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Livro dos afetos

Neste pérfido mundo de hoje, minado pela ganância, pela busca de lucro incessante e pelo desamor, somos presenteados, com afeto, por ideias e palavras que nos tocam a alma e nos fazem refletir sobre as incompletudes e limitações humanas e, dialeticamente, sobre força e coragem, apontando para a necessidade de nos reinventarmos, com coragem, dignidade e generosidade. Diria mesmo, que o amor é o sentimento que perpassa todo o livro: o amor pela poesia, pela escrita, pela liberdade, pelas pessoas, pela natureza, pela vida. VERA MACIEL LOPES

Neste pérfido mundo de hoje, minado pela ganância, pela busca de lucro incessante e pelo desamor,
somos presenteados, com afeto, por ideias e palavras que nos tocam a alma e nos fazem refletir sobre as incompletudes e limitações humanas e, dialeticamente, sobre força e coragem, apontando
para a necessidade de nos reinventarmos, com coragem, dignidade e generosidade. Diria mesmo,
que o amor é o sentimento que perpassa todo o livro: o amor pela poesia, pela escrita, pela liberdade, pelas pessoas, pela natureza, pela vida.
VERA MACIEL LOPES

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nota do autor

dentre os textos aqui reunidos, muitos não foram

elaborados com a finalidade de compor este livro. Não

por acaso, alguns deles vêm acompanhados das datas

de sua criação. Desde a adolescência, eu uso a escrita

para dialogar comigo e para me entender. Digamos que

eu faço meu inventário costumeiramente. Lembro a

primeira vez: adolescente, recostado numa árvore,

escrevi torrencialmente desde as minhas primeiras

lembranças da vida até aquele momento. Por quê?

Não sabia. Hoje, no máximo, desconfio.

Eu nasci professor, só que não sabia, pois, como

vocês verão, meus pais tramaram que eu seria engenheiro,

e... tchan! Virei engenheiro. Nunca projetei

um prédio, uma ponte, nunca exerci a profissão.

O título foi importante, não posso cuspir no prato em

que comi, porque me deu a régua e o compasso para

ser professor de Matemática, Estatística e Cálculo

durante três décadas, de cursos supletivos a cursos

pré-vestibulares; de ensino fundamental e médio ao

ensino superior — todos particulares, inicialmente.

Com o diploma, me habilitei a cursar o mestrado

e o doutorado em Engenharia e me tornei professor

da Engenharia de Produção da UFRJ. Mas lá nunca

me considerei engenheiro, tanto que as disciplinas

humanistas, socioambientais, os meus colegas sempre

diziam: “esta é pro Sidão” (este é o meu apelido, desde

criança, que virou meu nome. A maioria das pessoas

não sabe que meu nome é Sidney). E não é que esse

povo acabou respeitando o meu jeito de ser?

Finalmente, foi no Centro Acadêmico da Escola de

Engenharia que iniciei a minha militância política.

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