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ENTREVISTA Santa Catarina se mantém como líder nacional na exportação de móveis de madeira<br />

MADEIRA<br />

AQUECIDA<br />

SECADORES E ESTUFAS AMPLIAM A<br />

PRODUTIVIDADE DA INDÚSTRIA MADEIREIRA<br />

HEATED TIMBER<br />

DRYERS AND KILNS INCREASE<br />

PRODUCTIVITY IN THE FOREST<br />

PRODUCT INDUSTRY


PATENTE REQUERIDA<br />

Mesa de alimentação para máquinas de desdobro de madeira com sistema de<br />

posicionamento e pressão por servomotores independentes desenvolvida pela<br />

engenharia do produto da Mendes Máquinas.<br />

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20 secadores e 7 linhas de prensagem entregues<br />

de jan/21 até jun/22 para:<br />

COM A MAIOR PRODUÇãO Da SUA HISTóRIA<br />

Exemplos de produção e consumo dos secadores extraídos das telas do IHM<br />

Parfino, Rússia: prensa 46 pratos<br />

Tehnoles LLC, Rússia: serra SECII<br />

Dallo Madeiras: secador 6R-5.8/IV<br />

Parfino, Rússia: secador 8R-5.8/VI<br />

com scanner de classificação e<br />

stacker para lâminas de 1,15mm de<br />

espessura<br />

Somapar Ltda: secador 9R-5.8/IV<br />

Specialty Laminates, Canadá:<br />

prensa de melamina 5´x10´<br />

Nereu Rodrigues e Cia Ltda: prensa<br />

21pm com carregador<br />

Avelino Bragagnolo SA: secador<br />

6R-5.8/IV<br />

VW Ind Com Ltda: secador<br />

6R-5.8/IV<br />

<strong>Industrial</strong> Arbhores EPP: secador<br />

10R-5.8/IV<br />

Wotan Forest, República Tcheca:<br />

prensa 39 pratos<br />

Compensados NM Ltda: secador<br />

7R-5.8/IV<br />

Ind de Compensados Sudati<br />

Ltda/Palmas: secador 10R-5.8/IV<br />

Ind de Compensados Sudati<br />

Ltda/Ibaiti: secador 10R-6.2/IV<br />

Ind de Compensados Sudati<br />

Ltda/Ventania: secador 10R-6.2/IV<br />

Smolstron, Rússia: secador<br />

6R-6.2/IV<br />

Chance Company, Rússia: secador<br />

8R-6.2/IV<br />

Compensados Laselva Ltda:<br />

secador 6R-5.8/IV<br />

Compensados Relvaplac Ltda:<br />

secador 10R-5.8/IV<br />

Ind de Compensados Sudati<br />

Ltda/Palmas: secador 10R-5.8/IV<br />

Ind de Compensados Sudati<br />

Ltda/Palmas: secador 10R-5.8/IV<br />

Marini Ind de Compensados Ltda:<br />

saida do secador com cross<br />

transfer e roda de classificação<br />

Aguer Luis Alberto, Argentina:<br />

prensa 21 pratos com carregador<br />

Formato Ind e Com de<br />

Compensados Ltda: secador<br />

10R-5.8/IV<br />

Compensados Relvaplac Ltda:<br />

prensa fenólico 11pm com<br />

carregador<br />

Agil Madeiras Eireli: secador<br />

10R-5.8/IV<br />

Ind de Compensados Sudati<br />

Ltda/Ventania: prensa 21 pratos<br />

com carregador<br />

Aguer Luis Alberto, Argentina:<br />

secador 8R-5.8/IV<br />

Ind de Compensados Sudati<br />

Ltda/Ventania: secador 14R-5.8/IV<br />

Secador 14 câmaras, 4 pistas, 5,8m de rolos sem<br />

piso isolado. Produção instantânea de lâminas<br />

secas 14,2m 3 /h com lâminas de 2,8mm, 18kg/cm 2<br />

de pressão de vapor e aproveitamento de 85% do<br />

secador. Consumo de vapor 800kg/m 3 . Consumo<br />

de energia elétrica dos ventiladores de secagem<br />

22KW/m 3 .<br />

Secador 10 câmaras, 4 pistas, 5,8m de rolos com piso isolado.<br />

Produção instantânea de lâminas secas 11,3m 3 /h com lâminas de<br />

4,4mm, com 20kg/cm 2 de pressão de vapor e aproveitamento de<br />

85% do secador. Consumo de vapor 700kg/m 3 . Consumo de<br />

energia elétrica dos ventiladores de secagem 19,5KW/m 3 .<br />

Visite nosso novo site para ver fotos de todas estas máquinas<br />

Medidor automático de umidade de lâminas Omeco/Mecano<br />

Para ser instalado na saída do secador para checar a umidade de todas as<br />

lâminas secas. Possibilidade de instalar o variador automático de velocidade<br />

do secador controlado pela umidade das lâminas.<br />

Secador com rolos de 6.200mm<br />

Para secagem de eucaliptus que encolhe mais<br />

que o pinus na secagem, equipado com câmara<br />

de fumaça para trabalhar com até 100% de<br />

umidade interna.<br />

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PAINÉL DA MADEIRA<br />

PALESTRANTES:<br />

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PATROCINADORES:<br />

DERYCK PANTOJA MARTINS<br />

Diretor Técnico da AIMEX<br />

(Associação das Indústrias<br />

Esportadoras de Madeira<br />

do Estado do Pará)<br />

EVALDO MUÑOZ BRAZ<br />

Pesquisador da<br />

EMBRAPA Florestas<br />

RAFAEL MASON<br />

Presidente da CIPEM<br />

(Centro das Indústrias Produtoras<br />

e Exportadoras de Madeira do<br />

Estado de Mato Grosso)<br />

ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE<br />

MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />

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010 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022 SETEMBRO 2022 011


SUMÁRIO<br />

INDUSTRIAL<br />

2022<br />

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TECNOLOGIA DE PONTA PARA SERRARIAS<br />

76<br />

72<br />

MADEIRA<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

Abimci 83<br />

ABPM 75<br />

Alca Máquinas 19<br />

Benecke 17<br />

Bonardi Química 55<br />

Cipem 45<br />

Contraco 65<br />

Dallabona Máquinas 57<br />

DRV 23<br />

Drytech 41<br />

Encapp 59<br />

Ekitherm 61<br />

Engecass 21<br />

GCM Trade 47<br />

HBremer 25<br />

Indumec 33<br />

Linck 13<br />

Lions Machine 39<br />

Mafercon 49<br />

Máquinas Lampe 89<br />

Marrari 51<br />

Mendes Máquinas 02<br />

Mill Indústrias 100<br />

Montana Química 15<br />

MSM Química 31<br />

MSP <strong>Industrial</strong> 99<br />

Nazzareno 35<br />

Omeco 04<br />

Omil 29<br />

Pole Cola 59<br />

Prêmio REFERÊNCIA 10<br />

Rotteng 43<br />

Schifler Máquinas 95<br />

Siromat Metalúrgica 53<br />

Solution Focus 93<br />

Sutil Máquinas 63<br />

Termolegno 37<br />

Tzuriel Trading 06<br />

Vantec 27<br />

XH Mar Bethelem 08<br />

SUMÁRIO<br />

14 Editorial<br />

16 Cartas<br />

18 Bastidores<br />

20 Notas<br />

52 Aplicação<br />

54 Frases<br />

56 Entrevista<br />

64 Coluna ABIMCI<br />

66 Principal 36 anos de soluções e equipamentos térmicos<br />

72 Legislação<br />

76 Marcenaria<br />

80 Prêmio REFERÊNCIA<br />

84 Estudo<br />

90 Artigo<br />

96 Agenda<br />

98 Espaço Aberto<br />

Inovação. Qualidade.<br />

Economia.<br />

MADE IN GERMANY<br />

Sucesso garantido com a nossa<br />

competência e experiência<br />

mais de 150 linhas de perfilagem em uso ao redor do mundo<br />

serrarias com otimização de tábuas laterais e aumento de rendimento desde 1983<br />

serrarias com corte em curva desde 1989<br />

serrarias para corte de toras classificadas por dimensão e não classificadas<br />

12 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


EDITORIAL<br />

SECAGEM<br />

INDUSTRIAL<br />

DE QUALIDADE<br />

A<br />

reportagem da REFERÊNCIA INDUS-<br />

TRIAL esteve em Santa Catarina, nas<br />

cidades de Taió e Agrolândia, para<br />

conhecer uma das empresas que é<br />

sinônimo de qualidade em equipamentos<br />

para a indústria de secagem da madeira<br />

no Brasil. Com 36 anos de atuação e produção em<br />

alta, principalmente, nos últimos 2 anos, a Contraco<br />

é reconhecida em todo o país por seus secadores,<br />

estufas e fornos industriais, que unem produtividade<br />

e sustentabilidade, por meio do uso de biomassa.<br />

Além disso, o leitor também confere uma<br />

entrevista exclusiva com o presidente da FIESC<br />

(Federação das Indústrias de Santa Catarina), além<br />

das novidades sobre o mercado e a indústria madeireira<br />

no Brasil e no mundo. Ótima leitura!<br />

QUALITY INDUSTRIAL<br />

DRYING<br />

R<br />

EFERÊNCIA <strong>Industrial</strong> reporters<br />

went to the State of Santa Catarina,<br />

the cities of Taió and Agrolândia,<br />

to meet with one of the companies<br />

synonymous with quality equipment<br />

for industrial timber drying in Brazil. With 36 years<br />

of experience and production on the rise mainly<br />

over the last two years, Contraco is recognized<br />

throughout the Country for its dryers, kilns, and industrial<br />

furnaces, which unite productivity and sustainability<br />

using biomass. In addition, the reader<br />

also has an exclusive interview with the President<br />

of the State of Santa Catarina <strong>Industrial</strong> Federation<br />

(Fiesc), in addition to news about the market and<br />

the forest product industry in Brazil and worldwide.<br />

Pleasant reading!<br />

14 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />

NA CAPA<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XXIV • Nº244 •Setembro 2022<br />

ENTREVISTA Santa Catarina se mantém como líder nacional na exportação de móveis de madeira<br />

MADEIRA<br />

AQUECIDA<br />

SECADORES E ESTUFAS AMPLIAM A<br />

PRODUTIVIDADE DA INDÚSTRIA MADEIREIRA<br />

NA CAPA DESTE MÊS A<br />

CONTRACO, EMPRESA<br />

QUE OFERECE SOLUÇÕES<br />

TECNOLÓGICAS PARA<br />

SECAGEM DE MADEIRA<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

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GARANTIDA GARANTEED<br />

HEATED TIMBER<br />

DRYERS AND KILNS INCREASE<br />

PRODUCTIVITY IN THE FOREST<br />

PRODUCT INDUSTRY<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIV - EDIÇÃO 244 - SETEMBRO 2022<br />

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

André Nunes<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Paulo Pupo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski / Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriela Bogoni<br />

Me Hua Bernardi<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Midias Sociais / Social Media<br />

Andrew Holanda<br />

Cainan Lucas<br />

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal - Carlos Felde<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Tradução / Translation - John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Cristiane Baduy<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />

exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />

and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />

the written authorization of the holders of the authorial rights.


TOOLS INCREASE WOOD CUTTING<br />

ON THE LATIN AMERICAN MARKET<br />

ENTREVISTA Wilson Wolkweis, presidente do Sindusmad de Mato Grosso, é o entrevistado do mês<br />

CARTAS<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

EFICIÊNCIA EM<br />

EXPANSÃO<br />

FERRAMENTAS AMPLIAM A PRODUTIVIDADE<br />

NO CORTE DA MADEIRA E CHEGAM AO<br />

MERCADO LATINO AMERICANO<br />

CARTAS<br />

CAPA DA EDIÇÃO 243 DA<br />

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE AGOSTO DE 2022<br />

FORMÓBILE 2022<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XXIV • N­243 •Agosto 2022<br />

EFFICIENCY IN<br />

EXPANSION<br />

PRODUCTIVITY AND ARE NOW AVAILABLE<br />

PRODUTIVIDADE<br />

Por Glauco Tavares –<br />

São Paulo (SP)<br />

Por Maria Augusta –<br />

Sorocaba (SP)<br />

Não pude ir na Formóbile desse ano, mas gostei<br />

muito dos destaques apresentados na edição<br />

de agosto da REFERÊNCIA INDUSTRIAL! Muitas<br />

novidades despontando no mercado.<br />

Muito interessante<br />

conhecer mais sobre a<br />

Arte Diamante. Ainda não<br />

sou cliente, mas fiquei<br />

interessado no ganho<br />

de produtividade que as<br />

ferramentas oferecem.<br />

Foto: formobile_f14fotografia<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

SANTA CATARINA<br />

Por Odete Silva –<br />

Joinville (SC)<br />

MANEJO SUSTENTÁVEL<br />

A exportação industrial<br />

de Santa Catarina é um<br />

orgulho para todos nós.<br />

Fico feliz em ver nosso<br />

Estado despontando na<br />

retomada econômica do<br />

país após a pandemia.<br />

Por Tobias Araujo –<br />

Altamira (PA)<br />

Já passou da hora da sociedade se conscientizar<br />

de que a indústria madeireira e florestal é quem<br />

mantém a floresta em pé, e não quem derruba as<br />

matas. É preciso incentivo a esse segmento tão<br />

importante da nossa economia e que protege o<br />

meio ambiente.<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />

fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

Referência <strong>Industrial</strong> Madeira<br />

@referenciamadeira<br />

16 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


BASTIDORES<br />

BASTIDORES<br />

VISITA<br />

A REVISTA REFERÊNCIA VISITOU RECENTEMENTE A SEDE DA EMPRESA<br />

CONTRACO, DO DIRETOR NATALINO BONIN. A CONTRACO É UMA<br />

GRANDE PARCEIRA COMERCIAL DA REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

Foto: Emanoel Caldeira<br />

Gerson Penkal, Natalino Bonin, Eduardo Bonin e<br />

André Nunes.<br />

FORMÓBILE<br />

AINDA DURANTE A FORMÓBILE, REGISTRO COM O COMERCIAL<br />

DA MACLÍNEA, JOÃO PORFÍRIO, COM O DIRETOR COMERCIAL DA<br />

REFERÊNCIA INDUSTRIAL, FÁBIO MACHADO.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

ALTA<br />

5G ATIVADO<br />

A tecnologia 5G de telefonia<br />

móvel já começou a funcionar<br />

em 12 capitais brasileiras.<br />

As antenas de quinta geração<br />

para dispositivos móveis<br />

estão em operação em Brasília,<br />

Belo Horizonte, Curitiba,<br />

Florianópolis, Goiânia, João<br />

Pessoa, Palmas, Porto Alegre,<br />

Salvador, Rio de Janeiro,<br />

São Paulo e Vitória. Próxima<br />

geração da internet móvel,<br />

a tecnologia 5G oferece velocidade<br />

média de 1 Gigabit<br />

(Gbps), dez vezes superior ao<br />

sinal 4G, com a possibilidade<br />

de chegar a até 20 Gbps.<br />

Além disso, o sinal tem menor<br />

latência (atraso) na transmissão<br />

dos dados.<br />

BAIXA<br />

REPRESENTATIVIDADE DA<br />

INDÚSTRIA<br />

Pesquisa IPC Maps revela<br />

que, de 2021 para 2022, o<br />

setor industrial brasileiro<br />

perdeu cerca de 5,7% de sua<br />

representatividade na economia,<br />

com o fechamento<br />

de mais de 203 mil empresas<br />

no último ano. Atualmente, o<br />

país concentra 3.371.909 unidades<br />

industriais – mais da<br />

metade na região sudeste,<br />

com 1.674.969. Na vice-liderança,<br />

aparece a região sul<br />

com 784.249 estabelecimentos,<br />

seguida pelo nordeste<br />

com 489.983, centro-oeste e<br />

suas 289.245 unidades e norte,<br />

com 133.463 empresas.<br />

18 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


NOTAS<br />

MERCADO PARANAENSE DE PINUS:<br />

CENÁRIOS E DESAFIOS PARA O FUTURO<br />

Os desafios econômicos e ambientais do mercado de pinus no Paraná foram apresentados pelo especialista<br />

Alan Lessa, gerente de Contas do Grupo Index para o mercado florestal durante o IX Workshop EMBRAPA Florestas/APRE,<br />

realizado em agosto em Colombo (PR).<br />

A palestra de Lessa abordou os cenários e desafios sobre o mercado paranaense de pinus, encerrando o primeiro<br />

painel do encontro, que tinha como tema: O setor florestal: posicionamento e geopolíticas. No início, o palestrante<br />

contextualizou o setor na região sul, citando os números da área plantada de pinus em cada Estado: aproximadamente,<br />

são 773 mil ha (hectares) no Paraná, 413 mil ha em Santa Catarina e pouco mais de 341 mil ha no Rio<br />

Grande do Sul. Para avaliar o mercado e entender as características da oferta, o especialista lembrou que o Grupo<br />

Index conduziu alguns estudos. Um deles foi para a análise do relevo do Estado, que apontou uma característica<br />

interessante: no geral, 70% dos plantios estão em terreno ondulado e 20% estão em terreno forte ondulado. “Isso<br />

é importante quando discutimos os desafios. Falamos muito sobre conversão de áreas, mas o que de fato está em<br />

risco? Muitas dessas áreas têm aptidão para usos de agricultura, por exemplo, por conta da questão de relevo. Temos<br />

uma parte dos nossos plantios em risco, mas não é a maior parte”, disse.<br />

Ainda sobre a oferta, também foi explanado o perfil de idade dos plantios. Nos últimos 5 anos, o grupo detectou<br />

uma tendência de expansão da área plantada. Além disso, houve mudança no perfil de manejo dos plantios – o<br />

manejo atual tem tido maior foco em madeira de processo, não mais principalmente em madeira de tora grossa.<br />

O levantamento mostrou que, a partir de 17 anos, há maior intensidade de corte dos plantios de pinus no Estado,<br />

restando poucos plantios com mais de 18 anos.<br />

Foto: divulgação<br />

20 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


NOTAS<br />

CONSUMO DE<br />

MADEIRA E MEDIDAS<br />

Ainda no âmbito da apresentação de Alan Lessa, no IX Workshop<br />

EMBRAPA Florestas/APRE, no aspecto para a análise das características<br />

de consumo, foram mapeados mais de 400 consumidores,<br />

chegando à demanda de quase 27 milhões de m 3 (metros cúbicos) no<br />

Paraná. A indústria de celulose é a mais relevante (7,6 milhões de m 3 ),<br />

seguida de compensados (6,2 milhões de m 3 ), serrarias (5,1 milhões<br />

de m 3 ), painéis (4,5 milhões de m 3 ) e produtos de maior valor agregado<br />

(3,4 milhões de m 3 ). Com relação ao sortimento, Lessa apontou<br />

que a indústria de maior valor agregado continua focada em diâmetro<br />

de mais de 18 cm (centímetros). Nas serrarias, o mapa de consumidores<br />

mostra muitas pequenas empresas, aquelas cujo produto permite<br />

utilização de matéria-prima com sortimentos menores, com diâmetro<br />

de 14 cm. “E essas serrarias estão buscando isso por dois motivos:<br />

porque o mercado em que atuam utiliza e permite esse diâmetro; e<br />

também por questão de preço. Isso é interessante, pois os preços de sortimento de 8 cm a 18 cm praticamente<br />

dobraram em relação aos demais, que aumentaram entre 50% e 60%. As indústrias usam madeiras mais baratas<br />

para serem mais competitivas. O custo logístico é menor, porque a maior parte das serrarias está distante dos<br />

plantios mais velhos. A indústria do compensado também já está admitindo madeiras com diâmetros menores.<br />

Então, por tudo isso, muitas reduziram sortimento”, contextualizou Lessa, durante a apresentação.<br />

Foto: divulgação<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />

Quem usa as<br />

facas DRV,<br />

está pronto para<br />

picar todos os<br />

tipos de madeira!<br />

22 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


NOTAS<br />

MENDES MÁQUINAS<br />

EXPÕE NO ESPAÇO INDÚSTRIA DA FIESC<br />

Sediada em Curitibanos, no centro-oeste catarinense,<br />

a indústria Mendes Máquinas está com<br />

uma mostra dos seus produtos exposta no Espaço<br />

Indústria, localizado na FIESC (Federação das Indústrias<br />

do Estado de Santa Catarina), na capital<br />

Florianópolis. Fornecedora de máquinas para o<br />

segmento madeireiro, a Mendes apresenta os<br />

principais mercados de atuação e as inovações em<br />

curso na companhia.<br />

“Para nós, estar aqui é uma oportunidade para<br />

mostrar um pouco do que fazemos, que, certamente,<br />

se soma à pujança da indústria catarinense”,<br />

disse o presidente do conselho consultivo da<br />

empresa, Newton Fabris, reforçando que os filhos<br />

são a terceira geração à frente dos negócios.<br />

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar,<br />

destacou a história de crescimento da Mendes,<br />

ANDRÉ MENDES FABRIS<br />

empresa familiar como muitas indústrias catarinenses.<br />

“A empresa tem visão de futuro, trabalha com<br />

muita tecnologia e parcerias internacionais. É um exemplo inspirador para todos nós.”<br />

Foto: Filipe Scotti<br />

H.Bremer, Há mais de 75 anos<br />

gerando energia térmica para<br />

o mundo, com equipamentos de<br />

alto padrão tecnológico.<br />

Foto: Filipe Scotti<br />

66 ANOS NO MERCADO<br />

Fundada em 1956 por Orlando Mendes e Armando Tortato, a companhia emprega atualmente mais de 200<br />

colaboradores. Segundo André Fabris, presidente da Mendes, existem planos de expansão internacional. “Temos<br />

a Mendes muito forte na América do Sul e presença pontual na Ásia, Europa e América do Norte, com planos<br />

de fortalecer nossa presença nesses e em outros mercados”, afirma.<br />

No início de suas atividades, a Mendes era uma pequena empresa de reparo de equipamentos para serrarias.<br />

Ao longo do tempo, a empresa desenvolveu soluções brasileiras baseadas em conceitos internacionais.<br />

Contando com a colaboração e confiança de clientes, a companhia projeta um futuro baseado nos valores familiares<br />

que a trouxeram até aqui, com vistas à evolução das linhas de equipamentos que já oferece, que vão desde<br />

o processamento da tora,<br />

até o gradeamento da madeira<br />

serrada.<br />

Diretor-técnico e comercial<br />

da companhia, Rodrigo Mendes<br />

destaca o uso da tecnologia<br />

nas máquinas e a busca<br />

constante pela inovação, que<br />

conta com o apoio de uma<br />

rede internacional de parceiros<br />

de países como Itália, Canadá,<br />

Suíça e Alemanha. A gerente<br />

de recursos humanos, Débora<br />

Mendes, apresentou as principais<br />

ações da empresa na área<br />

de educação e a implementação<br />

da gestão por competências.<br />

FAMÍLIA MENDES-FABRIS E O PRESIDENTE DA FIESC, MARIO CEZAR DE AGUIAR,<br />

NO ESPAÇO INDÚSTRIA, DA FIESC, EM FLORIANÓPOLIS (SC)<br />

24 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />

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NOTAS<br />

ABAF EMPOSSA<br />

NOVA DIRETORIA<br />

A ABAF (Associação Baiana das Empresas<br />

de Base Florestal) acaba de lançar<br />

a proposta do Plano Bahia Florestal 2023-<br />

2033, nos moldes de outros estudos que<br />

alguns Estados já fizeram, a exemplo do<br />

Mato Grosso do Sul, que em 10 anos, passou<br />

de 300 mil ha (hectares) de florestas<br />

plantadas para 1,3 milhão de ha e que<br />

também acaba de lançar novo planejamento<br />

para os próximos 10 anos.<br />

Em evento realizado na FIEB (Federação<br />

das Indústrias do Estado da Bahia),<br />

foram empossados os Conselhos Diretor<br />

e Fiscal da ABAF. O Conselho Diretor, no<br />

período de 2022 a 2024, será presidido<br />

por Mariana Lisbôa, Líder Global de Relações<br />

Corporativas da Suzano S.A.. Além<br />

de Mariana Lisbôa, o Conselho Diretor<br />

é composto por Altair Negrello Junior<br />

(Bracell), Sebastião da Andrade (Ferbasa), Márcio Penteado Geromini (Caravelas Florestal) e Renato Gomes Carneiro Filho<br />

(Veracel).<br />

O Conselho Fiscal é composto por Fernando Guimarães (Bracell), Itamar da Silva Barros (Veracel), Joice Grave (Suzano),<br />

Mouana Sioufi Fonseca (Bracell) e Tayane Antonia Santana Pessoa (Ferbasa). A diretoria executiva permanece com Wilson<br />

Andrade. Para começar a gestão já provocando evoluções, o evento contou com um debate sobre a construção de um<br />

Plano Florestal para o Estado da Bahia. A reunião presidida por Mariana Lisbôa contou com representantes do setor e do<br />

governo do Mato Grosso do Sul (MS), que já implementaram um plano setorial e viram o segmento ampliar e gerar riqueza<br />

local.<br />

Paulo Hartung, presidente da IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), parabenizou a escolha de Mariana Lisbôa e reforçou<br />

a importância da diversidade no setor e em todas as instâncias. “O setor de árvores cultivadas produz e conserva, além de<br />

gerar riqueza e oportunidades. É um setor inovador, que tem desenvolvido cada vez novos usos. O desenvolvimento de um<br />

plano pode ajudar a tirar travas, incentivar o crescimento econômico e, principalmente, gerar emprego, fazendo do Estado<br />

mais uma vez exemplo para todo o país”, disse.<br />

Mariana Lisbôa reforçou, que ter um plano permite a construção de um caminho de frutos para a Bahia. “O setor hoje já<br />

gera 223 mil oportunidades criadas pelo setor na Bahia, atuando em 618 mil ha de áreas plantadas, conservando outros 310<br />

mil ha”, exaltou Mariana.<br />

“A ABAF é uma organização ligada a temas fundamentais para nosso presente e nosso futuro, agindo na cadeia produtiva<br />

florestal que é um setor no qual nosso Estado tem tudo para ser grande destaque. Estamos falando em um segmento<br />

econômico que trata dos negócios dessa imensa e diversificada área, mas, também, de educação ambiental e sustentabilidade.<br />

Temos certeza de que, nos próximos anos seremos testemunhas de uma grande ampliação da rede florestal na<br />

Bahia”, projetou o secretário da SEACRI (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca, Aquicultura da Bahia), Leonardo<br />

Bandeira.<br />

Na mesma linha, o presidente da FAEB (Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia) projetou o sucesso da nova<br />

gestora. “Tenho certeza que à frente da ABAF, Mariana vai imprimir em sua gestão a delicadeza e organização inerentes à<br />

mulher, sem deixar de ser firme e assertiva. Fico feliz em ver o público feminino ocupando mais espaços. À frente da FAEB,<br />

tenho observado como cresceu a participação da mulher nas atividades rurais, dentro e fora das porteiras, e a chegada de<br />

Mariana à presidência da ABAF demonstra que o setor florestal trilha o mesmo caminho da inclusão e da igualdade”, declarou<br />

Humberto Miranda, presidente da FAEB.<br />

Também se pronunciaram o coronel José Aparecido de Moraes, Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico,<br />

Ciência e Tecnologia de Três Lagoas (MS); Dito Mário, da Reflore; Joésio Siqueira, da STCP; Erich Gomes Schaitza, chefe geral<br />

da EMBRAPA Florestas; deputado estadual Eduardo Salles; Ricardo Alban, presidente da FIEB, Vitor Lopes, do SEBRAE e<br />

Paulo de Almeida, da SDE (Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia), entre outros.<br />

Foto: divulgação/ ABAF<br />

26 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


NOTAS<br />

CONFIANÇA<br />

DA INDÚSTRIA SOBE EM AGOSTO<br />

O ICI (Índice de Confiança da Indústria) subiu 0,8 ponto em agosto para 100,3 pontos. Em médias móveis trimestrais, a<br />

elevação foi de 0,2 ponto. Os dados foram divulgados recentemente pelo IBRE (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV<br />

(Fundação Getúlio Vargas).<br />

Para o economista Stéfano Pacini, do ICI, a alta indica o bom nível de atividade mantido pelo setor no terceiro trimestre,<br />

com a melhora do ambiente de negócios influenciada pela descompressão de custos com a queda de preços de combustíveis<br />

e energia.<br />

“Os níveis de demanda ainda estão positivos e os estoques se mantêm equilibrados, apesar do cenário ainda problemático<br />

quanto ao suprimento de alguns tipos de insumos. Esse quadro favorável se reflete nas previsões ainda favoráveis<br />

para a evolução do emprego no setor nos três meses. Nos demais quesitos que medem expectativas em relação ao futuro<br />

próximo, nota-se alguma cautela dos empresários frente a um segundo semestre de eleições e manutenção de juros mais<br />

elevados”, explica.<br />

Os dados mostram que houve alta da confiança em 9 dos 19 segmentos industriais monitorados pela sondagem em<br />

agosto. O ISA (Índice Situação Atual) avançou 1,4 ponto e chegou a 102,8 pontos. O IE (Índice de Expectativas) subiu 0,3<br />

pontos e atingiu 97,9 pontos.<br />

Segundo o FGV IBRE, o melhor desempenho no ISA foi verificado no indicador que mede o nível dos estoques, com o<br />

recuo de 2,9 pontos, para 96,7 pontos. Isso coloca o indicador na região neutra, apontando que os estoques estariam equilibrados.<br />

O indicador que mede a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios subiu 0,6 ponto, para<br />

101,7 pontos. E o grau de satisfação das empresas com o nível de demanda avançou 0,4 ponto, para e 103,2 pontos.<br />

Nos indicadores de expectativa, a principal influência veio da tendência dos negócios para os próximos seis meses, com<br />

alta de 3,0 pontos em agosto, para 96,9 pontos. Apesar disso, o IBRE FVG aponta que o indicador continua em patamar baixo<br />

em níveis históricos.<br />

Já o indicador que mede o otimismo com a evolução da produção física nos três meses seguintes caiu 3,0 pontos, para<br />

92,1 pontos. O resultado é o mais baixo desde março deste ano, quando o indicador chegou a 90,3 pontos.<br />

Por outro lado, a expectativa de emprego nos três meses seguintes teve alta pelo quinto mês consecutivo, de 0,7 ponto,<br />

para 104,6 pontos, alcançando o melhor resultado desde outubro de 2021, quando o indicador ficou em 108,1 pontos.<br />

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria se manteve estável em agosto, com variação de -0,1 ponto<br />

percentual, para 82,2%.<br />

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NOTAS<br />

EMPREGOS<br />

Segundo o relatório do mês fornecido pelo MTPS (Ministério do Trabalho e da Previdência Social), o resultado demonstra<br />

uma queda quando comparado com o mesmo período do ano passado, quando o país registrou 306,5 mil novos cargos<br />

com carteira assinada. Segundo o governo, no mês passado foram contabilizadas 1,89 milhão de contratações e 1,67 milhão<br />

de demissões. Durante o primeiro semestre deste ano, entre janeiro e julho, 1.56 milhão de vagas foram criadas contra 1,79<br />

milhão de vagas em 2021, um recuo de mais de 200 mil empregos. A pasta informou também que o salário médio das contratações<br />

foi de R$ 1.926,54 em julho deste ano, uma alta real, descontada a inflação, de R$ 15,31 (0,8%) em comparação a<br />

junho. Os números apontam que o setor de serviços foi o maior responsável pelas novas admissões, 81.873. Seguido pela<br />

indústria com 50.503 e pela construção com 32.082. A região sudeste foi a que mais absorveu os empregos, 99.530, seguida<br />

por nordeste com 49.215 e sul com 28.152. Foram criadas 1,6 milhão de vagas de emprego formal de janeiro a julho de 2022.<br />

O número é menor que o registrado em igual período do ano passado, quando houve saldo positivo de 1,8 milhão de empregos.<br />

Atualmente, o Brasil tem 42,2 milhões de empregos com carteira assinada. O patamar é recorde. Todos os segmentos<br />

fecharam o mês no azul. O setor de serviços teve o melhor desempenho: serviços: 81.873; indústria: 50.503; comércio:<br />

38.574; construção: 32.082; agricultura: 15.870. Houve criação de empregos em todas as 5 regiões do país: sudeste: 99.530;<br />

nordeste: 49.215; sul: 28.152; centro-oeste: 25.179; norte: 16.080. Os trabalhadores tiveram salário médio de R$ 1.926,54 em<br />

julho. O valor é 0,8% maior que o registrado em junho. Representa um acréscimo acima da inflação de R$ 15,31, em média.<br />

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NOTAS<br />

ENERGIA VERDE<br />

Protagonista na área de energia, o Brasil tem potencial de ampliar a participação de fontes renováveis em sua matriz<br />

para se tornar ainda mais competitivo e alinhado aos critérios de ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa) e, com<br />

isso, contribuir para que as empresas se tornem mais evoluídas. É o que avalia Nelson Al Assal Filho, diretor de normalização<br />

da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que participou do 8º Fórum de Infraestrutura Grandes Construções,<br />

que tratou do tema: Oportunidades e Desafios do Setor de Energia no Brasil.<br />

Nesse sentido, a gestora da unidade de negócios renováveis da TRACTEBEL Engie, Fabiane Ferrão, avalia que fontes renováveis<br />

permitiram que o setor industrial reduzisse seus custos com energia e, em alguns casos, se tornasse independente<br />

produzindo sua própria energia, com a possibilidade de vender os excedentes dessa produção, ganhando uma renda adicional<br />

e obtendo um impacto ambiental positivo.<br />

Contudo, para o superintendente de pesquisa da FGV Energia, Felipe Gonçalves, o setor elétrico ainda precisará dos<br />

recursos fósseis a curto prazo, mesmo expandido o uso das renováveis. O sistema hidrotérmico – fonte hídrica complementada<br />

com termelétricas a gás natural – ainda será majoritário.<br />

Segundo Manoel Ribeiro de Oliveira Neto, superintendente Desenvolvimento de Novos Negócios da Álya Construtora,<br />

a fonte hidrelétrica é a bateria e a base do sistema. Por isso, outras usinas hidrelétricas serão feitas na região da Amazônia,<br />

que ainda possui muito potencial a ser explorado.<br />

“Não se pode abrir mão de outras hidrelétricas, porque estaria aumentando o despacho da energia térmica, acarretando<br />

preços e custos mais altos, não atendimento aos compromissos da COP e aceleração das emissões de dióxido de carbono”,<br />

explicou. Em sua visão, a diversificação da matriz contribui para ampliar a capacidade do país, para o atendimento à população,<br />

para a competitividade da indústria e para um preço adequado da energia.<br />

Durante o 8º Fórum de Infraestrutura Grandes Construções, uma iniciativa da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia<br />

para Construção e Mineração), Al Assal Filho, comentou que o tempo para a transição energética é curto, requerendo<br />

um salto para um novo modelo, onde as fontes solar e eólica serão<br />

fundamentais. De acordo com ele, a descarbonização não se trata<br />

apenas de produzir energia, mas também de gerenciar melhor a<br />

energia, trazendo uma ecoeficiência maior para a rede e nos dispositivos,<br />

aprimorando o desempenho e a eficiência energética.<br />

Nesse sentido, a tecnologia FVF (fotovoltaica flutuante) é uma<br />

solução limpa, sustentável, ambientalmente favorável. Desenvolvida<br />

por brasileiros, com ajuda de computação avançada e com uma<br />

equipe multidisciplinar, o sistema tem demostrado robustez e performance<br />

em usinas hidrelétricas brasileiras, como a UHE Itumbiara<br />

e UHE Belo Monte, além de atender uma comunidade indígena na<br />

região amazônica.<br />

“Nessa comunidade, a tecnologia fornece 24h (horas) de energia<br />

sem derrubar uma árvore, sem emitir uma grama de CO 2<br />

(gás<br />

carbônico) na atmosfera da floresta, sem contaminar o solo com<br />

diesel”, comentou Demóstenes Barbosa da Silva, presidente da<br />

Base Energia Sustentável, que afirmou que a meta é escalar a tecnologia,<br />

“pois vislumbramos o potencial de dobrar a capacidade<br />

de geração de energia no Brasil, e isso utilizando menos de 10%<br />

dos reservatórios das usinas hidrelétricas.”<br />

Outro ponto importante é a modernização regulatória do setor<br />

de energia que, segundo Goncalves, tem sido importante para<br />

criar um ambiente robusto para uma maior participação das fontes<br />

renováveis, para operar o sistema de forma mais segura e para a<br />

entrada da digitalização, trazendo a possibilidade de os consumidores<br />

terem um papel mais relevante no setor elétrico. Ele lembrou<br />

ainda do potencial brasileiro dos biocombustíveis e bioenergia,<br />

e da oportunidade de produzir e exportar hidrogênio verde e de<br />

fabricar produtos verdes.<br />

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32 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


NOTAS<br />

FIEP SEDIA 1ª CONFERÊNCIA<br />

ZOOLOGIA NA INDÚSTRIA EM CURITIBA<br />

O que o desenvolvimento da indústria no Paraná tem a ver com o manejo de javalis no Brasil, o controle biológico em<br />

plantios florestais e as ferramentas para monitoramento e controle de pragas? Parece difícil associar esses temas de debate<br />

científico aos desafios do setor produtivo. Mas os três assuntos uniram universidades, pesquisadores e profissionais da zoologia<br />

a setores da indústria do Estado na I Conferência: Zoologia na Indústria, novas tecnologias e perspectivas no auxílio à<br />

cadeia produtiva. O evento fez parte da programação paralela do 34º Congresso Brasileiro de Zoologia, realizado recentemente,<br />

no Campus da Indústria do Sistema FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), em Curitiba (PR).<br />

A conferência reuniu palestras e reuniões técnicas sobre temas pré-selecionados, de interesse do setor produtivo, relacionados<br />

a diferentes áreas da zoologia. O objetivo é estimular ações integradas que contribuam para levar conhecimento a<br />

gestores de empresas sobre desafios ligados a fatores naturais que impactam o dia a dia das indústrias.<br />

Para o presidente do Sistema FIEP, Carlos Valter Martins Pedro, o evento foi uma grande oportunidade principalmente<br />

para algumas áreas ligadas ao agronegócio. “Este é um serviço importante que estamos disponibilizando para a indústria<br />

do nosso Estado. Queremos iniciar com a formação de grupos de trabalho que vão poder compartilhar experiências a partir<br />

do conhecimento adquirido nas universidades para aplicação na rotina de algumas cadeias produtivas”, reforça.<br />

Já para Luciane Marinoni, presidente da Sociedade Brasileira de Zoologia, também membro titular do departamento de<br />

Zoologia da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e responsável pelo congresso, falta comunicação entre quem produz<br />

conhecimento e quem aplica. “Se a academia não puder produzir conhecimento, realizar pesquisas, a indústria será com<br />

certeza afetada. Por isso estamos trazendo o setor para a programação do evento para que possamos trabalhar juntos”,<br />

justifica. “Empresários terão especialistas disponíveis para tratarem de assuntos de seu interesse. E a academia poderá levar<br />

suas demandas ao conhecimento deles, que poderão contribuir, por exemplo, na captação de recursos e no direcionamento<br />

de pesquisas em áreas que impactam diretamente seus negócios”, alerta a professora.<br />

Para este debate inicial entre setor produtivo e especialistas foram elencados três temas prioritários para nortear reuniões<br />

técnicas da conferência. O primeiro deles é o manejo e controle de javalis. A ameaça mais significativa dessa espécie<br />

exótica ao meio ambiente e ao agronegócio é de ordem sanitária, por serem agentes causadores e transmissores de diversas<br />

doenças que afetam a suinocultura industrial, outras espécies e até a saúde humana. Além de sua agressividade e facilidade<br />

de adaptação, a reprodução descontrolada de javalis e a ausência de predadores naturais resultam em uma série de<br />

impactos ambientais e socioeconômicos, principalmente para pequenos agricultores. Considerados invasores, eles causam<br />

perda da biodiversidade em escala global e representam um desafio para a conservação dos recursos naturais.<br />

O segundo assunto da pauta prioritária é o controle biológico de pragas em plantios florestais. Sabe-se que plantios de<br />

eucalipto e pinus no Paraná, utilizados pela indústria madeireira, moveleira e de celulose e papel, sofrem ameaça constante<br />

de espécies de insetos, especialmente algumas variedades de vespas, formigas e até de alguns mamíferos. No evento,<br />

serão debatidos experimentos recentes que empregam alta tecnologia no combate a essas pragas, preservando o meio<br />

ambiente e as culturas.<br />

Para fechar a conferência, foram apresentadas experiências com uso de novas ferramentas para monitoramento e controle<br />

de pragas em plantações de cereais. Houve apresentação de cases de sucesso, como por exemplo, o uso de drones<br />

em plantações de trigo no Rio Grande do Sul, que monitoram e verificam o momento mais apropriado para fazer o controle<br />

biológico de afídeos (pulgões). Essa técnica pode ser empregada em outras áreas da agroindústria paranaense.<br />

Foto: divulgação/Fiep<br />

34 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


NOTAS<br />

ABIMÓVEL E SEBRAE<br />

FAZEM PARCERIA<br />

Responsável pela sexta maior produção mundial, o segmento da indústria moveleira do Brasil tem potencial para ampliar<br />

cada vez mais sua competitividade. Essa necessidade, muitas vezes distante de quem mais precisa – as MPEs (micro e pequenas<br />

empresas) –, começa a ser atendida agora, a partir de uma parceria firmada entre a Abimóvel (Associação Brasileira<br />

das Indústrias do Mobiliário) e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).<br />

O PCDIMOB (Projeto de Desenvolvimento, Competitividade e Integração da Indústria do Mobiliário) pretende envolver<br />

mais de 200 pequenos negócios até 2024, ano final da primeira parte do programa, com efeito de transbordamento para<br />

1.730 indústrias. A iniciativa está em fase de definição dos pontos focais nos Estados e polos e planeja associar esforços e<br />

recursos para o desenvolvimento da competitividade, produtividade e integração dos MPEs de forma sustentável.<br />

Já estão confirmadas no projeto oito unidades estaduais do Sebrae, abrangendo todas as regiões brasileiras: Pará, Piauí,<br />

Sergipe, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal. A partir da mobilização de<br />

todas elas e dos sindicatos e das entidades locais, Abimóvel e Sebrae coordenarão a implementação do plano de trabalho<br />

com foco no encadeamento produtivo. “Hoje, o mundo trabalha em rede. O encadeamento produtivo e a atuação em rede<br />

são fundamentais”, afirma o presidente da Abimóvel, Irineu Munhoz.<br />

O PDCIMOB prioriza cinco objetivos estratégicos: excelência em gestão; inteligência estratégica e promoção comercial;<br />

inserção e inovação; competitividade e produtividade; e atuação em rede.<br />

Para que eles se concretizem, foram desenvolvidas três linhas estratégicas. Uma delas é a Inteligência Setorial e Digital,<br />

cujas ações visam o mapeamento de perfil setorial e a qualificação e preparação das empresas para os canais e plataformas<br />

digitais.<br />

Serão desenvolvidos o persona do projeto, espécie de um reflexo das empresas participantes, e a medição da maturidade<br />

digital dos negócios – para cada um dos três níveis há um plano de ação – através da Jornada Digital.<br />

Outra trilha é a Melhoria da Competitividade. A atuação é focada em aproximar o Brasil Mais Móveis de 100 empresas, a<br />

fim de trazer excelência em gestão e inserção em mercados digitais, em design integrado à indústria, para melhoria da competitividade<br />

e produtividade.<br />

A terceira trilha estratégica é a aproximação comercial, a fim de efetivar a realização de negócios em diversos elos da<br />

cadeia produtiva por meio de soluções de aproximação comercial/virtual (rodadas de negócios) e da integração e aproximação<br />

entre fornecedores nacionais e fabricantes para geração de negócios.<br />

Como resultado do projeto, a Abimóvel e o Sebrae esperam que os pequenos negócios ganhem percentual de aumento<br />

tanto na produção quanto no faturamento e atinjam salto de 30% na inovação.<br />

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NOTAS<br />

NEGÓCIOS<br />

INTERNACIONAIS<br />

Cerca de 500 participantes, entre púbico presencial e remoto, se reuniram no Campus da Indústria do Sistema FIEP, em<br />

Curitiba, no 2° Seminário de Negócios Internacionais do Paraná. Organizado pelo WTC (World Trade Center) Curitiba, em<br />

parceria com a FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) por meio do CIN (Centro Internacional de Negócios),<br />

o evento contou com a presença de representantes diplomáticos dos EUA (Estados Unidos da América), Reino Unido e da<br />

Alemanha, incluindo o embaixador Gustavo Pestana, presidente da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações<br />

e Investimentos), além de empresários e lideranças do Estado.<br />

Na abertura do seminário, marcaram presença o vice-governador do Paraná, Darci Piana; o assessor-chefe de Relações<br />

Internacionais da Prefeitura de Curitiba, Rodolpho Feijó; a presidente do WTC Curitiba, Daniella Abreu; e o vice-presidente<br />

da FIEP, Paulo Pupo. “Parabenizo os organizadores pela importância da realização de eventos como este, que dão a oportunidade<br />

para que o Estado possa aproveitar melhor o momento e se destacar no mercado mundial”, enalteceu o vice-governador.<br />

Ainda de acordo com Piana, com o período pós-pandêmico e a guerra na Europa, a fragilidade mais latente do<br />

mundo também incita a uma necessidade de impulsionamento dos investimentos nos negócios internacionais do Paraná.<br />

Apesar de ser a segunda edição, este foi o primeiro seminário presencial, motivo a ser comemorado pela presidente<br />

do WTC Curitiba, Joinville e Porto Alegre, Daniella Abreu. “É uma alegria realizar este evento presencialmente na casa da<br />

indústria. Curitiba foi o primeiro WTC consolidado na região sul, que conta ainda com os WTCs Joinville e Porto Alegre.<br />

Gostamos de negócios internacionais e queremos liderá-los por meio do sul do Brasil. Por isso, trouxemos os nossos cinco<br />

grupos temáticos de competitividade para participar dos painéis nesses dois dias de evento.” O evento foi criado em 2021<br />

para promover a interação produtiva entre a indústria, gestão pública e as boas práticas do mercado.<br />

Com a temática principal: Competitividade nos negócios internacionais; mais de 35 especialistas de referência no<br />

mercado discutiram, ao longo de dois dias, assuntos como Desburocratização, Fusões e Aquisições, ESG (Governança Ambiental,<br />

Social e Corporativa), Pessoas e Culturas e Aceleração Digital. Os temas foram abordados sob a ótica dos negócios<br />

internacionais.<br />

“Vivemos um momento complexo de comércio internacional, com muitos acordos bilaterais e poucos coletivos. E essa<br />

dinâmica traz uma efervescência diária em nossas mesas no comércio exterior”, afirmou Paulo Pupo, vice-presidente do<br />

Sistema FIEP. Para ele, o Paraná tem DNA exportador e balança comercial estabelecida, malha multisetorial muito boa, da<br />

rede de logística até as cadeias de valores. Por isso, Pupo apontou a importância de debater formas de se fazer negócios<br />

em meio a todos esses cenários.<br />

A palestra de abertura foi apresentada por Gabriella Dorlhiac, diretora executiva da ICC Brasil (International Chamber of<br />

Commerce Brasil). Segundo a especialista, o mercado de carbono é uma ferramenta importante neste contexto, pois exige<br />

ecossistema de medição e verificação<br />

contundente.<br />

“Se vamos vender para fora,<br />

temos que ver se nossa certificação<br />

é internacional, com governança,<br />

transparência e credibilidade. O<br />

lado ambiental é um começo, mas é<br />

preciso olhar para o aspecto social.<br />

Além da redução do crédito de carbono,<br />

por exemplo, podemos gerar<br />

impacto positivo na nossa comunidade;<br />

e evidenciar o ESG como valor<br />

agregado nas certificações. Essa<br />

mentalidade é mais simples do que<br />

as empresas imaginam, começando<br />

pelas pequenas ações. Quem sobrevive<br />

ao ambiente brasileiro e se<br />

acostuma a essa complexidade tende<br />

a atuar muito bem no mercado<br />

mundial, que é bem mais previsível<br />

e regulamentado”, detalhou.<br />

38 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />

Conjunto de equipamentos com<br />

finalidade de produzir ar quente para<br />

diversas finalidades industriais tais<br />

como: aquecimento de ambiente, secagem<br />

de lâminas de madeira, secagem de madeiras<br />

serradas, secagem de tecidos, desidratação de<br />

frutas, secagem de cereais, grãos, sementes e<br />

ervas em geral. Ar quente isento de<br />

contaminantes da fumaça produzido em trocador<br />

de calor em aço inoxidável resistente ao calor e à<br />

corrosão garante maior vida útil ao equipamento e<br />

qualidade do quente. O equipamento acima foi<br />

projetado para queimar serragem úmida.<br />

Gerador de ar<br />

quente<br />

gerador de ar quente para<br />

grandes volumes<br />

99669-86 9<br />

Para secadores de grãos são produzidos com<br />

capacidade para aquecer até 500.000 m³/h<br />

de ar de 20°C a 100°C. Fornalha para lenha,<br />

picado de madeira, óleo combustível ou<br />

diesel. O trocador de calor é totalmente<br />

construído em aço inoxidável resistente ao<br />

calor. Baixa perda de carga para a passagem<br />

do ar. Temperatura do ar quente é dimensionado<br />

para cada aplicação.<br />

aumento de produtividade,<br />

sem perder qualidade<br />

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NOTAS<br />

APEX-BRASIL<br />

AMPLIA HORIZONTES<br />

Lançamento!<br />

A Apex-Brasil está ampliando sua atuação na África subsaariana e no sudeste asiático, para além da China. Para o embaixador<br />

Augusto Pestana, presidente da Apex-Brasil, é fundamental a integração entre o setor produtivo e industrial com os<br />

mecanismos diplomáticos para ampliar a internacionalização dos negócios brasileiros. “Estamos fortalecendo nossa capacidade<br />

de atuação nos continentes asiático e africano, com ações de inteligência de mercado, qualificação para exportação,<br />

promoção comercial e captação de investimentos estrangeiros. A Índia é um país que está sendo forçado a se abrir pela<br />

realidade de milhões de pessoas na classe média, que consomem mais, querem comer e morar melhor, o que abre muitas<br />

portas para nossa exportação de setores como a indústria moveleira”, afirmou o embaixador.<br />

Pestana fez a palestra de abertura do segundo dia do 2º Seminário de Negócios Internacionais do Paraná. “As portas da<br />

Apex estão abertas tanto em Brasília, quanto nos escritórios que temos pelo mundo. Trabalhamos junto à rede de consulados<br />

e embaixadas. Quando soube da realização do evento, aceitei de imediato. Sempre me sinto em casa quando venho a<br />

Curitiba. Mesmo conhecendo tão bem a cidade, me surpreendo com produtos locais. Sou filho de gaúchos, gosto muito de<br />

carne bovina, e comi pela primeira vez uma posta vermelha. São esses e outros produtos, serviços e iniciativas que devem<br />

ser fomentadas do Paraná para o mundo”, elogiou Pestana.<br />

Além da palestra do embaixador, o evento recebeu Joel Reynoso, vice-conselheiro sênior para Assuntos Comerciais na<br />

Embaixada dos EUA (Estados Unidos da América), no Brasil. “Os EUA são o segundo maior destino das exportações brasileiras,<br />

e o Brasil é o 19º maior investidor nos EUA. Em 2021, tivemos recorde de US$ 70,5 bilhões no comércio bilateral entre<br />

as nações. Isso é fomentado por meio de um engajamento bilateral consistente, diálogo comercial, fórum de CEOs e diálogos<br />

com a indústria da defesa. Nos próximos 10 anos, o programa Bipartisan Infrastructure Deal vai possibilitar a criação de<br />

1,5 milhão de empregos por ano com US$ 1 trilhão de investidos. É o maior programa do tipo da história dos EUA”, destacou.<br />

Para Carlos Valter Martins, presidente no Sistema FIEP, eventos de fomento ao comércio exterior e à internacionalização<br />

de empresas devem ser sempre incentivados. “Essa relação com o WTC (World Trade Center), com representantes de<br />

embaixadas e agências de fomento produzem um ambiente muito próspero de negócios para a indústria do nosso Estado.<br />

A ação de um agente complementa a do outro. Um exemplo: sabemos que vinhos importados são excelentes, mas temos<br />

vinhos brasileiros e paranaenses de primeira qualidade. Sempre damos essa preferência em nossos eventos na FIEP. São<br />

ações que ajudam a incentivar e dar visibilidade à nossa indústria, em especial quando temos convidados estrangeiros”,<br />

enalteceu Carlos.<br />

EQUIPAMENTO COMPLETO<br />

AUTOMAÇÃO E CONTROLE REMOTO DE PROCESSO<br />

GVI<br />

(Unidade Geradora de Vapor para estufas de até 100m 3 ,<br />

com o melhor custo benefício do mercado)<br />

AT100<br />

(Estufa de secagem de madeira para eucalipto e pinus,<br />

com capacidade para 100m³. Equipamento projetado para<br />

dar o máximo de eficiência nos processos de produção<br />

de madeiras plantadas)<br />

Para a instalação do equipamento o cliente somente precisa disponibilizar o piso,<br />

o restante da montagem é feita por nossa equipe.<br />

40 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />

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NOTAS<br />

CHEGADA DO 5G<br />

DEVE IMPULSIONAR VENDAS DE MÓVEIS<br />

Nos próximos meses, mais cidades brasileiras vão passar a ter sinal de 5G, a quinta frequência da telefonia móvel. A<br />

disseminação da cobertura da internet móvel de quinta geração está evoluindo mais rapidamente do que o esperado pelas<br />

autoridades. O sinal já começou a ser ativado pelas capitais e, em todos os locais, as operadoras instalaram mais antenas do<br />

que o exigido pelas regras da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).<br />

Durante o Seminário 5G.BR, evento organizado em agosto pela Anatel para divulgar os resultados positivos, o ministro<br />

das Comunicações, Fábio Faria, fez um balanço positivo. A cidade São Paulo tem motivos para comemorar a chegada da<br />

tecnologia no curto prazo. A previsão era que a cidade recebesse em torno de 370 antenas até o fim deste ano, mas já tem<br />

1,5 mil pontos instalados ou em fase de instalação. A nova internet móvel deve impulsionar a venda de móveis e chega ao<br />

país quase 10 anos após o lançamento do 4G em território brasileiro. No final de 2012, Recife se tornou a primeira capital do<br />

país a ativar a rede majoritária nos dias atuais.<br />

Outrora revolucionária, a quarta geração da internet móvel trouxe velocidade de download comparável a computadores<br />

conectados via modem a cabo. Enquanto a rede 3G disponibiliza, em média, 2 Mbps (megabits por segundo), a 4G entrega<br />

de 3 a 5 Mbps.<br />

Já o 5G promete ser extremamente mais rápido que qualquer geração anterior. As operadoras que compraram a faixa<br />

no ano passado, via licitação da Anatel, vão poder disponibilizar um pico de downloads de até 20.480 Mbps.<br />

Nesse aspecto, é imprescindível notar as vantagens que a velocidade do 5G pode trazer, especialmente, para os consumidores<br />

e empresas do setor moveleiro. Segundo o IBGE, já são 242 milhões de smartphones em uso no Brasil, contra pouco<br />

mais de 214 milhões de habitantes. Uma conexão mais rápida pode permitir às operadoras trabalhar com mais desses<br />

dispositivos conectados ao mesmo tempo.<br />

Para os consumidores do e-commerce de móveis, isso significa o carregamento praticamente instantâneo dos aplicativos<br />

e sites das varejistas. Não será mais necessário, portanto, procurar um lugar com conexão wi-fi para fazer uma compra.<br />

Além disso, os clientes poderão utilizar, sem travamentos, tecnologias que simulam como os móveis ficariam em suas casas.<br />

A médio prazo, ainda, eles conseguirão acessar as lojas dentro do ambiente de realidade virtual do Metaverso.<br />

No mesmo sentido, as indústrias e varejistas do setor verão uma diminuição no tempo de latência na conexão dos sistemas<br />

de fabricação, venda e transporte. Caminhões guiados por GPS, por exemplo, apresentarão menos erros de roteiro que<br />

atrasam a distribuição dos produtos.<br />

“Com Setup rápido e de fácil manuseio, os<br />

desoladores pneumáticos da Rotteng<br />

flexibilizam e otimizam os cortes de madeira,<br />

o que diminui o desperdício e aumenta a<br />

produção com qualidade e precisão nas<br />

medidas, além de atender as normas legais<br />

que garantem a segurança dos<br />

colaboradores. Esta parceria perdura há<br />

mais de 6 anos.” 09/10/2019<br />

Marco Almeida de Souza<br />

Diretor <strong>Industrial</strong> do Grupo Embalatec<br />

“Os destopadores RottStop, da Rotteng, são<br />

máquinas robustas com sistemas confiavéis.<br />

Hoje estamos equipando todas as nossas<br />

fábricas com as destopadeiras RottStop, com<br />

isso conseguimos reduzir as perdas em mais<br />

de 60%, sem contar a qualidade dos cortes e<br />

a segurança que a lei exige” 11/10/2021<br />

Rodrigo de Oliveira Novo<br />

Pesquisa e Desenvolvimento de Máquinas e<br />

Equipamentos (P&D)<br />

“Compramos a primeira destopadeira<br />

automática Rotteng há 5 anos. Com isso<br />

conseguimos aumentar a produtividade,<br />

reduzir funcionários, melhorar a qualidade de<br />

cortes, reduzir desperdícios de madeira e com<br />

a segurança que a lei exige. Hoje temos 7<br />

destopadores e 1 com destopo em ângulo,<br />

diminuindo o gasto com a manutenção e<br />

possuindo toda a assistência técnica.”<br />

04/10/2019<br />

Cidnei Roberto Brito<br />

Gerente de Marcenaria<br />

Foto: divulgação<br />

42 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


NOTAS<br />

VENDAS DE TÍTULOS ATINGEM<br />

MAIOR NÍVEL EM MAIS DE TRÊS ANOS<br />

As vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet somaram R$ 4,01 bilhões em julho, segundo divulgação do<br />

Tesouro Nacional. O volume é o segundo maior da história para um mês, perdendo apenas para maio de 2019 (R$ 5,86 bilhões).<br />

Os títulos mais procurados pelos investidores foram os corrigidos pela Selic (juros básicos da economia), cuja participação<br />

nas vendas atingiu 49,4%. Os títulos vinculados à inflação IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) corresponderam<br />

a 37,7% do total, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, foram 12,9%.<br />

A expectativa de que a taxa Selic pare de subir diminuiu o interesse dos investidores por esse tipo de papel. Em junho,<br />

as vendas desses títulos estavam em 55,3%. Em contrapartida, as vendas de papéis prefixados, que representavam 31,8% em<br />

junho, tiveram forte alta.<br />

Desde março de 2021, o Banco Central tem elevado a Selic. A taxa, que estava em 2% ao ano, no menor nível da história,<br />

saltou para 13,75% ao ano de lá para cá. A última ata da reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária) indicou que as<br />

elevações estão próximas de acabar.<br />

O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 96,45 bilhões no fim de julho, aumento de 2,5% em relação ao mês anterior<br />

(R$ 94,07 bilhões) e de 42,1% em relação a julho do ano passado (R$ 67,89 bilhões). Essa alta ocorreu porque as vendas<br />

superaram os resgates em R$ 1,74 bilhão no mês passado.<br />

Em relação ao número de investidores, 535.983 novos participantes se cadastraram no programa no mês passado. O<br />

número total de investidores atingiu 20.028.345. Nos últimos 12 meses, o número de investidores acumula alta de 67,6%. O<br />

total de investidores ativos (com operações em aberto) chegou a 2.039.876, aumento de 27,7% em 12 meses.<br />

A utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas de<br />

até R$ 5 mil, que correspondeu a 82,3% do total de 648.492 operações de vendas ocorridas em julho. Só as aplicações de<br />

até R$ 1 mil representaram 59,1%. O valor médio por operação foi de R$ 6.178,38.<br />

Os investidores estão preferindo papéis de curto prazo. As vendas de títulos com prazo entre 1 e 5 anos representaram<br />

71,9% e aquelas com prazo entre 5 e 10 anos, apenas 3,5% do total. Os papéis de mais de dez anos de prazo representaram<br />

24,6% das vendas.<br />

O balanço completo do Tesouro Direto está disponível na página do Tesouro Transparente.<br />

Simno celebra 33 anos de história e promove a<br />

última etapa do circuito de palestras sobre Saúde<br />

e Segurança no Trabalho no setor florestal<br />

Durante a noite de 5 de agosto, o circuito de<br />

palestras orientativas sobre Saúde e Segurança no<br />

Trabalho na indústria madeireira teve sua quinta e<br />

última etapa em Juína, na sede do Sindicato das<br />

Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de<br />

Mato Grosso (Simno). As primeiras etapas do evento<br />

ocorreram em Nova Maringá, Sinop, Alta Floresta e<br />

Juara.<br />

Na mesma data, o Sindicato completou 33 anos de<br />

fundação e realizou, em edição especial, a Quarta<br />

Assembleia Geral de modo simultâneo às palestras<br />

orientativas ministradas pelo engenheiro de Segurança<br />

do trabalho Paulo Henrique Camacho e pelo<br />

fisioterapeuta Antônio Carlos Junior, da equipe do<br />

Serviço Social da Indústria de Mato Grosso (Sesi MT).<br />

Com o foco na explanação das normas relevantes<br />

para as atividades desenvolvidas no contexto do setor<br />

florestal (NRs 01; 12; 04; 06, entre outras), a agenda<br />

reuniu associados, colaboradores, executivos e<br />

empresários e demais profissionais com atuação em<br />

Mato Grosso.<br />

O empresário florestal e presidente do Simno,<br />

Edvaldo Dal Pozzo, destacou agradecimentos em seu<br />

discurso à presença do Grupo de Trabalho responsável<br />

pela organização e execução do circuito de<br />

palestras (Fiemt, Cipem e Sesi/MT), bem como do<br />

prefeito de Juína, Paulo Veronese, do presidente do<br />

FNBF, Frank Rogieri Almeida, dentre outras ilustres<br />

autoridades.<br />

"Podemos afirmar que a celebração de 33 anos de<br />

fundação do Simno foi memorável, pois atingimos o<br />

objetivo de proporcionar conhecimento, integração e<br />

crescimento para o Setor", disse Dal Pozzo.<br />

Sobre a edição especial da Assembleia Geral, o<br />

presidente do Simno pontuou que diversos assuntos<br />

pertinentes ao setor foram discutidos e que a programação<br />

possibilitou reflexão acerca do importante<br />

papel do Sindicato ao longo de 33 anos.<br />

Nesse sentido, a Superintendente de desenvolvimento<br />

do Cipem, Bárbara Ibanez, conduziu atualizações<br />

importantes sobre a possibilidade de inclusão de<br />

espécies colhidas por meio de Manejo Florestal<br />

Sustentável na Lista Oficial de Espécies Ameaçadas de<br />

Extinção, sendo elas: Angelim-pedra (Hymenolobium<br />

heterocarpum), Roxinho (Peltogyne lecointei) Muiricatiara<br />

(Astronium ulei) e a Cerejeira (Amburana<br />

acreana).<br />

A realização do circuito de palestras SST, que é<br />

uma parceria entre a Federação das Indústrias no<br />

Estado de Mato Grosso (Fiemt), Sesi MT e Centro das<br />

Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do<br />

Estado de Mato Grosso (Cipem), juntamente com os<br />

sindicatos associados se estendeu até a noite de<br />

sexta-feira, 05 de agosto, em Juína.<br />

De acordo com Rafael Mason, presidente do<br />

Cipem, esta foi "uma agenda muito produtiva e que,<br />

por meio do trabalho de todos os envolvidos foi<br />

concluída com êxito em sua proposta de agregar<br />

aprendizado e desenvolvimento".<br />

Foto: divulgação<br />

CipemdeMT CipemMT cipemmt<br />

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44 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


NOTAS<br />

MERCADO FINANCEIRO<br />

REDUZ PROJEÇÃO DA INFLAÇÃO<br />

A projeção do mercado financeiro para a inflação de 2022 caiu pela oitava semana seguida. Segundo o Boletim Focus,<br />

divulgado pelo Banco Central, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial do<br />

país, caiu de 7,02% para 6,82%, em uma semana. Anteriormente, as expectativas do mercado eram de um IPCA em 7,3%,<br />

neste ano.<br />

O Boletim Focus é uma publicação semanal que reúne a projeção de cerca de 100 instituições do mercado financeiro<br />

para os principais indicadores econômicos do país. A expectativa de inflação para 2023 também caiu: de 5,38% projetados<br />

há uma semana para 5,33%, nesta segunda-feira. Para 2024 e 2025, as projeções de inflação mantêm-se em 3,41% e 3%, respectivamente.<br />

Também se mantêm estáveis as projeções para a Selic (taxa básica de juros) para 2022 (13,75% ao ano) e para<br />

os anos seguintes: 11% ao ano, em 2023; 8% ao ano, em 2024; e 7,5% ao ano, em 2025.<br />

A cotação do real na comparação com o dólar também apresenta estabilidade nas projeções para este e para os próximos<br />

anos. A expectativa do mercado financeiro é de que a cotação da moeda norte-americana chegue a R$ 5,20 tanto ao<br />

final de 2022 como de 2023; e que 2024 e 2025 fechem com o dólar custando R$ 5,10 e R$ 5,17, respectivamente.<br />

Já a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto), soma de todos os bens serviços produzidos no país, está em 2,02%<br />

para 2022. Há uma semana, a projeção do mercado financeiro era de que o ano fecharia com um PIB em 2%; e há quatro<br />

semanas era de 1,93%.<br />

Para 2023, a expectativa é de que o PIB suba 0,39%. Há uma semana, a previsão era de que o ano fecharia com crescimento<br />

de 0,41%; e há quatro semanas, a expectativa de expansão é de 0,49%.<br />

Para 2024 e 2025, as projeções do mercado financeiro para o crescimento do PIB estão estáveis, em 1,8% e 2%, respectivamente.<br />

Foto: divulgação<br />

46 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


NOTAS<br />

CONSUMO DE ENERGIA<br />

SEGUE EM ALTA DESDE FEVEREIRO<br />

O Brasil consumiu 63.083 MW (megawatts) médios de energia elétrica em julho, com variação positiva de 2,6% em relação<br />

ao mesmo período de 2021, aponta o último boletim da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). No<br />

comparativo anual, a demanda segue em alta desde fevereiro, puxada principalmente por setores como madeira, papel e<br />

celulose, serviços e bebidas.<br />

O cenário é observado especialmente na indústria e grandes empresas, como shoppings e redes de varejo, que negociam<br />

o insumo no mercado livre. Em julho, o ambiente consumiu 23.458 MW médios, montante 7,1% superior na comparação<br />

anual.<br />

Outros 39.625 MW médios foram demandados pelo mercado regulado, que abastece residências e pequenas empresas.<br />

No segmento houve incremento de 0,3%, reflexo da elevação da temperatura em boa parte do país, exceto na região<br />

nordeste. Como a migração entre os ambientes tem influência representativa sobre os resultados, a CCEE também analisa<br />

como teria se dado o comportamento dos indicadores desconsiderando a movimentação dessas cargas. Nessa simulação,<br />

o ACL teria um avanço menor, de 4,2%, enquanto o regulado registraria um crescimento de 2,1%. Em outra hipótese, se não<br />

houvesse geração distribuída, haveria uma alta de 2,5% no volume demandado pelo ACR.<br />

Nos 15 ramos de atividade econômica que a CCEE monitora no mercado livre, desconsiderando as novas cargas que<br />

migraram nos últimos 12 meses, a maior alta ocorreu no segmento de madeira, papel e celulose, com 18,9%, seguido por<br />

13,9% em bebidas e 7,6% em serviços. Entre os que registraram quedas está a indústria têxtil, com 4,1%.<br />

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Foto: divulgação<br />

48 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


NOTAS<br />

VEM AÍ<br />

O ENCAPP 2022<br />

A quinta edição do ENCAPP (Encontro da Cadeia Produtiva da Porta) será realizada entre os dias 14 e 16 de setembro,<br />

em Curitiba (PR). As inscrições são gratuitas pelo site www.encapp.com.br. Principal evento da cadeia produtiva de portas de<br />

madeira do país, o ENCAPP tem como objetivo promover o network entre fabricantes e fornecedores do segmento. Nesta<br />

edição, o encontro acontece junto à Lignum Latin America, na Semana Internacional da Madeira. A mudança proporciona<br />

mais visibilidade para as empresas expositoras e complementará a semana com um importante segmento industrial madeireiro.<br />

Entre os expositores do ENCAPP 2022 estão fabricantes e fornecedores de núcleos de portas, adesivos, ferragens,<br />

ferramentas, espumas para fixação, tintas, vernizes, vedações, revestimentos, máquinas e equipamentos. O ENCAPP é realizado<br />

pela Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente) por meio do PSQ-PME (Programa<br />

Setorial da Qualidade de Portas de Madeira para Edificações), conta com os seguintes apoios institucionais: ABNT<br />

(Associação Brasileira de Normas Técnicas), ACR (Associação Catarinense Reflorestadores), Apre (Associação Paranaense<br />

de Empresas de Base Florestal), CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato<br />

Grosso), FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), FIESC (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina),<br />

IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), SENAI-PR (Serviço Nacional de Aprendizagem <strong>Industrial</strong> do Estado do Paraná),<br />

Sinduscom (Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Ibirama) e SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da<br />

Construção Civil do Estado de São Paulo).<br />

Foto: divulgação<br />

50 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


APLICAÇÃO<br />

MÓVEIS<br />

CORPORATIVOS<br />

Na linha de perfis para móveis corporativos,<br />

a Perfilisa produz acabamentos<br />

de borda flexíveis, que proporcionam<br />

um maior conforto e segurança<br />

para o usuário. Também para essa<br />

linha, oferece perfis puxadores e trilhos<br />

para sistemas deslizantes.<br />

Fotos: divulgação<br />

VEDAÇÕES<br />

DE PORTAS E JANELAS<br />

As vedações de porta têm como objetivo<br />

principal o amortecimento, isolamento<br />

acústico e isolamento térmico<br />

de portas e janelas. São produzidas em<br />

compostos com borracha nitrílica (NBR/<br />

PVC) ou borracha termoplástica (TPE),<br />

tem alta resistência ao UV e resiliência<br />

para suportar os ciclos de uso por mais<br />

de 10 anos.<br />

Foto: divulgação<br />

52 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


FRASES<br />

“A INDÚSTRIA DE PRODUTOS FLORESTAIS CAMINHA LADO<br />

A LADO COM A NOVA ECONOMIA VERDE, QUE ESTÁ SENDO<br />

DESENHADA NO BRASIL E NO MUNDO. COM TECNOLOGIA E<br />

INOVAÇÃO, OS ITENS SÃO ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS AOS<br />

DE ORIGEM FÓSSIL”<br />

JOSÉ CARLOS DA FONSECA JR, DIRETOR EXECUTIVO<br />

DA IBÁ (INDÚSTRIA BRASILEIRA DE ÁRVORES)<br />

“A<br />

ALEMANHA,<br />

POR EXEMPLO,<br />

ESTÁ EM UMA<br />

ENCRUZILHADA<br />

PELA BUSCA<br />

DE ENERGIA VIA<br />

CARVÃO. TRIPLICOU<br />

O PREÇO DO CARVÃO E<br />

ELES NÃO CONSEGUEM<br />

TRANSPORTAR, POR CAUSA<br />

DA SECA NOS RIOS.<br />

ENTÃO, FORAM BUSCAR GÁS<br />

NO QATAR. UMA CRÍTICA<br />

MINHA AO EMBAIXADOR<br />

ALEMÃO FOI: VOCÊS VÃO<br />

BUSCAR GÁS DE UM PAÍS QUE NÃO<br />

PROTEGE MINORIAS E VÊM AQUI<br />

FALAR DE DESMATAMENTO?”<br />

JOAQUIM LEITE,<br />

MINISTRO DO<br />

MEIO AMBIENTE<br />

“MAIS DO QUE UM IMPORTANTE CRIADOR DE<br />

OPORTUNIDADES DE TRABALHO, A INDÚSTRIA É<br />

RESPONSÁVEL PELA GERAÇÃO DE RIQUEZAS. O SETOR<br />

RESPONDE POR 26% DO PIB (PRODUTO INTERNO<br />

BRUTO) PARANAENSE, O QUARTO MAIOR DO PAÍS,<br />

QUE EQUIVALE A R$ 105,8 BILHÕES. A FIEP ACABA<br />

DE COMPLETAR 78 ANOS DE ATUAÇÃO, COM UMA<br />

HISTÓRIA MARCADA PELO APOIO E A DEFESA DOS<br />

INTERESSES DO SETOR”<br />

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil<br />

CARLOS VALTER MARTINS PEDRO, PRESIDENTE DA<br />

FIEP (FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARANÁ)<br />

“PARA NÓS, ESTAR NO ESPAÇO<br />

INDÚSTRIA DA FIESC É UMA<br />

OPORTUNIDADE PARA MOSTRAR<br />

UM POUCO DO QUE FAZEMOS,<br />

QUE, CERTAMENTE, SE SOMA<br />

À PUJANÇA DA INDÚSTRIA<br />

CATARINENSE”<br />

NEWTON FABRIS, PRESIDENTE<br />

DO CONSELHO CONSULTIVO<br />

DA MENDES MÁQUINAS<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

54 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


ENTREVISTA<br />

DE SANTA CATARINA<br />

PARA O MUNDO<br />

FROM THE STATE OF<br />

SANTA CATARINA<br />

TO THE WORLD<br />

ENTREVISTA<br />

N<br />

ão é de hoje que Santa Catarina desponta no setor<br />

de madeira, como um dos Estados mais importantes<br />

na economia brasileira, em especial, na indústria e<br />

exportação. Líder nacional na exportação de móveis<br />

de madeira, o Estado alcançou a marca de US$ 166,3<br />

milhões em vendas para o exterior no primeiro semestre de 2022.<br />

Mario Cezar de Aguiar é engenheiro civil e empresário. Além de<br />

presidente da FIESC (Federação das Indústrias de Santa Catarina),<br />

Aguiar também preside os conselhos regionais do SESI e do<br />

SENAI, a Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da FIESC<br />

e o Conselho Estratégico para Infraestrutura de Transporte e a Logística<br />

Catarinense. Também é membro dos Conselhos Nacionais<br />

do SESI e do SENAI, do SEBRAE (SC), e é delegado da FIESC junto<br />

à CNI (Confederação Nacional da Indústria). O presidente da<br />

FIESC concedeu entrevista exclusiva à REFERÊNCIA INDUSTRIAL:<br />

t is not today that the State of Santa Catarina emerges as one<br />

I<br />

of the most thriving states in the Forest Product Sector of the<br />

Brazilian economy, especially in its timber processing and exports.<br />

A national leader in the export of wood furniture, the<br />

exports from the State reached the US$ 166.3 million mark in<br />

the first half of 2022. Mario Cezar de Aguiar is a civil engineer<br />

and entrepreneur. In addition to being President of the State of Santa<br />

Catarina <strong>Industrial</strong> Federation (Fiesc), Aguiar also chairs the Sesi and<br />

Senai Regional Councils, the Fiesc Chamber of Transport and Logistics<br />

Affairs, and the State of Santa Catarina Strategic Council for Transport<br />

Infrastructure and Logistics. He is also a member of the Sesi and Senai<br />

National Councils, Sebrae (SC), and is a Fiesc delegate to the National<br />

Industry Confederation (CNI). The Fiesc President granted an exclusive<br />

interview to REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong>:<br />

MARIO CEZAR<br />

DE AGUIAR<br />

CARGO: ENGENHEIRO CIVIL E EMPRESÁRIO DOS SETORES DA<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL E PLÁSTICO. PRESIDE OS CONSELHOS<br />

REGIONAIS DO SESI E SENAI, EM SANTA CATARINA<br />

PRESIDENTE DA FIESC (FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE<br />

SANTA CATARINA)<br />

Foto: Filipe Scotti<br />

FUNCTION: CIVIL ENGINEER, ENTREPRENEUR IN THE BUILDING<br />

CONSTRUCTION AND PLASTIC SECTORS. CHAIR OF THE REGIONAL SESI<br />

AND SENAI COUNCILS IN THE STATE OF SANTA CATARINA<br />

PRESIDENT OF THE OF STATE OF SANTA CATARINA INDUSTRIAL<br />

FEDERATION (FIESC)<br />

56 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


ENTREVISTA<br />

LÍDER NACIONAL NA EXPORTAÇÃO DE<br />

MÓVEIS DE MADEIRA, A INDÚSTRIA CATARI-<br />

NENSE REGISTROU ALTA DE 4,8% NA COM-<br />

PARAÇÃO ENTRE O PRIMEIRO SEMESTRE DE<br />

2021 E 2022. COMENTE ESSE CENÁRIO, PARA<br />

SANTA CATARINA E PARA O PAÍS.<br />

Esse desempenho positivo foi puxado pelo<br />

aumento dos embarques para os EUA (Estados<br />

Unidos da América - 58,2%), Reino Unido (9,3%)<br />

e França (5,7%). Inclusive, o resultado de Santa<br />

Catarina para o primeiro semestre de 2022 foi na<br />

contramão da média nacional que, no mesmo<br />

período, teve queda de 4% no valor exportado.<br />

Nossa produção atende a um mercado consumidor<br />

exigente e o resultado consolida a posição de<br />

destaque da indústria moveleira catarinense no<br />

mercado internacional.<br />

QUAIS AS ORIGENS E OS INCENTIVOS<br />

PARA SE IMPULSIONAR A TRADIÇÃO MOVE-<br />

LEIRA DE MADEIRA EM SANTA CATARINA?<br />

A indústria moveleira é uma das mais tradicionais<br />

em Santa Catarina. Inclusive, muitas empresas<br />

nasceram pequenas, cresceram, e hoje, além de<br />

atenderem o mercado nacional, têm forte presença<br />

no exterior. Na FIESC, por meio das Câmaras da<br />

Indústria Moveleira e Florestal, temos acompanhado<br />

o cenário do setor, debatido os desafios e buscado<br />

soluções. Para citar um exemplo, em março,<br />

firmamos uma parceria com o governo catarinense<br />

para criar o Programa de Desenvolvimento Florestal.<br />

A iniciativa busca ampliar as áreas destinadas<br />

à silvicultura e vai trabalhar em várias frentes para<br />

aumentar a capacidade produtiva, principalmente<br />

de pequenos e médios produtores. Isso é muito<br />

importante para assegurar a matéria-prima necessária<br />

para mantermos o bom desempenho da<br />

cadeia produtiva de base florestal.<br />

A NATIONAL LEADER IN THE EXPORT OF<br />

WOOD FURNITURE, THE STATE OF SANTA CA-<br />

TARINA INDUSTRY RECORDED A 4.8% INCRE-<br />

ASE IN 2022 COMPARED TO THE FIRST HALF<br />

OF 2021. HE COMMENTS ON THIS SCENARIO<br />

FOR THE STATE OF SANTA CATARINA AND<br />

THE COUNTRY:<br />

This positive performance was driven by increased<br />

shipments to the USA (58.2%), the United<br />

Kingdom (9.3%), and France (5.7%). The export<br />

growth results for Santa Catarina for the first half of<br />

2022 were the opposite of those considering the<br />

national average, which, in the same period, had<br />

a 4% drop in the exported value. Our production<br />

serves a demanding consumer market, consolidating<br />

the furniture industry’s prominent position in<br />

the State and international market.<br />

WHAT ARE THE ORIGINS AND INCENTI-<br />

VES TO BOOST THE WOOD FURNITURE TRA-<br />

DITION IN THE STATE OF SANTA CATARINA?<br />

The furniture industry is one of the most<br />

traditional in Santa Catarina. In addition, many<br />

companies were born small, grew, and today, as<br />

well as serving the national market, have a strong<br />

presence abroad. At Fiesc, through the Furniture<br />

and Forestry Industry Chambers, we have followed<br />

the industry scenario, discussed the challenges,<br />

and sought solutions. For example, in March, we<br />

partnered with the Government of Santa Catarina<br />

to create the Forest Development Program. The<br />

initiative aims to expand areas for forestry and<br />

will work on several fronts to increase production<br />

capacity, especially for small and medium-sized<br />

producers. This is very important to ensure the raw<br />

material needed to maintain the performance of<br />

the forest-based production chain.<br />

Há 20 anos no mercado e experiência em diversos<br />

segmentos, a Polecola está presente em 4 países<br />

atuando em soluções com matéria-prima de qualidade.<br />

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o que for necessário para melhorar a sua<br />

linha de produção.<br />

RESULTADOS DE EXPORTAÇÃO DE SANTA CATARINA<br />

NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2022 FORAM NA<br />

CONTRAMÃO DA MÉDIA NACIONAL<br />

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58 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />

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ENTREVISTA<br />

DE QUE FORMA A TECNOLOGIA E A INO-<br />

VAÇÃO TÊM BENEFICIADO ESTE SEGMENTO<br />

DA INDÚSTRIA?<br />

A utilização de tecnologias da Indústria 4.0,<br />

como a automação de processos e o uso de inteligência<br />

artificial vem aumentando a produtividade<br />

do setor. Combinada com a busca por certificações<br />

internacionais e aperfeiçoamentos no design,<br />

são fatores que estão promovendo o aumento da<br />

valorização dos produtos catarinenses no cenário<br />

internacional. Os habitats de inovação, estrategicamente<br />

posicionados em todas as mesorregiões<br />

catarinenses, possibilitam, além de ganhos de<br />

produtividade, também a promoção da sustentabilidade<br />

– um pilar importante desse setor.<br />

ALÉM DA INDÚSTRIA MOVELEIRA, QUE<br />

OUTRAS APLICAÇÕES DA MADEIRA INDUS-<br />

TRIAL TAMBÉM SÃO IMPORTANTES PARA A<br />

FIESC E PARA O ESTADO?<br />

A cadeia do setor de madeira e móveis é extensa<br />

e possui interrelação com diversos outros setores.<br />

Entre os segmentos que estimulam a cadeia<br />

produtiva, a construção civil desempenha papel<br />

importante de absorção de produtos no mercado<br />

interno. Já no mercado externo, principalmente<br />

nas relações comerciais com os EUA (Estados Unidos<br />

da América), foi possível observar um aumento<br />

na demanda por produtos como madeira serrada,<br />

obras de carpintaria e madeira compensada. Esses<br />

produtos são destinados principalmente para o setor<br />

da construção norte-americano, que registrou<br />

recuperação mais acelerada durante os primeiros<br />

impactos da pandemia, auxiliando na retomada da<br />

atividade econômica catarinense em 2020, 2021 e<br />

2022.<br />

O CENÁRIO INTERNACIONAL NESTE ANO,<br />

E NA PERSPECTIVA PARA 2023, É UM INCEN-<br />

TIVADOR PARA OS NEGÓCIOS INTERNACIO-<br />

NAIS?<br />

HOW HAS TECHNOLOGY AND INNOVA-<br />

TION BENEFITED THIS SEGMENT OF THE<br />

INDUSTRY?<br />

Industry 4.0 technologies, such as process automation<br />

and artificial intelligence, have increased<br />

industry productivity. Combined with the search<br />

for international certification and design improvements,<br />

they are factors promoting the increase<br />

in the appreciation of Santa Catarina products<br />

globally. Furthermore, the innovation habitats,<br />

strategically positioned in all mesoregions of Santa<br />

Catarina, also enable the promotion of sustainability<br />

– an essential pillar of this Sector.<br />

IN ADDITION TO THE FURNITURE IN-<br />

DUSTRY, WHAT OTHER INDUSTRIAL TIMBER<br />

APPLICATIONS ARE CRUCIAL FOR FIESC AND<br />

THE STATE?<br />

The timber and furniture chains are extensive<br />

and have an interrelationship with several other<br />

sectors. Among the segments that stimulate the<br />

production chain, civil construction plays a vital<br />

role in absorbing products in the domestic market.<br />

In the foreign market, especially in commercial<br />

relations with the United States, it is possible to<br />

observe an increase in demand for products such<br />

as sawn wood, semi-finished wood products, and<br />

plywood. These products are intended primarily<br />

for the North American Housing Construction Sector,<br />

which recorded a more accelerated recovery<br />

due the impacts of the pandemic, assisting in the<br />

resumption of economic activity in Santa Catarina<br />

in 2020, 2021, and 2022.<br />

ARE THE INTERNATIONAL SCENARIO THIS<br />

YEAR AND THE OUTLOOK FOR 2023 POSSIB-<br />

LE DRIVERS FOR INTERNATIONAL BUSINESS?<br />

The year 2022 is marked by a more restrictive<br />

global scenario than projected, with prospects for<br />

a reduction in international demand. The conflict<br />

ESTUFA PARA<br />

SECAGEM DE MADEIRA<br />

PINUS, EUCALIPTO, MADEIRA NATIVA.<br />

•Capacidade de até 85m 3 por estufa.<br />

•Paredes laterais em alvenaria<br />

•Menor consumo de energia<br />

elétrica do mercado<br />

MESMO BASTANTE TRADICIONAL, A INDÚSTRIA<br />

CATARINENSE APRESENTA FORTE CAPACIDADE<br />

COMPETITIVA, PRODUTIVA E DE INOVAÇÃO<br />

60 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />

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de 35 anos destaque nas<br />

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ENTREVISTA<br />

O ano de 2022 está sendo marcado por um<br />

cenário global mais restritivo do que o projetado<br />

e com perspectivas de redução na demanda internacional.<br />

O conflito no leste europeu e as políticas<br />

de Covid-Zero na China limitaram a recuperação<br />

da economia global, gerando inflação generalizada<br />

entre as principais economias. No entanto,<br />

o Brasil e Santa Catarina registram um cenário de<br />

maior inserção internacional e com crescimento<br />

econômico. Um dos principais motivos é o aumento<br />

das exportações do Estado. Esse desempenho<br />

deve manter um cenário positivo no fechamento<br />

do ano, com perspectivas de manutenção do ciclo<br />

para 2023. A indústria catarinense apresenta forte<br />

capacidade competitiva, produtiva e inovativa.<br />

Pautada pela manutenção de investimentos no<br />

setor produtivo e na competitividade industrial, a<br />

economia do Estado mantém as perspectivas de<br />

registrar um desempenho superior à média nacional.<br />

QUAIS SÃO OS IMPACTOS DA INDÚSTRIA<br />

MOVELEIRA DE MADEIRA PARA A GERAÇÃO<br />

DE EMPREGOS NO ESTADO?<br />

A indústria moveleira de Santa Catarina tem 2,7<br />

mil estabelecimentos e emprega cerca de 30 mil<br />

trabalhadores. Nos primeiros seis meses de 2022,<br />

registrou 230 novas contratações. Além dos empregos<br />

diretos gerados pela atividade, o segmento<br />

cria vagas de forma indireta, com a movimentação<br />

de outros setores da economia. Em termos de<br />

mercado de trabalho, para cada 12 empregos diretos<br />

criados na atividade de fabricação de móveis,<br />

outras 10 vagas são geradas de maneira indireta,<br />

o que ilustra essa forte integração do setor com o<br />

restante da economia catarinense.<br />

in Eastern Europe and the Covid-Zero policies<br />

in China have limited the recovery of the global<br />

economy, generating widespread inflation among<br />

major economies. However, Brazil and the State of<br />

Santa Catarina, in particular, have a scenario with<br />

greater international penetration and economic<br />

growth. One of the main reasons is the increase in<br />

State exports. This performance should maintain<br />

a favorable scenario to the end of the year, with<br />

cycle maintenance prospects for 2023. Santa Catarina<br />

industry has a solid competitive, productive,<br />

and innovative capacity. Guided by the maintenance<br />

of investments in the productive sector and<br />

industrial competitiveness, the State economy<br />

sustains the prospects of performing better than<br />

the national average.<br />

WHAT ARE THE IMPACTS OF THE WOOD<br />

FURNITURE INDUSTRY ON THE GENERATION<br />

OF JOBS IN THE STATE?<br />

The furniture industry in Santa Catarina has 27<br />

hundred producers employing about 30 thousand<br />

workers. In the first six months of 2022, it registered<br />

230 new hires. In addition to the direct jobs<br />

generated by the activity, the segment creates<br />

indirect jobs with the movement of other sectors<br />

of the economy. In terms of the labor market,<br />

for every 12 direct jobs created in the furniture<br />

manufacturing activity, another ten are generated<br />

indirectly, which illustrates this strong integration<br />

of the Sector with the rest of the Santa Catarina<br />

economy.<br />

A INDÚSTRIA MOVELEIRA DE SANTA CATARINA TEM 2,7<br />

MIL ESTABELECIMENTOS E EMPREGA CERCA DE 30 MIL<br />

TRABALHADORES, SÓ NO PRIMEIRO SEMESTRE, REGISTROU 230<br />

NOVAS CONTRATAÇÕES<br />

62 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


COLUNA ABIMCI<br />

A IMPORTÂNCIA DO<br />

ESTUDO SETORIAL 2022 DA ABIMCI<br />

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Paulo Pupo<br />

Superintendente da Associação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente<br />

Contato: abimci@abimci.com.br<br />

A<br />

Abimci lançou em agosto, a edição do Estudo<br />

Setorial - 2022, documento que nos<br />

brinda e retrata a importância e grandeza<br />

do setor de base florestal e madeireiro nacional.<br />

O documento, dividido nos capítulos<br />

Tendências Econômicas, Florestas Industriais, Indústria,<br />

Mercado e Ações Prioritárias do setor, contempla<br />

panoramas atualizados de todo o segmento, apresentando<br />

desde dados socioeconômicos, as contribuições<br />

do setor para a economia brasileira, a balança comercial,<br />

até informações mais específicas de cada segmento de<br />

produto, trazendo uma visão dos cenários mundiais e<br />

nacionais, produção, consumo interno, exportações,<br />

entre outros.<br />

O material é uma importante ferramenta de trabalho<br />

para o dia a dia das empresas, auxiliando em seus planejamentos<br />

e visão de futuro de seus negócios, assim<br />

como para a Abimci, afinal mostra a abrangência de<br />

suas ações para a defesa de interesses, representação<br />

institucional e promoção comercial dos produtos de madeira<br />

no Brasil e no mundo.<br />

O documento reúne e resume de forma objetiva,<br />

informações estratégicas e fundamentais para todos do<br />

setor e, em especial, promove o setor junto ao mercado,<br />

institutos de pesquisa, universidades, imprensa, agentes<br />

financeiros e de investimentos, órgãos de governo e<br />

do legislativo, e demais entidades representativas, as<br />

potencialidades e capilaridade do setor, capacidade<br />

econômica, de investimentos e de geração de emprego<br />

e renda.<br />

Nas abordagens sobre Florestas Industriais, o Estudo<br />

Setorial traz informações sobre florestas nativas e<br />

florestas plantadas, apresentando ambos os cenários<br />

com uma visão geral sobre as florestas no mundo, os<br />

principais países produtores e como está distribuída a<br />

base florestal mundial e a situação atual da produção<br />

florestal. Em relação a cobertura florestal nacional, mostra<br />

os números macro da cobertura florestal nacional,<br />

Foto: divulgação<br />

bem como a cobertura florestal nas principais espécies<br />

de florestas plantadas, com áreas nos principais Estados<br />

produtores.<br />

No capítulo Indústria, o documento mostra o perfil<br />

da indústria brasileira madeireira, seus dados socioeconômicos,<br />

valor bruto da produção, exportações, importações,<br />

o número de empregos e número de empresas<br />

instaladas em cada região do país, que exercem um<br />

papel muito positivo na economia brasileira.<br />

No capítulo que apresenta os números de mercado,<br />

detalha os principais produtos da produção florestal e<br />

madeireira brasileira como Madeira em Tora de Coníferas,<br />

Madeira em Tora de Folhosas, Madeira Serrada de<br />

Coníferas, Madeira Serrada de Folhosas, Compensado<br />

de Coníferas, Compensado de Folhosas, Portas de Madeira,<br />

Molduras, Pisos de Madeira, Pellets de Madeira,<br />

com números de produção, consumo e exportações<br />

nos últimos anos, reforçando o potencial e participação<br />

no mercado internacional dos produtos fabricados pelo<br />

Brasil.<br />

As estratégias de futuro e tendências também são<br />

abordadas no Estudo Setorial com as ações, iniciativas<br />

estratégicas que têm sido realizadas pela Abimci para<br />

auxiliar no desenvolvimento da indústria de produtos de<br />

madeira, assim como a representação política e institucional,<br />

promoção comercial e desenvolvimento técnico<br />

dos produtos de forma a contribuir para a sustentabilidade<br />

nos negócios e aumento da competitividade.<br />

O Estudo Setorial Abimci 2022 mostra uma visão geral<br />

dos cenários e de fatores que impactam as atividades<br />

madeireiras no Brasil e no mundo. Os desafios atuais<br />

são abrangentes e complexos, sejam no âmbito, comercial,<br />

da produção, do suprimento e políticas florestais, os<br />

gargalos logísticos, cenários econômicos, novos investimentos<br />

entre tantos outros temas, sendo um desafio<br />

de todos em superá-los. Com acesso a essa gama de<br />

informações, sem dúvida teremos mais chances e oportunidades<br />

de construirmos, de forma organizada e harmonizada,<br />

ações que venham desenvolver e reforçar os<br />

negócios e a sustentabilidade das empresas madeireiras<br />

e de base florestal do Brasil<br />

Você sabia?<br />

Em 2003, a Abimci firmou<br />

parceria com a BM Trada e desde<br />

então é a entidade gestora<br />

do processo de certificação CE<br />

Marking e representante do órgão<br />

certificador no Brasil para painéis<br />

de compensado de madeira.<br />

HÁ 35 ANOS OFERECENDO SOLUÇÕES EM<br />

SECAGEM, AQUECIMENTO E VENTILAÇÃO.<br />

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MADEIRA (EVS)<br />

QUALIDADE<br />

E EFICIÊNCIA<br />

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64 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


PRINCIPAL<br />

36 ANOS<br />

DE SOLUÇÕES E<br />

EQUIPAMENTOS TÉRMICOS<br />

E<br />

m meio à umidade catarinense, surgia em 1986<br />

uma das maiores empresas de soluções e equipamentos<br />

térmicos, voltada à secagem de madeira.<br />

Presentes em vários Estados do Brasil há 36 anos,<br />

os secadores, estufas e fornos da Contraco são<br />

sinônimo de qualidade e produtividade.<br />

“O custo-benefício é muito bom, com baixo consumo de<br />

material e de energia. A Contraco realmente entrega o que<br />

promete em relação a tempo de secagem e funcionalidades.<br />

É um equipamento simples e de baixo custo operacional. Já<br />

temos relação faz um tempo, porém os equipamentos estão<br />

instalados aqui na empresa há 2 anos. Acredito que o maior<br />

benefício é a entrega da madeira na umidade correta para a<br />

venda, dentro do padrão de horas de secagem, evitando gargalos<br />

na linha de produção”, relata Didier Cesa, proprietário<br />

da Rauber & Cesa, de São Francisco de Paula (RS).<br />

Parte do sucesso da Contraco se deve ao fato da empresa<br />

sempre ter trabalhado com parcerias. “Temos em Curitiba dois<br />

parceiros na fabricação da automação de nossas secadores; a<br />

Digisystem e a Marrari, que proporcionam um monitoramento<br />

a distância das estufas, com acesso remoto e interação em<br />

tempo real. Facilita muito a dinâmica da manutenção técnica,<br />

evitando viagens e deslocamentos desnecessários. Até porque<br />

em alguns casos, basta reiniciar o equipamento”, detalha<br />

Natalino Bonin, diretor da Contraco.<br />

Segundo Natalino, o monitoramento e registro dos acontecimentos,<br />

é muito importante, pois possibilita o diagnóstico<br />

de todo o processo ocorrido durante a secagem. “Isso nos leva<br />

à fonte dos problemas a serem solucionados. Podemos dizer,<br />

pela nossa experiência, que a maioria dos casos de assistência<br />

é decorrente de alguma inconformidade do manejo”, alerta<br />

Natalino.<br />

O empresário destaca, ainda, a importância de se atualizar<br />

com equipamentos modernos e assertivos, que vão de<br />

encontro com as necessidades dos clientes. “Antes tínhamos<br />

equipamentos defasados. Foi pensado muito antes de fazer<br />

o investimento na Contraco, o sistema de troca de ar quente<br />

em relação ao vapor. Mas com certeza acertamos no investimento”,<br />

comemora Didier Cesa.<br />

I<br />

n 1986, amid the State of Santa Catarina’s humidity,<br />

one of the largest companies providing drying solutions<br />

and equipment focused on timber drying. For<br />

36 years, with a presence in several States of Brazil,<br />

Contraco dryers, kilns, and furnaces have been synonymous<br />

with quality and productivity.<br />

Didier Cesa, Owner of Rauber & Cesa in San Francisco<br />

de Paula (RS), affirms, “the cost-benefit is excellent regarding<br />

low material and energy consumption. Contraco delivers<br />

what it promises as to drying times and features. It provides<br />

simple and low-operating cost equipment. We established<br />

a commercial relationship and installed the equipment here<br />

in our company two years ago. I believe that the greatest<br />

benefit is the delivery of timber for our customers with the<br />

correct humidity, within the standard of drying hours, avoiding<br />

bottlenecks in customer production lines.”<br />

Contraco’s success is that the Company has always<br />

worked with partnerships. “In Curitiba, we have created<br />

two partners for the automation of our dryers, Digyssisten<br />

and Marrari, which provide remote monitoring of the kilns,<br />

with remote access and real-time interaction. These greatly<br />

facilitate the dynamics of technical maintenance, avoiding<br />

unnecessary travel and displacement. Because in some<br />

cases, it is just enough to restart the equipment,” details<br />

Natalino Bonin, Director of Contraco.<br />

According to Bonin, monitoring and recording events<br />

are very important because they allow diagnoses of the<br />

entire process that occurred during drying. “This allows us<br />

to pinpoint the source of the problems to be solved. We<br />

can say from our experience that most technical assistance<br />

cases are due to some management non-conformity,” advises<br />

Natalino Bonin.<br />

The Rauber & Cesa Owner also highlights the importance<br />

of updating with modern and assertive equipment which<br />

meets customer needs. “Before, we had much out-of-date<br />

equipment. So, much thought was taken before investing in<br />

Contraco equipment, the hot air exchange system instead<br />

Fotos: Emanoel Caldeira<br />

CONTRACO OFERECE<br />

QUALIDADE EM<br />

SECADORES, ESTUFAS<br />

E FORNOS PARA<br />

SECAGEM DE MADEIRA<br />

THIRTY-SIX YEARS OF<br />

DRYING EQUIPMENT<br />

AND SOLUTIONS<br />

CONTRACO OFFERS QUALITY<br />

DRYERS, KILNS, AND FURNACES<br />

FOR TIMBER DRYING<br />

PIONEIRISMO<br />

Em 1° de outubro de 2022, a Contraco completa 36 anos.<br />

Curiosamente, a origem do nome é: conserto de tratores e<br />

colheitadeiras. Segundo Natalino Bonin, ele trabalhava em um<br />

banco, e veio para gerenciar uma oficina com dois funcionários.<br />

“Logo em seguida, começamos a trabalhar com duas grandes<br />

empresas, que compraram nossos primeiros ventiladores para<br />

os barracões, e tubulação de secadores de fumo. Em 1988, fiz<br />

sociedade com dois cunhados e adquirimos a Contraco. Dessa<br />

experiência com ventiladores e tubulação de aquecimento com<br />

as empresas, fizemos os primeiros secadores de madeira, ainda<br />

bem rústicos”, relata.<br />

A partir desse momento e das exigências do mercado,<br />

a Contraco foi desenvolvendo seus equipamentos. Além da<br />

manutenção agrícola e industrial, a empresa foi migrando<br />

para a fabricação própria. “Secador de madeira tinha aquele<br />

tradicional a vapor, e o de ventilação lateral. Com ventilação<br />

superior e sem uso de caldeira, ninguém fabricava. Começa-<br />

66 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022 SETEMBRO 2022 67


PRINCIPAL<br />

mos a desbravar isso nos anos seguintes. No início, a gente<br />

adaptava muitas coisas, fugíamos da caldeira, pois é cara, tem<br />

muita responsabilidade técnica pela pressão e riscos. E tinha<br />

gente com estrutura, precisava da estufa, e nos buscavam para<br />

instalar um trocador. Por um tempo, fomos aprimorando aquele<br />

sistema de aquecimento”, explica Natalino.<br />

MUITOS FUNCIONÁRIOS<br />

ESTÃO CONOSCO HÁ MAIS<br />

DE 10, 20, 30 ANOS. INVESTIMOS NA<br />

FORMAÇÃO DE MÃO DE OBRA, QUE<br />

ATENDE AS NOSSAS DEMANDAS NOS<br />

MAIS DIVERSOS SETORES DE NOSSA<br />

PRODUÇÃO<br />

NATALINO BONIN, DIRETOR DA CONTRACO<br />

of using steam. But we certainly got the investment right,”<br />

says Rauber & Cesa’s Cesa.<br />

PIONEERING<br />

On October 1, 2022, Contraco turns 36. Interestingly,<br />

the origin of the name comes from “repair of tractors and<br />

harvesters” (in Portuguese). According to Bonin, while<br />

working in a bank, he started running a workshop with two<br />

employees. “Soon after, the workshop started working with<br />

two large companies, which bought our first fans and tubing<br />

for their tobacco drying sheds. In 1988, I created a partnership<br />

with two brothers-in-law and acquired Contraco. From<br />

this experience with fans and tubing with the companies,<br />

we made our first timber dryers, still very rustic,” he says.<br />

From that moment on, Contraco starting evolving its<br />

equipment due to market requirements. In addition to<br />

agricultural and industrial maintenance, the Company was<br />

migrating to its own manufacturing. Up to then, traditional<br />

timber dryers used steam and side ventilation. So, we<br />

started to explore systems with superior ventilation and no<br />

boilers that no one manufactured in the years that followed.<br />

Although, in the beginning, we modified many things. We<br />

started with the boiler because it was expensive, had the<br />

technical responsibility for pressure, and had many risks.<br />

And there were people with structures who needed kilns and<br />

DIFERENCIAL NO MERCADO<br />

Desde 2008, quando a segunda geração da família entrou<br />

na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), a Contraco<br />

deu início a produção dos trocadores nos modelos atuais, diferencial<br />

no mercado. “Aproveitamos a experiência acadêmica<br />

dos nossos filhos, que estudaram na UFSC. É tudo patenteado e<br />

específico, um diferencial entre secadores de madeira, que não<br />

utilizam caldeira. Nosso trocador tem potência para atender<br />

perfeitamente as necessidades da secagem”, atesta o diretor.<br />

Natalino Bonin destaca que seu filho Daniel estudou a área<br />

de aquecimento de secador no mestrado. “Isso melhorou muito<br />

a performance, batendo o secador a vapor. O equipamento<br />

é o mesmo, o que muda é o trocador de calor no lugar da<br />

caldeira. Mas o ventilador, os sensores, a saída de umidade, é<br />

tudo o mesmo equipamento.”<br />

Ao todo, são três os filhos engenheiros de Natalino, formados<br />

pela UFSC. Cada um em uma área: a Luiza Engenheira de<br />

Materiais e pesquisadora, fez doutorado na Bélgica; o Daniel<br />

fez engenharia de produção e dissertação de mestrado sobre<br />

secador de madeira e queima de biomassa; e o Eduardo é engenheiro<br />

mecânico, que mais tem aplicado a parte acadêmica<br />

com a nossa prática na empresa.<br />

“A gente sempre relacionava a vivência na universidade e<br />

na empresa, o que nos dava uma visão diferente. Trabalhava<br />

no laboratório de ciências técnicas e aplicava em clientes que<br />

utilizavam equipamentos da Contraco, como secadores de<br />

madeira. Nos últimos 10 anos, impulsionamos os secadores a<br />

partir desse aprendizado em nossas formações acadêmicas.<br />

Sempre tivemos apoio dos professores e pesquisadores da<br />

UFSC, que são parceiros até hoje para aprimorarmos os equipamentos”,<br />

elogia Eduardo Bonin, engenheiro responsável<br />

pela Contraco e filho de Natalino.<br />

Com 40 funcionários, a Contraco terceiriza apenas alguns<br />

processos que podem ser abertos. “Já trazemos materiais<br />

cortados, praticamente como uma montadora, resguardando<br />

na empresa a essência da linha de produção. E temos baixa<br />

rotatividade, muitos funcionários estão conosco há mais de<br />

10, 20, 30 anos. Investimos na formação de mão de obra, que<br />

atende as nossas demandas nos mais diversos setores de<br />

nossa produção.”<br />

DIFERENCIAIS DO PRODUTO<br />

Preocupada com a sustentabilidade e questões ambientais,<br />

a Contraco oferece em seus secadores um sistema de retenção<br />

de partículas, no intuito de mitigar a emissão de “fuligem”<br />

para a atmosfera. “Oferecemos esse filtro de saída, de retenção<br />

de partículas, para esse aspecto ambiental. Depende<br />

da biomassa queimada, o equipamento da forma original já<br />

atende as questões ambientais, porém com opcional de filtro<br />

multiclone, a estufa fica preparada para queima de combustíveis<br />

de menor valor agregado como, por exemplo, serragem<br />

granulada, que muitas vezes é um passivo para a madeireira’’,<br />

explica Eduardo Bonin.<br />

Na linha de secadores, o sistema de alimentação da empresa<br />

é outro diferencial. “Antigamente, era necessário encher um<br />

pequeno reservatório manualmente. Hoje, temos uma rosca<br />

alimentadora, que permite a auto alimentação, diretamente<br />

do solo com uma moega simples. Ergonomicamente é muito<br />

melhor, o equipamento ganha autonomia e se alimenta sozinho,<br />

sem aquele operador enchendo carrinho com trabalho<br />

braçal. O operador acaba monitorando do que efetivamente<br />

operando, o que muda o perfil dos clientes”, elogia Natalino.<br />

Com sede em Agrolândia (SC), a ADS Florestal é uma das<br />

empresas que utiliza o secador industrial da Contraco. “Em setembro,<br />

vai fazer um ano que estamos usando o equipamento.<br />

Hoje, levamos 70h (horas) para secar 60 m 3 (metros cúbicos),<br />

mesma quantidade de madeira que antes levávamos 20 dias,<br />

no verão, e de 30 a 45 dias na umidade do inverno”, compara<br />

were looking for us to install a heat exchanger. So, we just<br />

improved their heating system,” explains Natalino Bonin.<br />

MARKET DIFFERENTIAL<br />

In 2008, when the second generation of the family started<br />

school at the Federal University of Santa Catarina (Ufsc),<br />

Contraco started the production of the current models of<br />

heat exchangers, different from those in the market. “We<br />

took advantage of our children’s academic experience, who<br />

had studied at Ufsc. It is all patented and specific, a differential<br />

in timber dryers, which do not use a boiler. Our heat<br />

exchanger has the power to meet drying needs perfectly,”<br />

attests Natalino Bonin.<br />

Bonin points out that his son Daniel studied dryer heating<br />

for his Master’s degree. “This greatly improved the<br />

performance by beating the steam dryer. The equipment is<br />

the same. What changes is the heat exchanger in place of<br />

a boiler. But the fan, the sensors, and the humidity output<br />

all use the same equipment.<br />

In all, Natalino Bodin’s three children Ufsc engineers<br />

are working with him. Each in an area: Luiza, Materials Engineer<br />

and researcher with her Ph.D. from Belgium; Daniel,<br />

graduate in Production Engineering and Master’s in timber<br />

drying and biomass burning; and Eduardo, a Mechanical<br />

Engineering graduate, who has used his studies in the<br />

Company the most.<br />

“We always related to our university and company<br />

experience, which gave us a different view. I worked in the<br />

technical science lab and applied it to customers who used<br />

Contraco equipment, such as timber dryers. Over the past<br />

ten years, we have produced dryers based on our academic<br />

backgrounds. We have always had the support of Ufsc professors<br />

and scientists, who are partners to this day in equipment<br />

improvements,” acclaims Eduardo Bonin, Engineer<br />

responsible for Contraco and son of Natalino.<br />

With 40 employees, Contraco outsources only a few processes<br />

that can be public. “We already bring cut materials,<br />

practically like an automaker, keeping the essence of the<br />

production line in-house. And we have low turnover, many<br />

employees have been with us for over 10, 20, 30 years. We<br />

invest in employee training to meet our demands in the<br />

most diverse sectors of our production.”<br />

PRODUCT DIFFERENCES<br />

Concerned with sustainability and environmental issues,<br />

Contraco offers a particle retention system in its dryers to<br />

mitigate “soot” emissions to the atmosphere. “We offer<br />

this output filter, particle retention, for the environmental<br />

aspect. But, of course, it depends on the biomass burned.<br />

The equipment in its original form already meets environmental<br />

issues. But with the optional multi-clone filter, the<br />

kiln is prepared for burning fuels of lower added value,<br />

such as rough sawdust, which is often a waste product from<br />

sawmills,” explains Eduardo Bonin.<br />

The Company’s feed system is another differential in<br />

the line of dryers. “In the olden days, it was necessary to fill<br />

a small reservoir manually. Today, we have a screw feeder,<br />

which allows for self-feeding directly from the ground with<br />

a simple grinder. Ergonomically it is much better. The equi-<br />

68 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />

SETEMBRO 2022 69


PRINCIPAL<br />

SEDE ANTIGA DA CONTRACO<br />

PRIMEIRA ESTUFA DA CONTRACO<br />

Rodrigo Maas, gerente industrial da ADS Florestal.<br />

A biomassa do cavaco possui muitas utilidades na geração<br />

de energia, inclusive na indústria madeireira. É o caso dos secadores<br />

da Contraco, que podem ser alimentados por cavaco<br />

para acelerar a secagem, como acontece na ADS Florestal.<br />

Além de dar bom uso ao resíduo orgânico, a prática ainda impulsiona<br />

a geração de energia. “A maioria dos nossos clientes<br />

é do sudeste, temos unidade de processamento, a floresta<br />

de pinus e o transporte, fazemos de ponta a ponta todo o<br />

processo. Nossa preocupação é atender o cliente dentro do<br />

prazo de entrega combinado, por isso é importante o uso dos<br />

secadores”, enaltece Maas.<br />

pment has autonomy and automatically feeds without an<br />

operator filling the cart manually. The operator only monitors<br />

what is effectively operating, which changes the customers’<br />

profile,” praises Bonin.<br />

Based in Agrolândia (SC), ADS Florestal is one of the<br />

companies that use Contraco’s industrial dryer. “In September,<br />

it will be a year since we started using the equipment.<br />

Today, it takes us 70 hours to dry 60 m3, the same amount of<br />

wood that used to take 20 days in the summer and 30 to 45<br />

days in the winter,” says Rodrigo Maas, <strong>Industrial</strong> Manager<br />

for ADS Florestal.<br />

Chip biomass has many uses in energy generation,<br />

including in the forest product industry. This is the case of<br />

Contraco dryers, where chips can be feed to accelerate<br />

drying, as in ADS Florestal. In addition to providing a better<br />

use for organic waste, the practice even boosts energy<br />

generation. “Most of our customers are from Southeastern<br />

Brazil, where we have a processing unit, a pine forest, and<br />

our shipping facilities; we carry out the whole process from<br />

beginning to end. Our concern is to serve the customer<br />

within the combined delivery time, so it is important to use<br />

the dryers,” highlights Maas.<br />

VENDAS EM ALTA<br />

Entre o final de 2020 e o início de 2022, o crescimento de<br />

produção da Contraco disparou, diante da alta do dólar, do<br />

aquecimento nas exportações e demandas do mercado. “Foi<br />

bem alto, pela necessidade de retomada da indústria madeireira.<br />

Hoje já estabilizou, mas estamos vendendo para entrega<br />

em 2023, salvo raras exceções. Foram muitos os pedidos nos<br />

últimos 2 anos, a ponto de ter esse tempo de espera para a<br />

entrega dos secadores, fornos e estufas. Tanto que tivemos<br />

que contratar mais funcionários, para produzir de cinco a seis<br />

estufas por mês. Até 4 anos atrás, fazíamos duas estufas por<br />

mês. Já chegamos a ponto de fazer 10 estufas por mês durante<br />

a pandemia, trabalhando a noite. O prazo hoje gira em torno<br />

de 150 dias”, enumera Eduardo Bonin.<br />

Reconhecida no mercado de todo o país, a Contraco ainda<br />

tem parceria com o cliente que comprou seu primeiro secador.<br />

“Foi vendido para o nosso vizinho, o empresário Aldo Bogo,<br />

da fábrica de móveis Bogo. O secador durou uns 20 anos, até<br />

quando a empresa mudou sua área de atuação”, orgulha-se<br />

Natalino.<br />

“A estufa da Contraco foi sendo aperfeiçoada com o<br />

tempo, hoje eles atendem o Brasil inteiro. Elas secam igual as<br />

estufas a vapor, são muito boas. Somos parceiros há muitos<br />

anos, todos os exaustores da nossa fábrica foram criados pela<br />

Contraco também”, conta Aldo Bogo.<br />

A linha do tempo da Contraco também traz uma história<br />

de superação. Em 2011, a empresa enfrentou uma enchente<br />

terrível que afetou toda a região do Vale do Rio Itajaí. “Antes<br />

disso, somente em 1983 havia tido algo parecido, mas com<br />

menor volume de água. Mas como a Contraco é de 1986, foi<br />

a primeira enchente de grande porte que entrou na fábrica.<br />

A gente precisou lavar e secar as máquinas depois da chuva<br />

e muitas não funcionaram mais. Foi um prejuízo enorme, ficamos<br />

20 dias parados, arrumando a empresa. Atrasou entrega,<br />

recebimento, tudo”, relata Natalino.<br />

The timber dried using Contraco kilns primarily serves<br />

the Brazilian export market, principally to Europe, Asia, and<br />

the USA. It also serves the furniture and packaging industry,<br />

such as for pallets as well as for housing construction. “In<br />

terms of volume, we serve customers from all over Southern<br />

Brazil in the sale of dryers. But we have customers throughout<br />

the Country, in states such as Mato Grosso, Bahia, Acre, and<br />

Minas Gerais. Also, in Honduras, Venezuela, and Argentina.<br />

Customers are more from the South due to the more humid<br />

climate, which needs drying,” explains Natalino Bonin.<br />

HIGHER SALES<br />

Between the end of 2020 and the beginning of 2022,<br />

Contraco’s production growth skyrocketed, in the face of<br />

the high dollar, from the heating-up of exports and market<br />

demands. “Growth was very high due to the need to supply<br />

the rebounding timber industry. Today, demand has<br />

stabilized, but we are still selling for delivery in 2023, with<br />

rare exceptions. Over the last two years, the many orders<br />

have resulted in a longer waiting time to deliver the dryers,<br />

kilns, and furnaces. So much so that we had to hire more<br />

employees to produce five to six kilns a month. Up to four<br />

years ago, we used to produce two kilns a month. We’ve<br />

already come to the point of making ten kilns a month during<br />

the pandemic, working at night. Delivery time today is<br />

around 150 days,” enumerates Eduardo Bonin.<br />

Recognized in the market throughout the Country, Contraco<br />

still has a partnership with the customer who bought<br />

its first dryer. “It was sold to our neighbor, businessman Aldo<br />

Bogo, for the Bogo furniture factory. The dryer lasted about<br />

20 years when the Company changed its area of operation,”<br />

Natalino Bonin says proudly.<br />

“Contraco kilns was being perfected over time. Today,<br />

they serve the whole of Brazil. They dry like steam kilns, and<br />

they do an excellent job. We have been partners for many years.<br />

Contraco made all the hoods in our factory,” says Bogo.<br />

Contraco’s timeline also brings a story of overcoming<br />

challenges. In 2011, the Company faced a terrible flood<br />

that affected the entire Itajaí River Valley Region. “In 1983,<br />

something similar happened, but with a smaller volume of<br />

water. But since Contraco started in 1986, it was the first<br />

large deluge to flood the factory. We had to wash and dry<br />

the machines after the rain, and many did not work anymore.<br />

It was a huge loss, we spent 20 days cleaning-up up<br />

the Company. Deliveries were delayed as well as receipts,<br />

everything,” says Natalino Bonin.<br />

PRODUTIVIDADE<br />

Natalino Bonin conta que algumas grandes empresas<br />

utilizam de cinco a dez estufas da Contraco, sendo que antes<br />

atendiam clientes que precisavam de no máximo três estufas.<br />

“Ampliamos o alcance de atendimento para as grandes<br />

empresas, além de continuar atendendo as menores. Hoje a<br />

limitação dos pedidos depende do tamanho dos caminhões<br />

para transporte: por exemplo, nos pedem uma estufa que<br />

possa encher dois caminhões de madeira verde e um caminhão<br />

de madeira seca. O que antes ocupava dois caminhões, hoje<br />

vai em um só. Baixa peso, aumenta economia. Imagina o frete<br />

PRODUCTIVITY<br />

de uma viagem de Santa Catarina até a Bahia, ou até Brasília,<br />

Natalino Bonin states that some large companies use five<br />

levando 50 m 3 ao invés de 25 m 3 ”, destaca o diretor.<br />

up to ten Contraco kilns, whereas previously, we used to serve<br />

customers who used a maximum of three kilns. “We have<br />

A madeira secada pelas estufas Contraco atende em grande<br />

A ESTUFA DA CONTRACO FOI<br />

parte o mercado brasileiro de exportação para Europa, Ásia e expanded our services to large companies and continue to<br />

EUA (Estados Unidos da América). Também a indústria moveleira<br />

e de embalagens, como os paletes, e a construção civil. on the size of the trucks used for transport: for example, we<br />

serve smaller ones. Today, the limitation of orders depends<br />

SENDO APERFEIÇOADA COM O<br />

TEMPO, HOJE ELES ATENDEM O BRASIL<br />

“Em termos de volume, na venda de secadores, atendemos are asked for a kiln that can fill two trucks of green wood and<br />

clientes de toda a região sul. Mas temos clientes espalhados one dry wood truck. What used to occupy two trucks, today<br />

INTEIRO. ELAS SECAM IGUAL AS ESTUFAS<br />

pelo país, em Estados como Mato Grosso, Bahia, Acre e Minas uses one. Low weight increases savings. Imagine the freight<br />

A VAPOR, SÃO MUITO BOAS. SOMOS<br />

Gerais. Também em Honduras, na Venezuela e na Argentina. of a trip from Santa Catarina to Bahia, or Brasilia, taking 50<br />

Os clientes acabam sendo mais do sul pelo clima úmido, que m3 instead of 25 m3”, highlights the Director.<br />

PARCEIROS HÁ MUITOS ANOS<br />

necessita mais da secagem da madeira”, explica Natalino.<br />

ALDO BOGO, EMPRESÁRIO MOVELEIRO<br />

70 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />

SETEMBRO 2022 71


LEGISLAÇÃO<br />

A LGPD<br />

E O MONITORAMENTO DE<br />

DADOS CORPORATIVOS<br />

Fotos: divulgação<br />

TEMÁTICA FOI ABORDADA<br />

PELO ADVOGADO RAFAEL<br />

MELLO NO ÚLTIMO<br />

ENCONTRO DA ACIMDERJ<br />

O<br />

encontro dos associados da ACIMDERJ<br />

(Associação do Comércio e Indústria de<br />

Madeiras e Derivados do Estado do Rio<br />

de Janeiro) foi realizado de forma presencial<br />

pelo presidente Wadson Werly,<br />

no início de agosto. Na reunião, o advogado<br />

Rafael Mello, sócio do Bauly, Matos e Mello<br />

Advogados, apresentou importantes orientações jurídicas<br />

trabalhistas envolvendo questões como: desvio<br />

e realocação de funções, licenças, entre outros temas<br />

como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).<br />

“Na ocasião, também contamos com a participação<br />

de representantes das empresas Mapaf Portas e Esquadrias<br />

Jomadi. Agradecemos aos presentes que<br />

qualificaram nosso encontro e contamos com todos<br />

no próximo encontro, dia 19 de setembro”, valorizou<br />

Wadson Werly a presença dos associados.<br />

72 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />

SETEMBRO 2022 73


LEGISLAÇÃO<br />

LGPD<br />

Com a vigência da LGPD (lei 13.709/18), as relações<br />

jurídicas regidas pelos mais diversos ramos do<br />

Direito pátrio tiveram que se adaptar a um novo e<br />

importante mandamento: a proteção dos dados. “É<br />

um tema que, volta e meia é discutido no âmbito trabalhista.<br />

Até que ponto o exercício do poder diretivo<br />

patronal permite o acesso ao teor das comunicações<br />

realizadas pelo trabalhador via aplicativos de mensagens<br />

instantâneas e e-mails? A lei 13.709/18, com redação<br />

alterada pela lei 13.853/19, é um marco importantíssimo,<br />

quanto ao tratamento de dados pessoais<br />

de empregados, a nova legislação busca garantir, por<br />

ocasião do tratamento de dados obtidos por qualquer<br />

meio, o respeito à privacidade, à inviolabilidade<br />

da intimidade, da honra e da imagem, aos direitos<br />

humanos, ao livre desenvolvimento da personalidade,<br />

à dignidade e o exercício da cidadania (artigo 2º,<br />

I, III e VII) sem prejudicar os direitos à liberdade de<br />

expressão, à informação, à comunicação, à opinião,<br />

ao desenvolvimento econômico, tecnológico e à inovação,<br />

à livre iniciativa, à livre concorrência e à defesa<br />

do consumidor”, explica Rafael Mello.<br />

A LGPD se insere nesse contexto, que permitiria<br />

o monitoramento pelo empregador dos e-mails e<br />

das redes sociais (a exemplo do whatsApp, telegram,<br />

snapchat, instagram e facebook) utilizados pelos<br />

seus empregados. “O monitoramento é permitido,<br />

somente sobre os veículos de comunicação utilizados<br />

de forma corporativa. Em nenhuma hipótese poderá<br />

haver monitoramento dos e-mails e de qualquer comunicação<br />

privada mantida em redes sociais, como o<br />

whatsapp, dos empregados. Não tendo nenhuma relação<br />

com o ambiente corporativo”, alerta o advogado.<br />

Desta forma, sugerimos aos empregadores que<br />

ponham tais informações nos contratos de trabalho<br />

que venham a ser celebrados, bem como, esclareçam<br />

através de comunicados, circulares, o uso consciente<br />

das ferramentas corporativas de comunicação e seu<br />

monitoramento.<br />

AS RELAÇÕES DO DIREITO<br />

E DOS NEGÓCIOS TIVERAM<br />

QUE SE ADAPTAR A UM NOVO<br />

MANDAMENTO: A PROTEÇÃO DOS<br />

DADOS<br />

74 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


MARCENARIA<br />

DESIGN<br />

DE MADEIRA SOB MEDIDA<br />

PACAJÁ MÓVEIS INVESTE EM PEÇAS EXCLUSIVAS<br />

CRIADAS POR ARTISTAS MOVELEIROS<br />

Fotos: divulgação<br />

76 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />

SETEMBRO 2022 77


MARCENARIA<br />

nativa da Fazenda Pacajá, localizada no município de<br />

Portel (PA). A movelaria atua tanto no desenvolvimento<br />

de peças próprias, como também, na execução<br />

de projetos exclusivos apresentados por arquitetos e<br />

designers, atendendo a demanda do mercado de produtos<br />

orgânicos e exclusivos.<br />

- De onde surgiu a ideia da marcenaria arte, ou<br />

marcenaria de maior valor agregado?<br />

Todas as peças são desenhadas pela mão da natureza,<br />

apresentando seu designer natural orgânico e<br />

exclusivo. Nunca uma peça será igual a outra, e isso<br />

carrega um grande valor. São verdadeiras obras de<br />

arte assinadas pela natureza, e o nosso papel é proporcionar<br />

que a Amazônia em sua essência faça cada<br />

vez mais parte da vida das pessoas, mas sem prejudicar<br />

o meio ambiente.<br />

- Como tem sido a demanda dos clientes da<br />

Pacajá?<br />

Temos clientes do Brasil todo e exterior, que buscam<br />

na Pacajá Móveis um produto de madeira, que<br />

possui procedência certificada, garantindo um consumo<br />

sustentável e que contribui para a manutenção da<br />

floresta em pé. Essa garantia é o que traz segurança<br />

para os nossos clientes de uma aquisição consciente.<br />

- Quais designers já fizeram trabalhos com a<br />

Pacajá?<br />

O trabalho mais recente e significativo que temos<br />

é a parceria feita com Érico Gondim, designer de<br />

Fortaleza que possui uma vasta experiência no desenvolvimento<br />

de produtos orgânicos e sustentáveis. Em<br />

breve teremos uma linha de peças assinada por ele,<br />

que traz toda a nossa riqueza amazônica para peças<br />

inspiradoras e exclusivas.<br />

- Quais os móveis e peças mais pedidos? Que<br />

tipos de madeira são as mais solicitadas?<br />

As peças que têm maior procura são as mesas com<br />

designer orgânico, especialmente as das espécies Piquiá<br />

e Angelim Pedra. Além disso, o que também faz<br />

muito sucesso são os souvenirs, como porta-copos e<br />

tábuas orgânicas.<br />

R<br />

econhecida por sua linha de móveis com<br />

origem 100% amazônica, oriundos de<br />

manejo florestal sustentável da Fazenda<br />

Pacajá, no Pará, a Pacajá Móveis vem<br />

investindo nos últimos anos em peças exclusivas<br />

criadas por artistas e designers moveleiros.<br />

“A madeira Acapú é uma das espécies a qual trabalhamos<br />

com a madeira de demolição existente na<br />

Fazenda Pacajá para o desenvolvimento de diversas<br />

peças. Esta espécie tem uma particularidade única em<br />

sua coloração, sendo pardo-avermelhado-escura e trazendo<br />

um contraste com filetes mais claros”, explica<br />

Luciana di Paula, executiva de Florestas da movelaria<br />

Algar Farming.<br />

Na entrevista a seguir, Luciana detalha o processo<br />

de atuação de criação de peças de design de madeira<br />

sob medida.<br />

- A Pacajá Móveis tem uma área de atuação em<br />

que oferece as madeiras nativas para serem feitas<br />

peças exclusivas de artistas moveleiros. Como funciona<br />

esse processo?<br />

Somos uma empresa que só trabalha com madeiras<br />

nobres e nativas, proveniente de resíduo de manejo<br />

florestal sustentável certificado realizado na floresta<br />

78 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />

SETEMBRO 2022 79


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

SUCESSO EM 2021, O PAINÉL PANORAMA DA<br />

MADEIRA RETORNA PARA ESTA EDIÇÃO COM<br />

NOVOS PARTICIPANTES E O MAIS ALTO NÍVEL DE<br />

CONHECIMENTO SOBRE O SETOR<br />

O<br />

Prêmio REFERÊNCIA do ano passado foi<br />

um grande sucesso de audiência e teve<br />

a primeira edição do Painel Panorama da<br />

Madeira como palco de estreia. Neste<br />

ano, na vigésima edição do prêmio, que<br />

é a grande festa do setor de base florestal, irá celebrar<br />

vinte empresas que mais se destacaram em 2022, o<br />

painel volta com especialistas do setor para apresentar<br />

o que há de mais importante em suas áreas de atuação.<br />

O painél no ano passado teve a presença de Eduardo<br />

Leão, ex-presidente da AIMEX (Associação das<br />

Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do<br />

Pará), Rafael Mason, presidente do CIPEM (Centro das<br />

Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do<br />

Estado de Mato Grosso), e Álvaro Scheffer, ex-presidente<br />

da APRE (Associação Paranaense de Produtores<br />

Florestais).<br />

Para 2022 o retorno de Rafael Mason já está garantido.<br />

O presidente do CIPEM fará sua participação<br />

no Painel Panorama da Madeira tratando do tema:<br />

Mercado da madeira nativa de Mato Grosso. Rafael é<br />

engenheiro florestal formado pela UFMT (Universidade<br />

Federal de Mato Grosso), sócio da SM Laminados Importação<br />

e Exportação LTDA e tem grande experiência<br />

no campo do manejo florestal.<br />

O segundo participante confirmado é o pesquisador<br />

da EMBRAPA Florestas (Empresa Brasileira de Pesquisa<br />

Agropecuária), Evaldo Muñoz Braz. Evaldo trará<br />

para o painel o tema: A prática do manejo sustentável<br />

de florestas naturais. O pesquisador é formado, mestre<br />

e doutor em engenharia florestal pela UFSM (Universidade<br />

Federal de Santa Maria), já participou de levantamentos<br />

florestais nos Estados do Amazonas, Acre e<br />

Roraima. Suas principais experiências são nas áreas de<br />

recursos florestais e engenharia florestal, com ênfase<br />

80 www.referenciaflorestal.com.br referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />

SETEMBRO Setembro 2022 81


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

DA INDÚSTRIA<br />

À SOCIEDADE<br />

Os produtos madeireiros estão<br />

presentes no dia a dia das pessoas<br />

trazendo segurança, aconchego e<br />

beleza às construções.<br />

no manejo de florestas naturais na Floresta Amazônica.<br />

O terceiro participante confirmado é o atual diretor<br />

técnico da AIMEX, Deryck Pantoja Martins, que assumiu<br />

recentemente o cargo na associação. O tema de<br />

sua apresentação será: A exportação de madeira brasileira.<br />

Deryck é engenheiro florestal formado pela UFRA<br />

(Universidade Rural da Amazônia), tem mestrado em<br />

desenvolvimento sustentável e agriculturas amazônicas<br />

pela UFPA (Universidade Federal do Pará). Antes de<br />

assumir a AIMEX foi secretário de Meio Ambiente de<br />

Belém (PA) entre 2015 e 2017 e é também assessor da<br />

FIEPA (Federação das indústrias do Estado do Pará).<br />

O painél ainda deve contar com mais um convidado,<br />

que será revelado na próxima edição da revista.<br />

Acompanhem nossa publicação e nossas redes sociais<br />

para saber em primeira mão quem é o participante<br />

que fechará o time do Painel Panorama da Madeira<br />

2022.<br />

O EVENTO<br />

O Prêmio REFERÊNCIA 2022 é organizado pela<br />

Jota Editora, responsável pelas revistas REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL, REFERÊNCIA INDUSTRIAL DA MADEIRA,<br />

REFERÊNCIA CELULOSE&PAPEL, REFERÊNCIA PRO-<br />

DUTOS DE MADEIRA e REFERÊNCIA BIOMAIS. A edição<br />

deste ano conta com os patrocínios de: ACIMDERJ,<br />

AIMEX, CIPEM, DRV FERRAMENTAS, EFFISA, INOX<br />

CONEXÕES, MONTANA QUÍMICA, MSM QUÍMICA e<br />

REMSOFT.<br />

A premiação será realizada no dia 29 de novembro<br />

às 19h (horas), em Curitiba (PR). Além dos vencedores e<br />

convidados, esse ano o evento é aberto para o público<br />

geral. Estão disponíveis alguns ingressos de um lote<br />

limitado de convites para os interessados em participar<br />

do evento que dará direito a toda a programação da<br />

noite: Painél Panorama da Madeira, Prêmio REFERÊN-<br />

CIA e do jantar que acontecerá logo após o término da<br />

cerimônia, com cardápio de massas especiais e bebidas<br />

não alcoólicas liberadas. Abaixo, os interessados têm os<br />

canais para solicitar mais informações e também adquirir<br />

os ingressos para a noite do evento.<br />

PRÊMIO REFERÊNCIA 2022<br />

Data: 29/11/2022<br />

Horário: 19h (horas)<br />

Local: Restaurante Porta Romana – Curitiba (PR)<br />

Informações e ingressos para o evento:<br />

comercial@revistareferencia.com.br ou<br />

(41) 99968-4617<br />

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82 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


ESTUDO<br />

ABIMCI LANÇA ESTUDO<br />

COM NÚMEROS DO SETOR<br />

INDUSTRIAL MADEIREIRO<br />

ESTUDO SETORIAL APRESENTA PANORAMA<br />

MADEIREIRO NO BRASIL, MOSTRANDO<br />

OS NÚMEROS DO MERCADO INTERNO E<br />

EXPORTAÇÕES DO SETOR<br />

Fotos: divulgação / Abimci<br />

84 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />

SETEMBRO 2022 85


ESTUDO<br />

tre os produtos de madeira sólida que mais se destacam<br />

nas exportações brasileira estão: compensado<br />

de coníferas, madeira serrada de coníferas, molduras,<br />

portas de madeira, madeira serrada de folhosas, pisos<br />

e pellets.<br />

No que refere a base florestal mundial, o Estudo<br />

Setorial mostra que atualmente, as florestas no<br />

mundo ocupam 4,0 bilhões de ha (hectares), sendo<br />

3,74 bilhões de ha de nativas (93% do total) e 291 milhões<br />

de ha (7%) de plantadas. “O Brasil possui 12%<br />

do total mundial de cobertura florestal, ou seja 495<br />

milhões de ha, o que correspondem a 60% do nosso<br />

território. Desta área, 485,4 milhões de ha (98,1%)<br />

são de florestas nativas e 9,5 milhões de ha (1,9%) de<br />

florestas plantadas, principalmente com as espécies<br />

eucalipto (7,5 mi de ha) e pinus (1,7 mi de ha). Estas<br />

florestas são a base de suprimento da produção da<br />

indústria de madeira processada mecanicamente”,<br />

pontua o presidente.<br />

Segundo o superintendente da Abimci, Paulo<br />

Pupo, os dados apresentados no Estudo Setorial<br />

Abimci 2022 mostram uma visão geral dos cenários<br />

e fatores que impactam as atividades madeireiras no<br />

Brasil e no mundo. “Eles nos permitem compreender<br />

os desafios atuais, que são abrangentes e complexos,<br />

seja no âmbito comercial, da produção, do suprimento<br />

e políticas de meio ambiente, assim como em<br />

relação aos gargalos logísticos, cenários econômicos,<br />

novos investimentos, entre tantos outros temas. Essa<br />

gama de informações nos proporciona mais oportunidades<br />

para construirmos, de forma organizada e harmonizada,<br />

ações e agendas para dar suporte ao desenvolvimento<br />

dos negócios e a sustentabilidade das<br />

empresas madeireiras e de base florestal do Brasil.”<br />

ESTUDO SETORIAL EM NÚMEROS<br />

O Estudo Setorial 2022 da Abimci está dividido<br />

em seis capítulos: Institucional, Tendências Econômicas,<br />

Florestas Industriais, Indústria, Mercado e Ações<br />

Prioritárias do Setor. Nele é possível encontrar diversos<br />

dados e análises sobre cada um dos segmentos<br />

de produtos madeireiros, dentre os quais, destacam-<br />

-se: madeira serrada de coníferas, compensado de<br />

coníferas, compensado de folhosas, portas, molduras,<br />

pisos e pellets.<br />

gerados pelo setor madeireiro foi de 158.972 postos.<br />

Quando computamos toda a indústria de madeira<br />

sólida que também engloba a indústria moveleira,<br />

atingimos 334.388 postos de trabalho. Já quando<br />

analisamos o setor de base florestal como um todo,<br />

que engloba as indústrias madeireira, moveleira, a<br />

silvicultura, os segmentos de papel e celulose, este<br />

indicador atinge 612.527 empregos. Com este cenário<br />

o setor que mais emprega é o de madeira sólida<br />

totalizando 55% de toda a força de trabalho do setor<br />

florestal nacional”, pontua o presidente da Abimci,<br />

Juliano Vieira de Araujo.<br />

A indústria de produtos de madeira processada<br />

mecanicamente tem um papel significativo no desenvolvimento<br />

econômico e social em diversas regiões<br />

do país. “O valor bruto da produção da indústria de<br />

madeira sólida, totalizou no ano passado, R$ 26,8 bilhões.<br />

Além disto, a balança comercial do segmento<br />

totalizou US$ 3,6 bilhões, o que representa 5,8% do<br />

total do país”, assinala o presidente da Abimci. Den-<br />

N<br />

este mês de agosto, a Abimci (Associação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente) lançou o<br />

Estudo Setorial – 2022. O documento<br />

retrata a abrangência das atividades do<br />

setor industrial madeireiro nacional, apresentando<br />

O<br />

panoramas atualizados dos principais segmentos de<br />

produtos de madeira processada, dados socioeconômicos,<br />

as contribuições do setor para a economia<br />

brasileira, bem como informações específicas de<br />

cada segmento de produto, trazendo uma visão dos<br />

cenários mundiais e nacionais, produção, consumo<br />

interno, exportações, entre outros.<br />

O material permite uma real compreensão da<br />

importância da indústria de madeira processada mecanicamente<br />

para a economia nacional. “Os números<br />

apresentados deixam clara a participação do setor<br />

no número de empregos gerados, renda, tributos e a<br />

sua contribuição positiva no saldo da balança comercial.<br />

Em 2020, por exemplo, o número de empregos<br />

DOCUMENTO<br />

RETRATA A<br />

ABRANGÊNCIA DAS<br />

ATIVIDADES DO SETOR<br />

INDUSTRIAL MADEIREIRO<br />

NACIONAL<br />

86 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />

SETEMBRO 2022 87


ESTUDO<br />

produção nacional tem se mantido relativamente estável<br />

e, em 2021, atingiu cerca de 980 mil m³.<br />

O MATERIAL<br />

PERMITE UMA REAL<br />

COMPREENSÃO DA<br />

IMPORTÂNCIA DA INDÚSTRIA<br />

DE MADEIRA PROCESSADA<br />

PARA A ECONOMIA<br />

BRASILEIRA<br />

Pisos – Os pisos de madeira atingiram no último ano,<br />

7,3 milhões de m 2 (metros quadrados) produzidos.<br />

Uma boa parte da produção é consumida no mercado<br />

interno, mas as exportações também têm sido<br />

relevantes para o segmento, no último ano foram<br />

exportadas 82,2 mil toneladas do produto, sendo os<br />

EUA o principal mercado de destino das exportações.<br />

Pellets – A produção de pellets tem se ampliado,<br />

no Brasil, nos últimos anos. A produção tem se ampliado,<br />

mostrando crescimento recorrente, atingindo<br />

700 mil toneladas em 2021. Atualmente, parte da<br />

produção é direcionada para atender à demanda internacional,<br />

no entanto a demanda nacional cresceu<br />

nos últimos anos e estima-se que o consumo nacional<br />

do produto tenha sido de aproximadamente 357 mil<br />

toneladas em 2021 (51% da produção).<br />

Abaixo alguns resultados alcançados por cada<br />

segmento de produto:<br />

Madeira serrada de coníferas – Em 2021, o Brasil<br />

produziu 8,2 milhões de m³ (metros cúbicos) do produto.<br />

De 2015 para cá, o país vem ganhando cada<br />

vez mais espaço no mercado internacional, tendo<br />

exportado mais de 3,2 milhões m³ em 2021. Na última<br />

década, as exportações tiveram bom desempenho,<br />

apresentando crescimento ao longo dos anos, no que<br />

se refere aos volumes embarcados.<br />

Compensado de coníferas – O compensado de<br />

coníferas é um produto amplamente comercializado<br />

e utilizado no mercado global. Em termos de<br />

produção, o Brasil se encontra no quarto lugar no<br />

ranking mundial. Entre 2012 e 2021, o crescimento da<br />

produção anual brasileira vem mostrando aumento<br />

gradativo, atingindo 3,4 milhões m³ em 2021. O país<br />

é líder mundial nas exportações de compensado de<br />

coníferas de acordo com o crescimento acompanhado<br />

na última década.<br />

Compensado de folhosas – A produção de compensado<br />

de folhosas tem mantido certa estabilidade<br />

desde 2014, mas comparativamente à década passada<br />

a produção atual se encontra em um patamar mais<br />

baixo, em torno de 290 mil m³, alcançado em 2021.<br />

As exportações também têm aumentado de forma<br />

proporcional ao longo dos últimos anos, passando o<br />

compensado de eucalipto, a contribuir com as estatísticas<br />

das exportações deste produto.<br />

Portas – A produção nacional de portas de madeira<br />

tem maior caracterização para o consumo no mercado<br />

interno - em 2021 foram produzidas 7,6 milhões<br />

de unidades -, as exportações do produto têm mostrado<br />

avanço nos últimos anos, atingindo em 2021,<br />

182,8 mil toneladas.<br />

Molduras – O Brasil foi, em 2021, o principal exportador<br />

mundial de molduras de madeira, responsável<br />

por 19% do valor comercializado no mercado internacional,<br />

sendo os EUA (Estados Unidos da América)<br />

o principal mercado importador. Na última década, a<br />

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88 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />

SETEMBRO 2022 89


ARTIGO<br />

AVALIAÇÃO<br />

GEOGRÁFICA E ECONÔMICA<br />

DAS INDÚSTRIAS DE COMPENSADO<br />

NO BRASIL<br />

Fotos: divulgação<br />

VINÍCIUS DE SOUSA LIMA<br />

SANDRIEL LIMA NASCIMENTO<br />

MARLY CIRQUEIRA SANTOS<br />

JOÃO MIGUEL SANTOS DIAS<br />

BRUNO LUCIO MENESES NASCIMENTO<br />

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO<br />

RESUMO<br />

A<br />

madeira é um material de construção<br />

renovável que demanda baixo consumo<br />

energético para produção. No<br />

Brasil, parte das florestas plantadas são<br />

destinadas a fabricação de painéis laminados,<br />

em especial o compensado que é o produto<br />

industrializado de madeira mais antigo. O objetivo<br />

desta revisão é sintetizar as informações acerca da<br />

atual situação geográfica e econômica da indústria<br />

de madeira compensada no Brasil. Foram realizadas<br />

pesquisas em artigos, organizações do setor madeireiro<br />

e sites da internet e com base nesses estudos<br />

verificou-se que a grande maioria das empresas que<br />

produzem compensados no Brasil se localizam na região<br />

sul, principalmente no estado do Paraná e Santa<br />

Catarina.<br />

Palavras-chave: Distribuição geográfica. Madeira.<br />

Painéis Compensados. Produção.<br />

90 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />

SETEMBRO 2022 91


ARTIGO<br />

Materiais e Métodos<br />

O levantamento geográfico foi feito, primeiramente,<br />

através de uma busca no site Econodata com<br />

base no CNAE C-1621-8 - Fabricação de madeira<br />

laminada e de chapas de madeira compensada, prensada<br />

e aglomerada, onde foram encontradas mais de<br />

2000 empresas. Em seguida analisamos os web sites<br />

e redes sociais das empresas e selecionamos apenas<br />

aquelas que trabalhavam com compensado, para assim<br />

podermos destacar as principais regiões do Brasil<br />

onde se concentram as empresas de compensados.<br />

Já o levantamento econômico, deu-se por meio de<br />

pesquisas em sites de organizações brasileiras do setor<br />

madeireiro como a Abimci, o IBÁ e a APRE, informações<br />

a respeito de dados do setor econômico das<br />

empresas brasileiras de compensados.<br />

Nesse levantamento foram considerados a quantidade<br />

de florestas plantadas, e o total de exportações<br />

e importações, em valores e volumes.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÕES<br />

Florestas Plantadas<br />

Segundo os dados divulgados pelo IBÁ (2020),<br />

a área total de florestas plantadas no Brasil chegou<br />

à marca de 9000000 ha (hectares) no ano de 2019,<br />

um aumento de 2,4% em relação a 2018 (8790000<br />

ha). Desse total, o cultivo de eucalipto representa a<br />

maioria (77%), com 6970000 ha de plantações, e 18%<br />

de pinus, com 1640000 ha. Segundo APRE (2020), as<br />

regiões sul e sudeste têm as maiores áreas de florestas<br />

plantadas no Brasil, com 41,53% e 27,68%, respectivamente.<br />

Além do cultivo de eucaliptos e pinus,<br />

A MADEIRA<br />

COMPENSADA DE<br />

PINUS TEM A MAIOR<br />

REPRESENTATIVIDADE NO<br />

SETOR DE EXPORTAÇÃO<br />

BRASILEIRA, COM AUMENTO<br />

NO VOLUME DE<br />

COMPENSADOS PRODUZIDOS<br />

NOS ÚLTIMOS ANOS<br />

INTRODUÇÃO<br />

A madeira é o único material de construção renovável,<br />

que demanda baixo consumo energético<br />

para produção e sequestra carbono da atmosfera<br />

durante o crescimento da árvore (Molina; Callil Junior,<br />

2010). Esta apresenta ótima relação resistência/peso,<br />

apresenta desempenho mecânico compatível com as<br />

solicitações provenientes de estruturas de edificações<br />

e ainda apresenta excelente desempenho acústico e<br />

térmico, (Lacerda, 2018). Apesar disso, a madeira está<br />

susceptível a degradação por agentes biológicos,<br />

como brocas, fungos e por ser um material natural,<br />

as dimensões de madeira maciça serradas são limitadas<br />

no tamanho e qualidade, e apresentam defeitos<br />

como nós, fendas que interferem na resistência mecânica<br />

(Dias, 2017).<br />

As limitações dimensionais das peças são devidas<br />

ao comprimento finito da árvore e defeitos naturais,<br />

podendo ser ultrapassadas pelas tecnologias de materiais<br />

compósitos e produtos derivados da madeira,<br />

denominados madeira engenheirada (Correia, 2009).<br />

Por conseguinte, madeira engenheirada é toda<br />

madeira que é posteriormente transformada em um<br />

novo produto em uma fábrica. As vantagens do uso<br />

desses produtos são: produção de seções maiores,<br />

redução de defeitos, maior resistência mecânica<br />

e menor suscetibilidade a variações dimensionais<br />

(Cordeiro Júnior; Silva; Soares, 2017). O produto mais<br />

antigo dentre esses industrializados é o compensado,<br />

formado pela colagem de lâminas finas, com as<br />

fibras alternadas ortogonalmente (Mattos; Gonçalves;<br />

Lacerda, 2008). A colagem é realizada com resinas<br />

fenólicas ou ureia/formaldeído, por intermédio da<br />

prensagem de camadas de lâminas (entre 3 e 11) com<br />

espessuras de 1 mm e 3 mm (milímetros) (Dias, 2017).<br />

A madeira compensada é usada em diversas aplicações,<br />

desde pisos, móveis, construção civil, sistemas<br />

construtivos em wood frame, entre outros (Cordeiro<br />

Júnior; Silva; Soares, 2017). Nesse sentido o objetivo<br />

desta revisão é sintetizar informações acerca da atual<br />

situação geográfica e econômica da indústria de madeira<br />

compensada no Brasil.<br />

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92 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022


ARTIGO<br />

mundial (2008) como nacional (a partir de 2014).<br />

Exportações e importações<br />

Segundo dados divulgados pela Abimci (2019) a<br />

evolução das exportações brasileiras de compensado<br />

de pinus, no período de 2009 a 2018, teve um crescimento<br />

de 1154000 m³ no volume exportado representando<br />

um aumento de 103,3% no período analisado.<br />

Por outro lado, no mesmo período, o volume das<br />

exportações brasileiras de compensados de folhosas<br />

teve um decréscimo de 36000 m³, correspondendo a<br />

uma redução de 37,2%.<br />

De acordo com os dados divulgado pela Abimci<br />

(2019), o volume de importações brasileiras teve uma<br />

queda expressiva a partir do ano de 2014, chegando<br />

ao valor mínimo de 415 m³ em 2016, apresentando<br />

um leve crescimento nos anos de 2017 e 2018. Esses<br />

baixos valores nas importações de compensados po-<br />

dem estar relacionados com o crescente volume de<br />

produção e consumo desse produto.<br />

CONCLUSÃO<br />

Diante dos fatos abordados ficou evidente que<br />

o compensado tem grande contribuição no setor<br />

econômico do país, principalmente para a região sul,<br />

onde se concentra as maiores plantações de pinus e<br />

eucalipto, o que contribui para a grande maioria das<br />

empresas produtoras de compensado se concentrarem<br />

nas proximidades. Em relação as exportações e<br />

importações de compensado, o de pinus se destaca<br />

com a maior representatividade no setor de exportação<br />

brasileira, com um aumento no volume de<br />

compensados produzidos. Já a importação brasileira<br />

de compensado de pinus foi quase nula nos últimos<br />

anos, enquanto o volume da importação de compensados<br />

de folhosas triplicou de 2009 a 2018.<br />

Disponível em https://periodicos.ufv.br/jcec/article/view/14162/7286<br />

existem cerca de 390000 ha plantados de outras espécies,<br />

dentre elas destaca-se o paricá (Schizolobium<br />

amazonicum Huber ex Ducke) que é a espécie nativa<br />

da Amazônia mais cultivada, bastante comum no<br />

Estado do Pará. Distribuição geográfica da produção<br />

brasileira.<br />

Das mais de 2000 empresas encontradas no site<br />

Econodata e aquelas associadas a Abimci apenas 87<br />

cumpriram com o critério de possuir website. Desse<br />

total, o Estado do Paraná se destaca com maior número<br />

de indústrias que produzem compensado (49),<br />

seguido de Santa Catarina (25), Pará (7), Mato Grosso<br />

(2), Acre (1), Maranhão (1), Mato Grosso do Sul (1) e<br />

Rondônia (1). Como consequência desse fato e de<br />

outros fatores, as maiores concentrações de indústrias<br />

de compensados do Brasil estão localizadas nessas<br />

duas regiões. Este fato poderá estar relacionado<br />

pela proximidade das empresas em relação às florestas<br />

plantadas que, conforme foi referido no item, se<br />

concentram nas regiões sul e sudeste.<br />

A madeira compensada é usada em diversas<br />

aplicações, desde pisos, móveis, construção civil,<br />

sistemas construtivos em wood frame, entre outros<br />

(Abimci, 2019). No Brasil, o compensado de pinus<br />

(espécie de conífera) é o mais produzido e comercia-<br />

94 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />

lizado dentre as outras espécies (Abimci, 2019). Em<br />

2018, a produção nacional desse compensado atingiu<br />

a marca de 2830000 m³ (metros cúbicos), recorde histórico<br />

registrado desde o ano de 2009 (Abimci, 2019).<br />

Segundo a Abimci (2019), a taxa de crescimento anual<br />

da produção e consumo aparente de compensado<br />

de pinus no Brasil foi, respectivamente, igual a 6,5%<br />

e 1,3%.<br />

Além dos compensados de coníferas, o Brasil<br />

também conta com a produção e consumo de<br />

compensados de folhosas. O mercado desse tipo<br />

de compensado não é tão proeminente dentro da<br />

indústria de produtos de madeira sólida no Brasil, em<br />

volume e valor de produção, comparativamente ao<br />

compensado de coníferas (incluindo pinus) (Abimci,<br />

2019). O compensado de folhosas é produzido principalmente<br />

de espécies tropicais nativas e, em menor<br />

proporção, de espécies plantadas, na qual se destaca<br />

a madeira de paricá (também de origem nativa) e o<br />

eucalipto (Abimci, 2019). Segundo dados divulgados<br />

pela Abimci (2019), a produção e consumo nacional<br />

de compensados de folhosas apresentou uma expressiva<br />

queda entre os anos de 2009 e 2018. Isso se<br />

deve, principalmente, aos períodos de crises econômicas<br />

do setor da construção civil, tanto em âmbito


AGENDA<br />

AGENDA<br />

2022/2023<br />

SETEMBRO<br />

13<br />

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NOVEMBRO<br />

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encontrar 10,2 milhões de resultados para o<br />

questionamento: Como se tornar um CEO?<br />

Entretanto, em uma pesquisa sobre os espinhos<br />

que cargos de liderança carregam,<br />

encontramos menos respostas. Isso acontece porque os<br />

gestores, em geral, não são treinados para lidar com insucessos<br />

e vulnerabilidades.<br />

O líder desfruta de poder, influência e status, em uma<br />

condição desejada por boa parte dos que escolhem uma<br />

carreira executiva. O fato é que há uma infinidade de conselhos<br />

(às vezes vagos, convenhamos) sobre como alcançar<br />

o auge da carreira. Em comparação, existe pouquíssima<br />

discussão sobre o que acontece quando chegamos lá.<br />

Uma expressão em inglês traduz uma grande verdade<br />

sobre o cenário: it’s lonely at the top (o topo é solitário,<br />

em tradução livre) – e há números que confirmam o impasse.<br />

Pesquisa publicada pela Harvard Business Review, por<br />

exemplo, aponta que 50% dos CEOs entrevistados se<br />

sentem isolados em seus cargos, com efeitos negativos<br />

no desempenho de pelo menos 61% deles. E veja só:<br />

entre os que alcançaram a liderança pela primeira vez, a<br />

solidão corporativa chega próximo a 70%.<br />

Não se trata, claro, de algo físico. O gestor C-Level,<br />

nesse contexto, se torna uma ilha rodeada por... pessoas.<br />

Chega a ser lamentavelmente irônico. Mas a verdade é<br />

que, na maré de complexidades dos cargos de gestão, é<br />

preciso ir muito além da presença ou não de seus pares<br />

na mesma sala.<br />

EM 1966, OS BEATLES<br />

LANÇARAM UM<br />

MANIFESTO SOBRE O ISOLAMENTO<br />

NA CANÇÃO ELEANOR RIBGY. “DE<br />

ONDE VÊM E ONDE SE ENCAIXAM<br />

AS PESSOAS SOLITÁRIAS?<br />

POR<br />

THAÍSA PASSOS<br />

GERENTE GLOBAL DE<br />

MARKETING DA S.I.N.<br />

IMPLANT SYSTEM<br />

Isso porque a solidão na liderança envolve demandas<br />

como a responsabilidade de tomar decisões que<br />

impactam na vida pessoal, no clima organizacional e no<br />

mercado de trabalho como um todo. No mesmo pacote<br />

aparecem, também, noções deturpadas sobre hierarquia<br />

e cultura da empresa, que acabam por distanciar os líderes<br />

de suas equipes.<br />

No geral, os líderes precisam fazer um mergulho em<br />

busca de autoconhecimento, gerenciando seus próprios<br />

sentimentos, para lidar com eles de forma mais aberta e<br />

compassiva. Só assim vão conseguir contornar aspectos<br />

negativos e conquistar o tão sonhado equilíbrio entre<br />

vida executiva e pessoal. Veja abaixo alguns apontamentos<br />

que podem fazer sentido para exercer um cargo de<br />

liderança de forma mais plena:<br />

1) Faça de sua vulnerabilidade um insight – Você<br />

não compõe o time C-Level da sua organização à toa. E<br />

entre todas as suas expertises, uma das mais importantes<br />

é ler estrategicamente cenários, situações, possibilidades<br />

e pessoas, a começar, aliás, por si mesmo, considerando<br />

até facetas internas desconfortáveis.<br />

2) Procure suporte profissional – Aceitar a complexidade<br />

de sua função, e como você se sente ao executá-la,<br />

é o primeiro passo. O próximo envolve estabelecer conexões<br />

e buscar auxílio.<br />

3) Conecte-se – Liderar e conectar são quase sinônimos<br />

no dicionário corporativo. Cumprir essa missão<br />

requer entender a importância e a contribuição de todos<br />

os membros de seu time para alcançar o sucesso da empresa<br />

e, consequentemente, o seu.<br />

4) Equilibre seus papéis – Você não nasceu líder.<br />

Pode até acreditar que chegou ao mundo destinado a<br />

isso, mas precisa reconhecer que sua identidade, suas experiências<br />

e sua trajetória não se resumem ao seu status<br />

corporativo ou contrato de trabalho. Mantenha, portanto,<br />

rotinas saudáveis, relações fortes e hábitos prazerosos em<br />

seu cotidiano pessoal.<br />

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