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Artigo

Uma Década de Políticas

Participativas Municipais em

Lisboa:

Caminho Feito e Novos Desafios

A participação das/os cidadãs/os é, hoje em dia, uma das questões centrais da qualidade da

governação e um dos maiores desafios que se colocam ao poder local.

Entre as várias cidades europeias que fizeram o seu caminho na última década, Lisboa é

talvez um caso paradigmático. Foi a primeira capital europeia a implementar o Orçamento

Participativo (OP), em 2008,

mas também uma cidade

pioneira em muitos outros

projetos.

Podemos vê-lo, por exemplo,

se olharmos para uma primeira

fase de experiências neste

campo (como as Reuniões de

Câmara Descentralizadas, em 2007, ou o Programa Local

de Habitação, em 2008, que realizaria o primeiro processo

local de consulta pública não obrigatória); ou ainda para

uma segunda fase de políticas locais que se concentrariam

em processos de coprodução e coreflexão (como o

Programa BIP/ZIP – Bairros/Zonas de Intervenção

Prioritária, em 2011, ou o Fórum para a Cidadania, em

2014); ou, finalmente, uma terceira fase de políticas

de participação pública orientadas para o público

em geral (como o Lisboa Participa, lançado em

2017, um portal que agrega todas as ferramentas de

participação do município).

Se olharmos, especificamente, para o OP de Lisboa e para

o panorama das suas últimas 10 edições, contabilizamos

um total de 6.204 propostas apresentadas, adaptadas

para 1.957 projetos a votação, que reuniriam no seu total

268.536 votos e que elegeriam 120 projetos vencedores,

correspondentes a um valor total de investimento de

€33.805.668,00 no conjunto de todas as edições. Apenas

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