REVISTA EMPRESARIOS EDIÇÃO JULHO AGOSTO 2022 ATUALIDADES

avarehospedagem
from avarehospedagem More from this publisher
05.07.2022 Views


2


3


4


5


6


7


Startups se destacam na guerra por talentos de tecnologia

Com alta demanda do mercado,

startups focam em qualidade de

vida, trabalho remoto e ações inovadoras

para atrair esses profissionais

A tecnologia é uma ferramenta que ajuda

a nossa sociedade a ser mais eficiente.

As gerações Z e Millennials viram

em primeira mão o impacto positivo e

a escala que a tecnologia pode ter em

nossas comunidades, especialmente ao

redesenhar indústrias antigas, como

o mercado financeiro e o de seguros.

Essa ferramenta também oferece a capacidade

de escalar rapidamente, fornecer

produtos e serviços personalizados

e que estão, literalmente, ao nosso

alcance com apenas alguns toques.

Coisas que costumavam levar vários

dias, semanas ou meses, como realizar

um cancelamento, podem acontecer

agora em segundos.

A Justos, startup de seguros, é um

exemplo disso. A empresa tem uma

equipe com 70 profissionais que estão

localizados no Brasil, Argentina, Colômbia,

Espanha, Portugal, República

Dominicana e Moçambique. “Aqui estamos

sempre pensando em estratégias

e formas de criar e transmitir nossa

cultura para toda nossa equipe”, ressalta

Jorge Soto, CTO da Justos.

O executivo possui uma vasta trajetória

e uma de suas empresas, levantou

mais de R$250 milhões em fundos para

construir uma plataforma de diagnóstico.

Jorge também foi “Head of Civic Innovation”

(Líder para Inovação Cívil) do

gabinete do Presidente no México e, foi

recentemente reconhecido como Global

Fellow pela Yale University.

Ao nascerem em 2020, a insurtech,

tem como objetivo construir um mundo

mais justo e seguro. Para os tech talents,

é uma ótima oportunidade para

ingressar em uma empresa que usa

ciência de dados, design e marca para

revolucionar uma indústria multibilionária,

semelhante ao que vem acontecendo

no setor financeiro nos últimos

10 anos. “Estamos construindo uma

equipe global e diversificada de criativos.

Acima de tudo, procuramos profissionais

que queiram crescer e tornar

todos ao seu redor melhores”, reforça o

CTO.

Outro fundador que merece destaque

é Antonio Molins, Chief Scientist da

startup. Molins é PhD em Harvard e

MIT e ocupou cargos de diretoria em

ciência de dados na Netflix e AirBnB.

Inclusive, várias patentes relacionadas

aos algoritmos de recomendações da

Netflix levam o seu nome.

Com a oportunidade que a Justos está

criando no mercado de seguros, os

clientes poderão usar os telefones não

apenas para lidar com todos os assuntos

relacionados às apólices - cotação,

contratação, definição de sinistros - ,

mas também para avaliar melhor sua

conduta no volante, portanto, obter

um preço que reflita isso. Se você é um

motorista consciente, não será mais

necessário pagar pela má conduta no

volante de outros. “Oferecemos aos

nossos clientes produtos que recompensam

o comportamento seguro, são

fáceis de entender e são pagos de maneira

mais rápida quando as coisas não

saem conforme o planejado.

Isso é transformacional e a Justos está

na posição perfeita para alavancar isso”,

comenta Molins.

Na Justos, não se trata apenas de ter habilidades

específicas. A insurtech está

interessada em pessoas que buscam

uma nova experiência em uma startup

de rápido crescimento; um profissional

que não tenha medo de colocar a mão

na massa, mas também tenha uma visão

estratégica do negócio; uma pessoa

que saiba trabalhar em equipe; e pessoas

que sejam criativas, curiosas e que

enfrentam desafios e resolvam problemas

com entusiasmo.

Sobre a Justos

A Justos é uma startup de seguros justos,

inteligentes e mais humanos para

todas as pessoas que não tem seu carro

segurado ou para aqueles que acreditam

que seu seguro pode ser muito

melhor. A insurtech é a primeira seguradora

do Brasil a recompensar quem

dirige de forma consciente e assim,

oferecer preços mais justos. Na Justos,

quem dirige de forma consciente e focada,

recebe os maiores descontos no

seu contrato. O cliente pode contratar

o seguro por aplicativo, site ou whatsapp,

de uma maneira fácil, rápida e

segura.

https://www.justos.com.br/

Com essa revolução e alta demanda

por produtos digitais, todo o setor de

tecnologia está encarando oportunidades

para criar espaços para os profissionais

ingressarem em uma empresa

que seja empolgante, que visa romper

uma indústria antiga, que paga salários

competitivos e oferece opções de ações,

priorizando a qualidade de vida e uma

experiência de trabalho remoto.

8


9


10


11


"Day Trade é uma das profissões do futuro e, como outras, sucesso depende de

estudo", alerta Carol Paiffer da Atom S/A

uma hora para outra que quer ser chef

e investisse todas as suas economias

abrindo um restaurante? Claro que não

daria certo. Com a prática do day trade

é a mesma coisa.

Eu mesma, estou nessa área há 16 anos

e continuo estudando e aprendendo”,

revela Carol.

A empresária ainda acrescenta.

“A grande maioria das pessoas que estão

se interessando pelo investimento

em ações ainda acreditam que ter

tempo livre para ficar acompanhando

gráficos e apostando nas subidas e descidas

dos preços já é suficiente. Para

essas pessoas, antes de terem prejuízos,

recomendo fortemente que estudem.

Day traders que ganham dinheiro, realizam

a atividade como um ofício, com

estudo e dedicação, e não como um

hobby para passar o tempo”.

A Atom S/A é a maior empresa de

traders e publicadora de conteúdos

educacionais sobre o tema em toda a

América Latina. Utilizando uma metodologia

própria bastante didática e

acessível a todos, conta com autores e

mentores realmente experimentes que

vivem o dia a dia de uma operação na

Bolsa de Valores.

Na liderança da empresa e também

como autores e mentores estão Carol

Paiffer – co-fundadora e CEO da Atom

S/A que atua no mercado financeiro

desde 2005 e empresária do programa

Shark Tank Brasil – e Joaquim Paiffer -

co-fundador e presidente do conselho

de administração da empresa que também

atua no setor desde 2005 e é especialista

em operações estruturadas,

juros futuros e day trade.

Muita gente ainda tem o entendimento

equivocado que o investimento

em ações é algo que pode ser

feito no tempo livre, como um hobby,

no entanto, quem realmente ganha dinheiro

nessa atividade é porque a realiza

como um oficício, com muito estudo

e dedicação

É necessário e urgente que a prática do

Day Trade seja desmistificada.

Há tempos ela vem ganhando injustamente

uma imagem negativa por culpa

de investidodores aventureiros despreparados

que arriscam sem conhecimento.

O resultado não poderia ser

outro, prejuízo. “A operação na Bolsa

de Valores é, sim, uma das profissões

do futuro, no entanto, como qualquer

outra depende de estudo e muita dedicação”,

alerta Carol Paiffer, CEO e

mentora da maior empresa de traders

da América Latina, a Atom S/A, e empresária

do programa Shark Tank Brasil

“O que aconteceria se uma pessoa que

não sabe nada de cozinha, que nunca

fritou um ovo na vida, resolvesse de

Por isso, a primeira recomendação

para que alguém não tenha uma experiência

negativa com o day trade, ou

seja, prejuízos, é evitar dar início a uma

operação por conta própria ou sem seguir

uma estratégia já validada por especialistas.

Praticamente, todas as pessoas

que registraram perdas e criticam

a prática, é porque começaram dessa

forma.

Oportunidade para quem quer

dar os primeiros passos

Entre os dias 13 e 19 de junho, a Atom

S/A realiza a 4ª edição do evento online

“Semana da Retomada”. Serão quatro

aulas gratuitas ministradas por Carol

Paiffer que preparam interessados em

dar os primeiros passos no day trade.

“Os alunos aprenderão como funcionam

as operações na Bolsa de Valores

e ainda terão a oportunidade de entrar

para o meu time de traders que operam

com o meu capital. Nesse modelo

eu assumo 100% dos riscos e os operadores

recebem 80% dos lucros obtidos”,

conta Carol

Sobre a Atom S/A

12


13


14


15


Networking: é hora de refazer conexões - Por :Roberto Vilela, consultor empresarial e

mentor de negócios

No universo corporativo existe um

consenso em relação ao sucesso

de um negócio que é inegável: não

existe maior chancela para uma empresa

do que a indicação de um cliente.

Conquistar novos clientes por conta da

indicação de quem já confia em seus

produtos ou serviços, além de mostrar

que há assertividade no relacionamento

com cliente, é mais barato e lucrativo.

Afinal, quanto mais pessoas chegam

até você por meio de conexões assertivas,

mais chances estes novos negócios

terão de se manter ao longo dos anos.

É, basicamente, o que colocamos como

networkig: o relacionamento com o

mercado, o conhecimento de possíveis

parceiros de negócios e a presença de

mercado que torna você uma referência

sempre foi – e continuará sendo –

uma das mais certeiras estratégias para

o sucesso.

Mas há uma certa poeira no ar que

poucos gestores colocam como ponto

de risco e ruptura para os seus negócios:

a evolução dos modelos de trabalho,

que potencializou novos modelos

de atuação, baseadas no home office e

em milhares de reuniões e encontros

digitais, está enfraquecendo as conexões.

Até mesmo as novas gerações, como

a Z, têm destacado problemas relacionados

à atuação longe dos escritórios.

Uma pesquisa global do Linkedin, por

exemplo, mostrou que para 62% dos

jovens, há uma série problemas de desenvolvimento

do trabalho nos moldes

digitais – sendo a comunicação o

16

maior deles.

Sem as habilidades comportamentais

que nos permitem ler a linguagem corporal

do interlocutor, “sentir a temperatura”

de uma reunião presencial ou

ainda criar laços e conexões em eventos

presenciais, vamos perdendo pontos

essenciais para a consolidação dos

negócios.

Este novo momento do mercado de

trabalho exige não só bom senso e sensibilidade,

mas, acima de tudo, maturidade.

É preciso entender que nem tudo

pode ser resolvido online: não é à toa

que companhias globais e referências

em inovação (como Google e Tesla,

por exemplo) estão trilhando um caminho

de volta aos escritórios.

Conexões não só fortalecem seu negócio

em momentos positivos, mas também

são uma âncora para situações de

crise. Mesmo que enfrente dificuldades

de mercado, uma empresa ou empreendedor

bem relacionado sabe que, se

entrega um bom trabalho e tem uma

boa rede de contatos, contará com ela

para superar as dificuldades.

Retomar as conexões, em um momento

crucial de reestruturação de mercado,

de ampliação de negócios ou pivotagem

da empresa, é o caminho mais

assertivo que podemos seguir. Depois

de tantos meses em atuação online, é

hora de se perguntar: o que deixamos

passar em tantas calls? O que podemos

recuperar com o insubstituível olho no

olho? Será que a comodidade do digital

está nos tirando a habilidade essencial

de nos relacionar com o outro?

Boas conexões exigem dedicação e

trabalho. Exigem deixar nossa zona

de conforto, expor nossas dúvidas e,

principalmente, manter a mente aberta

para conversas de valor que nos levarão

a novas visões de mercado.

Se reconectar com as boas práticas de

networking significa também ampliar

as possibilidades da sua carreira.

A consultoria The Adler Group já mostrou

que cerca de 85% das vagas de

emprego são preenchidas por meio do

networking.

O mercado mudou, as pessoas também

e a velocidade das ações ainda mais.

Entender essas mudanças vai muito

além de conhecer as melhores ferramentas

e tecnologias. Significa conhecer

pessoas, saber se relacionar, entender

o contexto das relações e ampliar

as habilidades comportamentais – as

famosas soft skills.

Você está preparado para recomeçar

– e reconectar – sua rede de relacionamento?


17


18


19


20


Serviço de moradia por assinatura chega a Bento Gonçalves

Metaverso e o futuro do varejo –

Por:Raphael Mello é CEO da LT-

MDesde que Mark Zuckerberg, fundador

e CEO do Facebook (agora Meta),

deixou clara sua intenção de investir

significativamente na construção do

metaverso, em meados do ano passado,

praticamente todos os setores da economia

estão procurando uma forma

de participar dessa experiência virtual

imersiva e interativa.

Já existem alguns exemplos do que

chamam de metaverso, como as plataformas

‘Decentraland’ e ‘The Sandbox’,

que produzem experiências de simulação

virtual, ou seja, permitem que um

avatar se encontre com outras pessoas,

participe de jogos, compre e venda

bens virtuais e se engaje em diversas

atividades. Porém, são sistemas individuais

que não se comunicam entre si.

Mesmo assim, 6% dos brasileiros (5

milhões de pessoas) já transitam por

alguma versão do metaverso, de acordo

com o Kantar Ibope Media. Segundo a

Gartner, um em cada quatro usuários

de internet vai gastar ao menos uma

hora por dia nesses mundos virtuais

até 2026.

Embora esses números sejam animadores,

o desafio é criar um ambiente

virtual neutro (sem dono), único e integrado,

como uma cidade, em que as

pessoas, por meio de seus avatares ou

por óculos de realidade virtual, possam

entrar e interagir. Para isso, a tecnologia

e dispositivos ainda precisam

evoluir bastante, já que a criação deste

universo vai depender da combinação

de avanços em realidade virtual, blockchain,

inteligência artificial, aumento

de conectividade, assistentes de voz,

programas de tradução simultânea de

idiomas, ambiente 3D e gamificação,

entre outros.

Isso não impede que algumas marcas,

como Louis Vuitton, Gucci e Nike, já

façam negócios no Metaverso. Por enquanto,

muitas empresas estão vendendo

NFTs, e não produtos do mundo

real. A Bloomberg Intelligence já

prevê que, em dois anos, o Metaverso

transacione US$ 800 bilhões.

Porém, no futuro, nada impede que o

usuário compre bens físicos no metaverso.

Vai ser possível ir a um supermercado,

escolher e colocar produtos

no carrinho de forma muito mais fácil,

dinâmica e rápida, programando a entrega

em casa. Roupas, calçados, viagens

e até carros poderão ser comercializados

no universo virtual.

Housi oferece plataforma para locação

100% digital e sem burocracia, com

imóveis mobiliados e diversos serviços

agregados, como limpeza semanal e

pay-per-use

Nestes estágios iniciais de sua concepção,

não sabemos ainda como o metaverso

tomará forma. Mas, para os grandes

varejistas, já fica o questionamento

de como gerar rentabilidade neste ambiente.

Para o pequeno e médio empresário,

tudo isso pode parecer ficção

científica. Muitos ainda estão começando

a sua jornada digital e ainda não

exploraram plenamente todas as oportunidades

do e-commerce. Porém, de

fato, há a possibilidade concreta do

comércio, como conhecemos hoje, ser

bem diferente. Basta lembrar que as gerações

Z e Alpha, os grandes consumidores

do futuro, são compostas por nativos

digitais que já estão acostumados

com os ambientes imersivos dos jogos

online.

21


22


Talvez você já tenha ouvido falar da utilização

do Vinil para revestir piscinas, há alguns

anos esse material ganhou espaço nas

casas dos brasileiros, mas nem todo mundo

sabe quem foi precursor desse “boom”

do vinil no mercado.

Nos anos 80 o mercado de piscinas era

predominantemente dominado por piscinas

de alvenaria e fibra, mas com a falta da

matéria prima, resultado da crise da época,

levaram o pioneiro Marcos Sorrilha a

explorar o vinil como alterativa e foi amor

à primeira vista, totalizando hoje mais de

40 anos de experiência na área de piscinas.

Com o passar dos anos, Marcos Sorrilha

conseguiu trazer ao ramo muita inovação

de produtos, como a criação de vinis

estampados, deixando o material mais

moderno e sobretudo mais acessível às famílias

brasileiras. Além de consolidar um

relacionamento exclusivo com clientes,

fornecedores e colaboradores.

A sabedoria e experiência adquiridas por

Marcos durante sua trajetória somadas ao

prazer em proporcionar momentos de lazer,

alegria e bem-estar aos consumidores

resultou na sua mais recente realização: a

fundação da fábrica ALLIANCE PISCI-

NAS, uma empresa familiar fundamentada

em comprometimento, responsabilidade

e atendimento exclusivo.

A Alliance Piscinas conta hoje com máquinas

e ferramentas de última geração

para a produção de piscinas de vinil, capas

térmicas, capas de proteção filtros, motobombas

e acessórios, mas, o mais importante

nesta fábrica, são os colaboradores,

todos possuem muitos anos de experiência

em suas atividades, o que garante uma excelente

qualidade aos produtos e serviços.

Com apenas 4 anos de existência a Alliance

Piscinas, ostenta uma estrutura e um

portfólio que à sustenta no topo ao lado

das maiores indústrias do Brasil.

Conheça, siga e viva uma experiência

Alliance Piscinas:

@alliancepiscinas

www.alliancepiscinas.com.br

(16) 4009-8199

Rua Augusto Bianchi, 545

Parque Industrial Lagoinha • Ribeirão

Preto – SP

CEP: 14095-140

23


Housi oferece plataforma para locação 100% digital e sem burocracia, com imóveis

mobiliados e diversos serviços agregados, como limpeza semanal e pay-per-use

cidade de Bento Gonçalves, no

A Rio Grande do Sul, vai receber

uma experiência inovadora no setor

imobiliário: a moradia sob demanda.

Por meio da Housi, startup que oferece

uma plataforma para locação 100%

digital e sem burocracia, com imóveis

mobiliados e diversos serviços agregados,

os moradores da “capital brasileira

do vinho” terão o gostinho de como

será residir no futuro. No dia 06 de

junho, em parceria com a Casagranda

Construções e Incorporações, será lançado

o empreendimento CA Tiradentes.

A entrega do prédio está prevista

para maio de 2025. Calcula-se um Valor

Geral de Vendas (VGV) de R$ 30

milhões.

A Housi será responsável pela gestão

de 100% das unidades e também ajudou

na concepção das áreas comuns

do CA Tiradentes, para que os moradores

tenham uma experiência completa

de viver em uma Housi. Serviços

de limpeza, manutenção, suporte 24hs,

Netflix, Tinder e personal trainer são

algumas das soluções oferecidas, que

otimizam o dia a dia dos moradores.

Localizado em um dos bairros mais

24

nobres e tradicionais da cidade, na

Cidade Alta, o CA Tiradentes terá 68

unidades. Nas áreas comuns, o projeto

contempla: lounge, café longe, duas

salas de reunião, uma fechada e outra

para integrar, lavanderia compartilhada,

academia, espaço gourmet, terraço

aberto em nível lounge e terraço superior.

O empreendimento localiza-se na

Travessa Tiradentes.

De acordo com Alexandre Lafer

Frankel, CEO da Housi, a aposta para

o setor imobiliário é a transformação

do modelo de aquisição para o aluguel.

“Plataformas como Uber mudaram a

forma como lidamos com os carros.

Hoje, muitos preferem pagar pelo tempo

de uso e não pela aquisição do bem.

Acredito que este também será o futuro

das moradias. Não fará mais sentido

pagar os juros de um financiamento.

Já para os investidores imobiliários, as

vantagens deste modelo em ascensão

são inúmeras. Destaco uma rentabilidade

imensa com média 40% superior

ao modelo tradicional”, afirma o executivo.

Locação domina desejo do público

jovem

Levantamento realizado pelo Instituto

de Pesquisas Sociais Políticas e Econômicas

(Ipespe), em agosto de 2020,

revelou que mais de 80% dos jovens,

entre 16 e 24 anos, já admitem não se

importarem com a compra de um imóvel.

Ainda de acordo com a pesquisa,

60% dos entrevistados afirmam estar

dispostos a morar em imóveis de acordo

com a fase de vida, incentivados por

variáveis como mudança de emprego,

casamento, separação ou início de um

novo curso.

O estudo corrobora o que é perceptível

na prática. A pandemia acelerou estas

mudanças de hábitos de consumo e

de comportamento no mundo inteiro.

Acompanhando a tendência de diversos

aplicativos de assinatura, transporte

ou delivery, a moradia como serviço

tem ganhado cada vez mais força, em

detrimento do sonho da casa própria e

impulsionando o serviço de assinatura

mensal. E, não por acaso, o investidor

da Housi é um fundo de investimentos

californiano - que foi o primeiro a investir

na Netflix.

“O mundo hoje funciona por demanda.

As pessoas não querem mais ter a

posse e, sim, a experiência, o serviço.

A Housi chegou para cumprir esse papel

no mercado imobiliário, oferecendo

moradia por assinatura, sem burocracia,

tudo em menos de um minuto.

Basta entrar no aplicativo, selecionar

o plano, incluir os dados do cartão de

crédito e entrar no imóvel", explica

Alexandre Frankel.

Expansão pelo país e valorização

de mercado

Até o início de 2020, a Housi atuava

apenas em São Paulo, onde um terço

da população já vive de aluguel. Mas

foi pensando nesta tendência que, além

de administrar imóveis em mais de 200

prédios na capital paulista, a empresa

expandiu sua expertise para mais de 20

cidades, como Curitiba, Porto Alegre,

Recife, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa,

Rio de Janeiro, Minas Gerais, Campinas,

Santa Maria, Bento Gonçalves,

Santos, Maringá e Salvador.

Neste período, o valor de mercado dos

imóveis geridos pela Housi girava em

torno de R$ 3,5 bilhões. Atualmente, a

startup chega a R$ 10 bilhões de ativos

sob gestão.

Com grande potencial para novas parcerias,

a Housi pretende, até o fim do

ano, triplicar de tamanho e expandir

para 80 novas cidades. Também está

nos planos da empresa iniciar uma expansão

para a América Latina ainda

neste ano.

O movimento de expansão da Housi

consolida uma tendência de mercado

nacional e internacional de investimento

em imóveis residenciais para

renda. Em países como EUA e Canadá,

esta é a maior classe de ativos para investimento

em renda.


Rentabilidade, inovação e expertise

em gestão patrimonial

O processo para colocar um imóvel

para locação é complexo. Por isso, para

o investidor que compra o apartamento

com a finalidade de alugar para rentabilizar,

a Housi atuará como uma plataforma

de gestão patrimonial eficiente,

proporcionando rentabilidade e tranquilidade

ao proprietário. Funciona da

seguinte forma: a Housi distribui a unidade

em todas as suas frentes digitais

- site e app Housi, além de dezenas de

parceiros como Airbnb, Booking.com,

Zap e Imóvel Web, que direcionam os

interessados para os canais da Housi.

Uma vez disponível nas plataformas da

Housi, o imóvel é alugado por períodos

flexíveis no modelo inédito de assinatura.

Além disso, a Housi fica na linha

de frente do contato com o locatário,

cuidando de qualquer problema relacionado

à manutenção, limpeza, e outras

questões do dia-a-dia de um imóvel.

Ao final do mês, a Housi repassa os

valores ao proprietário, descontando o

valor da taxa de administração. Toda

informação sobre a rentabilidade fica

disponível em tempo real na tela do

celular do proprietário. Transparência,

recorrência e segurança são novas

fronteiras disponibilizadas pela tecnologia

da Housi.

Por meio de uma tecnologia líder de

mercado, o sistema da Housi conta

com um algoritmo de distribuição que

permite uma otimização de anúncios

e precificação inteligente, com tarifa

flutuante. O resultado é uma rentabilidade

que pode atingir 50% a mais que

locações tradicionais.

Todas as unidades já serão entregues

para o comprador com os serviços

Housi Decor, que disponibiliza apartamentos

decorados e mobiliados com

design inteligente, atrativo e eficiente

para o modelo de locação, além do

Housi Pay, plataforma de gestão de pagamento

de contas do imóvel, e Housi

Assessoria Predial, que cuida de toda a

parte de manutenção das áreas comuns

do prédio. Todos esses serviços ficam

sob o guarda-chuva de gestão da Housi,

que disponibiliza o apartamento em

todas as plataformas digitais da marca

com foco em locação.

Housi B2C

Para os locatários, a Housi atua como

um serviço de desburocratização de

locação residencial. O interessado em

alugar uma casa, seja por um dia, uma

semana ou até um ano, basta acessar

o site da Housi, selecionar o imóvel,

o período de estadia, realizar o pagamento

via cartão de crédito e, claro,

morar. A startup já contabilizou mais

de nove mil locações e 20 mil usuários

desde que foi criada, em 2019.

Todos os apartamentos administrados

pela Housi estão disponíveis para locação

digitalmente e sem a necessidade

de corretor ou fiador. As unidades seguem

um padrão da empresa, mobiliadas

e equipadas com cooktop, geladeira,

cama, sofá, wifi e TV a cabo.

Sobre a Housi

A Housi é uma plataforma de serviços

de moradia por assinatura planejada

com o conceito on demand, que traz

uma visão disruptiva ao mercado, integrando

serviços, proporcionando experiências

e vivência em comunidade.

A empresa oferece locação de apartamentos

de forma profissional e totalmente

digital, simples, sem burocracia

e tempo pré-determinado para a moradia.

Com pagamento online, atendimento

24 horas por dia, sete dias por

semana e um ecossistema de parceiros

que oferecem serviços exclusivos

aos seus clientes. Para os investidores

imobiliários, a Housi é uma alternativa

ao modelo tradicional de gestão de

locação, pois oferece uma gestão patrimonial

mais eficiente, proporcionando

mais rentabilidade e tranquilidade.

Para Incorporadores funciona como

uma bandeira Residencial para acelerar

as vendas dos empreendimentos.

25


26


27


Livro ajuda líderes a se tornarem protagonistas em suas carreiras

Especialista em desenvolvimento

humano Susanne Andrade lança

“Líder Protagonista - Uma Nova Atitude

na Agilidade”, que busca ajudar

gestores a se tornarem protagonistas de

suas carreiras e empresas a implementarem

na prática a gestão humana e ágil

Hoje, as chamadas “doenças da alma” -

como síndrome de burnout, ansiedade

e depressão- têm crescido no Brasil e

no mundo. Muitas vezes, essas doenças

estão relacionadas à sobrecarga no

trabalho, e nem todas as pessoas notam

essa ligação com a vivência no ambiente

profissional. Por isso, o papel dos

líderes nas empresas é cada vez mais

essencial, já que são eles que lidam

diretamente com os colaboradores.

Procurar entender o motivo da queda

repentina de rendimento de um profissional,

por exemplo, antes de pensar

em desligar o funcionário da empresa,

é essencial dentro de uma gestão humanizada.

28

Para Susanne Andrade, especialista em

desenvolvimento humano e autora do

novo livro “Líder Protagonista - Uma

Nova Atitude na Agilidade”, é preciso

ter em mente que as pessoas não são

“máquinas perfeitas”, que trabalham

“sem parar” e de forma “automática”.

“Alcançar resultados e crescer na carreira

é ótimo e devemos, sim, buscar

essa ascensão, porém não podemos esquecer

de que não somos robôs e sim

seres humanos. Ter esse entendimento

e entrar no ‘modo humano’ é fundamental

para obter o equilíbrio entre

saúde mental, qualidade de vida e carreira”,

comenta a autora.

Na visão de Susanne, o papel do líder

não pode ser apenas cobrar a entrega

de resultados, mas também ajudar seus

colaboradores a desempenharem suas

funções de maneira mais leve, construindo

uma experiência positiva no

ambiente corporativo. “O gestor não

pode se esquecer de que os funcionários

têm uma vida fora do escritório.

Infelizmente, muitos líderes não conseguem

exercer seu papel de forma

adequada, por também estarem presos

à “obrigação” de produzir o tempo

todo”, analisa a especialista.

“Muitos gestores também têm certo receio

de ‘perder a autoridade’ ao se aproximar

dos colaboradores, o que leva ao

seu afastamento do time, quando seu

papel é justamente o inverso, alimentar

o entusiasmo da equipe”, alerta Susanne.

Pensando em ajudar pessoas em cargo

de liderança que passam por essas situações,

em seu livro, Líder Protagonista

- Uma Nova Atitude na Agilidade,

Susanne lista os 7 passos para fazer a

diferença na vida pessoal e na carreira,

destacando-se na empresa ao lidar melhor

com os colaboradores. “A relação

entre líder e liderado é uma das relações

sociais mais importantes a ser cultivada

no ambiente de trabalho, pois

impacta diretamente na produtividade.

Segundo estudo do centro de estudos

MIT, dos EUA, o bom relacionamento

entre gestor e liderados gera mais resultado

e dinheiro para as empresas.

Além disso, 8 em cada 10 profissionais

pedem demissão por causa da relação

com o chefe”, comenta ela.

Inteligência artificial x Inteligência

Emocional

No livro, Susanne também aborda a relevância

da Inteligência Emocional, e a

falsa crença de que a Inteligência Artificial

irá “roubar o lugar” dos colaboradores

humanos no trabalho. “Devido

a esse receio, muitas pessoas passam a

tentar ‘competir’ com a máquina, o que

é problemático, pois seres humanos

nunca irão desempenhar funções e gerar

resultados iguais aos da IA. Por isso,

essa atitude muitas vezes afeta a saúde

psicológica, causando estresse devido

à pressão excessiva no trabalho, já que

a própria pessoa se auto sabota buscando

entregar resultados como uma

máquina, coisa que nós seres humanos

não conseguimos”, ressalta a especialista

em desenvolvimento humano.

Para a autora, a IA jamais irá tirar o lugar

dos seres humanos, e, ao invés de

“competir” com a tecnologia, devemos

focar nos nossos diferenciais. “Uma

empresa não é feita apenas com recursos

de IA, é preciso pensar em como

usar a Inteligência Emocional (IE) para

se diferenciar da IA e, dessa forma, se

destacar no ambiente de trabalho”, ensina

Susanne.

“Quando o profissional não se identifica

com aquilo que faz, ou se esquece

de fazer suas escolhas de forma consciente,

aceita trabalhar em qualquer

empresa que lhe pague um salário suficiente

para ‘pagar as contas’, e faz o que

vier de demanda, ficando, profissionalmente,

sem rumo definido, o que é prejudicial”,

diz Susanne.

Protagonismo ágil como uma

nova atitude

Para a autora, um líder com postura de

protagonista usa a cultura ágil para alavancar

resultados pessoais e profissionais.

Ao desenvolver essa atitude, ele

conquista mais resultados com sucesso

e felicidade, pois entende que: habilidades

são sempre possíveis de serem

desenvolvidas; obstáculos surgem para

que sejamos perseverantes ao avançarmos

e evoluirmos; aprendemos com as

falhas e nos inspiramos com as pessoas

de sucesso; é essencial sermos flexíveis

para surfarmos nessa onda de mudanças.

“Ao agir assim, as pessoas estão assu-


mindo a responsabilidade pelo que

querem conquistar, que é um caminho

essencial para a realização. Ser protagonista

é ter autoconhecimento e disciplina

para entrar em ação e conseguir

mudar hábitos já instaurados e consolidados

durante a sua trajetória de vida

e carreira, afirma ela.

Transformação Digital

A transformação digital é outro ponto-

-chave abordado por Susanne no livro

pois, na visão da autora, ela é o primeiro

passo para adotar o protagonismo

ágil como atitude. Enquanto algumas

empresas já nasceram digitais, outras

ainda ensaiam a transformação digital.

“No entanto, é impossível ter uma gestão

verdadeiramente ágil sem abraçar

as inovações e a cultura digital. Só existe

agilidade e transformação digital em

um ambiente que seja de fato colaborativo,

e isso depende das atitudes de

cada um”, reforça a especialista em desenvolvimento

humano.

Mindset da Eficiência

A implementação da cultura ágil e do

mindset da eficiência também é destacada

pela especialista no livro. “É

preciso que os líderes desenvolvam

soft skills e uma liderança servidora,

deixando para trás o velho modelo do

‘comando e controle’, diz Susanne.

Para isso, o MAC (Modelo Ágil Comportamental)

é uma excelente ferramenta

para imprimir agilidade e eficiência

às empresas de todos os portes e

segmentos, e potencializar resultados

em um prazo relativamente curto. O

MAC tem como propósito potencializar

os resultados nas organizações,

com entregas mais ágeis a partir da

mudança de mindset dos profissionais

e desenvolvimento de soft skills na

equipe. Isso leva à mudança de cultura,

pois transforma a mentalidade das pessoas

que lá trabalham, proporcionando

grandes resultados”, resume a autora.

seu próprio tempo. “É preciso ter em

mente que o tempo é uma variável fixa,

e a flexibilidade está em suas mãos, inclusive

para cuidar de si. É aí que reside

o grande salto para a autogestão”, explica

Susanne.

Para a autora, fazer a autogestão eficiente

na relação com o tempo é a chave

para produzir com maior qualidade

de vida. “Quem sabe autogerir seu próprio

tempo produz mais em um período

mais curto de tempo, e consegue

reservar tempo para si mesmo, para o

lazer e a família, tendo uma vida pessoal

e profissional mais plena”, finaliza

a especialista.

Sobre o livro:

Líder Protagonista - Uma Nova Atitude

na Agilidade, Susanne Andrade

(Editora Gente)

Preço: R$ 49,90

Páginas: 194 páginas

Sobre Susanne Andrade - É autora dos

best-sellers “O Poder da Simplicidade

no Mundo Ágil”, “O Segredo do Sucesso

é Ser Humano”, e do livro digital “A

Magia da Simplicidade”. E lança agora

em Abril, pela Editora Gente, o “Líder

Protagonista”. É master coach, palestrante

e professora de cursos de MBA

pela FIAP em disciplinas sobre carreira,

coaching, liderança e gestão da mudança

para a transformação digital. É

sócia-diretora da A&B Consultoria e

Desenvolvimento Humano, empresa

que criou o “Modelo Ágil Comportamental”.

Colunista no “Portal IT Forum

365, na coluna Desenvolvimento

Humano na Era 4.0”. Voluntária no

Grathi.

Autogestão do tempo

Outra questão tratada por Susanne no

livro é a importância de saber autogerir

29


30


31


Engenheiro Civil pela Escola Politécnica

da Universidade de São Paulo;

Mestre em Engenharia de Recursos Naturais

pelo Instituto de Tecnologia da

Universidade de Karlsruhe, Alemanha;

Pós-Graduação em Gerenciamento de

Riscos Ambientais pela Universidade

das Nações Unidas, Tóquio, Japão;

Especialização em Ciências Holísticas

e Ecologia Profunda na Schumacher

College, Inglaterra; Fundador e CEO

da Sustentech, consultoria em empreendimentos

e edificações sustentáveis e

saudáveis, que atua há mais de 15 anos

no desenvolvimento de empresas no

setor de sustentabilidade e conta com

um portfólio de mais de 500 projetos

no Brasil e exterior

Em entrevista exclusiva para a Revista

Empresários, João Marcelo Gosmes

é um executivo que trabalha para que

a sustentabilidade seja um conceito

tangível que cada vez mais importante

neste começo de século XXI. E para

além das necessidades ambientais, o

fato é que ser ‘sustentável’ é hoje um

‘ativo’ essencial para tudo e todos, uma

‘marca’ que orienta conceitos, ideias e

projetos mundo afora.

32

Entrevista Especial com João Marcello Gomes Pinto

Ou seja, realmente não é mais possível

viver, de maneira consciente, sem saber

o que é sustentabilidade, sem entender

os aspectos que envolvem este

conceito. Mas para além de conhecer é

preciso, de fato, praticar ações sustentáveis

e, por exemplo, optar sempre por

escolhas pessoais que sejam alinhadas

com a preservação ambiental.

Revista Empresários: Para começar,

em se tratando de sustentabilidade

X negócios, você acredita que esta ‘dupla’

pode ser realmente considerada ‘de

sucesso’?

João Marcello Gomes Pinto - Até

há pouco tempo, o desafio era que negócios

com propósitos de sustentabilidade

obtivessem sucesso e retorno financeiro.

A partir de agora e cada vez

mais o desafio será que negócios sem

propósitos de sustentabilidade obtenham

sucesso e retorno financeiro.

As pessoas, cada vez mais bem informadas

sobre a relação de impacto

e interdependência que existe entre

produtos / serviços e o meio ambiente

e social em que vivemos, tendem

a discernir empresas e produtos que

impactam negativamente na natureza

e nas pessoas, das empresas engajadas

em transformar positivamente nossa

sociedade e ajudar a regenerar o nosso

planeta. E isso é cada vez mais forte e

rapidamente sentido no ambiente empresarial

e nas suas definições de estratégias

e modelos de negócios.

Revista Empresários. Quando a

agenda de proteção ambiental proposta

pela ONU foi criada nos anos 1990,

a sustentabilidade nos negócios foi um

conceito, a princípio, imposto. Hoje

você acredita que o mercado já assimilou

isto como uma necessidade?

João Marcello Gomes Pinto -

Sim, um dos principais motivos é que

o mercado financeiro percebe a “falta

de sustentabilidade” como um risco

financeiro. O que aconteceu com as

ações da EXXON quando houve o derramamento

de óleo do EXXON VAL-

DEZ? O que aconteceu com as ações

da Vale depois dos acidentes com as

barragens? Problemas ambientais revelam,

em última análise, má gestão, desperdício

de recursos naturais e gastos

que poderiam ser evitados e é claro que

isso impacta os negócios.

Por outro lado a opinião pública e os

consumidores também assimilaram os

conceitos de sustentabilidade e proteção

ao meio ambiente.

As pessoas valorizam as empresas que

tem ações responsáveis na área social e

ambiental.

Hoje em dia as empresas que não estiverem

alinhadas com as melhores

práticas de sustentabilidade sofrerão

reações por parte do mercado financeiro,

da opinião pública, de seus consumidores

e também de governos, que

estão mudando legislações (impostos

ambientais, metas de redução de

emissão de gases do efeito estufa, etc.)

de forma a reorientar a forma de desenvolvimento

dos países, baseado em

modelos de baixo carbono.

Revista Empresários - Nesse sentido,

podemos afirmar que a sustentabilidade

se tornou um ativo?

João Marcello Gomes Pinto - Sem

dúvida. E esse ativo tem muitas faces.

Existe o ativo intangível associado à

marca e aos valores da empresa, demonstrado

pelas suas práticas de responsabilidade

social e ambiental, e que

deve ser fruto de todo um alinhamento

com cultura e valores da empresa para

que seja reconhecido com autenticidade

por todos os stakeholders. Por outro

lado, a implantação de estratégias de

sustentabilidade traz, invariavelmente,

resultados financeiros palpáveis em redução

de custos, pela redução de consumo

de água e energia, melhor gestão

de resíduos, aumento de produtividade

dos colaboradores e até a retenção de

talentos.

Proteger um pedaço de floresta pagando

por seus serviços ambientais, reduzindo

assim a pegada ambiental de

uma operação ou atividade empresarial,

por exemplo, se tornou de fato um

ativo validado pela CVM que pode ser

contabilizado no balanço patrimonial

da empresa.

Revista Empresários - O último

relatório IPCC (Painel Intergovernamental

sobre Mudanças Climáticas

ONU) divulgado em 2021 trouxe um

alerta para a humanidade ao informar


que as mudanças climáticas podem

trazer impactos negativos e irreversíveis

ao planeta. Como CEO da Sustentech

como você avalia este cenário?

João Marcello Gomes Pinto - É

um cenário sem dúvida preocupante

e que ainda não foi entendido em sua

total extensão por governos e empresas.

Hoje dispomos das ferramentas,

conhecimento, tecnologia e meios para

evitar os piores efeitos se aplicados a

tempo. Acredito que mais uma vez a

mola propulsora desse movimento será

o mercado financeiro que está cada vez

mais atento aos riscos ambientais que

as mudanças climáticas representam

para os seus próprios negócios e investimentos.

É do mercado financeiro inclusive que

veio o termo ESG que vêm nos últimos

3 anos, desde a famosa carta do Larry

Fink do Blackrock, fundo com mais de

10 trilhões de dólares de ativos geridos,

direcionando os esforços das empresas

para incorporarem de fato aspectos,

estratégias e riscos ambientais, sociais

e de governança no seus modelos de

negócios.

Revista Empresários - E continuando:

de que forma a Sustentech, em

sua área de atuação, tem conseguido

não só propor soluções adequadas aos

clientes, como fazê-los entender a importância

de tais iniciativas?

João Marcello Gomes Pinto - As

demandas de mercado têm feito com

que várias empresas nos procurem

para obter certificações de sustentabilidade

que acabam sendo parte de seus

modelos de gestão corporativa e cumprem

muito bem o papel de “prestar

conta” aos seus stakeholders com relação

às suas estratégias ESG. Para muitos

gestores isso acaba sendo “um item

a mais a cumprir na agenda”. Nesses

casos buscamos sensibilizar o cliente

a cada decisão sobre a necessidade de

realmente alcançar uma operação mais

sustentável e não apenas conquistar

pontos em uma certificação. Entendo

que esse é um papel importante que

a Sustentech desempenha na ampliação

da consciência de todo o mercado,

e que esse processo se torna um ciclo

virtuoso e nossos clientes vão experimentam

todos os benefícios positivos

da sustentabilidade à medida em que

vamos derrubando um a um os mitos

e medos que envolvem o tema.

Em relação a propor soluções adequadas

aos clientes, essa é “a nossa praia”.

Estamos permanentemente olhando o

mercado e identificando novas soluções,

sistemas, equipamentos, estratégias

e materiais que contribuam para

a sustentabilidade. Sempre fazemos

um diagnóstico dos ativos de nossos

clientes em primeiro lugar de modo

a alinharmos nossa expertise em sustentabilidade

às estratégias, objetivos e

cultura da empresa. Depois disso, durante

a implementação das ações, toda

solução proposta é acompanhada de

estudos de viabilidade técnica e econômica.

Revista Empresários- Como empresário

que escolheu trabalhar desenvolvendo

soluções sustentáveis há mais

de 15 anos, você acredita que a sustentabilidade,

hoje, é vista como imprescindível

ou ainda há certa resistência?

João Marcello Gomes Pinto- Nos

escalões mais altos, no C-Level das

grandes empresas, percebo que a sustentabilidade

é vista como imprescindível.

O risco de um deslize nessa área

e um não alinhamento às demandas

atuais dos investidores, consumidores

e opinião pública em geral tem consequências

muito graves para as empresas.

Na área mais operacional ainda vejo

certa resistência, não exatamente à sustentabilidade

em si, mas a mudar as

rotinas que já existem, a ter “mais trabalho”,

cumprir “mais regras e exigências”.

Nosso trabalho é sempre mostrar

o proposito dessas ações e o seu benefício

para a empresa e para a sociedade

como um todo. Com isso todo o mercado

cresce e se desenvolve.

Revista Empresários – Sabemos

que alguns empresários ainda não valorizam,

como deveriam, iniciativas

que protejam o meio ambiente nos

processos de seus negócios. Para estes,

o que você poderia ‘dizer’?

João Marcello Gomes Pinto -

Muito simples. A falta de sustentabilidade

custa e custa caro. Se o empresário

acha que está economizando ao

tomar ações irresponsáveis em relação

ao meio ambiente e à sustentabilidade,

ele não está entendendo que a conta

virá, mais cedo ou mais tarde. Desperdício

de recursos, gastos elevados com

água e energia, impactos negativos na

marca e na reputação da empresa, reações

da opinião pública, dos próprios

colaboradores e financiadores, tudo

isso custo. Sem falar de multas ambientais

e outras sanções que a empresa

pode sofrer em não se enquadrando a

esse novo modelo de negócios e desenvolvimento

que o planeta obrigatoriamente

está começando a trilhar.

Revista Empresários - Você poderia

citar algum trabalho feito pela

Sustentech que tenha sido, entre todos,

aquele em que ações sustentáveis foram

implementadas em todos os processos

internos?

João Marcello Gomes Pinto - São

inúmeros, mais de 500 projetos de sustentabilidade

desenvolvidos ao longo

desses 15 anos de atuação. Alguns de

maior destaque são o Parque Olímpico

e a Vila Olímpica da Rio 16 onde

implementamos todos os requisitos de

sustentabilidade do Comitê Olímpico

Internacional; o Plano Noronha Carbono

Zero onde definimos as metas e

traçamos as estratégias para zerar as

metas de emissões de gases do efeito

estufa da Ilha de Fernando de Noronha

até 2050; as certificações de sustentabilidade

do Superior Tribunal Militar devido

aos altíssimos níveis de exigência

da engenharia do Exército Brasileiro; a

certificação LEED da maior fábrica de

vacinas da América Latina da Fiocruz;

os projetos desenvolvidos para grandes

empresas listadas na Bovespa consideradas

exemplos de sustentabilidade

como Renner, Fleury, Natura e JHSF;

para multinacionais como Nestlé, Fiat,

Saint Gobain e Mercado Livre; além de

alguns bons projetos fora do Brasil , na

Argentina, Alemanha e Espanha.

Revista Empresários - Apesar do

cenário atual (econômico, ambiental)

ser incerto, as perspectivas para o

avanço das iniciativas sustentáveis podem

ser animadoras justamente por-

33


que o ‘mundo’ percebeu que sem esse

cuidado, os negócios também estão

comprometidos. Você concorda com

essa afirmativa?

João Marcello Gomes Pinto - Totalmente.

É um caminho sem volta.

Principalmente quando se entende

que é um movimento onde todos ganham.

Sustentabilidade não é um custo,

um luxo, uma exigência descabida

de algum ambientalista fanático. Sustentabilidade

é um investimento, uma

forma de garantir operações economicamente

mais saudáveis e eficientes, de

cuidar das pessoas – nossos colaboradores,

nossas famílias, e garantir um

futuro viável para todos num Planeta

saudável e regenerado.

34


35


Crescimento: PPA participou da Exposec com aumento de mais de 354% em seu

portfólio

com mais de 50 profissionais atuando

diretamente no desenvolvimento de

produtos e soluções. “Hoje temos uma

série de patentes e desenhos industriais

registrados”, destacou o gerente Fausto

Fugikawa.

EXPANSÃO

Durante a recessão do evento, a maior

indústria de automatização de portas,

portões e cancelas da América Latina

lançou 300 novos produtos.

Durante os dois anos em que a Exposec

não foi realizada – devido às restrições

da pandemia – a PPA aumentou o seu

portfólio em mais de 354%.

No período, a maior indústria de automatização

de portas, portões e cancelas

da América Latina lançou aproximadamente

300 novos produtos, incluindo

as tecnologias Legero e Agility.

Os destaques do evento são o BR 1 –

primeiro automatizador para porta de

enrolar produzido no Brasil, a PPA ON

– Casa Inteligente e a linha de câmeras,

gravadores e interfones avançados.

Com investimento arrojado no desenvolvimento

da marca, a divulgação

para o mercado aconteceu durante a

feira e prometem impactar o setor de

segurança. “A PPA está em um novo

momento de posicionamento perante

o mercado. Investimos bastante em

centros especializados de inovação e o

resultado disso foi essa expansão”, declarou

o CEO, Samuel Peres.

No dia 03 de junho, a PPA reuniu seus

distribuidores do Brasil e exterior

para a Convenção 2022, que antecedeu

os preparativos para a Exposec.

Na ocasião, foi anunciada a construção

da primeira fábrica da empresa fora do

país, na Argentina – primeiro a importar

os produtos.

Além disso, os responsáveis apresentaram

o rebranding da marca – com os

novos padrões de identidade visual e

a atualização dos benefícios aos representantes.

EXPOSEC

As expectativas para a participação da

PPA na retomada presencial da Exposec

são grandes. “Nosso estande é o

lugar onde reunimos amigos clientes e

parceiros e podemos atualizar o mercado

com as tendências e lançamentos.

São dias incríveis, onde há muita troca

de experiência. Estamos muito animados

em rever todo nosso público e

interagir pessoalmente, além de poder

mostrar em primeira mão a centena

de lançamentos que tivemos desde o

início de 2020”, finalizou o presidente,

Flávio Peres.

Para se ter uma ideia, em 2020, a empresa

lançou 44 produtos, passando

para 66 em 2021, com expectativa de

mais de 200 novos projetos ao longo de

2022.

Para isso, foi criado PD&I (Pesquisa,

Desenvolvimento e Inovação), departamento

que controla sete centros especializados

– sendo dois de mecânica,

36


37


38


39


40


Depois de dois anos de atuação, fintech voltada para PMEs se remodela e lança

nova marca

a economia – mas precisam de apoio.

Queremos oferecer crédito de maneira

ágil, segura e consciente. Por isso, nessa

nova fase, estamos desenvolvendo

produtos direcionados a cada necessidade

e a cada momento. Em breve,

lançaremos conta corrente digital, cartão

de crédito, cashback com empresas

parceiras, sempre com condições mais

atrativas que os modelos tradicionais

disponíveis”, declara o executivo.

Sob nova gestão, 123Qred passa a se

chamar Qred, como sua sócia sueca

Desde o início de sua operação, em julho

de 2020, a 123Qred tem sido uma

importante parceira para empreendedores

que estão buscando expansão de

seus negócios, investimento em infraestrutura,

capital de giro e geração de

novas receitas. Mas, depois de observar

o comportamento do mercado e dos

clientes ao longo desse período, a empresa

decidiu mudar para atuar ainda

mais em linha às necessidades dos empreendedores.

Como reflexo dessas mudanças, a fintech

passará a adotar o nome Qred,

empresa sueca da qual é investida e

possui modelo de negócio similar ao

da Qred Brasil. Outro sócio da fintech

é a sueco-brasileira Webrock Ventures,

que traz para o Brasil empresas líderes

em tecnologia nos países nórdicos.

Em abril deste ano, Romulo Pereira assumiu

a posição de CEO.

Com larga experiência no mercado

financeiro e no segmento de fintechs,

o executivo tem, entre seus desafios,

colocar a empresa na esteira de crescimento

e oferecer mais soluções de crédito

aos clientes.

A Qred encerrou o ano de 2021 com

700 clientes e totalizou R$ 16 milhões

em empréstimos concedidos. Para

2022, a expectativa da fintech é emitir

uma média de 100 contratos de empréstimos

por mês.

O modelo de negócio da fintech continua

sendo 100% online e consultivo,

sempre buscando entender qual é

a real necessidade do empreendedor.

“Queremos ajudar empresas que buscam

aumentar sua receita de maneira

responsável e sustentável. As PMEs

não são totalmente assistidas, muitas

ofertas não condizem com suas realidades.

Temos muito espaço para crescer

e muita entrega para realizar”, destaca

Pereira.

A análise para a liberação do dinheiro

também pode ser apontada como diferencial.

Ela é ágil e considera alguns

critérios como: tempo mínimo de operação

de dois anos, faturamento anual

no valor de R$ 150 mil e, por fim,

se existe algum tipo de restrição grave

no CNPJ da empresa. Com o apoio

de tecnologia e algoritmos avançados,

todo o processo, desde a aplicação até

o depósito, pode durar menos de 24h,

dependendo do envio dos documentos

pelo cliente e disponibilidade para um

contato. Os valores dos empréstimos

podem variam entre R$10 mil e R$150

mil e os prazos de pagamento vão de

três a 24 meses.

“Os empreendedores são extremamente

importantes para o país - geram

receita, empregos e movimentam

41


42


43


44


Mantendo a produtividade em times de ciência de dados – Por: Matheus Sesso

Gay é Auto ML & Time-Series Lead na 4intelligence.

Resumo: Com o tempo, times de ciência

de dados podem perder produtividade

por decisões tomadas com

foco em entregas no curto prazo

Os métodos ágeis de trabalho alcançaram

diferentes áreas e profissões, sendo

uma delas a de desenvolvimento de

software. Apesar de não ser a primeira

coisa que vem à cabeça quando pensamos

em ciência de dados, muitos

cientistas de dados trabalham de forma

semelhante a pessoas desenvolvedoras

de software, seja confeccionando

pequenas rotinas de programação ou

participando da elaboração do produto

em si. Dessa forma, alguns tradeoffs

que surgem ao longo da carreira desses

profissionais também surgem na de

cientistas de dados.

Um tradeoff particularmente relevante

no dia a dia de trabalho é o que diz respeito

ao desenvolvimento de códigos

focados no curto versus longo prazo e

como isso se relaciona com a metodologia

ágil. Suponha que uma empresa

meça a produtividade de um time com

base no número de entregas e que use

o Scrum para seus desenvolvimentos.

A cada sprint (ou ciclo de desenvolvimento),

um código é possivelmente gerado,

testado e colocado no ar. Pode-se

esperar que, com o tempo, esse time

priorize a velocidade ao custo de manutenção

de longo prazo dos códigos.

A conta é relativamente simples: com

mais entregas, o time se torna mais

produtivo e é recompensado por isso,

agradando a todos. Assim, desenvolvimentos

rápidos, com foco principal na

entrega e não no custo de manutenção,

parecem mais vantajosos num primeiro

momento. Com o passar do tempo,

a equipe acumula códigos e, naturalmente,

surgem os temidos bugs.

Bugs são praticamente inevitáveis

(mesmo que se tenha o melhor departamento

de Quality Assurance) e deixam

claro o quanto o time se preparou

para isso durante o desenvolvimento.

Se a equipe foi acumulando dezenas de

códigos escritos de forma rápida, relacionando-os

sem uma estrutura bem

desenhada, criou-se uma bomba com

dezenas de fios emaranhados e, quando

surgirem os bugs, a decisão do fio

a ser cortado se tornará uma tarefa árdua.

Vamos esclarecer melhor esse ponto

trazendo exemplos do dia a dia.

Quantas pessoas desenvolvedoras nunca

se depararam com a decisão de, ao

surgir um bug, colocar um condicional

(o famoso “if ”) no código para solucionar

tal problema? Esse hábito gera

soluções e entregas rápidas, mas torna

o código cada vez menos inteligível.

Outro exemplo comum é abrir mão de

boas práticas (como uma função bem

documentada internamente) para agilizar

a entrega.

Nos exemplos acima, a pessoa desenvolvedora

que gerou as rotinas é, provavelmente,

a mais indicada para fazer

a manutenção do código com maior

fluidez. Note que isso gera alta dependência

de alguns indivíduos do time, o

que pode ser muito prejudicial para a

empresa na ausência desses funcionários.

Mas, então, por que não priorizamos

desenvolvimentos focados no longo

prazo? Acredito que a resposta resida

justamente nesse tradeoff de produtividade

gerado entre desenvolvimentos

de curto e longo prazo. O aumento da

produtividade (medido em termos de

entregas por determinado período de

tempo) beneficia e eleva o moral do

time no curto prazo, além de possivelmente

trazer resultados interessantes

em termos de receita para a empresa.

No médio/longo prazo, a produtividade

do time cai, os bugs levam cada vez

mais tempo para serem corrigidos e,

em algum momento, a equipe deixa de

criar para somente fazer a manutenção

em desenvolvimentos antigos.

Então, afinal, como conciliamos metodologia

ágil com uma produtividade

estável no longo prazo?

A melhor ferramenta para isso é termos

objetivos claros, caminhos bem

traçados e um time rigoroso em relação

à qualidade dos desenvolvimentos.

Com objetivos claros e passos detalhados,

o time se motiva, pois observa que

aos poucos se aproxima do objetivo

final, a pressão da entrega por ciclo de

desenvolvimento (muitas vezes relacionada

à metodologia ágil) é aliviada

e se abre espaço para a discussão de

melhores caminhos, sabendo que decisões

de hoje podem afetar colegas de

trabalho amanhã.

Longe de ser fácil, essa tarefa parece ser

o grande desafio de gestores de times

de ciência de dados, especialmente se

aliarmos a isso a necessidade de viabilizarmos

o funcionamento da empresa

com a geração de receita. É necessário

criar pilares sólidos para a construção

de novas rotinas, algoritmos e procedimentos,

beneficiando a todos.

45


46


47


48


49


50


O futuro do trabalho, aqui e agora! Especialistas debatem o atual momento do

mercado de trabalho e apontam a necessidade de as organizações desenvolverem

cada vez mais as suas lideranças

Executivos, CEOs, consultores e

especialistas em Recursos Humanos

se reuniram em São Paulo, nesta

última quinta-feira, para debaterem

o futuro do trabalho, as tendências,

os principais desafios e o papel da liderança

na busca por novas habilidades

necessárias para a manutenção de

equipes produtivas, engajadas e felizes,

porém num formato híbrido que se

consolida após a pandemia. Além disso,

é unânime a visão no mercado de

trabalho, independente do segmento

de atuação das organizações, que não

só agora, mas nos cenários futuros, que

o papel do RH está e será cada vez mais

estratégico para as companhias.

Realizado no Villaggio JK Eventos, no

Centro de São Paulo, o Ready For Next

Day, foi um evento organizado pelo

Grupo Adecco, Líder em Recursos Humanos,

junto com a consultoria LHH

Brasil que compõe o grupo.

De acordo com Alexandre Marins, Diretor

de Desenvolvimento de Talentos

LHH América Latina a ideia partiu da

necessidade atual de cuidar do aspecto

humano, ou seja, não apenas falar de

negócios, mas provocar reflexões, insights

e contribuições de grandes nomes

do segmento nesse novo momento que

a sociedade e o mercado de trabalho

vivem. Ele explica que, ao olhar para

o futuro, é preciso ter uma mudança

na mentalidade organizacional, transformando

a cultura da empresa, principalmente

no que diz respeito as relações

com os colaboradores, dentro de

novos modelos de trabalho. “Estamos

num momento diferente e nele o líder

é o elo entre os colaboradores e a cultura

da empresa, conectando-os”, disse

o consultor.

Para José Augusto Figueiredo, country

head do Grupo Adecco no Brasil, o encontro

contou com debates produtivos

e necessários para um futuro que já está

acontecendo, tendo como diferencial a

discussão compartilhada por membros

C-Level. “A agenda desse futuro que já

se apresenta passa, fundamentalmente

pelo desenvolvimento de nossos líderes”,

afirmou.

Figueiredo complementa ainda que,

diante da imprevisibilidade, o essencial

é observar que está havendo uma

profunda transformação na forma pela

qual as pessoas estão se relacionando

e isso exigirá novas habilidades da liderança.

“Não são poucos os desafios,

dentre eles ficar atento à saúde mental

da equipe, manter os colaboradores

estimulados e reter talentos no presencial

ou não”.

Já para André Vicente, country manager

da Adecco do Brasil, o evento é

essencial para profissionais de RH que

querem oferecer o melhor benefício

para as suas empresas e colaboradores.

“O futuro do RH é hoje. Nós, como

líder em recursos humanos, estamos

atentos a todas as tendências, para

compartilhar o máximo de conhecimento

possível para que as empresas

brasileiras consigam conciliar bem-estar,

produtividade e alinhamento com

a cultura organizacional”, comentou.

Luciano Snel, CEO Icatu Seguros, pontuou

que os líderes precisam estar atentos

às demandas únicas, compreendendo

o individual de cada colaborador,

ou seja, tratando-o de forma personalizada.

“Temos o grande desafio de empoderar

os líderes para que eles sejam

multiplicadores. Aprender quando se

posicionar, mas saber também quando

ouvir, contribuindo para a flexibilidade

e colaboração dentro da empresa”,

apontou o executivo.

Para Daniel Torres, General Manager

da Reckitt Health & Nutrition Brasil,

os desafios do futuro já são atuais. Para

ele, isso implica aprender na velocidade

que o mercado pede, formar líderes

e personalizar a experiência do colaborador.

“Temos um grande desafio

no desenvolvimento de líderes, pois o

perfil do líder de hoje é bem diferente

do líder do futuro”, completou.

No geral, todos concordam que esses

tempos de mudanças podem ser positivos

se bem gerenciados.

Selma Fernandes, VP de Gente, Gestão

e ESG da Vibra Energia, está vivendo e

liderando uma transformação cultural,

já que a empresa veio de uma privatização.

Para ela, momentos como esse, de

significativas mudanças, são oportunos

para implementação de novas diretrizes,

como missão, transformação e

alinhamento de propósito.

“Para isso, temos que empoderar cada

um da organização. Precisamos ouvir

mais, compreender suas dores e seus

questionamentos, buscar por mais inclusão

para fazer a diferença”, explica.

Selma afirmou também não ter uma

receita certa da implementação, mas

que esta deve ser feita de forma leve e

não imposta radicalmente.

51


52


53


54


O que está por trás da onda das assinaturas? – Por : Stephanie Peart é empreendedora

e head da Leapfone, startup do segmento de Phone as a Service, que permite que mais

brasileiros tenham acesso a smartphones poderosos por meio de assinaturas de

aparelhos novos e “como novos”.

Quantos serviços você assina? Já

parou para contar? Por aqui, temos

Netflix, HBO Max, Amazon Prime,

Apple+, YouTube Premium, Spotify,

Medium, Audible, Rappi Prime,

Google Drive, iCloud, Notion, aplicativo

fitness, contabilidade digital, seguro

residencial, gerenciador de senhas e

celular Leapfone — apenas na pessoa

física e que eu me lembre de cabeça.

Se entrarmos em ferramentas digitais

para o negócio, a lista não vai caber

nesse artigo. Além disso, estou a um

passo de assinar reposição de produtos

de limpeza, cesta de orgânicos e vinho.

Seria eu uma assinante compulsiva ou

é assim por aí também?

Estamos migrando da “Era dos Produtos”

para a “Era dos Serviços” e é possível

dizer que todas as indústrias já

entraram ou estão prestes a entrar na

onda das assinaturas digitais.

De alimentos a roupas, celulares, móveis,

maquinário e apartamentos.

O modelo de negócio “as a service” já

não é exclusivo para startups ou empresas

de tecnologia.

Mas, afinal, o que está levando as pessoas

a consumirem produtos e serviços

por assinatura? Na minha visão são

três principais benefícios: flexibilidade,

facilidade e economia.

1) Flexibilidade: trocar ou cancelar

a qualquer momento

O mundo muda muito rápido, e com

ele, nossas necessidades. Cada vez mais

pessoas escolhem alugar apartamentos

ao invés de comprar por acreditarem

que seu estilo de vida não vai permanecer

o mesmo por muitos anos.

Um novo emprego pode significar um

novo bairro, uma nova cidade ou um

novo país — além de uma nova rotina.

Podemos ter filhos, casar ou separar

quando menos imaginamos. Estamos

entendendo que nada é permanente.

Seja nos serviços cotidianos, seja nos

produtos de alto valor agregado, nós,

das novas gerações, preferimos flexibilidade.

Queremos a possibilidade de

cancelar se não usarmos um produto

ou serviço, ou se o bolso ficar apertado.

Desejamos ter a opção de fazer upgrade

quando surgir uma nova tecnologia.

Não queremos assumir compromissos

a longo prazo.

2) Facilidade: simplificar a vida e

automatizar decisões

Em um mundo dinâmico e cheio de

possibilidades nos deparamos com dezenas

de escolhas por dia. Esse excesso

de decisões esgota nossa energia e é um

dos principais causadores de estresse e

burnout — pesquise sobre fadiga de

decisão se quiser saber mais.

As assinaturas são uma forma de simplificar

e automatizar a rotina. Estamos

pagando para não ter que escolher

quais vegetais vamos comer na semana

ou qual é o vinho com melhor custo-

-benefício. Pagamos por curadoria de

filmes, livros, playlists e produtos de

beleza. Preferimos a recorrência no

cartão para não precisarmos lembrar

de fazer pagamentos. Optamos por

soluções que ofereçam pacotes completos,

como os celulares e carros por

assinatura, que já vêm com seguro, documentação,

manutenção, etc.

3) Economia: pagar menos e

conforme o uso

Por serem comercializadas em canais

digitais, gerarem fidelização e oferecerem

previsibilidade de receita para

as empresas, as assinaturas costumam

possibilitar valores mensais mais acessíveis.

Além disso, muitas assinaturas,

principalmente de softwares e serviços

digitais, cobram de forma proporcional

ao uso, oferecendo ao cliente a possibilidade

de experimentar. Até mesmo

empresas que não trabalham majoritariamente

com assinaturas estão implementando

esse modelo em troca de

descontos e benefícios. Rappi Prime e

Uber Pass são bons exemplos.

Em alguns casos, a assinatura pode até

custar um pouco mais a longo prazo,

quando comparada à compra do produto.

No entanto, os consumidores se

mostram cada vez mais dispostos a pagar

mais pelos benefícios mencionados

acima: flexibilidade, conveniência e

pagamento facilitado.

As assinaturas já fazem parte da

nossa vida e vieram para ficar.

Isso não significa que vamos deixar de

comprar produtos e serviços no modelo

tradicional, mas pouparemos nossa

energia para aquilo que vale realmente

a pena. Afinal, vale cada centavo quando

o assunto é economizar nosso recurso

mais escasso: o tempo.

55


56


57


58


59


60


Empreendedor revela estratégias de alto impacto para o seu negócio

Mostre que a quantidade do produto

que você oferece ou agenda para o seu

serviço que você presta está com poucas

vagas disponíveis. Seu cliente não

vai querer perder a oportunidade sabendo

da qualidade do seu produto ou

serviço prestado.

Segundo: afinidade

Atualmente, as pessoas compram coisas

que tenham alguma afinidade com

elas. Por isso, o “gatilho mental de afeição”

trabalha exatamente essa questão,

visando uma venda positiva e que irá

gerar experiência de felicidade e conforto

para o comprador.

Grupo A2, holding de serviços exclusivos

para o setor da construção civil e

arquitetura e co-autor do livro Arquiteto

Empreendedor, um dos mais vendidos

pela lista da Veja (maio de 2022).

Instagram: https://www.instagram.

com/sodrethiago/

Site: https://clubecasadesign.com.br/

Sobre o Club&Casa Design

Thiago Sodré, CEO do Club&Casa

Design, dá dicas de como conquistar

e fidelizar clientes com ações personalizadas

Ser dono do próprio negócio requer

habilidades e amplitude no mercado

de gestão e fidelização de clientes. De

acordo com pesquisa do Global Entrepreneurship

Monitor (GEM), patrocinada

pelo Sebrae Brasil, a cada 10 brasileiros,

4 são empreendedores ou estão

envolvidos na criação de uma empresa.

O levantamento também mostra que

56% dos empreendedores que estão

abrindo ou já são donos do próprio negócio

identificaram uma oportunidade

viável para iniciar o projeto.

Mas para se manter no mercado a longo

prazo e, com foco no desenvolvimento

empresarial, Thiago Sodré, fundador

do Club&Casa Design – plataforma de

geração de negócios e relacionamento

voltada ao mercado de construção civil,

decoração e arquitetura – explica

alguns pontos importantes para melhorar

o desempenho corporativo e

gestacional de um negócio.

Primeiro ponto: escassez

Terceiro: autoridade

Pessoas gostam de estar perto de quem

é autoridade e entende de um determinado

assunto. Portanto, trabalhe para

que você seja essa autoridade, ativando

o gatilho mental referente a ela nos

consumidores.

Quarto: prova social

Seus clientes tendem a tomar decisões

que estejam de acordo com o que os

outros fazem. Portanto, com o gatilho

mental de prova social, você acaba

inserindo o seu consumidor dentro

de uma comunidade na qual ele vai se

sentir pertencente e à vontade.

Quinto: especificidade

Quanto mais detalhes você der sobre

um produto ou serviço na hora da venda,

mais embasamento o cliente terá na

hora de tomar a decisão da compra.

Tendo em vista cada dica, um último

ponto importante é: invista na divulgação

de dados que comprovem aquilo

que está sendo dito, seja de maneira escrita

ou visual.

Sobre Thiago Sodré:

Thiago Sodré é idealizador do Club&-

Casa Design, uma plataforma de relacionamento

entre profissionais e lojistas

dos segmentos de construção civil,

arquitetura e design de interiores. É

especialista em Marketing de Relacionamento.

Em 2019, esteve entre os 90

jovens mais inovadores do país, reconhecido

na lista Under 30 da Forbes

Brasil. Além disso, é Co Fundador do

Fundado em 2015, o Club&Casa Design

está presente em diversas regiões

de São Paulo, é focado na experiência,

no reconhecimento, na capacitação e

na viabilização de negócios para profissionais

do segmento de arquitetura,

design de interiores e paisagismo. Entre

2019 e 2021, foram transacionados

mais de R$500 milhões em negócios no

programa. Hoje a empresa opera como

um clube de relacionamento para mais

de 30 segmentos dentro da construção

civil.

Mais informações: www.clubecasadesign.com.br

61


62


63


“Os desafios do novo ecossistema para gestão da saúde”, este é tema da entrevista

que Erasmo Caetano Executivo com 46 anos de experiência na gestão empresarial

pública e privada, com foco em: Finanças, Controladoria, Custos, Planejamento

Estratégico, Orçamento Operacional, Projetos e Estudos de Viabilidade, Prestação

de Contas de Governo (federal, estadual e municipal), Reestruturação

Organizacional, Due Dilligence, Valuation, Programa de Compliance, Licitação

Pública, dentre outros.

Já foi provado por estudos de mercado

que um investimento de R$ 1,00 em saneamento

básico no Brasil, pode fazer

retornar para a Saúde R$ 4,00. Já imaginaram

a economia que haveria ano

após ano?

prof. Afonso José de Matos: “a saúde

não tem preço, tem custo”.

O baixo nível de educação do povo

também ocasiona um desequilíbrio orçamentário.

Existe baixo nível de qualificação empresarial

para os médicos, quando eles

se tornam empresários de negócios.

Dentre outros fatores.

Revista Empresários - No início da

Pandemia, a grande mídia em geral,

profissionais, empresários, sociedade

viveram momentos de MEDO

e PÂNICO e preocupações com o

SUS. O que aconteceu depois?

Revista Empresários - Por que a

Saúde está sempre em crise?

Não existem políticas públicas de longo

prazo estruturadas.

Existe baixa aderência das ações públicas

na atividade primária. Necessário

reestruturar o Programa de Saúde da

Família (PSF).

Não existe um planejamento familiar

adequado no Brasil. As Classes C, D, E

estão tendo filhos sem nenhuma condição

para mantê-los. A consequência:

não existem recursos suficientes para

essa explosão demográfica. Os recursos

são finitos enquanto o desequilíbrio

orçamentário não para de ter déficits,

todo ano. Se não houver uma decisão

corajosa dos principais homens públicos,

esse problema nunca vai ser resolvido.

Existe um empobrecimento crescente

da população de baixa renda.

A estrutura de financiamento do SUS

é complexa. Existe má distribuição dos

recursos.

Poucos investimentos públicos em saneamento

básico.

64

Revista Empresários - Após a

Constituição de 1988 e a criação do

SUS, de lá para cá, o que precisa

melhorar?

Inicialmente, quero parabenizar todos

os profissionais da saúde pela determinação,

humanização, profissionalismo

e eficiência para enfrentar a COVID,

nesses dois anos de pandemia.

O que ainda precisa melhorar:

Maior sinergia entre os Ministérios da

Saúde e da Educação, Secretarias Estaduais

de Saúde e Secretarias Municipais

de Saúde.

Melhorar a distribuição das verbas públicas,

por região.

Intensificar a fiscalização para eliminar

a forte corrupção que ainda existe, na

utilização dos recursos do SUS.

Intensificar os controles para eliminar

os desperdícios existentes, tanto na atividade

primária, como na secundária e

terciária.

Redesenhar o Curriculum Vitae dos

profissionais da Saúde, haja vista que

saem das Academias sem nenhuma

noção de finanças, custos, gestão empresarial,

gestão de tecnologias e inovação,

dentre outras.

A caneta do médico ainda pesa muito

nos custos da saúde. Já dizia o saudoso

Já foi provado que o Medo e o Pânico

desenfreados foram utilizados de forma

“proposital”, num momento político

de polarização, superando a comunicação

transparente das boas práticas

do Jornalismo saudável. Essa comunicação

ocasionou prejuízos inimagináveis

para toda a Sociedade. Muitos

óbitos foram creditados a esse período.

Alguém pagou essa conta? Lamentável

isso ter acontecido.

Hoje, dois anos depois e graças ao SUS,

a grande maioria dos profissionais da

Saúde conseguiram “frear” o “caos”

que já estava sendo desenhado.

Os profissionais da saúde foram valorizados,

mas ainda será preciso melhorar

vários níveis de profissionalização,

ligados a Cadeia de Valor / Produção,

no Segmento da Saúde.

Revista Empresários - Por que

dizem que a Agência Nacional

de Saúde Suplementar (ANS),

não está conseguindo atuar bem

entre Vendedores de serviços

(Operadoras e Planos de Saúde)

VS Compradores de serviços

(Estabelecimentos de Saúde e

os usuários/beneficiários)?


Porquê, como em inúmeros cargos

públicos de 1º e 2º escalão de governos,

são ocupados por políticos que

não tem a qualificação nem o conhecimento

do Setor da Saúde. Na minha

opinião, deveria haver anualmente um

concurso público interno para escolher

os diretores da ANS, já que muitos são

funcionários de carreira e não tem opções

de crescimento.

A ANS e os Conselhos e Sindicatos

médicos não se entendem.

A ANS ao aprovar os reajustes para

os planos coletivos e individuais, não

tem dimensão das consequências para

a carteira de usuários. É verdade que

existe uma inflação da Indústria Farmacêutica,

fabricante de materiais e

medicamentos, OPME, custos hospitalares,

custos médicos, custos laboratoriais,

que somados a inflação do País,

estouram qualquer orçamento. Necessário

haver outro formato de aplicação

dos reajustes de forma equilibrada. Em

nenhum momento, os usuários/beneficiários

tiveram seus salários atualizados

na mesma proporção. Importante

rever essa política.

Por outro lado, a ANS ao incluir no

“rol” das coberturas, custos com investimentos,

novos procedimentos terapêuticos,

novas drogas, fazendo com

que as Operadoras e Planos repassem

esses gastos para os consumidores, e aí,

mais outro estouro dos orçamentos.

Com certeza, essa conta não vai fechar

nunca”.

Nesse cenário, já estamos verificando

inclusive a famosa “Judicialização da

Saúde”, quando podemos comentar

oportunamente.

Revista Empresários - Os recursos

aplicados na Saúde Pública são suficientes?

Teoricamente, não. Uma redistribuição

de recursos na grande maioria dos Estados

da Federação deverá ser repensada.

Atuar para eliminar o desperdício,

acabar com a corrupção, atuar com a

Gestão de Custos em toda Cadeia Produtiva

da Saúde, será um bom começo.

Acreditamos também que a falta de

conhecimentos para uma boa Gestão

Empresarial, por parte de Médicos e

Gestores, prejudica várias melhorias

nesse Setor.

Em alguns Estabelecimentos de Saúde,

os recursos não são bem investidos.

Sabemos que existem muitas Instituições

Filantrópicas que conseguem resultados

financeiros positivos, ao final

de cada ano civil; entretanto, a grande

maioria apresenta prejuízos, creditados

a baixa remuneração do SUS, em

diversos procedimentos. Os Gestores,

ao invés de procurar melhorar a Gestão,

ficam “chorando” todo ano no

ombro do governo federal para aprovação

de outro Programa Especial de

Recuperação Tributária (PERT) ou um

novo REFIS, mas não conseguem fazer

o “dever de casa”.

Revista Empresários - Por que

as Políticas Públicas não são

eficientes? Vide que o IDH da

saúde no Brasil é um dos piores

no Mundo. Por quê?

Porquê ...

Por todas as razões citadas anteriormente.

Não se investem em saneamento básico,

para eliminar os grandes focos de

doenças periféricas, que atingem uma

grande massa da população.

Não se investe adequadamente na Educação.

Um povo educado gasta menos

e de forma escalonada.

A base da pirâmide da população carente

precisa ser adequada à realidade

do País e na medida em que forem sendo

resolvidos os problemas crônicos, a

população vai ser melhor assistida.

Volto a insistir num amplo Programa

de Planejamento Familiar para o Brasil.

Revista Empresários - Na saúde,

existe uma alta rotatividade de

pessoal. Pode comentar?

Existe sim. No nível das recepcionistas,

auxiliares, assistentes, técnicos, os

salários variam de bairros para bairro,

de região para região. Por isso os profissionais

estão sempre buscando novas

colocações com melhores remunerações.

Existem Estabelecimentos de Saúde

que conseguem capacitar e investir

nos seus quadros; entretanto, a grande

maioria afirma que com essa melhoria,

muitos aproveitam para se lançar no

mercado na busca de melhores colocações

e melhores salários.

Muitas unidades afirmam que por isso

é difícil reter talentos.

Em nossa opinião se houvesse um programa

de capacitação e treinamento

mais robusto, valorização do Plano

de Cargos e Salários (PCS), e adotar a

meritocracia para estimular os talentos

e crescimento, poderia atenuar esse

grande rodízio existente.

Revista Empresários - Por que

existe uma baixa qualificação

Empresarial em geral de Médicos,

Equipes Multidisciplinar

(fisioterapeutas, psicólogos,

odontólogos, nutricionistas,

serviço social, etc), técnicos, assistentes

e auxiliares?

Porque a grade curricular das Academias,

Universidades e Faculdades precisam

ser alteradas e aperfeiçoadas.

As grades curriculares ainda são da década

de 90.

Os Ministérios da Saúde e da Educação

precisam rever urgentemente essa grade

educacional, sob pena de:

Haver perdas no acompanhamento e

absorções de conhecimentos para as

incorporações tecnológicas e de inovação.

Perda de oportunidade para melhorar

a capacitação técnica em novas especialidades,

tais como: finanças, custos,

negócios, gestão da qualidade, gestão

de processos e pessoas, etc.

Melhorar e aperfeiçoar os modelos de

comunicação.

Revista Empresários - Muito se

fala sobre a JUDICIALIZAÇÃO

na Saúde. Por quê?

65


Porquê ...

Conforme já mencionado, existe um

desequilíbrio dos preços de exames e

procedimentos mais voltados a média

e alta complexidade, nos produtos

e serviços cobrados pelas Operadoras

e Planos de Saúde, notadamente, para

aquelas coberturas que não estão fazendo

parte do “rol” aprovadas pela

ANS, junto às carteiras dos usuários/

beneficiários.

Idem, também para a incorporação de

novas drogas e medicamentos caríssimos,

ministrados pelos médicos, fora

das carteiras dos planos.

Muitos usuários estão perdendo as garantias

das suas carteiras.

Outros, não conseguem agendar cirurgias

em tempo hábil, por conta de que

suas garantias ainda não foram vencidas.

Os usuários não estão conseguindo pagar

as mensalidades de seus Planos.

Os reajustes acima da capacidade de

pagamentos dos usuários, também direcionam

estes para o judiciário.

Por outro lado, o Judiciário não conhece

as rotinas e procedimentos no Setor

da Saúde; normalmente, os advogados

invocam a condição de “risco de vida”,

para forçar as Liminares, na maioria

dos casos.

Revista Empresários - Num passado

recente, a Saúde Suplementar

(privada), chegou a atingir uma carteira

de +52 milhões de usuários;

chegou a reduzir para 47 milhões. E

hoje, como está?

66

Foi uma grande verdade.

Nós que convivemos com a grande crise

de “desgovernos” nos períodos de

2010 a 2018, quando o desemprego explodiu

e a economia estava patinando,

muitos usuários não conseguiram pagar

as mensalidades dos Planos.

Depois veio a nova crise com a Pandemia.

Hoje, já existe uma recuperação tímica

da economia, e os usuários começam

a retornar para o mercado privado suplementar.

Atualmente, a carteira de Planos está

caminhando para voltar aos patamares

de 50 milhões de usuários/beneficiários.

Já temos notícias de que em 2023, teremos

mais de 52 milhões de usuários.

Importante ressaltar que, as Operadoras

estão implantando novos controles

para incentivar os usuários a cuidar

melhor da sua saúde, com foco na Prevenção

e no cuidado assistido, a fim de

evitar o sedentarismo, o fumo, realizar

atividades físicas. Esse sim é outro fator

de crescimento contínuo.

Revista Empresários - Temos

observado que a área da Saúde

é agora “A BOLA DA VEZ”. Por

quê?

Porquê ...

O mercado financeiro observou que o

Setor da Saúde Privada, se fosse melhor

administrado, teria grandes oportunidades.

É o que está acontecendo há

04 anos.

Os investidores, nacionais e estrangeiros,

procuram mercados onde se vislumbra

EBITDA saudável, melhoras

taxas de remuneração e retorno para o

capital investido.

Os novos investidores estão chegando

com novo modelo de gestão empresarial,

com recursos adequados e suficientes

para as melhorias, investindo

fortemente em tecnologia e inovação,

além de aumentar os investimentos na

qualificação de pessoas e na qualidade

e segurança dos atendimentos aos pacientes.

As grandes redes privadas já estão na

Bolsa de valores, realizando IPO e valorizando

dia após dia, suas ações no

mercado.

No momento, os Players estão concentrados

em três principais pilares:

Aumentar o acesso da população aos

tratamentos e retorno para as carteiras

de planos.

Entender a preocupação com a saúde

das classes médias / altas, público A e

B.

Atender uma grande demanda por

mais qualidade e eficiência dos serviços

de Saúde.

O que também chama atenção é o crescente

direcionamento para a Verticalização

e Consolidação dos serviços,

com a preocupação sempre crescente

em controlar e reduzir CUSTOS e redistribuir

esses recursos com a MAXI-

MIZAÇÃO DOS LUCROS.

Revista Empresários - A área da

Saúde está Investindo em Tecnologia

e Inovação?

Sim ...

Demorou, mais o Setor de Saúde Privada

vem investindo muitos recursos,

haja vista que a média de vida do brasileiro

saltou para 78 (setenta e oito)

anos, em média e vivendo mais. Já estamos

chegando a 4ª fase da vida.

São excelentes tecnologias e ferramentas

utilizadas: Inteligência artificial

(IA), Internet das coisas (IOT), robotização,

big data, machine learning), Medicina

Baseada em Evidência (MBE),

melhores práticas de Gestão Empresarial,

a exemplo do DRG, dentre outras.

Revista Empresários - Como a área

da saúde – pública e privada - está

convivendo com a LGPD, práticas

de Governança e Compliance?

LGPD:

Poucos Estabelecimentos de Saúde estão

preparados para lidar com os “dados

sensíveis”, dos pacientes.

Existe uma grande movimentação desses

dados entre vários profissionais da

saúde, com o acesso aos Prontuários

Eletrônicos. São médicos, enfermeiros,

técnicos, equipes multidisciplinares

(psicólogos, nutricionistas, dermatologistas,

etc), profissionais de TI, recepcionistas,

dentre outros.

O pior: muitas unidades de saúde convivem

ainda com Prontuários manuais.

Um grande perigo de vazamentos dos

dados pessoais e sigilosos dos pacientes.

Importante relatar que, antes da Pandemia,

o Governo Federal estava partindo

com um Projeto Piloto no Estado

de Alagoas (nordeste), para a unificação

dos Prontuários do setor público e

setor privado. Aí veio a LGPD e Pandemia,

para travar o projeto. Não temos

notícias desse retorno e dos avanços.


O maior objetivo desse Projeto é a redução

de CUSTOS em toda a Cadeia

de Valor/Produção da Saúde, haja vista

que médicos do setor público e setor

privado, sempre solicitam os mesmos

exames de SADT, procedimentos, protocolos,

quando foi comprovado que a

unificação iria reduzir muito os custos

incorridos, melhorar a padronização

dos materiais e medicamentos, além

das boas técnicas terapêuticas.

GOVERNANÇA E COMPLIANCE:]

Oportuno reforçarmos aqui o conceito

de Compliance:

Resumidamente, significa “fazer o certo”.

Ou seja, na sua forma mais ampla: significa,

está de acordo com a Lei, Normas,

Políticas e Procedimentos, com o

objetivo de Prevenir, Detectar e Punir

Atos Ilegais e que estejam em desacordo

com o Código de Ética e Conduta

da empresa, através da implantação de

um Programa de melhoria contínua,

preservando a reputação e imagem da

empresa, suas finanças, seus negócios,

sua missão, visão e valores, gerando

vida longa para a empresa, mitigando

seus riscos e combatendo a corrupção

interna e externa, nas relações com organizações

públicas, privadas e toda

sociedade em geral. Prof. José

Guimarães.

Antes do advento da Lava Jato, os Estabelecimentos

de Saúde conheciam

apenas as práticas de Governança Corporativa.

Com a Lava jato, as Práticas de Compliance,

Integridade, gerenciamento da

Gestão de Riscos (GRC), vem avançando

rapidamente.

Sabemos que ainda existem dificuldades

nas relações com os fornecedores,

distribuidores, laboratórios, médicos,

toda a Cadeia de Suprimentos, para definir

e limitar as responsabilidades de

cada “ator” nesse processo, altamente

relevante e que movimenta milhões de

reais todo ano.

Outro ponto que mencionamos é que

a cabeça do Gestor precisa mudar rapidamente,

quando afirma que investir

no Compliance custa muito caro.

Esquecem esses empresários que podem

estar perdendo de 3% a 5% de seu

faturamento com práticas ilícitas nas

vendas, negociações fraudulentas, dentre

outras.

Assim, reforçamos que o Compliance

aproxima as pessoas, melhora a comunicação

em todos os níveis da empresa

e é um excelente investimento que só

traz retornos positivos a todos.

Ficamos à disposição dos Gestores, Diretores,

CEO, das Academias e outros

importantes profissionais do Setor da

Saúde – pública e privada, para dirimir

dúvidas e/ou sugestões que são sempre

bem-vindas, haja vista que colocamos

nossa experiência, conhecimento e expertise

de 27 (vinte sete) anos dedicados

a Gestão da Saúde no Brasil e no

Exterior (grades projetos de saúde pública).

Atualmente, estamos construindo parcerias

saudáveis, humanizadas e com

qualidade, visando melhorar a performance

dos Estabelecimentos de Saúde:

com a Especializa (Serviços em Saúde),

JG COMPLIANCE GROUP (Gestão

das práticas de compliance, Integridade

e GRC), PLENA GESTÃO (consultoria

e Gestão integral para Clínicas médias

e de grande porte), AÇÃO (para administração

e uso adequado de Gases Medicinais),

CONSISTE (aplicativo XTR

o “google brasileiro”), Carrera & Saúde

(MBA / EAD na Gestão em Saúde) e

com a CONAME (Solução completa

em Saúde e Segurança Ocupacional).

Erasmo Caetano

CEO – CONSULTORIA ESPECIALI-

ZADA EM GESTÃO EMPRESARIAL.

+55 71 99705.4777

erasmocaetano@bol.com.br

@ceo_consultoria

linkedin.com/in/erasmo-caetano-98090999/

67


68


69


Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!