Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
ENTREVISTA Santa Catarina se mantém como líder nacional na exportação de móveis de madeira<br />
MADEIRA<br />
AQUECIDA<br />
SECADORES E ESTUFAS AMPLIAM A<br />
PRODUTIVIDADE DA INDÚSTRIA MADEIREIRA<br />
HEATED TIMBER<br />
DRYERS AND KILNS INCREASE<br />
PRODUCTIVITY IN THE FOREST<br />
PRODUCT INDUSTRY
PATENTE REQUERIDA<br />
Mesa de alimentação para máquinas de desdobro de madeira com sistema de<br />
posicionamento e pressão por servomotores independentes desenvolvida pela<br />
engenharia do produto da Mendes Máquinas.<br />
Aponte a câmera<br />
do seu celular<br />
para o QRCode e<br />
fale com a Mendes<br />
55 49 3241 .0066 /Mendesmaquinas<br />
www.mendesmaquinas.com.br
OMECO COMPLETA 77 ANOS<br />
20 secadores e 7 linhas de prensagem entregues<br />
de jan/21 até jun/22 para:<br />
COM A MAIOR PRODUÇãO Da SUA HISTóRIA<br />
Exemplos de produção e consumo dos secadores extraídos das telas do IHM<br />
Parfino, Rússia: prensa 46 pratos<br />
Tehnoles LLC, Rússia: serra SECII<br />
Dallo Madeiras: secador 6R-5.8/IV<br />
Parfino, Rússia: secador 8R-5.8/VI<br />
com scanner de classificação e<br />
stacker para lâminas de 1,15mm de<br />
espessura<br />
Somapar Ltda: secador 9R-5.8/IV<br />
Specialty Laminates, Canadá:<br />
prensa de melamina 5´x10´<br />
Nereu Rodrigues e Cia Ltda: prensa<br />
21pm com carregador<br />
Avelino Bragagnolo SA: secador<br />
6R-5.8/IV<br />
VW Ind Com Ltda: secador<br />
6R-5.8/IV<br />
<strong>Industrial</strong> Arbhores EPP: secador<br />
10R-5.8/IV<br />
Wotan Forest, República Tcheca:<br />
prensa 39 pratos<br />
Compensados NM Ltda: secador<br />
7R-5.8/IV<br />
Ind de Compensados Sudati<br />
Ltda/Palmas: secador 10R-5.8/IV<br />
Ind de Compensados Sudati<br />
Ltda/Ibaiti: secador 10R-6.2/IV<br />
Ind de Compensados Sudati<br />
Ltda/Ventania: secador 10R-6.2/IV<br />
Smolstron, Rússia: secador<br />
6R-6.2/IV<br />
Chance Company, Rússia: secador<br />
8R-6.2/IV<br />
Compensados Laselva Ltda:<br />
secador 6R-5.8/IV<br />
Compensados Relvaplac Ltda:<br />
secador 10R-5.8/IV<br />
Ind de Compensados Sudati<br />
Ltda/Palmas: secador 10R-5.8/IV<br />
Ind de Compensados Sudati<br />
Ltda/Palmas: secador 10R-5.8/IV<br />
Marini Ind de Compensados Ltda:<br />
saida do secador com cross<br />
transfer e roda de classificação<br />
Aguer Luis Alberto, Argentina:<br />
prensa 21 pratos com carregador<br />
Formato Ind e Com de<br />
Compensados Ltda: secador<br />
10R-5.8/IV<br />
Compensados Relvaplac Ltda:<br />
prensa fenólico 11pm com<br />
carregador<br />
Agil Madeiras Eireli: secador<br />
10R-5.8/IV<br />
Ind de Compensados Sudati<br />
Ltda/Ventania: prensa 21 pratos<br />
com carregador<br />
Aguer Luis Alberto, Argentina:<br />
secador 8R-5.8/IV<br />
Ind de Compensados Sudati<br />
Ltda/Ventania: secador 14R-5.8/IV<br />
Secador 14 câmaras, 4 pistas, 5,8m de rolos sem<br />
piso isolado. Produção instantânea de lâminas<br />
secas 14,2m 3 /h com lâminas de 2,8mm, 18kg/cm 2<br />
de pressão de vapor e aproveitamento de 85% do<br />
secador. Consumo de vapor 800kg/m 3 . Consumo<br />
de energia elétrica dos ventiladores de secagem<br />
22KW/m 3 .<br />
Secador 10 câmaras, 4 pistas, 5,8m de rolos com piso isolado.<br />
Produção instantânea de lâminas secas 11,3m 3 /h com lâminas de<br />
4,4mm, com 20kg/cm 2 de pressão de vapor e aproveitamento de<br />
85% do secador. Consumo de vapor 700kg/m 3 . Consumo de<br />
energia elétrica dos ventiladores de secagem 19,5KW/m 3 .<br />
Visite nosso novo site para ver fotos de todas estas máquinas<br />
Medidor automático de umidade de lâminas Omeco/Mecano<br />
Para ser instalado na saída do secador para checar a umidade de todas as<br />
lâminas secas. Possibilidade de instalar o variador automático de velocidade<br />
do secador controlado pela umidade das lâminas.<br />
Secador com rolos de 6.200mm<br />
Para secagem de eucaliptus que encolhe mais<br />
que o pinus na secagem, equipado com câmara<br />
de fumaça para trabalhar com até 100% de<br />
umidade interna.<br />
Omeco Ind. e Com. de Máquinas Ltda.<br />
Av. das Industrias, 2450 | CIC | CEP 81.310-060 | Curitiba - PR | Brasil<br />
Fone: (41) 3316.7100 | (41) 99659.0400 | omeco@omeco.com.br<br />
www.omeco.com.br
CONECTANDO<br />
INDÚSTRIAS PELO MUNDO<br />
Alguns parceiros que<br />
estarão expondo conosco:<br />
(41)<br />
M1
29 DE NOVEMBRO<br />
ÀS 19 HORAS<br />
Transmissão ao vivo em nosso canal:<br />
@revistareferencia<br />
E D I Ç Ã O<br />
VEM AÍ!<br />
A N O S<br />
PAINÉL DA MADEIRA<br />
PALESTRANTES:<br />
Lorem ipsum<br />
PATROCINADORES:<br />
DERYCK PANTOJA MARTINS<br />
Diretor Técnico da AIMEX<br />
(Associação das Indústrias<br />
Esportadoras de Madeira<br />
do Estado do Pará)<br />
EVALDO MUÑOZ BRAZ<br />
Pesquisador da<br />
EMBRAPA Florestas<br />
RAFAEL MASON<br />
Presidente da CIPEM<br />
(Centro das Indústrias Produtoras<br />
e Exportadoras de Madeira do<br />
Estado de Mato Grosso)<br />
ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE<br />
MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
Gostaria de participar do jantar do PRÊMIO REFERÊNCIA 2022?<br />
Compre seu ingresso antecipado pelo whats: (41) 99968-4617 ou<br />
pelo e-mail: comercial@revistareferencia.com.br<br />
Vagas limitadas<br />
www<br />
revistareferencia.com.br<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
010 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022 SETEMBRO 2022 011
SUMÁRIO<br />
INDUSTRIAL<br />
2022<br />
66<br />
84<br />
Curitiba – PR - Brasil<br />
: +55 41 3332 5442<br />
@ : bkrick@bkrick.com.br<br />
: www.bkrick.com.br<br />
www.linck.com<br />
TECNOLOGIA DE PONTA PARA SERRARIAS<br />
76<br />
72<br />
MADEIRA<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
Abimci 83<br />
ABPM 75<br />
Alca Máquinas 19<br />
Benecke 17<br />
Bonardi Química 55<br />
Cipem 45<br />
Contraco 65<br />
Dallabona Máquinas 57<br />
DRV 23<br />
Drytech 41<br />
Encapp 59<br />
Ekitherm 61<br />
Engecass 21<br />
GCM Trade 47<br />
HBremer 25<br />
Indumec 33<br />
Linck 13<br />
Lions Machine 39<br />
Mafercon 49<br />
Máquinas Lampe 89<br />
Marrari 51<br />
Mendes Máquinas 02<br />
Mill Indústrias 100<br />
Montana Química 15<br />
MSM Química 31<br />
MSP <strong>Industrial</strong> 99<br />
Nazzareno 35<br />
Omeco 04<br />
Omil 29<br />
Pole Cola 59<br />
Prêmio REFERÊNCIA 10<br />
Rotteng 43<br />
Schifler Máquinas 95<br />
Siromat Metalúrgica 53<br />
Solution Focus 93<br />
Sutil Máquinas 63<br />
Termolegno 37<br />
Tzuriel Trading 06<br />
Vantec 27<br />
XH Mar Bethelem 08<br />
SUMÁRIO<br />
14 Editorial<br />
16 Cartas<br />
18 Bastidores<br />
20 Notas<br />
52 Aplicação<br />
54 Frases<br />
56 Entrevista<br />
64 Coluna ABIMCI<br />
66 Principal 36 anos de soluções e equipamentos térmicos<br />
72 Legislação<br />
76 Marcenaria<br />
80 Prêmio REFERÊNCIA<br />
84 Estudo<br />
90 Artigo<br />
96 Agenda<br />
98 Espaço Aberto<br />
Inovação. Qualidade.<br />
Economia.<br />
MADE IN GERMANY<br />
Sucesso garantido com a nossa<br />
competência e experiência<br />
mais de 150 linhas de perfilagem em uso ao redor do mundo<br />
serrarias com otimização de tábuas laterais e aumento de rendimento desde 1983<br />
serrarias com corte em curva desde 1989<br />
serrarias para corte de toras classificadas por dimensão e não classificadas<br />
12 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
EDITORIAL<br />
SECAGEM<br />
INDUSTRIAL<br />
DE QUALIDADE<br />
A<br />
reportagem da REFERÊNCIA INDUS-<br />
TRIAL esteve em Santa Catarina, nas<br />
cidades de Taió e Agrolândia, para<br />
conhecer uma das empresas que é<br />
sinônimo de qualidade em equipamentos<br />
para a indústria de secagem da madeira<br />
no Brasil. Com 36 anos de atuação e produção em<br />
alta, principalmente, nos últimos 2 anos, a Contraco<br />
é reconhecida em todo o país por seus secadores,<br />
estufas e fornos industriais, que unem produtividade<br />
e sustentabilidade, por meio do uso de biomassa.<br />
Além disso, o leitor também confere uma<br />
entrevista exclusiva com o presidente da FIESC<br />
(Federação das Indústrias de Santa Catarina), além<br />
das novidades sobre o mercado e a indústria madeireira<br />
no Brasil e no mundo. Ótima leitura!<br />
QUALITY INDUSTRIAL<br />
DRYING<br />
R<br />
EFERÊNCIA <strong>Industrial</strong> reporters<br />
went to the State of Santa Catarina,<br />
the cities of Taió and Agrolândia,<br />
to meet with one of the companies<br />
synonymous with quality equipment<br />
for industrial timber drying in Brazil. With 36 years<br />
of experience and production on the rise mainly<br />
over the last two years, Contraco is recognized<br />
throughout the Country for its dryers, kilns, and industrial<br />
furnaces, which unite productivity and sustainability<br />
using biomass. In addition, the reader<br />
also has an exclusive interview with the President<br />
of the State of Santa Catarina <strong>Industrial</strong> Federation<br />
(Fiesc), in addition to news about the market and<br />
the forest product industry in Brazil and worldwide.<br />
Pleasant reading!<br />
14 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
NA CAPA<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Ano XXIV • Nº244 •Setembro 2022<br />
ENTREVISTA Santa Catarina se mantém como líder nacional na exportação de móveis de madeira<br />
MADEIRA<br />
AQUECIDA<br />
SECADORES E ESTUFAS AMPLIAM A<br />
PRODUTIVIDADE DA INDÚSTRIA MADEIREIRA<br />
NA CAPA DESTE MÊS A<br />
CONTRACO, EMPRESA<br />
QUE OFERECE SOLUÇÕES<br />
TECNOLÓGICAS PARA<br />
SECAGEM DE MADEIRA<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
HEATED TIMBER<br />
DRYERS AND KILNS INCREASE<br />
PRODUCTIVITY IN THE FOREST<br />
PRODUCT INDUSTRY<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXIV - EDIÇÃO 244 - SETEMBRO 2022<br />
Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
André Nunes<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista / Columnist<br />
Paulo Pupo<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski / Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Gabriela Bogoni<br />
Me Hua Bernardi<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Midias Sociais / Social Media<br />
Andrew Holanda<br />
Cainan Lucas<br />
Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal - Carlos Felde<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />
Tradução / Translation - John Wood Moore<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
Cristiane Baduy<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
0800 600 2038<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />
consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />
segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />
conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />
responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />
de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />
FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />
exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />
consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />
governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />
segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />
articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />
use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />
and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />
the written authorization of the holders of the authorial rights.
TOOLS INCREASE WOOD CUTTING<br />
ON THE LATIN AMERICAN MARKET<br />
ENTREVISTA Wilson Wolkweis, presidente do Sindusmad de Mato Grosso, é o entrevistado do mês<br />
CARTAS<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
EFICIÊNCIA EM<br />
EXPANSÃO<br />
FERRAMENTAS AMPLIAM A PRODUTIVIDADE<br />
NO CORTE DA MADEIRA E CHEGAM AO<br />
MERCADO LATINO AMERICANO<br />
CARTAS<br />
CAPA DA EDIÇÃO 243 DA<br />
REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE AGOSTO DE 2022<br />
FORMÓBILE 2022<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Ano XXIV • N243 •Agosto 2022<br />
EFFICIENCY IN<br />
EXPANSION<br />
PRODUCTIVITY AND ARE NOW AVAILABLE<br />
PRODUTIVIDADE<br />
Por Glauco Tavares –<br />
São Paulo (SP)<br />
Por Maria Augusta –<br />
Sorocaba (SP)<br />
Não pude ir na Formóbile desse ano, mas gostei<br />
muito dos destaques apresentados na edição<br />
de agosto da REFERÊNCIA INDUSTRIAL! Muitas<br />
novidades despontando no mercado.<br />
Muito interessante<br />
conhecer mais sobre a<br />
Arte Diamante. Ainda não<br />
sou cliente, mas fiquei<br />
interessado no ganho<br />
de produtividade que as<br />
ferramentas oferecem.<br />
Foto: formobile_f14fotografia<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
SANTA CATARINA<br />
Por Odete Silva –<br />
Joinville (SC)<br />
MANEJO SUSTENTÁVEL<br />
A exportação industrial<br />
de Santa Catarina é um<br />
orgulho para todos nós.<br />
Fico feliz em ver nosso<br />
Estado despontando na<br />
retomada econômica do<br />
país após a pandemia.<br />
Por Tobias Araujo –<br />
Altamira (PA)<br />
Já passou da hora da sociedade se conscientizar<br />
de que a indústria madeireira e florestal é quem<br />
mantém a floresta em pé, e não quem derruba as<br />
matas. É preciso incentivo a esse segmento tão<br />
importante da nossa economia e que protege o<br />
meio ambiente.<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />
fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
Referência <strong>Industrial</strong> Madeira<br />
@referenciamadeira<br />
16 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
BASTIDORES<br />
BASTIDORES<br />
VISITA<br />
A REVISTA REFERÊNCIA VISITOU RECENTEMENTE A SEDE DA EMPRESA<br />
CONTRACO, DO DIRETOR NATALINO BONIN. A CONTRACO É UMA<br />
GRANDE PARCEIRA COMERCIAL DA REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
Foto: Emanoel Caldeira<br />
Gerson Penkal, Natalino Bonin, Eduardo Bonin e<br />
André Nunes.<br />
FORMÓBILE<br />
AINDA DURANTE A FORMÓBILE, REGISTRO COM O COMERCIAL<br />
DA MACLÍNEA, JOÃO PORFÍRIO, COM O DIRETOR COMERCIAL DA<br />
REFERÊNCIA INDUSTRIAL, FÁBIO MACHADO.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
ALTA<br />
5G ATIVADO<br />
A tecnologia 5G de telefonia<br />
móvel já começou a funcionar<br />
em 12 capitais brasileiras.<br />
As antenas de quinta geração<br />
para dispositivos móveis<br />
estão em operação em Brasília,<br />
Belo Horizonte, Curitiba,<br />
Florianópolis, Goiânia, João<br />
Pessoa, Palmas, Porto Alegre,<br />
Salvador, Rio de Janeiro,<br />
São Paulo e Vitória. Próxima<br />
geração da internet móvel,<br />
a tecnologia 5G oferece velocidade<br />
média de 1 Gigabit<br />
(Gbps), dez vezes superior ao<br />
sinal 4G, com a possibilidade<br />
de chegar a até 20 Gbps.<br />
Além disso, o sinal tem menor<br />
latência (atraso) na transmissão<br />
dos dados.<br />
BAIXA<br />
REPRESENTATIVIDADE DA<br />
INDÚSTRIA<br />
Pesquisa IPC Maps revela<br />
que, de 2021 para 2022, o<br />
setor industrial brasileiro<br />
perdeu cerca de 5,7% de sua<br />
representatividade na economia,<br />
com o fechamento<br />
de mais de 203 mil empresas<br />
no último ano. Atualmente, o<br />
país concentra 3.371.909 unidades<br />
industriais – mais da<br />
metade na região sudeste,<br />
com 1.674.969. Na vice-liderança,<br />
aparece a região sul<br />
com 784.249 estabelecimentos,<br />
seguida pelo nordeste<br />
com 489.983, centro-oeste e<br />
suas 289.245 unidades e norte,<br />
com 133.463 empresas.<br />
18 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
NOTAS<br />
MERCADO PARANAENSE DE PINUS:<br />
CENÁRIOS E DESAFIOS PARA O FUTURO<br />
Os desafios econômicos e ambientais do mercado de pinus no Paraná foram apresentados pelo especialista<br />
Alan Lessa, gerente de Contas do Grupo Index para o mercado florestal durante o IX Workshop EMBRAPA Florestas/APRE,<br />
realizado em agosto em Colombo (PR).<br />
A palestra de Lessa abordou os cenários e desafios sobre o mercado paranaense de pinus, encerrando o primeiro<br />
painel do encontro, que tinha como tema: O setor florestal: posicionamento e geopolíticas. No início, o palestrante<br />
contextualizou o setor na região sul, citando os números da área plantada de pinus em cada Estado: aproximadamente,<br />
são 773 mil ha (hectares) no Paraná, 413 mil ha em Santa Catarina e pouco mais de 341 mil ha no Rio<br />
Grande do Sul. Para avaliar o mercado e entender as características da oferta, o especialista lembrou que o Grupo<br />
Index conduziu alguns estudos. Um deles foi para a análise do relevo do Estado, que apontou uma característica<br />
interessante: no geral, 70% dos plantios estão em terreno ondulado e 20% estão em terreno forte ondulado. “Isso<br />
é importante quando discutimos os desafios. Falamos muito sobre conversão de áreas, mas o que de fato está em<br />
risco? Muitas dessas áreas têm aptidão para usos de agricultura, por exemplo, por conta da questão de relevo. Temos<br />
uma parte dos nossos plantios em risco, mas não é a maior parte”, disse.<br />
Ainda sobre a oferta, também foi explanado o perfil de idade dos plantios. Nos últimos 5 anos, o grupo detectou<br />
uma tendência de expansão da área plantada. Além disso, houve mudança no perfil de manejo dos plantios – o<br />
manejo atual tem tido maior foco em madeira de processo, não mais principalmente em madeira de tora grossa.<br />
O levantamento mostrou que, a partir de 17 anos, há maior intensidade de corte dos plantios de pinus no Estado,<br />
restando poucos plantios com mais de 18 anos.<br />
Foto: divulgação<br />
20 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
NOTAS<br />
CONSUMO DE<br />
MADEIRA E MEDIDAS<br />
Ainda no âmbito da apresentação de Alan Lessa, no IX Workshop<br />
EMBRAPA Florestas/APRE, no aspecto para a análise das características<br />
de consumo, foram mapeados mais de 400 consumidores,<br />
chegando à demanda de quase 27 milhões de m 3 (metros cúbicos) no<br />
Paraná. A indústria de celulose é a mais relevante (7,6 milhões de m 3 ),<br />
seguida de compensados (6,2 milhões de m 3 ), serrarias (5,1 milhões<br />
de m 3 ), painéis (4,5 milhões de m 3 ) e produtos de maior valor agregado<br />
(3,4 milhões de m 3 ). Com relação ao sortimento, Lessa apontou<br />
que a indústria de maior valor agregado continua focada em diâmetro<br />
de mais de 18 cm (centímetros). Nas serrarias, o mapa de consumidores<br />
mostra muitas pequenas empresas, aquelas cujo produto permite<br />
utilização de matéria-prima com sortimentos menores, com diâmetro<br />
de 14 cm. “E essas serrarias estão buscando isso por dois motivos:<br />
porque o mercado em que atuam utiliza e permite esse diâmetro; e<br />
também por questão de preço. Isso é interessante, pois os preços de sortimento de 8 cm a 18 cm praticamente<br />
dobraram em relação aos demais, que aumentaram entre 50% e 60%. As indústrias usam madeiras mais baratas<br />
para serem mais competitivas. O custo logístico é menor, porque a maior parte das serrarias está distante dos<br />
plantios mais velhos. A indústria do compensado também já está admitindo madeiras com diâmetros menores.<br />
Então, por tudo isso, muitas reduziram sortimento”, contextualizou Lessa, durante a apresentação.<br />
Foto: divulgação<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
Quem usa as<br />
facas DRV,<br />
está pronto para<br />
picar todos os<br />
tipos de madeira!<br />
22 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
NOTAS<br />
MENDES MÁQUINAS<br />
EXPÕE NO ESPAÇO INDÚSTRIA DA FIESC<br />
Sediada em Curitibanos, no centro-oeste catarinense,<br />
a indústria Mendes Máquinas está com<br />
uma mostra dos seus produtos exposta no Espaço<br />
Indústria, localizado na FIESC (Federação das Indústrias<br />
do Estado de Santa Catarina), na capital<br />
Florianópolis. Fornecedora de máquinas para o<br />
segmento madeireiro, a Mendes apresenta os<br />
principais mercados de atuação e as inovações em<br />
curso na companhia.<br />
“Para nós, estar aqui é uma oportunidade para<br />
mostrar um pouco do que fazemos, que, certamente,<br />
se soma à pujança da indústria catarinense”,<br />
disse o presidente do conselho consultivo da<br />
empresa, Newton Fabris, reforçando que os filhos<br />
são a terceira geração à frente dos negócios.<br />
O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar,<br />
destacou a história de crescimento da Mendes,<br />
ANDRÉ MENDES FABRIS<br />
empresa familiar como muitas indústrias catarinenses.<br />
“A empresa tem visão de futuro, trabalha com<br />
muita tecnologia e parcerias internacionais. É um exemplo inspirador para todos nós.”<br />
Foto: Filipe Scotti<br />
H.Bremer, Há mais de 75 anos<br />
gerando energia térmica para<br />
o mundo, com equipamentos de<br />
alto padrão tecnológico.<br />
Foto: Filipe Scotti<br />
66 ANOS NO MERCADO<br />
Fundada em 1956 por Orlando Mendes e Armando Tortato, a companhia emprega atualmente mais de 200<br />
colaboradores. Segundo André Fabris, presidente da Mendes, existem planos de expansão internacional. “Temos<br />
a Mendes muito forte na América do Sul e presença pontual na Ásia, Europa e América do Norte, com planos<br />
de fortalecer nossa presença nesses e em outros mercados”, afirma.<br />
No início de suas atividades, a Mendes era uma pequena empresa de reparo de equipamentos para serrarias.<br />
Ao longo do tempo, a empresa desenvolveu soluções brasileiras baseadas em conceitos internacionais.<br />
Contando com a colaboração e confiança de clientes, a companhia projeta um futuro baseado nos valores familiares<br />
que a trouxeram até aqui, com vistas à evolução das linhas de equipamentos que já oferece, que vão desde<br />
o processamento da tora,<br />
até o gradeamento da madeira<br />
serrada.<br />
Diretor-técnico e comercial<br />
da companhia, Rodrigo Mendes<br />
destaca o uso da tecnologia<br />
nas máquinas e a busca<br />
constante pela inovação, que<br />
conta com o apoio de uma<br />
rede internacional de parceiros<br />
de países como Itália, Canadá,<br />
Suíça e Alemanha. A gerente<br />
de recursos humanos, Débora<br />
Mendes, apresentou as principais<br />
ações da empresa na área<br />
de educação e a implementação<br />
da gestão por competências.<br />
FAMÍLIA MENDES-FABRIS E O PRESIDENTE DA FIESC, MARIO CEZAR DE AGUIAR,<br />
NO ESPAÇO INDÚSTRIA, DA FIESC, EM FLORIANÓPOLIS (SC)<br />
24 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
CALDEIRAS • EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS • AQUECEDORES DE FLUÍDO TÉRMICO<br />
www.bremer.com.br<br />
bremer@bremer.com.br<br />
Tel: (47) 3531-9000 | Fax: (47) 3525-1975<br />
R. Lilly Bremer, 322 - Bairro Navegantes<br />
Rio do Sul | Santa Catarina<br />
A natureza<br />
agradece
NOTAS<br />
ABAF EMPOSSA<br />
NOVA DIRETORIA<br />
A ABAF (Associação Baiana das Empresas<br />
de Base Florestal) acaba de lançar<br />
a proposta do Plano Bahia Florestal 2023-<br />
2033, nos moldes de outros estudos que<br />
alguns Estados já fizeram, a exemplo do<br />
Mato Grosso do Sul, que em 10 anos, passou<br />
de 300 mil ha (hectares) de florestas<br />
plantadas para 1,3 milhão de ha e que<br />
também acaba de lançar novo planejamento<br />
para os próximos 10 anos.<br />
Em evento realizado na FIEB (Federação<br />
das Indústrias do Estado da Bahia),<br />
foram empossados os Conselhos Diretor<br />
e Fiscal da ABAF. O Conselho Diretor, no<br />
período de 2022 a 2024, será presidido<br />
por Mariana Lisbôa, Líder Global de Relações<br />
Corporativas da Suzano S.A.. Além<br />
de Mariana Lisbôa, o Conselho Diretor<br />
é composto por Altair Negrello Junior<br />
(Bracell), Sebastião da Andrade (Ferbasa), Márcio Penteado Geromini (Caravelas Florestal) e Renato Gomes Carneiro Filho<br />
(Veracel).<br />
O Conselho Fiscal é composto por Fernando Guimarães (Bracell), Itamar da Silva Barros (Veracel), Joice Grave (Suzano),<br />
Mouana Sioufi Fonseca (Bracell) e Tayane Antonia Santana Pessoa (Ferbasa). A diretoria executiva permanece com Wilson<br />
Andrade. Para começar a gestão já provocando evoluções, o evento contou com um debate sobre a construção de um<br />
Plano Florestal para o Estado da Bahia. A reunião presidida por Mariana Lisbôa contou com representantes do setor e do<br />
governo do Mato Grosso do Sul (MS), que já implementaram um plano setorial e viram o segmento ampliar e gerar riqueza<br />
local.<br />
Paulo Hartung, presidente da IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), parabenizou a escolha de Mariana Lisbôa e reforçou<br />
a importância da diversidade no setor e em todas as instâncias. “O setor de árvores cultivadas produz e conserva, além de<br />
gerar riqueza e oportunidades. É um setor inovador, que tem desenvolvido cada vez novos usos. O desenvolvimento de um<br />
plano pode ajudar a tirar travas, incentivar o crescimento econômico e, principalmente, gerar emprego, fazendo do Estado<br />
mais uma vez exemplo para todo o país”, disse.<br />
Mariana Lisbôa reforçou, que ter um plano permite a construção de um caminho de frutos para a Bahia. “O setor hoje já<br />
gera 223 mil oportunidades criadas pelo setor na Bahia, atuando em 618 mil ha de áreas plantadas, conservando outros 310<br />
mil ha”, exaltou Mariana.<br />
“A ABAF é uma organização ligada a temas fundamentais para nosso presente e nosso futuro, agindo na cadeia produtiva<br />
florestal que é um setor no qual nosso Estado tem tudo para ser grande destaque. Estamos falando em um segmento<br />
econômico que trata dos negócios dessa imensa e diversificada área, mas, também, de educação ambiental e sustentabilidade.<br />
Temos certeza de que, nos próximos anos seremos testemunhas de uma grande ampliação da rede florestal na<br />
Bahia”, projetou o secretário da SEACRI (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca, Aquicultura da Bahia), Leonardo<br />
Bandeira.<br />
Na mesma linha, o presidente da FAEB (Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia) projetou o sucesso da nova<br />
gestora. “Tenho certeza que à frente da ABAF, Mariana vai imprimir em sua gestão a delicadeza e organização inerentes à<br />
mulher, sem deixar de ser firme e assertiva. Fico feliz em ver o público feminino ocupando mais espaços. À frente da FAEB,<br />
tenho observado como cresceu a participação da mulher nas atividades rurais, dentro e fora das porteiras, e a chegada de<br />
Mariana à presidência da ABAF demonstra que o setor florestal trilha o mesmo caminho da inclusão e da igualdade”, declarou<br />
Humberto Miranda, presidente da FAEB.<br />
Também se pronunciaram o coronel José Aparecido de Moraes, Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico,<br />
Ciência e Tecnologia de Três Lagoas (MS); Dito Mário, da Reflore; Joésio Siqueira, da STCP; Erich Gomes Schaitza, chefe geral<br />
da EMBRAPA Florestas; deputado estadual Eduardo Salles; Ricardo Alban, presidente da FIEB, Vitor Lopes, do SEBRAE e<br />
Paulo de Almeida, da SDE (Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia), entre outros.<br />
Foto: divulgação/ ABAF<br />
26 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
NOTAS<br />
CONFIANÇA<br />
DA INDÚSTRIA SOBE EM AGOSTO<br />
O ICI (Índice de Confiança da Indústria) subiu 0,8 ponto em agosto para 100,3 pontos. Em médias móveis trimestrais, a<br />
elevação foi de 0,2 ponto. Os dados foram divulgados recentemente pelo IBRE (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV<br />
(Fundação Getúlio Vargas).<br />
Para o economista Stéfano Pacini, do ICI, a alta indica o bom nível de atividade mantido pelo setor no terceiro trimestre,<br />
com a melhora do ambiente de negócios influenciada pela descompressão de custos com a queda de preços de combustíveis<br />
e energia.<br />
“Os níveis de demanda ainda estão positivos e os estoques se mantêm equilibrados, apesar do cenário ainda problemático<br />
quanto ao suprimento de alguns tipos de insumos. Esse quadro favorável se reflete nas previsões ainda favoráveis<br />
para a evolução do emprego no setor nos três meses. Nos demais quesitos que medem expectativas em relação ao futuro<br />
próximo, nota-se alguma cautela dos empresários frente a um segundo semestre de eleições e manutenção de juros mais<br />
elevados”, explica.<br />
Os dados mostram que houve alta da confiança em 9 dos 19 segmentos industriais monitorados pela sondagem em<br />
agosto. O ISA (Índice Situação Atual) avançou 1,4 ponto e chegou a 102,8 pontos. O IE (Índice de Expectativas) subiu 0,3<br />
pontos e atingiu 97,9 pontos.<br />
Segundo o FGV IBRE, o melhor desempenho no ISA foi verificado no indicador que mede o nível dos estoques, com o<br />
recuo de 2,9 pontos, para 96,7 pontos. Isso coloca o indicador na região neutra, apontando que os estoques estariam equilibrados.<br />
O indicador que mede a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios subiu 0,6 ponto, para<br />
101,7 pontos. E o grau de satisfação das empresas com o nível de demanda avançou 0,4 ponto, para e 103,2 pontos.<br />
Nos indicadores de expectativa, a principal influência veio da tendência dos negócios para os próximos seis meses, com<br />
alta de 3,0 pontos em agosto, para 96,9 pontos. Apesar disso, o IBRE FVG aponta que o indicador continua em patamar baixo<br />
em níveis históricos.<br />
Já o indicador que mede o otimismo com a evolução da produção física nos três meses seguintes caiu 3,0 pontos, para<br />
92,1 pontos. O resultado é o mais baixo desde março deste ano, quando o indicador chegou a 90,3 pontos.<br />
Por outro lado, a expectativa de emprego nos três meses seguintes teve alta pelo quinto mês consecutivo, de 0,7 ponto,<br />
para 104,6 pontos, alcançando o melhor resultado desde outubro de 2021, quando o indicador ficou em 108,1 pontos.<br />
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria se manteve estável em agosto, com variação de -0,1 ponto<br />
percentual, para 82,2%.<br />
Plaina Moldureira<br />
Omil PMO - 240<br />
Versões: 2 a 9 eixos<br />
•Carenagem com<br />
revestimento acústico;<br />
Foto: divulgação<br />
Economia,<br />
tecnologia e<br />
produtividade<br />
no Beneficiamento<br />
de madeira<br />
•Comando à distância<br />
do sistema de avanço;<br />
•Elevação da caixa<br />
de tração motorizada;<br />
•Lubrificação automática<br />
da mesa de entrada.<br />
28 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
+55 (47) 3357-8300 | +55 (47) 9 9167-7145 | vendas@omil.com.br | www.omil.com.br
NOTAS<br />
EMPREGOS<br />
Segundo o relatório do mês fornecido pelo MTPS (Ministério do Trabalho e da Previdência Social), o resultado demonstra<br />
uma queda quando comparado com o mesmo período do ano passado, quando o país registrou 306,5 mil novos cargos<br />
com carteira assinada. Segundo o governo, no mês passado foram contabilizadas 1,89 milhão de contratações e 1,67 milhão<br />
de demissões. Durante o primeiro semestre deste ano, entre janeiro e julho, 1.56 milhão de vagas foram criadas contra 1,79<br />
milhão de vagas em 2021, um recuo de mais de 200 mil empregos. A pasta informou também que o salário médio das contratações<br />
foi de R$ 1.926,54 em julho deste ano, uma alta real, descontada a inflação, de R$ 15,31 (0,8%) em comparação a<br />
junho. Os números apontam que o setor de serviços foi o maior responsável pelas novas admissões, 81.873. Seguido pela<br />
indústria com 50.503 e pela construção com 32.082. A região sudeste foi a que mais absorveu os empregos, 99.530, seguida<br />
por nordeste com 49.215 e sul com 28.152. Foram criadas 1,6 milhão de vagas de emprego formal de janeiro a julho de 2022.<br />
O número é menor que o registrado em igual período do ano passado, quando houve saldo positivo de 1,8 milhão de empregos.<br />
Atualmente, o Brasil tem 42,2 milhões de empregos com carteira assinada. O patamar é recorde. Todos os segmentos<br />
fecharam o mês no azul. O setor de serviços teve o melhor desempenho: serviços: 81.873; indústria: 50.503; comércio:<br />
38.574; construção: 32.082; agricultura: 15.870. Houve criação de empregos em todas as 5 regiões do país: sudeste: 99.530;<br />
nordeste: 49.215; sul: 28.152; centro-oeste: 25.179; norte: 16.080. Os trabalhadores tiveram salário médio de R$ 1.926,54 em<br />
julho. O valor é 0,8% maior que o registrado em junho. Representa um acréscimo acima da inflação de R$ 15,31, em média.<br />
CIPERTRIN MD<br />
• Líder no tratamento inseticida de painéis de madeira, (compensados,<br />
aglomerados MDF, OSB e outros) por adição à cola;<br />
• Mais concentrado dos inseticidas, diminui a quantidade de inertes<br />
a serem aplicados na cola, como também a área de estocagem;<br />
• Base água, com baixa toxicidade e baixo odor;<br />
• Isento de solventes que atacam as borrachas dos equipamentos<br />
industriais;<br />
• Compatível com resinas de última geração;<br />
• Fácil diluição em água, para tratamento por imersão de madeiras<br />
serradas.<br />
TBP 90<br />
• O primeiro fungicida (antimofo) para madeira a base de<br />
tribromofenol só poderia ser o líder de mercado e a MSM<br />
Química a maior importadora deste ingrediente ativo.<br />
• Produto de fácil aplicação não retirando da madeira<br />
suas características naturais.<br />
• Fácil diluição, não decantando ou criando borras dentro<br />
do tanque de imersão.<br />
30 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
Foto: divulgação<br />
Rua Cyro Correia Pereira, 3209 • CIC • Curitiba (PR)<br />
(41) 3347-8282 msm@msmquimica.ind.br<br />
www.msmquimica.ind.br
NOTAS<br />
ENERGIA VERDE<br />
Protagonista na área de energia, o Brasil tem potencial de ampliar a participação de fontes renováveis em sua matriz<br />
para se tornar ainda mais competitivo e alinhado aos critérios de ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa) e, com<br />
isso, contribuir para que as empresas se tornem mais evoluídas. É o que avalia Nelson Al Assal Filho, diretor de normalização<br />
da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que participou do 8º Fórum de Infraestrutura Grandes Construções,<br />
que tratou do tema: Oportunidades e Desafios do Setor de Energia no Brasil.<br />
Nesse sentido, a gestora da unidade de negócios renováveis da TRACTEBEL Engie, Fabiane Ferrão, avalia que fontes renováveis<br />
permitiram que o setor industrial reduzisse seus custos com energia e, em alguns casos, se tornasse independente<br />
produzindo sua própria energia, com a possibilidade de vender os excedentes dessa produção, ganhando uma renda adicional<br />
e obtendo um impacto ambiental positivo.<br />
Contudo, para o superintendente de pesquisa da FGV Energia, Felipe Gonçalves, o setor elétrico ainda precisará dos<br />
recursos fósseis a curto prazo, mesmo expandido o uso das renováveis. O sistema hidrotérmico – fonte hídrica complementada<br />
com termelétricas a gás natural – ainda será majoritário.<br />
Segundo Manoel Ribeiro de Oliveira Neto, superintendente Desenvolvimento de Novos Negócios da Álya Construtora,<br />
a fonte hidrelétrica é a bateria e a base do sistema. Por isso, outras usinas hidrelétricas serão feitas na região da Amazônia,<br />
que ainda possui muito potencial a ser explorado.<br />
“Não se pode abrir mão de outras hidrelétricas, porque estaria aumentando o despacho da energia térmica, acarretando<br />
preços e custos mais altos, não atendimento aos compromissos da COP e aceleração das emissões de dióxido de carbono”,<br />
explicou. Em sua visão, a diversificação da matriz contribui para ampliar a capacidade do país, para o atendimento à população,<br />
para a competitividade da indústria e para um preço adequado da energia.<br />
Durante o 8º Fórum de Infraestrutura Grandes Construções, uma iniciativa da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia<br />
para Construção e Mineração), Al Assal Filho, comentou que o tempo para a transição energética é curto, requerendo<br />
um salto para um novo modelo, onde as fontes solar e eólica serão<br />
fundamentais. De acordo com ele, a descarbonização não se trata<br />
apenas de produzir energia, mas também de gerenciar melhor a<br />
energia, trazendo uma ecoeficiência maior para a rede e nos dispositivos,<br />
aprimorando o desempenho e a eficiência energética.<br />
Nesse sentido, a tecnologia FVF (fotovoltaica flutuante) é uma<br />
solução limpa, sustentável, ambientalmente favorável. Desenvolvida<br />
por brasileiros, com ajuda de computação avançada e com uma<br />
equipe multidisciplinar, o sistema tem demostrado robustez e performance<br />
em usinas hidrelétricas brasileiras, como a UHE Itumbiara<br />
e UHE Belo Monte, além de atender uma comunidade indígena na<br />
região amazônica.<br />
“Nessa comunidade, a tecnologia fornece 24h (horas) de energia<br />
sem derrubar uma árvore, sem emitir uma grama de CO 2<br />
(gás<br />
carbônico) na atmosfera da floresta, sem contaminar o solo com<br />
diesel”, comentou Demóstenes Barbosa da Silva, presidente da<br />
Base Energia Sustentável, que afirmou que a meta é escalar a tecnologia,<br />
“pois vislumbramos o potencial de dobrar a capacidade<br />
de geração de energia no Brasil, e isso utilizando menos de 10%<br />
dos reservatórios das usinas hidrelétricas.”<br />
Outro ponto importante é a modernização regulatória do setor<br />
de energia que, segundo Goncalves, tem sido importante para<br />
criar um ambiente robusto para uma maior participação das fontes<br />
renováveis, para operar o sistema de forma mais segura e para a<br />
entrada da digitalização, trazendo a possibilidade de os consumidores<br />
terem um papel mais relevante no setor elétrico. Ele lembrou<br />
ainda do potencial brasileiro dos biocombustíveis e bioenergia,<br />
e da oportunidade de produzir e exportar hidrogênio verde e de<br />
fabricar produtos verdes.<br />
Foto: divulgação<br />
excelência em cada detalhe<br />
qualidade superior<br />
Secador de Lâminas Contínuo<br />
Operando com a mais avançada tecnologia de<br />
secagem, o secador de lâminas oferece alta qualidade<br />
e eficiência sendo destaque no mercado industrial<br />
+55 (41) 3347 2412<br />
+55 (41) 99103 8558 indumec.industria.mec.ltda Indumec Industria Mec Ltda<br />
Rua General Potiguara, 1115 - CIC | Curitiba-PR<br />
adm@indumec.com.br<br />
www.indumec.com.br<br />
32 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
NOTAS<br />
FIEP SEDIA 1ª CONFERÊNCIA<br />
ZOOLOGIA NA INDÚSTRIA EM CURITIBA<br />
O que o desenvolvimento da indústria no Paraná tem a ver com o manejo de javalis no Brasil, o controle biológico em<br />
plantios florestais e as ferramentas para monitoramento e controle de pragas? Parece difícil associar esses temas de debate<br />
científico aos desafios do setor produtivo. Mas os três assuntos uniram universidades, pesquisadores e profissionais da zoologia<br />
a setores da indústria do Estado na I Conferência: Zoologia na Indústria, novas tecnologias e perspectivas no auxílio à<br />
cadeia produtiva. O evento fez parte da programação paralela do 34º Congresso Brasileiro de Zoologia, realizado recentemente,<br />
no Campus da Indústria do Sistema FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), em Curitiba (PR).<br />
A conferência reuniu palestras e reuniões técnicas sobre temas pré-selecionados, de interesse do setor produtivo, relacionados<br />
a diferentes áreas da zoologia. O objetivo é estimular ações integradas que contribuam para levar conhecimento a<br />
gestores de empresas sobre desafios ligados a fatores naturais que impactam o dia a dia das indústrias.<br />
Para o presidente do Sistema FIEP, Carlos Valter Martins Pedro, o evento foi uma grande oportunidade principalmente<br />
para algumas áreas ligadas ao agronegócio. “Este é um serviço importante que estamos disponibilizando para a indústria<br />
do nosso Estado. Queremos iniciar com a formação de grupos de trabalho que vão poder compartilhar experiências a partir<br />
do conhecimento adquirido nas universidades para aplicação na rotina de algumas cadeias produtivas”, reforça.<br />
Já para Luciane Marinoni, presidente da Sociedade Brasileira de Zoologia, também membro titular do departamento de<br />
Zoologia da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e responsável pelo congresso, falta comunicação entre quem produz<br />
conhecimento e quem aplica. “Se a academia não puder produzir conhecimento, realizar pesquisas, a indústria será com<br />
certeza afetada. Por isso estamos trazendo o setor para a programação do evento para que possamos trabalhar juntos”,<br />
justifica. “Empresários terão especialistas disponíveis para tratarem de assuntos de seu interesse. E a academia poderá levar<br />
suas demandas ao conhecimento deles, que poderão contribuir, por exemplo, na captação de recursos e no direcionamento<br />
de pesquisas em áreas que impactam diretamente seus negócios”, alerta a professora.<br />
Para este debate inicial entre setor produtivo e especialistas foram elencados três temas prioritários para nortear reuniões<br />
técnicas da conferência. O primeiro deles é o manejo e controle de javalis. A ameaça mais significativa dessa espécie<br />
exótica ao meio ambiente e ao agronegócio é de ordem sanitária, por serem agentes causadores e transmissores de diversas<br />
doenças que afetam a suinocultura industrial, outras espécies e até a saúde humana. Além de sua agressividade e facilidade<br />
de adaptação, a reprodução descontrolada de javalis e a ausência de predadores naturais resultam em uma série de<br />
impactos ambientais e socioeconômicos, principalmente para pequenos agricultores. Considerados invasores, eles causam<br />
perda da biodiversidade em escala global e representam um desafio para a conservação dos recursos naturais.<br />
O segundo assunto da pauta prioritária é o controle biológico de pragas em plantios florestais. Sabe-se que plantios de<br />
eucalipto e pinus no Paraná, utilizados pela indústria madeireira, moveleira e de celulose e papel, sofrem ameaça constante<br />
de espécies de insetos, especialmente algumas variedades de vespas, formigas e até de alguns mamíferos. No evento,<br />
serão debatidos experimentos recentes que empregam alta tecnologia no combate a essas pragas, preservando o meio<br />
ambiente e as culturas.<br />
Para fechar a conferência, foram apresentadas experiências com uso de novas ferramentas para monitoramento e controle<br />
de pragas em plantações de cereais. Houve apresentação de cases de sucesso, como por exemplo, o uso de drones<br />
em plantações de trigo no Rio Grande do Sul, que monitoram e verificam o momento mais apropriado para fazer o controle<br />
biológico de afídeos (pulgões). Essa técnica pode ser empregada em outras áreas da agroindústria paranaense.<br />
Foto: divulgação/Fiep<br />
34 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
NOTAS<br />
ABIMÓVEL E SEBRAE<br />
FAZEM PARCERIA<br />
Responsável pela sexta maior produção mundial, o segmento da indústria moveleira do Brasil tem potencial para ampliar<br />
cada vez mais sua competitividade. Essa necessidade, muitas vezes distante de quem mais precisa – as MPEs (micro e pequenas<br />
empresas) –, começa a ser atendida agora, a partir de uma parceria firmada entre a Abimóvel (Associação Brasileira<br />
das Indústrias do Mobiliário) e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).<br />
O PCDIMOB (Projeto de Desenvolvimento, Competitividade e Integração da Indústria do Mobiliário) pretende envolver<br />
mais de 200 pequenos negócios até 2024, ano final da primeira parte do programa, com efeito de transbordamento para<br />
1.730 indústrias. A iniciativa está em fase de definição dos pontos focais nos Estados e polos e planeja associar esforços e<br />
recursos para o desenvolvimento da competitividade, produtividade e integração dos MPEs de forma sustentável.<br />
Já estão confirmadas no projeto oito unidades estaduais do Sebrae, abrangendo todas as regiões brasileiras: Pará, Piauí,<br />
Sergipe, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal. A partir da mobilização de<br />
todas elas e dos sindicatos e das entidades locais, Abimóvel e Sebrae coordenarão a implementação do plano de trabalho<br />
com foco no encadeamento produtivo. “Hoje, o mundo trabalha em rede. O encadeamento produtivo e a atuação em rede<br />
são fundamentais”, afirma o presidente da Abimóvel, Irineu Munhoz.<br />
O PDCIMOB prioriza cinco objetivos estratégicos: excelência em gestão; inteligência estratégica e promoção comercial;<br />
inserção e inovação; competitividade e produtividade; e atuação em rede.<br />
Para que eles se concretizem, foram desenvolvidas três linhas estratégicas. Uma delas é a Inteligência Setorial e Digital,<br />
cujas ações visam o mapeamento de perfil setorial e a qualificação e preparação das empresas para os canais e plataformas<br />
digitais.<br />
Serão desenvolvidos o persona do projeto, espécie de um reflexo das empresas participantes, e a medição da maturidade<br />
digital dos negócios – para cada um dos três níveis há um plano de ação – através da Jornada Digital.<br />
Outra trilha é a Melhoria da Competitividade. A atuação é focada em aproximar o Brasil Mais Móveis de 100 empresas, a<br />
fim de trazer excelência em gestão e inserção em mercados digitais, em design integrado à indústria, para melhoria da competitividade<br />
e produtividade.<br />
A terceira trilha estratégica é a aproximação comercial, a fim de efetivar a realização de negócios em diversos elos da<br />
cadeia produtiva por meio de soluções de aproximação comercial/virtual (rodadas de negócios) e da integração e aproximação<br />
entre fornecedores nacionais e fabricantes para geração de negócios.<br />
Como resultado do projeto, a Abimóvel e o Sebrae esperam que os pequenos negócios ganhem percentual de aumento<br />
tanto na produção quanto no faturamento e atinjam salto de 30% na inovação.<br />
TERMOLEGNO.COM<br />
Secadores<br />
de alta<br />
temperatura<br />
para madeira<br />
TECNOLOGIA<br />
E DESIGN ITALIANO<br />
STUDIOFABBRO.COM<br />
QUALIDADE<br />
DOS NOSSOS<br />
SISTEMAS<br />
Utilizamos<br />
componentes<br />
e matéria-prima<br />
de alta qualidade<br />
e durabilidade.<br />
SISTEMAS DE<br />
CONTROLE<br />
Visualização dos<br />
consumos dos<br />
diversos atuadores<br />
para cálculos<br />
dos custos totais<br />
elétricos e térmicos<br />
de acordo com as<br />
faixas horárias.<br />
SISTEMA DE<br />
RECIRCULAÇÃO<br />
DE AR<br />
Sistema especial<br />
de recirculação de<br />
ar para melhorar e<br />
encurtar os tempos<br />
de secagem.<br />
36 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
Contacte-nos para aconselhamento técnico<br />
Representante Brasil: Jorge Garghetti • +55 (43) 99677-6430 • brasil@termolegno.com • termolegno.com
NOTAS<br />
NEGÓCIOS<br />
INTERNACIONAIS<br />
Cerca de 500 participantes, entre púbico presencial e remoto, se reuniram no Campus da Indústria do Sistema FIEP, em<br />
Curitiba, no 2° Seminário de Negócios Internacionais do Paraná. Organizado pelo WTC (World Trade Center) Curitiba, em<br />
parceria com a FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) por meio do CIN (Centro Internacional de Negócios),<br />
o evento contou com a presença de representantes diplomáticos dos EUA (Estados Unidos da América), Reino Unido e da<br />
Alemanha, incluindo o embaixador Gustavo Pestana, presidente da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações<br />
e Investimentos), além de empresários e lideranças do Estado.<br />
Na abertura do seminário, marcaram presença o vice-governador do Paraná, Darci Piana; o assessor-chefe de Relações<br />
Internacionais da Prefeitura de Curitiba, Rodolpho Feijó; a presidente do WTC Curitiba, Daniella Abreu; e o vice-presidente<br />
da FIEP, Paulo Pupo. “Parabenizo os organizadores pela importância da realização de eventos como este, que dão a oportunidade<br />
para que o Estado possa aproveitar melhor o momento e se destacar no mercado mundial”, enalteceu o vice-governador.<br />
Ainda de acordo com Piana, com o período pós-pandêmico e a guerra na Europa, a fragilidade mais latente do<br />
mundo também incita a uma necessidade de impulsionamento dos investimentos nos negócios internacionais do Paraná.<br />
Apesar de ser a segunda edição, este foi o primeiro seminário presencial, motivo a ser comemorado pela presidente<br />
do WTC Curitiba, Joinville e Porto Alegre, Daniella Abreu. “É uma alegria realizar este evento presencialmente na casa da<br />
indústria. Curitiba foi o primeiro WTC consolidado na região sul, que conta ainda com os WTCs Joinville e Porto Alegre.<br />
Gostamos de negócios internacionais e queremos liderá-los por meio do sul do Brasil. Por isso, trouxemos os nossos cinco<br />
grupos temáticos de competitividade para participar dos painéis nesses dois dias de evento.” O evento foi criado em 2021<br />
para promover a interação produtiva entre a indústria, gestão pública e as boas práticas do mercado.<br />
Com a temática principal: Competitividade nos negócios internacionais; mais de 35 especialistas de referência no<br />
mercado discutiram, ao longo de dois dias, assuntos como Desburocratização, Fusões e Aquisições, ESG (Governança Ambiental,<br />
Social e Corporativa), Pessoas e Culturas e Aceleração Digital. Os temas foram abordados sob a ótica dos negócios<br />
internacionais.<br />
“Vivemos um momento complexo de comércio internacional, com muitos acordos bilaterais e poucos coletivos. E essa<br />
dinâmica traz uma efervescência diária em nossas mesas no comércio exterior”, afirmou Paulo Pupo, vice-presidente do<br />
Sistema FIEP. Para ele, o Paraná tem DNA exportador e balança comercial estabelecida, malha multisetorial muito boa, da<br />
rede de logística até as cadeias de valores. Por isso, Pupo apontou a importância de debater formas de se fazer negócios<br />
em meio a todos esses cenários.<br />
A palestra de abertura foi apresentada por Gabriella Dorlhiac, diretora executiva da ICC Brasil (International Chamber of<br />
Commerce Brasil). Segundo a especialista, o mercado de carbono é uma ferramenta importante neste contexto, pois exige<br />
ecossistema de medição e verificação<br />
contundente.<br />
“Se vamos vender para fora,<br />
temos que ver se nossa certificação<br />
é internacional, com governança,<br />
transparência e credibilidade. O<br />
lado ambiental é um começo, mas é<br />
preciso olhar para o aspecto social.<br />
Além da redução do crédito de carbono,<br />
por exemplo, podemos gerar<br />
impacto positivo na nossa comunidade;<br />
e evidenciar o ESG como valor<br />
agregado nas certificações. Essa<br />
mentalidade é mais simples do que<br />
as empresas imaginam, começando<br />
pelas pequenas ações. Quem sobrevive<br />
ao ambiente brasileiro e se<br />
acostuma a essa complexidade tende<br />
a atuar muito bem no mercado<br />
mundial, que é bem mais previsível<br />
e regulamentado”, detalhou.<br />
38 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
Conjunto de equipamentos com<br />
finalidade de produzir ar quente para<br />
diversas finalidades industriais tais<br />
como: aquecimento de ambiente, secagem<br />
de lâminas de madeira, secagem de madeiras<br />
serradas, secagem de tecidos, desidratação de<br />
frutas, secagem de cereais, grãos, sementes e<br />
ervas em geral. Ar quente isento de<br />
contaminantes da fumaça produzido em trocador<br />
de calor em aço inoxidável resistente ao calor e à<br />
corrosão garante maior vida útil ao equipamento e<br />
qualidade do quente. O equipamento acima foi<br />
projetado para queimar serragem úmida.<br />
Gerador de ar<br />
quente<br />
gerador de ar quente para<br />
grandes volumes<br />
99669-86 9<br />
Para secadores de grãos são produzidos com<br />
capacidade para aquecer até 500.000 m³/h<br />
de ar de 20°C a 100°C. Fornalha para lenha,<br />
picado de madeira, óleo combustível ou<br />
diesel. O trocador de calor é totalmente<br />
construído em aço inoxidável resistente ao<br />
calor. Baixa perda de carga para a passagem<br />
do ar. Temperatura do ar quente é dimensionado<br />
para cada aplicação.<br />
aumento de produtividade,<br />
sem perder qualidade<br />
www.lionsmachine.com.br
NOTAS<br />
APEX-BRASIL<br />
AMPLIA HORIZONTES<br />
Lançamento!<br />
A Apex-Brasil está ampliando sua atuação na África subsaariana e no sudeste asiático, para além da China. Para o embaixador<br />
Augusto Pestana, presidente da Apex-Brasil, é fundamental a integração entre o setor produtivo e industrial com os<br />
mecanismos diplomáticos para ampliar a internacionalização dos negócios brasileiros. “Estamos fortalecendo nossa capacidade<br />
de atuação nos continentes asiático e africano, com ações de inteligência de mercado, qualificação para exportação,<br />
promoção comercial e captação de investimentos estrangeiros. A Índia é um país que está sendo forçado a se abrir pela<br />
realidade de milhões de pessoas na classe média, que consomem mais, querem comer e morar melhor, o que abre muitas<br />
portas para nossa exportação de setores como a indústria moveleira”, afirmou o embaixador.<br />
Pestana fez a palestra de abertura do segundo dia do 2º Seminário de Negócios Internacionais do Paraná. “As portas da<br />
Apex estão abertas tanto em Brasília, quanto nos escritórios que temos pelo mundo. Trabalhamos junto à rede de consulados<br />
e embaixadas. Quando soube da realização do evento, aceitei de imediato. Sempre me sinto em casa quando venho a<br />
Curitiba. Mesmo conhecendo tão bem a cidade, me surpreendo com produtos locais. Sou filho de gaúchos, gosto muito de<br />
carne bovina, e comi pela primeira vez uma posta vermelha. São esses e outros produtos, serviços e iniciativas que devem<br />
ser fomentadas do Paraná para o mundo”, elogiou Pestana.<br />
Além da palestra do embaixador, o evento recebeu Joel Reynoso, vice-conselheiro sênior para Assuntos Comerciais na<br />
Embaixada dos EUA (Estados Unidos da América), no Brasil. “Os EUA são o segundo maior destino das exportações brasileiras,<br />
e o Brasil é o 19º maior investidor nos EUA. Em 2021, tivemos recorde de US$ 70,5 bilhões no comércio bilateral entre<br />
as nações. Isso é fomentado por meio de um engajamento bilateral consistente, diálogo comercial, fórum de CEOs e diálogos<br />
com a indústria da defesa. Nos próximos 10 anos, o programa Bipartisan Infrastructure Deal vai possibilitar a criação de<br />
1,5 milhão de empregos por ano com US$ 1 trilhão de investidos. É o maior programa do tipo da história dos EUA”, destacou.<br />
Para Carlos Valter Martins, presidente no Sistema FIEP, eventos de fomento ao comércio exterior e à internacionalização<br />
de empresas devem ser sempre incentivados. “Essa relação com o WTC (World Trade Center), com representantes de<br />
embaixadas e agências de fomento produzem um ambiente muito próspero de negócios para a indústria do nosso Estado.<br />
A ação de um agente complementa a do outro. Um exemplo: sabemos que vinhos importados são excelentes, mas temos<br />
vinhos brasileiros e paranaenses de primeira qualidade. Sempre damos essa preferência em nossos eventos na FIEP. São<br />
ações que ajudam a incentivar e dar visibilidade à nossa indústria, em especial quando temos convidados estrangeiros”,<br />
enalteceu Carlos.<br />
EQUIPAMENTO COMPLETO<br />
AUTOMAÇÃO E CONTROLE REMOTO DE PROCESSO<br />
GVI<br />
(Unidade Geradora de Vapor para estufas de até 100m 3 ,<br />
com o melhor custo benefício do mercado)<br />
AT100<br />
(Estufa de secagem de madeira para eucalipto e pinus,<br />
com capacidade para 100m³. Equipamento projetado para<br />
dar o máximo de eficiência nos processos de produção<br />
de madeiras plantadas)<br />
Para a instalação do equipamento o cliente somente precisa disponibilizar o piso,<br />
o restante da montagem é feita por nossa equipe.<br />
40 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
contato@drytech.ind.br<br />
www.drytech.ind.br<br />
@dry.tech (51) 99425.1629 (51) 3575.6031 | (51) 3091.9922<br />
Rua Manoel dos Passos Figueroa, 630 | Vicentina - São Leopoldo | RS
NOTAS<br />
CHEGADA DO 5G<br />
DEVE IMPULSIONAR VENDAS DE MÓVEIS<br />
Nos próximos meses, mais cidades brasileiras vão passar a ter sinal de 5G, a quinta frequência da telefonia móvel. A<br />
disseminação da cobertura da internet móvel de quinta geração está evoluindo mais rapidamente do que o esperado pelas<br />
autoridades. O sinal já começou a ser ativado pelas capitais e, em todos os locais, as operadoras instalaram mais antenas do<br />
que o exigido pelas regras da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).<br />
Durante o Seminário 5G.BR, evento organizado em agosto pela Anatel para divulgar os resultados positivos, o ministro<br />
das Comunicações, Fábio Faria, fez um balanço positivo. A cidade São Paulo tem motivos para comemorar a chegada da<br />
tecnologia no curto prazo. A previsão era que a cidade recebesse em torno de 370 antenas até o fim deste ano, mas já tem<br />
1,5 mil pontos instalados ou em fase de instalação. A nova internet móvel deve impulsionar a venda de móveis e chega ao<br />
país quase 10 anos após o lançamento do 4G em território brasileiro. No final de 2012, Recife se tornou a primeira capital do<br />
país a ativar a rede majoritária nos dias atuais.<br />
Outrora revolucionária, a quarta geração da internet móvel trouxe velocidade de download comparável a computadores<br />
conectados via modem a cabo. Enquanto a rede 3G disponibiliza, em média, 2 Mbps (megabits por segundo), a 4G entrega<br />
de 3 a 5 Mbps.<br />
Já o 5G promete ser extremamente mais rápido que qualquer geração anterior. As operadoras que compraram a faixa<br />
no ano passado, via licitação da Anatel, vão poder disponibilizar um pico de downloads de até 20.480 Mbps.<br />
Nesse aspecto, é imprescindível notar as vantagens que a velocidade do 5G pode trazer, especialmente, para os consumidores<br />
e empresas do setor moveleiro. Segundo o IBGE, já são 242 milhões de smartphones em uso no Brasil, contra pouco<br />
mais de 214 milhões de habitantes. Uma conexão mais rápida pode permitir às operadoras trabalhar com mais desses<br />
dispositivos conectados ao mesmo tempo.<br />
Para os consumidores do e-commerce de móveis, isso significa o carregamento praticamente instantâneo dos aplicativos<br />
e sites das varejistas. Não será mais necessário, portanto, procurar um lugar com conexão wi-fi para fazer uma compra.<br />
Além disso, os clientes poderão utilizar, sem travamentos, tecnologias que simulam como os móveis ficariam em suas casas.<br />
A médio prazo, ainda, eles conseguirão acessar as lojas dentro do ambiente de realidade virtual do Metaverso.<br />
No mesmo sentido, as indústrias e varejistas do setor verão uma diminuição no tempo de latência na conexão dos sistemas<br />
de fabricação, venda e transporte. Caminhões guiados por GPS, por exemplo, apresentarão menos erros de roteiro que<br />
atrasam a distribuição dos produtos.<br />
“Com Setup rápido e de fácil manuseio, os<br />
desoladores pneumáticos da Rotteng<br />
flexibilizam e otimizam os cortes de madeira,<br />
o que diminui o desperdício e aumenta a<br />
produção com qualidade e precisão nas<br />
medidas, além de atender as normas legais<br />
que garantem a segurança dos<br />
colaboradores. Esta parceria perdura há<br />
mais de 6 anos.” 09/10/2019<br />
Marco Almeida de Souza<br />
Diretor <strong>Industrial</strong> do Grupo Embalatec<br />
“Os destopadores RottStop, da Rotteng, são<br />
máquinas robustas com sistemas confiavéis.<br />
Hoje estamos equipando todas as nossas<br />
fábricas com as destopadeiras RottStop, com<br />
isso conseguimos reduzir as perdas em mais<br />
de 60%, sem contar a qualidade dos cortes e<br />
a segurança que a lei exige” 11/10/2021<br />
Rodrigo de Oliveira Novo<br />
Pesquisa e Desenvolvimento de Máquinas e<br />
Equipamentos (P&D)<br />
“Compramos a primeira destopadeira<br />
automática Rotteng há 5 anos. Com isso<br />
conseguimos aumentar a produtividade,<br />
reduzir funcionários, melhorar a qualidade de<br />
cortes, reduzir desperdícios de madeira e com<br />
a segurança que a lei exige. Hoje temos 7<br />
destopadores e 1 com destopo em ângulo,<br />
diminuindo o gasto com a manutenção e<br />
possuindo toda a assistência técnica.”<br />
04/10/2019<br />
Cidnei Roberto Brito<br />
Gerente de Marcenaria<br />
Foto: divulgação<br />
42 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
NOTAS<br />
VENDAS DE TÍTULOS ATINGEM<br />
MAIOR NÍVEL EM MAIS DE TRÊS ANOS<br />
As vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet somaram R$ 4,01 bilhões em julho, segundo divulgação do<br />
Tesouro Nacional. O volume é o segundo maior da história para um mês, perdendo apenas para maio de 2019 (R$ 5,86 bilhões).<br />
Os títulos mais procurados pelos investidores foram os corrigidos pela Selic (juros básicos da economia), cuja participação<br />
nas vendas atingiu 49,4%. Os títulos vinculados à inflação IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) corresponderam<br />
a 37,7% do total, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, foram 12,9%.<br />
A expectativa de que a taxa Selic pare de subir diminuiu o interesse dos investidores por esse tipo de papel. Em junho,<br />
as vendas desses títulos estavam em 55,3%. Em contrapartida, as vendas de papéis prefixados, que representavam 31,8% em<br />
junho, tiveram forte alta.<br />
Desde março de 2021, o Banco Central tem elevado a Selic. A taxa, que estava em 2% ao ano, no menor nível da história,<br />
saltou para 13,75% ao ano de lá para cá. A última ata da reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária) indicou que as<br />
elevações estão próximas de acabar.<br />
O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 96,45 bilhões no fim de julho, aumento de 2,5% em relação ao mês anterior<br />
(R$ 94,07 bilhões) e de 42,1% em relação a julho do ano passado (R$ 67,89 bilhões). Essa alta ocorreu porque as vendas<br />
superaram os resgates em R$ 1,74 bilhão no mês passado.<br />
Em relação ao número de investidores, 535.983 novos participantes se cadastraram no programa no mês passado. O<br />
número total de investidores atingiu 20.028.345. Nos últimos 12 meses, o número de investidores acumula alta de 67,6%. O<br />
total de investidores ativos (com operações em aberto) chegou a 2.039.876, aumento de 27,7% em 12 meses.<br />
A utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas de<br />
até R$ 5 mil, que correspondeu a 82,3% do total de 648.492 operações de vendas ocorridas em julho. Só as aplicações de<br />
até R$ 1 mil representaram 59,1%. O valor médio por operação foi de R$ 6.178,38.<br />
Os investidores estão preferindo papéis de curto prazo. As vendas de títulos com prazo entre 1 e 5 anos representaram<br />
71,9% e aquelas com prazo entre 5 e 10 anos, apenas 3,5% do total. Os papéis de mais de dez anos de prazo representaram<br />
24,6% das vendas.<br />
O balanço completo do Tesouro Direto está disponível na página do Tesouro Transparente.<br />
Simno celebra 33 anos de história e promove a<br />
última etapa do circuito de palestras sobre Saúde<br />
e Segurança no Trabalho no setor florestal<br />
Durante a noite de 5 de agosto, o circuito de<br />
palestras orientativas sobre Saúde e Segurança no<br />
Trabalho na indústria madeireira teve sua quinta e<br />
última etapa em Juína, na sede do Sindicato das<br />
Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de<br />
Mato Grosso (Simno). As primeiras etapas do evento<br />
ocorreram em Nova Maringá, Sinop, Alta Floresta e<br />
Juara.<br />
Na mesma data, o Sindicato completou 33 anos de<br />
fundação e realizou, em edição especial, a Quarta<br />
Assembleia Geral de modo simultâneo às palestras<br />
orientativas ministradas pelo engenheiro de Segurança<br />
do trabalho Paulo Henrique Camacho e pelo<br />
fisioterapeuta Antônio Carlos Junior, da equipe do<br />
Serviço Social da Indústria de Mato Grosso (Sesi MT).<br />
Com o foco na explanação das normas relevantes<br />
para as atividades desenvolvidas no contexto do setor<br />
florestal (NRs 01; 12; 04; 06, entre outras), a agenda<br />
reuniu associados, colaboradores, executivos e<br />
empresários e demais profissionais com atuação em<br />
Mato Grosso.<br />
O empresário florestal e presidente do Simno,<br />
Edvaldo Dal Pozzo, destacou agradecimentos em seu<br />
discurso à presença do Grupo de Trabalho responsável<br />
pela organização e execução do circuito de<br />
palestras (Fiemt, Cipem e Sesi/MT), bem como do<br />
prefeito de Juína, Paulo Veronese, do presidente do<br />
FNBF, Frank Rogieri Almeida, dentre outras ilustres<br />
autoridades.<br />
"Podemos afirmar que a celebração de 33 anos de<br />
fundação do Simno foi memorável, pois atingimos o<br />
objetivo de proporcionar conhecimento, integração e<br />
crescimento para o Setor", disse Dal Pozzo.<br />
Sobre a edição especial da Assembleia Geral, o<br />
presidente do Simno pontuou que diversos assuntos<br />
pertinentes ao setor foram discutidos e que a programação<br />
possibilitou reflexão acerca do importante<br />
papel do Sindicato ao longo de 33 anos.<br />
Nesse sentido, a Superintendente de desenvolvimento<br />
do Cipem, Bárbara Ibanez, conduziu atualizações<br />
importantes sobre a possibilidade de inclusão de<br />
espécies colhidas por meio de Manejo Florestal<br />
Sustentável na Lista Oficial de Espécies Ameaçadas de<br />
Extinção, sendo elas: Angelim-pedra (Hymenolobium<br />
heterocarpum), Roxinho (Peltogyne lecointei) Muiricatiara<br />
(Astronium ulei) e a Cerejeira (Amburana<br />
acreana).<br />
A realização do circuito de palestras SST, que é<br />
uma parceria entre a Federação das Indústrias no<br />
Estado de Mato Grosso (Fiemt), Sesi MT e Centro das<br />
Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do<br />
Estado de Mato Grosso (Cipem), juntamente com os<br />
sindicatos associados se estendeu até a noite de<br />
sexta-feira, 05 de agosto, em Juína.<br />
De acordo com Rafael Mason, presidente do<br />
Cipem, esta foi "uma agenda muito produtiva e que,<br />
por meio do trabalho de todos os envolvidos foi<br />
concluída com êxito em sua proposta de agregar<br />
aprendizado e desenvolvimento".<br />
Foto: divulgação<br />
CipemdeMT CipemMT cipemmt<br />
(65) 3644-3666 Manejosustentavel<br />
www.cipem.org.br<br />
44 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
NOTAS<br />
MERCADO FINANCEIRO<br />
REDUZ PROJEÇÃO DA INFLAÇÃO<br />
A projeção do mercado financeiro para a inflação de 2022 caiu pela oitava semana seguida. Segundo o Boletim Focus,<br />
divulgado pelo Banco Central, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial do<br />
país, caiu de 7,02% para 6,82%, em uma semana. Anteriormente, as expectativas do mercado eram de um IPCA em 7,3%,<br />
neste ano.<br />
O Boletim Focus é uma publicação semanal que reúne a projeção de cerca de 100 instituições do mercado financeiro<br />
para os principais indicadores econômicos do país. A expectativa de inflação para 2023 também caiu: de 5,38% projetados<br />
há uma semana para 5,33%, nesta segunda-feira. Para 2024 e 2025, as projeções de inflação mantêm-se em 3,41% e 3%, respectivamente.<br />
Também se mantêm estáveis as projeções para a Selic (taxa básica de juros) para 2022 (13,75% ao ano) e para<br />
os anos seguintes: 11% ao ano, em 2023; 8% ao ano, em 2024; e 7,5% ao ano, em 2025.<br />
A cotação do real na comparação com o dólar também apresenta estabilidade nas projeções para este e para os próximos<br />
anos. A expectativa do mercado financeiro é de que a cotação da moeda norte-americana chegue a R$ 5,20 tanto ao<br />
final de 2022 como de 2023; e que 2024 e 2025 fechem com o dólar custando R$ 5,10 e R$ 5,17, respectivamente.<br />
Já a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto), soma de todos os bens serviços produzidos no país, está em 2,02%<br />
para 2022. Há uma semana, a projeção do mercado financeiro era de que o ano fecharia com um PIB em 2%; e há quatro<br />
semanas era de 1,93%.<br />
Para 2023, a expectativa é de que o PIB suba 0,39%. Há uma semana, a previsão era de que o ano fecharia com crescimento<br />
de 0,41%; e há quatro semanas, a expectativa de expansão é de 0,49%.<br />
Para 2024 e 2025, as projeções do mercado financeiro para o crescimento do PIB estão estáveis, em 1,8% e 2%, respectivamente.<br />
Foto: divulgação<br />
46 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
NOTAS<br />
CONSUMO DE ENERGIA<br />
SEGUE EM ALTA DESDE FEVEREIRO<br />
O Brasil consumiu 63.083 MW (megawatts) médios de energia elétrica em julho, com variação positiva de 2,6% em relação<br />
ao mesmo período de 2021, aponta o último boletim da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). No<br />
comparativo anual, a demanda segue em alta desde fevereiro, puxada principalmente por setores como madeira, papel e<br />
celulose, serviços e bebidas.<br />
O cenário é observado especialmente na indústria e grandes empresas, como shoppings e redes de varejo, que negociam<br />
o insumo no mercado livre. Em julho, o ambiente consumiu 23.458 MW médios, montante 7,1% superior na comparação<br />
anual.<br />
Outros 39.625 MW médios foram demandados pelo mercado regulado, que abastece residências e pequenas empresas.<br />
No segmento houve incremento de 0,3%, reflexo da elevação da temperatura em boa parte do país, exceto na região<br />
nordeste. Como a migração entre os ambientes tem influência representativa sobre os resultados, a CCEE também analisa<br />
como teria se dado o comportamento dos indicadores desconsiderando a movimentação dessas cargas. Nessa simulação,<br />
o ACL teria um avanço menor, de 4,2%, enquanto o regulado registraria um crescimento de 2,1%. Em outra hipótese, se não<br />
houvesse geração distribuída, haveria uma alta de 2,5% no volume demandado pelo ACR.<br />
Nos 15 ramos de atividade econômica que a CCEE monitora no mercado livre, desconsiderando as novas cargas que<br />
migraram nos últimos 12 meses, a maior alta ocorreu no segmento de madeira, papel e celulose, com 18,9%, seguido por<br />
13,9% em bebidas e 7,6% em serviços. Entre os que registraram quedas está a indústria têxtil, com 4,1%.<br />
Siga nossa página oficial no instagram:<br />
@mafercon.oficial<br />
Foto: divulgação<br />
48 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
NOTAS<br />
VEM AÍ<br />
O ENCAPP 2022<br />
A quinta edição do ENCAPP (Encontro da Cadeia Produtiva da Porta) será realizada entre os dias 14 e 16 de setembro,<br />
em Curitiba (PR). As inscrições são gratuitas pelo site www.encapp.com.br. Principal evento da cadeia produtiva de portas de<br />
madeira do país, o ENCAPP tem como objetivo promover o network entre fabricantes e fornecedores do segmento. Nesta<br />
edição, o encontro acontece junto à Lignum Latin America, na Semana Internacional da Madeira. A mudança proporciona<br />
mais visibilidade para as empresas expositoras e complementará a semana com um importante segmento industrial madeireiro.<br />
Entre os expositores do ENCAPP 2022 estão fabricantes e fornecedores de núcleos de portas, adesivos, ferragens,<br />
ferramentas, espumas para fixação, tintas, vernizes, vedações, revestimentos, máquinas e equipamentos. O ENCAPP é realizado<br />
pela Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente) por meio do PSQ-PME (Programa<br />
Setorial da Qualidade de Portas de Madeira para Edificações), conta com os seguintes apoios institucionais: ABNT<br />
(Associação Brasileira de Normas Técnicas), ACR (Associação Catarinense Reflorestadores), Apre (Associação Paranaense<br />
de Empresas de Base Florestal), CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato<br />
Grosso), FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), FIESC (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina),<br />
IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), SENAI-PR (Serviço Nacional de Aprendizagem <strong>Industrial</strong> do Estado do Paraná),<br />
Sinduscom (Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Ibirama) e SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da<br />
Construção Civil do Estado de São Paulo).<br />
Foto: divulgação<br />
50 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
APLICAÇÃO<br />
MÓVEIS<br />
CORPORATIVOS<br />
Na linha de perfis para móveis corporativos,<br />
a Perfilisa produz acabamentos<br />
de borda flexíveis, que proporcionam<br />
um maior conforto e segurança<br />
para o usuário. Também para essa<br />
linha, oferece perfis puxadores e trilhos<br />
para sistemas deslizantes.<br />
Fotos: divulgação<br />
VEDAÇÕES<br />
DE PORTAS E JANELAS<br />
As vedações de porta têm como objetivo<br />
principal o amortecimento, isolamento<br />
acústico e isolamento térmico<br />
de portas e janelas. São produzidas em<br />
compostos com borracha nitrílica (NBR/<br />
PVC) ou borracha termoplástica (TPE),<br />
tem alta resistência ao UV e resiliência<br />
para suportar os ciclos de uso por mais<br />
de 10 anos.<br />
Foto: divulgação<br />
52 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
FRASES<br />
“A INDÚSTRIA DE PRODUTOS FLORESTAIS CAMINHA LADO<br />
A LADO COM A NOVA ECONOMIA VERDE, QUE ESTÁ SENDO<br />
DESENHADA NO BRASIL E NO MUNDO. COM TECNOLOGIA E<br />
INOVAÇÃO, OS ITENS SÃO ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS AOS<br />
DE ORIGEM FÓSSIL”<br />
JOSÉ CARLOS DA FONSECA JR, DIRETOR EXECUTIVO<br />
DA IBÁ (INDÚSTRIA BRASILEIRA DE ÁRVORES)<br />
“A<br />
ALEMANHA,<br />
POR EXEMPLO,<br />
ESTÁ EM UMA<br />
ENCRUZILHADA<br />
PELA BUSCA<br />
DE ENERGIA VIA<br />
CARVÃO. TRIPLICOU<br />
O PREÇO DO CARVÃO E<br />
ELES NÃO CONSEGUEM<br />
TRANSPORTAR, POR CAUSA<br />
DA SECA NOS RIOS.<br />
ENTÃO, FORAM BUSCAR GÁS<br />
NO QATAR. UMA CRÍTICA<br />
MINHA AO EMBAIXADOR<br />
ALEMÃO FOI: VOCÊS VÃO<br />
BUSCAR GÁS DE UM PAÍS QUE NÃO<br />
PROTEGE MINORIAS E VÊM AQUI<br />
FALAR DE DESMATAMENTO?”<br />
JOAQUIM LEITE,<br />
MINISTRO DO<br />
MEIO AMBIENTE<br />
“MAIS DO QUE UM IMPORTANTE CRIADOR DE<br />
OPORTUNIDADES DE TRABALHO, A INDÚSTRIA É<br />
RESPONSÁVEL PELA GERAÇÃO DE RIQUEZAS. O SETOR<br />
RESPONDE POR 26% DO PIB (PRODUTO INTERNO<br />
BRUTO) PARANAENSE, O QUARTO MAIOR DO PAÍS,<br />
QUE EQUIVALE A R$ 105,8 BILHÕES. A FIEP ACABA<br />
DE COMPLETAR 78 ANOS DE ATUAÇÃO, COM UMA<br />
HISTÓRIA MARCADA PELO APOIO E A DEFESA DOS<br />
INTERESSES DO SETOR”<br />
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil<br />
CARLOS VALTER MARTINS PEDRO, PRESIDENTE DA<br />
FIEP (FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARANÁ)<br />
“PARA NÓS, ESTAR NO ESPAÇO<br />
INDÚSTRIA DA FIESC É UMA<br />
OPORTUNIDADE PARA MOSTRAR<br />
UM POUCO DO QUE FAZEMOS,<br />
QUE, CERTAMENTE, SE SOMA<br />
À PUJANÇA DA INDÚSTRIA<br />
CATARINENSE”<br />
NEWTON FABRIS, PRESIDENTE<br />
DO CONSELHO CONSULTIVO<br />
DA MENDES MÁQUINAS<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
54 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
ENTREVISTA<br />
DE SANTA CATARINA<br />
PARA O MUNDO<br />
FROM THE STATE OF<br />
SANTA CATARINA<br />
TO THE WORLD<br />
ENTREVISTA<br />
N<br />
ão é de hoje que Santa Catarina desponta no setor<br />
de madeira, como um dos Estados mais importantes<br />
na economia brasileira, em especial, na indústria e<br />
exportação. Líder nacional na exportação de móveis<br />
de madeira, o Estado alcançou a marca de US$ 166,3<br />
milhões em vendas para o exterior no primeiro semestre de 2022.<br />
Mario Cezar de Aguiar é engenheiro civil e empresário. Além de<br />
presidente da FIESC (Federação das Indústrias de Santa Catarina),<br />
Aguiar também preside os conselhos regionais do SESI e do<br />
SENAI, a Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da FIESC<br />
e o Conselho Estratégico para Infraestrutura de Transporte e a Logística<br />
Catarinense. Também é membro dos Conselhos Nacionais<br />
do SESI e do SENAI, do SEBRAE (SC), e é delegado da FIESC junto<br />
à CNI (Confederação Nacional da Indústria). O presidente da<br />
FIESC concedeu entrevista exclusiva à REFERÊNCIA INDUSTRIAL:<br />
t is not today that the State of Santa Catarina emerges as one<br />
I<br />
of the most thriving states in the Forest Product Sector of the<br />
Brazilian economy, especially in its timber processing and exports.<br />
A national leader in the export of wood furniture, the<br />
exports from the State reached the US$ 166.3 million mark in<br />
the first half of 2022. Mario Cezar de Aguiar is a civil engineer<br />
and entrepreneur. In addition to being President of the State of Santa<br />
Catarina <strong>Industrial</strong> Federation (Fiesc), Aguiar also chairs the Sesi and<br />
Senai Regional Councils, the Fiesc Chamber of Transport and Logistics<br />
Affairs, and the State of Santa Catarina Strategic Council for Transport<br />
Infrastructure and Logistics. He is also a member of the Sesi and Senai<br />
National Councils, Sebrae (SC), and is a Fiesc delegate to the National<br />
Industry Confederation (CNI). The Fiesc President granted an exclusive<br />
interview to REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong>:<br />
MARIO CEZAR<br />
DE AGUIAR<br />
CARGO: ENGENHEIRO CIVIL E EMPRESÁRIO DOS SETORES DA<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL E PLÁSTICO. PRESIDE OS CONSELHOS<br />
REGIONAIS DO SESI E SENAI, EM SANTA CATARINA<br />
PRESIDENTE DA FIESC (FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE<br />
SANTA CATARINA)<br />
Foto: Filipe Scotti<br />
FUNCTION: CIVIL ENGINEER, ENTREPRENEUR IN THE BUILDING<br />
CONSTRUCTION AND PLASTIC SECTORS. CHAIR OF THE REGIONAL SESI<br />
AND SENAI COUNCILS IN THE STATE OF SANTA CATARINA<br />
PRESIDENT OF THE OF STATE OF SANTA CATARINA INDUSTRIAL<br />
FEDERATION (FIESC)<br />
56 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
ENTREVISTA<br />
LÍDER NACIONAL NA EXPORTAÇÃO DE<br />
MÓVEIS DE MADEIRA, A INDÚSTRIA CATARI-<br />
NENSE REGISTROU ALTA DE 4,8% NA COM-<br />
PARAÇÃO ENTRE O PRIMEIRO SEMESTRE DE<br />
2021 E 2022. COMENTE ESSE CENÁRIO, PARA<br />
SANTA CATARINA E PARA O PAÍS.<br />
Esse desempenho positivo foi puxado pelo<br />
aumento dos embarques para os EUA (Estados<br />
Unidos da América - 58,2%), Reino Unido (9,3%)<br />
e França (5,7%). Inclusive, o resultado de Santa<br />
Catarina para o primeiro semestre de 2022 foi na<br />
contramão da média nacional que, no mesmo<br />
período, teve queda de 4% no valor exportado.<br />
Nossa produção atende a um mercado consumidor<br />
exigente e o resultado consolida a posição de<br />
destaque da indústria moveleira catarinense no<br />
mercado internacional.<br />
QUAIS AS ORIGENS E OS INCENTIVOS<br />
PARA SE IMPULSIONAR A TRADIÇÃO MOVE-<br />
LEIRA DE MADEIRA EM SANTA CATARINA?<br />
A indústria moveleira é uma das mais tradicionais<br />
em Santa Catarina. Inclusive, muitas empresas<br />
nasceram pequenas, cresceram, e hoje, além de<br />
atenderem o mercado nacional, têm forte presença<br />
no exterior. Na FIESC, por meio das Câmaras da<br />
Indústria Moveleira e Florestal, temos acompanhado<br />
o cenário do setor, debatido os desafios e buscado<br />
soluções. Para citar um exemplo, em março,<br />
firmamos uma parceria com o governo catarinense<br />
para criar o Programa de Desenvolvimento Florestal.<br />
A iniciativa busca ampliar as áreas destinadas<br />
à silvicultura e vai trabalhar em várias frentes para<br />
aumentar a capacidade produtiva, principalmente<br />
de pequenos e médios produtores. Isso é muito<br />
importante para assegurar a matéria-prima necessária<br />
para mantermos o bom desempenho da<br />
cadeia produtiva de base florestal.<br />
A NATIONAL LEADER IN THE EXPORT OF<br />
WOOD FURNITURE, THE STATE OF SANTA CA-<br />
TARINA INDUSTRY RECORDED A 4.8% INCRE-<br />
ASE IN 2022 COMPARED TO THE FIRST HALF<br />
OF 2021. HE COMMENTS ON THIS SCENARIO<br />
FOR THE STATE OF SANTA CATARINA AND<br />
THE COUNTRY:<br />
This positive performance was driven by increased<br />
shipments to the USA (58.2%), the United<br />
Kingdom (9.3%), and France (5.7%). The export<br />
growth results for Santa Catarina for the first half of<br />
2022 were the opposite of those considering the<br />
national average, which, in the same period, had<br />
a 4% drop in the exported value. Our production<br />
serves a demanding consumer market, consolidating<br />
the furniture industry’s prominent position in<br />
the State and international market.<br />
WHAT ARE THE ORIGINS AND INCENTI-<br />
VES TO BOOST THE WOOD FURNITURE TRA-<br />
DITION IN THE STATE OF SANTA CATARINA?<br />
The furniture industry is one of the most<br />
traditional in Santa Catarina. In addition, many<br />
companies were born small, grew, and today, as<br />
well as serving the national market, have a strong<br />
presence abroad. At Fiesc, through the Furniture<br />
and Forestry Industry Chambers, we have followed<br />
the industry scenario, discussed the challenges,<br />
and sought solutions. For example, in March, we<br />
partnered with the Government of Santa Catarina<br />
to create the Forest Development Program. The<br />
initiative aims to expand areas for forestry and<br />
will work on several fronts to increase production<br />
capacity, especially for small and medium-sized<br />
producers. This is very important to ensure the raw<br />
material needed to maintain the performance of<br />
the forest-based production chain.<br />
Há 20 anos no mercado e experiência em diversos<br />
segmentos, a Polecola está presente em 4 países<br />
atuando em soluções com matéria-prima de qualidade.<br />
•<br />
•<br />
•<br />
•<br />
NOSSOS PRODUTOS<br />
Resinas para Madeira<br />
Resinas Fenólicas Industriais<br />
Papel Fenólico para Painéis de Madeira<br />
Resinas para Impregnação de Papéis e Tecidos<br />
LOGÍSTICA E EFICÁCIA<br />
Temos frota própria certificada SASSMAQ<br />
e procuramos melhoria contínua do<br />
Sistema da Gestão da Qualidade.<br />
SUPORTE TÉCNICO<br />
Especialistas preparados para avalir e corrigir<br />
o que for necessário para melhorar a sua<br />
linha de produção.<br />
RESULTADOS DE EXPORTAÇÃO DE SANTA CATARINA<br />
NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2022 FORAM NA<br />
CONTRAMÃO DA MÉDIA NACIONAL<br />
Polecola é garantia<br />
de qualidade.<br />
58 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
www.polecola.com.br<br />
+55 (49) 3344.1694<br />
Unidade 01: Rod. PRC 158 - Km 553, Bairro São João Vitorino - PR 85.520-000 | Unidade 02: Campo Largo (PR)
ENTREVISTA<br />
DE QUE FORMA A TECNOLOGIA E A INO-<br />
VAÇÃO TÊM BENEFICIADO ESTE SEGMENTO<br />
DA INDÚSTRIA?<br />
A utilização de tecnologias da Indústria 4.0,<br />
como a automação de processos e o uso de inteligência<br />
artificial vem aumentando a produtividade<br />
do setor. Combinada com a busca por certificações<br />
internacionais e aperfeiçoamentos no design,<br />
são fatores que estão promovendo o aumento da<br />
valorização dos produtos catarinenses no cenário<br />
internacional. Os habitats de inovação, estrategicamente<br />
posicionados em todas as mesorregiões<br />
catarinenses, possibilitam, além de ganhos de<br />
produtividade, também a promoção da sustentabilidade<br />
– um pilar importante desse setor.<br />
ALÉM DA INDÚSTRIA MOVELEIRA, QUE<br />
OUTRAS APLICAÇÕES DA MADEIRA INDUS-<br />
TRIAL TAMBÉM SÃO IMPORTANTES PARA A<br />
FIESC E PARA O ESTADO?<br />
A cadeia do setor de madeira e móveis é extensa<br />
e possui interrelação com diversos outros setores.<br />
Entre os segmentos que estimulam a cadeia<br />
produtiva, a construção civil desempenha papel<br />
importante de absorção de produtos no mercado<br />
interno. Já no mercado externo, principalmente<br />
nas relações comerciais com os EUA (Estados Unidos<br />
da América), foi possível observar um aumento<br />
na demanda por produtos como madeira serrada,<br />
obras de carpintaria e madeira compensada. Esses<br />
produtos são destinados principalmente para o setor<br />
da construção norte-americano, que registrou<br />
recuperação mais acelerada durante os primeiros<br />
impactos da pandemia, auxiliando na retomada da<br />
atividade econômica catarinense em 2020, 2021 e<br />
2022.<br />
O CENÁRIO INTERNACIONAL NESTE ANO,<br />
E NA PERSPECTIVA PARA 2023, É UM INCEN-<br />
TIVADOR PARA OS NEGÓCIOS INTERNACIO-<br />
NAIS?<br />
HOW HAS TECHNOLOGY AND INNOVA-<br />
TION BENEFITED THIS SEGMENT OF THE<br />
INDUSTRY?<br />
Industry 4.0 technologies, such as process automation<br />
and artificial intelligence, have increased<br />
industry productivity. Combined with the search<br />
for international certification and design improvements,<br />
they are factors promoting the increase<br />
in the appreciation of Santa Catarina products<br />
globally. Furthermore, the innovation habitats,<br />
strategically positioned in all mesoregions of Santa<br />
Catarina, also enable the promotion of sustainability<br />
– an essential pillar of this Sector.<br />
IN ADDITION TO THE FURNITURE IN-<br />
DUSTRY, WHAT OTHER INDUSTRIAL TIMBER<br />
APPLICATIONS ARE CRUCIAL FOR FIESC AND<br />
THE STATE?<br />
The timber and furniture chains are extensive<br />
and have an interrelationship with several other<br />
sectors. Among the segments that stimulate the<br />
production chain, civil construction plays a vital<br />
role in absorbing products in the domestic market.<br />
In the foreign market, especially in commercial<br />
relations with the United States, it is possible to<br />
observe an increase in demand for products such<br />
as sawn wood, semi-finished wood products, and<br />
plywood. These products are intended primarily<br />
for the North American Housing Construction Sector,<br />
which recorded a more accelerated recovery<br />
due the impacts of the pandemic, assisting in the<br />
resumption of economic activity in Santa Catarina<br />
in 2020, 2021, and 2022.<br />
ARE THE INTERNATIONAL SCENARIO THIS<br />
YEAR AND THE OUTLOOK FOR 2023 POSSIB-<br />
LE DRIVERS FOR INTERNATIONAL BUSINESS?<br />
The year 2022 is marked by a more restrictive<br />
global scenario than projected, with prospects for<br />
a reduction in international demand. The conflict<br />
ESTUFA PARA<br />
SECAGEM DE MADEIRA<br />
PINUS, EUCALIPTO, MADEIRA NATIVA.<br />
•Capacidade de até 85m 3 por estufa.<br />
•Paredes laterais em alvenaria<br />
•Menor consumo de energia<br />
elétrica do mercado<br />
MESMO BASTANTE TRADICIONAL, A INDÚSTRIA<br />
CATARINENSE APRESENTA FORTE CAPACIDADE<br />
COMPETITIVA, PRODUTIVA E DE INOVAÇÃO<br />
60 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
ekitherm, há mais<br />
de 35 anos destaque nas<br />
soluções em secagem de madeira<br />
ekitherm@ekitherm.com.br<br />
Rua Ângelo Luchese, 931 -<br />
Barracão - 95703-560 - Bento Gonçalves/RS<br />
www.ekitherm.com.br<br />
(54)3454-9600<br />
(54) 9 9603-7177
ENTREVISTA<br />
O ano de 2022 está sendo marcado por um<br />
cenário global mais restritivo do que o projetado<br />
e com perspectivas de redução na demanda internacional.<br />
O conflito no leste europeu e as políticas<br />
de Covid-Zero na China limitaram a recuperação<br />
da economia global, gerando inflação generalizada<br />
entre as principais economias. No entanto,<br />
o Brasil e Santa Catarina registram um cenário de<br />
maior inserção internacional e com crescimento<br />
econômico. Um dos principais motivos é o aumento<br />
das exportações do Estado. Esse desempenho<br />
deve manter um cenário positivo no fechamento<br />
do ano, com perspectivas de manutenção do ciclo<br />
para 2023. A indústria catarinense apresenta forte<br />
capacidade competitiva, produtiva e inovativa.<br />
Pautada pela manutenção de investimentos no<br />
setor produtivo e na competitividade industrial, a<br />
economia do Estado mantém as perspectivas de<br />
registrar um desempenho superior à média nacional.<br />
QUAIS SÃO OS IMPACTOS DA INDÚSTRIA<br />
MOVELEIRA DE MADEIRA PARA A GERAÇÃO<br />
DE EMPREGOS NO ESTADO?<br />
A indústria moveleira de Santa Catarina tem 2,7<br />
mil estabelecimentos e emprega cerca de 30 mil<br />
trabalhadores. Nos primeiros seis meses de 2022,<br />
registrou 230 novas contratações. Além dos empregos<br />
diretos gerados pela atividade, o segmento<br />
cria vagas de forma indireta, com a movimentação<br />
de outros setores da economia. Em termos de<br />
mercado de trabalho, para cada 12 empregos diretos<br />
criados na atividade de fabricação de móveis,<br />
outras 10 vagas são geradas de maneira indireta,<br />
o que ilustra essa forte integração do setor com o<br />
restante da economia catarinense.<br />
in Eastern Europe and the Covid-Zero policies<br />
in China have limited the recovery of the global<br />
economy, generating widespread inflation among<br />
major economies. However, Brazil and the State of<br />
Santa Catarina, in particular, have a scenario with<br />
greater international penetration and economic<br />
growth. One of the main reasons is the increase in<br />
State exports. This performance should maintain<br />
a favorable scenario to the end of the year, with<br />
cycle maintenance prospects for 2023. Santa Catarina<br />
industry has a solid competitive, productive,<br />
and innovative capacity. Guided by the maintenance<br />
of investments in the productive sector and<br />
industrial competitiveness, the State economy<br />
sustains the prospects of performing better than<br />
the national average.<br />
WHAT ARE THE IMPACTS OF THE WOOD<br />
FURNITURE INDUSTRY ON THE GENERATION<br />
OF JOBS IN THE STATE?<br />
The furniture industry in Santa Catarina has 27<br />
hundred producers employing about 30 thousand<br />
workers. In the first six months of 2022, it registered<br />
230 new hires. In addition to the direct jobs<br />
generated by the activity, the segment creates<br />
indirect jobs with the movement of other sectors<br />
of the economy. In terms of the labor market,<br />
for every 12 direct jobs created in the furniture<br />
manufacturing activity, another ten are generated<br />
indirectly, which illustrates this strong integration<br />
of the Sector with the rest of the Santa Catarina<br />
economy.<br />
A INDÚSTRIA MOVELEIRA DE SANTA CATARINA TEM 2,7<br />
MIL ESTABELECIMENTOS E EMPREGA CERCA DE 30 MIL<br />
TRABALHADORES, SÓ NO PRIMEIRO SEMESTRE, REGISTROU 230<br />
NOVAS CONTRATAÇÕES<br />
62 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
COLUNA ABIMCI<br />
A IMPORTÂNCIA DO<br />
ESTUDO SETORIAL 2022 DA ABIMCI<br />
Rua Rui Barbosa, 260, Centro | Taió - Santa Catarina<br />
(47) 3562-0016 vendas@contraco.com.br<br />
|<br />
www.contraco.com.br<br />
Paulo Pupo<br />
Superintendente da Associação<br />
Brasileira da Indústria de Madeira<br />
Processada Mecanicamente<br />
Contato: abimci@abimci.com.br<br />
A<br />
Abimci lançou em agosto, a edição do Estudo<br />
Setorial - 2022, documento que nos<br />
brinda e retrata a importância e grandeza<br />
do setor de base florestal e madeireiro nacional.<br />
O documento, dividido nos capítulos<br />
Tendências Econômicas, Florestas Industriais, Indústria,<br />
Mercado e Ações Prioritárias do setor, contempla<br />
panoramas atualizados de todo o segmento, apresentando<br />
desde dados socioeconômicos, as contribuições<br />
do setor para a economia brasileira, a balança comercial,<br />
até informações mais específicas de cada segmento de<br />
produto, trazendo uma visão dos cenários mundiais e<br />
nacionais, produção, consumo interno, exportações,<br />
entre outros.<br />
O material é uma importante ferramenta de trabalho<br />
para o dia a dia das empresas, auxiliando em seus planejamentos<br />
e visão de futuro de seus negócios, assim<br />
como para a Abimci, afinal mostra a abrangência de<br />
suas ações para a defesa de interesses, representação<br />
institucional e promoção comercial dos produtos de madeira<br />
no Brasil e no mundo.<br />
O documento reúne e resume de forma objetiva,<br />
informações estratégicas e fundamentais para todos do<br />
setor e, em especial, promove o setor junto ao mercado,<br />
institutos de pesquisa, universidades, imprensa, agentes<br />
financeiros e de investimentos, órgãos de governo e<br />
do legislativo, e demais entidades representativas, as<br />
potencialidades e capilaridade do setor, capacidade<br />
econômica, de investimentos e de geração de emprego<br />
e renda.<br />
Nas abordagens sobre Florestas Industriais, o Estudo<br />
Setorial traz informações sobre florestas nativas e<br />
florestas plantadas, apresentando ambos os cenários<br />
com uma visão geral sobre as florestas no mundo, os<br />
principais países produtores e como está distribuída a<br />
base florestal mundial e a situação atual da produção<br />
florestal. Em relação a cobertura florestal nacional, mostra<br />
os números macro da cobertura florestal nacional,<br />
Foto: divulgação<br />
bem como a cobertura florestal nas principais espécies<br />
de florestas plantadas, com áreas nos principais Estados<br />
produtores.<br />
No capítulo Indústria, o documento mostra o perfil<br />
da indústria brasileira madeireira, seus dados socioeconômicos,<br />
valor bruto da produção, exportações, importações,<br />
o número de empregos e número de empresas<br />
instaladas em cada região do país, que exercem um<br />
papel muito positivo na economia brasileira.<br />
No capítulo que apresenta os números de mercado,<br />
detalha os principais produtos da produção florestal e<br />
madeireira brasileira como Madeira em Tora de Coníferas,<br />
Madeira em Tora de Folhosas, Madeira Serrada de<br />
Coníferas, Madeira Serrada de Folhosas, Compensado<br />
de Coníferas, Compensado de Folhosas, Portas de Madeira,<br />
Molduras, Pisos de Madeira, Pellets de Madeira,<br />
com números de produção, consumo e exportações<br />
nos últimos anos, reforçando o potencial e participação<br />
no mercado internacional dos produtos fabricados pelo<br />
Brasil.<br />
As estratégias de futuro e tendências também são<br />
abordadas no Estudo Setorial com as ações, iniciativas<br />
estratégicas que têm sido realizadas pela Abimci para<br />
auxiliar no desenvolvimento da indústria de produtos de<br />
madeira, assim como a representação política e institucional,<br />
promoção comercial e desenvolvimento técnico<br />
dos produtos de forma a contribuir para a sustentabilidade<br />
nos negócios e aumento da competitividade.<br />
O Estudo Setorial Abimci 2022 mostra uma visão geral<br />
dos cenários e de fatores que impactam as atividades<br />
madeireiras no Brasil e no mundo. Os desafios atuais<br />
são abrangentes e complexos, sejam no âmbito, comercial,<br />
da produção, do suprimento e políticas florestais, os<br />
gargalos logísticos, cenários econômicos, novos investimentos<br />
entre tantos outros temas, sendo um desafio<br />
de todos em superá-los. Com acesso a essa gama de<br />
informações, sem dúvida teremos mais chances e oportunidades<br />
de construirmos, de forma organizada e harmonizada,<br />
ações que venham desenvolver e reforçar os<br />
negócios e a sustentabilidade das empresas madeireiras<br />
e de base florestal do Brasil<br />
Você sabia?<br />
Em 2003, a Abimci firmou<br />
parceria com a BM Trada e desde<br />
então é a entidade gestora<br />
do processo de certificação CE<br />
Marking e representante do órgão<br />
certificador no Brasil para painéis<br />
de compensado de madeira.<br />
HÁ 35 ANOS OFERECENDO SOLUÇÕES EM<br />
SECAGEM, AQUECIMENTO E VENTILAÇÃO.<br />
•SECADOR DE MADEIRA<br />
•ESTUFA DE TRATAMENTO<br />
PARA MADEIRA<br />
•FORNOS E ESTUFAS<br />
INDUSTRIAIS<br />
SECADOR PARA<br />
MADEIRA (EVS)<br />
QUALIDADE<br />
E EFICIÊNCIA<br />
•VENTILAÇÃO E EXAUSTÃO<br />
64 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
PRINCIPAL<br />
36 ANOS<br />
DE SOLUÇÕES E<br />
EQUIPAMENTOS TÉRMICOS<br />
E<br />
m meio à umidade catarinense, surgia em 1986<br />
uma das maiores empresas de soluções e equipamentos<br />
térmicos, voltada à secagem de madeira.<br />
Presentes em vários Estados do Brasil há 36 anos,<br />
os secadores, estufas e fornos da Contraco são<br />
sinônimo de qualidade e produtividade.<br />
“O custo-benefício é muito bom, com baixo consumo de<br />
material e de energia. A Contraco realmente entrega o que<br />
promete em relação a tempo de secagem e funcionalidades.<br />
É um equipamento simples e de baixo custo operacional. Já<br />
temos relação faz um tempo, porém os equipamentos estão<br />
instalados aqui na empresa há 2 anos. Acredito que o maior<br />
benefício é a entrega da madeira na umidade correta para a<br />
venda, dentro do padrão de horas de secagem, evitando gargalos<br />
na linha de produção”, relata Didier Cesa, proprietário<br />
da Rauber & Cesa, de São Francisco de Paula (RS).<br />
Parte do sucesso da Contraco se deve ao fato da empresa<br />
sempre ter trabalhado com parcerias. “Temos em Curitiba dois<br />
parceiros na fabricação da automação de nossas secadores; a<br />
Digisystem e a Marrari, que proporcionam um monitoramento<br />
a distância das estufas, com acesso remoto e interação em<br />
tempo real. Facilita muito a dinâmica da manutenção técnica,<br />
evitando viagens e deslocamentos desnecessários. Até porque<br />
em alguns casos, basta reiniciar o equipamento”, detalha<br />
Natalino Bonin, diretor da Contraco.<br />
Segundo Natalino, o monitoramento e registro dos acontecimentos,<br />
é muito importante, pois possibilita o diagnóstico<br />
de todo o processo ocorrido durante a secagem. “Isso nos leva<br />
à fonte dos problemas a serem solucionados. Podemos dizer,<br />
pela nossa experiência, que a maioria dos casos de assistência<br />
é decorrente de alguma inconformidade do manejo”, alerta<br />
Natalino.<br />
O empresário destaca, ainda, a importância de se atualizar<br />
com equipamentos modernos e assertivos, que vão de<br />
encontro com as necessidades dos clientes. “Antes tínhamos<br />
equipamentos defasados. Foi pensado muito antes de fazer<br />
o investimento na Contraco, o sistema de troca de ar quente<br />
em relação ao vapor. Mas com certeza acertamos no investimento”,<br />
comemora Didier Cesa.<br />
I<br />
n 1986, amid the State of Santa Catarina’s humidity,<br />
one of the largest companies providing drying solutions<br />
and equipment focused on timber drying. For<br />
36 years, with a presence in several States of Brazil,<br />
Contraco dryers, kilns, and furnaces have been synonymous<br />
with quality and productivity.<br />
Didier Cesa, Owner of Rauber & Cesa in San Francisco<br />
de Paula (RS), affirms, “the cost-benefit is excellent regarding<br />
low material and energy consumption. Contraco delivers<br />
what it promises as to drying times and features. It provides<br />
simple and low-operating cost equipment. We established<br />
a commercial relationship and installed the equipment here<br />
in our company two years ago. I believe that the greatest<br />
benefit is the delivery of timber for our customers with the<br />
correct humidity, within the standard of drying hours, avoiding<br />
bottlenecks in customer production lines.”<br />
Contraco’s success is that the Company has always<br />
worked with partnerships. “In Curitiba, we have created<br />
two partners for the automation of our dryers, Digyssisten<br />
and Marrari, which provide remote monitoring of the kilns,<br />
with remote access and real-time interaction. These greatly<br />
facilitate the dynamics of technical maintenance, avoiding<br />
unnecessary travel and displacement. Because in some<br />
cases, it is just enough to restart the equipment,” details<br />
Natalino Bonin, Director of Contraco.<br />
According to Bonin, monitoring and recording events<br />
are very important because they allow diagnoses of the<br />
entire process that occurred during drying. “This allows us<br />
to pinpoint the source of the problems to be solved. We<br />
can say from our experience that most technical assistance<br />
cases are due to some management non-conformity,” advises<br />
Natalino Bonin.<br />
The Rauber & Cesa Owner also highlights the importance<br />
of updating with modern and assertive equipment which<br />
meets customer needs. “Before, we had much out-of-date<br />
equipment. So, much thought was taken before investing in<br />
Contraco equipment, the hot air exchange system instead<br />
Fotos: Emanoel Caldeira<br />
CONTRACO OFERECE<br />
QUALIDADE EM<br />
SECADORES, ESTUFAS<br />
E FORNOS PARA<br />
SECAGEM DE MADEIRA<br />
THIRTY-SIX YEARS OF<br />
DRYING EQUIPMENT<br />
AND SOLUTIONS<br />
CONTRACO OFFERS QUALITY<br />
DRYERS, KILNS, AND FURNACES<br />
FOR TIMBER DRYING<br />
PIONEIRISMO<br />
Em 1° de outubro de 2022, a Contraco completa 36 anos.<br />
Curiosamente, a origem do nome é: conserto de tratores e<br />
colheitadeiras. Segundo Natalino Bonin, ele trabalhava em um<br />
banco, e veio para gerenciar uma oficina com dois funcionários.<br />
“Logo em seguida, começamos a trabalhar com duas grandes<br />
empresas, que compraram nossos primeiros ventiladores para<br />
os barracões, e tubulação de secadores de fumo. Em 1988, fiz<br />
sociedade com dois cunhados e adquirimos a Contraco. Dessa<br />
experiência com ventiladores e tubulação de aquecimento com<br />
as empresas, fizemos os primeiros secadores de madeira, ainda<br />
bem rústicos”, relata.<br />
A partir desse momento e das exigências do mercado,<br />
a Contraco foi desenvolvendo seus equipamentos. Além da<br />
manutenção agrícola e industrial, a empresa foi migrando<br />
para a fabricação própria. “Secador de madeira tinha aquele<br />
tradicional a vapor, e o de ventilação lateral. Com ventilação<br />
superior e sem uso de caldeira, ninguém fabricava. Começa-<br />
66 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022 SETEMBRO 2022 67
PRINCIPAL<br />
mos a desbravar isso nos anos seguintes. No início, a gente<br />
adaptava muitas coisas, fugíamos da caldeira, pois é cara, tem<br />
muita responsabilidade técnica pela pressão e riscos. E tinha<br />
gente com estrutura, precisava da estufa, e nos buscavam para<br />
instalar um trocador. Por um tempo, fomos aprimorando aquele<br />
sistema de aquecimento”, explica Natalino.<br />
MUITOS FUNCIONÁRIOS<br />
ESTÃO CONOSCO HÁ MAIS<br />
DE 10, 20, 30 ANOS. INVESTIMOS NA<br />
FORMAÇÃO DE MÃO DE OBRA, QUE<br />
ATENDE AS NOSSAS DEMANDAS NOS<br />
MAIS DIVERSOS SETORES DE NOSSA<br />
PRODUÇÃO<br />
NATALINO BONIN, DIRETOR DA CONTRACO<br />
of using steam. But we certainly got the investment right,”<br />
says Rauber & Cesa’s Cesa.<br />
PIONEERING<br />
On October 1, 2022, Contraco turns 36. Interestingly,<br />
the origin of the name comes from “repair of tractors and<br />
harvesters” (in Portuguese). According to Bonin, while<br />
working in a bank, he started running a workshop with two<br />
employees. “Soon after, the workshop started working with<br />
two large companies, which bought our first fans and tubing<br />
for their tobacco drying sheds. In 1988, I created a partnership<br />
with two brothers-in-law and acquired Contraco. From<br />
this experience with fans and tubing with the companies,<br />
we made our first timber dryers, still very rustic,” he says.<br />
From that moment on, Contraco starting evolving its<br />
equipment due to market requirements. In addition to<br />
agricultural and industrial maintenance, the Company was<br />
migrating to its own manufacturing. Up to then, traditional<br />
timber dryers used steam and side ventilation. So, we<br />
started to explore systems with superior ventilation and no<br />
boilers that no one manufactured in the years that followed.<br />
Although, in the beginning, we modified many things. We<br />
started with the boiler because it was expensive, had the<br />
technical responsibility for pressure, and had many risks.<br />
And there were people with structures who needed kilns and<br />
DIFERENCIAL NO MERCADO<br />
Desde 2008, quando a segunda geração da família entrou<br />
na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), a Contraco<br />
deu início a produção dos trocadores nos modelos atuais, diferencial<br />
no mercado. “Aproveitamos a experiência acadêmica<br />
dos nossos filhos, que estudaram na UFSC. É tudo patenteado e<br />
específico, um diferencial entre secadores de madeira, que não<br />
utilizam caldeira. Nosso trocador tem potência para atender<br />
perfeitamente as necessidades da secagem”, atesta o diretor.<br />
Natalino Bonin destaca que seu filho Daniel estudou a área<br />
de aquecimento de secador no mestrado. “Isso melhorou muito<br />
a performance, batendo o secador a vapor. O equipamento<br />
é o mesmo, o que muda é o trocador de calor no lugar da<br />
caldeira. Mas o ventilador, os sensores, a saída de umidade, é<br />
tudo o mesmo equipamento.”<br />
Ao todo, são três os filhos engenheiros de Natalino, formados<br />
pela UFSC. Cada um em uma área: a Luiza Engenheira de<br />
Materiais e pesquisadora, fez doutorado na Bélgica; o Daniel<br />
fez engenharia de produção e dissertação de mestrado sobre<br />
secador de madeira e queima de biomassa; e o Eduardo é engenheiro<br />
mecânico, que mais tem aplicado a parte acadêmica<br />
com a nossa prática na empresa.<br />
“A gente sempre relacionava a vivência na universidade e<br />
na empresa, o que nos dava uma visão diferente. Trabalhava<br />
no laboratório de ciências técnicas e aplicava em clientes que<br />
utilizavam equipamentos da Contraco, como secadores de<br />
madeira. Nos últimos 10 anos, impulsionamos os secadores a<br />
partir desse aprendizado em nossas formações acadêmicas.<br />
Sempre tivemos apoio dos professores e pesquisadores da<br />
UFSC, que são parceiros até hoje para aprimorarmos os equipamentos”,<br />
elogia Eduardo Bonin, engenheiro responsável<br />
pela Contraco e filho de Natalino.<br />
Com 40 funcionários, a Contraco terceiriza apenas alguns<br />
processos que podem ser abertos. “Já trazemos materiais<br />
cortados, praticamente como uma montadora, resguardando<br />
na empresa a essência da linha de produção. E temos baixa<br />
rotatividade, muitos funcionários estão conosco há mais de<br />
10, 20, 30 anos. Investimos na formação de mão de obra, que<br />
atende as nossas demandas nos mais diversos setores de<br />
nossa produção.”<br />
DIFERENCIAIS DO PRODUTO<br />
Preocupada com a sustentabilidade e questões ambientais,<br />
a Contraco oferece em seus secadores um sistema de retenção<br />
de partículas, no intuito de mitigar a emissão de “fuligem”<br />
para a atmosfera. “Oferecemos esse filtro de saída, de retenção<br />
de partículas, para esse aspecto ambiental. Depende<br />
da biomassa queimada, o equipamento da forma original já<br />
atende as questões ambientais, porém com opcional de filtro<br />
multiclone, a estufa fica preparada para queima de combustíveis<br />
de menor valor agregado como, por exemplo, serragem<br />
granulada, que muitas vezes é um passivo para a madeireira’’,<br />
explica Eduardo Bonin.<br />
Na linha de secadores, o sistema de alimentação da empresa<br />
é outro diferencial. “Antigamente, era necessário encher um<br />
pequeno reservatório manualmente. Hoje, temos uma rosca<br />
alimentadora, que permite a auto alimentação, diretamente<br />
do solo com uma moega simples. Ergonomicamente é muito<br />
melhor, o equipamento ganha autonomia e se alimenta sozinho,<br />
sem aquele operador enchendo carrinho com trabalho<br />
braçal. O operador acaba monitorando do que efetivamente<br />
operando, o que muda o perfil dos clientes”, elogia Natalino.<br />
Com sede em Agrolândia (SC), a ADS Florestal é uma das<br />
empresas que utiliza o secador industrial da Contraco. “Em setembro,<br />
vai fazer um ano que estamos usando o equipamento.<br />
Hoje, levamos 70h (horas) para secar 60 m 3 (metros cúbicos),<br />
mesma quantidade de madeira que antes levávamos 20 dias,<br />
no verão, e de 30 a 45 dias na umidade do inverno”, compara<br />
were looking for us to install a heat exchanger. So, we just<br />
improved their heating system,” explains Natalino Bonin.<br />
MARKET DIFFERENTIAL<br />
In 2008, when the second generation of the family started<br />
school at the Federal University of Santa Catarina (Ufsc),<br />
Contraco started the production of the current models of<br />
heat exchangers, different from those in the market. “We<br />
took advantage of our children’s academic experience, who<br />
had studied at Ufsc. It is all patented and specific, a differential<br />
in timber dryers, which do not use a boiler. Our heat<br />
exchanger has the power to meet drying needs perfectly,”<br />
attests Natalino Bonin.<br />
Bonin points out that his son Daniel studied dryer heating<br />
for his Master’s degree. “This greatly improved the<br />
performance by beating the steam dryer. The equipment is<br />
the same. What changes is the heat exchanger in place of<br />
a boiler. But the fan, the sensors, and the humidity output<br />
all use the same equipment.<br />
In all, Natalino Bodin’s three children Ufsc engineers<br />
are working with him. Each in an area: Luiza, Materials Engineer<br />
and researcher with her Ph.D. from Belgium; Daniel,<br />
graduate in Production Engineering and Master’s in timber<br />
drying and biomass burning; and Eduardo, a Mechanical<br />
Engineering graduate, who has used his studies in the<br />
Company the most.<br />
“We always related to our university and company<br />
experience, which gave us a different view. I worked in the<br />
technical science lab and applied it to customers who used<br />
Contraco equipment, such as timber dryers. Over the past<br />
ten years, we have produced dryers based on our academic<br />
backgrounds. We have always had the support of Ufsc professors<br />
and scientists, who are partners to this day in equipment<br />
improvements,” acclaims Eduardo Bonin, Engineer<br />
responsible for Contraco and son of Natalino.<br />
With 40 employees, Contraco outsources only a few processes<br />
that can be public. “We already bring cut materials,<br />
practically like an automaker, keeping the essence of the<br />
production line in-house. And we have low turnover, many<br />
employees have been with us for over 10, 20, 30 years. We<br />
invest in employee training to meet our demands in the<br />
most diverse sectors of our production.”<br />
PRODUCT DIFFERENCES<br />
Concerned with sustainability and environmental issues,<br />
Contraco offers a particle retention system in its dryers to<br />
mitigate “soot” emissions to the atmosphere. “We offer<br />
this output filter, particle retention, for the environmental<br />
aspect. But, of course, it depends on the biomass burned.<br />
The equipment in its original form already meets environmental<br />
issues. But with the optional multi-clone filter, the<br />
kiln is prepared for burning fuels of lower added value,<br />
such as rough sawdust, which is often a waste product from<br />
sawmills,” explains Eduardo Bonin.<br />
The Company’s feed system is another differential in<br />
the line of dryers. “In the olden days, it was necessary to fill<br />
a small reservoir manually. Today, we have a screw feeder,<br />
which allows for self-feeding directly from the ground with<br />
a simple grinder. Ergonomically it is much better. The equi-<br />
68 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
SETEMBRO 2022 69
PRINCIPAL<br />
SEDE ANTIGA DA CONTRACO<br />
PRIMEIRA ESTUFA DA CONTRACO<br />
Rodrigo Maas, gerente industrial da ADS Florestal.<br />
A biomassa do cavaco possui muitas utilidades na geração<br />
de energia, inclusive na indústria madeireira. É o caso dos secadores<br />
da Contraco, que podem ser alimentados por cavaco<br />
para acelerar a secagem, como acontece na ADS Florestal.<br />
Além de dar bom uso ao resíduo orgânico, a prática ainda impulsiona<br />
a geração de energia. “A maioria dos nossos clientes<br />
é do sudeste, temos unidade de processamento, a floresta<br />
de pinus e o transporte, fazemos de ponta a ponta todo o<br />
processo. Nossa preocupação é atender o cliente dentro do<br />
prazo de entrega combinado, por isso é importante o uso dos<br />
secadores”, enaltece Maas.<br />
pment has autonomy and automatically feeds without an<br />
operator filling the cart manually. The operator only monitors<br />
what is effectively operating, which changes the customers’<br />
profile,” praises Bonin.<br />
Based in Agrolândia (SC), ADS Florestal is one of the<br />
companies that use Contraco’s industrial dryer. “In September,<br />
it will be a year since we started using the equipment.<br />
Today, it takes us 70 hours to dry 60 m3, the same amount of<br />
wood that used to take 20 days in the summer and 30 to 45<br />
days in the winter,” says Rodrigo Maas, <strong>Industrial</strong> Manager<br />
for ADS Florestal.<br />
Chip biomass has many uses in energy generation,<br />
including in the forest product industry. This is the case of<br />
Contraco dryers, where chips can be feed to accelerate<br />
drying, as in ADS Florestal. In addition to providing a better<br />
use for organic waste, the practice even boosts energy<br />
generation. “Most of our customers are from Southeastern<br />
Brazil, where we have a processing unit, a pine forest, and<br />
our shipping facilities; we carry out the whole process from<br />
beginning to end. Our concern is to serve the customer<br />
within the combined delivery time, so it is important to use<br />
the dryers,” highlights Maas.<br />
VENDAS EM ALTA<br />
Entre o final de 2020 e o início de 2022, o crescimento de<br />
produção da Contraco disparou, diante da alta do dólar, do<br />
aquecimento nas exportações e demandas do mercado. “Foi<br />
bem alto, pela necessidade de retomada da indústria madeireira.<br />
Hoje já estabilizou, mas estamos vendendo para entrega<br />
em 2023, salvo raras exceções. Foram muitos os pedidos nos<br />
últimos 2 anos, a ponto de ter esse tempo de espera para a<br />
entrega dos secadores, fornos e estufas. Tanto que tivemos<br />
que contratar mais funcionários, para produzir de cinco a seis<br />
estufas por mês. Até 4 anos atrás, fazíamos duas estufas por<br />
mês. Já chegamos a ponto de fazer 10 estufas por mês durante<br />
a pandemia, trabalhando a noite. O prazo hoje gira em torno<br />
de 150 dias”, enumera Eduardo Bonin.<br />
Reconhecida no mercado de todo o país, a Contraco ainda<br />
tem parceria com o cliente que comprou seu primeiro secador.<br />
“Foi vendido para o nosso vizinho, o empresário Aldo Bogo,<br />
da fábrica de móveis Bogo. O secador durou uns 20 anos, até<br />
quando a empresa mudou sua área de atuação”, orgulha-se<br />
Natalino.<br />
“A estufa da Contraco foi sendo aperfeiçoada com o<br />
tempo, hoje eles atendem o Brasil inteiro. Elas secam igual as<br />
estufas a vapor, são muito boas. Somos parceiros há muitos<br />
anos, todos os exaustores da nossa fábrica foram criados pela<br />
Contraco também”, conta Aldo Bogo.<br />
A linha do tempo da Contraco também traz uma história<br />
de superação. Em 2011, a empresa enfrentou uma enchente<br />
terrível que afetou toda a região do Vale do Rio Itajaí. “Antes<br />
disso, somente em 1983 havia tido algo parecido, mas com<br />
menor volume de água. Mas como a Contraco é de 1986, foi<br />
a primeira enchente de grande porte que entrou na fábrica.<br />
A gente precisou lavar e secar as máquinas depois da chuva<br />
e muitas não funcionaram mais. Foi um prejuízo enorme, ficamos<br />
20 dias parados, arrumando a empresa. Atrasou entrega,<br />
recebimento, tudo”, relata Natalino.<br />
The timber dried using Contraco kilns primarily serves<br />
the Brazilian export market, principally to Europe, Asia, and<br />
the USA. It also serves the furniture and packaging industry,<br />
such as for pallets as well as for housing construction. “In<br />
terms of volume, we serve customers from all over Southern<br />
Brazil in the sale of dryers. But we have customers throughout<br />
the Country, in states such as Mato Grosso, Bahia, Acre, and<br />
Minas Gerais. Also, in Honduras, Venezuela, and Argentina.<br />
Customers are more from the South due to the more humid<br />
climate, which needs drying,” explains Natalino Bonin.<br />
HIGHER SALES<br />
Between the end of 2020 and the beginning of 2022,<br />
Contraco’s production growth skyrocketed, in the face of<br />
the high dollar, from the heating-up of exports and market<br />
demands. “Growth was very high due to the need to supply<br />
the rebounding timber industry. Today, demand has<br />
stabilized, but we are still selling for delivery in 2023, with<br />
rare exceptions. Over the last two years, the many orders<br />
have resulted in a longer waiting time to deliver the dryers,<br />
kilns, and furnaces. So much so that we had to hire more<br />
employees to produce five to six kilns a month. Up to four<br />
years ago, we used to produce two kilns a month. We’ve<br />
already come to the point of making ten kilns a month during<br />
the pandemic, working at night. Delivery time today is<br />
around 150 days,” enumerates Eduardo Bonin.<br />
Recognized in the market throughout the Country, Contraco<br />
still has a partnership with the customer who bought<br />
its first dryer. “It was sold to our neighbor, businessman Aldo<br />
Bogo, for the Bogo furniture factory. The dryer lasted about<br />
20 years when the Company changed its area of operation,”<br />
Natalino Bonin says proudly.<br />
“Contraco kilns was being perfected over time. Today,<br />
they serve the whole of Brazil. They dry like steam kilns, and<br />
they do an excellent job. We have been partners for many years.<br />
Contraco made all the hoods in our factory,” says Bogo.<br />
Contraco’s timeline also brings a story of overcoming<br />
challenges. In 2011, the Company faced a terrible flood<br />
that affected the entire Itajaí River Valley Region. “In 1983,<br />
something similar happened, but with a smaller volume of<br />
water. But since Contraco started in 1986, it was the first<br />
large deluge to flood the factory. We had to wash and dry<br />
the machines after the rain, and many did not work anymore.<br />
It was a huge loss, we spent 20 days cleaning-up up<br />
the Company. Deliveries were delayed as well as receipts,<br />
everything,” says Natalino Bonin.<br />
PRODUTIVIDADE<br />
Natalino Bonin conta que algumas grandes empresas<br />
utilizam de cinco a dez estufas da Contraco, sendo que antes<br />
atendiam clientes que precisavam de no máximo três estufas.<br />
“Ampliamos o alcance de atendimento para as grandes<br />
empresas, além de continuar atendendo as menores. Hoje a<br />
limitação dos pedidos depende do tamanho dos caminhões<br />
para transporte: por exemplo, nos pedem uma estufa que<br />
possa encher dois caminhões de madeira verde e um caminhão<br />
de madeira seca. O que antes ocupava dois caminhões, hoje<br />
vai em um só. Baixa peso, aumenta economia. Imagina o frete<br />
PRODUCTIVITY<br />
de uma viagem de Santa Catarina até a Bahia, ou até Brasília,<br />
Natalino Bonin states that some large companies use five<br />
levando 50 m 3 ao invés de 25 m 3 ”, destaca o diretor.<br />
up to ten Contraco kilns, whereas previously, we used to serve<br />
customers who used a maximum of three kilns. “We have<br />
A madeira secada pelas estufas Contraco atende em grande<br />
A ESTUFA DA CONTRACO FOI<br />
parte o mercado brasileiro de exportação para Europa, Ásia e expanded our services to large companies and continue to<br />
EUA (Estados Unidos da América). Também a indústria moveleira<br />
e de embalagens, como os paletes, e a construção civil. on the size of the trucks used for transport: for example, we<br />
serve smaller ones. Today, the limitation of orders depends<br />
SENDO APERFEIÇOADA COM O<br />
TEMPO, HOJE ELES ATENDEM O BRASIL<br />
“Em termos de volume, na venda de secadores, atendemos are asked for a kiln that can fill two trucks of green wood and<br />
clientes de toda a região sul. Mas temos clientes espalhados one dry wood truck. What used to occupy two trucks, today<br />
INTEIRO. ELAS SECAM IGUAL AS ESTUFAS<br />
pelo país, em Estados como Mato Grosso, Bahia, Acre e Minas uses one. Low weight increases savings. Imagine the freight<br />
A VAPOR, SÃO MUITO BOAS. SOMOS<br />
Gerais. Também em Honduras, na Venezuela e na Argentina. of a trip from Santa Catarina to Bahia, or Brasilia, taking 50<br />
Os clientes acabam sendo mais do sul pelo clima úmido, que m3 instead of 25 m3”, highlights the Director.<br />
PARCEIROS HÁ MUITOS ANOS<br />
necessita mais da secagem da madeira”, explica Natalino.<br />
ALDO BOGO, EMPRESÁRIO MOVELEIRO<br />
70 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
SETEMBRO 2022 71
LEGISLAÇÃO<br />
A LGPD<br />
E O MONITORAMENTO DE<br />
DADOS CORPORATIVOS<br />
Fotos: divulgação<br />
TEMÁTICA FOI ABORDADA<br />
PELO ADVOGADO RAFAEL<br />
MELLO NO ÚLTIMO<br />
ENCONTRO DA ACIMDERJ<br />
O<br />
encontro dos associados da ACIMDERJ<br />
(Associação do Comércio e Indústria de<br />
Madeiras e Derivados do Estado do Rio<br />
de Janeiro) foi realizado de forma presencial<br />
pelo presidente Wadson Werly,<br />
no início de agosto. Na reunião, o advogado<br />
Rafael Mello, sócio do Bauly, Matos e Mello<br />
Advogados, apresentou importantes orientações jurídicas<br />
trabalhistas envolvendo questões como: desvio<br />
e realocação de funções, licenças, entre outros temas<br />
como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).<br />
“Na ocasião, também contamos com a participação<br />
de representantes das empresas Mapaf Portas e Esquadrias<br />
Jomadi. Agradecemos aos presentes que<br />
qualificaram nosso encontro e contamos com todos<br />
no próximo encontro, dia 19 de setembro”, valorizou<br />
Wadson Werly a presença dos associados.<br />
72 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
SETEMBRO 2022 73
LEGISLAÇÃO<br />
LGPD<br />
Com a vigência da LGPD (lei 13.709/18), as relações<br />
jurídicas regidas pelos mais diversos ramos do<br />
Direito pátrio tiveram que se adaptar a um novo e<br />
importante mandamento: a proteção dos dados. “É<br />
um tema que, volta e meia é discutido no âmbito trabalhista.<br />
Até que ponto o exercício do poder diretivo<br />
patronal permite o acesso ao teor das comunicações<br />
realizadas pelo trabalhador via aplicativos de mensagens<br />
instantâneas e e-mails? A lei 13.709/18, com redação<br />
alterada pela lei 13.853/19, é um marco importantíssimo,<br />
quanto ao tratamento de dados pessoais<br />
de empregados, a nova legislação busca garantir, por<br />
ocasião do tratamento de dados obtidos por qualquer<br />
meio, o respeito à privacidade, à inviolabilidade<br />
da intimidade, da honra e da imagem, aos direitos<br />
humanos, ao livre desenvolvimento da personalidade,<br />
à dignidade e o exercício da cidadania (artigo 2º,<br />
I, III e VII) sem prejudicar os direitos à liberdade de<br />
expressão, à informação, à comunicação, à opinião,<br />
ao desenvolvimento econômico, tecnológico e à inovação,<br />
à livre iniciativa, à livre concorrência e à defesa<br />
do consumidor”, explica Rafael Mello.<br />
A LGPD se insere nesse contexto, que permitiria<br />
o monitoramento pelo empregador dos e-mails e<br />
das redes sociais (a exemplo do whatsApp, telegram,<br />
snapchat, instagram e facebook) utilizados pelos<br />
seus empregados. “O monitoramento é permitido,<br />
somente sobre os veículos de comunicação utilizados<br />
de forma corporativa. Em nenhuma hipótese poderá<br />
haver monitoramento dos e-mails e de qualquer comunicação<br />
privada mantida em redes sociais, como o<br />
whatsapp, dos empregados. Não tendo nenhuma relação<br />
com o ambiente corporativo”, alerta o advogado.<br />
Desta forma, sugerimos aos empregadores que<br />
ponham tais informações nos contratos de trabalho<br />
que venham a ser celebrados, bem como, esclareçam<br />
através de comunicados, circulares, o uso consciente<br />
das ferramentas corporativas de comunicação e seu<br />
monitoramento.<br />
AS RELAÇÕES DO DIREITO<br />
E DOS NEGÓCIOS TIVERAM<br />
QUE SE ADAPTAR A UM NOVO<br />
MANDAMENTO: A PROTEÇÃO DOS<br />
DADOS<br />
74 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
MARCENARIA<br />
DESIGN<br />
DE MADEIRA SOB MEDIDA<br />
PACAJÁ MÓVEIS INVESTE EM PEÇAS EXCLUSIVAS<br />
CRIADAS POR ARTISTAS MOVELEIROS<br />
Fotos: divulgação<br />
76 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
SETEMBRO 2022 77
MARCENARIA<br />
nativa da Fazenda Pacajá, localizada no município de<br />
Portel (PA). A movelaria atua tanto no desenvolvimento<br />
de peças próprias, como também, na execução<br />
de projetos exclusivos apresentados por arquitetos e<br />
designers, atendendo a demanda do mercado de produtos<br />
orgânicos e exclusivos.<br />
- De onde surgiu a ideia da marcenaria arte, ou<br />
marcenaria de maior valor agregado?<br />
Todas as peças são desenhadas pela mão da natureza,<br />
apresentando seu designer natural orgânico e<br />
exclusivo. Nunca uma peça será igual a outra, e isso<br />
carrega um grande valor. São verdadeiras obras de<br />
arte assinadas pela natureza, e o nosso papel é proporcionar<br />
que a Amazônia em sua essência faça cada<br />
vez mais parte da vida das pessoas, mas sem prejudicar<br />
o meio ambiente.<br />
- Como tem sido a demanda dos clientes da<br />
Pacajá?<br />
Temos clientes do Brasil todo e exterior, que buscam<br />
na Pacajá Móveis um produto de madeira, que<br />
possui procedência certificada, garantindo um consumo<br />
sustentável e que contribui para a manutenção da<br />
floresta em pé. Essa garantia é o que traz segurança<br />
para os nossos clientes de uma aquisição consciente.<br />
- Quais designers já fizeram trabalhos com a<br />
Pacajá?<br />
O trabalho mais recente e significativo que temos<br />
é a parceria feita com Érico Gondim, designer de<br />
Fortaleza que possui uma vasta experiência no desenvolvimento<br />
de produtos orgânicos e sustentáveis. Em<br />
breve teremos uma linha de peças assinada por ele,<br />
que traz toda a nossa riqueza amazônica para peças<br />
inspiradoras e exclusivas.<br />
- Quais os móveis e peças mais pedidos? Que<br />
tipos de madeira são as mais solicitadas?<br />
As peças que têm maior procura são as mesas com<br />
designer orgânico, especialmente as das espécies Piquiá<br />
e Angelim Pedra. Além disso, o que também faz<br />
muito sucesso são os souvenirs, como porta-copos e<br />
tábuas orgânicas.<br />
R<br />
econhecida por sua linha de móveis com<br />
origem 100% amazônica, oriundos de<br />
manejo florestal sustentável da Fazenda<br />
Pacajá, no Pará, a Pacajá Móveis vem<br />
investindo nos últimos anos em peças exclusivas<br />
criadas por artistas e designers moveleiros.<br />
“A madeira Acapú é uma das espécies a qual trabalhamos<br />
com a madeira de demolição existente na<br />
Fazenda Pacajá para o desenvolvimento de diversas<br />
peças. Esta espécie tem uma particularidade única em<br />
sua coloração, sendo pardo-avermelhado-escura e trazendo<br />
um contraste com filetes mais claros”, explica<br />
Luciana di Paula, executiva de Florestas da movelaria<br />
Algar Farming.<br />
Na entrevista a seguir, Luciana detalha o processo<br />
de atuação de criação de peças de design de madeira<br />
sob medida.<br />
- A Pacajá Móveis tem uma área de atuação em<br />
que oferece as madeiras nativas para serem feitas<br />
peças exclusivas de artistas moveleiros. Como funciona<br />
esse processo?<br />
Somos uma empresa que só trabalha com madeiras<br />
nobres e nativas, proveniente de resíduo de manejo<br />
florestal sustentável certificado realizado na floresta<br />
78 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
SETEMBRO 2022 79
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
SUCESSO EM 2021, O PAINÉL PANORAMA DA<br />
MADEIRA RETORNA PARA ESTA EDIÇÃO COM<br />
NOVOS PARTICIPANTES E O MAIS ALTO NÍVEL DE<br />
CONHECIMENTO SOBRE O SETOR<br />
O<br />
Prêmio REFERÊNCIA do ano passado foi<br />
um grande sucesso de audiência e teve<br />
a primeira edição do Painel Panorama da<br />
Madeira como palco de estreia. Neste<br />
ano, na vigésima edição do prêmio, que<br />
é a grande festa do setor de base florestal, irá celebrar<br />
vinte empresas que mais se destacaram em 2022, o<br />
painel volta com especialistas do setor para apresentar<br />
o que há de mais importante em suas áreas de atuação.<br />
O painél no ano passado teve a presença de Eduardo<br />
Leão, ex-presidente da AIMEX (Associação das<br />
Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do<br />
Pará), Rafael Mason, presidente do CIPEM (Centro das<br />
Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do<br />
Estado de Mato Grosso), e Álvaro Scheffer, ex-presidente<br />
da APRE (Associação Paranaense de Produtores<br />
Florestais).<br />
Para 2022 o retorno de Rafael Mason já está garantido.<br />
O presidente do CIPEM fará sua participação<br />
no Painel Panorama da Madeira tratando do tema:<br />
Mercado da madeira nativa de Mato Grosso. Rafael é<br />
engenheiro florestal formado pela UFMT (Universidade<br />
Federal de Mato Grosso), sócio da SM Laminados Importação<br />
e Exportação LTDA e tem grande experiência<br />
no campo do manejo florestal.<br />
O segundo participante confirmado é o pesquisador<br />
da EMBRAPA Florestas (Empresa Brasileira de Pesquisa<br />
Agropecuária), Evaldo Muñoz Braz. Evaldo trará<br />
para o painel o tema: A prática do manejo sustentável<br />
de florestas naturais. O pesquisador é formado, mestre<br />
e doutor em engenharia florestal pela UFSM (Universidade<br />
Federal de Santa Maria), já participou de levantamentos<br />
florestais nos Estados do Amazonas, Acre e<br />
Roraima. Suas principais experiências são nas áreas de<br />
recursos florestais e engenharia florestal, com ênfase<br />
80 www.referenciaflorestal.com.br referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
SETEMBRO Setembro 2022 81
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
DA INDÚSTRIA<br />
À SOCIEDADE<br />
Os produtos madeireiros estão<br />
presentes no dia a dia das pessoas<br />
trazendo segurança, aconchego e<br />
beleza às construções.<br />
no manejo de florestas naturais na Floresta Amazônica.<br />
O terceiro participante confirmado é o atual diretor<br />
técnico da AIMEX, Deryck Pantoja Martins, que assumiu<br />
recentemente o cargo na associação. O tema de<br />
sua apresentação será: A exportação de madeira brasileira.<br />
Deryck é engenheiro florestal formado pela UFRA<br />
(Universidade Rural da Amazônia), tem mestrado em<br />
desenvolvimento sustentável e agriculturas amazônicas<br />
pela UFPA (Universidade Federal do Pará). Antes de<br />
assumir a AIMEX foi secretário de Meio Ambiente de<br />
Belém (PA) entre 2015 e 2017 e é também assessor da<br />
FIEPA (Federação das indústrias do Estado do Pará).<br />
O painél ainda deve contar com mais um convidado,<br />
que será revelado na próxima edição da revista.<br />
Acompanhem nossa publicação e nossas redes sociais<br />
para saber em primeira mão quem é o participante<br />
que fechará o time do Painel Panorama da Madeira<br />
2022.<br />
O EVENTO<br />
O Prêmio REFERÊNCIA 2022 é organizado pela<br />
Jota Editora, responsável pelas revistas REFERÊNCIA<br />
FLORESTAL, REFERÊNCIA INDUSTRIAL DA MADEIRA,<br />
REFERÊNCIA CELULOSE&PAPEL, REFERÊNCIA PRO-<br />
DUTOS DE MADEIRA e REFERÊNCIA BIOMAIS. A edição<br />
deste ano conta com os patrocínios de: ACIMDERJ,<br />
AIMEX, CIPEM, DRV FERRAMENTAS, EFFISA, INOX<br />
CONEXÕES, MONTANA QUÍMICA, MSM QUÍMICA e<br />
REMSOFT.<br />
A premiação será realizada no dia 29 de novembro<br />
às 19h (horas), em Curitiba (PR). Além dos vencedores e<br />
convidados, esse ano o evento é aberto para o público<br />
geral. Estão disponíveis alguns ingressos de um lote<br />
limitado de convites para os interessados em participar<br />
do evento que dará direito a toda a programação da<br />
noite: Painél Panorama da Madeira, Prêmio REFERÊN-<br />
CIA e do jantar que acontecerá logo após o término da<br />
cerimônia, com cardápio de massas especiais e bebidas<br />
não alcoólicas liberadas. Abaixo, os interessados têm os<br />
canais para solicitar mais informações e também adquirir<br />
os ingressos para a noite do evento.<br />
PRÊMIO REFERÊNCIA 2022<br />
Data: 29/11/2022<br />
Horário: 19h (horas)<br />
Local: Restaurante Porta Romana – Curitiba (PR)<br />
Informações e ingressos para o evento:<br />
comercial@revistareferencia.com.br ou<br />
(41) 99968-4617<br />
#SEMPRE PRESENTE<br />
+55 (41) 3225-4358 www.abimci.com.br abimci@abimci.com.br<br />
82 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
ESTUDO<br />
ABIMCI LANÇA ESTUDO<br />
COM NÚMEROS DO SETOR<br />
INDUSTRIAL MADEIREIRO<br />
ESTUDO SETORIAL APRESENTA PANORAMA<br />
MADEIREIRO NO BRASIL, MOSTRANDO<br />
OS NÚMEROS DO MERCADO INTERNO E<br />
EXPORTAÇÕES DO SETOR<br />
Fotos: divulgação / Abimci<br />
84 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
SETEMBRO 2022 85
ESTUDO<br />
tre os produtos de madeira sólida que mais se destacam<br />
nas exportações brasileira estão: compensado<br />
de coníferas, madeira serrada de coníferas, molduras,<br />
portas de madeira, madeira serrada de folhosas, pisos<br />
e pellets.<br />
No que refere a base florestal mundial, o Estudo<br />
Setorial mostra que atualmente, as florestas no<br />
mundo ocupam 4,0 bilhões de ha (hectares), sendo<br />
3,74 bilhões de ha de nativas (93% do total) e 291 milhões<br />
de ha (7%) de plantadas. “O Brasil possui 12%<br />
do total mundial de cobertura florestal, ou seja 495<br />
milhões de ha, o que correspondem a 60% do nosso<br />
território. Desta área, 485,4 milhões de ha (98,1%)<br />
são de florestas nativas e 9,5 milhões de ha (1,9%) de<br />
florestas plantadas, principalmente com as espécies<br />
eucalipto (7,5 mi de ha) e pinus (1,7 mi de ha). Estas<br />
florestas são a base de suprimento da produção da<br />
indústria de madeira processada mecanicamente”,<br />
pontua o presidente.<br />
Segundo o superintendente da Abimci, Paulo<br />
Pupo, os dados apresentados no Estudo Setorial<br />
Abimci 2022 mostram uma visão geral dos cenários<br />
e fatores que impactam as atividades madeireiras no<br />
Brasil e no mundo. “Eles nos permitem compreender<br />
os desafios atuais, que são abrangentes e complexos,<br />
seja no âmbito comercial, da produção, do suprimento<br />
e políticas de meio ambiente, assim como em<br />
relação aos gargalos logísticos, cenários econômicos,<br />
novos investimentos, entre tantos outros temas. Essa<br />
gama de informações nos proporciona mais oportunidades<br />
para construirmos, de forma organizada e harmonizada,<br />
ações e agendas para dar suporte ao desenvolvimento<br />
dos negócios e a sustentabilidade das<br />
empresas madeireiras e de base florestal do Brasil.”<br />
ESTUDO SETORIAL EM NÚMEROS<br />
O Estudo Setorial 2022 da Abimci está dividido<br />
em seis capítulos: Institucional, Tendências Econômicas,<br />
Florestas Industriais, Indústria, Mercado e Ações<br />
Prioritárias do Setor. Nele é possível encontrar diversos<br />
dados e análises sobre cada um dos segmentos<br />
de produtos madeireiros, dentre os quais, destacam-<br />
-se: madeira serrada de coníferas, compensado de<br />
coníferas, compensado de folhosas, portas, molduras,<br />
pisos e pellets.<br />
gerados pelo setor madeireiro foi de 158.972 postos.<br />
Quando computamos toda a indústria de madeira<br />
sólida que também engloba a indústria moveleira,<br />
atingimos 334.388 postos de trabalho. Já quando<br />
analisamos o setor de base florestal como um todo,<br />
que engloba as indústrias madeireira, moveleira, a<br />
silvicultura, os segmentos de papel e celulose, este<br />
indicador atinge 612.527 empregos. Com este cenário<br />
o setor que mais emprega é o de madeira sólida<br />
totalizando 55% de toda a força de trabalho do setor<br />
florestal nacional”, pontua o presidente da Abimci,<br />
Juliano Vieira de Araujo.<br />
A indústria de produtos de madeira processada<br />
mecanicamente tem um papel significativo no desenvolvimento<br />
econômico e social em diversas regiões<br />
do país. “O valor bruto da produção da indústria de<br />
madeira sólida, totalizou no ano passado, R$ 26,8 bilhões.<br />
Além disto, a balança comercial do segmento<br />
totalizou US$ 3,6 bilhões, o que representa 5,8% do<br />
total do país”, assinala o presidente da Abimci. Den-<br />
N<br />
este mês de agosto, a Abimci (Associação<br />
Brasileira da Indústria de Madeira<br />
Processada Mecanicamente) lançou o<br />
Estudo Setorial – 2022. O documento<br />
retrata a abrangência das atividades do<br />
setor industrial madeireiro nacional, apresentando<br />
O<br />
panoramas atualizados dos principais segmentos de<br />
produtos de madeira processada, dados socioeconômicos,<br />
as contribuições do setor para a economia<br />
brasileira, bem como informações específicas de<br />
cada segmento de produto, trazendo uma visão dos<br />
cenários mundiais e nacionais, produção, consumo<br />
interno, exportações, entre outros.<br />
O material permite uma real compreensão da<br />
importância da indústria de madeira processada mecanicamente<br />
para a economia nacional. “Os números<br />
apresentados deixam clara a participação do setor<br />
no número de empregos gerados, renda, tributos e a<br />
sua contribuição positiva no saldo da balança comercial.<br />
Em 2020, por exemplo, o número de empregos<br />
DOCUMENTO<br />
RETRATA A<br />
ABRANGÊNCIA DAS<br />
ATIVIDADES DO SETOR<br />
INDUSTRIAL MADEIREIRO<br />
NACIONAL<br />
86 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
SETEMBRO 2022 87
ESTUDO<br />
produção nacional tem se mantido relativamente estável<br />
e, em 2021, atingiu cerca de 980 mil m³.<br />
O MATERIAL<br />
PERMITE UMA REAL<br />
COMPREENSÃO DA<br />
IMPORTÂNCIA DA INDÚSTRIA<br />
DE MADEIRA PROCESSADA<br />
PARA A ECONOMIA<br />
BRASILEIRA<br />
Pisos – Os pisos de madeira atingiram no último ano,<br />
7,3 milhões de m 2 (metros quadrados) produzidos.<br />
Uma boa parte da produção é consumida no mercado<br />
interno, mas as exportações também têm sido<br />
relevantes para o segmento, no último ano foram<br />
exportadas 82,2 mil toneladas do produto, sendo os<br />
EUA o principal mercado de destino das exportações.<br />
Pellets – A produção de pellets tem se ampliado,<br />
no Brasil, nos últimos anos. A produção tem se ampliado,<br />
mostrando crescimento recorrente, atingindo<br />
700 mil toneladas em 2021. Atualmente, parte da<br />
produção é direcionada para atender à demanda internacional,<br />
no entanto a demanda nacional cresceu<br />
nos últimos anos e estima-se que o consumo nacional<br />
do produto tenha sido de aproximadamente 357 mil<br />
toneladas em 2021 (51% da produção).<br />
Abaixo alguns resultados alcançados por cada<br />
segmento de produto:<br />
Madeira serrada de coníferas – Em 2021, o Brasil<br />
produziu 8,2 milhões de m³ (metros cúbicos) do produto.<br />
De 2015 para cá, o país vem ganhando cada<br />
vez mais espaço no mercado internacional, tendo<br />
exportado mais de 3,2 milhões m³ em 2021. Na última<br />
década, as exportações tiveram bom desempenho,<br />
apresentando crescimento ao longo dos anos, no que<br />
se refere aos volumes embarcados.<br />
Compensado de coníferas – O compensado de<br />
coníferas é um produto amplamente comercializado<br />
e utilizado no mercado global. Em termos de<br />
produção, o Brasil se encontra no quarto lugar no<br />
ranking mundial. Entre 2012 e 2021, o crescimento da<br />
produção anual brasileira vem mostrando aumento<br />
gradativo, atingindo 3,4 milhões m³ em 2021. O país<br />
é líder mundial nas exportações de compensado de<br />
coníferas de acordo com o crescimento acompanhado<br />
na última década.<br />
Compensado de folhosas – A produção de compensado<br />
de folhosas tem mantido certa estabilidade<br />
desde 2014, mas comparativamente à década passada<br />
a produção atual se encontra em um patamar mais<br />
baixo, em torno de 290 mil m³, alcançado em 2021.<br />
As exportações também têm aumentado de forma<br />
proporcional ao longo dos últimos anos, passando o<br />
compensado de eucalipto, a contribuir com as estatísticas<br />
das exportações deste produto.<br />
Portas – A produção nacional de portas de madeira<br />
tem maior caracterização para o consumo no mercado<br />
interno - em 2021 foram produzidas 7,6 milhões<br />
de unidades -, as exportações do produto têm mostrado<br />
avanço nos últimos anos, atingindo em 2021,<br />
182,8 mil toneladas.<br />
Molduras – O Brasil foi, em 2021, o principal exportador<br />
mundial de molduras de madeira, responsável<br />
por 19% do valor comercializado no mercado internacional,<br />
sendo os EUA (Estados Unidos da América)<br />
o principal mercado importador. Na última década, a<br />
OTIMIZADORA AUTOMÁTICA DE CORTE<br />
OPTIMAX 200<br />
SUSTENTABILIDADE QUALIDADE PRODUTIVIDADE<br />
Máquinas Lampe,<br />
há 94 anos contribuindo para o<br />
desenvolvimento e fortalecimento da<br />
indústria moveleira.<br />
Visite nosso site:<br />
www.maquinaslampe.com.br<br />
(47) 3203.3800 | (47) 3644.3288 | (47) 98856.2722<br />
comercial@maquinaslampe.com.br<br />
88 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
SETEMBRO 2022 89
ARTIGO<br />
AVALIAÇÃO<br />
GEOGRÁFICA E ECONÔMICA<br />
DAS INDÚSTRIAS DE COMPENSADO<br />
NO BRASIL<br />
Fotos: divulgação<br />
VINÍCIUS DE SOUSA LIMA<br />
SANDRIEL LIMA NASCIMENTO<br />
MARLY CIRQUEIRA SANTOS<br />
JOÃO MIGUEL SANTOS DIAS<br />
BRUNO LUCIO MENESES NASCIMENTO<br />
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO<br />
RESUMO<br />
A<br />
madeira é um material de construção<br />
renovável que demanda baixo consumo<br />
energético para produção. No<br />
Brasil, parte das florestas plantadas são<br />
destinadas a fabricação de painéis laminados,<br />
em especial o compensado que é o produto<br />
industrializado de madeira mais antigo. O objetivo<br />
desta revisão é sintetizar as informações acerca da<br />
atual situação geográfica e econômica da indústria<br />
de madeira compensada no Brasil. Foram realizadas<br />
pesquisas em artigos, organizações do setor madeireiro<br />
e sites da internet e com base nesses estudos<br />
verificou-se que a grande maioria das empresas que<br />
produzem compensados no Brasil se localizam na região<br />
sul, principalmente no estado do Paraná e Santa<br />
Catarina.<br />
Palavras-chave: Distribuição geográfica. Madeira.<br />
Painéis Compensados. Produção.<br />
90 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
SETEMBRO 2022 91
ARTIGO<br />
Materiais e Métodos<br />
O levantamento geográfico foi feito, primeiramente,<br />
através de uma busca no site Econodata com<br />
base no CNAE C-1621-8 - Fabricação de madeira<br />
laminada e de chapas de madeira compensada, prensada<br />
e aglomerada, onde foram encontradas mais de<br />
2000 empresas. Em seguida analisamos os web sites<br />
e redes sociais das empresas e selecionamos apenas<br />
aquelas que trabalhavam com compensado, para assim<br />
podermos destacar as principais regiões do Brasil<br />
onde se concentram as empresas de compensados.<br />
Já o levantamento econômico, deu-se por meio de<br />
pesquisas em sites de organizações brasileiras do setor<br />
madeireiro como a Abimci, o IBÁ e a APRE, informações<br />
a respeito de dados do setor econômico das<br />
empresas brasileiras de compensados.<br />
Nesse levantamento foram considerados a quantidade<br />
de florestas plantadas, e o total de exportações<br />
e importações, em valores e volumes.<br />
RESULTADOS E DISCUSSÕES<br />
Florestas Plantadas<br />
Segundo os dados divulgados pelo IBÁ (2020),<br />
a área total de florestas plantadas no Brasil chegou<br />
à marca de 9000000 ha (hectares) no ano de 2019,<br />
um aumento de 2,4% em relação a 2018 (8790000<br />
ha). Desse total, o cultivo de eucalipto representa a<br />
maioria (77%), com 6970000 ha de plantações, e 18%<br />
de pinus, com 1640000 ha. Segundo APRE (2020), as<br />
regiões sul e sudeste têm as maiores áreas de florestas<br />
plantadas no Brasil, com 41,53% e 27,68%, respectivamente.<br />
Além do cultivo de eucaliptos e pinus,<br />
A MADEIRA<br />
COMPENSADA DE<br />
PINUS TEM A MAIOR<br />
REPRESENTATIVIDADE NO<br />
SETOR DE EXPORTAÇÃO<br />
BRASILEIRA, COM AUMENTO<br />
NO VOLUME DE<br />
COMPENSADOS PRODUZIDOS<br />
NOS ÚLTIMOS ANOS<br />
INTRODUÇÃO<br />
A madeira é o único material de construção renovável,<br />
que demanda baixo consumo energético<br />
para produção e sequestra carbono da atmosfera<br />
durante o crescimento da árvore (Molina; Callil Junior,<br />
2010). Esta apresenta ótima relação resistência/peso,<br />
apresenta desempenho mecânico compatível com as<br />
solicitações provenientes de estruturas de edificações<br />
e ainda apresenta excelente desempenho acústico e<br />
térmico, (Lacerda, 2018). Apesar disso, a madeira está<br />
susceptível a degradação por agentes biológicos,<br />
como brocas, fungos e por ser um material natural,<br />
as dimensões de madeira maciça serradas são limitadas<br />
no tamanho e qualidade, e apresentam defeitos<br />
como nós, fendas que interferem na resistência mecânica<br />
(Dias, 2017).<br />
As limitações dimensionais das peças são devidas<br />
ao comprimento finito da árvore e defeitos naturais,<br />
podendo ser ultrapassadas pelas tecnologias de materiais<br />
compósitos e produtos derivados da madeira,<br />
denominados madeira engenheirada (Correia, 2009).<br />
Por conseguinte, madeira engenheirada é toda<br />
madeira que é posteriormente transformada em um<br />
novo produto em uma fábrica. As vantagens do uso<br />
desses produtos são: produção de seções maiores,<br />
redução de defeitos, maior resistência mecânica<br />
e menor suscetibilidade a variações dimensionais<br />
(Cordeiro Júnior; Silva; Soares, 2017). O produto mais<br />
antigo dentre esses industrializados é o compensado,<br />
formado pela colagem de lâminas finas, com as<br />
fibras alternadas ortogonalmente (Mattos; Gonçalves;<br />
Lacerda, 2008). A colagem é realizada com resinas<br />
fenólicas ou ureia/formaldeído, por intermédio da<br />
prensagem de camadas de lâminas (entre 3 e 11) com<br />
espessuras de 1 mm e 3 mm (milímetros) (Dias, 2017).<br />
A madeira compensada é usada em diversas aplicações,<br />
desde pisos, móveis, construção civil, sistemas<br />
construtivos em wood frame, entre outros (Cordeiro<br />
Júnior; Silva; Soares, 2017). Nesse sentido o objetivo<br />
desta revisão é sintetizar informações acerca da atual<br />
situação geográfica e econômica da indústria de madeira<br />
compensada no Brasil.<br />
SFSEE<br />
SOLUTION FOCUS<br />
SOLUÇÕES ESTRATÉGICAS EMPRESÁRIAIS<br />
EMPRESARIAIS<br />
Sua empresa está preparada para<br />
um mercado cada vez mais exigente?<br />
Criatividade, inovação, abertura às mudanças e uma rápida adaptação a novos cenários, são<br />
diferenciais competitivos essenciais para quem quer permanecer e/ou ocupar um lugar de<br />
destaque nesse novo contexto.<br />
Disponibilizamos soluções que têm como base as ferramentas do Lean Manufacturing (produção enxuta), para o ataque,<br />
redução das perdas e aumento efetivo da produtividade:<br />
INSTABILIDADE PRODUTIVA DEFEITOS PARADAS (TEMPO) MOVIMENTAÇÕES<br />
ESTOQUES PROCESSAMENTOS TRANSPORTE GESTÃO<br />
Todas nossas soluções possibilitam a mensuração do<br />
retorno sobre investimento.<br />
Entre em contato conosco<br />
@solutionfocusoficial<br />
(43) 9 9901.4879 | contato@solutionfocus.com.br<br />
www.solutionfocus.com.br<br />
92 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
ARTIGO<br />
mundial (2008) como nacional (a partir de 2014).<br />
Exportações e importações<br />
Segundo dados divulgados pela Abimci (2019) a<br />
evolução das exportações brasileiras de compensado<br />
de pinus, no período de 2009 a 2018, teve um crescimento<br />
de 1154000 m³ no volume exportado representando<br />
um aumento de 103,3% no período analisado.<br />
Por outro lado, no mesmo período, o volume das<br />
exportações brasileiras de compensados de folhosas<br />
teve um decréscimo de 36000 m³, correspondendo a<br />
uma redução de 37,2%.<br />
De acordo com os dados divulgado pela Abimci<br />
(2019), o volume de importações brasileiras teve uma<br />
queda expressiva a partir do ano de 2014, chegando<br />
ao valor mínimo de 415 m³ em 2016, apresentando<br />
um leve crescimento nos anos de 2017 e 2018. Esses<br />
baixos valores nas importações de compensados po-<br />
dem estar relacionados com o crescente volume de<br />
produção e consumo desse produto.<br />
CONCLUSÃO<br />
Diante dos fatos abordados ficou evidente que<br />
o compensado tem grande contribuição no setor<br />
econômico do país, principalmente para a região sul,<br />
onde se concentra as maiores plantações de pinus e<br />
eucalipto, o que contribui para a grande maioria das<br />
empresas produtoras de compensado se concentrarem<br />
nas proximidades. Em relação as exportações e<br />
importações de compensado, o de pinus se destaca<br />
com a maior representatividade no setor de exportação<br />
brasileira, com um aumento no volume de<br />
compensados produzidos. Já a importação brasileira<br />
de compensado de pinus foi quase nula nos últimos<br />
anos, enquanto o volume da importação de compensados<br />
de folhosas triplicou de 2009 a 2018.<br />
Disponível em https://periodicos.ufv.br/jcec/article/view/14162/7286<br />
existem cerca de 390000 ha plantados de outras espécies,<br />
dentre elas destaca-se o paricá (Schizolobium<br />
amazonicum Huber ex Ducke) que é a espécie nativa<br />
da Amazônia mais cultivada, bastante comum no<br />
Estado do Pará. Distribuição geográfica da produção<br />
brasileira.<br />
Das mais de 2000 empresas encontradas no site<br />
Econodata e aquelas associadas a Abimci apenas 87<br />
cumpriram com o critério de possuir website. Desse<br />
total, o Estado do Paraná se destaca com maior número<br />
de indústrias que produzem compensado (49),<br />
seguido de Santa Catarina (25), Pará (7), Mato Grosso<br />
(2), Acre (1), Maranhão (1), Mato Grosso do Sul (1) e<br />
Rondônia (1). Como consequência desse fato e de<br />
outros fatores, as maiores concentrações de indústrias<br />
de compensados do Brasil estão localizadas nessas<br />
duas regiões. Este fato poderá estar relacionado<br />
pela proximidade das empresas em relação às florestas<br />
plantadas que, conforme foi referido no item, se<br />
concentram nas regiões sul e sudeste.<br />
A madeira compensada é usada em diversas<br />
aplicações, desde pisos, móveis, construção civil,<br />
sistemas construtivos em wood frame, entre outros<br />
(Abimci, 2019). No Brasil, o compensado de pinus<br />
(espécie de conífera) é o mais produzido e comercia-<br />
94 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022<br />
lizado dentre as outras espécies (Abimci, 2019). Em<br />
2018, a produção nacional desse compensado atingiu<br />
a marca de 2830000 m³ (metros cúbicos), recorde histórico<br />
registrado desde o ano de 2009 (Abimci, 2019).<br />
Segundo a Abimci (2019), a taxa de crescimento anual<br />
da produção e consumo aparente de compensado<br />
de pinus no Brasil foi, respectivamente, igual a 6,5%<br />
e 1,3%.<br />
Além dos compensados de coníferas, o Brasil<br />
também conta com a produção e consumo de<br />
compensados de folhosas. O mercado desse tipo<br />
de compensado não é tão proeminente dentro da<br />
indústria de produtos de madeira sólida no Brasil, em<br />
volume e valor de produção, comparativamente ao<br />
compensado de coníferas (incluindo pinus) (Abimci,<br />
2019). O compensado de folhosas é produzido principalmente<br />
de espécies tropicais nativas e, em menor<br />
proporção, de espécies plantadas, na qual se destaca<br />
a madeira de paricá (também de origem nativa) e o<br />
eucalipto (Abimci, 2019). Segundo dados divulgados<br />
pela Abimci (2019), a produção e consumo nacional<br />
de compensados de folhosas apresentou uma expressiva<br />
queda entre os anos de 2009 e 2018. Isso se<br />
deve, principalmente, aos períodos de crises econômicas<br />
do setor da construção civil, tanto em âmbito
AGENDA<br />
AGENDA<br />
2022/2023<br />
SETEMBRO<br />
13<br />
WOOD TRADE BRAZIL<br />
LOCAL: FIEP CAMPUS DA<br />
INDÚSTRIA - CURITIBA (PR)<br />
INFORMAÇÕES: HTTPS://LIGNUN<br />
LATINAMERICA.COM/<br />
NOVEMBRO<br />
8 A 11<br />
SIMPOS2022 - SIMPÓSIO<br />
BRASILEIRO DE PÓS-GRADUAÇÃO<br />
EM CIÊNCIAS FLORESTAIS<br />
LOCAL: CURITIBA (PR)<br />
INFORMAÇÕES: HTTPS://<br />
SIMPOS2022.GALOA.COM.BR/<br />
LIGNUM LATIM AMÉRICA<br />
14 A 16 DE SETEMBRO<br />
NOVEMBRO<br />
16 A 17<br />
HDOM SUMMIT<br />
LOCAL: SÃO PAULO (SP)<br />
INFORMAÇÕES: HTTPS://WWW.<br />
HDOMSUMMIT.COM.BR/<br />
5º ENCONTRO DA CADEIA<br />
PRODUTIVA DA PORTA<br />
Visite o principal<br />
evento da cadeia<br />
produtiva da porta!<br />
14 a 16 setembro 2022<br />
Horário de visitação: 14h00 às 20h00<br />
Junto à Lignum Latin America na<br />
Semana Internacional da Madeira<br />
LOCAL: CURITIBA (PR)<br />
INFORMAÇÕES: HTTPS://LIGNUMLATINAMERICA.COM/<br />
PRINCIPAL EVENTO DA SEMANA INTERNACIONAL DA MADEIRA, A LIGNUM LATIN AMERICA É UMA FEIRA FOCADA NA<br />
TRANSFORMAÇÃO, BENEFICIAMENTO, PRESERVAÇÃO, ENERGIA, BIOMASSA, USO DA MADEIRA E MANEJO FLORESTAL. A CADA<br />
EDIÇÃO APRESENTA SOLUÇÕES, LANÇAMENTOS E TENDÊNCIAS PARA O SETOR INDUSTRIAL MADEIREIRO E FLORESTAL DE FORMA<br />
ESTÁTICA E DINÂMICA. NA EDIÇÃO DE 2019, REUNIU 101 EXPOSITORES E 7.148 VISITANTES ALTAMENTE QUALIFICADOS, GERANDO<br />
VENDAS E PROSPECÇÕES. HAVERÁ UM ESTANDE DA ABIMCI (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE MADEIRA PROCESSADA<br />
MECANICAMENTE) PARA RECEPCIONAR ASSOCIADOS E CONVIDADOS.<br />
Centro de Exposições Positivo | Parque Barigui<br />
Alameda Ecológica Burle Marx, 2518 - Santo Inácio - Curitiba (PR)<br />
Faça sua inscrição até 05 de setembro<br />
no site do evento<br />
Realização:<br />
Apoio institucional:<br />
+55 (41) 3225-4358<br />
www.encapp.com.br<br />
contato@encapp.com.br<br />
96 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022
ESPAÇO ABERTO<br />
A SOLIDÃO DO LÍDER EXISTE<br />
MAS SE DISTANCIAR DESSA<br />
CONDIÇÃO É ALGO PODEROSO<br />
O<br />
google só precisa de 0,78s (segundos) para<br />
encontrar 10,2 milhões de resultados para o<br />
questionamento: Como se tornar um CEO?<br />
Entretanto, em uma pesquisa sobre os espinhos<br />
que cargos de liderança carregam,<br />
encontramos menos respostas. Isso acontece porque os<br />
gestores, em geral, não são treinados para lidar com insucessos<br />
e vulnerabilidades.<br />
O líder desfruta de poder, influência e status, em uma<br />
condição desejada por boa parte dos que escolhem uma<br />
carreira executiva. O fato é que há uma infinidade de conselhos<br />
(às vezes vagos, convenhamos) sobre como alcançar<br />
o auge da carreira. Em comparação, existe pouquíssima<br />
discussão sobre o que acontece quando chegamos lá.<br />
Uma expressão em inglês traduz uma grande verdade<br />
sobre o cenário: it’s lonely at the top (o topo é solitário,<br />
em tradução livre) – e há números que confirmam o impasse.<br />
Pesquisa publicada pela Harvard Business Review, por<br />
exemplo, aponta que 50% dos CEOs entrevistados se<br />
sentem isolados em seus cargos, com efeitos negativos<br />
no desempenho de pelo menos 61% deles. E veja só:<br />
entre os que alcançaram a liderança pela primeira vez, a<br />
solidão corporativa chega próximo a 70%.<br />
Não se trata, claro, de algo físico. O gestor C-Level,<br />
nesse contexto, se torna uma ilha rodeada por... pessoas.<br />
Chega a ser lamentavelmente irônico. Mas a verdade é<br />
que, na maré de complexidades dos cargos de gestão, é<br />
preciso ir muito além da presença ou não de seus pares<br />
na mesma sala.<br />
EM 1966, OS BEATLES<br />
LANÇARAM UM<br />
MANIFESTO SOBRE O ISOLAMENTO<br />
NA CANÇÃO ELEANOR RIBGY. “DE<br />
ONDE VÊM E ONDE SE ENCAIXAM<br />
AS PESSOAS SOLITÁRIAS?<br />
POR<br />
THAÍSA PASSOS<br />
GERENTE GLOBAL DE<br />
MARKETING DA S.I.N.<br />
IMPLANT SYSTEM<br />
Isso porque a solidão na liderança envolve demandas<br />
como a responsabilidade de tomar decisões que<br />
impactam na vida pessoal, no clima organizacional e no<br />
mercado de trabalho como um todo. No mesmo pacote<br />
aparecem, também, noções deturpadas sobre hierarquia<br />
e cultura da empresa, que acabam por distanciar os líderes<br />
de suas equipes.<br />
No geral, os líderes precisam fazer um mergulho em<br />
busca de autoconhecimento, gerenciando seus próprios<br />
sentimentos, para lidar com eles de forma mais aberta e<br />
compassiva. Só assim vão conseguir contornar aspectos<br />
negativos e conquistar o tão sonhado equilíbrio entre<br />
vida executiva e pessoal. Veja abaixo alguns apontamentos<br />
que podem fazer sentido para exercer um cargo de<br />
liderança de forma mais plena:<br />
1) Faça de sua vulnerabilidade um insight – Você<br />
não compõe o time C-Level da sua organização à toa. E<br />
entre todas as suas expertises, uma das mais importantes<br />
é ler estrategicamente cenários, situações, possibilidades<br />
e pessoas, a começar, aliás, por si mesmo, considerando<br />
até facetas internas desconfortáveis.<br />
2) Procure suporte profissional – Aceitar a complexidade<br />
de sua função, e como você se sente ao executá-la,<br />
é o primeiro passo. O próximo envolve estabelecer conexões<br />
e buscar auxílio.<br />
3) Conecte-se – Liderar e conectar são quase sinônimos<br />
no dicionário corporativo. Cumprir essa missão<br />
requer entender a importância e a contribuição de todos<br />
os membros de seu time para alcançar o sucesso da empresa<br />
e, consequentemente, o seu.<br />
4) Equilibre seus papéis – Você não nasceu líder.<br />
Pode até acreditar que chegou ao mundo destinado a<br />
isso, mas precisa reconhecer que sua identidade, suas experiências<br />
e sua trajetória não se resumem ao seu status<br />
corporativo ou contrato de trabalho. Mantenha, portanto,<br />
rotinas saudáveis, relações fortes e hábitos prazerosos em<br />
seu cotidiano pessoal.<br />
Foto: divulgação<br />
Equipamentos<br />
especiais<br />
Aquecimento<br />
POR INDUção<br />
Os equipamentos da MSP priorizam a qualidade e a alta<br />
produtividade na sua indústria. E para auxiliar ainda mais no dia a<br />
dia de sua empresa, a MSP conta com uma vasta linha de peças de<br />
reposição para seu equipamento, e um suporte técnico 24hrs,<br />
permitindo que sua equipe de manutenção possa tirar dúvidas<br />
técnicas e adquirir acessórios e peças para o seu equipamento. A<br />
MSP assume o compromisso da qualidade de seus equipamentos,<br />
oferecendo o melhor atendimento para a sua empresa.<br />
(47) 3375-0272 | (47) 9 9991-3459 | (47) 9 9127-3477<br />
vendas@mspindustrial.com.br | vendas1@mspindustrial.com.br<br />
@mspindustrial_of<br />
www.mspindustrial.com.br<br />
Coladeiras de<br />
alta frequÊNCIA<br />
98 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO 2022