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ENTREVISTA
Junior Ramires, presidente da REFLORE (MS), exalta o setor florestal no Estado
ISCAS FORMICIDAS
HISTÓRIA DE 50 ANOS MOSTRA EVOLUÇÃO
NA FABRICAÇÃO DE ISCAS FORMICIDAS
ANT BAITS
THE 50-YEAR HISTORY OF
THE EVOLUTION OF ANT BAIT
MANUFACTURING
Soluções Conectadas para você
encarar os desafios no Florestal.
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que otimizam seu trabalho de um jeito inteligente e eficiente
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Porque, mais que reconhecer seu esforço, estamos a seu lado
para encarar qualquer desafio.
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SUMÁRIO
JUNHO 2022
38
50 ANOS
UMA HISTÓRIA
DE PROTEÇÃO
10 Editorial
12 Cartas
14 Bastidores
16 Notas
24 Coluna Cipem
26 Frases
28 Entrevista
36 Coluna
38 Principal
44 Minuto Floresta
46 Legislação
50 Informe
52 Especial
56 Coluna
58 Feira
68 Economia
72 Pesquisa
78 Agenda
82 Espaço Aberto
52
58
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO
51 Aplic Certo
09 Bayer
11 BKT
15 Carrocerias Bachiega
80 Congresso Florestal
17 Corteva
73 D’Antonio Equipamentos
84 Denis Cimaf
02 Dinagro
23 DRV Ferramentas
35 Engeforest
06 Euroforte
67 Expoforest
77 Fischer Máquinas
21 Francio Soluções Florestais
79 Imflor
71 J de Souza
04 John Deere
75 Lion Equipamentos
83 Log Max
19 Manos Implementos
49 Mill Indústrias
45 Planflora
26 Prêmio REFERÊNCIA
13 Rotary-Ax
31 Rotor Equipamentos
29 Tecmater
37 Unibrás
25 Vantec
27 Watanabe
33 WDS Pneumática
08 www.referenciaflorestal.com.br
EDITORIAL
Futuro verde
A atividade de base florestal é essencial para a construção
de um futuro sustentável e forte economicamente. Incentivar,
valorizar e defender o uso correto da madeira é uma das
chaves para que possamos alcançar um mundo melhor para as
próximas gerações. A madeira estará cada dia mais presente no
nosso cotidiano, em todas as suas formas, produtos e soluções
para uma vida cada vez melhor. Nesta edição o leitor poderá
conhecer a história da UNIBRÁS Agro Química, empresa que
completou 50 anos em 2022 e é uma das líderes do mercado de
formicidas, o PROFLORESTA, plano estadual que guiará o setor
florestal no Mato Grosso do Sul pela próxima década, novidades
científicas sobre carbono no solo de reflorestamento, a cobertura
completa da Show Florestal e uma entrevista exclusiva com
Junior Ramires, presidente da REFLORE (MS), falando sobre
o trabalho da associação e futuro do setor no Estado. Ótima
leitura.
2
1
Na capa dessa edição a
Unibrás fabricante da isca
formicida ATTA MEX-S
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
www.referenciaflorestal.com.br
Ano XXIV • N°241 • Junho 2022
ENTREVISTA
Junior Ramires, presidente da REFLORE (MS), exalta o setor florestal no Estado
ISCAS FORMICIDAS
HISTÓRIA DE 50 ANOS MOSTRA EVOLUÇÃO
NA FABRICAÇÃO DE ISCAS FORMICIDAS
ANT BAITS
THE 50-YEAR HISTORY OF
THE EVOLUTION OF ANT BAIT
MANUFACTURING
A GREEN FUTURE
The forest-based activity is essential for building a sustainable
and economically strong future. Encouraging, valuing,
and defending the correct use of wood is one of the keys to
achieving a better world for future generations. Wood will be
more and more present in our daily lives, in all forms, products,
and solutions for an ever-better life. In this issue, the reader will
learn about the history of UNIBRÁS Agro Química. This company
completed 50 years in 2022 and is one of the leaders in the ant
bait market. Also, there is Profloresta, a plan that will guide the
Forestry Sector in the State of Mato Grosso do Sul for the next
decade, scientific news on carbon in the reforestation soil, the
complete coverage of Show Florestal, and an exclusive interview
with Luiz Calvo Ramires Jr., President of the Mato Grosso
do Sul Association of Planted Forest Producers and Consumers
(Reflore-MS), talking about the work of the Association and the
future of the Sector in the State. Pleasant reading.
EXPEDIENTE
ANO XXIV - EDIÇÃO 241 - JUNHO 2022
Entrevista com Luiz Calvo
Ramires Jr., presidente da
REFLORE-MS (Associação
Sul-Mato-Grossense de
Produtores e Consumidores
de Florestas Plantadas)
Governo de Mato Grosso do Sul lança plano
para potencializar cadeia produtiva que gera
27,2 mil empregos no Estado
3
Diretor Comercial / Commercial Director
Fábio Alexandre Machado
fabiomachado@revistareferencia.com.br
Diretor Executivo / Executive Director
Pedro Bartoski Jr
bartoski@revistareferencia.com.br
Redação / Writing
Vinicius Santos
jornalismo@revistareferencia.com.br
Colunista
Cipem
Gabriel Dalla Costa Berger
Depto. de Criação / Graphic Design
Fabiana Tokarski - Supervisão
Crislaine Briatori Ferreira
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dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,
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ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em
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Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication
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to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself
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property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited
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Chetan Ghodture
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Email: chetang@bkt-tires.com
Mobile: +917021000031
CARTAS
ENTREVISTA
Mariana Lisbôa, primeira mulher presidente da ABAF fala sobre planos de sua gestão
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
UM PASSO À FRENTE
SISTEMAS DE SUPRESSÃO DE INCÊNDIO
PROTEGEM MÁQUINAS, OPERADORES E FLORESTAS
A STEP FORWARD
A FIRE PROTECTION SYSTEM
SAFEGUARDS MACHINES,
OPERATORS, AND FORESTS
Capa da Edição 240 da
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,
mês de maio de 2022
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Ano XXIV • N°240 • Maio 2022
CAPA
Por Samuel Pereira, Diadema (SP)
A segurança do produtor e da floresta é essencial para o sucesso do nosso
setor. Que equipamento importante e que deveria ser obrigatório.
ENTREVISTA
Por Marcos de Araújo, Vitória da Conquista (BA)
Muito sucesso para a Mariana à frente da ABAF! A associação
é importante para o Estado e essa nova liderança traz novos
horizontes para o setor florestal da Bahia.
Foto: Emanuel Caldeira
ECONOMIA
Por André Oliveira, Ribeirão Preto (SP)
Minas Gerais é um Estado historicamente ligado à produção do agro e agora
com as florestas plantadas tem um potencial de desenvolvimento ainda maior.
Foto: divulgacão
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Revista Referência Florestal
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E-mails, críticas e sugestões podem ser
enviados também para redação
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ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
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BASTIDORES
Revista
Foto: divulgação
Foto: REFERÊNCIA
SHOW FLORESTAL
Durante a Show Florestal, o diretor comercial
da Revista REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio
Machado, esteve visitando o grande parceiro
Denis Cimaf, do diretor da Alamo Group,
Tomas Jones. Recentemente, a Alamo Group
adquiriu a empresa Denis Cimaf.
VISITA
O comercial da Revista REFERÊNCIA
FLORESTAL, Carlos Felde, esteve
visitando o parceiro Gilberto Souza, da
empresa Felipe Diesel, especializada em
recondicionamento de bombas, bicos
injetores e turbos para maquinário pesado.
ALTA
MAIS EMPREGO
O desemprego caiu 0,7 ponto percentual no
trimestre encerrado em abril em comparação com
o trimestre anterior e 4,3 pontos percentuais na
comparação anual, e fechou o período em 10,5%
- menor taxa para um trimestre encerrado em
abril desde 2015, quando a desocupação ficou em
8,1%. Os dados são da PNEAD Contínua (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada
pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística). O número de pessoas ocupadas
chegou ao recorde histórico de 96,5 milhões - a
maior taxa da série iniciada em 2012, com um
aumento de 1,1% na comparação trimestral. A alta
foi de 1,1 milhão de pessoas no trimestre e de 9
milhões de ocupados no ano.
JUNHO 2022
RENTABILIDADE DOS TRANSPORTES
O IPCA do setor de transportes alcançou 19,7% nos últimos 12
meses, significativamente maior que os 11,47% acumulados
até abril/2021 e que os 12,13% do IPCA geral. Segundo dados
da Confederação Nacional dos Transportes, desde março de
2021, a variação do setor tem superado o índice geral, sendo o
maior pico nesse intervalo o percentual de 21,97%, registrado
em novembro de 2021. Em uma análise específica para o IPCA
de abril deste ano para os subgrupos que integram o grupo
transportes, o maior aumento no mês se deu para os combustíveis
(3,20%). O óleo diesel teve inflação de 4,74% em abril,
atrás apenas do etanol (8,44%), e acumula alta de 23,88%
no ano e de 53,58% em 12 meses. A persistência da inflação,
preocupa as empresas transportadoras, em função da dificuldade
de se renegociar contratos e repassar o aumento de
custos do frete de cargas e transporte de passageiros.
BAIXA
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NOTAS
Minas diminui desmatamento
Às vésperas do Dia Nacional da Mata Atlântica, dados de monitoramento
contínuo do IEF (Instituto Estadual de Florestas) mostram que o
desmatamento ilegal reduziu em 9% em áreas de bioma da Mata Atlântica
em Minas Gerais. Considerando o ano agrícola 2020/2021, foram desmatados
3.515 há (hectares) de Mata Atlântica no Estado, 9% a menos do que
no período de 2019/2020, quando foram 3.871 ha impactados. A aposta
do Governo de Minas Gerais em monitoramento constante, aumento nas
fiscalizações e agilidade nos atendimentos são apontados como fatores
responsáveis pela redução. Nesse período de 2020/2021, foram feitas
pela SEMAD (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável), em parceria com a Polícia Militar de Meio Ambiente, 4.185
fiscalizações de combate à supressão de vegetação, 10% a mais do que o
período anterior, quando foram 3.808 ações. Das 4.185, houve 2.225 infrações,
o que gerou R$ 24,2 milhões em multas. Além do esforço do poder
público, a população vem contribuindo com o combate ao desmatamento,
por meio de denúncias aos órgãos competentes. Em 2020/2021, foram cadastradas
pela SEMAD 1.985 denúncias dos cidadãos sobre ocorrências no
bioma e, mesmo com as restrições impostas pela pandemia da Covid-19,
houve um incremento de 38% no atendimento feito pelo Estado (1.321)
em comparação com o período anterior (958). Outro ponto positivo foi a
redução do tempo médio de resposta a essas denúncias que passou de 87
dias (2019/2020) para 80 dias (2020/2021).
Foto: divulgação
Foto: divulgação
Recipiente ideal para eucalipto
Na produção de mudas florestais, a qualidade é alcançada através de um conjunto de técnicas
de manejo, empregadas durante o processo da sua formação. O uso de recipientes é um
desses cuidados que deve ser observado, já que eles permitem melhor controle da nutrição
e proteção das raízes, além de facilitar o manejo no viveiro, no transporte e no plantio. Atualmente,
os recipientes mais utilizados para produção de mudas florestais são derivados de
petróleo, porém, novas alternativas que causam menor impacto ao ambiente vêm ganhando
espaço no setor. Isso porque os tubetes, como são chamados os recipientes derivados do petróleo,
podem causar restrição ao desenvolvimento das raízes, favorecendo o surgimento de
deformações, que podem permanecer durante o crescimento das plantas no campo. Assim,
a busca por novas tecnologias, que conciliem os aspectos econômicos e ambientais, tem sido
um campo fundamental para a garantia da competitividade e da sustentabilidade do setor
florestal brasileiro. Com vários trabalhos de pesquisa e de avaliação tecnológica de recipientes
alternativos em andamento no país, um estudo científico desenvolvido no Programa de
Pós-Graduação em Agronomia da Uesb está se destacando. O trabalho: Recipientes biodegradáveis
e composto orgânico na produção de mudas de eucalipto; avaliou a qualidade das
mudas de eucalipto produzidas em recipientes biodegradáveis (chamados de paperpots) e
em tubetes, associadas à incorporação de composto orgânico. De acordo com o pesquisador
Vinícius Rodrigues, responsável pelo estudo, as características físicas dos paperpots propiciam
condições favoráveis ao livre desenvolvimento das mudas, permitindo que elas apresentem
desempenho adequado no campo. “Resumidamente, o alto padrão de qualidade das mudas é
determinado, principalmente, pela mensuração dos parâmetros morfofisiológicos, a capacidade
de regeneração das raízes e a ausência de deformações”, explica Vinícius.
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NOTAS
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Auxílio no reflorestamento
Eucalipto e pinus, as duas espécies florestais mais cultivadas
no Brasil, não impedem o crescimento de plantas nativas em seu
sub-bosque. Pelo contrário, por um crescimento rápido e capacidade
de sombrear o solo, pode favorecer o desenvolvimento
de árvores e árvores nativas e com projetos de reflorestamento,
seguindo as regras do Código Florestal Brasileiro e legislações
afins. A conclusão é de trabalhos técnicos em 1.113 árvores e em
trabalhos técnicos em 1.113 empreitadas e registradas em mais
de 10 estudos científicos compilados em documento . Entre essas
espécies, figuram algumas ameaças de extinção, como a araucária,
a imbuia, o pau-brasil e o palmito-juçara. A composição das cinco
famílias com maior representatividade de espécies é similar ao
encontrado em Matatica e do Cerrado do Brasil, os dois biomas ciliares
no estudo. Espécies de elevado valor comercial também foram
registradas, tais como cedro, cerejeira, copaíba, jatobá, jequitibás e peroba-rosa. Carlos Cesar Ronquim, autor do documento
técnico e pesquisador da EMBRAPA Territorial, de Campinas (SP), conclui que esses dados mostram ser viável o uso dessas árvores
como alternativa para a restauração florestal das áreas de Reserva Legal, seguindo as regras do Código Florestal Brasileiro e legislações
afins. O Código (Lei 12.651/2012) permite o uso de árvores exóticas dessas áreas, desde que na proporção máxima nativa de
50% e intercaladas com espécies nativas regionais. O pesquisador pontua que as principais dificuldades para o desenvolvimento
das espécies nativas são concorrentes com as gramíneas, eliminadas apenas com sombreamento ou herbicida. Utilizar as árvores
de crescimento rápido para gerar sombra em menor tempo pode ser uma forma mais econômica de criar conforme as condições
propícias para o reflorestamento. “Então, se tem uma área que precisa ser regenerada, e ela está em condições de plantio de eucalipto,
avaliada como pode ser efetivada como alterada para se complementar de sub-bosques”, compara Carlos.
Brasil bem representado
Na primeira semana de maio, a IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores) reforçou
o protagonismo do setor de árvores cultivadas no mundo, com uma
forte participação no XV Congresso Florestal Mundial, organizado pela FAO
(Organização para Alimentação e Agricultura), órgão da ONU (Organização
das Nações Unidas), realizado em Seul, na República da Coréia. O evento
teve como tema principal: Construindo com as florestas um futuro mais
verde, saudável e resiliente; e reuniu mais de 12 mil participantes, entre
presenciais e remotos, de aproximadamente 44 países durante cinco dias.
Nas apresentações da IBÁ, destaque para temas como mudanças climáticas,
recursos hídricos, biodiversidade, ESG, inclusão e diversidade, defesa
florestal, dentre outros assuntos muito trabalhados pelo setor. A associação
realizou o lançamento mundial do Caderno de Biodiversidade do Setor
de Árvores Cultivadas 2022 e também a apresentação, para o público
internacional, do Relatório sobre Desempenho na Gestão de Recursos
Hídricos. Além disso, a entidade compartilhou sua experiência na agenda
da capacitação em diversidade e inclusão, tal como vem realizando com as
empresas associadas e entidades parceiras no Brasil, em prol da criação de
um ambiente no setor com mais equidade e oportunidades. Os representantes
da IBÁ foram convidados para representar o setor em eventos
paralelos, mesas redondas, moderar debates, apoiar na organização de
diversas discussões e outras atividades do Congresso. Foram, ao todo, oito
eventos, entre plenárias principais, side events e reuniões de alto nível.
Imagem: reprodução
18 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Silvicultura em debate
A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil) reuniu os representantes da Comissão Nacional
de Silvicultura e Agrossilvicultura para discutir as principais
demandas do setor florestal. O novo presidente do
colegiado, Moacir Reis, participou do encontro e destacou
a importância da comissão. “Estamos fazendo um trabalho
importante envolvendo as federações e os produtores. Estamos
à disposição para discutir os assuntos que defendem
o produtor”, destacou Moacir. A assessora técnica da CNA,
Eduarda Lee, apresentou o plano de ação da comissão, que
tem pautas como a estruturação do mercado de carbono
para espécies florestais cultivadas e a ampliação do uso de
fontes renováveis na matriz energética brasileira. Também
fazem parte da lista de prioridades a otimização da produção
e a ampliação da competitividade da borracha natural
brasileira. Segundo Eduarda, em relação a essa cadeia, as
principais ações são a discussão dos parâmetros de mercado da borracha natural, além da promoção e do apoio à realização de
cursos e treinamentos de certificação para a produção integrada da borracha natural no Brasil. Outro tema da pauta da reunião foi a
apresentação das ações e resultados do Projeto Florestas Energéticas, da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
Segundo o pesquisador Guilherme de Castro, o objetivo do projeto foi desenvolver, otimizar e viabilizar alternativas ao uso de fontes
energéticas tradicionais não renováveis por meio da biomassa de plantações florestais, contribuindo para a ampliação da matriz
energética nacional de forma sustentável. Também foram apresentadas a metodologia e a sistematização de informações do setor
florestal de Santa Catarina, além de um panorama da produção e das tendências de consumo, pela ACR (Associação Catarinense de
Empresas Florestais). Por fim, foi apresentada aos membros da Comissão a Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais,
promovida pela REFLORE (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas).
Foto: REFERÊNCIA
Foto: divulgação
Congresso na Bahia
A ABAF (Associação Baiana de Empresas de Base Floretal), o CEDAGRO/ES
(Centro de Desenvolvimento do Agronegócio) e a UFRB (Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia) realizam de 03 a 05 de agosto de 2022, de forma online e presencial,
em Salvador (BA), o VI Congresso Brasileiro de Reflorestamento Ambiental
– VI CBRA. O tema central do evento híbrido – que pretende reunir 200 pessoas
no auditório da FIEB (Federação das Indústrias da Bahia) – será “Potencialização
Florestal – Tecnologias, estratégias e experiências para uma restauração florestal
sustentável”. O CBRA é um dos mais importantes fóruns de inovação tecnológica,
atualização e intercâmbio técnico e empresarial que integra os diversos agentes
de desenvolvimento e meio ambiente que atuam na área florestal e ambiental. Em
sua sexta edição, pretende apresentar, debater e encaminhar propostas e soluções
para os principais desafios que afetam o setor de reflorestamento ambiental, focando
na geração de renda com florestas ambientais e nas estratégias para ampliação
da cobertura florestal. De uma forma geral, serão abordados os cuidados ambientais,
sociais e a viabilidade econômica das restaurações florestais. Participarão
as indústrias dos setores que utilizam madeira em seus processos produtivos, além
de empresários ligados ao setor florestal, produtores rurais e florestais, entidades
ambientalistas, secretários municipais de agricultura e meio ambiente, estudantes,
profissionais liberais e todos os outros agentes de desenvolvimento e meio ambiente
que atuam na área florestal e ambiental.
20 www.referenciaflorestal.com.br
PLANILHA DE FLUXO DE
CAIXA FLORESTAL
PLANEJAMENTO FLORESTAL:
Gestão operacional e financeira utilizando
uma planilha simples, prática e completa.
CONTROLE FINANCEIRO:
Auxiliando a análise do investimento atual
e das projeções financeiras futuras.
GESTÃO OPERACIONAL:
Orientando o produtor na organização das
operações florestais e na alocação dos recursos.
Pedro Francio Filho @pedrofranciofilho +55 (43) 9 9912-3931
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NOTAS
Foto: divulgação
Mercado de carbono em alta
Preservar o meio ambiente tem se tornado um grande negócio
mundial, e o produtor brasileiro é referência neste quesito. Prova disto,
é o percentual do que é emitido de CO2 (gás carbônico) pelo país,
em referência ao restante do mundo – segundo dados da Climate
Watch, o Brasil é responsável por 2,9% da emissão de CO2 do planeta.
Diante disto, a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) recebeu
recentemente o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, para
debater o Decreto 11.075/22, que regulamenta o mercado de crédito
de carbono. Segundo o ministro, o decreto mostra o Brasil na direção
correta. “Seremos um grande exportador de crédito de carbono,
temos que inovar e crescer em direção ao verde”, sugere Joaquim. O
ministro cita ser necessário criar planos setoriais ajustados à realidade
de cada território e de cada setor “para chegarmos à neutralidade
climática até 2050”, completou. Para o presidente da FPA, deputado
Sérgio Souza (MDB-PR), o grande desafio do Brasil é mitigar a onda
negativa, da narrativa do continente Europeu, de que não produzimos
ativos ambientais. “Esse é um grande mercado, tem espaço para
isso e o Brasil tem estoque para suportar esse mercado e nós queremos
que isso chegue para o produtor rural”, afirmou Sérgio.
Financiamento de bioeconomia
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) lançou um edital
para apoiar projetos e programas nas áreas
de bioeconomia florestal, economia circular e
desenvolvimento urbano. Segundo a instituição,
trata-se de chamada pública para uma solução
financeira híbrida, conhecida internacionalmente
como blended finance. Segundo informações da
Agência Brasil, o banco espera gerar um impacto
de pelo menos R$ 400 milhões. O blended finance
envolve o uso estratégico de recursos filantrópicos
para mobilizar novos fluxos de capital privado.
Segundo o BNDES, por buscar um equilíbrio entre
risco e retornos dos investimentos, este é um
caminho que pode ajudar a destinar recursos
para viabilizar a Agenda 2030, um plano de ação
global formulado pela ONU (Organização das
Nações Unidas) que reúne objetivos e metas de desenvolvimento sustentável. O diretor de crédito produtivo e socioambiental da
instituição, Bruno Aranha, diz que o desafio ambiental precisa ser enfrentado a partir de parcerias que envolvam Poder Público,
empresas, investidores, terceiro setor e academia. Segundo ele, esse é o primeiro edital de blended finance do BNDES, mas outros
já estão nos planos. Nesta primeira experiência, serão escolhidas até 12 propostas, sendo até quatro de cada uma das áreas temáticas:
bioeconomia florestal, desenvolvimento urbano, economia circular. Os projetos podem combinar instrumentos diversos de
financiamento. As inscrições estão abertas até o dia 8 de julho.
Foto: divulgação
22 www.referenciaflorestal.com.br
TECNOLOGIA,
PERFORMANCE, RESITÊNCIA
E PRODUTIVIDADE
Nem as madeiras mais
duras do Brasil resistem
as facas para picadores
ENERGY.
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
COLUNA
Alinhando Planejamento
Terceira reunião de diretoria traz pauta de melhorias
para o segmento florestal de Mato Grosso
Foto: divulgação
Nosso intuito é
o de propor um
Plano de Ação
com sugestões de
medidas sólidas
para agregar
melhorias à
gestão florestal do
estado
https://cipem.org.br
O
CIPEM realizou em sua sede e da FIEMT (Federação das
Indústrias do Estado de Mato Grosso), em 27 de abril, a
Terceira Reunião de Diretoria de 2022. Organizada de forma
mensal, a agenda tem por finalidade promover a discussão
em torno dos principais assuntos que permeiam o setor de
base florestal do Estado de Mato Grosso.
Dentre as pautas discutidas, destacam-se: o desenvolvimento do Estudo
de Manejo Florestal Sustentável do Ipê, a elaboração do Plano de Ação destinado
ao gabinete de Estado, os encaminhamentos de agendas com a SEMA-
-MT (Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso), dentre outros.
A priori, Rafael Mason, presidente do CIPEM explanou o progresso do
Estudo Científico do Ipê, o qual é conduzido pela renomada Instituição de
Pesquisa Embrapa Florestas Colombo desde 2019 e tem por objetivo fornecer
informações atualizadas dos estoques florestais.
“O levantamento de dados, uma das etapas mais complexas do estudo,
foi finalizada. Este é, sem dúvidas, um momento decisivo, pois em breve todos
poderão testemunhar mais um espectro do desempenho destacável do
setor florestal no que tange a manutenção da floresta em pé, por meio do
manejo florestal”, disse Rafael.
Além disso, visando a contínua busca pelo fortalecimento do segmento,
Mason fomentou um produtivo debate com relação a determinados tópicos
que perpassam cotidianamente as atividades de base florestal. “Nosso intuito
é o de propor um Plano de Ação com sugestões de medidas sólidas para agregar
melhorias à gestão florestal do Estado”, explicou o dirigente.
Nesse sentido, a exemplo do item o qual se encontra transcrito abaixo, os
presidentes e representantes do CIPEM e dos sindicatos associados propuseram
diversas medidas, que atuam sob diferentes focos, de modo a atender as
necessidades do setor florestal em médio e longo prazos.
A realização de manutenção preventiva periodicamente e corretiva nas
estradas não pavimentadas para assegurar o escoamento dos produtos florestais,
principalmente nas rodovias MT-198; MT-206; MT-208, MT-313, MT-
160 (trecho de São José do Rio Claro até divisa de Juara), MT-174 e MT-183.
Com relação aos encaminhamentos de agenda com a SEMA (MT) para
tratar da implantação do Sisflora 2.0, Valdinei Bento dos Santos, diretor-executivo
do CIPEM informou que o grupo de trabalho constituído pelo IBAMA
e SEMA (MT) está sanando questões relacionadas com a fase de testes, a fim
de eliminar eventuais erros na operacionalização do novo Sistema.
Ao final da agenda, foi dedicado espaço para as principais reivindicações
dos Sindicatos e para a prestação de contas.
24 www.referenciaflorestal.com.br
FRASES
Foto: Caciano Paludo/ChapecóOnline
Santa Catarina é o maior produtor e
exportador de madeira serrada do
Brasil e o quinto maior Estado com
base florestal plantada. Em 2020,
os produtos florestais responderam
por 18,7% do total de exportações
do Estado, com US$ 1,52 bilhão de
faturamento”
Nelson Krombauer, vereador de Chapecó, sobre
moção estadual para incentivo à silvicultura em
Santa Catarina
“Monetizar o
reflorestamento é
uma das melhores
formas de diminuir
os impactos do
aquecimento global”
Edward Rumsey , diretor da
Permian Global , durante o
Congresso Mercado Global de
Carbono – Descarbonização &
Investimentos Verdes
“O eucalipto vem sendo melhorado
há mais de 100 anos, para crescer
rapidamente, mesmo em solo de baixa
fertilidade. Então, se tem uma área que
precisa regenerar, e ela está degradada,
o plantio de eucalipto, avaliando as
condições locais, pode ser efetivo para
surgimento de sub-bosques”
Carlos Cesar Ronquim, pesquisador da Embrapa Territorial, sobre a
possibilidade de uso do eucalipto para restauração de áreas devastadas
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ENTREVISTA
Trabalho e
CRESCIMENTO
Work and growth
Foto: divulgação
ENTREVISTA
O
Estado do Mato Grosso do Sul tem na indústria
de base florestal um dos pilares da sua economia.
Hoje já é o maior exportador de celulose
do país e busca ampliar a atuação do setor
expandindo a produção madeireira para outros fins. Junior Ramires,
presidente da REFLORE (Associação Sul-Mato-Grossense
de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas) comenta
sobre os planos para o futuro da produção de madeira no
Estado, necessidades para alcançar o crescimento e importância
da associação.
I
n the forest-based industry, the State of Mato Grosso
Sul has one of the pillars of its economy. Today, it is
already the largest exporter of pulp in Brazil and seeks
to expand the Sector’s activity by expanding timber
production for other purposes. Luiz Calvo Ramires Jr., President
of the Mato Grosso do Sul Association of Planted Forest
Producers and Consumers (Reflore/MS), comments on the plans
for the future of timber production in the State, the needs to
achieve growth, and the importance of the Association.
Check out below.
Luiz Calvo
Ramires Jr.
ATIVIDADE/ ACTIVITY:
Sócio Diretor das Empresas Ramires e CEO da Ramires Reflortec
S/A, presidente da REFLORE/MS (Associação Sul-Mato-Grossense
de Produtores e Consumidores de Florestas
Plantadas), foi coordenador da Câmara Setorial de Florestas
Plantadas no Mato Grosso do Sul e vice-presidente da IBÁ
(Indústria Brasileira de Árvores), atualmente é presidente
da Câmara Setorial de Florestas Plantadas no MAPA (Ministério
da Agricultura, Planejamento e Abastecimento)
Managing Partner of Empresas Ramires and CEO of Ramires
Reflortec S/A, President of the Mato Grosso do Sul Association
of Planted Forest Producers and Consumers (Reflore/
MS). He was the Coordinator of the Sector Chamber for
Planted Forests in Mato Grosso do Sul, and Vice-president
of Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ). Currently, he is
President of the Sector Chamber for Planted Forests in the
Ministry of Agriculture, Planning, and Supply (Mapa)
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COLUNA
Colheita florestal:
O que diz a
legislação
Gabriel Dalla Costa Berger
Eng. Florestal e Seg. do Trabalho
Ms. em Manejo Florestal
gabrielberger.com.br
gabriel@gabrielberger.com.br
Foto: divulgação
Por si só a colheita causa uma série de impactos sobre o meio
ambiente, cabendo à equipe de gestão minimizar esses danos
A
s empresas rurais e florestais, para realizar
as suas atividades de campo, precisam
atender várias condicionantes e regras,
entre elas aquelas aplicadas ao próprio
empreendimento e ao seu funcionário, podendo
ser próprio ou terceiro. O não atendimento pode
trazer uma série de prejuízos e transtorno aos envolvidos.
Aqui vou me deter nos requisitos que tem relação
direta com as empresas e aos seus parceiros na colheita
florestal, seja aquela realizada de maneira semimecanizada
ou mecanizada.
Quando falamos em manejo florestal, também tratamos
da execução da atividade de colheita florestal, que
pode ser de espécies nativas ou exóticas.
Por mais bem planejada, programada e executada
que seja, a etapa da colheita é o momento mais crítico,
tanto pelo lado ambiental, quanto pela segurança dos envolvidos.
Por si só a colheita causa uma série de impactos
sobre o meio ambiente, cabendo à equipe de gestão formada
por engenheiros, técnicos, operadores e auxiliares a
mitigarem e minimizarem esses danos.
Nesse sentido é importante termos conhecimento
sobre algumas das legislações que se aplicam para a supressão
e corte de árvores, e acerca do uso das máquinas
e equipamentos utilizados.
A Lei Federal nº 12.651 de 2012 que instituiu o novo
Código Florestal trata sobre a preservação da vegetação
nativa. Todas as demais leis, sejam estaduais ou municipais
tem como ela a sua base de construção e aplicação.
Essa lei trata por exemplo de importantes temas e definições
como por exemplo áreas de preservação permanente.
Essas áreas são protegidas por lei e o seu uso e exploração
tem que ser autorizada pelos órgãos ambientais.
A Tabela 1 exemplifica as principais delimitações das
áreas de preservação permanente. Nesses locais, conforme
a lei, existe restrição quanto ao uso dessas áreas para
plantios comerciais.
A lei trata ainda de outras áreas a serem protegidas,
como nascentes, entorno de lagos e lagoas naturais, encostas,
restingas, manguezais, bordas de tabuleiros, topos
de morros, veredas e áreas de altitude superior a 1.800m
(metros).
Nesse sentido é muito importante que a empresa
ou o empreendedor tenha em mãos as licenças ou as
autorizações florestais para que se possa realizar as intervenções
nas vegetações, principalmente nas espécies
nativas. O Brasil é um país continental, possui uma grande
heterogeneidade de espécies espalhadas pelos diversos
biomas brasileiros.
Para realizar a colheita das árvores, além dos operadores
estarem capacitados e autorizados para a execução,
quando tratamos da colheita semimecanizada utilizamos
a motosserra. Essa máquina também tem que atender a
lei.
A portaria do IBAMA nº 149 de 1992, determina que
toda a motosserra movida a combustão e que tenha sabre
e corrente tem que estar registrada junto ao IBAMA.
É importante colocar aqui que essa obrigatoriedade
do registro, além do controle unitário de máquinas por
parte do órgão ambiental, também se dá devido a motosserra
quando utilizada causa um dano ao meio ambiente
através do corte e supressão de árvores.
A obtenção da LPU (Licença de porte e uso) da motosserra
ocorre na internet no site do IBAMA (https://www.
gov.br/ibama). Por primeiro o proprietário da máquina
realiza um cadastro pessoal dele, que pode ser por meio
de pessoa física ou pessoa jurídica. Após é feito preenchimento
de um segundo cadastro com as informações da
motosserra que são marca, modelo, número de série e
número da nota fiscal. Realizado o preenchimento dessas
informações, é gerada uma guia para pagamento. Somente
após o pagamento é obtido a LPU.
É muito importante que as empresas e os trabalhadores
tenham conhecimento das leis para poderem executar
as suas atividades sem percalço, atendendo as condicionantes
que são impostas em cada projeto. Assim indiretamente
será assegurado um trabalho produtivo, com foco
e seguro.
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PRINCIPAL
50 ANOS
uma história de proteção
Fotos: divulgação
UNIBRÁS AGRO QUÍMICA, fabricante das iscas
formicidas ATTA MEX-S celebra 50 anos de
história com muito trabalho, dedicação,
seriedade e amor no que faz, produzindo e
fornecendo produtos com a mais alta qualidade
38 www.referenciaflorestal.com.br
50 years,
a story of protection
UNIBRÁS AGRO QUÍMICA, the maker of Atta MEX-S ant
bait, celebrates 50 years of operation with hard work,
dedication, seriousness, and love in what it does,
producing and supplying products with the highest quality
P
roteger os plantios é essencial para garantir os
melhores resultados de produtividade e qualidade
na colheita. A história da humanidade nos ensinou
que os defensivos sempre estiveram presentes no
controle de pragas para proteção das plantações,
garantindo, assim, a produtividade e o abastecimento para a sobrevivência
do homem. As formigas cortadeiras são consideradas
as pragas mais nocivas para a agricultura brasileira e para países
tropicais, pois elas atacam qualquer tipo de cultura, desde café,
laranja, soja, florestas plantadas, entre outros.
Controlar formiga exige conhecimento, técnica e produto de
qualidade e a UNIBRÁS há 50 anos trabalha ao lado do agricultor,
compartilhando seus conhecimentos e fornecendo seu produto
Isca Formicida ATTA MEX-S com a mais alta qualidade. Há 50
anos a UNIBRÁS tem como missão fornecer o que há de melhor
e mais inovador em iscas formicidas para o controle de formigas
cortadeiras e está presente nas maiores reflorestadoras do Brasil.
Toda empresa para alcançar sucesso deve ter metas e objetivos
e neste caminho com tantos desafios, está sempre ao lado do
cliente, pois o sucesso do cliente é o sucesso da UNIBRÁS.
P
rotecting plantations is essential to ensure the
harvest’s best productivity and quality results.
The history of humanity has taught us that insecticides
have always been present in pest control
for the protection of plantations, thus ensuring
productivity and supply for man’s survival. Leaf-cutting ants
are considered the most harmful pests for Brazilian agriculture
and other tropical countries. They attack any crop, from coffee,
orange, and soybeans, to planted forests. Controlling ants requires
knowledge, technique, and quality products. For 50 years,
UNIBRÁS has worked alongside the farmer, sharing its expertise
and supplying its high-quality product Atta MEX-S ant bait. For
50 years, UNIBRÁS has provided the best and most innovative
baits to control leaf-cutting ants and is present in Brazil’s most
extensive planted forests. To be successful, every company must
have goals and objectives. On this path with so many challenges,
the Company is always on the customer’s side because our
customer’s success is our success.
The Company was founded on June 27, 1972, in Ribeirão
Preto-SP, the capital of Brazilian agribusiness. Since the begin-
Junho 2022
39
PRINCIPAL
Foi fundada no dia 27 de junho de 1972, na cidade de Ribeirão
Preto (SP), conhecida por muitos como a capital do agronegócio
brasileiro. Desde o início das atividades dedicou seu negócio na
fabricação de isca formicida granulada para controle de formigas
cortadeiras. Naquela época, o produto era formulado com o
princípio ativo Heptacloro, indicado para controle de formigas
cortadeiras. O espírito inovador está presente desde os primeiros
anos da empresa e na busca de produtos mais eficientes, lançou
seu novo produto, a isca formicida a base do princípio ativo Dodecacloro,
devidamente registrado nos órgãos federais e estaduais
competentes. Com detenção desta nova tecnologia, a UNIBRÁS
sintetiza em sua planta própria este novo princípio ativo.
Dez anos após a fundação, com visão no futuro e aumento
de demandas, principalmente no segmento florestal, a UNI-
BRÁS inovou mais uma vez e investiu em novos equipamentos
e tecnologia para expandir seus horizontes. Foram adquiridas e
instaladas novas máquinas embaladoras automáticas e uma nova
peletizadora que possibilitou a empresa triplicar sua capacidade
de produção, preparando-se para atender o crescimento da
demanda e, consequentemente, um expressivo volume de iscas
formicidas produzidos. O movimento veio de encontro a demanda
sempre maior do mercado, que havia identificado no produto da
UNIBRÁS, a Isca Formicida ATTA MEX-S, as características ideiais
para o combate das formigas cortadeiras.
Ainda na década de 1980, a expansão foi para além das máquinas
e a empresa adquiriu o terreno vizinho à sua sede, ampliando
sua área para aproximadamente 30 mil m² (metros quadrados).
Essa nova área recebeu os investimentos necessários para que a
capacidade produtiva da UNIBRÁS fosse cada vez maior.
A década de 1990 abriu mais portas para a empresa, que passou
a exportar para países da América Latina e América Central.
A construção de parcerias com grandes reflorestadoras aliadas à
ning of its activities, the Company has dedicated its business to
manufacturing granular ant bait to control leaf-cutting ants. At
that time, the product was formulated with Heptachlor as the
principal active ingredient for controlling leaf-cutting ants, considered
one of the main pests that hinder the growth of any crop.
The innovative spirit has been present since the first years of the
Company. In the search for more efficient products, it launched
its new product, the ant bait based on the active ingredient,
Dodecachlor, duly registered in the competent federal and state
agencies. With this new technology, UNIBRÁS began to synthesize
this new active ingredient in its plant.
Ten years after its foundation, with a vision of the future
and increased demands, especially in the forestry segment,
UNIBRÁS once again innovated and invested in new equipment
and technology to expand its horizons. As a result, new automatic
packaging machines and pelletizer were acquired and installed,
leading to the Company tripling its production capacity to meet
the growth in demand. Consequently, an expressive volume of
formed baits began to be produced. As a result, the Company was
able to meet the ever-increasing market demand for the UNIBRÁS
product with the characteristics ideal for combating leaf-cutting
ants - the Atta MEX-S ant bait.
Also, in the 1980s, the expansion went beyond acquiring new
machines. And the Company acquired the land next to its plant,
expanding its area to approximately 30 thousand m². This new
area received the necessary investments to increase UNIBRÁS’
production capacity. The 1990s opened more doors for the
Company, which began exporting to countries in Latin America
and Central America. In addition, the construction of commercial
partnerships with large reforesting companies allied to its high
quality consolidated its Atta MEX-S brand in the market, which
was the key to this new project and new challenges.
40 www.referenciaflorestal.com.br
Junho 2022 41
Junho 2022 43
MINUTO FLORESTA
Novidades e
REENCONTROS
Foto: divulgação
Bayer deixa sua marca na
Show Florestal com um
lançamento de produto e
valorização dos clientes
AShow Florestal foi o primeiro grande evento
do setor desde 2019 e a Bayer aproveitou
esse evento para valorizar o contato com
seus clientes, destacar seus serviços e ter
como principal chamariz seus produtos para o
controle das plantas daninhas, como Block®, Esplanade® e,
principalmente, o grande lançamento do evento: o Fordor
Flex, nova versão do Fordor, que já é referência no setor
de florestas plantadas.
A Bayer levou um time altamente qualificado para a
feira. Representantes dos times de marketing, desenvolvimento
de produtos, eventos, vendas, técnicos e tantos
outros que fizeram do stand da Bayer uma experiência
sobre soluções completas para as culturas florestais.
Este herbicida pré-emergente é indicado para o tratamento
preventivo da infestação das plantas daninhas
e de plântulas recém-emergidas, nas culturas do pinus e
eucalipto. Fabricio Sebok, gerente de desenvolvimento da
Bayer, explica quais os principais diferenciais do Fordor Flex
em relação à versão anterior do produto. “Agora temos
a flexibilidade do tratamento tanto em pré quanto em
pós-plantio, além da flexibilidade da faixa de doses para
adequar ao histórico do banco de sementes da área a ser
tratada”, destaca Fabricio. Nas palavras da empresa, é o
mesmo Fordor que os clientes já conhecem, mas com mais
flexibilidade de uso.
Fabricio ainda comenta que o portfólio de herbicidas
oferecido pela Bayer permite a proteção contra as plantas
daninhas, em praticamente todo o ano, oferecendo
soluções completas para os clientes. “Nosso portfólio de
herbicidas e também de inseticidas continua muito forte
e continuamos inovando para cobrir as necessidades do
silvicultor”, complementa Fabricio.
Além dos produtos, a Bayer trouxe para a feira um
serviço que vem ganhando muito espaço entre os silvicultores.
O ForestView, que é um programa de prestação de
serviço com ênfase no combate a plantas daninhas. Ricardo
Cassamassimo, Head de Marketing ES Brasil, explica que o
ForestView apresenta o controle de plantas daninhas de
uma maneira inovadora para os clientes. “É um conceito
inovador que busca resolver as principais dores no controle
de plantas daninhas em florestas plantadas, esse conceito
traz toda nossa expertise para gerar os melhores resultados
na aplicação de nossos produtos, aliado a uma plataforma
digital que permite controle, monitoramento e rápida tomada
de decisão na operação florestal”, garante Ricardo.
Além disso, o Head de Marketing ES Brasil destacou a
importância do contato com os clientes depois de tanto
tempo distante. “Para nós é um prazer muito grande reencontrar
amigos e parceiros, ver negócios acontecendo e
fortalecer as parcerias”, sublinha Ricardo.
Fabricio Sebok exaltou a importância do evento não
apenas para a Bayer, mas para todo o setor florestal, que
estava ansioso para se reencontrar e que a Bayer não poderia
ficar de fora. “Além dos negócios, é importante para
avaliar o mercado, perceber as necessidades dos clientes e
apresentar o setor florestal para a sociedade, que convive
com as florestas, mas que talvez não conheça a complexidade
do setor”, ressalta Fabricio.
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LEGISLAÇÃO
AVANÇO LEGAL
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Aprovada em comissão
do senado, nova lei muda
entendimento sobre a
silvicultura
Fotos: divulgação
Junho 2022
47
LEGISLAÇÃO
AComissão de Meio Ambiente aprovou,
no dia 11 de maio, o Projeto de Lei do
Senado n° 214, de 2015, de autoria
do senador Alvaro Dias, que exclui a
silvicultura da lista de atividades potencialmente
poluidoras. Vale ressaltar que entende-se
por silvicultura o cultivo de florestas para extração de
matérias-primas. Agora, a proposta segue para a análise
do plenário.
Durante a reunião da CMA, o senador Alvaro Dias
reforçou que a atividade é benéfica ao meio ambiente
e gera renda e emprego aos brasileiros. O senador
afirmou que manter a silvicultura no rol de atividades
potencialmente poluidoras atravanca o desenvolvimento
econômico, impede a aceleração da atividade
e obviamente isso significa perder empregos, renda,
receita pública, além do que, a preservação ambiental
é essencial também nesse plantio de florestas. “O projeto
desonera, desburocratiza, facilita o avanço dessa
atividade essencialmente econômica, mas também
preservadora do meio ambiente”, pontuou Alvaro.
Para o presidente da APRE (Associação Paranaense
de Empresas de Base Florestal), Zaid Ahmad
Nasser, essa era uma pauta antiga do setor e um tema
que trazia muita preocupação. Segundo ele, o setor
de florestas plantadas movimenta, anualmente, o comércio
e os serviços locais dos municípios onde estão
instalados os plantios, bem como as indústrias e toda
a cadeia de suprimentos que fazem desta uma das atividades
de grande contribuição para a transformação
social e econômica de diferentes regiões do Estado do
Paraná. O Estado do Paraná, lidera o ranking de área
plantada de pinus, como 39,7% da área total, seguido
por Santa Catarina, que possui 34,5% de um total de
1.562.783 hectares de plantios florestais de pinus no
Brasil. Além disso, as empresas do setor estão atentas
à agenda mundial de sustentabilidade e a cadeia de
florestas cultivadas tem sido uma das agentes fundamentais
quando o assunto é conservação no Brasil.
Zaid explica que no Paraná, somente com as associadas
à APRE , para cada hectare de floresta plantada,
existe mais um hectare de floresta nativa destinada
à conservação. Porém, mesmo importante para
a economia do Estado e do Brasil, o setor enfrenta,
hoje, muitas burocracias para realizar a atividade, assim
como o fato de a silvicultura estar incluída no rol
de atividades potencialmente poluidoras, dificuldades
que acabam travando o crescimento do segmento
como um todo. “A aprovação do projeto de Lei 214
na Comissão de Meio Ambiente é uma vitória, notícia
muito comemorada pelo setor de base florestal paranaense”,
completou Zaid.
RESULTADOS PRÁTICOS
Caso seja aprovada em plenário, a silvicultura
estará isenta da cobrança da Taxa de Controle e Fiscalização
Ambiental, que é aplicada em atividades consideradas
potencialmente poluidoras e que utilizam
recursos naturais. Os recursos obtidos com essa taxa
custeiam as ações de fiscalização do IBAMA (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis).
Em entrevista à Agência Senado, o relator da matéria,
senador Roberto Rocha (PTB-MA), disse que um
dos benefícios da silvicultura é a recuperação de áreas
degradadas, que permite a recomposição da cobertura
vegetal, a contenção da erosão e o aproveitamento
econômico futuro de madeira e entre outros produtos
florestais. “A silvicultura é uma atividade muitas vezes
menos impactante do que a agricultura convencional,
que exige manejo muito mais intensivo, com maquinário
e uso de agrotóxicos”, argumentou Roberto.
48 www.referenciaflorestal.com.br
INFORME
Negócio FECHADO
Multinacional japonesa fecha contrato de fornecimento de
equipamentos e treinamentos para operadores
AKomatsu, líder na fabricação e fornecimento de
equipamentos, tecnologias e serviços para os
mercados de mineração, construção, industrial e
florestal, acaba de fechar um contrato comercial
com a Suzano para o fornecimento de equipamentos
florestais, que trabalharão do plantio à colheita nas
operações florestais da nova fábrica que a Suzano está construindo
no município de Ribas do Rio Pardo (MS).
As primeiras máquinas serão entregues ainda em 2022 para
apoiar na formação de mão de obra e iniciar algumas atividades
que precisam ocorrer antes do início da operação da fábrica,
prevista para o segundo semestre de 2024. Dentre os diferenciais
dos equipamentos florestais da Komatsu na indústria
está a recém-lançada Planter D61, uma inovação do mercado.
Fabricada no Brasil para atender o mercado florestal mundial,
a plantadeira D61 é um equipamento que realiza até cinco
atividades do processo do plantio de árvores com qualidade
e georreferenciadas em uma única vez, efetuando atividades
como abertura de cova, criação da bacia de irrigação, plantio,
georreferenciamento da muda, e irrigação georreferenciada em
quantidade desejada. Carlos Borba, gerente geral de Marketing
e Vendas da Komatsu Forest conta que o maior diferencial da
plantadeira é a velocidade e produtividade do equipamento,
“O preparo de solo e o plantio são etapas super importantes do
processo de formação da floresta, e a Planter D61 é um equipamento
já produzido em série que garante confiabilidade nesta
etapa do plantio”, garante Carlos.
Além da Planter D61, dentre os equipamentos que fazem
parte do escopo de operação na nova unidade da Suzano estão
também os harvesters de esteira PC200F – versão update equipadas
com os cabeçotes 370E, e os forwarders modelo 895,
equipamentos que garantem a qualidade necessária na operação
de colheita para suportar esse grande projeto.
SUPORTE E TREINAMENTO LOCAL
Já com uma filial em Três Lagoas (MS), a Komatsu Forest investirá
em sua segunda unidade no Estado, na cidade de Ribas
do Rio Pardo (MS), para atender de perto à demanda por peças
e oferecer assistência imediata para a nova linha de produção
de celulose da Suzano e os clientes da região. Essa filial contará
com um Centro de Treinamento de Manutenção e Operação
com foco em capacitar técnicos e instrutores. Carlos Borba afirma
que a empresa tem como objetivo aproximar profissionais
da região a máquinas de plantio e colheita florestal da Komatsu,
criando oportunidades de formação e trabalho na região
junto ao projeto. “Entendemos que multiplicar o conhecimento
técnico e operacional é uma forma de garantir que o uso dos
equipamentos ocorra da melhor maneira, explorando o potencial
ao máximo, sem comprometer a longevidade do produto”,
afirma Borba.
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Junho 2022 53
ESPECIAL
E
studos realizados pela divisão de Florestas da EM-
BRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária),
mostram que a perda de carbono em solos
convertidos para plantios florestais é de apenas
5% e não de 33%, como se acreditava anteriormente.
A atualização desse dado é fruto da evolução da ciência
brasileira, que passou a utilizar o IAC (Índice de Alteração de
Carbono no Solo) com base em informações oriundas de pesquisas
nacionais. Dessa forma, o índice representa com mais
fidelidade as especificidades do País e mostra maior potencial
de mitigação dos GEEs (Gases de Efeito Estufa) pelos plantios
florestais.
O trabalho utilizou como base estudos realizados no Brasil e
publicados entre os anos de 2002 e 2019, em áreas convertidas
para florestas plantadas de eucaliptos, pínus e acácia-negra.
Os dados envolveram informações obtidas em nove Estados:
RS, SC, PR, SP, ES, MG, BA, PA e MS, que abrangem mais de 8,6
milhões de hectares de plantios florestais. Josileia Zanatta, pesquisadora
da EMBRAPA que coordenou o estudo, informou que
no caso desse índice, o valor de cálculo não estava condizente à
realidade dos plantios florestais. “No entanto, à medida que os
estudos avançam, cada país pode ajustar e refinar esses índices
para as realidades de seus cultivos, que foi o que fizemos com
os cultivos florestais analisados”, afirmou Josileia.
O tipo da planta cultivada interfere na cobertura vegetal
e, portanto, pode influenciar os estoques de carbono do solo,
alterando o equilíbrio entre o sequestro e as taxas de perdas de
carbono. Marcos Rachwal, pesquisador da EMBRAPA, explica
que o fato de usar um índice da agricultura acabava por penalizar
os plantios florestais, pois indicava que cerca de 33% do
carbono armazenado no solo era perdido após a retirada de vegetação
nativa, pastagem ou agricultura, seguido de conversão
para plantios florestais. “Comprovamos que, na realidade, esse
índice é de 0,95, ou seja, considera uma perda de apenas 5%, o
que representa uma grande diferença”, descreve Marcos.
Josileia Zanatta, aponta que quando considerada a conversão
de pastagens para plantios de eucaliptos foi observado
um ganho ainda maior, de até 10% nos estoques de carbono
no solo. “Historicamente, as conversões de pastagens para
plantios florestais prevalecem nos biomas brasileiros, desconsiderando
a Amazônia, e isso mostra a participação do setor
de base florestal no enfrentamento às mudanças do clima”,
discorre Josileia.
Outra constatação desses estudos foi a alta performance
do solo como estocador de carbono. O volume armazenado
é equivalente ao carbono acumulado na biomassa florestal e,
por vezes, até maior. Marcos Rachwal comenta que além disso,
os solos dos plantios florestais podem agir como sumidouros
de metano, por meio de microrganismos presentes no solo, as
bactérias metanotróficas, que consomem o metano e contribuem
para a redução da concentração desse gás na atmosfera.
“Todos os solos bem aerados e sem excesso de umidade, sob
florestas plantadas ou nativas, têm essa capacidade”, garante
Marcos.
APRESENTAÇÃO INTERNACIONAL
Os estudos da EMBRAPA Florestas possibilitaram ainda que
a categoria Reflorestamento, no IV Inventário Nacional de Emissões
e Remoções de Gases de Efeito Estufa, parte integrante
da IV Comunicação Nacional do Brasil à Convenção do Clima
54 www.referenciaflorestal.com.br
Junho 2022 55
COLUNA
Foto: divulgação
Indignação
Cidadã
Waldemar Vieira Lopes
Consultor florestal e diretor da
LSS-Lopes Serviços e Soluções
Contato: waldemarvieiralopes@terra.com.br
A consciência quanto à indignação cidadã pode ser vista
inicialmente a partir de uma citação de Platão quando
diz: “O castigo dos bons que não fazem política é serem
governados pelos maus”
O
s Verdadeiros Brasileiros têm que estar mais
atentos do que nunca às armadilhas preparadas
pela esquerda extremista e maniqueísta,
ávida por trazer o ex presidiário novamente
à cena do crime e, é chegada a hora de posicionamento,
a hora de decidirmos quem queremos para
governar o futuro de nosso Brasil e o futuro de nossos filhos
e netos.
Vejam o exemplo da França, que agora se revolta com
a eleição de Macron e nada poderá fazer pelos próximos 4
anos. Entretanto mais de 16 milhões de franceses não compareceram
às urnas ou anularam seus votos, deixando claro
de que quando se terceiriza a escolha, perde-se o direito de
reclamar sobre qualquer resultado que seja.
Devemos ter cuidado com discursos de “Deuses do
Olimpo”, cultuadores do Álter Ego e vendo a si próprio como
detentores de toda a sabedoria do mundo, cegos e surdos
ao fato de que o comunismo matou mais gente que todas as
guerras juntas e, grande parte usando para sua batalha diária
nossas entidades de ensino, cargos públicos, meio político e
grande parte da mídia, com finalidade precípua e objetivo
maior de deseducar nossos filhos, incutindo-lhes raízes comunistas
para que se vejam deslocados ao viverem em uma
família de classe média, visando convencê-los de que prosperidade
só ocorre à custa de trabalho escravizante ou meios
espúrios, posto que acumular riquezas, além de politicamente
incorreto é por certo pecaminoso, daí a estratégia de se incrementar
votos nessa faixa etária, contando que encontrarão
nesse universo mentes mais reativas e menos analíticas e,
havendo desatenção de pais que não discutem política em
suas casas, tornam-se um alvo facilmente cooptável para suas
fileiras.
Nesses tempos cinzentos nos tornamos reféns de uma
Ciência Ideológica que jamais poderá ser chamada de ciência,
carregada com bateria emocional e contraditória, necessitando
de políticos e politização para se manter viva e acusatória,
responsável pela estagnação econômica no período
de pandemia e divisão por nichos pró e contra vacinas, não
permitindo raciocínio próprio à população como um todo,
empobrecendo o país pelo fechamento de inúmeros postos
de trabalho e buscando a visão de um Estado salvador e caçador
de votos.
Liberdade, coerência, decisão própria e não tutela do
Estado, esse é o oxigênio indispensável para sobrevivermos
nesse ambiente hostil criado por defensores da ditatura
do proletariado, capitaneada por inúmeros partidos que se
uniram para que a qualquer custo consigam a retomada de
poder, trazendo como alternativa para as próximas eleições,
o ex-presidiário que surrupiou a dignidade do povo brasileiro,
roubou seu futuro e quebrou inúmeras empresas do Estado
para investir em economias amigas e socialistas, no seu próprio
bolso e nos bolsos de seus maquiavélicos amigos. Acorde
Brasil, não tivessem havido um sem número de crimes, não
teria retornado tanto dinheiro para cofres públicos por parte
de dirigentes sindicais, caixas partidários e amigos meliantes
do governo petista.
Somos reféns de uma justiça política que tenta a todo
tempo nos calar e colocar viseiras, mancomunada com Câmaras
de Deputados e Senado com rabo preso e que de há muito
não nos representam e caberá na eleição que se avizinha
56 www.referenciaflorestal.com.br
elegermos Presidente, Governadores, Deputados Federais,
Deputados Estaduais que tenham vínculo com moral, ética e
valores familiares.
Vivemos uma época de culto à anormalidade com criação
de situações controversas; vendidas pelos “Deuses do Olimpo”
e intelectuais de plantão; como meias verdades ou quem
sabe meias mentiras:
• Direito à desonra;
• Fofoca – através de meios de comunicação e culturais;
• Proliferação do medo;
• Hegemonização dos objetivos;
• Fusão entre a classe revolucionária e a classe política;
• Sucessão de governos análogos e corporativistas,
vendidos como se opositores fossem;
• Iguais se colocando em campos opostos, mas lutando
pelo mesmo objetivo de doutrinação do povo e
sua catequização ideológica;
• Alianças espúrias entre as mais diversas vertentes
políticas brasileiras com interesse de novamente lotearem
o país.
Fiódor Dostoiévski, pode nos fazer refletir sobre ideais
que a todo custo tentam nos empurrar goela abaixo:
• “Nosso grupo não consiste apenas naqueles que
cometem assassinatos e incêndios criminosos, gente
assim só atrapalha, eu não suporto essa falta de disciplina,
ora somos vigaristas e não socialistas, ouça,
seremos apoiados por todos eles”;
• “O professor que ri de Deus às crianças já em seu
berço, ele está conosco”;
• “O advogado que defende o assassino, rico e convicto,
já é dos nossos”;
• “Os colegiais que matam o mujique¹ para experimentar
a sensação são dos nossos”;
• “Os jurados que absolvem criminosos a torto e direito,
são dos nossos”;
• “O promotor que treme no tribunal por não ser suficientemente
liberal, é dos nossos”;
• “Há administradores, escritores, um assombroso número
dos nossos e eles nem sabem disso ainda”;
• “Hoje em dia ninguém tem idéias próprias, o Deus
russo foi derrotado pela vodca barata, as camponesas
estão bêbadas, as mães estão bêbadas e as igrejas
estão vazias, apenas espere essa geração crescer,
apenas espere que cresçam, uma ou duas gerações e
o crime deixará de ser uma loucura, mas o bom senso
justamente o bom senso da Rússia o transformará
em dever”. Trechos retirados de Os Demônios - Dostoiévicz 1872
¹ camponês pobre
Despertem, se indignem! Já nos dividiram por demais,
o silêncio e o comodismo deixam efeitos colaterais de difícil
reversibilidade, decisão não se terceiriza e é o tijolo para
construção do Brasil que queremos, mais solidário, menos burocrático,
com liberdade plena de opinião e qualidade de vida
compatível com as riquezas e potencial que detemos.
Junho 2022
57
FEIRA
Show Florestal
2022
Fotos: REFERÊNCIA / MALINOVSKI
58 www.referenciaflorestal.com.br
A feira promoveu negócios e
reencontros entre clientes,
fabricantes e fornecedores do
setor florestal
O
setor florestal estava carente de um eventopresencial.
A Feira Show Florestal, realizada
em Três Lagoas (MS) foi o primeiro grande
evento do setor desde 2019. Segundo os
organizadores o evento contou com 140
expositores, 7.188 visitantes e movimentou um volume total
de negócios fechados de R$ 175 milhões. Ricardo Malinovski,
organizador do evento, estava mais do que satisfeito com os
resultados da feira. “Show Florestal superou todas as expectativas
que tínhamos para o evento”, ressalta Ricardo. Para o
organizador o evento deste ano demonstra a força do setor
e abre as portas para a Expoforest 2023. “Serão 2,5 milhões
de metros quadrados, 250 expositores e já fechamos mais
de 100 espaços durante a Show Florestal”, revelou Ricardo.
Segundo os organizadores
o evento contou com 140
expositores, 7.188 visitantes e
movimentou um volume total
de negócios fechados de R$ 175
milhões
Junho 2022
59
FEIRA
APLIC CERTO
Aplic Certo é uma empresa especializada em soluções de
aplicação para o setor florestal e fez a sua primeira participação
em uma feira deste porte. Lívia Borges, CEO da Aplic Certo,
destacou que a feira foi extremamente gratificante e os produtos
que foram levados para o evento facilitaram a realização
de negócios da empresa. “Trouxemos controladores de vazão
de operações florestais, um de adubo e outro de pulverização,
que vão marcar o setor, sendo uma silvicultura antes e outra
depois dos nossos equipamentos”, destacou Lívia.
ARBORGEN
A Arborgen, especializada em aprimoramento genético de
pinus e eucaliptos aproveitou a feira para fortalecer o nome no
mercado. Gabriela Monnerat, diretora da empresa, valorizou
o mercado do Mato Grosso do Sul, o maior mercado de mudas
do Brasil. “Essa é a terceira feira que fazemos no Estado e
através de parcerias de licenciamento de materiais genéticos
oferecemos mudas que se adaptam melhor para aumentar a
produtividade da área produtiva”, valorizou Gabriela.
BAYER
A Bayer Florestal trouxe para o evento novidades de produtos e
serviços. Ricardo Cassamassimo, gerente de marketing da empresa
valorizou o Fordor Flex, herbicida renovado pela empresa. “Ele tem
toda a qualidade já conhecida do Fordor, mas com variação de dose
maior, chegando ao pré-plantio, ampliando o campo de ação do
produto”, descreve Ricardo. Gustavo Marton, gerente comercial da
empresa, destacou, ainda, o programa Forest View de combate às
formigas. “O Forest View é um pacote de soluções com serviços e
produtos personalizados para atender cada cliente de maneira especifica”,
enalteceu Gustavo.
BACHIEGA
A Bachiega, destaque no setor de implementos rodoviários,
levou para a feira um conjunto de nove eixos desenvolvido
para Enebra Energia. Fábio Bachiega, diretor da Bachiega,
ressaltou o mercado aquecido que pôde perceber durante o
evento. “As pessoas estavam carentes de um evento como a
Show Florestal. Nos surpreendemos com a presença de clientes
de tantas regiões brasileiras nesse retorno dos eventos
presenciais”, destacou Fábio.
60 www.referenciaflorestal.com.br
Junho 2022 61
FEIRA
Junho 2022 63
FEIRA
Junho 2022 65
66 www.referenciaflorestal.com.br
ECONOMIA
FUTURO
TRAÇADO
Fotos: divulgação
68 www.referenciaflorestal.com.br
Governo de Mato Grosso do Sul lança
plano para potencializar cadeia produtiva
que gera 27,2 mil empregos no Estado
Junho 2022
69
ECONOMIA
G
overno do Mato Grosso do Sul, por meio
da SEMAGRO (Secretaria de Meio Ambiente,
Desenvolvimento Econômico, Produção
e Agricultura Familiar) lançou o PROFLO-
RESTA (Plano Estadual de Desenvolvimento
Sustentável de Florestas do Estado de Mato Grosso do Sul).
O evento de lançamento aconteceu durante o Show Florestal
– Feira da Indústria do Eucalipto, realizado no espaço
Arena Mix, em Três Lagoas (MS).
O secretário Jaime Verruck representou o governador
Reinaldo Azambuja no lançamento e apresentou o PRO-
FLORESTA, resultado do trabalho dos técnicos da SEMA-
GRO, em parceria com o Sebrae-MS (Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Mato Grosso do
Sul), que realizaram a revisão e o aprimoramento do Plano
Estadual para o setor elaborado em 2009.
Jaime afirmou que essa demanda foi recebida por
meio da Câmara Setorial de Florestas e a partir daí a secretaria,
junto com o Sebrae, trabalhou na revisão e aprimoramento
do plano estadual, por meio do qual se pretende
fomentar a diversificação da produção, fortalecer o encadeamento
produtivo, ampliar a indústria de base florestal
de eucalipto, pinus e seringueira. ”Vamos aprimorar os
incentivos fiscais e criar um clima de negócios favorável,
com um nível de governança alinhado com as novas diretrizes
estratégicas do Governo do Estado, com a meta de
fazer o Mato Grosso do Sul ser Carbono Neutro até 2030”,
destacou Jaime.
De acordo com o levantamento da SEMAGRO, o setor
florestal de Mato Grosso do Sul é responsável pela geração
de 27,2 mil empregos sendo 14.901 diretos e 12.312 indiretos.
Em 2021, o segmento gerou 6.266 empregos a mais
em relação a 2020. Esse crescimento de postos de trabalho
deve continuar nos próximos anos, com os investimentos
já em curso no Estado, como o da nova fábrica de celulose
da Suzano, em Ribas do Rio Pardo (MS), no valor de R$
14,7 bilhões.
Mato Grosso do Sul conta atualmente com três fábricas
de celulose instaladas e em operação no município de
Três Lagoas: uma da Eldorado Brasil, com capacidade de
produção de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano;
duas da Suzano, que produzem 3,25 milhões de toneladas
por ano. A Suzano iniciou a construção de mais uma fábrica
no Estado, em Ribas do Rio Pardo, que será a maior
planta industrial de celulose do mundo, produzindo 2,55
milhões toneladas/ano.
Jaime Verruck, ainda, comentou que o Estado conta
atualmente com cerca de 480 estabelecimentos na cadeia
produtiva do setor, dentre empresas de cultivo de floresta,
extração de madeira, fabricação de papel, celulose e
derivados. “Nosso objetivo, com o PROFLORESTA, foi o de
estruturar um plano de desenvolvimento para promover a
diversificação e agregação de valor nos segmentos do Setor
Florestal em Mato Grosso do Sul”, acrescentou Jaime.
Levantamento da SEMAGRO aponta que, na última
década, as áreas de florestas plantadas com eucalipto e seringueira
em Mato Grosso do Sul cresceram a taxas anuais
de 14% e 18%, respectivamente. O Estado lidera a expansão
florestal brasileira superando 2 milhões de hectares de
florestas plantadas (somente de eucalipto, são 1,1 milhão
de hectares).
Atualmente, Três Lagoas é principal polo industrial do
setor, com mais de 400 empresas no distrito industrial. O
município tem mais de 10 mil empregos diretos gerados
pela indústria. O município é o primeiro no ranking nacional
de florestas plantadas, com 263 mil hectares.
70 www.referenciaflorestal.com.br
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PESQUISA
QUALIFICAÇÃO E
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Fotos: divulgação
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utilização de até 20
ferramentas, conforme
diâmetro externo do disco;
Caldeiraria
• Diâmetro externo e encaixe
central de acordo com
padrão do cabeçote;
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Junho 2022
73
PESQUISA
RESUMO
O
presente trabalho teve como objetivo
analisar as lesões causadas nas árvores
remanescentes após o ciclo operacional
do trator florestal harvester, nas
atividades de corte e processamento
da madeira em área de primeiro desbaste. A pesquisa
foi realizada em um povoamento de Pinus taeda L.,
localizado na cidade de Inácio Martins (PR). O sistema
de colheita avaliado foi o cut to lenght, foram instaladas
24 parcelas na área onde foram avaliadas as lesões
quanto a sua severidade, classificando-se em: leve,
moderado e intenso, a dimensão a qual foi dividida em
3 classes, frequência, posição na árvore em relação a
altura. Após a coleta dos dados eles foram agrupados
em três tratamentos, sendo T1 a base da árvore, T2 o
fuste e T3 a copa. Seguiu-se para a análise estatística,
o T3 foi descartado devido à ausência de danos, foi
realizado um teste de F para verificar se as variâncias
dos dados eram homogêneas, havendo homogeneidade
das variâncias, prosseguiu-se com o teste de T
para comparar as médias entre os tratamentos. Os
resultados não apresentaram homogeneidade entre as
variâncias dos tratamentos em relação ao número médio
de árvores danificadas na parcela, porém para o tamanho
médio do dano, houve homogeneidade, desta
forma, foi aplicado o teste de T o qual indicou que os
tamanhos médios das lesões entre os tratamentos não
apresentaram diferença significativa ao nível de 5% de
probabilidade de erro. Observou-se uma grande quantidade
de danos no tratamento T1, sendo os maiores
índices encontrados na severidade leve juntamente
com a menor classe de tamanho.
74 www.referenciaflorestal.com.br
INTRODUÇÃO
A partir de 1994, com a abertura do mercado brasileiro
para importações de máquinas, e a necessidade
de executar as atividades de forma ergonômica, obter
maior produtividade e diminuição dos custos de produção,
a mecanização da colheita florestal se consolidou
(MACHADO, 2014). O surgimento de equipamentos
modernos e ergonômicos, como skidder, harvester,
feller buncher e forwarder foram os responsáveis por
alavancar este processo.
Atualmente existem diferentes tipos de máquinas
utilizadas nas operações de colheita de madeira, estas
vão desde leves, que exigem menor grau de especialização
da mão de obra como as motosserras, as médias,
que englobam os tratores auto-carregáveis, mini
skidder, até as pesadas onde se exige uma maior especialização
do operador, devido a complexidade em se
operá-las, nesta classe estão tratores como harvester,
feller-buncher e forwarder.
A atividade de desbaste
consiste em reduzir o
número de indivíduos de
um determinado plantio e
proporcionar, assim, uma
menor competitividade, maior
espaço, luz e nutrientes,
melhorando o desenvolvimento
das árvores remanescentes
PESQUISA
A atividade de desbaste consiste em reduzir o
número de indivíduos de um determinado plantio e
proporcionar, assim, uma menor competitividade,
maior espaço, luz e nutrientes, melhorando o desenvolvimento
das árvores remanescentes. Segundo
Scheneider e Schineider (2008) a competição entre as
árvores causa uma diminuição no crescimento, e por
tanto se deve concentrar a produção em incremento
nas plantas que possuem melhores condições, e que
irão constituir o corte final, realizando a retirada das
que não atendam os objetivos finais. Além de gerar
uma maior qualidade da madeira, os desbastes evitam
perdas com árvores que não estão em uma condição
adequada e certamente morreriam naturalmente no
plantio (SMITH, 1962).
Segundo Cabral (2014) a mecanização do desbaste
é uma excelente inovação, muito importante para
se alcançar numerosas vantagens no processo de
produção de madeira. Em contrapartida aos estudos
que apontam a importância da operação de desbaste
existem as dificuldades e complexidades encontradas
na realização deste processo, principalmente o método
mecanizado, onde as máquinas tem dificuldades de se
locomoverem dentro dos talhões, devido à densidade
elevada (DROOG, 2016).
Este problema de locomoção pode gerar sérios
danos mecânicos às árvores remanescentes, como por
exemplo, as lesões no fuste, que podem deixar as árvores
susceptíveis ao ataque de pragas e doenças, causando
perda da qualidade da madeira e consequente-
76 www.referenciaflorestal.com.br
mente uma redução da produtividade final e prejuízo
econômico (LINEIROS et al. 2003; RIBEIRO et al., 2002;
VASILIAUSKAS, 2001).
Na operação de desbaste em florestas de Pinus
spp. no Brasil o sistema de colheita normalmente
utilizado é o de toras curtas, CTL (cut-to-length). O
desbaste é do tipo misto, onde é retirada de forma sistemática
a 5º linha do plantio e eliminação das árvores
seletivamente nas quatro linhas adjacentes (CABRAL,
2014). Em estudo realizado com sistema de toras curtas,
observou que o harvester durante as operações de
corte, teve um contato com 19,3% das árvores, sendo
que 28,2% destas foram danificadas (SIREN, 2001; VA-
SILIAUSKAS, 2001).
Além de gerar uma maior
qualidade da madeira, os
desbastes evitam perdas
com árvores que não estão
em uma condição adequada
e certamente morreriam
naturalmente no plantio
Essa é apenas uma versão parcial deste artigo, para
acessar o conteúdo completo, utilize o link: https://www.
acervodigital.ufpr.br/handle/1884/75419
AGENDA
AGENDA2022
JUNHO
2022
Imagem: reprodução
RoseWood 4.0
Data: 14 e 15
Local: Barcelona (Espanha)
https://rosewood-network.eu/
JUNHO
2022
JUL
2022
WOOD FOREST EXPERTS
O Wood Forest Experts é um programa de imersão
online com duração de cinco semanas e um encontro
semanal. Informações sobre setor florestal e sobre a
indústria da madeira são abordadas de forma inovadora
e impactante. Na primeira edição, o WFE contou
com a presença de 30 verdadeiros experts e formadores
de opinião sobre o assunto. Nesta edição, com
encontros semanais toda sexta-feira, os participantes
terão palestras sobre seis temas de grande relevância
para o entendimento completo do setor florestal.
Galiforest
Data: 30/06 a 02/07
Local: Boqueixón (Espanha)
www.galiforest.com
Imagem: reprodução
JULHO
2022
AGO
2022
VI CONGRESSO BRASILEIRO DE
REFLORESTAMENTO AMBIENTAL
IX Congresso Florestal Brasileiro
Data: 12 a 15
Local: Online
https://congressoflorestal-cfb.com.br/
O Congresso Brasileiro de Reflorestamento Ambiental é
um dos mais importantes Fóruns de inovação tecnológica,
atualização e intercâmbio técnico e empresarial
que integra os diversos agentes de desenvolvimento e
meio ambiente que atuam na área florestal e ambiental.
Todos os assuntos e atividades importantes ligadas ao
temário de reflorestamento ambiental, que envolvem o
público alvo, serão apresentados e discutidos, tendo a
oportunidade do (a) participante de se qualificar, trocar
informações, conhecer novas tecnologias, experiências,
serviços e produtos.
78 www.referenciaflorestal.com.br
AGENDA2022
JULHO
2022
JULHO
2022
AGOSTO
2022
Wood Forest Experts
Data: 16/07 a 20/08
Local: Online
www.woodforestexperts.com.br/
Interforst Munich
Data: 17 a 20
Local: Munique (Alemanha)
https://interforst.com/de/
VI Congresso Brasileiro de
Reflorestamento Ambiental
Data: 03 a 05
Local: Salvador (Bahia)
http://reflorestamentoambiental.com.br/
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Formigas Cortadeiras), realiza o monitoramento e determina a necessidade
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79
Evento online
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Technologies. Gustavo é formado em
Gestão e Marketing pela UNIP e tem mais
de 15 anos de experiência com estratégias
de vendas online
Boas práticas podem fazer
uma empresa muito mais
segura e preparada para
evitar ataques e vazamentos
Para a maioria dos profissionais de TI (Tecnologia
de Informação), a ameaça de um ataque de ransomware
é motivo para passar noites em claro.
Organizações de todos os setores, públicas ou
privadas, são vítimas em potencial, se não já
vitimadas. Na verdade, uma pesquisa recente da Veritas Technologies
sugere que as organizações tiveram 2,57 ataques de
ransomware que levaram a um tempo de inatividade significativo
nos últimos 12 meses, com 10% enfrentando um tempo
de inatividade que impactou os negócios mais de cinco vezes.
Embora o ransomware possa causar sérios danos ao negócio
e reputação das empresas, ele não é invencível. Na verdade,
é tão forte quanto o elo mais fraco das organizações. A boa
notícia é que há alguns passos que as empresas podem tomar
para evitar serem alvos de crimes cibernéticos e diminuir a
probabilidade de um ataque derrubar seus negócios.
Abaixo as melhores práticas que podem ser implementadas
para proteger dados e garantir a resiliência dos negócios.
Atualizações imediatas de sistemas e atualizações de
software - O uso de software desatualizado pode permitir que
invasores explorem vulnerabilidades de segurança absolutas.
Faça backup com frequência - Se você fizer backup de seus
dados, imagens do sistema e configurações com frequência,
sempre terá um local atualizado para retomar as operações se
o ransomware ocorrer.
Implemente o modelo e as políticas de confiança zero - O
modelo de confiança zero é uma mentalidade que se concentra
em não confiar em nenhum dispositivo - ou usuário - mesmo
que estejam dentro da rede corporativa, por padrão.
Segmentação de rede - Os invasores adoram uma única
rede contínua. Isso significa que eles podem se espalhar por
toda a sua infraestrutura com facilidade. Com este modelo,
as redes são divididas em várias zonas de redes menores e o
acesso é gerenciado e limitado, especialmente aos seus dados
mais importantes.
Armazenamento imutável e indelével - Uma das melhores
maneiras de proteger seus dados contra ransomware é implementar
um armazenamento imutável e indelével, que garante
que os dados não possam ser alterados - criptografados ou
excluídos - por um determinado período.
Funcionários treinados - É do conhecimento geral que
os funcionários geralmente são a porta de entrada para um
ataque. Não culpe seus funcionários - erros acontecem. Ataques
de phishing modernos e engenharia social agora são
tão avançados que muitas vezes enganam os profissionais de
segurança.
Manuais de ataque cibernético - Imagine se todos em
sua organização soubessem exatamente o que fazer e quando
enfrentar um ataque de ransomware . Isso não é impossível
se você criar um manual de ataque cibernético padrão que esclareça
as funções e alinhe e capacite equipes multifuncionais
com caminhos de comunicação claros e protocolos de resposta
em caso de emergências.
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Novo sistema de medição de
comprimento ainda mais preciso;
Novo projeto de chassis, mais
robusto, maior durabilidade;
Novos cilindros das facas de
desgalhe;
Pinos substituíveis do Link,
simplificando sua manutenção;
Novo acesso ao ponto para
lubrificação, mais segurança na
manutenção;
Nova geometria da caixa da serra,
que propicia um ciclo de corte mais
rápido com menor lasque da
madeira;
Anéis trava ajustáveis no conjunto
de medição do diâmetro, que
estendem a durabilidade dos
componentes.
Serviço: (41) 2102-2881
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