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Entrevista: Mercado da biomassa cresce no Brasil, mas precisa de atenção
DESENVOLVIMENTO E
SUSTENTABILIDADE
EMPRESA OFERECE SOLUÇÕES DE
QUALIDADE EM EQUIPAMENTOS PARA
MOVIMENTAÇÃO DE BIOMASSA
ECONOMIA
PORTO NO PARANÁ COMEÇA
EXPORTAÇÃO INÉDITA NO BRASIL DE
PELLETS DE MADEIRA PARA A EUROPA
PELO MUNDO
PESQUISADORES EUROPEUS COMEÇAM A PRODUZIR
ETANOL A PARTIR DE RESÍDUO MADEIREIRO
GERADOR DE AR QUENTE PARA
SECAGEM DE PRODUTOS
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SUMÁRIO
06 | EDITORIAL
Braço para produção
08 | CARTAS
10 | NOTAS
22 | ENTREVISTA
26 | PRINCIPAL
32 | PELO MUNDO
Madeira no tanque
38 | ECONOMIA
Do Brasil para o mundo
44 | MERCADO
Cenário positivo
50 | EVENTO
54 | ARTIGO
62 | AGENDA
66 | OPINIÃO
Sustentabilidade: preocupação
e verdade naquilo que fazemos
04 www.REVISTABIOMAIS.com.br
EDITORIAL
Na capa deste mês é estampado
maquinário da Rocha Equipamentos
para abastecimento de caldeiras, que
utilizam biomassa como combustível
BRAÇO PARA
PRODUÇÃO
A
produção de energia elétrica de origem renovável no Brasil é três vezes superior à mundial.
No país, 83% da eletricidade produzida vem de fontes renováveis. Já no mundo, essa proporção
chega a 27%. Com a biomassa cada vez mais inserida nas indústrias, oferecer soluções de
qualidade para a alimentação de combustível nas caldeiras é fundamental. Assim, a Rocha
Equipamentos trabalha há 12 anos para suprir essa demanda no mercado e busca continuar crescendo
para manter o status de referência no setor. Nesta edição, o Leitor também irá conferir uma entrevista
exclusiva com Alex Wellington dos Santos, presidente da ACR (Associação Catarinense de Empresas
Florestais) sobre as expectativas do mercado da biomassa no Brasil, além de reportagens especiais sobre
inovação, mercado e muito mais. Tenha uma excelente leitura!
EXPEDIENTE
ANO IX - EDIÇÃO 51 - JUNHO 2022
Diretor Comercial
Fábio Alexandre Machado
(fabiomachado@revistabiomais.com.br)
Diretor Executivo
Pedro Bartoski Jr
(bartoski@revistabiomais.com.br)
Redação
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Crislaine Briatori Ferreira - Gabriela Bogoni
Larissa Purkotte - (criacao@revistareferencia.com.br)
Mídias Sociais
Cainan Lucas
Representante Comercial
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop
Dep. Comercial
Gerson Penkal - Carlos Felde
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Fone: +55 (41) 3333-1023
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independente, dirigida aos produtores e consumidores de
energias limpas e alternativas, produtores de resíduos para
geração e cogeração de energia, instituições de pesquisa,
estudantes universitários, órgãos governamentais, ONG’s,
entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente
ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS não se
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materiais de responsabilidade de seus autores. A utilização,
reprodução, apropriação, armazenamento de banco de dados,
sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras
criações intelectuais da REVISTA BIOMAIS são terminantemente
proibídas sem autorização escrita dos titulares dos
direitos autorais, exceto para fins didáticos.
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CARTAS
CAPA
O empreendedorismo tem que ser sempre incentivado no Brasil. Exemplos de empresas que
começam do zero e chegam no alto têm que sempre ganharem espaço.
Marcelo Bueno – São Paulo (SP)
Foto: divulgação
ENTREVISTA
Que a pesquisa e a ciência no Brasil sigam sendo prioridade. Essa iniciativa do pessoal do SENAI (Serviço Nacional da
Indústria), no Mato Grosso do Sul, merece todo apoio!
Luciana Bastos – Uberlândia (MG)
INOVAÇÃO
A biomassa da madeira é um dos principais exemplos de como reaproveitar os resíduos produtivos. É uma verdadeira
mina de ouro.
Carlos Gesicki – Lages (SC)
MERCADO
Investimentos públicos em fontes renováveis são essenciais para mudanças concretas
na forma como a energia é tratada e oferecida ao consumidor no país.
Ana Luiza Salto – Campinas (SP)
Foto: divulgação
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NOTAS
ENERGIA LIMPA
A produção de energia elétrica de origem renovável no Brasil é três vezes superior à mundial. No país, 83% da eletricidade
produzida vem de fontes renováveis. Já no mundo, essa proporção chega a 27%. Os dados foram divulgados durante o
Seminário Energia, Desenvolvimento, Desafios e Oportunidades, promovido pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de
Janeiro) e o Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro, recentemente. O evento virtual reuniu autoridades e especialistas do
setor para debates sobre a produção energética do país e teve participação do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações,
Paulo Alvim. Ele avaliou que o país já é reconhecido como importante fonte geradora no cenário mundial em relação à segurança
energética e que o Brasil vem sendo referência em soluções diferenciadas no setor de óleo e gás. Na visão do ministro,
o Estado do Rio de Janeiro tem um papel diferenciado para a produção de novos combustíveis e energia limpa que deve ser
aproveitado. “O Rio de Janeiro não pode perder essa nova janela de oportunidade, quando falamos dos novos combustíveis
da produção limpa, ou seja, contribuição científica e tecnológica. É um diferencial que precisa ser potencializado, pois falamos
da geração de postos de trabalho, de renda, de nota fiscal, retomando um papel que o Rio de Janeiro sempre teve na área.”
Ainda no seminário, o ministro Paulo Alvim destacou os esforços para a produção de energia nuclear no país. "Não só
como alternativa de geração de energia, mas como aplicação das tecnologias nucleares na área de saúde, na área de alimentos,
ou seja, na sua diversidade de benefícios que traz para a sociedade.”
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Paulo César Magalhães
Domingues, mostrou o volume crescente de investimentos que vem ocorrendo no setor de energias limpas e renováveis. "Faremos
o maior leilão em termos de investimentos, serão mais de 15 bilhões lá na Bolsa de Valores de São Paulo. Ano que vem
vamos bater todos os recordes de citação de obras de transmissão. O total previsto vai chegar a R$ 50 bilhões de investimento,
já prevendo dois bipolos para o nordeste, para escoar a produção, já que o nordeste é um grande exportador de energia."
O diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), almirante Rodolfo Saboia, indicou
que o mercado de gás natural no Brasil tem passado por uma transformação ainda maior que o de petróleo, mas esbarra na
necessidade de uma estrutura maior para se desenvolver. “O Brasil carece enormemente de infraestrutura de gás natural.
Temos algumas centenas de vezes menos quilômetros de gasodutos que os EUA (Estados Unidos da América), do que a
Argentina. A gente já está vendo uma dinâmica diferente no mercado de gás natural, caminhando de um mercado que saiu
do monopólio de fato da Petrobras, para um outro com simplificações regulatórias, porque o regime agora não é mais de concessões,
agora é de autorizações, o que tem estimulado o mercado.”
Dados divulgados no seminário mostram que o Brasil é um país de energia limpa, com 46% de toda sua fonte vinda de
energia renovável, contra 14% no mundo. No setor de biocombustíveis, o país é o segundo maior produtor. A energia solar é a
fonte que mais aumentou de produção no país, atualmente na 13º posição mundial.
Foto: divulgação
10 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Foto: divulgação
AMAZÔNIA LEGAL
Moradores de regiões de difícil acesso, principalmente na Amazônia, utilizam geradores movidos a óleo diesel para produzir
energia elétrica. Além de custar caro, essa fonte é mais poluente. Para resolver essa situação, o Governo Federal publicou um decreto
que regulamenta o Pró-Amazônia Legal (Programa de Redução Estrutural de Custos de Geração de Energia na Amazônia Legal) e de
Navegabilidade do Rio Madeira e do Rio Tocantins, previsto na lei que autoriza o processo de desestatização da Eletrobras.
Durante 10 anos, o programa vai receber R$ 295 milhões anualmente da Eletronorte para serem investidos em projetos que
reduzam os custos de geração de energia elétrica sustentado pela CCC (Conta de Consumo de Combustíveis). A CCC é um encargo do
setor elétrico brasileiro pago por todas as concessionárias de distribuição e de transmissão de energia elétrica. O dinheiro é usado para
subsidiar os custos anuais de geração de Sistemas Isolados, que são áreas ainda não integradas ao SIN (Sistema Interligado Nacional).
Cerca de 3 milhões de habitantes atendidos por sistemas isolados nos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima
serão beneficiados pelo Pró-Amazônia Legal. “Normalmente, essas localidades, por serem mais afastadas, utilizam muito os combustíveis
fósseis, o diesel. E nem sempre é possível atender essas comunidades 24h (horas) por dia. A ideia, ao introduzir o programa é
substituir o combustível fóssil pelo uso de fonte renovável de energia, combustíveis renováveis, eficiência energética, trocando equipamentos
e melhorando o uso de energia nessas localidades mais afastadas e, se possível, integrar essas localidades ao SIN, utilizando
linhas de transmissão ou linhas de distribuição”, explica o diretor do Departamento de Planejamento Energético do MME (Ministério
de Minas e Energia), Thiago Prado.
De acordo com o MME, o programa vai beneficiar a população de forma geral. “O programa consegue atingir não só aqueles que
estão vivendo nas comunidades isoladas, mas também os consumidores do Sistema Interligado, porque partes desses custos são
suportados na nossa tarifa na conta de luz”, ressalta Thiago Prado.
Os recursos do Pró-Amazônia Legal também devem ser aplicados na implementação de medidas que aprimorem a navegabilidade
do Rio Madeira, que vai de Rondônia ao Amazonas, e o Rio Tocantins, que nasce em Goiás e passa pelos Estados de Tocantins,
Maranhão e Pará. O decreto também institui o CGPAL (Comitê Gestor do Pró Amazônia Legal), formado por representantes do MME, do
Ministério da Infraestrutura (Minfra), dos Estados e distribuidoras da Amazônia Legal, que possuam sistemas isolados e de representantes
dos consumidores.
O Comitê Gestor vai elaborar, anualmente, um plano de trabalho com ações a serem desenvolvidas para o próximo ano. O plano
também vai avaliar, propor diretrizes e definir ações para aplicação dos recursos. “Serão R$ 3 bilhões ao longo de 10 anos e o Governo
terá 15 anos para aplicar esse recurso. Caso esse recurso não seja aproveitado, vamos poder alocá-lo para a nossa Conta de Desenvolvimento
Energético, também visando reduzir a conta de energia elétrica”, conclui o diretor do Departamento de Planejamento Energético
do MME, Thiago Prado.
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
11
NOTAS
ITAIPU EM
REVISÃO
Representantes
do governo
afirmaram no
mês de junho, em
audiência pública
da Comissão de
Relações Exteriores
da Câmara dos
Deputados, que
o Brasil negocia a
redução da tarifa
de energia gerada
em Itaipu. No
acordo entre Brasil
e Paraguai para
construção da
usina, em 1973, foi
estipulada uma revisão dos termos para 50 anos depois, em 2023, quando a dívida da obra seria extinta. Mas, como a dívida
representa 66% da tarifa, a discussão entre os países pode representar redução já a partir deste ano. Também está sendo
discutida, por causa da revisão do acordo, a obrigatoriedade do país vizinho de vender para o Brasil a energia excedente de
Itaipu, sendo que cada um tem direito à metade da geração. Hoje, o Brasil compra 30% da parte paraguaia. Para o Paraguai,
a energia de Itaipu significa 85,6% do total consumido e para o Brasil, 8,4%. Na revisão do acordo, chamado de anexo C, o
Paraguai pode pedir para vender livremente a sua parte e esse é um dos pontos que devem ser negociados até agosto de
2023. O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, o contra-almirante Anatalício Risden Júnior, defendeu a redução da
tarifa, mas, segundo ele, o Paraguai quer manter o valor atual. Risden disse ainda que o Brasil tem estudos mostrando que o
Paraguai deve necessitar do total da sua parte na geração da usina só daqui a 10 anos.
O deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR) questionou o impacto nas negociações de relatório da Controladoria-Geral
da República do Paraguai que aponta débito de US$ 3,8 bilhões da Eletrobras com a Itaipu. "A dívida teria sido contraída no
período de 85 a 97, quando o Brasil teria pago menos que US$ 17,10 por KW (Quilowatt) pela energia de Itaipu. A Controladoria
interpreta a atuação do Brasil como uma violação do tratado assinado em 1973 e que deve ter o anexo C renegociado”,
alertou.
O embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva disse que uma auditoria nas contas da empresa teria que ser feita por uma
controladoria binacional para ser válida. Ele informou que a negociação com o Paraguai sofre alguma dificuldade por conta
de uma visão negativa da opinião pública paraguaia sobre o tema. “Tudo na usina é decidido por consenso entre brasileiros
e paraguaios, ou seja, o Brasil não decidiu nada sozinho e nem impôs nada ao Paraguai, mas há uma certa visão negativa
de alguns setores em relação ao papel do Brasil na construção e na gestão de Itaipu, que está longe de ser minoritária na
opinião pública paraguaia, infelizmente. E isso cria um ambiente um pouco mais difícil para as nossas negociações, porque
estimula algumas expectativas dificilmente realizáveis”, explicou.
O deputado Osmar Serraglio (PP-PR) solicitou às autoridades presentes a revisão da distribuição dos royalties de Itaipu
para compensar mais a cidade de Guaíra (PR). Segundo ele, a cidade perdeu a Cachoeira de Sete Quedas, que era a maior
do mundo, com a formação do lago de Itaipu em 1982. O deputado afirma que havia a promessa de que seria construída
outra usina na região, mas isso não aconteceu.
Foto: divulgação
12 www.REVISTABIOMAIS.com.br
STARTUP
A startup de energia verde Nextron Energia deu início às operações neste mês, ao
mesmo tempo em que anunciou a captação de US$ 2,285 milhões (R$ 11,5 milhões).
O aporte foi liderado pelo Valor Capital Group e com participação da Barn Investimentos,
fundo de capital de risco focado em greentech. O investimento do tipo seed (para
alavancar a empresa) também teve participação de investidores-anjo, family offices,
fudadores e executivos C-level (alto cargo) de diversas concessionárias de energia do
Brasil. O dinheiro será destinado à contratação de pessoas, especialmente nas áreas de
tecnologia e novos negócios, para aumentar a equipe para 50 funcionários até o fim do
ano. A proposta da Nextron — fundada por Ivo O. Pitanguy e Roberto G. Hashioka — é
uberizar a energia verde, isto é, conectar o consumidor de energia residencial e comercial
a um projeto de energia renovável por meio de uma assinatura. "Viemos para unir as duas
pontas e democratizar o acesso à energia renovável no modelo de marketplace'', compara
Pitanguy no comunicado à imprensa. A promessa da empresa é reduzir a conta de luz
em até 20% sem a necessidade de instalar placas solares no telhado. No lançamento do
serviço via site e aplicativo, a Nextron conta com o fornecimento de duas usinas fotovoltaicas:
uma no Mato Grosso do Sul e outra no Rio de Janeiro. A expectativa é que, até o
fim do ano, a Climatech possa oferecer em torno de 200 MW (Megawatts), o suficiente
para abastecer cerca de 36 mil clientes (considerando uma estimativa de consumo médio
de energia elétrica mensal em torno de R$ 1.000).
Foto: divulgação
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
13
NOTAS
ENERGIA RENOVÁVEL
Os clientes da Copel Mercado Livre já podem
comprovar que a energia adquirida no ambiente de
contratação livre provém de fonte renovável. A comercializadora
da companhia incluiu em seu portfólio
de produtos os I-RECs, certificados que atestam que o
cliente está consumindo energia proveniente de uma
matriz renovável, como eólica, solar, hidrelétrica ou
biomassa. “Com a aquisição dos I-RECs, as empresas
comprovam a origem da energia adquirida”, explica o
diretor-geral da Copel Mercado Livre, Fillipe Henrique
Neves Soares. “Atualmente, como o setor elétrico é
totalmente integrado, quem adquire energia no mercado
livre não sabe exatamente de onde ela vem. Com
a aquisição desses certificados, as empresas demonstram
seu compromisso com a sustentabilidade ao
comprovar que a energia que consomem provém de
uma fonte renovável.”
Os I-RECs (sigla em inglês para o modelo internacional
de certificados de energia renovável) fazem
parte de um sistema que permite rastrear o caminho
da energia, desde a geração até o cliente final. “Os
I-RECs são o produto ideal para as empresas que
precisam comprovar a origem de emissões do Escopo
2 – provenientes do consumo de energia elétrica
comprada do SIN (Sistema Interligado Nacional) – ou
então demonstrar ações de mitigação”, ressalta a superintendente
de compra e venda de energia da Copel
Mercado Livre, Ana Maria Antunes Guimarães.
A comercializadora da Copel passou a ofertar estes
certificados com o objetivo de atender as necessidades
e os compromissos dos consumidores do mercado
livre de energia. “Cada vez mais os investidores, os
clientes e a sociedade como um todo têm valorizado
práticas corporativas que priorizam a sustentabilidade
e ajudam a mitigar os efeitos das mudanças
climáticas”, diz a superintendente de governança e
sustentabilidade da Copel, Luísa Nastari. “A aquisição
dos I-RECs contribui para agregar valor aos produtos
e serviços das empresas ao comprovar que elas estão
comprometidas com práticas sustentáveis e alinhadas
à transição para uma matriz energética totalmente
renovável.”
Foto: divulgação
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CRESCIMENTO SOLAR
A energia fotovoltaica em telhados está em expansão no país. Segundo dados da EPE (Empresa de Pesquisa
Energética), a previsão é que o setor movimente mais de R$ 100 bilhões em investimentos de 2022 a
2031. Entretanto, no Brasil, apenas 1,3 milhão de consumidores de eletricidade já experimentam os benefícios
dos painéis solares.
Para alavancar ainda mais esse crescimento, um dos desafios é desmistificar a ideia de que a tecnologia
não é acessível. Apesar do custo de um sistema residencial para uma casa com quatro pessoas girar em torno
de R$ 15 e R$ 30 mil, atualmente, há mais de 70 linhas de financiamento disponíveis para essa categoria de
produto.
De acordo com uma pesquisa, elaborada pela Adventures, em parceria com a fintech MFS (Meu Financiamento
Solar), maior plataforma digital para crédito fotovoltaico, 60% do público desconhece que existem
linhas de financiamento para energia solar. O levantamento entrevistou pessoas, físicas e jurídicas, com
interesse ou que pretendiam instalar painéis solares no próximo ano.
A pesquisa, que contou com uma amostra de mais de 500 pessoas de várias regiões do Brasil, ainda revela
que o principal motivo pelo interesse em painel solar é a redução das despesas com energia elétrica (61%),
seguido da preocupação em preservar o meio ambiente (38%).
Por ser uma tecnologia sustentável, a produção de energia elétrica por meio do sol não emite gases causadores
do aquecimento global. Além disso, o sistema fotovoltaico é um investimento que gera autonomia e
economia de dinheiro a curto e longo prazos.
Ainda conforme o estudo, ao escolherem a energia solar fotovoltaica, os consumidores prezam por
qualidade e durabilidade dos equipamentos, itens racionais que indicam preferência por um produto com
retorno financeiro de longo prazo. Os atributos com critério de muita importância, como preço, manutenção
e impacto no meio ambiente, também se destacam acima da média, indicando a preocupação em utilizar o
produto por um longo período.
Outro dado interessante é que 18% dos respondentes não lembram de ter visto ou escutado informações
e notícias relacionadas ao painel de energia solar, demonstrando haver espaço para amplificar a comunicação
sobre o tema.
Foto: divulgação
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
15
NOTAS
Foto: divulgação
ALIANÇA 2.0
Uma iniciativa conjunta da Eletrobras, CNI (Confederação Nacional da Indústria) e Abrace (Associação dos Grandes
Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres) promete ajudar as empresas a reduzir o custo com
energia elétrica. A iniciativa, chamada de Programa Aliança 2.0 é voltada para aumentar os ganhos de eficiência energética
nos processos de produção industrial. Os interessados devem participar de uma chamada pública que analisará
as demandas.
O Aliança 2.0, que está inserido nas ações do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), visa a
atender 24 indústrias que fazem uso intensivo de energia em seus processos de produção. De 2022 a 2025, serão destinados
a essas indústrias R$ 20 milhões para o desenvolvimento de projetos de eficiência energética . Pelo programa,
as empresas selecionadas receberão, cada uma, R$ 400 mil e precisarão oferecer uma contrapartida no mesmo valor.
Além disso, as empresas terão que assumir o compromisso de implementar um plano de ação, construído junto com a
equipe técnica do projeto, para tornar os processos industriais mais eficientes do ponto de vista energético.
Podem participar do programa Aliança empresas de qualquer setor industrial com consumo mínimo de 10 MW
(Megawatts) médio de potência (87.600 MWh/ano) ou quantidade equivalente em energia térmica (gases e combustíveis).
Segundo a CNI, na primeira fase do programa, foram atendidas 12 plantas industriais dos setores siderúrgico,
químico, automobilístico e do cimento. A maioria dos projetos envolveu a otimização de processos, sem necessidade
de troca de equipamentos. “De um total de R$ 198 milhões em oportunidades de redução de consumo identificadas,
61% foram aprovadas e implementadas pelas empresas, gerando economia anual de R$ 122 milhões. Em termos energéticos,
evitou-se o consumo de 176 GWh (Gigawatts/hora) - o equivalente ao consumo mensal de quase 1,1 milhão de
residências -”, informou a CNI.
As inscrições tiveram início em maio, e o edital do programa é em caráter de chamada permanente, ou seja, só será
finalizado quando as 24 indústrias forem selecionadas. Para se inscrever no programa, basta acessar a página do Aliança
2.0. As empresas que participaram da primeira etapa poderão se candidatar novamente, desde que com plantas
industriais que não tenham sido selecionadas na edição anterior.
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Aumente sua
PRODUTIVIDADE!
Durabilidade Produtividade Economia
A DRV vem investindo em alta tecnologia para
inovação – o que resulta em melhoria dos
processos, aperfeiçoamento e desenvolvimento
de novos produtos para suprir as necessidades
do mercado de Biomassa, Florestal e Madeireiro.
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
NOTAS
MODERNIZAÇÃO
Novas tecnologias levam à possibilidade de
uso de novos equipamentos que proporcionam
novas formas de serviços e de relações comerciais.
A exemplo da telefonia, o setor de energia
também passa por esse processo e, diante dele,
tem procurado atualizar a legislação. Este foi o
tema debatido recentemente, durante o Ciclo
de Palestras sobre Legislação e Políticas Públicas
– evento promovido pelo Ipea (Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada). “Quando se fala
em modernização e liberalização do setor elétrico,
na minha cabeça tem, na ponta, energia mais
barata para empresas e consumidores”, defende o
presidente do Ipea, Erik Alencar de Figueiredo, ao
dar início ao evento que teve, como foco central, o Projeto de Lei 414/2021 que, segundo o governo, pode ajudar a modernizar
o setor, caso seja aprovado. Entre as possibilidades previstas pelo projeto, está a de permitir ao pequeno consumidor, liberdade
para escolher quem será seu fornecedor de energia. Na teoria, caso haja um mercado realmente competitivo, a expectativa é
que a consequência disso sejam preços mais baixos para o consumidor final. Essa liberdade de escolha já é praticada por grandes
e médios consumidores – em geral, indústrias – que adquirem energia via livre mercado. O desafio será o de estender aos
pequenos consumidores essa possibilidade. Para que isso seja possível, no entanto, é necessário, antes de tudo, entender quem
é esse pequeno consumidor. “Temos muitos brasileiros com renda próxima a um salário mínimo. Isso reflete a vida mediana dos
brasileiros. E há brasileiros cuja despesa com energia elétrica é bastante expressiva em termos de orçamento. Para boa parte
desses brasileiros, pelo menos 10% da renda é comprometida com energia elétrica”, aponta o presidente do Ipea ao apresentar
alguns dos dados coletados pelo instituto.
Segundo ele, conhecer esses brasileiros cujas despesas com energia elétrica e com gás de cozinha são consideráveis “é vital
para que as pessoas que conduzem as políticas públicas no Brasil tornem essas políticas provedoras de bem-estar social.”
De acordo com um levantamento apresentado pelo diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea,
Nilo Luiz Saccaro Junior, os indicadores de regulação do setor elétrico brasileiro estão muito abaixo dos observados nos países
integrantes da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). “No setor de eletricidade, o valor indicador
do Brasil - 2,06 pontos, em uma escala onde, quanto menor for o número, melhor a situação - é 42% superior à média dos países
da OCDE, que era 1,45 ponto, enquanto a média dos cinco melhores países era 0,39. No setor de gás natural, os números são
ainda piores para o Brasil, que teve 2,99 pontos contra 1,35 da média da OCDE”, revelou no discurso.
Segundo a diretora de Programa da Secretaria Executiva do MME (Ministério de Minas e Energia), Camilla Fernandes, a
indústria de energia elétrica está passando por mudanças cada vez mais profundas não apenas no Brasil. “Essas mudanças são
inevitáveis. Estamos falando de fontes renováveis; soluções tecnológicas; novas formas de gerar energia; novos modelos de
negócio; novas formas de interação com o consumidor. É algo que já está acontecendo em todo o mundo”, explicou. Ela lembrou
que no Brasil já existem mais de 1 milhão de unidades com geração distribuída instaladas, que geram quase 11 GW (Gigawatts)
de energia. Geração distribuída é uma modalidade na qual a energia gerada em residências ou condomínios – a partir da energia
solar coletada via placas fotovoltaicas, por exemplo – pode ser repassada a outros consumidores. Essa energia repassada ao
sistema pode então compensar parte da energia consumida pela unidade que a gerou, diminuindo os gastos com a conta de
luz. “Energias renováveis descentralizadas de pequeno porte espalhadas já são uma realidade no Brasil”, destacou a secretária do
MME, ao elogiar uma outra medida prevista no PL 414: a possibilidade de os consumidores escolherem de quem comprarão a
energia elétrica. Segundo ela, na forma como se encontra, o projeto tem o apoio do ministério, uma vez que leva em conta todo
trabalho feito pelo órgão, além da atualização dos estudos, visando os avanços legais. “Aguardamos avanços no legislativo. O desafio
da implementação e organização do setor é, na verdade, o desafio de equilibrar consenso, porque precisamos de consenso
no setor, com segurança regulatória e estabilidade jurídica, além de cumprimento dos contratos, de qualidade, porque não dá
para ser amador nesse ambiente, e de tempo. São critérios que se opõem, mas mudar o normativo é realmente uma necessidade
que se impõe para atender a realidade no setor”, argumentou a secretária.
Foto: divulgação
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NOTAS
FORÇA DO SOL
As famílias do assentamento Padre Acácio, no sertão
paraibano – região com um dos mais altos índices
de incidência de sol do Brasil, descobriram na energia
solar uma forma de baratear a produção de alimentos
e garantir a segurança hídrica da comunidade. A área
de reforma agrária, situada no município de Malta, a
aproximadamente 330 km (quilômetros) da capital,
João Pessoa, sofre com a irregularidade das chuvas.
Registrando mais de 3,2 mil horas anuais de insolação,
a região foi escolhida para receber a Usina Solar
Malta. Pertencente ao Complexo Fotovoltaico Angico
e Malta e de posse da SPE Malta Energias Renováveis,
o empreendimento entrou em operação comercial no
segundo semestre de 2018 com capacidade instalada
de 27,2 MW (Megawatts) e 31,59 MW de potência
pico.
Os painéis fotovoltaicos foram implantados na
área comunitária do assentamento Padre Acácio em
agosto de 2021, por meio de projeto da Diocese da
Igreja Católica de Patos, município polo da região. A
energia solar obtida substituiu a energia elétrica na
alimentação da bomba hidráulica do poço que abastece
a comunidade. As famílias não tiveram nenhum
custo com o sistema.
De acordo com a presidente da associação dos
agricultores do assentamento, Giliane Garcia dos
Santos, a água do poço é utilizada para a irrigação das
lavouras de frutas (goiaba, mamão, pinha e acerola) e
para os animais de pequeno e grande porte (caprinos,
ovinos e bovinos) de 23 das 28 famílias do assentamento.
“Também aproveitamos para lavar pratos e
roupas e tomar banho. Só não para beber porque para
isso usamos a água de cisternas”, contou a agricultora,
acrescentando que a conta mensal de energia caiu de
cerca de R$ 30 para, no máximo, R$ 5.
A instalação do novo meio de geração de energia
solar foi uma surpresa para as famílias, segundo Giliane,
pois a comunidade não teria condições de investir
na tecnologia com recursos próprios. “A gente ficou
muito feliz porque não imaginava que nosso assentamento
pudesse ser contemplado com um projeto
como esse, mudou a nossa vida”, disse.
Foto: divulgação
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ENTREVISTA
Foto: divulgação
ENTREVISTA
ALEX
WELLINGTON
DOS SANTOS
Formação: Graduado em Engenharia
Florestal pela UNC (Universidade do
Contestado), com pós-graduação em
Engenharia de Produção pela UDESC
(Universidade do Estado de Santa Catarina)
e Gestão Florestal pela UFPR (Universidade
Federal do Paraná)
Cargo: Presidente da ACR (Associação
Catarinense de Empresas Florestais)
COMBUSTÍVEL
DO FUTURO
A
biomassa cada vez mais tem surgido como uma opção confiável para a produção
sustentável de energia. Além de ter alto poder calorífico e baixo teor de cinzas, ainda
possibilita a utilização de um material que seria descartado no meio ambiente.
A busca do setor produtivo é por maior fomento para que a biomassa continue
a ganhar não apenas no Brasil, mas seja cada vez mais aceita no mercado internacional, em
especial na Europa. O presidente da ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais), Alex
Wellington dos Santos, concedeu entrevista exclusiva a Revista BIOMAIS sobre o cenário da
matéria-prima no Brasil e como o combustível pode ser ainda mais inserido no país.
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
27
PRINCIPAL
A
biomassa cada vez mais está inserida nas indústrias
brasileiras. A necessidade de uma
fonte de combustível que una qualidade de
queima e menor impacto ambiental coloca
essa matriz energética em foco.
“A biomassa é renovável, e muitas indústrias já produzem
seu próprio combustível, sendo autossuficientes.
É um mercado que está crescendo bastante, com
muitas empresas migrando do combustível fóssil para
biomassa”, complementa Roberto Rocha, sócio-diretor
da Rocha Equipamentos.
Além disso, a biomassa ainda vai de encontro com
outro item, o do desenvolvimento sustentável. O combustível
é gerado a partir de subprodutos das indústrias,
restos de móveis e construções, florestas renováveis,
entre outros resíduos orgânicos e animais.
Dentro desse cenário, a Rocha Equipamentos atua
desde 2010, oferecendo às indústrias equipamentos
para movimentação de biomassa, principalmente com
a finalidade de alimentar e abastecer caldeiras que se
utilizam deste combustível para geração de calor. Nesses
12 anos, a empresa tem se consolidado como uma
das referências no segmento.
Roberto Rocha trouxe para a empresa instalada na
cidade de Rio do Sul (SC) a experiência adquirida em
mais de 10 anos de atuação no departamento técnico
e de vendas em outras empresas do segmento.
“Em 2010 nasceu a Rocha Equipamentos, focada na
alimentação de caldeiras e movimentação de biomassa,
mas com o objetivo de fornecer soluções funcionais
e simples, um nicho que estava carente de fornecedores
especializados”, explica Roberto Rocha.
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
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PELO MUNDO
MADEIRA
NO TANQUE
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PESQUISADORES FINLANDESES E
ALEMÃES DESENVOLVERAM MÉTODO
PARA APROVEITAR RESÍDUOS
MADEIREIROS COMO MATÉRIA-PRIMA
NA PRODUÇÃO DE ETANOL
FOTOS DIVULGAÇÃO
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
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PELO MUNDO
P
esquisadores da TUM (Universidade Técnica
de Munique), na Alemanha, em parceria
com a LUT (Universidade de Tecnologia
Lappeenranta-Lahti), na Finlândia, desenvolveram
um novo processo para a produção de etanol
utilizando resíduos de madeira como matéria-prima.
Segundo os cientistas, o material a ser usado
pode ser obtido por meio da combinação das sobras
de áreas florestais e hidrogênio — proveniente de
um processo de eletrólise da água — permitindo
que o excesso dessa eletricidade seja utilizado na
produção do etanol. "O processo geral consiste
principalmente em subprocessos tecnicamente maduros.
No entanto, a hidrogenação do ácido acético
para produzir etanol é uma abordagem totalmente
nova", explica o doutorando em energias renováveis
da Universidade Técnica de Munique, Daniel Klüh,
autor principal do estudo.
Baseando-se nos valores de cada matéria-prima
no decorrer do ano de 2020 — e não nos preços
praticados pelo mercado atualmente — os pesquisadores
avaliaram a viabilidade econômica do novo
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
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ECONOMIA
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DO BRASIL PARA
O MUNDO
PORTO PONTA
DO FÉLIX IRÁ
EMBARCAR 120
MIL TONELADAS
DE PELLETS DE
MADEIRA ATÉ O
FINAL DE 2022
FOTOS ROBERTO MEIRELES
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
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ECONOMIA
A
ntonina (PR) foi o destino escolhido para
realizar uma operação inédita no Brasil de
exportação de pellets de madeira à granel.
Ao todo, 120 mil toneladas devem passar
pelo Porto Ponta do Félix, totalizando 9 navios até
o fim do ano. A carga - que até então era exportada
por contêineres - está sendo embarcada pelo método
bulk, com custos operacionais menores.
O produto é fabricado em Santa Catarina e será
desembarcado na Itália - com destino à Dinamarca
-, onde será utilizado como insumo em sistemas de
calefação. A primeira exportação foi de 15 mil toneladas,
realizada em dezembro de 2021 e o sucesso
da operação resultou em um novo contrato para
mais navios em 2022. “Combinamos com um pool de
fornecedores da região sul, capitaneado por um deles,
que foi o principal produtor desse comprador lá fora.
O contrato foi feito com o europeu, com a empresa
Dinamarquesa, que faz essa distribuição na Europa
e que fez o desenvolvimento dessa nova logística. A
logística nova consiste em receber a carga a granel na
Itália e distribuir em barcaças para outras regiões da
Europa”, explica o presidente do Porto Ponta do Félix,
Gilberto Birkhan.
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA 41
ECONOMIA
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MERCADO
CENÁRIO
POSITIVO
INDÚSTRIA DO PELLET
APRESENTA CRESCIMENTO
EM TODO MUNDO,
APOIADA EM NECESSIDADE
DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
FOTOS DIVULGAÇÃO
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
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MERCADO
O
s mercados industriais de pellets de madeira
vêm crescendo a uma taxa anual
de cerca de 1,66 milhão de toneladas
métricas por ano de 2010 a 2021. Esse
índice está sendo alcançado muito graças à preocupação
global com o meio ambiente, que fomenta a
busca de combustíveis oriundos de fontes renováveis
e do desenvolvimento sustentável.
Os pellets de madeira podem atuar de forma
complementar a outros modais renováveis como as
energias eólica e solar, que ainda buscam consolidação
como fonte elétrica primária a nível global.
“O Brasil pode ter um papel fundamental para as
mudanças climáticas em função da grande disponibilidade
de biomassa. Mas precisa dar exemplo
mundial em utilizar na matriz energética a biomassa
em substituição dos combustíveis fósseis como o
carvão, coque, gás natural e diesel por uma fonte
zero carbono como a biomassa de origem florestal
e da madeira”, explica Celso Oliveira, presidente da
ABIB Brasil (Associação Brasileira das Indústrias de
Biomassa, Bioenergia e Pellets) e diretor do Instituto
Brasileiro de Pellets.
Muitos países têm substituído o carvão por pellet
fuel de origem sustentável nas estações geradoras a
carvão existentes, em especial na Ásia e na Europa.
Ainda há expectativa que o Canadá e os EUA (Estados
Unidos da América) também possam estimular
políticas para a utilização desse tipo de fonte de
combustível. Essa tendência de aumento na procura
pelos pellets exige atenção para a oferta do produto
no mercado. Os principais usuários de produtos
florestais são os produtores de madeira, papel e
celulose, laminação, embalagens e compensados.
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EVENTO
BIOENERGIA
EM FOCO
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EVENTO REÚNE ESPECIALISTAS
PARA DISCUTIR CENÁRIO
OTIMISTA E MERCADO
PROMISSOR PARA
INVESTIMENTOS NA ÁREA
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
51
EVENTO
A
XXVIII edição da FENASUCRO & AGRO-
CANA – maior evento mundial voltado
exclusivamente ao setor de bioenergia
— foi lançada oficialmente na última semana
de maio, com destaque para o cenário otimista
e mercado promissor, incentivados, principalmente,
pelos investimentos em sustentabilidade e novos
projetos industriais. “Com a demanda cada vez mais
forte por sustentabilidade, o setor de bioenergia se
prepara para uma escalada de investimentos, devido
ao crescimento de seus produtos e subprodutos”,
explica Paulo Montabone, diretor da feira. “Isso
porque, nos últimos anos, a indústria de bioenergia
investiu grande parte de seus recursos em manutenção
de seus equipamentos. Agora, novos projetos e
nichos de mercado ganham evidência e receberão
investimentos em larga escala, como é o caso da
construção de novas usinas de biogás, de etanol de
milho e de etanol de segunda geração”, completa o
diretor da feira.
Ainda segundo Montabone, o setor é referência
em sustentabilidade, principalmente com os
biocombustíveis. “Já são cerca de 70 países que
estão utilizando o biocombustível como mistura, por
exemplo. O que faz com que o volume de negociação
no mercado tenha um desempenho melhor e
mais favorável do que nos outros anos”, enfatiza.
Reflexo do otimismo e do momento positivo, a
feira já está com todos os espaços comercializados
e tem uma expectativa de gerar R $ 5 bilhões em
negócios, iniciados durante o evento. Mais de 42 mil
visitantes/compradores vindos de 15 países e todos
os Estados do Brasil, são aguardados.
Ambientalmente sustentável, a produção de
biogás a partir dos resíduos de cana-de-açúcar é
um novo ativo das usinas sucroenergéticas, atrai
novos investimentos e terá destaque na FENASUCRO
& AGROCANA 2022. De acordo com a ABIOGÁS,
atualmente o Brasil desperdiça 100 milhões de m³
(metros cúbicos) de metano renovável por dia, que
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HÁ MAIS DE TRÊS DÉCADAS,
ESPECILIZADA EM EQUIPAMENTOS
PARA RECEPÇÃO, CLASSIFICAÇÃO,
PROCESSAMENTO, ARMAZENAGEM
E MOVIMENTAÇÃO DE BIOMASSA
TECNOLOGIA,
EFICIÊNCIA E
CONFIABILIDADE
ARTIGO
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
E EMPODERAMENTO
DAS SUAS POLÍTICAS
PÚBLICAS
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VERÔNICA DIAS MOREIRA GALLOTTI
FOTOS DIVULGAÇÃO
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
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ARTIGO
RESUMO
S
ustentável, sustentabilidade e desenvolvimento
sustentável são termos importantes e oportunos
atualmente, pois o ser humano por muitas
décadas usou desenfreadamente os recursos
naturais, desconsiderando as consequências ambientais.
Assim, muitas das intervenções humanas para atender às
suas necessidades acabaram colocando-o na situação de
ameaçar a sua própria permanência, pois a busca de um
desenvolvimento econômico sem precedentes, materializado
através de uma tecnologia cada vez mais voltada para
a acumulação econômica, traz consequências negativas ao
meio ambiente. A energia elétrica é um fator importante
para impulsionar o crescimento econômico, necessário à
melhoria de vida de grande parte da população mundial.
Para que o crescimento econômico e a proteção ambiental
não estejam dissociados, é necessário o seu envolvimento
com a evolução sustentável e com a busca e aprimoramento
de instrumentos para alcançá-lo. Com isso, este trabalho
tem o objetivo de mostrar a integração entre a política de
eficiência energética e ambiental em dois casos internacionais
que são uns dos mais avançados nesse aspecto e
o caso do Brasil, comparando-os. Procurou-se abordar a
reforma do setor elétrico, principalmente no que se refere
às implicações para a política de eficiência energética e
ambiental, ressaltando o valor da atuação do Estado como
regulador e regulamentador dos atos que dizem respeito
a essas políticas. Por fim, concluiu-se que a política de
eficiência energética requer a união de parcerias do setor
público com o setor privado e que a participação social
também é indispensável para a melhoria da eficiência,
além de elucidar sugestões de programas de eficiência
energética para o Brasil.
Palavras-chaves: Eficiência Energética, Política pública,
Sustentabilidade, Desenvolvimento Sustentável.
INTRODUÇÃO
Por muito tempo, a economia global enxergou o
planeta como uma fonte infinita de recursos, isso quer
dizer, como um subsistema dessa economia. A energia é
necessária para a produção, transporte, uso final e descarte
de qualquer bem ou serviço. Muitas de nossas necessidades
são supridas por serviços energéticos: iluminação,
refrigeração, condicionamento ambiental e tratamento de
água e esgoto, entre outros. Por isso, a energia é essencial
para o desenvolvimento humano de um país.
Nos países desenvolvidos, o principal motivo para
que haja implementação de eficiência energética é por
causa dos benefícios ambientais que essa implementação
traz, já que cada vez mais o conceito de sustentabilidade
é bem-visto pela população. O conceito do programa de
Eficiência Energética Sustentável é baseado no tripé: eficiência
energética, sustentabilidade e política energética,
que deve ser articulado de forma integrada, com apoios
sincronizados de forma a obter os benefícios pretendidos.
A relação entre programas de eficiência (água, energia,
reciclagem) proporciona a economia de recursos naturais.
Quando se investe em eficiência energética, há um retorno
de cerca de 20 a 25% dos recursos no curto prazo e no longo
prazo pode existir mais de 100% de retorno, além dos
ganhos ambientais. Para que haja consolidação, sucesso e
melhoria da eficiência na política, deve-se ter uma união
do setor público, setor privado e a participação social. As
últimas décadas do século 20 foram de transformações
com o uso mais consciente dos recursos naturais, refletindo
tanto nas políticas públicas quanto nas exigências da
população. Após décadas de consumo sem consciência,
causou esgotamento de recursos naturais e desconsideração
com as consequências ambientais. Nesse campo, o
setor energético passa a ser muito importante por causa
dos efeitos negativos ao meio ambiente e às populações,
causados por projetos de grande porte, desperdício, ineficiência
de sua produção e de uso.
As causas que incentivam um país a estabelecer
programas de eficiência energética são, principalmente,
de ordem econômica (diminuição de custos) e energético
(segurança no suprimento de energia elétrica). A maioria
dessas são subordinadas ao Ministério do Meio Ambiente
e órgãos afins, e seus objetivos centrais são: promover a
melhoria da qualidade de vida das populações e do meio
ambiente, através de programas de eficiência energética,
como o estímulo ao uso de fontes renováveis de energia,
incentivos financeiros para isolamento térmico, etc). Alguns
exemplos são a Australian Greenhouse Office (AGO),
Office of Energy Efficiency and Renewable Energy (EERE),
Energy Saving Trust (EST), a Agence de l’Environement et la
Matrise de Energie (ADEME) –, entre outras.
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é avaliar o que os países
têm feito para mudar a situação de consumo desenfreado,
principalmente após as reformas do setor elétrico ocorridas
majoritariamente nos anos 90 nos países citados neste
trabalho. Introduzir os conceitos de eficiência energética,
política energética, desenvolvimento e sustentabilidade,
diferenciando-os. Para chegar à abordagem de alguns
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ARTIGO
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AGENDA
JUNHO 2022
ECOENERGY
Data: 7 a 9
Local: São Paulo (SP)
Informações: feiraecoenergy.com.br/16/
DESTAQUE
SENDI VITÓRIA
Data: 21 a 24
Local: Serra (ES)
Informações: www.sendi.org.br/
AGOSTO 2022
Imagem: divulgação
XIII CONGRESSO BRASILEIRO DE
PLANEJAMENTO ENERGÉTICO
Data: 24 a 26
Local: Formato híbrido
Informações: www.xiiicbpe.com.br/
SETEMBRO 2022
ENERGY SOLUTIONS SHOW
Data: 27 a 29
Local: São Paulo (SP)
Informações: www.energysolutionsshow.com.br/
pt/home.html
OUTUBRO 2022
BRAZIL WINDPOWER
Data: 18 a 20
Local: São Paulo (SP)
Informações: https://www.brazilwindpower.com.br/
pt/home.html
FENASUCRO & AGROCANA
Data: 16 a 19 de agosto
Local: Sertãozinho (SP)
Informações:
www.fenasucro.com.br/pt-br.html
A Fenasucro & Agrocana, uma das maiores
e mais engajadas comunidades do setor
de bioenergia do mundo, reúne marcas e
profissionais dos principais pilares da matriz
energética e de todos os elos da cadeia
produtiva de bioenergia. Durante 365 dias ao
ano a marca cria experiências, apresenta tendências,
facilita networking e oferece conteúdo
técnico e profissional. Através de pesquisas
periódicas realizadas junto à comunidade,
a Fenasucro & Agrocana entende e prioriza
os mais importantes interesses de cada elo
da cadeia produtiva para oferecer conteúdo,
produtos e soluções que se encaixam melhor
a cada fase do ano em suas diversas plataformas
– sejam presenciais ou digitais.
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Evento online
De 12 a 15 de julho 2022
Estúdio de transmissão: Auditório do IBAMA Sede - Brasília(DF)
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-ES
EMPRESAS ORGANIZADORAS
OPINIÃO
Foto: divulgação
SUSTENTABILIDADE:
PREOCUPAÇÃO E
VERDADE NAQUILO
QUE FAZEMOS
S
oluções sustentáveis não podem ser enfeites em
eventos. A sustentabilidade não pode ser usada
como uma vitrine para a mídia, mas deve ser uma
verdade e uma conduta para que as pessoas a experimentem
e vivenciem, de modo a difundir essa cultura para o
maior número de indivíduos.
Meu grande legado é fazer da sustentabilidade algo natural,
trazendo esse conceito para perto de mim, da empresa
em que trabalho e de todas as pessoas que conheço, desmistificando-a
como algo distante e impossível e que só serviria
se fosse impecável. Para mim, sustentabilidade é tudo aquilo
que está ao nosso alcance, que pode e deve ser feito para
não agredir (ou, muitas vezes, para agredir menos) o meio
ambiente. Neste ano, participamos da Agrishow, uma das
maiores feiras agrícolas do mundo. Os eventos corporativos
e feiras se tornam uma grande oportunidade para que as
empresas participantes promovam e instituam suas opções
sustentáveis no momento de expor.
Muito diferente de uma ação greenwashing, temos uma
preocupação e uma verdade naquilo que fazemos, e não
divulgamos isso, porque não é sobre marketizar, é sobre
viver o que se propõe e acredita. Por isso, neste artigo estou
dividindo um pouco das minhas escolhas, com o intuito de
incentivar outros executivos que também possam surfar nesta
onda. Torna-se tudo muito fácil depois que é assimilado no
cotidiano.
Para começar, a questão não é somente com quais
materiais se faz o estande, mas sim o que se faz com todo o
material depois que a feira acaba. Onde se joga tudo e o que é
reaproveitado. É um novo mindset. Nesta feira, nosso estande
foi construído com algumas alternativas ecofriendly, com o
uso de estruturas de madeira de reflorestamento, compensados,
painéis de material reciclado e mantas, entre outras
preferências de materiais. Tudo foi construído de maneira
sustentável? Não, muita coisa infelizmente não tem material
disponível no mercado para substituição e muito menos com
valores absorvíveis dentro do budget para o evento. Também
não permito que a aparência seja rústica ou alternativa demais.
As pessoas confundem o sustentável com alternativo.
Mas esse não é o diferencial que desejo explorar. Isso é
apenas o compartilhamento das minhas escolhas.
O importante é que, como temos muitos eventos dentro
do nosso planejamento este ano, todo o material que usamos,
na estrutura e decoração, será reaproveitado nos demais que
faremos; assim, no término de cada evento não jogaremos
tudo fora tendo de fazer de novo no seguinte. Isso é uma
mudança e um diferencial.
Quanto aos resíduos gerados, o lixo, tudo foi separado e,
em parceria com ONGs locais, foi recolhido e distribuído. Na
comunicação visual, foram utilizadas bases de tecidos pet
reciclados, impressos por sublimação, o que visualmente não
mostra alteração – como já mencionei, não marketiza e não
sinalizamos isso, mas é nossa contribuição consciente ao meio
ambiente.
Sobre A&B, como nossa empresa tem o DNA da brasilidade
como um de seus pilares, sempre optamos por diferentes
experiências que remetam a diferentes cantos do Brasil.
Optamos por um coffee break orgânico e o principal: de produção
local. Assim, valorizamos e incentivamos o consumo e
a produção local, sem falar na geração de emprego. Isso deve
ser uma preocupação de todos.
Para os nossos brindes, como tratava-se de uma feira
agro, criamos uma versão moderna do embornal. O embornal
era usado antigamente por andarilhos para o transporte de
alimentos e sementes. Então, criamos um modelo estilizado
para o nosso brinde, com material de tecido pet, e também
oferecemos copos de fibra de coco. Hoje todo o material foi
desmontado e encaminhado para receber ajustes e limpezas
para a próxima montagem. Agora, o melhor e mais importante
de tudo: não gastamos absolutamente nem um centavo a
mais por fazer essas escolhas.
Acho que a mudança do mundo é esta. Todo mundo faz
um pouco, o que está ao seu alcance e, assim, um pouco vira
muito.
Por Daniela Robledo
Diretora de Marketing na empresa SOL Copérnico Energias Renováveis
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Unidos por um propósito: fornecer facas de
alta performance para a maior atividade
produtiva do Brasil - o Agronegócio.