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Revista Newslab Edição 170

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A Mídia Oficial do Diagnóstico Laboratorial<br />

Ano 29 | <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

Uma visão analítica das<br />

perspectivas e do papel dos<br />

laboratórios e distribuidores para<br />

uma cadeia próspera e longeva.<br />

Acompanhe nessa narrativa ilustrada, a análise crítica e<br />

colaborativa na visão dos Diretores da Equip Diagnóstica, uma<br />

das empresas que mais cresce de forma sustentável focando na<br />

inovação e na qualidade dos relacionamentos.<br />

Destaque especial para a premiação da Equip e Apparat por<br />

figurarem entre os melhores distribuidores do mundo da marca<br />

Zybio nos anos de 2019, 2020 e 2021 .<br />

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Editorial<br />

Ano 29 - <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> - Março 2022<br />

Nós da revista <strong>Newslab</strong>, não poderíamos deixar<br />

de prestar nossas condolências a todas as vítimas<br />

que a declarada guerra contra a Ucrânia já fez.<br />

Uma epidemia emendada a uma guerra?<br />

Que década!<br />

Novamente os soldados se preparam...<br />

justiceiros, impiedosos...<br />

De um lado, o desejo de dominar; do outro,<br />

o de defender. De um lado mísseis; do outro,<br />

bombas. De um lado políticos; do outro,<br />

crianças. De um lado muro; do outro, mares.<br />

Interesses versus dores. Tanques contra carros...<br />

Mais uma vez, prendemos a respiração e<br />

fechamos nossos olhos com a esperança de um<br />

amanhã melhor.<br />

Neste momento, nossa contribuição para este<br />

amanhã concentra-se em continuar nossa<br />

busca pelo conhecimento, por novidades e<br />

a divulgação da ciência. A <strong>Newslab</strong> tem a<br />

satisfação de apresentar duas novas colunas<br />

que estreiam nesta edição.<br />

A Prof. Kelly de Almeida, coordenadora<br />

da qualidade em laboratório de urgência,<br />

inicia com uma temática relevante para os<br />

laboratórios clínicos: a qualidade. Com a coluna<br />

intitulada Qualidade no Laboratório, ela nos<br />

escreve sobre os interferentes pré-analíticos<br />

nas análises clínicas.<br />

A especialista em informações médicas,<br />

Andreza Martins, promete nos trazer o que<br />

há de mais inovador no mercado diagnóstico<br />

e nesta edição discorrerá sobre diagnóstico,<br />

internet e inteligência artificial em sua seção<br />

denominada LabNews. O que será que o<br />

futuro nos reserva?<br />

Você não pode deixar de ler todas essas<br />

novidades, além dos demais artigos e<br />

seções que nossos colunistas prepararam<br />

com tanto esmero.<br />

Nossa luta contra o câncer é declarada a<br />

cada publicação sobre o diagnóstico precoce<br />

e os cuidados necessários. Nesta edição<br />

trouxemos um artigo sobre a importância<br />

do autocuidado na prevenção do melanoma<br />

cutâneo na terceira idade.<br />

E na esperança de que um dia as vidas deixem<br />

de ser usadas como moedas de troca, me<br />

despeço, desejando paz a este mundo tão<br />

cansado de dor; e uma boa leitura a todos<br />

vocês que nos acompanham.<br />

#todasasvidasimportam<br />

Abraços,<br />

Luciene Almeida<br />

Luciene Almeida<br />

Editora Chefe<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />

acessem nossas redes sociais:<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

Ano 29 - <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> - Março 2022<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo - SP<br />

Tel.: (11) 3900-2390 - www.newslab.com.br - revista@newslab.com.br<br />

CNPJ.: 35.678.385/0001-25 - Insc. Est.: 128.209.420.119 - ISSN 0104 - 8384<br />

/revistanewslab<br />

@revista_newslab<br />

EXPEDIENTE<br />

Realização: REVISTA NEWSLAB<br />

Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@newslab.com.br<br />

Jornalista Responsável: Luciene Almeida | redacao@newslab.com.br<br />

Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@newslab.com.br<br />

Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@newslab.com.br<br />

Comercial: Claudia Lima (11) 99214-0430 | comercial2@newslab.com.br<br />

Diagramação e Arte: FC Design | contato@fcdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Hawaii | Periodiciade: Bimestral<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


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ideias em medicamentos inovadores. E agora, mais uma vez,<br />

encontramos uma solução para melhorar a qualidade de<br />

vida daqueles que mais importam: nossos pacientes.<br />

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revista<br />

Normas de Publicação<br />

para artigos e informes de mercado<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />

publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />

Ano 29 - <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> - Março 2022<br />

A Mídia Oficial do Diagnóstico Laboratorial<br />

Ano 29 | <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

Informações aos Autores<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades<br />

em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />

para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso<br />

precise de informações adicionais, entre em contato com<br />

a redação.<br />

Informações aos autores<br />

Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab publica editoriais,<br />

artigos originais, revisões, casos educacionais, resumos de teses<br />

etc. Os editores levarão em consideração para publicação toda e<br />

qualquer contribuição que possua correlação com as análises<br />

clínicas, a patologia clínica e a hematologia.<br />

Todas as contribuições serão revisadas e analisadas pelos<br />

revisores. Os autores deverão informar todo e qualquer<br />

conflito de interesse existente, em particular aqueles de<br />

natureza financeira relativo a companhias interessadas<br />

ou envolvidas em produtos ou processos que estejam<br />

relacionados com a contribuição e o manuscrito apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o termo de compromisso<br />

assinado por todos os autores, atestando a originalidade do<br />

artigo, bem como a participação de todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em português, mas com<br />

Abstract detalhado em inglês. O Resumo e o Abstract deverão<br />

conter as palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente ser<br />

enviadas na forma original, para uma perfeita reprodução.<br />

Se o autor preferir mandá-las por e-mail, pedimos<br />

que a resolução do escaneamento seja de 300 dpi’s, com<br />

extensão em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados e enviados<br />

por e-mail, ordenados em título, nome e sobrenomes<br />

completos dos autores e nome da instituição onde o estudo<br />

foi realizado. Além disso, o nome do autor correspondente,<br />

com endereço completo fone/fax e e-mail também<br />

deverão constar. Seguidos por resumo, palavras-chave,<br />

abstract, keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais e<br />

Métodos, Parte Experimental, Resultados e Discussão,<br />

Conclusão) agradecimentos, referências bibliográficas,<br />

tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no texto com o sobrenome<br />

do devido autor, seguido pelo ano da publicação, segundo<br />

norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada referência citadas no<br />

texto devem vir listadas no fim, com o sobrenome do autor em<br />

primeiro lugar seguido pela sigla do prenome. Ex.: sobrenome,<br />

siglas dos prenomes. Título: subtítulo do artigo. Título do livro/<br />

periódico, volume, fascículo, página inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências. Referências<br />

de contribuições ainda não publicadas deverão ser<br />

mencionadas como “no prelo” ou “in press”.<br />

Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab<br />

A/C: Luciene Almeida – redação<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110<br />

CEP 01407-000 - São Paulo-SP<br />

Pelo e-mail: redacao@newslab.com.br<br />

Ou em http://www.newslab.com.br/publique/<br />

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Uma visão analítica das<br />

perspectivas e do papel dos<br />

laboratórios e distribuidores para<br />

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colaborativa na visão dos Diretores da Equip Diagnóstica, uma<br />

das empresas que mais cresce de forma sustentável focando na<br />

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Zybio nos anos de 2019, 2020 e 2021 .<br />

Contato<br />

A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />

vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />

REDAÇÃO: Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />

TELEFONE: (11) 3900-2390<br />

EMAIL: redacao@newslab.com.br.<br />

Acesse nosso site: www.newslab.com.br<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />

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@revista_newslab<br />

Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país. Os artigos e informes<br />

assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da <strong>Newslab</strong> Editora Eireli.<br />

Filiado à:<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


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Ano 29 - <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> - Março 2022<br />

ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />

ALTONA DIAGNOSTICS 13 KOLPLAST 93<br />

AMAMEDICAL 84-85 LABORLINE 17<br />

BECKMAN COULTER(DIV. LIFE SCIENCE) 08-09 LUMIRADX 97<br />

BIOCON 51 MINDRAY 121<br />

BIOMEDICA 73 MOBIUS 101<br />

BUNZL SAÚDE 03 MP SYSTEMS 47<br />

CELLAVISION 109<br />

NEWPROV 133<br />

DB<br />

4ª CAPA<br />

NIHON KOHDEN 82-83 | 125<br />

DIAGNO 151<br />

NORDISK 04-05<br />

EBRAM 43<br />

PERKIN 27<br />

EQUIP MINAS CAPA | 64<br />

PNCQ 167<br />

ERBA 113<br />

RENYLAB 55<br />

EUROIMMUN 137<br />

SARSTEDT 59<br />

FIRSTLAB 07<br />

GREINER 143<br />

SHIFT 31<br />

GRIFOLS 11 SNIBE 21<br />

GRUPO PRIME<br />

3ª CAPA TBS BINDINGSITE 105<br />

GT GROUP 77 VEOLIA 153<br />

HAGELAB 117 VIDA BIOTECNOLOGIA 14-15<br />

HAMILTON 87 WAMA 141<br />

HORIBA 2ª CAPA | 145 ZYBIO 25<br />

INVITRO 34-35 ZYMO RESEARCH 39<br />

Conselho Editorial<br />

Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento<br />

de patologia da UNIFESP | Prof. José de Souza Andrade Filho - Patologista no hospital Felício Rocho BH, membro da academia Mineira de Medicina e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas do Minas Gerais | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela<br />

Universidade Corporativa da Universidade de São Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo | Luiz Euribel<br />

Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Dr. Amadeo Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de<br />

Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de<br />

Genética da Faculdade Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />

Colaboraram nesta <strong>Edição</strong>:<br />

Humberto Façanha, Fábia Bezerra, Gleiciere Maia Silva, Jorge Luiz Silva Araújo-Filho, Luiz Arthur Calheiros Leite, Brunno Câmara, José de Souza Andrade-Filho, Helena Varela de Araújo, Rafaele Loureiro, Bruna Garcia Nogueira, Natália da Rosa Pioner, Allyne Cristina Grando, Vania Cunha de<br />

Abreu, Rachel Siqueira de Queiroz Simões, Juliana Natally, Valcleir Aparecido Marinho, Cleide Rodrigues Borella, Andreza Patricia Marinho de Souza Martins, Kelly C. Gabriel de Almeida, Fabiano de Abreu, Nágela G. Safady, Suzimara Tertuliano, Luciane Sarahyba, Cesar Higa Nomura, Giovanni<br />

Guido Cerri e Bruna Carlos.<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


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A Mídia Oficial do Diagnóstico Laboratorial<br />

ÍNDICE<br />

Ano 29 | <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

revista<br />

Uma visão analítica das<br />

perspectivas e do papel dos<br />

laboratórios e distribuidores para<br />

uma cadeia próspera e longeva.<br />

Ano 29 - <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> - Março 2022<br />

Acompanhe nessa narrativa ilustrada, a análise crítica e<br />

colaborativa na visão dos Diretores da Equip Diagnóstica, uma<br />

das empresas que mais cresce de forma sustentável focando na<br />

inovação e na qualidade dos relacionamentos.<br />

Destaque especial para a premiação da Equip e Apparat por<br />

figurarem entre os melhores distribuidores do mundo da marca<br />

Zybio nos anos de 2019, 2020 e 2021 .<br />

64<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

EQUIP DIAGNÓSTICA<br />

Uma visão analítica das perspectivas e do papel dos laboratórios<br />

e distribuidores para uma cadeia próspera e longeva.<br />

003104 anúncio newslab 5 páginas.indd 1 23/02/2022 15:56:30<br />

02 - Editorial<br />

69 - Radar Científico - Siemens Healthineers<br />

84 - Publieditorial em Destaque<br />

86 - LabNews<br />

89 - Minuto Laboratório<br />

92 - Qualidade no Laboratório<br />

98 - Neurociência em Foco<br />

99 - Medicina Genômica<br />

104 - Citometria de Fluxo<br />

107 - Coleta de Sangue<br />

114 - Diagnóstico por Imagem<br />

120 - Análises Clínicas<br />

124 - Biossegurança<br />

128 - Hematologia<br />

130 - Entrevista Horiba Brasil<br />

131 - Logística Laboratorial<br />

132 - Informes de Mercado<br />

172 - Analogias em Medicina<br />

16<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

RASTREAMENTO DO CÂNCER DE PRÓSTATA<br />

ATRAVÉS DA DOSAGEM DO ANTÍGENO<br />

PROSTÁTICO ESPECÍFICO<br />

28<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

A IMPORTÂNCIA DO AUTOCUIDADO NA<br />

PREVENÇÃO DO MELANOMA CUTÂNEO<br />

NA TERCEIRA IDADE<br />

48<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

OS BENEFÍCIOS DA AUTOMAÇÃO NA<br />

MEDICINA LABORATORIAL<br />

56<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

BREVE ANÁLISE COMPORTAMENTAL DO<br />

MERCADO DAS ANÁLISES CLÍNICAS<br />

118<br />

LADY NEWS<br />

ESTRATÉGIAS DE FIDELIZAÇÃO DE<br />

CLIENTES NO LABORATÓRIO<br />

Autores: Natália da Rosa Pioner,<br />

Allyne Cristina Grando.<br />

Autoras: Vania Cunha de Abreu,<br />

Rachel Siqueira de Queiroz Simões<br />

Autores: MELLO, Juliana Natally,<br />

COSTA, Valcleir Aparecido Marinho<br />

Autor: Humberto Façanha da Costa Filho.<br />

Autora: Bruna Carlos.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


ANVISA aprova o registro do<br />

AltoStar® HIV RT-PCR Kit 1.5<br />

O kit detecta e quantifica o RNA específico do vírus da imunodeficiência humana (HIV)<br />

(grupos M, N e O) no plasma humano com EDTA. Ele foi projetado para uso com o Fluxo de<br />

Trabalho de Diagnóstico Molecular AltoStar®, que oferece maior flexibilidade no<br />

gerenciamento de amostra para PCR.<br />

MONITORAMENTO CONFIÁVEL DA CARGA VIRAL<br />

Projetado como um ensaio de alvo duplo, o AltoStar® HIV RT-PCR Kit 1.5 permite a amplificação de regiões<br />

separadas do genoma do HIV-1 para monitorar pacientes infectados pelo HIV.<br />

O vírus da imunodeficiência humana (HIV) pertence ao gênero Lentivirus, que é um subgrupo da família Retroviridae.<br />

Das duas espécies de HIV descritas – HIV tipo 1 (HIV-1) e HIV tipo 2 (HIV-2) – o HIV-1 é o mais comum.<br />

Para mais informações sobre os nossos produtos para doenças infecciosas e para acesso ao portfólio completo,<br />

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CONVENÇÃO<br />

VIDA BIOTECNOLOGIA<br />

2022<br />

Evoluir para<br />

transformar<br />

Esse é o nosso novo propósito, nosso<br />

novo posicionamento. E, de uma coisa,<br />

a gente tem certeza. Ele só faz sentido,<br />

quando pensamos coletivamente. Por isso,<br />

para mostrar ao mercado as novidades<br />

que trazemos neste ano, realizamos, em<br />

fevereiro, a Convenção Vida Biotecnologia<br />

2022. Foi uma honra receber, em Belo<br />

Horizonte, tanta gente compromissada<br />

com o desenvolvimento do nosso setor.<br />

Veja um pouquinho do que aconteceu em<br />

nossa convenção e fique por dentro de<br />

tudo em nossas redes.<br />

“Foi um evento muito bem elaborado. Contemplou tanto<br />

distribuidores de todo o Brasil quanto a equipe da empresa.<br />

A interação foi bem importante. Aproveitamos o evento para<br />

demandar algumas sugestões à equipe operacional e comercial.<br />

Com relação aos lançamentos, confirma a preocupação da<br />

empresa em apresentar um portfólio completo para as<br />

demandas laboratoriais. Deixo aqui os parabéns pelo evento<br />

que foi grandioso.“<br />

Samuel Borges Ponte<br />

CDH Diagnóstica - RN/PB<br />

“A Convenção Anual da Vida Biotecnologia 2022 foi um<br />

evento bastante enriquecedor, onde pudemos conhecer muitas<br />

inovações tecnológicas e equipamentos de ponta. As novas<br />

linhas de hematologia e coagulação são excelentes exemplos de<br />

equipamentos que irão agregar ainda mais ao nosso portfólio de<br />

produtos. Nós da Winlab Tech estamos muito felizes em manter<br />

esta parceria com a Vida, afinal partilhamos do mesmo desejo<br />

de atender bem aos nossos clientes, buscando sempre a melhor<br />

solução com eficiência e qualidade.“<br />

Gleidson da Cruz Mesquita<br />

Winlab Tech - BA


“A Diaglab distribuidora de produtos para Laboratórios, com<br />

atuação nos Estados de GO, DF, TO , MS e MT, teve a satisfação<br />

de participar da convenção de vendas da Vida Biotecnologia 2022,<br />

sendo premiada como seu distribuidor com maior crescimento de<br />

vendas no ano de 2021, onde vivenciamos experiências incríveis,<br />

vários lançamentos de novos produtos, ambiente descontraído,<br />

com excelente estrutura. Participamos de várias palestras<br />

de produtos com assessoria científica, assistência técnica e<br />

departamento comercial. Parabenizamos a Vida Biotecnologia<br />

pelo evento, empresa que investe e investirá muito no mercado<br />

diagnóstico brasileiro. Agradecemos a confiança e a parceria em<br />

nós depositada . Vamos em frente em 2022.”<br />

Guilherme Fernandes<br />

Diaglab - DF/TO<br />

“A Convenção foi muito boa em todos sentidos, bem organizada e<br />

até melhor que a de algumas multinacionais.<br />

Gostei dos lançamentos de hemato e bioquímica de grande porte.<br />

Além da gasometria.<br />

Fiquei interessado pelos descontos do evento e pelo parcelamento<br />

em 10 vezes dos produtos. Ótima oportunidade de negócios.”<br />

Jadson Pedro Garcia de Oliveira<br />

Labortrônica - GO<br />

“Achei muito bem montada e executada. O local também muito<br />

bonito. Percebi toda a equipe da Vida bastante envolvida e<br />

motivada.<br />

Dos lançamentos, achei o da gasometria o mais interessante, por<br />

ter poucos concorrentes no mercado.”<br />

Álvaro Luís Chies<br />

Centrallab - RS<br />

“Achei tudo muito bom ou, melhor, ótimo! Agenda perfeita, onde<br />

os horários foram cumpridos e decorridos os trabalhos de forma<br />

clara e objetiva. O ambiente simples porém muito acolhedor, nada<br />

maçante e cansativo. Os coffee breaks e os almoços de altíssima<br />

qualidade, palestrantes bem preparados e fechamento ímpar com<br />

o palestrante do BOPE e as premiações de forma democrática.<br />

Quanto aos lançamentos, acho que a Gasometria, Hematologia<br />

3D, Analisadores de Bioquímicas e Hematologias de portes<br />

maiores irão nos permitir atingir clientes de alta performance.<br />

Também me interessei pelos anúncios das ampliações<br />

dos insumos em parâmetros que ainda não temos.<br />

Será uma ótima oportunidade poder ofertar esses produtos<br />

dentre as nossas soluções.”<br />

Agostinho Gleiton<br />

Labiotek - RO/AC<br />

“A convenção foi um ótimo evento para entender a dimensão da<br />

evolução da Vida Biotecnologia em todo o país, seu projeto de<br />

crescimento e desenvolvimento de novas linhas de equipamentos<br />

e produtos para diagnóstico clínico. Os lançamentos que mais<br />

chamaram a minha atenção foram as bioquímicas de grande<br />

porte, hematologias de grande porte e gasometria.”<br />

“Evento maravilhoso! Já fui assessor da Roche, Labtest e In<br />

Vitro (Human) e não fui tão bem recebido como fui pela Vida<br />

Biotecnologia. Gostaria de aproveitar para parabenizar a todos<br />

pelo empenho e dedicação. Os lançamentos são extremamente<br />

condizentes e sensatos com a rotina dos laboratórios.<br />

Equipamentos que atendem várias rotinas, além dos materiais de<br />

consumo diário como pré-analíticos e outros.<br />

Parabéns a todos que compõem a família<br />

Vida Biotecnologia.”<br />

Erick Taques<br />

Medical Centro Oeste - MT/MS<br />

“A convenção foi muito bem organizada com surpresas agradáveis<br />

e muita inovação. Passou para os distribuidores a sensação de<br />

estar com um parceiro muito seguro e que sabe o que pretende<br />

no mercado diagnóstico. Gostei mais da máquina de bioquímica<br />

de 400 testes e da gasometria. Gasometria e hematologia são<br />

grandes oportunidades, pois tanto uma como a outra oferecem<br />

diferenciais importantes em relação a concorrência.”<br />

Gilles Augusto Oliver<br />

Labmig - MG<br />

“A convenção da VIDA BIOTECNOLOGIA foi a melhor convenção<br />

que já participei em todo o tempo que estou na área de<br />

diagnóstico. Com todos os cuidados devido à pandemia, excelente<br />

organização, um visual muito bonito e com a nova logomarca da<br />

VIDA, tudo ficou ainda mais bonito e moderno.<br />

Quanto aos lançamentos, achei todos muito bons para o nosso<br />

atual mercado. Equipamentos modernos, com baixo custo dos<br />

reagentes, preços competitivos e com qualidade para podermos<br />

atender nosso cliente final.<br />

Com a linha de equipamentos que hoje a VIDA BIOTECNOLOGIA<br />

dispõe para nós distribuidores, conseguimos ter muito mais<br />

oportunidades em todos os tipos de clientes de pequeno, médio e<br />

grande porte e também nas clínicas e hospitais veterinários, que é<br />

um leque que cresce anualmente.<br />

Realizamos um trabalho excelente no ano de 2021 com total<br />

apoio da VIDA BIOTECNOLOGIA, o qual nos rendeu 4 prêmios que<br />

recebemos na convenção anual. Inclusive o de 1° lugar geral em<br />

vendas do ano de 2021.<br />

Prêmio que agradecemos primeiro a DEUS, aos nossos<br />

colaboradores pelo empenho e dedicação e a toda equipe da VIDA<br />

BIOTECNOLOGIA por confiar e dar total apoio ao nosso trabalho.<br />

Porque juntos somos mais fortes e vamos mais longe.<br />

E, para fechar com chave de ouro a convenção, uma palestra<br />

com o ex-capitão do BOPE do Rio de Janeiro, que foi para abrir<br />

os olhos, crescer ainda mais a nossa confiança e sempre pensar<br />

positivo e estar alerta.”<br />

José Antonio Santos<br />

Santos-Stralab - AL/SE/PE<br />

Rodrigo Reis Quintella<br />

Labmedic - RJ<br />

vidabiotecnologia.com.br<br />

B I O T E CNO L OGIA


ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

RASTREAMENTO DO CÂNCER DE PRÓSTATA<br />

ATRAVÉS DA DOSAGEM DO ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO<br />

Autores:<br />

Natália da Rosa Pioner1, Allyne Cristina Grando1<br />

1 - Universidade Luterana do Brasil (ULBRA).<br />

Canoas, RS, Brasil<br />

* Imagem ilustrativa<br />

Resumo<br />

Introdução: O câncer de próstata é o tipo mais comum no homem e o<br />

segundo com maior mortalidade. De acordo com os dados do Instituto<br />

Nacional do Câncer (INCA) que relatam a ocorrência de 65.840 casos<br />

em 2020 com taxa de incidência de 29,2% em relação aos outros tipos<br />

de câncer. Geralmente na sua fase inicial o câncer de próstata não<br />

apresenta nenhum sintoma, e quando vêm apresentar, esses sintomas<br />

são semelhantes ao de crescimento benigno da próstata. A dosagem do<br />

Antígeno Prostático Específico (PSA) é utilizada mundialmente desde os<br />

anos 90 para monitoramento e prognóstico da doença, pois é sintetizado<br />

quase que exclusivamente nos ductos e nas células epiteliais da próstata.<br />

Objetivo: Realizar uma revisão da literatura sobre o rastreamento do<br />

câncer de próstata através da dosagem do PSA. Metodologia: Foram<br />

utilizados como base de dados artigos científicos, periódicos, revistas<br />

eletrônicas, sites oficiais e livros. As plataformas de busca desses artigos<br />

foram: Scientific Eletronic Library Online, US National of Medicine National<br />

Institutes of Health, Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências<br />

da Saúde, Instituto Nacional do Câncer e Organização Mundial da Saúde,<br />

nos idiomas português e inglês. Considerações finais: A prática do<br />

rastreamento universal do câncer de próstata com dosagem de PSA não é<br />

recomendada em função do percentual de sobrediagnóstico e malefícios<br />

aos pacientes. O rastreamento universal de toda população masculina<br />

sem considerar idade, raça, histórico familiar e principalmente se possui<br />

ou não sintoma gera muitas controvérsias para o diagnóstico do câncer<br />

de próstata, onde os pacientes acabam sendo submetidos a biópsias que<br />

tem um grande potencial de complicações, e que ainda podem alterar de<br />

maneira negativa a qualidade de vida destes.<br />

Palavras-chave: Câncer de próstata; Antígeno prostático específico;<br />

Rastreamento de câncer de próstata.<br />

Abstract<br />

Introduction: Prostate cancer is the most common type in men<br />

and the second with the highest mortality. According to data from<br />

the National Cancer Institute (INCA) that report the occurrence of<br />

65,840 cases in 2020 with an incidence rate of 29.2% in relation<br />

to other types of cancer. Generally in its early stage prostate cancer<br />

does not have any symptoms, and when they do, these symptoms<br />

are similar to benign prostate growth. The dosage of Prostate-<br />

Specific Antigen (PSA) has been used worldwide since the 1990s for<br />

monitoring and prognosis of the disease, as it is synthesized almost<br />

exclusively in the ducts and epithelial cells of the prostate. Objective:<br />

To conduct a literature review on prostate cancer screening using PSA<br />

measurement. Methodology: Scientific articles, periodicals, electronic<br />

journals, official websites and books were used as a database. The<br />

search platforms for these articles were: Scientific Electronic Library<br />

Online, US National of Medicine, National Institutes of Health, Latin<br />

American and Caribbean Literature in Health Sciences, National<br />

Cancer Institute and World Health Organization, in Portuguese and<br />

English. Final considerations: The practice of universal screening for<br />

prostate cancer with PSA dosage is not recommended due to the<br />

percentage of overdiagnosis and harm to patients. The universal<br />

screening of the entire male population without considering age,<br />

race, family history and especially whether it has symptoms or not<br />

generates many controversies for the diagnosis of prostate cancer,<br />

where patients end up undergoing biopsies that have a great<br />

potential for complications, and that can still negatively alter their<br />

quality of life.<br />

Keywords: Prostate cancer; Prostate-specific antigen; Screening for<br />

prostate cancer.<br />

0 16<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


Autores: Natália da Rosa Pioner1, Allyne Cristina Grando1<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

Introdução<br />

O câncer de próstata é o tipo mais<br />

comum no homem e o segundo<br />

com maior mortalidade. Dados<br />

de próstata não apresenta nenhum<br />

sintoma, e quando vêm apresentar,<br />

esses sintomas são semelhantes ao<br />

de crescimento benigno da próstata.<br />

lugar, brancos em segundo e<br />

japoneses em terceiro. (15,22,23,29)<br />

O fator de risco considerado<br />

do Instituto Nacional do Câncer<br />

(1)<br />

Existem diversos fatores que são<br />

importante é a dieta, dessa<br />

(INCA) mostraram a ocorrência<br />

apontados como os principais para<br />

forma uma alimentação rica<br />

de 65.840 casos em 2020 com<br />

o aumento da incidência do câncer<br />

em gordura saturada e pobre<br />

taxa de incidência de 29,2% em<br />

de próstata como as campanhas de<br />

em fibras aumenta o risco de<br />

relação aos outros tipos de câncer.<br />

identificação da doença, onde se<br />

desenvolvimento de câncer de<br />

Os aumentos destas taxas de<br />

identifica mais homens com a doença<br />

próstata. Em casos de obesidade,<br />

incidência podem ser justificados<br />

e também maus hábitos alimentares,<br />

o câncer de próstata pode ser<br />

por um percentual de evolução de<br />

sedentarismo, consumo de cigarro,<br />

identificado tardiamente, nesses<br />

métodos de diagnóstico, aumento<br />

obesidade e histórico familiar. (2,1,13,23)<br />

casos o excesso de tecido adiposo<br />

na expectativa de vida pela<br />

dificulta e acaba interferindo no<br />

melhoria da qualidade de sistemas<br />

A grande maioria dos casos ocorre<br />

exame de toque retal, não tendo<br />

de informação. (1,13,19) A taxa de<br />

com idade superior a 50 anos e<br />

confiabilidade e também na<br />

mortalidade por câncer de próstata<br />

principalmente naqueles homens<br />

dosagem de antígeno prostático<br />

no Brasil no ano de 2019 foi de<br />

com histórico familiar. De acordo<br />

específico (PSA). Homens obesos<br />

15.983 casos, sendo responsável<br />

com histórico o risco aumenta<br />

têm concentrações séricas de PSA<br />

por 13,1% das mortes causadas<br />

quando se trata de um parente<br />

mais baixas do que homens com<br />

por câncer. É considerado um<br />

de primeiro grau como pai ou<br />

peso normal, provavelmente pelos<br />

câncer de terceira idade, pois em<br />

irmão que tem ou teve a doença,<br />

níveis menores de testosterona<br />

75% das vezes acomete homens a<br />

e pode aumentar de 10,9 vezes<br />

devido à baixa atividade<br />

partir dos 65 anos de idade. (1,17,18)<br />

quando três parentes possuem<br />

androgênica e maior volume<br />

doença. Nesses casos é indicado<br />

plasmático que acaba dificultando<br />

A próstata é uma glândula que<br />

que sejam realizados exames<br />

a detecção precoce, já que a<br />

fica localizada na parte baixa do<br />

preventivos a partir de 40 anos.<br />

biópsia só será indicada quando os<br />

abdômen. É um órgão pequeno que<br />

Com informações sobre raça/<br />

valores de PSA excedem 4ng/ml.<br />

está localizado na região abaixo da<br />

etnia, considerando que estes<br />

Desta forma esses fatores podem<br />

bexiga e à frente do reto, onde envolve<br />

fatores podem aumentar o risco<br />

levar um diagnóstico tardio pelos<br />

a parte inicial da uretra e também<br />

do aparecimento de um câncer.<br />

valores mascarados, enquanto<br />

produz uma porção do sêmen. (1,20)<br />

Desta forma classificando negros<br />

um homem de peso normal seria<br />

Geralmente na sua fase inicial o câncer<br />

e norte-americanos em primeiro<br />

indicativo de biópsia. (15,16)<br />

0 18<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


Todos os anos são realizadas<br />

campanhas como Novembro Azul,<br />

que é uma campanha mundial do<br />

combate ao câncer de próstata,<br />

para estimular o rastreamento, com<br />

a finalidade de detecção precoce do<br />

câncer sendo indicada a uma faixa<br />

etária definida, afim da redução<br />

das complicações e mortalidade,<br />

indicando o exame de toque retal e<br />

a dosagem de PSA. (1)<br />

Figura 1: Próstata<br />

Adpatado de: NEAD/INCA<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

Porém, o INCA e Organização<br />

Mundial da Saúde (OMS) não<br />

recomendam a estruturação de<br />

programas de rastreamento para o<br />

câncer de próstata. Eles apontam<br />

que toda a revisão de pesquisas<br />

que apresentam boa qualidade<br />

cientifica que foram realizadas<br />

até o momento indicam que não<br />

se tem evidências de que exames<br />

para rastreamento em homens<br />

sem sintomas possa reduzir<br />

a mortalidade, ressaltando<br />

também, que o exame de<br />

dosagem de PSA mesmo sendo<br />

muito utilizado pode trazer<br />

problemas de segurança em<br />

relação aos resultados, podendo<br />

identificar incorretamente o<br />

câncer de próstata em alguém<br />

que não possui a doença, tendo<br />

um Baixo Valor Preditivo Positivo.<br />

(1,3)<br />

Porém, não descartam a<br />

preocupação em relação à doença,<br />

destacando ser necessário realizar<br />

investimento para diagnóstico em<br />

pacientes que possuem sintomas<br />

e tratamento para aqueles que já<br />

estão doentes. (1,17)<br />

Portanto, o objetivo deste trabalho<br />

foi realizar uma revisão da literatura<br />

sobre o rastreamento do câncer de<br />

próstata através da dosagem do<br />

antígeno prostático específico.<br />

Metodologia<br />

Foi realizada uma revisão de<br />

literatura, utilizando-se como<br />

base de dados artigos científicos,<br />

periódicos, revistas eletrônicas, sites<br />

oficiais e livros. As plataformas de<br />

busca desses artigos foram: SciELO<br />

(Scientific Eletronic Library Online)<br />

Pubmed (US National of Medicine<br />

National Institutes of Health).<br />

LILACS, INCA (Instituto Nacional do<br />

Câncer) OMS (Organização mundial<br />

da Saúde). Os descritores utilizados<br />

para facilitar a pesquisa foram:<br />

Câncer de próstata; Antígeno<br />

prostático específico; Rastreamento<br />

de câncer de próstata. Prostate<br />

cancer; Prostate-specific antigen;<br />

Screening for prostate cancer. Os<br />

artigos foram selecionados quanto<br />

à relevância do tema, a busca<br />

selecionou artigos publicados em<br />

português e inglês.<br />

Próstata<br />

A próstata é uma glândula que<br />

fica localizada na região pélvica,<br />

tem a função de produzir o<br />

líquido prostático, que junto<br />

com líquido seminal irá nutrir os<br />

espermatozoides auxiliando na<br />

sua mobilidade. Seu tamanho<br />

é aproximadamente a de<br />

uma ameixa, com o tempo<br />

fisiologicamente pode aumentar<br />

de tamanho, conforme Figura 1. (20)<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 19


Autores: Natália da Rosa Pioner1, Allyne Cristina Grando1<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

No organismo podem existir formas<br />

controladas e descontroladas de<br />

crescimento celular. Metaplasia,<br />

hiperplasia e displasia são exemplos<br />

de crescimento controlado,<br />

as neoplasias representam o<br />

crescimento descontrolado e são<br />

chamadas de tumores. (24,26)<br />

Os tumores podem ser classificados<br />

entre benignos que apresentam<br />

crescimento lento e não invasivo,<br />

já os malignos tem crescimento<br />

desordenado e pode se infiltrar nos<br />

tecidos vizinhos. O tumor exibe uma<br />

variedade de células, a de tumores<br />

benignos reproduzem células<br />

semelhantes ao tecido de origem.<br />

As células de tumores malignos<br />

têm graus variados de diferenciação<br />

com pouca semelhança ao tecido<br />

de origem, podendo observar<br />

microscopicamente células com<br />

alteração de membrana, citoplasma<br />

irregular e também núcleo com<br />

formas e variações diferentes. (24,26)<br />

A próstata pode ser acometida por<br />

tumores que em muitas vezes podem<br />

ser malignos. Esses tumores podem<br />

se desenvolver acima dos 50 anos de<br />

idade, grande parte dos diagnósticos<br />

são feitos em homens com 65 anos ou<br />

mais. A grande maioria dos tumores<br />

é de progressão lenta, a maior parte<br />

dos pacientes convive com a doença<br />

antes mesmo de vir apresentar<br />

sintomas. Uma parte dos pacientes<br />

pode apresentar a doença de forma<br />

agressiva, surgindo de maneira<br />

precoce e progredindo de maneira<br />

rápida. Não é possível prever quais<br />

os pacientes vai apresentar a doença<br />

de forma mais grave com os métodos<br />

disponíveis atualmente. (21,23,26) Não<br />

se tem medidas preventivas, já que<br />

não está relacionado a um fator<br />

de risco modificável, mas manter<br />

hábitos saudáveis, como uma boa<br />

alimentação e exercícios físicos<br />

evitando o consumo de álcool e<br />

cigarro pode ajudar a prevenir. (16,20,21)<br />

Diagnóstico<br />

Os exames principais de diagnóstico<br />

de câncer de próstata são dosagem<br />

de PSA total e livre e exame de toque<br />

retal sendo indicado para homens<br />

a partir dos 50 anos e aos 40 para<br />

homens do grupo de risco. O PSA<br />

é utilizado mundialmente desde<br />

os anos 90 para monitoramento e<br />

prognóstico, pois é sintetizado quase<br />

que exclusivamente nos ductos e<br />

nas células epiteliais da próstata.<br />

Circula no sangue principalmente<br />

através da sua forma conjugada<br />

ligada a proteínas (ligado à alfa-1-<br />

quimiotripsina, e em menor proporção<br />

as alfa-2- macroglobulinas.). Apenas<br />

uma pequena quantidade de PSA é<br />

encontrada na circulação em sua forma<br />

LIVRE não conjugada, a soma dos dois<br />

corresponde ao PSA total. (4,5,13,28)<br />

O nível de PSA no sangue é medido<br />

em nanogramas por mililitros (ng/<br />

ml) e a grande maioria dos médicos<br />

utiliza o valor de 4,1 a 10ng/ml para<br />

definir se o paciente irá precisar<br />

de mais exames. Existem também<br />

recomendações mais recentes que<br />

podem ser até de um valor mais baixo<br />

como 2,6 a 10 ng/ml aumentando<br />

ainda mais a possibilidade de suspeita<br />

de câncer de próstata. Em função<br />

disso, o PSA tem baixa especificidade<br />

e 75% das biópsias prostáticas são<br />

negativas para neoplasia. (7,28)<br />

O exame de toque retal é utilizado para<br />

avaliar as estruturas da próstata, é feito<br />

de forma rápida onde a finalidade é<br />

de analisar o tamanho do órgão e a<br />

presença de possíveis tumores. É um<br />

método considerado muito vantajoso,<br />

pois é de baixo custo feito em pouco<br />

tempo, não é um método invasivo<br />

e nesse sentido não causa riscos e<br />

sequelas aos pacientes. Apesar de<br />

ser um método conveniente ainda<br />

tem limitação, pois o tamanho da<br />

próstata pode estar associado a<br />

outros tipos de distúrbios como<br />

a hiperplasia prostática benigna<br />

e prostatite, sendo necessários<br />

outros exames para dar um<br />

diagnóstico final. (25)<br />

0 20<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


Autores: Natália da Rosa Pioner1, Allyne Cristina Grando1<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

Para melhorar a triagem desses<br />

pacientes outros exames vêm<br />

sendo utilizados, como a densidade<br />

do PSA (PSAD) sendo a divisão<br />

do valor plasmático do PSA pelo<br />

volume prostático estimado pela<br />

ultrassonografia (US) transretal.<br />

Alguns estudos demonstram<br />

que o PSAD poderia aumentar a<br />

especificidade do PSA e reduzir<br />

consideravelmente a quantidade de<br />

biópsias desnecessárias.<br />

Já o p2PSA por quimioluminescência,<br />

também é capaz de reduzir o número<br />

de biópsias negativas, tornando o<br />

processo de diagnóstico mais rápido<br />

através de um exame de sangue mais<br />

simples sendo calculada os resultados<br />

das medidas da isoforma p2PSA, do<br />

PSA total e da fração livre do PSA,<br />

sendo o p2PSA uma proenzima com<br />

dois aminoácidos residuais. Exames<br />

de imagem combinados com esses<br />

testes também podem ser úteis no<br />

diagnóstico, como ultrassonografia<br />

(US) ultrassonografia transretal<br />

(USTR) e ressonância magnética com<br />

custo um pouco elevado. (33,34,35)<br />

Homens que não possuem câncer de<br />

próstata geralmente possuem um<br />

nível de PSA mais baixo do que 4 ng/<br />

ml no sangue, pois quando realmente<br />

se tem câncer esses níveis tendem a<br />

aumentar ultrapassando esse valor. E<br />

mesmo com essas informações sobre<br />

valores altos ou até mais baixos, não<br />

se garante que o paciente tem ou não<br />

o câncer de próstata. (7,8,27,28)<br />

Dosagem de PSA<br />

O PSA é produzido quase que<br />

exclusivamente pela próstata, e<br />

mesmo desta forma o paciente pode<br />

ter câncer de próstata e ainda ter<br />

níveis de PSA baixos, sendo necessária<br />

a associação da dosagem de PSA com<br />

o exame de toque retal. O PSA em<br />

níveis acima de 4 ng/mL, pode indicar<br />

algum tipo de alteração na próstata,<br />

como: infecção, hiperplasia prostática<br />

benigna ou câncer de próstata. (30,35)<br />

Um quarto dos homens que acaba<br />

descobrindo o câncer tem nível<br />

baixo de PSA, mesmo sendo uma<br />

enzima que pode ser encontrada em<br />

glândulas parótidas, mamárias e do<br />

pâncreas, em níveis sanguíneos está<br />

relacionada exclusivamente a próstata.<br />

Dessa forma o PSA se torna um<br />

marcador específico a doenças prostáticas,<br />

principalmente nos casos de<br />

neoplasias malignas onde é produzido<br />

cerca de 10 vezes mais PSA do que<br />

um tecido benigno. Os métodos que<br />

são utilizados para dosagem em soro<br />

são: Quimioluminescência, Eletroquimioluminescência,<br />

Imunofluorimetria,<br />

Enzimaimunoensaio, Radioimunoensaio.<br />

A coleta não deve ser feita<br />

com ácido etilenodiamino tetra-acético<br />

(EDTA) causa interferência trazendo<br />

resultados falsamente elevados. (30)<br />

Vantagens<br />

Em relação ao câncer de próstata,<br />

quanto mais inicialmente à doença<br />

for diagnosticada, existem maiores<br />

chances de cura, permitindo<br />

um tratamento de forma menos<br />

agressiva e menos mutilante.<br />

Diagnosticar o câncer de próstata<br />

antes de sua forma avançada poderia<br />

reduzir os gastos com tratamentos<br />

pra estágios avançados e em casos<br />

de metástases. As células da próstata<br />

sintetizam uma pró – forma da<br />

proteína onde é liberado no interior<br />

da próstata, onde será clivado para<br />

gerar PSA ativo. Depois de ocorrer<br />

à degradação ela se torna inativa e<br />

entra na corrente sanguínea. Mesmo<br />

que a célula cancerígena tenha<br />

uma produção menor de PSA do<br />

que a célula normal, irá ocorre uma<br />

destruição do tecido saudável. O<br />

pró – PSA extravasa e várias formas<br />

de proteína acabam na caindo na<br />

corrente sanguínea. O pró – PSA<br />

tem grande resistência às enzimas<br />

e dessa forma entra na corrente<br />

sanguínea sem ser processado, e<br />

por esse motivo o PSA é dosado<br />

através de exames laboratoriais<br />

para auxiliar no diagnóstico de<br />

câncer de próstata. (30,31)<br />

0 22<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


O exame de toque retal apesar de<br />

ainda ter a questão de preconceito<br />

com a realização do teste, ele<br />

associado à dosagem PSA são exames<br />

de baixo custo sem apresentar<br />

complicações. A melhor forma de<br />

diagnosticar o câncer de próstata é a<br />

combinação do exame de toque retal<br />

com a dosagem de PSA, o toque retal<br />

feito sozinho falha entre 30% a 40%<br />

dos casos, somente a dosagem de<br />

PSA pode ocorrer falhas de 20%<br />

mas a realização conjunta entre<br />

toque retal e a dosagem de PSA<br />

pode falhar somente em 5%. A<br />

realização destes dois exames<br />

combinados é indispensável,<br />

dessa forma ressaltando a grande<br />

importância do uso combinado<br />

destes dois exames. (30,31,36,37,38)<br />

Desvantagens<br />

A parte da detecção precoce de câncer<br />

de próstata é um assunto que vem<br />

sendo muito estudado e causa debates<br />

com especialistas desta área, na<br />

questão em que estudos apresentam<br />

desequilíbrio dos possíveis riscos<br />

e benefícios na parte da realização<br />

destes exames para rastreamento. (20)<br />

A OMS classifica o rastreamento em<br />

dois tipos: rastreamento oportunístico<br />

e organizado. No caso do oportunístico<br />

os exames são realizados pela vontade<br />

própria dos pacientes ou com a<br />

indicação de um profissional da saúde<br />

em uma eventual consulta. No caso<br />

do rastreamento organizado ocorre<br />

monitoramento da população alvo<br />

onde os pacientes são convidados a<br />

realizar os exames de rastreamento e<br />

serão monitorados periodicamente. (20)<br />

Em relação ao PSA e exame de toque<br />

retal ambos possuem limitações no<br />

momento de identificar o câncer<br />

de próstata, pois podem acabar<br />

sofrendo alterações em casos de<br />

doenças benignas como infecção do<br />

trato urinário, hipertrofia prostática<br />

benigna e prostatite. No caso de<br />

homens que tem resultados positivos,<br />

normalmente vão ser direcionados<br />

a uma investigação diagnóstica<br />

que irá incluir biópsia da próstata e<br />

dependendo dos resultados avaliados<br />

poderão ser submetidas a mais<br />

biópsias, aumentando as chances de<br />

danos colaterais. (20)<br />

A hematúria e a infecção são os danos<br />

principais causados pela biópsia,<br />

o que pode acabar resultando em<br />

internações hospitalares. Outros<br />

fatores podem ser associados como,<br />

por exemplo, a questão de resultados<br />

falso-positivos quando o paciente faz<br />

um exame e seu resultado é positivo<br />

mas não possuí a doença, e falsonegativos,<br />

neste caso a paciente possuí<br />

a doença, mas o resultado do exame é<br />

negativo. Pode ocorrer geralmente em<br />

exames com baixa sensibilidade. (20)<br />

Junto a esses fatores temos também<br />

o sobrediagnóstico, está relacionado<br />

ao diagnóstico de um câncer que não<br />

teria evolução clinicamente e não viria<br />

causar danos durante a vida. Ocorre<br />

em casos de tumores de crescimento<br />

lento ou muito lento. No caso do<br />

sobretratamento já é considerado uma<br />

consequência do sobrediagnóstico,<br />

que irá incluir indivíduos sadios ou<br />

até mesmo com uma doença que<br />

nunca teria evolução aos riscos que<br />

envolvem o tratamento.<br />

O viés de tempo de duração envolve a<br />

parte de identificação de cânceres que<br />

já teriam melhor prognóstico, nesse<br />

caso o rastreamento identificaria um<br />

câncer com melhor resposta para o<br />

tratamento, por ter uma evolução<br />

lenta, ao avaliar os resultados do<br />

rastreamento a sobrevida (tempo<br />

entre diagnóstico e óbito) causa<br />

uma ilusão de que pode ter sido<br />

aumentada, mas na realidade o<br />

rastreamento apenas selecionou<br />

pacientes que teriam melhores<br />

prognósticos. (20,3)<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 23


Autores: Natália da Rosa Pioner1, Allyne Cristina Grando1<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

O viés do tempo de antecipação<br />

está associado ao falso aumento da<br />

sobrevida, antecipando apenas o<br />

diagnóstico. A sobre vida é definida<br />

como tempo a partir do momento em<br />

que foi feito diagnóstico, neste caso<br />

os procedimentos e tratamentos<br />

realizados na fase pré-clínica<br />

após a identificação da doença,<br />

não são suficiente para prolongar<br />

a vida do paciente, irá aumentar<br />

apenas o tempo de convivência<br />

com o diagnóstico da doença,<br />

junto com os possíveis problemas<br />

(13, 17, 20)<br />

físicos e psicológicos.<br />

Conclusão<br />

Um estudo Europeu randomizado<br />

de triagem de câncer de próstata<br />

(ERSPC) de 2014 apresentou<br />

redução de 27% na mortalidade<br />

a partir do rastreamento após 13<br />

anos de acompanhamento, porém<br />

apresentou uma elevada taxa de<br />

sobrediagnóstico ficando em 41%<br />

fazendo com que os autores se<br />

questionassem sobre os verdadeiros<br />

benefícios de um rastreamento<br />

populacional e levando a<br />

necessidade de estudar melhor os<br />

riscos envolvidos. Outros estudos<br />

demonstram que mesmo com um<br />

possível benefício, as evidências de<br />

danos à saúde são mais relevantes<br />

com taxas de sobrediagnóstico<br />

muito elevadas conforme está<br />

(32, 20, 17,13, 3)<br />

representada na Figura 2.<br />

Figura 2: Dados sobre a prática de rastreamento<br />

Fonte: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, 2019<br />

O INCA e a OMS não recomendam<br />

a prática do rastreamento universal<br />

do câncer de próstata com dosagem<br />

de PSA em função do percentual de<br />

sobrediagnóstico e malefícios aos<br />

pacientes. O rastreamento universal<br />

de toda população masculina sem<br />

considerar idade, raça, histórico<br />

familiar e principalmente se o<br />

paciente possui ou não sintoma,<br />

gera muitas controvérsias para o<br />

diagnóstico do câncer de próstata,<br />

onde os pacientes acabam sendo<br />

submetidos a biópsias que tem um<br />

grande potencial de complicações, e<br />

que ainda podem alterar de maneira<br />

negativa a qualidade de vida destes.<br />

A dosagem do PSA é mais útil<br />

quando realizada com a finalidade<br />

de investigação diagnóstica de<br />

diversas condições, no caso de<br />

doenças benignas como infecção do<br />

trato urinário, hipertrofia prostática<br />

benigna e prostatite, em homens<br />

com sinais e sintomas de câncer de<br />

próstata, no monitoramento após<br />

diagnóstico e acompanhamento no<br />

tratamento. O preconceito com o<br />

exame de toque retal que ainda ocorre<br />

porque muitos homens tem a ideia de<br />

violação ou comprometimento da sua<br />

masculinidade podendo fazer com que<br />

desistam da realização do exame por<br />

falta de conhecimento. A combinação<br />

do exame de toque retal com a<br />

dosagem de PSA para pacientes com<br />

sinais e sintomas afim de diagnósticar<br />

alguma condição relacionada à<br />

próstata é extremamente importante,<br />

para auxiliar nos resultados.<br />

0 24<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

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0 26<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

A IMPORTÂNCIA DO AUTOCUIDADO<br />

NA PREVENÇÃO DO MELANOMA CUTÂNEO NA TERCEIRA IDADE<br />

THE IMPORTANCE OF SELF-CARE IN THE PREVENTION OF SKIN MELANOMA AT THIRD AGE<br />

Autoras:<br />

Vania Cunha de Abreu1,<br />

Rachel Siqueira de Queiroz Simões2<br />

1 - Mestre em Saúde Pública e Doutorado em Ciências da Educação<br />

pelo Instituto Ideia do Mercosul e Universid Americana;<br />

2 - Docente do Instituto Ideia de Saúde Pública do Mercosul e<br />

Universidad Americana, Professora de Pós-graduação latu sensu em<br />

Malacologia de Vetores, Intituto Oswaldo Cruz, Orientadora da Escola<br />

Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz e<br />

Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos).<br />

* Imagem ilustrativa<br />

Resumo<br />

O Câncer acomete uma grande escala da população no Brasil e no mundo,<br />

chegando a matar milhões de pessoas por ano. Entre os tipos de cânceres, o<br />

melanoma, é a principal causa de morte por doenças de pele. A busca por<br />

qualidade de vida nos programas voltados à terceira idade têm sido crescente em<br />

nosso país, visto que o número de pessoas idosas aumenta a cada ano.<br />

Porém, muitos idosos não por diversas razões, não aprenderam a identificar os<br />

sinais da doença, tão pouco possuem conhecimento sobre as iniciativas que<br />

podem ser feitas por ele mesmo e junto à equipe de saúde para ampliar sua<br />

condição de vida por meio do autocuidado em relação a prevenção, diagnóstico,<br />

manutenção e tratamento de diversas doenças, inclusive o melanoma cutâneo.<br />

O objetivo desse estudo foi explicitar as formas de autocuidado no tocante à<br />

prevenção do melanoma cutâneo na Terceira idade por meio de uma revisão<br />

bibliográfica integrativa, utilizando publicações disponíveis nos bancos de dados<br />

Pubmed, Google Acadêmico, Cielo, no período de 2000 a 2021, dentre outros.<br />

Concluiu-se com esse estudo, que a chave para a prevenção dos melanomas<br />

cutâneos, assim como as lesões pré-cancerígenas, consiste na conscientização e na<br />

mudança de hábitos dos adolescentes, pois nessa fase, de escolhas e de assimilação<br />

de comportamentos, é imprescindível que se enfatize o autocuidado para que na<br />

fase adulta haja uma menor ou nenhuma consequência, como reflexo das ações<br />

deletérias realizadas nessa fase, como por exemplo, a falta de fotoproteção.<br />

Palavras-chave: Autocuidado, Prevenção, Terceira Idade, Idoso, Melanoma Cutâneo.<br />

Abstract<br />

Cancer affects a large scale of the population in Brazil and around the world, killing<br />

millions of people a year. Among the types of cancers, melanoma is the leading<br />

cause of death from skin diseases. The search for quality of life in programs aimed<br />

at the elderly has been growing in our country, as the number of elderly people<br />

increases every year.<br />

However, many elderly people, for several reasons, have not learned to identify<br />

the signs of the disease, nor are they aware of the initiatives that can be done by<br />

themselves and with the health team to improve their living conditions through<br />

self-care in relation to the prevention, diagnosis, maintenance and treatment of<br />

various diseases, including cutaneous melanoma.<br />

The aim of this study was to clarify the forms of self-care regarding the prevention of<br />

cutaneous melanoma in the Elderly through an integrative literature review, using<br />

publications available in the databases Pubmed, Google Academic, Cielo, from 2000<br />

to 2021, among others.<br />

It was concluded that the key to the prevention of cutaneous melanomas, as well<br />

as pre-cancerous lesions, consists in raising awareness and changing the habits<br />

of adolescents, since at this stage, of choices and assimilation of behaviors, it is<br />

essential that self-care is emphasized so that in the adult phase there is less or no<br />

consequence, as a reflection of the harmful actions performed in this phase, such as,<br />

for example, the lack of photoprotection.<br />

Keywords: Self-care, Prevention, Third Age, Elderly, Cutaneous Melanoma.<br />

0 28<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


Introdução<br />

Os estudos direcionados às<br />

necessidades do público idoso<br />

numa forma mais aprofundada e<br />

motivadora começou no momento<br />

em que se observou a demanda<br />

estatística crescente da população<br />

idosa no país e suas especificidades,<br />

bem como a incidência de<br />

patologias diversas, inclusive<br />

cutâneas, ea necessidade de<br />

estudos mais abrangentes focados<br />

na gerontologia. Camarano (2006)<br />

afirma que:<br />

No Brasil a preocupação com os<br />

aspectos demográficos da população<br />

é relativamente recente...tomando os<br />

Encontros Nacionais da Associação<br />

Brasileira de Estudos Populacionais<br />

(ABEP) como o lócus principal de<br />

discussão das questões sociais<br />

consideradas importantes pela<br />

comunidade demográfica brasileira,<br />

pode-se dizer que o envelhecimento<br />

da população brasileira só entrou<br />

realmente na agenda de pesquisa<br />

desses estudiosos em 1988, durante<br />

o VI Encontro Nacional de Estudos<br />

Populacionais (p. 88).<br />

Assim, esse estudo, buscouse<br />

explicitar a importância da<br />

conscientização sobre a influência<br />

prática do autocuidado tanto no<br />

tocante à saúde e longevidade, na<br />

prevenção do melanoma cutâneo<br />

quanto na qualidade de vida.<br />

Na verdade, o ideal seria que<br />

as ações de prevenção fossem<br />

implementadas tanto pelas<br />

políticas públicas do país, quanto<br />

pela família desde a tenra idade,<br />

visto que é bem mais vantajoso<br />

economicamente para o governo<br />

investir na prevenção de doenças<br />

do que tratá-las, principalmente<br />

quando se refere às pessoas de<br />

faixa etária elevada, considerando<br />

a multiplicidade das alterações<br />

orgânicas, que o indivíduo sofre<br />

automaticamente no decorrer da<br />

idade, sem necessariamente ser<br />

portador de alguma patologia<br />

determinantemente grave.<br />

O presente trabalho visou elucidar<br />

o conceito e as características do<br />

melanoma cutâneo, de acordo<br />

com a forma de prevenção, o<br />

autocuidado e a relevância da<br />

fotoproteção para a prevenção da<br />

doença. Veras, apud Paradela [et<br />

al.] (2005) apontam que:<br />

Vivemos no século da informação,<br />

e no campo da saúde coletiva. A<br />

informação epidemiológica deve<br />

ser valorizada por sua capacidade<br />

em prever eventos e possibilitar o<br />

diagnóstico precoce, em especial<br />

em relação às doenças crônicas,<br />

e assim retardar o aparecimento<br />

desses agravos e melhorar a<br />

qualidade de vida e abordagem<br />

terapêutica (p.143).<br />

A importância do tema em questão<br />

se dá devido a necessidade de<br />

ampliar o olhar, com mais atenção,<br />

mais afinco do ser humano, para<br />

os pequenos sinais que o próprio<br />

corpo, ou o de seu próximo pode<br />

vir apresentar, e que, possa<br />

precisar de cuidados especiais,<br />

como no caso do melanoma<br />

cutâneo principalmente na terceira<br />

idade, onde muitos idosos, não<br />

possuem o hábito de observarem<br />

os sinais, pintas ou manchinhas<br />

na pele quando elas surgem na<br />

sua fase inicial. Essa classe ainda<br />

hoje sofre, por não possuir meios<br />

de acesso adequados à uma<br />

informação com teor científico e<br />

efetivo sobre assuntos referentes<br />

à saúde ao invés do conhecimento<br />

empírico, e pelas dificuldades que<br />

os próprios programas públicos<br />

apresentam em sua estrutura em<br />

relação à divulgação, e acabam não<br />

enfatizando tal tema.<br />

Porém, em uma pesquisa divulgada<br />

pelo Instituto Brasileiro de Geografia e<br />

Estatística (IBGE), e Pesquisa Nacional<br />

por Amostras Domiciliares (PNADs)<br />

entre os anos de 1998 e 2003, idosos<br />

de ambos os sexos apresentaram<br />

um índice de doenças associadas<br />

ao envelhecimento, sendo uma<br />

delas o câncer. Segundo os dados<br />

informados na pesquisa do IBGE,<br />

“houve uma melhoria nas condições<br />

de saúde e autonomia da população”<br />

(CAMARANO 2006, p. 100).<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 29


Autoras: Vania Cunha de Abreu1, Rachel Siqueira de Queiroz Simões2<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Pode-se inferir que o aumento da<br />

longevidade é visualizado de forma<br />

positiva quando o idoso alcança<br />

meios paliativos de melhorar sua<br />

trajetória mesmo sendo portador<br />

de câncer ou outra patologia não<br />

infecciosa ou degenerativa, por<br />

exemplo, ao considerar o número<br />

de alterações decorrentes da idade<br />

avançada, permitindo-o viver por um<br />

maior período de tempo e com uma<br />

condição de vida proporcional ao seu<br />

bem-estar físico, emocional e social.<br />

Melanoma Cutâneo na Terceira<br />

Idade<br />

O câncer atualmente se configura<br />

como um dos mais importantes<br />

problemas de saúde pública no Brasil e<br />

no mundo. “Em 2004, o Brasil registrou<br />

141 mil óbitos por câncer e sua<br />

letalidade alcançou mais de 7 milhões<br />

de pessoas no mundo, segundo os<br />

dados da International Union Against<br />

Câncer – UICC” de forma geral (INCA<br />

2006, p. 24). Já, em 2019, o número<br />

de óbitos referente especificamente<br />

ao melanoma correspondeu a 1.978<br />

óbitos, sendo: 1.159 homens e 819<br />

mulheres. (INCA, 2021).<br />

O câncer é caracterizado por um<br />

aumento desordenado do número<br />

de células que invadem os tecidos e<br />

órgãos, podendo espalhar-se para<br />

outras regiões do corpo. “O câncer<br />

é uma doença que pode acometer<br />

qualquer faixa etária, porém a maioria<br />

dos casos ocorre após os 60 anos”<br />

Bertolasce (2004, p. 290) (Figura 1).<br />

Figura 1: Diagrama esquemático da diferenciação cellular na formação do câncer (NOVA, 2012).<br />

Os diferentes tipos de câncer<br />

correspondem aos vários tipos de<br />

células do corpo. Por exemplo, existem<br />

diversos tipos de câncer de pele<br />

porque o tecido epitelial é formado<br />

por de mais de um tipo de célula.<br />

Se o câncer tem início em tecidos<br />

epiteliais como pele ou mucosas ele<br />

é denominado carcinoma. Se começa<br />

em tecidos conjuntivos como osso,<br />

músculo ou cartilagem é chamado de<br />

sarcoma” (INCA, 2012).<br />

O melanoma é considerado o mais<br />

agressivo entre as neoplasias malignas<br />

de pele (Truderung et al, 2021)<br />

de acordo com a estimativa 8.450<br />

novos casos no Brasil divulgado pelo<br />

Instituto Nacional do Câncer (INCA,<br />

2020), sendo 4.200 em homens e<br />

4.250 casos registrados em mulheres.<br />

A exposição solar prolongada<br />

é a principal causa desta patologia,<br />

segundo Lima (2004, p.747), porém<br />

seu desenvolvimento pode estar associado<br />

à outros fatores, como por<br />

exemplo, os fatores genéticos,<br />

hereditários hormonais, ocupacionais,<br />

traumáticos e epigenéticos.<br />

No melanoma maligno, segundo<br />

Parker (2007).<br />

A lesão por radiação das células<br />

produtoras de pigmentos, denominadas<br />

melanócitos, causa sua proliferação<br />

descontrolada. Uma massa escura<br />

irregular forma-se, enquanto algumas<br />

células cancerosas penetram a derme e<br />

podem viajar para outros lugares através<br />

da circulação sanguínea (p. 151).<br />

0 30<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Por ser a pele um órgão de intensa<br />

reprodução celular devido aos seus<br />

impactos constantes, é também<br />

o primeiro órgão de defesa contra<br />

agentes externos e microorganismos.<br />

Nesse processo mitótico, pode-se<br />

desencadear distúrbios celulares,<br />

aumentando a probabilidade da<br />

aquisição de tumores podendo ser<br />

considerados tumores benignos<br />

ou malignos, de acordo com suas<br />

características específicas como, por<br />

exemplo: o tipo e a sua velocidade<br />

de crescimento, a forma de expansão<br />

tecidual quanto a morfologia, ou<br />

seja, se as lesões são circunscritas ou<br />

disformes em suas bordas, a coloração<br />

da lesão e a quantidade de mitoses<br />

das células são alteradas, assim como<br />

sua infiltração nos vasos e metástases,<br />

entre outros fatores.<br />

Pequenos tumores e nervos que<br />

apresentam alterações morfológicas<br />

como o aumento do tamanho, a<br />

mudança de cor, o aparecimento de<br />

escamas, a erosão e a ulceração, o<br />

sangramento, as secreções, a dor e<br />

o prurido são considerados lesões<br />

precursoras do melanoma.<br />

Nesse caso, reafirma-se a necessidade<br />

de avaliação prévia, acompanhamento<br />

e conscientização dos cidadãos<br />

portadores de disfunções pré-cancerosas<br />

sob os riscos de desenvolvimento<br />

da lesão a fim de que seja observada<br />

pelo seu portador em todas as<br />

fases da vida e não necessariamente<br />

na Terceira Idade, que podem surgir<br />

na idade mais avançada como consequência<br />

da ausência de atenção ao<br />

longo de toda a vida.<br />

São exemplos de lesões précancerígenas:<br />

a leucoplasia, causada<br />

devido à irritação das mucosas por<br />

uso contínuo de produtos químicos<br />

como o fumo e o uso de próteses<br />

mal posicionadas. Caracteriza-se pela<br />

apresentação de uma placa branca<br />

bem definida, podendo aparecer<br />

erosões e superfície verrucosa. Na<br />

doença de Bowen, a caracterização<br />

se dá pela ação inflamatória crônica<br />

e por possuir placas eritematosas,<br />

psoriasiforme e por serem bem<br />

demarcadas.<br />

A pele com ceratose solar ou actínica,<br />

marcada por possuir deformações<br />

diversas, pode apresentar<br />

características peculiares de acordo<br />

com Gomes e Gabriel (2006):<br />

Lesão pré-maligna, caracterizada pelo<br />

espessamento superficial da camada<br />

córnea, que pode apresentar-se de<br />

forma eritematosa e descamativa, na<br />

forma de manchas de coloração escura,<br />

discretamente elevadas e rugosas; ou<br />

ainda como lesões ásperas, bastante<br />

elevadas e endurecidas, geralmente<br />

associadas à melanose solar (p. 42).<br />

As ceratoses actínicas, também<br />

consideradas lesões pré-cancerígenas,<br />

surgem como lesões hiperceratóticas<br />

e podem ter ou não uma base<br />

eritematosa. As ceratoses actínicas,<br />

em geral, são redondas ou ovais,<br />

comumente presentes nas áreas<br />

mais expostas ao sol, como a face,<br />

o pescoço e os antebraços. Nessa<br />

patologia, as margens são mais<br />

nítidas e bem demarcadas.<br />

As melanoses solares são<br />

classificadas por Conrado (2004)<br />

como:<br />

Lesões maculares, pigmentadas<br />

nas superfícies cutânea ou mucosa,<br />

geralmente menores que um cm<br />

de diâmetro. Surgem em regiões<br />

expostas à luz solar e aumentam<br />

em número e dimensão com o<br />

envelhecimento (p. 656).<br />

Entre os distúrbios cutâneos que podem<br />

evoluir e tornar-se melanoma podemos<br />

citar também os nevos melanocíticos.<br />

Estes podem ser congênitos ou<br />

adquiridos. São encontrados em forma<br />

de lesões acastanhadas médias e<br />

escuras, em qualquer região do corpo<br />

e em tamanhos variáveis.<br />

0 32<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


A coloração dos nevos é relacionada à<br />

quantidade e localização do pigmento<br />

(junção dermoepidérmica, derme<br />

superficial ou profunda). Os nevos<br />

melanocíticos congênitos ou nevos<br />

nevocelulares, que ocorrem em 1- 2,5%<br />

dos neonatos 15 , têm sido associados<br />

a um aumento do risco relativo de<br />

desenvolvimento de melanoma,<br />

especialmente os que têm grandes<br />

dimensões (CONRADO 2004, p. 657)<br />

Os fatores predisponentes que<br />

podem servir de referência para se ter<br />

uma maior atenção à prevenção de<br />

melanoma são: a idade, o sexo, o fator<br />

genético, a raça, os fatores hormonais<br />

e imunológicos, bem como o número<br />

de lesões pigmentares geneticamente<br />

ou adquiridas, pois quanto maior<br />

a quantidade de nevos adquiridos,<br />

maiores as chances de desenvolvimento<br />

de melanoma maligno.<br />

O melanoma é a principal causa de<br />

morte por doenças de pele. Segundo o<br />

Instituto Nacional do Câncer (INCA), em<br />

2010 foram diagnosticados 5.930 novos<br />

casos de melanoma no Brasil. De acordo<br />

com o último dado disponível, de 2008,<br />

foram registradas 1.303 mortes devido<br />

à doença. (CHAPMAN, 2011).<br />

Podem ou não ser originados a<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

As lesões cutâneas são observadas<br />

e identificadas seguindo a regra<br />

do ABCDE (assimetria, borda, cor,<br />

diâmetro e elevação da lesão). O<br />

melanoma é a neoplasia cutânea<br />

mais grave, sendo considerado<br />

o maior responsável pelo alto<br />

índice de mortes por câncer de<br />

pele, acometendo principalmente<br />

pessoas com fototipo cutâneo<br />

claro. Surge a partir de uma lesão<br />

causada pelo acúmulo de células<br />

melanocíticas, de evolução rápida,<br />

grande capacidade de invasão<br />

tecidual e metástase. Possui<br />

um alto índice de letalidade,<br />

quando diagnosticado ou tratado<br />

tardiamente. “Lesões melanocíticas<br />

que passam a tornar-se<br />

assimétricas, com irregularidade<br />

de bordos, alterações de cor ou<br />

diâmetro maior que 6 mm são<br />

suspeitas e devem ser biopsiadas”<br />

(DIMATOS, 2009 p.14).<br />

Os antecedentes familiares, epigenética,<br />

autocuidado e a exposição solar<br />

também estão relacionados ao<br />

desenvolvimento do melanoma. Os<br />

nevos displásicos são reconhecidos<br />

atualmente como precursores de<br />

melanoma, não somente como<br />

um simples fator de risco elevado<br />

para a aquisição da doença. Devese<br />

observar: “o aparecimento<br />

de uma pinta escura de bordas<br />

irregulares acompanhada de coceira<br />

e descamação ou com alterações em<br />

uma pinta já existente, que venha a<br />

aumentar de tamanho, mudar sua<br />

cor e forma, passando a apresentar<br />

bordas irregulares (INCA, 2021).<br />

“Embora o câncer de pele melanômico<br />

atinja apenas uma pequena proporção<br />

dos casos de câncer de pele, cerca de<br />

5%”, (HARRIS 2003, p. 62), ainda sim<br />

são considerados agressivos.<br />

partir de nevos por incidência da<br />

luz solar. Embora pouco divulgado,<br />

os melanomas podem acometer<br />

outras regiões corpóreas além do<br />

tecido tegumentar. “Dentre os sítios<br />

metastáticos mais comuns, além da<br />

própria pele e tecido subcutâneo, em<br />

ordem decrescente de frequência:<br />

pulmões, fígado, sistema nervoso<br />

central, ossos, aparelho digestório”<br />

(Brandão e Brandão 2006, p.1054).<br />

Muitos estudos apontam a relação<br />

entre o surgimento do melanoma<br />

a disfunções melanocíticas. Harris<br />

(2003) afirma que as “alterações<br />

observadas em nevos podem ser<br />

oriundas de processos de neoplasia<br />

malignos associados aos melanócitos,<br />

denominados melanomas ou câncer<br />

de pele melanômico” (p. 62).<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 33


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Autoras: Vania Cunha de Abreu1, Rachel Siqueira de Queiroz Simões2<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Geralmente tais lesões, surgem<br />

e passam despercebidas, por<br />

serem muitas vezes confundidas<br />

com outros tipos de manchas,<br />

resultando em alta letalidade em<br />

idosos devido ao grande potencial<br />

metatástico do melanoma.<br />

Segundo Gomes e Gabriel (2006),<br />

o melanoma maligno “é o mais<br />

grave dos tumores cutâneos,<br />

originado a partir dos melanócitos.<br />

Está diretamente associado a<br />

contínuas exposições solares ao<br />

longo dos anos, principalmente,<br />

durante a infância e adolescência”<br />

(p. 46).<br />

Na fase da adolescência, muitas<br />

precauções como por exemplo a<br />

fotoproteção são negligenciadas.<br />

Com a alta exposição à Radiação<br />

Ultra Violeta não apenas<br />

decorrentes da luz solar pelo<br />

desejo da “pele bronzeada”, mas<br />

também à telas de TV, leds,<br />

iluminação em geral e o constante<br />

uso do celular, proporcionam o<br />

agravo das lesões cutâneas na fase<br />

adulta. “A adolescência, portanto,<br />

fornece uma janela crítica de<br />

oportunidade para a prevenção<br />

primária do câncer de pele<br />

causado por queimaduras solares<br />

ao longo da vida” conforme afirma<br />

Hubaard et al, (2020).<br />

Os fatores de risco da doença<br />

podem ser desde fatores genéticos,<br />

à exposição cumulativa de radiação<br />

ultravioleta. Pessoas portadoras de<br />

pele e olhos claros, com múltiplas<br />

efélides ou lentigos solares,<br />

numerosos nevus, antecedentes de<br />

intensas exposições ao sol, bem como<br />

queimaduras solares na infância<br />

ou adolescência e enfermidades ou<br />

tratamentos imunossupressores, estão<br />

relacionados ao desenvolvimento<br />

do melanoma (Brandão & Brandão<br />

2006, p. 1054).<br />

A partir dos 30 anos de idade a<br />

população de melanócitos DOPA<br />

reativos (funcionalmente ativos)<br />

diminui de 10 a 20% por década,<br />

tanto na pele exposta, como na oculta.<br />

A consequência é uma pigmentação<br />

irregular que predomina nas áreas<br />

descobertas devido ao estímulo da<br />

melanogênese pelos raios ultravioletas.<br />

Como a melanina absorve os<br />

raios ultravioletas como potencial<br />

carcinogenético, incrementa-se o risco<br />

de desenvolvimento de neoplasias<br />

actinicamente desenvolvidas. Em um<br />

esforço compensativo, melanócitos<br />

funcionalmente ativos, porém<br />

numericamente diminuídos, elaboram<br />

mais melanina frente ao estímulo solar<br />

(MAGALHÃES 2000, p.72).<br />

De acordo com Brandão & Brandão<br />

(2006, p. 1054), “o melanoma<br />

divide-se em quatro tipos principais:<br />

o superficial (60-70% dos casos),<br />

nodular (15-30%), o lentigo maligna<br />

melanoma (5-15%), e o acral<br />

lentiginoso (5-10%)”.<br />

A maioria dos casos do melanoma de<br />

extensão superficial acomete um público<br />

com idades entre 30-50 anos, sendo<br />

mais frequentemente encontrados<br />

no membro superior de homens, em<br />

especial no tronco, e no membro inferior<br />

das mulheres, particularmente nas<br />

pernas. As lesões podem aparecer sobre<br />

lesões pré- cancerosas.<br />

O melanoma nodular desde o<br />

seu início se apresenta como um<br />

nódulo. Localiza-se geralmente nas<br />

extremidades de pessoas entre 40-60<br />

anos. Pode ser facilmente confundido<br />

com o granuloma piogênico, pois<br />

em 5% dos casos não possuem<br />

pigmentação. Seu crescimento é<br />

rápido e imediato em profundidade,<br />

tornando o mais agressivo e com<br />

maior tendência a metástases.<br />

No lentigo maligna melanoma o<br />

acometimento se dá na maioria dos<br />

casos em mulheres na terceira idade, na<br />

região de face e colo com antecedentes<br />

de exposição solar crônica.<br />

0 36<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


Já o melanoma acral lentiginoso,<br />

possui maior prevalência em<br />

raça negra e asiática, sendo sua<br />

maior incidência entre a quinta<br />

e a sexta década de vida, sem<br />

distinção de sexo. Localiza-se<br />

preferencialmente nas plantas dos<br />

pés e são menos frequentes nas<br />

palmas e zonas periungueais. Em<br />

aproximadamente 25% dos casos,<br />

podem decorrer de traumatismos<br />

antecedidos e calosidades. São<br />

muito agressivos e possuem<br />

grande tendência a metástase<br />

ganglionar precoce.<br />

Tabela 1: Melanomas - estádios, características principais e prognósticos<br />

Figura 2: Estádios do Melanoma (OVERVIEW, 2012).<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

O prognóstico dos melanomas pode<br />

ser considerado bom, se detectado<br />

nos estádios iniciais, visto que o<br />

mesmo possui alto risco metastático<br />

(tabela 1 e figura 2).<br />

O pior prognóstico está associado à<br />

idade superior a 60 anos, em pacientes<br />

do sexo masculino, nas lesões<br />

localizadas no tronco, em tumores de<br />

maior espessura e em indivíduos de<br />

padrão socioeconômico mais baixo<br />

(DIMATOS 2009, p. 16).<br />

Os fatores de risco nos casos de<br />

melanoma são bem parecidos com<br />

os já anteriormente mencionados.<br />

São eles: a sensibilidade ao sol por<br />

queimadura e não bronzeamento, a<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

incidência em pele clara, a exposição<br />

excessiva a luz solar, a predisposição<br />

genética, o surgimento a partir de nevo<br />

congênito, o xeroderma pigmentoso<br />

(doença congênita que se caracteriza<br />

pela intolerância total da pele ao sol,<br />

com queimaduras externas, lesões<br />

crônicas e tumores múltiplos) e nevo<br />

displásico (lesões escuras da pele com<br />

alterações celulares pré-câncerosas)<br />

são alguns dos fatores.<br />

Nas fases iniciais, há hiperproliferação<br />

das células na junção derme- epiderme,<br />

ocorrendo proliferação dos melanócitos.<br />

Em estádios mais avançados, esses<br />

melanócitos atravessam a junção<br />

derme-epiderme, invadem a derme<br />

papilar, reticular e hipoderme e,<br />

frequentemente, metastizam através<br />

da corrente sanguínea ou linfática,<br />

comprometendo principalmente os<br />

linfonodos regionais, cérebro, fígado e<br />

pulmões. (HARRIS 2003, p. 62).<br />

0 37


Autoras: Vania Cunha de Abreu1, Rachel Siqueira de Queiroz Simões2<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Podemos supor que cinquenta<br />

por cento dos casos de câncer<br />

em adultos podem ser evitados<br />

por meio da alimentação, da vida<br />

sexual saudável, da ausência de<br />

fumo e álcool; da proteção contra<br />

radiação UV e principalmente<br />

com o autocuidado, ou seja, com<br />

melhor qualidade de vida.<br />

O melanoma superficial atinge<br />

adultos entre 30 e 50 anos, geralmente<br />

afetando o tronco de homens e os<br />

membros inferiores de mulheres. Seu<br />

crescimento pode ocorrer a partir de<br />

nevo preexistente (aproximadamente<br />

30% dos casos), apresenta-se como<br />

máculas castanhas ou pretas de<br />

diferentes tonalidades, de bordas<br />

não-nítidas e limites irregulares e<br />

assimétricos (BRANDÃO & BRANDÃO<br />

2006, p. 1054).<br />

Os melanomas são de identificação<br />

simples por seu portador quando o<br />

mesmo está atento aos seus sinais,<br />

o que o torna parte fundamental no<br />

processo de diagnóstico da doença.<br />

Alguns dos principais tipos de<br />

câncer apresentam alguns sinais<br />

que podem alertar, precocemente,<br />

de que alguma coisa está errada,<br />

outros exigem averiguações<br />

periódicas nos serviços de saúde<br />

para serem diagnosticados o mais<br />

cedo possível. Porém, infelizmente,<br />

alguns são de início silencioso<br />

e ainda apresentam incertezas<br />

do ponto de vista científico e da<br />

capacidade econômica do sistema<br />

de saúde pública, de estabelecer<br />

medidas eficazes de diagnóstico<br />

precoce (BERTOLASCE 2004, p. 294).<br />

Quando percebidos precocemente<br />

o retrocesso pode ocorrer na<br />

maioria dos casos. Conforme afirma<br />

(DIMATOS, 2009): “Em geral, as<br />

lesões são de fácil diagnóstico e<br />

possuem índices de cura superiores<br />

a 95% quando tratados precoce<br />

e corretamente”, reafirmado<br />

posteriormente por Truderung et<br />

al, (2021). Daí a importância do<br />

autocuidado como ferramenta para<br />

a prevenção dessa patologia, bem<br />

como na identificação dos sinais<br />

iniciais da doença. Harris (2003)<br />

também afirma que:<br />

Embora o câncer de pele<br />

melanômico atinja apenas uma<br />

pequena proporção dos casos de<br />

câncer de pele (cerca de 5%), os<br />

melanomas são muito agressivos e<br />

graves, e a detecção nos estádios<br />

iniciais é essencial: quando<br />

detectados no estádio I, a chance de<br />

sobrevivência após 5 anos é de 91 a<br />

95%, enquanto se forem detectados<br />

no estádio IV, esse valor cai para 7 a<br />

19% (p. 63).<br />

Quando o melanoma chega<br />

ao estádio IV, o mesmo já se<br />

difundiu para outros órgãos<br />

do corpo. Podendo espalharse<br />

para o cérebro, o pulmão, o<br />

fígado e para os ossos. Também<br />

pode atingir outros órgãos ou os<br />

gânglios linfáticos.<br />

A conscientização e o<br />

comprometimento da população<br />

no autocuidado e nas medidas<br />

preventivas visando uma melhor<br />

qualidade de vida, influenciam<br />

diretamente no processo de<br />

envelhecimento, bem como no<br />

desenvolvimento de disfunções<br />

e/ou patologias ao longo da vida<br />

do indivíduo.<br />

Seus hábitos de vida aliados ao<br />

nível de conhecimento que se<br />

tem sobre o que é ter saúde de<br />

fato, os passos necessários para<br />

manterem-se sadios por completo,<br />

corpo e mente e o entendimento<br />

sobre os meios de como identificar<br />

previamente os sinais de<br />

desequilíbrio e/ou patológicos,<br />

permitem que esse autocuidado<br />

seja efetivo ou não.<br />

0 38<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


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Comparado a outras soluções utilizadas para a coleta de amostras por<br />

swab, como solução salina, DirectDetect não é capaz de inibir os ensaios<br />

baseados em PCR.<br />

Os swabs foram coletados e depositados no DirectDetect ou solução<br />

salina a 0,9% seguido da inativação por calor do vírus SARS-CoV-2 a<br />

concentração de 5.000 cópias/mL. 10µl de solução contendo o vírus<br />

inativo foi usada para os ensaios baseados em PCR por tempo real usando<br />

o kit de detecção Quick SARS-CoV-2 Multiplex Kit (R3013).<br />

Ct<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

DirectDetect <br />

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Autoras: Vania Cunha de Abreu1, Rachel Siqueira de Queiroz Simões2<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Por essa razão é indispensável<br />

que se propague constantemente<br />

informações aos cidadãos sobre<br />

sinais, sintomas, prevenção e<br />

tratamento das doenças de maior<br />

impacto social, bem como as de<br />

alta letalidade, mas que podem ser<br />

curáveis quando diagnosticadas<br />

em fase inicial como nos casos<br />

de melanoma, informando a<br />

população sobre os hábitos<br />

cotidianos que influenciam<br />

na evolução dos processos<br />

patológicos como, por exemplo:<br />

a diminuição do tabagismo, o<br />

etilismo, a associação de dietas<br />

ou a reeducação alimentar e os<br />

exercícios físicos, a forma correta<br />

de incorporar hábitos saudáveis<br />

ao seu dia-a-dia e onde encontrar<br />

os profissionais qualificados para<br />

orientá-los.<br />

Além de refletirem a incidência e<br />

sua relação com os fatores de risco,<br />

modos de vida e qualidade das<br />

informações, as variações regionais<br />

da mortalidade por câncer também<br />

são influenciadas por diferenças<br />

nas condições de acesso, uso e<br />

desempenho dos serviços de saúde<br />

– componentes importantes das<br />

condições de vida da população<br />

brasileira (INCA 2006, p. 68)<br />

Prevenção e Autocuidado<br />

A exposição prolongada e repetida da<br />

pele ao sol causa o envelhecimento<br />

cutâneo além de predispor a pele ao<br />

surgimento do câncer. Tomando-se<br />

certos cuidados, os efeitos danosos do<br />

sol podem ser atenuados.<br />

O tratamento preventivo consiste<br />

em proteção contra o frio, ventos<br />

e especialmente o sol. Manter a<br />

hidratação constante e da pele é<br />

fundamental. O significado do termo<br />

“nutrir”, segundo Houaiss (1997),<br />

é “fornecer alimento, sustentar,<br />

revigorar” (p. 1155) não só alimentar,<br />

mas também fortalecer e manter.<br />

Uma pele nutrida é aquela em<br />

que todas as funções celulares<br />

desenvolvem- se normalmente, ou<br />

seja, cada componente cumpre as<br />

diversas tarefas para o crescimento,<br />

equilíbrio, restauração e manutenção<br />

de um todo, e as trocas de substâncias<br />

entre os meios intracelular e<br />

extracelular ocorrem naturalmente,<br />

obedecendo à fisiologia do processo<br />

(GOMES E GABRIEL 2006, p. 62).<br />

A hidratação e a nutrição da pele<br />

podem efetuar-se por meio de<br />

preparações e métodos cosméticos<br />

diversos. Princípios ativos como<br />

uréia, cloreto de sódio e o ácido<br />

láctico promovem resultados<br />

satisfatórios. Substâncias cosméticas<br />

mais oleosas como silicones, e óleos<br />

minerais diminuem a evaporação<br />

aquosa, favorecendo a umectação e<br />

o turgor da pele.<br />

A emoliência, amolecendo a camada<br />

córnea, diminui o endurecimento<br />

próprio da ceratinização da<br />

pele involutiva, tornando-se<br />

menos perceptível a descamação<br />

celular. Óleos, gorduras, ceras,<br />

fosfolipídios, tensoativos e muitos<br />

outros elementos hidrofílicos ou<br />

higroscópicos são capazes de reter<br />

água e amolecer a camada córnea,<br />

melhorando a flexibilidade e a<br />

consequente elasticidade da pele<br />

(MAGALHÃES 2000, p.79).<br />

Atualmente o ramo da farmacologia<br />

tem se expandido agressivamente a<br />

fim de atender as necessidades da<br />

sociedade de uma forma geral, e unindo<br />

forças em equipes multiprofissionais<br />

para formular preparações ainda mais<br />

completas para o consumidor, como os<br />

cosmecêuticos (união de cosméticos<br />

e fármacos), neurocosméticos<br />

(preparações cosméticas que agem<br />

por estímulos ao Sistema Nervoso<br />

Central), aromacologia (junção de<br />

equipe interdisciplinar para elaboração<br />

de formulação com interpretações<br />

0 40<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


psicológicas positivas ao consumidor),<br />

entre outros. Atualmente a maioria<br />

dos produtos cosméticos agregam<br />

em sua composição um percentual de<br />

FPS a fim de proporcionar uma ação<br />

não apenas estética, mas funcional,<br />

visto que o idoso é considerado muitas<br />

vezes um “desidratado crônico”, pois<br />

a estrutura da pele diminui com o<br />

avanço da idade e muitos não possuem<br />

hábitos simples, como ingerir a<br />

quantidade adequada de água por dia,<br />

bem como adaptar a alimentação com<br />

ingredientes funcionais e antioxidantes,<br />

usar protetor solar ou até cosméticos<br />

que auxiliem na diminuição da<br />

xerose cutânea, apresentada como<br />

uma “secura excessiva da pele, com<br />

descamação farinácea e fina” (LEITE<br />

2007).<br />

Para alcançar melhores resultados,<br />

quando necessário, obter uma<br />

proteção cutânea mais qualificada, é<br />

importante associar a cosmetologia<br />

orientada por uma esteticista, para<br />

que haja uma avaliação personalizada<br />

no sentido de enfatizar a propedêutica<br />

dos recursos para hidratação, nutrição<br />

e manutenção da pele conforme a<br />

necessidade de cada pessoa, seja<br />

em procedimentos, ou na orientação<br />

específica do uso de produtos home<br />

care baseando-se em formulações<br />

direcionadas.<br />

Para nutrir a pele, utilizam-se vitaminas<br />

(lipossolúveis ou hidrossolúveis) e<br />

sais minerais (macroelementos ou<br />

oligoelementos). Os veículos vetoriais<br />

(nanosferas e silanóis) são empregados<br />

com o objetivo de melhorar a nutrição<br />

do tecido conjuntivo, onde se localizam<br />

os fibroblastos, que dão origem ao<br />

colágeno, elastina e reticulina,<br />

que, além de dar elasticidade e<br />

sustentação à pele, têm alto poder<br />

de retenção hidrica (GOMES E<br />

GABRIEL 2006, p. 62).<br />

Com o intuito de manter o corpo e as<br />

suas funções, a atividade física além de<br />

muitos outros benefícios, proporciona<br />

melhora na circulação sanguínea,<br />

na oxigenação da pele e tecidos, e<br />

também a eliminação de toxinas. A<br />

inclusão e a participação do idoso no<br />

processo de prevenção e tratamento<br />

junto à equipe multidisciplinar<br />

garantirá a efetividade do mesmo.<br />

As estratégias devem incluir educar<br />

o idoso, dando ao indivíduo a<br />

oportunidade de tomar decisões<br />

autônomas, no entanto, é muito<br />

frequente que o próprio idoso<br />

apresente resistência para assumir seu<br />

autocuidado (CALDAS 2006, p. 1119).<br />

Os idosos podem e devem ser<br />

conscientizados e estimulados pelos<br />

profissionais da saúde a se inserirem<br />

no contexto da prevenção e no<br />

tratamento de disfunções e patologias<br />

através do autocuidado, a fim de<br />

serem motivados a colaborar como<br />

parte ativa do processo da promoção<br />

da saúde em sua totalidade.<br />

Quanto ao cuidado alimentar, devese<br />

investir em ingestão constante<br />

de água, pois proporciona melhor<br />

qualidade da pele, evitando a<br />

desidratação tecidual e auxiliando o<br />

organismo na filtragem das toxinas. “O<br />

controle da xerodermia se consegue<br />

com a administração de vitaminas do<br />

complexo A, K e E, complementadas<br />

com rutosídeo, castanha da índia,<br />

ferro, e aminoácidos” (Magalhães<br />

2000, p. 78). Recomenda-se também,<br />

que se incluam na dieta frutas,<br />

legumes, grãos e verduras verdesescura,<br />

bem como alimentos ricos em<br />

antioxidantes.<br />

A proteção solar é recurso importante<br />

e indispensável no controle do<br />

envelhecimento da pele e é a<br />

principal forma de prevenção contra<br />

o câncer de pele e o melanoma. Usar<br />

sempre um filtro solar com fator de<br />

proteção solar (FPS) igual ou superior<br />

a 15, aplicando-o generosamente<br />

pelo menos 20 minutos antes de<br />

se expor ao sol ajuda a prevenir<br />

os efeitos deletérios do sol sobre<br />

a pele. Preferencialmente deve-se<br />

utilizar o FPS 40, para adquirir maior<br />

efetividade de proteção.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 41


Autoras: Vania Cunha de Abreu1, Rachel Siqueira de Queiroz Simões2<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

O sol com sua energia eletromagnética<br />

das radiações ultravioletas, atravessa<br />

a camada córnea e provoca<br />

modificações nas intimidades dos<br />

tecidos cutâneos, expressas em sua<br />

superfície por meio de uma bateria<br />

de lesões inestéticas e patogênicas.<br />

Os absorventes de radiações UVB e<br />

UVA e os bloqueadores físicos têm<br />

demonstrado utilidade no controle de<br />

seus efeitos degradantes e senescentes<br />

(MAGALHÃES 2000, p. 80).<br />

Com o objetivo de facilitar a utilização<br />

dos filtros solares pela população, a<br />

indústria cosmética tem se empenhado<br />

bastante para oferecer ao consumidor<br />

uma diversidade maior de produtos<br />

multifuncionais. A maioria dos produtos<br />

cosméticos hoje atribui ao produto<br />

formulado um fator de proteção<br />

solar. Podemos encontrar FPS em<br />

maquiagens, pós faciais, batons, cremes<br />

capilares, corporais e faciais, hidratantes<br />

e até mesmo em bronzeadores.<br />

Para Draelos (1999, p. 247): “Esses<br />

itens são algumas vezes rotulados<br />

de produtos de tratamento,<br />

produtos antienvelhecimento,<br />

produtos protetores, ou produtos<br />

de defesa baseados na inclusão de<br />

filtros solares”. Os mesmos podem<br />

ser encontrados comercialmente<br />

com facilidade e devem ser<br />

selecionados cuidadosamente de<br />

acordo com o fototipo.<br />

As pessoas com fototipo I e II devem<br />

evitar exposição solar, seguindo um<br />

programa diário de autoproteção<br />

com filtros solares. Existem evidências<br />

experimentais indicando que os filtros<br />

solares não evitam a imunossupressão<br />

local induzida pela radiação ultravioleta<br />

(RUV) (MAGALHÃES 2000, p.72).<br />

Deve-se lembrar também que os<br />

produtos para proteção ultravioleta<br />

devem ser reaplicados sempre e que<br />

não há produto capaz de “filtrar” ou<br />

“bloquear” as RUVs, apenas proteger<br />

a pele. Sendo assim, a aplicação<br />

do fotoprotetor deverá ser feita<br />

constantemente. Seja após mergulhar,<br />

em consequência da transpiração<br />

excessiva ou por outros fatores. É<br />

importante o uso de chapéus e barracas<br />

grossas que inibem ao máximo a<br />

passagem do sol. Tais cuidados não<br />

dispensam o uso do protetor solar, pois<br />

parte da radiação ultravioleta reflete-se<br />

atingindo a pele.<br />

Vale relembrar que os efeitos do sol<br />

são cumulativos, por isso tais cuidados<br />

deverão ser tomados ao longo da<br />

vida. Caldas (2006) afirma que:<br />

Para se autocuidar, é necessário<br />

desenvolver uma consciência das<br />

condições que propocionam o próprio<br />

bem-estar. Isso só é possível através<br />

de um processo de autoconhecimento.<br />

O desenvolvimento da auto-estima ao<br />

longo da vida também é importante<br />

para que as nossas necessidades de<br />

cuidado não sejam negligenciadas por<br />

nós mesmos (p. 1119).<br />

O autocuidado não deve ser visto<br />

como vaidade, desnecessário ou<br />

supérfluo nem para o idoso, nem para<br />

os que o cerca. Somos responsáveis<br />

por nossas atitudes e devemos zelar<br />

pela nossa própria saúde.<br />

O cuidar da pele, não se deve<br />

apenas por questões estéticas,<br />

mas principalmente por prevenção<br />

a patologias cutâneas como, o<br />

melanoma, que podem ser ou não<br />

nocivas ao corpo num todo.<br />

O protetor solar não foi elaborado<br />

apenas para evitar manchas<br />

desagradáveis e inestéticas na<br />

pele. Foi formulado principalmente<br />

para proteger a pele dos raios<br />

ultravioletas, que provocam lesões<br />

cutâneas. Tais radiações, não são<br />

refletidas apenas pela exposição<br />

direta ao sol, são refletidas também<br />

de outras maneiras.<br />

0 42<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


Autoras: Vania Cunha de Abreu1, Rachel Siqueira de Queiroz Simões2<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Quando a exposição solar não incide<br />

diretamente sobre a pele é necessário<br />

recordar que a radiação ultravioleta<br />

refletida na água, na areia ou na neve<br />

constitui quase 50% da luminosidade<br />

solar direta e alcançam a pele exposta<br />

das pessoas que utilizam chapéus,<br />

sombrinhas e permanecem horas à beira<br />

do mar ou da piscina. Daí a importância<br />

do uso constante de protetores solares<br />

(MAGALHÃES 2000, p.77).<br />

Tabela 2: Exames para detecção do câncer<br />

É necessário que se tenha cuidado<br />

redobrado no período entre 10 e<br />

15 horas, devido a intensificação<br />

dos raios solares sobre a Terra. A<br />

grande maioria dos cânceres de<br />

pele localizam-se na face, devemos<br />

protegê-la, sem esquecer os lábios e<br />

orelhas, locais comumente afetados<br />

pela doença. Gomes e Gabriel (2006)<br />

caracterizam a neoplasia como:<br />

Um processo patológico de mitose<br />

celular de células epidérmicas, por<br />

mutação, podendo acarretar no<br />

desenvolvimento tumoral benigno ou<br />

não. Segundo elas, a principal causa<br />

de neoplasias cutâneas é a exposição<br />

prolongada e repetida de radiação<br />

ultravioleta (p. 45).<br />

A gama de produtos cosméticos<br />

voltados para a fotoproteção e<br />

envelhecimento aumentam no<br />

decorrer dos dias, nos proporcionando<br />

variedade nas formulações, no preço e<br />

na qualidade. Basta identificar o tipo<br />

de pele e conhecer a necessidade de<br />

proteção da mesma, a fim de que se<br />

possa comprar o produto adequado e<br />

obter satisfação no resultado.<br />

Magalhães (2000) indica como<br />

tratamento para ceratoses solares:<br />

As ceratoses solares respondem<br />

a loções e cremes contendo<br />

5-Fluorouracil a 5%. As aplicações se<br />

efetuam pela noite, com bandagem,<br />

evitando o efeito irritativo intenso com<br />

creme composto de corticóides durante<br />

todo o dia. A regressão acontece em<br />

aproximadamente três semanas, com<br />

melhora estética (p. 79).<br />

Ao identificar manchas, lesões e/<br />

ou alterações cutâneas antes não<br />

percebidas é imprescindível a realização<br />

de uma avaliação dermatológica.<br />

Saldanha (2004) indica que:<br />

No Sistema Único de Saúde (SUS)<br />

existe uma rede de centros hospitalares<br />

que estão cadastrados para oferecer<br />

tratamento integral ao paciente<br />

com câncer – são os chamados<br />

Centros de Alta Complexidade em<br />

Oncologia (CACON), cuja lista e outras<br />

informações úteis estão disponíveis no<br />

endereço eletrônico (site) do Instituto<br />

Nacional do Câncer (INCA) – http://<br />

www.inca.gov.br (p.296).<br />

Questiona-se o acesso da população<br />

aos Programas Públicos de<br />

Saúde, bem como às informações<br />

disponibilizadas, pois nem todas as<br />

famílias têm acesso a computadores e<br />

ainda que tenham, é necessário saber<br />

buscá-las em meio virtual.<br />

Já Lima (2004), aponta por meio<br />

da Tabela 2, a necessidade da<br />

prevenção, conforme “recomendado<br />

pela Sociedade Americana de Câncer<br />

0 44<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


(Américan Cancer Society) que<br />

exames periódicos sejam efetuados<br />

nesse sentido” (p.641).<br />

Visto o quadro acima apontamos para a<br />

necessidade de se possuir mecanismos<br />

de prevenção para os outros tipos de<br />

cânceres, especialmente o melanoma,<br />

por ter acelerado poder de letalidade<br />

e também pela necessidade de<br />

averiguação especializada por meio de<br />

profissional qualificado também para o<br />

exame da pele.<br />

Material e Métodos<br />

Para delinear os aspectos relevantes<br />

desse estudo, a metodologia empregada<br />

foi o levantamento de dados extraídos<br />

da literatura científica sobre temas como<br />

o processo de carcinogênese, melanoma<br />

cutâneo, envelhecimento, prevenção,<br />

autocuidado, e fotoproteção.<br />

A pesquisa bibliográfica realizouse<br />

por meio das principais bases de<br />

dados em áreas multidisciplinares,<br />

tais como: Google acadêmico,<br />

Pubmed e Scielo. Para tanto, foram<br />

utilizadas na busca eletrônica os<br />

descritores de texto: “melanoma<br />

cutaneous” e “melanoma cutâneo na<br />

terceira idade”. Foram elencadas as<br />

publicações concernentes ao tema<br />

do estudo. A pesquisa bibliográfica<br />

contribuiu na exploração do assunto<br />

para a fundamentação teórica desse<br />

estudo, a partir de uma revisão<br />

integrativa de literatura.<br />

Discussão<br />

O tema sobre o melanoma na terceira<br />

idade é apenas um, dos muitos que<br />

podem ser abordados em estudos,<br />

visto que inúmeras pesquisas têm<br />

sido realizadas no sentido de educar<br />

a sociedade por meio de palestras<br />

educativas informando a necessidade<br />

e a importância do autocuidado e<br />

da prevenção inclusive de doenças<br />

negligenciadas.<br />

O que pode estar faltando, é pôr esses<br />

estudos em prática, orientando o<br />

indivíduo idoso corretamente em cada<br />

etapa do processo principalmente de<br />

prevenção do melanoma, visto que a<br />

maior chance de reversão do quadro<br />

é quando descoberto no início, a fim<br />

de promover realmente a saúde, não<br />

somente como um “direito de todos”,<br />

mas promovendo-a de fato como um<br />

dever do Estado para o benefício de<br />

cada cidadão, no tocante a própria<br />

saúde, permitindo-lhe informações<br />

que os proporcionem obter uma<br />

longevidade com qualidade de vida.<br />

Entretanto, as Instituições, bem<br />

como os profissionais deverão estar<br />

aptos a receber esse público para<br />

oferecer-lhes o que há de mais atual<br />

no mercado desde a informação,<br />

o diagnóstico e o tratamento do<br />

melanoma.<br />

A equipe multiprofissional tem um<br />

papel de fundamental importância,<br />

no sentido de garantir a aplicabilidade<br />

da disseminação dos conceitos da<br />

saúde, não somente ao paciente idoso,<br />

mas a todos, a fim de conscientizar o<br />

cidadão quanto à importância de sua<br />

participação no autocuidado, para a<br />

prevenção de patologias.<br />

Quanto mais cedo se começa a<br />

prevenir, melhores condições de<br />

saúde e qualidade de vida se têm.<br />

Estudos mais recentes apontam<br />

para alterações gênicas em relação<br />

ao desenvolvimento do melanoma<br />

cutâneo por hereditariedade e também<br />

por modificações epigenéticas, por<br />

influenciarem no DNA.<br />

Se um jovem, por exemplo, é<br />

conscientizado sobre os efeitos<br />

deletérios das radiações solares<br />

e aprende a se autocuidar para<br />

prevenir-se contra elas, ao envelhecer<br />

esse indivíduo não necessariamente<br />

poderá apresentar patologias<br />

causadas pelo fotoenvelhecimento,<br />

visto que os efeitos das radiações<br />

solares (agentes carcinogênicos) são<br />

cumulativos ao organismo, logo,<br />

estará prevenindo desde as lesões<br />

pré-cancerígenas, como também o<br />

melanoma cutâneo além de manter a<br />

saúde e a qualidade de vida.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 45


ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

A iniciativa da equipe de saúde em<br />

orientar a comunidade devidamente,<br />

deverá ser constante a fim de que cada<br />

um faça a sua parte visando um bem<br />

maior que é a saúde da coletividade.<br />

Conclusão<br />

A reflexão sobre envelhecimento é um<br />

ponto de partida para a abordagem<br />

do tema saúde. No íntimo, toda<br />

pessoa na Terceira Idade, preocupa-se<br />

com sua aparência e com o seu bemestar;<br />

o que varia de uma para a outra,<br />

é a intensidade dessa preocupação.<br />

A responsabilidade “envelhecer com<br />

saúde” depende da conscientização<br />

da própria pessoa, a fim de buscar<br />

alternativas para a adoção de um<br />

modo de vida saudável, que deve<br />

ser objetivo do idoso e da sociedade<br />

num todo, visto que envelhecer é um<br />

processo fisiológico natural, assim,<br />

construir hábitos saudáveis faz parte<br />

do autocuidado para pessoas em<br />

qualquer idade.<br />

A mobilização pela saúde seja no<br />

plano individual com o investimento<br />

no autoconhecimento e no<br />

autocuidado ou no plano coletivo<br />

com a participação social pelos<br />

direitos de cidadania, requer uma<br />

politização holística eficiente quanto<br />

à reorganização dos programas<br />

públicos de saúde. Não é possível<br />

trabalhar neste sentido sem perceber<br />

de que maneira os sujeitos vivenciam<br />

seu envelhecimento e enfrentam as<br />

questões de seu cotidiano.<br />

No processo de envelhecimento,<br />

o idoso deverá ser visto pela<br />

equipe de saúde num todo, como<br />

um ser completo revestido de<br />

sentimentos, de medos, ambição,<br />

de influências de um meio social,<br />

de um corpo, responsabilidades,<br />

intelecto, não movido apenas de<br />

problemas e morbidades, ou seja,<br />

como um cidadão.<br />

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0 46<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

OS BENEFÍCIOS DA AUTOMAÇÃO<br />

NA MEDICINA LABORATORIAL<br />

Autores:<br />

MELLO, Juliana Natally 1<br />

COSTA, Valcleir Aparecido Marinho 2<br />

1 - Graduanda do curso Farmácia do Centro Universitário<br />

UNIFACIMED.<br />

2 - Especialista em Gestão Educacional e Docência no Ensino<br />

Superior, Habilitação em Análises Clínicas e Imagenologia.<br />

Graduado em Biomedicina.<br />

* Imagem ilustrativa<br />

Resumo<br />

A medicina laboratorial vem passando por grandes transformações<br />

decorrente do avanço tecnológico marcante do século XX. A evolução da<br />

ciência trouxe à humanidade um avanço na modernização dos processos<br />

automatizados, visando redução de custo, uma melhor qualidade dos<br />

produtos e uma maior rapidez na produção. No presente estudo objetivouse<br />

relatar sobre os benefícios da automação na medicina laboratorial para a<br />

melhoria da qualidade e economia em exames de diagnóstico laboratorial.<br />

Trata-se de estudo descritivo de artigo realizada nas bases de dados: Medical<br />

Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PUBMED) e<br />

Scientific Electronic Library Online (SciELO) no período entre 2009 e 2021.<br />

Dentro da medicina laboratorial um dos principais motivos para busca da<br />

automatização é a otimização do trabalho, visando redução de custo, uma<br />

melhor qualidade dos produtos e uma maior rapidez na produção.<br />

Palavras-Chave: Conceito automação, analises clinicas, medicina<br />

laboratorial, benefícios automação.<br />

Abstract<br />

Laboratory medicine has been undergoing major transformations as<br />

a result of the remarkable technological advances of the 20th century.<br />

The evolution of science has brought humanity an advance in the<br />

modernization of automated processes, cost reduction, better product<br />

quality and faster production. This study aimed to report on the<br />

benefits of automation in laboratory medicine to improve the quality<br />

and economy of laboratory diagnostic tests. This is a descriptive study<br />

of the article carried out in the following databases: Online Medical<br />

Literature Analysis and Retrieval System (MEDLINE / PUBMED) and<br />

Scientific Electronic Library Online (SciELO) in the period between<br />

2009 and 2021. Within laboratory medicine, one of the main reasons<br />

for seeking automation are work optimization, cost reduction, better<br />

product quality and faster production.<br />

Keywords: Automation concept, clinical analysis, laboratory medicine,<br />

automation benefits.<br />

Introdução<br />

A medicina laboratorial passou<br />

por grandes transformações nos<br />

últimos anos, principalmente em<br />

razão do avanço tecnológico que<br />

foi marcante no século XX. Com<br />

o processo evolutivo da ciência,<br />

a humanidade se beneficiou<br />

com o avanço na modernização<br />

dos processos automatizados,<br />

que visam a redução de custos,<br />

melhora na qualidade dos<br />

produtos e agilidade na produção<br />

(AMARAL, 2011).<br />

A automação nos laboratórios<br />

clínicos está intimamente ligada<br />

a evolução dos conhecimentos de<br />

alquimia e química. A disciplina<br />

de química clínica teve origem<br />

na década de 1840 e era no<br />

início baseadas em métodos<br />

0 48<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


clássicos analíticos, como absorção<br />

atômica, colorimetria, fotometria de<br />

chama, gasometria, potenciometria,<br />

eletroforese e anemometria,<br />

fazendo-se necessários vários tipos<br />

de analisadores para atender as<br />

diferentes metodologias, o que<br />

trazia uma grande complexidade ao<br />

laboratório que realizava a analise,<br />

principalmente em termos pessoais<br />

de instalação e manutenção<br />

(ARMBRUSTER, 2014).<br />

Segundo Ricelli e Amaral (2019), na<br />

década de 1940 nos Estados Unidos<br />

a automação nos laboratórios<br />

clínicos teve o seu auge quando a<br />

quantidade de exames laboratoriais<br />

solicitados teve um aumento<br />

significativo. Os profissionais que<br />

possuíam disponibilidade em<br />

trabalhar em grandes laboratórios<br />

de rotina estavam cada vez mais<br />

escassos e os custos operacionais<br />

cada vez mais altos.<br />

Tão importante quanto o<br />

desenvolvimento de sistemas<br />

analíticos automatizados, foi na<br />

década de 1950 a introdução dos<br />

conjuntos de diagnósticos, que<br />

são reagentes pré-embalados<br />

e prontos para uso em geral<br />

chamado de kits pela Sigma<br />

Chemical Company, que teve<br />

grande valia na história da<br />

automação (ARMBRUSTER, 2014).<br />

O atual cenário da medicina<br />

laboratorial é muito promissor,<br />

e os profissionais possuem a<br />

oportunidade de dedicar seu<br />

tempo a uma gestão de qualidade<br />

criando desta forma uma ampla<br />

rede de dados de comunicação<br />

entre as instituições o que<br />

melhora a qualidade e benefícios<br />

aos atendimentos dos pacientes<br />

(PLEBANI, 2018).<br />

O sistema para automação de<br />

equipamentos gera possibilidades<br />

de erros quase nulas, aumenta a<br />

produtividade, tempo de operação<br />

e otimização do processo.<br />

Com uma boa estruturação<br />

empresarial associado a<br />

equipamentos de automação de<br />

qualidade, tem-se uma elevação<br />

de qualidade e entrega de<br />

resultados de forma satisfatória<br />

(ALVES, MOREIRA, 2021).<br />

Diante do exposto, este trabalho<br />

objetivou relatar os benefícios<br />

da automação na medicina<br />

laboratorial para a melhoria da<br />

qualidade e economia em exames<br />

de diagnósticos laboratorial.<br />

Fundamentação Teórica<br />

Os primeiros analisadores<br />

laboratoriais de fluxo contínuo,<br />

podiam ser simples e de multicanal,<br />

eram formados por uma membrana<br />

de diálise para filtrar o sangue total<br />

(amostra do paciente) e produzir<br />

um filtrado livre de proteínas, tubos<br />

tygon, um gerador de bolhas de<br />

ar que era utilizado para separar<br />

amostras de diferentes pacientes,<br />

bobinas de mistura, uma cubeta<br />

de fluxo que permitia a leitura<br />

fotométrica e um registrador<br />

gráfico em papel. Os modelos de<br />

multicanal permitiam a análise<br />

simultânea de vários analitos, sendo<br />

os mais comuns os de dois, seis e<br />

doze canais, com produtividade de<br />

aproximadamente 150 amostras<br />

por hora. Os sistemas eram não<br />

seletivos, portanto realizavam um<br />

conjunto fixo de exames em todas<br />

as amostras, independentemente<br />

de terem sido solicitados ou não,<br />

o desperdício não tinha como<br />

ser evitado, pois não era possível<br />

para seleciona-los individualmente<br />

(ANDRIOLO, 2018).<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

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Autores: Juliana Natally 1 , Valcleir Aparecido Marinho 2<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Simultaneamente com o lançamento<br />

dos conjuntos de diagnósticos para a<br />

automação laboratorial desenvolveu-<br />

qualidade. A evolução tecnológica<br />

permitiu a implantação dos<br />

novos conceitos da qualidade,<br />

Publicados em português e inglês;<br />

c) Produzidos no período entre 2009<br />

e 2021 d) produzidos no período<br />

se softwares de informações e de<br />

sempre em busca uma constante<br />

entre 2009 e 2021. Foram excluídas<br />

gestão laboratoriais. Na década de<br />

melhoria, o que exigiu então,<br />

publicações com: a) Estudos fora do<br />

1970, iniciou-se a introdução desses<br />

uma análise criteriosa dos<br />

contexto da medicina laboratorial;<br />

sistemas de informações com o<br />

diferentes processos envolvidos na<br />

b) Artigos com enfoque apenas<br />

objetivo de criar um gerenciamento<br />

realização do exame laboratorial,<br />

em prática manual de medicina<br />

eletrônico de dados, rotina de<br />

incluindo aspectos técnicos,<br />

laboratorial; c) Avanço científico<br />

trabalho e com interfaces eletrônicas<br />

organizacionais e administrativos,<br />

desligado do avanço tecnológico e<br />

dos instrumentos. Inicialmente, foram<br />

além de identificar desvios e<br />

da medicina laboratorial.<br />

criados para atender a necessidade de<br />

propor oportunidades de melhoria<br />

controlar os códigos de faturamento,<br />

(VIEIRA, 2011).<br />

Os textos selecionados foram<br />

mas também automatizaram as<br />

organizados conforme o ano de<br />

operações laboratoriais dispensando<br />

Metodologia<br />

publicação, o (os) autor (es),<br />

registros em papéis e possibilitando<br />

Trata-se de estudo descritivo<br />

o título e o tipo de publicação.<br />

a captura de dados diretamente de<br />

de artigo realizada em base<br />

Após a seleção, os mesmos foram<br />

equipamentos analíticos (CAMPANA,<br />

de dados Medical Literature<br />

categorizados por similaridade de<br />

2011).<br />

Analysis and Retrieval System<br />

conteúdo/resultados apresentados:<br />

Online (MEDLINE/PUBMED) e<br />

Conceito automação; analises<br />

As análises clínicas podem ser<br />

Scientific Electronic Library Online<br />

clinicas e medicina laboratorial;<br />

consideradas como pioneira<br />

(SciELO) no período entre 2009<br />

benefícios automação.<br />

na área médica, motivando e<br />

e 2021. Realizada uma busca<br />

inserindo conceitos de qualidade.<br />

pelas associações dos seguintes<br />

A pesquisa resultou em 35<br />

Nos anos de 1990, houve um<br />

descritores em ciências da saúde<br />

publicações, destas 15 foram<br />

consenso sobre os objetivos da<br />

(DECS): conceito, automação,<br />

excluídas, 20 contemplavam as<br />

qualidade e suas especificações no<br />

analises clinicas.<br />

características propostas, sendo<br />

ambiente do laboratório clínico,<br />

selecionados para a leitura<br />

assim foram definidos os conceitos<br />

Adotou-se como critério de<br />

completa e composição da revisão.<br />

de controle de qualidade, garantia<br />

inclusão: a) Artigos científicos<br />

Foram selecionados 18 artigos, 02<br />

da qualidade e gestão total da<br />

originais, artigos de revisão; b)<br />

dissertações de mestrado.<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


Autores: Juliana Natally 1 , Valcleir Aparecido Marinho 2<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Resultados e Discussão<br />

Definição<br />

A palavra “automação” significa<br />

mover-se por si sendo proveniente<br />

do latim “automatus”. É um<br />

processo de aplicação de técnicas<br />

computadorizadas ou então<br />

mecânicas que possuem como<br />

objetivo principal tornar todo<br />

o processo de automação mais<br />

eficiente e seguro, diminuindo<br />

o tempo de produção gerando<br />

um menor gasto de energia<br />

(CAMPANA, 2011).<br />

Na área médica, a medicina<br />

laboratorial pode ser considerada<br />

como setor pioneiro a se introduzir<br />

e promover os conceitos de<br />

qualidade, sendo que no ano<br />

de 1990 em um consenso foi<br />

especificado os objetivos da<br />

qualidade no ambiente do<br />

laboratório clínico. A partir daí<br />

foram conceituados os termos<br />

controle de qualidade, garantia de<br />

qualidade e gestão de qualidade<br />

(VIEIRA et al., 2011).<br />

O conceito de evolução de medicina<br />

laboratorial e a automação foi<br />

agregando valor de acordo com a<br />

evolução e descoberta de novas<br />

tecnologias, esse processo fez com<br />

que muitas propostas tecnológicas<br />

fossem criadas, provocando um<br />

aumento na demanda de produção<br />

de equipamentos (TEIXEIRA, 2016).<br />

Os laboratórios clínicos fazem<br />

parte do setor de assistência a<br />

saúde, e historicamente exercem<br />

um papel importante no suporte<br />

das decisões clínicas. Com o<br />

desenvolvimento tecnológico<br />

e científico houve um aumento<br />

da complexidade e os processos<br />

laboratoriais foram modificados,<br />

incorporando assim os benefícios<br />

da tecnologia da informação<br />

e sendo impactados por<br />

níveis variáveis de automação<br />

(AMARAL, 2011)<br />

Motivos e expectativas para<br />

automatizar<br />

A introdução do processo de<br />

automação laboratorial foi<br />

ganhando destaque nos últimos<br />

anos, e é destacada como a<br />

espinha dorsal visando a busca<br />

de eficiência e viabilidade das<br />

empresas que atuam no setor. As<br />

fases que envolvem os processos<br />

no laboratório clínico ganharam<br />

grande relevância, sendo elas: a<br />

fase pré-analítica, analítica e pósanalítica<br />

(CAMPANA 2011).<br />

Erros de diagnóstico são uma<br />

ameaça significativa para a<br />

vida e segurança de todos os<br />

pacientes, pois além de atrasos,<br />

ainda pode causar uma falta de<br />

diagnóstico principalmente para<br />

aqueles pacientes que possuem<br />

condições clínicas graves. Cerca<br />

de 70% de todos os diagnósticos<br />

são realizados com base nos testes<br />

laboratoriais, e os resultados dos<br />

testes afetam cerca de 60 a 70%<br />

nas decisões sobre os tratamentos<br />

(GUIMARÃES et al., 2011).<br />

Todas as fases dos processos<br />

clínicos são de extrema<br />

importância afim de se rastrear,<br />

corrigir e prevenir erros. Na fase<br />

analítica é onde acontece cerca<br />

de 60 a 90% dos erros, e podem<br />

ocorrer desde a solicitação do<br />

exame até a análise laboratorial<br />

(LIDIANE, 2021)<br />

A fase pré analítica é o processo<br />

de operações específicos para<br />

a realização dos exames. Nesta<br />

fase pode ocorrer uma variação<br />

de 7% a 13% dos erros, sendo<br />

que estes erros podem estar<br />

relacionados devido troca de<br />

amostras ou interferências/ mal<br />

funcionamento dos equipamentos<br />

(WINDY et al., 2016).<br />

A última fase dos procedimentos<br />

laboratoriais é a fase pós analítica,<br />

que inclui a emissão e conferência<br />

dos resultados pelo responsável<br />

técnico. Nesta fase pode-se ter<br />

uma variação de 18,5% a 47%<br />

de erros, sendo que a maior parte<br />

deles são derivados de erros de<br />

digitação, dados e resultados<br />

(TEIXEIRA, 2016).<br />

0 52<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


Os laboratórios clínicos precisam<br />

e devem assegurar confiabilidade<br />

nos serviços que estão sendo<br />

prestados através de um controle<br />

interno e externo de qualidade<br />

que lhes garantam credibilidade<br />

na entrega dos resultados<br />

(LIDIANE, 2021). O processo de<br />

automação trás neste sentido<br />

como vantagem a eliminação de<br />

erros humanos tanto no manuseio<br />

das amostras, quanto na realização<br />

dos exames, redução das etapas<br />

de manipulação das amostras<br />

e um aumento na segurança e<br />

produtividade dos profissionais<br />

(RICELLI., AMARAL 2019).<br />

Para entrega de um resultado<br />

laboratorial são envolvidos<br />

diversos fatores, ou seja, é um<br />

conjunto de procedimentos de<br />

trabalho, equipamentos, reagentes<br />

e suprimentos que são necessários<br />

e que associados a capacidade de<br />

um método analítico para aferir<br />

uma amostra corretamente, vão<br />

fornecer um resultado satisfatório.<br />

Por este motivo é importante<br />

se adequar as mudanças que<br />

o mercado sofre diariamente e<br />

buscar o aperfeiçoamento visando<br />

a garantia de resultados mais<br />

precisos e em um menor tempo<br />

possível (AMARAL,2011).<br />

Vários modelos de equipamentos<br />

da automação em bioquímica<br />

demonstram grandes vantagens<br />

no laboratório de análises clínicas,<br />

tais como, maior segurança ao<br />

paciente: diminuindo erros e maior<br />

velocidade na entrega de resultados;<br />

atender e superar às expectativas:<br />

maior velocidade na entrega de<br />

resultados; redução de custos: maior<br />

produtividade pessoal, menos<br />

atividades com pouco valor, maior<br />

velocidade de produção, padronização<br />

dos processos e maior segurança dos<br />

colaboradores (MELANSON, 2007).<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Economia e qualidade em<br />

processos analíticos.<br />

Em uma análise de mercado, os<br />

principais fatores motivadores<br />

são traduzidos pela exigência<br />

de altos padrões de qualidade e<br />

pelas expectativas dos clientes<br />

frente aos serviços que são<br />

prestados e oferecidos. No âmbito<br />

assistencial, a diminuição de<br />

erros visando a segurança do<br />

paciente e redução dos prazos<br />

são fatores de impactos positivos.<br />

A imensa pressão exercida na<br />

redução dos custos e aumento<br />

de produtividade viabilizam a<br />

empresas permanecerem no<br />

mercado (MELANSON, 2007).<br />

A integração e consolidação<br />

entre as diversas áreas de um<br />

laboratório geram redução dos<br />

custos e tendem a aumentar a<br />

utilização da automação préanalítica.<br />

A estabilização de um<br />

número maior de tipos de ensaios<br />

e metodologias em equipamentos<br />

gera resultados importantes em<br />

relação ao nível de produtividade,<br />

diluição dos custos de insumos<br />

acessórios, menor número de<br />

tubos por paciente, menor<br />

manipulação de amostras, menor<br />

chance de erros. A evolução da<br />

automação laboratorial em todas<br />

as suas fases, está intimamente<br />

relacionada com a evolução em<br />

tecnologia da informação (TI)<br />

(CAMPANA, 2011).<br />

Os laboratórios clínicos auxiliam<br />

nos diagnósticos clínicos através da<br />

realização de exames, e desta forma<br />

contribui para o estabelecimento de<br />

uma melhor conduta terapêutica.<br />

Por este motivo a passou-se<br />

a buscar incessantemente por<br />

melhorias em todos os processos<br />

envolvidos. A tecnologia laboratorial<br />

e ciência médica vem avançando<br />

rapidamente, desta forma a<br />

inserção da automação na medicina<br />

laboratorial, nas últimas décadas,<br />

foi reconhecida como essencial para<br />

a busca de eficiência e qualidade<br />

(SANTOS; TREVISAN, 2021).<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 53


Autores: Juliana Natally 1 , Valcleir Aparecido Marinho 2<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Nos laboratórios clínicos a busca<br />

incessante por melhorar os<br />

processos passou a ser uma meta a<br />

ser alcançada e seguida. A ciência<br />

médica e a tecnologia laboratorial<br />

vêm avançando rapidamente na<br />

história da assistência à saúde.<br />

Antigamente, a maioria dos<br />

laboratórios clínicos realizavam,<br />

rotineiramente, apenas cerca de 20<br />

tipos de exames. Hoje, laboratórios<br />

clínicos realizam centenas de tipos<br />

de exames, alguns destes, em<br />

casos de emergência e urgência<br />

(Manso & Seabra, 2020).<br />

Atualmente a automação<br />

pode ser considerada com um<br />

processo customizado que varia<br />

da automação de uma etapa do<br />

processo analítico até a automação<br />

total do laboratório, que traz ao<br />

mercado uma proliferação de boas<br />

práticas através do processo de<br />

padronização (MELANSON, 2007).<br />

Considerações Finais<br />

Atualmente existem diversos<br />

fabricantes e importadoras de<br />

produtos e equipamentos na<br />

medicina laboratorial, com baixa<br />

demanda na região amazônica,<br />

alguns serviços de saúde pública<br />

ainda utilizam equipamentos<br />

não automatizados por diversos<br />

motivos sendo um deles a falta de<br />

recursos para melhoria e aquisição<br />

de equipamentos atualizados.<br />

Diante disso a implantação de<br />

cultura de conhecimento dos<br />

benefícios da automação iria<br />

gerar melhor aproveitamento de<br />

recursos, com maior qualidade de<br />

serviço prestado com economia.<br />

Dentro da medicina laboratorial<br />

um dos principais motivos para<br />

automatizar é fazer com que<br />

gere maior qualidade com menos<br />

tempo e mais economia ao usuário<br />

dos equipamentos, fazendo com<br />

que tenha economia de tempo<br />

de demanda de trabalho, fazendo<br />

com que melhore sua demanda,<br />

com maior custo benefício.<br />

Referências<br />

1. AMARAL, P.S.; BARBOSA, R.S.; CORREIA, S. M. B. S. A IMPORTÂNCIA<br />

DA AUTOMAÇÃO NOS LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS.<br />

[s.l: s.n.]. Disponível em: < https://www.newslab.com.br/wp-<br />

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DA%20AUTOMA%C3%87%C3%83O%20NOS%20<br />

LABORAT%C3%93RIOS%20DE%20AN%C3%81LISES%20CL%<br />

C3%8DNICAS.pdf>. Acesso em: 10 Out. 2021.<br />

2. Armbruster DA, Overcash DR, Reyes J. Clinical chemistry<br />

laboratory automation in the 21st Century – amat victoria<br />

curam (victory loves careful preparation). Clin Biochem<br />

Rev. 2014;35(3):143-53. Disponível em: . Acesso em: 6 Out. 2021<br />

3. BERLITZ, F. A. Controle da qualidade no laboratório<br />

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segurança do paciente. J Bras Patol Med Lab, vol. 46.<br />

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na medicina laboratorial: revisão de literatura. Jornal<br />

Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 47,<br />

n. 2, p. 119–127, abr. 2011. Disponível em: < https://<br />

www.scielo.br/j/jbpml/a/QFc7WL4zGrv94gSs3QGkFdx/<br />

abstract/?lang=pt#>. Acesso em: 09 Nov. 2021.<br />

5. CAMPANA, G. A; Oplustil, C. P. Conceitos de automação<br />

na medicina laboratorial: revisão de literatura. J Bras Patol<br />

Med Lab, vol. 47.<br />

6. GUIMARÃES, A. C et al. O laboratório clínico e os erros<br />

pré-analíticos. Ufrgs.br, 2011. Disponível em: < https://<br />

seer.ufrgs.br/hcpa/article/view/13899>. Acesso em: 10<br />

Ago. 2021.<br />

7. LIDIANE, A. F. et al. BIOSSEGURANÇA E ERROS NAS<br />

DIVERSAS FASES ANALÍTICAS LABORATORIAIS. <strong>Revista</strong><br />

Renovare, v. 1, 2021. Disponível em: .<br />

Acesso em: 01 Set. 2021.<br />

8. MELANSON, S. E. F. et al. Selecting automation for the clinical<br />

chemistry laboratory. Arch Pathol Lab Med, v. 131, p. 1063-<br />

9, 2007. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_<br />

nlinks&ref=000132&pid=S16762444201<br />

100020000500009&lng=en Acesso em: 05 de Maio 2021<br />

9. MIDDLETON, S. R. Developing an automation concept<br />

that is right for your laboratory. Clin Chem, v. 46, n. 5, p. 757-<br />

63,2000. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_<br />

nlinks&ref=000134&pid=S16762444201<br />

100020000500010&lng=en Acesso em: 30 de abril 2021<br />

10. TEIXEIRA, J. C. C. et al NON-CONFORMITIES IDENTIFIED<br />

DURING THE PHASES PRE-ANALYTICS, ANALYTICAL AND<br />

POST-ANALYTICAL OF A CLINICAL ANALYSIS PUBLIC<br />

LABORATORY. Nucleus, v. 13, n. 1, p. 251–260, 30 abr.<br />

2016. Disponível em: < https://core.ac.uk/download/<br />

pdf/268033424.pdf>. Acesso em: 10 Ago. 2021.<br />

11. VIEIRA, K. F. et al. A utilidade dos indicadores da<br />

qualidade no gerenciamento de laboratórios clínicos. J Bras<br />

Patol Med Lab, vol. 47. n. 3, p. 201–210, 2011. Disponível<br />

em: < https://www.scielo.br/j/jbpml/a/a/mDn 4tWr<br />

cgDpc LDbDs 4PnpcR/?format=pdf&lang=pt>. Acesso<br />

em : 5 Jul. 2021.<br />

12. WINDY, R. et al. Exames laboratoriais e a fase préanalítica.<br />

Semana de Pesquisa e Extensão da Universidade<br />

Tiradentes - SEMPESq-SEMEX, v. 0, n. 18, 2016. Disponível<br />

em: < https://eventos.set.edu.br/sempesq/article/<br />

view/3853>. Acesso em: 15 Out. 2021.<br />

13. SANTOS, K. A.; TREVISAN, M. A importância do<br />

controle de qualidade nos laboratórios de análises clínicas<br />

– uma revisão integrativa. Pubsaúde, v. 6, p. 1–7, 2021.<br />

Disponível em:< https://pubsaude.com.br/wp-content/<br />

uploads/2021/08/168-A- importancia-do-controle-dequalidade-nos-laboratorios-de-analises-clinicas.pdf>.<br />

Acesso em: 25 Out. 2021.<br />

0 54<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


GESTÃO LABORATORIAL<br />

BREVE ANÁLISE COMPORTAMENTAL DO<br />

MERCADO DAS ANÁLISES CLÍNICAS<br />

Por Humberto Façanha da Costa Filho<br />

“Maria escolheu a boa parte, que<br />

não lhe será tirada” – Jesus (LUCAS,<br />

10:42.). Uma excelente explicação<br />

desta citação do Evangelho, é feita<br />

por Emmanuel, guia espiritual do<br />

médium Francisco Cândido Xavier,<br />

no livro Fonte viva. Dentre outras<br />

coisas ele cita textualmente: “Não te<br />

esqueças da “boa parte” que reside<br />

em todas as criaturas e em todas as<br />

coisas. O fogo destrói, mas transporta<br />

consigo o elemento purificador. A<br />

pedra é contundente, mas consolida a<br />

segurança... A enxurrada é imundície,<br />

entretanto, costuma carrear o adubo<br />

indispensável à sementeira vitoriosa...<br />

A apreciação unilateral é sempre<br />

ruinosa. A imperfeição completa,<br />

tanto quanto a perfeição integral, não<br />

existem no plano que evoluímos. O<br />

criminoso, acusado por toda a gente,<br />

amanhã pode ser o enfermeiro que te<br />

estende o copo d’água... A tempestade<br />

da hora em que vivemos é, muitas<br />

vezes, a fonte de bem-estar das<br />

horas que vamos viver. Busquemos<br />

o lado melhor das situações, dos<br />

acontecimentos e das pessoas...”.<br />

A mensagem do Mestre não deixa<br />

dúvidas: devemos ver sempre o copo<br />

meio cheio! Entretanto, a humanidade,<br />

de forma geral, é e anda pessimista.<br />

Onde também existem oportunidades,<br />

veem somente ameaças. Isto acontece<br />

sistematicamente, em todos os<br />

campos da existência humana, mas,<br />

está agora exacerbado em função<br />

da pandemia da COVID 19. O que me<br />

chama a atenção é que no universo das<br />

análises clínicas, na minha opinião e já<br />

pedindo desculpas pela generalização,<br />

que normalmente é burra, este<br />

fenômeno é superlativado. Senão,<br />

vejamos. Tenho debatido este assunto<br />

em diversos grupos profissionais e<br />

existe um consenso da dimensão<br />

das ameaças que pairam sobre os<br />

laboratórios clínicos onde já estaríamos<br />

no início de uma fase de extinção da<br />

categoria, estimulada por pressões com<br />

cenários e variadas origens:<br />

• Do governo<br />

(MS; ANVISA – CP 911 e 912);<br />

• Concorrências de novos entrantes no<br />

mercado, farmácias, clínicas populares<br />

e correlatos;<br />

0 56<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


• Massificação dos Testes Laboratoriais<br />

Portáteis (TLP), também conhecidos<br />

como “Testes rápidos”;<br />

• Novos modelos de negócios (por<br />

exemplo, o Hilab, a telemedicina etc.);<br />

• Crescente avanços tecnológicos em<br />

dispositivos, equipamentos e serviços<br />

de monitoramento residencial. Foco<br />

em telemetria, dispositivos, artefatos,<br />

sensores e outros equipamentos<br />

acoplados aos smartphones e voltados<br />

a personalização dos serviços de<br />

cuidado pessoal;<br />

• Interpolaridade crescente entre os<br />

smartphones e as tecnologias vestíveis,<br />

indústria 4.0 (fábricas inteligentes),<br />

internet das coisas, sistemas ciber-físicos,<br />

computação em nuvem, big data;<br />

• As relações entre os diversos atores<br />

do “cluster da saúde” serão realizadas<br />

de forma cada vez mais remotas;<br />

• A crescente conscientização da saúde<br />

pessoal deverá modificar o perfil de<br />

sociedade, com novas exigências e<br />

orientações dogmáticas em saúde;<br />

• As soluções tecnológicas irão exigir<br />

grande capacidade para lidar com<br />

enorme volume de dados aliada à<br />

velocidade de processamento, na área<br />

da saúde. Isto deverá proporcionar<br />

transformar rapidamente registros<br />

clínicos em informação para a tomada<br />

de decisão em favor dos pacientes.<br />

Sistemas de Apoio à Decisão - SAD;<br />

• Os laboratórios clínicos deverão sair<br />

da sede física para chegar junto aos<br />

pacientes, médicos, fornecedores e<br />

pagadores dos serviços (convênios...),<br />

através da conectividade eletrônica;<br />

• Deverá haver necessidade crescente<br />

de reduzir o prazo de entrega dos<br />

exames (menor tempo de resposta);<br />

• Necessidade crescente do diagnóstico<br />

precoce de doenças;<br />

• Deverá haver crescimento de<br />

subespecializações dentro das especialidades<br />

clínicas;<br />

• Novos “entrantes” na área de auxílio ao<br />

diagnóstico médico: equipamentos que<br />

utilizam pequenos volumes de amostra<br />

(uma gota...) para realizar centenas de<br />

exames; laboratórios portáteis, exames<br />

remotos e junto aos pacientes;<br />

• União entre os serviços de diagnósticos<br />

por imagem com os laboratórios clínicos,<br />

junções, fusões, aquisições buscando<br />

soluções ecologicamente corretas;<br />

• Deverá haver demanda crescente<br />

para testes preventivos e de fatores<br />

de risco, particularmente nas áreas<br />

de oncologia, endocrinologia e<br />

ginecologia. Idem para testes de<br />

toxicologia/abuso de drogas;<br />

• Pressão maior sobre os laboratórios<br />

hospitalares para recolher, interpretar<br />

e fornecer informações para os<br />

médicos e outros profissionais de<br />

saúde com a finalidade de monitorar<br />

a condição do paciente e de sua<br />

saúde em geral, visando reduzir o<br />

tempo de estadia;<br />

• É esperado um aumento no número<br />

de laboratórios clínicos, em particular<br />

no setor independente, continuando<br />

a influenciar a indústria e colocando<br />

pressão nos laboratórios, num esforço<br />

para reduzir os custos;<br />

• Deverá haver uma contínua pressão<br />

descendente de preços; no entanto, o<br />

mercado vai ser compensado por um<br />

aumento no volume;<br />

• Deverá ocorrer uma verticalização<br />

violenta do mercado das análises clínicas;<br />

• Incremento das fusões e aquisições<br />

gerando novos grandes conglomerados,<br />

ameaçando ainda mais os pequenos e<br />

médios laboratórios.<br />

Nos grupos profissionais debatemos<br />

a situação do mercado das análises<br />

clínicas, onde claramente se identificam<br />

graves ameaças à sobrevivência dos<br />

pequenos e médios laboratórios, mas,<br />

também surgem ideias para soluções.<br />

Fundamentalmente convergem para<br />

a busca da união entre empresas,<br />

contudo, há divergência se a união


GESTÃO LABORATORIAL<br />

deve ser somente entre laboratórios<br />

ou também entre laboratório e clínicas<br />

médicas. Tudo visando racionalizar<br />

a produção em regiões eliminando<br />

a multiplicidade de equipamentos<br />

com as mesmas funções e otimizar<br />

a logística de suprimentos, gerando<br />

ganho de escala com processos de<br />

compras conjuntas. O grande desafio<br />

é vencer o egoísmo, a ganância, onde<br />

deveria prevalecer a ética, a decência<br />

de procedimentos. Perceber que os<br />

concorrentes não são inimigos que<br />

devem ser destruídos, mas que podem<br />

ser parceiros na solução da miríade de<br />

desafios do mercado. A busca deve<br />

ser frenética por ações que reduzam<br />

custos e aumentem receitas para<br />

incrementar a produtividade, gerando<br />

competitividade e reduzindo o risco<br />

de insolvência. E, nestes cenários<br />

uma exigência se faz necessária<br />

e imprescindível em qualquer<br />

situação ou solução adotada: GESTÃO<br />

PROFISSIONAL! Ou agimos agora,<br />

ou choramos depois. Ah, e não tem<br />

para quem reclamar! “Ai dos vencidos<br />

– Breno, General Gaulês”, ou seja,<br />

perdedor não tem direito, só obrigação.<br />

O Brasil é um país de dimensão<br />

continental, portanto, apresenta<br />

inúmeras realidades de mercado, seja<br />

ele dos fornecedores, dos produtores<br />

e dos consumidores. O ticket médio<br />

dos exames pode chegar fantásticos<br />

600% entre extremos, então, disto<br />

decorre uma miríade de situações de<br />

rentabilidade e equilíbrio econômico.<br />

Mas, de uma forma geral, nossa<br />

experiência em consultoria denota que<br />

o mercado das análises clínicas não é<br />

mais propício para gestão amadora<br />

das organizações que militam na<br />

área, não obstante, a existência de<br />

nichos privilegiados, onde o alto<br />

ticket médio gera lucros apreciáveis.<br />

A concorrência é predatória, havendo<br />

uma abertura de novos laboratórios<br />

sem o devido estudo da necessária<br />

e suficiente demanda para assegurar<br />

a prosperidade. A precificação<br />

dos exames é quase estática (vide<br />

tabela do SUS, das Unimed’s e<br />

convênios em geral). Esses fatores<br />

aliados socialização da medicina e a<br />

produção industrial proporcionada<br />

pelos equipamentos automatizados<br />

de última geração, causa uma<br />

verdadeira “carnificina” por ocasião<br />

das negociações das tabelas de preços<br />

dos exames. Existe de tudo na luta<br />

pela sobrevivência, desde a quebra<br />

ética pela redução da qualidade<br />

intrínseca até as fusões e aquisições,<br />

passando pela prática de dumping. A<br />

vitória nesta luta depende do ganho<br />

de escala e ou algum diferencial<br />

competitivo na prestação dos serviços.<br />

Entretanto, vejo normalmente a<br />

carência de gestão profissional<br />

nos laboratórios clínicos como a<br />

causa que, se eliminada, poderia<br />

mudar radicalmente o futuro dessas<br />

organizações. Neste caos em que<br />

está o mercado, os gestores buscam<br />

culpados de todos os jeitos, senão<br />

vejamos os resultados que obtive em<br />

pesquisa informal em várias regiões<br />

do Brasil, enquanto ministrava cursos<br />

e conferências. Já publiquei este texto<br />

em outras ocasiões no passado, mas pela<br />

importância, pertinência e validade atual,<br />

repito a publicação. As manifestações<br />

normalmente convergem e, sobretudo,<br />

se repetem, exaustivamente para os<br />

seguintes tópicos:<br />

1.- Situação econômica e financeira<br />

ruim, fato que aumenta o risco de<br />

insolvência destas organizações. Isto<br />

atualmente delimita o problema<br />

comum dos gestores laboratoriais.<br />

2.- Culpados que invariavelmente são<br />

citados como responsáveis:<br />

2.1- Compradores dos produtos<br />

(Convênios etc.).<br />

2.2- Médicos assistentes que<br />

demandam os produtos (Serviços e<br />

exames laboratoriais).<br />

2.3- Laboratórios de apoio.<br />

2.4- Governos (Federal, estadual e<br />

municipal).<br />

2.5- Fornecedores de insumos.<br />

2.6- Colegas de profissão (Empresários<br />

na área das análises clínicas).<br />

2.7- Capital externo (Investidores<br />

estrangeiros).<br />

0 58<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


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GESTÃO LABORATORIAL<br />

O que posso dizer sobre estes<br />

tópicos? Quanto ao número 1, temos<br />

uma constatação real, tangível e<br />

inquestionável, com raras exceções,<br />

seria negar uma evidência. Este<br />

tópico define o problema. Entretanto,<br />

com relação aos demais tópicos, se<br />

me permitem, vou externar minha<br />

opinião pessoal, por decorrência,<br />

sujeita às falhas inerentes ao ser<br />

humano e a minha própria ignorância,<br />

mas é o que penso. Todavia, com<br />

muita vontade de mudar perante a<br />

novas argumentações. Sabemos que<br />

a verdade pertence ao saber coletivo<br />

e muda de forma permanente com a<br />

realidade objetiva dos fatos e o saber<br />

da ciência. Dito isto, passo a comentar<br />

os tópicos citados.<br />

2.1- Culpar os clientes (Convênios),<br />

ainda que atores intermediários com<br />

o usuário final, é culpar a “razão de<br />

existir” das organizações humanas e,<br />

dentre estas, os laboratórios clínicos,<br />

cuja missão é fornecer serviços<br />

e produzir informações (laudos/<br />

exames) para os clientes! Cliente,<br />

em qualquer negócio, é solução, não<br />

problema. Enquanto houver clientes,<br />

haverá esperança. Sem eles, não<br />

existirá o negócio.<br />

2.2- Os médicos que solicitam os<br />

exames estão praticamente no<br />

mesmo nível de importância dos<br />

pacientes. Pois, é através do médico<br />

que, tendo como uma das fontes<br />

de informação os exames, poderá<br />

elaborar o diagnóstico para a solução<br />

do problema do cliente. Sem o médico<br />

assistente, praticamente, não existiria<br />

o laboratório, portanto, este será<br />

parte importante da solução, não<br />

a causa de problemas! Se ocorrem<br />

direcionamentos ou falta disto,<br />

preferências e exigências feitas pelos<br />

médicos, estas serão oportunidades<br />

de melhorias para os competentes.<br />

Ou será que os médicos colocam<br />

condicionantes ilegais, antiéticas,<br />

desonestas ou desleais? E, somente<br />

para você?<br />

2.3- Atualmente, face a logística<br />

e principalmente a multiplicidade<br />

e complexidade da tecnologia que<br />

avança a taxas crescentes, não mais<br />

é possível existir um laboratório que<br />

não seja apoiado por outros, em<br />

qualquer parte do planeta. Então,<br />

torna-se inútil “declarar guerra”<br />

aos laboratórios de apoio, pois eles<br />

são uma exigência para o sistema<br />

global funcionar. O “cluster” das<br />

análises clínicas não pode operar com<br />

eficiência sem o conceito do “apoio”.<br />

São como os “impostos”, não há o que<br />

discutir sobre se devem ou não existir,<br />

contudo, pode e se deve debater suas<br />

formas de atuação. Finalmente, hoje<br />

vejo eles mais como solução do que<br />

como problema. Provavelmente, sem<br />

eles, a grande maioria dos pequenos<br />

e médios laboratórios já poderiam ter<br />

se encaminhado para a insolvência,<br />

ou pelo menos, buscado uma solução<br />

radical (?) para resolver como produzir<br />

os exames complexos exigidos pelo<br />

mercado cada vez mais tecnológico,<br />

e sem dispor de recursos financeiros<br />

para tal desafio. A solução óbvia para<br />

isto, é a união dos pequenos e médios<br />

laboratórios formando central única<br />

de produção, que pelo porte teria a<br />

vantagem competitiva das compras<br />

conjuntas de insumos, proporcionando<br />

ganho de escala para os participantes.<br />

O custo de produção (eficiência<br />

produtiva vinculada ao custo variável<br />

unitário dos exames) será baixo e o<br />

mesmo para todos, definindo idêntico<br />

e eficiente ponto de partida para os<br />

laboratórios do empreendimento. A<br />

concorrência continuará existindo,<br />

negar isto seria negar uma evidência,<br />

mas será definida pela qualidade em<br />

serviços, pela competência de cada<br />

um em criar diferenciais competitivos<br />

percebidos pelos clientes, que serão<br />

fidelizados. Existe um universo (de<br />

serviços) no qual as possibilidades são<br />

inúmeras e certamente classificarão os<br />

mais aptos em melhores posições no<br />

mercado. Então, por que esta solução<br />

racional, inquestionável, raramente<br />

(ou nunca) ocorre? A resposta é<br />

simples: EGOÍSMO! Os donos de<br />

laboratórios normalmente preferem<br />

falir sozinhos a prosperar juntos!<br />

Repito: concorrente é visto como um<br />

inimigo que precisa ser destruído,<br />

nunca como um parceiro para a solução<br />

do problema. Vejo este obstáculo<br />

0 60<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


como quase que intransponível, pois<br />

remete para a “origem do mal” que<br />

aflige a humanidade, onde nos falta<br />

humildade, perdemos a capacidade<br />

de perceber a dependência universal<br />

entre todos os seres de todos os reinos,<br />

onde não sobrevivemos mais que cinco<br />

minutos na falta de um gás (oxigênio)<br />

e, para vivermos um único dia,<br />

dependemos dos produtos elaborados<br />

e serviços prestados por milhões de<br />

outros seres! Somos dependentes e<br />

frágeis, então por que da prepotência,<br />

da arrogância, da soberba, da crença<br />

na superioridade do indivíduo (EU/<br />

EGO)? Por que crer que eu devo ser<br />

o primeiro a me servir do buffet em<br />

um casamento? Atendido numa mesa<br />

de restaurante? No balcão do INSS?<br />

A ser o primeiro a entrar no avião,<br />

desde, é claro, que eu seja também o<br />

primeiro a desembarcar? Enquanto o<br />

egoísmo predominar em detrimento<br />

da caridade, NÃO HAVERÁ CENTRAIS<br />

DE PRODUÇÃO fruto da união entre<br />

os pequenos e médios laboratórios! É<br />

o que penso. Não nos cabe a missão<br />

de mudar o mundo, mudar os outros,<br />

cabe sim, fazer a nossa parte nesta<br />

cadeia de dependência, devemos<br />

mudar a nós mesmos, progredirmos<br />

espiritualmente, moralmente,<br />

usarmos nosso livre arbítrio na tomada<br />

de ações balizadas por elevados<br />

padrões de caráter, pela decência de<br />

procedimentos e, se agindo assim,<br />

servirmos para ajudar alguém, já<br />

deixaremos um legado.<br />

2.4- O Governo é o maior comprador<br />

de exames, portanto, seguramente um<br />

dos maiores clientes, e como já vimos,<br />

cliente é solução, não problema. Ainda,<br />

o Governo detém o poder de regular<br />

legalmente o funcionamento de todo<br />

o sistema. Finalmente, estipula os<br />

impostos. Com um “stakeholder”<br />

desta magnitude, em alguns pontos<br />

devemos acatar (onde houver poder<br />

de polícia), em outros se unir (greves<br />

localizadas em comunidades com<br />

poucos prestadores, por exemplo),<br />

em outros influenciar via Sociedades<br />

Científicas (regulação técnica),<br />

bem como em outros sermos mais<br />

competitivos, fazendo mais com<br />

menos, mantendo a qualidade exigida<br />

legalmente. Finalmente, quando isto<br />

não for possível, deixar de atender!<br />

Ninguém, nenhum laboratório que se<br />

preza, pode se submeter a viver de um<br />

só cliente!<br />

2.5- Os fornecedores de insumos<br />

fazem parte do mesmo mercado<br />

competitivo que os laboratórios estão<br />

inseridos, portanto, faça com que<br />

eles sejam parte da solução e não<br />

do problema. Tenha competência<br />

gerencial, a gestão tem que ser<br />

profissional, não existe mais espaço<br />

para o amadorismo no universo das<br />

análises clínicas!<br />

2.6- Os colegas de profissão e<br />

empreendedores nada mais são do<br />

que um elemento indispensável no<br />

mercado, sem eles, não existiria o<br />

próprio mercado, lugar onde todos<br />

nós atuamos! Seria a utopia de ter<br />

um único fornecedor ou um grupo<br />

com dois tipos de fornecedores:<br />

os que reclamam dos colegas e os<br />

que são os “espertos”, egoístas,<br />

antiéticos e desleais, que aviltam os<br />

preços, complicam licitações, enfim,<br />

semeiam a discórdia e fomentam a<br />

desunião da classe, e por aí vai. Pois<br />

bem, se isto for verdade, porque não<br />

se unem, pelo menos, os do grupo<br />

que quer a união, que são éticos?<br />

Ou será que em todas as cidades<br />

só têm um destes, divididos de tal<br />

forma que não existe a possibilidade<br />

geográfica da união? Ou será que<br />

existe a predominância implacável<br />

dos “maus colegas”, por decorrência,<br />

marcando inevitavelmente a classe<br />

dos proprietários de laboratórios<br />

clínicos, como aética, com indivíduos<br />

carentes de uma boa moral?<br />

2.7- O capital externo veio para<br />

ficar. O mundo globalizado é<br />

caracterizado exatamente por isto:<br />

intercâmbio de riquezas de toda a<br />

espécie (commodities, investimentos<br />

financeiros, conhecimento, seres<br />

humanos, cultura...). Ele traz consigo<br />

a concorrência internacional à nossa<br />

porta, acompanhada de ameaças,<br />

mas também de oportunidades.<br />

Sejamos gestores profissionais,<br />

competentes, para aproveitá-las! A<br />

concorrência é competitiva, aguerrida<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 61


GESTÃO LABORATORIAL<br />

e disputa com ferocidade toda e<br />

qualquer fatia do mercado. Não há<br />

espaço para “choro”, lamentação ou<br />

reclamação, só existe um objetivo:<br />

sobreviver e lucrar! Não adianta<br />

argumentar que isto não é justo,<br />

aliás, não existe para quem reclamar.<br />

Portanto, conclamo os colegas<br />

gestores de laboratórios clínicos:<br />

vamos mudar a percepção das causas<br />

do problema (que, sem dúvidas,<br />

existe) e das soluções! Basta de<br />

reclamações. Vamos, como a Maria,<br />

escolher a “boa parte”, ver o “copo<br />

meio cheio”, ver as OPORTUNIDADES<br />

do momento, inclusive agora com<br />

a pandemia! Ao invés de buscar<br />

as causas dos problemas, que<br />

indubitavelmente existem, somente<br />

no ambiente externo e colocar a<br />

culpa nos outros, bem como esperar<br />

que terceiros apresentem soluções,<br />

vamos voltar nossa atenção para<br />

dentro dos nossos laboratórios,<br />

para as nossas atitudes gerenciais.<br />

O que de fato estamos fazendo<br />

além de protestar, se colocar como<br />

vítimas e sendo injustiçados? Que<br />

ações gerenciais estamos adotando<br />

para aumentar a produtividade,<br />

reduzir riscos, incrementar<br />

competitividade e lucros? Você está<br />

avaliando a competitividade do<br />

seu laboratório? Quantificando os<br />

custos de produção? Metrificando a<br />

rentabilidade de exames, clientes,<br />

equipamentos e setores da<br />

produção? Calculando o momento<br />

certo para a terceirização mais<br />

rentável? Você está se comparando<br />

(processo de benchmarking) com<br />

os seus concorrentes para saber<br />

onde está pior e deve melhorar? E<br />

como melhorar? E quanto esperar de<br />

retorno? As metas do planejamento<br />

estratégico são estabelecidas com<br />

base na concorrência? E ainda, o<br />

laboratório é um negócio viável<br />

considerando as características da<br />

região onde opera? Caso tenha uma<br />

única resposta negativa, poderá não<br />

estar controlando adequadamente<br />

os processos da sua organização,<br />

ainda que hoje esteja lucrando bem!<br />

A solução para todas estas questões,<br />

virá somente com gestão profissional.<br />

No meu trabalho já vi de tudo em<br />

gestão. Apreendi muito com os meus<br />

clientes! Mas quem sabe controlar<br />

os seus processos, quem faz gestão<br />

profissional, não está mal neste País.<br />

Nem sempre um ticket médio alto<br />

assegura sucesso e, muitas vezes<br />

um ticket médio mais baixo produz<br />

melhores resultados financeiros,<br />

mantendo a qualidade legal dos<br />

exames. Para isto acontecer, tem que<br />

ser gestor profissional, não tem mais<br />

espaço para amadorismo. A luta é<br />

por centavos. Os laboratórios clínicos<br />

são uma alternativa de investimento<br />

(além de uma paixão!), portanto,<br />

como todos os investimentos, têm<br />

que ser geridos com cuidado, por<br />

profissionais. Você faria uma cirurgia<br />

nos olhos com um carpinteiro? Um<br />

implante dentário com um ferreiro?<br />

Por melhor profissionais que eles<br />

sejam, é óbvio que não. Então, por<br />

que não tratar do seu investimento<br />

com profissionalismo? Não quer<br />

que ele prospere? Quem não sabe<br />

calcular a sua competitividade e<br />

avaliar o seu risco de insolvência,<br />

não sabe se localizar no "Mapa da<br />

concorrência mundial". E quem<br />

não sabe onde anda, está perdido!<br />

Simples assim, quem não resolve os<br />

problemas estruturais (internos), não<br />

pode simplesmente jogar a culpa<br />

nos agentes externos (conjunturais).<br />

Quem não mensura e compara<br />

os seus processos, não gerencia,<br />

portanto, fica ao sabor dos ventos<br />

(externos ao barco), não ajusta as suas<br />

velas, não comanda o leme. Qual a<br />

consequência? Vai para onde o vento<br />

levar. O capitão do navio passa a ser<br />

os agentes externos, o comandante<br />

não sabe aonde ir e o leme está<br />

quebrado. Quem quiser sobreviver<br />

vai ter que se capacitar ou reavaliar<br />

a ética. É o mercado impondo suas<br />

leis naturais ou "artificializadas",<br />

mas determinantes. Não é justo?<br />

Não. Tem para quem reclamar? Não.<br />

O cidadão mais honesto, decente,<br />

sábio, humilde e caridoso que existiu<br />

no mundo, foi vilipendiado, torturado<br />

e crucificado!! Foi isto justo? Não.<br />

Reclamou? Não. Então quem somos<br />

nós para reclamar de justiça?! Vamos<br />

fazer um esforço, nos capacitar,<br />

trabalhar, trabalhar, trabalhar...,<br />

0 62<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


pois sendo leão ou gazela, temos<br />

que correr para sobreviver! “A<br />

vida é luta renhida, que aos fracos<br />

abate, e aos fortes, só faz exaltar.”<br />

(Canção do Tamoio – Gonçalves<br />

Dias). Todos, simplesmente, todos<br />

temos que lutar, não há escolha<br />

para o sucesso honesto! Em síntese,<br />

um fato é inquestionável: existe um<br />

excesso de laboratórios em relação<br />

à necessidade do mercado, sendo a<br />

oferta muito maior que a demanda,<br />

e, esta lei não perdoa, portanto,<br />

laboratórios fecharão suas portas<br />

queiramos ou não, sobreviverão os<br />

mais aptos, os que tiverem sistemas<br />

de gestão profissional estarão<br />

mais capacitados, o resto são favas<br />

contadas, não adianta buscar<br />

culpados de forma disseminada,<br />

somente quando a oferta for<br />

equilibrada com a demanda, teremos<br />

relações civilizadas, contudo, o que<br />

vemos é a abertura contínua de<br />

novas unidades, logo, as falências<br />

persistirão, aumentando mais ainda,<br />

o coro de lamentações. Repito aqui, a<br />

título de finalização, pela importância,<br />

um texto que escrevi anteriormente.<br />

CONCLUSÃO: há pouco tempo,<br />

em um aplicativo de convívio<br />

profissional, li o posicionamento de<br />

um dono de laboratório que disse<br />

textualmente “É hora de sair das<br />

cordas”, se referindo naturalmente,<br />

a um ringue de combate. Disse ainda<br />

que os laboratórios devem mudar<br />

um pouco o foco do dia a dia e se<br />

reinventar. Para verem os “Cases”<br />

de sucesso que recentemente<br />

quebraram paradigmas, enfim,<br />

que os gestores laboratoriais<br />

deveriam deixar de reclamar e se<br />

lamentar de forma sistemática e<br />

buscarem soluções. Achei estas<br />

colocações muito interessantes e<br />

me questiono se já não está na hora<br />

de fazermos “algo mais” ao invés<br />

de continuarmos fazendo “mais do<br />

mesmo”? De uma coisa eu tenho<br />

certeza: se não fizermos o BÁSICO, o<br />

MÍNIMO QUE SE ESPERA, que é uma<br />

GESTÃO ECONÔMICA PROFISSIONAL,<br />

pois os laboratórios são alternativas<br />

de investimentos, portanto, devem<br />

ser geridos de forma profissional,<br />

por especialistas na área (Afinal,<br />

quem faz implante dentário com um<br />

ferreiro?) e com suporte tecnológico<br />

às decisões, não teremos grandes<br />

chances de vislumbrar um futuro<br />

auspicioso. Não há alternativa<br />

honesta possível a não ser gestão<br />

baseada em evidências científicas.<br />

Esperando termos contribuído para<br />

os negócios na área das análises<br />

clínicas, nos despedimos até a<br />

próxima edição da revista NewsLab.<br />

Boa sorte e sucesso!<br />

Humberto Façanha<br />

51-99841-5153<br />

humberto@unidosconsultoria.com.br<br />

www.unidosconsultoria.com.br<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

Desafios econômicos durante e pós pandemia?<br />

Humberto Façanha<br />

TEMOS A SOLUÇÃO AO ALCANCE DOS LABORATÓRIOS:<br />

Sistema de gestão profissional para<br />

identificar problemas, causas e soluções<br />

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humberto@unidosconsultoria.com.br<br />

GESTÃO PROFISSIONAL ACESSÍVEL<br />

PARA PEQUENOS E MÉDIOS LABORATÓRIOS!<br />

*Humberto Façanha da Costa Filho<br />

Professor e engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />

da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />

(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />

do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA),<br />

curso de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />

www.unidosconsultoria.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 63


Mercado<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

Precisamos de uma nova política para o setor, que dê<br />

novamente condições aos laboratórios de executar as<br />

suas análises com autonomia e lucratividade.<br />

Cenário atual<br />

Nos últimos anos os laboratórios foram achatados entre o SUS, que não reajusta<br />

os valores pagos e as Administradoras de Planos, que ainda diminuíram esses<br />

valores. Os laboratórios, sem alternativas, repassaram os exames mais<br />

complexos aos grandes laboratórios de apoio, que se tornaram então, o<br />

grande fornecedor desse serviço.<br />

E todos sabemos que qualquer indústria concentrada nas mãos<br />

de poucos acaba criando gargalos, que no nosso caso, é esse<br />

déficit das análises e a extinção dos pequenos laboratórios.<br />

Infelizmente a grande maioria dos laboratórios do país<br />

não investe em novas tecnologias, devido o custo ainda<br />

ser um grande impeditivo. Precisamos de uma nova<br />

política para o setor, que dê novamente condições<br />

aos laboratórios de executar as suas análises<br />

com autonomia e lucratividade.<br />

A união de todos os níveis da cadeia é<br />

essencial para essa conquista.<br />

A Equip foi premiada internacionalmente pela Zybio<br />

por figurar entre os melhores distribuidores do<br />

mundo. Dentre os equipamentos da marca,<br />

destaca-se o Z5, Analisador Hematológico de 5 partes,<br />

referência em desempenho no segmento.<br />

Sede da Equip em<br />

Itatiba - SP.<br />

Assista um vídeo<br />

com esse conteúdo de<br />

forma mais interativa<br />

0 64<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2021


Fernando Azevedo,<br />

Diretor Financeiro Equip,<br />

recebendo o reconhecimento<br />

de distribuidor de destaque no<br />

segmento na América<br />

Latina pela Zybio.<br />

Alternativas Inteligentes<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

Possibilidades<br />

É necessário a união dos pequenos e médios<br />

laboratórios brasileiros. Todos precisam se<br />

conscientizar que podemos participar de forma<br />

mais ativa e gerar novas oportunidades de negócio ao<br />

pequeno e médio laboratório. Talvez o maior ensinamento<br />

desse momento para o setor seja: “Estamos indo no<br />

caminho errado”, pois em alguns anos<br />

o provável cenário é que restem pouquíssimos Laboratórios<br />

“fazendo Análise Clínica efetivamente”. Unidos precisamos<br />

buscar um reajuste na tabela SUS; Conscientizar as operadoras<br />

de saúde que todos são necessários; O governo precisa ajustar<br />

seus órgãos de controle, fiscalização e tributos para que esses não<br />

sejam barreiras para a chegada das novas tecnologias.<br />

A análise clínica não deve ficar presa ao passado, mas para isso é<br />

necessário um trabalho conjunto pensando em toda a cadeia.<br />

A análise Clínica não deve ficar presa ao<br />

passado, mas para isso é necessário um<br />

trabalho conjunto pensando em toda a<br />

cadeia.<br />

Dentre os equipamentos da marca Zybio<br />

distribuidos com exclusividade pela Equip<br />

e Apparat, no segmento Bioquímico<br />

destaque especial para o EXC 200, Analisador<br />

Automático de Bioquímica, referência global<br />

em desempenho, design e tecnologia.<br />

Conquistas Equip e Apparrat<br />

A Equip foi premiada pelo terceiro ano consecutivo (2019,<br />

2020 e 2021) por figurar entre os melhores distribuidores<br />

Zybio do mundo. Através da Apparat Brazil Imports que tem<br />

a exclusidade da marca em nosso país, comemoramos a<br />

marca de 500 equipamentos da marca Zybio no Brasil.<br />

Assista um vídeo<br />

com esse conteúdo de<br />

forma mais interativa<br />

equipdiagnostica.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2021 0 65


MATÉRIA DE CAPA<br />

Relacionamento e respeito<br />

O valor da confiança<br />

Em um nível acima das nuances do mercado, existe o vínculo inatingível da<br />

longevidade nos relacionamento entre pessoas que realmente conhecem e zelam<br />

pela saúde de todo o segmento.<br />

A Equip na sua visão e na sua ideologia, tem como foco principal a parceria com o<br />

pequeno e médio laboratório, fornecendo máquinas, insumos, assistência técnica<br />

e assessoria científica.<br />

Junto com os distribuidores trabalhamos políticas de preços transparentes<br />

e organização geográfica para que possamos estar sempre próximo ao<br />

cliente oferecendo um atendimento rápido e resoluto , a Equip investe<br />

incansavelmente em soluções que beneficiem todos<br />

os níveis da cadeia.<br />

Edmilson Coqueiro<br />

Diretor Comercial<br />

“São muito mais que cliente, tenho<br />

verdadeiros amigos que passaram<br />

o negócio de pai para filho e<br />

isso é muito gratificante”<br />

Edmilson Coqueiro<br />

Entre em contato com nossa<br />

Equip e conheça todos os benefícios e<br />

diferenciais de ser parceiro/distribuidor da Equip<br />

equipdiagnostica.com.br<br />

0 66<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2021


Inovação e tecnologia<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

Vitor Pigini<br />

Diretor Técnico e Gestor responsável pelo<br />

desenvolvimento da plataforma de ensino à distância<br />

A Equip Diagnóstica hoje conta com uma gestão e comunicação<br />

100% online e recentemente lançou seu EAD<br />

Interatividade e<br />

compartilhamento<br />

Em um mundo em constante mudança, o investimento em tecnologias que proporcione<br />

interatividade, agilidade e compartilhamento do capital intelectual é essencial.<br />

Conheça o EAD da<br />

Equip e Apparat<br />

apparat.com.br<br />

Desde soluções de comunicação e gestão em nuvem, criação de conteúdo rico multi canal até<br />

plataformas de ensino a distância, o mercado e a nova geração de profissionais mergulham cada dia<br />

mais nesse mundo sem volta.<br />

A Equip Diagnóstica hoje conta com uma gestão e comunicação 100% online e recentemente lançou seu<br />

EAD, plataforma de ensino a distância que tem como objetivo o compartilhamelhro de conhecimento<br />

de qualidade em tempo real, resolvendo uma série de problemas desde a instalação, parametrização e<br />

métricas para o encurtamento da curva de aprendizagem e a obtenção de resultados ainda mais lucrativos e<br />

precisos para distribuidores e laboratórios.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2021<br />

0 67


Know-how e experiência<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

A nossa história<br />

A Equip, ao longo desses mais 20 anos de experiência, desenvolveu uma<br />

capacidade técnica, logística e estratégica única no segmento de Diagnósticos Clinicos.<br />

Prova disso é que a Equip tem crescido, exponencialmente nos ultimos anos, sempre investindo<br />

massivamente no seu crescimento e no do setor.<br />

Desde seus primórdios, o investimento na capacitação técnica e pesquisas nas tendências e<br />

movimentação do mercado marcam sua cultura de vanguarda, o que hoje é reconhecido<br />

nacionalmente pela sua capacidade de resolução de problemas do mercado de<br />

Hematologia, Bioquímica, Coagulação e Íons, com a disponibilidade de equipamentos<br />

de diagnósticos de última geração; eficiência de entrega de reagentes e acima<br />

de tudo: oconhecimento e capacidade técnica que garantem a melhor performancee<br />

entrega desses equipamentos e reagentes perante laboratórios,<br />

distribuidores e empresas envolvidas em toda a cadeia.<br />

Agregado a esse know-how técnico e científico, a Equip destaca-se<br />

pela sua ousadia no posicionamento e decisões estratégicas. Com<br />

uma visão de vanguarda, hoje busca, em todos os continentes<br />

do mundo, soluções com o melhor custo e benefício<br />

para o mercado. Agregando parcerias estratégicas<br />

recentes na Ásia e na contribuição para esse segmento,<br />

trazendo soluções no âmbito de importações e novas<br />

tecnologias.<br />

Em 2019, nasce a Apparat Brazil Imports.<br />

Dessa iniciativa resultou a parceria estratégica com<br />

a renomada Zybio. Também, nesse ano, muitos<br />

investimentos em presenças em feiras globais como:<br />

Networking na CMEF Shanghai e AACC em<br />

San Diego, California; Exposição no Congresso Nacional<br />

CBPC. A Equip e Apparat é presente todos os anos<br />

entre os melhores distribuidores do mundo da<br />

marca Zybio desde 2019.<br />

Sempre prezando pelo crescimento e<br />

desenvolvimento de toda a cadeia de forma<br />

sustentável, mantém rígidas regras éticas<br />

em cada ação de verticalização e ou<br />

crescimento de mercado, sejam<br />

limites geográficos, gestão de<br />

portfólio e/ou de parcerias<br />

estratégicas, buscando<br />

sempre aliados fortes,<br />

mas de valores<br />

compatíveis e<br />

multiplicativos.<br />

Acesse nosso site e conheça nossos serviços e<br />

soluções: equipdiagnostica.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2021


REVISÃO DAS DIRETRIZES PARA MONITORAMENTO<br />

DO TROMBOEMBOLISMO VENOSO NA AMÉRICA LATINA: DESTAQUE PARA<br />

RECOMENDAÇÕES COM ALTERAÇÕES<br />

(DOI 10.1182/bloodadvances.2021004267).<br />

Autor: Cleide Rodrigues Borella, Siemens Healthineers<br />

RADAR CIENTÍFICO 2<br />

Denominamos trombofilia como<br />

a tendência para desenvolver<br />

trombose e podemos atribuir esta<br />

predisposição a fatores genéticos ou<br />

fatores de risco que levam a uma<br />

trombose adquirida. 1<br />

Uma nova diretriz, publicada em 10<br />

de agosto de 2021, visou considerar<br />

as condições latino-americanas<br />

frente ao tromboembolismo venoso<br />

(TEV), doença comum na América<br />

Latina. Em 2021, um estudo foi publicado<br />

para fornecer diretrizes baseadas<br />

em evidências latino-americanas<br />

sobre o manejo do TEV para pacientes,<br />

médicos e tomadores de decisão. As<br />

recomendações incluídas neste artigo<br />

foram adaptadas de duas orientações<br />

anteriores sobre o tromboembolismo<br />

venoso (TEV publicadas pela American<br />

Society of Hematology (ASH)<br />

especificamente para o cenário<br />

latino-americano. O público-alvo<br />

desta diretriz são hematologistas,<br />

clínicos gerais, intervencionistas<br />

vasculares, intensivistas, farmacêuticos,<br />

pacientes, outros tomadores<br />

de decisão e fabricantes.<br />

A ASH e sociedades locais de<br />

hematologia formaram um comitê<br />

composto por profissionais médicos<br />

de 10 países da América Latina,<br />

priorizando 18 questões relevantes<br />

para o contexto latino-americano.<br />

Uma equipe atualizou as análises das<br />

evidências dos efeitos na saúde e o<br />

comitê encontrou concordância em 17<br />

delas, sendo que 4 destas evidências<br />

contêm alterações diercionais1 forte<br />

recomendação com mudança de força<br />

As recomendações atuais são<br />

baseadas em evidências fornecidas<br />

por diferentes fontes, como ensaios<br />

randomizados que avaliam os efeitos<br />

de intervenções na saúde e também<br />

por estudos que avaliam valores e<br />

preferências de pacientes, uso de<br />

recursos, acessibilidade, viabilidade<br />

e impacto na equidade em saúde. 1-3<br />

Alguns desses fatores provavelmente<br />

são diferentes em diversos locais (por<br />

exemplo, custos).<br />

Apesar das diretrizes da ASH para<br />

gerenciamento de tromboembolismo<br />

venoso serem desenvolvidas para o<br />

público global, as recomendações<br />

foram baseadas nas perspectivas<br />

dos países de alta renda. Portanto, a<br />

implementação de algumas dessas<br />

recomendações pode não ser simples<br />

e de fácil compreensão em outros<br />

contextos e pode exigir considerações<br />

adicionais. O desenvolvimento de<br />

recomendações baseadas em evidências<br />

é um longo e intenso processo de<br />

pesquisa, principalmente devido à<br />

dificuldade de identificar e sintetizar as<br />

evidências relevantes, necessárias para<br />

desenvolver recomendações confiáveis.<br />

Assim, todo o processo pode não<br />

ser facilmente replicado quando<br />

são necessárias recomendações<br />

locais, portanto a adaptação é uma<br />

eficiente abordagem.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 69


RADAR CIENTÍFICO 2<br />

Descrição do problema de saúde<br />

TEV que inclui TVP (Trombose Venosa<br />

Profunda) e EP (Embolia Pulmonar), é<br />

uma doença relativamente frequente<br />

no cenário latino-americano. Em uma<br />

coorte de 1138 Argentinos, a incidência<br />

de TEV foi estimada em 1,65/1000/aa,<br />

com uma prevalência de até 5,9/1000/<br />

aa em adultos mais velhos. 5<br />

Figura 1. Prazo das decisões. A gestão inicial (caixa amarela) abrange as primeiras semanas, 1 a 3, após o diagnóstico de<br />

um novo trombo embolismo venoso e inclui questões como se o paciente pode ser tratado em casa ou requer internação<br />

hospitalar, uso de terapia trombolítica, se uma veia inferior filtro de cava precisa ser colocado e terapia anticoagulante inicial.<br />

tratamento primário (caixa azul) continua a terapia anticoagulante por 3 a 6 meses a mais no total e representa a duração<br />

mínima do tratamento do TEV. Após a conclusão do tratamento primário, a próxima decisão é se a terapia anticoagulante<br />

será descontinuada ou se será continuado para reverção secundária (caixa vermelha) de TEV recorrente. Normalmente, a<br />

prevenção secundária é continuada indefinidamente, embora os pacientes devam ser reavaliados regularmente a revisar os<br />

benefícios e riscos de terapia anticoagulante.<br />

O risco de recorrência de TEV varia<br />

de acordo com a origem do evento,<br />

associado a exposição a um fator<br />

de risco (referido como um pró<br />

evento provocado) ou na ausência<br />

de fatores de risco (referidos como<br />

um evento não provocado). Para<br />

pacientes com TEV provocada, a<br />

recorrência anual após período de<br />

terapia anticoagulante foi estimada<br />

em 4% a 9%, 6, 7 dependendo se<br />

o fator de risco continua presente,<br />

enquanto o risco de recorrência de<br />

um TEV não provocado após terapia<br />

de anticoagulação intensiva é de<br />

7%6 durante o primeiro ano e de<br />

40% em 10 anos. 8<br />

Existe uma importante lacuna<br />

socioeconômica na América Latina.<br />

Membros de classes sociais mais<br />

baixas estão em desvantagem,<br />

porque eles têm menos acesso<br />

a serviços médicos de saúde,<br />

medicamentos e educação.9-10 Para<br />

setores significativos da sociedade,<br />

gastos com medicamentos<br />

continua sendo o componente mais<br />

importante das despesas do próprio<br />

bolso porque a cobertura de saúde<br />

é ausente ou inadequada.11 Além<br />

disso, algumas tecnologias não<br />

estão disponíveis em alguns centros<br />

médicos da região. Neste contexto,<br />

a gestão do TEV merece especial<br />

consideração porque questões<br />

de viabilidade, acessibilidade e<br />

equidade devem ser consideradas na<br />

definição de estratégias que visam<br />

reduzir eventos de TEV e mortalidade<br />

relacionada a ele.<br />

Prazo das decisões<br />

O gerenciamento de pacientes<br />

com TEV foi dividido em 3 fases:<br />

• Gestão inicial, que ocorre desde<br />

o momento do diagnóstico até as<br />

primeiras 3 semanas de terapia;<br />

• Tratamento primário, fase de tempo<br />

limitada, que normalmente ocorre de<br />

3 semanas (no mínimo) a 3 meses;<br />

• Prevenção secundária (também<br />

chamada de prevenção de eventos<br />

recorrentes ou extensão de terapia),<br />

que começa após a conclusão da<br />

fase de tratamento primário e se<br />

estende por um período prolongado,<br />

geralmente por um período de<br />

tempo indefinido (Figura 1) .<br />

0 70<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


O Comitê das diretrizes da ASH<br />

para a América Latina focou em<br />

recomendações para o tratamento inicial<br />

e prevenção secundária de recorrência<br />

de eventos do TEV. Também incluíram<br />

3 recomendações para o melhor<br />

monitoramento da anticoagulação e<br />

terapia antitrombótica em geral.<br />

Métodos<br />

As recomendações apresentadas<br />

nesta diretriz foram adaptadas para o<br />

contexto da América Latina seguindo<br />

o método GRADE-ADOLOPMENT e de<br />

acordo com os princípios delineados<br />

pelo Instituto de Medicina 3 e a Rede<br />

Internacional de Diretrizes. 2<br />

• SOCHIHEM, Jaime Pereira;<br />

• SHU, María Cecilia Guillermo<br />

Esposito;<br />

• Sociedad Panameña de Hematologıa,<br />

Ricardo Aguilar;<br />

• SPH, Pedro P. Garcıa Lázaro; e<br />

• SVH, Juan Carlos Serrano.<br />

• Em outubro de 2019, representação<br />

do Grupo CLAHT foi transferida de<br />

Patricia Casais para María Cecilia<br />

Guillermo Esposito.<br />

Seleção de questões clínicas<br />

para adaptação<br />

O Comitê selecionou as seguintes<br />

diretrizes para serem adaptadas das<br />

diretrizes originais de TEV da ASH:<br />

• Tratamento da trombose venosa<br />

profunda<br />

• Tratamento da embolia pulmonar 12<br />

e<br />

• Terapia de anticoagulação 13<br />

As diretrizes são rotuladas como<br />

"fortes" ou "condicionais". A frase: “a<br />

ASH latino-americana recomenda”<br />

retrata recomendações fortes, e “o<br />

comitê da ASH para a América Latina<br />

sugere” retrata recomendações<br />

condicionais. A Tabela 1 fornece<br />

Interpretação do grau de recomendaçõ<br />

fortes e condicionais para pacientes,<br />

médicos, formuladores de políticas de<br />

saúde e pesquisadores.<br />

RADAR CIENTÍFICO 2<br />

Composição do comitê, organização,<br />

planejamento e coordenação<br />

Este projeto foi uma colaboração da<br />

ASH, 12 sociedades de hematologia<br />

da América Latina para o comitê,<br />

inclusas 2 metodologias (IN e AI)<br />

e 11 hematologistas de 10 países:<br />

Argentina, Bolívia, Brasil, Chile,<br />

Colômbia, México, Panamá, Peru,<br />

Uruguai e Venezuela. Sociedades<br />

parceiras foram representadas assim:<br />

Tabela 1. Questões clínicas adaptadas<br />

• ABHH, Suely Meireles Rezende;<br />

• ACHO, Guillermo León Basantes;<br />

• Grupo CAHT e Grupo CLAHT, Patricia<br />

Casais;<br />

• SAH, Cecilia C. Colorio;<br />

• SBHH, Mario L. Tejerina Valle;<br />

Nessa revisão destacamos as recomendações onde constam alterações que são as seguintes:<br />

2; 10; 11; 13 e 17. A recomendação 3 apesar de não conter mudança de direcionamento ou de força,<br />

apontou relevante observação para anticoagulação. Apresentaremos estas recomendações seguir<br />

com destaque para a visão e a consideração socioeconômica dada pelo comitê as diretrizes latinoamericanas<br />

da ASH.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 71


RADAR CIENTÍFICO 2<br />

Em pacientes com EP e com baixo risco<br />

de complicações, devemos sugerir<br />

tratamento domiciliar ou hospitalar? -<br />

Recomendação 2<br />

Em pacientes com EP e baixo risco de<br />

complicações, o comitê das diretrizes<br />

latino-americanas da ASH sugere o uso<br />

de qualquer tratamento domiciliar ou<br />

hospitalar (recomendação condicional<br />

baseada em uma certeza muito baixa<br />

nas evidências sobre os efeitos.<br />

Observações<br />

Esta recomendação não se aplica a<br />

pacientes que:<br />

- Têm outras condições que exigiriam<br />

hospitalização;<br />

- Têm suporte limitado ou nenhum<br />

apoio em casa;<br />

- Não podem comprar medicamentos;<br />

- Tem um bom histórico de<br />

cumprimento, ou seja, baixa adesão<br />

ao tratamento.<br />

Resumo das evidências<br />

Em nenhuma evidência adicional<br />

sobre o efeito foi identificada a<br />

eficácia ou segurança da intervenção.<br />

Os custos de hospitalização são<br />

significativos, e o acompanhamento<br />

doméstico foi considerado como<br />

economia de custos por estudos<br />

realizados em diferentes países. 14-15<br />

Embora nós não tenhamos tenham<br />

encontrado nenhum estudo conduzido<br />

especificamente na América Latina<br />

para poder definir, o comitê considerou<br />

que o acompanhamento doméstico<br />

provavelmente também é economia<br />

de custos nesta região. Para setores<br />

significativos da sociedade, os gastos<br />

com medicamentos continuam sendo<br />

o componente mais importante sem<br />

despesas diretas porque a cobertura<br />

de saúde é ausente ou inadequada. 11<br />

Justificativa<br />

Essa recomendação muda o<br />

direcionamento. O comitê das<br />

diretrizes originais fez recomendação<br />

condicional a favor de tratamento<br />

domiciliar, enquanto o comitê das<br />

diretrizes latino-americanas faz<br />

recomendação para tratamento<br />

domiciliar ou hospitalar, considerando<br />

que dentro da região, existem<br />

barreiras importantes para fornecer<br />

cuidados domiciliares adequados para<br />

indivíduos com EP. Estas barreiras<br />

incluem número insuficiente de<br />

médicos e suprimento inadequado<br />

perto de hospitais para pacientes<br />

sendo tratados em casa e custo.<br />

Conclusão<br />

O comitê reconheceu que diferentes<br />

cenários coexistem dentro da região.<br />

Quando o tratamento em casa<br />

pode ser fornecido com segurança,<br />

representa a alternativa preferida<br />

para a maioria dos pacientes. No<br />

entanto, quando existem barreiras<br />

importantes em termos de<br />

recursos humanos ou materiais, os<br />

pacientes provavelmente ficarão<br />

melhor sendo tratados no hospital.<br />

Ainda assim, dado o potencial de<br />

economia de custos e a escassez<br />

de leitos hospitalares na região,<br />

sistemas de saúde na América<br />

Latina devem se esforçar para<br />

promover o tratamento domiciliar<br />

de pacientes que têm baixo risco de<br />

complicações. Reconhecer pacientes<br />

com EP e baixo risco de complicações<br />

é crucial para implementar<br />

adequadamente esta recomendação.<br />

A gravidadeEPmodelo de índice<br />

(PESI) 16, 17 pode ser útil para estimar<br />

o risco de complicações, embora<br />

seja importante notar que os<br />

modelos de risco têm, na melhor<br />

das hipóteses, uma capacidade<br />

moderada de prever os resultados<br />

dos pacientes e, portanto, não<br />

substitui o julgamento clínico.<br />

0 72<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


RADAR CIENTÍFICO 2<br />

Em pacientes com TVP ou EP,<br />

devemos usar anticoagulantes<br />

(DOACs) ou antagonistas da<br />

vitamina K (VKAs)?<br />

igualmente importante com DOACs,<br />

especialmente em situações em que o<br />

acompanhamento é difícil.<br />

uma barreira ao uso, na América<br />

Latina, uma proporção significativa de<br />

pacientes não tem acesso a serviços<br />

regulares de acompanhamento e<br />

Resumo das evidências<br />

monitoramento de VKAs. Isso pode<br />

Recomendação 3<br />

Nenhuma evidência adicional sobre a<br />

fazer com que os médicos relutem em<br />

Em pacientes com TVP ou EP, o comitê<br />

eficácia ou segurança da intervenção<br />

iniciar a anticoagulação em pacientes<br />

das diretrizes latino-americanas da<br />

foi identificada. Observaram que os<br />

que, de outra forma, se beneficiariam.<br />

ASH sugere o uso de DOACs ao invés<br />

preços dos DOACs eram altamente<br />

O uso de DOACs em vez de VKAs pode<br />

de VKAs (recomendação condicional<br />

variáveis dentro da região, embora<br />

facilitar o início da anticoagulação<br />

com base em certeza moderada na<br />

fosse geralmente mais barato<br />

e pode ter um impacto positivo na<br />

evidência sobre os efeitos).<br />

do que na América do Norte. Na<br />

equidade em saúde.<br />

maioria das configurações, o custo<br />

Observações<br />

do medicamento deve ser coberto<br />

Conclusão<br />

Pacientes que estão bem controlados<br />

pelos pacientes como uma despesa<br />

Quando os DOACs se tornam<br />

e sem as complicações com um VKA<br />

direta, dada a falta de seguro saúde<br />

disponíveis e acessíveis em um<br />

podem preferir ficar com o VKA.<br />

adequado.11 Portanto, o preço do<br />

ambiente particular de cuidados de<br />

medicamento pode limitar o acesso de<br />

saúde, os médicos podem considerar<br />

Alternativamente, os pacientes que<br />

indivíduos de classes socioeconômicas<br />

informar pacientes que DOACs são<br />

estão iniciando anticoagulação podem<br />

mais baixas. A estrutura EtD para<br />

uma alternativa mais conveniente<br />

preferir DOACs ao invés do VKA, dada<br />

essas recomendações está disponível<br />

que VKA; seu uso está provavelmente<br />

a carga do tratamento e a redução<br />

online em<br />

https://guidelines.ash.<br />

associado a um menor risco de<br />

potencial de sangramento. Além<br />

gradepro.org/profile/kA6qI3lS9O0.<br />

sangramento, mas as diferenças são<br />

disso, DOACs podem ser uma boa<br />

Justificativa. Esta recomendação não<br />

geralmente de pequena magnitude.<br />

alternativa para situações em que o<br />

mudou sua direção ou sua força. No<br />

monitoramento da razão normalizada<br />

entanto, o comitê observou que em<br />

Os DOACs foram recentemente<br />

internacional (INR) não é viável ou<br />

implementações adicionais podem ser<br />

adicionados à Lista de Medicamentos<br />

é difícil. O comitê enfatiza que a<br />

necessário considerar as questões de<br />

Essenciais da Organização Mundial<br />

educação do paciente em relação ao<br />

instalação na região. Apesar do custo<br />

da Saúde, 18 o que sinaliza que<br />

risco de anticoagulação é também<br />

dos medicamentos poder representar<br />

eles são uma prioridade entre os<br />

0 74<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


medicamentos que precisam ser<br />

adicionados por sistemas de saúde<br />

locais. Embora diferenças absolutas<br />

nos resultados que são importantes<br />

para os pacientes (ou seja, trombose<br />

e sangramento) são de pequena<br />

magnitude a nível individual,<br />

eles se somam substancialmente<br />

a nível populacional. Os DOACs<br />

também têm farmacocinética<br />

estável e biodisponibilidade, não<br />

requerem monitoramento de dose<br />

ou acompanhamento estrito e<br />

são geralmente preferidos pelos<br />

pacientes.19 O preço atual dos<br />

DOACs impõe uma barreira de<br />

acesso significativa, especialmente<br />

porque a cobertura de seguro de<br />

medicamentos dentro da região é<br />

deficiente.11 Porém, na perspectiva<br />

do sistema de saúde, pode ser<br />

menos caro oferecer DOACs do que<br />

executar programas especializados<br />

para monitorar e acompanhar os<br />

pacientes usando VKAs. 20, 21 Nos<br />

próximos 5 anos, patentes primárias<br />

e secundárias para os DOACs irão<br />

expirar e alternativas genéricas mais<br />

baratas irão tornar-se disponíveis.<br />

Nesse ínterim, os sistemas de saúde<br />

Tabela 2. Interpretação de recomendações fortes e condicionais<br />

podem usar estratégias como recomendação com base em<br />

aquisição conjunta para reduzir o<br />

preço de DOACs.<br />

Em pacientes com TVP provocada ou EP<br />

relacionada a um fator de risco crônico<br />

(por exemplo, imobilidade crônica),<br />

devemos usar anticoagulação indefinida<br />

ou descontinuar a anticoagulação após<br />

um período de 3 a 6 meses?<br />

certeza moderada em evidências<br />

sobre os efeitos ⨁⨁⨁).<br />

Observações<br />

Esta recomendação é aplicável apenas<br />

para fatores de risco que persistem<br />

ao longo do tempo e conferem risco<br />

relativamente alto de recorrência de<br />

TEV (com exceção do câncer, que será<br />

abordado em uma diretriz futura).<br />

Recomendação 10<br />

Em pacientes com TVP provocada<br />

ou EP relacionada a um fator<br />

Esta recomendação assume um risco<br />

médio de sangramento, e pode não<br />

se aplicar a pacientes com alto risco<br />

de risco crônico (por exemplo, de sangramento. Os médicos<br />

imobilidade crônica), o comitê devem estar cientes de que o<br />

das diretrizes latino-americanas risco de sangramento pode mudar<br />

da ASH recomenda manter a ao longo do tempo, portanto, os<br />

anticoagulação de forma indefinida<br />

ao invés de descontinuar após um<br />

período de 3 a 6 meses (forte<br />

benefícios e danos potenciais da<br />

anticoagulação indefinida devem<br />

ser reavaliados periodicamente.<br />

RADAR CIENTÍFICO 2<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 75


RADAR CIENTÍFICO 2<br />

Resumo das evidências<br />

Nenhuma evidência adicional sobre o<br />

efeito foi identificada sobre a eficácia ou<br />

segurança da intervenção. Estimaram<br />

que a taxa de incidência de TEV em<br />

pacientes com fatores de risco crônico<br />

foi de 9,7 eventos/100 pacientes/ano.7<br />

Desses eventos, 5,3/100 pacientes/<br />

ano correspondem a TVP, e 4,4/100<br />

pacientes/ano correspondem ao EP<br />

(Tabela 3).22 A estrutura EtD para<br />

essas recomendações está disponível<br />

online em https: // guidelines.ash.<br />

gradepro.org/profile/BpHVm-91I7k.<br />

Justificativa<br />

Esta recomendação mudou sua força O<br />

comitê das diretrizes originais finais fez<br />

uma recomendação condicional em<br />

favor de anticoagulação indefinida, mas<br />

o comitê da diretrizes latino-americanas<br />

fez uma recomendação fortena<br />

mesma direção. O comitê das diretrizes<br />

originais considerou uma população<br />

mais heterogênea com diferentes<br />

fatores de risco crônicos para trombose<br />

ao fazer a recomendação. Para esta<br />

recomendação, o comitê latinoamericano<br />

focou em condições não<br />

Tabela 3. Resumo das recomendações para prevenção secundária de TEV de acordo com o risco de<br />

recorrência sem tratamento indefinido:<br />

inflamatórias que também fornecem<br />

um alto risco de TEV, como a imobilidade<br />

crônica. Para esta população específica,<br />

o comitê considerou que o benefício da<br />

anticoagulação indefinida claramente<br />

supera seu risco. Embora os comitês<br />

das diretrizes tenham considerado que<br />

o acesso à anticoagulação adequada<br />

foi limitado dentro da região, dado o<br />

alto risco de morbidade e mortalidade<br />

significativas, os esforços devem ser<br />

feitos para fornecer anticoagulação<br />

indefinida para indivíduos com TEV<br />

relacionado a fator de risco crônico.<br />

Conclusão<br />

Para implementar esta recomendação<br />

de forma eficaz, os médicos devem<br />

examinar cuidadosamente a natureza<br />

do fator de risco crônico.<br />

Esta recomendação destina-se<br />

especificamente a indivíduos com<br />

condições inflamatórias (excluindo, por<br />

exemplo, síndrome antifosfolipídica) e<br />

sem câncer (que será abordado em<br />

uma próxima diretriz). Se o fator de<br />

risco não fornece um alto risco de<br />

TEV, ou se desaparecerá com o tempo,<br />

médicos e pacientes podem considerar<br />

o uso por um período definido de<br />

anticoagulação.<br />

Em pacientes com TVP ou EP<br />

provocada recorrente, devemos<br />

usar anticoagulação indefinida ou<br />

descontinuar a anticoagulação após<br />

um período de 3 a 6 meses?<br />

0 76<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


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RADAR CIENTÍFICO 2<br />

Recomendação 11<br />

Em pacientes com TVP ou EP<br />

provocada recorrente e alto risco de<br />

recorrência, o comitê das diretrizes<br />

risco de sangramento. A decisão final<br />

provavelmente irá variar, dependendo<br />

da gravidade de ambos os eventos<br />

trombóticos (ou seja, TVP vs EP) e<br />

contra anticoagulação indefinida em<br />

indivíduos com 2 eventos provocados<br />

de baixo risco, como pós-operatório,<br />

e outra a favor da anticoagulação<br />

latino-americanas da ASH sugere<br />

a natureza do fator de risco (ou seja,<br />

indefinida em indivíduos com TEV<br />

manter a anticoagulação indefinida<br />

um fator de risco menor, como o uso<br />

provocado recorrente, dos quais em<br />

sobre a descontinuação depois<br />

de hormônios vs um fator de risco<br />

pelo menos 1 tinha alto risco de<br />

de um período de 3 a 6 meses<br />

importante, como cirurgia).<br />

recorrência, como um evento não<br />

(recomendação condicional com base<br />

provocado. O comitê das diretrizes da<br />

em certeza moderada na evidência<br />

Resumo das evidências<br />

América Latina considerou a segunda<br />

sobre os efeitos).<br />

Nenhuma evidência adicional sobre<br />

situação como mais relevante para a<br />

o efeito foi identificada a eficácia ou<br />

região, pois a percepção do comitê é<br />

Observações<br />

segurança da intervenção. Estimaram<br />

de que muitos pacientes com alto risco<br />

Esta recomendação se aplica a<br />

que a taxa de recorrência de TEV após<br />

de recorrência foram tratados apenas<br />

indivíduos em quem os eventos<br />

um evento provocado recorrente foi<br />

por um período limitado. Portanto,<br />

de TEV foram provocados por um<br />

de 5,6 eventos/100 pacientes/ano.<br />

eles se concentraram apenas na<br />

fator de risco menor, e pelo menos 1<br />

23 Desses eventos, 3,1/100 pacientes/<br />

segunda população.<br />

desses eventos apresenta alto risco de<br />

ano correspondem a TVP, e 2,5/100<br />

recorrência.<br />

pacientes/ano correspondem a PE<br />

Conclusão<br />

(Tabela 3). 22 A estrutura EtD para<br />

A decisão de manter anticoagulação<br />

Esta recomendação também assume<br />

essas recomendações está disponível<br />

indefinida em indivíduos com eventos<br />

que em casos de TEV associado a<br />

online em www.guidelines.ash.<br />

de TEV provocados provavelmente<br />

hospitalização ou cirurgia, apropriada<br />

gradepro.org/profile/qb-u-aqc4dU.<br />

dependerá sobre a natureza dos<br />

trombo profilaxia fora realizada, por<br />

fatores de risco envolvidos. Esta<br />

isso pode não se aplicar a pacientes<br />

Justificativa<br />

recomendação específica se dirige<br />

que não receberam trombo profilaxia.<br />

O comitê original das diretrizes<br />

a indivíduos em que pelo menos 1<br />

A recomendação também assume um<br />

realizou duas recomensações<br />

dos eventos TEV tinha um alto risco<br />

risco médio de sangramento e pode<br />

condicionais distintas de acordo<br />

de recorrência, como eventos não<br />

não se aplicar a pacientes com alto<br />

com o risco de recorrência: uma<br />

provocados ou eventos provocados<br />

0 78<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


por um fator de risco crônico. Portanto,<br />

pode não se aplicar no caso de TEV<br />

recorrente em que todos os eventos<br />

estão claramente relacionados com<br />

fatores de risco transitórios.<br />

Em pacientes nos quais uma duração<br />

indefinida de terapia antitrombótica<br />

é preferível após a conclusão de um<br />

período inicial definido de terapia (3<br />

a 6 meses), devemos usar uma dose<br />

padrão ou uma dose mais baixa de<br />

DOACs?<br />

Recomendação 13<br />

Em pacientes nos quais uma duração<br />

indefinida de uso de DOAC é pré-<br />

Observações<br />

A evidência de eficácia vem de<br />

estudos dos quais os pacientes<br />

que necessitaram de terapia<br />

anticoagulante foram excluídos.<br />

Porque esta recomendação segue<br />

as diretrizes sobre o tratamento<br />

indefinido em indivíduos com eventos<br />

não provocados, eventos provocados<br />

por fator de risco crônico, ou eventos<br />

recorrentes, o comitê considerou que<br />

a maioria desses pacientes não deve<br />

ser tratada com doses mais baixas. No<br />

entanto, doses mais baixas podem ser<br />

apropriadas para indivíduos com baixo<br />

risco de recorrência de trombose ou<br />

com alto risco de sangramento.<br />

Justificativa. Essa recomendação<br />

mudou de direção. O comitê<br />

das diretrizes originais fez uma<br />

recomendação condicional a favor de<br />

doses padrão ou menores de DOACs.<br />

Entretanto, o comitê das diretrizes<br />

latino-americanas da ASH fez uma<br />

recomendação condicional em favor<br />

da dose padrão. Após um curso inicial<br />

de anticoagulação, os efeitos de doses<br />

padrão e doses mais baixas de DOACs<br />

podem ser semelhantes. Porém, há<br />

uma incerteza considerável, dadas as<br />

limitações do evidências disponíveis<br />

(evidências de baixa certeza). No<br />

contexto da incerteza, o comitê latinoamericano<br />

decidiu sugerir o uso de<br />

RADAR CIENTÍFICO 2<br />

transferido após a conclusão de um<br />

curso de duração inicial definida de<br />

terapia (3 a 6 meses), o comitê das<br />

diretrizes latino-americanas da ASH<br />

sugere o uso da dose padrão de DOACs<br />

Resumo das evidências. Nenhuma<br />

evidência adicional sobre a eficácia<br />

ou segurança da intervenção foi<br />

identificada. A Tabela 3 resume as<br />

recomendações sobre prevenção.<br />

doses padrão pelas seguintes razões.:<br />

• Primeiro, esta recomendação segue<br />

recomendações condicionais em favor<br />

do tratamento indefinido em grupos<br />

ao invés de uma dose mais baixa de<br />

A estrutura EtD para essas<br />

com alto risco de recorrência de TEV.<br />

DOACs (recomendação condicional<br />

recomendações está disponível online<br />

Consequentemente, as doses padrão<br />

com base em baixa certeza na<br />

em https: //guidelines.ash.gradepro.<br />

podem oferecer-lhes uma maior<br />

evidência sobre os efeitos)<br />

org/profile/ysLL2zF-U70.<br />

redução do risco de TEV.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 79


RADAR CIENTÍFICO 2<br />

• Segundo, porque há disponibilidade<br />

limitada de DOACs na região, algumas<br />

formulações padronizadas podem não<br />

estar disponíveis universalmente.<br />

ASH sugere uso de fator IV-(PCCs) ou<br />

FFP conforme disponibilidade local e<br />

circunstâncias clínicas (recomendação<br />

condicional baseada em muito baixa<br />

substancial de centros dentro da<br />

região. A estrutura EtD para essas<br />

recomendações está disponível online:<br />

https://guidelines.ash.gradepro.org/<br />

certeza de evidência sobre os efeitos).<br />

profile/9e6hDjjbptM<br />

Conclusão<br />

Os pacientes discutidos nesta diretriz<br />

Observações<br />

Justificativa. Essa recomendação<br />

geralmente estão em alto risco de<br />

O comitê enfatiza que os médicos<br />

mudou de direção. O comitê<br />

recorrência de TEV (ou seja, eventos<br />

devem favorecer a opção mais rápida<br />

das diretrizes originais fez uma<br />

não provocados relacionados a um<br />

de acordo com a disponibilidade local.<br />

recomendação condicional a favor<br />

fator de risco crônico ou eventos<br />

Pacientes com doenças cardíacas<br />

do fator IV- (PCCs) mas o comitê das<br />

recorrentes). Portanto, eles podem se<br />

nos quais a sobrecarga de volume<br />

diretrizes latino-americanas da ASH<br />

beneficiar da dose padrão de DOACs.<br />

é considerada um risco significativo<br />

sugeriu tanto fator IV- (PCCs) quanto<br />

No entanto, doses mais baixas podem<br />

podem se beneficiar do fator IV-<br />

FFP como alternativas. A evidência<br />

ser apropriadas se o risco de TEV não<br />

(PCCs). Quando os pacientes dão alto<br />

identificada não mostrou diferenças<br />

for considerado alto ou se houver<br />

valor a prevenção de infecções, ou em<br />

importantes nos resultados de<br />

preocupações razoáveis quanto ao<br />

contextos nos quais o risco de infecções<br />

pacientes com fator IV- (PCCs) ou FFP.<br />

risco de sangramento.<br />

relacionadas à transfusão é alto, o fator<br />

Embora o fator IV- (PCCs) seja mais<br />

IV- (PCCs) pode ser a melhor opção.<br />

fácil e rápido de administrar, seu<br />

Em pacientes com sangramento com<br />

No entanto, em muitas configurações<br />

preço é superior ao do FFP, e ele<br />

risco de vida relacionado a AVK durante<br />

da região, a disponibilidade de fator<br />

normalmente não está disponível em<br />

tratamento para TEV, devemos usar o<br />

IV- (PCCs) é limitada. Em tais cenários,<br />

muitos lugares da região.<br />

fator IV complexo de protrombina<br />

o FFP é uma alternativa para reverter<br />

concentrados [fator IV - (PCCs)] ou<br />

os efeitos dos VKAs.<br />

Conclusão. Em uma emergência como<br />

plasma fresco congelado (FFP)?<br />

esta, os médicos devem privilegiar<br />

Resumo das evidências. Nenhuma<br />

sempre a opção mais rápida de acordo<br />

Recomendação 17<br />

evidência adicional sobre a eficácia<br />

com a disponibilidade local. Nos<br />

Em pacientes com sangramento<br />

ou a segurança da intervenção foi<br />

casos em que ambas as intervenções<br />

com risco de vida relacionado a AVK<br />

identificada. Principalmente por<br />

estão igualmente disponíveis e<br />

durante tratamento de TEV, o comitê<br />

causa do custo, o fator IV- (PCCs)<br />

acessíveis, outros fatores, como<br />

das diretrizes latino-americanas da<br />

não está disponível em um número<br />

considerações clínicas (por exemplo,<br />

0 80<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


isco de sobrecarga de volume ou<br />

infecções relacionadas à transfusão)<br />

ou considerações de recursos (por<br />

exemplo, cobertura de seguro saúde)<br />

pode orientar a decisão.<br />

Conclusões Finais<br />

Este projeto de orientação de<br />

dolopment destacou a importância da<br />

contextualização de recomendações<br />

sugeridas pelas mudanças nas<br />

recomendações originais. O grupo de<br />

especialistas também identificou 2<br />

prioridades de implementação para<br />

a região: expandir a disponibilidade<br />

de tratamento domiciliar e aumentar<br />

a disponibilidade de anticoagulantes<br />

orais diretos (DOACs). O comitê da<br />

orientação fez uma recomendação<br />

condicional em favor do tratamento<br />

domiciliar para indivíduos com<br />

trombose venosa profunda e<br />

uma recomendação condicional<br />

para tratamento domiciliar ou<br />

hospitalar para indivíduos com<br />

embolia pulmonar. Além disso, uma<br />

recomendação condicional foi feita em<br />

favor dos DOACs sobre antagonistas<br />

da vitamina K para várias populações.<br />

Referências<br />

1. Alonso-Coello P, Schunemann HJ, Moberg J, et al;<br />

GRADE Working Group. GRADE Evidence to Decision (EtD)<br />

frameworks: a systematic and € transparent approach to<br />

making well informed healthcare choices. 1: Introduction.<br />

BMJ. 2016;353:i2016.<br />

2. Qaseem A, Forland F, Macbeth F, Ollenschl€ager G, Phillips<br />

S, van der Wees P; Board of Trustees of the Guidelines<br />

International Network. Guidelines International Network:<br />

toward international standards for clinical practice guidelines.<br />

Ann Intern Med. 2012;156(7):525-531.<br />

3. Graham M, Wolman D, Greenfield S, Steinberg E. Clinical<br />

Practice Guidelines We Can Trust. Washington, DC: National<br />

Academies Press; 2012.<br />

4. Schunemann HJ, Wiercioch W, Brozek J, et al. GRADE<br />

Evidence to Decision (EtD) frameworks for adoption,<br />

adaptation, and de novo development € of trustworthy<br />

recommendations: GRADE-ADOLOPMENT. J Clin Epidemiol.<br />

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5. Vazquez FJ, Posadas-Mart ınez ML, Vicens J, Gonzalez<br />

Bernaldo de Quiros F, Giunta DH. Incidence rate of symptomatic<br />

venous thromboembolic disease in patients from a medical<br />

care program in Buenos Aires, Argentina: a prospective cohort.<br />

Thromb J. 2013;11(1):16.<br />

6. Iorio A, Kearon C, Filippucci E, et al. Risk of recurrence after<br />

a first episode of symptomatic venous thromboembolism<br />

provoked by a transient risk factor: a systematic review. Arch<br />

Intern Med. 2010;<strong>170</strong>(19):1710-1716.<br />

7. Rodger MA, Kahn SR, Wells PS, et al. Identifying unprovoked<br />

thromboembolism patients at low risk for recurrence who can<br />

discontinue anticoagulant therapy. CMAJ. 2008;179(5):417-426.<br />

8. Prandoni P, Noventa F, Ghirarduzzi A, et al. The risk of<br />

recurrent venous thromboembolism after discontinuing<br />

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study in 1,626 patients. Haematologica. 2007;92(2):199-205.<br />

9. Albuquerque MV, Viana ALD, Lima LD, Ferreira MP, Fusaro ER,<br />

Iozzi FL. Regional health inequalities: changes observed in Brazil<br />

from 2000-2016. Cien Saude Colet. 2017;22(4):1055-1064.<br />

10. Vasquez F, Paraje G, Estay M. Income-related inequality<br />

in health and health care utilization in Chile, 2000-2009. Rev<br />

Panam Salud Publica. 2013; 33(2):98-106.<br />

11. Pan American Health Organization. Equity in the context of<br />

regional transformation processes in health. https://www.paho.org/<br />

salud-en-las-americas2017/?p=59. Accessed December 2019.<br />

12. Ortel TL, Neumann I, Ageno W, et al. American Society<br />

of Hematology 2020 guidelines for management of venous<br />

thromboembolism: treatment of deep vein thrombosis and<br />

pulmonary embolism. Blood Adv. 2020;4(19):4693-4738.<br />

13. Witt DM, Nieuwlaat R, Clark NP, et al. American Society<br />

of Hematology 2018 guidelines for management of venous<br />

thromboembolism: optimal management of anticoagulation<br />

therapy. Blood Adv. 2018;2(22):3257-3291.<br />

14. Boccalon H, Elias A, Chale JJ, Cadène A, Gabriel S. Clinical<br />

outcome and cost of hospital vs home treatment of proximal<br />

deep vein thrombosis with a low-molecular-weight<br />

heparin: the Vascular Midi-Pyrenees study. Arch Intern Med.<br />

2000;160(12):1769-1773.<br />

15. van den Belt AG, Bossuyt PM, Prins MH, Gallus AS,<br />

Buller HR; TASMAN Study Group. Replacing inpatient<br />

care by outpatient care in the € treatment of deep venous<br />

thrombosis–an economic evaluation. Thromb Haemost.<br />

1998;79(2):259-263.<br />

16. Aujesky D, Obrosky DS, Stone RA, et al. Derivation and<br />

validation of a prognostic model for pulmonary embolism.<br />

Am J Respir Crit Care Med.2005;172(8):1041-1046.<br />

17. Donzé J, Le Gal G, Fine MJ, et al. Prospective validation of<br />

the Pulmonary Embolism Severity Index. A clinical prognostic<br />

model for pulmonary embolism. Thromb Haemost.<br />

2008;100(5):943-948.<br />

18. Neumann I, Schunemann H. Application to add direct<br />

oral anticoagulants (DOAC) to WHO model list of essential<br />

medicines as a medicine for € treatment of non-valvular atrial<br />

fibrillation and treatment venous thromboembolism. https://<br />

www.who.int/selection_medicines/committees/expert/22/<br />

applications/s10.2_DOACs.pdf.<br />

19. Wilke T, Bauer S, Mueller S, Kohlmann T, Bauersachs<br />

R. Patient preferences for oral anticoagulation therapy in<br />

atrial fibrillation: a systematic literature review. Patient.<br />

2017;10(1):17-37.<br />

20. Liberato NL, Marchetti M. Cost-effectiveness of<br />

non-vitamin K antagonist oral anticoagulants for stroke<br />

prevention in non-valvular atrial fibrillation: a systematic and<br />

qualitative review. Expert Rev Pharmacoecon Outcomes Res.<br />

2016;16(2):221-235.<br />

21. Pinyol C, Cepeda JM, Roldan I, et al. A systematic literature<br />

review on the cost-effectiveness of apixaban for stroke<br />

prevention in non-valvular atrial fibrillation. Cardiol Ther.<br />

2016;5(2):171-186.<br />

22. Lecumberri R, Alfonso A, Jimenez D, et al; RIETE<br />

investigators. Dynamics of case-fatality rates of recurrent<br />

thromboembolism and major bleeding in patients<br />

treated for venous thromboembolism. Thromb Haemost.<br />

2013;110(4):834-843.<br />

23. van der Hulle T, Tan M, den Exter PL, et al. Recurrence<br />

risk after anticoagulant treatment of limited duration for<br />

late, second venous thromboembolism. Haematologica.<br />

2015;100(2):188-193.<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 81


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PUBLIEDITORIAL<br />

EM DESTAQUE<br />

AMAMEDICAL, IMPORTADORA E DISTRIBUIDORA<br />

DE EQUIPAMENTOS LABORATORIAIS, ALCANÇA<br />

DESTAQUE NACIONAL<br />

A AmaMedical caminha para a consolidação de sua<br />

marca em todo o território nacional e se projeta<br />

como um dos grandes players na distribuição de<br />

equipamentos de laboratório e tecnologia hospitalar.<br />

Pela solidez apresentada, antes e durante a<br />

pandemia de COVID-19, a empresa tem potencial<br />

para crescer em números de equipamentos por linha<br />

e também em market share na distribuição direta<br />

de equipamentos e reagentes para Hematologia e<br />

Bioquímica, elevando sua marca ao mesmo nível<br />

dos grandes concorrentes nacionais. A expectativa<br />

para 2022/2023 é atingir a meta de 600 analisadores<br />

hematológicos e bioquímicos instalados e operando<br />

diariamente na rotina de laboratórios espalhados<br />

por todo o País, além de abrir as portas para o<br />

desenvolvimento de produtos e para a conquista<br />

de novos parceiros fabricantes, principalmente de<br />

tecnologias inovadoras de diagnóstico em geral e de<br />

reagentes.<br />

A estratégia da empresa é garantir o atendimento<br />

de alto padrão aos laboratórios de pequeno e médio<br />

portes, apoiando a representação regional, a fim de<br />

viabilizar operações próprias, sem intermediários,<br />

evitando o excesso de carga tributária e também<br />

diminuindo os custos logísticos, o que aumenta a<br />

competitividade de nossos clientes.<br />

Diferenciais<br />

A marca consagrou-se por oferecer equipamentos<br />

modernos e de alta qualidade a um custo atrativo e<br />

vantajoso aos laboratórios humanos e veterinários,<br />

além de um serviço de pós-venda qualificado e de<br />

um prazo de garantia ampliado, amparada por uma<br />

equipe técnica treinada pelos fabricantes e dedicada<br />

para a solução imediata de demandas de manutenção,<br />

sobretudo com uma variedade de partes e peças em<br />

estoque para manutenções preventivas. Este cenário<br />

só foi possível pela capacidade da AmaMedical em<br />

administrar toda a cadeia logística, da prospecção<br />

de novos fornecedores, registros dos produtos junto<br />

à Anvisa, à gestão da qualidade, chegando a um<br />

canal de distribuição direta - Importador/Laboratório,<br />

sem intervenientes diretos ou indiretos. Todos os<br />

trâmites de importação, logística e desembaraço<br />

aduaneiro são feitos internamente, utilizando-se do<br />

know-how e da experiência de mais de 25 anos da<br />

Amaral & Cia Consulting, líder do Grupo, que atua na<br />

representação de fabricantes estrangeiros de produtos<br />

médicos/hospitalares, e atua com um planejamento<br />

responsável, trazendo segurança, rapidez e vantagens<br />

para os processos de compras internacionais.<br />

A partir desta união, a AmaMedical conta com<br />

um número expressivo de fornecedores e de<br />

parceiros em diversos países, que asseguram que<br />

seu portfólio de produtos sigam os mais rigorosos<br />

processos de validação clínica e laboratorial, e que<br />

possuam as certificações que garantam qualidade e<br />

precisão de resultados.<br />

Equipamentos<br />

Analisadores Hematológicos, Bioquímicos<br />

e POCT<br />

A AmaMedical investe na busca de equipamentos<br />

que permitam o desenvolvimento contínuo e que<br />

evoluam constantemente, assim desenvolveu<br />

um novo portfólio com características, modelos e<br />

marca própria - os analisadores hematológicos AMA<br />

H-6021 e AMA H-6021 VET - visando a contribuir<br />

com diversidade de oportunidades a seus clientes<br />

e a melhoria da estrutura nacional de nossos<br />

laboratórios e com os desafios de encontrar soluções<br />

em diagnóstico in vitro.<br />

A AmaMedical conta com um portfólio variado<br />

de equipamentos, bem como acesso a fabricantes<br />

especializados em diversos segmentos, principalmente:<br />

Hematologia, Bioquímica, Analisadores POCT (Point of<br />

Care), Testes Rápidos e Coagulação.<br />

A empresa ainda distribui kits de reagentes originais de<br />

fabricantes de seus equipamentos, bem como de outras<br />

marcas homologados e fabricados também no Brasil.<br />

A AmaMedical abre as suas portas para visitação<br />

de estudantes do ensino médio e universitários<br />

de matérias correlatas, de modo a terem a<br />

oportunidade de explorar as tecnologias disponíveis<br />

no setor, manusear equipamentos e ampliar seus<br />

conhecimentos teóricos na prática. Além disso, a<br />

empresa mantém parcerias com diversas instituições<br />

de pesquisas públicas e privadas no País e no exterior,<br />

visando ao aperfeiçoamento tecnológico para melhoria<br />

e para o desenvolvimento de seus equipamentos.<br />

0 84<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


Projeto e desenvolvimento<br />

Atenta às necessidades dos clientes em manter<br />

a funcionalidade de seus equipamentos em dia<br />

e primando pela sua cadeia de valor, benefício<br />

e qualidade, a AmaMedical segue inovando<br />

e desenvolvendo soluções customizadas para<br />

cada cliente e, assim, anuncia a criação de mais<br />

uma empresa do Grupo Amaral & Cia, a AmaTec<br />

Manutenção, Locação de Assistência Técnica Ltda,<br />

a qual será composta por um time que possui<br />

orientação para atender aos clientes de forma direta<br />

e personalizada, identificando as necessidades<br />

específicas de cada instituição para oferecer<br />

sempre as soluções mais adequadas. “Trata-se de<br />

um movimento estratégico do ponto de vista de<br />

mercado, uma vez que o nosso diferencial vai além da<br />

inovação tecnológica na importação e distribuição de<br />

equipamentos e reagentes. Somos conhecidos pela<br />

nossa presença junto aos clientes e trabalharemos<br />

para continuar a aprimorá-la, afinal, somos movidos<br />

por uma visão de fornecer as melhores respostas<br />

às necessidades tecnológicas na área da saúde.”,<br />

enfatiza Cristiano Amaral, CEO da Amaral & Cia,<br />

que lidera o Grupo, e conta com mais de 20 anos<br />

no mercado internacional, com destaque no setor<br />

médico-hospitalar.<br />

que as 48 horas atuais; prontidão de atendimento<br />

por acesso remoto, em tempo real, e nas resoluções<br />

de problemas técnicos "in loco", esclarecimentos de<br />

dúvidas e realização de procedimentos corretivos.<br />

O Serviço de atendimento ao Cliente da AmaTec<br />

Tecnologia Diagnóstica será composto por<br />

colaboradores com conhecimento técnico e<br />

prático nos equipamentos da marca de modo a<br />

proporcionarem um atendimento rápido e eficiente.<br />

Este corpo técnico terá presença em todo o País,<br />

realizando tanto o atendimento regional quanto o<br />

remoto aos equipamentos.<br />

uma seleção de fábricas e de portfólio de<br />

produtos que sigam os mais rigorosos processos<br />

de validação clínica e que possuam certificações<br />

que garantam qualidade e precisão.<br />

Além disso, a AmaMedical esta sempre trabalhando<br />

com o objetivo de prover aos laboratórios e hospitais<br />

parceiros os melhores produtos e as principais<br />

novidades e, para isto, estamos sempre presentes<br />

em congressos e feiras internacionais buscando<br />

novidades para atender da melhor maneira possível<br />

aos nossos clientes, mantendo-os assim atualizados,<br />

e oferecendo os melhores produtos do mercado.<br />

De acordo com Roberto Ferreira Júnior, Gerente<br />

Comercial, "o lançamento dos equipamentos AMA<br />

H-6021 vão ao encontro da estratégia do Grupo de<br />

avançar na abertura do mercado externo, em especial<br />

na América Latina, onde já ocorrem tratativas<br />

preliminares para expansão".<br />

Perspectivas<br />

Desde o início da pandemia, a AmaMedical se<br />

fortaleceu e tem se estruturado para ser a melhor<br />

escolha em equipamentos no setor de diagnóstico<br />

para a saúde, ampliando e melhorando seu programa<br />

de pós-vendas e assistência técnica, e buscando<br />

novos parceiros e fabricantes no Brasil e no exterior.<br />

PUBLIEDITORIAL<br />

EM DESTAQUE<br />

Cristiano Amaral - CEO do Grupo Amaral & Cia<br />

A nova empresa será liderada por Fabiano Lopes,<br />

engenheiro de produção, que há cinco anos ocupa a<br />

posição de Diretor Técnico na AmaMedical Soluções<br />

em Saúde. O executivo será responsável por atuar<br />

em conjunto com a área Comercial e de Pós-Vendas<br />

da AmaMedical para promover atendimento às<br />

solicitações de urgência em tempo muito menor do<br />

Fabiano Lopes - Diretor Técnico - AmaTec<br />

Certificações<br />

A AmaMedical trabalha na implantação de seu<br />

sistema de gestão da qualidade para atender aos<br />

requisitos para obtenção do Certificado de Boas<br />

Práticas de Importação, Distribuição e Armazenagem<br />

(BPDA).<br />

A empresa também foca na obtenção dos<br />

Certificados ISO 9001 e começa a elaborar o plano<br />

para implantação da TI Verde, que visa a aumentar<br />

a produtividade no local de trabalho com espaços<br />

mais organizados, arquivos digitalizados e adoção<br />

de aplicativos que agilizam os processos internos e<br />

externos da empresa.<br />

Mercado<br />

Os fornecedores da AmaMedical pertencem a<br />

um seleto grupo dos melhores fabricantes do<br />

mundo. Nossos equipamentos são distribuídos<br />

com extremo cuidado e com a segurança de<br />

Todo o investimento em processos internos,<br />

no atendimento personalizado e na busca por<br />

certificações de qualidade, permitem que os<br />

produtos da marca AmaMedical continuem em<br />

sua missão de contribuir para a melhoria da saúde,<br />

fornecendo soluções em diagnóstico, com qualidade,<br />

confiabilidade e sustentabilidade.<br />

É com esta visão, pautada na busca constante pela<br />

melhoria na qualidade de seus equipamentos, e<br />

contando com uma equipe de profissionais qualificados<br />

e comprometidos, que a AmaMedical pretende<br />

continuar crescendo e atravessando fronteiras.<br />

Maiores informações:<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 85


LABNEWS<br />

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL<br />

MOLECULAR E INTERNET DAS COISAS: UMA REALIDADE<br />

Por Andreza Patricia Marinho de Souza Martins<br />

Os exames moleculares já fazem parte<br />

da rotina de muitos laboratórios. Ao<br />

longo das últimas décadas evoluíram<br />

de forma considerável, pois além<br />

de se tornaram mais acessíveis,<br />

aumentaram a usabilidade. Várias são<br />

as aplicabilidades na área médica, que<br />

vão desde o diagnóstico de doenças<br />

infecciosas e desordens genéticas,<br />

na triagem de amostras, em bancos<br />

de sangue, na predição de estruturas<br />

proteicas no estudo da proteômica e<br />

até mesmo o prognóstico de doenças<br />

como o câncer.<br />

Outra área em grande desenvolvimento<br />

na área de saúde é a Inteligência<br />

artificial (IA) e internet das coisas (IoTinternet<br />

of things), que se tornou uma<br />

das tecnologias mais importantes para<br />

o século XXI.<br />

Agora imagine unir tudo isso: IoT,<br />

inteligência artificial e diagnóstico<br />

molecular.<br />

A IoT traz benefícios para profissionais<br />

de saúde, pacientes, pesquisadores e<br />

indivíduos como um todo, pois ela permite<br />

que dispositivos médicos sejam conectados<br />

à internet. Porém um dos grandes<br />

desafios e cuidados, está na segurança<br />

desses dados, tanto no decorrer da sua<br />

transmissão, quanto no armazenamento e<br />

compartilhamento. No Brasil e no mundo<br />

existe um código de ética médica que<br />

determina o sigilo das informações sobre<br />

a saúde de cada paciente. Ainda assim,<br />

não existe uma regulamentação que<br />

acompanhe a velocidade dos progressos<br />

dessas ferramentas.<br />

Essa área está em tanta expansão<br />

que já até recebeu uma espécie<br />

de subdivisão, sendo chamada de<br />

“Internet of Medical Things”, ou IoT.<br />

São muitos os dispositivos inteligentes.<br />

Existem os chamados dispositivos<br />

externos, que utilizam biossensores<br />

que monitoram aspectos da saúde do<br />

usuário; os dispositivos internos, que<br />

são implantados para dar suporte ou<br />

até mesmo substituir um órgão ou<br />

estrutura biológica que esteja com<br />

problemas; E os dispositivos fixos,<br />

que são os equipamentos presentes<br />

em clínicas e hospitais, operadas por<br />

especialistas e usadas pelos pacientes<br />

somente com supervisão médica.<br />

Exemplos de dispositivos na medicina:<br />

leitos hospitalares inteligentes, sensores<br />

ingeríveis, monitoramento contínuo<br />

inteligente de glicose, marcapassos<br />

inteligentes, aparelhos para o<br />

diagnóstico molecular monitorados por<br />

inteligência artificial, etc.<br />

Apesar de parecer algo vindo dos<br />

filmes de ficção ou de um futuro<br />

inimaginável, a IoT é uma realidade<br />

para laboratórios, indústrias e<br />

empresas de tecnologia, que têm se<br />

unido para desenvolver dispositivos<br />

altamente relevantes.<br />

0 86<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


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Falarei sobre as principais novidades que<br />

envolvem estes dois mundos: a biologia<br />

inteligência artificial para detectar o<br />

RNA do SARS-CoV-2 e suas variantes,<br />

pois o equipamento gera e envia<br />

através da internet as informações ao<br />

molecular e tecnologia, justamente<br />

com resultado em até 1 hora. O teste<br />

laboratório central da empresa e lá,<br />

para quem deseja se atualizar sobre as<br />

é realizado, a partir de amostras de<br />

um profissional de saúde habilitado<br />

inovações na medicina. Vamos lá?<br />

nasofaringe.<br />

gera e valida o resultado do exame,<br />

emite e assina o laudo digital, envia<br />

Na área de diagnóstico molecular,<br />

A tecnologia utilizada é o PCR-LAMP,<br />

o laudo ao paciente via e-mail e SMS.<br />

os laboratórios de análises clínicas<br />

uma variação da PCR convencional<br />

necessitam de soluções para<br />

na qual a amplificação do material<br />

Com a alta demanda de exames por<br />

oferecer resultados cada vez mais<br />

genético exige pouco ou nenhum<br />

conta da pandemia de coronavírus,<br />

precisos, com alta especificidade e<br />

tratamento prévio das amostras<br />

contratar um laboratório de apoio<br />

sensibilidade. Mas sabemos que além<br />

e ocorre em uma temperatura<br />

pode ser a solução ideal e simples,<br />

disso é necessário que haja pessoas<br />

constante. O resultado da reação<br />

sem precisar investir em novos<br />

capacitadas, equipamentos e insumos<br />

pode ser observado no próprio tubo,<br />

equipamentos e infraestrutura.<br />

caros, além de uma logística para<br />

atender a demanda de testes, o que<br />

muitas vezes dificulta a entrega dos<br />

laudos, no tempo desejado.<br />

Pensando nessas necessidades, uma<br />

empresa de Curitiba (Hilab), pioneira<br />

em testes laboratoriais remotos, criou<br />

uma solução inovadora, um exame<br />

de biologia molecular para Covid-19,<br />

no qual utiliza a internet das coisas e<br />

sem a necessidade de eletroforese.O<br />

leitor do teste molecular, que cabe<br />

na palma da mão, realiza uma<br />

detecção colorimétrica, utilizando<br />

um corante sensível à mudança de<br />

pH, rapidamente interpretando o<br />

resultado do exame. Este resultado é<br />

determinado por Inteligência Artificial,<br />

e o laudo é confirmado e assinado<br />

por um Biomédico com o auxílio da<br />

Internet das Coisas. E isso é possível,<br />

Referências Bibliográficas:<br />

Swati Swayamsiddha, Chandana Mohanty,Application<br />

of cognitive Internet of Medical Things for COVID-19<br />

pandemic,Diabetes & Metabolic Syndrome: Clinical Research<br />

& Reviews, Volume 14, Issue 5,2020,Pages 911-915,ISSN<br />

1871-4021, https://doi.org/10.1016/j.dsx.2020.06.014.<br />

(https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/<br />

S1871402120301831)<br />

S. Vishnu, S. R. J. Ramson and R. Jegan, "Internet<br />

of Medical Things (IoMT) - An overview", 2020 5th<br />

International Conference on Devices, Circuits and<br />

Systems (ICDCS), 2020, pp. 101-104, doi: 10.1109/<br />

ICDCS48716.2020.243558.<br />

https://ieeexplore.ieee.org/abstract/document/9075733<br />

Yang, T.; Gentile, M.; Shen, C.-F.; Cheng, C.-M. Combining<br />

Point-of-Care Diagnostics and Internet of Medical<br />

Things (IoMT) to Combat the COVID-19 Pandemic.<br />

Diagnostics 2020, 10, 224. https://doi.org/10.3390/<br />

diagnostics10040224 https://www.mdpi.com/2075-<br />

4418/10/4/224#cite<br />

Autora:<br />

Andreza Patricia Marinho de Souza Martins<br />

Biomédica multidisciplinar, formada na UNIRIO, mestre em química biológica pela UFRJ. Mestrado na área de biologia molecular, em diagnóstico de<br />

dengue por RT-PCR em tempo real. Escritora na área de farmácia para editora Sanar saúde. Especialista em informações médicas na Hilab. Idealizadora do<br />

canal @uniprofimulti, que tem a finalidade de unir profissionais através da multidisciplinaridade.<br />

0 88<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


VALIDAÇÃO DA QUANTIDADE<br />

DE GELOS PARA TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO<br />

Por Fábia Bezerra.<br />

MINUTO LABORATÓRIO<br />

Sabemos que a quantidade de gelos<br />

em uma caixa de transporte, garante a<br />

temperatura que se espera manter até<br />

o destino, contudo, não é suficiente<br />

para uma validação segura.<br />

A estabilidade dos exames até<br />

sua execução, é um grande<br />

desafio. Ou seja, podemos manter<br />

uma temperatura de 2 a 8° ou<br />

de 2 a 22° por exemplo mas, a<br />

estabilidade do analito precisa ser<br />

respeitada. Por isso, ao iniciar um<br />

estudo de validação, você deve<br />

buscar nas bulas dos exames por<br />

quanto tempo eles permanecem<br />

estáveis até seu processamento,<br />

considerando: horário de coleta,<br />

transporte, triagem e análise. E<br />

mesmo que você consiga garantir<br />

que a temperatura se manterá até<br />

o a realização do exame, é preciso<br />

considerar que determinados<br />

analitos precisam ser executado<br />

em X tempo, de forma que<br />

não violemos seu limite de<br />

estabilidade analítica.<br />

E como fazer este cálculo? Primeiro,<br />

eleja um analito que possua criticidade<br />

de tempo para execução (glicose por<br />

exemplo). Marque o horário da coleta<br />

e registre a temperatura. Colete duas<br />

amostras, realize 1 no local ou Apoio<br />

mais próximo e a outra amostra, deve<br />

seguir o trajeto planejado da rota. A<br />

quantidade de gelos é proporcional<br />

ao tamanho da caixa, quantidade de<br />

amostras e distância a ser percorrida.<br />

Para rotas aéreas, a quantidade<br />

oferecida de substâncias biológicas<br />

por volume deve ser menor que 4,0 L<br />

ou 4,0 kg. Esse volume ou massa não<br />

inclui o peso da própria embalagem,<br />

mas sim de seu conteúdo (as<br />

amostras biológicas).<br />

Considero muito importante<br />

ressaltar que, as embalagens só<br />

podem armazenar amostras se<br />

estiverem cumprindo as exigências<br />

do INMETRO, ANVISA e ANAC.<br />

Precisam ser submetidas a testes<br />

de queda, perfuração umidade,<br />

pressão e empilhamento.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0<br />

89


MINUTO LABORATÓRIO<br />

Para rotas terrestres, não há<br />

exigência quanto ao peso/<br />

antes realizar a validação de rota. Pode<br />

acontecer a necessidade da inclusão<br />

> Gelos em estado de refrigeração e<br />

não de congelamento – é preciso que<br />

tamanho da caixa para transporte<br />

de mais gelos, alterar o tamanho da<br />

os blocos de gelo estejam realmente<br />

de material biológico da categoria<br />

caixa e volume. Só após ter estes<br />

congelados para garantirem a<br />

B mas, o controle de temperatura<br />

dados bem definidos é que você deve<br />

temperatura até a chegada do material<br />

para cada trajeto, também deve<br />

prosseguir com a contratação. São<br />

no destino final.<br />

obedecer o que foi preconizado.<br />

pequenos detalhes que precisam estar<br />

Bem como o tipo de caixa, que<br />

descritos e que fazem toda à diferença<br />

A medição da temperatura na saída e/<br />

deve ser rígida e higienizável ou<br />

depois – especialmente a financeira.<br />

ou na chegada medidas incorretamente<br />

descartável (isopor®). Lembrando<br />

– se a conferência for através de<br />

que, caso opte por isopor®, este<br />

Após esta etapa e antes de<br />

pistolas infra vermelho, verifique se<br />

deve ser envolto por outra caixa,<br />

comparar os resultados do exame<br />

o equipamento está calibrado, se a<br />

não podem ser considerados como<br />

realizado no local ou no Apoio com<br />

lente ou o sensor de infravermelho<br />

embalagens externas.<br />

a de destino que deseja estabelecer,<br />

estão livres de detritos, sujeira ou<br />

alguns pontos cruciais devem ser<br />

condensação que possam afetar<br />

Caso prefira, algumas empresas de<br />

observados nesta validação:<br />

a precisão da leitura. O ângulo de<br />

transporte especializado/ consultoria,<br />

posicionamento da pistola também<br />

fazem este trabalho de validação,<br />

Gelos – a quantidade acondicionada<br />

deve ser de forma que o sensor não<br />

considere a contratação das que<br />

garantiu a temperatura esperada?<br />

capte o gelo, somente as amostras. Se<br />

seguem à risca as Legislações.<br />

se sim, padronizar a quantidade<br />

a caixa possuir termômetro embutido,<br />

– com comunicado a triagem<br />

confira sua calibração e como a mesma<br />

Outra dica sobre serviços terceirizados<br />

de origem. Se não, investigar as<br />

foi medida pelo colaborador. É a<br />

de transporte é: não feche contrato sem<br />

possíveis falhas como:<br />

temperatura da amostra que interessa.<br />

0 90<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


Tempo de transporte – compare<br />

se o mesmo foi compatível<br />

acionar a logística e Gestão para<br />

redefinirem o processo.<br />

primeira a quantidade de gelos<br />

que devem ser acondicionadas<br />

MINUTO LABORATÓRIO<br />

com a estabilidade do analito<br />

nas caixas de transporte. Além<br />

até a sua execução.<br />

Caso não<br />

Faça um controle deste estudo<br />

disso, é um documento válido para<br />

haja compatibilidade de tempo,<br />

- nem sempre acertamos de<br />

qualquer auditoria.<br />

Segue abaixo modelo sugerido:<br />

Após este processo, comparar os resultados obtidos através de uma análise de correlação clínica/ analítica e só<br />

então, liberar a rota desejada.<br />

Comunique todos os envolvidos no processo para que sigam a padronização e deve-se também,<br />

monitorar seu cumprimento.<br />

Referências:<br />

https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/iac-e-is/is/is-175-004/@@display-file/arquivo_norma/IS175-004B.pdf<br />

https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/sangue/transporte-de-material-biologico/manual-de-transporte-de-material-biologico-humano.pdf<br />

Autora:<br />

Fábia Bezerra<br />

Biomédica – Gerente Corporativa da Qualidade na Hapvida Diagnósticos.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0<br />

91


QUALIDADE NO<br />

LABORATÓRIO<br />

PRINCIPAIS INTERFERENTES<br />

PRÉ ANALÍTICOS NAS ANÁLISES CLÍNICAS<br />

Por Kelly C. Gabriel de Almeida<br />

As fases de execução de um<br />

exame laboratorial são de extrema<br />

importância para a qualidade dos<br />

resultados entregues, sobretudo,<br />

a fase pré analítica. Estimativas<br />

apontam que a fase pré analítica é<br />

responsável por grande parte dos<br />

erros laboratoriais, impactando custos<br />

e qualidade dos resultados.<br />

Mais de 70% da decisão médica é<br />

baseada nos exames laboratoriais,<br />

influenciando no diagnóstico correto<br />

e tratamento adequado do paciente.<br />

Por isso, a qualidade na entrega do<br />

resultado é fundamental. Sabemos<br />

ainda que os avanços nas metodologias<br />

e técnicas, bem como os processos de<br />

automação dos laboratórios estão<br />

diminuindo drasticamente os erros<br />

relacionados às metodologias. Apesar<br />

disso, o exame ainda é suscetível a<br />

várias falhas, principalmente quando<br />

falamos nos processos manuais,<br />

realizados na fase pré-analítica.<br />

Cada etapa possui fontes de erros<br />

que podem afetar a qualidade e<br />

confiabilidade dos resultados. No<br />

entanto, a fase pré-analítica ainda<br />

concentra o maior número de erros<br />

identificados. Existem diversos<br />

fatores que influenciam a qualidade<br />

dos resultados. As principais fontes<br />

de variação pré-analítica podem ser<br />

divididas em variáveis fisiológicas<br />

(idade, sexo, raça, jejum, postura,<br />

exercício físico etc.), variáveis de coleta<br />

e manipulação da amostra e variáveis<br />

endógenas. Entre elas estão:<br />

• Pedido ou interpretação<br />

inadequada da requisição médica<br />

• Orientação inadequada ao paciente<br />

• Tempo de jejum inadequado<br />

• Coleta inadequada<br />

• Tempo de garroteamento prolongado<br />

• Tubo de coleta inadequado<br />

• Volume insuficiente da amostra<br />

• Identificação incorreta do paciente<br />

• Transporte e armazenamento<br />

inadequados<br />

• Centrifugação inadequada<br />

Além dos interferentes analíticos<br />

existem ainda as fontes de variações,<br />

que podem gerar alterações nos<br />

resultados. Exemplos simples de<br />

fontes de variações são:<br />

Postura corporal: Mudanças rápidas<br />

na postura corporal podem alterar a<br />

concentração das proteínas plasmáticas.<br />

Atividade física: Aumentam CK,<br />

Lactato, Desidrogenase Lactida, TGO,<br />

creatinina, ácido úrico.<br />

Segundo as Recomendações do<br />

National Committee for Clinical<br />

Laboratory Standards (NCCLS), a<br />

separação do soro ou plasma deve<br />

ser feito até 2 horas, pois sofrem<br />

interferentes na dosagem de glicose,<br />

potássio, e desidrogenase láctica.<br />

A coleta da amostra com o agente<br />

antiglucolítico fluoreto de sódio<br />

estabiliza o nível da glicose na presença<br />

de células de sangue durante mais de<br />

24 horas à temperatura ambiente ou<br />

48 horas sob refrigeração (2 a 8°C).<br />

0 92<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


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QUALIDADE NO<br />

LABORATÓRIO<br />

Além desses, outros interferentes<br />

De acordo com a Sociedade Brasileira<br />

opacidade do soro sanguíneo devido<br />

comumente são encontrados<br />

de Patologia Clínica (SBPC), a<br />

à suspensão de partículas gordurosas<br />

no nas amostras de exames<br />

prevalência de amostras hemolisadas<br />

nele. É importante saber que algumas<br />

laboratoriais, entre eles estão a<br />

pode chegar a 3,3% do total das<br />

doenças como diabetes mellitus,<br />

hemólise, lipemia e icterícia.<br />

amostras de rotina, o que representa<br />

causam lipídeos no sangue elevados,<br />

até 40 a 70% de todas as amostras<br />

e outras patologias, como: pancreatite,<br />

A hemólise no laboratório clínico<br />

inadequadas identificadas e quase<br />

hipotireoidismo, insuficiência renal<br />

pode se originar principalmente de<br />

cinco vezes maior que outras causas,<br />

crônica, colagenopatias, câncer ou<br />

duas causas: uma é a hemólise<br />

como amostras insuficientes,<br />

cirrose hepática. Essa condição pode<br />

in vivo, própria de doenças<br />

incorretas e coaguladas. É importante<br />

alterar resultados de exames devido<br />

sanguíneas (tanto congênitas<br />

ainda, lembrar que os mecanismos<br />

à turvação da amostra, que pode<br />

quanto adquiridas) e que pode<br />

de interferência da hemólise<br />

interferir no método analítico utilizado.<br />

conduzir o paciente a diferentes<br />

não apenas afetam os métodos<br />

graus de anemias; a outra é a<br />

espectrofotométricos, mas também<br />

A icterícia é o resultado do aumento<br />

hemólise in vitro, que se dá durante a<br />

interferem nos imunoensaios, nos<br />

dos níveis de bilirrubina. Quando<br />

fase pré-analítica como resultado do<br />

testes de coagulação e nos métodos<br />

sua excreção não acontece de forma<br />

manuseio inadequado das amostras<br />

de biologia molecular baseados na<br />

adequada, ocorre um aumento de<br />

sanguíneas (coleta, manipulação e<br />

reação da polimerase.<br />

sua concentração no sangue, com o<br />

transporte da amostra sanguínea),<br />

surgimento da icterícia. Essa condição<br />

podendo causar erros nos<br />

A lipemia ou soro lipêmico é o resultado<br />

pode alterar o resultado de exames<br />

resultados laboratoriais e impactando<br />

de altas concentrações de lipídeos<br />

bioquímicos devido à interferência<br />

seriamente na saúde do paciente.<br />

no sangue que causa turvação ou<br />

com a coloração da amostra.<br />

0 94<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


O quadro abaixo mostra os analitos que<br />

homogeneização da amostra. Na urina<br />

é excessivo para garantir a exatidão<br />

QUALIDADE NO<br />

LABORATÓRIO<br />

podem ter alteração se analisados com<br />

resfriada, pode haver precipitação de<br />

dos resultados. Apenas o valor da<br />

interferentes nas amostras laboratoriais.<br />

cristais urato amorfos e fosfato. A urina<br />

hemoglobina e a contagem de<br />

nunca deve ser congelada, uma vez<br />

plaquetas são estáveis durante esse<br />

Conservação das Amostras<br />

que deteriora os elementos celulares<br />

período. Recomenda-se a realização<br />

Laboratoriais<br />

e falseia os parâmetros bioquímicos.<br />

de um esfregaço de sangue dentro de<br />

Para o estudo de diferentes analitos,<br />

2 horas depois da coleta da amostra.<br />

Amostras de urina<br />

a amostra deve ser aliquotada com<br />

Não se indica o armazenamento do<br />

Recomenda-se processar a amostra de<br />

homogeneização prévia e conservada<br />

esfregaço por mais de 24 horas.<br />

urina dentro de 2 horas após a coleta<br />

de acordo com as análises a serem<br />

e evitar o uso de conservantes, tanto<br />

realizadas. O tempo de conservação<br />

Amostras para liquido<br />

quanto possível. Se o processamento<br />

sob diferentes condições de<br />

cefalorraquidiano<br />

atrasar, a amostra deve ser refrigerada<br />

temperatura ou conservantes depende<br />

O LCR deve ser transportado para<br />

(2 a 8°C) e mantida protegida da luz.<br />

dos constituintes específicos da urina.<br />

o laboratório imediatamente após<br />

Nessas condições, pode ser mantida<br />

a coleta. Pode ser armazenado em<br />

por um período de 12 horas. No caso<br />

Amostras para hemograma<br />

meio refrigerado (2 a 8°C) por no<br />

da urina refrigerada, recomenda-se<br />

Para análises hematológicas<br />

máximo 3 horas. 104 Para o estudo<br />

que a amostra atinja a temperatura<br />

recomenda-se processar a amostra<br />

da celularidade, quando o tempo<br />

ambiente para iniciar o processamento<br />

em EDTA no prazo de 6 horas após a<br />

de transporte for prolongado,<br />

e realizar previamente uma correta<br />

coleta. Em alguns casos, esse tempo<br />

recomenda-se realizar a centrifugação.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 95


QUALIDADE NO<br />

LABORATÓRIO<br />

As lâminas permanecem estáveis por<br />

Considerações finais:<br />

bem definidos para identificação de<br />

4 a 6 dias à temperatura ambiente.<br />

Após a centrifugação, o LCR deve<br />

ser armazenado em um freezer<br />

Diante de tudo o que foi apresentado,<br />

é fato que o conhecimento e o controle<br />

falhas, estudo de causa raiz e adoção<br />

de ações corretivas e preventivas além<br />

a –70°C em recipientes de vidro<br />

ou polipropileno hermeticamente<br />

fechados. Recomenda-se o freezer<br />

dessas variáveis podem contribuir<br />

para a otimização e a utilidade clínica<br />

de profissionais qualificados, e acima<br />

de tudo comprometidos com o bem<br />

a –70°C em vez de –20°C, já que as<br />

proteínas das bandas oligoclonais<br />

desaparecem quando conservadas por<br />

dos resultados da análise laboratorial.<br />

Para evitar que os erros aconteçam, o<br />

estar do paciente, sempre lembrando<br />

que os resultados laboratoriais<br />

mais de 6 meses a –20°C.<br />

laboratório deve contar com processos<br />

influenciam na condução clínica.<br />

Referências<br />

• XAVIER, Ricardo M., DORA, José Miguel, BARROS, Elvino. Laboratório na Prática Clínica, 3rd edição. ArtMed, 2016.<br />

• SILVA, Paulo da, ALVES, Hemerson Bertassoni, COMAR, Samuel Ricardo, HENNEBERG, Railson, MER. Hematologia Laboratorial. ArtMed, 2015.<br />

• SANTOS, Paulo Caleb Júnior Lima. Hematologia – Métodos e Interpretação – Série Análises Clínicas e Toxicológicas. Roca, 2012.<br />

• Plebani M. Quality Indicators to Detect Pre-Analytical Errors in Laboratory Testing. The Clinical Biochemist Reviews. 2012;33(3):85-88. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/<br />

PMC3428256/<br />

• Julie A. Hammerling; A Review of Medical Errors in Laboratory Diagnostics and Where We Are Today, Laboratory Medicine, Volume 43, Issue 2, 1 February 2012, Pages 41–44, https://doi.<br />

org/10.1309/LM6ER9WJR1IHQAUY<br />

• Ranjna Chawla, Binita Goswami, Devika Tayal, V Mallika; Identification of the Types of Preanalytical Errors in the Clinical Chemistry Laboratory: 1-Year Study at G.B. Pant Hospital,<br />

Laboratory Medicine, Volume 41, Issue 2, 1 February 2010, Pages 89–92, https://doi.org/10.1309/LM9JXZBMLSVJT9RK<br />

• Rana, Satyavati V. “No Preanalytical Errors in Laboratory Testing: A Beneficial Aspect for Patients.” Indian Journal of Clinical Biochemistry 27.4 (2012): 319–321. PMC. Web. 23 Aug.<br />

2018. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3477456/<br />

• http://www.lacen.saude.pr.gov.br<br />

• http://www.sbpc.org.br<br />

Autor:<br />

Kelly C. Gabriel de Almeida<br />

Biomédica, Especialista em Auditoria e Gestão da Qualidade, Gestão em Saúde Pública e Docência do Ensino Superior. Pós Graduanda em Bioquímica Clínica.<br />

Mestranda em Clínica Médica. Docente em Ensino Superior. Coordenadora da Qualidade em laboratório de urgência e emergência. Contato @kellycristiane_<br />

biomed<br />

0 96<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


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, pCO 2<br />

, Na + ,<br />

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(*) Parâmetros Calculados: cH + , cH + (T), pH(T), pCO 2<br />

(T), pO 2<br />

(T), HCO 3–<br />

act, HCO 3–<br />

std, BB(B), BE(B), BE(ecf), ctCO 2<br />

, Ca ++ (7.4), AnGap, tHb(est), sO 2<br />

(est),<br />

pO 2<br />

(A-a), pO 2<br />

(a/A), pO 2<br />

(A-a)(T), pO 2<br />

(a/A)(T), RI(T), pO 2<br />

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NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />

MICROINFARTOS CEREBRAIS CORTICAIS<br />

ESTÃO RELACIONADOS À ATROFIA CORTICAL PERILESIONAL<br />

Por Dr. Fabiano de Abreu<br />

Indivíduos com microinfartos<br />

cerebrais corticais (CMIs)<br />

apresentam atrofia cortical<br />

perilesional em uma grande<br />

área e isso pode comprometer a<br />

cognição que está relacionada ao<br />

CMI. Mesmo que estes já tenham<br />

sido relacionados ao declínio<br />

cognitivo em indivíduos com<br />

doenças como a demência, os<br />

mecanismos sobre essa relação<br />

ainda não são compreendidos de<br />

maneira adequada.<br />

Estudos já fornecem evidências que<br />

danos perilesionais contribuem de<br />

maneira significativa para a atrofia<br />

cortical global em pacientes com<br />

CMI. Isso pode auxiliar na percepção<br />

dos impactos do CMIs na estrutura<br />

do cérebro e no desempenho de<br />

funções de modo geral.<br />

Os CMIs podem funcionar<br />

como marcadores de doenças<br />

cerebrovasculares. Por isso é tão<br />

importante estudar profundamente<br />

a relação entre o CMIs e essas<br />

doenças, pois quanto mais<br />

compreensão obtivermos sobre o<br />

tema, melhor poderemos debater<br />

possíveis soluções e tratamentos<br />

para as pessoas afetadas.<br />

Os estudos comprovaram que<br />

os CMIs afetam a estrutura<br />

cerebral além da área lesionada.<br />

A presença de CMI também<br />

foi associada à redução do<br />

comprometimento cognitivo e<br />

a espessura cortical global teve<br />

um efeito significativo na relação<br />

entre a presença de CMI e MMSE.<br />

Ou seja, apesar de saberem da<br />

relação entre a presença de CMI<br />

e o declínio cognitivo, somente<br />

agora a ciência começa a explorar<br />

tais fatos de maneira aprofundada.<br />

Mais uma vez, podemos perceber<br />

o quanto é fantástico o que<br />

descobrimos quando começamos a<br />

estudar o cérebro profundamente.<br />

É um local no qual as descobertas<br />

nunca cessam, por isso, acredito<br />

que mudanças transformadoras<br />

estão por vir.<br />

Autor:<br />

Dr. Fabiano de Abreu<br />

Sobre o Dr. Fabiano de Abreu<br />

PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura<br />

em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem,<br />

Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do<br />

Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de<br />

Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa e Intertel, associação de pessoas de alto QI e especialista<br />

em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.<br />

0 98<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


ENHANCER:<br />

ELEMENTO GENÉTICO ASSOCIADO A DOENÇAS<br />

Enhancer é uma sequência curta de nucleotídeos que pode estimular ou potencializar a transcrição de genes.<br />

Entenda sua relação com a progressão de doenças.<br />

MEDICINA GENÔMICA<br />

Por: Nágela G. Safady<br />

Doenças genéticas muitas vezes são<br />

associadas apenas a alterações em<br />

determinadas regiões codificantes<br />

do DNA. No entanto, essas regiões<br />

correspondem a apenas 1,5% de<br />

todo o genoma humano, sendo<br />

cerca de 98% constituído por<br />

sequências de DNA não codificante.<br />

Estudos mais recentes, voltados<br />

ao entendimento das regiões não<br />

codificantes, identificaram uma<br />

relação direta entre variantes de um<br />

elemento regulatório conhecido<br />

como enhancer e a progressão de<br />

diversas doenças em humanos,<br />

como o câncer.<br />

Regiões do genoma<br />

O genoma é composto por regiões<br />

codificantes e não codificantes. A<br />

fração codificante é composta por<br />

sequências de DNA que carregam<br />

Ilustração representativa de uma dobra no eixo da fita de DNA aproximando os ativadores ligados ao enhancer aos fatores de<br />

transcrição ligados à região promotora, regulando a transcrição de um gene B.<br />

a instrução para a síntese de<br />

proteínas responsáveis por funções<br />

específicas do organismo. As<br />

regiões codificantes do DNA foram<br />

protagonistas da maioria dos<br />

estudos sobre o material genético,<br />

por conter as informações genéticas<br />

responsáveis por características<br />

que são passadas pelas gerações.<br />

Por outro lado, embora as<br />

regiões não codificantes não<br />

sintetizem proteínas, elas são de<br />

extrema importância em funções<br />

regulatórias do DNA.<br />

Dentre os elementos mais<br />

conhecidos da fração não<br />

codificante estão os promotores,<br />

que são sequências curtas de DNA<br />

localizados a poucos nucleotídeos<br />

antes (upstream) dos genes.<br />

Uma das principais funções dos<br />

promotores é indicar ao RNA<br />

ribossomal onde se ligar para<br />

dar início a transcrição de um<br />

gene. Outro elemento que vem se<br />

destacando em estudos recentes<br />

sobre regulação gênica é conhecido<br />

como enhancer, ou autossomo.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 99


MEDICINA GENÔMICA<br />

O que é um enhancer?<br />

Enhancers são sequências curtas<br />

mais próximos para atuar em<br />

genes mais distantes. Neste<br />

sugerem que alterações<br />

genéticas em enhancers podem<br />

de nucleotídeos que podem<br />

caso, determinadas proteínas<br />

contribuir<br />

substancialmente<br />

estimular ou potencializar a<br />

podem causar modificações<br />

para progressões de certas<br />

transcrição de genes mesmo<br />

físicas no eixo da fita de DNA,<br />

doenças em humanos.<br />

Dessa<br />

estando localizado há milhares<br />

como uma dobra –looping–<br />

forma, simples alterações nas<br />

de nucleotídeos do promotor.<br />

(figura abaixo). As modificações<br />

sequencias desses elementos<br />

aproximam os elementos e<br />

podem, por exemplo, intensificar<br />

Esse elemento pode ter sua<br />

facilitam a interação entre os<br />

ainda mais o nível de transcrição<br />

funcionalidade restrita a células<br />

ativadores ligados aos enhancers<br />

de um gene-alvo, ou até<br />

ou tecidos específicos, condições<br />

e os fatores de transcrição<br />

mesmo desativar sua atividade<br />

fisiológicas, patológicas, ambientais,<br />

ligados à região promotora.<br />

reguladora totalmente.<br />

entre outros. Enhancers são elementos<br />

cis-reguladores e exercem sua função<br />

A influência de enhancer a<br />

A primeira doença associada a<br />

independente da orientação (3’-5’<br />

doenças<br />

atividade de um enhancer foi<br />

ou 5’-3’). Estes elementos muitas<br />

O Estudo de Associação<br />

identificada em 2005 na doença<br />

vezes contêm sítios conservados<br />

Genômica Ampla (Genome-<br />

de Hirschsprung, relacionada ao<br />

de reconhecimento que servem<br />

Wide Association Studies-<br />

intestino grosso. Desde então,<br />

como plataformas de ligação para<br />

GWAS) é uma análise em<br />

diversos estudos vêm sendo<br />

elementos regulatórios como RNA<br />

larga escala que identifica<br />

desenvolvidos para mapear e<br />

polimerase, fatores de transcrição<br />

polimorfismos<br />

simultâneos<br />

identificar enhancers no genoma<br />

(TFs) e co-ativadores.<br />

no genoma associados a<br />

e a relação com doenças em<br />

algum traço ou doença. Cerca<br />

humanos. Um exemplo recente<br />

Enhancers podem regular um<br />

de 80% das variantes são<br />

foi mostrado em um estudo de<br />

ou mais genes de uma mesma<br />

identificadas em regiões não<br />

2020 que associou a atividade<br />

molécula de DNA e são capazes<br />

codificantes.<br />

Recentemente,<br />

de super-enhancers ao câncer<br />

de contornar genes vizinhos<br />

diversos estudos realizados<br />

de próstata.<br />

0 100<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


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desregulada a um quadro infeccioso, seja este causado por bactérias, vírus, fungos ou<br />

protozoários. Ela se manifesta em diferentes estágios clínicos e é sempre um desafio para os<br />

médicos de praticamente todas as especialidades, devido à urgência no pronto atendimento e<br />

tratamento precoce. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial.<br />

O kit Multi SEPSE Chip da Mobius permite a identificação simultânea de 36 patógenos e 20<br />

marcadores de genes de resistência a antibióticos. Com isso, é possível realizar o tratamento<br />

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MEDICINA GENÔMICA<br />

O que é um super-enhancer?<br />

O super-enhancer (SE) é definido<br />

como um agrupamento de enhancers<br />

que se localizam próximos uns aos<br />

outros. Assim como um enhancer<br />

individual, fatores de transcrição<br />

específicos se ligam a esse agrupado<br />

para desencadear a interação entre<br />

enhancer e promotor de um gene<br />

através de aproximação. Em seguida,<br />

a maquinaria de transcrição basal é<br />

recrutada para iniciar a atividade de<br />

transcrição de determinado gene.<br />

Porém, diferentemente de um<br />

enhancer individual, um superenhancer<br />

apresenta uma maior<br />

quantidade de sítios de ligação<br />

que possibilitam abrigar fatores<br />

regulatórios em uma densidade<br />

média 10 vezes maior. Portanto, o<br />

nível de expressão gênica relacionado<br />

ao SE é significativamente mais<br />

potente do que o dos genes regulados<br />

por um enhancer individual, como<br />

representado na figura ao lado.<br />

Trabalhos recentes relacionaram a<br />

desregulação transcricional de vias<br />

oncogênicas, que desempenha um<br />

papel importante na gênese e no<br />

desenvolvimento do câncer, com<br />

a ação de super-enhancers. Os<br />

estudos identificaram variações<br />

genéticas nestes elementos<br />

que foram associadas a vários<br />

subtipos de câncer.<br />

As pesquisas demostraram que<br />

a super expressão de oncogenes<br />

pode ser mediada por:<br />

1. Alterações genéticas nas<br />

sequências dos super-enhancers<br />

2. Alterações genéticas que<br />

modificam a configuração 3D da<br />

cromatina, levando a ativação do<br />

oncogene através da ligação entre<br />

super-enhancer e promotor.<br />

Modelo de identificação de<br />

enhancer<br />

A identificação destes elementos<br />

através de técnicas mais comuns<br />

de sequenciamento pode ser<br />

desafiadora devido a forma de<br />

ação dos enhancers – em células,<br />

tecidos ou situações específicas,<br />

como citado anteriormente. Além<br />

disso, análises como GWAS muitas<br />

Ilustração da função e ativação de enhancer e super-enhancer. a) as imagens ilustram a diferença da densidade de fatores regulatórios<br />

entre um único enhancer e um super-enhancer. b) Interação entre fatores regulatórios de transcrição formando um complexo entre<br />

super-enhancer e a região promotora do gene, direcionando a transcrição do gene-alvo. (JIA, Q. et al. 2020)<br />

0 102<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


vezes não permitem estabelecer<br />

a influência de uma variante a<br />

uma determinada característica.<br />

Dessa forma, novos estudos visam<br />

associar diferentes ferramentas a<br />

fim de identificar e validar a relação<br />

entre regiões não codificantes e<br />

determinados genes.<br />

Em um trabalho recentemente<br />

publicado na revista Nature,<br />

Jesse M. Engreitz e colaboradores<br />

desenvolveram um modelo que<br />

permite, de forma razoavelmente<br />

precisa, identificar enhancers e<br />

seus genes-alvo em diferentes<br />

células e tecidos. O modelo<br />

utilizado no estudo foi nomeado<br />

de Activity-by-Contact (ABC), em<br />

No estudo realizado com 131 tipos<br />

de células e tecidos humanos,<br />

a equipe relacionou os mapas<br />

desenvolvidos com o modelo<br />

ABC para interpretar as funções<br />

de variantes identificadas no<br />

GWAS. O modelo ABC foi capaz<br />

de associar mais de 5.000 sinais<br />

obtidos pelo GWAS a 2.250 genes<br />

únicos, associados a 72 traços e<br />

doenças, incluindo câncer. Como<br />

resultado, a análise permitiu a<br />

identificação de 6 milhões de<br />

conexões entre enhancers e genes.<br />

O modelo foi validado através da<br />

técnica de CRISPR e representa<br />

uma importante ferramenta para<br />

mapear enhancers e sua ação em<br />

diferentes células e tecidos.<br />

Em conclusão, é evidente que<br />

identificar a relação entre<br />

enhancers e genes que determinam<br />

traços específicos. Esse é um passo<br />

promissor para o desenvolvimento<br />

de inibidores direcionados a<br />

estes elementos em terapias para<br />

diversas doenças.<br />

Referências:<br />

ANDERSSON, R., SANDELIN, A. Determinants of enhancer and<br />

promoter activities of regulatory elements. Nat Rev Genet.<br />

2020;21(2):71-87. doi:10.1038/s41576-019-0173-8<br />

CHEN, X., et al. Super-enhancer in prostate cancer:<br />

transcriptional disorders and therapeutic targets. NPJ precision<br />

oncology vol. 4,1 31. 2020, doi:10.1038/s41698-020-00137-0<br />

FULCO, C.P., et al. Activity-by-Contact model of enhancer<br />

specificity from thousands of CRISPR perturbations. bioRxiv<br />

529990 2019; doi: https://doi.org/10.1101/529990<br />

JIA, Q., et al. Oncogenic super-enhancer formation in<br />

tumorigenesis and its molecular mechanisms. Experimental &<br />

molecular medicine vol. 52,5 (2020): 713-723. doi:10.1038/<br />

s12276-020-0428-7<br />

NASSER, J. et al. Genome-wide enhancer maps link risk<br />

variants to disease genes. Nature. Online. 2021. doi: 10.1038/<br />

s41586-021-03446-x<br />

PENNACCHIO, Len A., et al. Enhancers: five essential questions.<br />

Nat Rev Genet. 2013;14(4):288-295. doi:10.1038/nrg3458<br />

THANDAPANI, P. Super-enhancers in cancer. Pharmacology<br />

& therapeutics vol. 199 2019; 129-138. doi:10.1016/j.<br />

pharmthera.2019.02.014<br />

MEDICINA GENÔMICA<br />

português Atividade por contato.<br />

Este modelo é baseado em duas<br />

principais informações:<br />

1. Frequência do contato entre<br />

um enhancer e o promotor de um<br />

FONTE:<br />

gene-alvo<br />

2. Nível de atividade deste enhancer.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 103


CITOMETRIA DE FLUXO<br />

VOCÊ SABE O QUE É CELL SORTING?<br />

Por: Helena Varela de Araújo, Rafaele Loureiro de Azevedo e Bruna Garcia Nogueira<br />

Na tradução literal, CELL vem do inglês<br />

célula, enquanto SORTING significa<br />

classificação. Assim, o termo cell<br />

sorting é utilizado para designar uma<br />

técnica refinada, capaz de selecionar<br />

células específicas, de forma mais<br />

pura possível, a partir de parâmetros<br />

pré-definidos pelo citometrista no<br />

equipamento.<br />

O equipamento de sorting, chamado<br />

de cell sorter, nada mais é do que<br />

um citômetro com essa capacidade<br />

refinada.<br />

A técnica consiste em adquirir uma<br />

amostra, geralmente heterogênea,<br />

contendo células de diferentes<br />

linhagens ou com características<br />

divergentes entre si. A partir da<br />

aquisição, como em um citômetro<br />

de fluxo convencional, o citometrista<br />

marcará as populações de interesse e,<br />

a partir desta marcação, informará ao<br />

equipamento que ele deverá coletar<br />

as células marcadas dentro de um<br />

tubo ou de uma placa. Vale dizer<br />

que, dependendo da configuração do<br />

equipamento, pode-se configurá-lo<br />

para separar mais de um tipo celular.<br />

Por exemplo, em uma amostra temos<br />

uma linhagem celular positiva para<br />

CD44 e outra negativa para o mesmo<br />

marcador. Utilizando o cell sorter, é<br />

possível selecionar somente as células<br />

CD44 positivas e direcioná-las para<br />

um tubo/placa secundário. Além<br />

disso, caso seja necessário, pode-se<br />

selecionar células CD44+ para um<br />

tubo e células CD44- para outro tubo<br />

ao mesmo tempo (Figura 1).<br />

Após a aquisição das células de<br />

interesse, pode-se prosseguir com<br />

cultivos celulares estéreis a partir<br />

de coleta em placas ou analisar de<br />

forma mais específica características<br />

celulares, agora de uma amostra<br />

homogênea contendo apenas as<br />

células de interesse.<br />

Figura 1 - Esquema representando sorting de uma amostra inicial com células CD44+ e CD44- SSC = parâmetro Side Scatter.<br />

0 104<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


Março: mês de alerta e conscientização do Mieloma Múltiplo<br />

A Binding Site Brasil apoia essa causa e alerta sobre a necessidade do uso adequado de exames como o<br />

Freelite® para o diagnóstico e monitoramento da doença.<br />

O College of American Pathologists (CAP) recomendou recentemente a Dosagem de Cadeias Leves<br />

Séricas Livres (sFLC) como fundamental para o diagnóstico preciso e precoce das Gamopatias Monoclonais.<br />

Inclua o Freelite® em sua rotina de diagnóstico. Quanto antes o Mieloma Múltiplo for descoberto, mais vidas<br />

podem ser salvas.<br />

Diretrizes do CAP<br />

A Dosagem de Cadeias Leves Séricas Livres (sFLC) e a eletroforese de proteínas no soro (SPEP) devem ser solicitadas<br />

conjuntamente para a detecção inicial da proteína M em todos os pacientes com suspeita de gamopatias monoclonais.<br />

Os laboratórios devem confirmar suspeitas de presença de uma proteína M detectadas no exame de eletroforese com um teste de<br />

imunofixação ou outro de sensibilidade semelhante.<br />

Dosagens de Cadeias Leves Séricas Livres que também apresentem anormalidades com relação à proteína M também devem<br />

ser acompanhadas de exames de imunofixação.<br />

Pacientes sob suspeita de amiloidose primária devem passar por exames de Dosagem de Cadeias Leves Séricas Livres,<br />

eletroforese e imunofixação.<br />

NÃO se deve solicitar Ensaio de Isotipo de Cadeia Pesada/Leve (HLC) para detecção inicial de proteína M em pacientes com suspeita<br />

de gamopatias monoclonais.<br />

NÃO se deve usar cadeias leves totais/intactas para a quantificação de proteínas M em pacientes com suspeita de mieloma.<br />

Em pacientes com proteínas M intactas fora da região gama pela eletroforese de proteínas, os laboratórios devem usar os testes para<br />

dosagem de imunoglobulina (IgA, IgG ou IgM) para a quantificação das proteínas M.<br />

Freelite ® é marca registrada da empresa The Binding Site Group, Birmingham, Reino Unido


CITOMETRIA DE FLUXO<br />

Os cell sorters possuem, além da<br />

capacidade analítica dos citômetros<br />

convencionais, uma configuração que<br />

permite a separação de populações<br />

celulares puras e homogêneas a<br />

partir de uma amostra heterogênea.<br />

Para isso, utilizam o método<br />

eletrostático para gerar vibração<br />

na célula de fluxo do equipamento.<br />

Dessa maneira, o fluido constante<br />

de amostra começa a formar gotas<br />

que contenham em seu interior uma<br />

única célula. Posteriormente, essas<br />

gotas receberão carga positiva ou<br />

negativa a depender de qual célula<br />

está presente nela. Ao passarem<br />

por placas de deflexão, essas gotas<br />

serão direcionadas para o tubo de<br />

coleta correspondente, conforme<br />

configuração prévia (Figura 2).<br />

Figura 2 - Princípio do cell sorter<br />

Autoras:<br />

Helena Varela de Araújo<br />

Biomédica graduada pela UFRN e pela University of Kent.<br />

Especialista em hematologia e citometria de fluxo pelo<br />

Hospital Albert Einstein. Tem MBA em Gestão de Saúde e<br />

diploma em Comunicação e Marketing. Assistente técnica<br />

do laboratório de citometria de fluxo do Whitehead<br />

Institute, MIT. Fundadora, administradora, criadora de<br />

conteúdo e professora do @HemoFlow.<br />

Rafaele Loureiro de Azevedo<br />

Bióloga graduada pela Universidade Estácio de Sá,<br />

CRBio/RJ 121828/02-D. Especialista em hematologia<br />

pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em<br />

Imunobiológicos por BioManguinhos/Fundação Oswaldo<br />

Cruz. Atualmente é analista de inovação e operações<br />

farmacêuticas da Fiocruz/RJ. Tem experiência em<br />

Controle de Qualidade, Citometria de Fluxo e expressão de<br />

anticorpos monoclonais in vitro. É criadora de conteúdo e<br />

professora do @HemoFlow.<br />

Bruna Garcia Nogueira<br />

Farmacêutica graduada pela UnB, CRF/SP 95286.<br />

Especialista em Hematologia pelo Hospital Albert<br />

Einstein, com aperfeiçoamento em Citometria de<br />

Fluxo pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Analista<br />

especializada em citometria de fluxo no Hospital<br />

Albert Einstein. Criadora de conteúdo e professora<br />

do @HemoFlow<br />

0 106<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


NÃO CONFORMIDADES NA<br />

COLETA DE SANGUE<br />

Por: Suzimara Tertuliano e Luciane Sarahyba<br />

1- Introdução<br />

COLETA DE SANGUE<br />

A coleta de sangue é uma parte<br />

essencial para a boa execução dos<br />

exames laboratoriais, auxiliando<br />

o diagnóstico clínico e condutas<br />

terapêuticas na assistência à saúde<br />

e como destaca a literatura científica<br />

esta etapa pré-analítica contribui para<br />

mais de 70% das decisões médicas.<br />

Um dos grandes desafios do<br />

laboratório clinico é minimizar o<br />

efeito das inúmeras variáveis que<br />

podem interferir no resultado<br />

do exame, as famigeradas Não<br />

Conformidades.<br />

A fase pré-analítica contempla<br />

a maioria dos processos não<br />

automatizados envolvendo atividades<br />

manuais, ações e atribuições que<br />

envolvem pessoas com diferentes<br />

formações profissionais, desde o<br />

médico solicitante, enfermeiros,<br />

técnicos e auxiliares de enfermagem,<br />

farmacêuticos, biomédicos, biólogos<br />

e técnicos de laboratórios até o<br />

paciente; em geral um leigo, com foco<br />

de interesse e grau de entendimento<br />

diferenciados.<br />

Dentro do processo laboratorial<br />

temos as fases pré-pré analítica, pré<br />

analítica, analitica e pós analítica<br />

que atuam em conjunto e estão<br />

interligadas tendo como objetivo final<br />

a satisfação do cliente atendido.<br />

Fases de atendimento do paciente<br />

APRIMORANDO DETALHES E CONTROLANDO A QUALIDADE, FOCANDO NO<br />

ATENDIMENTO E SEGURANÇA DO PACIENTE<br />

FASE “PRÉ PRÉ”<br />

ANALÍTICA<br />

Seleção do exame pelo médico<br />

FASE PRÉ<br />

ANALÍTICA<br />

Refere-se à coleta do material<br />

biológica<br />

FASE<br />

ANALÍTICA<br />

Refere-se a etapa de<br />

Execução do exame<br />

FASE PÓS<br />

ANALÍTICA<br />

Liberação de resultados<br />

Refere-se à seleção de<br />

exames laboratoriais pelo<br />

médico e aos<br />

procedimentos de coleta,<br />

coleta domiciliar e<br />

transporte das amostras<br />

biológicas , quando essas<br />

atividades não estão sob a<br />

responsabilidade do<br />

laboratório<br />

Inicia –se no atendimento<br />

ao cliente, recepção,<br />

orientação, cadastro<br />

coleta da amostra<br />

biológica,<br />

acondicionamento,<br />

transporte das amostras<br />

biológicas, até a entrada<br />

do material para a análise<br />

quando essas atividades<br />

estão sob a<br />

responsabilidade e gestão<br />

do laboratório<br />

.<br />

Biologia molecular ,<br />

bioquímica, gasometria,<br />

urinálise, coagulação,<br />

hematologia, citologia<br />

líquida, anatomia<br />

patológica, hematologia,<br />

hormônios, toxicologia,<br />

microbiologia,<br />

parasitologia, testes<br />

laboratoriais remotos:<br />

POCT/Testes Rápidos.<br />

Inicia-se na área<br />

laboratorial e envolve os<br />

processos de validação,<br />

geração do resultado<br />

analítico, liberação de<br />

laudos, armazenamento<br />

da amostras biológicas,<br />

com a satisfação do<br />

cliente.<br />

Para evitar Não Conformidades é necessário refletir sobre a importância dos cuidados em coleta laboratorial, garantindo<br />

a qualidade do material e consequentemente a confiabilidade do resultado do exame, explorando as estratégias para<br />

prevenção de erros durante a fase pré-analítica.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 107


COLETA DE SANGUE<br />

2. Procedimentos não<br />

padronizados<br />

Orientações para Coleta de<br />

Sangue<br />

A implantação do manual de orientações<br />

de boas práticas laboratoriais, como a<br />

padronização dos procedimentos,<br />

orientação do paciente antes da coleta<br />

contribuem para reduzir ou mesmo<br />

eliminar as fontes de erros.<br />

As orientações devem ser disponibilizadas<br />

por diversos canais de comunicações,<br />

em linguagem clara e acessível, de fácil<br />

entendimento ao cliente, descrevendo<br />

o preparo e coleta de materiais.<br />

3. Evitar Deslocamento<br />

Coleta – Atenção Domiciliar<br />

Conforme a RDC n. 302, de 13<br />

de outubro de 2005, todas as<br />

atividades de coleta, domiciliar, em<br />

empresas ou em unidades móveis<br />

devem estar vinculadas a um<br />

laboratório clínico e seguir todos os<br />

requisitos aplicáveis a este.<br />

A coleta vai até o paciente com<br />

profissionais capacitados, qualificados,<br />

seguindo as boas práticas<br />

e de acordo com os procedimentos<br />

definidos pelas Instituições e<br />

legislações mantendo a segurança,<br />

qualidade no atendimento como se<br />

estivesse em posto de coleta dentro<br />

do laboratório clínico.<br />

A coleta domiciliar fortalece a<br />

relação com o paciente, família e<br />

equipe do laboratório, beneficiando<br />

conforto, comodidade, atendimento<br />

sem salas de espera, privacidade,<br />

confiança, atenção individualizada,<br />

que anteriormente era destinada a<br />

pacientes com algum tipo de limitação:<br />

locomoção, restrições quanto ao<br />

convívio em lugares aglomerados (no<br />

caso de pacientes imunossuprimidos),<br />

pacientes acamados, idosos, recémnascidos,<br />

gestantes de alto risco,<br />

em casos de epidemia, pandemia<br />

ou qualquer outra necessidade e<br />

hoje estendido a toda a população<br />

atendendo às necessidades específicas<br />

de cada paciente.<br />

4. Não saber lidar com vários<br />

tipos de pacientes<br />

Estado Emocional<br />

De acordo com dados da Organização<br />

Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está<br />

no topo da lista de países com o maior<br />

percentual de pessoas com transtornos<br />

de ansiedade: 9,3% dos brasileiros<br />

sofrem desse problema de saúde<br />

mental, incluindo as fobias gerais.<br />

0 108<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


Este é o próximo<br />

grande acontecimento<br />

em hematologia.<br />

Apresentamos o CellaVision ® DC-1<br />

Um novo analisador CellaVision que processa uma lâmina por vez, permitindo laboratórios<br />

de pequeno porte implementarem as melhores práticas em morfologia digital para contagens<br />

diferenciais em sangue periférico. Mesmo compacto, apresenta o mesmo conjunto de vantagens<br />

na implementação operacional e clínica dos nossos analisadores maiores.<br />

Saiba mais em www.cellavision.com/its-here<br />

O CellaVision DC-1 não se encontra disponível em todos os mercados<br />

MM-128-08 2019-03-18


COLETA DE SANGUE<br />

Muitos pacientes apresentam<br />

Aicmofobia é uma fobia muito<br />

real que afeta cerca de 3,5 a<br />

10% da população do mundo.<br />

Consiste num medo irracional ou<br />

excessivo de agulhas, alfinetes ou<br />

injeções, também conhecida como<br />

aiquimofobia e belenofobia. Daí a<br />

importância da busca por informações<br />

e orientação profissional nos casos de<br />

transtorno de ansiedade é de extrema<br />

importância para garantir bem-estar,<br />

autonomia e independência a quem<br />

sofre desse transtorno.<br />

Podemos despertar sentimento de<br />

ansiedade, preocupação e medo no<br />

período de espera para o atendimento<br />

dos exames laboratoriais podendo<br />

refletir no resultado dos seus exames<br />

laboratoriais.<br />

Já a preocupação e o medo estimulam<br />

indivíduos a um maior risco de<br />

reação vasovagal (síncope), mas são<br />

atenuados pelo apoio emocional e<br />

psicológico<br />

Proporcionar um ambiente mais<br />

humanizado é uma das ações que<br />

pode ser adotada, proporcionando<br />

o tempo de espera menos tenso e<br />

mais agradável, como brinquedoteca,<br />

contador de história, apresentações<br />

musicais, sala decorada, vídeos, entre<br />

outros etc..<br />

5. Falta de Entendimento Mútuo<br />

Comunicação<br />

A comunicação é a essência no<br />

atendimento ao paciente, obtendo<br />

dados relevantes e pode mudar todo<br />

o sentido da experiência do paciente.<br />

Conversar com o paciente/familiar,<br />

o laboratório e o clínico, estabelece<br />

uma relação empática e de<br />

confiança, devendo ser utilizada<br />

como um instrumento para<br />

humanizar o cuidado e segurança. A<br />

comunicação vai além das palavras<br />

verbalizadas (escrita e falada) e<br />

devem ser interpretadas, permite<br />

aos profissionais reconhecerem os<br />

sentimentos dos pacientes durante<br />

o atendimento e traz informações<br />

importantes como o tempo de jejum,<br />

a dosagem/horário de medicação, o<br />

uso de drogas de abuso, tabagismo,<br />

uso de anticoagulante, intercorrência<br />

em coleta anterior, alergia ao látex.<br />

A forma de realizar a comunicação<br />

com cliente/paciente proporciona<br />

qualidade do atendimento e a<br />

experiência do paciente como<br />

atendimento cordial, olhar para o<br />

paciente, ouvi-lo, interação (explicar)<br />

acolher, transmitir a sua importância<br />

e que é único para a Instituição.<br />

Valorizar a comunicação demostra respeito<br />

pelo ser humano, compreendendo<br />

suas necessidades e valorizando seus<br />

direitos de cidadão, fazendo sentir seguro<br />

e confiante.<br />

Quando o paciente for responsável pela<br />

sua amostra, informações relevantes<br />

(p. ex., data da última menstruação, o<br />

tempo de jejum, uso de medicamentos<br />

prescritos ou não pelo médico –<br />

medicamentos fitoterápicos, formulas<br />

“para emagrecer”, etc.), auxiliam os<br />

profissionais do laboratório na análise<br />

dos exames em caso de alteração de<br />

resultados, agindo como potenciais<br />

indutores de erro e interferentes na<br />

conduta médica.<br />

6- Diversidade da Comunicação<br />

Banco de Idiomas<br />

A importância de utilizar a linguagem<br />

do paciente, a humanização neste<br />

momento pois existe fragilidade<br />

emocional a qual estão passando e<br />

sentem -se mais angustiados quando<br />

não conseguem entender a explicação<br />

pela equipe da Instituição. Se colocar<br />

no lugar do outro.<br />

Preparar e informar a equipe<br />

neste atendimento, com processo<br />

documentado, com um banco de<br />

dados constando fluência idiomática<br />

dos profissionais, para tornar possível<br />

a comunicação com pacientes e/<br />

0 110<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


ou acompanhantes não falantes da<br />

língua portuguesa, sem conhecimento<br />

do idioma local ou com deficiência<br />

auditiva para receber o atendimento,<br />

informação e orientações.<br />

7- Inacessibilidade<br />

Ninguém gosta de ir colher sangue,<br />

então, um ambiente humanizado que<br />

contribua para o bem-estar físico e<br />

emocional de todos que nele convivam<br />

deve ser considerado no projeto<br />

arquitetônico elaborado visando à<br />

segurança do usuário e considerando<br />

aspectos ambientais, conforto<br />

térmico, níveis de biossegurança,<br />

ergonomia e atividades desenvolvidas<br />

no local. A acessibilidade e a<br />

sinalização, motora, audiovisual e<br />

atendimento a transgêneros, sanitários<br />

de sua preferência, ou, simbologia da<br />

neutralidade de gênero, devem ser<br />

previstos.<br />

A Associação Brasileira de Normas<br />

Técnicas na norma ABNT NBR<br />

9050:20046, nos itens 4.2 e 4.3,<br />

enfatiza que deve haver acessibilidade<br />

para pessoas portadoras de deficiência<br />

a edificações, espaços e recomenda<br />

detalhes de projeto e de construção<br />

para atender as pessoas portadoras de<br />

deficiência as rampas de acesso para<br />

deficientes físicos são obrigatórias,<br />

segundo normas estabelecidas.<br />

O cumprimento do direito de uso do<br />

nome social, deve ser atendido pelo<br />

laboratório por meio de padronização<br />

de atendimento, onde dispõe sobre o<br />

uso do nome social e o reconhecimento<br />

da identidade de gênero de pessoas<br />

travestis e transexuais no âmbito<br />

da administração pública federal<br />

direta, autárquica e fundacional é<br />

estabelecido no Decreto n. 8727, de<br />

28 de abril de 2016 da Presidência da<br />

República – Casa Civil.<br />

8 - Não ter estrutura adequada.<br />

Conectividade<br />

A evolução e globalização dos avanços<br />

da tecnologia, ao atendimento<br />

aos pacientes estão em constante<br />

transformação tendo sempre o foco a<br />

base na ética e humanização na saúde.<br />

A conectividade proporciona diminuição<br />

do estresse individual, o que reduz ou<br />

até mesmo bloqueia os pensamentos<br />

desagradáveis, pois, o próprio estresse<br />

pela coleta da amostra pode resultar em<br />

valores alterados dos exames.<br />

O cliente deve ter disponível uma forma<br />

de utilizar o seu tempo realizando<br />

outra atividade enquanto espera o<br />

atendimento, através de acesso à internet<br />

através de rede sem fio oferecendo wi- fi<br />

gratuito e espaços para recarregarem os<br />

seus smartphones.<br />

As instruções de como o cliente pode<br />

conectar-se à rede devem ser claras e<br />

estar visíveis.<br />

COLETA DE SANGUE<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 111


COLETA DE SANGUE<br />

9- Falha na Transcrição dos<br />

Pedidos Médicos<br />

Cadastro dos Exames<br />

“Deve ser realizado seguindo protocolos<br />

definidos para a transcrição do pedido<br />

médico, garantindo a segurança e a<br />

rastreabilidade do processo, utilizando<br />

software informatizado sempre que<br />

possível. Na padronização dos sistemas<br />

informatizados e dos parâmetros<br />

analíticos, devem constar, para<br />

transgêneros, ambos os nomes, social<br />

e de registro civil, utilizando a partir<br />

desse ponto, somente o nome social.”<br />

10- Identificação incorreta das<br />

amostras<br />

Identificação e Confirmação<br />

A identificação adequada do<br />

paciente começa no processo de<br />

registro e também as solicitações<br />

de coleta domiciliares e ser inserida<br />

corretamente no banco de dados.<br />

Seguir o PROTOCOLO DE IDENTIFICAÇÃO<br />

DO PACIENTE do Programa Nacional<br />

de Segurança do Paciente, utilizando<br />

dois identificadores para o paciente<br />

(conforme definido pela Instituição),<br />

no intuito de prevenir e reduzir a<br />

incidência de eventos adversos e<br />

melhorar a qualidade da prestação do<br />

cuidado nos serviços de saúde.<br />

A coleta de sangue deve garantir que o<br />

material pertence ao indivíduo que está<br />

recebendo o atendimento, evitando<br />

não conformidades como a liberação<br />

de resultado não condizente com a<br />

clínica do paciente comprometendo<br />

sua saúde e conduta médica, bem<br />

como evento adverso.<br />

Autoras:<br />

FONTE: Suzimara & Sarahyba<br />

Consultoria em Análises Clínicas, Implantação e Validação<br />

de Testes Diagnósticos e Processos, Qualidade e Acreditação,<br />

Gestão de Risco, Gestão Ambiental e Segurança<br />

Ocupacional, Soluções de Tecnologia, Treinamento e<br />

Educação Continuada. Desde 2012 a S&S contribui gerando<br />

valores em saúde através de suas atividades.<br />

Saiba mais em: suzimaraesarahyba.com.br/<br />

Referência Bibliográfica<br />

Suzimara A. Oliveira; SARAHYBA, L. C. . Ações para evitar<br />

erros na coleta de sangue. In: Nairo Massakazu Sumita.<br />

(Org.). Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia<br />

Clínica/ Medicina Laboratorial (SBPC/ML) Boas práticas em<br />

laboratório clínico. 1ªed.Barueri ? SP ? Brasil: Editora Manole<br />

Ltda, 2020, v. 1º, p. 1-594.<br />

Oliveira SAVT, Silva LCS, Valor do pré-analítico para amostras de<br />

sangue. São Paulo: Sarvier; 2015.<br />

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa Nacional de Segurança do Paciente:<br />

Protocolo de identificação do paciente. 2013. Disponível em: https://<br />

www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/<br />

item/identificacao-do-paciente<br />

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA E MEDICINA<br />

LABORATORIAL. Posicionamento Conjunto Medicina Diagnóstica<br />

Inclusiva: cuidando de pacientes transgênero. Disponível em:<br />

http://www.bibliotecasbpc.org.br/index.php?P=4&C=0.2<br />

Acesso em 13 abril 2020.<br />

Sumita NM. Dr. Nairo Sumita fala sobre ações para minimizar erros<br />

na fase pré-analítica no laboratório. Labnetwork. 30 abr 2017;<br />

Análises Clínicas. Disponível em: https://www.labnetwork.com.<br />

br/noticias/dr-nairo-sumita-fala-sobre-acoes-para-minimizarerros-na-fase-pre-analitica-do-processo-laboratorial/<br />

Suzimara Aparecida Vicente Tertuliano de Oliveira<br />

Enfermeira. Habilitação Médico-Cirúrgico e Licenciatura pela UNIARARAS. Sócia<br />

fundadora da Empresa Suzimara & Sarahyba Consultoria e Treinamento Ltda.<br />

Consultora para projetos em Patologia Clínica, Gestão Laboratorial e Gestão da<br />

Qualidade. Atuou como Gestora e Coordenadora de Enfermagem da Divisão<br />

de Laboratório Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da<br />

Universidade de São Paulo (DLC-HCFMUSP) e do Laboratório do Instituto do<br />

Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Co- Fundadora da coleta ambulatorial no<br />

Laboratório do Insituto do Cancer do Estado de São Paulo (ICESP). Auditora Interna<br />

em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001: 2015, ISO 14001: 2015, OHSAS<br />

18001:2007, Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos da Sociedade<br />

Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (PALC-SBPC/ML) e Programa<br />

de Acreditação do College of American Pathologists (CAP).<br />

Luciane de Carvalho Sarahyba da Silva<br />

Biomédica. Graduada pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Sócia Fundadora<br />

da Empresa Suzimara & Sarahyba Consultoria e Treinamento Ltda. Co-fundadora<br />

da Seção de Biologia Molecular da Divisão de Laboratório Central do Hospital das<br />

Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (DLC-HCFMUSP).<br />

Especialista em gestão e coordenação em processos de biologia molecular e<br />

administração laboratorial. MBA em Gestão em Saúde pela Fundação Getúlio<br />

Vargas (FGV). Pós-graduação lato senso em Patologia Clínica pela Universidade<br />

de São Paulo (USP). Pós-graduação lato senso em Administração Hospitalar pela<br />

EAESP-FGV. Membro do Comitê da Qualidade da Sociedade Brasileira de Patologia<br />

Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML). Auditora pelo Programa de Acreditação<br />

do Colégio Americano de Patologistas (CAP) em Biologia Molecular, auditora nos<br />

Sistemas de Gestão da Qualidade: Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos<br />

da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (PALC-SBPC/ML),<br />

ISO 9001:2015, ISO 14001:2015, OHSAS 18001:2007.<br />

0 112<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


ADQUIRA SISTEMAS<br />

INTELIGENTES: CONHEÇA<br />

A LINHA XL ERBA MANNHEIM<br />

A linha ERBA XL foi desenvolvida para a utilização de<br />

reagentes em frascos dedicados. Respaldada pela<br />

experiência de suas operações globais, a Erba Brasil<br />

oferecerá aos laboratórios uma experiência<br />

diferenciada, em que os custo do teste não sofrerá<br />

variações decorrentes de desperdícios, manipulações<br />

ou produtividade. Os laboratórios passarão a ter<br />

acesso ao real valor do investimento sem quaisquer<br />

surpresas e dificilmente desejarão retornar à um<br />

sistema menos eficiente, complexo e dispendioso.<br />

CONHEÇA ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DE<br />

CADA EQUIPAMENTO:<br />

XL 180<br />

• Solução ideal para pequenos e médios<br />

laboratórios;<br />

• Sistema completo fornece flexibilidade para<br />

programar inúmeros protocolos;<br />

• Ciclo Completo de 180 testes fotométricos/h<br />

e 360 testes/h com ISE (opcional).<br />

XL 200<br />

• Solução ideal para pequenos e médios laboratórios;<br />

• 200 testes fotométricos/h 360 testes/h com ISE;<br />

• Analisador de Bioquímica Automatizado - sistema<br />

de acesso randômico, processamento de amostras<br />

de urgência (modo STAT).<br />

XL 640<br />

• 400 testes fotométricos/h 640 testes/h com ISE;<br />

• Até 45 testes fotométricos + 4 ISE;<br />

• 96 testes fotométricos, 40 testes calculados e 4<br />

parâmetros ISE.<br />

XL 1000<br />

• Solução confiável e eficiente para laboratórios de<br />

médio e grande porte;<br />

• Analisador de Bioquímica Automatizado - sistema<br />

de acesso randômico, processamento de amostras<br />

de urgência (modo STAT), 3 sistemas de reagentes;<br />

• 800 testes fotométricos/h 1040 testes/h com ISE.<br />

POR QUE ESCOLHER ERBA MANNHEIM?<br />

Os equipamentos da linha de Bioquímica possuem<br />

agilidade. Esse sistema garante também a redução da<br />

probabilidade de erro no manuseio, com maior<br />

assertividade da manipulação do reagente, e menor<br />

risco biológico para o manipulador, uma vez que os<br />

frascos vão da caixa diretamente para a máquina.<br />

LEVE TECNOLOGIA DE PONTA AO SEU LABORATÓRIO. MUDE COM A ERBA!<br />

Fale com a nossa equipe e saiba como levar o melhor da tecnologia ao seu laboratório!<br />

TELEFONE/WHATSAPP<br />

0800 878 2391<br />

EMAIL<br />

atendimento@erbamannheim.com<br />

HORÁRIO DE ATENDIMENTO<br />

Segunda à sexta-feira das 08:00 às 18:00h (horário de Brasília)<br />

Sábado de 08:00 às 13:00h (horário de Brasília) – apenas por<br />

telefone para atendimento a chamados de Suporte Técnico e<br />

Assessoria Científica.


DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

COMO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL<br />

ESTÁ REVOLUCIONANDO O DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

Por: Cesar Higa Nomura e Giovanni Guido Cerri<br />

A história da radiologia teve início<br />

em 1895, com a descoberta do<br />

raio X pelo físico alemão Wilhelm<br />

Roentgen. Por permitir a visão do<br />

interior dos pacientes, a invenção<br />

revolucionou a medicina à época.<br />

Ainda que a técnica, em sua essência,<br />

seja aplicada nos dias de hoje, a<br />

radiologia ganhou novos aparatos<br />

tecnológicos desde então – como<br />

a ultrassonografia, a densitometria<br />

óssea, a ressonância magnética e<br />

tomografia computadorizada, só para<br />

citar alguns exemplos. Atualmente,<br />

uma das fronteiras que se mostram<br />

mais promissoras no diagnóstico por<br />

imagem é a aplicação da Inteligência<br />

Artificial (IA) na prática diária.<br />

Ao contrário do que costuma ser<br />

repetido pelo senso comum, a IA não<br />

se propõe a substituir profissionais<br />

humanos – especialmente em áreas<br />

sensíveis como a saúde, que lidam<br />

diretamente com a vida das pessoas.<br />

Pelo contrário, ela auxilia o trabalho<br />

desses profissionais, permitindo<br />

agrupar e analisar enormes volumes<br />

de dados, o que seria inviável para<br />

o olhar de uma pessoa ou de uma<br />

equipe médica.<br />

No caso da medicina diagnóstica,<br />

isso significa que os programas de<br />

inteligência artificial podem ser<br />

alimentados com dezenas ou centenas<br />

de milhares de imagens de exames de<br />

pacientes com características diversas,<br />

oriundos de diferentes partes do país ou<br />

do mundo. A partir dessa constelação<br />

de informações, a IA consegue aprender<br />

a identificar padrões característicos de<br />

determinadas enfermidades, auxiliando<br />

num diagnóstico mais preciso.<br />

Isso é uma verdadeira revolução para<br />

o campo da radiologia, pois garante<br />

mais agilidade e precisão ao trabalho<br />

dos profissionais dessa área. E embora<br />

o conceito de “inteligência artificial”<br />

ainda pareça um tanto atrelado ao<br />

universo da ficção científica, suas<br />

aplicações práticas já são bastante<br />

reais e vem sendo utilizadas há mais<br />

de uma década. Mas nos últimos<br />

anos que ela tem assumido um<br />

protagonismo maior – inclusive no<br />

combate à pandemia.<br />

A plataforma RadVid-19, desenvolvida<br />

pelo Instituto de Radiologia da<br />

Universidade de São Paulo (InRad-USP)<br />

e pelo InovaHC, hub de healthtechs<br />

do Hospital das Clínicas da Faculdade<br />

de Medicina da USP, é exemplo disso.<br />

Com o apoio da IA, ao longo do período<br />

0 114<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


mais crítico da pandemia, a plataforma<br />

auxiliou no diagnóstico de Covid-19<br />

e ajudou a selecionar os casos graves<br />

da doença, ao medir o percentual de<br />

pulmão acometido pela doença.<br />

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

O sistema, aberto aos profissionais de<br />

saúde de todo o país, analisou imagens<br />

de tomografias computadorizadas,<br />

indicando a probabilidade de aquele<br />

paciente estar com uma infecção<br />

provocada pelo coronavírus, assim<br />

como o acometimento do pulmão.<br />

Isso foi possível uma vez que a<br />

inteligência artificial do RadVid-19<br />

foi alimentada com cerca de 25<br />

mil de exames enviados a partir de<br />

mais de 50 hospitais de diferentes<br />

regiões do Brasil em apenas nove<br />

meses – à medida em que os<br />

acessos à plataforma cresciam, era<br />

possível refinar o sistema. Com isso,<br />

a IA pode aprender, por meio de seus<br />

algoritmos, quais padrões presentes<br />

nos exames de tomografia eram<br />

típicos da Covid-19.<br />

possibilidade inédita de construirmos<br />

uma compreensão mais global dos<br />

padrões de diversas doenças.<br />

Mas a eficácia da IA para lidar com<br />

gigantescos volumes de dados,<br />

indecifráveis por uma equipe humana,<br />

está para além da medicina diagnóstica.<br />

Ela tem aplicações promissoras para a<br />

saúde preventiva, por exemplo, ou para<br />

o planejamento de políticas públicas.<br />

Esse tipo de recurso chega com força<br />

também à gestão das instituições<br />

hospitalares, ajudando a identificar<br />

Autores:<br />

falhas recorrentes em procedimentos<br />

e em setores que precisam de mais ou<br />

menos recursos e assim por diante.<br />

São mostras de que, quase sempre, a<br />

evolução da tecnologia e da medicina<br />

formam trilhas sobrepostas e<br />

benéficas a toda a sociedade. O cenário<br />

que se desenha com a incorporação<br />

da inteligência artificial para o<br />

profissional da saúde, portanto, não é<br />

de substituição mera e simples, mas<br />

de muitos ganhos de produtividade,<br />

qualidade e segurança.<br />

No futuro, poderemos agrupar e<br />

processar quase instantaneamente<br />

os dados de milhões de pacientes,<br />

não apenas de Covid-19, em busca<br />

de padrões – algo impensável<br />

até pouco tempo atrás. Isso abre a<br />

Cesar Higa Nomura<br />

Diretor do Departamento de Radiologia do<br />

Instituto do Coração do Hospital das Clinicas da<br />

Faculdade de Medicina da Universidade de São<br />

Paulo (HC-FMUSP).<br />

Giovanni Guido Cerri<br />

Presidente do Conselho do Instituto de Radiologia<br />

(InRad) e presidente do Conselho de Inovação<br />

(InovaHC), ambos do Hospital das Clínicas da<br />

Faculdade de Medicina da USP, e vice-presidente do<br />

Instituto Coalizão Saúde (ICOS).<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 115


LADY NEWS<br />

ESTRATÉGIAS DE FIDELIZAÇÃO<br />

DE CLIENTES NO LABORATÓRIO<br />

Por: Bruna Carlos<br />

A população brasileira chegou a<br />

213,3 milhões de habitantes e,<br />

segundo o IBGE, temos cerca de 16<br />

mil laboratórios clínicos particulares<br />

para atender essas pessoas em todo<br />

país, paralelo a isso, o CFM (Conselho<br />

Federal de Medicina) contabilizou um<br />

total 502.475 profissionais médicos<br />

com registro ativo no ano de 2020.<br />

E os números não param de crescer,<br />

com isso, ainda há muitos clientes<br />

para serem fidelizados por empresas<br />

de SADT (Serviço de Apoio ao<br />

Diagnóstico e Tratamento).<br />

Uma empresa de saúde tem por<br />

objetivo maior, salvar vidas. E o<br />

laboratório entra nesse cenário como<br />

peça fundamental para o apoio<br />

ao diagnóstico e tratamento do<br />

paciente. Partindo desse fundamento,<br />

é importante saber que existem<br />

dois tipos de clientes para o serviço<br />

prestado pelos analistas clínicos, são<br />

eles o cliente solicitante e o cliente<br />

final e é com eles que o laboratório<br />

precisa construir um relacionamento.<br />

Quando estruturei o curso<br />

“ESTRATÉGIAS PARA FIDELIZAÇÃO<br />

DE CLIENTES NO LABORATÓRIO”<br />

promovido pela OFAC Brasil, o<br />

principal objetivo era fazer o aluno,<br />

gestor ou proprietário de empresa<br />

de diagnóstico, identificar a<br />

necessidade de trabalhar estratégias<br />

de relacionamento com esses dois<br />

perfis de cliente, atendendo suas<br />

necessidades usando como base o<br />

marketing digital para ficar mais<br />

próximo do cliente final e estratégias<br />

de visitação médica para se aproximar<br />

do cliente solicitante. Diante da<br />

dificuldade em encontrar referências<br />

bibliográficas específicas para<br />

marketing de relacionamento entre<br />

laboratórios clínicos e seus clientes,<br />

o escopo do curso foi montado<br />

justamente com a intensão de<br />

preencher essas lacunas, promovendo<br />

estratégias específicas para captação<br />

e encantamento dos dois perfis<br />

de cliente e também possibilitar<br />

momentos para network entre os<br />

alunos.<br />

Uma das maiores questões levantadas<br />

por profissionais da medicina<br />

diagnóstica é a ausência de conteúdos<br />

exclusivos para auxiliar na gestão<br />

de Laboratórios Clínicos. Enquanto<br />

temos muito conteúdo para gestão<br />

hospitalar e de clínicas médicas,<br />

sentimos a escassez de cursos<br />

específicos para gestão laboratorial.<br />

Quando encontramos algo mais<br />

específico, normalmente é sobre<br />

gestão financeira, gestão da qualidade<br />

ou sobre técnicas e metodologias<br />

diferentes para realizar o mesmo tipo<br />

de exame, mas pouco se fala sobre<br />

como conquistar o cliente e como<br />

preparar a sua equipe para atendê-lo<br />

de forma personalizada. Diante disso,<br />

essa foi a força motriz que conduziu o<br />

curso, traçando uma jornada do cliente<br />

desde a sua captação, passando pela<br />

fase do encantamento e finalmente<br />

apresentando estratégias para que ele<br />

pudesse retornar fielmente à empresa<br />

para receber o serviço de diagnóstico<br />

e apoio ao tratamento.<br />

Durante os três dias de aula a palavra<br />

de ordem foi inovação, sempre com<br />

foco em pessoas, pois diferente da<br />

tecnologia que podemos obter por<br />

máquinas, a inovação só é possível a<br />

partir de gente. Através de um feedback<br />

o Dr. Henrique Bruno, proprietário do<br />

Laboratório Analyses, reportou que<br />

um dos assuntos que mais chamou<br />

a sua atenção, positivamente, foi a<br />

estratégia de enxergar a recepção<br />

como setor comercial do laboratório,<br />

promovendo mais autonomia no<br />

momento de negociar com o cliente<br />

0 116<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


LADY NEWS<br />

final e realizando programa de<br />

comissionamento mediantes os seus<br />

atendimentos. Usamos o exemplo de<br />

um cliente final, beneficiário de um<br />

convênio que chega com vinte exames<br />

para realizar e um dos procedimentos<br />

não está negociado entre as<br />

empresas, para evitar uma glosa o<br />

ideal é não realizar aquele exame pelo<br />

convênio, mas dar a negativa pode<br />

fazer com que o laboratório perca<br />

a oportunidade de realizar outros<br />

dezenove exames e ainda perder o<br />

cliente para a concorrência. A partir<br />

desse exemplo trouxemos insights de<br />

como dar mais autonomia para setor<br />

da recepção e enxerga-la não só como<br />

setor assistencial, mas também como<br />

setor comercial para resolver essas e<br />

outras possíveis questões que possam<br />

surgir no dia a dia do laboratório.<br />

Uma das formas de corroborar com as<br />

estratégias de inovação apresentadas<br />

durante o curso foi através de CASES<br />

DE SUCESSO, ou seja, cada dia do curso<br />

trouxemos um gestor ou empresário<br />

do ramo de diagnóstico que fizeram<br />

o faturamento de suas empresas<br />

aumentarem através de inovação e<br />

marketing de relacionamento para<br />

compartilhar suas experiências<br />

com os outros participantes. Uma<br />

das convidadas foi a Dra. Valéria<br />

Luvison, proprietária do Laboratório<br />

IMLAB, “A contribuição que demos<br />

aos participantes sobre o nosso 'Case<br />

de Sucesso', acredito que tenha sido<br />

a motivação para acreditar que é<br />

possível, que ainda tem muita coisa<br />

que os Laboratórios podem fazer para<br />

inovar e se diferenciar no mercado,<br />

que somos peça fundamental nessa<br />

engrenagem chamada saúde!<br />

Precisamos estudar, buscar novas<br />

oportunidades e nos reinventar, pensar<br />

fora da caixa e explorar novos nichos. A<br />

inovação deve ser uma constante, isso<br />

faz parte do pensando das empresas<br />

de sucesso.” Ela ainda finaliza esse<br />

momento trazendo sua visão como<br />

participante do curso: “Eu aprendi<br />

muito no curso, pois foi a primeira vez<br />

que ouvi uma profissional do nosso<br />

segmento falando sobre esse assunto.<br />

Tudo o que eu tinha aprendido sobre<br />

gestão até então, tinha sido de outras<br />

fontes, onde todos os gestores buscam<br />

cursos em geral, mas quando é algo<br />

voltado especificamente para nossa<br />

área, é muito mais enriquecedor.”<br />

O impacto do curso foi bastante<br />

positivo entre os participantes, além<br />

de trocas de experiência. Esse tem<br />

sido o maior objetivo da OFAC Brasil<br />

através do OFACLASS, promover um<br />

conhecimento específico para os<br />

gestores e proprietários de laboratório,<br />

a fim de provocar melhorias em seus<br />

negócios. Através de um feedback<br />

emocionante, a Dra. Maritônia<br />

Carvalho Leão, CEO do Laboratório<br />

Biocentro, disse: “Sou empresária,<br />

proprietária de um laboratório de<br />

análises clínicas no interior de Goiás e<br />

senti a necessidade de conhecer outras<br />

realidades de outros laboratórios a nível<br />

nacional. Somente em congressos, os<br />

profissionais ficam muito alheios ao dia<br />

a dia da empresa, ou seja, as inovações<br />

e mudanças. A OFAC veio de encontro<br />

com minha necessidade. Sobretudo<br />

porque a Marbenha e toda a equipe<br />

tem desenvolvido continuamente um<br />

trabalho inovador onde os profissionais<br />

da área trocam conhecimentos,<br />

experiências e conteúdos de valor.<br />

Sempre nos são apresentados<br />

profissionais de diferentes áreas técnicas<br />

que através de lives ou cursos nos dão<br />

a oportunidade de aprimorar nossos<br />

conhecimentos. Estes provocaram<br />

verdadeiras transformações na<br />

implantação de novas ações e medidas<br />

em minha empresa. Achei sensacional<br />

a ideia da OFACLASS. Sou participante<br />

assídua e são ótimos os cursos. Tenho<br />

tido excelentes resultados com os<br />

cursos.” Sobre o curso de ESTRATÉGIAS<br />

PARA FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES NO<br />

LABORATÓRIO ela acrescentou: “Foi<br />

apresentado ideias inovadoras que<br />

todos ali ficaram empolgados para<br />

implantá-las".<br />

0 118<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


As sugestões e ideias para fidelizar<br />

clientes desde a sua captação<br />

e continuando durante o seu<br />

atendimento, foram a linha de<br />

partida para um posicionamento<br />

de marketing mais agressivo e<br />

estratégico, pois, mesmo o gestor<br />

que continua exercendo o papel<br />

de analista clínico, entendeu que<br />

precisa se dedicar ao relacionamento<br />

mais próximo com os seus dois<br />

perfis de cliente, garantindo assim a<br />

sustentabilidade de sua empresa.<br />

Além dos encontros online,<br />

também foi disponibilizado<br />

um E-book para os alunos<br />

contemplando todos os assuntos<br />

abordados e descrevendo também<br />

um passo a passo de como realizar<br />

uma visita médica mais eficiente,<br />

estreitando o relacionamento com<br />

o cliente solicitante, encontrando<br />

nele um parceiro do laboratório<br />

ao encaminhar clientes finais para<br />

obter um diagnóstico preciso e<br />

com qualidade.<br />

“Fidelizar clientes é a melhor<br />

maneira de continuar de pé em<br />

tempos de crise, e sabendo disso,<br />

é imprescindível mostrar ao cliente<br />

que ele é especial e que todos têm<br />

um tratamento humanizado dentro<br />

do laboratório. Devemos conversar<br />

bem com nosso cliente, para que<br />

ele converse bem sobre nossa<br />

marca, afinal de contas, a melhor<br />

propaganda é feita por clientes<br />

satisfeitos.” Disse o Dr. Helton<br />

Gonçalves, CEO do Laboratório<br />

Biocenter no interior de Minas<br />

Gerais, em um feedback onde<br />

resume a essência desse momento<br />

de troca e aprendizado mútuo.<br />

Como consequência de tantas<br />

informações que recebemos por<br />

meio de redes sociais, internet,<br />

televisão e emissoras de rádio, saber<br />

conquistar e cativar o público é<br />

definitivamente o maior desafio de<br />

qualquer negócio. E o objetivo do<br />

curso foi mostrar maneiras de fazer<br />

isso de forma efetiva.<br />

Mostramos que entre o que uma<br />

empresa fala e faz, não pode haver<br />

incoerência, é a concordância de suas<br />

ações que irá fidelizar seus clientes.<br />

Pois o comportamento do cliente está<br />

em constante evolução, o seu grau<br />

de exigência está cada vez maior, e<br />

tudo isso interfere diretamente em<br />

sua satisfação ao receber um serviço<br />

de uma empresa de saúde. Então, o<br />

que fazer diante de tantas exigências,<br />

mudanças e possíveis insatisfações?<br />

A resposta que apresentamos foi:<br />

CONSTRUA UM RELACIONAMENTO<br />

COM O SEU CLIENTE.<br />

Através dessa construção e das estratégias<br />

para fidelização do cliente no laboratório<br />

devidamente aplicado, os frutos das<br />

ações realizadas a partir do curso serão<br />

a retenção e fidelização de clientes,<br />

gerando um aumento no número de<br />

atendimentos e consequentemente um<br />

faturamento mais satisfatório. Afinal<br />

esse é o maior interesse do empresário<br />

proprietário de Laboratório.<br />

Autora:<br />

Bruna Carlos<br />

Biomédica - Consultora de Implantação e Processos de Laboratório Clínicos.


ANÁLISES CLÍNICAS<br />

TUDO O QUE O BIOMÉDICO<br />

PRECISA SABER SOBRE A FERRITINA<br />

Por: Brunno Câmara.<br />

A Ferritina é uma proteína intracelular<br />

que armazena e libera o ferro de<br />

maneira controlada.<br />

Ela está presente na maioria dos<br />

organismos vivos, incluindo algas,<br />

plantas, bactérias e animais.<br />

Estrutura da Ferritina<br />

A ferritina é uma proteína globular<br />

(esférica/estrutura terciária). Seus<br />

aminoácidos hidrofóbicos localizamse<br />

na parte interna, enquanto que<br />

os hidrofílicos ficam na parte externa<br />

da proteína. Por causa disso, ela é<br />

hidrossolúvel.<br />

Com 474 kDa, a ferritina é composta<br />

por cadeias leves e pesadas,<br />

totalizando 24 subunidades.<br />

Para não esquecer e não confundir:<br />

Ferritina = apoferritina + ferro férrico<br />

Fe2+ = Ferro ferroso<br />

Fe3+ = Ferro férrico<br />

A cadeia pesada da ferritina é uma<br />

enzima ferroxidase, ou seja, catalisa a<br />

oxidação de Fe2+ em Fe3+.<br />

Dentro da ferritina, os íons de ferro<br />

formam cristalitos ("grãos"), que são<br />

cristais microscópicos, juntamente<br />

com íons de fosfato e hidróxido.<br />

Funções da Ferritina<br />

Armazenamento de Ferro<br />

O armazenamento de ferro é a<br />

principal função da ferritina, que<br />

ocorre de maneira não tóxica.<br />

O ferro livre é tóxico para as células,<br />

A cadeia leve da ferritina atua como a<br />

reserva de ferro e remove o excesso de<br />

ferro do corpo.<br />

Cada complexo de ferritina pode<br />

armazenar cerca de 4500 íons de<br />

ferro férrico (Fe3+).<br />

visto que atua na formação de<br />

radicais livres a partir de espécies<br />

reativas de oxigênio.<br />

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ANÁLISES CLÍNICAS<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

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ANÁLISES CLÍNICAS<br />

A apoferritina liga-se aos íons de<br />

ferro ferroso, armazenando-os no<br />

estado férrico.<br />

Em condições basais, os níveis de<br />

ferritina sérica correlaciona-se com os<br />

estoques de ferro corporal.<br />

Proteína de fase aguda<br />

A ferritina também atua como uma<br />

proteína de fase aguda positiva, ou<br />

seja, seus níveis se elevam em quadros<br />

inflamatórios e infecciosos agudos.<br />

Nesse caso, a função da ferritina é<br />

sequestrar os íons de ferro para impedir<br />

que micro-organismos utilizem-no.<br />

Em infecções e malignidades, a<br />

concentração de ferritina se eleva<br />

para reduzir a quantidade de<br />

ferro livre disponível para células<br />

tumorais ou patógenos.<br />

Curiosidade: alguns microorganismos,<br />

como a Pseudomonas,<br />

produzem um fator de virulência<br />

chamado sideróforo, composto que<br />

quela o ferro facilitando sua importação<br />

para o interior do micro-organismo.<br />

Como consequência, os níveis de<br />

ferritina diminuem drasticamente.<br />

Aspectos laboratoriais<br />

A dosagem de ferritina sérica é um<br />

importante exame para avaliar os<br />

estoques de ferro do organismo.<br />

Porém, é preciso ter cautela na<br />

interpretação de forma isolada, pois sua<br />

concentração pode estar aumentada<br />

por causa de uma reação inflamatória<br />

e não por excesso de ferro.<br />

Esse aumento pode mascarar uma<br />

possível deficiência de ferro. Por isso,<br />

é necessário avaliar seus resultados<br />

com outros testes como a dosagem<br />

de ferro sérico, transferrina e índice de<br />

saturação da transferrina (IST).<br />

Os níveis de ferritina sérica variam de<br />

acordo com a idade e sexo do indivíduo.<br />

Em adultos (quimioluminescência/<br />

Hermes Pardini):<br />

• Sexo feminino: 10 - 254 ng/mL;<br />

• Sexo masculino: 22 - 280 ng/mL.<br />

0 122<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


Interpretação<br />

Outras causas podem ser:<br />

inflamatório. Avalie junto com a<br />

ANÁLISES CLÍNICAS<br />

hipotireoidismo, deficiência de<br />

dosagem de Proteína C reativa.<br />

Hipoferritinemia (ferritina sérica<br />

vitamina C e doença celíaca.<br />

diminuída)<br />

Níveis de ferritina sérica diminuídos<br />

indicam, na maior parte dos casos,<br />

uma deficiência de ferro.<br />

Hiperferritinemia (ferritina sérica<br />

amentada)<br />

As duas principais causas de aumento<br />

A sobrecarga de ferro<br />

(hemocromatose) é caracterizada<br />

pelo acúmulo de ferro no organismo.<br />

As duas causas mais importantes<br />

Essa deficiência de ferro pode ser<br />

acompanhada ou não de anemia.<br />

nos níveis de ferritina sérica são:<br />

processo inflamatório agudo e<br />

sobrecarga de ferro.<br />

são: hemocromatose hereditária e<br />

sobrecarga de ferro transfusional.<br />

Quando há anemia por deficiência<br />

de ferro, a dosagem de ferritina é o<br />

parâmetro laboratorial mais específico<br />

Para diferenciar a causa, é necessário<br />

avaliar outros parâmetros em conjunto.<br />

Os principais órgãos acometidos pela<br />

deposição de ferro são o fígado, o<br />

coração e as glândulas endócrinas.<br />

para seu diagnóstico.<br />

Porém, como mencionado<br />

anteriormente, é um teste menos<br />

sensível para o diagnóstico de anemia<br />

• Ferritina elevada com ferro e IST<br />

também elevados pode indicar<br />

excesso de ferro no organismo.<br />

Referências<br />

Gulhar R, Ashraf MA, Jialal I. Physiology, Acute Phase<br />

Reactants. [Updated 2020 May 4]. In: StatPearls<br />

[Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing;<br />

2021 Jan.<br />

Laboratório Hermes Pardini.<br />

já que seus níveis podem aumentar<br />

em infecções/inflamações.<br />

• Ferritina elevada com ferro e IST<br />

normais pode indicar um processo<br />

Wang, Wei et al. “Serum ferritin: Past, present and<br />

future.” Biochimica et biophysica acta vol. 1800,8<br />

(2010): 760-9. doi:10.1016/j.bbagen.2010.03.011<br />

Autor:<br />

Brunno Câmara<br />

Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de<br />

Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (área de concentração: virologia). Criador e<br />

administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.<br />

Contato: @biomedicinapadrao<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 123


BIOSSEGURANÇA<br />

BIOSSEGURANÇA EM FOCO:<br />

CANDIDA ALBICANS COMO CAUSADORA DE INFECÇÕES DO<br />

TRATO URINÁRIO (ITU)<br />

Por: Gleiciere Maia Silva e Jorge Luiz Silva Araújo-Filho.<br />

Infecções do trato urinário (ITU)<br />

podem ser causadas por diversas<br />

espécies de microrganismos, mas<br />

em sua maioria, causadas por<br />

bactérias. Contudo, na atualidade há<br />

um aumento de casos de infecções<br />

de etiologia fúngica, quase que<br />

invariavelmente por espécies de<br />

Candida, causando candidúria.<br />

Dados sobre a prevalência de<br />

culturas de urina obtidas de<br />

pacientes hospitalizados em toda<br />

a Europa descobriram que as<br />

espécies de Candida foram o terceiro<br />

microrganismo mais isolado.<br />

Leveduras desse gênero fazem parte<br />

da microbiota normal do trato urinário,<br />

no entanto pode se tornar patógena.<br />

Os fatores predisponentes para tais<br />

infecções estão em grande parte<br />

associados a fatores do hospedeiro<br />

incluindo: imunossupressão, uso de<br />

antibioticoterapia de amplo espectro,<br />

período prolongado de internação<br />

em unidade de terapia intensiva, uso<br />

de cateteres, ventilação mecânica,<br />

nutrição parenteral, quimioterapia,<br />

anormalidades do trato urinário e<br />

diabetes (Voltan A.R, et al., 2014;<br />

Silva A.K et al., 2014).<br />

As leveduras são patógenos<br />

oportunistas e expõe riscos a pacientes<br />

graves e debilitados. Pesquisas indicam<br />

que a evolução da candidúria para<br />

candidemia pode ocorrer, contudo o<br />

diagnóstico precoce diminui as chances.<br />

Um estudo com mais de 500 pacientes<br />

com candidúria mostrou que apenas<br />

1,3% dos pacientes desenvolveram<br />

candidemia. Ainda assim, estudos<br />

mostram que pacientes em UTI com<br />

candidúria têm taxa de mortalidade<br />

maior comparado a pacientes com as<br />

mesmas características sem candidúria.<br />

(Naves P.L.F et al., 2013).<br />

0 124<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


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BIOSSEGURANÇA<br />

A ITU é diagnosticada por meio<br />

de análise da urina e cultura<br />

não albicans tem sido frequente<br />

como a C. tropicalis, C. glabrata,<br />

Como medidas de Biossegurança<br />

para evitar infecções urinárias<br />

quantitativa. A coleta de urina<br />

C. krusei e C. parapsilosis, inclusive<br />

recorrentes pelo gênero<br />

em estágio inicial, antes das<br />

exibindo perfil de resistência<br />

Candida, destacamos:<br />

reações inflamatórias ou mesma<br />

aos antifúngicos utilizados no<br />

quando se faz uso de antissépticos<br />

tratamento de candidúria (Moreira<br />

1) Lavagem da região do períneo<br />

pode dar resultados falsos sobre<br />

L.S et al., 2017).<br />

antes da relação sexual;<br />

a contaminação e para tanto, a<br />

realização do exame exige higiene<br />

Na cultura de urina, considera-<br />

2) Aumento da ingestão hídrica:<br />

adequada e desprezo do jato<br />

se crescimento significativo,<br />

a ingestão de líquido mantém a<br />

inicial de urina, coletando o jato<br />

contagens superiores que 100.000<br />

urina mais diluída e faz com que o<br />

médio (Dias A. A et al., 2018).<br />

colônias/mL. A candidíase<br />

paciente sinta necessidade de urinar<br />

do trato urinário inferior é<br />

com mais frequência, ajudando a<br />

Ao exame direto serão visualizadas<br />

geralmente o resultado de uma<br />

expelir leveduras que estejam no<br />

leveduras em solução fisiológica ao<br />

infecção retrógrada, enquanto a<br />

trato urinário. Um recente estudo<br />

microscópio óptico. Concomitante,<br />

infecção parenquimatosa renal<br />

randomizado com 140 mulheres<br />

para a cultura de urina, o meio<br />

geralmente segue candidemia.<br />

com histórico de pelo menos três<br />

de cultivo especifico para fungos<br />

Além da candidúria assintomática,<br />

episódios cistite por ano e baixo<br />

é o ágar Sabouraud Dextrose<br />

as formas clínicas reconhecidas<br />

consumo de líquidos (menos de 1,5<br />

(ASD), entretanto apresenta bom<br />

de ITU por Candida incluem<br />

litro por dia) mostrou que beber 2<br />

crescimento em ágar cled ou ágar<br />

infecção da bexiga e infecção<br />

a 3 litros de água por dia ajuda a<br />

sangue. A espécie mais isolada de<br />

parenquimatosa renal (Moreira L.S<br />

reduzir em 50% o número de casos<br />

ITU é C. albicans, mas as espécies<br />

et al., 2017).<br />

novos de cistite;<br />

0 126<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


3) Uso de roupas de algodão ou<br />

tecidos leves: Roupas leves diminui<br />

6) Controle o consumo de glicose:<br />

pacientes diabéticos ou que cursam<br />

manifestações clínicas leves e<br />

prognóstico favorável. Entretanto,<br />

BIOSSEGURANÇA<br />

a umidade da região genital. A pele<br />

com crises de hiperglicemia são<br />

em pacientes imunodeprimidos,<br />

úmida e abafada por muito tempo,<br />

mais vulneráveis a infecções de<br />

pode ocorrer a progressão da doença<br />

não permitem a circulação do ar e<br />

etiologia fúngica, uma vez que os<br />

para cistite, pielonefrite ou até para<br />

favorece a proliferação de fungos;<br />

fungos necessitam da glicose para<br />

candidíase renal, podendo agravar o<br />

metabolizar e reproduzir.<br />

quadro clinico desses pacientes.<br />

4) Evite o uso indiscriminado de<br />

antibióticos e utilize apenas com<br />

prescrição médica: O uso indiscriminado<br />

de antibióticos pode alterar a composição<br />

da microbiota vaginal, eliminando as<br />

bactérias e os fungos por sua vez, podem<br />

aumentar sua população e causar<br />

candidíase, ou infecção urinária;<br />

5) Evite ducha vaginal: Duchas<br />

vaginais não ajudam na higiene<br />

íntima e ainda facilitam a migração<br />

de fungos para o trato urogenital;<br />

Nesse contexto, a incidência da<br />

infecção do trato urinário por Candida<br />

vêm aumentando nos últimos<br />

anos, entretanto mais estudos<br />

são necessários para esclarecer a<br />

patogênese de espécies emergentes,<br />

elucidando todo o processo de adesão<br />

ao epitélio do trato geniturinário.<br />

Medidas de prevenção são<br />

imprescindíveis, uma vez que se trata<br />

de fungos de caráter oportunistas,<br />

sendo a maioria dos casos com<br />

Referências<br />

Silva AKF, Lisboa JES, Barbosa MPCS, Lima AF. Infecções<br />

urinarias nosocomiais causada por Fungo Do Gênero<br />

Candida: Uma Revisão. Caderno de Graduação-Ciências<br />

Biológicas e da Saúde-UNIT-Alagoas, 2014;2(1), 45-57<br />

Voltan AR, Fusco-Almeida AM, Mendes–Giannini MJS.<br />

Candiduria: epidemiology, resistance, classical and<br />

alternative antifungals drugs. SOJ Microbiol Infect Dis,<br />

2014;2(2):1-7.<br />

Naves PLF, Santana DP, Ribeiro EL, Menezes ACS. Novas<br />

abordagens sobre os fatores de virulência de Candida<br />

albicans. <strong>Revista</strong> de Ciências Médicas e Biológicas,<br />

2013;12(2):229-233.<br />

Moreira LS, Doria ACOC, Santos TB, Figueira FR, Sorge CDPC,<br />

Silva AM, Khouri S. Estudo da resistência aos antifúngicos<br />

de leveduras isoladas de candidúrias de um hospital de<br />

médio porte. <strong>Revista</strong> Univap, 2017;23(43):44-52.<br />

Dias AA, Toledo FJL, Vasconcellos FR, Zanatta AP, Menezes<br />

T. Aspectos importantes sobre candidúrias: prevalência,<br />

agentes etiológicos, diagnóstico e tratamento. <strong>Revista</strong><br />

Uningá Review, 2018;23(2).<br />

Gleiciere Maia Silva<br />

(@profa.gleicieremaia)<br />

Biomédica, Especialista em Micologia, Mestre em Biologia<br />

de Fungos e Doutoranda em Medicina Tropical.<br />

Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />

(@dr.biossegurança)<br />

Biólogo, mestre em patologia, doutor em biotecnologia;<br />

palestrante e consultor em biossegurança.<br />

Contato: jorgearaujofilho@gmail.com<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 127


ENTREVISTA<br />

NEWSLAB ENTREVISTA<br />

DIRETOR GERAL DA HORIBA BRASIL - FERNANDO JORIO<br />

Em uma rápida conversa com o Sr. Fernando Jorio, Diretor Geral da HORIBA Brasil e América Latina, durante o encontro de líderes<br />

gerenciais, onde foram apresentadas as novas diretrizes estratégicas, comerciais, organizacionais e expectativas para o biênio 2022-23,<br />

com o possível término da pandemia de Covid-19 e a retomada mais acelerada e robusta da economia brasileira.<br />

<strong>Newslab</strong>: Em meio a pandemia no início<br />

de 2020 muitas empresas tiveram<br />

que se reinventar de todas as formas:<br />

vendas, pós venda, logística, demandas<br />

por insumos, equipamentos de P&D,<br />

preservação da saúde e condições de<br />

trabalho dos colaboradores. Quais<br />

foram os aprendizados extraídos pela<br />

HORIBA nestes últimos 2 anos?<br />

Fernando Jorio: Diante deste novo<br />

cenário mundial de pandemia, a HORIBA<br />

rapidamente quebrou paradigmas através<br />

de atividades on-line em diversas áreas<br />

da companhia tais como: Readequação<br />

de nosso Centro de Treinamentos para<br />

cursos On-line, Visitas Virtuais de<br />

clientes a nossa fábrica, Reuniões Online<br />

estratégicas entre a Matriz e filiais<br />

do grupo HORIBA, além de rede de<br />

distribuição, clientes e fornecedores.<br />

No intuito de evitar o desabastecimento<br />

aos laboratórios e hospitais que estavam<br />

na linha de frente ao combate a pandemia,<br />

readequamos nossos volumes de<br />

matéria prima e produtos acabados para<br />

garantir a pronta entrega de reagentes<br />

e equipamentos aos nossos clientes.<br />

Desta forma pudemos atender o mercado<br />

brasileiro e da América Latina.<br />

<strong>Newslab</strong>: Quais foram os diferenciais<br />

gerenciais, técnicos e humano que<br />

determinaram as políticas durante<br />

a pandemia? Nas expectativas<br />

dos negócios do grupo como se<br />

comportaram nestes anos, foram<br />

satisfatórios?<br />

Fernando Jorio: No início da pandemia<br />

criamos um comitê interno que nos<br />

possibilitou uma rápida tomada de decisão<br />

e executar ações para que pudéssemos nos<br />

adequar a nova realidade imposta pelo<br />

isolamento social, sem deixar de atender<br />

a todos os nossos clientes com a mesma<br />

eficiência e qualidade de sempre, o que<br />

conseguimos realizar com excelência e<br />

assim atingir todos os objetivos de nossos<br />

segmentos de negócios.<br />

No Brasil, além do segmento Médico, a<br />

HORIBA também oferece uma ampla gama<br />

de instrumentos e sistemas de medição<br />

Sr. Fernando Jorio, Diretor Geral da HORIBA Brasil e América Latina<br />

e análise para os segmentos: Científico e<br />

Processos e Meio Ambiente, com destaque<br />

para atuação da HORIBA junto a grandes<br />

projetos ambientais, como a despoluição<br />

do Rio Pinheiros, na cidade de São Paulo,<br />

através de analisadores em “tempo real” da<br />

qualidade da água.<br />

0 128<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


<strong>Newslab</strong>: Durante a pandemia a<br />

HORIBA fez um importante lançamento<br />

ao mercado de diagnóstico in vitro<br />

brasileiro, sua linha de Equipamentos<br />

de Hemostasia. E para os próximos<br />

2 anos o que teremos de novos<br />

equipamentos, agregando sinergia com<br />

outros produtos da linha?<br />

ENTREVISTA<br />

Fernando Jorio: Um dos maiores desafios<br />

que tivemos durante a pandemia da COVID-19<br />

certamente foi realizar o lançamento da linha<br />

de Hemostasia sem eventos presenciais, o que<br />

conseguimos realizar com grande sucesso<br />

através de nossas mídias sociais, canais digitais<br />

e uma série de webinares educacionais.<br />

Com a combinação da Linha Yumizen G de<br />

Hemostasia e a já consagrada Linha Yumizen<br />

H de Hematologia, a HORIBA hoje oferece ao<br />

mercado uma solução completa a laboratórios<br />

de análises clínicas.<br />

Outro fato marcante foi a grande aquisição<br />

feita pela HORIBA, Ltd em março de 2021 da<br />

MedTest Holdings, Inc. (sede em Canton, MI,<br />

EUA, composta por MedTest Dx, Inc., Pointe<br />

Scientific, Inc., Clinitox Diagnostix, Inc. e Medical<br />

Laboratory Solutions, Inc.).<br />

Esta aquisição oferecerá à HORIBA a<br />

oportunidade de atender às demandas do<br />

mercado IVD, juntamente com a tecnologia<br />

inovadora complementar das soluções de alta<br />

qualidade em bioquímica da Pointe Scientific<br />

e da MedTest, que serão ofertadas através da<br />

marca Yumizen e canais de distribuição atuais.<br />

<strong>Newslab</strong>: Quais são as expectativas<br />

da Horiba para os novos desafios, com<br />

múltiplas situações que vão requerer<br />

tomadas de decisões cada vez mais<br />

urgentes em um mercado competitivo?<br />

Fernando Jorio: Mesmo com o atual<br />

cenário causado pela pandemia, seguimos<br />

confiantes em continuarmos nosso expressivo<br />

crescimento anual de negócios, alicerçados<br />

por nossa produção local de reagentes e<br />

fábrica estrategicamente localizada na<br />

cidade de Jundiaí/SP, próxima as principais<br />

rodovias e aeroportos.<br />

Também contamos com ampla cobertura<br />

nacional através de equipe de vendas,<br />

rede de distribuição, assistência técnica<br />

e científica que constantemente recebem<br />

atualizações e capacitações sobre nosso<br />

portfólio de produtos<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 129


LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />

GRUPO PRIME ENTREGANDO MAIS<br />

EFICIÊNCIA NA LOGÍSTICA EM PERNAMBUCO!<br />

Seguindo as diretrizes de<br />

expansão que nos permite evoluir<br />

constantemente, inauguramos uma<br />

nova unidade em Pernambuco para<br />

entregar mais eficiência à logística<br />

hospitalar da região Nordeste.<br />

A Filial pernambucana conta com<br />

800m² de área fabril e 1.200m² de<br />

área total, espaço amplo o suficiente<br />

para comportar grandes operações<br />

com toda segurança necessária e uma<br />

frota com alta tecnologia embarcada.<br />

Além disso, a unidade ainda dispõe<br />

de 1000 posições paletes, câmara<br />

fria com 100m², e uma equipe<br />

especializada com farmacêutico<br />

técnico responsável por garantir as<br />

boas práticas no armazenamento de<br />

produtos da saúde, seguindo todas<br />

as normas e protocolos de higiene<br />

ANVISA e VISA local.<br />

A nova unidade do Grupo Prime<br />

está estrategicamente localizada no<br />

Condomínio Logístico Armazenna 6,<br />

em Jaboatão dos Guararapes/PE.<br />

Nas estradas e armazéns, garantir<br />

a integridade de medicamentos e<br />

equipamentos hospitalares é uma<br />

missão complicada e que exige ampla<br />

expertise para alcançar o sucesso.<br />

Cada etapa da operação precisa<br />

acontecer de maneira planejada,<br />

organizada e segura.<br />

Mas quando a logística hospitalar<br />

ganha amplitude nacional, além de<br />

uma equipe especializada e uma<br />

frota customizada para operações na<br />

área da saúde, é preciso oferecer uma<br />

estrutura completa e moderna que<br />

alcance o país inteiro com a mesma<br />

qualidade no serviço.<br />

O Grupo Prime possui 17 anos de<br />

especialização na logística para a área da<br />

saúde, com conhecimentos específicos<br />

que permitem um atendimento<br />

personalizado e muito mais eficaz.<br />

Quer conhecer o trabalho do<br />

Grupo Prime de perto?<br />

Acesse<br />

www.grupoprimecargo.com.br<br />

e descubra nossa unidade mais<br />

próxima de você!<br />

0 130<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


LINFÓCITOS ANORMAIS OU ANÔMALOS<br />

Por: Dr. Luiz Arthur Calheiros Leite. PhD<br />

As células linfomatosas circulantes<br />

são comuns em linfomas não<br />

Hodgkin que se apresentam na<br />

fase leucêmica e cujo linfócitos<br />

anormais ou anômalos podem ser<br />

encontrados no sangue periférico.<br />

Estas células clonais apresentam<br />

alterações morfológicas nucleares e,<br />

classicamente apresentam monotonia<br />

celular (repetição dos achados<br />

morfológicos). O termo linfócito<br />

anormal está associado a neoplasias,<br />

e devem ser contados de forma<br />

distinta da contagem diferencial,<br />

com descrição morfológica nos<br />

comentários ou observações.<br />

Existem pelo menos 10 tipos<br />

de linfomas que apresentam na<br />

fase leucêmica e que podem ser<br />

identificados através do exame<br />

de sangue periférico. Dentre estes<br />

destacam-se o linfoma do Manto, o<br />

linfoma folicular, linfoma esplênico<br />

da zona marginal, linfoma de Burkitt,<br />

linfoma difuso de grandes células B,<br />

linfoma linfoplasmocítico, linfoma<br />

linfoplasmoblástico, leucemia/<br />

linfoma de célula T, Síndrome de<br />

Sézary. No linfoma do manto as<br />

células apresentam endentações<br />

nucleares, no linfoma folicular<br />

os linfócitos apresentam núcleo<br />

clivado, no linfoma esplênico da<br />

zona marginal nas células exibem<br />

projeções citoplasmáticas polares, já o<br />

linfoma de Burkitt são encontrados no<br />

sangue periférico células grandes com<br />

vacúolos citoplasmáticos e nucleares.<br />

Os linfomas T periféricos são mais<br />

agressivos e incuráveis e a morfologia<br />

pode auxiliar no diagnóstico, como em<br />

casos de hemogramas de pacientes<br />

com Síndrome de Sézary, na qual os<br />

linfócitos possuem o núcleo convoluto<br />

ou cerebriforme, e na leucemia/<br />

linfoma de células T associada ao<br />

HTLV, os linfócitos anormais possuem<br />

núcleo em forma de trevo de 4 folhas<br />

ou em forma de flor.<br />

Vale destacar que o relato da presença<br />

de células linfóides anômalos deve ser<br />

realizado com cautela, e quando se<br />

encontra no exame do sangue periférico<br />

uma célula anormal, procure outras,<br />

verifique se há linfocitose, e relate em<br />

percentagem estas células. Como o<br />

uso desta nomenclatura mostra o valor<br />

limitado da morfologia nas neoplasias<br />

hematológicas e o diagnóstico é feito<br />

por meio da imunofenotipagem.<br />

Na suspeita de linfomas periféricos<br />

com linfócitos anômalos circulantes,<br />

sempre consulte um atlas para ter mais<br />

segurança na identificação dos linfócitos<br />

anômalos, e entre contato com o médico<br />

hematologista, certificando se o paciente<br />

possui diagnóstico.<br />

Referências:<br />

- RECOMENDAÇÕES DO ICSH PARA A PADRONIZAÇÃO DA<br />

NOMENCLATURA E DA GRADUAÇÃO DAS ALTERAÇÕES<br />

MORFOLÓGICAS NO SANGUE PERIFÉRICO. (Tradução e<br />

adaptação do Dr. Marcos Kneip Fleury – Assessor Científico<br />

do PNCQ em Hematologia)<br />

- ICSH recommendations for the standardization of<br />

nomenclature and grading of peripheral blood cell<br />

morphological features. Palmer L, Briggs C, McFadden S,<br />

Zini G, Burthem J, Rozenberg G, Proytcheva M, Machin SJ.<br />

Int J Lab Hematol. 2015 Jun;37(3):287-303<br />

HEMATOLOGIA<br />

Autor<br />

Dr. Luiz Arthur Calheiros Leite<br />

Consultor em Hematologia, Doutor em Bioquímica, UFPE, Mestre e Especialista em Hematologia, UNIFESP.<br />

Contato - Instagram: @drluizarthur<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 131


INFORME DE MERCADO<br />

INFORMES DE MERCADO<br />

Esta Seção é um espaço publicitário dedicado para a divulgação e ou explanação<br />

dos produtos e lançamentos do setor.<br />

Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />

Mais informações: comercial@newslab.com.br<br />

QUICKSTAR E LINHA QUICKTEST:<br />

EFICIÊNCIA E QUALIDADE<br />

A In Vitro Diagnóstica sempre foi destaque no<br />

mercado brasileiro de diagnóstico in vitro por<br />

ser inovadora. Portanto, lança no mercado<br />

um equipamento moderno, adaptável as<br />

necessidades do mercado brasileiro e com<br />

configurações diferenciadas que otimizam a<br />

rotina laboratorial.<br />

O QuickSTAR é um equipamento de<br />

imunofluorescência, para leitura quantitativa e<br />

qualitativa, que alinha alta tecnologia, qualidade<br />

e praticidade em todas as suas funcionalidades.<br />

O seu portfólio de produtos – linha QuickTEST<br />

é exclusivo e apresenta características<br />

diferenciadas e seguras.<br />

Além de esteticamente bonito e leve, a bateria<br />

interna garante mobilidade e alta eficiência<br />

longe das tomadas, o que possibilita um<br />

rápido e confiável diagnóstico em qualquer<br />

lugar. Pensando ainda na agilidade, embora<br />

seja pequeno e semiautomático, possui<br />

uma tecnologia inigualável através da sua<br />

funcionalidade que permite a leitura simultânea<br />

de testes multiparâmetros. Todas as suas<br />

características foram desenhadas utilizando<br />

alta tecnologia e o seu software em português<br />

permite um fácil entendimento e manuseio.<br />

Pensando ainda em facilitar a rotina laboratorial,<br />

através de resultados confiáveis e seguros, mas<br />

mantendo as características que diferem testes<br />

comuns de um verdadeiro “point of care testing”,<br />

a linha de produtos QuickTEST, dedicada para<br />

uso no equipamento QuickSTAR, apresenta<br />

vantagens que facilitam a coleta de amostra<br />

e a execução do teste. Dentre essas vantagens<br />

destacamos que não é necessário pré-diluição<br />

de amostras, que é possível utilizar sangue total<br />

e que os protocolos para execução e leitura dos<br />

testes são padronizados.<br />

O QuickSTAR foi desenvolvido nos mínimos<br />

detalhes, com diferenciais exclusivos que<br />

garantem o seu destaque como um produto<br />

moderno, competitivo e de alta qualidade. Com<br />

um portfólio completo, a linha QuickTEST<br />

engloba diversos parâmetros: marcadores<br />

cardíacos, marcadores inflamatórios, marcadores<br />

tumorais, doenças respiratórias, doenças<br />

infecciosas, função renal, função digestiva,<br />

tireoide, diabetes, alergia, vitamina, derrame<br />

cerebral e detecção de drogas.<br />

Como parte da linha que contribui neste<br />

cenário de enfrentamento da COVID-19, a<br />

In Vitro destaca:<br />

COVID-19 Ag - Kit para detecção do antígeno<br />

SARS-CoV-2 causador da COVID-19.<br />

COVID-19 nAb - Kit para detecção de anticorpos<br />

neutralizantes anti-SARS-CoV-2, importante<br />

para o monitoramento do nível de anticorpos<br />

que neutralizam a virulência do vírus causador<br />

da COVID-19.<br />

D-Dímero – Kit para detecção de<br />

D-Dímero, fundamental para diagnóstico e<br />

acompanhamento do quadro trombótico de<br />

pacientes com COVID-19.<br />

Para saber mais entre em contato com a<br />

In Vitro Diagnóstica através do<br />

e-mail invitro@invitro.com.br ou<br />

telefone (31) 99973-2098<br />

0 132<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


INFORME DE MERCADO<br />

DB DIAGNÓSTICOS EXPANDE MAIS UMA VEZ E ANUNCIA<br />

SEDE EM MINAS GERAIS<br />

Com previsão de crescimento, laboratório investe em mais uma unidade. Agora na cidade de Contagem - MG<br />

O complexo laboratorial DB Diagnósticos<br />

passou por anos de crescimento desde a<br />

inauguração em 2011 e foi conquistando<br />

fatias cada vez maiores do mercado. Focado<br />

no business de terceirização laboratorial, o DB<br />

Diagnósticos destaca-se por prestar serviços<br />

laboratoriais de alta qualidade agregada e com<br />

um guarda-chuva de negócios variados. Entre<br />

eles, citam-se: assessoria científica, dedicada<br />

por área de especialização; assessoria médica;<br />

larga cartela de produtos; logística própria e<br />

apoio ao Marketing e ao Jurídico.<br />

Agora, após 11 anos de mercado e já com 6<br />

sedes em diferentes regiões do país, o diretorcomercial,<br />

Tobias Martins anuncia mais uma<br />

sede, na região mineira. “Estamos vindo de<br />

uma fase de muita evolução e expansão.<br />

Ano passado, marcamos nossos 10 anos no<br />

mercado, e firmamos nossa presença no ramo<br />

da Medicina Diagnóstica”, afirma. “Ao todo,<br />

vamos inaugurar só esse ano, três unidade<br />

produtivas dedicadas a análises clínicas,<br />

que serão espelhadas na nossa matriz,<br />

onde processamos amostras de diversas<br />

especialidades, como: alérgenos, hormônios,<br />

Microbiologia, urinálise, entre outros”,<br />

explica o diretor. “Nosso intuito é oferecer o<br />

melhor em qualidade, prazo e tecnologia,<br />

solucionando as principais dificuldades dos<br />

nossos clientes”.<br />

As três novas unidades estão próximas de<br />

regiões que demandam muitos exames.<br />

“Tínhamos a necessidade de estar mais perto<br />

desses locais. Assim, oferecemos testes com<br />

mais velocidade na entrega, agilizando o fluxo<br />

dos nossos clientes. É um trabalho grande a<br />

ser feito, mas, ao mesmo tempo, muito<br />

gratificante”, conta Tobias. Os investimentos<br />

para 2022 estão estimando em 70 milhões<br />

de reais, o que fará a capacidade de produção<br />

alavancar para mais de 35% quando<br />

comparado ao ano passado, em que foram<br />

realizados 120 milhões de exames.<br />

A nova sede, localizada na cidade de<br />

Contagem (MG), terá 9.600 m², e atingirá<br />

uma produção máxima de 6,5 milhões de<br />

exames mensais. O diretor-comercial analisa<br />

o mercado: “Os últimos dois anos foram<br />

intensos para o DB. Antes disso, a empresa já<br />

vinha crescendo ano a ano, continuamente.<br />

Com a pandemia, fomos além. Tivemos que<br />

reestruturar nossas unidades técnicas em<br />

tempo recorde para nos adaptarmos à nova<br />

demanda. Foi desafiador, mas conseguimos<br />

manter todos os serviços, sem prejudicar a<br />

qualidade dos exames”. O modelo exclusivo<br />

de negócio também faz parte do crescimento<br />

exponencial do DB. Em 2022 a perspectiva é<br />

de 30% para o crescimento da empresa como<br />

um todo.<br />

Minas Gerais é uma das principais forças<br />

econômicas do país e para o diretorcomercial,<br />

estar presente na região reforça<br />

as estratégicas da empresa de crescimento e<br />

liderança que o DB tem mantido, de maneira<br />

constante, desde que surgiu no mercado. Só<br />

em 2021, a empresa cresceu 37% em relação<br />

ao ano anterior.<br />

0 134<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


Tobias Thabet Martins, Diretor-Comercial do DB<br />

O DB Diagnósticos já atende a localidade,<br />

assim como todo país, mas a estratégia de<br />

descentralizar as sedes abre oportunidades<br />

de explorar mais as regiões. No Brasil,<br />

nenhum outro laboratório de apoio<br />

funciona dessa forma. Outros negócios<br />

do ramo realizam também o atendimento<br />

direto aos pacientes, o que gera uma<br />

relação de concorrência com os próprios<br />

parceiros de negócios. “Aqui no DB, nossa<br />

prioridade, são os clientes. Não vamos<br />

deixar de atendê-los bem para suprir uma<br />

demanda interna, que é o que acontece<br />

na concorrência. Aqui, do início ao fim, a<br />

dedicação é total aos parceiros”, diz.<br />

Ao todo, a empresa alcança uma capacidade<br />

produtiva de 26,5 milhões de exames<br />

mensais, sendo pioneiro no modelo de<br />

exclusividade em apoio laboratorial e líder<br />

de mercado em seu segmento. “Nascemos<br />

como apoio e assim vamos nos manter. Esse é<br />

o nosso modelo de negócio. Acreditamos nisso<br />

e nosso crescimento é prova de que dá certo”,<br />

finaliza Tobias.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

NGS STAR<br />

PIPETADOR PARA PREPARO DE BIBLIOTECAS NGS<br />

Esta plataforma foi desenvolvida exclusivamente<br />

para aplicações de sequenciamento de nova<br />

geração (NGS). A preparação de bibliotecas<br />

totalmente automatizada pode ser otimizada<br />

e personalizada de acordo com a necessidade<br />

do laboratório, podendo processar de 1 até 96<br />

amostras sem intervenção do usuário.<br />

A Hamilton Company conta com vários<br />

métodos já validados para kits de distintas<br />

marcas:<br />

• Illumina<br />

• Roche-KAPA<br />

• PacBio<br />

• IDT<br />

• Twist Bioscience<br />

• Thermo Fisher Scientific<br />

• New England BioLabs<br />

• QIAGEN<br />

• Agilent<br />

• Nanopore<br />

• Paragon<br />

Tem perguntas específicas, ou não vê um<br />

fornecedor desejado nesta lista? Contacte os<br />

nossos especialistas em aplicações, que fornecera<br />

orientações confiáveis e eficientes.<br />

Visite-nos:<br />

https://www.hamiltoncompany.com/automated-liquid-handling/assay-ready-workstations/ngs-star-for-library-prep<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 135


INFORME DE MERCADO<br />

DIAGNOSTICANDO AS DOENÇAS AUTOIMUNES<br />

O corpo humano possui uma série de barreiras Também existe o grupo de Doenças O principal teste utilizado como triagem, o<br />

para evitar que a autoimunidade aconteça.<br />

Ainda assim, quando um de seus vários<br />

autoimunes órgão-específicas, onde os<br />

autoanticorpos atingem proteínas específicas<br />

teste HEp-2 por imunofluorescência indireta,<br />

é desenvolvido a partir da cultura de células<br />

mecanismos de tolerância imunológica falha,<br />

de algum órgão, como o fígado, a tireoide, os HEp-2. Essas células expressam mais de<br />

a produção dos autoanticorpos é a solução<br />

rins, entre outro.<br />

180 antígenos possíveis para a detecção<br />

encontrada pelo organismo para combater<br />

de autoanticorpos com um índice mitótico<br />

aquilo que ele identifica como um invasor,<br />

mas que, na verdade, são suas próprias<br />

células, tecidos e órgãos.<br />

Dentre as principais doenças, estão elas:<br />

- Cirrose autoimune; Cirrose biliar<br />

muito elevado, possibilitando o início de uma<br />

investigação clínica.<br />

Atualmente, cerca de 5% da população<br />

mundial convive com uma doença autoimune,<br />

provocada por condições ambientais ou<br />

genéticas favoráveis. Esse grupo de doenças<br />

já figuram entre as doenças crônicas não<br />

transmissíveis mais comuns. E as mulheres<br />

jovens são as mais suscetíveis.<br />

As doenças autoimunes podem ser classificadas<br />

como doenças autoimunes sistêmicas,<br />

pois atacam as estruturas do núcleo celular ou<br />

do citoplasma que estão presentes em todos os<br />

órgãos do nosso corpo.<br />

Entre elas estão:<br />

- Lúpus eritematoso sistêmico<br />

- Artrite Reumatóide<br />

- Esclerose Múltipla<br />

- Espondilite Anquilosante<br />

- Hepatites Autoimunes<br />

- Anemia Perniciosa<br />

- Penfigóide Bolhoso<br />

Para todo diagnóstico de doença autoimune,<br />

a medicina diagnóstica in vitro se desdobra<br />

para caracterizar qual é o autoanticorpo<br />

exato envolvido nas manifestações clínicas<br />

de cada paciente.<br />

A EUROIMMUN, através de seu vasto<br />

conhecimento na área de autoimunidade, garante<br />

a produção de antígenos de alta qualidade<br />

para a produção de kits nas metodologias de<br />

Imunofluorescência Indireta, ELISA e<br />

Imunoblot, possibilitando diversas formas de<br />

detecção dos autoanticorpos.<br />

Com um portfólio diferenciado e<br />

complexo, a EUROIMMUN possui kits para<br />

o diagnóstico de doenças Autoimunes nos<br />

segmentos de Reumatologia, Dermatologia,<br />

Neurologia, Nefrologia, Gastroentereologia,<br />

Hepatologia e Endocrinologia.<br />

Saiba mais informações através do site:<br />

www.euroimmun.com.br<br />

0 136<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


Doenças Autoimunes<br />

Reumatologia<br />

Gastroenterologia<br />

Hepatologia<br />

Endocrinologia<br />

Doenças do tecido conectivo<br />

LES<br />

Vasculites<br />

Artrite Reumatóide<br />

Síndrome Anti-fosfolipides<br />

Doença Celíaca<br />

Doença Intestinal Inflamatória<br />

Crônica<br />

Gastrite Autoimune/anemia<br />

perniciosa<br />

Hepatite Autoimune<br />

Colaginte Biliar Primária<br />

Colangite Esclerosante primária<br />

Diabetes<br />

Neurologia<br />

Síndrome Paraneoplásica<br />

Neuronal<br />

Encefalite Autoimune<br />

Miastenia Gravis<br />

Doenças Desmielinizantes<br />

Nefrologia<br />

Nefropatia Membranosa Primária<br />

Síndrome de Goodpasture<br />

Dermatologia<br />

Dermatoses autoimunes<br />

Fale conosco!


INFORME DE MERCADO<br />

C<br />

M<br />

PORTAL BUNZL SAÚDE<br />

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O Seu Portal de Compras da Saúde!<br />

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A Bunzl Saúde acompanha a mudança de<br />

comportamento no mercado digital, e entende<br />

a importância de manter o relacionamento em<br />

todos os canais, deste modo, o Portal Bunzl Saúde,<br />

visa oferecer uma melhor experiência de compra<br />

aos seus clientes, onde quer que eles estejam.<br />

O Portal Bunzl Saúde atende empresas,<br />

profissionais e estudantes da área e até mesmo<br />

pessoas físicas, disponibilizando um amplo<br />

portfólio com marcas consolidadas que se<br />

destacam pela credibilidade na atuação das linhas<br />

diagnóstica e hospitalar, apresentando ao mercado<br />

produtos certificados por padrões nacionais e<br />

internacionais de qualidade.<br />

A proposta é oferecer aos clientes facilidade ao<br />

comprar, diferenciando as lojas por segmentos de<br />

negócios: Laboratório, Hospital, Dental, Veterinário,<br />

Home Care, Estética, Farmácia e Estudante,<br />

tornando possível o máximo de aproveitamento<br />

das potencialidades dos produtos, seja para o uso<br />

do estabelecimento ou abastecimento de estoque.<br />

bunzlsaude.com.br<br />

(11) 3652-2525 / 3195-8640<br />

portal@bunzlsaude.com.br<br />

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Além disso, os clientes contam com um<br />

atendimento online para dúvidas sobre<br />

produtos e suporte técnico.<br />

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produtos e benefícios!<br />

MAIS UM LANÇAMENTO BIOCON<br />

COVID-19 + FLU A/B RAPID TEST<br />

O COVID-19/FLU A/B Rapid Test é um<br />

imunoensaio cromatográfico rápido para a<br />

detecção qualitativa e diferencial de antígeno<br />

do Sars-Cov-2 (Coronavírus), Influenza Tipo A<br />

e/ou Tipo B.<br />

Somente para uso profissional em<br />

diagnóstico IN VITRO.<br />

Amostra: Nasofaríngea<br />

Apresentação: kit com 20 testes<br />

Armazenamento: 2 a 30° C<br />

Resultado em 15min<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


LOGCARE COM MAIS DE 20 ANOS NO MERCADO DE<br />

SISTEMAS DE RASTREIO, ATUA COM EXCELÊNCIA NO<br />

AUXÍLIO DO TRANSPORTE DE MATERIAIS BIOLÓGICOS<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Os percursos realizados pelo material<br />

biológico retirado de clínicas e laboratórios<br />

são requeridos de avaliações extremamente<br />

restritas, é neste momento em que as coletas<br />

se tornam mais sensíveis pelo tempo da<br />

viagem e até mesmo por meio das oscilações<br />

de temperaturas nos compartimentos<br />

durante todo o transporte entre o ponto de<br />

coleta inicial até o ponto final de análise. O<br />

processo de transporte do material biológico<br />

sem a devida responsabilidade pode gerar<br />

diversos erros, entre eles a falha da análise,<br />

interferindo no resultado apresentado<br />

futuramente ao paciente.<br />

Os transportes de amostras de materiais<br />

biológicos fazem parte da fase pré-analítica,<br />

é neste momento em que se inicia a análise<br />

das amostras. O cuidado com a escolha da<br />

embalagem, acondicionamento do material e<br />

cumprimento das cautelas necessárias para o<br />

deslocamento são imprescindíveis para que o<br />

transporte seja concluído com excelência.<br />

É de responsabilidade dos laboratórios garantir<br />

qualidade e segurança nestes processos, para<br />

isso podem contar com a ajuda com serviços<br />

auxiliares como o LogCare, disponibilizado<br />

pela MPSystems do Brasil, que oferece uma<br />

plataforma extremamente qualificada, através<br />

desta excelência operacional, é possível realizar<br />

acompanhamento em tempo real de solicitações<br />

de coleta de material biológico, rastreamento do<br />

percurso do consultório ao centro de análises,<br />

obter informações sobre o transporte, além da<br />

redução de custos operacionais.<br />

Estamos disponíveis em nosso site:<br />

www.mpsystems.com.br,<br />

tels.: (11) 2985-7041, (11) 2979-6654, (11) 2973-1970 e<br />

e-mail: suporte@mpsystems.com.br<br />

Não deixe de nos contatar.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 139


INFORME DE MERCADO<br />

ACELERE SUAS PESQUISAS EM MICROVESÍCULAS COM OS<br />

EQUIPAMENTOS DA BECKMAN COULTER LIFE SCIENCES<br />

As vesículas extracelulares (EVs) são opções<br />

interessantes para o desenvolvimento de novas<br />

abordagens terapêuticas, por transportarem uma<br />

variedade de cargas e desempenharem papéis<br />

essenciais nas comunicações intercelulares e nos<br />

processos fisiológicos.<br />

São consideradas excelentes candidatas como<br />

biomarcadores, bons vetores para a entrega de<br />

medicamentos e ainda oferecem a possibilidade de<br />

serem utilizadas futuramente para imunoestimulação<br />

e como alternativa à terapia celular.<br />

A Beckman Coulter Life Sciences fornece um<br />

amplo portfólio de ultracentrífugas e citômetros<br />

de fluxo que possibilitam o avanço das pesquisas<br />

em microvesículas, entregando o máximo de<br />

rapidez, confiabilidade e precisão.<br />

O isolamento de EVs envolve a remoção de<br />

contaminantes e a separação de EVs de outras<br />

partículas, como quilomícrons e lipídios, em<br />

fluidos biológicos ou meios de cultura de células.<br />

Com as nossas ultracentrífugas, é possível<br />

separar os componentes com base no tamanho<br />

e ou densidade, garantindo a máxima pureza de<br />

separação no menor tempo possível.<br />

A alta sensibilidade e a interface intuitiva dos<br />

nossos citômetros de fluxo permitem uma<br />

análise mais precisa das propriedades físicas das<br />

microvesículas, fornecendo dados mais confiáveis.<br />

Uma boa maneira de caracterizar rapidamente as<br />

cargas úteis de EV e examinar o seu funcionamento,<br />

é através das estratégias genômicas e proteômicas,<br />

que podem ser realizadas com o auxílio dos nossos<br />

ágeis e modernos equipamentos.<br />

As soluções da Beckman Coulter Life Sciences foram<br />

projetadas para entregar mais velocidade, facilidade<br />

e segurança para o dia a dia do seu laboratório. Quer<br />

acelerar suas pesquisas em microvesículas? Entre em<br />

contato com a nossa equipe.<br />

Contatos:<br />

Site: https://www.beckman.com/resources/sample-type/<br />

extracellular-vesicles<br />

E-mail: mkt@beckman.com<br />

Youtube: https://www.youtube.com/user/BCILifeSciences<br />

LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/beckmancoulter-brasil/<br />

0 140<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


não reagente<br />

Imuno-Rápido<br />

COVID-19 Ag<br />

COVID<br />

COVID<br />

COVID<br />

COVID<br />

COVID<br />

COVID<br />

COVID<br />

COVID<br />

TEMPO DE TESTE: 15 MINUTOS<br />

EXCELENTES RESULTADOS<br />

reagente<br />

VALIDADE: 24 MESES<br />

Imuno-Rápido<br />

Doenças Infecciosas:<br />

Alerta - Autoteste HIV 1e 2<br />

COVID-19 IgG/IgM<br />

Anti-HBs<br />

HBsAg<br />

HCV (Hepatite C)<br />

HIV Triline<br />

HIV 1e 2<br />

Rotavírus<br />

Sífilis (Total)<br />

Doenças Tropicais:<br />

Chikungunya IgG/IgM<br />

Dengue IgG/IgM<br />

Dengue NS1<br />

Malária - Pf/Pv<br />

Malária - Pf/Pan<br />

ZIKA IgG/IgM<br />

Marcadores Cardíacos:<br />

Troponina I<br />

Marcadores Tumorais:<br />

PSA (sensib. 2,5ng/ml)<br />

Sangue Oculto Fecal<br />

Hormônios:<br />

hCG (Placa-teste)<br />

hCG (Tira-teste)<br />

Precisão - Autoteste hCG<br />

Imuno-Rápido Quanti<br />

β-HCG<br />

Dímero D<br />

Hemoglobina Glicada<br />

Microalbuminúria<br />

PCR Ultrassensível<br />

Procalcitonina<br />

Troponina I<br />

1 6 3 3 7 7. 9 9 7 7<br />

S A C 0 8 0 0 7 7 2 9 9 7 7<br />

w a m a d i a g n o s t i c a


INFORME DE MERCADO<br />

MÁXIMA PRECISÃO E TRANSPARÊNCIA PARA O<br />

MANUSEIO DE LÍQUIDOS.<br />

Reconhecida mundialmente pela qualidade na<br />

fabricação de produtos amplamente utilizados<br />

em laboratórios, a divisão de Bioscience da<br />

Greiner Bio-One oferece o portifólio completo<br />

de consumíveis e acessórios plásticos para as<br />

mais diversas aplicações.<br />

Entre os produtos de destaque, estão as<br />

pipetas sorológicas CELLSTAR®, amplamente<br />

utilizadas para manipulação de líquidos em<br />

C<br />

laboratórios químicos e biológicos. As pipetas<br />

sorológicas são fabricadas em poliestireno de<br />

primeira qualidade e altamente transparente,<br />

apresentam código de cores em acordo com as<br />

normas internacionais, e possuem volume em<br />

graduação positiva e negativa.<br />

A segurança e facilidade para o manuseio<br />

foram pensadas desde a embalagem.<br />

As pipetas sorológicas CELLSTAR® estão<br />

disponíveis em duas opções de embalagens<br />

individuais, papel/plástico e plástico/plástico.<br />

Ambas têm a característica de peel-off, que<br />

dispensa, e contam com filtro de poliéster que<br />

protege o pipetador e não libera partículas.<br />

Para saber mais sobre este e outros produtos,<br />

acesse: www.gbo.com.br, ou entre em<br />

contato: info@br.gbo.com<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

Todas as pipetas sorológicas de nosso<br />

portfólio são produzidas sob rigoroso padrão<br />

permite desembalar parcialmente as pipetas<br />

sorológicas, mantendo a porção de trabalho<br />

de qualidade, sendo esterilizadas por radiação<br />

protegida e estéril enquanto são encaixadas<br />

E-beam que não deixa resíduos e torna seu<br />

nos pipetadores.<br />

uso ainda mais seguro. Assim como todos<br />

os produtos voltados para cultura celular,<br />

Muito versáteis em diversas aplicações, estão<br />

as pipetas sorológicas são certificadas para<br />

disponíveis nas versões de 1, 2, 5,10, 25 e<br />

ausência de RNase, DNase e DNA humano,<br />

além de não serem pirogênicas e citotóxicas.<br />

50mL. Com design drop-free, nossas pipetas<br />

evitam a retenção da última gota durante a<br />

Para mais informações:<br />

Departamento de Marketing<br />

T: +55 19 3468 9600<br />

E-Mail: info@br.gbo.com<br />

0 142<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


making a difference<br />

MANIPULAÇÃO DE LÍQUIDOS<br />

SEM DEIXAR RESÍDUOS<br />

PIPETAS SOROLÓGICAS CELLSTAR®<br />

Greiner Bio-One<br />

MÁXIMA PRECISÃO E TRANSPARÊNCIA<br />

PARA O MANUSEIO DE LÍQUIDOS.<br />

Fabricadas em poliestireno, são altamente transparentes,<br />

possuem volume em graduação positiva e negativa e<br />

apresentam código internacional de verificação de cores.<br />

www.gbo.com<br />

Greiner Bio-One Brasil / Avenida Affonso Pansan, 1967 CEP 13473-620 | Americana, SP<br />

TEL +55 (19) 3468-9600 / FAX +55 (19) 3468-3601 / E-MAIL info@br@gbo.com


INFORME DE MERCADO<br />

A HORIBA MEDICAL ENTENDE O PODER QUE UMA LINHA<br />

TEM DE TRANSFORMAR O MUNDO E AGORA POSSUI<br />

UMA NOVA FAMÍLIA DE ANALISADORES E REAGENTES<br />

PARA HEMOSTASIA.<br />

• Torne a vida do seu laboratório mais fácil<br />

• Reduza o erro<br />

• Garanta a confiança médica em seus resultados<br />

• Envolva o laboratório em uma etapa adicional de qualidade<br />

• Aumente a capacidade de diagnóstico do seu laboratório<br />

Mude para nova geração de analisadores de<br />

hemostasia Horiba Medical<br />

Instrumentos de hemostasia compactos<br />

projetados para pequenos laboratórios para<br />

realizar testes de coagulação<br />

Yumizen G200<br />

• Dois canais de medição<br />

• Três metodologias de análise igual aos equipamentos automatizados<br />

• Sem manutenção<br />

• Velocidade aproximada 30 testes por hora.<br />

• Cubetas descartáveis de reação única (compatível com toda linha)<br />

• Equipamentos com áreas de cubetas de<br />

• pré-incubação e posicionamento de reagentes.<br />

• Ampla gama de reagentes oferecidos.<br />

• Contempla todo perfil de testes de hemostasia.<br />

• Mesmo reagentes e consumeis que os equipamentos automatizados.<br />

• Pode ser utilizado como back up dos equipamentos automatizados.<br />

• Compatível com QCP Horiba. Controle de qualidade Horiba dando maior<br />

confiabilidade ao teste.<br />

HORIBA Medical Brasil<br />

Tel.: (11) 2923-5400 - E-mail: marketing.br@horiba.com<br />

0 144<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


INFORME DE MERCADO<br />

BIOLOGIA MOLECULAR TRAZ SOLUÇÕES INOVADORAS<br />

PARA IDENTIFICAR OS VÍRUS ZIKA, DENGUE E<br />

CHIKUNGUNYA COM TESTE REAL TIME PCR.<br />

A técnica de Biologia Molecular está crescendo<br />

cada vez mais e é utilizada para identificar<br />

uma diversidade muito grande de doenças<br />

infecciosas, hereditárias, câncer, entre outros,<br />

revolucionado o mercado de diagnóstico. Com<br />

isso, a Biomedica traz soluções inovadoras e de<br />

alta tecnologia para promover cada vez mais a<br />

técnica da Biologia Molecular.<br />

O kit VIASURE de detecção Zika, Dengue &<br />

Chikungunya Real Time PCR foi desenvolvido<br />

para detecção e diferenciação específicas dos<br />

vírus Zika, Dengue e/ou Chikungunya em<br />

amostras clínicas de pacientes com sinais e<br />

sintomas de infecção pelos vírus citados à cima.<br />

O RNA é extraído das amostras, amplificado<br />

usando RT-PCR e detectado usando sondas de<br />

corante repórter fluorescente específicas para<br />

os vírus Zika, Dengue e Chikungunya.<br />

Kit VIASURE ZDC Real Time PCR contém em<br />

cada poço todos os componentes necessários<br />

para o teste de PCR em tempo real (iniciadores/<br />

sondas específicas, dNTPS, tampão, polimerase,<br />

retrotranscriptase) em um formato estabilizado,<br />

bem como um controle interno para monitorar<br />

a inibição da PCR. Os alvos de RNA do vírus<br />

Zika são amplificados e detectados no canal<br />

Cy5, os alvos de RNA do vírus da Dengue são<br />

amplificados e detectados no canal FAM,<br />

os alvos de RNA do vírus Chikungunya são<br />

amplificados e detectados no canal ROX e o<br />

controle interno (IC) no canal HEX, VIC ou JOE.<br />

de detecção comumente usado durante a fase<br />

aguda da infecção. Para fazer isso, amostras<br />

clínicas que podem ser testadas, incluindo<br />

sangue, soro, plasma, urina e outras.<br />

O desempenho clínico do kit VIASURE ZDC<br />

Real Time PCR foi avaliado com amostras dos<br />

programas INSTAND e QCMD. O desempenho<br />

clínico do ensaio VIASURE foi testado usando<br />

102 amostras clínicas. Os resultados mostram<br />

uma alta sensibilidade e especificidade para<br />

detectar Zika, Dengue e Chikungunya usando<br />

o VIASURE ZDC.<br />

A reatividade do kit VIASURE ZCD Real Time<br />

PCR para o vírus Dengue foi avaliada contra<br />

vírus Dengue 1 cepa Hawaii, vírus Dengue<br />

2 cepa New Guinea C, vírus Dengue 3 cepa<br />

H87 e vírus Dengue 4 cepa H241 mostrando<br />

resultados positivos.<br />

A reatividade do kit VIASURE ZCD Real Time<br />

PCR para Chikungunya foi avaliada contra vírus<br />

Chikungunya S27 Petersfield (genótipo africano),<br />

e vírus Chikungunya Martinique isolate (genótipo<br />

asiático) mostrando resultados positivos.<br />

Os testes de diagnóstico laboratorial são<br />

baseados na detecção do vírus, componentes<br />

virais (antígenos ou ácido nucleico) ou na<br />

resposta imunológica do hospedeiro ao vírus.<br />

No entanto, devido à reatividade cruzada<br />

dos anticorpos desses vírus limitar o uso da<br />

sorologia, o PCR em tempo real é um método<br />

A reatividade do kit VIASURE ZCD Real Time<br />

PCR para o vírus Zika foi avaliada contra a cepa<br />

MR 766 (Uganda, 1947), vírus Zika cepa 1<br />

1474/16 (Polinésia Francesa), cepa 11468/16<br />

(Polinésia Francesa), o vírus do Zika (africano)<br />

e a cepa do vírus do Zika PF13/251013-18<br />

(asiática) mostrando resultados positivos.<br />

Biomedica Equipamentos e Suprimentos LTDA.<br />

SIA trecho 03 - lotes 625 - sala 230C<br />

CEP 71200-030<br />

Telefone (61) 3363-4422 (whatsapp)<br />

Email: contato@biomedica.com.br<br />

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0 146<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


COMPACTA E PODEROSA.<br />

Chegou ao portfólio GT Group a GT Spin<br />

Mini, a centrífuga portátil para tornar as<br />

INFORME DE MERCADO<br />

tarefas diárias de centrifugação mais práticas.<br />

Tem rotor com capacidade de até 8 x 2,0 mL<br />

micro tubos e rotação de até 10.000 RPM. O<br />

fechamento de tampa é suave para travamento<br />

ergonômico e o funcionamento é interrompido<br />

ao abrir a tampa, garantindo a segurança do<br />

profissional e fácil acesso às amostras.<br />

A agilidade na centrifugação também se<br />

dá pelo design simplificado, com display<br />

LED que exibe a velocidade e o tempo de<br />

rolamento, e o teclado fácil de usar.<br />

A GT Spin Mini é prática, silenciosa e<br />

multiuso para atender as demandas do<br />

seu laboratório. É pequena o suficiente<br />

para permitir que estações de trabalho<br />

individuais sejam equipadas com uma<br />

centrífuga portátil.<br />

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS<br />

• Velocidade nominal: até 10000 RPM (1000 RPM / incremento)<br />

• RCF máximo: 5460 × g<br />

• Precisão da velocidade: ± 30 RPM<br />

• Adaptador para tubos: 8 × 0,2 mL / 8 × 0,5 mL / 8 × 1,5 mL / 8 × 2,0 mL / 2 x 0,1 mL PCR-8 tubos em tiras, 2 x 0,2 mL PCR-8 tubos em tiras<br />

• Modo de funcionamento: Tempo / Constante<br />

• Faixa de tempo: 1s-99min<br />

• Função de segurança: monitorar a condição de tampa aberta / fechada<br />

• Motor de acionamento: motor DC<br />

• Potência de entrada: 40W<br />

• Potência de saída: 16W<br />

• Fonte de alimentação: monofásico 100-240 V, 50/60 Hz<br />

• Nível de ruído: < 45dB<br />

• Dimensão: 195 × <strong>170</strong> × 135 mm<br />

• Peso líquido: 0,8 kg<br />

Entre em contato com a equipe GT Group para conhecer esta novidade. Além de te auxiliar na<br />

escolha das melhores opções do mercado para o seu negócio, você fica ainda mais seguro com a<br />

assistência total também no pós-compra.<br />

Deixe a experiência GT Group<br />

surpreender você!<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 147


INFORME DE MERCADO<br />

EXAME HEVYLITE® DA BINDING SITE COMEÇA A SER<br />

OFERECIDO NO BRASIL<br />

O Hevylite® é um teste que possibilita a<br />

quantificação do isotipo de cadeia pesada + leve<br />

das imunoglobulinas no soro, ou seja, um teste<br />

laboratorial para medição de imunoglobulinas<br />

intactas, importante para pacientes com<br />

diagnóstico de Mieloma Múltiplo (MM), em fase<br />

de monitoramento da doença.<br />

O Hospital Israelita Albert Einstein é o primeiro<br />

no Brasil a disponibilizar esta grande novidade<br />

para os médicos e pacientes, com a inclusão do<br />

exame Hevylite® na rotina do seu laboratório<br />

clínico, assim como foi com o Freelite® (exame<br />

para quantificação de cadeias leves livres kappa/<br />

lambda). Quando utilizado em conjunto com<br />

os exames do painel para Mieloma, o Hevylite®<br />

oferece uma série de vantagens no monitoramento<br />

de pacientes com Gamopatias Monoclonais.<br />

Dentre os benefícios do Hevylite®,<br />

destacam-se:<br />

• Eliminação da subjetividade dos resultados e possível<br />

dificuldade de interpretação da imunofixação e<br />

também da eletroforese em alguns casos;<br />

• Utilização em conjunto com o Freelite e os outros<br />

exames tradicionais, oferecendo o melhor painel<br />

para diagnóstico e monitoramento da doença;<br />

• Indicativo de doença residual mínima e<br />

antecipação da informação sobre possível recaída<br />

• Monitoramento mais rápido e preciso de possíveis<br />

alterações clonais.<br />

O uso do Hevylite® em conjunto com o Freelite®<br />

no monitoramento dos pacientes com MM garante<br />

maior precisão e fornece informações relevantes<br />

para a conduta médica. Para saber mais detalhes<br />

sobre o Freelite® ou o Hevylite® e conhecer os<br />

laboratórios clínicos que atualmente realizam tais<br />

exames no Brasil, entre em contato conosco.<br />

Para mais informações entre<br />

em contato com a equipe:<br />

info@bindingsite.com.br<br />

www.freelite.com.br<br />

0 148<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


CORANTES HEMATOLÓGICOS TRADICIONAIS RÁPIDOS<br />

NEWPROV<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Uma nova geração de corantes rápidos,<br />

mantendo a metodologia tradicional e<br />

garantindo o desempenho.<br />

• Tempo reduzido;<br />

• Coloração tradicional;<br />

• Resposta de coloração excelente;<br />

• Acompanha tampão para o preparo de<br />

água, garantindo o ótimo desempenho;<br />

• Melhor custo x benefício.<br />

Em 1897, Paulo Erlich utilizou pela primeira<br />

vez corantes derivados da anilina para corar<br />

as células sanguíneas. Ele classificou estes<br />

corantes em ácidos, básicos e neutros. As<br />

combinações destes corantes se tornaram a<br />

base para as colorações de Romanowsky.<br />

Dimitri Leonidovich Romanowsky modificou<br />

a técnica de Erlich usando uma mistura<br />

aquosa de eosina Y e azul de metileno<br />

oxidado. Como esta solução não era estável,<br />

James Homer Wright introduziu o metanol<br />

como solvente e fixador prévio da extensão<br />

sanguínea. Gustav Giemsa padronizou as<br />

soluções corantes e adicionou glicerol para<br />

aumentar a solubilidade e estabilidade.<br />

Todas as colorações desenvolvidas por<br />

Wright, por Giemsa, por Richard May e Ludwig<br />

Grünwald e por William Boog Leishman<br />

receberam a denominação de colorações<br />

derivadas de Romanowsky.<br />

Todas estas colorações são chamadas de<br />

corantes tradicionais e utilizadas na rotina<br />

laboratorial, como descrito, há muito tempo. Mas<br />

são corantes que têm um tempo de técnica em<br />

torno de 15 a 20 minutos. Um tempo bastante<br />

prolongado em relação ao tempo em que um<br />

contador hematológico realiza o hemograma.<br />

A Newprov traz uma nova versão dos corantes<br />

de Leishman e Wright, uma versão que mantém<br />

a mesma tradição de qualidade, mas em um<br />

tempo bastante reduzido. Esta nova versão,<br />

chamada de Leishman e Wright rápidos, têm<br />

um tempo de coloração de 4 minutos. Com uma<br />

vantagem a mais, o corante (tanto Leishman<br />

como Wright) vêm acompanhados de uma<br />

solução tampão pH 6,8. O conjunto, corante<br />

+ tampão, garante a mesma qualidade de<br />

coloração que a técnica tradicional.<br />

TESTE E COMPROVE A EFICIÊNCIA<br />

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Rua Primeiro de Maio , 608 Pinhais- PR<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 149


INFORME DE MERCADO<br />

PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS NA COVID-19<br />

Por: Adriana Fontes e Thaís C. Miranda<br />

O vírus SARS-CoV-2, autor da COVID-19, é<br />

responsável por alterações em diversos sistemas<br />

tais como respiratório, cardiovascular, renal,<br />

gastrointestinal e hematológico. O diagnóstico<br />

da COVID-19, segundo a Organização Mundial<br />

Saúde, é estabelecido por meio de confirmação<br />

laboratorial, independentemente da apresentação<br />

clínica do paciente, uma vez que existem casos<br />

assintomáticos. O hemograma, sendo um dos<br />

exames solicitados após o diagnóstico, tem o papel<br />

inicial de direcionar o profissional de saúde quanto<br />

ao prognóstico da doença.<br />

De modo geral pacientes com diagnóstico<br />

positivo para a infecção, apresentam<br />

hemograma característico, com aumento da<br />

contagem global de leucócitos, redução de<br />

linfócitos além de variações nas plaquetas<br />

e no tamanho/formato das hemácias. Tais<br />

alterações atuam como indicadores do estado<br />

inflamatório e coagulativo do paciente, visto<br />

que já foi correlacionado um aumento destas<br />

com a forma grave da doença.<br />

É importante salientar que a COVID-19 possui<br />

quatro fases e com elas ocorre a variação das<br />

intensidades dessas alterações. A primeira<br />

fase refere-se ao surgimento dos sintomas.<br />

Nessa etapa, as oscilações no exame de sangue<br />

ocorrem de forma leve, com pequena redução<br />

de linfócitos. Com a evolução dos sintomas<br />

(segunda fase), a linfocitose acentua-se e<br />

é perceptível uma queda de saturação de<br />

oxigênio (5% a 7%), devido ao prejuízo nas<br />

estruturas dos eritrócitos e da hemoglobina,<br />

causadas pelo vírus.<br />

Na terceira e quarta fase o quadro<br />

hematológico intensifica-se e ocorre maior<br />

desregulação da saturação de oxigênio que por<br />

si só desencadeia diversas mudanças em vários<br />

analitos, como o aumento de LDH (lactato<br />

desidrogenase) e lactato, proteína C-reativa, o<br />

Dímero-D entre outros.<br />

A correlação dos índices laboratoriais com o<br />

curso da doença, são essenciais para um melhor<br />

entendimento da fisiopatologia da COVID-19<br />

e fornecem importantes informações sobre<br />

como o organismo está reagindo à infecção.<br />

Portanto uma avaliação minuciosa desses<br />

índices durante o curso da doença auxilia os<br />

médicos a formularem uma melhor abordagem<br />

de tratamento e cuidado, permitindo assim a<br />

interrupção da cadeia de transmissão do vírus<br />

e a recuperação do paciente.<br />

Referências<br />

(1) CAIRES SILVEIRA, Elena. Prediction of COVID-19<br />

From Hemogram Results and Age Using Machine<br />

Learning. Frontiers in Health Informatics, [S.l.], v. 9, p.<br />

39, aug. 2020. ISSN 2676-7104. Available at: .<br />

Date accessed: 15 feb. 2022. doi:http://dx.doi.<br />

org/10.30699/fhi.v9i1.234.<br />

(2) Acar, E, Demir, A, Yıldırım, B, Kaya, MG, Gökçek,<br />

K. The role of hemogram parameters and C-reactive<br />

protein in predicting mortality in COVID-19 infection.<br />

Int J Clin Pract. 2021; 75:e14256. https://doi.<br />

org/10.1111/ijcp.14256<br />

(3) SARMIS, Abdurrahman et al. Can Hemogram<br />

Parameters Predict a Positive PCR Result in COVID-19?.<br />

Bangladesh Journal of Medical Science, p. 118-124, 2021.<br />

(4) JIMENO, Sara et al. Usefulness of the Hemogram in<br />

COVID-19. Fighting the COVID-19 Pandemic, p. 333, 2021.<br />

(5) KUCUKCAN, Nagehan Erdogmuş; KUCUKCAN, Akif. The<br />

relationship between hemogram parameters with clinical<br />

progress in COVID-19 patients. Dicle Tıp Dergisi, v. 47, n. 4,<br />

p. 763-769, 2020.<br />

(6) GRUNEWALD, S. T. F. Manifestações hematológicas na<br />

covid-19. Hematology, Transfusion and Cell Therapy, v. 42,<br />

p. 542, 2020.<br />

(7) SCHAEFER, M. F. B. et al. PRESENÇA DE CÉLULAS<br />

COGUMELO EM PACIENTE COVID-19 POSITIVO: RELATO<br />

DE CASO. Hematology, Transfusion and Cell Therapy, v.<br />

43, p. S430, 2021.<br />

(8) LINSSEN, Joachim et al. A novel haemocytometric<br />

COVID-19 prognostic score developed and validated in<br />

an observational multicentre European hospital-based<br />

study. Elife, v. 9, p. e63195, 2020.<br />

Tel : +55 31- 3489-5100<br />

0 150<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


ANVISA APROVA O REGISTRO DO KIT<br />

ALTOSTAR® HIV RT-PCR KIT 1.5<br />

Em 10 de janeiro de 2022, a ANVISA aprovou o<br />

registro do AltoStar® HIV RT-PCR Kit 1.5 da<br />

altona Diagnostics (Registro nº 80102512760),<br />

baseado na tecnologia de PCR em tempo real.<br />

O kit detecta e quantifica o RNA específico<br />

do vírus da imunodeficiência humana (HIV)<br />

(grupos M, N e O) no plasma humano com<br />

EDTA. Ele foi projetado para uso com o Fluxo<br />

de Trabalho de Diagnóstico Molecular<br />

AltoStar®, que oferece maior flexibilidade no<br />

gerenciamento de amostra para PCR.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

O vírus da imunodeficiência humana (HIV)<br />

pertence ao gênero Lentivirus, que é um<br />

subgrupo da família Retroviridae. Das duas<br />

espécies de HIV descritas – HIV tipo 1 (HIV-<br />

1) e HIV tipo 2 (HIV-2) – o HIV-1 é o mais<br />

comum. Projetado como um ensaio de alvo<br />

duplo, o AltoStar® HIV RT-PCR Kit 1.5<br />

permite a amplificação de regiões separadas<br />

do genoma do HIV-1 para monitorar pacientes<br />

infectados pelo HIV.<br />

O AltoStar® HIV RT-PCR Kit 1.5 faz<br />

parte do amplo portfólio de testes da<br />

altona Diagnostics para doenças infecciosas<br />

baseadas em PCR em tempo real. Para<br />

mais informações sobre os nossos produtos<br />

para doenças infecciosas e para o portfólio<br />

completo, entre no nosso site ou nos mande<br />

uma mensagem.<br />

altona Diagnostics Brasil LTDA<br />

Rua São Paulino, 221 – São Paulo – SP<br />

Fone: +55 11 5083-1390<br />

Cel +55 11 97066-6084<br />

E-mail: vendas.brasil@altona-diagnostics.com<br />

Site: www.altona-diagnostics.com<br />

Imagens meramente ilustrativas<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 151


INFORME DE MERCADO<br />

COMO FUNCIONA A BIOLOGIA MOLECULAR?<br />

Biologia Molecular é o estudo da composição,<br />

estrutura e interações de moléculas celulares –<br />

como ácidos nucleicos e proteínas. A ciência dos<br />

genes é focada no estudo da variação genética<br />

Essas matrizes permitem que os biólogos<br />

moleculares meçam a expressão de dezenas<br />

de milhares de genes simultaneamente e<br />

genotipem várias regiões de um genoma. A<br />

Qual é o impacto da água na biologia<br />

molecular?<br />

A qualidade da água tem um efeito tremendo<br />

nas técnicas de biologia molecular. Em aplicações<br />

e da hereditariedade nos organismos. A eletroforese de ácido nucleico é uma maneira genéticas, é essencial usar água altamente<br />

Histologia é o estudo da anatomia microscópica<br />

de células e tecidos.<br />

de separar DNA, RNA e proteínas com base no<br />

tamanho e na carga elétrica.<br />

pura com níveis de nuclease abaixo do limite<br />

de detecção ao preparar tampões, reagentes e<br />

em todo o fluxo de trabalho – por exemplo, ao<br />

A biologia molecular é o estudo da composição,<br />

estrutura e interações de moléculas celulares,<br />

como ácidos nucleicos e proteínas.<br />

Para que serve a Biologia Molecular?<br />

As técnicas de biologia molecular podem<br />

ser aplicadas em muitos campos, incluindo<br />

operar o sequenciador de DNA – para evitar a<br />

degradação de ácidos nucleicos. A mesma água<br />

de alta pureza também deve ser usada durante a<br />

pesquisa, diagnóstico médico, forense e fabricação de microarranjos de DNA.<br />

Como funciona a Biologia Molecular? agricultura. Os pesquisadores usam métodos<br />

A biologia molecular trata da compreensão das de biologia molecular para estudar a Que tipos de contaminantes na água<br />

interações entre os vários sistemas de uma célula,<br />

particularmente a relação entre DNA, RNA e síntese<br />

de proteínas, e a regulação dessas interações. Ele<br />

se sobrepõe significativamente a outras ciências<br />

biológicas, em especial genética e bioquímica.<br />

estrutura e a função dos genes, e realizam<br />

estudos epigenéticos para prever mutações,<br />

genes individuais e interações genéticas que<br />

podem afetar a expressão de um fenótipo.<br />

O diagnóstico médico emprega técnicas de<br />

biologia molecular para aplicações como testes<br />

podem afetar os resultados da biologia<br />

molecular?<br />

Embora as nucleases sejam o principal<br />

contaminante para todas as técnicas discutidas,<br />

os métodos de biologia molecular também<br />

são afetados por íons, compostos orgânicos e<br />

Os biólogos moleculares usam uma variedade<br />

de técnicas para estudar ácidos nucléicos<br />

e proteínas, incluindo reação em cadeia da<br />

polimerase (PCR), sequenciamento de DNA<br />

e RNA, microarranjos de DNA e eletroforese<br />

de ácidos nucléicos. O PCR é uma técnica<br />

usada para amplificar um pedaço de DNA,<br />

gerando milhares a milhões de cópias de uma<br />

sequência específica de DNA em poucas horas.<br />

O sequenciamento de DNA é a determinação da<br />

ordem dos nucleotídeos em uma fita de DNA,<br />

enquanto o sequenciamento de RNA examina<br />

a quantidade e sequências de RNA em uma<br />

amostra para analisar padrões de expressão<br />

gênica e transcriptômica. Microarranjos de<br />

genéticos e de doenças infecciosas, detecção<br />

de mutações oncogênicas e até histologia,<br />

por exemplo, para rastrear câncer de mama<br />

HER2 positivo. A biologia molecular também<br />

contribuiu para o desenvolvimento de terapias<br />

gênicas e desempenha um papel importante na<br />

compreensão da fisiologia celular, permitindo<br />

que o método de ação e regulação seja<br />

investigado e usado para direcionar com mais<br />

eficiência o desenvolvimento de medicamentos<br />

e aprimorar os testes diagnósticos. Cientistas<br />

forenses confiam na amplificação por PCR do<br />

gDNA para diferenciar entre indivíduos para<br />

fins de identificação, enquanto na agricultura<br />

o PCR desempenha um papel fundamental<br />

bactérias.<br />

Nucleases<br />

Água altamente pura com níveis de nuclease<br />

abaixo do limite de detecção é essencial para<br />

evitar a degradação do DNA/RNA durante o<br />

PCR, sequenciamento, eletroforese, preparação<br />

e uso de microarranjos.<br />

Íons<br />

O PCR usa polimerase, que requer uma<br />

concentração específica de magnésio para<br />

máxima eficiência e é sensível a metais pesados,<br />

como cádmio e zinco, bem como a vários<br />

metais bivalentes. É particularmente afetado<br />

DNA são uma coleção de sequências de genes na detecção de patógenos alimentares, por metais de transição – por exemplo, ferro,<br />

imobilizadas em um suporte sólido, como vidro, genotipagem de plantas e testes para cobalto, cobre e níquel – que podem se ligar<br />

um chip de silício ou esferas microscópicas. organismos geneticamente modificados<br />

ao sítio ativo da enzima e afetar sua atividade<br />

0 152<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


INFORME DE MERCADO<br />

catalítica. Na eletroforese, concentrações<br />

desconhecidas de íons tornam mais difícil<br />

manter a força iônica necessária e o pH dos<br />

tampões. Concentrações de íons desconhecidas<br />

também são um problema com microarranjos,<br />

onde são necessárias concentrações específicas<br />

para a hibridização ideal.<br />

Compostos Orgânicos<br />

No PCR, moléculas orgânicas carregadas<br />

negativamente mimetizam a carga do DNA e<br />

podem interferir no processo catalítico atuando<br />

como inibidores não competitivos, reduzindo<br />

a eficiência da polimerase. Os compostos<br />

orgânicos também são contaminantes disruptivos<br />

no sequenciamento de DNA e podem afetar<br />

adversamente a eletroforese em gel, com grandes<br />

ácidos orgânicos – por exemplo, ácidos húmicos<br />

e fúlvicos decorrentes da degradação da matéria<br />

natural – co-eluindo com os fragmentos de<br />

DNA. Compostos orgânicos também podem dar<br />

origem a erros de sequenciamento, absorvendo<br />

e extinguindo o sinal dos corantes fluorescentes<br />

frequentemente usados para detecção, e interferir<br />

no processo de hibridização de microarranjo.<br />

Bactérias<br />

As bactérias podem liberar nucleases na água e<br />

devem ser reduzidas a um nível tão baixo quanto<br />

possível para evitar a degradação do nucleico.<br />

Como o ELGA resolve problemas de<br />

pureza da água para biologia molecular?<br />

A experiência e a reputação de longa data<br />

da ELGA garantem que sua equipe experiente<br />

possa ajudar os clientes a determinar o nível de<br />

pureza da água necessário para suas aplicações.<br />

A empresa oferece uma variedade de sistemas<br />

de purificação de água para aplicações de<br />

biologia molecular, cada um com suas próprias<br />

vantagens e limitações. Por exemplo, o<br />

PURELAB Chorus 1 Life Science, sustentado pelo<br />

avançado sistema de deionização PureSure®,<br />

fornece consistentemente pureza de água de<br />

18,2 MΩ.cm (Tipo I+/I), com contaminação<br />

orgânica e bacteriana muito baixa e nucleases<br />

abaixo do limite de detecção.<br />

Conclusão<br />

A biologia molecular abrange uma<br />

variedade de técnicas, incluindo PCR,<br />

sequenciamento de DNA/RNA, microarranjos<br />

de DNA e eletroforese. A água do tipo I com<br />

níveis de nuclease indetectáveis é essencial<br />

para esses processos. A ampla gama de<br />

sistemas de purificação de água da ELGA<br />

ajuda laboratórios em todo o mundo a realizar<br />

procedimentos de biologia molecular sem se<br />

preocupar com impurezas da água.<br />

Sobre a Veolia<br />

O grupo Veolia é a referência mundial em<br />

gestão otimizada dos recursos. Presente nos cinco<br />

continentes com quase 179000 assalariados,<br />

o Grupo concebe e implementa soluções para<br />

a gestão da água, dos resíduos e da energia,<br />

que fomentam o desenvolvimento sustentável<br />

das cidades e das indústrias. Com suas três<br />

atividades complementares, Veolia contribui<br />

ao desenvolvimento do acesso aos recursos, à<br />

preservação e renovação dos recursos disponíveis.<br />

Em 2019, o grupo Veolia trouxe água potável<br />

para 98 milhões de habitantes e saneamento<br />

para 67 milhões, produziu cerca de 45 milhões<br />

de megawatt/hora e valorizou 50 milhões de<br />

toneladas de resíduos. Veolia Environnement<br />

(Paris Euronext : VIE) realizou em 2019 um<br />

faturamento consolidado de 27,189 bilhões de<br />

euros. www.veolia.com<br />

Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />

Rafaela Rodrigues<br />

Tel. +55 11 3888-8782<br />

rafaela.rodrigues@veolia.com<br />

0 154<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


DYNASCATTER LASER + HEM488<br />

TECNOLOGIA INTEGRADA DE LASER, REAGENTES<br />

OTIMIZADOS E NOVOS ALGORITMOS DE ANÁLISE.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A Nihon Kohden iniciou os negócios de IVD<br />

em 1972 e tem desenvolvido equipamentos<br />

eletrônicos médicos de ponta, atendendo a<br />

linha humana e veterinária. Os analisadores<br />

hematológicos da série Celltac são distribuídos<br />

em mais de 120 países em todo o mundo.<br />

Dentre muitas tecnologias que foram<br />

desenvolvidas nesses 50 anos, a mais<br />

recente, única e exclusiva, é a tecnologia<br />

DynaScatter Laser + HEM488. A tecnologia<br />

DynaScatter Laser foi inicialmente<br />

desenvolvida para diferencial de leucócitos<br />

em 5 partes, com apenas uma fonte de laser,<br />

porém para a medição dos reticulócitos<br />

houve uma integração, à essa tecnologia, de<br />

um laser azul de 488 nm.<br />

Essa tecnologia tem a capacidade de fazer a<br />

leitura através da ação do reagente corante<br />

de DNA e RNA e a excitação gerada pelo laser<br />

azul, que origina dois tipos de fluorescência.<br />

As informações de DNA são calculadas por luz<br />

fluorescente verde e as informações de RNA são<br />

calculadas por luz fluorescente vermelha.<br />

Através do diagrama de dispersão RNP*<br />

methodTM (International Patent # :<br />

W02007/129485) minimiza-se a influência de<br />

substâncias interferentes para um resultado de<br />

reticulócitos muito mais preciso.<br />

* Y. Nagai et al. “Determination of red cells, nucleic acidcontaining<br />

cells and platelets (RNP Determination) by a<br />

crossover analysis of emission DNA/RNA light” Int. Jnl.<br />

Lab. Hem. 2009; 31: 420–429<br />

Opte pela melhor tecnologia para o<br />

seu laboratório!<br />

Opte por equipamentos hematológicos<br />

Celltac da Nihon Kohden!<br />

Por: Vanessa Santinato<br />

NIHON KOHDEN<br />

Rua Diadema, 89 1° andar CJ. 11 a 17 - Bairro Mauá<br />

São Caetano do Sul - SP - CEP 09580-670, Brasil<br />

Contato: +55 11 3044-<strong>170</strong>0 - FAX: + 55 11 3044-0463<br />

E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

Siga nossas redes sociais e fique ligado em todas<br />

as novidades!<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 155


INFORME DE MERCADO<br />

DOSAGEM DE PROCALCITONINA (PCT) EM<br />

ANALISADORES BIOQUÍMICOS<br />

Marcador específico para diagnóstico de infecção bacteriana e sepse.<br />

A medição de PCT, é utilizada em laboratórios<br />

clínicos principalmente para o diagnóstico e<br />

acompanhamento de infecção bacteriana e sepse,<br />

bem como para a tomada de decisões terapêuticas<br />

sobre o início e a duração da antibioticoterapia.<br />

Importância da Procalcitonina<br />

• Em 28 de maio de 2020, o exame de<br />

procalcitonina (PCT) foi incluído pela ANS no rol<br />

de cobertura obrigatória dos planos de saúde, para<br />

as investigações clínico-laboratoriais em pacientes<br />

graves de Covid-19, auxiliando na distinção entre<br />

situações de maior gravidade e quadros mais<br />

brandos da doença.<br />

• A concentração da PCT aumenta após 2-6<br />

horas, esta resposta rápida é altamente específica<br />

para infecções bacterianas e fez do PCT um dos<br />

biomarcadores mais importantes na detecção de<br />

infecção bacteriana ou sepse.1<br />

• A PCT é usada para diferenciar infecções virais<br />

e bacterianas e, com isso, auxilia na decisão da<br />

conduta médica sobre a real necessidade de<br />

prescrição de antibióticos.2<br />

• A prescrição de antibióticos não apenas impõe<br />

uma carga sobre os recursos de saúde, mas,<br />

principalmente, contribui para o problema mundial<br />

de resistência aos antimicrobianos.3 A inclusão<br />

da PCT como um novo marcador de diagnóstico<br />

em uma estratégia terapêutica reduz as taxas de<br />

prescrição de antibióticos em mais de 40%.4<br />

• Diretrizes Americanas, Alemãs, Européias e<br />

a Agência de Pesquisa e Qualidade em Saúde<br />

(AHRQ) do Departamento de Saúde e Serviços<br />

Humanos dos EUA são unanimes em recomendar<br />

o uso da Procalcitonina como uma ferramenta<br />

diagnóstica para guiar a terapia antibiótica e<br />

diminuir o tempo de hospitalização.5,6,7,8,9<br />

• Estudos clínicos comprovam que a PCT,<br />

quando comparada com outros marcadores<br />

(PCR, IL6, Lactato) para diagnósticos de<br />

sepse, é mais confiável. Concentrações de<br />

PCT> 1 ng/mL apresentaram sensibilidade<br />

de 89% e especificidade de 94% para o<br />

diagnóstico de sepse.10,11<br />

Sabendo da importância do uso da Procalcitonina<br />

em internações hospitalares, é necessário um<br />

teste rápido, precoce e confiável para detecção de<br />

bacteremia e sepse. A Ebram possui em sua linha de<br />

produtos, o kit para dosagem de procalcitonina em<br />

analisadores bioquímicos automáticos, eliminando<br />

assim a necessidade de instrumentação dedicada<br />

e de alto custo. O kit de PCT possui metodologia<br />

imunoturbidimétrica avançada de látex e utiliza<br />

múltiplos anticorpos monoclonais para aumentar<br />

a sensibilidade e especificidade do teste, e<br />

apresenta ótima correlação com o método de<br />

referência VIDAS® B • R • A • H • M • S PCT .<br />

Para mais informações técnicas sobre o<br />

kit TURB PCT - Procalcitonina, consulte seu<br />

distribuidor ou entre em contato com a equipe<br />

de vendas Ebram.<br />

Referência<br />

1. Assicot M, Gendrel D, Garsin H, et al., High serum procalcitonin<br />

concentrations in patients with sepsis and infection. Lancet., 1993;<br />

341:515–518.<br />

2. Philipp Schuetz, Mirjam Christ-Crain, Beat Müller Procalcitonin<br />

and Other Biomarkers for the Assessment of Disease Severity and<br />

Guidance of Treatment in Bacterial Infections. ADVANCES IN SEPSIS.,<br />

2008; Vol 6 No 3 page 82-89<br />

3. John JF, Fishman NO., Programmatic role of the infectious diseases<br />

physician in controlling antimicrobial costs in the hospital. Clin Infect<br />

Dis., 1997; 24:471- 85<br />

4. O. Burkhardt, S. Ewig, U. Haagen, S. Giersdorf, O. Hartmann, K.<br />

Wegscheider, E. Hummers-Pradier and T. Welte., Procalcitonin<br />

guidance and reduction of antibiotic use in acute respiratory tract<br />

infection. Eur Respir J., 2010; 36:601–607<br />

5. O’Grady NP, Barie PS, Bartlett JG, Bleck T, Carroll K, Kalil AC et al.,<br />

Guidelines for evaluation of new fever in critically ill adult patients:<br />

2008 update from the American College of Critical Care Medicine<br />

and the Infectious Diseases Society of America Crit Care Med., 2008;<br />

36(4):1330-49.<br />

6. Dellinger P., 41st Critical Care Congress (SCCM), Houston, Tx; 2012<br />

7. Höffken G et al., Epidemiologie, Diagnostik, antimikrobielle<br />

Therapie und Management von erwachsenen Patienten mit<br />

ambulant erworbenen unteren Atemwegsinfektionen sowie<br />

ambulanterworbener. Pneumologie., 2009; 63: e1-e68<br />

8. Woodhead M et al., Guidelines for the management of adult<br />

lower respiratory tract infections. Clin Microbiol Infect., 2011; 17<br />

(Suppl. 6): E1-E59<br />

9. Soni NJ, Samson DJ, Galaydick JL, Vats V, Pitrak DL, Aronson N.,<br />

Procalcitonin-Guided Antibiotic Therapy. Rockville (MD): Agency<br />

for Healthcare Research and Quality (US)., 2012; Oct. Report No.:<br />

12(13)-EHC124-EF<br />

10. Müller B, Becker KL, Schächinger H et al., Calcitonin precursors<br />

are reliable markers of sepsis in a medical intensive care unit. Crit Care<br />

Med., 2000; 28:977–83.<br />

11. Hyuck Lee., Procalcitonin as a biomarker of infectious diseases.<br />

Korean J Intern Med., 2013; 28:285-291<br />

Dipalo, Mariella, Lorena Guido, Gianmatteo Micca, Salvatore Pittalis,<br />

Massimo Locatelli, Andrea Motta, Vincenza Bianchi, Tiziana Callegari,<br />

Rosalia Aloe, Giorgio Da Rin, and Giuseppe Lippi. “Multicenter<br />

Comparison of Automated Procalcitonin Immunoassays.” Practical<br />

Laboratory Medicine 2 (2015): 22-28. Web<br />

Para mais informações:<br />

www.ebram.com<br />

Tel.: 11-2291-2811<br />

0 156<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


A J.R. EHLKE APOSTA EM LINHA DE ANÁLISE CELULAR<br />

HEMATOLÓGICA – MINDRAY - CAL 6000<br />

INFORME DE MERCADO<br />

O CAL 6000 faz parte de uma nova geração<br />

em análise celular de hematologia,<br />

para bancada. A combinação de duas<br />

unidades de analisadores hematológicos<br />

BC-6000 (amostras de sangue total ou<br />

fluidos biológicos) e uma unidade de<br />

SC-120 (automação em distensão e<br />

corador de lâminas) perfaz a velocidade<br />

de 220 hemogramas/hora e 120 lâminas/<br />

hora. O CAL 6000 é um equipamento<br />

com três plataformas de carregamento<br />

e três plataformas de descarregamento<br />

contínuos com alta capacidade de<br />

amostras. As esteiras de carregamento<br />

dos analisadores hematológicos são<br />

bidirecionais, sendo uma patente Mindray.<br />

O primeiro analisador de hematologia<br />

permite a distribuição rápida de amostras,<br />

melhorando a eficiência e produtividade.<br />

Caso os resultados da amostra acionem os<br />

critérios, o carregador automático de cada<br />

analisador retornará os racks de amostra<br />

para verificação automática ou repetição<br />

de reflexo. Amostras de emergência são<br />

permitidas com resultados em tempo<br />

reduzido. Utilizando adaptador com<br />

patente própria, vários tipos de tubos são<br />

permitidos. Simplesmente seguindo 3<br />

etapas de "load and go", os usuários do<br />

SC-120 podem obter lâminas finalizadas<br />

que estão prontas para a revisão<br />

microscópica. As racks de tubos podem<br />

ser personalizadas em cores diferentes<br />

determinando os modos de teste<br />

específicos. As amostras STAT podem<br />

ser carregadas em modo aberto para<br />

diminuir o tempo de execução do teste<br />

ou em racks com prioridade. Ao mudar o<br />

status on-line para o off-line, os usuários<br />

podem desconectar cada analisador de<br />

hematologia da estação de trabalho e<br />

operar como uma unidade apenas.<br />

J.R.EHLKE<br />

Av. João Gualberto, 1.661 Juvevê -<br />

Curitiba-PR Cep: 8003-001<br />

Tel : +55 41 3352-2144<br />

www.jrehlke.com.br<br />

jrehlke@jrehlke.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 157


INFORME DE MERCADO<br />

HAGELAB AGORA COM SUAS SOLUÇÕES DISPONÍVEIS<br />

AO MERCADO<br />

Como tem sido tratado de forma muito<br />

enfática e cada vez mais, estamos assistindo<br />

o ajuste do mercado mundial. Isso, em<br />

absolutamente todos os aspectos.<br />

Saímos de uma pandemia global, onde todos<br />

os hábitos e ânimos humanos passaram por<br />

transformações, tivemos que nos adaptar,<br />

modificar nossos hábitos, nossas vidas, e como<br />

empresa não foi diferente, vieram inúmeras<br />

adaptações como home office, trabalhos<br />

remotos, distanciamento social, empresas que<br />

fecharam e outras que nasceram...<br />

Como se não bastasse, há o conflito entre<br />

(Rússia x Ucrânia) a qual o mundo está contra,<br />

mas o impacto econômico, social, financeiro e<br />

mercadológico no geral será expressivo.<br />

Os custos de insumos básicos sofrerão impactos<br />

desde a agricultura, combustíveis, medicamentos<br />

e tudo o que precisamos para sobrevivência. O<br />

que terá impacto cada vez maior na viabilidade<br />

das empresas e das pessoas.<br />

Isso nos fez refletir quanto ao ESG, sustentabilidade,<br />

eficiência, diminuição de desperdícios e na<br />

qualidade do que chega até nós.<br />

Nesse cenário complicado e adaptativo,<br />

para não falarmos em cenário caótico,<br />

nasceu a HAGELAB e ela chega para tornar<br />

mais eficiente, palpável e sustentável o<br />

monitoramento, transporte, controle de<br />

estoque e segurança de materiais e produtos<br />

de cadeia fria.<br />

Com isso saímos na frente mais uma<br />

vez, entregando um produto completo<br />

-Hardware + software criados dentro do<br />

que o cliente precisa.<br />

Com nossas soluções, a HAGELAB tem condição<br />

total de contribuir 100% com sua gestão e<br />

tornar mais inteligente sua operação.<br />

Saber não somente onde houve a perda, mas<br />

poder ter uma ação corretiva de forma imediata<br />

e em tempo real, para não haver perda alguma...<br />

Com a exigência do mercado cada vez maior,<br />

onde a qualidade das entregas de produtos<br />

controlados, perecíveis e biológicos deixou<br />

a muito tempo de ser algo negociável,<br />

precisamos pensar em soluções que garantam<br />

toda essa qualidade e tenhamos o controle em<br />

todos os processos desde a compra dos kits e<br />

insumos, passando pela coleta, transporte<br />

de materiais e a chegada das amostras para<br />

o seu processamento. No caso de vacinas por<br />

exemplo, tão importante quanto entregar na<br />

temperatura adequado é garantir que em<br />

todo processo logístico até chegar ao braço do<br />

paciente essas condições foram adequadas.<br />

Inimaginável são as soluções personalizáveis<br />

que temos para oferecer a sua empresa e não<br />

só isso, a capacidade que temos de criar algo<br />

pra você e sua empresa.<br />

Quer saber mais?<br />

Hagelab.com.br<br />

ailton@hagelab.com.br<br />

carlos@aclabor.com.br<br />

0 158<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


COM KOLPLAGENE, O GRUPO KOLPLAST EMBARCA<br />

RUMO AO FUTURO.<br />

Desde os trabalhos de Mendel, com as ervilhas,<br />

INFORME DE MERCADO<br />

o conhecimento dos genes e seus atributos<br />

se tornou um objetivo a ser conquistado pela<br />

KOLPLAGENE<br />

comunidade científica mundial.<br />

E, do passado longínquo, chegamos a um<br />

presente que nos remete ao futuro. As duplas<br />

hélices do DNA por fim desvendadas no seu<br />

significado, a genética elevada a condição<br />

de disciplina médica e não mais presa aos<br />

Ideal para coleta e transporte<br />

de material biológico para<br />

exame genético.<br />

laboratórios de pesquisa, o acúmulo de<br />

conhecimento sobre o genoma humano e, por<br />

fim, as aplicações práticas dessas descobertas<br />

a vários setores médico-científicos da vida<br />

cotidiana em níveis jamais sonhados.<br />

O Grupo Kolplast, exercitando o protagonismo<br />

que dele o mercado espera, investe fortemente<br />

no desenvolvimento de produtos nacionais<br />

voltados à análises genéticas e moleculares.<br />

O primeiro deles será o KolplaGene, um kit<br />

utilizado para coleta de esfregaço bucal com<br />

solução que preserva o DNA por até 30 dias em<br />

temperatura ambiente. Inovação, Qualidade e<br />

Preços compatíveis com o mercado nacional.<br />

Sobre esse tripé se apoiará o KolplaGene.<br />

Com ele, a partir de quantidades mínimas<br />

de amostras biológicas (saliva, esfregaço,<br />

pele, sangue, etc), será possível realizar<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

exames de última geração como PCR, RT-PCR,<br />

Sequenciamento de Nova Geração (NGS), SNP<br />

array, entre outros.<br />

A partir destes exames é possível detectar<br />

importantes alterações oncológicas, com<br />

consequente detecção precoce e tratamentos<br />

personalizados para vários tipos de tumores<br />

malignos, identificar intolerâncias alimentares<br />

para melhorar a qualidade de vida de pacientes;<br />

diagnosticar a presença de patógenos<br />

(vírus, bactérias, parasitas, protozoários etc)<br />

otimizando tratamentos; realizar testes de<br />

paternidade e resgatar informações sobre<br />

ancestralidades, permitindo a qualquer<br />

indivíduo entrar em contato com suas raízes e<br />

se conectar com os antepassados.<br />

São novos tempos! De descobertas e de<br />

desvendar segredos! E o Grupo Kolplast não<br />

poderia se furtar de participar ativamente e,<br />

como sempre, democratizar essas maravilhas.<br />

Fale conosco para mais informações!<br />

Central de Relacionamento Grupo Kolplast<br />

11 4961-0900 | vendas@kolplast.com.br<br />

0 159


INFORME DE MERCADO<br />

CAL-6000 – AUTOMATIZAÇÃO DE HEMATOLOGIA AO<br />

ALCANCE DE TODOS<br />

O CAL 6000 da Mindray define uma<br />

nova geração de linha de análise celular.<br />

Suporta configurações flexíveis com 1<br />

ou 2 unidades do BC-6000/BC-6200 e<br />

1 unidade do SC-120, oferecendo uma<br />

produção de até 220 testes por hora e 120<br />

lâminas realizadas e coradas por hora.<br />

Acompanhado pelo software LabXpert,<br />

o CAL 6000 possui a capacidade de<br />

analisar resultados e executar de<br />

forma automatizada a repetição e/ou<br />

a realização do esfregaço sanguíneo<br />

com base em regras predefinidas pelos<br />

protocolos estabelecidos por cada cliente.<br />

A esteira de carga bidirecional, com<br />

tecnologia patenteada, possibilita uma<br />

rápida distribuição da amostra, melhorando<br />

a eficiência e a produtividade do laboratório.<br />

Usuários podem adicionar amostras<br />

em qualquer área de carga e retirá-las<br />

continuamente nas áreas de descarregamento.<br />

As amostras STAT podem ser carregadas<br />

em modo aberto - para diminuir o tempo<br />

de execução do teste - ou através de racks<br />

especialmente identificadas para urgências.<br />

O sistema conta com racks de tubos<br />

personalizáveis em cores diferentes<br />

determinando os perfis de análise<br />

disponíveis no equipamento. Conta com<br />

racks específicas para controle de qualidade,<br />

calibração, urgências e execução de lâminas,<br />

otimizando a rotina laboratorial.<br />

Contato: Igor Abdalla Ragone<br />

Key Account Manager - IVD<br />

E-mail: igor.ragone@mindray.com<br />

Mobile/WhatsApp: +55 11 93209 0554<br />

0 160<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


A LINHA DE BIOQUÍMICA ERBA BRASIL É<br />

TOTALMENTE AUTOMATIZADA!<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A Erba Brasil oferece sistemas da linha de<br />

Bioquímica totalmente automatizados.<br />

Incorporando recursos de última geração, esses<br />

analisadores são sistemas robustos e orientados<br />

para o desempenho, aumentando a produtividade<br />

e o rendimento do laboratório.<br />

Toda a tecnologia da linha XL foi desenvolvida<br />

para a utilização de reagentes em frascos<br />

dedicados. Respaldada pela experiência de<br />

suas operações globais, a Erba no Brasil oferece<br />

aos laboratórios uma experiencia diferenciada,<br />

em que os custo do teste não sofrerá variações<br />

decorrentes de desperdícios, manipulações ou<br />

produtividade. Afinal o frasco é pronto para uso<br />

e contém número de testes, não mais ml de<br />

reagentes. Os laboratórios passarão a ter acesso<br />

ao real valor do investimento sem quaisquer<br />

surpresas e dificilmente desejarão retornar<br />

à um sistema menos eficiente, complexo e<br />

dispendioso. Soluções automatizadas melhoram<br />

o fluxo de trabalho, permitindo aos usuários o<br />

foco em aspectos clínicos relevantes das análises.<br />

Conheça toda a linha XL (XL 180, XL 200, XL<br />

640 e XL 1000) em nosso site: erbabrasil.com.br<br />

Por que escolher equipamentos da Linha<br />

de Bioquímica?<br />

• A eliminação do erro humano no manuseio das<br />

amostras e na realização dos exames;<br />

• A redução das etapas de manipulação das<br />

amostras, como verificação de qualidade;<br />

• O aumento da segurança e produtividade dos<br />

profissionais, com redução e padronização do<br />

tempo de resposta.<br />

LEVE TECNOLOGIA DE PONTA AO SEU<br />

LABORATÓRIO. MUDE COM A ERBA!<br />

Fale com a nossa equipe e saiba como levar o<br />

melhor da tecnologia ao seu laboratório!<br />

• TELEFONE/WHATSAPP: 0800 878 2391<br />

• EMAIL: atendimento@erbamannheim.com<br />

• HORÁRIO DE ATENDIMENTO:<br />

Segunda à sexta-feira das 08:00 às 18:00h (horário de Brasília)<br />

Sábado de 08:00 às 13:00h (horário de Brasília) – apenas<br />

por telefone para atendimento a chamados de Suporte<br />

Técnico e Assessoria Científica.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 161


INFORME DE MERCADO<br />

LumiraDx D-Dimer Test<br />

DIAGNÓSTICO RÁPIDO E PRECISO DE EVENTOS TROMBOEMBÓLICOS<br />

O LumiraDx D-Dimer Test é um imunoensaio<br />

de fluorescência para a determinação<br />

quantitativa de D-Dímero em sangue total por<br />

punção digital ou punção venosa1, podendo<br />

também utilizar amostras de plasma2, para uso<br />

na Plataforma LumiraDx.<br />

O D-Dímero é um produto de degradação<br />

da fibrina, presente no sangue depois que um<br />

coágulo de sangue é degradado pela fibrinólise.<br />

O teste pode ser utilizado como um auxílio na<br />

avaliação e diagnóstico de pacientes com<br />

suspeita de tromboembolismo venoso (TEV),<br />

trombose venosa profunda (TVP) e embolia<br />

pulmonar (PE).<br />

A Plataforma LumiraDx é um sistema Point of<br />

Care (POC) de alta sensibilidade, que combina<br />

o uso de um instrumento portátil, slides de<br />

tiras de testes com tecnologia microfluídica por<br />

captura magnética, fluxo de trabalho simples e<br />

padronizado, e conectividade segura na nuvem<br />

e com os diversos modelos de LIS (Software de<br />

Informação Laboratorial).<br />

O instrumento da Plataforma LumiraDx e os<br />

slides das tiras de testes são integrados com<br />

diversos controles de verificações, garantindo o<br />

excelente desempenho do instrumento e slides<br />

de testes. Essas verificações incluem:<br />

• Operação de componentes elétricos, operação<br />

de aquecedor, estado de carga da bateria,<br />

atuadores e sensores mecânicos e desempenho<br />

do sistema ótico.<br />

• Posicionamento e validade do slide da tira de teste<br />

• Monitoramento do desempenho do slide da tira<br />

e controles durante o tempo de execução do teste<br />

• Controle de qualidade a bordo (OBC)<br />

• Determinação de hematócrito no slide da tira<br />

de teste para garantir que os pacientes estejam<br />

dentro da faixa de 22-55%<br />

Com apenas 15µl de amostra de sangue total<br />

ou plasma, a exclusiva tecnologia microfluídica<br />

multicanal realiza o teste de D-Dímero<br />

simultaneamente em 3 canais distintos,<br />

garantindo a acurácia e precisão do ensaio.<br />

Os controles de qualidade para D-Dímero são<br />

disponibilizados em 2 níveis, permitindo a<br />

avaliação completa do instrumento e dos slides<br />

das tiras de teste.<br />

sistema de gerenciamento Connect Manager<br />

LDx, conexão por aplicativo via internet (iOS<br />

e Android), via Bluetooth através do Connect<br />

Hub LDx e conexão via cabo de rede pelo EHR<br />

Connect, através do LIS ou HIS.<br />

(1) Amostra de sangue total por punção venosa deve<br />

conter como anticoagulante o Citrato de sódio.<br />

(2) Amostra de plasma deve conter como<br />

anticoagulante o Citrato de sódio.<br />

Para mais informações, entre em contato<br />

através do e-mail faleconosco@lumiradx.com<br />

ou (11) 5185- 8181.<br />

Os resultados de D-Dímero são disponibilizados<br />

em apenas 6 minutos, sendo o teste mais rápido<br />

para este parâmetro no mercado diagnostico,<br />

podendo ser impressos ou enviados para o<br />

Rápido • Preciso • Conectado<br />

0 162<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


DIAGNÓSTICO MOLECULAR GARANTE MAIS<br />

ASSERTIVIDADE NO TRATAMENTO DA SEPSE<br />

INFORME DE MERCADO<br />

O sinal de alerta ainda não foi desligado.<br />

A SEPSE é responsável por 11 milhões de<br />

mortes a cada ano no mundo, de acordo com<br />

a Organização Mundial da Saúde (OMS).<br />

Dentro das unidades de tratamento intensivo<br />

(UTIs), essa realidade é ainda mais presente.<br />

Por isso, o exame molecular é fundamental<br />

para obter o diagnóstico precoce e evitar<br />

tratamentos incorretos.<br />

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz<br />

(Fiocruz), estima-se que, no Brasil, sejam<br />

registradas 240 mil mortes por ano em<br />

consequência da soma de manifestações<br />

graves em todo o organismo, que são<br />

causadas por uma infecção.<br />

A SEPSE é uma reação sistêmica<br />

potencialmente fatal, que é causada por<br />

uma resposta imune desregulada à um<br />

quadro infeccioso, seja este causado por<br />

bactérias, vírus, fungos ou protozoários.<br />

Ela se manifesta em diferentes estágios<br />

clínicos e é sempre um desafio para<br />

os médicos de praticamente todas as<br />

especialidades, devido à urgência no<br />

pronto atendimento e tratamento precoce.<br />

O diagnóstico molecular fica pronto<br />

em poucas horas e é capaz de detectar<br />

precisamente qual é o patógeno responsável<br />

pela doença.<br />

Solução da Mobius<br />

O kit XGEN Multi SEPSE Chip (registro<br />

ANVISA n° 80502070052) permite a<br />

identificação simultânea de 36 patógenos<br />

e 20 genes de resistência. Com isso, é<br />

possível realizar o tratamento específico<br />

rapidamente, melhorando as chances de<br />

recuperação do paciente.<br />

Mobiuslife.com.br<br />

comercial@mobiuslife.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 163


INFORME DE MERCADO<br />

O E-COMMERCE RENYLAB ESTÁ ABERTO 7 DIAS POR<br />

SEMANA COM PAGAMENTOS FACILITADOS!<br />

A história do e-commerce é mais antiga<br />

do que você imagina. O grande big bang<br />

aconteceu em 1979, quando o empreendedor<br />

e executivo do setor de T.I, Michael Aldrich,<br />

apresentou um projeto que seria o primeiro<br />

sistema de compras online.<br />

Adaptando uma linha telefônica e uma<br />

televisão, foi então criado o Videotex,<br />

também conhecido como teleshopping (não<br />

confunda com telesales, que é a prática<br />

de ver o produto na televisão e ligar para<br />

comprar).<br />

Em 1981, o primeiro sistema online de<br />

shopping foi instalado. Com o tempo, esse<br />

modelo foi otimizado e em 1990, com o<br />

surgimento do World Wide Web, a revolução<br />

das compras online acelerou.<br />

Em 1992, o primeiro e-commerce foi criado,<br />

vendendo livros online e processando os<br />

pagamentos com cartão de crédito. Três<br />

anos depois, surgiram os primeiros gigantes,<br />

Amazon e eBay. Em 1999, o grupo Alibaba<br />

também surgia para fazer história.<br />

A palavra “e-commerce” é uma abreviação<br />

para electronic commerce que, basicamente,<br />

designa o comércio que é realizado online.<br />

Esse tipo de negócio ganhou força nos<br />

últimos anos, quando os consumidores<br />

perceberam que a internet é um ambiente<br />

seguro para compra.<br />

Diversas pesquisas mostram que mais da<br />

metade dos brasileiros preferem comprar<br />

pela internet do que em lojas físicas.<br />

Com essa mudança nos hábitos de consumo,<br />

o e-commerce passa a ser uma excelente<br />

opção para quem deseja ter a flexibilidade<br />

que o mercado digital propicia.<br />

Faça as suas compras a qualquer hora do dia!<br />

O e-commerce Renylab está aberto 7 dias<br />

por semana com pagamentos facilitados!<br />

Para mais informações Acesse:<br />

www.lojarenylab.ind.br<br />

Para mais informações,<br />

Entre em contato conosco!<br />

WhatsApp : +55 32 98419-8588<br />

Tel : +55 32 3331-4489<br />

+55 32 3333-0379<br />

E-mail : sac@renylab.ind.br<br />

www.renylab.ind.br<br />

0 164<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


CONHEÇA O VIDA S 4800 - ANALISADOR AUTOMÁTICO<br />

DE BIOQUÍMICA 400 TESTES<br />

A VIDA Biotecnologia continua ampliando<br />

o seu portfólio de equipamentos e lançou<br />

o VIDA S4800, o analisador automático<br />

para potencializar a rotina laboratorial com<br />

segurança em laboratórios de médio porte.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

O VIDA S 4800 oferece 400 testes fotométricos<br />

por hora. A bandeja de amostra tem 120<br />

posições e acomoda tubos primários ou<br />

cubeta de amostra e a bandeja de reagentes<br />

contém 90 posições para sistema aberto.<br />

O leitor de código de barras interno aprimora<br />

o gerenciamento de amostras e reagentes,<br />

garantindo a confiabilidade dos resultados.<br />

Seu sistema de refrigeração mantém a<br />

temperatura próxima de 8°C por 24 horas.<br />

de curvas e do volume de reagentes em<br />

tempo real.<br />

Converse com um dos distribuidores VIDA e<br />

saiba mais sobre este lançamento!<br />

A leitura das reações é feita por meio<br />

de canais individuais de fibra óptica e<br />

o analisador permite monitoramento<br />

Silencioso e potente, o VIDA S4800 é uma<br />

poderosa ferramenta de diagnóstico para<br />

atender a rotina do seu laboratório.<br />

A LABORLINE ESTÁ ON-LINE<br />

A LaborLine é uma empresa 100% brasileira,<br />

sua credibilidade está relacionada à constante<br />

atenção e dedicação no desenvolvimento<br />

de produtos duráveis, buscando inovação e<br />

qualidade.<br />

A marca apresenta ao mercado sua loja virtual<br />

laborline.com.br, onde é possível encontrar<br />

toda a linha de centrífugas e equipamentos<br />

para laboratórios que buscam otimizar e ter<br />

maior eficiência na sua rotina.<br />

laborline.com.br<br />

A Laborline está online!<br />

ACESSE AGORA MESMO, PAGAMENTO EM ATÉ 10X SEM JUROS!<br />

WWW.LABORLINE.COM.BR<br />

Laborline<br />

(11) 3699-0960<br />

www.laborline.com.br<br />

vendas@laborline.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022<br />

0 165


INFORME DE MERCADO<br />

PNCQ: CATÁLOGO DE PRODUTOS 2022<br />

O Programa Nacional de Controle de Qualidade<br />

(PNCQ), patrocinado pela Sociedade Brasileira de<br />

Análises Clínicas (SBAC), é provedor de ensaios<br />

de proficiência e produtor de amostras-controle<br />

e material de referência para laboratórios, bancos<br />

de sangue, organizações de diagnóstico in vitro<br />

e no segmento de alimentos, análise de água,<br />

medicamentos e cosméticos.<br />

O PNCQ fornece seus produtos e serviços para 16<br />

países em 3 continentes e é líder do mercado na<br />

América Latina.<br />

Em constante crescimento e modernização,<br />

lança seu Catálogo de Produtos 2022, com<br />

uma ampla linha de amostras para controle de<br />

qualidade externo e interno, para laboratórios<br />

clínicos, de biologia molecular, citopatologia,<br />

serviços de hemoterapia, toxicologia e<br />

medicina do trabalho.<br />

O download pode ser feito no site do PNCQ<br />

(pncq.org.br).<br />

Para outras informações, entre em contato pelo e-mail<br />

pncq@pncq.org.br ou pelo tel.: (21) 2569-6867.<br />

FIRSTLAB LANÇA DOIS NOVOS MICROSCÓPIOS<br />

A Firstlab, fabricante brasileira de produtos<br />

para análises clínicas e laboratórios, lançou o<br />

Microscópio Binocular Acromático (FL21-BA) e o<br />

Microscópio Binocular Ótica Infinita (FL21-OIB).<br />

São equipamentos de pequeno porte,<br />

práticos e de fácil manuseio, que reproduzem<br />

imagens com total nitidez em todo campo<br />

visual da amostra.<br />

Ambos os aparelhos vêm com cabeçote<br />

binocular Siedentopf, inclinado a 30° e com<br />

rotação 360°. Os aparelhos também contêm<br />

revólver quádruplo e objetivas acromáticas<br />

de 4X, 10X, 40X, 100X, foco coaxial grosso e<br />

fino com ajuste de tensão e platina retangular<br />

composta de dupla camada mecânica.<br />

Outra característica importante são o condensador<br />

de foco ajustável com pinhão e cremalheira 1,25 N.A,<br />

diafragma ou íris com suporte de filtro e iluminação<br />

LED 3W com controle de intensidade.<br />

O diferencial de cada um dos microscópios<br />

são as oculares de campo amplo: o microscópio<br />

binocular acromático tem campo WF10X<br />

(18mm) enquanto o microscópio binocular<br />

ótica infinita é WF16X (11mm).<br />

Para mais informações, entre em contato<br />

com um consultor da Firstlab e conheça a linha<br />

completa para microscopia, que inclui lâminas,<br />

lamínulas, porta-lâminas, cassetes e muitos<br />

outros produtos para seu laboratório.<br />

Saiba mais sobre essas novidades FirstLab<br />

www.firstlab.ind.br<br />

atendimento@firstlab.ind.br<br />

0800 710 0888<br />

0 166<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


INFORME DE MERCADO<br />

MORFOLOGIA CELULAR DIGITAL CELLAVISION:<br />

UM CONCEITO FLEXÍVEL PARA LABORATÓRIOS DE<br />

HEMATOLOGIA DE TODOS OS TAMANHOS<br />

Quinze anos atrás, a CellaVision<br />

introduziu a automação e a imagem digital<br />

na contagem diferencial de leucócitos,<br />

criando assim o que hoje é conhecido como<br />

Morfologia Celular Digital. Hoje, oferecemos<br />

uma família de produtos que formam um<br />

conceito de automação exclusivo e flexível<br />

que ajuda os gestores de laboratório a<br />

enfrentar os principais desafios associados à<br />

análise morfológica de células.<br />

A CellaVision conta com três modelos de<br />

equipamentos, de acordo com o volume de<br />

amostras da rotina. O DM9600 é ideal para<br />

laboratórios de alto volume de exames,<br />

sendo capaz de processar trinta lâminas<br />

por hora. Já o modelo DM1200 é ideal para<br />

rotinas de médio tamanho, processando 20<br />

lâminas por hora. O modelo DC-1 é ideal<br />

para laboratórios de baixo ou médio volume<br />

de amostras. Ele processa uma lâmina por<br />

vez, sendo capaz de analisar em média 10<br />

lâminas por hora.<br />

Com a lâmina já pronta, confeccionada<br />

e corada, o microscópio automatizado<br />

embutido no sistema busca pela<br />

monocamada, que é a região ideal para<br />

se realizar a contagem diferencial de<br />

leucócitos. Em seguida, o sistema localiza<br />

e fotografa centenas de leucócitos e<br />

eritrócitos. As características morfológicas<br />

de cada elemento figurado são extraídas e<br />

processadas em uma rede neural artificial,<br />

isto é, o sistema utiliza inteligência artificial<br />

para pré classificar todos os leucócitos e pré<br />

caracterizar os glóbulos vermelhos.<br />

Na última etapa, o sistema apresenta de<br />

forma ordenada todas as células já préclassificadas<br />

na tela do computador, em<br />

imagens de altíssima resolução, onde o<br />

analista somente terá de revisar o resultado<br />

e reclassificar, se necessário, as células que<br />

ele não está de acordo.<br />

Todo este processo economiza um precioso<br />

tempo dentro do laboratório, incrementando<br />

a produtividade de forma significativa,<br />

reduzindo resultados falso-negativos e<br />

melhorando a consistência da análise.<br />

Ainda, é possível acessar remotamente sua<br />

base de dados e revisar lâminas à distância,<br />

recurso importantíssimo nos dias de hoje,<br />

sobretudo para redes de laboratórios com<br />

mais de um centro técnico operacional, o<br />

que aumenta ainda mais a produtividade<br />

laboratorial e o uso racional de recursos<br />

humanos. Bem vindos à Telepatologia!<br />

Saiba mais em www.cellavision.com<br />

Contato: Wagner Miyaura - Market<br />

Support Manager, South America<br />

wagner.miyaura@cellavision.com<br />

0 168<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


CONTROLES E CALIBRADORES MOLECULARES<br />

PARA TESTES DE ÁCIDOS NUCLEICOS<br />

Chega ao Brasil com exclusividade através da Veritas os produtos da H.H.C., uma<br />

empresa suiça comprometida em fornecer produtos e tecnologias inovadoras para<br />

pesquisa e diagnóstico. É especializada na produção de controles moleculares e<br />

calibradores para testes de ácidos nucleicos.<br />

COVID-19<br />

SARS-CoV-2 (Isolate: USA-WA1/2020) Culture Fluid (Inactivated)<br />

NATtrol Flu/RSV/SARS-CoV-2 Positive Control<br />

NATtrol Flu/RSV/SARS-CoV-2 Negative Control<br />

NATtrol SARS-CoV-2 Negative Control<br />

NATtrol SARS-CoV-2 Positive Control<br />

NATtrol SARS-CoV-2 Variant Panel<br />

SARS-CoV-2 IgG Panel<br />

COVID-19 Cross Over Panel<br />

Influenza/Respiratory/Flu A/B/H1N1<br />

NATtrol Respiratory Panel 2 (RP2) Controls Plus<br />

NATtrol Respiratory Verification Panel 2 Plus<br />

NATtrol Flu/RSV/SARS-CoV-2 Positive Control<br />

PANÉIS RESPIRATÓRIOS<br />

NATtrol Respiratory Pathogen Panel<br />

NATtrol Respiratory Validation Panel (with H1N1)<br />

NATtrol S.pneumoniae Stock<br />

NATtrol Influenza Verification Panel<br />

NATtrol Influenza A/B Positive Control<br />

NATtrol Influenza/RSV Negative Control<br />

NATtrol Mycoplasma Pneumoniae<br />

NATtrol MTB Verification Panel<br />

NATtrol Respiratory Syncytial Virus A/B<br />

NATtrol MERS Recombinant Pack<br />

HIV<br />

Anticorpos anti-HIV<br />

MULTI-MARKER HBV-DNA/HCV-RNA/HIV-1 RNA controls<br />

HIV-1 RNA controls<br />

HIV-2 RNA controls<br />

NATtrol HIV1 External Run Control<br />

HIV-1/2 Purified Viral Lysate<br />

HIV-1 Antigen ELISA Kit<br />

CONTROLES E PADRÕES<br />

NATtrol Chlamydia trachomatis Positive Control Pack<br />

NATtrol Neisseria gonorrhoeae Positive Control Pack<br />

NATtrol Clostridium difficile Positive/Negative Control<br />

NATtrol GBS Positive/Negative Control<br />

NATtrol Enterovirus Positive Control<br />

NATtrol CMV Control<br />

NATtrol Chlamydia trachomatis Positive Control<br />

NATtrol EBV Control<br />

NATtrol HSV-1 Control Target<br />

NATtrol Salmonella typhimurium<br />

NATtrol Vaginal Panel<br />

NATtrol Rotavirus (Stool Matrix)<br />

NATtrol Zika Virus<br />

NATtrol Meningitis/Encephalitis Panel<br />

NATtrol Norovirus GI/GII Positive Control<br />

NATtrol Human Parvovirus<br />

NATtrol MRSA Positive Control<br />

NATtrol VZV Control<br />

NATtrol WNV Control<br />

NATtrol Adenovirus<br />

NATtrol Chikungunya Virus<br />

NATtrol Coxsackievirus<br />

NATtrol HHV6<br />

NATtrol HHV7<br />

NATtrol HHV8<br />

NATtrol Metapneumovirus<br />

NATtrol Human Rhinovirus<br />

Veritas Soluções Diagnósticas<br />

Av. Eng. Armando de Arruda Pereira, 2937 - Bloco B - Sala 215<br />

fone: +55 (11) 2338-1016 | vendas@veritasbio.com.br<br />

www.veritasbio.com.br


INFORME DE MERCADO<br />

TECNOLOGIA E PRODUTOS DE PONTA PARA APOIAR<br />

O TRATAMENTO MÉDICO<br />

Todos os equipamentos de hematologia utilizam<br />

necessariamente a tecnologia de impedância<br />

elétrica que passa por dentro de uma abertura<br />

(pedra preciosa ou cerâmica). O equipamento gera<br />

um pulso elétrico contínuo e, quando as células<br />

passam à frente desse pulso, são quantificadas. É<br />

esta tecnologia que permite contar os leucócitos,<br />

hemácias e plaquetas, e através da intensidade do<br />

pulso elétrico, determinar o seu tamanho.<br />

A impedância é um processo que depende de um<br />

reagente com condutividade elétrica compatível<br />

com a tecnologia do fabricante e deve possuir<br />

osmolaridade igual à da célula para evitar<br />

alteração em todos os parâmetros do hemograma.<br />

O diluente é uma solução especialmente<br />

desenvolvida para proporcionar uma adequada<br />

diluição das amostras, visando a contagem e<br />

distribuição das células sanguíneas. Portanto, este<br />

reagente é um fator determinante que vai além da<br />

medição das células. Vamos conhecer um pouco<br />

mais do Reagente Isotonac-3TM.<br />

Nas células de linhagem branca, o diluente além<br />

de diluir a amostra, ele atua como solução “STOP”<br />

parando a reação das células com a o reagente<br />

o Hemolynac-5TM, fazendo com as células<br />

mantenham suas características nativas e para<br />

que posteriormente o laser faça a diferenciação e<br />

contagem dos leucócitos, diferenciando com mais<br />

precisão as 5 partes diferenciais do hemograma.<br />

Isso ocorre porque as reações químicas entre os<br />

reagentes Isotonac-3TM e o Hemolynac-5TM<br />

foram determinadas em laboratório da Nihon<br />

Kohden Corporation e aprovada por vários órgãos<br />

reguladores dos mais de 120 países onde a Nihon<br />

Kohden está presente.<br />

Já nas células vermelhas o Isotonac-3TM atua<br />

diretamente nas hemácias preparando-as para<br />

serem contadas e determinar seu tamanho. Ao<br />

entrar em contato com as hemácias o reagente<br />

Isotonac-3TM altera a forma nativa da célula,<br />

passando da forma nativa (bicôncava) para a<br />

forma de glóbulo, podendo assim ser contada e<br />

medida tridimensionalmente através da abertura<br />

elétrica da câmara de RBC/PLT. Com isso teremos<br />

os parâmetros medidos e calculados de maneira<br />

correta, obtendo um resultado dos parâmetros<br />

da série vermelha mais preciso e com maior<br />

qualidade. Essa alteração de forma nas hemácias<br />

é de extrema importância e só é possível devido<br />

as quantidades exatas de cada matéria prima<br />

utilizada em sua fabricação.<br />

Para as plaquetas, por ser uma partícula muito<br />

pequena, além de todos os requisitos de qualidade<br />

citados acima precisamos de muita qualidade<br />

que envolvem os processos de fabricação de<br />

nossos reagentes, pois quaisquer partículas de<br />

contaminação que possam estar no diluente podem<br />

alterar as contagens do hemograma, principalmente<br />

interferência nas plaquetas. Nossa fábrica localizada<br />

no Japão, possui toda a infraestrutura necessária<br />

para fabricação de reagentes hematológicos para<br />

os analisadores Celltac, utilizando matéria prima<br />

e água de excelente qualidade, passando por<br />

um rígido processo de controle de qualidade e<br />

armazenamento.<br />

A missão da Nihon Kohden é utilizar sua tecnologia<br />

e produtos de ponta para apoiar o tratamento<br />

médico em todas as áreas clínicas, desde resposta<br />

de emergência a testes, diagnóstico, tratamento e<br />

reabilitação. Além do tratamento clínico, os produtos<br />

da Nihon Kohden desempenham um papel ativo<br />

fora do hospital, como na melhoria da saúde e<br />

cuidados médicos domiciliares e de enfermagem,<br />

bem como na pesquisa médica básica.<br />

Opte pela melhor tecnologia para o<br />

seu laboratório!<br />

Opte por equipamentos hematológicos<br />

Celltac da Nihon Kohden!<br />

NIHON KOHDEN<br />

Rua Diadema, 89 1° andar CJ. 11 a 17 - Bairro Mauá<br />

São Caetano do Sul - SP - CEP 09580-670, Brasil<br />

Contato: +55 11 3044-<strong>170</strong>0 - FAX: + 55 11 3044-0463<br />

E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

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0 <strong>170</strong><br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


Feira Internacional de Artigos e Equipamentos Médicos,<br />

Hospitalares de Laboratórios e Reabilitação<br />

03-06<br />

MAIO<br />

2022<br />

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PAVILHÃO VERMELHO


PATOCORDEL<br />

INFORME DE MERCADO<br />

PATOCORDEL: ABDOME AGUDO<br />

Vá com calma no abdome<br />

Cuidado na palpação<br />

Veja se há “defesa”<br />

E se já formou plastrão<br />

Assim não dá, não é possível!<br />

Que cirurgia infernal!<br />

Quem dorme é o anestesista<br />

Ou estará lendo jornal?<br />

Ao julgar o leucograma<br />

Na conjuntura atual<br />

Lembre-se que para a esquerda<br />

O desvio é ilegal<br />

Inimiga da perfeição<br />

Como se sabe é a pressa<br />

Não vá esquecer lá dentro<br />

Uma “bonita” compressa<br />

Apendicite aguda mesmo!<br />

Olhe só a serosa!<br />

Pode operar que “é mole”<br />

Não há perigo de glosa!<br />

No inventário final<br />

Não me banque o otário<br />

Se encontrar um corpo lúteo<br />

Deixe-o em paz no ovário!<br />

O doente reagiu<br />

Deve estar sentindo dor<br />

Quase da sala saiu<br />

Gritando no corredor<br />

(A propósito de um caso qualquer<br />

de abdome agudo cirúrgico em<br />

paciente sexo feminino).<br />

José de Souza Andrade-Filho*<br />

* Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da<br />

Academia Mineira de Medicina e Professor de Patologia da<br />

Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>170</strong> | Março 2022


Liderança<br />

de verdade<br />

é estar à frente<br />

do seu tempo.<br />

Em 10 anos de existência, o DB revolucionou o<br />

mercado com ideias inovadoras, investimento<br />

<br />

com o futuro. Tudo isso nos tornou líderes em<br />

apoio laboratorial. Mas nós queremos ir além.<br />

<br />

É o futuro. Você vem com a gente?<br />

Acesse e conheça<br />

o novo DB<br />

M O V I D O S P E L A E V O L U Ç Ã O

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