REPARADOR S/A - Edição 02
Como a mecânica automotiva tem acompanhado a evolução da tecnologia, e o que os profissionais da área devem fazer para não ficarem para trás? Este é o tema principal da 2ª edição da Reparador S/A, que também conta a história de Fabiana, que a princípio não tinha nada a ver com mecânica, mas, após um tempo trabalhando com verdadeiras joias na oficina, foi lapidando o amor pela profissão. Na seção Hobby Reparador, o leitor conhecerá Jaelson Santos, montador de hot rods nas horas vagas, numa atividade que podemos chamar de “terapia com um Frankenstein”. Também viajamos ao passado para mostrar a trajetória da direção hidráulica. E tem muito mais. Faça uma ótima leitura.
Como a mecânica automotiva tem acompanhado a evolução da tecnologia, e o que os profissionais da área devem fazer para não ficarem para trás? Este é o tema principal da 2ª edição da Reparador S/A, que também conta a história de Fabiana, que a princípio não tinha nada a ver com mecânica, mas, após um tempo trabalhando com verdadeiras joias na oficina, foi lapidando o amor pela profissão.
Na seção Hobby Reparador, o leitor conhecerá Jaelson Santos, montador de hot rods nas horas vagas, numa atividade que podemos chamar de “terapia com um Frankenstein”. Também viajamos ao passado para mostrar a trajetória da direção hidráulica.
E tem muito mais. Faça uma ótima leitura.
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UM PROJETO DE:<br />
TECNOLOGIA E CAPACITAÇÃO<br />
A mecânica automotiva adaptada<br />
ao mundo digital.<br />
JOIAS NA OFICINA<br />
Fabiana, a mecânica que lapidou<br />
seu amor pela profissão.<br />
HOBBY <strong>REPARADOR</strong><br />
Terapia com um<br />
hot rod Frankenstein.<br />
1
2<br />
3
DIRETOR DE PLANEJAMENTO:<br />
FABIO LOMBARDI<br />
18<br />
JOIAS NA<br />
OFICINA<br />
Fabiana não tinha nada<br />
a ver com mecânica,<br />
mas com o tempo foi<br />
lapidando um amor<br />
pela profissão.<br />
36<br />
TECNOLOGIA E<br />
CAPACITAÇÃO<br />
A mecânica automotiva<br />
acompanha as<br />
transformações<br />
do mundo, e os<br />
profissionais não<br />
podem ficar para trás.<br />
DIRETOR DE CRIAÇÃO:<br />
GABRIEL CRUZ<br />
CONSULTOR EDITORIAL:<br />
CLAUDIO MILAN<br />
DIRETOR DE ARTE:<br />
PEDRO GUILHERME<br />
EDITOR-CHEFE:<br />
LUCAS CAETANO<br />
JORNALISTAS:<br />
FERNANDA ROSENDO<br />
LUCAS CAETANO<br />
MIRELLA SCATTOLIN<br />
STÉPHANY NUNES<br />
EQUIPE DE ARTE:<br />
ALINE MONTEIRO<br />
EQUIPE DE ATENDIMENTO:<br />
THIAGO NOGUEIRA<br />
EQUIPE SK:<br />
CEO:<br />
GERSON PRADO<br />
DIRETOR DE VENDAS E<br />
COMUNICAÇÃO CORPORATIVA:<br />
FLÁVIO PORTELA<br />
8VALE A<br />
PENA?<br />
Características<br />
do processo de<br />
blindagem veicular.<br />
4<br />
10 12<br />
SAC RS/A<br />
Como identificar<br />
falhas no sistema<br />
de suspensão?<br />
REPARAÇÃO<br />
HISTÓRICA<br />
A história da direção<br />
hidráulica.<br />
26 46 48<br />
HOBBY<br />
<strong>REPARADOR</strong><br />
Montagem de hot rods:<br />
Jaelson e a sua terapia com<br />
um Frankenstein.<br />
TV MOBILITY<br />
Com cobertura da<br />
equipe SK, a AUTOP<br />
2<strong>02</strong>2 foi um sucesso.<br />
POR DENTRO<br />
DO MERCADO<br />
O Brasil no mercado<br />
global de lítio.<br />
GERENTE DE MARKETING :<br />
FERNANDO OLIVEIRA NETO<br />
5
PUBLIEDITORIAL<br />
AMORTECEDOR COFAP É OURO<br />
NO “MELHORES DO ANO” SINDIREPA<br />
Pelo oitavo ano consecutivo, os amortecedores Cofap conquistaram o selo OURO<br />
no Prêmio Sindirepa-SP.<br />
O Prêmio “Melhores do Ano” Sindirepa-SP<br />
(Sindicato da Indústria de Reparação de<br />
Veículos e Acessórios do Estado de São<br />
Paulo) foi criado em 2009 com o objetivo de<br />
destacar a atuação dos melhores parceiros<br />
e fornecedores de autopeças para o setor<br />
de reparação de veículos, com base em<br />
pesquisa auditada pela CINAU (Central<br />
de Inteligência Automotiva) e realizada<br />
virtualmente com reparadores do Estado<br />
de São Paulo, que avaliaram as empresas<br />
participantes em quesitos como qualidade,<br />
disponibilidade e atendimento.<br />
As empresas vencedoras receberam os selos<br />
Ouro, Prata e Bronze, considerados uma<br />
chancela de qualidade valorizada e respeitada<br />
pelo setor reparador de automóveis.<br />
Os amortecedores Cofap são desenvolvidos<br />
e produzidos há cerca de 70 anos para<br />
a indústria automobilística brasileira,<br />
fornecidos para montadoras e para o mercado<br />
de reposição, para o qual contam com mais<br />
de 1500 códigos que cobrem 98% da frota<br />
circulante de veículos leves, comerciais leves,<br />
pesados e motocicletas.<br />
Os amortecedores Cofap também possuem<br />
certificação Inmetro (Instituto Nacional<br />
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia),<br />
que garante a qualidade e a confiabilidade<br />
das peças. Por isso, conforme atesta o<br />
Prêmio Sindirepa, os amortecedores Cofap<br />
se consolidaram no mercado como os<br />
favoritos da maioria dos reparadores e dos<br />
consumidores finais.<br />
Neste ano, além do ouro em Amortecedores,<br />
as marcas Cofap e Magneti Marelli<br />
conquistaram outras duas premiações: OURO<br />
em juntas homocinéticas e PRATA em bombas<br />
de combustível, respectivamente.<br />
Mais informações sobre os produtos<br />
Cofap podem ser encontradas no catálogo<br />
eletrônico disponível para celulares IOS e<br />
Android, no site www.mmcofap.com.br ou<br />
pelo número de Atendimento ao consumidor<br />
Cofap 0800-0194054.<br />
Acesse também o nosso blog, onde você<br />
encontra mais detalhes sobre peças e serviços.<br />
Na reposição, os amortecedores Cofap são<br />
líderes absolutos do mercado e fortemente<br />
identificados com o ícone da propaganda<br />
brasileira, o Cofapinho, que se tornou o<br />
embaixador da marca nas redes sociais.<br />
6<br />
7
CARRO BLINDADO<br />
VALE A PENA?<br />
O fluxo de trânsito nas grandes<br />
capitais tem se tornado cada vez<br />
maior com o passar dos anos, e os<br />
índices de violência e criminalidade<br />
acompanham essa toada. Assim,<br />
os motoristas buscam manter<br />
seus veículos protegidos da forma<br />
como podem, implementando<br />
travas elétricas, trancas de pedal e<br />
volante, alarme, entre outros.<br />
Muita gente sonha em ter um carro<br />
blindado, mas a questão financeira<br />
costuma ser um grande entrave.<br />
Valores<br />
muita gente acaba optando por comprar um seminovo<br />
e já equipado, visando a um melhor custo-benefício.<br />
Embora o carro blindado seja o sonho de muita gente,<br />
o valor para garantir uma proteção dessas pode custar Porém, mesmo com o carro blindado já adquirido, os<br />
entre R$ 30.000 a R$ 80.000, a depender do modelo custos ainda podem ser bem expansivos. A manutenção<br />
do automóvel, do tipo e do nível de blindagem. para esse tipo de veículo costuma ser mais complexa<br />
e, portanto, têm um preço mais elevado. Além disso,<br />
Ou seja, é quase o valor de outro veículo. Dessa forma, contratar um seguro pode ser outro grande desafio.<br />
A questão do seguro<br />
Muitas seguradoras simplesmente não aceitam carros<br />
blindados como clientes. Por outro lado, aquelas que aceitam,<br />
podem cobrar até 40% a mais do que o valor normal de<br />
cobertura, devido à garantia adicional de blindagem.<br />
Mas uma modificação que,<br />
além de evitar o furto do carro,<br />
garante a segurança do motorista<br />
é a blindagem.<br />
Diferentemente do que muita gente pensa, o processo de blindagem não é feito somente nas janelas. A técnica<br />
envolve o veículo por completo, passando pela carroceria, portas, teto, painéis, forração interna dos bancos,<br />
fechaduras, retrovisores e vidros.<br />
Em caso de desgastes ou acidentes, os custos para reparos<br />
em um carro blindado tendem a ser 20% mais caros.<br />
É importante considerar também que a blindagem<br />
automotiva gera um peso adicional expressivo. Isso<br />
quer dizer que, sem um carro com o motor altamente<br />
potente, o escudo protetor pode deixar o veículo com um<br />
desempenho mais modesto. Mas um supermotor também<br />
implica em um super gasto de combustível.<br />
Foto: SERSOLL / Shutterstock.com<br />
A fim de proporcionar alta resistência a impactos,<br />
projéteis e diversos outros tipos de choque, o veículo<br />
é equipado com materiais extremamente densos e<br />
rígidos, incluindo aço inoxidável.<br />
Afinal, carro blindado vale a pena?<br />
Como há várias áreas modificadas e que precisam ser<br />
desmontadas, ter o carro blindado não é um serviço<br />
nada barato. Os vidros convencionais de 4 milímetros,<br />
inclusive, são substituídos por um modelo diferente,<br />
com 21 milímetros, que possui uma intercalagem de<br />
polivinil butiral (PVB), poliuretano (PU) e policarbonato<br />
em sua composição.<br />
Pensando apenas pelo lado da segurança, sim. O<br />
carro dificilmente seria furtado, o condutor não<br />
correria grandes riscos no que se diz respeito à<br />
violência e, em caso de acidentes, os danos são<br />
consideravelmente menores.<br />
Agora, levando em conta a questão financeira, a<br />
possível perda de desempenho do veículo, a dificuldade<br />
com manutenção e contratação de seguro, além do<br />
gasto adicional com combustível, ter um carro blindado<br />
pode não compensar o investimento.<br />
8<br />
9
SAC RS/A<br />
Como identificar problemas na suspensão?<br />
ao passar por algum quebra-molas podem<br />
ser sinais de problemas na suspensão.<br />
A suspensão intacta é indispensável para<br />
uma boa condução; caso contrário, uma<br />
situação pré-acidente poderia ser ainda<br />
mais catastrófica. Se for necessário uma<br />
frenagem brusca e uma das rodas falhar<br />
em sua missão devido aos problemas<br />
apresentados na suspensão, certamente<br />
haverá colisão.<br />
Além disso, ao passar por um buraco e a<br />
batida for extremamente seca, fazendo com<br />
que o motorista sinta um grande impacto,<br />
a consequência pode ser até mesmo o fim<br />
da vida útil dos amortecedores ou das<br />
buchas da bandeja.<br />
Outro ponto importante a ser observado é a<br />
eventual presença de vazamentos próximos<br />
às rodas. Como esse vazamento é lento e, ao<br />
parar o veículo após o uso, ele dificilmente<br />
será notado, a ideia é procurar manchas no<br />
chão quando for utilizá-lo novamente.<br />
Isso indica que o amortecedor provavelmente<br />
está sofrendo com perda de óleo e, nesse<br />
caso, cabe ao bom mecânico localizar<br />
a origem do escape e orientar sobre a<br />
substituição dos componentes necessários.<br />
Outras peças podem interferir na<br />
Lembre-se também que o estilo de<br />
suspensão?<br />
condução interfere diretamente na vida<br />
útil de todos os componentes do carro.<br />
O sistema de suspensão tem o papel de<br />
manter o veículo suspenso e em um limite<br />
adequado em relação às rodas e ao chassi.<br />
Ou seja, quando ela apresenta problemas,<br />
é mau sinal.<br />
A suspensão automotiva é formada por um<br />
conjunto de peças que sustentam, ou seja,<br />
literalmente suspendem o peso do veículo<br />
para manter a distância ideal entre as<br />
variações de carga, mantendo as rodas em<br />
firme contato com o piso.<br />
Mas assim como qualquer outro mecanismo<br />
do veículo, a suspensão também pode<br />
apresentar problemas com o tempo. Por<br />
isso, é muito importante se manter atento<br />
aos sinais que o carro apresenta.<br />
COMO SABER SE A SUSPENSÃO ESTÁ<br />
IRREGULAR?<br />
Enquanto a suspensão mantém o<br />
contato das rodas com o solo, a falta<br />
de alinhamento e cambagem podem<br />
comprometer esse objetivo. Isso<br />
porque a banda de rodagem dos pneus<br />
precisa sofrer um desgaste uniforme.<br />
Assim, se um deles estiver mais<br />
desgastado do que o outro, significa<br />
que o veículo não está alinhado.<br />
Ou seja, evite acelerações exageradas,<br />
ruas esburacadas, excesso de carga<br />
sem necessidade e frenagens abruptas<br />
constantes Atenção no trânsito é a<br />
chave para a segurança.<br />
rodas e o chassi.<br />
Pelo fato de a suspensão promover<br />
Além disso, esse sistema serve para garantir<br />
conforto ao dirigir, é muito simples notar<br />
conforto ao condutor, absorvendo as<br />
quando ela começa a apresentar defeitos.<br />
irregularidades da pista que poderiam impactar<br />
Por exemplo, sentir que o carro está<br />
na cabine. A suspensão evita inclinações<br />
derrapando nas curvas, que a carroceria<br />
na carroceria por meio de compensação das<br />
está balançando demais ou ouvir rangidos<br />
10<br />
11
REPARAÇÃO<br />
HISTÓRICA<br />
DIREÇÃO<br />
HIDRÁULICA<br />
Foi-se o tempo em que os carros tinham<br />
sistemas densos e complexos, tornando<br />
sua condução uma tarefa complicada.<br />
revolucionária invenção estava por vir<br />
na década de 1920 para virar a chave da<br />
situação.<br />
Peças sem aerodinâmica, volantes<br />
pesados e difíceis de girar: essas eram Neste Reparação Histórica vamos<br />
as características dos automóveis por<br />
volta de 1880.<br />
destacar o sistema de direção hidráulica,<br />
que se tornou tão popular a ponto de,<br />
Algumas tentativas foram feitas,<br />
mesmo após mais de um século, seguir<br />
como parte fundamental de diversos<br />
como direções a vácuo, mas sem veículos. Vamos, então, conhecer a<br />
sucesso naquele momento. Porém, uma história da origem dessa grande obra.<br />
O PROTÓTIPO<br />
Diferentemente das patentes iniciais, a<br />
verdadeira direção hidráulica que conhecemos<br />
hoje foi criada cerca de 40 anos depois da<br />
invenção do carro.<br />
Seu idealizador foi Francis Davis, engenheiro<br />
da fabricante de automóveis e caminhões<br />
Pierce Arrow, que, por volta de 1920, começou<br />
a trabalhar em um projeto para ajudar seus<br />
clientes e amigos caminhoneiros.<br />
O sistema hidráulico nasceu com o propósito<br />
de aliviar o peso da direção sem tirar a<br />
capacidade do volante de se esterçar (virar<br />
para a esquerda e direita), além de realizar<br />
manobras, seja em veículos leves ou pesados.<br />
Davis então recebeu alguns de seus veículos de<br />
carga e, com a ajuda de alguns engenheiros, foi<br />
rapidamente construindo seu projeto de sistema.<br />
12<br />
13
E assim como seu tempo de produção,<br />
o sucesso da modalidade hidráulica<br />
também foi crescendo a todo vapor,<br />
claramente por conta da sua eficiência.<br />
Dos caminhões, Francis passou para<br />
os barcos, e destes, para os carros.<br />
Seu primeiro sistema hidráulico<br />
automotivo foi criado para um Cadillac,<br />
o que gerou um contrato com a General<br />
Motors (GM) para aplicá-lo nos futuros<br />
modelos do veículo. Alguns anos<br />
depois, este acordo foi replicado aos<br />
modelos Buick.<br />
Em 1939, com o começo da Segunda<br />
Guerra Mundial, cerca de 10 mil<br />
veículos de batalha circulavam com<br />
o sistema hidráulico de Francis<br />
instalado. Porém, ao final da guerra,<br />
também chegava ao fim o período de<br />
expiração das patentes de Francis.<br />
Assim, dando um grande passo em sua<br />
história, a Chrysler utilizou a patente<br />
como base e desenvolveu sua própria<br />
direção hidráulica, a ‘Hydraguide’.<br />
Isso fez com que a GM voltasse atrás<br />
com Francis para mais um contrato,<br />
que resultou em mais de um milhão<br />
de unidades de carros produzidos com<br />
sua direção hidráulica. Em 1956, um<br />
quarto de todos os veículos do mundo<br />
carregavam o sistema.<br />
Hoje extremamente difundida no Brasil,<br />
a direção hidráulica ainda era um artigo<br />
de luxo na época mencionada acima.<br />
COMPONENTES E<br />
FUNCIONAMENTO<br />
• Bomba hidráulica: serve para pressurizar<br />
o óleo;<br />
• Tubulação de baixa e alta pressão:<br />
realiza o ciclo de transporte de óleo;<br />
• Reservatório de óleo: faz o<br />
armazenamento;<br />
• Pinhão: efetua os giros;<br />
• Cremalheira: orienta as rodas para os<br />
lados.<br />
14<br />
15
PUBLIEDITORIAL<br />
Assim, o processo é bem simples: o motorista<br />
vai efetuar uma manobra e, para controlar o<br />
veículo, os componentes acima entram em ação.<br />
O volante irá virar para um lado e, junto a ele,<br />
a barra de torção e o pinhão também giram e<br />
transmitem esse movimento à cremalheira<br />
que, por sua vez, gira para o lado contrário,<br />
orientando as rodas para o sentido que o<br />
condutor pretende virar.<br />
Durante esse movimento, a bomba hidráulica<br />
pressuriza o óleo liberado pelo reservatório e,<br />
quando pressionado, este suaviza o manuseio.<br />
Por fim, a cremalheira aciona peças menores e as<br />
rodas são, então, direcionadas para o mesmo sentido<br />
que o volante, imitando o movimento executado.<br />
A excelência das ações só se dá por conta<br />
da eficiência e pressão do óleo, liberado por<br />
uma válvula presente no volante. Em veículos<br />
maiores, a pressão é proporcionalmente maior.<br />
Entretanto, devido a fatores como o menor<br />
consumo de combustível e a maior leveza na versão<br />
modernizada, a direção hidráulica está sendo<br />
gradativamente substituída pela direção elétrica.<br />
E assim seguimos os ciclos das grandes evoluções.<br />
INSTALAÇÃO DE AMORTECEDORES<br />
REQUER ALGUNS CUIDADOS ESPECIAIS<br />
Escorvar ou equalizar as peças, verificar a posição de montagem e<br />
não segurar a haste com alicate estão entre os pontos a serem observados.<br />
Protagonistas do sistema de suspensão, os<br />
amortecedores controlam os movimentos<br />
indesejados das molas, diminuindo os<br />
deslocamentos por meio do amortecimento,<br />
proporcionando, assim, conforto e segurança<br />
aos ocupantes do veículo.<br />
“É um dos principais componentes do sistema<br />
e requer atenção e cuidado na hora da<br />
substituí-los por novos”, afirma Jair Silva,<br />
gerente de qualidade e serviços da Nakata,<br />
ressaltando que, antes de instalar novos<br />
amortecedores, há necessidade de fazer o<br />
escorvamento ou equalização das peças,<br />
ou seja, tirar o ar que se encontra no tubo<br />
interno, deixando-o completamente cheio de<br />
óleo. Ele explica o processo:<br />
“Coloque o amortecedor na posição de<br />
instalação com a haste para cima, empurre-a<br />
para dentro e puxe para fora por cinco<br />
vezes consecutivas”. Após o procedimento,<br />
o deslocamento da haste estará uniforme,<br />
correrá sem vazios.<br />
Vale lembrar que nos amortecedores<br />
pressurizados a subida da haste é automática;<br />
já nos amortecedores convencionais a haste<br />
precisa ser puxada. Segundo o gerente, a<br />
obrigatoriedade de equalização se dá porque<br />
os amortecedores ficam no estoque na<br />
posição horizontal, fazendo com que óleo se<br />
desloque, deixando espaço para entrada do<br />
ar no tubo interno.<br />
“Nunca deixe os amortecedores, depois de<br />
equalizados, na posição horizontal antes de<br />
colocá-los no veículo”, alerta.<br />
Além desta técnica, Silva se lembra de outros<br />
pontos a serem verificados, entre eles a<br />
correta aplicação da peça, que pode ser<br />
confirmada através do catálogo eletrônico<br />
Nakata, a posição de montagem; não<br />
segurar a haste com alicate ou ferramentas<br />
inadequadas, não utilizar parafusadeira<br />
pneumática para apertar a porca da haste, e<br />
não se esquecer de analisar as condições dos<br />
outros componentes do sistema de suspensão,<br />
como molas, bandeja, barra estabilizadora,<br />
pivô, coxim e batentes; utilizar peças de<br />
qualidade; dar o aperto final com o veículo<br />
no solo; fazer revisão completa da fixação de<br />
toda a suspensão e alinhamento.<br />
16<br />
17
JOIAS DA OFICINA:<br />
LAPIDANDO O AMOR<br />
PELA MECÂNICA<br />
Fabiana e mecânica pareciam não ter nada a ver,<br />
mas o tempo provou que foram feitas uma para a outra.<br />
A VIRADA DE CHAVE<br />
identifiquei. Depois, recebi uma proposta<br />
da Citroën, onde tinham montado uma ofi-<br />
Na verdade, inicialmente, a entrevistada<br />
cina só de mulheres. Fui contratada como<br />
nem pensava em entrar para o meio au-<br />
auxiliar e lá fiquei por dois anos, apren-<br />
tomotivo. O click veio na época em que<br />
dendo muita coisa”, conta a mecânica.<br />
fazia um curso enquanto terminava o<br />
Muitos na oficina brincam que Fabiana<br />
Paes, 40 anos, é concorrida no local. Fácil<br />
de entender, já que metade da sua vida<br />
até aqui foi dedicada à Frison Convenience,<br />
localizada na Rua Santa Justina,<br />
114, no bairro Vila Olímpia, zona sul de<br />
São Paulo (SP).<br />
A oficina trabalha com reparos automotivos,<br />
funilaria e pintura de alto padrão. São<br />
mais de 45 anos de história cuidando de<br />
grandes nomes importados, como Ferraris,<br />
Lamborghinis e Bentleys. E Fabiana, uma<br />
das poucas mulheres do ambiente, é peçachave<br />
da consolidação desse espaço.<br />
colégio. Ali, aprimorou sua vocação para<br />
montar e desmontar coisas.<br />
“Eu comecei com 18 anos, fiz curso no<br />
SENAI sem muitas expectativas. Fiz porque<br />
estava no colégio e apareceu o curso<br />
perto da minha casa, mas gostei e me<br />
Assim, Fabiana carrega o mérito de ter<br />
seus 22 anos de carreira trabalhando<br />
sempre com o que gosta, embora essa<br />
paixão não tenha sido passada de geração<br />
para geração, como é de praxe para<br />
muita gente dessa área. No caso dela, o<br />
gosto veio com o tempo.<br />
18<br />
19
PUBLIEDITORIAL<br />
CONHEÇA AS PEÇAS DE REPOSIÇÃO<br />
MOTORCRAFT E OMNICRAFT<br />
NA PLATAFORMA AUTO BUSCA<br />
Há mais de 50 anos, a Motorcraft oferece<br />
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veículos Ford, seguindo os rigorosos padrões<br />
homologados pela engenharia da montadora.<br />
O portfólio é formado por 20 linhas de produto<br />
de alta demanda, entre eles:<br />
Amortecedor, Bateria, Disco de freio, Embreagem,<br />
Óleo e aditivo, Palheta, Pastilha, Vela de<br />
ignição, entre outros.<br />
Além desta marca, a Ford atua também com<br />
a Omnicraft, que possui a versatilidade<br />
de componentes aplicáveis a veículos de<br />
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Autopeças e boas compras!<br />
20<br />
21
“<br />
UMA VIDA EM CONSERTO<br />
Formação continuada: é o método para<br />
Fabiana se manter atualizada. O curso<br />
feito aos 18 anos, aquele sem tanta expectativa,<br />
foi apenas o primeiro.<br />
“Fiz vários cursos de aprendizado rápido<br />
no Senai, outro de Eletrônica na FATEC<br />
de Santo André. Hoje, faço tecnólogo de<br />
automobilística, também no SENAI, com<br />
duração de três anos. Estou sempre me<br />
atualizando”, diz ela.<br />
Para Fabiana, sua maior realização pessoal<br />
está em consertar. Desde pequena,<br />
fixar as coisas sempre foi uma…fixação.<br />
Ela recorda seu momento mais especial<br />
na Frison, quando houve de fato o batismo<br />
na profissão.<br />
“<br />
Meu primeiro diagnóstico sozinha foi a minha maior realização.<br />
O carro era um Bentley, modelo meio exclusivo para a época, e o<br />
técnico engenheiro que me ajudava, o Walter, não estava presente<br />
no dia. Fiquei superemocionada e orgulhosa de mim. Foi nesse dia<br />
que pensei: ‘acho que é isso mesmo, vou ficar nessa profissão.<br />
OS DESAFIOS COM AS ‘JOIAS’<br />
Na vida, nem tudo são flores.<br />
Aliás, é quase impossível pensar<br />
numa flor quando o assunto é o<br />
universo automotivo - apesar de<br />
existir uma autopeça chamada tulipa.<br />
Grandes desafios são inerentes<br />
ao dia a dia de uma oficina, e<br />
é preciso muito preparo e jogo de<br />
cintura para encará-los.<br />
“O maior desafio que enfrento até<br />
hoje na Frison são as novidades<br />
do mercado. Por exemplo, se surgir<br />
um carro na Europa, a gente já<br />
sabe que ele vai estar aqui na oficina”,<br />
diz Fabiana.<br />
22<br />
23
PUBLIEDITORIAL<br />
Dessa forma, como se manter<br />
sempre um passo à frente?<br />
Não há outra receita a não ser<br />
estudar, estudar e estudar.<br />
“Fora os cursos, tem que<br />
correr atrás, ler bastante,<br />
procurar informações técnicas<br />
em sites americanos<br />
e europeus mais técnicos,<br />
comprar manuais<br />
de várias outras línguas.<br />
Às vezes, uma atualização<br />
‘X’ nem chegou nos carros<br />
mais populares, mas precisamos<br />
saber dela porque já<br />
existe nos importados. Por<br />
exemplo: a Frison trabalha<br />
com híbridos desde que eu<br />
entrei aqui, e só agora eles<br />
estão chegando de vez no<br />
Brasil”, relata Fabiana.<br />
Porém, não há desafio que<br />
supere o amor pela mecânica.<br />
Vimos que o de Fabiana<br />
começou um pouco<br />
tardiamente, sem avisar,<br />
mas o tempo e as experiências<br />
trataram de lapidá-lo,<br />
transformando-o em uma<br />
joia, tal qual as máquinas<br />
que ela conserta.<br />
DRIVEWAY COMPLETA 70 ANOS DE<br />
ATIVIDADE NO BRASIL<br />
Pioneira na fabricação de itens de suspensão no País, empresa mira ampliação da<br />
linha de produtos.<br />
Em 2<strong>02</strong>2 a Driveway completa 70 anos de atividades<br />
no Brasil. A marca pioneira na fabricação de itens<br />
de suspensão aproveita a data redonda para fazer<br />
um balanço dessas sete décadas que a consolidou<br />
como referência no mercado automotivo.<br />
De lá para cá, foi necessária uma forte reinvenção<br />
devido às mudanças tecnológicas e políticas<br />
encabeçadas pela globalização. Hoje, a Driveway<br />
tem abertura para importação de importantes<br />
componentes veiculares, mas sempre mantendo o<br />
know-how para a fabricação interna.<br />
Ao conquistar essa posição, a empresa é capaz<br />
de manter o foco na qualidade das peças e na<br />
excelência de seus processos produtivos, não<br />
cedendo aos apelos por preços muito altos que o<br />
mercado internacional costuma impor.<br />
Para atuar de forma assertiva em um setor tão amplo,<br />
oferecendo linhas de produtos voltadas a veículos<br />
leves, pesados e utilitários, a Driveway aposta no<br />
incansável trabalho de pesquisa e atualização.<br />
Recentemente, o catálogo ganhou uma extensa<br />
lista composta por barras de direção, terminais de<br />
direção e barras axiais para veículos novos.<br />
As novidades também apontam para, nos próximos<br />
dois anos, um forte investimento no parque<br />
industrial, visando a ampliar a linha para suspensão<br />
com foco em bandejas e bieletas, além de seguir<br />
desenvolvendo novos itens de barras, terminais e<br />
pivôs.<br />
Por fim, a Driveway fortalece seu trabalho na<br />
área comercial, expandindo sua equipe de vendas<br />
e firmando novas parcerias, entre elas com a SK<br />
Mobility. Assim, a tendência é que os próximos<br />
anos continue dando os frutos colhidos durante os<br />
últimos 70.<br />
24<br />
25
HOBBY<br />
<strong>REPARADOR</strong><br />
TERAPIA COM UM FRANKENSTEIN<br />
Uma Willys 1941 em constante transformação.<br />
Vivemos tempos que nos alertam a valorizar um<br />
de nossos bens mais preciosos: a saúde mental.<br />
Hoje, definitivamente, preservar a vida passa<br />
por cuidar da cabeça; falar em saúde mental<br />
implica em destacar a importância da terapia,<br />
especialmente com acompanhamento psicológico<br />
profissional.<br />
Mas algumas pessoas encontram alternativas<br />
além dos tratamentos convencionais. Jaelson<br />
Santos, de 53 anos, é uma delas. Trabalha<br />
como supervisor de operações de caminhão<br />
betoneira, e, nas horas vagas, viaja através do<br />
seu tipo particular de terapia: montar carros<br />
hot rod.<br />
26<br />
27
O ‘consultório’ é a garagem da<br />
própria casa, localizada no bairro<br />
Vila Natal, zona sul de São Paulo<br />
(SP). Seu cliente não fala, mas<br />
se comunica; emite sons, sinaliza<br />
quando as coisas vão bem e reclama<br />
caso precise de reparos.<br />
É uma garagem apertadíssima,<br />
aparentemente feita sob encomenda.<br />
O portão chega a sussurrar<br />
na parte de cima do automóvel<br />
enquanto fecha. Porém, tudo<br />
fica mais fácil quando o cliente é<br />
seu. Essa é a vantagem de ser ao<br />
mesmo tempo terapeuta e dono:<br />
conhecer de verdade a máquina<br />
- cada peça, cada ruído, todas as<br />
virtudes e defeitos.<br />
Atualmente, trata-se de uma réplica<br />
da caminhonete Willys 1941,<br />
com uma série de adaptações,<br />
como você verá mais à frente. Nas<br />
mãos de Santos desde 2012, este<br />
é o terceiro hot rod construído por<br />
ele. O primeiro foi um Ford T-Bucket,<br />
em 2008; dois anos depois,<br />
outro Ford, desta vez um Tudor.<br />
Ambos já foram vendidos.<br />
“O serviço do dia a dia é cansativo.<br />
O chefe tem as metas dele e<br />
eu tenho as minhas. Cada um acaba<br />
encontrando sua terapia, e a<br />
minha é essa. Quando eu chego<br />
em casa, preciso apertar um parafuso”,<br />
relata Santos.<br />
TODO HOT<br />
ROD É UM<br />
FRANKENS-<br />
TEIN<br />
A paixão de Santos pelos<br />
carros antigos - especialmente<br />
os hot rods - começou<br />
por volta dos 15 anos, época<br />
em que assistiu ao filme Em<br />
Busca da Vitória (1979), de<br />
George Harmitage, cujo enredo<br />
mostra a história de um jovem<br />
que atravessa os Estados<br />
Unidos à procura de corridas<br />
de arrancada.<br />
“Quando eu vejo uma carroceria<br />
não montada, já imagino<br />
o carro pronto no futuro.<br />
Um carro hot rod sempre é<br />
um Frankenstein. Você vai<br />
pegando peças diferentes em<br />
lugares diferentes e montando.<br />
A carroceria, por exemplo,<br />
eu consegui lá em Bom Jesus<br />
dos Perdões”, conta.<br />
Apoiada sobre um chassi com<br />
tubo 4x8 e parede 3mm, a<br />
carroceria foi arquitetada de<br />
acordo com a apertada garagem,<br />
recebendo a cor marrom<br />
metálico – ou imperial – e verniz<br />
fosco.<br />
Ela tem como base a já mencionada<br />
cabine réplica da<br />
caminhonete, que ganhou a<br />
companhia de uma traseira<br />
montada no estilo cupê. A<br />
tampa, por sua vez, é parte<br />
de um Jipe Willys pós-2ª guerra,<br />
de 1943.<br />
28<br />
29
O Chevrolet Opala é outro veículo presente no Frankenstein<br />
de Santos, oferecendo o motor 6 cilindros,<br />
a suspensão dianteira, eixo traseiro e o câmbio de 3<br />
marchas, posicionado junto ao volante – este último<br />
retirado de um Ford 1937.<br />
Outros componentes importantes são o farol do Fusca<br />
1972, as lanternas traseiras do Jipe e as rodas de<br />
liga leve Mangels, nas quais Santos incluiu pinos de<br />
caminhão, estilizando ainda mais os conjuntos inscritos<br />
nos pneus Yokohama 265.<br />
Também são dignos de nota os vidros de box de banheiro<br />
que compõem as janelas, além de uma peça<br />
no capô, original de uma bicicleta Monark. Isso sem<br />
citar um detalhe fundamental em relação ao painel<br />
do para-choque, vindo de um Fiat Palio, pois “é o único<br />
que consegui encaixar para eu caber no carro”,<br />
explica Santos.<br />
ÍNDIO,<br />
O APOIADOR<br />
DAS LOUCURAS<br />
Fazer terapia não significa acabar com as loucuras*,<br />
mas, sim, encontrar meios para conviver com elas e,<br />
dependendo do caso, alimentá-las.<br />
Uma pessoa pode ter ideias mirabolantes, faltando<br />
a ela apenas um braço direito para colocá-las<br />
em prática; afinal, “ninguém faz nada sozinho”, reconhece<br />
Santos.<br />
Assim, é quase loucura pensar que esse hot rod pudesse<br />
existir sem a ajuda de Claudio Wellington: o Índio,<br />
seu fiel escudeiro, “apoiador das loucuras”, como<br />
ele mesmo se intitula.<br />
Para a dupla, diante do orçamento curto, a ordem é fazer<br />
tudo o que dá com tudo que tem, sem meio-termo. Desse<br />
modo, Índio lista as duas opções possíveis:<br />
“Se a gente não tem uma peça, precisa ou criar uma ferramenta<br />
para produzir, ou pegar outra peça e modificar para<br />
ela virar o que a gente necessita. Nossa realidade é essa. Algumas<br />
pessoas fazem projetos de carros mirabolantes, mas<br />
porque têm uma carteira diferenciada.”<br />
Santos completa o raciocínio do amigo:<br />
“ A gente não tem uma<br />
mesa de plasma pra<br />
desenhar a peça. A gente<br />
vai na esmerilhadeira. Se<br />
for chapa fina, é na serra<br />
tico-tico.<br />
“<br />
O dono da Willys adaptada também recorda outro episódio<br />
que retrata os detalhes de montagem e reparação. Como<br />
podemos mais uma vez confirmar, é sempre assim, no fio<br />
da navalha.<br />
“Inicialmente, a suspensão dianteira não tinha cabido na<br />
carroceria. O pneu pegava nela. Então, tivemos que tirar,<br />
cortar 2,5 cm e deixar cada lado com 1 grau negativo, para<br />
depois soldar e colocar novamente. Se ficasse positivo, o<br />
pneu ficaria para dentro.”<br />
30<br />
31
PRÓXIMO PASSO:<br />
FURGÃO<br />
Quando comprou a atual carroceria, Santos prometera<br />
que este seria seu último hot rod. “No anterior ele<br />
falou a mesma coisa!”, atravessa Índio.<br />
“Customização é um caminho sem volta. Para nós<br />
que fazemos, nunca tem fim, sempre dá para melhorar.<br />
E a gente gosta de coisas paralelas, diferentes do<br />
que o povo tem. Se vamos a um encontro de carros,<br />
por exemplo, lá vão ter 15, 20 Fuscas. Nós queremos<br />
chegar sempre mostrando o oposto”, argumenta Índio.<br />
Vale a brincadeira, mas fato é que não houve montagem<br />
depois da Willys, somente (várias) modificações.<br />
E elas vão continuar. Em breve, o veículo deverá não<br />
apenas ganhar uma nova suspensão traseira, como<br />
também mudar de formato, tornando-se um furgão.<br />
Desde já, Santos vem se preparando financeiramente<br />
para os trâmites envolvendo vistoria, avaliação no Inmetro<br />
etc. O parceiro avalia – e defende - os próximos<br />
movimentos:<br />
Sempre alinhado ao fiel escudeiro, Santos finaliza retomando<br />
a terapia e a razão para seguir praticando:<br />
“Eu preciso fazer isso para quando chegar o fim de<br />
semana eu poder rodar e mostrar. O ser humano é<br />
isso, ele gosta de mostrar o que tem e o que é.”<br />
* O termo “loucura” não foi aplicado de forma literal,<br />
mas, sim, compondo um jogo de palavras a partir da<br />
fala do entrevistado.<br />
32<br />
33
34<br />
35
TECNOLOGIA E<br />
CAPACITAÇÃO:<br />
A MECÂNICA AUTOMOTIVA<br />
NO MUNDO DIGITAL<br />
Trabalhar à moda antiga não é mais opção para quem<br />
pretende se manter e evoluir no mercado.<br />
Não é segredo para ninguém<br />
que a tecnologia revolucionou<br />
a forma de nos comunicarmos,<br />
trabalharmos, consumirmos,<br />
enfim, de vivermos.<br />
Durante a pandemia de<br />
Covid-19, por exemplo, o trabalho<br />
remoto foi a saída para<br />
muitas empresas, que até hoje<br />
utilizam desta ferramenta<br />
para conectar seus funcionários<br />
a longas distâncias.<br />
No caso das oficinas mecânicas,<br />
a tecnologia também<br />
vem ganhando cada vez mais<br />
espaço e revolucionando os<br />
processos diários a ponto de<br />
tornar impossível se manter<br />
firme no mercado sem uma<br />
constante capacitação.<br />
36<br />
37
AS TECNOLOGIAS AUTOMOTIVAS MAIS IMPORTANTES ATUALMENTE<br />
Scanner automotivo<br />
Sempre que alguma falha é detectada pelos<br />
sensores do veículo, um alerta referente<br />
à injeção eletrônica surge no painel,<br />
indicando ao condutor que o carro deve<br />
ser levado a uma oficina. É nesse momento<br />
que o mecânico irá utilizar o scanner,<br />
um aparelho específico para ler todos os<br />
dados do sistema e identificar o problema.<br />
O trabalho acaba se tornando mais prático e<br />
otimizado, já que não é mais necessário passar<br />
horas investigando a origem do defeito. Basta<br />
saber como operar a máquina corretamente.<br />
Reprogramação eletrônica<br />
Você já imaginou quais seriam os<br />
impactos positivos para o desempenho<br />
dos veículos caso estes<br />
tivessem chip de potência? Pois<br />
isso acontece graças a uma tecnologia<br />
atrelada à injeção eletrônica<br />
(reprogramação), capaz de modificar<br />
os padrões originais do sistema.<br />
Além de aumentar a potência do<br />
veículo, ela pode acompanhar atualizações<br />
que melhoram o conforto,<br />
a segurança e a dirigibilidade.<br />
Catálogos virtuais<br />
Principalmente depois da pandemia,<br />
aqueles volumosos<br />
catálogos físicos passaram a ser<br />
substituídos por versões digitalizadas,<br />
com ferramentas de buscas<br />
intuitivas. Ou seja, ficou muito<br />
mais prático pesquisar peças<br />
e fechar orçamentos, fazendo em<br />
minutos o que antes era realizado<br />
em horas.<br />
Inclusive, os manuais técnicos<br />
também ganharam suas versões<br />
online, disponíveis para consulta<br />
a qualquer momento via internet.<br />
Dessa forma, houve um aumento<br />
significativo na produtividade<br />
das oficinas.<br />
38<br />
39
Aliados das oficinas e dos mo-<br />
“A ideia surgiu a partir do propósito<br />
Considerando o atual panorama de<br />
“Dessa forma, todos ganham tempo e<br />
toristas: os aplicativos<br />
de reunir, em uma única plataforma,<br />
atuação dos mecânicos no mercado<br />
agilidade no atendimento. Ainda do<br />
Para além de chamar um carro por<br />
uma rede de oficinas mecânicas com<br />
nacional, Fleck é enfático ao afir-<br />
ponto de vista da oficina, também é<br />
aplicativo ou contratar um serviço<br />
descrições dos serviços automotivos<br />
mar que esses profissionais são pe-<br />
muito importante o reforço da pre-<br />
de aluguel de veículo, as platafor-<br />
mais recorrentes, além de referências<br />
ças-chave para o setor automotivo.<br />
sença online, que gera uma maior<br />
mas online também se tornam indis-<br />
de preços e avaliações dos usuários”.<br />
Nos últimos dois anos de pandemia,<br />
visibilidade para os serviços que es-<br />
pensáveis a quem trabalha direta-<br />
o envelhecimento da frota brasileira<br />
tão sendo prestados nos estabeleci-<br />
mente no setor automotivo.<br />
A aceitação por parte dos usuários<br />
se acelerou devido ao custo para ad-<br />
mentos, além de atrair novos clientes<br />
foi positiva, pois o serviço permite<br />
quirir veículos novos.<br />
com base em boa reputação e marke-<br />
Hoje existem apps que conectam di-<br />
que os donos dos automóveis encon-<br />
ting/propaganda. Isso tudo incentiva<br />
retamente oficinas e clientes. Assim,<br />
trem de maneira mais simples e ágil,<br />
“Segundo o Sindicato Nacional da In-<br />
os estabelecimentos a se manterem<br />
é possível localizar a oficina mais<br />
por geolocalização, a oficina mais<br />
dústria de Componentes para Veícu-<br />
atualizados e garantirem a boa quali-<br />
próxima, checar avaliações de outros<br />
próxima, com melhor avaliação e que<br />
los Automotores (Sindipeças), 23,5%<br />
dade de seus atendimentos”, pontua.<br />
usuários e até agendar manutenções.<br />
atenda a todas as necessidades de<br />
dos automóveis que circulam no país<br />
seus veículos.<br />
têm até cinco anos de uso, os cha-<br />
Os usuários que procuram a plata-<br />
Esse é o caso da plataforma KD Minha<br />
mados seminovos. Há dez anos, essa<br />
forma já contam com uma taxa de<br />
Oficina, criada em 2<strong>02</strong>0 e gerencia-<br />
Além disso, a plataforma, disponível<br />
fatia era de 43,1%. Os veículos com<br />
resposta de 60% para orçamentos<br />
da pela Ticket Log, uma marca da Ed-<br />
via site, é uma ferramenta colaborati-<br />
mais de 16 anos de uso passaram de<br />
e dúvidas, e a promessa é que esse<br />
enred Brasil. Em relação à ideia de<br />
va, onde é possível também consultar<br />
18,8% para 19,4%. Os intermediários<br />
percentual cresça para 80% até o fi-<br />
lançar a plataforma e a recepção do<br />
ofertas disponíveis de acordo com de-<br />
(de seis a 15 anos) eram 38,1%, em<br />
nal do ano.<br />
público, Eduardo Fleck, Diretor-Geral<br />
poimentos e experiências dos próprios<br />
2012, e hoje são 57,1%”, conta.<br />
de Especialidades de Frota e Mobili-<br />
motoristas, criando rankings de quali-<br />
No período pré-lançamento da plata-<br />
dade da Edenred Brasil, explica:<br />
dade das oficinas de todo o Brasil.<br />
Desse modo, o papel dos repara-<br />
forma, foram reunidas cerca de 30 ofi-<br />
dores tornou-se ainda mais im-<br />
cinas, a fim de conversar e entender<br />
portante, haja vista a maior ne-<br />
as necessidades e as maiores preo-<br />
cessidade de manutenções para<br />
cupações. Sobre isso, Fleck recorda:<br />
veículos mais antigos.<br />
”Vimos que havia um grande receio<br />
em relação à transformação digital,<br />
Para a oficina e seus profissionais<br />
mas mostramos como seria benéfi-<br />
é uma oportunidade de estar onde o<br />
ca uma plataforma que trouxesse<br />
cliente está, diminuindo a improduti-<br />
visibilidade para oficinas que, mui-<br />
vidade devido às altas e baixas de-<br />
tas vezes, não têm nem mesmo um<br />
mandas desse setor ao longo do ano.<br />
site. A Ticket Log também oferece<br />
Com a KD Minha Oficina, é possível<br />
treinamentos para que as oficinas<br />
agendar serviços de acordo com um<br />
cadastradas no KD Minha Oficina<br />
calendário proposto pelo cliente e<br />
ofereçam atendimentos e serviços<br />
aprovado pela oficina.<br />
cada vez melhores.”.<br />
40<br />
41
Público feminino<br />
Outro ponto que vem chamando<br />
bastante atenção neste meio é<br />
o crescimento expressivo das<br />
mulheres cada vez mais ativas<br />
no cenário automobilístico.<br />
Cursos técnicos<br />
Desenvolver e realizar de treinamentos<br />
para profissionais da reposição é,<br />
há muito tempo, parte fundamental<br />
do DNA da Marelli Cofap.<br />
de atuação. Com isso, é possível atingir<br />
de forma mais precisa todos os elos da<br />
cadeia comercial. Mônica completa:<br />
“Assim, destacamos a atuação de nossas<br />
equipes promocional e técnica, que estão<br />
palestras com empresas do setor automotivo.<br />
Ele já participou de diversos<br />
eventos presenciais com a equipe técnica<br />
da Cofap.<br />
Em um deles, por exemplo, foram duas noi-<br />
Atualmente, as mulheres<br />
não somente participam de<br />
competições, como também<br />
ocupam cargos do segmento,<br />
como reparadoras, balconistas,<br />
proprietárias de oficinas etc.<br />
Além disso, a última década<br />
registrou o aumento de 83,7%<br />
de mulheres habilitadas na<br />
categoria ‘A’, que permite a<br />
pilotagem de motocicletas.<br />
Seguindo essa esteira, não é de<br />
se espantar que cerca de 40%<br />
dos orçamentos no KD Minha<br />
Oficina sejam solicitados pelo<br />
Segundo a diretora de Marketing, Comunicação,<br />
Engenharia de Produto e<br />
Assistência Técnica, Mônica Cassaro,<br />
a empresa ministra anualmente uma<br />
série de cursos que abrangem informações<br />
técnicas de sistemas e produtos,<br />
até as mais recentes inovações<br />
tecnológicas, tendências do mercado,<br />
técnicas de comercialização, entre<br />
outros. Até julho, foram mais de 58<br />
mil participantes.<br />
Em um mercado dinâmico como o do<br />
Brasil, é fundamental que estes conteúdos<br />
sejam constantemente reformulados<br />
para corresponderem ao rit-<br />
sempre em campo para verificar as necessidades<br />
do mercado e resolvê-las com<br />
competência e rapidez.”<br />
Durante a pandemia, os cursos foram<br />
adaptados ao ambiente digital, mas, a<br />
partir da retomada das aulas presenciais<br />
em 2<strong>02</strong>2, a modalidade remota segue<br />
disponível conforme as necessidades<br />
dos clientes.<br />
O mecânico e proprietário da Inacio’s<br />
Serviços Automotivos, Laerte Inácio da<br />
Costa, foi um dos coordenadores do grupo<br />
RAE (Reparadores Automotivos Especializados),<br />
responsável por agendar<br />
tes só de dicas de montagem de suspensão<br />
para 80 mecânicos. No começo do ano, por<br />
causa da Covid-19, veio a oportunidade de<br />
participar de uma live sobre suspensão,<br />
novamente com palestra da Cofap.<br />
“Chamei os mecânicos aqui da região,<br />
que fizeram várias perguntas. Muitos<br />
carros ainda nos deixam em dúvida na<br />
hora de montar. Então, foi bastante<br />
proveitoso para todos. É indescritível o<br />
ganho que nós tivemos. Conheço toda a<br />
equipe técnica da Cofap e sempre que<br />
tenho qualquer dúvida, entro em contato<br />
e eles me dão o respaldo que preciso”,<br />
recorda Laerte.<br />
público feminino.<br />
mo veloz das atualizações.<br />
“Há também uma diversificação muito<br />
grande no número de marcas e<br />
modelos de veículos, com especificidades<br />
distintas em sua manutenção e<br />
aplicação e, ao mesmo tempo, carros<br />
que já estão em uso há certo tempo,<br />
que demandam uma verificação mais<br />
acurada”, diz Mônica.<br />
A diretora também afirma que, pelo<br />
fato de as pessoas terem demandas<br />
de aprendizado bem diferentes entre<br />
Destaque da 1ª edição da Reparador S/A, “Meu Mecânico – A<br />
Oficina da Mulher” é gerida por uma mulher, e seu público<br />
é todo feminino.<br />
si, cada profissional requer uma abordagem<br />
específica dentro da sua área<br />
O mecânico Laerte Inácio costuma marcar<br />
presença em cursos e treinamentos.<br />
42<br />
43
Mais que uma mão na<br />
roda, uma necessidade<br />
Oferecer soluções atuais e modernizadas,<br />
investindo na tecnologia,<br />
demonstra preocupação<br />
com os serviços prestados<br />
faz com que a oficina tenha<br />
maior vantagem em um setor<br />
cada dia mais competitivo.<br />
Além disso, os clientes valorizam<br />
dois pilares essenciais<br />
atrelados às soluções tecnológicas:<br />
rapidez e eficiência.<br />
Afinal, sempre que um veículo<br />
fica encostado na oficina, tudo<br />
o que o proprietário mais quer<br />
é pegá-lo de volta o quanto antes.<br />
A tecnologia também gera<br />
uma padronização dos processos,<br />
reduzindo a margem de<br />
erro nas operações.<br />
Portanto, é importante reconhecer<br />
as oportunidades oferecidas<br />
por essa modernização,<br />
lembrando que se o mundo se<br />
atualiza, as pessoas devem<br />
acompanhar a marcha.<br />
44<br />
45
AUTOP 2<strong>02</strong>2 MARCA<br />
RETOMADA DE EVENTOS<br />
NO SETOR DE AUTOPEÇAS<br />
Após dois anos, feira reúne as principais marcas do segmento nacional em um único lugar.<br />
A AUTOP 2<strong>02</strong>2 foi um sucesso! Dos<br />
dias 17 a 20 de agosto, o Centro<br />
de Eventos do Ceará - considerado<br />
o mais moderno e o mais bem<br />
equipado centro de convenções<br />
da América Latina e o segundo<br />
do Brasil - foi o palco para um<br />
dos maiores eventos do setor de<br />
autopeças nacional.<br />
Marcando a retomada de eventos<br />
presenciais no segmento após dois<br />
anos, a feira contou com inúmeros<br />
visitantes nos quatro dias de<br />
portas abertas. Por isso, uma das<br />
cenas mais comuns de ser vista era<br />
corredor e estandes lotados.<br />
Os dois mil visitantes que passaram<br />
pelo local, além de saírem com um<br />
nível de conhecimento maior do que<br />
quando entraram, também receberam<br />
certificados sobre o tema,<br />
qualificando-se para atuar na área.<br />
Confira a cobertura da TV<br />
Mobility os melhores os<br />
momentos da feira e tudo o<br />
que rolou nesses quatro dias da<br />
AUTOP 2<strong>02</strong>2:<br />
46<br />
47
OR DENTRO<br />
O MERCADO<br />
O Brasil e o lítio<br />
Atualmente, apenas duas empresas trabalham<br />
com o minério no país: a Companhia Brasileira de<br />
Lítio (CBL) e a AMG Brasil. Porém, após o decreto,<br />
várias outras deram andamento em projetos de<br />
mineração para os próximos três anos.<br />
Com a abertura do comércio brasileiro, a<br />
exportação nacional ocupará uma posição<br />
favorável para alimentar a cadeia do Atlântico,<br />
que envolve América do Norte e Europa.<br />
Espera-se que o avanço do Brasil no mercado de<br />
lítio gere mais de 7 mil empregos exclusivamente<br />
para exploração, e mais de 84 mil somando todas<br />
as etapas produtivas, especialmente no Vale do<br />
Jequitinhonha (MG), região que abriga a maior<br />
concentração de lítio do país.<br />
POR QUE O LÍTIO É IMPORTANTE PARA<br />
A INDÚSTRIA AUTOMOTIVA?<br />
O lítio é indispensável para a produção de veículos<br />
elétricos, cujas baterias recarregáveis possuem<br />
enorme quantidade do minério e seus derivados em<br />
sua composição. Com a evolução dessa modalidade<br />
e o robusto investimento global no setor, a<br />
necessidade do lítio aumentou significativamente.<br />
O maior impasse das montadoras em relação<br />
aos automóveis eletrificados era o ciclo de vida<br />
das baterias, isto é, quantas vezes ela pode ser<br />
carregada e descarregada.<br />
Com o lítio, a questão se tornou muito mais simples,<br />
levando em conta o potencial gerado pelo minério<br />
em relação ao tempo de duração entre recargas<br />
(autonomia) e reciclagem.<br />
A bateria de lítio é mais leve e considerada cinco<br />
vezes mais eficaz em comparação aos modelos<br />
convencionais. Outra mudança foi o seu preço, que<br />
subiu em aproximadamente 35%.<br />
Em julho deste ano, o governo federal<br />
publicou o Decreto nº 11.120, que promove a<br />
abertura e dinamização do mercado brasileiro<br />
de lítio. O objetivo da medida é atrair<br />
investimentos para a produção em fases de<br />
processamento e fabricação de componentes<br />
como as baterias automotivas.<br />
Para se ter uma ideia, o Brasil corresponde<br />
hoje a somente 1,5% da produção mundial de<br />
lítio. Para a próxima década, acompanhando<br />
o iminente crescimento global do setor, esse<br />
número deverá subir para 5%. O potencial de<br />
investimento neste minério está estimado em<br />
R$ 15 bilhões até 2030.<br />
PERSPECTIVAS<br />
Antes do decreto, para minerar lítio era preciso<br />
uma autorização da Comissão Nacional de<br />
Energia Nuclear, atrelada ao Ministério de<br />
Ciência, Tecnologia e Inovações. Isso porque o<br />
lítio era classificado como fonte de interesse<br />
nuclear, e a grande dificuldade regulatória<br />
reduzia a competição do produto.<br />
Além disso, vale destacar que o lítio não se restringe<br />
apenas às baterias de elétricos. Veículos híbridos e<br />
alguns equipados com motor a combustão também<br />
as utilizam.<br />
48<br />
49
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