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REVISTA CONNESSIONE EDIÇÃO DE JULHO N° 20 ANO 2022

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bém rende homenagens ao “ Caboclos de

Julho” .

A data de 2 de julho é feriado e bastante

comemorada na Bahia, e durante os festejos,

uma procissão puxa pelas mãos as

cordas que guiam as imagens do caboclo

e da cabocla erguidos da Lapinha ao Campo

Grande.O caboclo representa os índios

e mestiços baianos que lutaram pela Independência

da Bahia em 1823. A cabocla,

representante da Índia Paraguaçu, chega às

comemorações apenas em 1849.

AS HEROÍNAS DA INDEPENDÊNCIA

DA BAHIA

JOANA ANGÉLICA

Joanna Angélica de Jesus nasceu em Salvador

no dia 12 de dezembro de 1761 .Era

filha de José Tavares de Almeida e Catarina

Maria da Silva, e foi batizada na Freguesia

da Santa Sé, em Salvador. Diz-se terem

sido uma família rica da capital baiana.

Aos 20 anos iniciou noviciado no Convento

de Nossa Senhora da Conceição da Lapa

em 1782. Em 18 de maio de 1783 ingressou

como irmã da Ordem das Religiosas

Reformadas de Nossa Senhora da Conceição

e passou a se chamar Joana Angélica

de Jesus. Permaneceu reclusa ali durante

20 anos, e foi escrivã, mestra de noviças,

conselheira, vigária e, finalmente, abadessa.

A direção do convento lhe foi concedida

em 1815, função que desempenhou até

1817, e voltando a assumir a posição de

abadessa em 1821, até o dia de sua trágica

morte defendendo o convento

Aos 60 anos, Joana Angélica foi atingida

por um golpe de baioneta quando resistia à

invasão pelas tropas portuguesas ao Convento

da Lapa, tornando-se assim, a primeira

heroína da independência do Brasil.

Em 26 de julho de 2018 foi declarada Heroína

da Pátria Brasileira pela Lei Federal

nº 13.697.

MARIA QUITÉRIA

gueses, mas foi proibida pelo pai.

Mas, com ajuda de sua irmã Tereza Maria,

e seu cunhado, José Cordeiro de Medeiros,

cortou seus cabelos, vestiu o uniforme que

o cunhado lhe emprestou e fingiu ser homem,

para se voluntariar e entrar no Exército.

Utilizando o nome de seu cunhado,

ficando conhecido como soldado Medeiros,

juntando-se ao batalhão “Voluntários

Maria Quitéria de Jesus foi a primeira mulher

a fazer parte do Exército Brasileiro.

Desde criança bem independente e experiente

em caça e pesca, assim como o manejo

de armas, se interessou em ingressar

como voluntária nas lutas contra os portudo

Príncipe Dom

Pedro”.

Apesar do disfarce,

semanas

depois de entrar

para o Exército,

Maria Quitéria

teve sua identidade

revelada pelo

próprio pai, que

procurou o batalhão

e contou que

ela era mulher.

Mas já reconhecida

por seus esforços,

disciplina

e facilidade com

as armas, o major

Silva e Castro

não permitiu

que ela saísse das

tropas, já que era

importante para

a luta contra os

portugueses.

Após adotar seu

nome verdadeiro,

Maria Quitéria

trocou o uniforme

masculino por

saias e adereços,

e sua coragem

chamou a atenção de outras mulheres, as

quais passaram a juntar-se às tropas e formaram

um grupo comandado por Quitéria.

Quitéria participou de vários combates

com o batalhão, entre os quais estiveram a

defesa da Ilha da Maré, da Barra do Paraguaçu,

de Itapuã e da Pituba.

Depois da declaração da Independência,

ainda combatendo os esforços dos portugueses

em permanecer na Bahia, Maria

Quitéria, mais uma vez, destacou-se ao

guerrear com as mulheres de seu grupo, na

foz do rio Paraguaçu.

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