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Edição 24 - Revista Aquaculture Brasil

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2.2.3 Redes “tubulares”

Este método foi trazido para o Brasil em 2001

pelo empresário Alexandre Feder (CEO da empresa

AlgasBras (www.carragenabrasil.com.br) ficando

conhecido como “Plantio em Rede Tubular” o qual

vem sendo largamente utilizado até o momento pelos

produtores. Embora as redes tubulares sejam

tradicionalmente utilizadas em cultivo de mexilhões

na Europa, estas podem ser adaptadas para o cultivo

de diversas espécies de macroalgas. Atualmente

este método está sendo utilizado em diversos países

como o Equador, Panamá, Índia, Moçambique,

Tunísia, Quênia e Caribe. Neste sistema, as mudas

de algas são inseridas na rede tubular através de um

tubo de PVC 75mm com 1 metro de comprimento,

sendo que, apesar de ser bastante eficiente e mais

rápido, as algas demoram mais a responder em seu

crescimento, pois ficam presas dentro das redes.

JUL/SET 2021

2.3.3 Produtividade nas

Fazendas de Algas Kappaphycus

Em vários Países que tradicionalmente cultivam

a macroalga K. alvarezii, o ciclo de cultivo é de 45

a 50 dias desde do início do plantio até a colheita.

Entretanto vários fatores precisam ser levados em

consideração durante o processo de avaliação da

produtividade, como o método de cultivo aplicado,

o manejo, a temperatura da água do mar local, a

salinidade, a velocidade das correntes marinhas,

turbidez da água, herbivoria (peixes e tartarugas) e

qualidade das mudas selecionadas para o plantio.

No litoral sul do Rio de Janeiro, mais especificamente

em Angra dos Reis (Ilha Grande) a produtividade

em média obtida nestes últimos 20 anos de cultivo,

tem sido de 6 a 7 toneladas frescas em Balsa de 450

m 2 a cada 45/50 dias em sistema de cultivo “Tie

– Tie” (método de amarração das mudas de algas).

Este dado pode ser menor quando se cultiva as

algas no sistema de Redes Tubulares com tempo de

cultivo de pelo menos 60 dias. Além disso, vale ressaltar

que o produtor, para iniciar seu cultivo, adquira

por uma única vez apenas um lote de mudas e daí

em diante a propagação é vegetativa permitindo que

ele não precise mais comprar novas mudas, sendo

apenas necessário manter um estoque para o replantio.

A compra das mudas pode ser feita entre os próprios

produtores com valores entre R$ 5,00 o quilo.

3.Conclusão

No artigo da próxima edição iremos abordar as

doenças e pragas nos cultivos, os subprodutos obtidos,

aspectos ambientais, custos de instalação de uma

fazenda marinha de macroalgas e as estratégias de intervenção

para o fomento da maricultura de macroalgas

no estado do Rio de Janeiro.

Vista de uma

fazenda de K.

alvarezii – Ilha

Grande - RJ

© Domingos Sávio

24

PARCEIROS NA 24° ED:

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