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JUNHO 2022 • Nº 277 • ANO 27

conectando você ao mercado de seguros

Presidente reeleito da

Fenacor toma posse

em Brasília para gestão

2022-2026

>>

DYNAMIC CARE

FELICIDADE

Empresa que investe em pessoas e

coloca o cliente como protagonista

dos processos chega a R$ 50

milhões em prêmios administrados

>>

ESPECIAL SUL

Brasesul recebe mais de duas mil

pessoas em Foz do Iguaçu

Conheça as oportunidades de negócios

e produtos na região

Como os corretores de seguros

encaram o mercado regional



EDITORIAL

Uma região que valoriza

o mercado de seguros

Na retomada dos eventos regionais do mercado de seguros,

o Brasesul, encontro organizado pelos Sindicatos dos

Corretores de Seguros dos estados do Paraná, Rio Grande

do Sul e Santa Catarina, mostrou a ânsia dos profissionais pela volta da

convivência presencial.

Em dois dias de evento, mais de duas mil pessoas participaram

de palestras de representantes de seguradoras, líderes do setor e

motivadores. A impressão que ficou foi justamente a necessidade do

convívio dos entes do mercado para a resolução dos problemas. Na

Carta de Foz do Iguaçu, um documento produzido para reivindicar

junto aos seguradores as demandas dos corretores de seguros, um dos

itens é justamente a ampliação do atendimento aos distribuidores.

O resultado desta reaproximação presencial deve se refletir

na resolução de alguns problemas que assolam o mercado neste

momento, como o atendimento prestado pelos serviços de assistência

24h. De norte a sul do País os consumidores sofrem com a demora do

atendimento, desde o chatbot até o guincho, que pode levar horas para

chegar ao local do chamado.

Nesta edição especial sobre a região Sul do País traçamos

um perfil sócio-econômico dos três estados e apresentamos as

oportunidades de negócios que surgem a partir de quem está atuando

na ponta. Vocês irá conhecer um pouco mais sobre produtos com

particularidades regionais, como o seguro rural, o automóvel, o vida e o

empresarial. Damos destaque especial para a carteira de seguro saúde,

que representa uma expectativa de bons e novos negócios.

JUNHO 2022 • Nº 277 • ANO 27

EXPEDIENTE

Diretora de Redação:

Kelly Lubiato - MTB 25933

klubiato@revistaapolice.com.br

Diretor Executivo:

Francisco Pantoja

francisco@revistaapolice.com.br

Redação:

Nicole Fraga

nicole@revistaapolice.com.br

Colaborador:

André Felipe de Lima

Executiva de Negócios:

Graciane Pereira

graciane@revistaapolice.com.br

Diagramação e Arte:

Enza Lofrano

Tiragem:

12.000 exemplares

Circulação:

Nacional

Periodicidade:

Mensal

Os artigos assinados são de

responsabilidade exclusiva de seus autores,

não representando, necessariamente, a

opinião desta revista.

Esta revista é uma

publicação independente

da Correcta Editora Ltda e

de público dirigido

Boa leitura!

Diretora de Redação

CORRECTA EDITORA LTDA

Administração, Redação e Publicidade:

Avenida Ibirapuera, 2033 - cjto 183

Edifício Edel Trade Center

04029-901 São Paulo/SP

CNPJ: 00689066/0001-30

Mande suas dúvidas,

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ESPECIAL SUL

CONJUNTURA

Conheça um pouco mais sobre

a realidade socioeconômica

dos estados do Paraná, Santa

Catarina e Rio Grande do Sul,

bem como as oportunidades que

o mercado de seguros oferece

aos profissionais da região

>> PÁG. 14

COMERCIALIZAÇÃO

Conversamos com

corretores de seguros

que atuam na região

Sul para entender sua

forma de atuação e

como vêem os novos

desafios do setor

PRODUTOS

A região Sul possui

algumas particularidades

apresentadas nesta

matéria. Alguns

produtos têm maior

demanda e encontram

uma população com

consciência de proteção

ligeiramente mais

desenvolvida

>> PÁG. 20

ÍNDICE

05 gente

08 evento

Diretoria da Fenacor, liderada pelo

presidente reeleito Armando Vergilio dos

Santos, toma posse em cerimônia em

Brasília, para a gestão 2022-2026

10 capa

Dynamic Care aposta no investimento

na felicidade dos colaboradores e

beneficiários como caminho para

o sucesso. Empresa deve atingir

organicamente a gestão de mais de R$ 50

milhões de prêmios administrados por ano

ESPECIAL SUL

18 brasesul

Evento organizado pelos Sindicatos dos

Corretores de Seguros dos três estados

mostra que a volta para os encontros

presenciais é fundamental para a

resolução dos impasses do setor

25 wiz concept

Empresa mostra como investiu no

atendimento personalizado aos

produtores rurais da região Sul para

atender às suas demandas com maior

precisão

30 saúde

A distribuição de produtos de saúde na

região Sul é fortalecida pela ampliação da

rede de atendimento disponível para os

operadores de saúde

>> PÁG. 26

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores, não

representando, necessariamente, a opinião desta revista.

34 publieditorial

Too Seguros lança dicionário online

para facilitar o entendimento do segurês

e tornar os produtos de seguros mais

democráticos

4


gente

PLANEJAMENTO E CONTROLE

A Liberty Seguros

anunciou Patrícia

Magalhães como a

nova superintendente

de Planejamento

e Controle de Operações

e Sinistros da

companhia. Depois de

consolidar sua carreira

no mercado segurador, a executiva chega à

companhia com vasta experiência em gestão

de pessoas e produtos em diversos canais,

como corretores, bancassurance, digital e

parcerias.

“O sinistro é um momento chave na

jornada do segurado com a Liberty. Por isso,

meu grande desafio como superintendente

dessa área é trabalhar constantemente para

garantir a qualidade do serviço que oferecemos

e que a experiência de todos os nossos

clientes seja a melhor possível”, afirma Patrícia.

REFORÇOS

A Assurant anunciou novas

nomeações para a liderança da empresa

no Brasil. Walter Santos Neto

retorna à empresa para comandar a

Superintendência de Automotivo

da companhia no Brasil, área em

que o executivo já atuou anteriormente

como gerente geral, entre 2013 e 2018. Raquel

Rabelo Ferrarini assume o cargo de diretora de Recursos

Humanos, trazendo sua experiência de mais de 10 anos

em cargos de liderança em grandes

empresas na área.

“Estamos muito contentes

com a chegada de Raquel e Walter.

Acreditamos que somam esforços

ao time para seguirmos com os

bons resultados e adicionam a sua

experiência para ajudarmos cada

vez mais as pessoas a avançar no

mundo conectado”, afirma Ricardo Fiuza, presidente da

companhia para o Brasil e a América Latina.


gente

TROCA EM RESSEGURO

A Willis Towers Watson

Brasil anunciou Colin

James Gomm como diretor

executivo de Resseguros. O

executivo tem a missão de

apoiar o líder da área, Ricardo

Del Castillo, na prospecção

e no relacionamento

com os novos e os atuais clientes. Com mais de 28

anos de experiência em resseguros, Colin ocupou

posições estratégicas em diversas empresas do setor

de seguros.

RECURSOS HUMANOS

A Europ Assistance Brasil contratou Marcia

Lourenço como diretora de Recursos Humanos. A

executiva possui 30 anos de experiência na área de

estratégia de capital humano

e employer branding. Ela

também atuou como consultora

de projetos com foco

em pessoas, treinamento e

desenvolvimento em diferentes

mercados.

“Como possuo uma

visão 360° do mercado e vivência em posições executivas

nos setores financeiro, seguros e industrial,

sempre busco apoiar as empresas na definição de

estratégias alinhadas com o negócio, com foco no

cliente, em resultados e processos de qualidade”,

comenta Marcia.

NOVO SÓCIO

A Globus Seguros

tem um novo sócio, Wagner

Spindola. O executivo vai

liderar a carteira de seguros

de Transportes e, assim, ajudar

na expansão da corretora

ao longo deste ano. “A

Globus possui um enorme potencial de crescimento,

e a carteira de Transportes se fará presente neste

contexto. Quero agregar a experiência necessária

para atender as demandas de transportes de nossos

clientes e parceiros”, comenta Spindola.

CRESCIMENTO E MARKETING DIGITAL

A MAG Seguros criou a diretoria Executiva de

Marketing Digital e Growth, que será liderada por

Leonardo Secundo.

O executivo, que acumula

mais de 17 anos de experiência,

tem passagem por

diversos segmentos como

Varejo, Bens de Consumo e

Educação. Na MAG, Secundo

terá sob sua liderança as áreas

de Marketing Digital, Gestão da Marca e Gestão

do Relacionamento. A estrutura faz parte da diretoria

Comercial e de Marketing e o executivo irá se

reportar diretamente ao diretor Estatutário, Nuno

David.

COMANDO DIGITAL

A Alper Consultoria

em Seguros anunciou a contratação

de Gustavo Croitor

para Chief Digital Officer

(CDO). O executivo terá o

desafio de acelerar o ritmo

da transformação digital na

empresa. “Estou muito feliz

de fazer parte de uma companhia que vem investimento

fortemente em tecnologia e inovação. A Alper

vem se consolidando na digitalização e minha

chegada vai contribuir para a aceleração e consolidação

desse processo”, afirma Croitor.

LÍDER DE SEGUROS

A insurtech Flix contratou

Patrícia Martins para

comandar a área técnica

como head of Insurance da

empresa. Para a profissional,

a proposta da Flix de descomplicar

o setor de seguros

residenciais, tão engessado e burocrático, com altos

preços e linguagem de difícil compreensão, foi fundamental

para aceitar o convite. “Durante a minha

trajetória no mercado, um dos meus maiores desafios

sempre foi tentar traduzir o ‘segurês’ empregado

pelo setor, ressaltou Patrícia.

6



EVENTO

POSSE

Nova diretoria da Fenacor toma posse para gestão 2022/2026

A CERIMÔNIA DE POSSE DA NOVA DIRETORIA DA ENTIDADE, ELEITA EM CHAPA ÚNICA, ACONTECEU EM

BRASÍLIA, COM A PRESENÇA DE REPRESENTANTES DO GOVERNO E DO MERCADO DE SEGUROS

Nicole Fraga

Somos os maiores investidores institucionais deste

país, com reservas que ultrapassam a marca de R$

1 trilhão”, disse Armando Vergílio na cerimônia de

posse da nova diretoria da Fenacor (Federação Nacional dos

Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização,

de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de

Seguros e de Resseguros). A solenidade aconteceu em 31 de

Maio, no Hotel Windsor Plaza, em Brasília.

A nova diretoria da Fenacor foi eleita em abril, em

chapa única, para exercer o quadriênio 2022/2026, com mandato

de 1º de junho de 2022 a 31 de maio de 2026. Foram escolhidos

os membros efetivos e suplentes da Diretoria Plena

e das vice-presidências de Representação, de Ouvidoria e do

Conselho Fiscal. A cerimônia contou com a presença de diversos

representantes do Governo e do setor de seguros, que

se manifestaram sobre o reconhecimento da importância do

seguro para o Brasil. Entre as lideranças do mercado, compareceram

ao evento o superintendente da Susep, Alexandre

Camillo; o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira; o presidente

do Conselho Diretor da Confederação, Roberto Santos; e o

presidente do Ibracor, Joaquim Mendanha de Ataídes.

Em seu discurso de posse, Vergílio ressaltou o trabalho

feito pelo mercado para manter o país assistido mesmo

durante a pandemia de Covid-19. “Oferecemos todas as

garantias e proteções necessárias para os investimentos, a

conclusão das grandes obras, o amparo à saúde e a vida da

população e a formação de reservas que possam garantir um

futuro mais tranquilo e seguro para todos nós”. Ele ainda destacou

o papel dos corretores para a resiliência do segmento.

“Os corretores são fundamentais para que possamos cumprir

o nosso papel, pois além de saberem as reais dores dos clientes,

ajudam na conscientização da população sobre a necessidade

de estar protegida por uma apólice de seguro”.

Vergílio pediu a união do setor e o apoio de lideranças

políticas presentes no evento para atender as demandas do

mercado. “Aproveito a presença aqui das mais expressivas e

importantes lideranças políticas do Brasil e do alto comando

do setor e das maiores empresas e de todas as entidades do

mercado de seguros, além do comando do órgão regulador

e de supervisão, para reafirmar que estamos prontos para

ajudar o Brasil a retomar o crescimento econômico em bases

sólidas, com reflexos importantes na geração de empregos,

na produção das indústrias, na venda do comércio, no setor

de serviços. tudo isso com o selo de garantia e de proteção

que somente este mercado pode oferecer. porque esta é sua

atividade fim, a sua missão, o seu foco”.

Vergílio também demonstrou otimismo em relação ao

futuro do setor, comentando sobre alguns dados da indústria.

Somente no primeiro trimestre deste ano, o mercado de seguros

registrou uma receita de R$ 82,2 bilhões. O destaque

nesse período foi o Seguro Rural, que alcançou R$ 2,6 bilhões

em prêmios no acumulado de janeiro a março, aumentando

sua arrecadação em 50,3% em relação ao primeiro trimestre

do ano passado. “Oferecemos todas as garantias e proteções

necessárias para investimentos, conclusão das grandes obras,

amparo à saúde e à vida da população e à formação de reservas

previdenciárias, garantindo um futuro tranquilo para

todos. O seguro está presente nas 24 horas do dia de cada

cidadão brasileiro e de nossas empresas. Contem conosco”.

CONHEÇA OS MEMBROS DA DIRETORIA D FENACOR

PARA O QUADRIÊNIO 2022/2026:

PRESIDENTE: ARMANDO VERGÍLIO DOS SANTOS JÚNIOR.

1º VICE-PRESIDENTE: MANUEL DANTAS MATOS.

2º VICE-PRESIDENTE: LUCAS DE CASTRO SANTOS.

VICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIVO: MARIA FILOMENA MAGALHÃES

BRANQUINHO.

2º VICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIVO: CARLOS ALBERTO VALLE.

VICE-PRESIDENTE FINANCEIRO: ROBERT BITTAR.

2º VICE-PRESIDENTE FINANCEIRO: ÉRICO JOSÉ MELO NERY.

*Para conhecer a diretoria completa, acesse o site www.fenacor.org.br

8



CAPA

DYNAMIC CARE BENEFÍCIOS

Felicidade e

paixão pela

entrega

EMPRESA QUE SE DESTACA NACIONALMENTE

PELO CRESCIMENTO CONTÍNUO, DEVE ATINGIR

ORGANICAMENTE A GESTÃO DE MAIS DE R$ 50

MILHÕES DE PRÊMIOS ADMINISTRADOS POR ANO,

INVESTINDO EM PESSOAS E COLOCANDO SEMPRE

O CLIENTE COMO PROTAGONISTA DO PROCESSO

10


Paixão e competência por fazer as coisas de forma diferente,

mas com muita eficiência e agilidade. O grande desafio de

atender as necessidades dos departamentos de Recursos

Humanos que terceirizam todas as suas atividades, com um avançado

uso da tecnologia, mas com pessoas que conhecem o que fazem

e, acima de tudo, têm prazer em buscar soluções novas, motivou a

Dynamic Care a avançar no setor de administração de benefícios e

educação em saúde.

“Se a gente tem um propósito,

uma crença, um valor, nós

temos que segui-los

LEANDRO ALMEIDA,

CEO e Fundador da Dynamic Care

“Nosso desafio é perpetuar o atendimento

e melhorar a qualidade de vida e

resultados de nossos clientes, que estão

cada vez mais exigentes, com seus acionistas

cobrando resultados”, conta Leandro

Almeida, CEO e Fundador da Dynamic

Care, acrescentando que a empresa

está em fase de crescimento constante

e investimento, com alta rentabilidade,

muita inovação e fidelização.

O perfil jovem, visionário e audacioso

do líder da consultoria se reflete

na condução e na direção da empresa,

que busca, acima de tudo, a satisfação e

felicidade dos beneficiários clientes e de

seus próprios colaboradores. “Nosso grupo,

que já conta com aproximadamente

40 pessoas em seu universo, é formado

por executivos com mais de 15 anos de

experiência no mercado, oriundos de empresas

de ponta e especialistas do setor,

que possuem total autonomia nas decisões.

Fazemos um treinamento constante

com todos os colaboradores, em diversos

segmentos como tecnologia, técnicas de

vendas, tendências de mercado, legislação

do setor de saúde, gestão em saúde

e cultura da empresa”, enumera Almeida,

acrescentando que todos os funcionários

crescem junto com a Dynamic Care, seja

do ponto de vista financeiro, profissional

ou de aprendizado. Empreender com felicidade

é o objetivo do executivo que está

à frente da empresa.

NÚMEROS EM CONSTANTE

CRESCIMENTO

Com uma carteira de aproximadamente

50 mil vidas em todo Brasil, a empresa

já conquistou bons milhões anuais

11


CAPA

DYNAMIC CARE BENEFÍCIOS

Minha missão, aos 43 anos, como pessoa e CEO do grupo, é

ajudar a cuidar de pessoas, aprimorar, incentivar, motivá-las para

processos e realidades que talvez não estejam sendo vistas, em

virtude de uma sociedade impositiva, veloz e uma mudança radical

na nova forma de se relacionar”

LEANDRO ALMEIDA, CEO e Fundador da Dynamic Care

de faturamento. Para chegar a este número,

foram feitos investimentos financeiros

robustos na casa de milhões de reais,

na contratação e capacitação de seu

ativo principal: pessoas. A preocupação

da Dynamic é ter as pessoas motivadas,

preparadas e certas para cada especificidade

de projeto. A meta de crescimento

é compartilhada por todos, tornando

mais coesa a equipe.

Com todo este investimento, a

empresa caminha para chegar a mais de

R$ 50 milhões de prêmios administrados.

Isso graças à visão empreendedora

e flexível de Almeida, que fideliza, motiva

e desenvolve toda a cadeia de stakeholders.

“Nossa carteira conta com 90% de

empresas multinacionais. Por mais que

nossa estrutura matricial seja no Rio de

Janeiro, o nosso atendimento é direcionado

e realizado nacionalmente. Além de

São Paulo, que possui uma base forte da

operação, nossos clientes estão em todo

Brasil. Norte, Nordeste e região Sul”, enumera

o executivo.

A Dynamic investe constantemente

em parcerias estratégicas com empresas

que possuem canais de distribuição e

estruturas cativas, mas que não possuem

especialização em gestão e educação em

saúde. Um exemplo é uma de suas parcerias

com uma empresa multinacional

alemã que faz a gestão de riscos de três

mil CNPJ’s. “São alianças estratégicas com

exclusividade e muito direcionamento

para empresas que necessitam de gestão

em saúde e acompanhamento técnico

dentro do seu processo”.

Tudo isso sem citar o investimento da empresa em alta tecnologia,

em ferramentas e apoio aos programas de benefícios aos

seus clientes. “Entretanto, a nossa visão de redução de custos é bem

diferente da proposta atual de mercado, pois executamos os 3 Cs

(comunicação, comunicação, comunicação) conhecimento da cadeia

e autorização para ter proximidade dos colaboradores e de sua

família. Além da redução de custo, há economia reversa também”,

pontua Almeida.

A empresa acredita no desenvolvimento de novos produtos,

com a melhora e aprimoramento do processo já existente, como o

APP 360 em saúde, que é o Dynamic Care Health, onde o contratante

consegue acompanhar todas as informações da cadeia de benefícios

full time. “Todos os nossos clientes possuem uma inteligência

que permite uma visão da caixa preta da sinistralidade no processo,

onde é possível acompanhar todas as ocorrências em tempo real.

Isso muda o mindset da visão gerencial na gestão. Exemplo: no momento

de uma internação é possível acompanhar todo o processo

de custo, ocorrências patológicas e toda entrada e saída do caso em

evidência. Isso é um processo de humanização, compartilhado com

o RH, familiares e envolvidos”, ratifica Almeida.

GREAT PLACE TO WORK

Essa certificação e aprovação representa a cultura interna da

empresa e entrega a seus clientes, baseada em propósitos, felicidade

e paixão pelo que fazem. Isso por conta da forma como a empresa

desenvolve seus talentos e sua entrega ( ONE TEAM ). “Somos uma

consultoria que cresce de forma leve, com liberdade e autonomia,

mas com muita responsabilidade de resultado”, garante Almeida.

A Dynamic trabalha com cuidado e educação em saúde. Para

reduzir os custos dos clientes e o aumento de sua produtividade,

Almeida enfatiza três pontos: Comunicação, Engajamento e Controles.

O investimento e suporte contínuo em sistemas, app, central de

saúde 24h e uma equipe multidisciplinar formada por psicólogos,

ergonomistas, médicos, enfermeiros e nutricionistas, sustenta um

ecossistema de saúde em benefícios para os clientes e beneficiários.

“Nos preocupamos com o constante equilíbrio emocional, social,

físico, jurídico e familiar das pessoas. Fazemos gestão de saúde, programas

de qualidade de vida, mas, antes disso, vemos a qualidade, a

12


A pandemia me ensinou: no

momento em que todos se

distanciaram foi quando ficamos

mais próximos”

LEANDRO ALMEIDA, CEO e Fundador da Dynamic Care

liberdade e a felicidade das pessoas nas empresas”, antecipa o executivo,

mostrando que este é um dos motivos de ter uma carteira

tão fiel e fidedigna, que naturalmente aumenta suas referências de

serviços para novos clientes dentro de seus próprios clientes.

O selo GPTW contribui para captar novos talentos, uma nova

cultura e para mostrar os benefícios do cuidado e da produtividade

que a empresa oferece e como entender essas necessidades, sendo

elas dos colaboradores fora da empresa.

“Todos os funcionários da Dynamic são bonificados pelo resultado

da empresa, porque entendo que eles fazem parte de nossa

engrenagem”, complementa Almeida.

UM ECOSSISTEMA DE SAÚDE

Criar um jeito ‘Dynamic’ de ser aumentou

o índice de fidelização dos clientes.

O principal diferencial da empresa

são as pessoas que nela atuam, que motivam

e apoiam os clientes nas tomadas de

decisão: agilidade e velocidade no atendimento

e facilidade de reinvenção de

processos no resultado tangível e médio

prazo.

O modelo de atendimento não

é em modelo de esteira. “Quando conquistamos

um cliente, realizamos o

atendimento de acordo com o nicho de

sua atuação e indústria. Se a empresa é

de offshore, de varejo, fundo de investimento

ou logística, ela será atendida de

acordo com o benchmarking do negócio

dele”, antecipa Almeida.

Quando um novo cliente entra na

Dynamic, ele passa por um processo de

momento de reimplantação, comunicação

e ambientação. “Entendemos que a

comunicação faz com que o processo se

perpetue, porque o CFO terá o resultado

financeiro, o RH sua cultura e equilíbrio

do processo, e os colaboradores uma

consciência do seu pacote de benefícios

e de como e quando utilizá-lo”, afirma Almeida.

O executivo ressalta que o dever

da Dynamic, quando contratada, é ampliar

a cultura da empresa para o seu

colaborador, apoiando as ações do RH e

desenvolvendo técnicas para perpetuar a

qualidade de vida e o bom uso do plano

de saúde.

“Eu tenho paixão em escutar e conversar

com meus amigos e parceiros que

muitas das vezes estão em outras bandeiras,

mercado segurador e todos que

estão próximos. Na pandemia, enquanto

muita gente estagnou, nós aceleramos.

O cliente passou a se conhecer melhor e

entender o momento de se reinventar, e

foi quando saí da minha zona de conforto

e percebi o quanto estava preparado. Nós

crescemos no modelo de sempre investir,

porém a partir da entrada de novas receitas,

nós criamos as despesas como soluções

implacáveis na qualidade para nossos

clientes “, enfatiza o CEO e Fundador

da Dynamic Care.

13


ESPECIAL SUL

CONJUNTURA

Ecos do sul

ECONOMISTAS E REPRESENTANTES

DO MERCADO SEGURADOR DA

REGIÃO SUL EXPÕEM A REALIDADE

ATUAL DA ECONOMIA DO RIO

GRANDE DO SUL, DE SANTA

CATARINA E DO PARANÁ E COMO

OS SETORES RESPONDEM ÀS

ADVERSIDADES ATUAIS QUE

MOLDAM A CRISE SOCIOECONÔMICA

QUE ASSOLA O BRASIL

André Felipe de Lima

Gaúchos, catarinenses e paranaenses

não estão satisfeitos com o

rumo da economia do país. A realidade

dura da inflação pesa impiedosamente

no bolso de todos, sem distinção,

determinando o descrédito praticamente

generalizado, como indica o Radar Febraban

(Federação Brasileira de Bancos),

um estudo realizado em parceria com o

Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas

e Econômicas (Ipespe) e divulgado trimestralmente

para avaliar a expectativa

dos brasileiros sobre a situação da economia.

Os dados mais recentes do Radar

são de março e baseiam-se em uma

pesquisa executada de 19 de fevereiro a

2 de março. Nela indica-se que 13% dos

entrevistados da região Sul acreditam em

uma recuperação econômica em 2022 e

outros 66% só veem luz no fim do túnel

no próximo ano. A maioria dos cidadãos

escutados para o estudo concorda que a

grande vilã de contexto tão hostil na economia

é a inflação. Para 95% dos entrevistados

sulistas, os preços dos produtos

aumentaram muito de janeiro até março.

GAÚCHOS

Com aproximadamente R$ 482,5

bilhões registrados em 2019, o PIB do Rio

Grande do Sul mantém o estado como a

quarta economia do país, conforme da-

dos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Naquele

ano, como ressalta o economista-chefe da Federação das Indústrias

do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), André Nunes, a participação

do estado no PIB nacional foi de 6,5%, ficando atrás de São Paulo

(31,8%), Rio de Janeiro (10,6%) e Minas Gerais (8,8%). Destaque-se,

contudo, conforme os dados preliminares do Departamento de Economia

e Estatística do Estado e do IBGE, que o PIB gaúcho retraiu-se

6,8% em 2020, enquanto o PIB da economia brasileira caiu menos,

ou seja, 3,9%. “Por outro lado, a recuperação no estado em 2021 foi

mais intensa, registrando um crescimento de 10,4%, ao passo que

para o total do país o crescimento foi de 4,6%. Assim, é possível que

essas participações tenham mudado, mas ainda não temos dados

consolidados para todos os estados”, analisa Nunes.

A economia gaúcha vem buscando uma retomada e os sinais

de que a empregabilidade também segue o mesmo rumo são notados

no estado, como ressalta o economista da Fiergs. Dados da

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do

IBGE, mostram que a taxa de desemprego do Rio Grande do Sul

já se encontra em patamar muito próximo ao registrado na pré-

-pandemia. Os dados mais recentes apontam taxa de desemprego

de 7,5% no primeiro trimestre de 2022, uma diferença de 0,2 ponto

14


percentual frente ao quarto trimestre de 2019 (7,3%), antes do início

da crise sanitária. Atualmente, o estado conta com 463 mil pessoas

desempregadas. No mercado formal, os dados do Novo Caged, do

Ministério do Trabalho e Previdência, apontaram uma geração de

140,8 mil postos de trabalho com carteira assinada no Rio Grande

do Sul em 2021. “Saldo mais do que suficiente para repor as 42,6 mil

vagas perdidas em 2020. O início de 2022 também se mostra positivo,

com criação de 62,4 mil empregos no acumulado de janeiro a

abril”, assinala Nunes.

O setor de seguros gaúcho acompanha a tendência de recuperação

econômica estadual. O crescimento em 2021 no Rio Grande

do Sul foi de aproximadamente 15%, com uma arrecadação de R$

22,2 bilhões. “Em 2021 tivemos retração apenas no ramo de Responsabilidade

Civil D&O, num percentual de -7,7%, e uma leve queda

na arrecadação da capitalização (-0,2%)”, aponta o presidente do

Sindicato das Seguradoras do Rio Grande Sul (Sindseg RS) e diretor

territorial Rio Grande do Sul da Mapfre, Guilherme Bini.

Os segmentos que mais se destacaram no estado foram o de

danos e responsabilidades e o de cobertura de pessoas, com crescimento

de 18,4% e 15,6%, respectivamente. “O que contribuiu com o

crescimento nos ramos elementares foi uma procura maior pela cobertura

de seguro incêndio para as residências e empresas durante

o período da pandemia, a cobertura para grandes riscos e riscos de

engenharia, e também a alta nos prêmios de seguros de automóveis

decorrentes dos reajustes na tabela Fipe (Fundação Instituto de

Pesquisas Econômicas) e da escassez de peças de reparação para os

veículos acidentados, o que encareceu seus preços. Podemos destacar

também o crescimento do seguro rural (42,5%), já que o Estado é

um grande produtor e enfrenta, ano após ano, condições climáticas

adversas aos produtores. O ano passado apresentou novo recorde

em termos de área segurada, mas ainda há bastante espaço para

crescer”, observa o presidente do Sindseg RS, alertando que um dos

principais entraves no estado para que o seguro evolua ainda mais

pode ser notado na carteira agrícola na qual a capacidade LMI (limite

máximo de indenização) disponibilizada pelas seguradoras é

“muito inferior” à necessidade de mercado. “Outro ponto é a falta de

veículos novos para entrega e vendas, o que freia o crescimento do

mercado para o produto de automóvel”, complementa Bini.

Embora o sindicato, bem como o mercado segurador em

geral, mantenha bom relacionamento com as autoridades gaúchas,

Bini ressalta que o seguro não integra “oficialmente” a agenda pública

do governo local. “O que fazemos é um monitoramento legislativo

para que não sejamos surpreendidos por pautas que nos dizem

respeito. Também mantemos no estado uma união muito grande

entre as diferentes entidades do mercado segurador com a finalidade

de fortalecer e ampliar a cultura do seguro”, resume o líder segurador

gaúcho.

CATARINENSES

As atividades econômicas da construção, de alimentos e bebidas

e das áreas têxtil, de confecção, de couro e de calçados configuram

os três principais setores industriais com maior participação

no PIB de Santa Catarina. Em sequência, há outros cinco setores com

ANDRÉ NUNES,

da Fiergs

participação mais homogênea, sendo metalurgia

e metalmecânica, produtos químicos

e plásticos, equipamentos elétricos,

madeira e móveis e máquinas e equipamentos.

“Os setores com maior sensibilidade

à renda sentiram os efeitos de forma

mais intensa nos primeiros meses da pandemia.

Por exemplo: metalurgia, cerâmico

e automotivo”, frisa o economista do Observatório

Fiesc (Federação das Indústrias

do Estado de Santa Catarina), Marcelo Masera

de Albuquerque.

Apesar de a pandemia ser o motor

da crise econômica vigente, com impacto

em todos os campos socioeconômicos,

nota-se uma recuperação de postos de

trabalho, como destaca Masera: “Hoje, o

GUILHERME BINI,

da Sindseg RS e Mapfre

15


ESPECIAL SUL

CONJUNTURA

MARCELO MASERA,

da Fiesc

estado mantém a menor taxa de desemprego

do país, situação que o coloca em

pleno emprego, e a menor taxa de informalidade

no mercado de trabalho”, diz o

economista.

Essas características sustentam

parte da demanda interna no estado. Dados

do IBGE indicam que Santa Catarina

possui um volume de vendas de serviços

e de comércio superior ao período que

antecede a pandemia, ou seja, fevereiro

de 2020. “O estado desfruta da menor

taxa de desocupação entre os estados,

com 4,5% de desemprego apurado no

primeiro trimestre de 2022. A redução da

taxa de desemprego nos últimos trimestres

vem sendo alcançada via criação de

MARCELO ALVES,

da Fiep

novas vagas de trabalho formal, bem como via mercado informal de

trabalho. Em relação ao emprego formal é importante destacar que

o estado possui o terceiro melhor saldo de empregos no ano, com a

criação de 66.922 novas vagas”, assinala Masera.

O presidente do Sindicato das Seguradoras de Santa Catarina

(Sindseg SC) e diretor comercial regional sul da seguradora Zurich, Luciano

Vicente da Silveira, dimensionou a realidade securitária atual do

estado. Atualmente, Santa Catarina representa 4,3% do total de prêmios

diretos. Foram mais de R$ 6 bilhões em prêmios em 2021, o que

representou um crescimento de 18,1% em relação a 2020. Entre os

ramos que se destacaram está o de vida individual, que cresceu 55%.

“O produto cresce de forma intensa, motivado pelo aumento da consciência

de proteção impsulionada pela pandemia”, enfatiza Silveira.

Destacaram-se também os seguros para equipamentos agrícolas,

com crescimento de 29% e rural (30%), devido a um mercado

agrícola que se mantém aquecido; o empresarial PME (39%),

fruto da retomada da economia após o momento mais agudo da

pandemia, que estimulou maior procura por seguros empresariais

voltados para pequenas e médias empresas, e o residencial (15%).

“É outro produto que passou a ser valorizado nestes dois anos em

que fomos impactados pela pandemia. Os corretores perceberam a

oportunidade de oferecer algo que está trazendo valor para o cliente,

que tem passado mais tempo em casa por conta do home office,

por exemplo”, sustenta o presidente do Sindseg RS.

O seguro de automóvel também evolui (13%) em Santa Catarina,

porém com algumas peculiaridades embutidas nesse crescimento.

A produção de carros novos está impactada pela falta de

componentes e cadeia de logística global. “O crescimento foi muito

pelo aumento da inflação, que gerou uma pressão e o aumento

dos valores pagos de sinistros”, esclarece Silveira, que alerta que o

seguro local, embora com indicadores latentes de evolução, pode

expandir-se ainda mais.

PARANAENSES

Estimativas preliminares do Instituto Paranaense de Desenvolvimento

Econômico e Social (Ipardes) indicaram que o PIB do

Paraná cresceu 3,33% no ano passado, comparando-se com o resultado

do ano anterior, alcançando, portanto, R$ 579,3 bilhões.

Como argumenta o economista e coordenador da área de assessoria

econômica e de crédito Federação das Indústrias do Estado do

Paraná (Fiep), Marcelo Alves, a indústria não foi a única responsável

pelo crescimento do PIB paranaense em 2021, até porque, explica

o economista, o setor de serviços também apresentou crescimento

de 2,28% no acumulado do ano. “Mas com certeza a indústria teve

grande participação nesse resultado, pois no acumulado do ano

apresentou crescimento de 8,52%, bem acima dos demais setores.

Vale ressaltar que nesse resultado a indústria participa com quase

25% do PIB do estado”, assinala Alves.

O representante da Fiep ressalta que desde o começo do ano

diversos problemas impactam a economia de forma geral e a indústria

em particular, como a persistência da pandemia, a guerra entre Ucrânia

e Rússia, a quebra das cadeias globais de fornecedores ocasionando

falta de insumos e a instabilidade política nacional. “Nesse sentido,

16


quando observamos os resultados da produção física da indústria,

percebemos que os resultados da produção industrial paranaense

em 2021 fecharam com crescimento de 9,1%, o terceiro melhor resultado

entre os estados, atrás apenas de Santa Catarina e Minas Gerais,

mas quando observamos os resultados até abril de 2022, vemos que

o resultado da indústria do estado está negativo em -3,6%, o que sugere

uma certa atenção com o momento”, pondera Alves.

Os indicadores de trabalho no Paraná demonstram recuperação

após o forte impacto da pandemia logo no começo da escalada

da Covid-19 no país, em março de 2020. Segundo Alves, o mercado

de trabalho paranaense apresenta rápidos sinais de recuperação.

“Para se ter uma ideia, segundo dados do Caged, entre os meses

de março a maio de 2020, a economia paranaense perdeu mais de

106 mil postos de trabalho, fazendo desse período o momento mais

agudo da crise decorrente da pandemia nesses mais de dois anos”,

acentua o economista. A partir de junho de 2020, a economia do

estado começou a mostrar sinais de recuperação, apresentando saldos

positivos mês após mês. “Dessa forma, quando observamos o

período de janeiro de 2020 até abril de 2022, a economia paranaense

apresenta saldo positivo de mais de 265 mil postos de trabalho”,

complementa Alves.

Além disso, quando são analisados os dados da Pnad (IBGE),

observa-se que a taxa de desocupação no estado do Paraná no 1º

trimestre de 2020 era de 8%, equivalente a 487 mil pessoas desocupadas.

Neste mesmo período, a taxa nacional era de 12,4%. Já no 1º

trimestre de 2022, a taxa de desocupação do Paraná está em 6,9%,

equivalente a 424 mil pessoas desocupadas, sendo essa a 3ª menor

taxa de desocupação entre os estados, enquanto a taxa nacional

está em 11,1%. “Estes dados refletem a recuperação gradual que

vem sendo apresentada pela economia paranaense do segundo semestre

de 2020 em diante”, constata o economista da Fiep.

A indústria local de seguros acompanha a movimentação

dos indicadores macroeconômicos e acompanha o viés nacional de

resiliência, como atesta o presidente do Sindicato das Seguradoras

do Paraná (Sindseg PR/MS), Altevir Dias do Prado. “O setor de seguros

no Paraná cresceu 12,6% nos 12 meses de dezembro de 2020

até dezembro de 2021. A arrecadação no estado passou de R$ 15,6

bilhões, em 2020, para R$ 17,6 bilhões, em 2021, conforme dados da

Susep”, reforça Prado.

Os seguros de danos e responsabilidade foram um dos destaques

positivos e cresceram 21,8% nesse período, de dezembro de

2020 a dezembro de 2021, com destaque para a carteira de automóvel,

que cresceu no estado 10,1%. Nos seguros patrimoniais houve

crescimento expressivo do residencial (7,1%), empresarial (11,0%),

grandes riscos (26,0%) e risco de engenharia (179,7%); Os seguros

de transportes cresceram 25,5%, os de crédito e garantia (15,7%), de

responsabilidade civil (25,2%) e rural (59,2%). Houve evolução também

do seguro de vida (20,2%) e família VGBL (7,0%).

“O crescimento expressivo do seguro de vida certamente

está relacionado à maior percepção das pessoas sobre a finitude

da vida após o grande número de mortes em decorrência da pandemia

de coronavírus. Seguro saúde segue essa mesma lógica,

aumento do sentimento de necessidade de proteção das famílias

LUCIANO VICENTE DA SILVEIRA,

da Sindseg-SC e da Zurich

em decorrência da pandemia. No seguro

automóvel, o crescimento veio com a

retomada de circulação de veículos, em

vista da diminuição dos casos de covid. O

crescimento no seguro agrícola/rural tem

relação com aumento da percepção dos

agricultores em vista das perdas decorrentes

dos eventos climáticos. O excesso

de chuvas provocou quebras na safra de

2021 em até 30% para alguns agricultores

da região oeste do Paraná”, menciona o

presidente do Sindseg PR/MS.

No Paraná, os seguros que apresentaram

variação negativa de dezembro de

2020 até dezembro de 2021 foram compreensivo

condominial (-8,0%), seguros

marítimos (-3,0%), prestamista (- 0,9%),

viagem (-39,1%) e família PGBL (-0,2%).

“Sem dúvida a pandemia teve forte impacto

na retração do seguro viagem e dos

seguros marítimos em 2021”, reconhece

Prado, que procura manter uma agenda

estreita de ações estratégicas com órgãos

do poder público paranaense.

“O Sindseg PR/MS participa e promove

eventos de interesse do setor em

parceria com o governo estadual, como,

por exemplo, o mutirão de emprego realizado

em março de 2022, e faz visitas institucionais

a órgãos do governo. Campanhas

conjuntas e reuniões com as polícias

e com os órgãos de fiscalização de trânsito

buscam a educação dos condutores e a

formação da cultura de seguros”, enumera

o presidente do Sindseg PR/MS.

17


ESPECIAL SUL

BRASESUL

Fidelize, diversifique e monetize

EVENTO REALIZADO EM FOZ DO IGUAÇU REUNIU DUAS MIL E TREZENTAS PESSOAS E MOSTROU A FORÇA

DOS CORRETORES DE SEGUROS E DAS SEGURADORAS DA REGIÃO SUL DO BRASIL

O

ano de 2022 promete em termos

de eventos para o mercado de

seguros. Depois da realização do

Congresso Nacional, em março, os eventos

regionais tomam conta do calendário

dos corretores de seguros. A cidade de

Foz do Iguaçu/PR recebeu corretores da

região Sul no evento Brasesul em 26 e 27

de maio.

Com uma programação diversificada,

que mesclou paineis técnicos, políticos

e motivacionais, o evento mostrou

que o setor está pronto a retomar seu espaço

no cenário pós-pandemia. “Houve

uma participação maciça dos corretores,

com custo menor, de forma organizada,

e com muita informação. O momento foi

oportuno, no qual as pessoas queriam se

reencontrar e os profissionais estavam

ávidos por conhecimento”, ponderou

Wilson Pereira, presidente do Sincor-PR e

anfitrião do evento.

André Thozeski (Sincor-RS), Wilson Pereira (Sincor-PR) e Auri Bertelli (Sincor-SC)

Kelly Lubiato

Um dos destaques do evento foi a participação das autoridades,

como o Governador do Paraná, Ratinho Junior, e o superintendente

da Susep, Alexandre Camillo, além dos presidentes das seguradoras,

que participaram de um painel. Com o tema “Novidades e

Oportunidades ao Corretor de Seguros” com os presidentes dos três

Sincor’s que promoveram o Brasesul. “Os executivos das nove maiores

seguradoras do país tiveram uma conversa franca com os corretores

que lhes encaminharam perguntas muito relevantes”, avaliou

André Thozeski, presidente do Sincor-RS.

“A transformação acontece quando temos a oportunidade de

nos conectarmos com os temas abordados, nos auto motivar com

as excelentes palestras, para reagir diante das ameaças que nos são

apresentadas diuturnamente”, avaliou Rogério Bravo, vice-presidente

do Sincor-SC.

Para ele, o congresso traz oportunidades únicas, como estreitar

relacionamentos, encontrar soluções inteligentes para aperfeiçoar

a operação, “além de ser uma grande oportunidade para

encontrar parcerias que possam oportunizar um up grade no nosso

modelo de negócio. Me permito afirmar que aqueles que participam

com a mente aberta, de eventos como os Brasesul, Congresso Nacional,

Conec, dentre tantos outros em suas respectivas regiões, podem

encontrar um mundo de transformação”.

18


Hortensia Marcari

Sobre a feira, Pereira observou que os corretores abandonaram

os brindes e foram a procura de informações e relacionamento

com os seguradores. “Tivemos um desafio hercúleo, porque em vários

momentos nem saberíamos se ele iria acontecer. O tempo não

para e precisamos estar alertas às mudanças. De forma amigável

conseguimos chegar a um bom termo para realizar o evento, com

a tecnologia facilitando a realização do evento até com arena no

espaço da feira, com as empresas falando sobre produtos que estavam

disponibilizando para os participantes”, concluiu Pereira.

Os corretores gaúchos não decepcionaram e mostraram toda

a sua busca pela qualificação. Thozeski conta que os profissionais

se deslocaram como puderam, de avião, carro particular ou ônibus

oferecidos pelo Sindicato.

“Ficou mais que provado que o nosso mercado é pujante, fortíssimo

e que o verdadeiro profissional corretor de seguros é respeitado

pelas seguradoras. Todas as seguradoras foram unânimes em

reafirmar sua parceria com os corretores”, ratifica Thozeski.

O próximo Brasesul, o maior encontro do mercado segurador

do sul do país, já está confirmado para 2024 no Rio Grande do Sul. “

Vamos avaliar a conveniência para os congressistas em diversas cidades

gaúchas que já se candidataram a receber o evento”, adiantou

Thozeski, o próximo anfitrião do evento.

CARTA DE FOZ DO IGUAÇU

Um grande evento como o Brasesul produz objeto de estudo

e dá lugar de fala para os profissionais do mercado. Wilson Pereira,

presidente do Sincor-SC, ressaltou a importância deste documento

que identifica os principais problemas dos corretores de seguros do

Sul do País. A carta foi entregue a todos os presidentes de seguradoras,

para seu conhecimento e providências.

Entre os pontos principais está a insatisfação dos corretores

de seguros com o serviço de assistência 24h prestado pelas seguradoras

do mercado. Este problema apareceu em primeiro lugar. Diz

a carta: “muitas seguradoras estão implementando serviços automatizados,

robotizados ou digitais em detrimento do atendimento

humano”. A carta segue informando que as pessoas utilizam o serviço

de assistência 24h em momentos de fragilidade e que, muitas

vezes, necessitam de um serviço ágil, que

leve em consideração as condições e riscos

nos quais eles são solicitados.

O segundo ponto da carta é a sobrecarga

de processos a qual os corretores

de seguros são submetidos, como

gestão de documentos, cobranças junto

às entidades financeiras, vistorias prévias

etc. Segundo a carta, estes procedimentos

deveriam ser de responsabilidade das

seguradoras.

O terceiro assunto no ranking de

problemas é o Versionamento ou Atualizações

Tarifárias e Comerciais dos

Produtos e Serviços. A quantidade e a

velocidade com que estas atualizações

acontecem, nas mais diversas seguradoras,

dificultam a compreensão e o acompanhamento

dos corretores de seguros.

“Muitas vezes as atualizações não são sequer

transmitidas das áreas técnicas para

as comerciais das seguradoras, induzindo

o corretor de seguros a comercializar de

forma errônea e precária os produtossecuritários…”

O quarto tema da carta é o atendimento

a sinistros em toda a sua esteira

operacional. Quando há qualquer

alteração do fluxo normal do processo

de liquidação de sinistro o resultado é

“traumático”, por conta dos prazos e das

exigências. A carta ressalta que é o atendimento

eficaz ao sinistro que, efetivamente,

promove o lado social do seguro,

com a satisfação dos interesses legítimos

dos segurados. Os corretores cobram um

canal direto com os analistas técnicos

de sinistro, sem interrupção por robôs e

atendentes que dificultam e atrasam a resolução

dos sinistros.

Por último, mas não menos importante,

o quinto assunto é a dificuldade

de contato com as equipes comerciais

das seguradoras, principalmente depois

da pandemia. Todos os contatos são realizados

via e-mail ou whatsapp, o que

aumenta o prazo para resolução até de

pequenas demandas.

Ao seu término, a carta propõe alguns

questionamentos aos seguradores,

para promover uma reflexão em relação

aos problemas enfrentados pelos corretores

de seguros e as possíveis soluções.

19


ESPECIAL SUL

PRODUTOS

As oportunidades se multiplicam

OS PROBLEMAS PODEM SER OS MESMOS DE OUTRAS REGIÕES DO PAÍS, PORÉM, NO SUL

DO BRASIL, HÁ UM INVESTIMENTO MAIOR DA SOCIEDADE NO MERCADO DE SEGUROS

Kelly Lubiato

Pequenas particularidades diferenciam

um estado de outro, na

região Sul do Brasil, mas todas

elas impulsionam o setor na direção do

crescimento. Segundo o Caderno de Estatísticas

da CNseg (Confederação Nacional

das Seguradoras), em 2021 a região

representou 18,7% da arrecadação em

prêmios do mercado nacional, que ficou

na casa de R$ 306,4 bilhões, sem considerar

os setores de saúde e o DPVAT.

Os seguros de pessoas foram o

grande destaque, principalmente por conta

da maior consciência da necessidade

de proteção da sociedade. Entretanto, os

seguros de automóveis, seguro rural e empresariais

também mereceram destaque.

A TEMPESTADE PERFEITA EM

AUTOMÓVEIS

Em 2020 as pessoas deixaram seus

carros na garagem e perderam o interesse

pelo seguro, buscando soluções mais

baratas e com maior parcelamento. A sinistralidade, neste período,

também caiu, em virtude da queda da frequência dos eventos.

Entretanto, o tempo “fechou” com a reabertura da economia

e a formação de uma ‘tempestade perfeita’, como explica Rodrigo

Maranhão, sócio e diretor de Insurance do BCG - Boston Consulting

Group: “houve aumento da sinistralidade por conta da falta de peças

de reposição, ampliação da frequência dos eventos, inflação, aumento

dos preços dos serviços”.

Estes fatores contribuíram para que os prêmios de seguro

auto subissem. Mesmo recebendo boa parte do prêmio do seguro

de forma antecipada, no começo da vigência, o resultado financeiro

das aplicações, mesmo com a alta da taxa Selic, não é suficiente para

manter um bom equilíbrio da carteira. “O índice combinado médio

da carteira está em 120% a 130%”, avalia o especialista.

Portanto, este é um período desafiador. “Devemos ver cada

vez mais serviços que se adaptem à realidade do segurado, dando

a ele mais liberdade de escolha, isso exige das seguradoras e dos

nossos parceiros corretores um olhar especial direcionado ao que

acontece na indústria auto e na rotina do cliente”, ressalta Carla Oliveira,

Diretora de Auto da HDI Seguros.

Mas o mercado deve se recuperar. De acordo com a executiva,

os dados apontam forte desempenho na arrecadação de prêmios.

“O seguro auto atingiu R$ 16,6 bilhões nos três primeiros meses de

20


2022 quando comparado com 2021, o que corresponde ao aumento

de 23,3%. Com a expansão da vacinação, flexibilização das medidas

de isolamento e aumento no emplacamento de veículos novos,

temos boas perspectivas para o setor”.

Resta saber como será a resolução de um dos maiores problemas

atuais do setor: a assistência 24h. “O serviço de Assistência 24

horas também foi impactado pelo cenário da pandemia que ainda

vivemos. Além disso, temos a crise dos combustíveis, a temporada de

chuvas e desastres naturais, e não podemos deixar de fora, a ausência

de colaboradores por motivos de saúde. No entanto, as medidas de

flexibilização de isolamento e avanço da vacinação, proporcionaram

maior circulação de pessoas e o retorno às viagens. Nós já alcançamos

o mesmo patamar de atendimentos pré-pandemia, principalmente

nos meses de alta temporada neste verão”, ponderou Carla.

SUBVENÇÃO MAIS BAIXA

Nos três primeiros meses de 2022, as seguradoras já pagaram

aos produtores aproximadamente R$ 6 bilhões em indenizações,

decorrentes principalmente dos sinistros observados nas lavouras

de soja e milho verão na região Centro-Sul, segundo dados do Ministério

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Em 2021, a carteira

arrecadou R$ 9,6 bilhões em prêmios.

As expectativas para 2022 são cautelosas, considerando diversos

fatores econômicos e climáticos. A subvenção ao prêmio do

seguro rural, que em 2021 foi de R$ 1,18 bilhão, deve ficar na casa de

R$ 990 milhões em 2022.

“A região Sul sofreu com uma seca intensa nesta última safra

de verão. Conforme dados divulgados pela Emater (Instituto de Assistência

Técnica e Extensão Rural), o estado do Rio Grande do Sul

teve uma quebra de aproximadamente 42% em sua produtividade

devido ao efeito climático”, conta Guilherme Bini, diretor territorial

da Mapfre para o Rio Grande do Sul.

“Houve quebra de produtividade e muitos acionamentos de

sinistros, principalmente no primeiro trimestre do ano. Esses três estados

citados representam 72% de todas as apólices contratadas de

soja no Brasil dentro do PSR, logo com grande concentração, o que

aumenta o risco e o impacto de um evento como a seca desta safra

de verão 21/22 em fase final das últimas colheitas agora no mês

de maio. A sinistralidade do mercado para a modalidade agrícola no

acumulado do primeiro trimestre do ano foi de 403%, algo preocupante

e que está gerando um grande volume de desembolso de sinistros

pelas seguradoras e resseguradoras do mercado, com valores

acima de R$ 6 bilhões, o que gera revisão dos modelos de negócio

e agrava o custo do seguro agrícola para as próximas safras. Do lado

do produtor, reforça a importância de expandir cada vez mais a cultura

de proteção e de contratação de seguros agrícolas no Brasil. A

Brasilseg, como a principal seguradora do mercado, atendeu mais de

25 mil sinistros na safra de verão 21/22, atendendo 100% dos seus

clientes afetados pelos eventos e com sinistros comunicados”, avalia

o superintendente de Seguros Rurais da BB Seguros, Paulo Hora.

O executivo da Mapfre acredita que existe uma grande procura

pelo seguro Agrícola no Rio Grande do Sul atualmente, sendo

uma grande oportunidade de vendas. “Porém, em função da alta

RODRIGO MARANHÃO,

do BCG

sinistralidade nos dois últimos anos, os

resseguradores não estão aumentando

a capacidade para comercialização na região.

Por essa razão, notamos que, neste

ano, algumas seguradoras não estão operando

os produtos agrícolas”, pontua Bini.

“Para a carteira de seguro rural vemos

o ano de 2022 com manutenção dos

índices de crescimento experimentados

nos anos anteriores, dada a maior procura

por seguro, especialmente agrícola”,

avalia Hora.

Ele acrescenta que “os produtores

estão investindo mais nas lavouras, com

custos de produção elevados e incertezas

em relação a câmbio e preço futuro das

commodities, em um cenário externo de

CARLA OLIVEIRA,

da HDI

21


ESPECIAL SUL

PRODUTOS

PAULO HORA,

da BB

mercado muito incerto, bem como preocupações

com o clima e logística. Ponto

de atenção é o mercado de fertilizantes e

como serão realizados os investimentos e

manejos nas propriedades”. É justamente

esta percepção de risco que desperta o

interesse pelo seguro rural.

EMPRESAS MAIS ATENTAS

Se as pessoas aumentaram a sua

percepção de risco, com as empresas não

foi diferente. Os três estados da região

Sul têm como característica a presença

de pequenas e médias empresas. Um levantamento

do Sebrae Rio mostra que o

Sul é a região que mais concentra pequenas

empresas no Brasil, com 19% do total,

ANTONIO VIANA,

da Axa

atrás apenas do Sudeste, que responde por 51%, de um total de 9,2

milhões de pequenos negócios ativos no país.

Por isso, o diretor Comercial Regional Sul da Axa no Brasil, Antonio

Viana, afirma que a estratégia da companhia é muito pautada

nas carteiras de Transporte e de produtos para Pequenas e Médias

Empresas (PMEs), principalmente nos segmentos Empresarial e Condomínio.

“A carteira de Transporte, por exemplo, está bem desenvolvida

no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, e o nosso foco agora

é desenvolvê-la também no mercado paranaense, onde dispomos

de boas oportunidades. Para se ter uma ideia, somente no acumulado

de janeiro a maio deste ano, nós crescemos 22% nessa carteira,

aqui no Sul, em detrimento ao impacto do câmbio nas apólices de

transporte internacional”, comemora.

Além dos riscos inerentes à sua operação, as empresas estão

suscetíveis às catástrofes naturais, não só no Sul mas em todo o país.

“As seguradoras como um todo precisam se adaptar ao modelo de

precificação para que tenhamos uma oferta justa ao mercado, conciliando

maior perenidade na aceitação dos riscos. Essa é uma preocupação

constante que nós temos”, garante o executivo da AXA.

Viana justifica que o consumidor de forma geral, está cada

vez mais consciente dos seus direitos utilizando as vias administrativas

e legais, para fazer valer a sua pretensão. Por outro lado, há por

parte das empresas a preocupação em melhor entender e atender

estas necessidades. Neste sentido, as apólices de Responsabilidade

Civil (RC), nas suas diversas modalidades, podem contribuir muito

para estas soluções.

“Entendo que devemos trabalhar a quatro mãos com os corretores

de seguros, para trazer esse nível de consciência e conhecimento,

principalmente às pequenas e médias empresas. Sem dúvida,

essa é uma grande oportunidade para o mercado segurador,

quando falamos na massificação das apólices de RC, completa Viana.

Sem dúvida, o papel do corretor é fundamental, são os olhos

da companhia junto ao cliente. O bom conhecimento desse profissional

faz com que ele possa, de forma consultiva e orientativa,

prestar a assessoria para que a pequena empresa tenha instalações

adequadas e os protecionais necessários para atender às expectativas

de qualidade de risco esperado pelo mercado segurador.

A PROTEÇÃO MAIS PRECIOSA

A queda de alguns tabus já haviam impulsionado o crescimento

dos produtos de seguro de vida. Ricardo Iglesias, presidente

da Centauro-ON, lembra que o aumento da expectativa de vida atrelada

a tudo que vivemos durante a pandemia permitiu que todos

pensassem mais a respeito da proteção em vida e não somente na

falta em caso de morte. “Este é um movimento muito positivo para

a população que, protegida pelo seguro de vida, pode crescer e se

desenvolver com muito mais tranquilidade, mesmo em períodos de

crise econômica como este que estamos passando”.

Ao analisar os números do mercado na última década, é possível

compreender a aceleração na procura por esses produtos. Na

região Sul, os seguros de pessoas (risco e acumulação) representaram

quase 60% dos prêmios em 2021. “Percebemos que a preocupação

com um futuro mais tranquilo tem se tornado um tema recorrente,

22



ESPECIAL SUL

PRODUTOS

RICARDO IGLESIAS,

da Centauro-ON

especialmente depois de termos convivido

com a pandemia. As pessoas demonstram

preocupação com a hipótese da

sua família enfrentar o incerto e buscam

o cuidado, a segurança que esse tipo de

produto proporciona”, afirma Ana Maria

Pinto, superintendente Comercial, Comunicação

e Marketing do GBOEX.

Ricardo Iglesias explica que nos

últimos anos a Centauro-ON experimentou

um crescimento muito grande no seguro

de vida individual e na contratação

de coberturas como Doenças Graves e

Risco Cirúrgico, ou seja, o brasileiro tem

pensado mais na sua proteção financeira

numa possível falta e também na utilização

em vida do seu seguro. “Por outro

ANA MARIA PINTO,

do GBOEX

lado, vemos nos produtos mais simplificados com foco no segmento

empresarial uma oportunidade enorme de crescimento em 2022 e

2023 e em breve teremos muitas novidades para esta linha de produtos

também”.

No caso do GBOEX, que atua com planos de caráter previdenciário,

o pecúlio é especialmente atrativo neste período, pois ele

não exclui o fator pandemia e outros riscos. “Como um dos produtos

mais tradicionais do mercado, o pecúlio garante proteção e amparo

de forma integral, e não tem prazo determinado para o fim da vigência.

Nosso rol de produtos também agrega seguro de pessoas e

serviços de assistência”, acentua Ana Maria.

Para ela, o maior desafio da comercialização é a evolução da

“cultura do seguro”. Apesar de as pessoas estarem mais sensibilizadas

pelos acontecimentos de grande impacto, como pandemia e

desastres naturais, trazendo maior percepção do risco nos últimos

anos, o seguro de vida nem sempre está elencado como prioridade

para a população. “É natural a preocupação com a nossa família e

com as pessoas próximas, mas nem todos têm presente o entendimento

de que a vida é finita e os imprevistos podem ocorrer a qualquer

momento. Ainda temos como desafios: incertezas econômicas

do país e menor poder aquisitivo”, completa a executiva.

Outro desafio é a adaptação dos canais tecnológicos, a utilização

do marketing digital para impulsionar as vendas e dar suporte

aos parceiros na contratação de seguros de vida através de plataformas

digitais. “O corretor de seguros conseguiu evoluir, e muito,

nestes pontos nos últimos anos e, com o aumento cada vez maior de

corretores atuantes no segmento de benefícios, as oportunidades

de investimento em novos canais serão ainda mais demandadas”.

A digitalização contribui bastante para o incentivo às vendas

dos corretores de seguros. “No caso da Centauro-ON, podemos dizer

com muita propriedade que a digitalização foi o que permitiu a manutenção

do nosso processo de venda mesmo durante a pandemia,

garantindo um crescimento exponencial de nossas vendas durante

este período. Desde 2019, o nosso sistema de contratação e, atualmente,

até o de subscrição, é 100% digital e com isso conseguimos

manter o corretor trabalhando e oferecendo a proteção que o nosso

cliente precisava no momento mais delicado que vivemos em 2020

e 2021. Temos uma jornada tecnológica bastante estruturada e que

auxilia não só o corretor de seguros na comercialização e acompanhamento

dos seus resultados, mas também para o segurado que

consegue acompanhar e solicitar serviços de forma digital e sem burocracia

no nosso site", completa Iglesias.

As companhias e corretores precisaram se adequar com muita

agilidade durante a pandemia. “A evolução dos processos de vendas

por meio de canais virtuais deu um salto de desenvolvimento

obrigatório nos dois últimos anos”, avalia Ana Maria, que acrescenta:

“o GBOEX também entendeu essa necessidade e reorganizou rotinas

e sistemas para ser mais ativo nesse tipo de contratação. Isso é algo

sem volta, não irá retroceder. Acreditamos ser algo positivo desse

período, mas mesmo com as facilidades que esse caminho traz, não

podemos esquecer de que a automação precisa estar alinhada à

humanização dos processos. Pessoas precisam estar conectadas a

outras pessoas. Isso sempre será o futuro”.

24


ESPECIAL SUL

WIZ CONCEPT

Venda consultiva é a chave para

o sucesso do corretor

ALÉM DE TER PRODUTOS EM SUA PRATELEIRA, A WIZ POSSUI

UM ATENDIMENTO PERSONALIZADO PARA ATENDER AS REAIS

NECESSIDADES DOS PRODUTORES RURAIS

Desde 2020, a Wiz Concept vem se preparando para o aumento

da demanda por seguros agro, ampliando seu portfólio

de serviços e ganhando relevância como uma empresa que

atua fim a fim junto às seguradoras do agronegócio, contando com

uma ampla rede de vistoriadores espalhados por todo o Brasil.

De acordo com avaliação da Aprosoja-PR (Associação dos

Produtores de Soja do Paraná), por exemplo, três quartos das lavouras

do estado devem apresentar quebra de 50% a 100%. No último

levantamento da safra 21/22, divulgado na primeira semana de

2022, o Departamento de Economia Rural (Deral), do Paraná, calculou

uma quebra de 37,8% na safra de soja. A previsão inicial de

volume de produção no estado era de pouco mais de 21 milhões de

toneladas. Os números atuais estão em 13 milhões.

Os produtores de frutas também têm enfrentado problemas

em suas produções devido às chuvas de granizo deste ano e às geadas

ocorridas no ano passado. Além das geadas e granizos que têm

sido mais frequentes, fenômenos como tornados também afetam a

vida de produtores de frutas e também as benfeitorias.

Convém ressaltar que grande parte dessas perdas poderiam

ser mitigadas pela contratação de seguros específicos, existentes

para boa parte das frutas e hortaliças produzidas na região sul, apesar

de desconhecidos dos produtores rurais.

Afonso Oliveira, diretor Comercial e de Soluções Agro da Wiz

Concept, explica que, atualmente, o produtor ainda enfrenta alguns

entraves nas coberturas disponíveis no seguro rural, porém já existe

uma gama de corretores especializados capazes de reconhecer as

necessidades e adequar as ofertas. “Fica a critério do produtor a escolha

do seguro a ser contratado e exigido pelo agente financeiro.

Dada a grande diversidade de produtos de seguro rural ofertados,

com diferentes particularidades, muitas vezes o produtor necessita

de um atendimento especializado de modo a permitir que ele escolha

o seguro mais adequado ao seu empreendimento”, avalia o

executivo.

A Wiz dispõe de seguro agrícola para mais de 50 culturas de

grande importância econômica. Entretanto, cerca de 90% das contratações

concentram-se em soja, milho e trigo. O PSR (Programa de

Subvenção do Seguro Rural), vem ano após ano buscando ampliar

as culturas participantes, bem como a área e número de produtores.

Há também várias modalidades de seguro para proteção do

patrimônio do produtor rural. “Temos o seguro de porteira fechada,

AFONSO OLIVEIRA,

diretor Comercial e de Soluções Agro

onde estão protegidas todas as edificações

da propriedade bem como seu conteúdo,

também temos seguro individual

para equipamentos móveis ou estáticos

do produtor, além do seguro de animais

de produção ou rebanhos de corte e leite,

confinamento e animais de elite (animais

de alto valor, como cavalos e touros de

exposição)”, explica o diretor.

Para este ano, há grandes oportunidades

para a venda de seguros, de

máquinas e implementos agrícolas devido

à grande valorização desses itens no

mercado. “Uma grande oportunidade

para a venda consultiva de seguro para

o produtor onde ele pode escolher entre

um seguro de custeio, produtividade ou

paramétrico conforme a sua real necessidade”,

antecipa Oliveira.

25


ESPECIAL SUL

COMERCIALIZAÇÃO

Sem

medo do

futuro

DEMOS VOZ A EXPERIENTES CORRETORES DOS TRÊS ESTADOS DO SUL DO PAÍS PARA ENTENDER O QUE

PENSAM SOBRE A NOVA REALIDADE DO MERCADO DE SEGUROS E COMO ATUAM EM SUAS REGIÕES

André Felipe de Lima

Os estados da região Sul do país

mantêm expressivo contingente

de corretores de seguros, sendo

superados somente por São Paulo, Rio

de Janeiro e Minas Gerais. Dos quase

120 mil corretores de seguros (Pessoa

Física e Jurídica) nacionais, segundo dados

da Susep, 8,9 mil estão registrados

no Paraná. Rio Grande do Sul tem 7,5

mil corretores e Santa Catarina 4,4 mil.

Estes pouco mais de 20 mil profissionais

são essenciais para a difusão regional do

seguro, mas, sobretudo, para o fomento

de uma cultura das apólices ainda pouco

internalizada pelo consumidor brasileiro.

A pandemia da Covid-19, ainda lamentavelmente

presente, reforça a importância

do seguro em um momento tão

dramático da sociedade, e essa reflexão vem sendo insistentemente

ressaltada entre os corretores que, em meio ao cenário atual, buscam

capacitação contínua, inclusive com o apoio de seguradoras.

Aline Boff, da Adatto Corretora de Seguros, de Porto Alegre,

atua há 13 anos como corretora de seguros. Ela afirma que a capacitação

e atualização vão além do apoio prestado pelas seguradoras.

“A Adatto investe em profissionais formados e com capacidade técnica,

estando sempre à frente das mudanças e novos produtos”, enfatiza

a corretora, que iniciou sua jornada no mercado após formação

na Escola de Negócios e Seguros (ENS). O seguro, aliás, faz parte da

trajetória de Aline bem antes de sua experiência como corretora. Formada

em 2009 no curso de jornalismo, ela foi assessora de imprensa

do ramo de automóveis e repórter setorista do mercado segurador

no Rio Grande do Sul. “Acompanhei duas amigas também jornalistas

para a cobertura de um evento. Percebi que minha vocação não era o

jornalismo, uma paixão que tinha desde jovem. Sempre gostei muito

de escrever, de fotografia, mas, na verdade, minha vocação sempre

esteve voltada para gestão. Percebi que no mercado (de seguros do

26


A transformação digital vai muito além da

tecnologia. Ela deve começar através de uma

mudança cultural que impacte profundamente

a empresa em seus processos e modelos de

gestão de atendimento ao cliente. Antes de

implantar novas soluções tecnológicas, é

necessário adquirir um alto grau de consciência

sobre as possibilidades do relacionamento

com os clientes, assim como a capacidade de

reforçar essa ligação”

ALINE BOFF, da Adatto

RS) havia algumas carências e a partir disso enxerguei a necessidade

de uma empresa diferenciada para a figura do corretor de seguros”,

complementa Aline.

Sócia e administradora da Weirich Corretora e Administradora

de Seguros, Juciane Cristina Brandt Weirich atua no mercado

catarinense há 14 anos. Para a experiente corretora, o período de

pandemia vem exigindo do corretor um compromisso ainda maior

e mais complexo com a capacitação. “Estamos vivenciando novos

tempos”, diz Juciane, e justifica: “Nestes dois anos de pandemia passamos

a usar mais as ferramentas de internet, redes sociais e cursos

online para nos reciclarmos constantemente com as novidades de

produtos comercializados pelas seguradoras, como consequência,

estamos oferecendo maior segurança aos nossos segurados.”

Luiz Ernani Lepchack é diretor da Regional Sul da Rede Lojacorr.

O executivo explica que as buscas por capacitação estão diretamente

ligadas à necessidade de qualificação profissional exigida

pelo mercado. “Até porque o corretor de seguros cada vez mais terá

que estar preparado para ser um consultor de negócios para seus

clientes. O intuito é apresentar ao segurado (pessoa física ou jurídica)

o produto e serviço mais adequado a cada perfil nos diversos segmentos

de seguros, contribuindo com a educação e importância do

seguro para toda população aqui no Sul. Temos dentro da Lojacorr

um programa de treinamentos (Treinacorr), que inclui capacitação

de produtos em conjunto com as companhias parceiras. Noto claramente

esta busca pela capacitação. As seguradoras têm um papel

fundamental para esta evolução e apoio, pois é por meio destes

treinamentos que os corretores conseguem tais atualizações, e uma

maior capacitação como verdadeiros profissionais e representantes

dos segurados”, avalia Lepchack.

Corretor parceiro da Rede Lojacorr, pela Ferreira & Associados

Corretora de Seguros de Florianópolis, Julio Ferreira informa

que as seguradoras têm oferecido treinamentos online de seus produtos.

No entanto, com o atual nível de demanda a que os corretores

estão expostos, considerando cotações, transmissões, resolução

de pendências técnicas, financeiras, sinistros,

tem sido bastante desafiador acompanhar

a quantidade e velocidade destas

capacitações. “Dessa forma, para poder

se dedicar mais à venda e à consultoria

das soluções para o segurado, é sugerido

que o corretor busque ferramentas para

apoiá-lo. Pensando no cenário da Rede

Lojacorr, no qual estou inserido, no caso

de seguros específicos, é possível contar

com o apoio dos hubs especializados e

negócios compartilhados, além de soluções

de multicálculos e tecnologias voltadas

à organização da sua rotina, como

sistemas dedicados ao operacional como

estrutura de backoffice. Entretanto, as

capacitações das companhias são importantes

para o conhecimento das melhores

possibilidades de proteção para o

segurado junto aos ramos de atuação do

corretor”, enfatiza Ferreira.

Há quem enxergue por outro prisma

essa relação das seguradoras com a

capacitação de corretores. Segundo o

corretor Luiz Joslin, da Paranaense Corretora,

de Curitiba, as seguradoras investem,

sim, na capacitação do corretor, mas

somente para produtos que interessam a

elas comercializar sem que haja uma relação

mais expansiva para treinamentos

contínuos dos profissionais externos de

vendas. “Caso o corretor queira um produto

específico, temos que contratar cursos

particulares”, pondera Joslin.

27


ESPECIAL SUL

COMERCIALIZAÇÃO

JUCIANE CRISTINA BRANDT

WEIRICH, da Weirich

LUIZ ERNANI LEPCHACK,

da Rede Lojacorr

DESAFIOS LOCAIS

Os três corretores, Aline, de Porto

Alegre, Juciane, de Florianópolis, e

Joslin, de Curitiba, apontam as maiores

dificuldades para os corretores de seguros

na região em que atuam. “Hoje, em

nossa região, uma grande dificuldade

é termos uma política de aceitação de

alguns riscos mais maleável. Aqui (em

Curitiba), temos uma malha de proteção

muito maior que em demais cidades e

estados”, avalia Joslin.

Para Juciane, o desafio maior

para os corretores em Santa Catarina é

o atendimento das assistências 24 horas.

“Estamos vivenciando situações recorrentes

da falta de prestadores para realização de um trabalho de

excelência para com nossos segurados”, afirma a corretora catarinense.

Mas os desafios “não são poucos”, como alerta Aline Boff,

ressaltando, entre outros aspectos desafiadores de mercado no Rio

Grande do Sul, a concorrência com as associações e cooperativas

de proteção veicular. “Elas comercializam ilegalmente seguros de

automóveis, uma vez que não estão autorizadas pela Susep para

comercialização de seguros, não havendo qualquer tipo de acompanhamento

técnico de suas operações. Todavia o desafio é mostrar

ao cliente que o corretor de seguros é o profissional habilitado

e com know-how para prestar o atendimento”, observa Aline.

Lepchack, da Rede Lojacorr, define como desafios para os

corretores da região Sul a necessidade de ter conhecimento e de estar

confortável e preparado com os produtos que pretende comercializar.

“Talvez este seja um dos maiores desafios para o corretor:

construir parcerias sólidas e duradouras para que consiga atender

seus segurados. Na Lojacorr, essa construção é prioridade. Oferecemos

um ecossistema de mais de 50 empresas parceiras para apoiar

o corretor, além de cerca de 45 companhias e acesso a inúmeros

produtos para atender o segurado. Acredito que para se sobressair

sobre qualquer dificuldade, o corretor deve se preparar técnica e comercialmente,

e com parcerias consolidadas para enfrentar todos os

desafios”, entende o executivo.

Como explica o corretor Julio Ferreira, entre os grandes desafios

estão a concorrência com outros modelos de negócios, o domínio

dos produtos ofertados, sua organização e mensuração de

resultados para ter uma visão ampla da sua atuação e desempenho,

a ampliação e o gerenciamento da carteira e, por fim, a atualização.

“Há também, entretanto, oportunidades, já que mais de 80% da

população não possuem sequer algum tipo de seguro. Existe ainda

uma demanda em crescimento por seguros de ramos diferenciados,

especializados”, sinaliza Ferreira.

PRODUTOS PERSONALIZADOS

Embora ainda distante de uma realidade ideal, o mercado

securitário brasileiro começa a perceber uma profunda transformação

dos consumidores de seguros que, após anos de muito trabalho

de comunicação das entidades que representam o setor, começam,

enfim, a perceber a importância do seguro no dia a dia. Como vem

sendo construída, contudo, a relação das seguradoras com os corretores

para a adequação de produtos às necessidades destes consumidores

cada vez mais atentos e exigentes?

“As companhias seguradoras estão inovando de diversas

formas, aumentando os benefícios ofertados, estendendo o benefício

do seguro auto para a residência, por exemplo. Podemos citar

o parcelamento estendido, companhias que concedem cobertura

provisória para o bem antes mesmo da realização da vistoria prévia.

As companhias estão empenhadas em facilitar o procedimento

na contratação dos produtos. Salientando também a facilidade de

comunicação, a disponibilização de solicitação de serviços através

do WhatsApp. Há companhias empenhadas em melhorar as relações,

ouvindo o corretor para atender a necessidade dos consumidores”,

descreve Aline, da corretora gaúcha Adatto.

28


“Produtos mais flexíveis tendem a conquistar

esse novo perfil de clientes e também a se

adequar a transformação que o mundo vem

passando quando falamos de mobilidade e

custos

JULIO FERREIRA, da Ferreira & Associados

Para Juciane, da catarinense Weirich, é conduta sine qua

non das seguradoras estarem preocupadas com a satisfação dos

segurados e atentas às demandas emanadas pelos consumidores.

“Principalmente com essa situação dos valores dos seguros, que

estão absurdamente mais elevados”, assinala a corretora, ponderando,

no entanto, que há entre as seguradoras uma oferta de benefícios

e vantagens que ajudam a minimizar o impacto da precificação

dos seguros no bolso do cliente. O corretor de Curitiba

Joslin tem opinião similar, e endossa: “As companhias (seguradoras)

e os corretores estão procurando ajustar-se diariamente, tanto

é assim que as contratações estão mais simplificadas e fáceis, com

produtos mais enxutos e objetivos.”

Lepchack lembra que, apesar de as seguradoras mostrarem-se

receptivas, há necessidade, contudo, de possíveis adaptações

de produtos à real demanda do consumidor que, na maioria

das vezes, estão ligadas a grandes investimentos em tecnologia.

“Com certeza este novo momento do consumidor exigirá tais

posicionamentos. Aqui, na região Sul, a carteira de automóvel,

por exemplo, tem uma bela representatividade. Entretanto há

uma parcela dos consumidores que não possui seguro, pois eles

acham o custo alto. Há seguradoras que já oferecem mais flexibilidade,

porém ainda é um número muito pequeno em relação ao

tamanho do nosso mercado. Por isso, há necessidade da criação

e adaptação de produtos já existentes, para que os corretores

consigam atender tais demandas”, frisa o diretor da Lojacoor.

ANSEIOS DO CONSUMIDOR

Perguntamos aos corretores da região Sul quais produtos são

demandados pelos consumidores, mas que faltam no mercado em

que atuam. Para Joslin, ao menos no Paraná, não há do que se queixar

nesse sentido. “Nossas prateleiras estão bem abastecidas. O que

precisamos, sim, é divulgar mais e dar acesso às novas tendências

corporativas”, sinaliza o corretor.

Estender opções de responsabilidade civil profissional

para novas profissões e ampliar o número de seguradoras para a

oferta dessa linha de seguro são anseios do mercado em geral, e

em especial o de Santa Catarina, onde atua Juciane Weirich, que

lista outras demandas do mercado local: “Percebemos a falta de

interesse das seguradoras em aceitar seguros para caminhões e

rebocadores, risco para o qual temos muitas demandas e pouco

apetite do mercado segurador”, define

a corretora.

Aline Boff alerta que os negócios

não podem mais ser gerenciados com

estratégias, técnicas, processos e mentalidade

do século 20. “Nada mais é como era

antes. O cenário atual passa por grandes

mudanças”, diz a corretora de Porto Alegre,

para quem a transformação digital

vai muito além da tecnologia. “Ela deve

começar através de uma mudança cultural

que impacte profundamente a empresa

em seus processos e modelos de gestão

de atendimento ao cliente. Antes de

implantar novas soluções tecnológicas, é

necessário adquirir um alto grau de consciência

sobre as possibilidades do relacionamento

com os clientes, assim como a

capacidade de reforçar essa ligação”, declara

Aline.

Como destaca Julio Ferreira, há

espaço para o desenvolvimento de infinitas

possibilidades de produtos e de

ramos. Entretanto, ressalta o corretor,

é muito importante uma atualização

dos produtos de auto e massificados

principalmente devido às mudanças de

expectativa dos clientes em relação às

coberturas desses ramos. “Produtos mais

flexíveis tendem a conquistar esse novo

perfil de clientes e também a se adequar

à transformação que o mundo vem passando

quando falamos de mobilidade e

custos”, finaliza Ferreira.

29


ESPECIAL SUL

SAÚDE

Modernidade e tradição:

SOMA QUE DÁ CERTO

PANDEMIA FORÇA EXPANSÃO DE NOVAS FORMAS DE ATENDIMENTO E INCLUI CERCA DE UM

MILHÃO DE NOVOS USUÁRIOS NO SISTEMA PRINCIPALMENTE COM A OFERTA DE PRODUTOS

PARA PEQUENAS EMPRESAS

André Felipe de Lima e Kelly Lubiato

Ela ainda não passou, infelizmente,

mas despertou em todos nos

últimos dois anos mais preocupação

com a saúde. Sim, a Covid-19 está

provocando nas pessoas e em mercados

uma autoanálise de que a saúde deverá

ser prioridade em toda agenda pública,

que ditam rumos políticos e socioeconômicos

de governos e indústrias. No meio

disso tudo se encontram múltiplas tecnologias que ditam profundas

transformações no mercado da saúde, com o avanço das healthtechs

que, como aponta o Inside HealthTech Report, estudo realizado

pelo Distrito, tiveram o número significativamente ampliado nos últimos

dois anos. Em 2021, a aposta nelas foi alta, com investimentos

de US$ 530 milhões aplicados em 65 healthtechs, como aponta o

mesmo estudo, que também revelou a existência de 1002 startups

no setor, evolução que corresponde a um salto de 55% em relação

às 645 healthechs registradas em 2020, primeiro ano da pandemia.

30


Todo sistema de saúde foi impactado pela

pandemia, seja o sistema público ou privado.

O que percebemos foi uma procura maior pela

contratação de seguro saúde nestes dois últimos

anos, tendo em vista a maior preocupação em

proteção da população nos casos de algum

grave acometimento por conta da pandemia. Os

números apontam um crescimento do mercado”

SOLANGE ZAQUEM, da SulAmérica

Especificamente no sul do país, executivos de algumas

tradicionais operadoras do mercado de saúde que atuam no Rio

Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná identificam a expansão

das healthtechs, empresas recém-chegadas ao mercado que

defendem como missão em seus planos de negócios uma hipotética

democratização do acesso à saúde para a população, com a

oferta de produtos ditos mais simples e com menor custo para o

consumidor.

O impacto da pandemia foi sentido em tudo e em todos, sobretudo

nos contratos de seguro saúde, como avalia a diretora Comercial

da SulAmérica, Solange Zaquem: “Todo sistema de saúde foi

impactado pela pandemia, seja o sistema público ou privado. O que

percebemos foi uma procura maior pela contratação de seguro saúde

nestes dois últimos anos, tendo em vista a maior preocupação

em proteção da população nos casos de algum grave acometimento

por conta da pandemia. Os números apontam um crescimento

do mercado.”

A assistência médica suplementar constitui parte significativa

do mercado de serviços privados de saúde no Brasil. Na

última década, apresentou um crescimento expressivo. O cenário

torna-se ainda mais aquecido com o fortalecimento da saúde

suplementar, que rapidamente se adaptou ao contexto de atendimentos

e inovações, e atendeu pacientes e mercados de forma

robusta e jamais vista. “Um exemplo dessa ascensão é a adesão de

1 milhão de beneficiários em planos de saúde durante a pandemia

no Brasil, conforme apontou o levantamento da FenaSaúde”,

observa o diretor Executivo Comercial da Unimed Nacional, Jorge

de Oliveira.

Atualmente, os planos têm cerca de 49 milhões de beneficiários

— o maior número desde setembro de 2016. Na prática,

em um ano, houve um crescimento de 1,27 milhão de clientes

nos planos médico-hospitalares, impulsionados, principalmente,

pelo crescimento do plano coletivo empresarial. Por outro lado,

ressalta Oliveira, a pandemia também

trouxe uma alta dos sinistros, elevando

muito os custos para as operadoras,

que agora lidam com excesso de

frequência de utilização. “Assim, a alta

demanda por procedimentos eletivos

somada à Covid-19, e isso não estava

previsto, pode colocar em risco o setor.

Ainda assim, há uma tendência acelerada

pela pandemia de que o mercado de

planos de saúde se torne cada vez mais

concentrado. O resultado futuro será o

fortalecimento da saúde suplementar

com operadoras de saúde mais preparadas

para crises, com processos de governança

corporativa mais estruturados

e com maior eficiência e inteligência na

gestão de seus custos”, prevê o executivo

da Unimed.

Esse maior interesse da sociedade

pela proteção à saúde também se reflete

nos números do Grupo Bradesco Saúde.

No primeiro trimestre de 2022, o número

de beneficiários da Bradesco Saúde e da

Mediservice cresceu 5,67% em comparação

ao mesmo período do ano passado.

“Notamos que a sociedade está cada vez

mais consciente da importância da prevenção

e do cuidado com a saúde. Ter

um plano de saúde se tornou ainda mais

importante na lista de prioridades das

pessoas”, confirma o diretor Gerente da

Bradesco Saúde, Flávio Bitter.

31


ESPECIAL SUL

SAÚDE

JORGE DE OLIVEIRA,

da Unimed

FERRAMENTAS QUE INCREMENTAM

O SEGURO SAÚDE

Os serviços de telemedicina e de

autocuidados estão ajudando na comercialização

do seguro saúde. Fato confirmado,

inclusive, pelo Inside HealthTech

Report, que prevê, entre outros aspectos

envolvendo as healthtechs, que as teleconsultas

se manterão com forte tendência

de crescimento, embora sem os índices

elevados de 2020 e 2021, mas com

serviços mais sofisticados e complexos.

“Sem dúvida. Nos últimos anos, houve

um salto tecnológico grande na área da

saúde, ampliando o acesso aos cuidados

assistenciais. A pandemia foi um catalisador

que acelerou a implementação de

novas tecnologias, como o atendimento

remoto a partir do recurso da telemedicina,

que contribuiu para integrar médicos

e pacientes e proporcionou segurança

no atendimento em meio à disseminação

de Covid-19”, diz Bitter, citando como

exemplo de proposta de autocuidado o

Programa Juntos pela Saúde, da Bradesco

Saúde, ofertado às empresas, inclusive

com orientação médica por telefone e

campanhas que estimulam a adoção do

estilo de vida saudável, conforme a necessidade

de cada empresa.

“Temos produtos para todos os

perfis de empresas a partir de três pessoas.

No segmento SPG (seguro para

pequenos grupos), em que temos mais

de um milhão de vidas e cerca de 170 mil empresas clientes, registramos

crescimento de 5,5% no faturamento na comparação do

primeiro trimestre de 2022 com o primeiro trimestre do ano passado.

Uma das nossas estratégias para que o seguro saúde chegue

a mais empresas é a nossa linha de planos de saúde regionais.

Somente no último ano, esses produtos tiveram crescimento de

48% no número de empresas clientes contratantes do segmento

de PME’s, alcançando 127 mil beneficiários em 2021. Os produtos

regionais da Bradesco Saúde demonstram alta capilaridade e estão

presentes em 18 regiões – o equivalente a 79% do PIB nacional”,

lista Bitter.

Antes mesmo de a pandemia chegar ao Brasil, em março de

2020, a Unimed Nacional empregava iniciativas de telemedicina,

cumprindo a determinação do Conselho Federal de Medicina, como

ressalta Jorge de Oliveira. “Nosso médico clínico ou de família podia

usar o serviço, consultando um especialista ao lado do seu paciente.

Hoje, a modalidade se mostra para o paciente como um serviço

seguro e, sem dúvida nenhuma, foi fundamental em um momento

em que as pessoas precisavam ficar em casa. Considerando que vivemos

em um país de dimensão continental, a modalidade é uma

importante aliada na democratização do acesso aos serviços de saúde.

Não há mais como retroceder”, vaticina Oliveira.

O diretor da Unimed Nacional alerta, contudo, para a necessidade

de melhora contínua dos serviços de teleconsulta. “Ainda

mais por ser uma novidade. É preciso falar mais sobre a qualificação

dos médicos para trabalhar com telemedicina. É algo, inclusive,

que precisa estar na grade dos currículos universitários. A segurança

digital, para proteger os dados do paciente é outro ponto

que precisa de atenção”, frisa o executivo da Unimed Nacional,

operadora que mantém uma linha de produtos chamada Bem-

-Estar, com foco em pequenas e médias empresas, em que a telemedicina

é um dos seus principais pontos, com consultas eletivas

virtuais isentas de coparticipação. “Disponibilizamos esse serviço

para todos os nossos clientes e garantimos que recebam o mesmo

acolhimento e qualidade assistencial que teriam de forma presencial”,

garante Oliveira.

Solange Zaquem, da SulAmérica, destaca como exemplo de

crescimento no uso do serviço de telemedicina o número de atendimentos

digitais. “Em fevereiro de 2020, ainda antes da pandemia, tivemos

três mil atendimentos. Em março, esse número subiu para 18

mil e foi aumentando ao longo do ano. Desde janeiro de 2020, foram

mais de 2,5 milhões de atendimentos digitais”, evidencia a executiva,

ressaltando que a operadora estende essa solução digital, inclusive,

às pequenas e médias empresas. “Para o seguro saúde, temos produtos

a partir de duas vidas, como também produtos sob medida para

as grandes empresas”, confirma a executiva.

DIMENSÃO DOS RISCOS

As pessoas se preocupam mais com o risco ambulatorial do

que com o hospitalar? Para Solange, essa é uma realidade do consumidor

brasileiro. “Na SulAmérica oferecemos os dois produtos.

Entretanto, o mais comercializado é o que disponibiliza a parte hospitalar

com consultas e exames”, diz.

32


Na Bradesco Saúde, apesar de a operadora manter no portfólio,

por exemplo, o produto hospitalar com obstetrícia, sem a

cobertura de consultas e exames, conforme segmentação prevista

na legislação, o cliente prefere a contratação do produto mais completo,

na segmentação ambulatorial, hospitalar e obstétrica, como

confirma Flávio Bitter. “As possibilidades da abordagem da saúde integral

e de ações de promoção e prevenção são ótimas estratégias

para a sustentabilidade e qualidade assistencial”, define.

CONCENTRAÇÃO DE MERCADO NO SUL

Apólice indagou aos executivos se há concentração do mercado

de seguro saúde na região sul. Bitter destaca que os planos de

saúde possuem alta correlação com emprego e renda e que o mercado

naturalmente tende a acompanhar a representatividade que

cada região tem para a economia. “A regionalização dos planos de

saúde é um caminho para tornar o produto mais acessível a novas

regiões”, pondera o diretor da Bradesco Saúde.

Para Solange, a região Sul é um mercado com grandes oportunidades

no segmento de saúde e odonto. “Uma prova disso foram

as movimentações ocorridas em 2021 e 2022. Muitas seguradoras

e operadoras estão com um olhar mais aguçado para o sul do país.

Na SulAmérica temos investido bastante nos três estados da região

também, com lançamentos e produtos, além do crescimento com a

aquisição da Paraná Clínicas, em 2021. Possuímos filiais nos três estados,

com time comercial exclusivo para atendimento aos corretores

para aproveitar todas as oportunidades deste mercado”, lembra

a executiva.

FORÇA DE VENDAS

Pesquisa realizada pelo Instituto Vox Populi a pedido do

Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) mostra que ter

um plano de saúde está entre os principais desejos dos consumidores

brasileiros. Diante dessa constatação, as operadoras procuram

estimular as vendas dos corretores de seguros. “Estamos

sempre levando informação, treinamento e inovação em produtos

para que nossos corretores possam oferecer proteção à saúde física,

emocional e financeira de seus segurados”, comenta Solange,

da SulAmérica.

Na Unimed Nacional, o engajamento da área comercial com

os corretores reforça a estratégia da operadora para estimular as

vendas do seguro saúde, tais como treinamentos com as corretoras

para abordar o plano com coparticipação e visitas pontuais a gerentes

e supervisores de corretoras. “Além de campanhas de vendas

especiais em todas as praças e de comunicação constante via WhatsApp”,

salienta Jorge de Oliveira.

A Bradesco Saúde tem investido em tecnologias que aprimoram

a experiência dos cerca de 30 mil corretores parceiros na

comercialização dos produtos da operadora. “Recentemente, disponibilizamos

a assinatura eletrônica, que torna ainda mais ágil e

eficiente a experiência no processo de contratação do produto SPG.

Com esse novo serviço digital, é possível uma redução no tempo de

implantação, além da otimização de toda jornada de efetivação do

serviço”, garante Bitter.

FLÁVIO BITTER,

da Bradesco Saúde

SAÚDE MENTAL

A saúde mental dos beneficiários

está no topo das pautas das operadoras

desde o começo da pandemia. “O cenário

atípico fez com que muitas pessoas buscassem

pela primeira vez um tratamento

psicológico”, frisa Bitter.

Dados do programa de suporte à

saúde emocional, oferecido pela Bradesco

Saúde às empresas como parte do programa

Juntos Pela Saúde, com o objetivo

de promover o apoio emocional aos beneficiários,

indicam que mais da metade

dos pacientes (53,4%) nunca havia feito

terapia antes da pandemia. “O programa

de suporte à saúde emocional já registrou

cerca de 80 mil sessões de videochamadas.

Além disso, foram realizadas mais

de 100 mil sessões via chat, com mais de

um milhão de mensagens trocadas entre

psicólogos e pacientes”, lista Bitter.

Na mesma linha, a Unimed Nacional

incentiva empresas clientes a estimularem

seus funcionários para que

participem dos programas de bem-estar

e qualidade de vida ofertados pela operadora.

“Por meio de consultas semanais

com psicólogos por videoconferência, o

programa Integralmente oferece acompanhamento

especializado. Além disso,

passamos a oferecer a todos os clientes

a telepsicologia e telepsiquiatria, como

forma de facilitar o acesso deles ao atendimento”,

conclui Jorge Oliveira.

33


publieditorial

Too Seguros

Too Seguros lança glossário online para

facilitar o entendimento do ‘segurês’

Com a missão de deixar a linguagem de seguros

mais democrática, a Too Seguros desenhou

um glossário online para a consulta de palavras

técnicas e facilitar o acesso à informação.

“Tão importante quanto oferecer bons seguros, é

fazer nosso cliente entender cada etapa de contratação

e acionamento através de uma linguagem mais próxima

do dia a dia dele. A construção desse site foi pensada

para que o cliente consiga ter autonomia para entender

o que está contratando e tudo o que tem direito”, diz Leandro

Rodrigues, UX designer da Too Seguros.

O site foi construído com uma equipe multidisciplinar,

com áreas de UX (User experience), CX (Customer

Experience), Jurídico e Técnico para ajudar no

entendimento e oferecer uma experiência mais completa,

com conteúdos que auxiliam na educação sobre

seguros.

ACESSIBILIDADE E INFORMAÇÃO

A partir de análises da jornada do cliente, foi

identificado alguns desafios para melhorar ainda mais

a comunicação dos segurados.

“A jornada do cliente de uma seguradora é, em

princípio, de pouca interação, ocorrendo geralmente

no acionamento de uma cobertura ou assistência. Por

isso, valorizamos e buscamos entregar máxima qualidade

em cada contato que nossos clientes têm conosco.

O glossário Too é um compromisso nosso com

a simplicidade e vem com o objetivo de facilitar essa

comunicação e estreitar nosso relacionamento com

nossos clientes”, conta Fernando José Xavier, coordenador

de CX.

Além disso, a oferta de seguros também exige

uma postura mais humana na comunicação, já que

muitos dos serviços cobrem perdas materiais e familiares.

Então tornar essa experiência mais positiva em

um momento delicado é uma tarefa diária dos colaboradores

da Too.

Trabalhar a “clientividade” é um requisito

para todos os colaboradores da seguradora e ponto

de avaliação para as participações dos lucros da

empresa. O projeto reforça o compromisso da Too

Seguros de fazer a diferença na vida de clientes e

parceiros.

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