Revista Coamo edição Abril de 2022
Revista Coamo edição Abril de 2022
Revista Coamo edição Abril de 2022
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CREDICOAMO LANÇARÁ NOVO APLICATIVO E CARTÃO DE CRÉDITO
revista
www.coamo.com.br
abril/2022 ano 48 edição 523
MERCADO
Eventos apresentam
tendências de
comercialização
VIA SOLLUS
Corretora de Seguros
comemora 14 anos
Fernando Rocha Driessen,
cooperado em Palmital (PR)
UM OLHAR NO AMANHÃ
Processo de sucessão tem sido cada vez mais frequente nas propriedades
rurais, oportunidade de dar continuidade às atividades iniciadas pelas famílias
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F d ù Coamo Alimentos
Alimentos que
transformam
vidas.
expediente
Órgão de divulgação da Coamo
ano 48 | edição 523 | abril de 2022
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO
Ilivaldo Duarte de Campos, Wilson Bibiano Lima, Ana Paula Bento Pelissari Smith,
Antonio Marcio dos Santos, Ruthielle Borsuk da Silva, Raquel Sumie Eishima,
Aline Aristides Bazán, Marcos Gabriel Batista dos Santos e Kamilly Santana
Cazotto.
Contato: (44) 3599-8129 - comunicacao@coamo.com.br
Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte de Campos
Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima, Ana
Paula Bento Pelissari Smith, Ruthielle Borsuk da Silva e Ilivaldo Duarte de Campos
Edição de fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima
Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento de Negócios Publicitários
Contato: (11) 5092-3305
Contato publicitário: Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457
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não exprimem, necessariamente, a opinião da Revista Coamo.
COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA
SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 - Caixa Postal, 460 - www.coamo.com.br
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presidente: Engenheiro Agrônomo, José Aroldo Gallassini. MEMBROS VOGAIS: Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Ricardo Accioly Calderari,
Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Emilio Magne Guerreiro Júnior, Wilson Pereira de Godoy, Rogério de Mello Barth e Adriano Bartchechen.
CONSELHO FISCAL: Jonathan Henrique Welz Negri, Igor Eduardo de Mello Schreiner e Pedro Augusto Brunetta Borgo (Membros Efetivos). Angelo Mauro Zanin, Danilo Henrique
Rosolem e Cláudio Fulaneto Junior (Membros Suplentes).
DIRETORIA EXECUTIVA: Presidente Executivo: Airton Galinari. Diretor Administrativo e Financeiro: Antonio Sérgio Gabriel. Diretor Comercial: Rogério Trannin de Mello.
Diretor Industrial: Divaldo Corrêa. Diretor de Logística e Operações: Edenilson Carlos de Oliveira. Diretor de Suprimentos e Assistência Técnica: Aquiles de Oliveira Dias.
Extensão Territorial: 4,5 milhões de hectares. Capacidade Global de Armazenagem: 6,59 milhões de toneladas. Receita Global de 2021: R$ 24,666 bilhões.
Sobras liquidas: R$ 1,835 bilhão. Tributos e taxas gerados e recolhidos em 2021: R$ 534,940 milhões. Cooperados: mais de 30 mil. Municípios presentes: 73. Unidades: 111.
abril/2022 revista
3
sumário
30
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SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO.
ATENÇÃO
4 revista
/uplbr
abril/2022
/brasilupl
upl-ltd.com/br
índice
Entrevista
10
Roberto Adade, presidente da DSM América Latina, é o entrevistado do mês. Para ele, o agronegócio
brasileiro é a principal locomotiva da economia brasileira, contribuindo para o desenvolvimento do país
Sucessão no campo
14
A reportagem principal da Revista Coamo aborda a sucessão no campo. Uma prática comum, onde
os mais jovens assumem as propriedades e dão continuidade às atividades agrícolas da família
24
Jovens Líderes Cooperativistas
Cooperados de várias regiões da Coamo estão participando da 26ª edição
do curso de formação de Jovens Líderes Cooperativistas. Um programa que
ajuda no desenvolvimento para a gestão e sucessão das propriedades
Via Sollus
42
Corretora de Seguros completa 14 anos de existência neste mês de maio, e oferece dezenas de
serviços relacionados a diversos seguros para cooperados, funcionários e comunidade em geral
Credicoamo
Na entrevista de 26 de abril durante o “Momento Coamo” no canal da Coamo no YouTube, o
presidente Executivo da Credicoamo, Alcir José Goldoni, anuncia novidades aos associados
Caminhão Conceito
44
58
A Coamo está participando de um projeto único no Brasil. Por meio da parceria com a Volvo, Randon,
Hyva e Continental, recebeu um avançado caminhão-conceito, com uma série de novas tecnologias
abril/2022 revista
5
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governança
Plano Safra 2022/2023 e o seguro agrícola
O
governo irá lançar em
breve as medidas para
o Plano Agrícola Safra
2022/2023 e o setor agrícola
aguarda com expectativa para
saber quais serão os volumes
e as taxas de juros. No caso da
Coamo, estamos acompanhando
sempre o mercado, negociamos
com as empresas parceiras e lançamos
o Plano Safra da cooperativa,
que se tornou tradição ao
longo dos anos.
O cenário está diferente e
o momento é de atenção em função
da guerra entre Rússia e Ucrânia
- Importantes exportadoras de
fertilizantes-, e dos impactos que
esse conflito mundial está provocando
em aumentos dos preços
e dos custos de produção para a
próxima safra.
Outro aspecto a ser considerado
é a comercialização. Na safra
anterior, por exemplo, o cooperado
vendeu a produção em ritmo
mais lento, bem abaixo dos volumes
registrados em outros anos.
A soja chegou a atingir R$
200,00 a saca, mas o volume de
vendas foi inferior ao que o mercado
esperava. Porém, é difícil o
produtor saber quando vender e
quanto subirá a soja, por exemplo.
Por isso, sempre recomendamos
que as vendas sejam feitas em
razão dos custos de produção, e
assim, será possível fazer uma boa
média de preços durante o ano.
Mas a decisão será sempre e unicamente
do cooperado, que irá
vender no momento e na quantidade
que ele melhor entender,
der acordo com as suas necessidades.
A nossa missão é agregar
renda aos cooperados, e no caso
da Credicoamo o trabalho é realizado
por meio de soluções financeiras
sustentáveis. Pensando nos
cooperados que tiveram perdas
pelas frustrações seguidas do ano
passado e deste ano, em várias regiões,
nas culturas de soja, milho
e trigo, a cooperativa de crédito,
que está sempre junto com eles,
lançou duas linhas de crédito para
beneficiar os produtores associados
com ou sem financiamento
e com ou sem contratação de seguro
agrícola. Esta é uma medida
emergencial para apoiá-los e possibilitar
capacidade de pagamento
para quitação dos débitos da
safra 2021/2022. E no caso dos segurados,
é uma linha que antecipa
recursos enquanto eles aguardam
a liberação das indenizações pelas
seguradoras.
Comprovadamente, a realidade
atual mostra a importância
da contratação de seguro como
medida de proteção e indutora
de tecnologia, o qual deve ser incorporado
ao custo de produção
e usado em caso de necessidade.
Com o seguro, os produtores evitam
maiores prejuízos e não ficam
endividados, haja vista que, com
as indenizações podem pagar as
contas da safra e prosseguir nas
suas atividades.
"Recomendamos
sempre que as vendas
sejam feitas em
razão dos custos de
produção, e assim, será
possível fazer uma
boa média de preços
durante o ano."
JOSÉ AROLDO GALLASSINI,
Presidente dos Conselhos de Administração Coamo e Credicoamo
abril/2022 revista
7
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08058 ©Syngenta, 2022.
gestão
A volta dos eventos presenciais e a participação dos cooperados
Educação, formação e informação, é o 5º princípio
do cooperativismo e vem sendo colocado
em prática pela Coamo desde a sua fundação.
Antes mesmo da criação da cooperativa, por meio
das diversas reuniões de mobilização junto aos produtores,
coordenadas pelo engenheiro agrônomo
José Aroldo Gallassini que, recém-formado em agronomia,
iniciou suas atividades na Acarpa (Emater).
Durante esses dois anos com um período indesejável
convivendo com a pandemia (Covid-19),
realizamos muitos eventos virtuais com absoluto sucesso.
Por meio deles, alcançamos milhares de cooperados
e familiares. Com as medidas preventivas e
os cuidados sanitários, continuamos a praticar o 5º
princípio cooperativista estreitando os laços e fortalecendo
o relacionamento com os cooperados.
Nesse período intensificamos a comunicação
pelos vários canais, com fácil acesso e participação
da família cooperativista. Uma das novidades
foi a otimização do canal da Coamo no Youtube com
publicações semanais.
Uma das novidades em nosso canal foi a
criação do “Momento Coamo”, com a produção e
veiculação às terças-feiras, às 19h, de entrevistas
com as diretorias da Coamo e da Credicoamo. O objetivo
é levar informações importantes e oportunas
da situação das cooperativas e do agronegócio para
conhecimento e participação dos cooperados.
A partir da segunda quinzena do mês de
abril, retomamos os eventos presenciais com foco
nas áreas Técnica e Cooperativismo em todas as regiões
da Coamo. Esperamos como nos anos anteriores,
que seja grande a presença dos cooperados
e familiares, que também estavam com saudades
desse tipo de encontros. Mas isto não quer dizer,
que deixaremos de promover eventos virtuais. Pelo
contrário, alguns eventos poderão ser presenciais e
transmitidos no formato digital.
O mercado agrícola foi tema de alguns dos
eventos virtuais disponibilizados aos cooperados.
No último dia 19 de abril, por exemplo, o professor
Alexandre Mendonça de Barros mostrou o cenário
"Convidamos cooperados e
a família cooperativista para
continuarem conectados
e participando dos nossos
eventos, sejam presenciais
ou virtuais, para ampliar o
conhecimento."
atual que é impactado pela guerra entre Rússia e
Ucrânia e provoca alta nos preços dos insumos.
Vamos seguir em frente com a certeza de
que quanto maior for a participação dos cooperados
na vida da Coamo, mais forte e sólida ela será e
eles também. Por isso, convidamos os cooperados e
a família cooperativista para que continuem conectados
e presente nos eventos, sejam eles presenciais
ou virtuais, para aprender sempre, trocar experiências
e ampliar o conhecimento sobres tecnologias,
gestão e empreendedorismo visando a melhoria
nos processos da atividade agropecuária.
AIRTON GALINARI
Presidente Executivo da Coamo
abril/2022 revista
9
entrevista
MAURÍCIO ADADE
Presidente da DSM América Latina
“O agronegócio é a principal locomotiva da economia do Brasil.”
“
A
parceria da DSM com a
Coamo nos dá a oportunidade
de estar conectados
com os pequenos e médios
produtores. É um canal para que
os nossos produtos cheguem na
ponta, nas mãos dos pecuaristas.”
A afirmação é do engenheiro
de alimentos Roberto Adade,
presidente desde 2015 da DSM
América Latina. Ele é responsável
pela implementação de estratégias
regionais de 16 países e
liderando mais de 2 mil pessoas.
Com a aquisição da marca
Tortuga, a DSM passou a ser a
maior indústria de suplementos
nutricionais para gado de corte
e de leite. “Estamos contribuindo
para o progresso da produção
animal do Brasil.”
Em 2017, Adade foi
"Chefe oculto" no quadro veiculado
no programa Fantástico, da
TV Globo. “A melhor forma de liderar
é motivar as pessoas e as
equipes para que se mantenham
conectadas, que colaborem entre
si e que se ouçam. Criar times
de alta performance e ser um
coach, e não um “chefe”, é fundamental”,
afirma Adade.
Revista Coamo: Conte-nos um pouco
da DSM e sua principal missão.
Maurício Adade: Desde a nossa
criação, há mais de um século,
como Dutch States Mines, transformamos
nossa atuação em algo
realmente brilhante: uma empresa
global, de base científica, especializada
em garantir que o mundo
seja mais saudável, sustentável e
seguro. Desde então, evoluímos
para uma empresa científica orientada
por objetivos e especializada
em soluções de Nutrição, Saúde
e Biociência. Nosso propósito é
criar vidas mais brilhantes para todos,
por isso, o novo significado
que nosso nome assumiu: “Doing
Something Meaningful”, ou seja,
“Fazendo Algo Significativo”, é
realmente muito importante para
nós, pois é o que fazemos todos
os dias. A DSM está presente em
cinco continentes, em mais de 50
países, com mais de 21 mil colaboradores
em todo o mundo. Na
América Latina, somos mais de
duas mil pessoas e no Brasil cerca
de 1.400 colaboradores. Gerenciamos
500 Marcas Registradas e
contamos com 2.500 patentes e
inovações pelo mundo. Participamos
de mais de 100 parcerias e
colaboramos com cerca de duas
mil faculdades e universidades ao
redor do mundo.
RC: Desde quando a DSM está na
América Latina e no Brasil?
Adade: Começamos na década de
1980, com foco em importações de
matérias-primas. Especificamente
no Brasil, nossa história começou no
Sul, onde adquirimos primeiramente
uma unidade de elastômeros para
atender à indústria automobilística
no Brasil e no exterior. Evoluímos e
procuramos por atividades mais ligadas
ao nosso propósito, inspirada
pelo pensamento de Bright Science.
Brighter Living. Isso quer dizer que
toda estratégia de negócio da DSM
é focada no conceito People, Planet
e Profit, ou seja, o desenvolvimento
das nossas soluções é focado na
sustentabilidade para trazer benefícios
sociais, ambientais e econômicos.
Usamos a ciência para criar
soluções para superar os desafios
atuais, possibilitando uma redefinição
de como vivemos e trabalhamos
hoje para fomentar um ambiente
mais próspero e sustentável para
toda a sociedade. Neste sentido, em
10 revista
abril/2022
2003, adquirimos globalmente os
negócios de vitaminas e produtos
químicos da Roche e nos tornamos
líderes em Nutrição Humana e Animal
na América Latina, com forte
atuação em toda a região, desde o
México até a Argentina. Em 2013, a
aquisição da empresa familiar brasileira
Tortuga® nos posicionou como
líderes no mercado de suplementos
nutricionais para gado de corte e de
leite. E, em 2020, adquirimos globalmente
os negócios Biomin e Romer
Labs, do Grupo Erber, fortalecendo
ainda mais a nossa expertise científica
e reputação como uma fornecedora
líder em soluções de saúde e
nutrição animal para produtividade
e sustentabilidade agrícola.
RC: Qual a participação do Brasil
nos negócios da DSM?
Adade: O Brasil é um polo estratégico
para a DSM na América Latina,
justamente pela força que temos
com a Tortuga. Contribuímos positivamente
com o agronegócio brasileiro.
Nosso negócio de Nutrição
e Saúde Animal atua em 19 países
latino-americanos e representa em
torno de 65% do faturamento da
DSM América Latina.
Maurício Adade é formado em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas
– UNICAMP, tem MBA em Administração de Empresas pela Escola Superior de Propaganda &
Marketing (ESPM) de São Paulo. Iniciou sua carreira em 1988 como gerente técnico da Roche
Vitaminas. Em 1992 aceitou seu primeiro desafio internacional sendo nomeado diretor de Nutrição
Humana e Saúde da Roche no México, onde ficou por seis anos, mas também atuou em Cingapura
e na Suíça, onde foi vice-presidente da Global Industry Unit Food Pharma da Roche Vitaminas.
Na DSM, iniciou em outubro de 2003, ainda na Suíça, com a aquisição da Roche Vitaminas, foi
nomeado vice-presidente executivo e chefe de marketing global da DSM Nutritional Products. Em
janeiro de 2006, passou a ser o presidente da área de Nutrição Humana e Saúde Global da DSM. Em
2010, foi para a Holanda assumir o cargo de Chief Marketing Officer da DSM na matriz. Em 2015,
voltou ao Brasil e assumiu o cargo atual de presidente da DSM América Latina, sendo responsável
pela implementação de estratégias regionais de 16 países e liderando mais de 2 mil pessoas.
Membro do Conselho Consultivo da ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos);
Presidente do Conselho Diretor da ABBI (Associação Brasileira de Bioinovação); Membro do Legado
dos CEOs da Fundação Dom Cabral; e Membro do Board do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro
para o Desenvolvimento Sustentável).
RC: Como surgiu a aquisição da
marca Tortuga no Brasil e quais os
resultados desta iniciativa?
Adade: A marca Tortuga® surgiu
em 1954, fundada pelo imigrante
italiano Fabiano Fabiani e, desde
abril de 2013, Tortuga® passou a ser
uma marca da DSM. Daí em diante,
comercializamos os produtos no
Brasil e em 17 países da América
Latina, com a exclusiva tecnologia
dos Minerais Tortuga, atendendo
às exigências e as necessidades
abril/2022 revista 11
“UM LÍDER NUNCA PODE ESQUECER DA IMPORTÂNCIA DAS
RELAÇÕES HUMANAS E DAS CONEXÕES EMOCIONAIS.”
dos pecuaristas. Essa decisão foi
um passo importante na história da
DSM, assim como uma oportunidade
de estarmos em um segmento
que é um dos mais significativos
da agropecuária brasileira. Com a
aquisição da marca, a DSM passou
a ser a maior indústria de suplementos
nutricionais para gado de
corte e de leite e tem contribuído
decisivamente para o progresso da
produção animal do Brasil.
Roberto Adade, presidente desde 2015 da DSM América Latina
RC: Como a empresa oferece soluções
inovadoras e cria valor sustentável
para os seus negócios?
Adade: A DSM entende a Sustentabilidade
como uma linha comum
que percorre todas as suas atividades
há muitos anos, compreendendo
que temos o poder para transformar
positivamente a vida das pessoas e
do planeta. Em 2021, anunciamos
uma decisão estratégica de focar
totalmente nossos recursos e capacidades
para enfrentar os desafios
sociais e ambientais urgentes ligados
à forma como o mundo produz
e consome alimentos. Definimos e
assumimos uma série de novos compromissos,
a fim de contribuir significativamente
para a Saúde das Pessoas,
Saúde para o Planeta e Meios
de subsistência saudáveis.
“O produtor brasileiro
está muito mais exigente
em relação a qualidade
dos produtos e serviços.
Ele vêm evoluindo e
aumenta ano a ano à
medida que cresce a
produção tanto de carne
quanto de leite.”
RC: Como melhorar o desempenho
em mercados como os de
alimentos e suplementos nutricionais?
Adade: O mercado de nutrição
tem um futuro brilhante pela frente.
Percebemos que os produtores
estão conseguindo entender
os benefícios da ciência que está
por trás dos produtos, bem como
as vantagens em termos de rentabilidade
e desempenho animal.
Obviamente, com o aumento dos
insumos e matérias-primas, o custo
final aumenta e é um desafio ao
produtor. No entanto, lá na ponta,
o investimento em nutrição tem
valido a pena. Graças à ciência,
conseguimos garantir ótimo desempenho
e melhoria na saúde e
do bem-estar animal, além do aumento
da produtividade e do lucro
ao produtor.
RC: Como analisa a atuação do
produtor que tem na pecuária o
seu principal negócio?
Adade: O produtor brasileiro está
muito mais exigente em relação a
qualidade dos produtos e serviços.
Ele vem evoluindo, assim como
sua produtividade que aumenta
ano a ano à medida que cresce a
produção tanto de carne quanto
de leite e, ao mesmo tempo, está
reduzindo a área de pastagem,
cuja parte está voltando para reflorestamento
e a outra se transfor-
12 revista
abril/2022
mando em agricultura. Essa evolução
está acontecendo por conta
da gestão, da melhoria no manejo
e no uso de tecnologias. Empresas
como a DSM, em parceria com
cooperativas como a Coamo, são
importantes catalisadoras deste
momento, pois oferecem orientações
técnicas e nutricionais para os
produtores, ou seja, um serviço de
extensão rural para que essa transformação
aconteça para dentro da
porteira. A DSM dá a Coamo acesso
a soluções inovadoras para que
essa transformação aconteça de
forma mais fluida e bem-sucedida.
RC: Em 2017, o senhor foi "Chefe
oculto" em quadro do programa
Fantástico. Como foi esta experiência?
Adade: Foi uma experiência transformadora
de vida, pois nada melhor
que ocupar novos lugares
para enxergar o negócio por uma
outra perspectiva. Posições de liderança,
assim como a minha, têm
dificuldade de se conectarem com
as pessoas que realmente fazem
parte do sucesso do negócio. Eu
tive essa oportunidade e vi de perto
a importância desse compromisso.
A vivência como funcionário
recém-contratado me rendeu boas
reflexões e consciência da minha
responsabilidade como líder da
DSM, assim como ideias para melhorar
o ambiente de trabalho e o
compromisso ético com o desenvolvimento
das pessoas. Foi surpreendente
e enriquecedor.
RC: Como foi sentir o peso das
tarefas mais simples e descobrir o
dia a dia dos funcionários?
Adade: Não foi uma tarefa fácil.
Em alguns momentos o cansaço
se tornou um empecilho. Porém, o
mais difícil foi esconder o disfarce!
No entanto, foi muito valioso ver de
perto o comprometimento dos colaboradores
com o trabalho. Eu vi
nas pessoas não somente o entendimento
do propósito da companhia,
mas também o compromisso
de fazer dela uma extensão da família.
Isso faz toda a diferença. Coisas
que, no dia a dia empresarial, com
metas a serem cumpridas, a gente
esquece. Resgatar essa parte do
relacionamento e do entendimento
humano têm um valor incrível.
RC: Quais são os principais erros praticados
pelos gestores que impactam
no ambiente organizacional?
Adade: A vida é uma eterna jornada
de aprendizagem. Para isso, acredito
ser essencial ter flexibilidade e
humildade. Qualquer profissional
precisa estar sempre disposto a
aprender algo novo para, inclusive,
acompanhar o ritmo intenso das
transformações do mercado. Não
nos esqueçamos que aprendemos
muito quando erramos e só erra
quem faz! Por isso, é importante
nos reinventarmos a cada dia para
poder internalizar os aprendizados
e colocá-los em prática.
“A parceria de longa
data com a Coamo
possibilita a capilaridade,
graças ao grande
alcance e capacidade da
cooperativa. As nossas
equipes explorando
essa sinergia, permitem
a longevidade dessa
parceria.”
RC: Como percebe o cooperativismo
para o desenvolvimento dos
cooperados e do país?
Adade: É fundamental. Trazendo à
tona, como exemplo, a importância
da aquisição da marca Tortuga para
a DSM: o modelo B2F chamou a
nossa atenção. Como empresa, não
temos a possibilidade de estar em
todos os lugares ao mesmo tempo;
daí a importância do cooperativismo
agropecuário para disseminar
conhecimento e tecnologia, contribuindo
para o desenvolvimento
dos cooperados e para o sucesso
de toda a cadeia produtiva.
RC: Há 40 anos existe a parceria
entre a DSM e a Coamo. Como
analisa esta parceria e os resultados?
Adade: O ponto mais importante
é justamente esse: de conseguirmos
atingir todos os produtores
independentemente do seu porte.
Essa parceria de longa data com a
Coamo nos possibilita essa capilaridade,
graças ao grande alcance
e capacidade da cooperativa. As
duas equipes, Coamo e DSM, explorando
essa sinergia, permitem
a longevidade dessa parceria.
abril/2022 revista 13
SUCESSORES PROMISSORES
Passar a propriedade de uma pessoa para outra, entre as famílias vem de
longa data. Com tempo essa prática se tornou mais profissional, e eles
deixaram de ser apenas herdeiros e passaram a ser sucessores
14 revista
abril/2022
sucessão
Fernando Rocha Driessen,
cooperado em Palmital (PR), é
um dos exemplos de sucessão
no campo
A
sucessão no campo é
um assunto que sempre
está presente nas rodas
de conversas no campo. Passar
a propriedade de uma pessoa
para outra, entre as famílias vem
de longa data. Só que com o passar
do tempo essa prática se tornou
mais profissional e eles deixaram
de ser apenas herdeiros e
passaram a ser sucessores, dando
continuidade às atividades
desenvolvidas pela família.
Fernando Rocha Driessen, de
Palmital (Centro do Paraná),
passou boa parte da juventude
em Curitiba. Na capital ele se formou
em medicina veterinária, influenciado
pelos pais, que mantinham
uma propriedade rural e
tinham como principal atividade
a pecuária. Ainda na adolescência,
com 17 anos, perdeu o pai e
desde então sentiu que seria dele
a responsabilidade de continuar
tocando a atividade agrícola. A
sucessão acabou sendo por uma
necessidade e está transcorrendo
de forma natural, já que a mãe
Rosângela, foi a primeira a tomar
a frente dos negócios da família.
Ela continua dando suporte aos
trabalhos, mas cabe ao Fernando
cuidar de toda a parte operacional
e de gestão da propriedade.
Em 2016, o cooperado
resolveu que era momento de
trocar Curitiba por Palmital. Decisão
essa que vinha sendo amadurecida
desde quando estava
na faculdade. “Meu pai sempre
foi do meio rural e me incentivou
a gostar do campo, lidar com o
gado e olhar a plantação. Quando
ele faleceu, e como eu sou filho
único, senti um senso de responsabilidade
um pouco maior.
A minha mãe me deixou participar
na época. Porém, sem parar
os estudos”, comenta.
Ele conta que a escolha
pela veterinária e a sucessão foi
um caminho bastante lógico.
“Sempre tive vontade de viver no
meio rural, dar continuidade aos
trabalhos da família”, frisa. A mãe,
natural de Curitiba, é professora
aposentada e não passa mais de
40 ou 60 dias sem visitar a propriedade.
“O processo de sucessão
ainda está caminhando, os
trabalhos não foram repassados
totalmente para a minha competência.
Contudo, a maior parte
das decisões passa pelo meu
crivo, desde as programações do
dia a dia, até controles e toda a
parte operacional. A palavra final,
as decisões mais importantes são
em conjunto com a minha mãe.
Sempre existe uma certa dificuldade
de criar essa ponte entre a
geração mais antiga com a geração
mais nova. Vejo que o jovem
quer fazer as coisas muito rápido
e os pais, têm o tempo deles, tomam
as decisões com mais segurança
de acordo com a visão
deles do sistema.”
A propriedade tem como
característica a pecuária, devido
ao relevo da região que é bastante
acidentado. Já a lavoura vem
ganhando espaço, mas sem que
a produção de carne seja diminuída.
Isso é possível porque tanto a
produção de gado quanto a agri-
abril/2022 revista 15
sucessão
Fernando trabalha com
o sistema de integração
lavoura pecuária
cultura são desenvolvidas com
o uso de tecnologias que otimizam
a produção. “Hoje tem práticas
e sistemas que ajudam a
desenvolver as atividades agrícolas
de forma mais sustentável
e rentável. É tempo de modernização
no campo e estamos
seguindo todas as recomendações
técnicas da Coamo para
encontrar o melhor caminho.”
Todo o processo de lavoura
e pecuária é desenvolvido
em parceria com a Coamo.
“A agricultura foi por incentivo
da Coamo e contamos com
apoio durante todo o ciclo. O
mesmo ocorre na parte veterinária.
O acompanhamento
técnico tem sido fundamental
para a evolução da produtividade.
“Somos uma família de
pecuaristas. Começamos com
o gado e sempre tivemos animais
no pasto. Viemos para
Palmital, na época, pelo valor
da terra que era mais acessível
e, também, pelo clima, adequado
para a criação de gado.
Acabamos nos tornando agricultores
com o tempo. Hoje,
fazemos integração lavoura-
-pecuária.”
Apoio da assistência
agronômica e veterinária
estão sendo fundamentais
para a condução das
atividades
16 revista
abril/2022
Jovens Líderes Cooperativistas
Atividade desenvolvida durante o primeiro encontro em Campo Mourão (PR)
Com intuito de perpetuar o jovem na
atividade agrícola, e prepará-lo para a gestão
da propriedade, a Coamo mantém o Programa
Jovens Líderes Cooperativistas, que existe
desde 1998, e já formou mais de mil cooperados.
Fernando é um dos participantes da 26ª
turma, que iniciou no mês de março.
Para Fernando, o curso é uma ferramenta
importante para se aperfeiçoar na propriedade
rural, conhecer mais sobre o cooperativismo
e sobre a Coamo e Credicoamo.
Cristiane Biscoli Serpa, de Mangueirinha (Sudoeste
do Paraná), participante da 26ª turma do
Programa Jovens Líderes Cooperativistas, está em
processo de sucessão na propriedade. A expectativa,
segundo a cooperada, é que o curso a auxilie
nesse momento de transição. “Estamos iniciando
o processo sucessório. Meus pais ainda cuidam da
propriedade rural, mas meu irmão já iniciou esse
processo antes de mim. Eu retornei há dois anos e
estou aprendendo também.”
Cristiane é psicóloga e vem conciliando o
conhecimento da área com a gestão da propriedade.
Ela retornou para Mangueirinha após quase vinte
anos morando fora de casa. “Me formei em Psicologia
em 2007 em Umuarama e atuei em muitas áreas,
mas há dois anos decidi, junto com minha família,
retornar para a cidade de meus pais para aprender
junto com eles a cuidar do que construíram em nossa
propriedade rural.”
A história da família Biscoli com a Coamo
ocorreu junto ao crescimento da própria cooperativa
em Mangueirinha. A cooperada conta que o pai,
Inri José Biscoli, foi um dos primeiros cooperados
Cristiane Biscoli Serpa, de Mangueirinha (PR), é psicóloga e vem
conciliando o conhecimento da área com a gestão da propriedade da família
abril/2022 revista 17
sucessão
Cristiane Biscoli com o pai
Inri, a mãe Ana Maria e os
irmãos Tiago e Jaqueline
do município, e como muitos agricultores, passou
por inúmeras dificuldades e com poucos recursos
financeiros, teve que aprender cedo uma forma de
conseguir o sustento da família. “Meu pai sempre
amou ser agricultor. Transformar e cuidar da terra
sempre foi sua paixão, talvez o maior motivo de permanecer
nessa profissão”, acrescenta.
Cristiane acompanha o pai em todo o processo
de tomada de decisão e, juntamente com o
irmão Tiago, que iniciou a sucessão há mais tempo,
está aprendendo sobre agricultura e revivendo a infância,
ao lado dos pais.
A mãe, Ana Maria Kupkoski Biscoli, sempre
participou de cursos oferecidos pela Coamo e incentivou
a filha a estar presente nas atividades da
cooperativa e aprender sempre. Tanto que Cristiane
e a mãe fazem parte do Grupo de Mulheres do Agro
de Mangueirinha, onde são incentivadas por outras
mulheres a estarem engajadas dentro e fora da propriedade
rural.
Presente e entusiasmada com o curso de Jovens
Líderes Cooperativistas, Cristiane tem certeza
de que será mais um passo importante neste processo
sucessório. “A formação tem trazido uma troca
de experiências entre os participantes. Conhecer a
diretoria e o funcionamento da cooperativa também
foi muito enriquecedor. Já é possível debatermos
e vivenciarmos a importância de participar de uma
cooperativa séria como é a Coamo, e como poderei
participar mais ativamente na rotina cooperativista e
como agricultora.”
Cristiane espera que o curso de Jovens Líderes auxilie no momento
de transição entre os pais e filhos na propriedade da família
18 revista
abril/2022
Venâncio com o pai Erico,
em Fênix (PR)
abril/2022 revista 19
sucessão
Venâncio está assumindo a
gestão da propriedade junto
com o irmão
Venâncio Gomes Ferreira Lopes,
de Fênix (Noroeste do Paraná),
é um dos filhos do cooperado
Erico Ferreira Lopes que está
recebendo a gestão da propriedade,
junto com o irmão Eurico.
O processo de sucessão começou
com o avô Eurico. Há cinco
anos, Eurico faleceu, e desde
então, Érico toca a propriedade
com o auxílio dos filhos. “Eles
estão se saindo muito bem. O
Venâncio por exemplo, entende
muito mais de tecnologia do que
eu, e ele se sai muito bem nessa
parte. Então eu deixo para ele.”
Para o futuro, Erico espera
que o filho possa perpetuar na
atividade agrícola, assim como
ele. “Se não puder aumentar, ao
menos mantenham, já que não
foi fácil de conquistar. Começou
lá atrás com meu pai, quando
veio da Bahia. Agora é a vez deles.
Enquanto eu puder, vou ensinar
tudo que sei. Estou passando
todo meu conhecimento para
que possam continuar com o trabalho”,
afirma o cooperado.
Trabalhar com os filhos é
bom, mas poder contar com o pai
é ainda melhor. Para Venâncio, o
pai é um exemplo de homem, e
de agricultor. Assim como o avô
foi um suporte para o pai, o jovem
vê Erico como uma base, um
modelo a ser seguido, e assim o
faz. Está recebendo o bastão do
pai e se saindo muito bem. “Meu
pai é o cabeça da propriedade,
principalmente na pecuária onde
ele ainda segura as rédeas. Na
agricultura, dividimos, cada um
tem sua parte, mas trabalhamos
em conjunto, sempre ajudando
um ao outro. É a forma que está
dando certo.”
Tanto para Erico quanto
para Venâncio, a Coamo tem ajudado
na sucessão, dando todo
apoio necessário e trazendo segurança.
Além disso, os dois contam
com a assistência técnica da
cooperativa, que os auxilia na tomada
de decisão. “Costumamos
falar, que a assistência técnica é
de grande qualidade. Sempre
que a gente precisa, estão presentes
tanto na agricultura quanto
na pecuária, apresentando os
melhores produtos, orientando e
tirando dúvidas, para conseguirmos
alcançar nosso objetivo, que
20 revista
abril/2022
Tanto para Erico quanto para Venâncio, a Coamo tem ajudado na sucessão, dando todo apoio necessário e trazendo segurança
é uma produção cada vez maior.”
Venâncio também faz parte da
turma de Jovens Líderes Cooperativistas
iniciada em 2022 pela Coamo. Para
ele todo conteúdo aprendido no curso
é para agregar conhecimento e é
sempre bem-vindo. “O curso é muito
interessante e os professores são muito
qualificados. Não é uma coisa cansativa
pois temos muitos momentos de interação.
Acredito que é um jeito melhor de
adquirir conhecimento.”
O Jovem espera que o aprendizado
possa ajudar nos afazeres da
propriedade, tanto na pecuária quanto
na agricultura. “Tudo que aprendemos
é de suma importância, e se eles nos escolheram
para esse curso, acredito que
tenha algum propósito. O meu objetivo
é ajudar aqui na propriedade, aprimorando
o que já sabia e aprendendo
mais sobre o cooperativismo.”
Venâncio faz parte da turma de Jovens
Líderes Cooperativistas. Para ele todo
conteúdo aprendido no curso é para agregar
conhecimento e é sempre bem-vindo
abril/2022 revista 21
Paula Carina de Oliveira, de
Boa Esperança (PR), diz que a
Coamo e a Credicoamo foram
essenciais para a decisão de
tomar à frente dos negócios
Paula Carina de Oliveira, de
Boa Esperança (Centro-Oeste
do Paraná), teve um processo de
sucessão mais recente e ocorreu
por um motivo de fatalidade. O
pai dela Paulo Sérgio de Oliveira,
foi uma das vítimas da Covid-19.
Até então, ela morava em Maringá
e tinha nos planos a continuidade
da formação acadêmica,
com pretensão de concluir mestrado
e dourado.
Ela não tinha experiência
com gestão rural e com o falecimento
do pai retornou para Boa
Esperança e mesmo tendo um
irmão que já trabalhava na atividade,
foi ela quem assumiu a
gestão das propriedades.
“Há cerca de um ano, tive
que assumir esse papel de gestora.
Algo que eu não imaginava
que pudesse ocorrer tão cedo.
Com o falecimento do meu pai
alguém teria que assumir essa
responsabilidade, e aceitei o desafio.
Não foi fácil porque tive que
sair da minha zona de conforto.
Estava acostumada com uma rotina
totalmente diferente e tive que
me adaptar e aprender a nova
realidade. Tivemos muito apoio
de todos da Coamo e da família.
Isso facilitou. É aprendizado diário.
As dificuldades continuam e a
gente vai vencendo a cada dia.”
Ela conta com o apoio do
irmão Luiz Fernando, que atuava
na propriedade na área operacional
da agricultura e do marido
Lucas, que ajuda na pecuária.
“Somos nós três na condução
das atividades. Eu fico responsável
pela gestão e eles pela execução
do trabalho.”
Ela destaca que a Coamo
e a Credicoamo foram essenciais
para a decisão de tomar à frente
dos negócios. “Nosso primeiro
passo foi ir às cooperativas, para
resolver toda a questão burocrática.
Tudo ainda estava no nome
do meu pai e tivemos que continuar
tocando a lavoura que já
estava em desenvolvimento. Eu
não entendia nada sobre o dia
a dia no campo e recebi todo o
apoio necessário para conduzir
as atividades agrícolas. As cooperativas
foram essenciais nesse
caminho de dar continuidade
aos trabalhos.”
A cooperada destaca
que sucessão familiar nem
sempre é planejada e essas fatalidades
podem acontecer em
22 revista
abril/2022
sucessão
qualquer família, mudando todo planejamento. “A
sucessão não era algo tão próximo. Não imaginava
que pudesse ocorrer tão rápido. Pensava que poderia
ser quando meu pai estivesse mais velho, bem lá
na frente, mas não agora com 25 anos e com outros
planos para a minha vida profissional.” Ela conta que
apesar do choque, a condução das atividades está
indo bem. “Ano passado tivemos um ano difícil na
safra do milho segunda safra e neste ano na safra de
verão, com a soja. Apesar de tudo isso, ainda estamos
conseguindo levar da melhor forma possível e
tendo bons resultados.”
A cooperada conta que em nenhum momento
passou pela cabeça abandonar tudo e passar
a propriedade para outras pessoas cuidarem.
“Como a gente tinha tudo na mão, maquinário, áreas
de plantio e gado, porque não continuar desenvolvendo
as atividades. Temos áreas arrendadas e continuamos
com os arrendamentos. Sabemos que não
vai ser tudo fácil, mas estamos assumindo os compromissos
que meu pai tinha e até o momento está
dando tudo certo.”
Ela entende que o seu pai teria orgulho pela
forma que eles estão tocando a propriedade. “Por
tudo que está acontecendo, estou bem feliz pelos resultados
que a gente tem recebido. Então, acredito
que ele num lugar que estiver vai estar orgulhoso.”
Paula conta com o apoio
do irmão Luiz Fernando,
do marido Lucas e da
assistência Técnica da
Coamo para a condução das
atividades
abril/2022 revista 23
formação
DO CAMPO A SALA DE AULA
Curso de Jovens líderes já formou centenas de cooperados em todas as regiões da Coamo
Jovens Líderes durante apresentação em grupo no primeiro encontro dos participantes da 26ª turma
A
Coamo iniciou no dia 06
de abril a 26ª turma do
curso de Jovens Líderes
Cooperativistas. Esse ano,
as aulas voltaram a ter formato
presencial, com algumas etapas
em formato virtual. O curso é em
parceria com o Sescoop/PR. São
mais de 40 cooperados com idades
entre 18 e 35 anos que terão
a oportunidade de se aperfeiçoar
sobre a gestão da propriedade
rural.
O objetivo do curso é capacitar
os cooperados para que
possam entender todo o processo
que envolve uma cooperativa
e ajudá-los na tomada de
decisões dentro da propriedade.
Coordenado pela assessoria de
Cooperativismo, subordinada à
diretoria de Suprimentos e Assistência
Técnica da Coamo, o curso
visa perpetuar os cooperados em
sua atividade, mas também fazer
com que eles estejam preparados
para a gestão na cooperativa.
Conforme o assessor de
Cooperativismo, José Ricardo
Pedron Romani, o programa tem
o intuito de desenvolver lideranças
para a gestão da cooperativa,
na comunidade em que
está inserido e prepará-los para
a sucessão familiar. “A cada ano,
cerca de 40 jovens cooperados
aceitam o desafio de integrar
uma nova turma e de participarem
ativamente das ações do
cooperativismo e é uma forma
de perpetuar os cooperados nas
atividades agrícolas.”
O presidente Executivo da
Coamo, Airton Galinari, participou
da aula inaugural do curso. Para
ele, a Coamo surgiu a partir de dificuldades
há 51 anos e foi a solução
para os produtores. "A cooperativa
desde a sua fundação trouxe
benefícios aos seus cooperados e
sempre esteve preocupada com a
sucessão. E vocês são parte deste
processo de continuidade e inovação,
e estão participando de um
24 revista
abril/2022
Abertura com a
diretoria da Coamo e
Credicoamo
José Aroldo Gallassini
foi idealizador
do programa
de formação de
Jovens Líderes
Cooperativistas, em
1998
curso de alto nível.”
“Parabéns, vocês foram
escolhidos, aproveitem e agreguem
o conhecimento para melhor
gestão da propriedade, dos
seus negócios e a condução da
sociedade", saúda Alcir José
Goldoni, presidente Executivo
da Credicoamo. Ele afirma que
o curso de Jovens Líderes é uma
oportunidade para melhor conhecer
o que as cooperativas
Coamo e Credicoamo fazem pelos
associados. “Além do aprendizado
sobre as cooperativas, os
jovens conhecem o que é feito
para a evolução da família cooperativista,
pois a vida é a gente
que transforma e estamos junto
com vocês sempre.”
O superintendente do
sistema Ocepar, Leonardo Boesche,
falou na abertura sobre a
satisfação em ver o início de uma
nova turma no programa vitorioso
da Coamo. “Parabéns a vocês
e a Coamo por este evento, pois
organizar a atividade econômica
dos cooperados é um trabalho
das cooperativas. Este curso vai
abrir a mente de vocês para que
possam fazer melhor a administração
da propriedade, além da
formação de lideranças cooperativistas
para dar a continuidade
aos negócios da Coamo.”
O presidente dos Conselhos
de Administração da Coamo
e Credicoamo, José Aroldo
Gallassini, explicou aos jovens
a história da Coamo, os princípios,
direitos e deveres, e a filosofia
do cooperativismo. “Vocês
fazem parte de um grupo seleto,
de um programa que criamos há
24 anos e tem dado muito certo.
Um programa premiado, bem
elaborado e estruturado que
vem ajudando jovens ser melhores
como pessoas, cooperados
e líderes nas comunidades onde
atuam. Além da aprendizagem
técnica, o curso vai ensinar muito
sobre gestão, aperfeiçoamento
e liderança.”
De acordo com Gallassini,
é importante que a Coamo
capacite os cooperados para
que possam dar continuidade à
cooperativa. “A Coamo não foi
feita para uma geração, foi feita
para a vida toda e pensamos
sempre no processo sucessório.
Temos casos de cooperados que
estão na terceira geração de jovens
líderes cooperativistas.” Ele
acrescenta que o propósito é desenvolver
o potencial criativo e o
conhecimento dos cooperados,
em várias dimensões, para que
eles reconheçam em si os seus
verdadeiros potenciais. “Este
projeto da Coamo vem sendo
bem-sucedido e apresenta resultados
positivos. É um investimento
voltado para a formação
do ser humano, para o presente
e o futuro, não somente na parte
econômica, mas também no social,
no cultural e na formação de
uma família cooperativista cada
vez mais atuante e comprometida
com a sua sociedade”, assegura
Gallassini.
abril/2022 revista 25
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26 ANIMAL revista NUTRITION AND abril/2022 HEALTH
capacitação
MULHERES QUE SEMEIAM
Mariely Biff, consultora em Sucessão Familiar, no primeiro encontro em Campo Mourão
A
Coamo iniciou em Campo
Mourão (Centro-Oeste do
Paraná), o curso “Mulheres
que Semeiam”. Trata-se de um
programa que permitirá às participantes
a troca de experiências,
além de despertar o sentimento
de pertencimento a cooperativa e
a preparação para a gestão rural.
Serão quatro módulos de
quatro horas, com um encontro
mensal. “Em cada módulo abordaremos
um assunto diferente. No
primeiro falamos sobre liderança
feminina e autoconhecimento. No
próximo, será sobre sucessão familiar
e governança. No terceiro
encontro, gestão e profissionalização
do negócio e, no último, haverá
uma palestra de encerramento”,
explica Mariely Biff, consultora em
Sucessão Familiar.
Ela trabalha com sucessão
há mais de 11 anos e diz que
as mulheres estão cada vez mais
inseridas no agro, e têm se mostrado
bastante atuantes e com
vontade de aprender. “É muito
satisfatório trabalhar com as mulheres,
justamente porque elas
são sedentas de conhecimento.”
Esposa de cooperado, Rosane
Leite Carolo, veio de Curitiba
para apoiar o esposo nos negócios
da propriedade. Para ela o curso
será proveitoso. “Ainda é tudo
muito novo e o assunto apresentado
pela palestrante é justamente
o momento que vivo com minha
família. Eu trabalhava na área da
educação e tenho uma filha advogada,
deixamos nossas profissões
para trabalham no campo. O agro
é um mundo totalmente diferente,
mas encantador e com grandes
expectativas”, afirma.
Formada em direito, Mariana
Ferrais Diniz, cancelou seu
registro na Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB) e decidiu
mudar de profissão. Ela agora é
produtora rural. O DNA do agro
falou mais alto e, hoje, com o marido,
ela toca as terras que herdou
de sua mãe. “Minha mãe herdou
do meu avô e, agora, passou
para mim. Futuramente, também
pretendo ensinar meu filho para
que ele dê continuidade.”
A cooperada, após se
formar, chegou a trabalhar como
conciliadora no juizado especial.
“Percebi que a propriedade rural
necessitava de dedicação exclusiva
e foi a melhor decisão que tomei,
ao escolher ser agricultora. Para fazer
um trabalho bem-feito, passei a
estudar e me especializar na produção
de grãos”, revela Mariana.
Mariana Ferrais Diniz
Rosane Leite Carolo
abril/2022 revista 27
conservação
SOLO REGENERADO
As ações ajudam a evitar problemas que degradam
o solo e beneficiam diretamente o sistema de produção
Cooperado da Coamo em Cruzmaltina e com
propriedade em Kaloré (Centro-Oeste do Paraná), José
Lidércio Matias, mantém um sistema equilibrado e
tem como base a conservação do solo
Com a expansão e a crescente necessidade
gerada pelo aumento da produção alimentícia,
produtores buscam integrar o sistema de
produção para produzir mais, sem necessariamente
expandir as áreas de produção. Esse caminho passa
pela conservação de solo com adoção de práticas
que tornam a produção agrícola mais sustentável,
minimizando os custos com insumos e otimizando o
aproveitamento da área de plantio.
O solo é o princípio de tudo e a melhoria e
conservação deve ser constante. Aliado a rotação de
culturas e ao plantio direto, outras práticas devem
ser inseridas no processo de conservação do solo.
A diversificação de cultivos é uma delas. Cooperado
da Coamo em Cruzmaltina e com propriedade
em Kaloré (Centro-Oeste do Paraná), José Lidércio
Matias, mantém um sistema equilibrado e tem como
base a conservação do solo.
Entre as práticas adotadas por ele está a rotação
de culturas no verão, plantio direto e cobertura
durante o inverno, sempre buscando melhorar o sistema
e a produtividade. “São ações que refletem na
produção. O planejamento é voltado para o retorno
e equilíbrio do sistema a médio e longo prazo”, frisa.
Todo o manejo é pensando na melhoria do
sistema e segundo o cooperado os cuidados com o
solo são voltados para aumento da produção e redução
de custos. Matias tem como meta chegar a 200 sacas
de soja por alqueire de média. “Queremos chegar
a patamares de produção que já existem em outras regiões.
Todo o investimento tem como objetivo de co-
28 revista
abril/2022
Engenheiro agrônomo Willian Diego Vilela, da Coamo em Cruzmaltina, acompanha trabalho desenvolvido pelo cooperado em benefício da conservação do solo
MAIOR RIQUEZA DE UMA PROPRIEDADE ESTÁ NA CONSERVAÇÃO DO SOLO E 15 DE
ABRIL É O DIA RESERVADO PARA LEMBRAR A IMPORTÂNCIA DA SUA CONSERVAÇÃO
lher 200 sacas de soja por alqueire
na média”, destaca. Atualmente, as
médias oscilam entre 170 e 180
sacas por alqueire.
A safra de verão 2021/22
foi influenciada pela falta de chuva
em várias regiões e na propriedade
de José Lidércio não
foi diferente. Contudo, segundo
o cooperado, o trabalho realizado
ajudou a amenizar as perdas.
“Fizemos todo o acompanhamento
da lavoura de forma normal,
realizando as aplicações e
os manejos necessários. Vimos o
investimento dando resultado.”
O trabalho mais concentrado
na conservação de solo iniciou
há seis anos. Nesse tempo
foi realizada a agricultura de precisão
e efetuadas as correções
necessárias. Na propriedade há
um cuidado com a parte física,
biológica e química do solo. “O
solo é como o nosso corpo. Se
comemos só arroz e feijão, amanhã
ou depois sentiremos falta
de algum nutriente. Se só usarmos
um determinado produto e
não fizermos o manejo adequado,
com o tempo a produtividade
vai estagnar ou diminuir. A
minha vem aumentando porque
estou fazendo esse trabalho de
conservação do solo.”
O engenheiro agrônomo
Willian Diego Vilela, da Coamo
em Cruzmaltina, ressalta que o
cooperado adota várias práticas
conservacionistas e segue os
três pilares da conservação de
solo: física, química e biológica.
“As ações adotadas refletem em
um sistema mais equilibrado.
O plantio direto, com o revolvimento
mínimo do solo, aliado ao
plantio em nível, conservação de
terraços, adubação verde e rotação
de culturas fazem com que o
solo tenha uma estrutura”, diz.
Ele cita que a agricultura
de precisão é uma ferramenta
importante na condução da atividade
agrícola. “É importante
avaliar os teores de nutrientes do
solo e, caso seja necessário fazer
as correções para manutenção. O
objetivo é alcançar o máximo do
potencial produtivo da cultura implantada.
Quem tem um sistema
mais equilibrado, consegue um
melhor resultado e, consequentemente,
mais rentabilidade.”
abril/2022 revista 29
pecuária
BONS RESULTADOS COM O BEM-ESTAR ANIMAL
Cooperados de Araruna (PR) investem em sistemas
que proporcionam mais produtividade para a pecuária
Na propriedade dos cooperados
Anibal e Marcio
Parise Gonçalves, em Araruna
(Centro-Oeste do Paraná),
a pecuária vem sendo desenvolvida
em sistema de integração
com a agricultura e contribuiu
para o incremento de renda. A
atividade retornou há cerca de
dez anos e nos últimos cinco vem
recebendo mais investimentos.
A pecuária ocupa 20 alqueires
da propriedade, sendo
15, divididos em dez piquetes.
Os gados são rotacionados na
área conforme a necessidade
e demanda dos animais por alimento,
podendo ficar de cinco a
seis dias em cada piquete.
Com os investimentos e
manejo adequado, a área consegue
comportar um bom número
de animais. São entre 15 e
25 animais por alqueire, dependendo
do ciclo e condições da
pastagem. “Atualmente são 25
animais por alqueire, totalizando
425 cabeças no sistema de recria
e engorda”, explica Marcio Parise.
De acordo com ele, além
da alimentação à pasto, o gado
recebe suplementação a coxo.
“Trabalhamos com uma programação,
com reserva de alimentos
para que todo o processo
seja dentro do planejado”, diz o
cooperado que tem uma grande
preocupação durante todo o ciclo.
“Pensamos no bem-estar animal,
seja na alimentação ou na
água em abundância. As ações
têm influenciado o bom desenvolvimento
dos animais.”
A pecuária é inserida no
sistema como diversificação de
atividade. “É importante ter essas
duas fontes de renda, quando a
lavoura não dá o retorno esperado,
o gado compensa. Uma
atividade complementa a outra.
Nesse ano, por exemplo, a forte
estiagem afetou as lavouras e
a pecuária ajudou a amenizar a
queda de renda.”
30 revista
abril/2022
Pecuária ocupa 20 alqueires da propriedade, sendo 15 alqueires divididos em dez piquetes de 1,5 alqueires cada
O médico veterinário Fabiano Camargo,
da Coamo em Araruna, ressalta que o
manejo realizado pelos cooperados é o preconizado
pela assistência técnica da Coamo.
“Eles se preocupam com todo o processo e o
bem-estar animal fazendo com que a atividade
seja rentável e sustentável. É um manejo
muito bom por meio dos piquetes.”
Camargo ressalta que com a estrutura
mantida pelos cooperados é possível abrigar
uma quantidade bem maior de animais
por alqueire. Para ele, a pastagem é a base
da estrutura na propriedade. “Praticamente
todo o ciclo dos animais é na pastagem, que
é de qualidade bem adubada. Em primeiro
lugar, antes da criação de bovinos, os cooperados
são produtores de pastagem. Isso
ajuda a baratear os custos de produção. Também
tem água em abundância. Água e boa
alimentação são a base para a criação dos
animais.”
Conforme o veterinário, sempre que
possível, é importante inserir a pecuária no
sistema de produção, para diversificar as atividades.
“O sistema adotado é a integração
lavoura-pecuária. Com isso, quando chega
no período de inverno os animais são colocados
para o pastoreio na braquiária. O gado
entra como uma safrinha agregando valor e
renda para a família.”
Cooperados Márcio e Anibal Parise
Márcio Parise acompanha alimentação dos animais com o veterinário Fabiano Camargo
Água de qualidade integra o manejo dos animais
abril/2022 revista 31
Inovação a todo tempo.
Eorgulho
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32 revista
abril/2022
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tecnologia da informação
Cooperativas se unem em prol da inovação
As cooperativas do Paraná
se aliaram estrategicamente
e constituíram a
UniTI – Cooperativa Central de
Tecnologia da Informação. O
objetivo é reduzir riscos e trazer
soluções inteligentes e compartilhas
para a área de TI. “Essa
iniciativa inovadora e pioneira
se insere no objetivo essencial
do cooperativismo, abrangendo
conceitos de economia compartilhada
e de escala, com o foco
na agregação de valor e melhoria
de serviços aos cooperados”,
afirma o superintendente do Sescoop/PR,
Leonardo Boesche.
A UniTI é composta por
21 cooperativas: Coamo, Cocamar,
Copacol, Frísia, Integrada,
Castrolanda, Frimesa, Agrária,
Cocari, Capal, Bom Jesus, Copagril,
Coagru, Camisc, Cooperante,
Coopertradição, Primato, Coprossel,
Unicampo, Lar e C.Vale.
A UniTI integra um dos
20 projetos do Plano Paraná Cooperativo
200 (PRC200), o plane-
jamento estratégico do cooperativismo
paranaense. Segundo
o superintendente do Sescoop/
PR, a ideia de implementar uma
ação de compartilhamento de TI
que nasceu em 2015, em Campo
Mourão, no Encontro de Núcleos,
quando Antônio Sérgio Gabriel
destacou a necessidade de uma
iniciativa nesse sentido. “É a concretização
de um sonho que se
insere no trabalho do Sistema
Ocepar, em fomentar a intercooperação
entre os vários ramos do
cooperativismo paranaense e, no
caso, em uma área que demanda
muitos e constantes investimentos
das cooperativas, diante da
evolução da TI”, explica o diretor
Administrativo e Financeiro da
Coamo, Antonio Sérgio Gabriel.
A proposta foi incorporada
ao planejamento da época, o
PRC100, e, ao longo dos dois últimos
anos, vinha sendo estudada
e discutida, com a participação
de técnicos das cooperativas, do
Sistema Ocepar e assessoria da
empresa Falconi, até a criação da
Central.
Assim como a elaboração
do projeto que resultou na
criação da central, o trabalho a
ser desenvolvido para atingir
os objetivos da UniTI também
será em conjunto, disse o presidente
Alair Aparecido Zago, em
seu primeiro pronunciamento.
“Juntos vamos conseguir colocar
em prática esse grande trabalho
desenvolvido até aqui, com o
apoio do Sistema Ocepar e toda
a equipe envolvida no projeto. É
um desafio a ser enfrentado por
todos para, assim, colocarmos
realmente em ritmo a nossa Uni-
TI”, enfatizou.
Com informações do Sistema Ocepar
CONSELHOS
O Conselho de Administração da UniTI ficou
assim constituído: presidente: Alair Aparecido
Zago (Cocamar); vice-presidente: Airton Galinari
(Coamo); secretário: James Fernando de
Morais (Copacol); Nevair de Mattos (Frísia);
Haroldo Jose Polizel (Integrada); João Carlos
Obici (Cocari); Irineo da Costa Rodrigues (Lar);
Gilson Hollerweger Fernandes (Cooperante) e
Jonis Everton Centenaro (C.Vale).
Para o Conselho Fiscal foram eleitos como
titulares Marcelo Luís Kosinski (Bom Jesus),
Claudemir Pereira de Carvalho (Coagru) e
Edmund Gumpl (Agrária) e, para suplentes,
Anderson Léo Sabadin (Primato), Paulo Pinto
de Oliveira Filho (Coprossel) e Luciano Ferreira
(Unicampo).
abril/2022 revista 33
desempenho
COOPERATIVISMO DO PARANÁ
EM PLENO DESENVOLVIMENTO
O
Sistema Ocepar reuniu as cooperativas
paranaenses vinculadas à entidade em Assembleia
Geral Ordinária (AGO), no dia 01
de abril, quando foi realizada a prestação de contas
referente ao exercício de 2021. “Nós fechamos
o ano, agora com dados já confirmados por meio
das assembleias promovidas pela maioria absoluta
das cooperativas, em R$ 153,7 bilhões de movimentação
econômica. Em 2020, foram R$ 115 bilhões.
No ano passado, investimos R$ 4,65 bilhões, exportamos
US$ 6,3 bilhões, recolhemos o equivalente a
quase R$ 4 bilhões em impostos. Já temos conosco
2,7 milhões de cooperados e geramos 126.600 empregos
diretos. Esses números, de forma resumida,
nos levam à conclusão de que o cooperativismo do
Paraná permanece, apesar de todos os desafios, em
pleno desenvolvimento, trazendo benefícios diretos
e indiretos a todas as comunidades onde estamos
inseridos”, afirmou o presidente do Sistema Ocepar,
José Roberto Ricken, na abertura do encontro.
Em seu pronunciamento, Ricken lembrou
que a Assembleia também era comemorativa aos 51
anos de fundação da Ocepar, celebrados no 01/04.
Depois, fez uma breve análise sobre o desempe-
nho do cooperativismo paranaense em 2021. “Foi
um ano de desafios, mas também de realizações.
Assim pode ser definido 2021. A pandemia modificou
a nossa forma de trabalho, nos obrigou a inovar
diariamente para darmos continuidade à nossa
missão como sistema cooperativo, com o objetivo
de promover o desenvolvimento das pessoas, dos
cooperados, consolidar a sustentabilidade das cooperativas
e impulsionar o compromisso com as comunidades
onde as cooperativas estão inseridas,
buscando aliar organização econômica com responsabilidade
social e ambiental”, frisou.
Futuro - De acordo com o dirigente cooperativista,
há expectativas em relação ao futuro do
país. “Vivemos um momento iminentemente político
e também de superação da Covid-19, que nos
levam a uma responsabilidade coletiva. Apesar disso
tudo, nós precisamos focar nossas ações no crescimento
sustentável das cooperativas do Paraná,
buscar novas formas de alianças entre os diversos
ramos, inclusive avançar na certificação, buscando a
excelência do seu modelo de gestão e governança,
a profissionalização e o compromisso com as questões
ambientais e sociais”, complementou.
José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar, e participantes da Assembleia Geral Ordinária, realizada no formato virtual
34 revista
abril/2022
Ocepar supera meio século de trabalho
em prol do cooperativismo paranaense
No dia 02 de abril, o Sindicato e Organização
das Cooperativas do Estado do Paraná
(Ocepar) comemorou 51 anos de criação, com
resultados altamente positivos. Instituída com a
missão de representar e defender os interesses
do sistema cooperativista paranaense em todas as
esferas de poder e também perante a sociedade,
bem como a adequada prestação de serviços essenciais
e relevantes visando ao desenvolvimento
das cooperativas e dos cooperados, a entidade,
foi fundada por 34 cooperativas, contava com 216
organizações de sete ramos no final de 2021. O
trabalho de defesa e voltado ao fomento do desenvolvimento
sustentável do setor é realizado
juntamente com Serviço Nacional de Aprendizagem
do Cooperativismo (Sescoop/PR) e Federação
e Organização das Cooperativas do Estado
do Paraná (Fecoopar), que, juntas, formam o Sistema
Ocepar. O aval do acerto das ações que tem
adotado em benefício do cooperativismo se expressa
em números ostentados no fechamento do
último exercício: 2.741.270 associados, 129.585
empregados e faturamento de R$ 153,7 bilhões.
A sintonia fina que mantém com as cooperativas,
e que tem aumentado ao longo dos anos,
alicerça o acerto das ações e o sucesso da Ocepar
em benefício de todo o setor. Como tem frisado o
presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken,
é objetivo da entidade, por meio da união e
de criterioso planejamento, promover o desenvolvimento
do cooperativismo, assim como defender
os seus interesses, por meio de articulação junto
aos poderes Legislativo, Executivo, órgãos de governo
e entidades parceiras, ampliando os benefícios
advindos disso a toda a sociedade.
Segmentos
No Paraná, as cooperativas estão divididas
em sete ramos de atuação: agropecuário, com 58
organizações; crédito, 54; saúde, 36, transporte,
34; infraestrutura, 16; trabalho, produção de bens
e serviços, 14, e consumo, 4.
Ocepar comemora 51 anos sendo uma das
entidades mais organizadas no cooperativismo brasileiro
abril/2022 revista 35
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36 revista
abril/2022
safra de inverno
Momento do trigo
Cooperados de Palmital estão
aumentando área do cereal
Estimativas da diretoria de Suprimentos e Assistência
Técnica da Coamo mostram um aumento
na área de plantio de trigo para esta safra
de inverno. Amparados pela Coamo, os cooperados
aderiram ao Plano Trigo realizado pela cooperativa e
já estão com os insumos garantidos, aguardando o
melhor momento para iniciar os trabalhos.
É o caso dos cooperados Jhonatan e Paulo
Borkowski, de Palmital (Centro do Paraná). Eles iniciaram
o manejo da área no final da primeira quinzena
de abril e começaram a plantar no início de maio. Eles
aumentaram a área, passando de 18 para 28 alqueires.
“O aumento é porque estamos tendo um resultado
positivo nas últimas safras”, comenta seu Paulo.
Na visão dele, o trigo é a melhor opção para
o inverno, ainda mais para as regiões frias. “O trigo é
uma cultura de risco, mas toda lavoura tem risco. Temos
que acreditar positivamente que teremos uma
boa safra.” Em anos anteriores eles colheram acima de
130 sacas de média o que, segundo os cooperados,
é uma boa produtividade para a região de Palmital.
“Com essa produção sobra uma boa renda. Mesmo
com os custos mais elevados para esse ano e se o clima
correr bem, vamos ter lucratividade com o trigo.”
Além da renda, o trigo faz parte do sistema
de rotação. Conforme o cooperado, a cultura ajuda
no controle de algumas ervas daninhas, reduzindo o
custo de manejo para a cultura do verão.
Seu Paulo conta que o planejamento da cultura
foi realizado em conjunto com o departamento
Técnico da Coamo. “Sempre buscamos inovar, fazer
todo o investimento que a cultura necessita e utilizar
variedades adaptadas para a região. A tecnologia é
sempre a melhor para a cultura. Estamos fazendo e
esperamos que o clima seja favorável.”
O engenheiro agrônomo Leandro dos Santos
Rosa, da Coamo em Palmital, ressalta que a cultura
do trigo está em crescimento no município. Para
este ano, a previsão é de um aumento de pelo menos
15% na área. “A safra passada foi muito boa, com
médias entre 130 e 140 sacas por alqueire. Os cooperados
fazem um investimento crescente na cultura,
que se encaixa muito bem no sistema de rotação
de culturas e traz grandes benefícios, além de uma
renda a mais para essa segunda safra”, comenta. De
acordo com ele, as primeiras áreas foram semeadas
no início de maio, com período de pico de plantio
entre os dias 15 e 25.
abril/2022 revista 37
comercialização
Mercado agrícola
As perspectivas dos mercados
agrícolas foi tema
de palestra realizada pelo
canal da Coamo no YouTube, no
dia 13 de abril, com o consultor
Alexandre Mendonça de Barros.
O cenário mundial é complexo e
impacta diretamente no agronegócio
e nos custos de produção.
O consultor falou sobre a pandemia
que ainda está na China e os
efeitos da guerra entre Rússia e
Ucrânia.
De acordo com Barros,
o momento é complicado para
o agronegócio brasileiro. “Estamos
saindo de uma pandemia
no Brasil, mas alguns países estão
vivendo o aumento de casos,
como é o caso da China.
Tivemos problemas na safra de
verão, principalmente na região
Sul, e quando achávamos que
as coisas acalmariam um pouco,
entrou o conflito entre a Rússia e
a Ucrânia com impactos globais
significativos”, diz.
Ele lembra que a Ucrânia
é a quarta maior exportadora de
milho no mundo, importante produtora
de trigo, cevada e girassol.
Já a Rússia grande produtora
e exportadora de trigo. “Abril
e maio são os meses de plantio
na Ucrânia, e há um consenso
que não será plantada uma safra
normal. Institutos apontam uma
redução de 50% na safra ucraniana.
É uma questão bastante
complexa que envolve plantio,
colheita e, depois, a exportação
dessa produção”, assinala Barros.
Em relação ao mercado
de fertilizantes, o consultor recorda
que a Rússia é um importante
fornecedor de adubos para
o Brasil. No ano passado, o país
disponibilizou 18% da ureia, 99%
do extrato de amônia, 30% do
fósforo e, com o Bielorrússia, metade
do cloreto de potássio importado
pelo Brasil. “Quando há
um conflito, um problema desta
magnitude, o fluxo normal de fertilizantes
deixa de acontecer e os
impactos globais são elevados.
Temos que nos preparar porque
Edenilson Carlos de Oliveira, diretor de Logística e Operações da Coamo,
foi o mediador da palestra com o consultor Alexandre Mendonça de Barros
nos próximos meses enfrentaremos
desafios de custos de produção
extremamente elevados.”
Na visão dele, os problemas
podem ser amenizados
pelo cooperativismo. “A união
dos produtores rurais nesse momento
é de suma importância e
o cooperativismo tem um papel
fundamental. As ações adotadas
pela Coamo em benefício dos
cooperados são um instrumento
importante, principalmente
na difusão de informação e conhecimento
para os cooperados
enfrentarem os momentos mais
difíceis.”
38 revista
abril/2022
"É uma normalidade maior do que o esperado nesse cenário de incertezas"
Rogério Trannin de Mello, diretor
Comercial da Coamo, participou
do Momento Coamo, transmitido
pelo canal da cooperativa
no YouTube, no dia 19 de abril. Ele
falou sobre o plantio das lavouras
dos Estados Unidos, os impactos
da guerra e a comercialização dos
principais produtos pelos cooperados
da Coamo. O departamento
de Agricultura dos Estados Unidos
(USDA, na sigla em inglês), divulgou
o primeiro relatório da safra
americana no dia 18 de abril. Os
dados mostraram a soja plantada
em apenas 1% da área, o milho
com 4% e o trigo com 6%. “O frio
não está permitindo o avanço do
plantio”, frisa.
Segundo ele, o conflito
entre a Rússia e a Ucrânia continua
trazendo instabilidade para
o agronegócio. Contudo, a situação
está mais próxima da normalidade
do que o esperado. “Não
sabemos até quando seguirá
essa guerra. Mas, as coisas estão
caminhando. A Rússia continua
exportando trigo e a Ucrânia está
exportando milho. Em relação
aos fertilizantes, existem atualmente
24 navios da Rússia a caminho
do Brasil trazendo quase
700 mil toneladas de fertilizantes.
É uma normalidade maior do
que a gente imaginava nesse cenário
de incertezas”, diz.
Trannin recorda que a
safra de verão brasileira teve impactos
devido à falta de chuva,
principalmente na região Sul. Já a
Argentina está tendo problemas
com geadas nesse momento final
da colheita da soja. Todas essas
questões, segundo o diretor,
fazem com que o mercado oscile
bastante. “A reação, tanto de quem
produz como de quem compra, é
muito similar, ou seja, quando os
preços começam a subir há um
recuo do cooperado no ritmo de
venda e quando eles começam a
cair, tem aquele medo de perder
o bonde, e há uma intensificação
do volume de fixação.”
Histórico - Ele cita que no
começo do ano, a soja abriu a R$
162 a saca, chegando até R$ 200.
Nesse período, o ritmo de fixação
foi muito baixo, apesar de estar no
período da colheita. Já quando o
preço começou a recuar, caindo
para R$ 190, o volume de vendas
aumentou, mais que quintuplicou,
e o preço voltou para a casa dos R$
160. “Chegou uma hora que o mercado
já estava bem desvalorizado
e começou a ter um movimento de
recuperação, e novamente houve
um recuo no ritmo de vendas. É
preciso analisar sempre se o preço
historicamente é atraente, pois o
mercado é bastante volátil e uma
queda de preço pode ocorrer de
forma rápida.”
Conforme o diretor, as
questões envolvendo os contratos
nos últimos anos deixaram
os cooperados mais apreensivos
e nesta safra está havendo um
atraso na comercialização. “Mesmo
com a quebra na produção
da soja, o volume da comercialização
ainda está baixo.”
Bons preços - Ele cita que
comparando os preços atuais na
condição de Chicago em relação
aos últimos dez anos, só houve 28
dias nos últimos dez anos, onde os
preços de Chicago estavam acima
de U$ 17 por bushel para a soja
e acima de U$ 8 o bushel para o
milho. “Estamos em um momento
de preços raros, e mesmo assim
há esse receio de comercializar a
safra por parte dos cooperados,
em função do que ocorreu nos
últimos anos. É preciso ponderar
porque estamos com preços muito
bons. A venda deve ser sempre
em função do custo de produção,
para ter uma boa média e procurar
fazer a média no momento que os
preços estão subindo. Com isso,
gradualmente teremos uma média
melhor.”
Rogério Trannin de Mello, diretor Comercial da Coamo
abril/2022 revista 39
40 revista
abril/2022
enefício
SITE DE MÁQUINAS USADAS
portfólio de negócios aos cooperados
Desde o início deste mês a
Coamo está disponibilizando
uma importante novidade
aos cooperados. Trata-se do site
coamomaquinas.com.br, que é um
canal para auxiliar os cooperados
na venda de suas máquinas usadas
(plantadeiras, semeadeiras, pulverizadores,
plataformas, entre outros),
quando da aquisição de novas máquinas
e equipamentos na cooperativa.
Necessidade
“O portal de negócios com
o site Coamo Máquinas, surgiu de
uma necessidade em ajudarmos
os nossos cooperados na venda de
suas máquinas. Assim, a plataforma
é um canal que foi criado para
facilitar o contato, que o vendedor
encontre o comprador e vice-versa,
para equipamentos e maquinários
agrícolas usados”, explica o engenheiro
agrônomo Paulo Roberto
Bacini, gerente de Fornecimento
de Bens de Lojas da Coamo.
Facilidade
Os produtores rurais, parceiros
e revendedores estão acessando
o classificado virtual da Coamo
Máquinas e o objetivo é oferecer
ao segmento Agronegócio, uma ferramenta
para agilizar o comércio de
máquinas e equipamentos usados.
Formato
O site consiste em um portal
de anúncios na web com uma plataforma
de navegação leve e simples,
tornando-o ágil e dinâmico, onde
comprador e vendedor poderão negociar
seus equipamentos agrícolas,
tais como: tratores, colheitadeiras,
plantadeiras, pulverizadores, máquinas
e implementos usados e seminovos
utilizados no seu dia a dia.
Aos cooperados anunciantes,
o site oferece uma oportunidade
única para a divulgação e a venda
dos seus produtos, tornando-os
visíveis e acessíveis 24 horas, sete
dias por semana, para todos os
compradores em potencial.
Importante
A responsabilidade da
Coamo Agroindustrial Cooperativa
fica limitada à disponibilização
dos anúncios, haja vista que
o site tem como única finalidade
a aproximação das pessoas que
querem vender e/ou comprar
maquinários agrícolas usados.
A Coamo não é responsável
pelos produtos e
veracidade das informações
fornecidas pelos anunciantes
(cooperados e terceiros). E a
realização e sucesso da transação/negociação
caberá sempre
e exclusivamente aos usuários
do site.
Pesquise e encontre o
equipamento ideal para suprir a
necessidade da sua fazenda ou
da sua empresa. Consulte o site
coamomaquinas.com.br e faça
bons negócios.
abril/2022 revista 41
corretora de seguros
VIA SOLLUS 14 ANOS
proteção com tranquilidade para milhares de segurados
Equipe de funcionários
da Via Sollus, na sede
Administrativa, em
Campo Mourão (PR)
Oferecer aos cooperados
da Coamo intermediação
de seguro facilitando
a contratação entre o segurado
e seguradora, buscando
o melhor preço e atendimento
desde a sua efetivação até a regulação
dos sinistros. Este foi o
objetivo principal da criação da
Via Sollus Corretora de Seguros,
que neste mês de maio completa
14 anos de existência.
“A Via Sollus está crescendo
e se modernizando cada vez
mais para melhorar seus serviços,
visando a proteção necessária
com tranquilidade e segurança,
sempre em parceria com as cooperativas
Coamo e Credicoamo.
Além dos cooperados e funcionários
das cooperativas, a corretora
atende toda a comunidade,
ou seja, qualquer cidadão não
cooperado ou funcionário pode
aderir aos diversos seguros oferecidos
pela Via Sollus”, explica Jair
Alberto Schommer, gerente da
Via Sollus.
O presidente dos Conselhos
de Administração da Coamo
e Credicoamo, José Aroldo Gallassini,
lembra dos objetivos da
criação da Via Sollus Corretora de
Seguros. “A Coamo sempre primou
para dar segurança a todo
o quadro social e como tínhamos
necessidade, criamos em 2008
uma empresa corretora de seguros,
uma vez que nem a Coamo e
nem a Credicoamo podiam fazer
isso.” Além do seguro agrícola, foram
incluídos outros tipos de seguro,
já que a Coamo contratava
com terceiros, seguros para todas
as instalações da cooperativa e
produção recebida, os quais geravam
um custo alto.
“A Via Sollus foi criada e
vem crescendo com atendimento
de qualidade aos seus segurados.
A corretora tem um grande
42 revista
abril/2022
Via Sollus oferece
dezenas de serviços para
cooperados, funcionários
e comunidade
volume de seguros contratados
de veículos, máquinas, prestamista,
que é o seguro da dívida,
residência, entre outros. Com a
adesão ao seguro por meio da
Via Sollus, constatamos que diminuíram
o número de endividamentos
dos cooperados. Eles sabem
da garantia e tranquilidade
que tem com os serviços oferecidos
pela Via Sollus”, considera
Galassini.
O presidente Executivo
da Credicoamo, Alcir José Goldoni,
destaca a trajetória positiva
da Via Sollus, que trouxe muitos
benefícios aos cooperados, funcionários
e a comunidade.
Segundo ele, a Credicoamo
foi uma das responsáveis
pelo crescimento da Via Sollus.
“Quando o associado vem financiar
seu custeio, máquinas, barracão
ou qualquer outro bem, já
faz o seguro. A Via Sollus acabou
propiciando ao associado uma
segurança maior em termos de
proteger seu patrimônio e levar
tranquilidade à família. O seguro
traz o benefício da proteção e
tranquilidade. No caso do seguro
agrícola, quando há frustração
de lavoura, o produtor pode não
ter todo o ganho esperado, mas
com certeza, não arcará com dívidas,
visto que o seguro cobre
o valor contratado, ou seja, não
tem um retrocesso na atividade
agrícola. “
Um dos fatores que contribui
para o sucesso da Via Sollus,
é o fato de que a empresa
carrega a marca Coamo, que é
uma cooperativa com a transparência
e confiança dos cooperados
e da comunidade. Além disso,
a Via Sollus busca um custo
adequado à atividade, prestação
de serviço, um atendimento diferenciado
e humanizado, para
fazer a diferença ao segurado.
abril/2022 revista 43
credicoamo
Olá, JOSÉ SILVA
Ag 1 Cc 50000-0
Olá, JOSÉ SILVA
Ag 1 Cc 50000-0
Aplicativo foi construído com a
participação direta dos associados
que puderam sugerir melhorias e
participar das fases de testes
Credicoamo lançará novo cartão de
crédito e aplicativo aos associados
Na entrevista de 26 de abril durante o “Momento Coamo” no canal
da Coamo no YouTube, o presidente Executivo da Credicoamo, Alcir
José Goldoni, anunciou três novidades que estarão disponíveis
brevemente para os associados da cooperativa de crédito
A
evolução faz parte do dia a dia das atividades
da Credicoamo. A primeira novidade da
cooperativa aos associados é o lançamento
no mês de junho do novo Aplicativo Credicoamo.
“O aplicativo foi construído com a participação direta
dos associados que puderam sugerir melhorias e
participar das fases de testes. Ele será mais amigável,
mais fácil, intuitivo e com inteligência artificial. É um
projeto que vem ao encontro das necessidades dos
associados e reforça o nosso compromisso para que
eles possam utilizar a tecnologia a seu favor pelo celular,
no seu micro, seja na sua casa ou na sua propriedade
ou onde ele estiver. Com esse aplicativo
estamos praticando um melhor relacionamento com
os associados e praticando, literalmente, o slogan da
Credicoamo, que é ´Juntos com você, sempre! ´.
44 revista
abril/2022
Cartão de Crédito
A segunda trata-se do
novo cartão de crédito com
cinco categorias praticadas no
mercado, que vem para ampliar
o atendimento aos associados,
que até o presente tinham acesso
a apenas uma categoria. Agora
o associado terá a opção de
escolher a categoria que mais
atender suas necessidades. Estamos
prevendo o lançamento
até o mês de julho.
BNDES – Ampliação dos
programas de financiamentos
A terceira novidade
anunciada pela diretoria da
Credicoamo é o credenciamento
da cooperativa junto ao Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES),
que passa a fazer operações diretas
com esta empresa pública
federal e que tem como objetivo
principal o financiamento dos
investimentos dos associados.
“É uma conquista importante
para a Credicoamo, que é uma
cooperativa independente, não
está filiada a nenhum sistema
central de crédito cooperativo.
Este credenciamento eleva o
conceito da Credicoamo junto
as instituições financeiras e
permite formalizar operações
diretas e com agilidade em todos
os programas do BNDES”,
explica Goldoni. O início das
operações deverá ser ainda no
mês de maio.
Para ver ou rever o programa Momento Coamo
no canal da Coamo no YouTube aponte o leitor
de QR Code do seu celular na imagem ou acesse
youtube.com/coamocooperativa
Momento Coamo vai ao ar todas as terças-feiras, às 19 horas, pelo YouTube. Credicoamo terá
participação uma vez por mês, onde serão apresentados assuntos de interesse dos associados
Novas linhas de crédito para apoiar
associados com frustração de safra
Agregar renda aos associados
por meio de soluções financeiras
sustentáveis é a missão
da Credicoamo. Sempre junto
com seus associados e visando
atender às necessidades daqueles
que tiveram prejuízos com
frustrações das lavouras de verão
21/22, a diretoria da Credicoamo
anuncia duas linhas de crédito
para apoiar seus associados que
tiveram sua capacidade de pagamento
comprometida por causa
dessa frustração.
A linha de crédito emergencial
está disponível para os
associados que não financiaram
e não contrataram seguro agrí-
abril/2022 revista 45
credicoamo
cola e, por consequência, estão
com os débitos dos insumos da
referida safra pendentes de pagamento
junto a Coamo e Credicoamo.
Outra linha de crédito é
para o grupo de associados que
aderiram ao seguro agrícola por
meio da Credicoamo e que estão
aguardando o processo de liberação
das indenizações, mas que
necessitam de recursos para quitação
de seus compromissos de
imediato junto a Credicoamo e a
Coamo.
“Infelizmente estamos
vivenciando uma fase crítica que
decorre de uma sequência de
frustrações nunca vista há muitos
anos. São nessas horas que
temos que demonstrar aos associados
que a sua cooperativa de
crédito está estruturada financeiramente
para restabelecer sua
capacidade de pagamento com
base na geração futura de sua
receita”, informa o Diretor de Negócios,
Dilmar Antonio Peri.
“Sempre junto com os
associados, buscamos alternativas
para apoiá-los e atendê-los
em todas as suas necessidades.
Esse é o objetivo da Credicoamo,
e que está expresso em sua missão.
Agregar renda aos associados
por meio e soluções financeiras
sustentáveis,” menciona
o seu presidente executivo Alcir
José Goldoni.
Seguro
agrícola:
associado proteja
suas lavouras
A cultura de fazer seguro
vem crescendo significativamente
nos últimos anos na Credicoamo.
Os números das últimas quatro
safras consolidam a importância
da adesão ao seguro agrícola.
Os associados contrataram mais
de dez mil apólices e, deste total,
mais de 80% tiveram que ser acionadas
para garantir o fluxo financeiro
por meio das indenizações
da produção frustrada.
A importância segurada
das mais de dez mil apólices, ultrapassa
R$ 3 bilhões, dos quais R$
370 milhões, já foram ressarcidos
aos associados. “Nunca registramos
volumes tão altos de sinistros
e de indenizações a serem pagas
aos produtores. O trabalho está
46 revista
abril/2022
cessidades urgentes dos associados.
Para o presidente Executivo
da Credicoamo, Alcir José
Goldoni, as frustrações das últimas
safras irão impactar no posicionamento
do associado em relação
a medidas para proteger a sua
principal fonte de renda que é a
agricultura. “Quem faz seguro tem
garantia de liquidez para quitar
os compromissos para a safra. O
seguro é um instrumento que garante
a continuidade da atividade
agrícola. É um indutor de tecnologia
e deve ser incluído no planejamento
das lavouras, no projeto
técnico, assim como é a aquisição
dos insumos para a cultura. Portanto,
o seguro tem que fazer parte da
atividade e da vida do associado”,
considera. Todas as contratações
são junto a corretora da Coamo, a
Via Sollus Corretora de Seguros.
Melhoria na
estrutura para
contratar seguros
nas agências da
Credicoamo
sendo conduzido por uma força
tarefa específica, mas pelo grande
número de acionamentos está
havendo uma certa demora no
processo de pagamento. Temos
mantido contato diariamente com
as seguradoras visando agilizar
os pagamentos aos associados”,
explica Dilmar Peri, diretor de Negócios
da Credicoamo. Ele acrescenta
a importância da criação das
duas novas linhas de crédito pela
Credicoamo para atender as ne-
A partir deste mês de
maio, visando um melhor atendimento
aos associados nos serviços
de seguros, a Credicoamo disponibilizará
em cada agência um funcionário
para atendimento personalizado.
“A Credicoamo ampliará
seu portfólio de modalidades de
seguros que inclui vários segmentos
como agrícola, de veículos,
residência, vida, entre outros, em
um atendimento diferenciado. Os
seguros são contratados por meio
da Via Sollus Corretora de Seguros,
que é uma empresa do grupo
Coamo. Estamos sempre junto
com os associados e, no caso dos
seguros, quando ele mais precisa,
com a certeza de oferecer seguros
adequados com agilidade e as
melhores condições de mercado”,
anuncia José Luiz Conrado, diretor
de Controladoria da Credicoamo.
abril/2022 revista 47
Coamo recebe caminhão que
antecipa tecnologias do futuro
A
Coamo está participando
de um projeto único no
Brasil. Por meio da parceria
com a Volvo, Randon, Hyva
e Continental, a cooperativa recebeu
um avançado caminhão-
-conceito, com uma série de
novas tecnologias. Direcionado
para o transporte de grãos, o
veículo, um Volvo FH 6×4 rodotrem
foi desenvolvido pela engenharia
brasileira e mundial da
Volvo. Durante seis semanas, o
caminhão ficará à disposição da
Coamo, fazendo o trajeto Campo
Mourão à Paranaguá. O objetivo
é avaliar as tecnologias empregadas
no caminhão durante
o uso em uma condição real de
transporte.
O caminhão é o primeiro
protótipo construído no Brasil,
para a realidade do transporte local,
sendo um verdadeiro laboratório
sobre rodas, onde serão testadas
tecnologias que chegarão
aos veículos de série no futuro.
Entre as novidades focadas está a
redução do consumo de combustível
e aumento da segurança.
48 revista
abril/2022
transporte
Representantes da Coamo, Volvo e Randon durante apresentação do caminhão
Caminhão é o primeiro protótipo construído no Brasil, para a realidade do transporte local, sendo um verdadeiro
laboratório sobre rodas, onde serão testadas tecnologias que chegarão aos veículos de série no futuro
O diretor de Operações
e Logística da Coamo, Edenilson
Carlos de Oliveira, explica que o
caminhão será utilizado na rota
Campo Mourão a Paranaguá por
ser um trajeto bastante utilizado
pela cooperativa, e com isso tem
parâmetros de comparação em
relação aos veículos que já estão
em operação. “Trata-se de um
caminhão conceito que visa, principalmente,
a a redução de consumo.
Vamos comparar com os
nossos dados e ver o quanto eficiente
é esse modelo”, comenta.
Ele reitera que o projeto
é uma parceria Coamo, Randon e
Volvo e que a cooperativa irá opinar
para possíveis adequações e
melhoria no caminhão. “A Coamo
sente-se honrada de ser escolhida
para fazer parte desse projeto.
É um caminhão que até agora só
rodou em pistas de testes e que
na cooperativa será utilizado em
uma condição real de transporte.”
De acordo com Francisco
Ribeiro, diretor Comercial da
Rivesa – Concessionária Volvo, a
escolha pela Coamo é porque a
cooperativa é referência no controle
de dados de transporte. “A
parceria com a Coamo vem de
muitos anos. O projeto visa o
amadurecimento da tecnologia
empregada nesse caminhão-
-conceito e o desenvolvimento
de uma nova plataforma para o
transporte brasileiro”, comenta.
Conforme Sandro Adolfo
Trentin, diretor-superintendente
da Randon, a Coamo foi inserida
no projeto por ser uma empresa
que preza pela tecnologia e,
principalmente, pelas práticas
de eficiência e sustentabilidade.
“A Randon participa do projeto
com o desenvolvimento de um
rodotrem basculante, que emprega
diversas tecnologias, novos
materiais em um conceito de
sustentabilidade, dando mais segurança
e capacidade de transportar
as cargas”, diz.
abril/2022 revista 49
50 revista
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feira supermercadista
COAMO ESTARÁ NA APAS 2022
Coamo sempre participou
da Apas Show, maior feira
supermercadista da América
Latina, mostrando a sua linha
alimentícia
A
Coamo participará entre
os dias 16 e 19 de maio
da Apas Show 2022,
maior feira supermercadista
das Américas. O evento será
realizado no Expo Center Norte,
em São Paulo (SP) e reunirá
empresas da cadeia produtiva
nacional e internacional. A feira
é voltada para quem quer fazer
negócios, networking, acompanhar
novidades, lançamentos e
compartilhar conhecimento no
Congresso de Gestão que este
ano trará o tema “O essencial é
humano”.
O estande da Coamo
contará com 207,54 metros quadrados
que prometem trazer
uma experiência única para clientes,
parceiros e visitantes. O objetivo
é trazer sensações relacionadas
ao prazer e alegria que os
alimentos garantem na vida das
pessoas. Todo aberto, o estande
está mais convidativo e com
quadros que remetem a todas
as etnias brasileiras. Além disso,
será apresentado oficialmente o
rebranding das embalagens da
linha alimentícia da Coamo.
APAS Show Expo & Congresso
A Apas Show, considerada
uma das principais feiras de
alimentos, bebidas, mercearia,
FLV, higiene e limpeza do mundo,
apresenta seu novo conceito
‘Além de Alimentos’, reafirmando
seu posicionamento com um
evento que também inclui tecnologia,
inovação, logística, finanças,
infraestrutura, equipamentos,
startups e muito mais.
A área de exposição, de
mais de 75 mil m², contará com
mais de 800 expositores nacionais
e internacionais e está preparada
para receber mais de
100 mil visitas, número estimado
baseado no alcance da edição
2019, que teve quase 60 mil visitantes
únicos.
abril/2022 revista 51
TECNOLOGIA
QUE VEM DE DENTRO.
Para maximizar a produção de leite por hectare.
B2782PWU
%Amido NDT Leite/Ton
29,26 69,08 1,61
B2688PWU
%Amido NDT Leite/Ton
29,05 66,31 1,52
Médias de análises bromatológicas realizadas nos ensaio de LXL em áreas comerciais no estado
do Paraná Safra 2021/2022; a qualidade bromatológica da forragem pode variar com o nível de
manejo, época de plantio, ponto de corte, etc.
POWERCORE ® é uma tecnologia desenvolvida pela Corteva Agriscience e Monsanto. POWERCORE ® é uma
marca da Monsanto L.L.C. Agrisure Viptera ® é marca registrada da Syngenta Group Company. A tecnologia
Agrisure ® incorporada nessas sementes é comercializada sob licença da Syngenta Crop Protection AG.
LibertyLink ® é marca registrada da BASF.
Aponte
o celular
e saiba
mais.
52 revista
abril/2022
brevant.com.br | 0800 772 2492
® Marcas registradas da Corteva Agriscience e de suas companhias afiliadas. ©2022 Corteva.
alimentos
Óleo de soja e margarina light
da Coamo são destaques em vendas
Com o título “O Triunfo das Campeãs”, a revista
Super Hiper, apresentou na edição de março
a pesquisa Líderes de Vendas. Esta é a 23ª
edição, e a Coamo mais uma vez aparece em destaque
com seus produtos. Dessa vez, o Óleo de Soja
refinado Coamo ficou em 1º lugar na região Sul do
país e em 5º lugar no Brasil. A margarina Coamo light
também apareceu em destaque, figurando como a
1ª na grande São Paulo, no interior de São Paulo, Sul
do Brasil e em Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.
Além, de ser a 4ª mais vendida do país.
Essa pesquisa é realizada em parceria com a
NielsenIQ e mostra quem prevaleceu nas preferências
dos consumidores brasileiros em 150 categorias
de produtos. As principais marcas que foram destaque
nas gôndolas dos supermercados em 2021 foram
conhecidas no evento de premiação Líderes de
Vendas, realizado pela Associação Brasileira de Supermercados
(ABRAS). Segundo a publicação essa
é uma forma de homenagear as marcas que lideram
as vendas em categorias de alto giro, pertencentes a
seis cestas de consumo.
Trata-se de um instrumento para que o varejista
tenha conhecimento de quais marcas estão sendo
mais escolhidas pelos consumidores brasileiros
e, assim, possa ajustar e aperfeiçoar seu sortimento.
Para o gerente Comercial de Alimentos,
Wagner Schneider, essa é uma pesquisa conceituada.
“É motivo de orgulho para a Coamo ter seus produtos
reconhecidos nesta pesquisa que é realizada
por empresas sérias. Os alimentos da Coamo têm
origem e rastreabilidade, além de qualidade de sabor.
Essa é uma forma de comprovar que nossa linha
alimentícia agrada o paladar do consumidor final e
de que estamos no caminho certo.”
abril/2022 revista 53
eceita
Além de curtir
e compartilhar,
você vai
saborear.
Hoje você vai aprender a fazer um
minibolinho
rápido, fácil e saboroso
I N G R E D I E N T E S
Massa
2 e ¾ xíc. (chá)
2 col. (sopa)
1 e ½ xíc. (chá)
½ xíc. (chá)
1 col. (chá)
Farinha de Trigo Coamo Tradicional
Fermento químico
Açúcar
Leite
Essência de baunilha
4 un.
½ xíc. (chá)
Ovos
Óleo de Soja Refinado Coamo
Açúcar de confeiteiro para polvilhar
MODO DE PREPARO
Em uma tigela grande, coloque a farinha de trigo, o açúcar e o fermento. Mexa bem
com o batedor de arame para aerar a farinha. Se preferir, ao invés de mexer, você pode
peneirar os pós todos juntos. Juntar os ovos, o óleo e o leite e misturar com o batedor de
arame até obter uma massa lisa e homogênea. Coloque a massa em forminhas de papel
e leve-as ao forno preaquecido a 180ºC. Asse por 20 a 25 minutos, ou até que um palito
espetado na massa saia limpo.
Deixe esfriar nas próprias forminhas de papel.
No momento de servir, polvilhe açúcar de confeiteiro.
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coamoalimentos.com.br
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