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ENTREVISTA<br />
>> Como foi sua chegada à presidência da ACR?<br />
A RMS, empresa na qual trabalho, faz gestão de investimentos<br />
florestais, modalidade conhecida como TIMO (Timber Investment<br />
and Management Organization). Quando a RMS iniciou as<br />
operações na região sul, em 2008, tive o primeiro contato com<br />
a ACR. Como a RMS sempre deu muito valor ao associativismo<br />
e a cooperação, a decisão de adesão foi relativamente rápida.<br />
Em 2015 passamos a participar ativamente do quadro de diretoria<br />
da associação. Em 2017 fui nomeado diretor de ecologia<br />
e meio ambiente e passei a me envolver nas deliberações da<br />
entidade. Em 2021, a RMS se colocou à disposição para se candidatar<br />
à presidência e meu nome foi indicado. Após várias reuniões<br />
da diretoria, o grupo enxergou que uma gestão com um<br />
representante da RMS seria benéfica para a associação, principalmente<br />
porque poderia trazer uma mentalidade alternativa à<br />
gestão e em 2022 fui eleito presidente.<br />
>> Como fui sua trajetória no setor florestal?<br />
Meu pai, Mario Ferreira, foi uma pessoa muito importante no<br />
setor. Foi professor titular na área de Melhoramento <strong>Florestal</strong><br />
do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ/USP, consultor<br />
internacional e membro da FAO/ONU, publicou centenas de<br />
trabalhos, orientou dezenas de estudantes e foi um dos responsáveis<br />
pelo desenvolvimento do melhoramento florestal no Brasil<br />
e no mundo. Integrante do chamado Trio Parada Dura, juntamente<br />
com os professores Heladio do Amaral e João Simões,<br />
foram os pioneiros e desbravadores das fronteiras florestais.<br />
Era, acima de tudo, um apaixonado pela profissão e algumas<br />
vezes me levava com ele nas viagens de trabalho ao Horto <strong>Florestal</strong><br />
de Rio Claro (berço da silvicultura avançada) e estações<br />
experimentais de Anhembi e Itatinga (importantes bancos genéticos<br />
de espécies florestais). Não demorou muito para que o<br />
interesse pela profissão despertasse em mim. Acabei trilhando<br />
quase o mesmo caminho. Me formei em Engenharia <strong>Florestal</strong><br />
em 1998 e obtive o título de Mestre em Recursos Florestais em<br />
2007, todos pela ESALQ/USP. Trabalhei na Auburn University,<br />
no Alabama/EUA e, logo em seguida, trabalhei em diversas<br />
áreas do departamento florestal da antiga Champion Papel e<br />
Celulose, depois International Paper (agora Sylvamo). Em 2008<br />
fui convidado a trabalhar na então recém-criada RMS do Brasil,<br />
com o objetivo de auxiliar na estruturação da empresa e no<br />
primeiro investimento florestal no país, bem como, iniciar as<br />
operações da RMS no Brasil. Atualmente sou responsável pelas<br />
diversas áreas de suporte à operação da empresa, como saúde<br />
e segurança, planejamento, ESG, TI e sistemas, pesquisa e desenvolvimento<br />
e negócios.<br />
>> Quais ações da ACR são feitas em favor dos associados?<br />
Guiamos as ações pelo Plano Estratégico, revisado pela última<br />
vez em 2017. Tentamos sempre manter o equilíbrio de esforços<br />
entre as Macro Ações Transversais definidas no plano, que são:<br />
papel institucional, competitividade setorial e comunicação.<br />
Temos algumas frentes de trabalho, sempre pensando no fortalecimento<br />
dos associados, do setor florestal em Santa Catarina<br />
e, consequentemente, do Brasil. Atuamos buscando e compar-<br />
How did you become ACR president?<br />
RMS, a company where I work, carries out forest investment<br />
management in a modality known as Timber Investment and<br />
Management Organization (TIMO). When RMS started operations<br />
in the Southern Region of Brazil in 2008, I had my first<br />
contact with ACR. RMS has always valued business cooperation,<br />
so joining was relatively easy. In 2015, I began actively participating<br />
on the Association’s Board of Directors. In 2017, I was<br />
appointed Director of Ecology and the Environment and became<br />
involved in the deliberations of the entity. In 2021, RMS permitted<br />
me to run for president, and I was nominated. After several<br />
board meetings, the Association saw that management with<br />
an RMS representative would benefit the Association, mainly<br />
because it could bring an alternative mindset to management.<br />
In 2022, I was elected president.<br />
What has been your career in the Forestry Sector?<br />
My father, Mario Ferreira, was a prominent person in the Sector.<br />
He was a full Professor in the area of Forest Improvement at<br />
the USP/ESALQ Department of Forest Sciences, an international<br />
consultant, and a member of FAO. He published hundreds of<br />
papers, mentored dozens of students, and was one of those<br />
responsible for the development of forest improvement in Brazil<br />
and worldwide. Member of the so-called Trio Parada Dura, with<br />
professors Heladio do Amaral and João Simões, who were forest<br />
frontier pioneers and pathfinders. He was, above all, passionate<br />
about the profession and sometimes took me with him on work<br />
trips to the Rio Claro Forest Garden (birthplace of advanced<br />
forestry) and Anhembi and Itatinga experimental stations<br />
(important genetic forest species banks). It didn’t take long for<br />
me to become interested in the profession. I ended up taking<br />
almost the same path as him. I studied Forestry Engineering in<br />
1998 and obtained an MSc. in Forest Resources in 2007 from<br />
O setor florestal é muito<br />
bem-organizado, e se<br />
não fosse não teria<br />
como prosperar<br />
44 www.referenciaflorestal.com.br