são só elogios<br />
aos implementos, seja pela leveza, resistência ou mesmo beleza<br />
das peças”, exalta José.<br />
PRESENTE E FUTURO<br />
Além do que a empresa já construiu, novos passos estão<br />
sendo dados para expandir as atividades. Recentemente a<br />
Manos firmou uma parceira com a Kennedy Trailers, empresa<br />
australiana especializada em equipamentos dobráveis e fora de<br />
estrada (off road). A parceria nasceu de um interesse da empresa<br />
australiana em trazer seus equipamentos para o Brasil, onde a<br />
Manos, por ter filosofia de trabalho semelhante, conseguiu selar<br />
o acordo. Os projetos desenvolvidos nessa parceria são feitos<br />
a quatro mãos, onde a estruturação base vem da Austrália e a<br />
Manos realiza a tropicalização do produto, para se adequar ao<br />
mercado brasileiro. Para o futuro Gustavo Cesca tem uma visão<br />
expansiva. “Vivemos em 2021 o nosso melhor ano e <strong>2022</strong> tem<br />
tudo para superá-lo. Já somos líderes no mercado de varejo e<br />
vamos expandir os grandes players do mercado, colocando os<br />
implementos Manos em 100% do mercado florestal brasileiro”,<br />
almeja Gustavo.<br />
with Manos was through Leonardo Zilio, who went to PEGM,<br />
presented the equipment, and soon closed the sale. “Today 90%<br />
of my fleet runs with Manos implements, and later this year, we<br />
will be running 100%,” celebrates Teixeira. For the entrepreneur,<br />
Manos has the quality of the equipment and the service, which<br />
are differentials he had not seen in the 10 years he has worked<br />
with forest transport. “Manos opened the doors of its factory<br />
and gave all the support needed to my team and myself. The<br />
truck drivers, who are in contact daily, only compliment the implements,<br />
whether for the lightness, resistance, or even beauty<br />
of the pieces,” exalts Teixeira.<br />
PRESENT AND FUTURE<br />
In addition to what the Company has already built, new<br />
steps are being taken to expand activities. For example, Manos<br />
recently partnered with Kennedy Trailers, an Australian company<br />
that specializes in the production of folding bodies. The partnership<br />
was born out of an interest by the Australian company<br />
in bringing its equipment to Brazil, where Manos managed to<br />
seal the deal by having a similar work philosophy. The projects<br />
in this partnership are developed together: the base structure<br />
comes from Australia, and Manos performs the tropicalization<br />
of the product to suit the Brazilian market. Sales Director and<br />
Partner Cesca’s expansive vision for the future: “We survived<br />
2021, our best year, and <strong>2022</strong> has everything to beat it. We are<br />
already leaders in retail, and now we want to conquer the big<br />
players in the market, putting Manos Implementos in 100% of<br />
the forestry market,” aims Cesca.<br />
<strong>Fevereiro</strong> <strong>2022</strong><br />
45
LEGISLAÇÃO<br />
Fundo<br />
AMAZÔNIA<br />
APROVADO<br />
Fotos: divulgação<br />
xx<br />
Fotos: REFERÊNCIA<br />
46 www.referenciaflorestal.com.br
Projeto que promove maior proteção da<br />
Amazônia Legal agora vai para análise<br />
da Câmara dos Deputados<br />
<strong>Fevereiro</strong> <strong>2022</strong><br />
47
LEGISLAÇÃO<br />
A O projeto, portanto, tem<br />
o objetivo de trazer mais<br />
segurança jurídica ao fundo,<br />
ao inserir a matéria na<br />
legislação federal<br />
CMA (Comissão de Meio Ambiente) aprovou<br />
projeto de lei que torna oficial a criação do<br />
Fundo Amazônia, associação civil sem fins<br />
lucrativos para destinar doações recebidas em<br />
dinheiro para ações de prevenção, monitoramento<br />
e combate ao desmatamento na Amazônia Legal.<br />
Como foi aprovado em caráter terminativo, o PL 415/2020<br />
segue agora para análise da Câmara dos Deputados, a não<br />
ser que haja recurso para votação no Plenário do Senado.<br />
Na justificativa da proposta, o autor, senador Jorge<br />
Kajuru (Podemos-GO), argumenta que o Fundo Amazônia<br />
— instituído por meio do Decreto 6.527, de 2008, e gerido<br />
pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico<br />
e Social) — teve, desde sua criação, um papel importante<br />
na luta pela preservação do meio ambiente. O projeto,<br />
portanto, tem o objetivo de trazer mais segurança jurídica<br />
ao fundo, ao inserir a matéria na legislação federal.<br />
48 www.referenciaflorestal.com.br
PROJETO<br />
O fundo continuará a contemplar as seguintes áreas:<br />
gestão de florestas públicas e áreas protegidas; controle,<br />
monitoramento e fiscalização ambiental; manejo florestal<br />
sustentável; atividades econômicas desenvolvidas a partir<br />
do uso sustentável da vegetação; zoneamento ecológico e<br />
econômico, ordenamento territorial e regularização fundiária;<br />
conservação e uso sustentável da biodiversidade; e<br />
recuperação de áreas desmatadas.<br />
Pelo projeto, poderão ser utilizados até 20% dos recursos<br />
do fundo no desenvolvimento de sistemas de monitoramento<br />
e controle do desmatamento em outros biomas<br />
brasileiros e em outros países tropicais.<br />
A instituição responsável pela gestão operacional do<br />
fundo vai fazer as captações de doações e emitirá diploma<br />
reconhecendo a contribuição dos doadores, com diversas<br />
informações como valor doado e valor equivalente da contribuição,<br />
em toneladas de carbono.<br />
O fundo contará ainda com um CTFA (Comitê Técnico<br />
do Fundo Amazônia), com a atribuição de atestar a redução<br />
efetiva de emissões de carbono oriundas de desmatamento,<br />
calculada conforme regulamento. O CTFA irá se reunir
LEGISLAÇÃO<br />
uma vez por ano e será formado por seis especialistas designados<br />
pelo Executivo, após consulta ao Fórum Brasileiro<br />
de Mudanças Climáticas.<br />
Deve haver também um COFA (Comitê Orientador do<br />
Fundo Amazônia), composto por representantes do governo<br />
federal, dos estados da Amazônia Legal e da sociedade<br />
civil. O COFA escolherá o gestor do Fundo, além de determinar<br />
suas atribuições e remuneração.<br />
O gestor do fundo apresentará ao COFA, para deliberação,<br />
informações semestrais sobre a aplicação dos recursos<br />
e relatório anual, além de contratar anualmente serviços<br />
de auditoria externa para verificar a correta aplicação dos<br />
recursos.<br />
PRESERVAÇÃO<br />
O relator, senador Jayme Campos (DEM-MT), foi favorável<br />
à aprovação da matéria, que protege o Fundo Amazônia<br />
e permite a continuidade de sua relevante atuação em prol<br />
do meio ambiente.<br />
O senador propõe sua instituição por lei, na forma de<br />
uma sociedade civil sem fins lucrativos, com personalidade<br />
jurídica de direito privado. Isso garantirá a independência<br />
do Fundo Amazônia em relação a governos que têm pouco<br />
interesse no alcance de seus objetivos básicos: a preservação<br />
do meio ambiente e da Floresta Amazônica, essenciais<br />
para evitar catástrofes ambientais e sustentar a qualidade<br />
de vida do ser humano no planeta Terra.<br />
EMENDAS<br />
O relator sugeriu emendas. A primeira altera para uma<br />
terminologia mais geral, termos usados no artigo 1º do<br />
projeto. Isso porque, o atual governo descontinuou o Plano<br />
de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na<br />
Amazônia Legal e, segundo o relator, nada garante que não<br />
fará o mesmo com outros termos utilizados no PL original.<br />
A segunda emenda aumenta a representação de entidades<br />
da sociedade civil no Comitê Orientador. Pelo projeto<br />
50 www.referenciaflorestal.com.br
original, o COFA será composto pelos seguintes segmentos,<br />
assim representados: seis representantes do governo federal,<br />
um representante de cada um dos governos dos estados<br />
da Amazônia Legal (desde que esses estados possuam<br />
plano estadual de prevenção ao desmatamento) e dois<br />
representantes dos doadores. Haverá também representantes<br />
da sociedade civil. O relator apresentou emenda para<br />
que componha essa lista um representante da CNA (Confederação<br />
da Agricultura e Pecuária do Brasil).<br />
Jayme Campos apresentou ainda outra emenda para<br />
que o COFA não seja presidido por um representante da<br />
sociedade civil, como previsto anteriormente, já que grande<br />
parte das ações previstas para os recursos envolvem<br />
articulação federativa e significativa atuação da União. Pela<br />
emenda, a presidência do fundo Amazônia será exercida<br />
por um representante do governo federal, com mandato de<br />
dois anos.<br />
A presidência do fundo<br />
Amazônia será exercida<br />
por um representante<br />
do governo federal, com<br />
mandato de dois anos<br />
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ECONOMIA<br />
Novas<br />
CONCESSÕES<br />
Fotos: divulgação<br />
52 www.referenciaflorestal.com.br
xx<br />
Com apoio do BNDES, Ministério do Meio<br />
Ambiente lança Edital de Concessão do<br />
Parque Nacional do Iguaçu<br />
<strong>Fevereiro</strong> <strong>2022</strong><br />
53
ECONOMIA<br />
E<br />
m cerimônia realizada em Brasília, o MMA<br />
(Ministério do Meio Ambiente), por meio da<br />
Secretaria de Áreas Protegidas e do ICMBIO<br />
(Instituto Chico Mendes de Conservação da<br />
Biodiversidade), autorizou a publicação do Edital<br />
da Concessão do Parque Nacional do Iguaçu. O projeto<br />
- que tem o apoio do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento)<br />
- vai investir R$ 500 milhões em melhorias no<br />
atendimento ao público, em conservação da biodiversidade<br />
e no desenvolvimento das cidades do entorno do parque.<br />
Além disso, houve o ato de assinatura pelo Ministro do<br />
MMA, Joaquim Leite, pelo Presidente do ICMBio, Marcos<br />
Simanovic, e pelo Presidente do BNDES, Gustavo Montezano,<br />
do contrato firmado entre o Banco e o ICMBIO para<br />
estruturação de projetos voltados à concessão de dez unidades<br />
de conservação ambiental.<br />
O evento também contou com as presenças do Ministro<br />
do Turismo, Gilson Machado Neto, da Secretária Especial<br />
do PPI/ME, Martha Seiller e, do Prefeito do município de<br />
Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, entre outras autoridades.<br />
“A estruturação destes projetos ambientais mostra que<br />
a esfera privada pode atuar em conjunto com o Governo<br />
Federal. Através do ICMBIO, o poder público exerce o poder<br />
de fiscalização e monitoramento de modo a garantir que os<br />
planos de manejo sejam bem executados e que as comunidades<br />
estejam apreciadas no modelo de concessão”, explicou<br />
o Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.<br />
Gustavo Montezano, presidente do BNDES, projetou<br />
que a agenda de parques é preservação sim, mas também<br />
o fomento ao empreendedorismo e ao emprego verde<br />
capaz de gerar muita renda por todo o Brasil. A consequência<br />
dessa nova linha de negócios setoriais da indústria da<br />
economia verde é fazer do país uma potência global na governança<br />
de ativos ambientais. “Com esta parceria pública<br />
e privada, a gente vai aprender, evoluir e assim nos tornarmos<br />
uma referência”, salientou Gustavo.<br />
O projeto de concessão do Parque Nacional de Iguaçu<br />
prevê investimentos de R$ 500 milhões em novas infraestruturas<br />
e outros R$ 3 bilhões na operação do parque durante<br />
o período da concessão. O novo Edital da Concessão<br />
do Parque Nacional do Iguaçu incorpora aspectos ligados<br />
à sustentabilidade financeira, à preservação ambiental e à<br />
preocupação com as comunidades do entorno.<br />
O futuro concessionário, por exemplo, não poderá cobrar<br />
pelo ingresso valor além do estabelecido em contrato.<br />
Além disso, será possível estabelecer pacotes especiais para<br />
visitas de mais de um dia – o objetivo é incentivar a permanência<br />
do turista. Moradores dos 13 municípios do entorno<br />
54 www.referenciaflorestal.com.br
do parque terão desconto no ingresso e pagarão 20% do<br />
valor máximo previsto.<br />
Foram também atendidas diversas demandas das<br />
comunidades durante as fases de consulta e audiência pública.<br />
Entre elas, o aumento no valor que o concessionário<br />
deve investir em projetos socioambientais (de 5% para 6%<br />
da receita total). A consulta pública recebeu mais de 300<br />
contribuições, o que demonstra a importância da participação<br />
popular no desenvolvimento do projeto.<br />
Fábio Abrahão, Diretor de Infraestrutura, Concessões e<br />
PPPs, explicou que dentro de uma lógica de montagem de<br />
carteira com ativos de qualidade, nada mais emblemático<br />
do que o Parque Nacional do Iguaçu. Este que já é hoje o<br />
segundo maior ponto de visitação de estrangeiros no Brasil<br />
e que tem uma capacidade de geração de riquezas enorme<br />
para a população. “Interessante também dizer que o processo<br />
de discussão do projeto com a comunidade foi muito<br />
intenso. Isso gerou um conjunto de aprimoramentos, entre<br />
eles a ideia de que o Parque do Iguaçu seja um polo de desenvolvimento<br />
regional”, analisou o Diretor de Infraestrutura,<br />
Concessões e PPPs, Fábio Abrahão.<br />
A nova concessão tem o potencial de duplicar o número<br />
de visitantes do parque no período de 30 anos da nova<br />
concessão, em razão das novas regras do contrato que<br />
preveem a expansão da área concessionada e a realização<br />
Esse é o caminho do turismo<br />
sustentável: os recursos<br />
privados ajudando a<br />
desenvolver e proteger todo<br />
o patrimônio natural que<br />
temos no Brasil<br />
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<strong>Fevereiro</strong> <strong>2022</strong><br />
55
ECONOMIA<br />
de investimentos capazes de aumentar a atratividade da<br />
visitação.<br />
Criado em 1939, o Parque Nacional do Iguaçu, com área<br />
de quase 200 mil hectares, é a maior reserva remanescente<br />
de Mata Atlântica da região. A principal atração turística<br />
do Parque são as Cataratas do Iguaçu, eleita uma das Sete<br />
Maravilhas da Natureza em 2011. O Parque também protege<br />
riquíssima biodiversidade da fauna e flora brasileiras,<br />
algumas delas ameaçadas de extinção como a onça-pintada<br />
e o jacaré de papo amarelo.<br />
Martha Seiller, Secretária Especial do PPI/PR, comentou<br />
que é preciso utilizar essas oportunidades para garantir<br />
a estruturação da concessão para o Parque Iguaçu para<br />
transformação de realidades. Para tirar um projeto como<br />
esse do papel, a gente precisa do envolvimento do Governo<br />
Federal, dos governos locais, dos estruturadores, e do Ministério<br />
do Meio Ambiente de mãos dadas com o ICMBIO<br />
para fiscalização deste contrato. É um contrato de R$ 4<br />
bilhões em investimentos, que vai gerar empregos com a<br />
implantação da infraestrutura, além de desenvolver novos<br />
polos de visitação. Será um novo parque de Foz do Iguaçu,<br />
junto a um compromisso conjunto de querer fazer e querer<br />
transformar. “Esse é o caminho do turismo sustentável: os<br />
Com esta parceria pública<br />
e privada, a gente vai<br />
aprender, evoluir e assim<br />
nos tornarmos uma<br />
referência<br />
Gustavo Montezano<br />
56 www.referenciaflorestal.com.br
ecursos privados ajudando a desenvolver e proteger todo<br />
o patrimônio natural que temos no Brasil”, exaltou Martha.<br />
10 NOVOS PROJETOS<br />
BNDES e ICMBIO firmaram contrato para estruturação<br />
de projetos voltados à concessão de dez unidades<br />
de conservação ambiental. A iniciativa vai revitalizar este<br />
conjunto de Parques e Florestas com o foco na preservação<br />
ambiental e no desenvolvimento do turismo sustentável.<br />
Com o apoio do BNDES, a expectativa é de que a visitação<br />
a essas unidades de conservação ultrapasse a marca de<br />
dois milhões de pessoas ao ano, gerando empregos e renda<br />
para a população local. O contrato assinado prevê a implementação<br />
de projetos nos parques nacionais de Brasília<br />
(DF), da Serra dos Órgãos (RJ), da Serra da Bocaina (SP), de<br />
Anavilhanas (AM), do Jaú (AM), da Serra da Canastra (MG),<br />
da Serra do Cipó (MG), de Caparaó (MG), além das florestas<br />
nacionais de Ipanema (SP) e de Brasília (DF).<br />
Gustavo Montezano afirmou ainda acreditar que o BN-<br />
DES tenha hoje o maior portfólio para concessão de ativos<br />
ambientais do mundo. “O que a gente está enxergando<br />
acontecer daqui a 2 ou 3 anos na agenda de ativos ambientais<br />
é o que já ocorre com a agenda do saneamento: um pipeline<br />
de projetos estruturados e visão de longo prazo para<br />
geração de oportunidades aos empreendedores, valorizou<br />
Gustavo.<br />
Caberão ao BNDES, com o apoio do Ministério do Meio<br />
Ambiente, os estudos técnicos, a modelagem dos projetos<br />
e a preparação do processo licitatório para a concessão de<br />
todas as unidades de conservação. A realização do certame<br />
ficará a cargo do ICMBIO. Os projetos levarão em conta o<br />
potencial turístico e o estágio de preservação ambiental específicos<br />
de cada uma destas unidades. É o caso, por exemplo,<br />
do Parque Nacional da Serra da Bocaina – localizado<br />
entre Rio e São Paulo - que já é hoje um dos quatro mais<br />
visitados do país. Ou dos parques de Anavilhanas e Jaú, no<br />
Amazonas, que serão os primeiros do bioma amazônico a<br />
serem concedidos. A projeção, neste caso, é que o turismo<br />
ecologicamente responsável contribua para conservação de<br />
uma área com extensão de quase três milhões de hectares,<br />
o equivalente a países como Eslovênia ou Israel.<br />
Todos os dez parques e florestas estão na carteira do<br />
PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) do Governo<br />
Federal, que busca a ampliação de oportunidades de investimento<br />
e a melhoria na infraestrutura dos serviços prestados<br />
ao cidadão. Atualmente já existem 24 parques voltados<br />
à visitação com serviços concessionados no Brasil, sendo<br />
oito deles federais.<br />
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<strong>Fevereiro</strong> <strong>2022</strong><br />
57
PESQUISA<br />
Crescimento inicial<br />
de espécies florestais<br />
para fins de uso múltiplo na<br />
região central de minas gerais<br />
Fotos: divulgação<br />
GABRIELA PARANHOS BARBOSA<br />
IFMG/SJE (INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS<br />
-CAMPUS SÃO JOÃO EVANGELISTA)<br />
GILCIANO SARAIVA NOGUEIRA<br />
DEF/UFVJM (DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA<br />
FLORESTAL/ UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO<br />
JEQUITINHONHA E MUCURI)<br />
MARCIO LELES ROMARCO DE OLIVEIRA<br />
DEF/UFVJM (DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA<br />
FLORESTAL/ UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO<br />
JEQUITINHONHA E MUCURI)<br />
JOSIANE SILVA BRUZINGA<br />
IEX/UNIFESSPA (INSTITUTO DE ESTUDOS DO XINGU /<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ)<br />
RENATO VINÍCIUS OLIVEIRA CASTRO<br />
DEFLO/UFSJ (DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL/<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI)<br />
GLEYCE CAMPOS DUTRA<br />
DEF/UFVJM (DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA<br />
FLORESTAL/ UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO<br />
JEQUITINHONHA E MUCURI)<br />
58 www.referenciaflorestal.com.br
<strong>Fevereiro</strong> <strong>2022</strong> 59
PESQUISA<br />
ORESUMO<br />
objetivo do estudo foi avaliar o crescimento<br />
inicial de espécies florestais para fins de<br />
uso múltiplo e avaliar suas potencialidades<br />
para a região central de Minas Gerais. Para<br />
o estudo, foram utilizados experimentos<br />
com indivíduos das espécies de Mognos Africanos (Khaya<br />
ivorensis A. Chev., Khaya seneganlensis A. Juss), Cedro<br />
australiano (Toona ciliata M. Roem var. australis), Cedro<br />
indiano (Acrocarpus fraxinifolius Wight & Arn), Nim indiano<br />
(Azadirachta indica A. Juss), Paricá (Schizolobium<br />
amazonicum Huber ex. Ducke) e Jequitibá Rosa (Cariniana<br />
legalis (Martius) O. Kuntze), além de um povoamento de<br />
Khaya ivorensis pertencentes à Fazenda das Pedras, em<br />
Curvelo (MG). Foi realizada avaliação dos experimentos,<br />
nas idades 24, 36 e 48 meses, em que foram mensuradas<br />
à circunferência a 1,30 m de altura (cap) e estimada a<br />
altura total (H) de todos os indivíduos das áreas experimentais.<br />
No povoamento, foi realizado censo florestal nas<br />
mesmas idades, sendo também mensurada a cap e H de<br />
todos os indivíduos. O crescimento inicial das espécies foi<br />
avaliado por meio de gráficos mostrando as tendências de<br />
crescimento das variáveis H, diâmetro a 1,30m de altura<br />
(dap) e Volume (V). A espécie Paricá apresentou o maior<br />
O objetivo deste estudo foi<br />
avaliar o crescimento inicial de<br />
espécies florestais para fins<br />
de uso múltiplo e avaliar suas<br />
potencialidades para a região<br />
central de Minas Gerais<br />
60 www.referenciaflorestal.com.br
crescimento em dap e H ao longo dos anos de avaliação<br />
dos experimentos, seguida das espécies Khaya ivorensis,<br />
Cedro Australiano e Cedro Indiano. Os resultados de crescimento<br />
encontrados permitem indicar as espécies mais<br />
potenciais para fins de uso múltiplo na região central de<br />
Minas Gerais.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Nas últimas décadas, as acentuadas explorações de<br />
espécies florestais nativas, provocaram significativa diminuição<br />
de madeiras nobres, especialmente no hemisfério<br />
sul, em países de clima tropical e subtropical (Casaroli et<br />
al., 2018). Uma alternativa para a exploração predatória<br />
de madeira nobre de espécies nativas é o plantio de espécies<br />
florestais. Com o aumento da utilização de madeira<br />
de reflorestamentos para esta finalidade, cresce também<br />
o interesse por espécies florestais alternativas, com características<br />
tecnológicas para esse uso (Brighenti; Muller,<br />
2014). No Brasil, têm sido utilizadas espécies de Mogno<br />
Africano (Khaya ivorensis A. Chev., Khaya seneganlensis<br />
A. Juss.), Cedro australiano (Toona ciliata M. Roem var.<br />
australis), Cedro indiano (Acrocarpus fraxinifolius Wight &<br />
Arn), dentre outras.<br />
<strong>Fevereiro</strong> <strong>2022</strong><br />
61
PESQUISA<br />
Além de espécies de madeiras nobres, espécies para<br />
outras finalidades tem surgido como é o caso do Nim indiano<br />
(Azadirachta indica A. Juss) que fornece compostos<br />
químicos para variados usos farmacológicos, medicinais e<br />
no combate de pragas agrícolas (Martinez et al., 2011). Algumas<br />
nativas, como o Paricá (Schizolobium amazonicum<br />
Huber ex. Ducke), tem sido muito disseminada entre os<br />
silvicultores devido à facilidade de obtenção de sementes<br />
e ao baixo custo de implantação, e por fornecerem matéria<br />
prima para indústria de celulose, utilização na fabricação<br />
de laminados e compensados, para a indústria moveleira<br />
e construção civil (Rosa, 2006; Ohashi et al., 2010).<br />
Embora seja crescente o uso de espécies alternativas em<br />
reflorestamentos no Brasil, ainda são escassos os estudos<br />
dessas espécies, e desta forma pouco se sabe sobre o<br />
crescimento das mesmas, principalmente em algumas<br />
regiões do país com características edáficas e climáticas<br />
específicas. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar<br />
o crescimento inicial de espécies florestais para fins de<br />
uso múltiplo e avaliar suas potencialidades para a região<br />
central de Minas Gerais.<br />
MATERIAL E MÉTODOS<br />
Para o estudo, foram utilizados experimentos com<br />
plantio de espécies florestais nativas e exóticas, além de<br />
um povoamento de Mogno Africano (Khaya ivorensis)<br />
pertencentes à Fazenda das Pedras, localizada em Curvelo,<br />
na região central de Minas Gerais. A região, com características<br />
típicas do bioma Cerrado, apresenta clima Cwa<br />
considerado subtropical de inverno seco e verão quente,<br />
e índice pluviométrico médio anual entre 1100 e 1200<br />
mm (INMET, 2018). Os solos predominantes na região são<br />
argilosos, de baixa fertilidade natural e com baixos teores<br />
de matéria orgânica.<br />
Os experimentos são instalados em três áreas distintas,<br />
denominadas Pé de Manga (1,88 ha), Campina (1,88<br />
ha) e Grão Mogol (0,50 ha). Esses experimentos foram<br />
organizados em parcelas de 625 m2, sendo 25 indivíduos<br />
por parcela em espaçamento de 5 m x 5 m. Na área Pé de<br />
Manga as parcelas experimentais contêm indivíduos das<br />
espécies de Mogno Africano (Khaya ivorensis, Khaya senegalensis),<br />
Cedro Australiano (clone 1151), Cedro Indiano,<br />
Jequitibá Rosa (Cariniana legalis (Martius) O. Kuntze), Paricá<br />
e Nim Indiano. Cada espécie apresenta 3 parcelas de<br />
repetições, com 25 mudas/parcela. Na área Campina, são<br />
parcelas experimentais das espécies Khaya ivorensis, Khaya<br />
senegalensis, Cedro Indiano, Cedro Australiano (clone<br />
1151), Cedro Australiano (clone 1210), Paricá e Nim Indiano,<br />
também em 3 repetições de 25 mudas/parcela. E na<br />
área Grão Mogol são parcelas experimentais das espécies<br />
Khaya ivorensis, Khaya senegalensise Cedro Australiano<br />
(clone 1210), sendo 2 repetições de 25 mudas/parcela<br />
Uma alternativa para a<br />
exploração predatória de<br />
madeira nobre de espécies<br />
nativas é o plantio de espécies<br />
florestais<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br
para cada espécie. Foi realizada avaliação dos experimentos<br />
por três anos consecutivos, nas idades 24, 36 e 48 meses,<br />
em que foram mensuradas à circunferência a 1,30 m<br />
de altura (cap) com fita métrica e estimada a altura total<br />
(H) por meio de um hipsômetro Haglof, de todos os indivíduos<br />
das áreas experimentais. Já o povoamento de Mogno<br />
Africano (Khaya ivorensis), possui uma área de 20 ha,<br />
foi implantado em 2014, em espaçamento de 5m x 5m.<br />
Foi realizado o inventário 100% (censo) dos indivíduos,<br />
nas idades 24, 36 e 48 meses, sendo mensurada a cap e<br />
estimada a H de todos os indivíduos do povoamento. As<br />
linhas de plantio foram localizadas por meio da coleta de<br />
suas coordenadas geográficas, com o auxílio de um GPS<br />
de navegação.<br />
A versão completa deste artigo pode ser lida através do<br />
seguinte link: https://www.brazilianjournals.com/index.<br />
php/BRJD/article/view/26210/20806<br />
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<strong>Fevereiro</strong> <strong>2022</strong><br />
63
AGENDA<br />
AGENDA<strong>2022</strong><br />
Dúbai Woodshow<br />
Data: 15 a 17<br />
Local: Dubai (EAU)<br />
www.woodshowglobal.com/dubai<br />
Feria Forestal<br />
Data:24 a 27<br />
Local: Posadas, Misiones (ARG)<br />
feriaforestal.com.ar/pt/<br />
MARÇO<br />
<strong>2022</strong><br />
MARÇO<br />
<strong>2022</strong><br />
MAR<br />
<strong>2022</strong><br />
FERIA FORESTAL<br />
A Feria Forestal Argentina acontecerá de 24 a 27 de<br />
março de <strong>2022</strong>, no Parque do Conhecimento em Posadas,<br />
província de Misiones. Apresentando notícias de empresas<br />
argentinas e internacionais relacionadas aos setores<br />
de madeira, indústrias florestais, indústria da madeira,<br />
mobiliário, soluções tecnológicas, meio ambiente, mobiliário<br />
e muito mais. As empresas mais importantes do<br />
segmento se reunirão mais uma vez no evento gratuito<br />
mais importante de toda a região.<br />
Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />
EXPOFOREST <strong>2022</strong><br />
Data: 6 a 10<br />
Local: Santa Cruz de la Sierra (Bolívia)<br />
fexpocruz.com.bo/expoforest/<br />
ABRIL<br />
<strong>2022</strong><br />
MAI<br />
<strong>2022</strong><br />
SHOW FLORESTAL<br />
O Show <strong>Florestal</strong> MS é a nova feira florestal nacional<br />
que vem para impulsionar o crescimento do mercado<br />
industrial de florestas plantadas, promover inovação e<br />
gerar negócios. A feira vai acontecer em Três Lagoas,<br />
no Mato Grosso do Sul, região estratégica para o<br />
desenvolvimento do eucalipto como matéria-prima da<br />
indústria florestal e que abriga renomadas indústrias<br />
de celulose.<br />
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AGENDA<strong>2022</strong><br />
MAIO<br />
<strong>2022</strong><br />
Show <strong>Florestal</strong><br />
Data: 24 a 26<br />
Local: Três Lagoas (MS)<br />
www.showflorestal.com.br/<br />
JUNHO<br />
<strong>2022</strong><br />
ASSINE AS PRINCIPAIS<br />
REVISTAS DO SETOR<br />
E FIQUE POR DENTRO<br />
DAS NOVIDADES!<br />
WoodEX for Africa <strong>2022</strong><br />
Data: 7 a 9<br />
Local: Joanesburgo (África do Sul)<br />
www.woodexforafrica.com<br />
INFORMAÇÃO<br />
A ALMA DO NEGÓCIO!<br />
FLORESTAL<br />
INDUSTRIAL<br />
PRODUTOS<br />
BIOMAIS<br />
JULHO<br />
<strong>2022</strong><br />
CELULOSE<br />
AFRIWOOD Ethiopia <strong>2022</strong><br />
Data: 7 a 9<br />
Local: Adis Abeba (Etiópia)<br />
https://www.expogr.com/ethiopia/<br />
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65
ESPAÇO ABERTO<br />
Foto: divulgação<br />
Desafios da<br />
crise energética<br />
E O ESG<br />
Por Luiz Marcatti e Herbert Steinberg,<br />
Fundador e presidente do conselho da<br />
MESA Corporate Governance<br />
A dimensão social do<br />
ESG tem uma inevitável<br />
correlação com o<br />
desenvolvimento<br />
sustentável<br />
O<br />
s intensos debates sobre o desenvolvimento sustentável<br />
têm impulsionado as sociedades, as empresas, as organizações<br />
e os governos a pensarem em ações realmente<br />
efetivas para se alcançar esse objetivo. Os desafios têm<br />
escala global, e, como tal, envolvem tentativas de acordos<br />
e alinhamentos das economias quanto ao uso de recursos naturais,<br />
com as esperadas resistências de algumas partes. De qualquer maneira,<br />
a agenda tem avançado, com uma visível mudança de comportamento<br />
das empresas, que a cada dia mais adotam diretrizes ESG, para<br />
responder às exigências de investidores e consumidores.<br />
É nesse contexto internacional de descarbonização, que o Brasil<br />
agora se vê, pela terceira vez neste século, inseguro para garantir o<br />
pleno abastecimento de energia para a população e para as empresas.<br />
Não falta competência técnica dos operadores do sistema elétrico<br />
nacional e o país também conta com avanços no monitoramento das<br />
redes, melhor gerenciamento remoto e um eficiente sistema de supervisão<br />
e controle. Apesar disso, o tratamento dado às crises de fornecimento<br />
de energia ficou concentrado em questões conjunturais, como<br />
ajustes de demanda, controles tarifários e administração de reservatórios,<br />
em vez de se focar em aspectos estruturais.<br />
A excessiva dependência brasileira da matriz hídrica para a geração<br />
de energia elétrica faz com que a maioria das ações contra crises de<br />
abastecimento seja pontual. Não por acaso, é comum que as preocupações<br />
girem em torno das previsões climáticas. A despeito dos avanços<br />
na geração e na distribuição de energia, sabe-se que dar atenção<br />
apenas a problemas sazonais não é uma boa estratégia no enfrentamento<br />
de situações como uma crise aguda de curto prazo de temas de<br />
mais amplo alcance, como mudanças climáticas, transição energética e<br />
descarbonização.<br />
A dimensão social do ESG tem uma inevitável correlação com o<br />
desenvolvimento sustentável. Diante da velocidade vertiginosa das<br />
transformações em curso no mundo, as empresas têm o desafio da requalificação<br />
e recolocação de capital humano, que impacta também na<br />
empregabilidade, renda e saúde — no “S”, portanto.<br />
Do ponto de vista do fornecimento de energia elétrica, o Brasil<br />
deve adotar variadas fontes e soluções durante a transição — como o<br />
biocombustível — e se aproveitar do crescimento exponencial das novas<br />
tecnologias, que abrem espaço para hidrogênio verde e produção<br />
de energia eólica e solar. A diversificação significa uma geração distribuída<br />
de menor porte e descentralizada. Essa estratégia não resolve<br />
todos os problemas, mas reforça o portfólio, incentiva a inovação e a<br />
ruptura tecnológica necessárias à formação de alternativas descarbonificadas.<br />
Esse amplo movimento em direção à transição energética exigirá<br />
esforços, terá custos e, como ressalta Bernini, enfrentará obstáculos<br />
como a falta de direcionamento estratégico dos países. As nações precisarão<br />
agir de forma estrutural, com efeitos possíveis inclusive sobre<br />
o atual modo de produção. De qualquer forma, diante da ameaça de<br />
mais curto prazo, representada pela emergência climática, é crucial<br />
que as empresas encontrem o equilíbrio dos aspectos ESG e estejam<br />
atentas a externalidades. Assim podem transformar essas preocupações<br />
em ações para mitigação de riscos e ganho de performance e<br />
resultados.<br />
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Novo sistema de medição de<br />
comprimento ainda mais preciso;<br />
Novo projeto de chassis, mais<br />
robusto, maior durabilidade;<br />
Novos cilindros das facas de<br />
desgalhe;<br />
Pinos substituíveis do Link,<br />
simplificando sua manutenção;<br />
Novo acesso ao ponto para<br />
lubrificação, mais segurança na<br />
manutenção;<br />
Nova geometria da caixa da serra,<br />
que propicia um ciclo de corte mais<br />
rápido com menor lasque da<br />
madeira;<br />
Anéis trava ajustáveis no conjunto<br />
de medição do diâmetro, que<br />
estendem a durabilidade dos<br />
componentes.<br />
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