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jornaldasoficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira
197
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Maio 2022
PERIODICIDADE | MENSAL
ANO XVI | 3 EUROS
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ESTAGIÁRIOS nas oficinas
A MELHOR OPÇão
Pág.
06
Fernanda Miguel
Pág. 32 \\ Desde 1989 a Sandia Stand
está na dianteira da distribuição de
peças e acessórios para automóveis
no Sul de Portugal. Fernanda Miguel
explica as razões do sucesso e os
objetivos para o futuro da empresa
Marketing relacional
Pág. 78 \\ Nem todas as estratégias
de marketing se destinam a atrair
clientes. Nalguns casos, a sua função é
fidelizá-los. É esse o caso do marketing
relacional, que é o tema do artigo de
gestão desta edição de maio
MForce Lab
Pág. 48 \\ É um conceito inovador
da rede oficinal MForce e pretende
complementar a capacidade técnica
do grupo com uma solução integrada,
para serviços de reparação de maior
envergadura
Temperatura e humidade
Pág. 72 \\ São muitos os fatores que
influenciam o acabamento obtido após
uma repintura e entre eles encontram-se
as condições ambientais de temperatura
e humidade presentes na aplicação e
secagem da tinta
Europart_selo_capa_JO.pdf 1 23
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também para a sua oficina oficial MAN, se necessário.
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Editorial
Folha de serviço ............................................................................ 04
DESTAQUE
Estagiários nas oficinas ....................................................... 06
SALÃO
Motortec Madrid 2022 ........................................................... 14
CAMPANHA
Reuse Aftermarket .................................................................... 20
COMPETIÇÃO
Challenge Oficinas...................................................................... 24
ENTREVISTAS
Fernanda Miguel ........................................................................... 32
Jorge Cancella de Abreu...................................................... 36
Bruno Salgado ................................................................................ 40
Bruno Nunes .................................................................................... 44
OFICINA DO MÊS
MForce Lab ........................................................................................ 48
ATUalidadE
Campanha Recambiazo ....................................................... 52
PRODUTO
Células solares Green Energy ....................................... 62
TÉCNICA & SERVIÇO
Temperatura e humidade na repintura ................ 72
NOTÍCIAS
197 Maio
2022
Empresas ............................................................................................. 26
Produto ................................................................................................... 64
Repintura .............................................................................................. 76
TEMPO DE AGIR!
O
ritmo do desenvolvimento tecnológico e
da digitalização do setor automóvel está
a aumentar exponencialmente. Prevê-se
que, em 2025, 70% do parque seja composto
por veículos conectados. A concorrência começa
agora no veículo, onde a qualidade dos dados e
a capacidade de aceder em segurança às funcionalidades
do automóvel determina a qualidade
do serviço.
Num setor automóvel cada vez mais digitalizado,
toda a cadeia de valor automóvel tem de ter o direito
de desenvolver os respetivos modelos de negócio e,
assim, concorrer em pé de igualdade com os fabricantes
de veículos, de modo a ser capaz de continuar
a oferecer os serviços competitivos que os respetivos
clientes esperam. Os alertas preditivos que evitam
avarias e os diagnósticos remotos que otimizam a
assistência em viagem, são algumas das funções que
os carros conectados oferecem, mas que ainda estão
apenas no controlo dos fabricantes desses veículos.
O setor independente da reparação automóvel, através
da FIGIEFA, tem reafirmado o seu apelo a uma
solução legislativa, que assegure o acesso remoto
eficaz aos dados de bordo dos veículos e a recursos
funcionais que garantam a concorrência, a inovação
e a livre escolha do consumidor. A capacidade de desencadear
o potencial de inovação e competitividade
da indústria de manutenção automóvel e dos fornecedores
de mobilidade para os respetivos serviços
tem de ser garantida.
O acesso independente e direto, em tempo real, a dados
gerados a bordo dos veículos deve estar acessível
a todo o mercado, assim como a comunicação bidirecional
com o veículo e com as respetivas funções,
independente do fabricante do veículo. Este acesso
direto e independente irá permitir o desenvolvimento
de inovadores produtos e serviços digitais, o que
irá resultar numa verdadeira escolha para os consumidores
e em mobilidade competitiva.
No entanto, está provado que nenhuma destas capacidades
será possível com o modelo de acesso aos
dados atualmente em vigor nos veículos conectados,
uma vez que o mesmo canaliza todas as comunicações
de acesso remoto aos dados através do servidor
exclusivo do fabricante do veículo. Apenas uma parte
limitada dos dados de bordo do veículo e um reduzido
subconjunto de funções com base no modelo de
negócio do fabricante do veículo está disponível para
prestadores de serviços terceiros.
Espera-se que a proposta da Comissão Europeia
para uma Lei de Dados da União Europeia aprovada
no passado mês de março, venha estabelecer princípios
importantes que salvaguardem o futuro do pós-
-venda independente, designadamente o direito de
acesso das oficinas independentes aos dados gerados
pelos veículos conectados. No entanto, embora se
reconheça que a Lei de Dados representa um passo
em frente, não será suficiente por si só no sector automóvel.
O setor necessita de legislação automóvel
específica que não deixe margem para dúvidas sobre
os direitos que as oficinas independentes têm para
poderem concorrer em pé de igualdade com os fabricantes.
Apenas um ato legislativo dedicado proporcionará
a confiança e o incentivo que os prestadores de serviços
independentes exigem para investir em novos
serviços impulsionados por dados, o que beneficiará
os consumidores e toda a sociedade ao proporcionar
soluções de mobilidade mais inteligentes, mais seguras
e mais sustentáveis.
As consequências económicas do acesso desregulado
aos dados de bordo dos veículos através do atual modelo
dos fabricantes de automóveis pode levar a custos
adicionais no mercado pós-venda independente
na Europa. Um estudo recente quantificou os custos
e perdas em 65 mil milhões de euros para os consumidores
e operadores independentes em 2030. Portanto,
é claramente tempo de agir!
JOÃO VIEIRA | Diretor
DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com
// JORNALISTA JOANA MENDES joana.mendes@apcomunicacao.com // WEBMASTER ANTÓNIO VALENTE // ARTE HÉLIO FALCÃO // SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.
com // PERIODICIDADE Mensal // ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com SEDE DA REDAÇÃO Bela Vista Office Estrada de Paço de Arcos, 66 2735 - 336 Cacém // TEL. +351 219 288 052 // GPS 38º45’51.12”N
- 9º18’22.61”W // © Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS
// IMPRESSÃO LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES GRÁFICAS, S.A. Estrada Consiglieri Pedroso, 90 2730 - 053 Barcarena Tel. 214 345 400 // N.º DE REGISTO NA ERC 124.782 // DEPÓSITO LEGAL n.º: 201.608/03
TIRAGEM 10.000 exemplares
www.apcomunicacao.com
EDIÇÃO AP COMUNICAÇÃO // PROPRIEDADE JOÃO VIEIRA // EMAIL geral@apcomunicacao.com
Consulte o Estatuto Editorial no site www.jornaldasoficinas.com
Parceiro em Espanha
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www.jornaldasoficinas.com Maio 2022 3
FOLHA
DE SERVIÇO
IPSIS
VERBIS
FERNANDA MIGUEL,
ADMINISTRADORA
DA CREATE BY SANDIA
O SUCESSO FAZ ‐SE
ANTECIPANDO O FUTURO E
RESOLVENDO, COM DESTREZA,
OS PROBLEMAS DO PRESENTE
E NO MOMENTO, POR ISSO
ESTAMOS ATENTOS E
ESTUDAMOS OS POSSÍVEIS
CENÁRIOS DO FUTURO COM
REGULARIDADE
PEDRO MASCARENHAS,
DIRETOR MFORCE LAB
TEMOS A OBRIGAÇÃO PARA
COM A SOCIEDADE DE
AJUDARMOS AS PESSOAS
QUE TÊM APETÊNCIA PELA
PROFISSÃO, MAS NÃO TÊM
HIPÓTESE DE SE FORMAR.
COM A CRIAÇÃO DA MFORCE
ACADEMY QUEREMOS
FORMAR JOVENS QUE SAEM
DOS CURSOS TÉCNICOS DE
MECÂNICA E INTRODUZI ‐LOS
EM CONTEXTO DE TRABALHO
PME EXCELÊNCIA AFTERMARKET 2021
À
semelhança dos anos anteriores, o Jornal das a evolução do setor. O aftermarket possui PME’s dinâmicas,
financeiramente sólidas, que se afirmam
Oficinas vai publicar uma edição especial
dedicada às PME Excelência Aftermarket pelas estratégias de inovação e capacidade de se
2021. Para tal iremos ouvir in loco as empresas distinguidas
com este prestigioso estatuto e saber como pandemia trouxe. Os efeitos da crise não foram ne-
reinventarem e adaptarem à nova realidade que a
conseguiram o excelente desempenho, num ano de gativos para estas empresas, contudo, exigiram uma
contexto económico exigente de um mercado em enorme capacidade de adaptação da sua oferta, o
transformação. Empresas que têm mantido altos que exigiu um esforço adicional na adaptação e resposta
às necessidades do mercado. Empresas mais
padrões competitivos e que refletem a ousadia dos
empresários e a clara aposta na inovação, são merecedoras
de serem reconhecidas como referências reforço de competências dos seus ativos, serão certa-
qualificadas e que apostam permanentemente no
no mercado pelo contributo positivo que dão para mente empresas mais produtivas e de maior sucesso.
SEMÁFORO
BRUNA ROCHA,
GERENTE DA MOVETEC
AS EMPRESAS JÁ NÃO PODEM
IR BUSCAR PESSOAL QUE
ESTEJA DESEMPREGADO. ISTO
É COMO UM CLUBE DE FUTEBOL,
PARA TER JOGADOR É PRECISO
IR BUSCÁ ‐LO A OUTRO CLUBE
E PAGAR ‐LHE A PESO DE
OURO, PARA TER UMA EQUIPA
QUE POSSA TER O MÍNIMO
DE RESULTADOS E CUMPRIR
OBJETIVOS
Na cauda da Europa
No Boletim Económico de abril, o Banco
de Portugal reduziu a sua estimativa de
crescimento económico em 2022 e, nos
dois anos seguintes, o crescimento é
encurtado para 2,9% em 2023 e 2,0% em
2024. O reduzido crescimento em 2024
já não será influenciado pela guerra, mas
decorrerá da insuficiente capacidade de
geração de riqueza e de um reduzido
impacto estrutural esperado dos fundos
europeus, em particular do PRR. Esse
reduzido dinamismo significará que
Portugal continuará a cair cada vez mais
para a cauda da Europa.
Tensão no aftermarket
A guerra na Ucrânia vai exacerbar os
problemas que o sector já enfrentava:
aumentos das matérias ‐primas, tensões
nos mercados internacionais, subida
dos preços da energia... Num ambiente
tão complexo, os operadores têm de
mostrar muita coragem e maturidade
e estar atentos para ver até onde vai o
conflito e tomar as decisões necessárias
com calma e responsabilidade. A guerra
vai influenciar as empresas do sector,
tanto diretamente (aumento dos custos
e riscos no fornecimento de matérias‐
‐primas) como indiretamente (uma
queda na procura devido à incerteza
entre os consumidores).
Nasce nova Associação
Após 2 anos de trabalho preliminar e
intercâmbios, a associação Talents4AA
foi oficialmente criada em Paris em
Março de 2022 com o objetivo de atrair
e reter talentos de todas as idades e
origens, em todas as profissões, num dos
sectores mais atrativos: o aftermarket.
Inegavelmente, trata ‐se de um sector
multifacetado e fascinante que oferece
uma enorme escolha e gama de
oportunidades de carreira a todos os
níveis, desde a oficina à gestão de topo.
No entanto, todos os participantes
enfrentam o mesmo desafio: tornar o
sector amplamente reconhecido e atrair e
reter talentos.
4 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
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ESTAGIÁRIOS NAS OFICINAS
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ESTAGIÁRIOS
NAS OFICINAS
UM GESTOR OFICINAL DEVE DAR O SEU MELHOR PARA QUE OS ESTagiários
QUE RECEBE NA SUA EMPRESA CONTINUEM A APRENDER, DANdo ‐LHES
Todas as OPORTUNIDADES QUE POSSA PARA RECEBEREM FORMAÇÃO
E ADQUIRIREM NOVas COMPETÊNCIAS
Embora os estágios possam ser uma
perspetiva assustadora para uma
oficina, são um investimento recompensador.
Investir no futuro de
uma pessoa que pode tornar ‐se um
membro valioso e lucrativo na equipa
é sempre uma boa aposta. Haverá
alguns empregadores preocupados
com o que devem fazer para permitir
que alguém conclua um estágio
com eles, e podem estar a fazer perguntas
como “quanto trabalho extra
isso envolverá?” e “qual é a duração
da formação?”.
Há boas e más notícias aqui. Antigamente,
os estagiários que seguiam os
padrões antigos recebiam um avaliador
do seu organismo de formação e
esse avaliador fazia visitas regulares
à oficina e observava o estudante
como parte da qualificação. Contudo,
as oficinas têm demonstrado que
gostam de ter mais controlo sobre o
resultado do estagiário, pois o antigo
quadro significava que o avaliador
decidia, principalmente, o resultado
da formação. Em resposta a isso, foram
implementadas novas normas,
o que tem permitido que as oficinas
tenham muito mais controlo sobre
o desenvolvimento do estagiário. O
que isto significou para o avaliador
foi uma mudança de função: o avaliador
agora é um tutor.
Tutor – O guia do estagiário
Quando uma oficina aceita receber
um estagiário, deve arranjar um
tutor que acompanhe o trabalho
do estagiário durante todo o tempo
do estágio, ajudando ‐o a cumprir o
plano estabelecido, garantindo que
8 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
seja bem sucedido nas funções que
lhe são atribuídas. O tutor escolhido
para acompanhar o estagiário deve
ter o perfil indicado para conseguir
transmitir ‐lhe os conhecimentos
necessários para o bom desempenho
das suas funções, assim como
ter capacidade de corrigir ‐lhe erros
e ensinar ‐lhe as boas práticas da
profissão. Mas nem sempre a oficina
tem pessoas habilitadas para fazer
este trabalho, que requer tempo, paciência
e acima de tudo uma atitude
cooperante, de ajuda e apoio ao
jovem estagiário. Um tutor demasiado
ocupado provavelmente questionará
a carga de trabalho extra e é
verdade que um estagiário significa
um compromisso extra. Contudo, é
importante lembrar que a entidade
responsável pela formação do estagiário
dará toda a ajuda disponível,
desde a orientação e o financiamento
até informação sobre os melhores
procedimentos a seguir, para que o
estagiário se integre bem na atividade
da oficina.
O tutor deve saber definir parâmetros,
processos e medidas e criar
condições que proporcionem autonomia
aos estagiários, pedindo‐
‐lhes para definir os seus próprios
objetivos. Isto será bem recebido
pelo estagiário e a equipa terá maior
probabilidade de se empenhar para
alcançar os objetivos que eles próprios
definirem em vez de lhes ter
sido dito para o fazerem. Escute as
suas opiniões e comunique, quanto
mais melhor.
O erros acontecem, pois somos todos
humanos. A forma como lidamos
com eles é crucial. O tutor deve criar
um ambiente positivo para os seus
estagiários serem abertos e honestos
acerca dos erros que cometem e utilizar
essas ocasiões como oportunidades
para aprender e não para criticar
ou culpar. Isto irá incentivá ‐los a
empenharem ‐se mais.
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ESTAGIÁRIOS
NAS OFICINAS
QUANDO UMA OFICINA ACEITA RECEBER UM ESTAGIÁRIO,
DEVE ARRANJAR UM TUTOR QUE ACOMPANHE O SEU TRABALHO,
AJUDANDO ‐O A CUMPRIR O PLANO ESTABELECIDO, GARANTINDO QUE
SEJA BEM SUCEDIDO NAS FUNÇÕES QUE LHE SÃO ATRIBUÍDAS
O tutor deve também estar ciente de
que cada um tem as suas próprias
áreas de especialização, pontos fortes
e fracos. Ser empático e acessível,
em vez de apontar a fraqueza desse
alguém. A pergunta que o tutor deve
fazer a si próprio é se quer um estagiário
que, no papel, possui todas
as competências certas, mas que
tem uma abordagem negativa, ou se
quer um estagiário que se enquadre
na sua cultura? É possível aprender
novas competências, mas não é possível
alterar a mentalidade de uma
pessoa. Só ela o pode fazer. Pode
mudar a cultura em que trabalham e
isso por sua vez terá um impacto positivo
nessas pessoas. Ter uma cultura
positiva dentro da oficina ajuda
a integrar os estagiários na organi‐
zação. Cultura consiste em ter um
local de trabalho em que cada membro
da equipa se sinta valorizado e
respeitado. O setor pós ‐venda evolui
diariamente, e ninguém pode dizer
que está totalmente qualificado, independentemente
do papel que se
desempenha, há sempre coisas para
aprender. Um gestor oficinal deve
dar o seu melhor para que os estagiários
que recebe na sua empresa
continuem a aprender, dando ‐lhes
todas as oportunidades que possa
para receberem formação e adquirirem
novas competências. Afinal, é
para seu próprio benefício.
Escassez de competências
A escassez de competências e a falta
de jovens talentos que entram na
indústria são dois problemas muito
difíceis de resolver. Os estágios são
considerados como a solução há décadas,
e continuam a ser a melhor
opção, mas há que saber atrair os
estudantes atuais que abandonam a
escola para suprir a escassez de competências
que o mercado pós ‐venda
enfrenta e as necessidades dos seus
modelos de negócios atuais e futuros.
É necessário pensar de forma
diferente para resolver o problema
que estamos a enfrentar atualmente.
Normalmente, os estágios oferecem
a formação combinada de
teoria e prática para fornecer a base
para os técnicos da oficina. Contudo,
baseado na premissa de que a
pessoa envolvida já tivesse decidido
10 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
TER UMA CULTURA POSITIVA DENTRO DA OFICINA AJUDA
A INTEGRAR OS ESTAGIÁRIOS NA ORGANIZAÇÃO. CULTURA CONSISTE
EM TER UM LOCAL DE TRABALHO EM QUE CADA MEMBRO DA EQUIPA
SE SINTA VALORIZADO E RESPEITADO
que o trabalho que deseja é reparar
veículos, mas esse tipo de trabalho
pode não estar na mira do tipo de
pessoa que agora é necessária para
trabalhar numa oficina atual.
A habilidade em compreender os
aspetos mecânicos de um veículo
continua a ser vital, mas a necessidade
de compreender o software
que controla quase todas as funções
do veículo tornou ‐se a base para
identificar o que está errado e como
repará ‐lo. As exigências da tecnologia
que equipa os veículos atuais
vão além da simples “mecatrónica”,
e obriga uma boa compreensão de
circuitos elétricos e controlo eletrónico,
software de diagnóstico e
TI. Então, quais são os desafios mais
AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO
odo este processo começa geralmente com a orientação da escola e a opinião
do estagiário. Se o empregador (ou seja, a oficina) deseja atrair um
T
jovem para os seus quadros de pessoal, tem de ter a perceção de que uma reparação
de veículo não se limita a uma reparação mecânica. A indústria automóvel
tem ‐se movido cada vez mais para o mundo das TI, onde o veículo se tornou um
“smartphone sobre rodas” sofisticado e os diagnósticos e reparações incluem
cada vez mais processos centrados em TI. As escolas de formação oferecem uma
ampla gama de cursos e frequentemente afirma ‐se que estes são baseados nas
necessidades das oficinas, mas se o indivíduo não se sentir atraído pela indústria
e especialmente pelo setor independente, então as escolas não conseguem
formá ‐los para as oficinas.
amplos que isso trará e será que os
estágios ainda são considerados o
caminho certo a ser seguido?
O desafio
dos veículos elétricos
Atualmente, apenas uma percentagem
mínima do setor automóvel
está qualificado para trabalhar nos
veículos elétricos e o facto de os
estágios atuais não incluírem competências
de diagnóstico e reparação
de sistemas ADAS ou veículos
elétricos torna o aperfeiçoamento
do setor uma tarefa gigantesca.
Contudo, mesmo que a oficina seja
bem sucedida em identificar um
candidato focado em TI, a questão
que se coloca é se o investimento
no mesmo será recompensado. Este
continua a ser um problema permanente
ao analisar não somente o
seu potencial técnico, mas também
a sua aptidão, visto que o cérebro
humano não amadurece totalmente
até meados dos 20 anos, portanto,
mesmo os testes psicométricos têm
limitações na identificação dos melhores
estagiários.
Política de bem estar mental
Considerando que a maioria dos estagiários
procura trabalhar numa
oficina que proporcione uma política
sólida de bem ‐estar mental, é fundamental
que a oficina promova um
bom ambiente de trabalho, capaz de
reter os mais talentosos ao mesmo
tempo que mantém os níveis de produtividade
elevados no negócio.
Então, como podem os empregadores
certificar ‐se que os seus estagiários
não só dispõem de apoio de
bem ‐estar mental, mas que o mesmo
é implementado de forma a ser
mais eficaz para eles?
As medidas que a oficina escolhe implementar
deverão ser vistas como os
elementos de base da sua estratégia
de bem ‐estar mental. Mas o que une
esta base é o gestor, a sua equipa e a
dinâmica que imprime – já que qualquer
iniciativa que dinamiza torna‐
‐se fútil se a relação entre um gestor
e a sua equipa for frágil com pouca
ou nenhuma confiança.
É também importante personalizar
a sua política para responder às
necessidades dos seus funcionários.
Precisará de ser adotada uma abordagem
personalizada para construir
a sua estratégia e atender às necessidades
das diferentes circunstâncias
de vida dos estagiários. Os programas
de bem ‐estar de maior sucesso
são os que reconhecem que a mão de
obra é dinâmica e diversificada. Não
conseguir fazer isto eficazmente impacta
negativamente o envolvimento
e a produtividade.
A estratégia da oficina não deverá
focar ‐se somente nas coisas que precisa
de ter disponíveis para ajudar
quando os seus funcionários estão
a enfrentar problemas relacionados
com o bem ‐estar mental. Mas refletir
também sobre o que pode fazer para
encorajar positivamente o bem ‐estar
mental de um modo proativo também
traz dividendos. De facto, pode
ser o apoio que faz a diferença entre
felicidade e infelicidade.
Incentivar de forma calorosa elogios
entre colegas e de gestores aos seus
membros da equipa faz uma diferença
significativa. Estudos recentes
revelam que os funcionários se sentem
mais felizes no trabalho quando
se sentem apreciados.
Cuidar e desenvolver o bem ‐estar
dos funcionários dentro da oficina é
realmente importante porque ajuda
a enfrentar momentos de crise ou
mudança. Mas, não é tudo, o bem‐
‐estar pode também ajudar a evitar
que determinadas questões afetem a
saúde mental e física dos funcionários.
A indústria automóvel está a
enfrentar mudanças e desafios significativos.
Qualquer mudança na nossa
vida de trabalho pode fazer ‐nos
sentir ansiosos e inseguros acerca do
futuro e consequentemente, afeta a
nossa saúde e bem ‐estar. l
www.jornaldasoficinas.com Maio 2022 11
ESTAGIÁRIOS
NAS OFICINAS
ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE TALENTO
ara um jovem, a atração para
P
trabalhar para um
concessionário de marca é
provavelmente maior do que
trabalhar numa oficina
independente, então, o setor terá de
ser ativo para se promover como um
bom local para trabalhar e
desenvolver uma carreira futura.
Para captar talentos, as oficinas
devem trabalhar com as escolas
locais, organizarem encontros com os
pais e os seus (talentosos) filhos, com
o objetivo de apresentarem as mais
valias da profissão e o seu potencial
de desenvolvimento e crescimento. O
próximo obstáculo para a oficina é
como integrar o estagiário na equipa
de técnicos existente. O candidato
(como estagiário) deve ver que
trabalhar com profissionais mais
experientes, que lhe podem
transmitir ensinamentos valiosos, é
uma alternativa atraente.
A escassez nacional de competências
e a necessidade em atrair jovens
talentos levarão a uma mudança nos
modelos de negócios das oficinas.
Será inevitável que as oficinas
independentes passem a oferecer
salários e benefícios similares
aos oferecidos pelos principais
concessionários de marca, junto
com ferramentas, equipamentos e
formação necessários. Em termos
simples, as oficinas independentes
devem conseguir igualar ou superar
a competência e o ambiente de um
concessionário. Se não o fizerem,
não terão os talentos necessário
e tornar ‐se ‐ão cada vez menos
competitivas. Os velhos tempos em
que se usava um estagiário para
fazer os trabalhos mais servis estão
a mudar. O maior desafio será
promover o mercado pós ‐venda
automóvel e especialmente a oficina
independente como o lugar onde
os estagiários jovens, ambiciosos
e “tecnológicos” desenvolvem as
suas competências e valores. Isto
leva a que as empresas tenham de
encontrar novas formas de atrair
profissionais e o aumento do salário
de entrada é uma das estratégias que
deve ser adotada.
O MAIOR DESAFIO SERÁ PROMOVER O MERCADO PÓS ‐VENDA
AUTOMÓVEL E ESPECIALMENTE A OFICINA INDEPENDENTE COMO
O LUGAR ONDE OS ESTAGIÁRIOS JOVENS, AMBICIOSOS E “TECNOLÓGICOS”
DESENVOLVEM AS SUAS COMPETÊNCIAS E VALORES
12 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
DICAS PARA APOIAR OS ESTAGIÁRIOS
oficina deve saber como pode usar o tempo durante a
A
formação para ajudar o seu estagiário a preparar ‐se, não
somente para as avaliações ao longo do caminho, mas para a vida
posterior. Deve ser uma jornada educacional contínua até se tornar
um técnico qualificado. Para o estagiário conseguir atingir o seu
potencial, a confiança é fundamental. Muitos formandos chegam às
oficinas sem possuir a melhor experiência em educação. O tempo e
um pouco de reforço positivo demostraram, em várias ocasiões, ser
o remédio perfeito.
Erros serão cometidos e, em vez de repreender e fazer alguém
se sentir envergonhado, o empregador deve reservar um tempo
para explicar (se o estagiário não souber) por que esta situação
ou resultado ocorreu, como pode ser evitado e como resolver o
problema. Deve dar ‐lhe tempo para resolver o problema por si e
elogiá ‐lo quando tiver concluído a tarefa satisfatoriamente.
Os estagiários devem começar por aprender o básico. Pode ser
tão simples como cada vez que um componente é removido ou
substituído efetuar perguntas tais como: porque é que isto precisa
de ser substituído? Que falhas/sintomas podem ocorrer? Qual é
processo de diagnóstico que seguiria e porquê? Quanto mais se
puder alimentar o processo de pensamento, mais confiante poderá
fazer alguém se sentir. Permitir que alguém aprenda e se envolva/
acompanhe algumas das tarefas mais detalhadas, pode ser uma
excelente forma de ensinar competências valiosas.
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www.jornaldasoficinas.com Maio 2022 13
Salão
MOTORTEC MADRID 2022
INESQUECÍVEL!
A MOTORTEC MADRID 2022 FICARÁ NA MEMÓRIA DE TODOS COMO O GRANDE EVENTO
DO AFTERMARKET IBÉRICO CELEBRADO PÓS-PANDEMIA, SEM OBRIGATORIEDADE DE USO DE MÁSCARA.
O AMBIENTE ESTEVE EXTRAORDINÁRIO, COM STANDS REPLETOS DE VISITANTES INTERESSADOS
EM CONHECER AS NOVAS TENDÊNCIAS E EXPOSITORES ENTUSIASMADOS PELA RECETIVIDADE
DOS PROFISSIONAIS AOS SEUS PRODUTOS E SERVIÇOS
Após um interregno de três anos devido à
pandemia, a Motortec Madrid 2022 era
a edição mais esperada pelo setor aftermarket,
pois todos estavam ansiosos por voltar
a viver o ambiente incomparável de uma grande
feira. Realizada de 20 a 23 de março, a Motortec
abriu as portas no dia em que foi eliminada a obrigatoriedade
do uso de máscara em espaços interiores.
Foi por isso com mais vontade e interesse
que os profissionais visitaram a feira, num número
superior ao da anterior edição realizada em 2019.
O salão recuperou o seu espírito tradicional, mas
com uma nova abordagem: mais digitalizado, bem
como inspirador e fazendo com que os intervenientes
se orgulhem de pertencer ao sector. A feira
de Madrid aproximou-se muito mais da oficina
de reparação, que está na base do aftermarket, e
pretendeu ser o ponto de encontro das muitas oficinas
que ocorreram ao evento com o objetivo de
encontrar respostas para os novos desafios, num
ambiente em mudança.
David Moneo, diretor da Motortec Madrid, estava
visivelmente satisfeito com o balanço da feira
“Com mais de 500 expositores e mais de 750
marcas presentes, a Motortec afirmou-se como o
grande evento ibérico do aftermarket e ponto de
encontro obrigatório para os profissionais do setor.
Recebemos mais visitantes do que a edição anterior
realizada em período pré-pandemia, sendo a
maioria oficinas. Algumas empresas internacionais
tinham dúvidas de que a feira se pudesse realizar,
mas sempre acreditamos que a resposta do
público fosse positiva, como veio a acontecer. Estou
muito satisfeito com toda a feira e em especial
com as atividades paralelas, que foram mais do dobro
da anterior edição, com muitas conferências,
ações de formação, mesas redondas e palestras”,
referiu David Moneo. “Havia uma grande desejo
de recuperar o espírito da Motortec, mas com uma
abordagem renovada e modernizada, adaptando-a
às necessidades da oficina, e isso foi plenamente
conseguido”, acrescentou.
Veja o vídeo
www.jornaldasoficinas.com Maio 2022 15
MOTORTEC
MADRID 2022
A MOTORTEC MADRID TEVE COMO UM DOS SEUS OBJETIVOS
PRIORITÁRIOS O MERCADO PORTUGUÊS E REVELOU-SE
COMO UMA GRANDE OPORTUNIDADE COMERCIAL E DE NEGÓCIOS
para EMPRESAS E PROFISSIONAIS PORTUGUESES DO SECTOR
“Tudo o que fizemos”, continuou
Moneo, “foi para o benefício do setor,
para os visitantes e expositores
tirarem o máximo partido da sua
presença da feira, fazerem negócios
e utilizarem a Motortec como uma
grande montra. Porque não há outro
instrumento de marketing mais eficaz
para lançar uma mensagem tão
poderosa e a tantas pessoas, a toda a
cadeia de valor, como esta feira”.
Entre as mais de quinhentas empresas
presentes encontravam-se os
líderes do setor aftermarket, com
destaque para a AD Parts, que apresentou
a maior área de exposição
(1.650 m2). Mas também houve
importantes baixas de fabricantes
que noutros anos estiveram presentes,
mas que nesta edição, por diferentes
motivos, estiveram ausentes.
Foi uma feira dominada pelos distribuidores,
que aproveitaram a sua
presença para realizarem diversas
iniciativas destinadas aos profissionais
da reparação, quer através de
encontros, quer de ações de formação
específicas sobre diversos temas,
como a digitalização, emissões e sistemas
ADAS entre outros. A presença
de expositores portugueses fez-se
notar e foi significativa, com mais de
vinte empresas presentes de diversas
áreas, desde peças de acessórios para
ligeiros e pesados, repintura e pneus,
o que representou 33% dos expositores
internacionais. Foi uma magnífica
oportunidade para fazerem contactos
comerciais, desenvolverem as
suas estratégias de marketing e darem
a máxima visibilidade aos seus
produtos e inovações.
Oficinas mais motivadas
Os profissionais que visitaram a feira
ficaram com uma panorâmica
completa do mercado e a troca de
experiências foi sem dúvida uma das
grandes mais valias do evento. “A feira
permite tirar partido do contacto
pessoal e direto com os principais
protagonistas do aftermarket e o conhecimento
adquirido é muito útil
para aplicar na oficina e melhorar o
seu funcionamento”, referiu um proprietário
de oficina.
A aposta da organização e dos expositores
em comunicar com as oficinas
era visível e a feira foi o reflexo do
que está a acontecer no setor, com
o foco nas mudanças, quer a nível
das novas tecnologias na motorização
dos veículos, quer nos modelos
de propriedade, que estão a evoluir
para o leasing e a partilha de automóveis,
forçando as oficinas a aprender
a negociar com grandes clientes
empresariais. Outra realidade neste
importante segmento económico é a
manutenção preditiva e a reparação
remota, bem como a digitalização, o
que implica não só mudanças tecnológicas,
mas também mudanças na
gestão das oficinas e no relacionamento
com os clientes.
“Todas estas mudanças estão a forçar
o mercado pós-venda a fazer um
grande esforço em termos de formação
e investimento para garantir
o seu futuro. Um futuro adequado
apenas para aqueles que estão preparados”,
sublinha David Moneo, que
acrescenta “O aftermarket foi sempre
um setor resiliente, caracterizado
por uma grande capacidade de adaptação,
que certamente se adaptará a
esta mudança”.
A Motortec Madrid revelou-se como
a grande força motriz para revitalizar
todo o setor, tendo tido um claro enfoque
na oficina: “Houve um grande
desejo de recuperar o espírito tradicional
da Motortec, mas com um enfoque
renovado e centrado nas novas
necessidades da oficina de reparação,
que é a base do mercado pós-venda”,
disse David Moneo.
Para este fim, para além de uma
oferta expositiva claramente dirigida
às oficinas, a feira apresentou diferentes
atividades que serviram para
gerar valor para este grupo: “Quisemos
que a Motortec fosse o ponto de
encontro onde as oficinas pudessem
encontrar as respostas e soluções
para os seus negócios. O nosso objetivo
foi assegurar que as oficinas continuem
a querer investir no setor do
mercado pós-venda”.
Para este responsável “As oficinas estão
a saber adaptar-se ao novo ambiente
económico, com um elevado
grau de flexibilidade, mas por vezes
existe uma falta de informação para
enfrentar estas mudanças necessárias.
A troca de conhecimentos e experiências
entre profissionais proporcionada
pela feira permitiu ver alternativas
e formas de enfrentar estes desafios.
Um diálogo que se estendeu também
aos distribuidores e fornecedores, que
sentem as mesmas preocupações”.
Atividades paralelas em alta
A Motortec teve uma agenda intensa
de reuniões profissionais, onde especialistas
em diferentes campos analisaram
os últimos desenvolvimentos
no setor do aftermarket automóvel.
Os Seminários Técnicos começaram
com o tema da preparação das oficinas
para trabalhar com veículos
elétricos, e se estão atualizadas com
a legislação nesta área. Seguiu-se um
encontro centrado na contribuição
das redes de oficinas para as empresas
de reparação de veículos, os
seus fornecedores e os clientes particulares
e empresariais da oficina.
O comércio de pneus nas oficinas foi
também tema para um debate sobre
as principais chaves para que este
sector enfrente com sucesso o seu
futuro imediato. No 3º Congresso
16 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
AS OFICINAS TIVERAM ao SEU ALCANCE toda A GAMA DE PRODUTOS
E SERVIÇOS DISPONÍVEIS NO MERCADO E PUDERAM assistir A
APRESENTAÇÕES ao vivo DESSES PRODUTOS E SERVIÇOS, ESCLARECER
DÚVIDAS E FALAR COM OS SEUS FABRICANTES E DISTRIBUIDORES
de Oficinas de Veículos Comerciais,
foi apresentado os resultados de um
estudo inédito sobre “Oficinas e o
mercado da manutenção de veículos
comerciais hoje”.
O programa de Conferências Técnicas
foi concluído com reuniões sobre a
nova lei de resíduos e o seu impacto na
reciclagem de pneus em fim de vida e
a cerimónia de entrega de prémios do
3º Concurso para o Melhor Técnico.
Nesta edição do Concurso, destinado
aos estudantes que estudam nos
centros de formação, foram escolhidas
duas áreas da reparação automóvel:
Eletromecânica e Carroçaria/
Pintura. O concurso visou promover
os estudos realizados nos centros de
formação; estimular os estudantes a
melhorar a qualidade destes cursos
de Formação Profissional; promover
a relação entre os centros educativos
e as empresas do sector; promover o
trabalho de equipa, complementando
competências individuais; e ainda reforçar
a relação entre centros educativos
e empresas do sector.
Ferramenta virtual
ao serviço do setor
A organização aproveitou as potencialidades
das novas tecnologias e
criou a plataforma Live Connect,
uma comunidade virtual, que funciona
de uma forma muito semelhante
ao LinkedIn. Trata-se de uma ferramenta
virtual que permite que tudo o
que foi gerado na Motortec dure um
ano em formato virtual, ao qual visitantes
e expositores poderão aceder
e também estabelecer contacto uns
com os outros. É uma excelente ferramenta
para os expositores, porque
na feira física dependem do visitante
que chega ao seu stand, mas com esta
plataforma, através de alguns filtros
e tendo determinado algumas preferências,
poderão encontrar o seu
potencial cliente: pelo nome, cargo,
empresa e área de onde provêm. Não
há dados de contacto, mas tal como
no LinkedIn, eles podem enviar um
pedido para começar a interagir.
Com o Live Connect a feira não se
limita aos quatro dias que ocupa fisicamente
na Ifema. Todo o conteúdo:
formação, webinars, palestras, atividades...
estão acessíveis através desta
plataforma que também permite o
trabalho em rede com clientes atuais
e potenciais, e que permanecerá ativa
durante um ano, facilitando também
o acesso a visitantes que não puderam
viajar para Madrid.
Dirigida aos mercados da Europa
Central e do Sul, a Motortec lançou
também a iniciativa Programa de
Comprador Convidado, que visou
ajudar a impulsionar a internacionalização
do sector e a dinamização
do mercado, tendo-se revelado um
valioso instrumento comercial que
DIA DE PORTUGAL CELEBRA
FESTA DO AFTERMARKET
O dia de Portugal na Motortec, organizado pelo Jornal das Oficinas em parceria com a Revista
Autopos, foi um sucesso. Os profissionais portugueses que compareceram fizeram a festa e ficaram
com a recordação de bons momentos em companhia da equipa do Jornal das Oficinas, que teve o
prazer de receber, de braços abertos, muitos parceiros e amigos.
Este ano, o stand da Autopos, nosso parceiro em Espanha, teve como tema a feira de Sevilha,
apresentado um espaço original, ao mais puro estilo andaluz, onde não faltou muita luz, música
sevilhana em direto e muita animação. Dedicado a todos os expositores, visitantes e parceiros de
negócio, a iniciativa voltou a ser um sucesso, tendo passado pelo Trócola Bar, denominação do espaço,
muitas centenas de profissionais, que aproveitaram a oportunidade para tomar uma bebida,
ouvir música ou simplesmente relaxar num ambiente animado e descontraído.
www.jornaldasoficinas.com Maio 2022 17
MOTORTEC
MADRID 2022
OS VISITANTES ENCONTRARAM O APOIO DE FABRICANTES,
DISTRIBUIDORES E assoCIAÇÕES SECTORIAIS, COM A PLENA
COLABORAÇÃO DOS ORGANIZADORES DA FEIRA, QUE FIZERAM TUDO PARA
asseGURAR QUE A VISITA FOSSE INTERESSANTE E PROVEITOSA
o evento colocou à disposição das
empresas para lhes proporcionar o
máximo retorno da sua participação.
Nesta edição, a iniciativa teve dois
programas diferentes: um dedicado
a Espanha e Portugal, sob o lema
“Todas as oficinas na Motortec”, e um
segundo internacional, centrado na
Europa. O objetivo foi ajudar os expositores
a atrair mais oficinas, tendo
conseguido ultrapassar os mais de
30.000 profissionais que visitaram
informação, tomaremos uma decisão.
Estamos conscientes de que não
pode haver um volume concentrado
de feiras num único ano; teremos de
falar com as outras feiras e ver como
é que isso afeta os orçamentos dos expositores”,
continuou Moneo: “Mas
gostaríamos de continuar a realizar
a Motortec Madrid de dois em dois
anos, em anos pares; para manter
o ritmo de 2024, 2026...”, concluiu
o diretor da feira. A intenção é mea
feira com despesas de transporte e
alojamento cobertas.
Futuro em análise
Sobre a data de realização da próxima
Motortec Madrid, David Moneo
diz “A primeira coisa é analisar os
resultados da edição de 2022, depois
voltaremos a tomar o pulso do
sector, sentar-nos-emos com as associações,
falaremos com o circuito das
feiras internacionais e, com toda esta
lhorar a sua dimensão internacional:
“Gostaríamos que os expositores espanhóis
com um carácter mais orientado
para a exportação encontrassem
o seu espaço comercial na Motortec,
colaborando com as Associações do
setor para determinar onde e como
podemos atrair um perfil de visitante
interessante para estas empresas.
O objetivo é aumentar o número de
visitantes estrangeiros de fora da Península
Ibérica”. l
JORNAL Das OFICINAS COM COBERTURA INÉDITA NA MOTORTEC
Foi com renovado entusiasmo e confiança que o
Jornal das Oficinas esteve presente na Motortec
com toda a equipa, para fazer uma reportagem
alargada da feira, centrando a sua comunicação
nas redes sociais, com vídeos em direto para o
Facebook, Instagram, Linkedin e Twitter. Graças ao
grande alcance destas redes sociais, conseguimos
atingir um número recorde de visualizações e
uma cobertura mediática com grande impacto
junto dos muitos milhares de profissionais que
nos seguem nas várias plataformas online,
oferecendo-lhes melhores e mais diversificados
conteúdos em formatos diferentes e inovadores.
Com a divulgação de reportagens vídeo das
empresas parceiras, a equipa do JO foi publicando
“in real time”, no site e redes sociais o que de
mais importante se passou nos dias da feira.
No youtube em três dias crescemos 345%
atingindo um total de 6.769 visualizações, o
Facebook também cresceu e as publicações no
feed atingiram 52.390 pessoas gerando 16.843
interações. No Instagram alcançamos 817 contas,
no Linkedin tivemos 12.473 impressões e no
Twitter 4.272.
18 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
PATROCINADORES >
ECONOMIA CIRCULAR NO AFTERMARKET
PEÇAS RECONSTRUÍDAS
- UMA IDEIA, MUITAS
VANTAGENS
SERÁ QUE USAR PEÇAS DE AUTOMÓVEIS RECONDICIONADAS OU RECONSTRUÍDAS
É SEGURO? ESTA É SEGURAMENTE UMA DAS QUESTÕES QUE OS AUTOMOBILISTAS
COLOCAM ÀS OFICINAS. APESAR DE NÃO SEREM PEÇAS NOVAS, ESTAS SÃO DE CONFIANÇA
E DO PONTO DE VISTA MERAMENTE ECONÓMICO, AS PEÇAS RECONDICIONADAS
E RECONSTRUÍDAS, SÃO EFETIVAMENTE UMA OPÇÃO MAIS ACESSÍVEL
As peças reconstruídas são alvo de
restauro estético exterior, por forma
a apresentarem um aspeto de peça
nova. Mas, para efeitos de qualidade
e garantia, são legalmente idênticas
aos de uma peça nova. Durante o processo
de reconstrução de um componente, procede ‐se à
desmontagem integral de todos os seus elementos
individuais constituintes, os quais são sujeitos a
um processo de triagem, preparação, recuperação
e testes. Quando os componentes e seus elementos
são irrecuperáveis, estes são descartados,
os restantes seguem para o processo completo de
verificação e beneficiação. No fim, são montados
nos componentes, os elementos recuperados e outros
novos, que tiveram de substituir os que foram
rejeitados, apresentando um componente com as
mesmas qualidades que o novo.
Será que VAlem a pena?
Apesar das inúmeras vantagens que este tipo de
produto apresenta para consumidores, meio ambiente,
marcas e reparadores, tem tardado em
assumir uma posição de relevo no mercado pós‐
‐venda automóvel. Na área automóvel, um produto
reconstruído é todo aquele em que as peças
de desgaste que o compõem são substituídas por
peças novas. A reconstrução é um processo que
leva à recuperação do valor acrescentado atribuído
ao material quando o produto foi inicialmente
construído. Este tipo de produto, tem de oferecer
ao consumidor a qualidade e fiabilidade da peça
nova, pelo que todo o processo de reconstrução
terá de ser efetuado de acordo com os padrões de
qualidade definidos pela marca. A base fundamental
do produto reconstruído é a peça usada que é
substituída na reparação. As peças reconstruídas
são uma área de negócio que em Portugal tem ainda
uma baixa percentagem de incorporação nas
reparações auto.
Internacionalmente, a peça usada é conhecida
pela designação Core. É o início e o fim do ciclo
de vida do produto reconstruído. É, portanto,
fundamental que, por cada peça reconstruída utilizada,
exista a devolução do Core para que o processo
não sofra interrupções. Devido a diversas
circunstâncias, apenas se conseguem recuperar
cerca de 80% de todos os “Core” substituídos o
que, em muitos casos, dificulta a disponibilidade
deste tipo de produto.
Existem no mercado diversos elementos iniciados
com o prefixo “Re“ que devido à semelhança de
processos e do produto final, podem ser facilmente
confundidos com peças reconstruídas e causar
confusão junto do consumidor. Temos como
exemplos:
RECONDICIONADO: foi recuperada a funcionalidade
do produto como novo ou quase como novo,
mas não implica que ele continue a ter mesma
garantia de qualidade, nem que todos os componentes
tenham sido desmontados, limpos ou substituídos.
REUSAR: significa que o produto já foi utilizado
anteriormente. Como não sofreu qualquer intervenção,
todos os problemas adquiridos durante a
primeira utilização, continuam lá.
REPARAR: é tornar operacional um produto que
teve uma avaria. Normalmente a intervenção é feita
exclusivamente no local ou no componente que
a provocou e não em todo o produto.
RECICLAR: é retornar o produto à matéria‐
‐prima, que posteriormente pode ser utilizada na
construção de uma nova peça. A reciclagem implica
a destruição do produto o que, quando se trata
de peças para veículos em final de vida, pode levar
à não produção de uma peça igual.
Como funciona o processo
de reconstrução?
Por questões ambientais e também económicas,
cada vez mais se reaproveitam as peças dos au‐
AS PEÇAS RECONSTRUÍDAS SÃO FIÁVEIS, MANTÊM OS PADRÕES
DE QUALIDADE NA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL, SÃO UMA ÁREA DE NEGÓCIO
COM ENORME POTENCIAL DE CRESCIMENTO E UMA MAIS VALIA
PARA TODOS OS INTERVENIENTES BEM COMO PARA O MEIO AMBIENTE
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Alternativa ECONÓMICA
O grande mérito das peças
reconstruídas (recuperadas, recicladas,
remanufaturadas, etc.) é o facto de se
imporem no mercado com vantagem
económica, e serem parte importante
da estratégia de sustentabilidade e de
promoção da economia circular. O menor
custo das peças reconstruídas é obtido
simplesmente por reaproveitar metais
que teriam que voltar a ser fundidos. Em
termos de processos de produção também
há economias energéticas. Os materiais
reutilizados também ficam a custo zero.
Essas reduções permitem que a qualidade
e a segurança da peça reconstruída sejam
as mesmas de uma peça original. Um
alternador ou um motor de arranque com
o enrolamento partido não funcionam,
Mercado cresce
Os fabricantes encontram ‐se sobre
uma pressão crescente para reduzirem
a sua pegada ecológica e os clientes
procuram sempre uma alternativa
mais barata. À medida que a indústria
desperta rapidamente para o valor
dos produtos reconstruídos, abrem‐
‐se novas oportunidades e o mercado
cresce de ano para ano. Para explorar
estas oportunidades, os reconstrutores
têm de dar resposta à cada vez maior
exigência em termos de capacidades
tecnológicas, conhecimentos, novos
métodos e processos. Em muitos casos,
a única forma de manter os carros mais
antigos na estrada é através da utilização
de peças automóveis reconstruídas – pois
os seus componentes originais já não
por exemplo, mas basta montar outro
enrolamento para a peça ficar nova,
considerando bom o estado do rolamento
e outros componentes chave. Esta
economia tem reflexos ambientais e até
na segurança rodoviária. Menos emissões
de CO 2 no processo de fabrico, reutilização
de materiais e matérias ‐primas e menor
consumo energético tornam o sistema
ecologicamente sustentável. Além
disso, os carros passam a circular com as
garantias de origem, ao passo que o custo
da peça nova poderia em muitos casos
retardar ou até inviabilizar a reparação.
Carros mais seguros, maior defesa do meio
ambiente, maior atividade reparadora,
mais economia e maior repartição dos
rendimentos são argumentos de peso.
são produzidos na atualidade. A gama
de produtos reconstruídos oferece ao
mercado independente de pós ‐venda o
padrão do Equipamento Original a um
preço competitivo. A reconstrução também
permite a criação e manutenção de
empregos em toda a Europa. Numa época
em que muitas indústrias estão a deslocar
trabalho para fora da União Europeia,
não faz sentido que os reconstrutores o
façam, devido aos custos de deslocar as
peças para fora da Europa e novamente
de volta. No mercado europeu, a indústria
da reconstrução emprega um total de
35.000 pessoas. O potencial é enorme e é
importante reconhecer que há muito mais
trabalho envolvido na reconstrução do que
na produção de peças novas.
NOS CASOS EM QUE PODE SER
APLICADA, A RECONSTRUÇÃO
É UMA ALTERNATIVA EXCELENTE
ÀS PEÇAS NOVAS, TANTO PARA
OS PROFISSIONAIS DA INDÚSTRIA
AUTOMÓVEL – FABRICANTES
DE AUTOMÓVEIS E PEÇAS,
DISTRIBUIDORES E INSTALADORES
– COMO PARA O CONSUMIDOR FINAL
tomóveis. Mesmo nas marcas mais
conceituadas no ramo automóvel,
muitas das peças substituídas são
peças que passaram pelo processo
de reconstrução. Neste processo, as
peças usadas são totalmente desmontadas
e testadas afim de garantir
que se encontram em condições
de serem reutilizadas. Após este
passo, todos os componentes sujeitos
a maior desgaste são substituídos
por novos, garantindo assim
uma maior durabilidade das peças
reconstruídas.
Este processo funciona da seguinte
forma, a oficina compra a peça ao
fornecedor de peças, este fatura ‐lhe
a peça e o core (peça danificada ou
que pretende substituir), quando
efetuar a devolução desta, o dinheiro
ser ‐lhe ‐á devolvido. Para se conseguir
reconstruir a peça esta não pode
estar em estado muito degradado.
Geralmente não pode estar partida
e deve ser entregue ao fornecedor
limpa e na caixa original. Aquilo que
diferencia um produto reconstruído
de todos os outros é o processo que
leva à sua reconstrução e que se desenvolve
em sete etapas:
Recolha do Core;
Inspeção e identificação de falhas;
Desmontagem do produto;
Limpeza dos componentes;
Substituição dos componentes sujeitos
a desgaste;
Montagem do produto;
Teste e ensaio de funcionalidade;
As possibilidades de reconstrução
são vastas e, em teoria, qualquer
produto pode ser reconstruído. Em
PATROCINADORES >
Portugal os componentes reconstruídos
mais comuns são motores,
caixas de velocidade, turbocompressores,
alternadores, transmissões,
caixas de direção, unidades eletrónicas,
painéis de instrumentos, cabeças
de motor, motores de arranque,
embraiagens, catalisadores, bombas
injetoras, injetores e radiadores.
A utilização deste tipo
de peças tem inúmeras
VANTAGENS:
PARA O MEIO AMBIENTE:
A energia despendida na reconstrução
é substancialmente inferior à
necessária para produzir uma nova
unidade. Por exemplo, na reconstrução
de alternadores gasta ‐se apenas
14% da energia e 12% do material
relativamente ao fabrico das peças
novas. Nos motores de arranque
a diferença ainda é maior: 9% de
energia e 11% de material; Reduz a
emissão de milhões de toneladas de
dióxido de carbono.
PARA AS MARCAS AUTOMÓVEIS:
Reduz substancialmente os custos
de produção; Coloca no mercado peças
a preços mais concorrenciais com
uma margem de lucro duas vezes superior
à das peças novas; Reduz o
custo das garantias.
PARA OS CONSUMIDORES:
Têm como opção peças com um
custo 30% a 65% inferior ao preço
de uma peça nova, com idêntica qualidade
e com as mesmas condições
de garantia. Este é sem dúvida um
negócio com grande margem de progressão.
No entanto, existem, a vários
níveis, alguns desafios que têm
de ser ultrapassados para que este
negócio se possa afirmar e conquistar
o seu lugar. Um, se não mesmo o
mais importante, é que o consumidor
passe a confiar na qualidade das
peças reconstruídas. Muitas vezes
ainda é feita a associação: reconstruído
= pouca qualidade.
Isto só é possível se a rede de reparadores
transmitir de forma clara
aos clientes, a qualidade e fiabilidade
destas peças e as vantagens
económicas que esta solução representa.
As marcas têm também um
papel importante a desempenhar
neste processo alargando o número
de produtos disponíveis, facilitando
o processo de devolução dos Core e
procurando oferecer estas peças a
um preço cada vez mais acessível.
Perante o que atrás foi escrito e em
forma de conclusão poder ‐se ‐á afirmar
que as peças reconstruídas são
fiáveis, mantêm os padrões de qualidade
na reparação automóvel, são
uma área de negócio com enorme
potencial de crescimento e uma mais
valia para todos os intervenientes
bem como para o meio ambiente.
Não estamos com isto a dizer para
que não compre peças novas, estamos
apenas a mostrar ‐lhe que existem
opções e algumas a preços mais
reduzidos que lhe vão permitir poupar
bom dinheiro na próxima manutenção
do seu veículo. Contudo
há peças que convém montar apenas
novas e originais.
Economia e ambiente
Um componente reconstruído, pouco
importa se é um simples cardan de uma
transmissão ou um motor completo,
beneficia de várias sinergias importantes,
que permitem reduzir o custo de
produção e de venda em cerca de 30 a
50%, relativamente a peças fabricadas
de raíz. Em primeiro lugar, há grande
economia em matérias ‐primas, que têm
subido astronomicamente nos últimos,
como é o caso do aço e outros materiais
básicos. Em seguida, é recuperada a
energia que foi utilizada para fundir e
conformar as peças recuperadas, que
representa cerca de 80 ‐85%
do total da energia gasta na peça.
A importância deste facto é clara, se
tivermos em conta os custos crescentes
da energia, a disponibilidade limitada
de recursos energéticos e as emissões
de CO 2 necessárias para produzir energia
comum. Outro valor que é recuperado
igualmente com a peça usada é a mão‐
‐de ‐obra necessária para a produzir. São
estas poupanças que permitem assegurar
os preços muito competitivos das peças
recondicionadas e a margem de que as
empresas produtoras necessitam para
assegurar a sua sustentabilidade. Não
menos importante é o impacto que a
reciclagem (ciclo fechado) tem para o
ambiente, evitando o circuito das sucatas
para as fundições e destas novamente
para as indústrias produtoras. Recursos
naturais e energia são poupados em
quantidades muito significativas,
garantindo condições de sustentabilidade
para um desenvolvimento compatível
com a conservação do ambiente. Além
disso, a indústria de recuperação de
componentes automóvel é de mão‐
‐de ‐obra intensiva, garantindo níveis
de emprego socialmente corretos e
potenciadores de crescimento económico.
OS FABRICANTES DE AUTOMÓVEIS
ESTÃO CADA VEZ MAIS CONSCIENTES
DAS OPORTUNIDADES CRIADAS PELA
RECONSTRUÇÃO, PARA AMPLIAR
OS CONTRATOS DE MANUTENÇÃO
E DISPONIBILIZAR SOLUÇÕES
COM CONDIÇÕES VANTAJOSAS
PARA VEÍCULOS MAIS ANTIGOS
CHALLENGE OFICINAS
AValiaçÃO PRESENCIAL
O CHALLENGE OFICINAS 2022 ENTROU NA 2ª FASE DE AVALIAÇÃO. OS SEIS SELECIONADOS
PARA A FINAL ESTÃO APURADOS E OS TÉCNICOS DA T ACADEMY ESTÃO NO TERRENO A AVALIAR
OS CONHECIMENTOS DE CADA OFICINA PARA ELEGER AS TRÊS FINALISTAS
Concluído o período de respostas
ao questionário para a seleção
das seis oficinas melhor
classificadas, o Challenge Oficinas
entra neste mês de maio numa fase
decisiva de apuramento das 3 finalistas.
Uma equipa de jornalistas do
Jornal das Oficinas está a acompanhar
os avaliadores da T Academy no
trabalho de avaliação presencial que
estão a efetuar a cada oficina selecionada.
O contacto pessoal com os proprietários
e funcionários das oficinas
é essencial, pois só assim é possível
avaliar com rigor os conhecimentos
das equipas e a funcionalidade das
instalações.
Desafios para a excelência
As seis oficinas que foram selecionadas
para a 2ª fase deste Challenge
são já todas vencedoras, pela vontade
de participar e serem postas à prova,
saírem da sua zona de conforto e
viverem uma experiência diferente,
junto com outros colegas de profissão.
São exemplo de organizações
proactivas, que querem aportar mais
valor ao mercado, com novos modelos
de negócio e ações construtivas
com benefícios para os colaboradores
e clientes. As ações levadas a cabo
pela oficina é o alicerce da excelência
empresarial, que faz as organizações
serem reconhecidamente competentes
pela sociedade e pelo mercado. A
busca pela excelência deve ser entendida
como a preocupação constante
pela melhoria da organização e é
parte inerente do espírito empreendedor
que a competição Challenge
Oficinas pretende promover.
Liderança e relacionamento
Nenhum empresário pode ser bem
sucedido, se lhe faltar a capacidade
de liderança e se não for dotado
para estabelecer relacionamentos
equilibrados e sérios. Muitos consideram
que liderar é apenas mandar
e dar ordens, esquecendo ‐se que o
elemento principal numa organização
é a motivação. Em primeiro lugar,
um líder verdadeiro estabelece
relações humanas equilibradas com
os seus colaboradores. Dá ‐lhes valor,
apoia ‐os, ensina ‐lhes os segredos da
profissão, permite ‐lhes a iniciativa,
fá ‐los sentir que fazem parte de
uma equipa que está a progredir e a
dar os passos certos para vencer. Em
segundo lugar, um líder tem que ser
honesto e íntegro, tem que saber dar
o melhor exemplo e fazer sempre o
que diz. Além disso, para estar à
frente de uma oficina automóvel, é
indispensável ter uma capacidade de
relacionamento acima da média.
Para lá dos colaboradores, o empresário
tem que estabelecer boas relações
com os clientes, com os fornece‐
dores e com todos os seus parceiros
de negócio. Esse relacionamento não
é só feito de boas maneiras, respeito,
consideração e até um sorriso, porque
as pessoas têm que acreditar na
competência profissional e empresarial
do seu interlocutor. A credibilidade
tem um enorme valor porque é
feita de transparência, autenticidade
e honestidade, atributos que devem
estar sempre presentes na gestão comercial
e empresarial determinadas
pelo gestor da oficina.
Valores e código de ética
Os proprietários de oficinas automóvel
acarretam uma considerável
responsabilidade para com os seus
negócios, as suas famílias, os seus
funcionários, a sua comunidade e
muitos outros. São responsáveis por
um conjunto de valores e um código
de ética, que devem fazer parte
da cultura da empresa e não podem
ser ignorados. De entre todas as responsabilidades
que recaem sobre o
proprietário de uma oficina independente,
nenhuma é mais pesada
do que a responsabilidade de ganhar
confiança. Esta confiança aplica ‐se
quer ao negócio, quer à reputação
pessoal do empresário. A obtenção
24 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
da confiança junto dos interessados
nos negócios da oficina não inclui só
os participantes mais óbvios, funcionários
e clientes, mas estende ‐se
também à comunidade, vendedores,
família e outros. A confiança é o elemento
principal de qualquer negócio
de sucesso e está intimamente ligada
ao ADN do proprietário.
Um ponto de partida seguro consiste
numa avaliação pessoal honesta,
seguida de um plano para melhorar
a confiança a todos os níveis. Esta
melhoria nunca aparece de repente,
pois tem de ser planeada e surge de
cima para baixo. Os esforços superficiais
resultarão em melhorias temporárias
e estão condenadas a falhar
caso sejam aplicadas sem vigor e
consistência.
Os consumidores desejam um serviço
cada vez mais personalizado,
oferecido por pessoal conhecedor.
Desejam valor e desejam compreender
de que forma a proposta de valor
se lhes é aplicável de forma individual.
Apesar de excelente a fornecer
informações, a Internet é deficiente
no que diz respeito ao toque pessoal
e em muitos casos não antecipa nem
responde à proposta de valor ou ao
desejo de um serviço personalizado.
A confiança é construída com base
no conhecimento do produto, no
valor acrescentado, na compreensão
e no conhecimento. E o ingrediente
mais importante da construção de
confiança é o proprietário da oficina.
O seu toque pessoal, o toque de
confiança é obrigatório. Isto não é
um assunto secundário, pois a forma
como o proprietário e a sua equipa
oferecem este toque é importante.
Com esta iniciativa única e inovadora,
o Jornal das Oficinas pretende fomentar
entre as oficinas um espírito
competitivo são, o trabalho em equipa
e a sua criatividade através da realização
de provas em diversas áreas
relacionadas com o pós ‐venda automóvel,
nomeadamente técnica, receção,
peças, marketing e gestão.
“EVENTOS QUE PROMOVEM O AFTERMARKET,
SÃO IMPORTANTES INICIATIVAS PARA ESTIMULAR AS OFICINAS”
CARLOS SILVA, DIRETOR DE VENDAS E MARKETING DA KRAUTLI PORTUGAL
Entendemos que participar em eventos que
promovem o aftermarket, são importantes
iniciativas para estimular as oficinas
enquanto ator determinante e decisivo
no nosso sector. Pretendemos com mais
esta participação, associar as marcas que
distribuímos Valvoline e Yuasa a um evento
reconhecido como uma das importantes
iniciativas levadas a cabo no nosso setor.
A visibilidade e a notoriedade de ambas
as marcas Premium sai mais uma vez
reforçada como patrocinadores do evento.
O Aftermarket precisa de marcas líderes
e com presença regular na pesquisa e
desenvolvimento de produtos e soluções
que acompanham a elevada exigência
dos veículos atuais e futuros. É com
base nestas premissas que as oficinas
podem beneficiar de todo o know ‐how
de marcas como a Valvoline e Yuasa pois
são empresas que estão presentes como
fornecedores habituais dos principais
fabricantes mundiais de veículos.
A Krautli Portugal tem estado sempre
ao lado dos seus parceiros de negócio,
principalmente neste período tão complexo
que temos vivido nos últimos anos. Para
além dos desafios gigantes que todos
temos de enfrentar diariamente, as
empresas necessitam de capacitar e dotar
as suas equipas de elevadas competências
em diferentes áreas, designadamente a
componente comportamental que sempre
foi muito desconsiderada no nosso
sector e obviamente as competências
técnicas. Relativamente à formação,
devido ao contexto vivido, não temos sido
particularmente ativos pois estávamos
todos condicionados no contacto social,
todavia, estamos destes alguns meses a
desenvolver diversas iniciativas junto dos
nossos principais parceiros para voltarmos
à normalidade, que todos muito ansiamos.
Este período de pandemia constituiu
um momento inédito para a maioria das
empresas - todas tiveram que se adaptar e
tomar decisões difíceis muito rapidamente.
O ritmo de mudança acelerou ‐se ainda
mais, houve muitas mudanças que vieram
para ficar e este contexto exigirá uma
muito maior capacidade de liderança nas
empresas para garantir as pessoas certas,
nos lugares certos a fazer as coisas certas,
proporcionando ‐lhes direção, alinhamento
e motivação rumo a um crescimento
rentável e sustentável.
Temos um aftermarket muito competitivo
e com uma oferta excessiva de marcas e
operadores para um mercado tão compacto.
Para além deste cenário, os desafios do
momento são gigantes para as empresas,
designadamente no que diz respeito à
gestão de escassez de componentes
provocando dessa forma baixas taxas de
fornecimento por parte dos fabricantes de
componentes e uma escalada contínua dos
preços das matérias ‐primas. Estes fatores,
estão e vão continuar a afetar ao longo
de 2022 o nosso sector de uma forma
transversal e impactante. Antecipo que ao
longo de 2022 continuaremos a verificar
estagnação no aftermarket, no entanto,
perspetivo que as marcas Valvoline e Yuasa
irão continuar a ter um aumento de quota
de mercado, devido à excelente proposta de
valor de cada uma das marcas, tornando ‐as
cada vez mais marcas de referência nas
categorias onde operam.
www.jornaldasoficinas.com Maio 2022 25
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE-SE DE A A Z
Empresas
AUTOMECHANIKA PREOCUPADA COM FUTURO DOS PROFISSIONAIS
É PRECISO NOVAS PESSOAS PARA O SETOR
A
escassez de especialistas há muito que atingiu
o aftermarket. Desde março, a recém-
-criada associação ‘Talents4AA’ tem vindo
a trabalhar para trazer novas pessoas para o setor.
Neste sentido, a Automechanika, pretende inserir
este tema como um dos assuntos topo do seu próximo
evento, que acontecerá de 13 a 17 de setembro
de 2022. A amplitude de desafios emocionantes e
oportunidades de carreira oferecidos nos setores
de autopeças, oficinas e concessionárias de automóveis
são imensos. No entanto, os fabricantes
de peças, revendedores e proprietários de oficinas
enfrentam o mesmo desafio: encontrar pessoal
qualificado para trabalhar nas suas operações. Há
uma procura crescente nas áreas de digitalização,
pesquisa e desenvolvimento, enquanto a importância
da tecnologia da informação continua a crescer.
Isto significa que os especialistas em TI são uma
mercadoria muito procurada. Técnicos elétricos
para sistemas automotivos de alta tensão também
estão em falta, enquanto o comércio de automóveis,
precisa de mais profissionais jovens. Por isso,
doze empresas reuniram-se em março e lançaram a
iniciativa Talents4AA.
Os membros fundadores incluem grandes fabricantes
de peças e grupos de comércio internacional,
bem como a Figiefa, a federação europeia de distribuidores
independentes de peças aftermarket e as
suas associadas, para além outros membros de organizações
profissionais e educacionais. Os membros
fundadores estão a reunir as suas experiências
e conhecimentos para promover o mercado de reposição
automotiva e atrair novos especialistas e
gerentes para o campo. A iniciativa destina-se não
apenas a jovens recém-chegados, mas também a
indivíduos talentosos de todas as idades, origens,
géneros e profissões. A Talents4AA também marcará
presença ativa na Automechanika Frankfurt
de 13 a 17 de setembro.
Olaf Mußhoff, Diretor da Automechanika Frankfurt
afirmou: “O mercado de reparação automóvel
oferece uma variedade de tecnologias inovadoras,
como eletrificação, digitalização e conectividade,
mas muitos recém-formados e graduados mal conhecem
os tópicos e perspetivas fascinantes que
as empresas do mercado de reposição automotive
– incluindo grandes, prestigiados, inovadores
e internacionais – podem oferecer. É por isso que
temos o prazer de apoiar a iniciativa Talents4AA.
Também complementa muito bem o amplo programa
de formação e desenvolvimento profissional
e a presença de recrutamento pelos quais a nossa
feira é conhecida há muito tempo.” Este ano, mais
uma vez, haverá workshops práticos sobre o tema
“Gestão de Reparação de Acidentes” no evento em
Frankfurt, em inglês e alemão. Existe também um
programa especial dirigido às escolas que permite
aos alunos e graduados terem um primeiro contacto
com várias profissões de formação no local da
feira.
26 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
A brand of Continental.
SABIA QUE A EXISTÊNCIA DE UM
REPRESENTANTE AUTORIZADO É OBRIGATÓRIA?
Desde 1 de janeiro de 2022 que a figura de Representante Autorizado, até aqui apenas aplicável
ao fluxo específico dos equipamentos, elétricos e eletrónicos, passou a ser extensível
em Portugal a todos os fluxos que atuam sobre o princípio da Responsabilidade Alargada
do Produtor (RAP). No caso de produtores estrangeiros sedeados noutros Estado-Membro
ou em país terceiro que vendem produtos através de técnicas de comunicação à distância
diretamente a utilizadores finais, existe agora a obrigatoriedade de nomeação de um
representante autorizado em Portugal. Este representante tem que estar estabelecido em
Portugal e assumir a responsabilidade pelo cumprimento das obrigações do produtor de
produtos estrangeiro, nos termos previstos do UNILEX. No caso de a venda ser feita a outros
agentes económicos, como é caso dos distribuidores, a responsabilidade enquanto produtor
é inicialmente do distribuidor nacional, podendo a entidade estrangeira estabelecida noutro
Estado-Membro da União Europeia optar por assumir as obrigações enquanto produtor,
nomeando para o efeito um representante autorizado. Desta forma, o cumprimento das
obrigações será apenas efetivado através do representante autorizado, razão pela qual não
pode o produtor estrangeiro registar-se ou manter-se registado diretamente no Registo de
Produtores/Embaladores no SILiAmb.
pATrimónio
oE iDEiAs
inovAção
FORNECE COMPONENTES DE ELETRIFICAÇÃO
PARA TOYOTA E SUBARU
DENSO | A DENSO anunciou que vai fornecer os principais componentes de eletrificação
para os novos bZ4X e SOLTERRA totalmente elétricos da Toyota e Subaru, programados para
serem lançados em e maio de 2022 e meados de 2022, respetivamente. Os produtos DENSO
recém-desenvolvidos apresentados no bZ4X e SOLTERRA incluem: Sensor de corrente, que
deteta o fluxo de carga e descarga da eletricidade da bateria; Unidade de Fornecimento de
Eletricidade (ESU), que integra as funções de carregamento de bateria, conversão de energia
elétrica e distribuição de energia elétrica; Sistema de bomba de calor, que extrai calor do ar
e o utiliza como fonte de calor para o sistema de climatização do veículo; e Sistema de aquecimento
radiante, que aquece a parte inferior do corpo do passageiro. Nos BEV’s, a bateria
é a sua única fonte de energia. Minimizar a quantidade de energia necessária e recuperar
energia de forma eficiente para usar toda a energia gerada ajuda a tornar o BEV mais prático.
Normas internacionais, raízes
alemãs e máxima precisão – três
razões pelas quais os clientes em
todo o mundo depositam a sua
confiança na nossa tecnologia de
travagem.
ATE. Desenvolvida na Alemanha.
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NOTÍCIAS
EMPRESAS
PROLONGA PARCERIA COM FIA JUNIOR WRC
WOLF LUBRICANTS | A Wolf Lubricants prolongou a sua parceria com o FIA Junior WRC Championship
(Junior WRC), continuando o seu papel de parceiro técnico oficial para as épocas de 2022, 2023 e 2024. O
compromisso renovado chega numa nova fase emocionante do WRC Junior, com a introdução do novo M-Sport
Poland Ford Fiesta Rally3 com tração às quatro rodas. A Wolf tem trabalhado juntamente com a M-Sport Poland
e o WRC Junior para desenvolver lubrificantes de ponta para otimizar o desempenho dos motores e dos automóveis.
A empresa forneceu uma assistência técnica considerável durante a mudança do Rally4 para o Rally3 e
realizou testes extensivos. De facto, esta alteração também significa uma mudança da tração às duas rodas para
a tração às quatro rodas, um aumento de potência para 230 cv e um aumento de binário de 85 Nm para 400 Nm
no total. O Fiesta Rally3 também se destaca com recursos avançados, como o motor EcoBoost de 1,5 litros.
PORTUGAL ENTRE AS MELHORES DO MUNDO
TOP TRUCK | Portugal ocupou uma posição de destaque na premiação “World Class
Workshop”. Entre os 16 países nos quais a Rede TOP TRUCK está presente e suas mais de
mil oficinas, as oficinas da TOP TRUCK Portugal foram distinguidas em cinco categorias.
A premiação foi uma iniciativa da Groupauto International, que avaliou critérios como a
imagem das oficinas, satisfação dos clientes, parcerias com serviços de frota e capacidades
técnicas desenvolvidas a partir da presença em formações da rede. A TOP TRUCK Juncauto
foi a vencedora da noite na categoria “Performance” que analisa as capacidades da oficina
em conformidade com os requisitos de formações e diagnósticos. Já a TOP TRUCK Autoengenhocas
foi a segunda colocada na categoria “Atendimento ao Cliente”, que avalia o foco
das oficinas no cliente final e a satisfação dos mesmos. A TOP TRUCK Basyf foi a terceira
posicionada no quesito “Serviços à Gestoras de Frotas” que classifica a participação da oficina
nos sistemas de parcerias com gestoras de frotas disponibilizados pela rede. Já a TOP
TRUCK Simões e Simões, além da classificação em segundo lugar ao nível de “Imagem”, foi
distinguida como a terceira melhor TOP TRUCK à nível mundial.
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28 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
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OFICINAS TOPCAR PORTUGAL
ENTRE AS MELHORES DO MUNDO
TOPCAR | A Groupauto International organizou a primeira edição dos “World Class Workshop
Awards” que reuniu mais de 6.000 oficinas, de 29 países diferentes. Esta iniciativa distingue as
melhores oficinas do mundo que integram o grupo, representado em Portugal pela TOPCAR. Entre
os critérios avaliados para estas distinções estão a imagem das oficinas, satisfação dos clientes,
parcerias com serviços de frota e capacidades técnicas desenvolvidas a partir da presença em
formações da rede. A Rede de Oficinas TOPCAR teve duas das suas oficinas locais premiadas nas
diferentes categorias desenvolvidas: A oficina TOPCAR Adérito Machado foi premiada na categoria
“World-Class Fleet Services”, pelo seu serviço de parceria com as Gestoras de Frota. Já a TOPCAR
Auto Manuel & Pedro foi distinguida como segunda melhor oficina na categoria “World-Class
Customer Service”. A oficina, membro da rede desde 2012, tem vindo a aumentar progressivamente
o seu know-how ao longo dos anos, a apostar fortemente na formação dos seus técnicos através da
rede TOPCAR e na certificação, altamente valorizado pelos clientes.
APLICAÇÃO KYB CONTINUA A CRESCER COM SUCESSO
KYB | A aplicação móvel KYB Suspension Solutions continua a crescer em popularidade junto das oficinas
europeias, acumulando até à data 15.000 downloads. A Espanha tem o maior número de utilizadores com
2.760, seguida do Reino Unido com 2.510 e da Itália com 1.560. O aplicativo tem três funções principais para
ajudar os técnicos a encontrar e instalar componentes da suspensão e para esclarecer, informar e vender
a suspensão ao condutor. A primeira função permite aos técnicos aconselhar o condutor sobre o trabalho
de suspensão a ser realizado. Depois de avaliar o veículo, o técnico introduz os “sintomas” mostrados pelo
veículo na aplicação e anexa uma imagem, se necessário. O aplicativo toma então esta informação e cria um
relatório específico do veículo, que é traduzido numa mensagem de texto para o cliente - tudo gratuitamente.
Este relatório contém um botão “Call workshop”: condutores, em média, carregam neste botão 1 em
4 vezes. A segunda função permite ao técnico tirar fotografias “antes e depois” do trabalho de suspensão
realizado no seu veículo. A aplicação envia estas imagens para o cliente juntamente com um relatório
detalhado. O relatório explica o trabalho realizado e os benefícios para o veículo, e mostra-lhes fotografias
tanto dos componentes antigos como dos recentemente instalados.
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entrevista
FERNANDA MIGUEL
ADMINISTRADORA DA CREATE BY SANDIA
TEMOS SEMPRE
NOVOS PROJETOS EM
DESENVOLVIMENTO
DESDE 1989 A SANDIA STAND
ESTÁ NA DIANTEIRA
DA COMERCIALIZAÇÃO
E DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS
E ACESSÓRIOS PARA
AUTOMÓVEIS NO SUL
DE PORTUGAL. NO INÍCIO
DESTE ANO ALTEROU
A DENOMINAÇÃO PARA
CREATE BY SANDIA, COMO
FORMA DE UNIFORMIZAÇÃO
DA IMAGEM. EM ENTREVISTA
AO JORNAL DAS OFICINAS,
FERNANDA MIGUEL,
ADMINISTRADORA, FALOU
SOBRE A ESTRATÉGIA ATUAL
DA EMPRESA E DEU-NOS
A CONHECER OS PLANOS
DE CRESCIMENTO PARA
O FUTURO
Veja o vídeo
Acionista da Create Business desde 2003, a
Sandia Stand usufrui das vantagens de fazer
parte de um grupo com uma filosofia
de trabalho progressista, partilhando estratégias,
conhecimento e uma diversidade de oferta que
lhe têm permitido manter ‐se na liderança da distribuição
de peças na zona sul do país. “Estamos
em constante busca pela melhoria do serviço que
prestamos. Nunca nos sentimos satisfeitos com o
que alcançamos e temos sempre novos projetos
em desenvolvimento”, assegura Fernanda Miguel,
administradora da Create by Sandia.
A empresa valoriza a proximidade ao cliente,
de modo a conseguir prestar um serviço mais
eficiente. Para tal possui sete centros de distribuição
em Portimão, Lagos, Albufeira, Faro,
Odemira, Beja e Évora. Estar perto do cliente
possibilita identificar com maior precisão os requisitos
esperados e exigidos por este, permitindo
uma contínua melhoria na oferta de produtos
e serviços.
Nos últimos anos, com o objetivo de melhorar o
serviço e de criar melhores condições de trabalho
para os seus colaboradores, construiu uma
nova sede em Portimão que é o Armazém Central.
“Comos sabemos que a qualidade do local
de trabalho também influencia a motivação e o
desempenho dos colaboradores, temos vindo a
criar melhores condições de trabalho, seja pela
aquisição ou construção de novos espaços ou por
melhoria e renovação de existentes”, refere Fernanda
Miguel.
As novas instalações da sede em Portimão refletem
o modelo de organização e gestão seguido
pela empresa, que prima pela inovação, como é
o caso do “Drive Thru”, um serviço inovador que
permite ao cliente obter as peças sem tempo de
espera. “O serviço é simples e rápido. O cliente faz
o pedido no Call Center ou Portal + Valor, escolhe
opção drive e em aproximadamente quinze minutos
a encomenda está pronta a recolher, sem
necessidade de sair do automóvel. A recetividade
está a ser bastante positiva, estando a alcançar os
clientes alvo para este serviço”, enaltece Fernanda
Miguel. Quanto aos recursos humanos, possui
uma equipa forte e coesa, com mais de setenta
colaboradores espalhados pelos sete centros de
distribuição, e está sempre de porta aberta para
novos talentos, embora reconheça que a contratação
de mão de obra especializada é um dos maiores
desafios do setor, dada a especificidade técnica
da área. Para colmatar esta lacuna do mercado
de trabalho tem constantemente estagiários e colaboradores
em formação.
Gama premium de peças e equipamentos
Continuar o caminho que até agora tem seguido,
sempre atenta às melhorias que se podem
fazer para que os clientes consigam ser melhor
servidos naquilo que é a sua parceria, faz parte
da estratégia da Create by Sandia. Enquanto
acionista da Create Business, partilha com as
restantes empresas do grupo uma rede única a
nível nacional, em termos de portfólio de produtos
e serviços integrados. A gama de marcas
premium disponibilizada é vasta e para além das
peças, inclui também equipamentos, designadamente
aparelhos de diagnóstico da Texa, uma
ferramenta imprescindível nos dias de hoje.
Realiza regularmente ações de formação dedicadas
a diagnóstico automóvel, quer no seu centro
de formação em Portimão, onde possui uma oficina
totalmente equipada, quer nas instalações
dos clientes. Toda a formação é personalizada
e adaptada às necessidades de cada cliente, que
tem ainda ao seu dispor um serviço de apoio
técnico permanente e ferramentas de ajuda à
gestão da oficina, como o software Crión “que é
a mais avançada ferramenta de gestão oficinal
que existe em Portugal, desenvolvido pela Guisoft
em estreita parceria com os clientes Create
das redes oficinais. Organizar, gerir e comunicar
são algumas das habilidades do Crión, em paralelo
com uma enorme poupança de tempo que
ENQUANTO ACIONISTA DA CREATE BUSINESS,
PARTILHA COM AS RESTANTES EMPRESAS
DO GRUPO UMA REDE ÚNICA A NÍVEL
NACIONAL, EM TERMOS DE PORTFÓLIO
DE PRODUTOS E SERVIÇOS INTEGRADOS,
PRIMANDO POR UMA IMAGEM DE DINAMISMO
E ELEVADAS TAXAS DE CRESCIMENTO
www.jornaldasoficinas.com Maio 2022 33
FERNANDA MIGUEL
Susana Ferreira
Assistente de direção
José Perdigão
Diretor de desenvolvimento
a oficina passa a dedicar ao cliente”,
destaca Fernanda Miguel.
A Create by Sandia é responsável
pela integração de várias oficinas nos
conceitos A OFICINA , Auto Check
Center e Tec4Car. São oficinas que
fazem parte de uma filosofia baseada
numa parceria muito vincada,
que resulta numa operação win ‐win,
onde todos ganham. O stock de todas
estas oficinas é gerido pela Create by
Sandia, que conhece bem o historial
de consumo de peças de cada uma e
assim consegue ter sempre disponível
os produtos que são necessários a
cada momento. Para além das marcas
premium, a Create by Sandia
tem apostado no reforço da marca
própria Indieparts, que está em
constante evolução no que respeita
ao espectro de produtos que hoje já
fazem parte da sua gama. “Falamos
uma vez mais de qualidade com um
valor um pouco mais competitivo.
Diríamos em alguns casos ser a Escolha
certa e noutros uma boa relação
de Qualidade/Preço”, sublinha
Fernanda Miguel.
Mudança e adaptação
Ao final de dois anos de pandemia,
a Create by Sandia, que manteve a
atividade durante todo o período
pandémico, soube em conjunto com
todos os seus clientes encontrar soluções
que lhe permitiram mitigar os
efeitos da tempestade pela qual todos
passámos. Mais que ensinamentos,
a pandemia trouxe confirmações.
“Confirmámos que a nossa aposta no
serviço de proximidade e da relação
do dia a dia traz resultados positivos
para todas as partes quando o ambiente
é de incerteza. Ensinou ‐nos
ainda que precisamos estar sempre
preparados para mudar, a mudança
e adaptação faz agora parte da nossa
estratégia”, refere Fernanda Miguel.
É com esta maneira de estar no mercado
que a empresa tem conseguido
minimizar o impacto da escassez de
produtos que está a afligir o mercado,
conforme descreve “Esta dificuldade
de abastecimento já se tinha
iniciado antes da guerra da Ucrânia,
CREATE BY SANDIA
Administradora
Fernanda Miguel
Morada Centro Industrial do Vale
da Arrancada – Rua Luiz Maravilhas
- Lote 7/8 - 8500-483 Portimão
Telefone 282 410 950
Email geral@createbysandia.pt
Site www.createbysandia.pt
com os efeitos da pandemia. O facto
de estarmos inseridos no grupo
Create Business é uma grande vantagem
pela vasta gama de marcas
com as quais trabalhamos. Para além
de não trabalharmos apenas com
o nosso stock, mas sim com o stock
de todos os nossos parceiros Create
Business. De momento estamos a
aumentar stock pontualmente, mas
acreditamos que esta situação tenderá
a normalizar ‐se no médio prazo”.
À altura dos desafios
A Create by Sandia não se acomoda,
e prova disso é o investimento realizado
na nova sede em Portimão, que
representa mais uma etapa no crescimento
sustentado que a empresa
tem registado nos últimos anos. Para
Fernanda Miguel “o sucesso faz ‐se
antecipando o futuro e resolvendo,
com destreza, os problemas do presente
e no momento, por isso estamos
atentos e estudamos os possíveis
O UNIVERSO DA CREATE BY SANDIA São AS MARCAS DE QUALIDADE
PREMIUM, OS SERVIÇOS DE VALOR ACRESCENTADO E AS REDES OFICINAIS,
UMA RECEITA BEM AFINADA QUE TEM DADO EXCELENTES RESULtadoS
34 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
“PARA PODEREM OPERAR AS EMPRESAS
TÊM QUE TER MARGEM DE LUCRO OU ENTRARÃO
EM RUTURA”
Para responder à perda de margem de
comercialização terá que ser com ganhos de
eficiência e/ou redução do nível de serviço
ao cliente. A concentração do negócio da
distribuição de peças é uma realidade e
tem por base obter vantagem económica
e financeira sobretudo através do volume
de compras. O que podemos considerar
uma vantagem para quem estiver inserido
num grande grupo. Para os que estão fora
a situação trará ainda mais dificuldades.
O mercado de distribuição de peças está
em constante atualização e adaptação aos
fatores externos. Ambos os canais, oficial
e aftermarket, terão que acompanhar as
mudanças e penso que ambos terão as
competências necessárias para o fazer. Como
ameaças para o setor da distribuição de peças
aponto o excesso de conforto e de confiança.
Quanto a oportunidades, a melhoria da
performance através da inovação nos meios,
serviços e formas de trabalhar.
cenários do futuro com regularidade.
Esta é a nossa forma de estar no negócio,
e a perspetiva que temos de
olhar para ele é a de que tudo está
em constante mudança, mais ou
menos cíclica. Por isso, umas vezes
devemos acompanhar a mudança e
outras importa antecipá ‐la e fazê ‐la
acontecer”. O valor acrescentado que
dá aos clientes é inigualável, o que a
torna em muito mais do que um simples
fornecedor de peças.
Com as medidas para a descarbonização
e o crescente investimento de
marketing nos veículos elétricos, foi
criada a sensação de que as viaturas
vão passar a ser todas elétricas em
breve, mas Fernanda Miguel alerta
“a realidade mostra ‐nos que a tecnologia
elétrica está a evoluir em paralelo
com os híbridos, os veículos de
combustão e os de hidrogénio. Esta
oferta vai continuar a evoluir nas
próximas décadas e todos têm peças
e serviços associados. Acreditamos
que a oportunidade existe, estamos
a estudar a evolução do mercado
juntamente com os nossos parceiros
e estaremos certamente à altura do
desafio no devido momento”.
Neste momento, Fernanda Miguel
está um pouco reticente quanto ao
desencadear dos acontecimentos despoletados
pela guerra na Ucrânia “São
sinais dos tempos. Se observámos a
história, das guerras e pandemias pelas
quais a humanidade já passou, sabemos
que depois do mau tempo vem
a bonança. Mas por agora ainda estamos
com mau tempo. Esperamos que
passe depressa. Estamos a ajustar ‐nos
semana a semana à situação conjuntural
existente. Queremos dar a nossa
melhor resposta para podermos ter o
nosso melhor resultado. Como dizia
o físico dinamarquês Niels Borh: As
previsões são difíceis de fazer, especialmente
sobre o Futuro!”, conclui. l
CONTINUAR O CAMINHO QUE ATÉ AGORA TEM SEGUIDO, SEMPRE ATENTA ÀS
MELHORIAS QUE SE PODEM FAZER PARA QUE OS CLIENTES CONSIGAM SER
MELHOR SERVIDOS, FAZ PARTE DA ESTRATÉGIA DA CREATE BY SANDIA
www.jornaldasoficinas.com Maio 2022 35
entrevista
JORGE LOPO CANCELLA DE ABREU
MANAGING PARTNER DA TEAM-UP INTERNATIONAL TRAINING & CONSULTING
TODOS OS SETORES ESTÃO
A TRANSFORMAR-SE PARA
FOCAR O SERVIÇO NO CLIENTE
NUMA FASE EM QUE NOS LIBERTAMOS A POUCO E POUCO DA PANDEMIA, MAS QUE, EM SIMULTÂNEO,
A GUERRA NA UCRÂNIA COMEÇA A «FAZER MOSSA» NO SETOR AFTERMARKET, O JORNAL DAS OFICINAS
FOI CONVERSAR COM JORGE CANCELLA DE ABREU PARA SABER O QUE HÁ A FAZER PELO FUTURO
DO NEGÓCIO, E O QUE SIGNIFICA PASSAR DO “PÓS-VENDA PARA O PÓS-COMPRA”
Jorge Cancella de Abreu, diretor geral da
Team Up International Training & Consulting
Lda e consultor de várias empresas do
setor automóvel, nas áreas dos recursos humanos
e vendas, é uma figura de relevo no aftermarket
nacional. Para perceber o que é preciso fazer para
entender as mudanças de comportamento dos
consumidores e também das novas competências
que os recursos humanos das oficinas devem ter
para responder às necessidades dos clientes, fomos
tentar compreender as alterações no paradigma
automóvel numa fase em que a pandemia parece
estar a dar tréguas, embora o conflito armado
na Ucrânia comece a influenciar negativamente a
indústria automóvel essencialmente pela falta de
componentes que ali eram produzidos.
O receio e a contração, que levam os consumidores
a reduzir as compras ao indispensável, trazem uma
nova realidade a este mercado. Segundo Cancella
de Abreu, há um trabalho a desenvolver, sobretudo
no que diz respeito a aprofundar o conhecimento
sobre a crise e os diferentes comportamentos dos
clientes. A seu ver, para que o cliente continue a
comprar, mesmo com a crise e com a guerra em
pano de fundo, é preciso fidelizá-lo, o que é necessário
para que o negócio da compra e da venda
possa continuar.
O pós-venda e o pós-compra
Jorge Cancella de Abreu é da opinião que a expressão
“pós-venda” deve mudar para “pós-compra”
e explica o porquê desta mudança de conceito:
“Atualmente todos os setores estão a transformar-
-se para focar o serviço no cliente, por isso a expressão
pós-venda é uma expressão do passado,
totalmente focada no vendedor e naquilo que deveria
fazer depois de vender um produto. Começar
a chamar pós-compra é uma provocação, para
salientar como o foco está completamente errado,
porque o que defendo é que se devia chamar Serviço
ao Cliente”, defende.
“Se observarmos as empresas mais preocupadas e
focadas no Cliente oferecendo um melhor ou pior
serviço, como as de telecomunicações (Vodafone,
Meo ou NOS), Banca e outras, chamam «Serviço
ao Cliente» e não «Serviço Pós-Venda» expressão
de nunca gostei, porque considero que abordam o
serviço ao Cliente de uma forma totalmente errada.
Vou tentar [VER QUADRO] através de um mapa
comparativo explicar quais as grandes diferenças,
que não se ficam pelo nome, mas para que sejam
uma mudança de mentalidade mais «Customer
Centric» e menos «Product Centric»”, argumenta.
Para o especialista, “é sem dúvida uma grande revolução
que o setor automóvel está com dificuldade
em implementar, porque são demasiados anos a
fazerem as coisas da mesma maneira e de uma forma
automatizada. O automóvel é um produto que
suscita paixões, e as pessoas ligam-se emocionalmente
porque são relacionamentos confortáveis,
são produtos obedientes, fazem o que lhes pedimos
e por isso mais fáceis de lidar do que com pessoas,
que sendo todas diferentes têm cada uma a sua forma
preferida de comunicar, relacionar e apreciar o
que fazemos por elas e pelos seus carros”.
Os ensinamentos da pandemia
Questionado sobre o que a pandemia ensinou à sociedade
no geral e às oficinas em particular, não se
fez rogado e garantiu que com esta pandemia podemos
e devemos ter aprendido muito. “Durante
estes dois últimos anos houve uma enorme aceleração
da implementação da economia digital, da
nova forma de relacionamento, de fazer reuniões
através de aplicações e sem as habituais deslocações
(ganhando-se tempo), e na facilidade sentida
pelos clientes nas aquisições de produtos e serviços
através da internet. Segundo a Mckinsey, 92% dos
consumidores que tentaram fazer compras online
em 2020, converteram-se, transformando o que foi
uma emergência na altura num hábito indispensável
hoje. As pessoas enquanto estiveram confinadas
36 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
ATUALMENTE TODOS OS SETORES
ESTÃO A TRANSFORMAR-SE PARA
FOCAR O SERVIÇO NO CLIENTE,
POR ISSO A EXPRESSÃO PÓS-VENDA
É UMA EXPRESSÃO DO PASSADO,
TOTALMENTE FOCADA NO VENDEDOR
E NAQUILO QUE DEVERIA FAZER DEPOIS
DE VENDER UM PRODUTO
JORGE LOPO
CANCELLA
DE ABREU
passaram, por um lado, a valorizar
mais as suas casas, comprando mobiliário
e melhorando o seu conforto,
e por outro lado passaram também a
dar mais valor às saídas de casa, quer
para jantar fora quer para viagens de
férias ou fins de semana”, diz.
Mas mais do que isso, entende, com
a digitalização “desenvolveu-se muito
a área analítica para conhecer e
compreender os comportamentos
dos clientes, e com isso ganhar maior
eficiência (previsão e prevenção) por
um lado, e uma maior personalização
por outro, melhorando a sua experiência,
tornando-a mais revelante
para o cliente, e aumentando o valor
percebido do serviço executado. Por
outro lado, desenvolveram-se novos
meio de comunicação, que são mais
utilizados, já não só pela nova geração,
mas pela generalidade das pessoas
como o «WhatsApp» que são
diretos e rápidos”, lembra.
“Quanto às oficinas, deverão tomar
em consideração pelo menos estas
três tendências: a rapidez do serviço
ou a sua perceção, bem como saber
lidar com o ajustamento das expetativas
do cliente; a personalização,
as pessoas sentirem que são tratadas
como tal e não como mais um
cliente; comunicação com o cliente
utilizando os meios de comunicação
que ele prefere entre os vários que a
oficina deve proporcionar”, elencou.
Normas e regras
Jorge Cancella de Abreu considera
ainda que para mudar comportamentos
não basta publicar as normas
e regras a seguir, até porque nem
todas as pessoas pensam ou reagem
da mesma forma. Assim, tendo em
conta a mudança, a abordagem deve
ser feita da seguinte forma: “As pessoas
confundem conhecimento com
comportamento, que são duas coisas
IMPACTO DO COVID-19 E GUERRA NA UCRÂNIA
Para finalizar esta nossa conversa,
perguntámos a Jorge Cancella de Abreu
como a Covid-19 e a agora a guerra na
Ucrânia impactaram no negócio das oficinas
automóvel em Portugal. Jorge dividiu a
resposta em duas partes: efeitos nos clientes e
efeitos no negócio.
“Nos clientes, a dificuldade em comprarem
carro novos acaba por ser favorável às
oficinas, pois o ciclo de posse estende-se.
Havendo carros mais velhos, é necessária
mais manutenção. Já as oficinas de marca
terão mais dificuldade, pois intervêm mais em
carros recentes. O aumento dos combustíveis
vai obrigar as pessoas a repensar a utilização
de transportes particulares, mas o receio da
contrair a Covid pode funcionar de forma
contrária. Com a inflação crescente, as pessoas
vão perder poder de compra, pelo que serão
mais sensíveis a soluções mais baratas, e como
tenderão a utilizar menos os carros, a utilização
das oficinas será só para o essencial”, afirma.
Por outro lado, no negócio, “o aumento
das matérias primas pode ser aproveitado
para manter stock dos componentes mais
utilizados. Por outro lado, a valorização
(encarecimento) das matérias primas, vem
ajudar a valorizar as peças substituídas que
por alguns são consideradas como lixo, mas
que podem ser uma fonte suplementar de
receitas. As taxas de juro irão subir pelo que se
deve ter muito mais atenção entre os prazos
de pagamento e prazos de recebimento, com
taxas mais altas, o dinheiro nos clientes não
rende juro”, diz.
Cancella de Abreu deixa o aviso: “as oficinas
deveriam repensar como cada um destes
fatores pode afetar os seus clientes o negócio
deles, e por consequência também o próprio
negócio da oficina, que deve estar muito
atenta para se ir ajustando às sucessivas
alterações do mercado”.
diferentes, por vezes pedem-me para
fazer ações de formação porque querem
alterar o que os seus colaboradores
fazem, mas a maioria das sessões
de formação não servem esse objetivo,
como costumo dizer, se as pessoas
não fizerem algo de diferente nas primeiras
72 horas, nunca o irão fazer
porque são absorvidas pela rotina.
O conhecimento não garante comportamento,
o conhecimento adquire-se
instantaneamente, enquanto o
comportamento se desenvolve. Não
é a ler um livro (conhecimento) sobre
natação que serei capaz de nadar
(comportamento). As pessoas
alteram os seus comportamentos
por si, e não pelos outros, pelo que
utilizamos um processo de vários
passos para alterar comportamentos
com sucesso, experienciado em pessoas
de diversos setores económicos,
desde hotelaria, restauração, banca,
seguros, farmacêuticas, e outras,
mas como os comportamentos têm
de ser desenvolvidos, é um processo
que não é instantâneo, leva o tempo
que for necessário para que seja
definitivo e para que as pessoas não
voltem ao comportamento que queremos
alterar, e algumas empresas
estão à procura de rapidez investindo
em soluções que não resultam, mas
que as deixam desresponsabilizadas.
Os comportamentos não se alteram
tentando mudar, porque são a face
visível do mindset (que não se altera
de fora), não posso pedir a um robot
para fazer algo que não está programado,
tenho de primeiramente alterar
a sua programação, para depois
ele fazer o que desejo que faça. Ora,
não se consegue alterar comportamentos
tentando mudar comportamentos,
só forçando, obrigando a
controlar e a penalizar ou bonificar
para garantir que forçados funcio-
AS PESSOAS CONFUNDEM CONHECIMENTO COM COMPORTAMENTO.
O CONHECIMENTO NÃO GARANTE COMPORTAMENTO,
O CONHECIMENTO ADQUIRE-SE INSTANTANEAMENTE,
ENQUANTO O COMPORTAMENTO SE DESENVOLVE
38 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
nam, mas depois conforme abrandamos
a vigilância, ou os incentivos
e/ou penalizações tudo volta à forma
anterior”, explica.
A economia digital
No que diz respeito à economia digital,
Cancella de Abreu diz esta que
veio permitir uma recolha de dados
que, se forem bem trabalhados, podem
ajudar bastante as oficinas e
melhorar a experiência de cada um
dos seus clientes. Um modelo de serviços
personalizados pode ser implementado
por três fases:
“A primeira fase tem a ver com o tratamento
dos dados existentes e com
a recolha de novos dados. Assim, o
Jorge Cancella de Abreu é da opinião
que a expressão “Pós-venda» deve
mudar para «Pós-compra» e explica
o porquê desta mudança através do
quadro comparativo que publicamos
abaixo, onde assinala as grandes
diferenças
melhor será nomear uma pessoa específica
que vai ser a responsável pela
qualidade da introdução dos dados.
Essa mesma pessoa deve rever frequentemente
essa qualidade, deve
organizar tabelas de introdução de
dados, verificar a validade dos dados
e se estes estão atualizados, elaboração
de fichas de cliente, sensibilização
da equipa para a importância e
utilidade dos dados e do potencial
benefício de utilização. Depois é preciso
recolher os dados dos clientes,
dos contactos efetuados pelos vendedores,
dos orçamentos e propostas
e ainda das faturas, é preciso fazer o
registo das visitas à oficina e das intervenções
em garantia e fora dela.
Há que registar as avaliações dos inquéritos
de satisfação dos clientes e
suas reclamações e por fim, aproveitar
cada contacto para validar e atualizar
os dados referentes ao Cliente.
Na segunda fase acontece a recolha
de informação através do tratamento
dos dados, classificá-los através
das suas necessidades específicas,
segmentá-los com base no comportamento
e no potencial, identificação
dos segmentos mais rentáveis e calcular
o Costumer Lifetime Value, definição
das “personas” que caraterizam
cada segmento, definindo ambições e
receios, bem como os melhores meios
e momentos para comunicar com esses
clientes e com os seus perfis.
Para a terceira fase, deixamos a dinamização
e personalização do relacionamento,
desenvolvimento de ações
regulares para recolher e completar
informações para novos e para velhos
clientes e contatar esses mesmos
clientes com informações personalizadas
para saber quais as suas necessidades.”
l
Serviço Pós-Venda
Serviço Pós-Compra
Tipo de Serviço Serviço Oficinal Serviço ao Cliente
Perspetiva do serviço Vista do lado da Oficina, Concessionário/Vendedor Vista pelo lado do Comprador/Cliente/Condutor
Centrado No carro (Reparar o Produto) No Cliente (Serviço para Pessoas)
Como trata o Cliente Pela Matrícula Pelo Nome
Profissional que recebe o Cliente Rececionista de Oficina Conselheiro de Clientes
Filosofia
Os carros são todos iguais, com o meu conhecimento de mecânica e com os
meios de diagnóstico existentes resolvo tudo o que for preciso.
Os Clientes são todos diferentes, para além do conhecimento técnico que é essencial, tenho de
entender os receios, ambições e a expectativa dos Clientes por que isso interfere na satisfação
da experiência do Cliente.
Competências Essenciais Técnicas (mecânica, pintura, eletricidade e eletrónica, ...) Técnicas – Comercial – Relacionais (Gerador de Confiança)
Onde atende o Cliente Atrás de um balcão Com o Cliente com um tablet junto ao carro
Preocupação da oficina
Solucionar o problema técnico Reparar bem o carro
Solucionar de uma forma transparente, com qualidade e higiene o problema do Cliente,
garantindo a sua segurança e mobilidade hoje e amanhã.
Importância do tempo Tempo de reparação Tempo de imobilização (em que o Cliente fica sem a sua solução de mobilidade ou de trabalho)
Marcação da reparação Quando dá mais jeito à oficina Quando é mais conveniente para o Cliente
Como mede a rentabilidade Por reparação, por peça e por hora de mão de obra despendida
Por reparação, por peça e por hora de mão de obra despendida Mas também por Rentabilidade
do Cliente e Rentabilidade por visita
Preço do serviço
Baseado no custo mais uma margem
Preço dinâmico, baseado no valor percebido do serviço e variando com a ocupação da oficina.
Com condições especiais para os Clientes fidelizados
Informação da fatura
Peças substituídas e mão de obra gasta para executar as operações
Como o carro entrou (Diagnóstico), e como ficou melhor depois da intervenção. Dando garantia
de qualidade da intervenção durante algum tempo
Valor percebido
Base de Dados
Se não for uma reparação estética ou de pneus, o Cliente tem dificuldade em
visualizar o que foi feito e não entende o preço que tem de pagar.
Centrados na frota do Cliente Só dados, que por não serem trabalhados (não
geram conhecimento)
O que o cliente pagou não foi a reparação, mas a sua segurança para um período até à próxima
revisão. Deve ser explicado, numa lógica de benefícios para o Cliente em termos que o cliente
entende e valoriza, como redução de risco, de poupança ou economia, de aumento da segurança,
de melhoria do conforto, de redução da poluição, etc...
Recolha de dados sobre o Cliente e trabalhar os dados para conhecer melhor os Clientes
tratá-los personalizadamente para os fidelizar, garantir que falam com eles quando é maior a
probabilidade deles mais necessitarem de uma intervenção/solução
Conceito de Carteira de Clientes a serem trabalhados por um CRM e possível “Call Center”.
HÁ GESTORES QUE SE QUEIXAM QUE DIZEM MAIS DE DEZ VEZES
A MESMA COISA E MESMO ASSIM AS PESSOAS NÃO FAZEM
O QUE ELES QUEREM. ISTO SUCEDE PORQUE NÃO PERCEBEM COMO
SE ALTERAM COMPORTAMENTOS
www.jornaldasoficinas.com Maio 2022 39
entrevista
BRUNO SALGADO E BRUNA ROCHA, GERENTES DA MOVETEC
ONDE ESTÃO
OS PINTORES AUTOMÓVEIS?
O DESAFIO DE ENCONTRAR MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA PARECE SER CADA VEZ MAIOR E COMEÇA
A GERAR ‐SE PREOCUPAÇÃO NESTE SETOR. O JORNAL DAS OFICINAS VISITOU AS INSTALAÇÕES
DA MOVETEC, ONDE BRUNO SALGADO E BRUNA ROCHA FALARAM SOBRE AS DIFICULDADES QUE TÊM TIDO
NA EMPRESA QUE GEREM NO CONCELHO DA MAIA
Criada em 2009, a Movetec nasceu do sonho
de Bruno Salgado, que sempre teve “muita
curiosidade e fascínio pela área”. Enquanto
oficina de colisão, começou por estar apenas
dedicada à chapa e à pintura, mas a mecânica foi
tomando um papel cada vez mais preponderante
no negócio e com “um espírito de resiliência muito
grande, conseguimos ultrapassar os três anos
iniciais e fomos singrando no mercado”, conta o
responsável. Em dezembro de 2015, o espaço da
oficina em Vilar do Pinheiro tornou ‐se pequeno
e a Movetec mudou ‐se para a Zona Industrial
da Maia, onde tem uma localização mais central,
que permite uma melhor organização e uma área
maior para trabalhar.
Hoje, graças à cabine adaptada que possuem, fazem
também colisão e pintura de pesados e contam
com uma equipa de dez funcionários. Estão
habilitados para os mais diversos trabalhos, que
podem ir da simples revisão às grandes reparações.
Bruno Salgado explica que, desde 2009, a estratégia
passou sempre pelos acordos com os clientes
empresariais e que, apesar de já ter sido aliciado,
prefere não se associar a nenhuma rede oficinal, o
que lhe permite manter a independência e poder
consultar o mercado “de A a Z”, quando é preciso ir
à procura dos fornecedores com os melhores pre‐
ços nas peças. O proprietário da Movetec entende
que “as peças aftermarket são uma mais ‐valia para
o nosso cliente e, em termos de relação qualidade
preço, preferimos essas peças às de origem em
que a margem é reduzida”. Além disso, a empresa
tem ‐se focado no contacto personalizado com o
cliente, porque considera que “o melhor marketing
é feito boca a boca, no passa ‐palavra entre clientes
satisfeitos. É à custa disso que vamos crescendo,
apesar de estarmos também presentes nas redes
sociais”, afirma.
Escassez de MÃO ‐de ‐obra especializada
E o crescimento poderia ser ainda maior, não fosse
o caso de a Movetec se ver a braços com um dos
maiores desafios da atualidade neste setor: a falta
de mão ‐de ‐obra especializada, especialmente
no que aos bate ‐chapas e aos pintores automóveis
diz respeito. Bruno Salgado é da opinião que as
anteriores gerações criaram a “cultura dos cursos
superiores e hoje faltam ‐nos os quadros técnicos
que são tão fundamentais”. O empresário aponta
ainda o “desinvestimento na formação profissional
em tantas áreas do nosso mercado, sem as quais
nada é executado. Não vale a pena ter alguém que
mande executar se não temos a pessoa que executa”,
diz, lembrando que estas “áreas não são atrativas
para os jovens”.
Questionado sobre o que há a fazer para alterar
este paradigma, Bruno Salgado é perentório, dizendo
que “é preciso mudar mentalidades”. E a
esposa, Bruna Rocha, acrescenta que apesar de
existirem cursos no CEPRA (Centro de Formação
Profissional da Reparação Automóvel), os formandos,
no final, “não querem trabalhar na profissão.
Ainda há o estigma e a vergonha das unhas sujas
e tem que haver uma mudança de mentalidade a
esse nível. A maior parte dos formandos utiliza estes
cursos para tirar a escolaridade obrigatória e
ter uma especialização, mas depois seguir carreira
é complicado”. Bruna vai mais longe e diz mesmo
que “a estagnação por vezes não se deve à falta de
oportunidades, mas sim à falta de vontade de evoluir,
de querer melhorar e não fazer apenas aquele
trabalho”.
Neste momento, a falta de quadros na área da pintura
é uma realidade, tanto na Movetec como em
muitas outras oficinas, e o proprietário está consciente
de que atualmente o mercado já só funciona
através da melhor oferta monetária: “As empresas
já não podem ir buscar pessoal que esteja desempregado.
Isto é como um clube de futebol, para ter
jogador é preciso ir buscá ‐lo a outro clube e pagar‐
‐lhe a peso de ouro, para ter uma equipa que possa
O QUE UM EMPRESÁRIO NESTA ÁREA MAIS QUER É UM PROFISSIONAL QUE
O AJUDE A TOMAR as MELHORES DECISÕES, A POUPAR NOS RECURSOS
SEM PREJUDICAR O CLIENTE, REDUZIR AO MÁXIMO as RECLAMAÇÕES
E ONDE SE POSSA SENTIR UMA RELAÇÃO EM QUE AMBOS FICAM A GANHAR
www.jornaldasoficinas.com Maio 2022 41
BRUNO SALGADO
e BRUNA ROCHA
AS EMPRESAS JÁ NÃO PODEM IR BUSCAR PESSOAL
QUE ESTEJA DESEMPREGADO. ISTO É COMO UM CLUBE DE FUTEBOL,
PARA TER JOGADOR É PRECISO IR BUSCÁ ‐LO A OUTRO CLUBE
E PAGAR ‐LHE A PESO DE OURO, PARA TER UMA EQUIPA QUE POSSA
TER O MÍNIMO DE RESULTADOS E CUMPRIR OBJETIVOS
ter o mínimo de resultados e cumprir
objetivos”, compara, sem esconder a
deceção. Bruno tem atualmente dois
funcionários contratados a receber
formação, porque acredita que
só assim é possível conseguir bons
profissionais, “é uma boa escola de
trabalho”, considera. Hoje em dia o
mercado conta com poucos pintores
automóveis especializados e, desses,
todos têm mais de 40 anos, “com o
passar dos anos vão para a reforma e
não há sangue novo”, lamenta.
O responsável da Movetec repara
que a escassez de mão de obra disponível
decorre também da “cultura de
subsidiodependência de muitos desempregados,
que preferem ficar no
fundo de desemprego ou a trabalhar
«por fora», a fazer biscates”, situação
que Bruna Salgado declara ser “impensável
e totalmente contra a filosofia
da nossa casa. Nós, trabalhadores,
temos que ter direitos, mas também
temos deveres, o dever da moral, da
responsabilidade, ética, lealdade,
empenho, entre outros. O que um
empresário nesta área mais quer é
um profissional que o ajude a tomar
as melhores decisões, a poupar nos
recursos sem prejudicar o cliente,
reduzir ao máximo as reclamações e
onde se possa sentir uma relação em
que ambos ficam a ganhar”.
Para ela, é fulcral “mudar a mentalidade
dos jovens, porque esta é uma
área bem remunerada, comparativamente
com outros setores. Imagino
vídeos a passar na televisão onde o
«João», é um rapaz cool que segue
as trends e faz vídeos para o TikTok.
Acabou de terminar o curso, é pintor
automóvel levanta ‐se de manhã bem
cedo para ir trabalhar. No final do
dia tira a farda e vai ter com os amigos
e mostra ‐lhes com grande orgulho
o carro que ajudou a pintar. Será
utopia?”, questiona.
Este é um tema que os preocupa a
ambos e que levanta o véu sobre uma
questão ampla e que merece ser debatida
– e resolvida – pelos stakeholders
do setor, sob pena deste correr
o risco de estagnar parte do negócio
das oficinas. Além disto, Bruno Salgado
teme ainda as consequências
daquilo a que chama de política da
“terra queimada”, onde a concorrência
baixa os preços de tal modo que
impossibilita a prosperidade e a sobrevivência
das oficinas perante os
constantes aumentos de preços que
estamos a vivenciar. O gestor defende
mesmo “uma concertação que não
existe e deveria existir, porque nem
todos estão habilitados a gerir e praticar
preços e se calhar não estão a
fazer bem as contas”.
“Os gestores são bombeiros,
sempre a apagar FOGOS”
A pandemia veio «abanar» a estabilidade
das empresas, muitas das
quais passaram – e estão ainda a
passar – por momentos difíceis para
recuperar as quebras nos negócios.
As baixas na equipa, por infeção de
Covid ‐19, foram a primeira preocupação;
depois a falta de serviço, no
caso da Movetec, com a paragem das
rent ‐a ‐cars, por não haver turismo;
também a falta de peças continua
a atrasar a entrega aos clientes dos
carros já prontos e agora a guerra e
a inflação galopante, sempre a par
da falta de mão de obra, que só tem
MOVETEC
Gerentes Bruno Salgado
e Bruna Rocha
Morada Rua Raimundo Durães
Magalhães, 339 - 4475-189 Moreira
Telefone 229 260 697
Email movetec@movetec.pt
Site www.movetec.pt
piorado, levam Bruno a dizer que
“os gestores das empresas são bombeiros,
que andam sempre a apagar
fogos”.
No entanto, a atitude perante o negócio
mantém ‐se positiva e a Movetec
continua a apostar na formação,
nomeadamente no que diz respeito à
mobilidade elétrica e híbrida e acredita
que tem ainda “um grande potencial
de crescimento e de continuidade,
dentro desta zona industrial. A
pandemia e a guerra faz ‐nos retrair e
repensar se agora será a melhor altura
para alavancar, mas estou convencido
que são ciclos e vai prosperar,
esperemos o quanto antes, porque é
bom para todos e para a sociedade
em geral”, prevê.
Sobre o futuro, Bruno Salgado
adianta que pretende “ter umas outras
instalações, com outra capacidade
e outro nível de equipamento,
num espaço com outras características,
não só no atendimento ao cliente,
mas criando outra imagem. 2021
não foi um bom ano, mas 2022 estava
a começar com boas perspetivas.
A guerra na Ucrânia, o aumento da
inflação e a escassez de produtos vêm
colocar um travão na recuperação do
setor e agora torna ‐se muito complicado
perspetivar o que é que vai
acontecer”, conclui. l
42 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
provam
Cada bateria
afirma ser a
melhor do
mercado.
As nossas
baterias
provam
isso
isso
quando
necessário.
.
quando
necessário.
C riando o futuro – o caminho da Exide:
Criando futuro - o caminho da Exide
C – Exide:
Inovação Confiabilidade
Inovação Confiabilidade Sustentabilidade Alta Performance
In
Su s tentabilidade
Sust
Alta Performance
exidegroup.com
exidegroup.com
entrevista
BRUNO NUNES, GERENTE DA MOTORPORTUGAL
O NEGÓCIO Das PEÇas
RECONSTRUÍDas TEM UM
GRANDE POTENCIAL
REPRESENTANTE EM PORTUGAL DO CONCEITUADO GRUPO ESPANHOL ASYSUM, A MOTORPORTUGAL
COMERCIALIZA DESDE 2005 TODA A GAMA DE PRODUTOS RECONSTRUÍDOS DESTE GRUPO, DESIGNADAMENTE
MOTORES, CABEÇAS, TURBOS E CAIXAS DE VELOCIDADE. UM MERCADO QUE TEM CRESCIDO NOS ÚLTIMOS ANOS,
MAS ONDE IMPERA AINDA MUITO DESCONHECIMENTO E DÚVIDAS
44 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
Para Bruno Nunes, gerente da MotorPortugal
“é importante continuar a informar o mercado
sobre o que é um produto reconstruído,
como funciona o processo de reconstrução, no que
consiste e o que envolve todo o processo, pois com
o crescendo de oferta e procura, há muita gente a
comprar “gato por lebre”. Temos infelizmente no
mercado, agentes e clientes que não fazem a distinção
correta entre peças reconstruídas, usadas e
reparadas, e em muitos casos, comercializam ‐se,
por exemplo, peças reparadas como sendo reconstruídas”,
refere.
A MotorPortugal é patrocinadora da “Campanha
Reuse Aftermarket” lançada este ano pelo Jornal
das Oficinas. Porque decidiram patrocinar esta
iniciativa e quais as mais valias que este tipo de
trabalho pode trazer para o aftermarket em geral e
para as oficinas em particular?
Este é o tipo de iniciativas e conteúdos que gostamos
de apoiar e estar presentes. Fundamentalmente
porque é a nossa área de negócio e a nossa
forma de trabalhar e tudo o que sirva para esclarecer,
informar, dialogar e promover é bastante
importante e temos o maior gosto em contribuir
ou ajudar no que pudermos. Não menos importante,
a chancela do Jornal das Oficinas que tão bem
tem representado e apresentado o nosso mercado,
sempre com criatividade, rigor e profissionalismo
tirou ‐nos qualquer dúvida que pudéssemos ter, relativamente
ao envolvimento na campanha.
A MotorPortugal é o exemplo de uma empresa
que trabalha o conceito de economia circular há
muito tempo. Como define este conceito e de que
modo a MotorPortugal executa a circularidade dos
materiais?
A essência do nosso negócio e do nosso trabalho
assenta de facto no conceito de economia circular,
principalmente a nível de produção. A MotorPortugal
disponibiliza produtos automóveis reconstruídos
cuja produção passa por pegar no produto
velho, avariado ou com falta de peças, e reutilizá‐
‐lo, dar ‐lhe uma nova vida, com um processo industrial,
metódico, cujo resultado final permite
equipará ‐lo a um produto novo. Estamos desta
forma a promover a sustentabilidade, entregando
ao cliente um produto economicamente mais viável
e com menor impacto ecológico para o planeta.
Como pode uma empresa como a MotorPortugal
ajudar as oficinas a serem mais sustentáveis e
rentáveis, num contexto de grandes mudanças e
transformações que o setor atravessa?
A indefinição à volta do nosso mercado é grande,
ninguém pode prever o que realmente acontecerá,
passamos por uma fase de grandes mudanças e
MOTORPORTUGAL
Gerente Bruno Nunes
Morada Rua Francisco Canas, 23 – Fração AT
2660-500 Loures
Telefone 212 351 170
Email marketing@motorportugal.pt
Site www.motorportugal.pt
intenções, principalmente com a entrada dos veículos
elétricos, e hoje ninguém pode afirmar que
sabe o que irá acontecer e quando. Da nossa parte
iremos continuar a acompanhar o que o mercado
nos pedir e trouxer, por isso mantemos todos os
nossos técnicos com formação contínua e a fábrica
com atualização tecnológica sempre que necessário.
Desejamos continuar a ser uma alternativa e
disponibilizar um produto reciclado, economicamente
mais interessante que o novo, mais sustentável,
com uma menor pegada ambiental, com
uma qualidade e fiabilidade que o torna uma excelente
alternativa ao produto novo.
Considera que o utilizador final está mais recetivo
aos motores usados e reconstruídos? Por uma
questão económica ou também ambiental?
Nesta fase apostaria ainda maioritariamente numa
motivação quase exclusiva económica, sem grandes
atenções para a questão ambiental, e é também
nesta mudança de mentalidade e agenda, que
campanhas como o “Reuse Aftermarket” pode ser
importante. A questão económica é por motivos
óbvios importante, mas existir também uma consciencialização
do impacto ambiental da escolha que
estamos a fazer e da importância que isso tem é algo
que temos que reforçar e deixar de ignorar.
Onde são reconstruídos os motores que
comercializam?
Os nossos produtos são reconstruídos na fábrica
do Grupo Asysum, em Lérida, Espanha, onde
trabalham mais de 200 funcionários. A produção
anual é de 6.000 motores, 12.000 turbos, 5.000
cabeças e 4.000 caixas de velocidades, para exportação
a nível mundial.
A Asysum é pioneira na reconstrução de motores em
É IMPORTANTE QUE O CONSUMIDOR SAIBA COMO FUNCIONA
O PROCESSO DE RECONSTRUÇÃO, NO QUE CONSISTE E O QUE
ENVOLVE, POIS COM ESTE CRESCENDO DE OFERTA E PROCURA,
HÁ MUITA GENTE A COMPRAR “GATO POR LEBRE”
BRUNO NUNES
novas também vão ter peças usadas
e reconstruídas no seu portfólio?
Pode ser uma oportunidade de
negócio?
Não é necessário fazer uma projeção
futura, creio já existirem distribuidores
de peças aftermarket novas a
incluir peças usadas no seu portfólio
assim como reconstruídas, creio que
havendo capacidade e organização
pode ser uma boa oportunidade de
negócio.
Que balanço faz da atividade da
MotorPortugal em 2021? Quantos
motores, cabeças, turbos e caixas
complicado. Ao longo de 2021 ainda
conseguimos comercializar à volta
de 850 motores, 150 cabeças, 600
turbos e 200 caixas de velocidades.
O Grupo em Portugal atingiu um volume
de faturação de 2.5 milhões e
meio de euros.
UM PRODUTO RECONSTRUÍDO CUMPRE UMA FUNÇÃO SIMILAR
À DA PEÇA ORIGINAL. ELE É PRODUZIDO UTILIZANDO UM PROCESSO
INDUSTRIALIZADO NORMALIZADO QUE INCORPORA NORMAS
DE GESTÃO FUNDAMENTAIS DEFINIDAS
Espanha, conta com um serviço qualificado,
todas as peças são processadas
em máquinas da mais alta e recente
tecnologia por uma equipa de profissionais
altamente qualificada e um sistema
de gestão de qualidade aprovado
pela Lloyd’s Register Quality Assurance
em acordo com a norma de sistema
de gestão da qualidade (SGD): ISO
9001:2008. É um compromisso para
a melhoria contínua e excelência dos
nossos produtos e serviços, garantindo
o cumprimento dos requisitos legais
aplicados, assim como as exigências
dos nossos clientes.
Fazem entregas para todo o país?
Qual o prazo de envio?
Fazemos entregas para todo o país,
Portugal Continental de forma gratuita
e arquipélago dos Açores e Madeira
com portes. Relativamente aos
prazos, depende de alguns fatores.
Na grande maioria dos casos temos
motores em stock e são enviados
diretamente da fábrica em 24/48
horas (dias úteis), em casos excecionais
de motores que tenham que ser
reconstruídos sobre o próprio, a reconstrução
pode demorar entre 3 ‐5
dias, sendo enviado logo de seguida
via transportadora.
Tendo em conta a sua experiência
no comércio de peças
reconstruídas, que análise faz
deste mercado? Considera que o
negócio das peças reconstruídas
tem potencial para crescer?
É um mercado que continua a crescer,
tanto em procura como em oferta,
mas é um mercado que continua
a passar por algumas dificuldades
no capítulo da informação, ainda
temos infelizmente no mercado,
agentes e clientes que não fazem a
distinção correta entre peças reconstruídas,
usadas e reparadas ou
recondicionadas, e ainda em demasiados
casos, comercializam ‐se
por exemplo, peças reparadas ou
recondicionadas como sendo reconstruídas.
Há ainda demasiada
desinformação, muito fornecedor a
aproveitar ‐se desta confusão e desinformação
do consumidor, para
vender “gato por lebre”. Não fugimos
dessa responsabilidade, pois
fazemos parte do mercado, e cabe‐
‐nos também a nós melhorar nesse
capítulo, a elucidar o consumidor,
fazendo ‐lhe chegar a informação,
esclarecendo as dúvidas, e promovendo
o produto reconstruído de
forma clara, porque o negócio das
peças reconstruídas tem um potencial
grande, pelo que entrega na
qualidade, economicamente e sustentabilidade.
Considera que no futuro os
distribuidores de peças aftermarket
de velocidades comercializaram e
qual o volume de faturação atingido?
Estes últimos dois anos foram bastante
atípicos pelas razões mundialmente
conhecidas, atingindo quase
todas as pessoas e mercados de uma
maneira ou de outra, mas felizmente
2021 já mostrou sinais positivos e
acaba por ser um ano importante de
retoma depois de um ano 2020 mais
E para 2022, quais são as
expetativas de negócio?
Em 2022 as expetativas são de retoma
total. Se nada de anormal acontecer,
se não existirem percalços e as
coisas a nível nacional continuarem
a evoluir positivamente, esperamos
um segundo semestre com o volume
de negócio e a normalidade pré‐
‐pandemia.
Mas mais do que expetativas é o desejo
que não só os mercados, mas a
vida de toda a gente continue progressivamente
a encaminhar ‐se para
a normalidade. Que 2022 seja finalmente
o ano em que viramos a página
e encerramos este capítulo mais
complicado de saúde mundial. l
MOTOR RECONSTRUÍDO E REPARADO
– QUAIS AS DIFERENÇAS?
O grande equívoco que ainda prevalece no
nosso mercado é a confusão entre o motor
reconstruído e reparado, ou piora quando
se utilizam os termos recondicionado e
remanufaturado. Os pontos comuns entre
ambos os processos começa e termina
no facto de ambos pegarem em motores
usados, normalmente com algum defeito,
mas enquanto o motor reparado tal como o
nome indica é apenas reparado, e em alguns
casos pintado para melhorar o seu aspeto, o
motor reconstruído não só é reparado como
tem as peças revistas na totalidade, são
substituídos todos os componentes de desgaste
e componentes que não apresentem resultados
satisfatórios nos testes de qualidade.
O motor reconstruído é totalmente restaurado
para as suas especificações originais de fábrica,
e como consequência de todo este rigoroso
processo é comumente apelidado de motor zero
quilómetros. Um motor reparado ou também
chamado muitas vezes de recondicionado, não
pode nunca ser comparado nem confundido
com motor reconstruído, são dois produtos com
uma qualidade e fiabilidade bastante diferente.
Sobre a segunda parte da questão e
respondendo mais diretamente, a CLEPA (The
European Association of Automotive Suppliers)
tem como definição de peça reconstruída o
seguinte: “um produto reconstruído cumpre
uma função similar à da peça original.
Ele é produzido utilizando um processo
industrializado normalizado em linha com
determinadas especificações técnicas, O
processo industrializado incorpora normas
de gestão fundamentais definidas. Uma peça
sobressalente reconstruída possui uma garantia
como uma peça sobressalente nova.”
46 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
Oficina
do Mês
Veja o vídeo
O BUSINESS PLAN PARA OS PRÓXIMOS DOIS/TRÊS ANOS
PASSA POR ABRIR CINCO MFORCE LABS: TRÊS EM LISBOA E DOIS
NA ZONA NORTE, PORTO E ARREDORES, O QUE VAI PERMITIR DAR
UM SUPORTE MUITO INTEGRADO A TODA A REDE
MFORCE LAB
PARA TRATAR
DA SAÚDE DO AutomÓVEL
É UM CONCEITO INOVADOR DA REDE OFICINAL MFORCE E PRETENDE COMPLEMENTAR A CAPACIDADE TÉCNICA
DO GRUPO COM UMA SOLUÇÃO INTEGRADA, PARA SERVIÇOS DE REPARAÇÃO DE MAIOR ENVERGADURA
A
primeira oficina MForce Lab abriu há um
ano na zona da Expo, em Lisboa, e o projeto
não poderia estar a correr melhor,
nas palavras do responsável das oficinas hospital
MForce Lab, Pedro Mascarenhas, com quem estivemos
à conversa. A abertura de novos «hospitais»
de automóveis já está planeada e inclui a criação de
uma academia de formação de profissionais.
Foi há cerca de dois anos que as antigas oficinas
Midas deram lugar à rede MForce, com cerca de
80 pontos aderentes por todo o país. As «clínicas»,
como são chamadas, são oficinas de serviços
rápidos, onde o tempo médio de reparação ronda
1h30. Estão preparadas para realizar trabalhos
de manutenção, pneus e os mais variados serviços
programados, garantindo uma resposta eficaz
aos clientes, com pouco tempo de imobilização da
viatura. No entanto, os responsáveis começaram a
notar uma lacuna no que aos serviços de maior dificuldade
dizia respeito e apostaram na criação de
um primeiro MForce Lab, um «hospital», onde a
assistência alcança um nível mais profundo.
“Não podemos fazer cozidos à portuguesa
na cozinha do McDonald’s”
Apesar de estarem dotados, nas «clínicas», de capacidade
técnica para dar apoio a algumas avarias, a
MForce compreendeu que era preciso um complemento
que permitisse dar assistência aos clientes
enquanto solução integrada. No entender de Pedro
Mascarenhas, diretor das Oficinas Hospital MForce
Lab, “não fazia sentido estarmos a pedir aos clientes
para irem fazer estas reparações maiores fora da
nossa rede, mas também não fazia sentido apostarmos
em fazê ‐las dentro da nossa rede porque não
tínhamos essa capacidade. Não porque não tenhamos
técnicos capazes, mas porque não podemos fazer
cozidos à portuguesa na cozinha do McDonald’s.
Se o fizéssemos prejudicaríamos os nossos clientes,
porque iríamos tirar espaço e capacidade às oficinas
para os receber”. Assim, nasceu a MForce Lab, um
conceito que já tinha sido falado entre Pedro Cunha,
o CEO da MForce e o próprio Pedro Mascarenhas,
que desde logo liderou o projeto da MForce Lab,
“que é o nosso «hospital», onde fazemos as grandes
reparações”, explica.
Um ano depois da abertura deste primeiro MForce
“NUNCA ME VI A FAZER MAIS
NADA SEM SER A TRABALHAR
COM AutomÓVEIS”, PEDRO
MASCARENHAS
O diretor das Oficinas Hospital MForce Lab, Pedro
Mascarenhas, define ‐se como um apaixonado por
automóveis. Aos 18 anos partiu, com três colegas, para
Inglaterra, onde se licenciou em Engenharia Automóvel,
um curso que, à data (1993) não existia em Portugal.
Regressou ao país natal e esteve, desde sempre, ligado
ao pós ‐venda, tendo começado como rececionista na
VTD, da Teixeira Duarte. “Fui evoluindo, até que fui para
Angola como diretor técnico da Renault, estive lá dez anos,
passei para coordenador dos diretores técnicos do grupo
todo e, posteriormente, para diretor ‐geral de três marcas
automóveis. Sempre fui apaixonado por carros, nunca me
vi a fazer mais nada sem ser a trabalhar com automóveis”,
conta. Assume agora a gestão dos «hospitais» da MForce,
que vieram para tratar dos problemas mais complicados de
saúde dos automóveis.
Lab, Mascarenhas não tem dúvidas em considerar
que “é um conceito vencedor, não só pelo que a oficina
per si tem feito, mas também porque nos dotou
de capacidade para ajudar os nossos clientes”.
A ideia é abrir já este ano mais um MForce Lab
no Porto e um segundo «hospital» em Lisboa, em
local ainda a designar. O responsável esclarece que
com um ponto já a funcionar na zona oriente da
capital, “que cobre a zona de Lisboa até Vila Franca
de Xira e até a margem sul”, o ideal será encontrar
outro local estratégico na parte ocidental, junto a
Sintra ou à Amadora, “mais perto das nossas oficinas
de Cascais ou Massamá”, afirma, adiantando
que “o business plan para os próximos dois/três
anos passa por termos cinco MForce Labs: três em
Lisboa e dois na zona norte, Porto e arredores, o
que nos permite dar um suporte muito integrado à
nossa rede. Claro que é a nossa perceção do mercado
e pode variar”.
Entregar os aprendizes aos mestres
No mesmo local onde hoje funciona o MForce Lab
Expo, o objetivo é criar, em paralelo, a MForce Academy,
uma escola de formação “in loco” para receber
todos aqueles que partilham a paixão e a apetência
pela mecânica. “Este espaço tem todas as características
para poder ser o centro nevrálgico da MForce
Academy, não só pelo facto de termos as instalações
preparadas para termos uma sala de formação, porque
temos as ferramentas, salas de reparações de
motores, temos todos os equipamentos mais modernos
que existem para multimarca, mas também
porque temos o manpower. Temos técnicos de excelência,
bons eletricistas, bons mecânicos, bons reparadores
de motores, bons técnicos de diagnóstico
e juntamos aqui um conjunto de valências que nos
permitem que qualquer pessoa que venha para cá
possa sair daqui a saber fazer mais e melhor”, explica
Pedro Mascarenhas.
Esta MForce Academy não pretende substituir ‐se
às escolas de formação, mas sim regressar ao temwww.jornaldasoficinas.com
Maio 2022 49
MFORCE LAB
NO MESMO LOCAL ONDE HOJE FUNCIONA O MFORCE LAB EXPO,
O OBJETIVO É CRIAR, EM PARALELO, A MFORCE ACADEMY, UMA ESCOLA
DE FORMAÇÃO “IN LOCO” PARA RECEBER TODOS AQUELES QUE PARTILHAM
A PAIXÃO E A APETÊNCIA PELA MECÂNICA
po “em que os aprendizes eram entregues aos mestres
e aprendiam em contexto de trabalho”, com a
mais ‐valia de ser uma aprendizagem remunerada
desde o início. Pelo facto de a mecânica ser um
mercado difícil do ponto de vista da obtenção de
recursos humanos, com cada vez mais desinteresse
por parte das camadas jovens, o nosso entrevistado
sente que “temos a obrigação para com a sociedade
de ajudarmos as pessoas que têm apetência, mas
não têm hipótese de se formar. A ideia é formar
jovens que saem dos cursos técnicos de mecânica
e introduzi ‐los em contexto de trabalho, com uma
formação teórica de seis meses, mais outros seis
meses de estágio, para depois ficarem a trabalhar
connosco”, refere. Outra opção será para quem
gosta de mecânica, mas nunca teve oportunidade
de aprender, “podem vir para cá e fazem formação
connosco”, incita, explicando que o facto de ser remunerado
é uma oportunidade para todos os que
não se podem dar ao luxo de parar dois anos para
fazer uma formação.
Perante carros cada vez mais tecnológicos, Pedro
Mascarenhas sublinha que “a tecnologia tem de
andar de mãos dadas com a nossa formação e nós
estamos preparados para isso. Esta é uma forma
de conseguir trazer pessoas para este setor, que
está em défice neste momento, pois noto que as
profissões técnicas são consideradas «menores».
Nós queremos pessoas que tenham paixão por isto,
depois o resto nós temos capacidade para fazer. É
muito mais fácil quando fazemos aquilo que gostamos”,
assinala.
Preparados para o futuro
Sobre o futuro da mobilidade, o nosso interlocutor
manifesta ‐se ainda cético relativamente à
implementação dos veículos 100% elétricos, que
MAIOR REDE NACIONAL
DE OFICINAS PRÓPRIAS
Com 80 pontos pelo país, a MForce é a maior rede nacional
de oficinas próprias, cobre todo o território português e
conta com mais de 500 colaboradores. Trata-se de uma
marca 100% portuguesa, com ambição internacional,
tendo já cinco oficinas em Angola. As oficinas estão
presentes em shoppings, postos de gasolina e outras
localizações estratégicas, onde têm como objetivo resolver
de forma simples e fiável os problemas de qualquer
veículo, simplificando o processo e aumentando a
conveniência e satisfação do cliente. Esta rede apresenta
um inovador sistema integrado de cuidados de Saúde
Auto que inclui a Linha de Saúde Auto para primeiro apoio
e triagem, a rede atual de mais de 80 oficinas “clínicas”
automóvel convenientemente localizadas para reparar
com confiança e rapidez, e as Oficinas “hospital” altamente
capacitadas para responder a todas as necessidades de
reparação incluindo as mais complexas.
MFORCE LAB
Diretor Pedro Mascarenhas
Morada Av. Marechal Gomes da Costa 29,
1800-255 Lisboa
tELEFOne 218 505 775
Email lab.expo@oficinasmforce.pt
Site www.oficinasmforce.pt
entende que “não servem a toda a gente. Eu moro
no Porto e trabalho em Lisboa, nunca poderia ter
um carro elétrico, com o problema da autonomia,
do tempo que demoram a carregar, o valor da eletricidade
e a rede pública insuficiente”, afirma. No
entanto, admite que é uma tendência do mercado,
com os híbridos plug ‐in a consubstanciarem
“uma aposta mais racional”. Para este nicho, a
MForce já está também devidamente preparada:
“nós damos formação, temos cerca de doze sessões
anuais em que o tema são as viaturas elétricas.
São 96 horas de formação com 10/12 técnicos,
onde são abordados temas como os paradigmas
da nova modalidade, a introdução aos princípios
fundamentais da eletricidade, como colocar uma
viatura híbrida ou elétrica em segurança para se
poder mexer nela, a montagem e desmontagem
de componentes de alta voltagem, os EPI necessários,
as ferramentas… neste momento já temos
144 profissionais especializados em mexer em
veículos elétricos”, conta.
Para já, as reparações nestes veículos ainda se
afiguram como uma situação “residual, porque o
nosso parque é reduzido, mas sabemos que é uma
tendência e estamos preparados para evoluir”, afirma
Pedro Mascarenhas. No que toca à área da colisão,
a rede MForce faz o serviço com recurso a
parcerias, pois preferem focar ‐se “naquilo em que
sabemos que somos muito fortes, que é nas áreas
técnicas de mecânica e de eletricidade”.
Sem abrir muito o jogo, Pedro Mascarenhas adiantou
ainda ao Jornal das Oficinas que, a par da
MForce e MForce Lab, as «clínicas» e os «hospitais»,
a rede está atualmente a desenvolver outras
insígnias, nomeadamente no que diz respeito aos
clientes profissionais e frotistas, prometendo revelar
mais novidades em breve. l
50 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
Atualidade
CAMPANHA EL RECAMBIAZO 2022
MAIS PRÉMIOS
E MAIS PARCEIROS
DURANTE ESTE MÊS DE MAIO ESTÁ EM VIGOR A CAMPANHA EL RECAMBIAZO, UMA DAS AÇÕES MAIS
REPRESENTATIVAS DOS PARCEIROS ASER, E UM REFLEXO FIEL DO ADN DA CENTRAL DE SERVIÇOS ASER E DOS
SEUS VALORES: PROXIMIDADE, COMUNICAÇÃO, INOVAÇÃO E TRANSPARÊNCIA
El Recambiazo nasceu em 2016 com o objetivo
de conseguir novos clientes para os membros
do Grupo ASER, aumentar as vendas, elevar
o valor médio das notas de encomenda e conquistar
novos clientes. Hoje, seis anos depois, El Recambiazo
continua tão vivo quanto no primeiro dia e
os recordes são quebrados todos os anos, de inscrições,
de compras e vendas, de prémios distribuídos,-
…E este ano El Recambiazo volta a distribuir mais
de € 70.000 em prémios entre os clientes dos parceiros
da ASER. El Recambiazo é uma campanha
bem estabelecida no mercado e bem conhecida e
aguardada pelos membros da ASER e seus clientes.
Desde a primeira edição, os responsáveis da ASER
têm trabalhado na mecânica da campanha a fim de
a simplificar o mais possível, para que os clientes
possam facilmente participar e ganhar prémios.
Este ano, os clientes notarão um processo de registo
mais simples e um sistema mais fácil de utilizar.
A campanha tem registado um crescimento de mais
de 50% desde a primeira edição. Todos os anos, o
número de clientes e as vendas dos parceiros aumentam.
Os clientes habituaram-se a fazer encomendas
maiores durante o mês do El Recambiazo,
e isto reflete-se no crescimento das vendas e na rentabilidade
das entregas, pois as carrinhas circulam
com mais material no interior. Os membros são
muito ativos na comunicação da campanha, que é
divulgada em ações na imprensa do setor, boletins
informativos, publicidade online e comunicação
nas guias de encomenda e faturas. Muitos dos
parceiros realizam reuniões regulares com as suas
equipas para analisar a evolução da campanha e
a sede informa-os diariamente sobre o número
de inscrições. Isto confere um nível de detalhe e
análise que lhes permite serem muito pró-ativos e
reativos ao mesmo tempo.
Benefícios para oficinas
Toda a cadeia de distribuição beneficia com a
campanha, mas esta ação é principalmente concebida
para as oficinas, tendo sido investidos mais
de 70.000 euros em produtos que são utilizados
como prémios para as oficinas que registam
as suas notas de entrega e, em alguns casos, elas
próprias passam a campanha para o cliente final.
Serão sorteados diversos tipos de produtos, desde
conjuntos de chaves de fendas a máquinas de diagnóstico,
lâmpadas, chaves dinamométricas, etc..
Nem todos receberão uma máquina de diagnóstico
ou uma estação de carregamento de ar condicionado,
mas receberão um prémio útil pelo seu trabalho
diário, ou mesmo para recompensar os seus
clientes.
Conquistar novos clientes
Os parceiros da ASER utilizam esta ação para alcançar
clientes que de outra forma não conseguiriam
alcançar. Todos os anos, novos clientes são
adicionados à base de dados, o que demonstra tratar-se
de uma ação que fideliza e é apreciada pelos
clientes regulares, mas que também serve para
atrair novos clientes. Apesar do contexto difícil em
que vivemos, a ASER trabalha para definir estratégias
que lhe permitam ultrapassar as dificuldades
que surgem no mercado e continuar a oferecer o
melhor serviço ao cliente. O El Recambiazo está
incluído nestas estratégias e toda a campanha foi
desenvolvida para conseguir atingir os melhores
resultados. l
52 Abril I 2022 www.jornaldasoficinas.com
ECOFORCE.
FAZ UMA CONDUÇÃO SUSTENTÁVEL,
PENSA NO TEU FUTURO.
Um coração verde bate dentro dos automóveis mais evoluídos. O conceito
de mobilidade está em constante evolução: conte com a tecnologia FIAMM para
apoiar essa mudança. A nova gama de baterias ecoFORCE suporta as necessidades
energéticas dos automóveis mais modernos. Os sistemas Start&Stop e Brake Energy
presentes em automóveis micro-híbridos exigem um uso muito intenso da bateria:
A FIAMM tem a solução ideal para continuar a viajar com eficiência.
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Empresas
NOTÍCIAS
Há muito que a MEYLE está ligada aos desportos motorizados, uma vez
que desempenham um papel central no desenvolvimento de produtos,
especialmente enquanto campo de teste em situações reais. É por isso
que o fabricante sediado em Hamburgo vai continuar a patrocinar as equipas
T3 Motorsport e SL Trucksport 30 e manter o seu envolvimento no Rali da Alemanha
com Christian Riedemann na próxima época. Para além da participação
MEYLE CONTINUA A APOIAR
DESPORTOS MOTORIZADOS
da T3 Motorsport no ADAC GT Masters, a equipa de Dresden irá competir pela
primeira vez com um Audi R8 LMS GT4 no DTM Trophy. Os pilotos poderão
contar com a experiência dos engenheiros da MEYLE nessas competições. Para
a MEYLE, é importante destacar que esta é a segunda época consecutiva em
que irá apoiar a equipa júnior do Opel e-Rally e demonstrar que os desportos
motorizados e a sustentabilidade são perfeitamente conciliáveis.
ALLIANCE AUTOMOTIVE GROUP
COMPRA LAUSAN
Alliance Automotive Group | Era sabido que a direção da
Lausan estava a negociar há mais de um ano a venda da empresa
a um grande grupo, o que veio a concretizar-se com a recente
aquisição do maior distribuidor de peças ibérico pela AAG - Alliance
Automotive Group. O distribuidor europeu Alliance Automotive
Group (AAG) é uma empresa fundada em 1989 por Jean Jacques
Lafont, também proprietário da Groupauto France, com uma
presença forte em toda a Europa através da aquisição de diferentes
empresas no Reino Unido, Alemanha, Polónia, Holanda e Bélgica.
A empresa é uma subsidiária integral da GPC - Genuine Parts
Company, o maior distribuidor mundial de peças para automóveis
com atividades na América do Norte, Europa e Ásia. A venda da
Lausan à Alliance Automotive Group inclui tudo: produtos, stock e
armazéns, e apenas envolve uma mudança de propriedade. Nada
mudará na gestão, uma vez que toda a equipa de gestão atual se
mantém no ativo. De referir que a Lausan está presente em Portugal
através da Soulima, empresa que adquiriu há cerca de dois anos.
54 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
CELEBRA 1 ANO DE PARCERIA COM GARAGEM AURORA
Fuchs | A colaboração entre a Garagem Aurora e a Fuchs Lubrificantes foi precisamente pensada assim:
como parceria de aconselhamento mútuo. Para o gerente, esta vantagem e o espírito de equipa com os
técnicos e os comerciais da FUCHS valem muito mais do que os bons resultados de negócios desta parceria.
70 por cento dos clientes têm Porsches clássicos e 12 clientes são pilotos a tempo inteiro. Reagiram muito
bem quando a Garagem Aurora lhes comunicou a parceria com a Fuchs há um ano. “Os pilotos confiam
em nós e, realmente, com a Fuchs as coisas têm funcionado muito bem. Agradou-me o facto de eles
se preocuparem em arranjar o produto que a gente queria, meterem-se logo no mercado à procura de
soluções para trazer para cá o produto. Têm-nos dado um apoio muito bom, quando ligo e pergunto o que
recomendam para este carro ou para aquele. E às vezes também nos ligam a pedir uma opinião”, sublinha
Eduardo Santos, proprietário da oficina. Grande parte dos carros de competição só saem da Garagem
Aurora para a pista de corrida. Os mecânicos especializados tratam de toda a manutenção e preparam as
viaturas para a próxima prova. Eduardo Santos está presente em todas – o que significa 30 fins de semana
por ano – com a equipa de manutenção da Garagem Aurora. “Temos um ambiente muito bom na nossa
box”, sublinha.
INVESTE EM NOVA SUCURSAL
E NOVO CENTRO LOGÍSTICO
LIQUI MOLY | Uma nova sucursal e um novo centro logístico são os próximos passos no
desenvolvimento do negócio da LIQUI MOLY em Espanha. O objetivo é dar ainda mais força
ao negócio, depois de os primeiros três meses do ano confirmarem um forte crescimento do
negócio em Portugal e em Espanha. Mesmo com todos os desafios colocados ao mercado
no primeiro trimestre do ano, a LIQUI MOLY Ibéria registou um crescimento de 41,6% face
ao mesmo período de 2021. Este crescimento foi repartido pelos primeiros três meses do
ano, qualquer um deles com vendas recorde na história da sucursal ibérica da casa-mãe, na
Alemanha. Olhando para o mês de março, que agora termina, o crescimento face a 2021
foi de 28,5% e, se comparado com 2020, a subida foi de uns impressionantes 187,6%. “Não
perdemos o foco perante qualquer adversidade e sabemos o potencial da marca e o que ainda
temos para construir”, sublinha Matthias Bleicher, CEO da LIQUI MOLY Iberia, que acrescenta:
“Este é o trabalho de uma grande equipa, mas também da confiança dos nossos distribuidores
e de todos os clientes que vendem os nossos produtos e dos que todos os dias os aplicam nas
oficinas.”
RETOMA EVENTOS DO SETOR AUTOMÓVEL
ARAN | A Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN) retomou as ações de
proximidade com as empresas do setor com a realização do primeiro evento do Roadshow
ARAN em Trás-os-Montes, no início de abril, no Museu da Oliveira e do Azeite em Mirandela.
Nesta apresentação, foram apresentados aos participantes diversas temáticas relevantes para
o quotidiano das suas empresas e do setor automóvel. Com lotação esgotada, a manhã do
Roadshow ARAN contou com uma sessão de esclarecimento sobre a Nova Lei das Garantias
dinamizada pelo Departamento Jurídico da ARAN. Seguidamente foram apresentadas pelo
CEPRA as soluções de Formação Profissional para o setor automóvel e o plano anual previsto
para as empresas associadas pelo Departamento de Formação da ARAN. Após o almoçoconvívio
foram retomadas as sessões de esclarecimento com o Departamento Técnico da ARAN
a apresentar os Requisitos Ambientais para as empresas e os desafios do futuro da Gestão
Oficinal. O próximo encontro do setor automóvel, Roadshow ARAN, está previsto para 14 de
maio no Algarve, uma edição que se prevê ter o mesmo sucesso do que a sua antecessora.
CONDECORA RHEINMETALL
“FORNECEDOR DO ANO 2021”
General Motors | A General Motors reconheceu a subsidiária da Rheinmetall, Pierburg US, LLC, como
Fornecedor do Ano 2021. A GM decidiu fazer esta homenagem na sua 30ª cerimónia anual em Phoenix,
Arizona. O prémio Fornecedor do Ano da GM reconhece fornecedores globais que distinguem excedendo os
requisitos da GM, por sua vez, fornecendo aos clientes da GM tecnologias inovadoras da mais alta qualidade
na indústria automotive. “Considerando que 2021 apresentou alguns desafios mais singulares da história
recente, realmente demonstra que a nossa equipa assumiu o compromisso de inovar continuamente e
encontrar soluções criativas para atender as necessidades dos nossos clientes, independentemente dos
obstáculos”, diz Rene Gansauge, Presidente de Pierburg, que aceitou o prémio em nome da Rheinmetall.
“Nós estamos orgulhosos do nosso relacionamento de longa data com a GM e apreciamos o seu
reconhecimento do compromisso da Rheinmetall em oferecer apenas o melhor atendimento ao cliente”.
“O evento Fornecedor do Ano deste ano foi especial não só porque é o 30º aniversário do programa, mas
porque nos deu a oportunidade de reconhecer os nossos fornecedores e por perseverarem um dos anos
mais desafiadores que a indústria já enfrentou”, disse Shilpan Amin, vice-presidente da GM.
www.jornaldasoficinas.com Maio 2022 55
NOTÍCIAS
EMPRESAS
FORTALECE POSIÇÃO NO OESTE
CGA Car Service | A CGA Car Service numa parceria entre a Auto
Delta e a HF Peças, com grande implantação na zona de Mafra, acaba de
anunciar a sua mais recente adesão, a Stick Garage passa a fazer parte da
rede oficinal. A Região Oeste tem sofrido um crescimento populacional
bastante assinalável, num movimento centrífugo com origem na cidade
de Lisboa. Isto ocorre não só devido ao aumento do custo de vida na
capital mas também ao mais elevado índice de qualidade de vida
desta região a que acresce a rapidez e facilidade de acessos à maior
cidade do país. O aumento continuando do volume de trabalho aliado
à necessidade de mais e melhores ferramentas de apoio bem como o
acesso a dados técnicos que apoiem o seu serviço são as grandes razões
para que o proprietário da Stick Garage tenha dado este decisivo passo.
“Estamos certos de que iremos caminhar lado a lado rumo à distinção no
mercado onde está inserido”, afirmou o departamento de comunicação
da CGA Car Service.
GRUPO NORS CENTRADO EM
MELHORAR EFICÁCIA NO NEGÓCIO
AFTERMARKET
O
Grupo
Nors decidiu avançar com o processo de fusão das operações de Aftermarket em
Portugal, que englobam as empresas Civiparts e Newonedrive. As três marcas associadas
às duas empresas: Civiparts, AS Parts e OneDrive, continuam a operar nos seus mercados,
tendo como entidade jurídica a Newonedrive, S.A., partilhando recursos nas áreas de Gestão
de Marketing, Gestão de Stocks e Gestão de Operações, com ganhos de eficácia, agilidade e
serviço ao cliente. Com este processo será possível reforçar a aposta na digitalização dos processos,
otimização da cadeia logística, maior eficiência e melhoria da rentabilidade das operações.
Sendo este o caminho para um posicionamento global a nível do setor, potenciando uma presença
sustentável e capaz de garantir uma experiência cada vez melhor aos seus clientes. João Jervell,
CEO do Aftermarket da Nors em Portugal, sublinha que “este novo modelo de negócio tem por
objetivo melhorar a nossa eficácia. O grande investimento na digitalização dos processos e na
otimização da cadeia logística, garantirá uma experiência cada vez melhor aos nossos clientes”.
EQUIP AUTO 2022 ATINGE OS 60% DE OCUPAÇÃO
A seis meses da abertura, a EQUIP AUTO Paris atingiu 60% da sua meta de vendas e confirmou a sua posição como o evento
comercial de referência para a zona EMEA em termos de inovação para pós-venda automotivo e serviços para a mobilidade.
A EQUIP AUTO Paris realiza-se de 18 a 22 de outubro deste ano, acolhendo cerca de 1.000 expositores e marcas. Nas edições
anteriores, a EQUIP AUTO combinou o presente e o futuro do mundo da reparação: “Reparando hoje, preparando o amanhã”.
Os últimos dois anos têm assistido a uma aceleração das tendências subjacentes já em vigor: nova mobilidade, transição de
transporte sem carbono, tecnologia digital,
direção automatizada, etc.. A EQUIP AUTO deve
capitalizar o seu papel como agente de suporte
e antecipador para o mundo da reparação
e constituem um farol para essas grandes
transformações. O seu principal objetivo é
moldar o futuro automotive. Mais ambiciosa e
inclusiva, a feira está a ampliar os seus temas
e o seu potencial para consolidar a sua vocação
como feira para todo o setor, com todos os
equipamentos, produtos, serviços e inovação
tecnológica da empresas que trabalham tanto
para o mercado de reposição quanto para
equipamentos originais.
CHEGA À PÓVOA DO VARZIM
Humberpeças | A Humberpeças abriu a sua oitava loja, na cidade
da Póvoa de Varzim, reforçando a abrangência geográfica do Grupo
HBP a norte do distrito do Porto. Localizada na Rua do Rio Novo, 561, a
Humberpeças Póvoa conta com uma área total de cerca de 900 metros
quadrados. Fundada em 1987 por Humberto Lopes e Orlanda Costa,
em São João da Madeira, onde hoje se mantém a loja sede do Grupo, a
Humberpeças conta com filiais em Fiães, Vale de Cambra, Vila Nova de
Gaia, Alfena, Santa Maria da Feira, Porto e, desde dia 1 de abril de 2022,
na Póvoa de Varzim. Este novo investimento dá continuidade à política de
proximidade com os seus clientes que a Humberpeças sempre assumiu
desde que iniciou a expansão da sua cobertura geográfica. “Apostamos
na proximidade para assegurar um serviço eficaz e rápido aos clientes”,
com foco “raio de 15 a 20 quilómetros em redor das nossas lojas”, refere
Humberto Lopes, administrador da Humberpeças, sublinhando que esta
tem sido a política orientadora desde a abertura da sua primeira filial, em
setembro de 2009.
56 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
BBB INDUSTRIES
CONTINUA EXPANSÃO
EUROPEIA
A
BBB
Industries, LLC (BBB), fabricante líder em produtos
recondicionados, adquiriu a Budweg Caliper
A/S (“Budweg”). Esta é a sexta aquisição da BBB na
Europa desde 2019 e fornece à BBB a sua primeira instalação
de fabrico sustentável na Europa. Budweg tem
mais de 40 anos de experiência e está sediada
em Odense, Dinamarca. É um fornecedor
líder de pinças de travões recondicionadas
para o mercado europeu de pós-
-venda automóvel, cobrindo mais de 98%
do parque automóvel europeu. Através das
suas instalações na Dinamarca, Budweg
serve a Europa Central e Oriental, França,
Escandinávia, Espanha, Áustria e Suíça.
“Esta aquisição é um desenvolvimento chave
nos nossos esforços em curso para expandir na
Europa e alargar a nossa liderança no mercados
dos produtos recondicionados”, disse Duncan Gillis,
CEO da BBB. “As operações de fabrico sustentável da
Budweg são um forte complemento das nossas operações
existentes, e esperamos ansiosamente receber o seu pessoal
dedicado e qualificado na equipa BBB».
PUB
www.jornaldasoficinas.com Maio 2022 57
GO, WE
WE WE GO
WEREVER
WEREVER
TOGETHER
TOGETHER
NOTÍCIAS
EMPRESAS
REDUZ EMISSÃO DE CO 2
COM PANOS DE LIMPEZA
MEWA | Os objetivos de modernização estão claramente definidos. Fábricas e oficinas
devem tornar-se mais digitais e mais sustentáveis. Na MEWA, estes assuntos já são
clássicos. Há mais de 100 anos que a empresa alemã disponibiliza um sistema de
panos de limpeza que recolhe os panos usados no cliente, lava-os de forma ecológica e
devolve-os. Para a feira de Hanover, a Hannover Messe, com Portugal como país parceiro
faltam quatro semanas. Tempo suficiente para otimizar a fábrica ou a oficina. Durante
quatro dias, de 30 de maio a 2 de junho, o mundo da indústria vai olhar para o panorama
empresarial português com especial atenção para o nível de digitalização e de emissões
de CO2. A empresa alemã MEWA oferece a empresas de produção e oficinas que queiram
melhorar nestes aspetos uma solução sustentável para a limpeza de componentes,
máquinas e ferramentas. Disponibiliza para alugar panos ultra-absorventes da primeira
qualidade integrados num inteligente sistema. A MEWA fornece os panos, recolhe-os para
a lavagem ecológica e o rigoroso controlo de qualidade e devolve-os. Desta forma, panos
lavados estão sempre ao alcance e a empresa pode dedicar-se completamente ao seu
negócio: à produção ou ao serviço. Assim, contribui dia após dia para a redução de CO2, já
que o sistema de reutilização alivia a carga sobre o ambiente.
TRAINING ACADEMY
DA REDE CONTISERVICE RETOMA FORMAÇÃO
Training Academy | A Training Academy, um programa de formação da ContiService, terminou recentemente
a primeira ação de formação de 2022, de “Técnico de Serviços Rápidos-Área Roda”, dando continuidade ao
ambicioso plano de formação definido pela estrutura da rede. A formação, intitulada Técnico de Serviços Rápidos
-Área Roda, teve como principal objetivo dotar os participantes de todas as competências que lhe permitem proceder
ao diagnóstico correto de todo o sistema de suspensão, após a retirada da roda. Os conteúdos abordaram
temas como o diagnóstico ao rolamento da roda, substituição e cuidados a ter aquando da substituição de um
rolamento de roda, substituição dos foles de transmissão ou direção, diagnóstico de folga na direção e suspensão
e a substituição e cuidados a ter aquando da substituição de um componente ligado à direção ou à suspensão.
Pensada e estruturada com vista à certificação de competências na área da manutenção automóvel a formação
ministrada no âmbito da Training Academy pretende dotar os colaboradores dos diversos pontos de venda com
competências fundamentais para o desenvolvimento das suas atividades de forma eficaz, melhorando a sua
performance e a resposta às exigências dos consumidores.
ESTABELECE PARCERIA COM A B-PARTS
MISTER-AUTO | A Mister-Auto, anuncia a assinatura de uma parceria com B-Parts, líder na distribuição em linha de peças
de substituição. Esta oferta está agora acessível aos 3,5 milhões de clientes Mister-Auto em França. Desde a sua criação, há 15
anos, a Mister-Auto preserva o poder de compra dos seus clientes, propondo-lhes uma gama completa de produtos a preços
atrativos. Hoje, Mister-Auto compromete- se com uma oferta de produtos sustentáveis e responsáveis, alargando o seu catálogo
às peças em segunda mão B-Parts. A partir de 22 de março, os clientes franceses, mas também espanhóis e portugueses,
poderão encomendar no site Mister-Auto mais de 4,5 milhões de referências de peças de reemprego de origem provenientes da
economia circular nas 7 gamas de produtos propostas pela B-Parts : carroçaria, iluminação, elétrica e eletrónica, interior, motor
e transmissão, ou suspensão. Após a recente parceria assinada com a Carecco, que oferece um acesso a um stock local reforçado
para a França, a Mister- Auto reforça igualmente a sua oferta e-comércio graças a mais de 100 fornecedores B-Parts presentes na
Europa. Todas as peças propostas pela B-Parts, parceira da Mister-Auto, resultantes da desmontagem de veículos em fim de vida
por uma rede profissional certificada são de origem (OEM) e beneficiam de uma garantia de 12 meses.
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VICAUTO E FERSA PROMOVEM
CAMPANHA
COM OFERTA DE CARRO
A
FERSA lançou uma campanha em que as oficinas poderão ganhar
um carro, seguindo as instruções do código que vai nas caixas
dos cubos e rolamentos bicónicos comprados na Vicauto. O
rigor, a qualidade e a modernização dos processos de produção, bem
como o constante investimento em I&D permite que a Fersa seja fornecedor
OEM e fornecedor certificado Tier1, o que a posiciona como uma
das marcas líderes do aftermarket. Diariamente, a Fersa aumenta a sua
presença internacional, que já alcança mais de 85 países. A ampla rede
de distribuição, bem como a presença de centros de fabricação próprios
e escritórios técnicos comerciais em mercados estratégicos, permitiram
que a marca Fersa continuasse a crescer, ano após ano, em todo o mundo.
Para participar no sorteio do carro basta comprar produtos Fersa
na Vicauto.
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óleo. Só assim o óleo de motor novo pode
desenvolver todo o seu potencial.
AJUDA A REDUZIR
PARAGENS FORÇADAS DOS AUTOCARROS
STRATIO | A Stratio, plataforma líder mundial de manutenção preditiva de frotas em tempo
real, está ajudar a Go-Ahead Ireland (GAI), integrante do Go-Ahead Group - um fornecedor
global de serviços de transporte de autocarros e comboios - a concretizar a sua visão comum
para um futuro sem paragens forçadas, com menos disrupções no serviço e menos avarias
na estrada. Após uma prova de conceito (PoC) bem sucedida em 2021, a GAI decidiu alargar
o serviço da Stratio para toda a sua frota. Os bons resultados desta prova inicial indicam
que a tecnologia da Stratio irá permitir reduzir as avarias dos veículos da GAI em mais de
57% ao longo dos próximos três anos. A Stratio possibilita à GAI usar os dados dos seus
veículos para informar e otimizar as suas operações ao nível da manutenção. A plataforma
de Inteligência Artificial recolhe e analisa remotamente indicadores cruciais do estado do
veículo, transformando-os em informações acionáveis em tempo real que permitem prever
avarias. Com a Stratio, a GAI conseguirá reduzir a frequência de verificação preventiva e planear
dinamicamente a taxa de desgaste dos componentes, em vez de confiar em estimativas
aproximadas e baseadas na quilometragem, poupando assim tempo e recursos.
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mais eficácia após a mudança de óleo,
de forma mais silenciosa e com menor
consumo e emissões poluentes.
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NOTÍCIAS
EMPRESAS
NORAUTO
ABRE PORTAS
EM CARCAVELOS
A
Norauto,
no âmbito do seu propósito “Automobilista
e Responsável” e dando continuidade ao projeto de
expansão em território Português, anuncia uma nova
abertura em Carcavelos, aumentando a sua presença de centros
auto em Portugal. A abertura do centro Norauto em Carcavelos,
na Estrada da Alagoa, vem potenciar a proximidade
com os seus clientes, o desenvolvimento económico da zona
envolvente e reforçar a empregabilidade nesta localidade,
através da criação de novos postos de trabalho. Com uma
estratégia “People Centric”, a Norauto aposta no desenvolvimento
das suas equipas, numa cultura colaborativa, de coresponsabilização
e autonomia das equipas, a qual é reforçada
pela oportunidade de participação em missões transversais,
em projetos nacionais e internacionais e na realização de grupos
de trabalho em modo ágil, focados no colaborador e no
cliente. Inserida num contexto de elevada competitividade e
num setor em profunda transformação, a Norauto aposta fortemente
no desenvolvimento do digital, das novas mobilidades
e na inovação de novos produtos e serviços, antecipando e
respondendo às tendências do mercado e mantendo a marca
como referência no seu setor, sempre com ênfase na Experiência
Cliente e Experiência Colaborador.
REDE TOPCAR INTEGRA QUATRO NOVAS OFICINAS
TOPCAR | A rede de oficinas TOPCAR, reforça a aposta na oferta abrangente e dispersa no
território nacional com a integração de mais quatro oficinas. Com a abertura destas quatro novas
oficinas, a TOPCAR reforça o investimento na expansão da sua rede, mantendo também a aposta
numa relação mais próxima e dedicada às necessidades dos seus clientes. Posicionada num patamar
superior de excelência de serviço nas áreas de mecânica, eletrónica, diagnóstico e colisão, a TOPCAR
passa agora a ter mais quatro oficinas em Portugal: Em Pedrouços, no concelho da Maia, a TOPCAR
Oficina Venue (Porto), uma oficina de mecânica geral que oferece ações de marketing frequentes,
serviço de Uber para clientes e ainda pagamentos fracionados sem juros; Em Lordelo, no concelho
de Vila Real, a TOPCAR Auto Tojal conta com valências de Mecânica, Colisão, focada na Pintura
e estética automóvel; No Pinhal Novo, na freguesia de Palmela, a TOPCAR MK Car, acrescenta as
valências de Mecânica e Colisão; e Em Alcochete, a TOPCAR Auto Pacífico, localizada numa zona que
até então não estava coberta pela rede.
VALORCAR
RECICLA 108 MIL VFV EM 2021
Durante o ano de 2021 foram abatidos 117.997 Veículos em Fim de Vida (VFV) ligeiros
em território nacional, dos quais 108.902 foram entregues em centros de abate
da rede Valorcar. Estes números representam uma Taxa de Recolha de 92,29% e
um aumento de 7,6% face a 2020 por parte da rede Valorcar. No que respeita aos VFV
recebidos a nível nacional, mantém-se a tendência de aumento da sua idade média, fixada
nos 23,5 anos, o que reflete o envelhecimento do parque automóvel nacional. À semelhança
dos anos anteriores, o Opel Corsa foi o modelo mais abatido, atingindo cerca de
8,1% do volume total, seguido pelo Renault Clio (7,0%) e pelo Fiat Punto (6,4%). Já no
que respeita às marcas, a Renault foi a marca com mais unidades entregues para abate,
atingindo 16,1% do volume total, seguida pela Opel (13,9%) e pela Fiat (10,3%).
60 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
UTILIZA “PLÁSTICO VERDE” NA LOGÍSTICA
bilstein group | Durante décadas, o plástico em bolha tem sido utilizado na área
logística do bilstein group como forma de proteger os artigos nas encomendas. O
especialista em peças sobresselentes também está a dar um importante passo em
direção a uma sustentabilidade mais elevada também nesta área; desde o início do
ano, a empresa tem utilizado apenas material de embalamento que consiste em
até 50% de plástico reciclado. A razão para esta decisão foi a aquisição de novas
máquinas de produção do material de embalamento diretamente nos locais dos
centros logísticos. As máquinas que estavam a ser utilizadas anteriormente já
estavam a atingir o limite da sua vida útil. Não só por isso, mas o novo grande centro
logístico na Alemanha e as alterações nos requisitos dos clientes tornaram essencial
pensar em novos métodos de produção de embalagens de proteção. Isto envolveu
tanto o plástico como as máquinas, uma vez que os fornecedores oferecem ambos
através de uma única fonte.
MAN
RETOMA PRODUÇÃO DE CAMIÕES
A
MAN
retomou, no final de abril, a produção de camiões. A produção estava parada
há seis semanas, desde meados de Março, devido a falhas de abastecimento
causadas pela guerra da Ucrânia nas fábricas de camiões da MAN em Munique e
Cracóvia. As fábricas de camiões da MAN em Nuremberga e Salzgitter estão agora também
a aumentar gradualmente as suas capacidades. “O reinício da produção dos nossos
camiões é um sinal muito bom para a nossa mão-de-obra e para os nossos clientes. No
entanto, ainda não há razão para euforia. Iremos aproximar-nos dos nossos níveis habituais
de produção apenas passo a passo. A produção continua a estar sujeita a grandes
incertezas. Se a guerra se deslocar mais fortemente para a Ucrânia ocidental novamente,
poderemos ser confrontados com um novo impasse. A flexibilidade está e continua a
estar na ordem do dia, tal como a rigorosa disciplina de custos”, disse o CEO da MAN
Alexander Vlaskamp.
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www.jornaldasoficinas.com Maio Abril 2022 61
produto
OS PAINÉIS COM AS CÉLULAS FotoVOLTAICAS PODEM SER MONTADOS TANTO NA
HORIZONTAL COMO NA VERTICAL E A TECNOLOGIA UTILIZADA GARANTE QUE NÃO
SE PARTEM E QUE PODEM RESISTIR A CONDIÇÕES CLIMATÉRICAS ADVERSAS
Veja o vídeo
EUROPART APRESENTA GREEN ENERGY
NOVA TECNOLOGIA
DE CÉLULAS SOLARES
A EUROPART APRESENTOU O SEU MAIS RECENTE PRODUTO, AS CÉLULAS SOLARES DA GREEN ENERGY,
UMA SOLUÇÃO QUE CONVERTE ENERGIA SOLAR DE FORMA ECONOMICAMENTE VIÁVEL E SUSTENTÁVEL, AMIGA
DO AMBIENTE E ECONOMIZADORA DE COMBUSTÍVEL PARA CAMIÕES, CARRINHAS, AUTOCARROS E BARCOS
Para apresentar a nova tecnologia de células
solares da Green Energy agora disponíveis
em Portugal através da Europart, foi dinamizado
um evento na Marina de Albufeira, onde
estiveram presentes o CEO da Green Energy, Karl
Andreasen e o Country Manager para Portugal,
Ricardo Conçalves, juntamente com o diretor geral
da Europart, Heitor Manuel Santos e a sua equipa.
No local encontravam ‐se diversos veículos com as
células fotovoltaicas já instaladas, designadamente
um carro dos Bombeiros com um conjunto solar
de 110W; uma ambulância com um conjunto solar
de 220W; uma Van com um conjunto solar de
220W; e um barco catamaran com painéis solares
de 640W. Foi assim possível testar a comprovar as
potencialidades do sistema, que permite uma solução
de energia totalmente autónoma e sustentável.
O consumo de energia dos veículos comerciais, pe‐
sados e autocarros tem crescido, devido à utilização
de cada vez mais equipamentos e acessórios, como
uma máquina de café, TV, computador, frigorífico,
ferramentas, elevadores e outros aparelhos. As células
fotovoltaicas montadas no telhado do veículo
ou onde houver espaço, são por isso uma boa solução
para o fornecimento de energia a todos esses
equipamentos, sem haver necessidade do motor do
veículo estar a funcionar. As células geram energia
verde enquanto o veículo se descola e quando
está parado. No caso dos autocarros de turismo,
que têm um consumo de energia muito elevado, as
células fotovoltaicas podem produzir 1.000 kWh
para a bateria. Tal significa que há uma economia
de custos na ordem dos 1.000 litros por ano.
Por outro lado, as novas normas para a operação
de motores de veículos inativos atingiram gravemente
as empresas de distribuição nas cidades.
Quando já não é permitido o ralenti, então não
será possível recarregar as baterias principais e as
baterias do empilhador, assim como outros elementos
elétricos. Nestes casos, os condutores que
têm problemas com energia insuficiente durante
as horas de trabalho podem beneficiar bastante da
energia das células fotovoltaicas.
Heitor Manuel dos Santos, diretor geral da Europart
diz estar extremamente satisfeito por poder
oferecer aos seus clientes uma solução de energia
sustentável e economizadora de combustível.
“Estou convencido de que esta solução da Green
Energy para fornecimento de energia e ao mesmo
tempo reduzir o consumo de combustível, o desgaste
da bateria e do gerador através da conversão
económica e sustentável da energia solar será
muito bem aceite pelos nossos clientes”, refere este
responsável. l
A TECNOLOGIA DE CÉLULAS SOLARES GARANTE QUE O VEÍCULO
POSSA FORNECER 220V ÀS MÁQUINAS DE TRABALHO QUALIFICADO,
COMO BERBEQUINS, REBARBADORAS E OUTROS UTENSÍLIOS ELÉTRICOS
www.jornaldasoficinas.com Maio 2022 63
NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO
Produto
ATE APRESENTA O FUTURO DOS TRAVÕES
ARQUITETURA DO VEÍCULO DEFINE SISTEMA TRAVAGEM
À
medida que a arquitetura do veículo se desenvolve,
os sistemas de travagem estão a
tornar-se cada vez mais inteligentes para
poderem satisfazer as necessidades e requisitos futuros
de condução autónoma e eletrificação. Têm
de se adaptar aos modernos sistemas de movimento
modularizados e centralizados, mantendo os mais
elevados padrões possíveis de sustentabilidade e segurança.
A Continental, um dos maiores fabricantes
mundiais de equipamento original, molda ativamente
o futuro dos sistemas de travagem de amanhã, e
a sua marca aftermarket ATE fornece ao mercado
independente produtos e serviços de travagem premium.
Os travões são o elemento mais importante
da segurança ativa de condução. Até à data, têm sido
principalmente sistemas mecânicos com propulsores
de travões a vácuo e transmissão hidráulica de potência
do pedal do travão para o travão da roda. Sistemas
eletrónicos de segurança, tais como o sistema
de travagem anti bloqueio, asseguram que os travões
contribuem proactivamente para a segurança de
condução em situações de fronteira, mesmo sem intervenção
do condutor. Além disso, os travões devem
agora também contribuir para a eficiência do veículo,
ajudando a evitar emissões de CO 2 ou mesmo emissões
de partículas durante a travagem por fricção.
Com cada vez mais funções acrescentadas, a arquitetura
do veículo tornou-se uma rede complexa de
dezenas de Unidades de Controlo Eletrónico (ECUs)
dedicadas. Contudo, para realizar uma arquitetura
moderna, funções únicas, tais como o sistema de
travagem anti-bloqueio, precisam de ser integradas
numa estrutura mais centralizada, na qual existe um
computador de alto desempenho responsável por
domínio (por exemplo, infoentretenimento, Assistência
à Condução). Esta revolução arquitetónica do
controlo do movimento já começou: A Continental
forneceu o ID.3 de automóvel eletrónico da VW com
o primeiro servidor de alto desempenho do mundo
produzido em massa para automóveis. Outro desenvolvimento
importante para os sistemas de travagem
que vem com a mudança da arquitetura do veículo é
a mudança de acionamento hidráulico para eletromecânico
(travão por cabo). Esta é uma mudança
importante para as funções de condução assistida e
automatizada, bem como para a eletrificação dos veículos.
Em 80 por cento das situações de desaceleração
em automóveis elétricos ou híbridos, a travagem
de recuperação pode ajudar a recarregar a bateria enquanto
o pedal parece completamente normal para
o condutor.
No entanto, como este é um cenário futuro sobre
como o sistema de travagem pode ser concebido no
futuro, ainda há algum tempo até que a verdadeira
tecnologia de travagem por fio e a eliminação do sistema
hidráulico se torne relevante para os negócios
diários nas oficinas. O negócio diário das oficinas de
hoje centra-se nos sistemas hidráulicos de travagem
e, por conseguinte, são necessárias as peças sobressalentes
e serviços adequados. A ATE é a conhecida
marca premium da Continental que oferece a tecnologia
de travagem e os produtos de qualidade dos fabricantes
de automóveis.
64 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
MANN-FILTER’S SMART CABIN AIR SYSTEM
RECONHECIDO NA MOTORTEC
MANN-FILTER | O sistema de filtração inteligente desenvolvido pela MANN-FILTER
recebeu a Menção Especial na categoria Componentes Mecânicos da Galeria de Inovação
Motortec 2022. “Com esta menção, a MANN-FILTER recebe mais um reconhecimento pelo carácter
inovador da empresa no desenvolvimento de soluções de filtragem que visam sempre
ir além das normas, bem como pela sua orientação para a mobilidade elétrica e sustentável”,
sublinha Hélder Pereira, responsável da MANN+HUMMEL em Portugal. O Smart Cabin Air
System assegura continuamente que o ar dentro do veículo esteja sempre limpo com baixo
consumo de eletricidade, tendo em conta o desafio de combinar uma gestão adequada
da temperatura sem afetar excessivamente o consumo de energia, pelo que foi concebido
para funcionar o mais tempo possível no modo de recirculação. Por outro lado, a utilização
de inteligência artificial permite monitorizar continuamente a qualidade do ar exterior e
interior do veículo, medindo a concentração de CO 2, humidade relativa e concentração de
partículas no interior do veículo.
TAB 3G ECOTEC,
A SOLUÇÃO PARA VEÍCULOS MAIS ANTIGOS
TAB BATTERIES | lançou o seu mais recente produto no mercado: a nova TAB 3G ECOTEC. Esta
nova bateria, cuja imagem moderna está de acordo com os últimos modelos da empresa, destina-se
principalmente a veículos com mais de 10 anos de idade. Contudo, não é apenas para automóveis, pois
este modelo oferece grande versatilidade e também pode ser instalado em aplicações de lazer, marítimas
e de maquinaria. Além disso, a TAB 3G ECOTEC, com apenas 7 referências, cobre 75% do potencial
mercado de automóveis de passageiros, o que constitui um argumento forte do ponto de vista logístico.
TAB 3G ECOTEC são baterias SMF (seladas, sem manutenção) de cálcio/cálcio que estão em conformidade
com a norma europeia EN50342-6. Isto implica uma série de vantagens, tais como a ausência de gases e
de adição de água. Além disso, oferecem uma taxa de cobrança excecional que corresponde ao nível C1.
A produção destas baterias é realizada na fábrica eslovena em Mezica e cumpre as rigorosas normas de
qualidade da TAB Batteries. Isto traduz-se em fiabilidade, resistência e respeito pelo ambiente que já são
marcas distintivas da gama de baterias TAB.
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LANÇA NOVO COMPRESSOR ELÉTRICO
RPL CLIMN | A RPL Clima é uma empresa que inspira os seus clientes e com mais de 22
anos de experiência no mercado, apresenta uma linha de produtos que melhoram a eficiência
do sistema de refrigeração e que se adaptam às mais variadas situações. Neste sentido e
para complementar a sua gama de produtos para o ar condicionado automóvel, a RPL Clima
lança um novo Compressor Elétrico Universal, direcionado para os veículos de Transporte
de Frio. Para veículos que já possuem ar condicionado de cabine, este compressor é uma
solução para fazer kit´s de frio para câmaras frigorificas. As aplicações incluem os modelos
Renault Kangoo 2020, Mercedes Citan 2020 e Ford Transit Connect 2020.
Notícias
Produto
MARCA DE MAIO NA auto REcto
ZEN SA | A Auto Recto aposta na ZEN SA como marca do mês de Maio. A Auto
Recto acredita na qualidade da marca, dispondo de vários produtos nas categorias de
embraiagem e carretos da mesma. A ZEN SA é uma das empresas líderes mundiais
independentes em motores de arranque, operando no setor automotive desde 1960
sendo atualmente um grande fabricante de peças originais e reposição para o mercado
global. Com seus mais de 1000 colaboradores é, também, uma das maiores referências
nacionais na aplicação da filosofia Lean e mantém um rigoroso processo de qualidade
certificado pelas normas ISO 9001, ISO-TS 16949 e ISO 14001.
DOIS NOVOS ELEVADORES 4 COLUNAS
BREMBO LANÇA
PINÇas DE TRAVÃO
PARA COMERCIAIS LIGEIROS
A
Brembo
apresentou na Motortec Madrid a mais recente adição à sua oferta
de aftermarket: uma família inteiramente nova de pinças de travão para
veículos comerciais ligeiros. Este importante produto marca um passo em
frente na carteira de produtos da Brembo, reforçando a missão da empresa de
se tornar um fornecedor de soluções. As novas pinças derivam diretamente da
experiência da Brembo no mercado de Equipamento Original. Para além de partilharem
a mesma alta qualidade e conteúdo técnico, os novos produtos utilizam
os mesmos processos de pesquisa e fabrico que os seus homólogos do equipamento
original. Esta solução foi fabricada e testada internamente com as tecnologias
mais avançadas, que permitem aos engenheiros da Brembo avaliar o desempenho
e a reação do sistema de travagem sob uma enorme variedade de condições diferentes.
Especificamente, a solução tem origem no know-how técnico da Brembo
e é capaz de lidar com as especificidades estruturais e funcionais dos veículos comerciais
ligeiros mais populares e recentes no mercado.
KROFTOOLS | De todos os novos produtos lançados durante o passado mês de abril,
o destaque vai para o Equipamento de Oficina na secção de elevadores auto e para motos.
Sempre com o objetivo de oferecer os melhores equipamentos, a KROFtools acrescentou
dois novos elevadores de 4 colunas, com as referências 9836 e 9834, que suportam com
toda a segurança até 3,5 e 6,5 toneladas de carga máxima, respetivamente. O elevador
com capacidade de elevação de 3,5 toneladas tem uma altura de elevação de 1,82 m;
Largura total: 3,46 e Comprimento total: 5,19 m. O elevador de 6,5 toneladas tem uma
altura de elevação de 1,80 m, Largura total: 3,42 m e Comprimento total: 7,02 m.
DESENVOLVE NOVO COMPRESSOR INTELIGENTE
OSRAM | Com o novo compressor inteligente OSRAM TYREinflate Connect 650 agora é possível verificar e controlar facilmente a pressão dos pneus,
iniciar o processo de enchimento e verificar a perda de pressão dos pneus através do telemóvel. O OSRAM TYREinflate Connect 650 é um compressor de
pneus digital compatível com o aplicativo OSRAMconnect, com visor retroiluminado para medição fácil e precisa da pressão e enchimento dos pneus mostra
os valores de pressão em BAR, kPA e PSI. Uma vez conectado via Bluetooth com o telemóvel, o aplicativo pode armazenar até cinco veículos e informações
associadas e possui uma função de deteção de esvaziamento. Os respetivos dados do veículo e dos pneus associados são recuperados automaticamente
dependendo da disponibilidade ou também podem ser inseridos manualmente. Além disso, o OSRAM TYREinflate Connect 650 possui a função de desligar
automaticamente assim que a pressão predefinida é atingida.
COMERCIALIZA
SENSORES TPMS DA SKF
ALECARPEÇAS | A AleCarPeças tem disponível em stock
sensores TPMS da SKF. O sistema de monitorização de pressão de
pneus vem predefinido para se adequar a cada veículo e oferece
desempenho equivalente ao equipamento original. Este sensor tem
uma ferramenta de redefinição, luz e advertência de baixa pressão
dos pneus. O sistema inovador de monitoramento de pressão de
pneus deteta perda da pressão de enchimento dos pneus; avisa o
condutor por meio de sinal de luz quando a pressão de enchimento
dos pneus está muito baixa; evita o desperdício de combustível
devido à pressão incorreta de enchimento dos pneus; e proporciona
uma experiência de condução segura.
UFI FILTERS FORNECE
FILTROS PARA SAME
DEUTZ-FAHR
O
Grupo UFI Filters confirma-se como o único fornecedor
de filtração de gasóleo da SAME Deutz-Fahr, ampliando
a sua colaboração histórica também a produtos
dedicados à gestão térmica. O grupo italiano SAME, um
dos principais fabricantes mundiais de máquinas agrícolas,
escolheu filtros de gasóleo UFI e o intercambiador de calor
UFI para os seus novos motores FARMotion. Em particular,
os produtos da família UFI Green Farm, o pré-filtro e
o filtro da série GF100, e o pré-filtro GF1000 são instalados
em aplicações com motores FARMotion. Estes filtros
asseguram a função fundamental de separação da água do
gasóleo, utilizando membranas filtrantes desenvolvidas de
acordo com a exclusiva fórmula FormulaUFI.H2O, que garantem
a máxima eficiência de filtração em contaminantes
dos 30 aos 10 μm; o filtro secundário tem uma função de
filtração fina é desenvolvido de acordo com o FormulaUFI.
CELL, para assegurar a máxima eficiência de filtração a 4
μm. Testados e validados com a SAME, garantem até 1000
horas de trabalho.
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Notícias
Produto
APRESENTA SISTEMA CARREGAMENTO VE
HERTH + BUSS | O crescente interesse na e-mobilidade e o número crescente
de veículos elétricos está a mudar não só o tráfego rodoviário tradicional, mas
também a procura no mercado de pós-venda automóvel. A Herth + Buss tem vindo
a acompanhar este desenvolvimento há muito tempo e estamos constantemente a
trabalhar para adaptar a nossa gama de produtos às novas exigências dos condutores
e das oficinas. É por isso que a gama de produtos da Herth + Buss inclui a unidade de
carregamento NRGkick para veículos elétricos e híbridos plug-in. A NRGkick é mais
do que uma simples caixa de parede. A NRGkick permite carregar até 32 amperes e
fornece uma potência de até 22 kW. Um veículo elétrico com uma capacidade de 24
kWh pode ser totalmente carregado em pouco mais de uma hora. Isto poupa várias
horas em comparação com os cabos convencionais de carregamento de emergência.
Em vez da instalação adicional e dispendiosa das caixas de parede inflexíveis e
estações de carregamento, apenas é necessária uma tomada padrão quando se
utiliza o NRGkick. Devido aos acessórios de ficha intercambiáveis, o NRGkick é
adequado tanto para tomadas CEE32, CEE16 como para tomadas com ligação à terra.
NOVA FAMÍLIA MOLAS PNEUMÁticas
METALcaucHO | A Metalcaucho acrescentou uma nova família de produtos
ao seu extenso catálogo. As molas pneumáticas ou de gás chegam em grande
escala, com 767 novas referências, incluindo 614 para o porta-bagagens, 124 para
o capot do motor e 29 para o vidro traseiro. Uma vasta gama de opções cobrindo as
necessidades de 41 marcas de veículos. A mola de gás é constituída por um cilindro
de aço contendo um gás pressurizado e uma haste ou pistão que é inserido no
cilindro através de um anel-guia selado. Quando o gás é comprimido na entrada da
haste do pistão, é gerada uma força oposta que o faz comportar-se como uma mola.
Em comparação com um amortecedor hidráulico, isto tem várias vantagens: mais
conforto de funcionamento, mais segurança e uma vida útil mais longa. Quando a
porta traseira se fecha, o gás é pré-carregado na mola e comprimido novamente.
A Metalcaucho oferece um catálogo em PDF no qual o cliente pode encontrar rapidamente
a referência de que necessita para cada veículo. Neste catálogo encontra
uma tabela conveniente com toda a informação necessária: marca, modelo e ano do
veículo, referência Metalcaucho, medidas e diâmetros de cada peça, força de ejeção
e detalhes extra.
BOSCH APRESENTA
NOVA GERAÇÃO FILTRO
DE HABITÁCULO
A
nova geração de filtro de habitáculo da Bosch FILTER + pro atua eficazmente
contra vírus assim como evita o aparecimento de mofo. Até ao final
de 2023, o FILTER + pro irá substituir completamente o seu antecessor
dentro da gama Bosch. Na primavera, quando começa a época do pólen, cresce a
importância dos filtros de habitáculo. Os condutores estão cada vez melhor informados
à cerca dos contaminantes do ar, dos alergénios e vírus, e exigem a melhor
qualidade possível do ar no interior do veículo. Graças ao mais recente desenvolvimento
do filtro de habitáculo FILTER + pro da Bosch, as oficinas podem agora
oferecer aos seus clientes uma proteção adicional para a saúde dos ocupantes do veículo.
O novo filtro é o sucessor do FILTER + da Bosch, capaz de separar alergénios
e pólen, pó fino, bactérias e gases nocivos. Adicionalmente, a nova geração FILTER
+ pro atua eficazmente contra vírus assim como evita o aparecimento de mofo. Até
ao final de 2023, o FILTER + pro irá substituir completamente o seu antecessor
dentro da gama Bosch.
DESTACA EIXO DE TRANSMISSÃO
DIESEL TECHNIC | O eixo de transmissão é um componente importante na tração traseira e das quatro
rodas. O seu trabalho é transferir o torque do motor ou da unidade de transmissão para o diferencial do eixo.
O eixo de acionamento possui juntas universais para que o motor e o eixo não sejam conectados rigidamente.
Assim, garante a mobilidade durante o deslocamento normal e compensa as diferenças de altura. A gama DT
Spare Parts abrange mais de 170 eixos de transmissão diferentes para camiões, autocarros e comerciais ligeiros.
Para garantir a transferência de torque, todas as superfícies do flange devem estar livres de agentes antiferrugem,
lixo e massas antes da instalação. Além disso, as setas de marcação anexadas ao eixo estriado e ao cubo
estriado devem estar alinhadas uma adiante da outra. Deve-se garantir que os eixos de transmissão no estriado
não sejam separados e trocados, pois isso afetaria a qualidade do balanceamento. Uma vez instalados, os eixos da
transmissão devem ser lubrificados.
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68 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
K
AMPLIA PORTFÓLIO SENSORES PRESSÃO COMBUSTÍVEL
MS MOTORSERVICE | A MS Motorservice International GmbH continua a expandir fortemente o seu
programa de produtos na área dos sensores. O especialista em peças de reposição lança agora 13 sensores da
pressão do combustível (sensores de pressão do rail) no mercado aftermarket. Junto de muitos fornecedores,
o tubo de distribuição (rail) só pode ser adquirido como conjunto completo, incluindo todas as peças de
montagem. A Motorservice, no entanto, oferece o sensor de pressão propriamente dito como peça de reposição
separada. Assim só precisa de ser substituído o componente efetivamente defeituoso – o que é bem mais
ecológico e tem maior eficiência de custos. Para além disso, os sensores distinguem-se por uma evidente
qualidade de produto. Por último, como empresa distribuidora para as atividades de aftermarket da Rheinmetall,
a Motorservice retira grande parte da oferta diretamente do próprio grupo, ao qual pertence a filial Pierburg,
entre outras. Assim, o especialista multinacional em peças de reposição dispõe dos conhecimentos técnicos e dos
altos padrões de qualidade de um grande fornecedor internacional do ramo automóvel.
APOSTA EM NOVA GAMA DE TRANSMISSÕES
TRUSTAUTO | O Grupo TRUSTAUTO assume-se na vanguarda da distribuição de produtos para os
profissionais mais exigentes e acaba de lançar a gama TRUST PRO-Line. A nova gama de transmissões TRUST
PRO-Line, novas e reconstruídas sobre as mais exigentes normas de qualidade, garantem a máxima eficiência e
durabilidade, mantendo uma boa relação qualidade/preço. A gama TRUST PRO-Line está focada na eletrónica
(direções elétricas; bombas elétricas e eletrónicas; colunas elétricas) e hidráulica (direções monobloco; direções
mecânicas; direções assistidas; bombas de direção), transmissões reconstruídas e novas, juntas homocinéticas e
veios centrais.
ASER E NGK-NTK PARCEIRAS NO
NEGÓCIO DE IGNIÇÃO
E SENSORES
A
ASER
fechou uma parceria com a NGK-NTK para Portugal,
reforçando a sua gama de oferta com as soluções
da especialista em ignição e sensores. Com a incorporação
das marcas NGK no portfólio disponível nos seus associados
portugueses, a ASER dá continuidade à sua estratégia
de reforço da oferta, apostando em fornecedores e produtos de
qualidade, fiabilidade e performance superior. Com 80 anos
de experiência, a NGK consolidou a sua posição de mercado,
destacando-se pela elevada reputação e credibilidade junto da
indústria e das oficinas. Desempenho e fiabilidade são os dois
adjetivos que melhor descrevem as velas de ignição NGK, sendo
que os sensores NTK se afirmam pela máxima precisão. O
reforço de portfólio acompanha ainda o crescimento do Grupo
ASER que, no início deste ano, deu as boas-vindas a três novos
parceiros portugueses – Primopeças, Silvaspeças, Auto Acessórios
Formigosa – que se juntaram às empresas Humberpeças,
Samiparts, N Peças, Celparts, M Peças e ATM Peças, elevando
para nove o número de associados em terras lusas.
rodape_Nelson_Tripa.pdf 5 18/04/2022 15:15
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Gestão
COMO RESISTIR À CRISE ECONÓMICA
COLABORADORES
FELIZES E PRODUTIVOS
À LUZ DO PANORAMA ECONÓMICO ATUAL, É MAIS IMPORTANTE DO QUE NUNCA QUE AS EMPRESAS
TENHAM COLABORADORES FELIZES E PRODUTIVOS. E QUANDO TEM UMA FORÇA DE TRABALHO FELIZ
E PRODUTIVA QUE ESTÁ DESEJOSA POR CONTRIBUIR, A SUA EMPRESA CONSEGUE RESISTIR
A QUALQUER CRISE ECONÓMICA
70 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
Em qualquer economia, manter os funcionários
felizes é uma tarefa difícil. Porquê? Porque
a felicidade é, essencialmente, um trabalho
interior. Por outras palavras, a felicidade surge
do interior de uma pessoa. No entanto, os amigos, a
família e o emprego podem aumentar ou diminuir
o nível de felicidade de qualquer indivíduo. Assim,
se o local de trabalho é stressante e/ou se ocorrem
situações difíceis, tais como “traições pelas costas”
e bisbilhotices, a produção dos funcionários diminui.
Os funcionários felizes também se consideram
satisfeitos e têm uma sensação de realização no seu
trabalho. Gostam de si próprios e do que fazem, e
retiram satisfação do seu trabalho. Têm a sensação
de que aquilo que fazem é importante e significativo.
Essas emoções reduzem o stress, o que é um
fator fundamental para a produtividade. De modo
a fazer do seu local de trabalho um daqueles em
que a felicidade e a produtividade prosperam, considere
as seguintes linhas de orientação:
Seja um “bom” empregador
Um “bom” empregador é aquele que estabelece expetativas
claras para os funcionários, incluindo o
saibam que os valoriza. Caso algo corra mal ou
alguém cometa um erro, não “castigue” a pessoa.
Em vez disso, fale com ela, ensine os procedimentos
corretos, e disponibilize apoio e mais ensinamentos
quando for necessário. Lembre-se de que
castigar as pessoas apenas piora as coisas, pois o
funcionário pode ficar irritado e ressentido e pode
querer sabotar o próprio trabalho para se vingar
da empresa. Caso os erros se mantenham após a
correção, então poderá ter de avaliar essa pessoa
para se certificar de que ele ou ela é a pessoa adequada
para a função. Como empregador, tem uma
excelente oportunidade para fazer a diferença na
vida dos seus colaboradores. Isto pode consistir
num sorriso, em perguntar como está a família, ou
questionar acerca dos respetivos interesses ou problemas.
Se sentir que alguém está deprimido, ajude
essa pessoa a obter os recursos necessários, visto
que os funcionários deprimidos revelam maiores
taxas de absentismo, mais problemas de saúde, e
menor desempenho. Lembre-se de que todos nós
somos humanos a trabalhar em conjunto para
fazer face à vida. Temos de cuidar uns dos outros
para conseguirmos os melhores resultados.
QUANDO OS COLABORADORES SÃO LEAIS E DEDICADOS
À EMPRESA, OS LUCROS SÃO MAIS ELEVADOS. INVERSAMENTE,
QUANDO AS PESSOAS SE SENTEM DESMOTIVADAS OU SUBVALORIZADAS,
A EMPRESA RESSENTE-SE
que deve ser feito, até quando tem de ser feito, e para
onde vai após eles concluírem as respetivas responsabilidades.
Tendo em conta estas expetativas, tem
de definir limites claros, demonstrar uma liderança
sólida e proporcionar uma orientação adequada.
Isto significa especificar regras, regulamentos, políticas
e procedimentos. Embora possa conseguir isto
criando um manual do funcionário abrangente, um
bom empregador ou gestor também dará o seu “toque
pessoal”, falando com os funcionários em grupo
e procedendo a ajustes individuais. Independentemente
das expetativas que estabelecer, certifique-se
de que são consistentes para todos os funcionários.
Inclua coisas como entrar mais cedo, períodos de
pausa, horários de refeições, etc. Por exemplo, é
aceitável entrar mais cedo e sair do trabalho mais
cedo? As pausas são obrigatórias? Um funcionário
será penalizado caso se demore regularmente demasiado
à refeição? Quanto mais questões e expetativas
delinear, menos problemas surgirão, o que
leva a trabalhadores produtivos.
Ajude os funcionários
a sentirem-se valorizados
Seja incentivador para os seus funcionários e elogie
quando for adequado. Agradeça aos funcionários
por fazerem um bom trabalho e deixe que
Crie um ambiente produtivo
A configuração física da oficina é importante para
maximizar a produtividade. As pessoas precisam
de espaço suficiente para trabalhar, de equipamento/materiais
adequados, e de um ambiente
confortável e agradável. Certifique-se de que todo
o equipamento está concebido ergonomicamente,
de modo a que motive positivamente os trabalhadores,
ajudando-os em relação às respetivas necessidades
para fazerem o trabalho.
A ecoterapia é um outro elemento de um ambiente
produtivo. Alguns fatores da ecoterapia incluem:
• Certifique-se que dentro da oficina, designadamente
na receção, tem plantas verdes verdadeiras.
As pessoas sentem-se melhor consigo próprias,
com o seu emprego e com o trabalho que realizam
quando sentem uma ligação à natureza em seu redor.
De facto, os trabalhadores que estão perto de
plantas ou janelas revelam uma satisfação significativamente
maior com o trabalho, com o patrão e
com os colegas do que aqueles que não estão. Também
se revelam mais felizes. Se as plantas verdadeiras
não são uma opção, fotografias ou murais de
cenários ao ar livre ajudam um pouco.
• Permita que os funcionários respirem um ar de
qualidade. A poluição do ar interior é um grave
problema nas oficinas. Os purificadores de ar são
extremamente recomendáveis. Substitua os filtros
de ar regularmente, e se for possível, mantenham
as janelas abertas.
• Aproveite a luz solar real quando possível. Caso
os espaços de trabalho não tenham janelas, instale
lâmpadas de espetro total ou específicas para instalações
interiores em todos os espaços, incluindo
luzes LED por cima da cabeça.
• Disponibilize opções alimentares saudáveis no refeitório
ou na sala de descanso. A comida saudável
ajuda as pessoas a pensar melhor, melhora a disposição
e aumenta os níveis de energia. Proponha um
desafio de comida saudável no trabalho para incentivar
as pessoas a comerem melhor. De igual modo,
encomende ocasionalmente comida saudável a um
restaurante para uma refeição satisfatória.
• Permita que os funcionários personalizem o respetivo
espaço de trabalho, dentro dos limites do
razoável. Todos necessitamos de um local a que
possamos chamar nosso.
• Torne o local de trabalho favorável à família. O
equilíbrio entre a vida profissional e familiar é um
dos principais fatores de stress para as pessoas.
Portanto, conceda algum tempo aos trabalhadores
para os eventos escolares ou para ficarem em
casa com as crianças adoentadas sem terem de
recorrer a dias de baixa ou de férias. Se possível,
disponibilize cuidados infantis nas proximidades
ou no local. Algumas pesquisas revelaram que o
empregador pode subsidiar os cuidados, uma vez
que isso permite poupar muito dinheiro devido ao
menor absentismo. Incentive a licença de maternidade
total, bem como a licença de paternidade, e
tenha à disposição recursos de assistência a idosos
e serviços de orientação e/ou planos de assistência
que incluam cuidados a pessoas dependentes. l
www.jornaldasoficinas.com Maio 2022 71
Técnica
&Serviço
TEMPERATURA E HUMIDADE NO PROCESSO DE PINTURA
EVITAR DEFEITOS NA PINTURA
Colaboração centro zaragoza
www.centro-zaragoza.com
SÃO MUITOS OS FATORES QUE INFLUENCIAM O ACABAMENTO OBTIDO
APÓS UMA REPINTURA E ENTRE ELES ENCONTRAM ‐SE AS CONDIÇÕES
AMBIENTAIS DE TEMPERATURA E HUMIDADE PRESENTES DURANTE
O ARMAZENAMENTO, PREPARAÇÃO, APLICAÇÃO E SECAGEM DA TINTA.
NÃO TER EM CONTA OU NÃO CONTROLAR DE FORMA ADEQUADA ESTES FATORES
PODE PROVOCAR O SURGIMENTO DE DEFEITOS NA PELÍCULA DE TINTA
As condições ambientais ideais
para a aplicação de tinta são
uma temperatura de 20 ‐23
ºC e uma humidade relativa de cerca
de 40 ‐60%, visto que com estes valores
se consegue a viscosidade correta
da tinta para a sua pulverização, uma
velocidade adequada de evaporação
dos dissolventes e diluentes e, portanto,
uma correta propagação da
tinta. Quando estes valores atingem
valores quer altos quer baixos, isso
pode afetar o acabamento final e, inclusivamente,
o material de pintura
antes de ser aplicado.
Armazenamento
dos produtos de pintura
Para se obterem acabamentos de
qualidade é imprescindível a aplicação
de produtos em perfeitas condições
de utilização, mas isto depende
não só da qualidade em si do próprio
produto no momento da sua aquisição,
mas também do facto de estas
qualidades terem sido mantidas no
período de armazenamento. As altas
temperaturas podem afetar a tinta,
provocando um espessamento desta
(maior viscosidade), formação de peles
ou sedimentação dos pigmentos.
Inversamente, se a temperatura de
armazenamento for muito baixa, a
tinta pode acabar por se deteriorar,
sobretudo no caso de tintas de base
aquosa, que não devem ser submetidas
a temperaturas abaixo dos 5º
C, devendo ser protegidas contra a
congelação.
Por esta razão, dependendo das
condições climatéricas da zona, é
recomendável a colocação de equipamentos
de aquecimento ou armários
aquecidos nas boxes de pintura para
manter à temperatura adequada os
recipientes dos produtos de pintura.
Por outro lado, os endurecedores à
base de isocianatos, utilizados nas
pinturas acrílicas 2K, reagem com a
água ou com a humidade do ar, solidificando,
pelo que se deve ter atenção
para não deixar estes recipientes
abertos, sobretudo em ambientes
húmidos.
Preparação, aplicação
e secagem da tinta
As marcas de tinta dispõem de endurecedores
e diluentes para se adequarem
às diferentes condições de
temperatura e humidade, devendo
ser escolhida a combinação adequada
de produto + endurecedor +
diluente para evitar problemas no
acabamento. Desta forma, se a temperatura
ambiente for baixa, a viscosidade
da tinta aumenta, afetando
a sua pulverização; torna ‐se mais
lenta a evaporação dos dissolventes
e diluentes; e a secagem e cura da
tinta demoram mais. Mas as baixas
temperaturas não afetam apenas os
materiais de pintura. A carroçaria do
veículo também deverá estar a uma
temperatura adequada, visto que
caso se pinte um veículo quando está
frio, ao ser aquecido no processo de
secagem em cabina, será criada uma
fina camada de humidade que pode
provocar problemas na aplicação e
aderência da tinta e uma retenção de
humidade que pode posteriormente
gerar bolhas.
Recomendações no caso
de baixas temperaturas:
l Utilizar endurecedores e/ou diluentes
rápidos ou leves para agilizar
a evaporação e a secagem da tinta.
l Evitar a condensação de humidade
sobre a superfície do veículo a pintar.
Se este estiver frio, deverá ser introduzido
na cabine a 20 ‐25º C algum
tempo antes de ser pintado, para
atingir a temperatura ambiente. Por
este motivo, não é recomendável pintar
um veículo no Inverno no início
ou no fim do dia. Esta adaptação à
temperatura ambiente também se
pode realizar com os produtos de
pintura antes da utilização dos mesmos.
l Não adequar a mistura do produto
utilizando uma percentagem de endurecedor
superior à recomendada
nem superar a quantidade máxima
de diluente admissível segundo a ficha
técnica.
l No Inverno, prestar especial atenção
à limpeza do veículo, eliminando
com dissolventes aquosos os resíduos
AS CONDIÇÕES AMBIENTAIS IDEAIS PARA A APLICAção DE TINTA
são UMA TEMPERATURA DE 20 ‐23 ºC E UMA HUMIDADE RELATIVA DE
CERCA DE 40 ‐60%, VISTO QUE COM ESTES VALORES SE CONSEGUE
A VISCOSIDADE CORRETA DA TINTA PARA A SUA PULVERIZAção
www.jornaldasoficinas.com Maio 2022 73
TÉCNICA
&SERVIÇO
Fig. 1 – Filtro purificador de 3 etapas para fornecimento de ar limpo e seco
Vapores
orgânicos
Partículas
Óleos
Água
Entrada
de ar
Filtragem
por fricção
Purga Automática
1ª ETAPA
Filtragem por
fricção
Eliminação:
Água, Óleo
e Impurezas
Filtro coalescente
Manípulo de regulação
Purga semi -automática
2ª ETAPA
Filtragem
Coalescente
Eliminação:
Partículas até
0,01 micro
3ª ETAPA
Filtragem
carvão ativo
Eliminação:
Vapores orgânicos
e dissolventes
Saída de ar
do sal que se utiliza nas estradas.
No entanto, se a temperatura ambiente
for alta, a viscosidade da tinta diminui,
e a evaporação dos dissolventes e
diluentes, assim como a secagem da
tinta ocorrem mais rapidamente, afetando
a extensibilidade desta e, além
disso, chega mais seca ao suporte, podendo
gerar marcas de pulverização
no acabamento. De igual modo, no
caso das bases metalizadas, a secagem
mais rápida da tinta pode afetar a
deposição correta das partículas metalizadas,
afetando o brilho final e a
uniformidade do acabamento.
Recomendações no caso
de altas temperaturas:
l Utilizar endurecedores e/ou diluentes
lentos ou pesados para retardar a
evaporação e a secagem da tinta.
l No Verão, planificar adequadamente
os trabalhos de pintura, para
utilizar a cabine durante as primeiras
horas da manhã quando as temperaturas
não são tão elevadas, dando
prioridade aos trabalhos de maior
envergadura; e deixar os trabalhos
de preparação, lixamentos, massas,
aparelhos ou mascaramentos para as
horas a meio do dia ou de mais calor.
l Prestar atenção aos tempos de duração
da mistura ou “pot life”, visto
que com altas temperaturas estes
tempos sofrem reduções em relação
aos indicados na ficha técnica.
l Respeitar os tempos de evaporação
das tintas antes de as submeter às
elevadas temperaturas de secagem.
Por outro lado, uma humidade relativa
muito elevada, acima de 80%,
dificultará a evaporação e a secagem
das tintas, ao passo que um ambiente
seco agiliza estes processos, pelo que se
deve agir de forma similar ao que foi
descrito relativamente à temperatura.
Temperatura e humidade
no ar sob pressão
Embora se tenha abordado a temperatura
e a humidade como condições
ambientais no processo de
pintura, não nos podemos esquecer
destes fatores no fornecimento de ar
sob pressão. Para a correta aplicação
das tintas através de pistolas aerográficas,
a oficina deve dispor de um
fornecimento de ar limpo, sem pó
ou partículas sólidas, livre de óleos,
lubrificantes e silicones, e seco, eliminando
a humidade e as condensações.
Para eliminar esta humidade e
condensações é recomendável que na
instalação do compressor se inclua
um secador frigorífico e que no final
da linha, se disponha do correspondente
filtro purificador para a eliminação
de água (Fig. 1). Também é
importante que a temperatura deste
ar sob pressão seja controlada, não
sendo recomendáveis temperaturas
nem muito altas nem muito baixas.
Defeitos
Os defeitos mais comuns e as respetivas
causas relacionadas com condições
de temperatura e/ou humidade
não adequadas são os seguintes:
A CARROÇARIA DO VEÍCULO DEVE ESTAR A UMA TEMPERATURA ADEQUADA
QUANDO SE aplica A tinta, VISTO QUE CASO SE PINTE UM VEÍCULO QUANDO ESTÁ FRIO,
ao SER AQUECIDO NO PROCESSO DE SECAGEM SERÁ CRIADA UMA FINA CAMADA
DE HUMIDADE QUE PODE GERAR BOLHAS
Fig. 2 – Bolhas na pintura - Estas
são provocadas pela evaporação dos
dissolventes e diluentes contidos na
película de tinta ao encontrarem uma
barreira física criada pela secagem
demasiado rápida da parte mais
exterior da tinta
Fig. 3 – Escorrimentos na pintura -
Uma viscosidade da tinta demasiado
baixa e uma evaporação dos
dissolventes e diluentes demasiado
lenta podem provocar escorrimentos
nas superfícies verticais
74 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
Perda de brilho: As condições de baixa temperatura e elevada humidade
podem provocar no verniz ou esmalte monocamada uma perda de
brilho. Não é recomendável realizar uma secagem ao ar em condições
de elevada humidade nem molhar ou expor à chuva um veículo logo
após o processo de secagem, quando ainda não tiver sido alcançada
suficiente dureza, podendo surgir manchas de água na sua superfície.
Pintura baça: As nebulosidades ou opacidades que possam surgir na
película de tinta podem ser provocadas pela presença de humidade no
ar sob pressão, elevada humidade relativa no ambiente ou baixa temperatura
que favorece a humidade do ar.
Bolhas: Estas são provocadas pela evaporação dos dissolventes e diluentes
contidos na película de tinta ao encontrarem uma barreira física
criada pela secagem demasiado rápida da parte mais exterior da
tinta. Assim, uma secagem da tinta a uma temperatura demasiado alta,
uma utilização de diluentes demasiado rápidos ou uma subida excessivamente
rápida da temperatura de secagem podem provocar este defeito
(Fig. 2).
Nós damos uma mãozinha
Pele de laranja: Uma viscosidade da tinta demasiado elevada, uma evaporação
dos dissolventes e diluentes demasiado rápida ou o facto de se
pintar uma superfície quente são circunstâncias que podem provocar
o efeito pele de laranja no acabamento. Quando estes efeitos são ainda
mais acentuados, podem inclusivamente gerar o defeito de pulverização
seca nas peças pintadas.
Escorrimentos: Uma viscosidade da tinta demasiado baixa e uma evaporação
dos dissolventes e diluentes demasiado lenta podem provocar
escorrimentos nas superfícies verticais (Fig. 3).
Perda de aderência: A falta de aderência pode dever ‐se à condensação
de água na superfície a pintar nos casos de baixa temperatura e elevada
humidade. E no caso de temperaturas elevadas, pode dever ‐se a
uma aplicação demasiado seca da tinta ou a um tempo excessivo entre a
aplicação de uma demão e a seguinte ou desde a preparação da tinta 2K
até à sua aplicação, visto que diminui o tempo de vida útil da mistura.
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Falta de secagem: Caso a secagem da tinta seja efetuada a baixa temperatura
e/ou com humidade excessiva, esta não acaba de secar no tempo
indicado na ficha técnica, dando lugar a problemas posteriores nos
processos de montagem das peças (marcas), lixamento ou polimento
da pintura.
Medição da cor
Cada vez é mais habitual que a oficina utilize um espectrofotómetro como
ferramenta para a medição da cor do veículo. Na leitura da cor, para além
da calibração do equipamento e da limpeza e polimento na zona de medição,
é importante ter em conta a temperatura da superfície a medir. O
ideal é uma temperatura a rondar os 20 ± 5º C, visto que a temperaturas
extremas, a leitura pode dar lugar a valores errados. Por este motivo, não
se devem realizar medições em veículos que estejam expostos há muito
tempo a temperaturas elevadas ou baixas.
Veículos elétricos
No caso dos veículos elétricos e híbridos, é importante saber os limites de
temperatura a que as baterias dos mesmos podem ser submetidas. Estes
valores são indicados na documentação do veículo, e caso se supere o
nível máximo de temperatura estabelecido (temperatura máx. média 65º
C) durante o processo de secagem das tintas nas cabinas pode ocorrer a
deterioração da bateria, provocando uma perda de capacidade de armazenamento
de energia. Hoje em dia, este problema pode ser evitado graças
ao desenvolvimento por parte dos fabricantes de tintas de produtos,
como vernizes ou aparelhos, de secagem rápida ou a menor temperatura,
a 40º C ou à temperatura ambiente. É, portanto, recomendável a utilização
deste tipo de produtos na pintura de veículos elétricos e híbridos. l
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NOTÍCIAS // A ÁREA MAIS COLORIDA DO AFTERMARKET
repintura
AXALTA DESENVOLVE TECNOLOGIA FAST CURE LOW ENERGY
AGILIZA O PROCESSO DE SECAGEM
A
Axalta apresenta a tecnologia Fast Cure
Low Energy, que ajuda as oficinas em toda
a Europa a lidar com a crise de energia. O
custo de vida está a aumentar, mas o que está a afetar
as famílias e as empresas é a subida do custo de
energia. Em janeiro de 2022, a Zona Euro registou
um aumento de 28,6% do custo de energia. “Para
os proprietários de oficinas na região, este aumento
do custo de energia não poderia ter vindo em pior
momento. Após dois anos de dificuldades durante
a pandemia, os custos de energia estão a aumentar
sem garantias de irão diminuir. Esta última
tendência poderá ser o golpe final para algumas
oficinas. Em última instância, isto poderá obrigar
algumas oficinas a fechar as portas. Felizmente, a
Axalta Refinish está empenhada em impulsionar
inovações tecnológicas contínuas com o objetivo de
tornar todo o processo de reparação de repintura
das oficinas mais rápido, mais fácil e mais rentável.
A nossa tecnologia patenteada Fast Cure Low
Energy reduz o consumo de energia na cabina de
pintura, ao mesmo tempo que proporciona reparações
da melhor qualidade. Isto é exatamente o que
as oficinas precisam neste momento para as apoiar
durante esta crise,” afirmou Jim Muse, Vice President
da Axalta Refinish na Europa, Médio e África.
Com base na revolucionária química interna da
Axalta que utiliza a temperatura e a humidade ambiental
para agilizar o processo de secagem, o sistema
de produto completo oferece o equilíbrio ideal
entre alta velocidade e baixo consumo de energia na
secagem, ao mesmo tempo que proporciona acabamentos
da melhor qualidade. Está comprovada que
reduz os custos de energia de uma estufa de secagem
por gás direto em aproximadamente 75% com
base num ciclo de secagem normal de 30 minutos a
60ºC. É o único sistema de repintura que pode ser
seco a baixas temperaturas ou a uma temperatura
de ar seco de 20ºC e ter ainda a produtividade dos
sistemas tradicionais.
As oficinas podem optar por utilizar esta rapidez de
desempenho para oferecer serviços de reparação rápidos
que aumentarão a sua rentabilidade. “A nossa
tecnologia Fast Cure Low Energy é exclusiva. Numa
altura em que as oficinas estão a enfrentar uma crise
de energia significativa que absorverá as margens
que já estão sob pressão, é a ajuda que esperavam
da Axalta Refinish,” acrescentou Jim Muse. A tecnologia
Fast Cure Low Energy também permite às
oficinas reparar veículos elétricos sensíveis à temperatura,
e cuja popularidade está a aumentar.
Esta tecnologia patenteada é oferecida pelas três
premium da Axalta: a Cromax, a Spies Hecker e a
Standox.
76 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
BASF IBERIA E ESADE
REFORÇAM COMPROMISSO COM O TALENTO
BASF IBERia | A BASF Iberia e a Esade renovaram o seu acordo de colaboração pelo qual a empresa
química multinacional continuará a promover projetos de investigação e debate social da Cátedra de
Liderança e Sustentabilidade da instituição. A empresa química irá promover projetos de investigação
e debate social da Cátedra Esade de Liderança e Sustentabilidade e irá reforçar o Programa de Bolsas
de Estudo para atrair talento e diversidade para a nova Licenciatura em Liderança Transformacional e
Impacto Social da instituição. Além disso, a BASF irá colaborar com o Programa de Bolsas de Estudo Esade
para promover a igualdade de oportunidades, inclusão e diversidade na sala de aula, ajudando jovens
talentosos com recursos económicos limitados a estudar o Grau Esade em Liderança Transformacional
e Impacto Social. O director-geral da BASF em Espanha, Carles Navarro, salientou a importância de
promover e reforçar a colaboração entre o setor educativo e o mundo empresarial, e de o fazer com o
objetivo de ligar o conhecimento académico à contribuição de uma sociedade mais justa e sustentável
baseada na liderança.
APOSTA EM VERNIZ “2 EM 1”
Sikkens | A Sikkens desenvolveu um verniz inovador, o Autoclear Aerodry, que permite
maximizar a produtividade e os lucros da oficina de pintura. É um verniz inovador desenvolvido
para combinar o melhor dos dois mundos num único produto. Com esta nova aposta da marca,
o utilizador pode decidir entre diferentes métodos de secagem, de acordo com o tamanho da
reparação e das necessidades do fluxo de trabalho. As opções variam desde a secagem apenas
durante cinco minutos a 60 °C até a secagem à temperatura ambiente durante 45 minutos.
Independentemente da escolha, este produto robusto oferece a qualidade de acabamento
brilhante premium, tão habitual da Sikkens. Além de otimizar a utilização das cabines de
pintura, o Autoclear Aerodry economiza tempo, energia e trabalho durante todo o ciclo de
reparação. Um rácio 100:100 simples torna a mistura rápida e livre de erros. A aplicação e a
mistura são fáceis e diretas e, durante o trabalho em vários painéis, não há necessidade de
evaporação entre demãos, o que permite uma aplicação única.
RENOVA WEBSITE E MELHORA CANAIS COMUNICAÇÃO
ZAPHIRO | O especialista em produtos e equipamentos para repintura automóvel, ZAPHIRO, lança um
novo website com um design altamente visual, multilingue e reativo, otimizado para todos os tipos de
dispositivos. O novo website ZAPHIRO (zaphirogroup.com) confirma o empenho da empresa espanhola
na digitalização de oficinas aftermarket, bem como na comunicação omnicanal com os seus clientes,
ao mesmo tempo que proporciona um acesso mais rápido e direto a todos os seus produtos, serviços e
conteúdos exclusivos. O novo website apresenta o catálogo completo de produtos agrupados em dois
grandes blocos. O primeiro, sob a sua própria marca de qualidade “ZAPHIRO”, está estruturado de acordo
com a categoria a que pertencem: abrasivos, desbastadores, fitas de máscara, limpeza, ferramentas, etc.
O segundo bloco inclui as marcas internacionais representadas pela ZAPHIRO em Espanha e Portugal.
Estes incluem a prestigiada DeVilbiss, pistolas de pulverização, peças sobressalentes e filtros de ar
comprimido.
GLASURIT CLASSIC CAR COLORS
NA TECHNO-CLASSICA
Glasurit | A Glasurit Classic Car Colors apresentaou o Citroën B2 10HP Model K1
autenticamente reconstruído, também conhecido como Scarabée d’Or (Golden Scarab), na
Alemanha, na feira Techno-Classica em Essen, que decorreu de 23 a 27 de março. O Scarabée
d’Or, foi reconstruído como parte do compromisso da Glasurit em promover jovens talentos em
colaboração com o famoso clube Des Voitures & des Hommes (“Of Cars and People”) em França.
Juntamente com 160 alunos da renomada escola de engenharia Arts et Métiers et du Lycée
Professionnel des Métiers de L’automobile Chateau d’Epluches, um veículo original do tipo B2
foi parcialmente desmontado, analisado e digitalizado usando métodos de ponta, antes de
ser reconstruído com precisão num processo que totalizou 50.000 horas de trabalho. A Glasurit
especificou a tonalidade de cor autêntica “Blanc Sahara” a partir da pintura residual do veículo e
de fotografias históricas, antes de o reconstruir com materiais modernos. O antigo logotipo foi
restaurado através da aplicação de pincel com tecnologia de pintura real para obter precisão de
cores e fornecer uma aparência antiga em cooperação com a escola de arte l’Ècole d’Art Mural
de Versailles.
www.jornaldasoficinas.com Maio 2022 77
Gestão
deve sentir que a avaria do respetivo
veículo tem prioridade ou que, pelo
menos, foi atendido com profissionalismo
desde o início.
COMO TIRAR PARTIDO DO MARKETING RELACIONAL
FIDELIZAÇÃO
DE CLIENTES
NEM TODAS AS ESTRATÉGIAS DE MARKETING SE DESTINAM A ATRAIR
CLIENTES. NALGUNS CASOS, A SUA FUNÇÃO É FIDELIZÁ ‐LOS. É ESSE O CASO
DO MARKETING RELACIONAL. EM SEGUIDA, INDICAMOS COMO O PODE
IMPLEMENTAR NA SUA OFICINA PARA TIRAR O MÁXIMO PROVEITO DO MESMO
E AUMENTAR AS SUAS VANTAGENS
O
marketing relacional é aquela
estratégia de promoção cujo
objetivo não é conseguir novos
clientes, mas sim fidelizar os já
existentes. Isto consegue ‐se estabelecendo
relações mais próximas entre
a empresa e o cliente, disponibilizando
um serviço personalizado ou
utilizando os canais de comunicação
adequados.
Por outras palavras, o marketing relacional
procura criar um vínculo entre
a empresa e os respetivos clientes com
o objetivo de que estes regressem.
Para isso, é necessário corresponder
às expetativas dos clientes e fazer
com que se estabeleça uma relação de
bem ‐estar e confiança com a marca.
Numa oficina de reparação de veículos,
o cliente passa por diferentes
fases desde que solicita previamente
uma marcação até que o respetivo
veículo é reparado. Vejamos como o
marketing relacional pode ajudar a
que este processo seja mais satisfatório
para o cliente e este queira assim
repetir a experiência
O marketing relacional
bASEIA ‐se em dois conceitos
básicos:
l Viagem do cliente: dentro da “viagem
do cliente” ou “customer journey”
incluem ‐se todos aqueles serviços que
implicam uma interação com o cliente
dentro da empresa. Trata ‐se do conjunto
de experiências que um cliente
vive desde o seu primeiro contacto
com uma empresa até conseguir (ou
não) o produto ou serviço pretendido.
l Momento de interação: também
chamado momento da verdade, consiste
na interação propriamente dita
que o cliente tem com os diferentes
serviços disponibilizados na viagem
do cliente. Destas interações depende
a imagem que o cliente acaba por
ter da empresa.
Solicitação
de marcação prévia
Deve ser fácil para o cliente fazer
uma marcação na oficina. É recomendável
disponibilizar diferentes
canais para que o utilizador possa
solicitar a respetiva marcação e para
que saiba qual o tempo de espera ou
se a oficina tem disponibilidade. Alguns
canais para solicitar uma marcação
prévia podem ser o website da
oficina, o correio eletrónico, o telefone
ou até o WhatsApp.
Receção do veículo
O marketing relacional está estreitamente
relacionado com a experiência
do cliente na oficina. Desde o preciso
momento em que entra na oficina,
o cliente deve sentir que os profissionais
estão ali para o ajudar. Não
é recomendável que o cliente fique
muito tempo a aguardar que um
funcionário o atenda. Pelo contrário,
Serviço de quALIDADE
Obviamente, um dos fatores mais
importantes no momento de estabelecer
uma relação mais próxima
com os clientes é a qualidade do serviço.
Tanto as reparações mecânicas
como os serviços de chapa e pintura
(em função do tipo de oficina) devem
ser realizados com esmero e detalhe.
Por outro lado, é imprescindível ser
transparente e sincero com o cliente.
Por exemplo, informar que numa
revisão a fundo foram encontrados
novos problemas mecânicos e que o
custo da reparação será superior ao
indicado inicialmente.
Descontos e promoções
para clientes
Outra tática do marketing relacional
para fidelizar clientes é disponibilizar
aos mesmos ofertas recorrentes
e promoções especiais. É uma forma
de agradecer a confiança dos mesmos
na empresa e um modo de conseguir
que continuem a ser fiéis à oficina.
Pode oferecer desde cartões de
desconto até trabalhos de mecânica
rápida gratuitos, ou ainda pequenos
presentes ou ofertas.
Acesso a INFOrmação exclusiva
Alguns clientes da oficina gostam de
estar informados sobre novidades,
notícias, descontos ou promoções.
Conhecer os seus clientes é essencial
para lhes oferecer informação
que lhes interesse e que lhe permita
fidelizá ‐los. Por exemplo, caso tenha
uma oficina para entusiastas de ralis,
pode ser interessante informar
os seus clientes, por WhatsApp, que
chegou uma nova remessa de peças
de competição.
Em resumo, o marketing relacional
também é muito útil e vantajoso
num oficina de automóveis. De facto,
pode ‐se afirmar que esta estratégia
de marketing se aplica desde que o
cliente entra até que sai da oficina, e
até antes e depois. O fundamental é
que seja devidamente utilizada para
retirar vantagens da mesma. E não
se esqueça de outras ferramentas que
o podem ajudar a estreitar laços com
os clientes, como a utilização das redes
sociais. l
78 Maio I 2022 www.jornaldasoficinas.com
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