INFORMAQ - nº 270 - Outubro de 2022 - Ano XXIII
Publicação de ABIMAQ - SINDIMAQ - IPDMAQ
Publicação de ABIMAQ - SINDIMAQ - IPDMAQ
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TECNOLOGIA / P. 17
ABIMAQ apresenta produtos e serviços
oferecidos pela Finep e Desenvolve SP
ARTIGO / FRANCISCO CARLOS OLIVER / P. 26
Marco do saneamento promete ampliar
água potável e tratamento de esgoto
CONTEÚDO
DESTINADO PARA
PRESIDÊNCIA,
DIRETORIA,
DEPARTAMENTOS
TÉCNICOS
E RELAÇÕES
GOVERNAMENTAIS
PUBLICAÇÃO DE ABIMAQ - SINDIMAQ - IPDMAQ - NÚMERO 270 | OUTUBRO DE 2022 | ANO XXIII
AS TRANSFORMAÇÕES
NECESSÁRIAS
TEMA DA 7ª EDIÇÃO DO CONGRESSO BRASILEIRO DA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS TROUXE PROPOSTAS E POLÍTICAS DE INVESTIMENTOS QUE OBJETIVAM
A INDUSTRIALIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA DO PAÍS.
ABIMAQ EM AÇÃO/ PÁG. 3 ABIMAQ EM AÇÃO/ PÁGS. 15 E 16
Reunião do Conselho
Automotivo apresentou
expectativa de crescimento
para o segundo semestre
do ano
Paulo Guedes defende reindustrialização e a
aquisição de máquinas e equipamentos para
promover investimento no país
Câmara Setorial de Defesa
e Segurança tem novo
presidente para o biênio
2022-2024
2 INFORMAQ Ano XXIII • nº 270 • Outubro de 2022
EDITOrIAL › GINO PAULUCCI Jr.
Sócio da Polimáquinas e presidente do Conselho
de Administração da ABIMAQ/SINDIMAQ
RECONSTRUINDO A INDÚSTRIA
OBrasil precisa de taxas de crescimento superiores,
de maiores taxas de investimentos,
de geração de empregos de qualidade, que
garantam maiores rendas e reflitam em melhoria
do bem-estar dos cidadãos. Nesse sentido, o setor
de Máquinas e Equipamento é indiscutivelmente,
um importante catalisador de novas tecnologias
e inovações, fatores que contribuem para uma
maior competitividade das empresas brasileiras
e a geração de empregos e renda.
Essas e outras questões necessárias para o
bom desenvolvimento do nosso setor foram compiladas
em um estudo denominado RECONS-
TRUINDO A INDÚSTRIA, que foi feito com o
principal objetivo de facilitar a compreensão dos
próximos dirigentes do País das nossas necessidades
e possíveis contribuições para o crescimento
da indústria de máquinas e equipamentos
e do Brasil como um todo.
Reduzir fortemente o “Custo Brasil”, além de
manter os preços macroeconômicos favoráveis ao
investimento produtivo, são condições necessárias
para o país registrar crescimento sustentado a taxas
iguais ou maiores ao da média mundial, ampliar
a importância da indústria de transformação no
PIB e sua inserção comércio internacional.
Para tanto será de fundamental importância
avançar na discussão e aprovação de reformas estruturais,
tais como REFORMA TRIBUTÁRIA,
TRABALHISTA E ADMINISTRATIVA. É indispensável
simplificar o atual sistema tributário, reduzindo
os custos administrativos, desonerando
os investimentos produtivos e as exportações,
tornando automática a compensação ou devolução
de créditos tributários, eliminando os impostos
não recuperáveis embutidos nos bens e serviços,
eliminando a tributação de insumos
industriais, extinguindo regimes especiais e isenções
de qualquer espécie, desonerando a folha de
pagamento e aumentando o prazo de recolhimento
de impostos e contribuições.
Desenvolvimento só é possível
com uma indústria forte,
geradora de empregos de
qualidade, de elevada
capacitação técnica e que
demanda serviços sofisticado,
promovendo o necessário
aumento da renda da população.
Nossa proposta é criar um imposto de valor
agregado incidindo sobre todos os bens e serviços,
sem exceções, a exemplo do modelo sugerido
na Proposta de Emenda a Constituição (PEC)
110 de 2019. Precisamos ainda perseguir a construção
de uma infraestrutura moderna, desenvolver
uma indústria de transformação vigorosa,
oferecendo linhas de financiamento atrativas,
apoio a pesquisa e inovação e incentivo ao desenvolvimento
de cadeias produtivas estratégicas,
entre outros fatores.
É sabido que por força de décadas de baixos
níveis de investimento provocados por políticas
públicas equivocadas, a indústria brasileira vem
perdendo importância na formação do produto
nacional e, consequentemente, na geração de empregos
estáveis e de qualidade. Pode-se dizer que
é uma situação vexatória que coloca o Brasil como
um case de economia que ingressou num processo
de desindustrialização precoce, insustentável,
numa nação cuja renda individual anual sequer
havia atingido o patamar necessário para a
absorção de serviços sofisticados.
A reversão dessa situação deve ser a prioridade
absoluta em qualquer programa de governo
para recolocar o país no caminho do desenvolvimento
sustentável, na condição de nação que
precisa, antes de mais nada, gerar emprego para
seus 40 milhões de cidadãos econômica e socialmente
vulneráveis.
E esse desenvolvimento só é possível com
uma indústria forte, geradora de empregos de
qualidade, de elevada capacitação técnica e que
demanda serviços sofisticado, promovendo o necessário
aumento da renda da população.
Dentro do nosso contexto, o que temos de
mais importante neste momento é o diálogo e a
união necessária para um trabalho conjunto de
construirmos um ambiente de negócios e social
favoráveis ao crescimento do Brasil. Essas devem
ser as nossas prioridades.
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Ano XXIII • nº 270 • outubro de 2022
INFORMAQ
3
AbIMAQ EM AÇÃO
Paulo Guedes assume compromisso de reindustrializar
o país, em congresso promovido pela ABIMAQ
Ministro do atual governo defendeu a redução de impostos e a aceleração de investimentos em
infraestrutura e logística para o setor
Endereçando palavras ao setor
de máquinas e equipamentos,
particularmente em função não
só de eventos mais recentes, com as
revisões de taxa de crescimento de
inflação, como também da perspectiva
para médio e longo prazo, o Ministro
da Economia, Paulo Guedes,
destacou o comprometimento de
atuação junto ao setor industrial para
a realização da reforma tributária
de uma forma virtuosa, em um ritmo
que permita uma integração competitiva
da indústria brasileira, durante
sua reindustrialização.
Em participação remota pela 7ª
edição do Congresso Brasileiro da Indústria
de Máquinas e Equipamentos,
promovido pela ABIMAQ, Guedes
iniciou seu discurso analisando a revisão
feita pelo FOCUS sobre a projeção
de mercado, que seria de uma
inflação de 0,17% em setembro, mas
que apresentou uma ligeira deflação.
De acordo com o ministro, a redução
de tarifas de impostos sobre
produtos de cesta básica, combustíveis,
transportes, eletricidade, ajudaram
a quebrar a dinâmica inflacionária
em um cenário favorável de fiscal
forte no Brasil.“Estamos com um fiscal
muito forte, com superávits primários
em todos os níveis de governo,
pela primeira vez em 13 anos”,
assegura Guedes.
Com uma taxa de crescimento
pelo segundo ano consecutivo, Paulo
Guedes comentou sobre a transformação
estrutural da economia
brasileira e a importância do aumento
de investimentos privados para o
país. “O Brasil tem um crescimento
estrutural orgânico contratado justamente
como a maior fronteira de
investimentos, à medida que nós fomos
fazendo as nossas reformas estruturais”,
disse Guedes, que pretende
ainda criar e recuperar alguns
programas que visam a retomada de
mais investimentos públicos.
ECONOMIA. A criação de uma economia
de mercado baseada em consumo
de massa e investimento privado
fazem o Brasil estar em transição
para o crescimento sustentável por
meio de reformas estruturantes, um
Banco Central independente, e dos
marcos regulatórios. Medidas adotadas
pelo ministério, como a Lei de
Falência e um programa de crédito
para pequenas e médias empresas,
além dos descontos e diferimentos
de impostos ajudam a formar um
cenário bem mais favorável à medida
que a economia vai avançando e a
inflação vai cedendo.
REINDUSTRIALIZAÇÃO E IPI. Tendo
já reduzido o IPI em 35%, Guedes
“Não adianta
cobrar um imposto
que destrói e tira a
competitividade da
indústria brasileira.
Nós queremos fazer a
transição por
imposto de valor
adicionado, que não
incide sobre a cadeia
produtiva, e que estava
na nossa proposta de
reforma tributária”,
› Paulo Guedes,
Ministro da Economia
pretende em um eventual segundo
mandato acabar com o imposto que,
segundo ele, contribui para o processo
de desindustrialização que o Brasil
sofre há cerca de três décadas. Além
do IPI, o objetivo é reduzir e eliminar
outros impostos regressivos, e trabalhar
com juros de equilíbrio baixo,
com o câmbio de equilíbrio mais
alto, para ajudar a frear a desindustrialização
em massa e promover a
reindustrialização brasileira.
“Não adianta cobrar um imposto
que destrói e tira a competitividade
da indústria brasileira. Nós queremos
fazer a transição por imposto
de valor adicionado, que não incide
sobre a cadeia produtiva, e que estava
na nossa proposta de reforma tributária”,
recorda o ministro.
Sabendo que acordos comerciais
facilitam a reintegração do Brasil é
a economia global, Guedes reforça
estar atento à proteção da indústria
brasileira, eliminando os impostos e
encargos trabalhistas excessivos sobre
a criação de emprego, os ICMS,
os juros elevados demais, e gradualmente
abrir a economia a medida
que for reindustrializar gradualmente
o país.
Trabalhando junto ao setor industrial
para a realização da reforma
tributária de uma forma virtuosa em
um ritmo que permita uma integração
competitiva da indústria nacional,
o Brasil está acelerando o acesso
à OCDE, com o intuito de convergir
rapidamente esses sistemas tributários
e, principalmente, receber toda
a reciclagem de Investimentos que a
reconfiguração das cadeias produtivas
globais irão exigir em cima de redução
de impostos, aceleração dos
investimentos em infraestrutura e
logística, investimentos em energia
renovável, entre outros.
A reconfiguração da cadeia produtiva
global abriu uma oportunidade
extraordinária para o Brasil, que
passa a ser considerado a segurança
alimentar da economia mundial e a
segurança energética da Europa.
“Faremos uma reindustrialização da
economia brasileira e vamos nos
reintegrar às cadeias produtivas em
uma economia verde digital com
energia renovável. O Brasil é uma
potência energética, alimentar, e
uma potência geopolítica, sendo o
único país que está nos BRICS e que
entrará para a OCDE.
4 INFORMAQ Ano XXIII • nº 270 • Outubro de 2022
AbIMAQ EM AÇÃO
7º Congresso apresentou
as transformações necessárias para
o fortalecimento da indústria
CONGRESSO DISCUTIU PROPOSTAS E POLÍTICAS DE
INVESTIMENTOS DEFENDIDOS PELA ABIMAQ, QUE VISAM
PROMOVER A INDUSTRIALIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PAÍS
“O setor de Máquinas e Equipamentos
é, indiscutivelmente, um importante
catalisador de novas tecnologias
e inovações, fatores que contribuem
para uma maior competitividade
das empresas brasileiras e a geração
de empregos e renda.”
› Gino Paulucci Jr., presidente do Conselho de
Administração da ABIMAQ/SINDIMAQ
Promovido pela ABIMAQ, a 7ª edição do
Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas,
realizado no último dia 19 de setembro,
reuniu diversas autoridades que puderam
analisar o panorama atual e soluções para que a
indústria brasileira se mantenha relevante diante
das constantes transformações que o Brasil e o
mundo enfrentam.
Reforçando o papel de liderança da entidade
para o setor ao longo dos seus 85 anos, Gino Paulucci
Jr, presidente do Conselho de Administração
da ABIMAQ, reforçou na abertura do Congresso
a importância do fortalecimento da indústria
e contribuição para o crescimento econômico
do país. “O setor de Máquinas e Equipamentos
é, indiscutivelmente, um importante catalisador
de novas tecnologias e inovações, fatores
que contribuem para uma maior competitividade
das empresas brasileiras e a geração de
empregos e renda.”
Presidente da Fiesp (Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo), Josué Christiano Gomes
da Silva, ressaltou que o Brasil pode oferecer mais
prosperidade para toda população e para isso a indústria
de transformação é fundamental. “Não se
pode falar em indústria de transformação sem um
setor de máquinas e equipamentos forte e pujante.
Sem a indústria de máquinas e equipamentos
não teremos um setor e um país forte.”
Adolfo Sachsida, Ministro do Estado de Minas
e Energia, em participação remota, destacou que
não apoiará o aumento de custos de produção no
país e continuará com a proposta de redução de
impostos e do IPI, firmando o compromisso também
de uma energia limpa, segura e barata. “É assim
que vamos reindustrializar o Brasil”, afirmou
o ministro.
Representando o governador do Estado de São
Paulo, Rodrigo Garcia, o Secretário de Agricultura
e Abastecimento do Estado de São Paulo, Francisco
Matturro, destacou a luta da ABIMAQ sobre a
pauta de créditos ICMS conseguida junto ao governo
de São Paulo, fundamental para o setor, e
reforçou antes do início dos painéis alguns programas
implantados durante sua administração
junto a Secretaria.
Ano XXIII • nº 270 • outubro de 2022
INFORMAQ
5
PAINEL I
COMPETITIVIDADE E
POLÍTICA DE
DESENVOLVIMENTO
INDUSTRIAL
Dando início ao Congresso, o 1º painel do dia contou
com a palestra do coordenador das pesquisas do IMD
e WEF no Brasil, Carlos Alberto Arruda de Oliveira.
Mostrando a evolução dos indicadores de Competitividade
do Brasil e os principais desafios, Arruda refletiu
sobre algumas políticas públicas que podem ser adotadas
para promover o desenvolvimento da indústria. “Se
comparado a outros países, inclusive os chamados emergentes,
as condições que o Brasil oferece geram competitividade
desfavorável em âmbito global”.
Dificuldades de exportação dos componentes brasileiros,
fatores regulatórios, infraestrutura, qualidade
da mão de obra são alguns dos muitos problemas que
levam para esse cenário, mas a transformação digital
está mudando as condições de competitividade no
país, levando ao desenvolvimento sustentável e melhoria
das condições de vida da população. “Almejamos
a melhora da competitividade, que servirá como
meio para termos outros objetivos maiores”, concluiu
Carlos Alberto.
ROGÉRIO CAIUBY - CONSELHEIRO EXECUTIVO DO
MOVIMENTO BRASIL COMPETITIVO E MODERADOR
DO CONGRESSO
Expôs a constatação da perda de competitividade nos últimos
dez anos no setor produtivo da indústria e alguns
aspectos que trazem uma janela de oportunidades que o
Brasil não pode deixar passar. “Dentre esses aspectos,
podemos citar não só a eleição, mas pela primeira vez é
possível ver todos os candidatos colocando o tema da
reindustrialização como um ponto importante. Todo esse
ambiente do pós-pandemia e a guerra na Ucrânia forçosamente
está fazendo com que tenha uma redistribuição
estratégica e produtiva em todo o mundo”, afirmou.
JOSÉ VELLOSO - PRESIDENTE EXECUTIVO
ABIMAQ/SINDIMAQ
Explicou que o processo de desindustrialização é um
problema que já vem de algumas décadas e a ABIMAQ
defende como prioridade a política de competitividade.
Segundo ele, o Brasil precisa avançar nas agendas de
marcos regulatórios e Reforma da Previdência, mas
ainda há reformas importantes a favor da melhoria da
competitividade.
“Para resgatar a participação do PIB e modernizar essa
indústria, precisamos avançar nessa agenda, assim
como na agenda de educação e formação de mão de obra
qualificada, citada pelos associados como um dos principais
problemas. O Brasil precisa aproveitar a oportunidade
que há no mundo em função da pandemia e da
guerra na Ucrânia, que proporcionou um rearranjo das cadeias
globais de valor e, a partir disso, buscar uma política
de desenvolvimento industrial e uma agenda de competitividade.
Como os principais países estão fazendo políticas
de desenvolvimento industrial, o Brasil também precisa
fazer a sua política e, para dar certo, o país terá que
escolher setores estratégicos, apoiar o desenvolvimento
econômico social, geração de emprego e renda, transformação
da estrutura industrial, usar o poder de compra do
estado, atender as necessidades da sociedade brasileira
e visar ganhos de renda e de desenvolvimento do país.
Tem que ser horizontal e trazer resultados para toda a sociedade,
não só para setores específicos”, afirmou.
SAMANTHA CUNHA - GERENTE
DE POLÍTICA INDUSTRIAL – CNI
Apontou também o problema de desindustrialização em
decorrência da aceleração da perda de participação da
indústria.“O que explica nossa perda de participação na
economia doméstica e no mundo, é a falta de competitividade
e isso é causado pela baixa produtividade. Em
2017, a indústria de transformação registrou um crescimento
importante que tinha a ver com o momento de saída
da crise econômica em 2015/16, mas desde então tivemos
um processo de desaceleração da produtividade
do trabalho na indústria de transformação. A indústria é
o setor que puxa o desenvolvimento econômico e tem os
maiores elos, quando gasta na economia, gera mais do
que gera os outros setores, além disso, é o setor mais inovador
e que mais responde pelos investimentos empresariais
em inovação. Se queremos crescer de forma sustentada,
a indústria não pode apresentar essa perda de
participação acelerada.”
DAN IOSCHPE - PRESIDENTE DO INSTITUTO DE ESTUDOS
PARA O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL – IEDI,
Argumentou sobre o crescimento econômico. Para ele, o
Brasil compreendeu que o caminho para o desenvolvimento
socioeconômico do país, passa pela indústria.
“Não é coincidência o decréscimo da indústria e a mediocridade
do crescimento econômico do nosso país. Não
vamos ter uma trajetória de aumento socioeconômico relevante
sem que haja um avanço da indústria. A indústria é
essencial porque puxa outros setores e tem um multiplicador
em relação ao PIB maior que a agricultura.”
DANIEL GODINHO - DIRETOR DE RELAÇÕES INSTITUCIO-
NAIS E MARKETING CORPORATIVO – WEG,
Falou sobre o foco da política de desenvolvimento industrial
e o senso de prioridade das frentes de alto impacto
econômico, social e ambiental. “Nenhum desafio hoje é
mais premente do que o climático. Temos o desafio de
descarbonização do planeta e no campo da energia, são
pelo menos três grandes tendências que temos que desenhar
de acordo com o que está acontecendo no mundo:
eficiência energética, energias renováveis e mobilidade
elétrica. No Brasil, as fontes eólica e solar, juntas,
representam cerca de 20% da matriz energética e temos
muito espaço para crescer. Quando falamos de política
de desenvolvimento industrial, temos que considerar essa
tecnologia-chave.”
6 INFORMAQ Ano XXIII • nº 270 • Outubro de 2022
PAINEL II
POLÍTICA DE INOVAÇÃO E
INDÚSTRIA 4.0
Ministro de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovações,
Paulo Cesar Rezende de Carvalho Alvim, falou sobre
a oportunidade de reindustrialização como política de Estado
apresentada no Brasil. Pontuando iniciativas realizadas
pelo ministério, o ministro citou que o principal desafio
é o Brasil ser apenas o 57º no índice global de inovação.
“Isso faz diferença quando pensamos em uma nova
política de reindustrialização, uma nova estratégia de
país e reposicionamento competitivo a nível internacional.
Esse cenário cria um grande esforço de mitigar o
risco de inovação pelas empresas, garantir segurança
jurídica e previsibilidade em estratégias de fomento. Na
busca por alternativas de recursos privados para a inovação,
o Ministro pontuou: "quando falamos de Ciência,
Tecnologia e Inovação, estamos falando de política de
Estado e não de governo. Então é algo que tem que ser
construído com todos os atores do ecossistema no sentido
de dar estabilidade e continuidade para que, com
isso, possamos avançar”.
Com mediação de Rogério Caiuby (conselheiro executivo
do Movimento Brasil Competitivo) e participações
de José Borges Jr.(diretor de inovação - Siemens); Cristiano
dos Anjos (commercial officer - Porto Açu); e Júlio
Monteiro - diretor industrial - Bosch Brasil), foi destacado
na continuação do debate a importância de termos políticas
de grande produtividade para o Brasil. Para Rogério
Caiuby, “isso necessariamente passa pela questão de inovação
e indústria 4.0.”
Ao ser questionado sobre como perceber a importância
desse processo de digitalização e indústria 4.0
no ganho de produtividade e o quanto essas iniciativas
têm contribuído para o Brasil avançar mais rápido que
outras nações, José Borges disse ser inegável a relevância
e importância que a digitalização tomou nesses
últimos anos. “A transformação digital veio para ficar,
mas falta muita coisa para fazer. A pandemia mostrou
a importância que a digitalização trouxe para os processos,
inclusive os processos produtivos.”
De acordo com Cristiano, é importante pensarmos na
indústria 4.0 de forma conceitual e observar o que tem
sido feito. “Temos que caminhar com a evolução e os sistemas
digitais, e temos um grande habilitador, que é o IoT,
que conecta as coisas que já estavam disponíveis. A Indústria
4.0 é isso, pegar tudo aquilo que temos hoje ou
que ainda não foi automatizado, e começar a gerar novos
valores a essas novas cadeias.”
Falando sobre os gargalos e os principais fatores
críticos para a aceleração da indústria 4.0, Júlio Monteiro
explicou que existe um problema na questão de
automação. “Não temos uma base para que a indústria
4.0 possa ser feita.”
Reforçando que a automação e a indústria 4.0 precisam
ser realizadas de forma conjunta, Monteiro pontuou
que não adianta pensar em utilizar o Big Data ou
a Inteligência Artificial, se tivermos os processos completamente
manuais e desorganizados. “O gargalo é ter
uma estratégia, olhar os seus processos e aplicar naquilo
que é mais importante e que trará ganhos, porque
os ganhos impulsionam a realização de melhorias que
levarão a um resultado positivo.”
Ao final os participantes abordaram a baixa formação
básica e técnica de alunos para o mercado nacional e as
soluções encontradas por empresas para esse importante
gargalo. Além disso, discutiram as políticas de inovação
adotadas e os principais desafios observados para alavancar
o aumento de investimento privado, bem como as
dificuldades impostas e riscos que as empresas encontram
no Brasil, que os fazem realizar investimentos em
pesquisas e desenvolvimentos fora do país.
DEYSI CIOCCARI,
CIENTISTA POLÍTICA
Daysi apresentou o cenário político e fez uma
análise dos principais candidatos à presidência
da República mais bem colocados nas pesquisas.
De acordo com Cioccari, não há diferença
nos programas de governo no que pode ser feito
para 2023. “A crise fiscal agravada pela pandemia
não deve ser sanada. No ano que vem poderemos
ter um aumento da taxa de juros para
controlar o processo inflacionário. Para o Brasil,
o próximo ano a expectativa é de aumento, inflação
e redução do emprego formal.”
Assista a 7ª edição do Congresso na íntegra através
do Youtube oficial da ABIMAQ
https://www.youtube.com/watch?v=NBQLCUJdV_w
PATROCÍNIO
OURO
PRATA
Ano XXIII • nº 270 • outubro de 2022
INFORMAQ
7
PALESTRA MAGNA
PAULO GUEDES - MINISTRO DE
ESTADO DA ECONOMIA
PAINEL III
A INDÚSTRIA DE MÁQUINAS EM FOCO - PAINEL DE
ESTRATEGISTAS/ECONOMISTAS DO PROGRAMA DE GOVERNO
DOS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA
Falando ao vivo de Brasília, o atual ministro da economia
do Governo Federal, Paulo Guedes, finalizou a 7ª edição
do Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas. Em seu
discurso direcionado ao setor de máquinas e equipamentos,
Guedes destacou os eventos mais recentes, como as
revisões das taxas de crescimento, inflação, como também
as perspectivas a médio e longo prazo.
De acordo com Guedes, o fiscal continua forte no brasil,
a política monetária está firme, e o processo inflacionário
está começando a recuar. “Estamos pelo segundo ano com
uma taxa de crescimento bem acima do que era previsto.
O Brasil cresceu 4,5% em 2021 e esse ano já estamos em
2,5% no primeiro semestre, podendo chegar a 3% até o final
do ano. Estamos retomando o crescimento sustentável”.
Para 2023, na medida que a economia avançar e a inflação
ceder, a expectativa é que os juros caiam. “Dessa
forma, teremos não só esse crescimento orgânico a base
de retomada de investimentos, mas teremos também o fim
da desaceleração cíclica”.
Mediado por José Velloso, os participantes Guilherme
Melo (economista de campanha do candidato
Lula); Nelson Marconi (economista de campanha do
candidato Ciro Gomes) e Germano Rigotto (estrategista
de campanha da candidata Simone Tebet), em suas
falas iniciais explicaram qual o projeto de governo em
caso de vitória de suas respectivas candidaturas.
Ao serem questionados por Velloso, sobre como
enxergam a política fiscal para os próximos anos, Rigotto
destacou acreditar que sem responsabilidade fiscal,
todo o comprometimento que se possa ter dentro
do tripé macroeconômico, que seria a questão dos juros
e do câmbio, acabará desaparecendo. “Teremos inflação
alta, juros altos para conter a inflação, e isso termina
atingindo o câmbio. O problema que estamos vivenciando
tem a ver com o problema fiscal”, explicou.
Afirmando que o teto de gastos pode ser mantido,
mas com a possibilidade de flexibilização dentro
de um programa de governo, Germano reforçou em
seu discurso que é preciso ter dentro do governo um
ministério de indústria e comércio que tenha força
e condições de conduzir o processo de reindustrialização
do Brasil e que temos hoje uma realidade
que exige responsabilidade fiscal como base de todo
o resto. “Fora de responsabilidade não temos solução”,
prosseguiu.
Para Nelson Marconi, é preciso ter um controle de
despesas no Brasil. “A responsabilidade fiscal para nós
é uma marca muito forte, mas entendemos que temos
um compromisso fiscal com responsabilidade, equilíbrio,
trajetória sustentável de evolução da dívida pública
de diminuição ao longo do tempo, e um resultado
primário no mínimo equilibrado”.
Em relação à regra do teto fiscal, Nelson diz que
primeiro é preciso excluir o investimento da regra. “As
outras despesas têm que ser reajustadas pela inflação
mais um percentual, que pode ser o do PIB.”
De acordo com Guilherme Melo, o próximo governo
terá que reconstruir um arcabouço fiscal que recupere
a credibilidade da política fiscal. “A nova regra terá que
ter credibilidade, transparência, previsibilidade, flexibilidade,
anticíclica, e tem que ter três características:
fortalecer os mecanismos de planejamento; acompanhamento;
e priorizar os gastos de boa qualidade, os
gastos que geram emprego e renda, que melhoram a
produtividade e competitividade da economia, e os
gastos que dialogam com as transições.”
Após ressaltar a crise do setor e a queda de 40%
no faturamento de máquinas e equipamentos observados
em 2015, devido a uma falta de responsabilidade
fiscal, o presidente executivo da ABIMAQ/SINDI-
MAQ questionou os palestrantes sobre a questão da
reforma tributária.
Germano reforçou que o sistema tributário nacional
é regressivo, sendo urgente a necessidade de fazer
uma reforma sobre o consumo. Em relação ao imposto
de renda, acredita que seja necessário a tributação
sobre dividendos.
Marconi enxerga a reforma como essencial e pontua
que ela deve ser feita junto com a reforma previdenciária.
“Precisamos mudar a composição da tributação,
que seria a renda, o trabalho, a produção e o
consumo, e o patrimônio. Esses quatro pilares precisam
ser combinados para que possamos ter uma carga
tributária relativamente estável”.
Guilherme Melo destacou que há um consenso
que é preciso mudar a estrutura da tributação e acha
ser importante simplificar e melhorar o desenho, mas
levando em consideração a realidade do Brasil, onde
existem setores com tributação menores, o que pode
ocasionar um impacto inflacionário.
Encerrando os painéis, Guilherme, Marconi e Germano
citaram a questão da qualificação da mão de
obra e a necessidade de fortes investimentos pautados
na melhora de uma política voltada para a educação
e em uma política comercial industrial adequada,
na busca e incentivo da volta de um setor cada vez
mais produtivo e competitivo.
REINDUSTRIALIZAÇÃO. Citando o problema de desindustrialização
em massa sofrido pelo Brasil nas últimas três
décadas, o ministro reforçou o compromisso de trabalhar
com juros de equilíbrio baixo e um câmbio de equilíbrio alto.
“A capacidade de arrecadação subiu e estamos transferindo
essa capacidade de arrecadação e reduzindo as
alíquotas dos impostos, ao mesmo tempo que reduzimos
em 35% o IPI”.
Afirmando que o IPI se trata de um imposto de desindustrialização
em massa, Paulo Guedes reforçou o
compromisso de reindustrializar o Brasil em cima da redução
de impostos e na aceleração de investimentos em
infraestrutura e logística. “Cortamos em 35% o IPI e o objetivo
é acabar com esse imposto, simplificar, reduzir alíquotas
e eliminar alguns impostos que são ferramentas
de desindustrialização. Estamos trabalhando junto com
o setor industrial, porque queremos usar a inteligência
descentralizada, que é a economia de mercado, para fazermos
a reforma tributária de uma forma virtuosa em
um ritmo que permita uma integração competitiva da indústria
brasileira.”
Encerrando o congresso, Gino Paulucci reforçou que o
mais importante é o diálogo e o trabalho conjunto para a
construção de um ambiente de negócios e social favoráveis
ao crescimento do Brasil. “Essas devem ser as nossas
prioridades”, concluiu.
8 INFORMAQ Ano XXIII • nº 270 • Outubro de 2022
AbIMAQ EM AÇÃO
Workshop sobre
mineração traz tecnologias
para soluções de
impactos ambientais
O objetivo foi abordar soluções para inovação e
aumento da eficiência operacional de processos,
redução de custos e produtividade.
Oficina realizada pela Câmara Setorial de Máquinas
e Equipamentos para Mineração (CSCM)
da ABIMAQ , no dia 31 de agosto, discutiu sobre
o uso da tecnologia para a melhoria da competitividade
e do meio ambiente na mineração.
Reunindo empresas dos setores de engenharia,
mineração e diversas outras áreas, os participantes
tiveram a oportunidade de acompanhar os cases
de sucesso sobre as soluções em tecnologia no
mercado de mineração.
José Velloso – presidente-executivo da ABI-
MAQ, falou sobre a importância do workshop em
sequência das séries de ações que o setor de máquinas
e equipamentos para mineração está desenvolvendo,
como ratificar para o mercado a CSCM como
player ofertante de soluções tecnológicas da
inovação de grande responsabilidade ambiental de
adequação com as exigências ESG, no que diz respeito
a máquinas e equipamentos.
O evento trouxe seis tecnologias distintas apresentadas
em dois painéis:
PAINEL I - SOLUÇÕES PARA INOVAÇÃO E AUMENTO
DA EFICIÊNCIA OPERACIONAL
Aplicação da Tecnologia Sensor Based Sorter
(Classificador Baseado em Sensor), sob uma Perspectiva
Econômica, com Matheus Chianca, da Steinert
Latino-americana; Pulse Condition Monitoring
(Monitoramento de Condição de Pulso), sistema de
monitoramento para peneiras vibratórias, projetados
para as condições adversas dos equipamentos da indústria
de mineração, com Thiago Buoso, da Haver
& Boecker; Aumento de 15% da produtividade com Limpeza
Eficiente das Telas e Filtros, com Felipe Ferreira,
da Spraying Systems do Brasil; Cálculo Fluidodinâmico
Avançado para Condicionamento de Polpa, com Danilo
Serafini dos Santos, da Semco;
PAINEL II – SOLUÇÕES PARA MITIGAÇÃO/REDUÇÃO
DE IMPACTOS AMBIENTAIS
Disposição de Rejeitos Minerais em Pasta, sem Filtros
e sem Barragens, apresentado por Jorge Menezes e Ricardo
Montesinos, da Westech; Empilhável, Seguro E
Sustentável - Abordagem Inteligente para Rejeitos, por
Maurício Heinzle da Andritz Separation.
Roberto Padovani, Economista-chefe do Banco
Votorantim, trouxe a visão econômica relacionada às
boas perspectivas quanto a investimento. “Com a retomada
do mercado Chinês, vai ocorrer um consumo
significativo de minério de ferro que impacta diretamente
nos negócios das empresas associadas da ABI-
MAQ, que ofertam soluções de máquinas e equipamentos
para as mineradoras. O cenário se mostra
bastante propício e favorável para esse tipo de investimento”,
enfatizou.
Carlos Turbianelli – vice-presidente da CSCM, falou
sobre a redução de custos e melhoria da competitividade
da parte ambiental. “As empresas puderam
apresentar cases de sucessos e tivemos ótimas discussões
de cada painel apresentado. Justamente para
os congressistas entenderem que existe uma vasta
gama de tecnologia no Brasil”, ressaltou Turbianelli
Rolf Pickert, Diretor Geral da Messe Muenchen
do Brasil, reforçou a importância da ESG no setor
mineral. “O estudo global ‘Tracking the Trends 2022
- Redefinindo a Mineração", desenvolvido pela consultoria
Deloitte, revela que as empresas que atuam
nesse mercado precisarão superar o status para agilizar
a adoção dos conceitos de ESG, nova ordem
mundial que estabelece a implantação de diretrizes
voltadas para sustentabilidade, boas práticas ambientais
e segurança para empresas e organizações de todos
os setores”, completou.
Prêmio AESabesp 2022
Estela Testa, presidente do SINDESAN e
CEO da Pieralisi, recebeu, durante a
Feira Nacional de Saneamento e Meio
Ambiente (FENASAN), o prêmio de Social
das práticas ESG (sigla em inglês para
Ambiental, Social e Governança).
Ano XXIII • nº 270 • outubro de 2022
INFORMAQ
9
WEbINArS
A importância de automatizar processos
de cobrança: tecnologia e benefícios
para a indústria
Webinar promovido pela ABIMAQ explicou sobre os processos
financeiros e aplicação de estratégias para aumento de rendimento e
melhoria de resultados.
Alguns benefícios de automatizar processos de
cobrança e reduzir inadimplência utilizando
tecnologias foram apresentados por Cintia
Shima, executiva de vendas da 7COMm no webinar
Automação para processos de cobrança, transmitido
ao vivo no último dia 13 de setembro e disponibilizado
no canal do Youtube da ABIMAQ.
De acordo com a executiva, a pandemia pode
ter abalado a vida financeira das empresas em decorrência
de muitos fechamentos e lockdowns,
sendo registrado, em abril deste ano, o maior índice
de inadimplência em 12 anos.
Os tipos mais comuns de recebimentos nas empresas
são: boletos, transferência entre contas, cartões
e PIX. “Temos mapeado hoje, benefícios referentes
ao recebimento via boleto bancário, adotado
por muitas empresas como principal forma de operação
de contas a receber”, explica Cintia.
Entre as vantagens desse modelo estão a fácil
conciliação via CNAB; o atrelar de juros e multas
após o vencimento; e a possibilidade de protesto.
“Existe ainda uma evolução para o mercado, que
é o Bolepix, uma espécie de cobrança híbrida onde
o cliente possui duas opções para realizar o
pagamento do boleto”.
Demonstrando e identificando possibilidades
de melhora na operação de contas a receber quando
trabalhado com emissão de boletos, Shima explica
que é possível ainda a eliminação de custos
operacionais voltados para o registro de títulos, a
automatização maior de alguns processos e o aumento
da segurança da informação financeira.
Entre as possibilidades de tecnologias que podem
gerar vantagens nos processos, Cintia Shima
destaca que o arquivo CNAB (Centro Nacional de
Automação Bancária) é o primeiro passo para automatizar
uma operação. “Uma possibilidade de
trabalhar informações em massa, pois permite que
uma quantidade grande de boletos sejam processados
de uma única vez pela instituição financeira”.
Criado pela FEBRABAN, com o objetivo de
agilizar a remessa e retorno de informações entre
os clientes e os bancos, é possível fazer a habilitação
do arquivo CNAB pelo sistema ERP, software
que serve para automatizar processos manuais.
A partir do arquivo gerado pelo ERP, o envio
deste para o banco, que muitas vezes é feito
de forma manual, também pode ser realizado de
forma automatizada, via solução de VAN bancária
ou financeira, melhorando a segurança dessa informação
financeira.
PORTAL DE BOLETOS PARA O PAGADOR. Finalizando
a apresentação, Cintia pontua os principais benefícios
de um portal de boletos. Além da redução
de custos operacionais e automação de processos,
a funcionalidade do portal pode melhorar a comunicação
do pagador, dar um canal de auto
atendimento e consequentemente, através de notificações
automáticas, conseguir diminuir o número
de inadimplentes da empresa.
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Trabalhamos para que a vida possa avançar.
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10 INFORMAQ Ano XXIII • nº 270 • Outubro de 2022
WEbINArS
Solda a Laser: tipos, aplicações
e tecnologias
Especialistas explicam as
técnicas de automatização
de soldas que trazem
benefícios para a indústria.
Webinar realizado pela ABIMAQ, em
26 de setembro, trouxe palestrantes
com referências em pesquisa, desenvolvimento
e engenharia para discutir
sobre a ferramenta, apresentando o conhecimento,
suas características e vantagens.
“A Solda a Laser tem se tornado um
tema cada vez mais recorrente devido a dinâmica
da tecnologia que, a cada ano, se
difunde ainda mais na prática da indústria”,
iniciou Matheus Claudino – diretor da Pro
Marking, empresa de base tecnológica que
tem como missão, desenvolver equipamentos
e soluções customizadas com laser e
trabalha com o desenvolvimento de equipamentos
de gravação e limpeza.
Tatiana Lopes, que atua em Pesquisa e
Desenvolvimento na Pro Marking, trouxe
os tipos de Solda mais utilizados na indústria
atualmente: Eletrodo revestido, TIG,
Mig/Mag, Laser, Feixe de elétrons, Hidrogênio
Atômico e Arame Tubular. Segundo ela,
cada tipo tem seus benefícios para aplicações
específicas. “Tudo depende da aplicação e
de como estão sendo ajustados seus parâmetros”,
explicou.
Natália Dreveck, pesquisadora no Instituto
Senai de Inovação, colocou que a
Solda a Laser consegue trabalhar altas velocidades
de soldagem, baixo aporte térmico,
redução das distorções, soldagens
de juntas estreitas e profundas, união de
materiais dissimilares e aplicação em diversos
materiais e espessuras. As aplicações
apresentadas foram:
» Solda por resistência: processo amplamente
utilizado na indústria automotiva.
Consiste na aplicação simultânea para
executar o processo de solda;
» Solda ponto a laser: incide em apenas
um dos lados e atinge completamente as
duas chapas;
» Solda a laser em Alumínio ou Cobre:
pensando na parte de mobilidade elétrica,
as aplicações em alumínio e cobre
para a condução de energia é uma das
tecnologias que tem chamado a atenção
das empresas;
» Solda Narrow groove: trabalha a solda
a laser com adição de material;
» Soldagem híbrida laser e arco: maior
produtividade e tolerância à desalinhamentos
em relação a soldagem a laser
autógena;
» Manufatura aditiva a laser e arame:
maior resolução e menor aporte térmico
que a manufatura aditiva a arco. Matéria-prima
acessível e de fácil manuseio
em comparação com o pó metálico. Aplicado
para a fabricação de componentes
e revestimentos.
Solda a laser na indústria
» Vantagens: Vitor Alencar - Engenheiro
Técnico da PRO Marking, expôs as vantagens
dessa tecnologia no processo industrial.
“Importante técnica de soldagem
que utiliza a automatização e livra do
processo humano, diminuindo riscos de
erros e acelerando o tempo de produção,
além de baixo custo de mão de obra, com
uma linha mais rápida e precisa, tornando
os resultados cada vez maiores”, pontuou.
» Modelos: Além disso, Vitor destacou os
modos de soldagem a laser, sendo eles:
por condução - método utilizado para
soldar peças com pequena espessura e
baixa energia, e keyhole - ocorre quando
o laser interage com o material e além de
fundi-lo, forma uma coluna, chamada de
Keyhole de vapores metálicos que avançam
para o interior da peça, utilizado também
para espessuras maiores. “Cada tipo tem
seus benefícios para aplicações específicas”,
completou.
Aplicações mais comuns na indústria
» Solda a laser manual: possibilidade de
um acabamento bastante fino e delicado;
» Moldes e joias: muito comum na indústria
para moldes, a microsoldagem consiste
numa aplicação mais comercial;
» Mesa automática CNC: a versatilidade
do laser passa em diferentes superfícies
com movimentação simultânea;
» Automatizada por robô: solda a laser
com braço robótico traz bastante velocidade
e eficiência para o processo de integração
do robô com o laser.
“Diferente das soldas convencionais,
a solda a laser não traz respingos e o
tempo de operação é mais baixo justamente
pela versatilidade que ela traz e a
possibilidade de trabalho em diferentes
distâncias”, concluiu.
CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
Metalurgia e Mineração:
Cenários no país e no mundo
e perspectivas de mercado
Primeira reunião presencial pós-pandemia
realizada pelo Conselho de Metalurgia e
Mineração reuniu empresas importantes do
setor pra discutir o mercado, agenda política
e perspectivas.
Siderurgia Mundial, Mercado Brasileiro de Aços Planos, Estratégia
de Sustentabilidade e ESG, Perspectivas e cenários
da Mineração no Brasil e seus Investimentos foram os temas
tratados na (em) reunião do Conselho que aconteceu em 14 de
setembro, mediada por Rodrigo Cesar Franceschini Oliveira (Presidente
do Conselho), durante a realização da Exposibram, feira
de exposição de mineração.
Rinaldo Mancin, Diretor de Relações Institucionais do Instituto
Brasileiro de Mineração – IBRAM, apresentou os números do setor
mineral, a agenda ESG e o panorama da mineração no Brasil e deu
ênfase nos recursos minerais para economia de baixo carbono. “Não
existe nenhum tipo de energia renovável que não demanda de minerais,
e a mineração é um dos setores que mais gera tributos e encargos
ao país, até 2026, as estimativas de investimentos do setor
mineral são de US$40,4 bilhões”, analisou.
Sobre o cenário da mineração no Brasil, Mancin destacou os minerais
estratégicos para balança comercial e transição energética
mostrou o clico de vida da mineração e seus projetos, as estimativas
de investimentos e os desafios a serem superados e a agenda política
no setor mineral do Brasil.
André Chaves de Andrade - Diretor Corporativo de Sustentabilidade
Usiminas, falou sobre Estratégia de Sustentabilidade da empresa
e apresentou as ações estratégicas para a sustentabilidade, como
a descarbonização, segurança de barragens, utilização de mais
mulheres no parque fabril, eficiência hídrica e energética, certificações,
mudança climática, satisfação de clientes, entre outros. “Nossa
meta é contratar ao menos 10% do consumo total de energia da Usiminas
a partir de energia limpa e renovável para 2025”, completou.
Rodrigo Francechini, presidente do Conselho, comentou que a
ABIMAQ possui várias empresas e comitês de trabalho discutindo
eficiência energética e hidrogênio verde. “Acredito que seja interessante
unir forças com a Usiminas para a realização de trabalhos e
otimização de resultados nesta esfera”, ressaltou.
Ascanio Merrighi de Figueiredo Silva - Head Projetos Especiais
VP Comercial Usiminas destacou que a alta volatilidade no mercado
interno Chinês (Produção/Consumo) poderia gerar mudanças
rápidas e profundas nas tendências dos preços internacionais
de matéria-prima e aço, e que a instabilidade geopolítica global pode
trazer grandes impactos nas cadeias globais e alta volatilidade
dos preços das commodities.
“No cenário doméstico, a ampliação dos investimentos é a grande
oportunidade no médio prazo para aumento do consumo de aço
no país e o consumo atual de aço apresentou queda, efeito da forte
recomposição de estoques em 2021”, completou.
Segundo Merrighi, o Brasil tem o desafio de aumentar a intensidade
do uso do aço, mas que no momento, o país precisa aproveitar
as oportunidades para reindustrialização, impulsionar as reformas
administrativas e tributarias e o custo Brasil.
Ano XXIII • nº 270 • outubro de 2022
INFORMAQ
11
CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
reunião mostrou como preparar a empresa para fornecer
produtos às operadoras de Óleo e Gás
Os Conselhos de Tecnologia e
de Óleo e Gás trouxeram detalhes
sobre os organismos internacionais:
International Organization
for Standardization (ISO) e
International Association of Oil &
Gas Producers (IOGP), quanto aos
processos e procedimentos para a
compra de bens e serviços pelas empresas
de Óleo e Gás em reunião online,
realizada em 30 de agosto.
Na ocasião, foi debatida a atualização
dos requisitos exigidos pelos
citados organismos internacionais
e como preparar as associadas
da Organização para fornecer máquinas
e equipamentos para a indústria
do petróleo e para os processos
de descarbonização, eficiência
energética e implementação
normativa digital conforme suas
padronizações.
“Queremos mostrar como está a
evolução desses requisitos para que
as empresas possam fornecer à indústria
de petróleo e gás e obter as
certificações adequadas. Isso significa
colocar as empresas no estado da
arte e da tecnologia”, disse João Alfredo
- diretor executivo de Tecnologia
em início à reunião.
Alberto Machado - diretor executivo
de Petróleo, Gás Natural,
Bioenergia, Hidrogênio e Petroquímica
da ABIMAQ, explicou a atuação
do Conselho de Óleo e Gás e
seu objetivo em preparar, ajudar e a
apoiar as empresas a participarem
do mercado em questão. Segundo
ele, um dos pontos fundamentais é
que, no Brasil, existem empresas
adequadas ao atendimento às especificações
de produtos que permitem
a participação nesse mercado
mais amplo, já que as empresas que
atuam no país são, praticamente as
mesmas que atuam no exterior. Tal
“Um ponto fundamental é
que as empresas
brasileiras se prepararem
para fornecer seus
produtos às operadoras de
Óleo e Gás e, para tal,
devem acompanhar o que
está acontecendo no
mundo de modo que,
quando houver alguma
oportunidade, já estarem
preparadas para participar
› Alberto Machado,
diretor executivo de Petróleo,
Gás Natural, Bioenergia,
Hidrogênio e Petroquímica
da ABIMAQ
fato facilita a competitividade em
termos internacionais. “Em um primeiro
momento é necessário conhecer
e implantar as especificações
e as normas internacionais que estão
sendo cada vez mais padronizadas”,
concluiu.
Luiz Fernando Mendonça Frutuoso
– Consultor e Coordenador
de Pesquisa e Desenvolvimento no
Instituto de Energia da PUC-Rio,
destacou que o foco está na questão
de requisitos normativos, principalmente
no grande movimento do
momento, que é a transição energética
e digital, e como isso afeta toda
essa rede de fornecedores no encadeamento
produtivo.
Ainda de acordo com Frutuoso, é
necessário primeiro entender os desafios
que vêm pela frente, compreender
como esses requisitos chegam ao
mercado, qual o impacto em contratos
futuros, como é o alinhamento
com o encadeamento produtivo legal
e quais seriam as oportunidades de
acordo com essas mudanças.
De acordo com o site do Instituto
de Energia, o processo de normalização
técnica internacional ISO -
inclui indústrias de óleo e gás e ainda,
energia de baixo carbono. Em
seu escopo, tem a padronização no
campo da indústria de óleo e gás, incluindo
atividades petroquímicas e
alcançando toda a cadeia de valor.
Frutuoso enfatizou que as atribuições
do núcleo estrutural incluem:
» Manter o mercado brasileiro de
Óleo e Gás ciente e responsivo sobre
as tendências normativas, tecnologias
e inovações pertinentes,
respectivos impactos e resultados
obtidos;
» Analisar e informar sobre os impactos
das tendências normativas,
tecnológicas e de inovação geradas
pelas instituições normativas, tempestivamente,
de forma a viabilizar
a avaliação pela rede de fornecedores
brasileiros sobre os riscos ao
negócio e contratos futuros;
» Monitorar os graus de maturidade
das mudanças normativas - acompanhar
todo o ciclo de crescimento
de maturidade (análise de eventuais
desvios/correções de rumo);
» Manter a integração com a comunidade
normativa brasileira do CB-
050 e CB-116;
» Acompanhar resultados através de
métricas e indicadores.
Alberto Machado, destacou o trabalho
que a ABIMAQ vem realizando
por meio dos Conselhos de Óleo
e Gás, de Tecnologia e de Hidrogênio.
“Um ponto fundamental é que
as empresas brasileiras se prepararem
para fornecer seus produtos às
operadoras de Óleo e Gás e, para tal,
devem acompanhar o que está acontecendo
no mundo de modo que,
quando houver alguma oportunidade,
já estarem preparadas para participar”,
concluiu.
ABIMAQ visita a
associada SCANIA
Em setembro, a
Câmara Setorial de
Motores e Grupos
Geradores - CSMGG,
junto aos colaboradores
da ABIMAQ, visitaram as instalações da associada
SCANIA. O objetivo foi conhecer os processos
fabris da fabricante e proporcionar aos
departamentos da entidade, conhecimentos dos
múltiplos mercados dos associados.
12 INFORMAQ Ano XXIII • nº 270 • Outubro de 2022
CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
ABIMAQ participa de painel
setorial realizado pelo Inmetro
Em parceria com a Agência Nacional do Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP), o Inmetro realizou, no dia 30 de
agosto, um painel setorial sobre o Controle Metrológico
Legal e Qualidade na Cadeia de Valor
do Petróleo e Gás.
O objetivo dos painéis foi de reunir setores específicos da economia
para discutir assuntos que possam aperfeiçoar os requisitos
técnicos, conhecer a experiência internacional na área do controle
metrológico legal em suporte à atividade de regulação e debater as
melhores práticas.
O evento contou com as participações de representantes da Associação
Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABI-
MAQ), Petrobras, da japonesa Modec, do American Petroleum Institute
(API), e da Diretoria de Metrologia Legal (Dimel), do Inmetro.
Oito palestras marcaram o primeiro painel de uma série de ações
que serão realizadas pelo Inmetro no processo de análise de impacto
regulatório (AIR) para o aperfeiçoamento da portaria nº 291, de 8 de
julho de 2021, que aprova o Regulamento Técnico Metrológico (RTM)
consolidado sobre a possibilidade de importadores e fabricantes de
instrumentos de medição obterem autorização para emitir declaração
de conformidade em substituição à verificação inicial.
Os temas debatidos foram: Cenário atual e papel da Metrologia
Legal, Demandas por controle metrológico dos instrumentos de medição,
Metrologia em Dinâmica de Fluidos na área de Petróleo e Gás,
Medição de fluidos no E&P, Modec – Os Desafios do Controle Legal
no Ambiente de Produção Offshore e Acreditação de Organismos de
Certificação de Conteúdo Local.
Pela ABIMAQ, Paolo Fiorletta, Coordenador do Comitê de Aperfeiçoamento
do Ambiente de Negócios e Alberto Machado, diretorexecutivo
da entidade nas áreas de Petróleo, Gás Natural, Bioenergia,
Petroquímica e Hidrogênio, apresentaram a visão dos fabricantes de
instrumentos e sistemas de medição.
Alberto Machado falou sobre a importância da atividade e os valores
envolvidos como: Pagamentos e Partilhas, Locais de difícil acesso
e Produções de óleo que vão de 10 a 50.000 Barris por Dia (BPD), e
expôs a falta de regulamentação para a Medição de massa específica
para líquidos e Medição de Bottom Sediments Water (BSW). Segundo
ele, atualmente não existe regulamentação para instrumentos de medição
de massa específica e BSW, que é fundamental na composição
do cálculo dos os volumes de produção de petróleo, e ainda os erros
na medição destas grandezas são diretamente proporcionais aos erros
no volume apurado e podem gerar distorções significativas.
Para Alberto, a regulamentação em instrumentos de medição
destas grandezas possibilitaria uma melhor medição, fiscalização e
segurança nos volumes apurados. "Além dos aspectos específicos
dos sistemas de medição e suas implicações legais, é de interesse
da Indústria Brasileira que os equipamentos e instrumentos especificados
para comporem os referidos sistemas sejam passíveis de
serem fabricados no Brasil."
Paolo Fiorletta – destacou a importância na participação no painel
setorial que permitiu que a ABIMAQ apresentasse os pontos
que a indústria considera sensíveis no Controle Metrológico dos
fluxos de óleo e gás. "Com isso, é possível contribuir para o aprimoramento
do regulamento metrológico atual. Dentre os pontos
destacados, a vigilância de mercado, atividade que garante que as
medições de petróleo e gás estejam dentro dos parâmetros legais,
bem como a questão de ausência de regulamentação em determinadas
áreas são de suma importância”.
rodada de Negócios reúne empresas
do Setor de Defesa e Segurança
Evento realizado pela ABIMAQ em parceria com a
Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de
Defesa e Segurança (ABIMDE), promoveu encontros
entre empresas do setor com o Grupo Leonardo.
Com o principal objetivo de promover
encontros e fomentar a
realização de negócios para os
seus associados, a ABIMAQ realizou,
no dia 15 de setembro, a Rodada de
Negócios da Câmara Setorial de Máquinas
e Componentes do Setor de
Defesa e Segurança (CSDS) que, de
acordo com a maioria dos participantes,
gerou bons resultados.
Entre o público presencial e online,
a rodada contou com 89 participantes,
responsáveis pela realização
de 35 reuniões. O Embaixador da República
Italiana no Brasil, Francesco
Azzarello, apresentou seus cumprimentos
aos associados e autoridades
presentes que, segundo ele, representam
a importante base industrial que
contribui de forma significativa para
a formação do PIB no país.
Francesco ressaltou o interesse
do governo italiano e da embaixada
em trabalhar com o Brasil para fortalecer
o setor industrial. “O governo
Italiano é a favor da cooperação
industrial e tecnológica no território
brasileiro, bem como em projetos
regionais com o envolvimento de
empresas setoriais locais e sem qualquer
objeção ao Transfer of Technology
(ToT), transferência de conhecimento
técnico ou científico em
combinação com fatores de produção”,
enfatizou.
Francesco Moliterni, diretor regional
da Leonardo do Brasil, empresa
global no setor Aeroespacial, Defesa
e Segurança, apresentou o Grupo
e suas propostas de como continuar
a investir em parcerias estratégicas
e transferência de tecnologia
para ampliar sua atuação no Brasil e
em toda a América Latina, particularmente
nos setores Aeronáutico, Defesa,
de Espaço, Segurança Pública e
Segurança Cibernética.
“A postura da Leonardo é juntar o
conhecimento italiano com o grande
conhecimento que está aqui no Brasil,
país que tem toda uma capacidade
industrial”, acrescentou Moliterni.
O presidente-executivo da ABI-
» Sessão individual de negócios
MAQ, José Velloso, salientou a importância
do setor e da realização das
rodadas. “A ABIMAQ está sempre
aberta para novos horizontes e para
novas oportunidades aos nossos associados.
As rodadas de negócios da
entidade são de extrema importância,
pois temos condições de fazer do encontro
uma oportunidade da demanda
com a oferta”, explicou Velloso.
General Aderico Mattioli, presidente-executivo
da ABIMDE, disse
que o Brasil está diante de um ótimo
cluster de produção, reforçando
que diante dessas oportunidades,
não existe um tema em que o país
não esteja entre os dez maiores do
mundo. “Essa capacidade tem que
ser direcionada para resultados, e a
ABIMAQ, hoje, reinicia um estreitamento
de atividades muito forte.
Vamos trabalhar juntos para harmonizar
e dar retorno ao que o país
pode dispor para a área de defesa e
segurança”, informou Mattioli.
Domênico Fornara, Cônsul Italiano
em São Paulo, falou que a Itália é
um país que investe muito em pesquisa,
inovação e parcerias, inclusive
com o Brasil, em setores importantes
da inovação.
Eduardo Dmitruk – presidente da
CSDS, reforçou que, assim como a
Leonardo, outras empresas europeias
têm interesse em ter uma base industrial
em países estratégicos como o
Brasil, e frisou o papel da Câmara. “O
papel da CSDS é oferecer um ambiente
dedicado para discussão e
oportunidades de assuntos do setor
de defesa”, finalizou Dmitruk.
Ano XXIII • nº 270 • outubro de 2022
INFORMAQ
13
CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
Status e perspectivas de projetos de energia eólica offshore
Realizada em 31 de agosto, de forma híbrida, reunião do Conselho de Energia Eólica trouxe atualizações sobre
o desenvolvimento no mercado de parques eólicos e os principais desafios
Carlos Machado, gerente de desenvolvimento e
negócios do Grupo American Bureau Of Shipping
– ABS – apresentou o mercado de Offshore
e explicou que este setor tem uma infraestrutura
necessária para a implementação de projetos,
sendo fundamental um planejamento que compreenda
a fabricação dos equipamentos, da logística
de transportes de equipamentos e as suas dimensões
significativas.
“A ABS vem ajudando a indústria no desenvolvimento
de seus empreendimentos ao longo de
todo o ciclo de vida que começa no projeto, continua
durante a construção e também nas fases de
manutenção e operação. Precisamos ter uma infraestrutura
de portos para fazer essa movimentação”,
pontuou Machado.
TENDÊNCIAS E DESENVOLVIMENTOS NO MERCADO
DE PARQUES EÓLICOS
Machado expôs que a utilização de aerogeradores
é um item muito relevante, e a indústria vem buscando
ideias para reduzir os custos. De acordo com
ele, os aerogeradores vêm crescendo e a demanda
de embarcações de apoio para manutenção dos
parques eólicos tende a crescer.
“Hoje, aqui no Brasil, a frota de apoio marítimo
não teria como atender esses projetos que estão
sendo planejados, então, isso é algo que tem que
ser levado em consideração”, avaliou.
Como referência – reforçou Carlos Machado -
para chegar em 2030 com aproximadamente 30 GW
instalados, é preciso ter pelo menos 100 embarcações
envolvidas nesse processo de instalação. “Vemos
que é um número significativo e, como temos
uma demanda mundial para esses projetos de eólicas,
não conseguimos facilmente trazer de outros
locais, pois, em outros países, esses navios também
estão com esses projetos em andamento, então é
uma coisa que precisa ser também avaliada”.
PRINCIPAIS DESAFIOS
» Questões técnicas: vão desde a elaboração
do projeto até a complexidade da instalação,
principalmente para o Brasil, que não tem nenhum
projeto offshore em andamento;
» Desafios operacionais: reduzir os custos de
operação;
» Questões ambientais: transição das energias
de baixa pegada de carbono;
» Falta de regulamentação local: mesmo com
alguns avanços, o Brasil não estaria com a regulamentação
adequada para conceder o uso
dessas áreas, então, o país hoje precisa de um
incentivo federal para que isso aconteça e
talvez destravar esse mercado.
Roberto Veiga, presidente do Conselho de
Energia Eólica Onshore e Offshore, colocou sobre
o problema de infraestrutura.
“Há notícias que em breve deveremos ter
produção de Hidrogênio Verde na Bahia, já produzindo
o hidrogênio verde nos próximos com
fornecimento de energia de um dos grandes
players de eólica no Brasil, isso vai começar agora
e eu acho que é um desenvolvimento importante
para a eólica onshore e offshore no Brasil”,
pontuou.
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nossa expertise e colocamos à disposição
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14 INFORMAQ Ano XXIII • nº 270 • Outubro de 2022
CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
Paulo Bertolini é reeleito presidente
da CSEAG para o biênio 2022/2024
Paulo Antonio Pusch Bertolini, 54 anos, é médico veterinário, agropecuarista e industrial.
Diretor comercial da Granfinale Sistemas Agrícolas, presidente da Câmara Setorial de
Equipamentos para Armazenagem de Grãos - CSEAG/ABIMAQ e da Maizall - Aliança
Internacional do Milho.
Em entrevista ao Informaq, Bertolini ressalta a importância do trabalho conjunto com as
associadas da CSEAG para fortalecer a cadeia de Máquinas e Equipamentos para
Armazenagem de Grãos. Confira a seguir:
Como analisa o atual momento
do segmento de Armazenagem
de Grãos?
O segmento está aquecido como todo
setor relacionado ao agro brasileiro,
mesmo que a produção de
grãos tenha crescido mais do que a
própria capacidade estática de armazenagem
que temos no Brasil. O
país cresce, em média, 10 milhões
de toneladas por ano na produção e
a armazenagem estática cresce em
torno de 5 milhões por ano. Esse déficit
se dá pelos poucos recursos
disponíveis nas linhas de crédito para
armazenagem no Plano Safra.
O Brasil precisaria investir em
torno de R$15 bilhões por ano para
acompanhar o crescimento da
produção brasileira de grãos, e as
linhas de crédito que temos disponíveis
não chegam a 1/3 desse valor.
São obras que precisam de um
prazo longo de amortização para
que esse investimento retorne para
o agricultor.
É um investimento relativamente
complexo para essa atividade
agropecuária e é um dos fatores que
faz com que o agricultor brasileiro
não consiga acompanhar de sua
própria produção. Do ponto de vista
da indústria fabricante de equipamentos
para armazenagem de
grãos, temos investido em aumento
de capacidade, em tecnologia e exportamos
para mais de 50 países, ou
seja, temos capacidade tecnológica
e produtiva para atender o mercado
brasileiro e inclusive, o mercado internacional.
Portanto, temos uma
demanda reprimida para o nosso tipo
de equipamento no Brasil e isso
tem se agravado ano após ano em
função do aumento do déficit de armazenagem
no Brasil.
Quais principais desafios para
o setor?
O principal desafio para o setor está
nesse aspecto de linhas de crédito
de longo prazo e juro compatível
para os nossos clientes. O setor tem
evoluído com modernização e investimento,
e nossa capacidade produtiva
é alta, portanto, não é uma
indústria parada no tempo, ela evoluiu
ao longo do tempo.
Como a câmara pretende atuar para
enfrentar esses obstáculos?
A câmara não concentra todas as
decisões do dia a dia apenas nas
mãos do presidente, ela tem essa
dinâmica de assuntos a serem tratados
também pelos vice-presidentes
que auxiliam bastante na condução
do grupo. Temos trabalhado
hoje na elaboração de uma nova
norma que não existia no país, seguíamos
normas de construção de
armazéns internacionais, então o
Brasil está elaborando uma nova
norma que está em etapa de consulta
pública e possivelmente, até o
final do ano, seja publicada.
Temos avançado muito na parte
normativa e tem também a
questão de prevenção e combate
a incêndios e acidentes com corporações
de corpo de bombeiros
no Brasil inteiro.
Nossa câmara está produzindo
o segundo vídeo institucional de
uma série de cinco vídeos que fala
sobre a armazenagem e segmento,
sobre a sua importância e dos assuntos
que são relacionados a armazenagem
e logística de grãos, além
de inovação e tecnologia e tudo o
que é relacionado a financiamentos
para os nossos clientes.
Quais são as perspectivas
para 2022?
Nossa expectativa é de crescimento
e de atenção relacionada com o ambiente
político do país. Como vivemos
do agro, esperamos que quem
quer que seja o próximo presidente,
continue dando atenção a esse importante
setor para o país. Que tenhamos
no campo, condições de
produzir, acesso às tecnologias, ao
mercado livre para produção e segurança
institucional, e com isso, o
campo indo bem, a cidade onde está
nossa indústria também vai bem.
Temos essa expectativa de que no
próximo ano tenhamos um cenário
também positivo para o agro.
Quais ações pretende realizar em prol
das associadas?
Estamos trabalhando institucionalmente
a imagem do setor por
meio de uma ação de marketing
bastante forte, ajudando na elaboração
de plano safra e participando
do Instituto Pensar Agropecuária
(IPA), sempre alertando
sobre a importância da área de armazenagem
para o país. Esse trabalho
institucional é muito forte
e bastante desenvolvido.
Como avalia a gestão anterior?
Éramos um grupo de trabalho antes
de formamos a câmara
(CSEAG) e me tornei o primeiro
presidente. Na verdade, é uma
continuidade dos temas e uma
ampliação das atividades com
melhor estrutura da gestão.
Fique à vontade se quiser acrescentar
alguma informação não perguntada.
A ABIMAQ, como instituição, tem
dado um grande apoio desde a o início
da criação da câmara. Tivemos
a necessidade de reuniões em Brasília
e tivemos um aparato de todo
o corpo diretivo da ABIMAQ, desde
o suporte técnico da área financeira
até a área de estatística.
Estamos participando de trabalhos
e estudos, fizemos um trabalho
profundo da área de armazenagem
no Brasil e tudo isso foi feito graças
ao apoio técnico e institucional que
a ABIMAQ tem nos dado.
Quero ressaltar que a entidade
tem sido, ao longo desse tempo todo,
uma alavanca muito importante
para o nosso segmento. Todo
mundo reconhece esse trabalho da
câmara setorial e o dia a dia que a
ABIMAQ faz que não é fácil. Somos
muito agradecidos por todo
esse trabalho.
Ano XXIII • nº 270 • outubro de 2022
INFORMAQ
15
CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
Números e expectativas
do setor para o final
de 2022 foram apresentados
em reunião do
Conselho Automotivo
Números positivos reforçam a expectativa de
crescimento do segmento para o ano
Reunião híbrida do Conselho Automotivo,
mediada por Danilo
Lapastini, presidente do Conselho,
realizada em 29 de agosto, pautou
os principais assuntos e apontou que,
mesmo com os desafios, o setor projeta
avanço positivo.
“Nos últimos três anos houve um
crescimento de 38% acumulado e não
temos motivos para achar que a situação
vai reverter”. Iniciou José Velloso
– presidente-executivo da ABIMAQ,
demonstrando otimismo para o setor
de máquinas e equipamentos para o
segundo semestre de 2022.
Gustavo Bonini - vice-presidente
da ANFAVEA, trouxe os dados do setor
automotivo e observou o que está
previsto para os próximos anos com
relação a investimento.
Representando 20% do PIB industrial
e gerando 1,2 milhões de empregos
de forma direta e indireta, o setor
é um importante aliado para a movimentação
econômica no país. “A produção
vem em uma crescente, sendo
a maior desde novembro de 2020”,
ressaltou Gustavo.
Gustavo explicou também sobre
os principais desafios do Mercado
Global que, segundo ele, além da já
conhecida escassez de insumos e de
semicondutores que devem continuar
até o final do ano, os recentes
lockdowns na China e a guerra Rússia
x Ucrânia; o preço das commodities,
a alta da inflação, juros e energia
e a redução de crescimento do PIB
mundial, são grandes problemas que
o setor enfrenta. “A projeção ainda
para 2022 é de um leve crescimento
comparado ao ano de 2021, mas ainda
com grande possibilidade de expectativa
de potencial para a indústria
ter fôlego para entregar volumes
ainda maiores”, concluiu.
INVESTIMENTOS. Após investimento
realizado de R$50,1 bilhões entre 2014
e 2021, projeta-se que entre 2022 e
2028, o setor receba o aporte de R$55
bilhões, que, conforme Gustavo, esses
números já foram anunciados pelas
associadas da ANFAVEA. “Este é um
investimento significativo em que as
A projeção ainda para
2022 é de um leve
crescimento comparado
ao ano de 2021, mas
ainda com grande
possibilidade de
expectativa de potencial
para a indústria ter
fôlego para entregar
volumes ainda maiores
› Gustavo Bonini,
vice-presidente da ANFAVEA
novas tecnologias de propulsão e investimentos
em pesquisas e desenvolvimento,
estão inseridas neste valor
total”, considerou.
O Diretor de tecnologia do Sindicato
Nacional da Indústria de Componentes
para Veículos Automotores
(SINDIPEÇAS), Gábor Deák, falou sobre
o desempenho no primeiro semestre
de 2022 da indústria de autopeças,
que apresentou um aumento de 26%
de faturamento nominal em relação
ao mesmo período de 2021.
“Ao analisarmos o crescimento
de 26%, consideramos que isso se deve
à questão do aumento de preços;
ao menor desequilíbrio provocado
pela escassez de insumos e componentes
e ao aumento das exportações
de autopeças, que cresceram
5,9% nos primeiros seis meses do
ano”, observou Gábor.
Todos os segmentos (montadoras,
reposição, exportação e intrassetorial)
apresentaram crescimento, com a reposição
conseguindo manter a sua importância,
apontando um aumento de
13,3% no faturamento. “Um bom espaço
para crescermos com um volume
significativo de autopeças para crescer
ainda mais”, conclui Deák, chamando
a atenção também para o nível de utilização
da capacidade da indústria de
autopeças, com atuais 76% de aproveitamento,
número superior à média
histórica do período entre 2015 e 2021.
EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES. O momento
favorável do setor em países
como Chile, Argentina e Colômbia,
beneficiaram o Brasil nas exportações,
que apresentaram alta de 25,5% no
ano, enquanto que as importações
avançaram 21,7%.
Apesar dos desafios a serem superados
nos próximos meses, como o
controle da pandemia, inflação, problemas
logísticos, desequilíbrio nas cadeias
globais de suprimentos e a instabilidade
política decorrente do ano
eleitoral, Deák salientou que a expectativa
é de crescimento de 9% em faturamento
até o final do ano de 2022
e, de aumento modesto de 0,7% nos
postos de trabalho. Com relação às exportações,
o crescimento esperado é
de 12,6%, já em importações, esperase
uma alta de 9%.
PERSPECTIVAS E NÚMEROS DO SETOR.
Márcio Stefani - diretor da Autodata
mostrou os números de produção e
seu importante progresso nos últimos
meses, o que prevê melhora no segundo
semestre do ano.
No que se refere à produção, Márcio
informou que o desempenho das
vendas e importações acabou resultando
numa produção de um pouco
mais de 1.300.000 unidades nos primeiros
sete meses. “De janeiro a julho
deste ano, produzimos quase
1.210.000 unidades de automóveis,
volume mais baixo que no ano passado.
Em produção de caminhões, em
comparação a 2021, tivemos uma
queda de 5,6%, enquanto que sobre a
produção de ônibus, foi de um aumento
de quase 40%”, resumiu.
Ainda de acordo com Márcio, as
previsões para 2022 no que se refere
a licenciamento, a projeção é que
chegue perto de R$2.400.000; em
exportações um número perto de
R$400.000 e um valor aproximado
de R$2.300.000 em produção até o
final do ano.
SETOR DE FERRAMENTARIA E MÃO DE
OBRA. Christian Dihlmann, presidente
da ABINFER, acrescentou que os números
apresentados e o crescimento
significativo no setor de máquinas e
equipamentos refletem forte no setor
de ferramentaria, para ele, esta é uma
fase crescente.
Sobre a mão de obra, Dihlmann
concluiu que a carência está em todos
os setores do mercado, mas que o
emprego está numa fase crescente no
setor, o que gera otimismo no segmento.
“Tínhamos planejado um
crescimento de 17% para 2022 no setor
de ferramentarias e estamos acima
disso, o que nos leva a crer que esse
posicionamento é em função da
guerra e outros fatores, como a pandemia”
finalizou.
16 INFORMAQ Ano XXIII • nº 270 • Outubro de 2022
CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
CSDS tem novo presidente para o biênio 2022-2024
O novo presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos e Componentes de Defesa e Segurança
falou sobre a importância da diplomacia corporativa
»Da esquerda para a direita: Leonardo Taborda; Gino Paulucci; José Velloso;
João Eduardo Dmitruk; Elisângela Santos; Arthur de Almeida e rodolfo Garcia
» Assinatura da posse:
João Eduardo Dmitruk
“E
sse é um momento ímpar
na minha vida, tenho a
oportunidade de poder
prestar um serviço e crescer profissionalmente,
isso é o que mais me
enriquece”. Essas foram as palavras
de João Eduardo Dmitruk Veiga, novo
presidente da CSDS, durante sua
posse realizada dia 31 de outubro,
em cerimônia na sede da ABIMAQ.
João Eduardo, da empresa Dynar
Automatização Industrial Ltda, ocupará
o cargo de Arthur de Almeida
Junior, da empresa Spectra Tecnologia
Ind., Com., e Serv. de Inform.
Ltda, que ocupa o lugar de segundo
vice-presidente da câmara.
Na ocasião, Gino Paulicci, recém-empossado
como presidente
do Conselho de Administração da
ABIMAQ, parabenizou a nova gestão
e falou da importância da Câmara
que faz parte da defesa nacional,
e citou ainda o momento de mudança
significativa para o setor.
José Velloso, presidente-executivo
da ABIMAQ, elencou as atividades
da câmara em prol do setor e
salientou que a CSDS é parte das 41
câmaras setoriais que a entidade
possui e destacou os sete conselhos,
que aumentam a produtividade
da associação.
Arthur de Almeida Junior que
esteve à frente da CSDS no biênio
2020-2022, colocou que a ABIMAQ
é um exemplo de associação que
tem prestígio, e que esse prestígio
se deveu ao início e à continuidade
da câmara com um trabalho bem
feito. “Tivemos um conjunto feliz
de companheiros que se dedicaram,
e agora temos a missão de entregarmos
aos que virão, pelo menos
o que recebemos, isso é muito
importante. A escolha do João
Eduardo foi feliz e representa alegria.
É uma geração nova que entra”,
expressou.
Para João Eduardo, é uma honra
poder estar à frente da Câmara. “Entendo
que a minha missão tanto com
COMPOSIÇÃO DA NOVA DIRETORIA
PRESIDENTE
EMPRESA
» João Eduardo Dmitruk Veiga Dynar Automatização Industrial Ltda
VICE-PRESIDENTES
EMPRESA
» Raul Eduardo David de Sanson PWR Mission Indústria Mecânica S/A
» Arthur de Almeida Junior Spectra Tecnologia Ind., Com.,
e Serv. de Inform. Ltda
» Jairo dos Guimarães e Souza Weg Equipamentos Eletricos S/A
» Nicola Mirto Neto Nuclebrás Equipamentos Pesados S/A
» Maria Estela Abramides Testa Pieralisi do Brasil Ltda
» Ubiraci Moreno Pires Corrêa Prominas Brasil Equipamentos Ltda.
» Leandro Nunes Pinto Raytheon Anschutz do Brasil
Sistemas Marítimos Ltda
» Bruno Galhardo de Araújo Santos Roxtec Latin America Ltda
» Rodolfo Garcia Thermoval Indústria de Válvulas Ltda
» Leonardo Taborda Sandor Villares Metals S/A
» Elisângela Melo dos Santos Vulkan do Brasil Ltda
a CSDS, quanto com a ABIMAQ, é
poder gerar demandas para os nossos
associados. Entendo da importância
da história e o fardo que tenho
que carregar, e sigo muito feliz”,
finalizou.
ABIMAQ Norte Nordeste
promove visita ao Polo de
Geração de Energia –
Complexo Industrial Portuário
de Suape
Continuando o programa de visitas da ABIMAQ SRNN, no
mês de agosto, associados de diversas regiões do Brasil
participaram da visita à Termopernambuco Termope),
Grupo Neoenergia responsável pela implantação e operação
da Usina Termoelétrica (UTE), situada no Polo de Geração
de Energia – Complexo Industrial Portuário de Suape.
A ocasião proporcionou trocas de informações técnicas,
networking e oportunidades de novos negócios entre
os participantes.
» Complexo Industrial Portuário de Suape
Ano XXIII • nº 270 • outubro de 2022
INFORMAQ
17
TECNOLOgIA
Investir em Inovação de forma sólida com o apoio
da Finep e Desenvolve SP
Reunião presencial contou com apresentações das agências de desenvolvimento em tecnologias 4.0
para competitividade
» Da esquerda para a direita: André Calazans - Finep; Anita Dedding - Abimaq/Ipdmaq; Antonio
Capoia - Sensycal; João Alfredo Delgado - Abimaq/Ipdmaq; Gustavo Barcelos - FINEP; Andréa
Bentes Leal - FINEP; Thiago Mardo - Desenvolve SP; e rodolfo Garcia - Thermoval
Os departamentos de financiamento
e tecnologia realizaram,
em agosto, encontro presencial
para tratar de tecnologias 4.0. As
apresentações contaram com tópicos
relacionados à linhas de financiamentos
para a inovação com recursos
da Finep que são operacionalizados
pela Desenvolve SP.
Grabriela Chiste – Diretora de
Negócios da Desenvolve SP, apresentou
a instituição que ampara o
desenvolvimento de micro, pequenas
e médias empresas e de municípios
paulistas. O banco atua por
meio de programas e linhas de crédito,
financia o crescimento sustentável
de negócios e projetos inovadores
que melhoram a qualidade de
vida da população e impulsionam a
economia e a geração de emprego e
renda no estado de São Paulo.
A diretora de negócios explicou
que hoje, a agência tem envergadura
para ser um banco de desenvolvimento
e trabalha o plano estratégico
com melhor competitividade e pauta
dois grandes pilares: inovação e
sustentabilidade.
Para Gabriela, o principal desafio
pela agência é receber bons projetos,
o que facilita a obtenção de recursos,
tornando o processo de avaliação
mais eficaz e eficiente para a concessão
de investimento. “Essa parceria
com a ABIMAQ é fundamental e coloco
à disposição, a equipe especializada
da Desenvolve SP”.
Thiago Mardo – Gerente de Negócios
da Desenvolve SP, falou sobre a
Linha de Incentivo à Tecnologia
(LIT), que segundo ele, é uma linha
de financiamento para o desenvolvimento
e transferência, criação de novos
produtos, processos ou serviços,
investimentos em infraestrutura,
pesquisa e desenvolvimento, que incorporam
ganhos tecnológicos ou
processos inovadores às empresas.
Mardo salientou os principais diferenciais
da agência sobre as condições
em solicitação de financiamento
e detalhou os requisitos para aprovação,
documentação básica e garantias
aceitas. “O banco atua para entender
as necessidades e buscar as melhores
soluções”, completou.
Rodolfo Garcia – diretor geral
da Thermoval, empresa associada
da ABIMAQ, colocou que a Finep e
a Desenvolve SP fazem parte da história
da empresa desde 2010, quando
teve o seu primeiro projeto de
inovação aprovado pela Finep. A
apresentação de projeto junto às
agências de fomento, foi resultado
de um processo de aprendizagem
pela empresa, sendo sempre instruída
a detalhar o projeto de forma
que a viabilidade técnica e econômica
fosse passível de ser mensurada
e com previsão de retorno aos
investimentos a serem realizados.
Com isto, o crescimento da Thermoval
se deu de forma sólida. Garcia
destacou ainda a importância do
alongamento dos prazos de carência
e da existência de menores taxas
de crédito, pois os resultados na sua
maioria são demorados. Por fim,
Garcia agradeceu à ABIMAQ pela
conexão que fez com as agências de
fomento para iniciar a busca de crédito
para inovação.
Antônio Capoia, Diretor Geral
da Sensycal Instrumentos e Sistemas,
empresa associada da ABI-
MAQ, relatou que “a experiência da
empresa na obtenção de recurso
junto a Finep e a Desenvolve SP foi
muito boa”, apresentaram 2 projetos
de inovação o que exigiu da empresa
uma dedicação especial para a elaboração
das propostas, o que acabou
evitando iniciar as atividades de inovação
apenas a partir uma ideia e de
forma não estruturada”.
Capoia destacou ainda a dificuldade
de encontrar profissionais capacitados
para enquadrar projetos de
inovação e só conseguiu resolver esse
problema na contratação extraordinária
de empresa especializada, o que
capacitou a empresa a desenvolver as
novas propostas projetos.
Paulo Miotto, sócio-diretor da Legasys
Engenharia, empresa convidada
pela Finep, ressaltou que a experiencia
junto à Desenvolve SP foi muito
bem sucedida, contrariando a ideia
inicial da dificuldade que teriam na
obtenção de crédito para o desenvolvimento
do projeto de inovação. Tiveram
um apoio muito grande da
agência de fomento durante o processo
de elaboração da proposta, dizendo
que isto levou a empresa a um
salto enorme em seus faturamentos
e carteira de clientes, já a partir dos
resultados parciais alcançados durante
a execução do projeto.
Gustavo Barcelos, gerente do Departamento
de Operações Descentralizadas
da Finep – apresentou as linhas
de financiamento destacando o
InvaCred. Segundo ele, o programa é
o objeto principal voltado para o desenvolvimento,
seja de um novo produto
ou processo.
Barcelos expôs as integradoras especificamente
voltadas ao segmento
industrial que implicam na digitalização
de processos produtivos:
Inovacred Expresso – financiamento
de operações com fluxo operacional
simplificado, que visa facilitar
o acesso ao crédito para as empresas
de mico, pequeno e médio porte
nos seus esforços de inovação.
Inovacred 4.0 – financiamento à
pequenas e médias empresas para
adoção de tecnologias habilitadoras
da indústria 4.0.
“Quando falamos de inovação, é
comum termos a concepção que
precisamos criar uma coisa disruptiva,
algo que não tem no mercado.
Quando falamos das linhas de crédito
centralizadas voltadas às pequenas
e médias empresas, boa parte
disso é sobre a inovação na empresa”,
explicou Barcelos.
Andréia Bentes – Gerente Regional
da Finep Sudeste, falou das oportunidades
de apoio à inovação que,
além dos projetos isoladamente, a Finep
apoia toda a Estratégia de Inovação
das empresas brasileiras e tem
como objetivo, as propostas a longo
prazo que envolvem processos e serviços
e considerou: “a gente finaliza
não só o desenvolvimento de novos
produtos, processos e serviços, como
também a introdução no mercado, no
crédito e vamos além do protótipo, financiamos
uma inovação pioneira”.
Segundo ela, quanto mais inovador e
mais relevante, menores são os juros.
João Alfredo – diretor de Tecnologia
da ABIMAQ, finalizou a reunião
destacando a importância da
apresentação de cases para o entendimento
e crescimento das empresas.
“Crescer é dolorido, mas as empresas
precisam perder esse medo e
investir em inovação e contar com
o apoio das agências de fomento para
mitigar os riscos inerentes da inovação”,
refletiu.
Após as apresentações pelas empresas
que foram bem sucedidas na
obtenção de credito junto à Finep e a
Desenvolve SP, empresas interessadas
no apoio financeiro das agências
de fomento puderam ter um atendimento
individual pelos analistas das
instituições presentes.
18 INFORMAQ Ano XXIII • nº 270 • Outubro de 2022
FINANCIAMENTOS
BNDES e Desenvolve SP oferecem a linha Crédito Serviços 4.0
Soluções digitais para modernização da
produção industrial
Para explanar sobre
as soluções de digitalização
e tecnologia
4.0, o BNDES e
o Desenvolve São Paulo
– O Banco do Empreendedor,
estiveram
presentes em evento
promovido pela ABI-
MAQ, no dia 21 de setembro
de 2022.
O BNDES Crédito Serviços 4.0 é
uma linha de financiamento do
BNDES que contou com a participação
da ABIMAQ na sua construção.
A linha foi pensada e desenvolvida
com o intuito de visar a modernização
da produção industrial através
do financiamento à contratação de
soluções tecnológicas, associadas à
otimização da produção e à viabilização
de projetos de manufatura
avançada, são diversas soluções que
podem ser financiadas, entre elas:
» soluções para automação e gestão
de utilidades industriais;
» plano de digitalização industrial;
» serviços de engenharia de soluções
digitais para operações de
manufatura em indústrias de processos;
» serviço de licenciamento de programas
de computação, desenvolvimento
de sistema para gestão
integrada de sistemas e operações;
» cursos de capacitação técnica para
obtenção de melhores índices de
eficiência energética.
» Consulte a lista de fornecedores e
serviços credenciados no BNDES
Crédito Serviços 4.0: https://tinyurl.com/2nk458zv
Matheus Chaguri, gerente de Credenciamento
do BNDES, explicou
que para habilitação ao cadastro, as
soluções tecnológicas devem
estar associadas a
uma das categorias ao lado
(tabela).
Já os fornecedores de
serviços contam ainda
com a vantagem de expor
suas soluções no Catálogo
CFI, que atua como uma
vitrine virtual e como canal
para divulgação tanto institucional,
quanto de seus produtos e serviços
tecnológicos, podendo mostrar para o
público em geral as fotos dos produtos,
catálogo comercial, contatos, redes
sociais, entre outros. Acesse o Portal
CFI para complementar as informações
para o Catálogo e aproveite a
oportunidade de divulgar seus produtos
de forma gratuita no site do
BNDES (ao lado).
Para explicar sobre a operacionalização
desse produto e quais serão
as condições para as empresas
paulistas, o Desenvolve SP esteve
representado pelo Superintendente
de Desenvolvimento de Negócios e
Tecnologia, Gabriel Aidar e pela Gerente
de Negócios do Setor Privado,
Luísa Sato.
A atuação da linha BNDES Crédito
Serviços 4.0 será por meio de uma
instituição financeira credenciada no
BNDES. Nesse caso, o Desenvolve SP
é um dos primeiros agentes financeiros
a aderirem o produto em seu
portfólio (ao lado).
Luísa informou também que o
processo de solicitação da linha é feito
no formato 100% online, através do
site: https://tinyurl.com/yfmypvau.
Conte com o Departamento de Financiamentos
da ABIMAQ no suporte
do cadastro junto ao BNDES de
máquinas/equipamentos e soluções
tecnológicas.
BNDES CRÉDITO SERVIÇOS 4.0
CATEGORIAS DE SERVIÇOS TECNOLÓGICOS
1. Manufatura Enxuta
2. Digitalização
3. loT
4. Manufatura Avançada
5. Desenvolvimento de Novos Produtos e Processos
6. Tecnologias Industriais Básicas
7. Eficiência Energética e Redução de Resíduos
CREDENCIAMENTO
» Qual o principal foco no Credenciamento?
Avaliar:
• A capacidade de fornecimento, estrutura e
equipe disponível
• O escopo do serviço oferecido frente às
categorias passíveis de credenciamento, bem
como o seu Índice de Credenciamento
» O fornecedor deverá modularizar os serviços
com base em alguns parâmetros, como por
exemplo:
• Escopo da solução
• Setores clientes
• Porte do projeto
• Faixa de preço
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
» Objetivo: Financiar a contratação de serviços tecnológicos, associados à
otimização da produção e à viabilização de projetos de manufatura
avançada, constantes do Credenciamento Finame - CFI do Sistema BNDES.
» Público: Empresas com faturamento anual a partir de R$ 81 mil até
R$ 90 milhões.
» Limites de Financiamento: Até 80% dos itens financiáveis
• Mínimo: R$ 20 mil
• Máximo: R$ 5 milhões
» Prazos: Até 60 meses (incluída a carência de até 24 meses).
Utilize o QR Code para
baixar o pdf do
Regulamento de
Credenciamento de
Fornecedores e
Serviços Tecnológicos
no CFI do BNDES
Custo Remuneração Remuneração Taxa final
financeiro BNDES IF para o cliente
Selic 0,95% a.a. 3,5% a.a. Selic + 4,48% a.a.
Ano XXIII • nº 270 • outubro de 2022
INFORMAQ
19
FINANCIAMENTOS
Saiba mais sobre a parceria ABIMAQ e
Caixa Econômica Federal
Aparceria firmada com a CAI-
XA tem por objetivo intensificar
o acesso às linhas de crédito
que o banco oferece. Com presença
em diversos municípios do
país, proporciona às micro e pequenas empresas
Associadas da ABIMAQ, um pacote de produtos e
serviços diferenciados.
LINHAS DE CRÉDITO CAIXA
ANO
2022
(dados até Julho/22)
2021
2020
CONDIÇÕES DA PARCERIA ESTRATÉGICA – PJ
PRODUTOS
CARTÃO
EMPRESARIAL
CAPITAL DE GIRO/
INVESTIMENTO
CHEQUE EMPRESA
CESTA DE
SERVIÇOS
GIROCAIXA
(FAMPE)
VOLUME CRÉDITO
R$ 79.798.659,79
R$ 42.632.845,13
R$ 123.117.844,15
LINHA BENS DE CONSUMO DURÁVEIS (BCD)
OBJETIVO
Financiamento
de máquina e
equipamentos
BENEFÍCIOS
BENEFICIÁRIOS
Empresas de
todos os portes
ENCARGOS
A depender
do porte e
relacionamento
com a CAIXA
O vínculo com a CAIXA ganhou
força no ano de 2020, momento em
que as empresas ansiaram por crédito
e dentre as oportunidades ofertadas,
puderam se beneficiar de diversas
linhas/finalidades de financiamento, como
mostra a tabela abaixo com os dados colhidos, até
o momento.
CONTRATOS
42
93
151
PRAZOS
Prazo de
pagamento
até 60 meses e
carências de
6 meses
LINHAS
PRONAMPE
FAMPE
FG I
GIROCAIXA
BCD
DEMAIS PRODUTOS
Isenção da 1° anuidade do cartão para associados ABIMAQ que aderirem ao programa
de pontos dos cartões Caixa
Taxas de juros reduzidas em relação às taxas balcão (a depender do enquadramento
de porte e garantia apresentada)
Taxa de juros reduzida em relação à taxa balcão
Clientes com conta nova podem ter 100% de desconto por 06 meses ou 12 meses
com 50% de desconto. (Condições válidas de acordo com a modalidade da Cesta,
sendo Executiva, Clássica e Super).
OBS. A Cesta de Serviços Pessoa Jurídica da Caixa atende de forma prática a necessidade
de consumo de produtos e serviços, por meio de uma tarifa única e
mensal. A tabela com todos os serviços disponíveis para sua empresa, pode ser
visualizada a partir do link: Cesta de Serviços e Tabela de tarifas - Pessoa Juridica
Capital de giro com 80% de garantia do Fampe, com até 12 meses de carência. O
Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (FAMPE) é o fundo que o Sebrae
disponibiliza nos bancos conveniados e concede aval financeiro complementar
aos pequenos negócios. Quando um empreendimento não tem todas as
garantias necessárias para conseguir um financiamento, é o FAMPE que as complementa
(Orientações no site de CAIXA).
LIMITE
Até 100% do
valor do bem
OBS: todas as condições sujeitas a alteração e aprovação de crédito pela Caixa
ABIMAQ é recebida
pelo presidente
do BNDES no rio
de Janeiro
AABIMAQ e o
BNDES são
parceiros de
longa data e desde
então, somam diversos resultados positivos
que oportunizam e viabilizam negócios para
as empresas, além da transformação e geração
de conhecimento como um todo.
Para fomentar ainda mais o laço, o
BNDES, através do seu presidente Gustavo
Montezano, acompanhado do Diretor de
Operações – Ricardo Barros, do Superintendente
da Área de Operações e Canais Digitais
– Marcelo Porteiro, do Tiago Peroba do Departamento
de Clientes e Relacionamento
Institucional, da Chefe do Departamento de
Produtos e Cadeias Produtivas – Maria Luiza
Cunha, do Gerente de Tecnologia, Informações
e Processos – Matheus Chaguri e do André
Taveira Cruz da Área de Exportação, receberam
a Diretoria da ABIMAQ em sua sede
no Rio de Janeiro. Pela Entidade, estiveram
presentes o Presidente Executivo, José Velloso,
o Roberto Veiga, Coordenador do Grupo
de Trabalho de Energia Solar. Ainda participaram
da reunião, Cristina Zanella – Diretora
de Competitividade, Economia e Estatística,
Patrícia Gomes – Diretora de Mercado
Externo e Giselle Rezende – Gerente de
Financiamentos.
O encontro ocorreu no dia 14 de setembro
de 2022 e tratou de temas importantes pertinentes
ao setor de máquinas e equipamentos,
como é o caso da retomada dos investimentos
devido a intensificação de crescimento, das
oportunidades voltadas ao setor eólico e onshore
e alavancagem dos negócios por meio de
financiamento.
A intenção do encontro foi marcada pelas
possíveis oportunidades no âmbito dos negócios/setores
abordados, cuja ambas entidades
deverão trabalhar em conjunto em prol do desenvolvimento
das empresas brasileiras.
› SAIBA MAIS
O Departamento de Financiamentos da ABIMAQ
está à disposição através do defi@abimaq.org.br
ou (11) 5582-6361.
20 INFORMAQ Ano XXIII • nº 270 • Outubro de 2022
FEIrAS
Fenasan 2022: sucesso de realização, recorde de público
e de expositores na retomada presencial
Com número recorde de 230 expositores (100% da área expositiva) e público de 20 mil visitantes, o maior
evento de saneamento e meio ambiente da América Latina aconteceu no Pavilhão Branco do Expo Center
Norte, em São Paulo/SP, entre os dias 13 e 15 de setembro.
AFenasan 2022/33º Encontro Técnico
AESabesp – Feira Nacional
de Saneamento e Meio Ambiente
e Congresso Nacional de Saneamento
e Meio Ambiente, realizados no
Pavilhão Branco do Expo Center Norte,
em São Paulo (SP), de 13 a 15 de setembro,
foi um sucesso de realização
e participação de público. Com número
recorde de 230 expositores (100%
da área expositiva) e público de 20 mil
visitantes, o maior evento de saneamento
e meio ambiente da América
Latina marca de forma brilhante a retomada
no formato presencial.
“O setor de saneamento viveu
com este evento um momento único
de troca de conhecimento qualificado,
promoção de inovação e negócios
e união de esforços para que o
saneamento avance em nosso país,
rumo à universalização. E, de forma
emocionante, vivenciamos o reencontro
de tantos amigos e colegas de
trabalho”, ressalta Luciomar Werneck,
presidente da AESabesp.
O 33º Encontro Técnico AESabesp
recebeu 1.073 congressistas e
contou com 277 trabalhos apresentados.
Além da participação de 22 estados
brasileiros, o encontro contou
com a presença de representantes de
outros 15 países, além do Brasil. Somando-se
aos 20 mil participantes
que prestigiaram o evento presencialmente,
a plataforma virtual contou
com 3.591 visitas durante os três
dias de evento.
Durante os três dias, cerca de 70
especialistas apresentaram cases, trabalhos
técnicos e novidades para o setor.
Ao todo, foram 12 mesas redondas
e 8 painéis de discussões.
Dentre os temas apresentados na
programação, destacamos a participação
da Presidente do Sindesam –
Sistema Nacional das Indústrias de
Equipamentos para Saneamento Básico
e Ambiental, da ABIMAQ, Estela
Testa, como palestrante na mesa redonda
Tecnologia - a inovação e o saneamento
- Uma visão geral da inovação
do mercado.
A ABIMAQ mais uma vez esteve
presente com uma ilha da entidade
no evento, reunindo 9 associadas no
estande coletivo localizado na entrada
da feira e outras 35 empresas participaram
com estande próprio. Ao final
do evento, os participantes da ilha
ABIMAQ relataram a satisfação com
o sucesso desta edição do evento.
Para Estela Testa “a Fenasan foi
magnifica, seja em termos de números
de participantes assim como na
qualidade de todos os expositores e
do Congresso. A feira permitiu que
colhêssemos as informações atualizadas
do mercado de Saneamento, dos
projetos que estão acontecendo e onde
estarão os investimentos futuros”.
Acrescenta que “o setor está muito
entusiasmado com as expectativas de
vendas de equipamentos de 30 a 40%
em elação ao mesmo período do ano
passado. As empresas concessionárias
públicas e privadas prepararam
seus planejamentos estratégicos e estão
implantando as obras para atender
ao Novo Marco Legal do Saneamento,
e estamos sendo muito demandados
para apresentar propostas
dos equipamentos”.
Para a Fenasan 2023, 67% da área
expositiva já está reservada, com 91
empresas. A expectativa é de que o
crescimento constante do evento continue
nas próximas edições.
EXPOSIBrAM 2022 gera
perspectiva de r$ 7 bilhões nas
rodadas de negócios para
fornecedores do setor mineral
Público da edição 2022
foi de 61 mil visitantes,
expositores e
congressistas
Com 17 mineradoras e 189 empresas
fornecedoras as rodadas
de negócio realizadas na
Expo & Congresso Brasileiro de Mineração
2022 (EXPOSIBRAM 2022)
geraram perspectiva de negócios no
valor de R$ 7 bilhões. Além disso,
450 companhias expositoras da feira
internacional relatam terem obtido
bom desempenho em negociações
nos 4 dias deste que é o mais relevante
evento de mineração da América
Latina, organizado pelo Instituto
Brasileiro de Mineração (IBRAM
– Mineração do Brasil).
“Esta edição da EXPOSIBRAM,
que retornou ao formato presencial,
bateu vários recordes. Todos do setor
mineral estavam ávidos para
comparecer aos corredores da exposição
internacional e aos auditórios
do Congresso para retomar o ritmo
de negócios; apresentar novos projetos;
estabelecer parcerias; contratar
serviços; comprar máquinas e
equipamentos; conhecer as inovações
tecnológicas já em uso e as que
estão sendo preparadas para lançamento
no mercado; ouvir os mais
renomados especialistas em diversas
áreas relacionadas ao universo
da mineração brasileira e internacional”,
afirma Raul Jungmann, diretor-presidente
do IBRAM.
NÚMEROS DA EXPOSIBRAM 2022
» Área de exposição: 13 mil m 2
» Público participante: 61.000
» Expositores: 450
» Congressistas: 2.000
» Palestrantes e
debatedores: 240
» Rodadas de Negócios:
300 reuniões agendadas
entre 17 mineradoras e
190 fornecedores
» Negócios prospectados na
Rodada de Negócios, segundo
os fornecedores: R$ 7 bilhões
Apoiadora do evento, a ABIMAQ
marcou presença e mais de 50 empresas
associadas da entidade também
estiveram presentes com seus
estandes. Durante a feira também
foram realizadas as reuniões da Câmara
Setorial de Máquinas e Equipamentos
para Cimento e Mineração
(CSCM) e do Conselho de Metalurgia
e Mineração, fóruns onde o tema
mineração é tratado pela entidade.
A próxima edição da EXPOSI-
BRAM acontecerá em agosto de
2023, desta vez, retornando a Belém.
O Estado do Pará apresenta oportunidades
em diversos campos da mineração
industrial e, naturalmente,
para a cadeia de fornecedores e
prestadores de serviços.
Ano XXIII • nº 270 • outubro de 2022
INFORMAQ
21
FEIrAS
13ª Intermach registra
recorde de público e
negócios gerados
Depois de sua última edição, em 2019, evento retorna
e recebe 24 mil visitantes, reúne mais de 300 marcas
e estima movimentar mais de R$300 milhões nos
próximos doze meses
A13ª edição da Intermach, Feira e Congresso Internacional
de Tecnologia, Máquinas, Equipamentos,
Automação e Serviços para a Indústria
Metalmecânica do Sul do país, movimentou os
pavilhões da Expoville, em Joinville (SC), entre os
dias 13 e 16 de setembro.
Durante o evento, 24 mil pessoas circularam pela
feira, entre visitantes, expositores, congressistas
e participantes da Rodada de Negócios.
Como importante vitrine, a 13ª Intermach reuniu
mais de 300 marcas nacionais e internacionais,
que apresentaram máquinas e equipamentos de última
geração, de fornecedores, nacionais e internacionais
nas áreas de Usinagem, Soldagem, Metrologia
Industrial, indústria 4.0, impressão 3D, manufatura
aditiva e soluções AI/IoT.
Além de crescer 25% em relação à edição anterior,
ocupando todo o pavilhão de exposições da Expoville,
a 13ª Intermach vai gerar cerca de R$ 300
milhões em negócios, que serão concretizados ao
longo dos próximos 12 meses.
“Tivemos corredores cheios durante todos os
dias do evento, com número de público que superou
todas as edições anteriores. Isso mostra que o
mercado da indústria está aquecido e o seu público
buscando novidades em automação, robótica e novas
tecnologias”, comemora Richard Spirandelli, diretor
da Messe Brasil, realizadora da Intermach.
Nesta edição da Intermach, profissionais das
áreas de engenharia das indústrias tiveram grande
expressividade como visitantes. Entre os setores
que marcaram presença no evento, estão a indústria
automotiva, indústria plástica, fundição e metalurgia,
além de eletrônica, eletroeletrônica e eletrodomésticos.
Os mercados de construção civil e agrícola
também prestigiaram a feira.
Além dos corredores lotados na feira, a 13ª Intermach
teve salas de aula disputadas em sua ampla
grade de workshops e palestras, eventos gratuitos,
que destacaram temas atuais e inovadores, apresentados
por especialistas em suas áreas de atuação.
Dentre os eventos paralelos realizados no evento,
a Rodada de Negócios também superou as expectativas.
Com a participação de 24 empresas
compradoras e 80 fornecedoras, a Rodada de Negócios
registrou o equivalente a 770 horas de reuniões
realizadas, com estimativa de R$ 12 milhões
em negociações.
A grade de conteúdo do evento contou também
com a participação da ABIMAQ, com a presença
do Diretor de Tecnologia da entidade, João
Alfredo Delgado, que apresentou o tema “A Indústria
do Futuro - A Integração Das Diversas
Tecnologias 4.0”. Outro tema abordado foi a palestra
NR-12: Última Revisão e Novas Tecnologias
pelos convidados da entidade, Sidney Esteves Peinado
e Ronaldo Gabriel dos Santos.
Já a Câmara Setorial de Máquinas, Equipamentos
e Instrumentos para Controle de Qualidade,
Ensaio e Medição (CSQI) realizou o workshop
“Metrologia e Controle de Qualidade para indústria
Metalmecânica” com a participação de representantes
das empresas Starret, Birmind, Hexagon,
Mitutoyo, JHP e Bass. O evento contou
com a presença de 80 pessoas, que puderam conhecer
melhor o setor de qualidade e instrumentação
da ABIMAQ.
Além da participação na grade de conteúdo, a
ABIMAQ, entidade apoiadora do evento esteve
presente com algumas empresas associadas em
uma ilha, no formato estande coletivo, e outras
associadas com seu estande próprio.
Febratex 2022 recebe mais de 56 mil visitantes em sua 17ª edição
A17ª edição da Febratex – Feira
Brasileira para a Indústria Têxtil
e de Confecção, que aconteceu
entre os dias 23 e 26 de agosto, em Blumenau
(SC), registrou número recorde
de público e de geração em negócios.
Foram mais de 56 mil visitantes
nos quatro dias de evento, que ocorreu
no Parque Vila Germânica. O Febratex
Group, organizador da feira, estima
que foram gerados investimentos na
ordem de mais de R$ 2,5 bilhões.
Considerada a maior e melhor feira
das Américas para a indústria têxtil
e de confecção, a Febratex 2022 reuniu
mais de 2 mil marcas em 440 estandes,
que ocuparam uma área total de
35.000 m² distribuídas em 7 setores.
Outro sucesso da feira foi a presença
de marcas internacionais no evento,
diretamente da Turquia, Portugal, Itália,
Índia, Emirados Árabe, Argentina,
Suécia, China, Suíça e Alemanha. De
acordo com Hélvio Pompeo Madeira
Júnior, diretor de comunicação do Febratex
Group, esta edição superou todas
as expectativas. “Estamos muito
felizes com os resultados, geração de
networking e novidades apresentadas
às empresas têxteis”, informa.
Neste ano, um dos temas em evidência
trazidos pela indústria têxtil foi
a sustentabilidade, com novidades focadas
em economia circular, consumo
consciente, diminuição de resíduos e
produtos como fibras produzidas a
partir de garrafas pet. Além dos estandes
das empresas, o público pode participar
do Febratex Conecta, evento
internacional que apresentou soluções
inovadoras e sustentáveis para toda a
cadeia produtiva da indústria têxtil e
de moda brasileira; da mostra de soluções
sustentáveis e inovadoras, apresentadas
por empresas nacionais e internacionais;
e da exposição Green
Circle, promovida pelo Citeve, Centro
Tecnológico de Portugal.
A Conferência Febratex contou
com três dias de palestras com conteúdo
dos expositores do evento. Os
visitantes também puderam acompanhar
um Preview do Febratex
Summit, em um dia de conteúdos exclusivos.
Esta edição contou com o
Startup Corner, um espaço que nasceu
na 1ª edição do Febratex Summit,
em 2019, com o objetivo de promover
soluções de inovação para a indústria
da moda brasileira, que contou
com a presença de 16 startups.
Apoiadora do evento, a ABIMAQ
esteve presente juntamente com empresas
associadas da CSMAT – Câmara
Setorial de Máquinas e Acessórios
para a Indústria Têxtil e de Confecção.
A próxima edição da Febratex ocorrerá
de 20 a 23 de agosto de 2024.
22 INFORMAQ Ano XXIII • nº 270 • Outubro de 2022
COMÉrCIO EXTErIOr
Conferência do Clima de Sharm El-Sheikh de 2022 (COP27)
No início de novembro,
os países signatários do
Acordo de Paris
discutirão o desafio da
descarbonização e
propostas para combater
a crise climática
A27ª Conferência da ONU sobre
Mudanças Climáticas será
realizada na cidade do Cairo,
Egito, de 9 a 17 de novembro de
2022. Nela, seguirão sendo discutidas
metas para a redução das emissões
de gases de efeito estufa, bem
como as consequências das mudanças
climáticas no mundo todo.
Após a COP26, realizada no ano
passado no Reino Unido, ter sido
encerrada com um documento -
Pacto de Glasgow - que estabelecia
compromissos que deixaram a desejar
em termos de ambição, a Conferência
do Clima deste ano tende a
encontrar novos desafios. No contexto
da crise energética resultante
do conflito na Ucrânia, os compromissos
assumidos, principalmente
relativos às metas de redução de
emissões, podem sofrer retrocessos.
Os resultados da COP, portanto, dependem
em grande medida do tom
a ser adotado por players importantes,
como a União Europeia, diante
do cenário de pressão, uma vez que
os países estão longe do nível de
ambição necessário para alcançar as
metas do Acordo de Paris.
A agenda da COP27 inclui quatro
grandes itens principais a serem discutidos:
financiamento climático,
adaptação, perdas e danos e maior
ambição. No financiamento climático,
é necessário garantir que os países
desenvolvidos cumpram seu
compromisso com os países em desenvolvimento
em relação à promessa
de financiamento de US$ 100
bilhões por ano, conforme prometido
na COP15 em Copenhague. Desde
o estabelecimento dos Acordos
Climáticos de Paris em 2015, não
houve um único ano em que a meta
de financiamento de US$ 100 bilhões
por ano tenha sido alcançada.
O recorde registrado mais próximo
dessa meta foi em 2021, quando US$
80 bilhões foram arrecadados por
meio de fontes públicas e privadas.
Sobre adaptação, a COP27 é considerada
uma 'COP Africana', pois
está ocorrendo em um dos continentes
mais afetados pelas mudanças
climáticas. Portanto, as partes
interessadas esperam testemunhar
um maior desejo político de aumentar
o financiamento global para políticas
de adaptação. Atualmente,
80% do portfólio geral de financiamento
climático é dedicado à mitigação,
enquanto apenas 20% é destinado
à adaptação. Isso geralmente
se deve ao fato de que os projetos de
mitigação são projetos financiáveis
com potencial de retorno de investimento
decente, como projetos de
energia solar e eólica.
Em terceiro, perdas e danos tornaram-se
um assunto controverso
que vem sendo discutido há vários
anos, sem consenso sobre qualquer
plano de trabalho exequível. Alguns
países terão perdas completas e danos
irreversíveis devido às mudanças
climáticas, sejam elas relacionadas
a um pequeno estado insular
que será completamente inundado
pela elevação do nível do mar; ou o
branqueamento completo dos recifes
de coral em alguns mares; ou, a
extinção de determinada flora e fauna
de ecossistemas baseados no
aquecimento global. O tema pode
ser dividido em perdas econômicas
que incluem danos a recursos e bens
e serviços, como agricultura, infraestrutura,
turismo, etc., e perdas
não econômicas que incluem perda
de membros da família, desaparecimento
de cultura e modos de vida,
ou migração de casa.
Finalmente, o quarto ponto da
agenda é aumentar a ambição. Isso
implica consolidar os compromissos
políticos simultâneos de diferentes
partes interessadas e da comunidade
global em geral em relação à causa
climática. O relatório de fevereiro do
Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas afirmou que
devemos permanecer abaixo da marca
de aumento de temperatura de
1,5°C para evitar um desastre climático
e que temos apenas uma década
restante até que o orçamento de carbono
seja totalmente usado. O relatório
também mencionou que, até
2030, os níveis de emissão devem ser
reduzidos pela metade para atingir
essa meta. Em outras palavras, a comunidade
internacional tem menos
de dez anos para agir.
Com relação ao tema da mitigação
dos impactos do aquecimento
global, é importante ressaltar que,
embora tenham sido definidas as regras
básicas de funcionamento dos
mercados de carbono do Artigo 6 do
Acordo de Paris, ainda existem temas
pendentes de regulamentação. Para
a COP 27, é esperada a adoção de
uma decisão contendo a regulamentação
do processo e infraestrutura de
transparência, registro, contabilidade
e revisão de informações, baseadas
nas conclusões das discussões da
Conferência de Bonn de 2022 com
relação aos Artigos 6.2 e 6.4.
Apesar da proximidade do início
do evento, a agenda oficial ainda
não foi disponibilizada. Para o governo
do Egito, sendo a primeira
COP em um país em desenvolvimento
em seis anos, a Conferência
de Sharm el-Sheikh deve se debruçar
em aspectos centrais para a implementação
do Acordo de Paris.
Outro foco dos anfitriões da próxima
COP está na diferenciação entre
compromissos oficiais, apresentados
pelos países no âmbito da negociação,
e anúncios paralelos de governos
e empresas. Isso porque, para
alguns negociadores de países em
desenvolvimento, a proliferação
desses anúncios paralelos e não relacionados
com a negociação, criou
“ruído” e desviou a atenção dos
pontos mais importantes da agenda
da COP26, realizada em novembro
passado em Glasgow.
Ano XXIII • nº 270 • outubro de 2022
INFORMAQ
23
COMÉrCIO EXTErIOr
Pavilhão Brasil ganha destaque
na feira ColombiaPlast 2022
17 empresas participaram da maior ação para o setor plástico no
mercado colombiano
AColombiaPlast, feira para a indústria de plásticos,
petroquímica, borracha, embalagens e
recipientes, aconteceu entre os dias 26 e 30
de setembro, em Bogotá, Colômbia. O evento é o
mais importante da América Latina e Caribe, além
de ser o principal hub de negócios da região dos Andes,
e ocorre de forma paralela à Feira Internacional
de Bogotá - FIB, destinada à exibição de máquinas
industriais, equipamentos, avanços tecnológicos,
insumos, bens de capital e matérias-primas.
Esta edição contou com a presença de mais de
172 expositores nacionais e internacionais, em uma
área total de 4.900m² de exposição, na qual os visitantes
puderam conferir soluções para uma indústria
sustentável, com todo o respaldo tecnológico em matérias-primas
e insumos, máquinas e equipamentos,
gestão de produção, controle de processos e manutenção.
Este ano, o Programa Brazil Machinery Solutions
(BMS), fruto da parceria entre ApexBrasil
(Agência Brasileira de Promoção de Exportações e
Investimentos) e ABIMAQ (Associação Brasileira da
Indústria de Máquinas e Equipamentos), levou 17
empresas para participar do evento.
As empresas Alfaterm, G4 Máquinas (Boy Service),
Delgo Metalúrgica, Eletrothermo, Máquinas
Ferdinand Vaders - FEVA, Kromia Label Press, Laserflex,
Mecalor, Mega Steel, Multipet, Novaflexo,
Piovan, Polimáquinas, Pronatec, Reinflex, Seibt e
Vizuri estiveram presentes com espaços dedicados
à consolidação de alianças e negócios e exposição
de máquinas e equipamentos, a fim de aumentar
a competitividade do setor e da indústria
na região, bem como fortalecer a imagem do Brasil
como fabricante de bens de capital mecânico,
com tecnologia e competitividade.
Em 2021, a Colômbia importou US$ 311,5 milhões
em maquinários brasileiros, 37,4% a mais emrelação
a 2020. As máquinas e equipamentos gráficos
foram um dos segmentos mais importados pelo
país em 2021, atingindo US$2,4 milhões. Já as máquinas
e acessórios para indústria do plástico movimentaram
US$1,7 milhões no ano passado. Em relação
às exportações de maquinários para a indústria
do plástico e da indústria gráfica, por produto,
a Colômbia importou do Brasil principalmente as
máquinas auxiliares para impressão, atingindo
US$1,3 milhão em 2021, uma participação total de
31,7% do mercado. A participação brasileira em 2022
gerou mais de US$ 26 milhões entre negócios realizados
e expectativas para os 12 meses seguintes.
Acesse brazilmachinery.com e confira em detalhes
sobre a participação brasileira no evento.
rodada de Negócios Internacional na Feira Internacional de Bogotá
(FIB) reúne fabricantes brasileiros e clientes colombianos
A ação contou com a participação de 12 empresas brasileiras em agenda com potenciais compradores,
distribuidores e representante colombianos, entre os dias 26 e 29 de setembro na capital colombiana
Aproveitando toda a potencialidade
das feiras Colombiaplast e
FIB, a ABIMAQ, por meio do
programa setorial Brazil Machinery
Solutions (BMS), resultado de sua
parceria com a ApexBrasil, desenvolveu
uma ação especial para doze (12)
empresas brasileiras fabricantes de
máquinas e equipamentos.
As empresas AIRZAP, EBS, FIREN-
ZE, FLUTROL, HERCULES MOTO-
RES, NOVA FUNDICAO, NTS, POR-
TA CABOS, PRENSSO, TECNOR,
TKA GUINDASTES e TOX PRESSO-
TECHNIK DO BRASIL, que atuam
nos setores de compressores, válvulas,
motores, sopradoras, controle de qualidade,
alimentício, entre outros, puderam
se reunir com potenciais compradores,
representantes e distribuidores
em um espaço exclusivo criado
dentro da feira para recepcionar as
reuniões. Com o apoio de uma empresa
especializada de matchmaking, foram
realizadas entrevistas com as partes
brasileiras e colombianas a fim de
assegurar que tanto o lado brasileiro
quanto o lado colombiano apresentavam
e buscavam, respectivamente, os
mesmos produtos e soluções.
A Colômbia é um mercado estratégico
para a indústria brasileira
de bens de capital mecânicos, tendo
se consolidado como o oitavo destino
mais importante para o setor.
A proposta da ação foi possibilitar
encontros de alto nível com tomadores
de decisão de empresas colombianas.
Representantes do Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), do
Escritório Regional da ApexBrasil
para a América do Sul, da Embaixada
do Brasil em Bogotá e o gestor
do projeto setorial BMS da Apex-
Brasil, Wagner Paes, puderam falar
às empresas sobre as modalidades
de financiamento, cooperação e
apoio oferecido pelo Brasil às empresas
interessadas em exportar ou
mesmo aumentar a exportações e
se internacionalizar na Colômbia.
Para a edição 2022 da Feira Internacional
de Bogotá, mais de 50 mil
visitantes puderam conhecer o que
há de mais inovador na indústria
brasileira e fechar negócios com os
fabricantes brasileiros. Ao final da
ação, foram realizadas 105 reuniões
entre empresas brasileiras e colombianas,
com valor estimado em US$
3,6 milhões para acordos fechados
durante a feira e perspectiva para o
próximo ano com base na ação.
24 INFORMAQ Ano XXIII • nº 270 • Outubro de 2022
COMÉrCIO EXTErIOr
Maior evento do setor agrícola
no Uruguai recebe empresas
brasileiras do setor de máquinas
e equipamentos
Em apoio à ação da Embaixada do Brasil em
Montevidéu, ABIMAQ e BMS acompanham ação de
fortalecimento ao setor agrícola
No mês de setembro,
cinco empresas brasileiras
participaram
da maior feira agroindustrial
do Uruguai. Entre
os dias 09 e 18 de setembro,
na cidade de Montevidéu, a feira
Expo Prado 2022 reuniu os principais
atores do mercado uruguaio,
além de ser uma porta de entrada
para toda a América Latina.
As cinco empresas expositoras,
Engecer, Coimma, Guarany, Magno-
Jet e Grazmec, foram apoiadas através
do Programa Brazil Machinery Solutions,
parceria entre a ApexBrasil e a
ABIMAQ. Focando na expansão de
suas marcas no mercado uruguaio, as
empresas levaram diversas novidades
e produtos agrícolas ao evento, totalizando
US$20 mil em negócios durante
a feira e estimativa de outros
US$155 mil em negócios futuros.
Além do Uruguai, os mercados argentino
e paraguaio estiveram
presentes em peso.
Nesta edição, o apoio
do Setor de Promoção
Comercial da Embaixada
do Brasil em Montevidéu
foi fundamental, sendo responsável
pela organização de todo o Pavilhão
Brasileiro e atuando para aprofundar
as relações comerciais e diplomáticas
entre os países. De acordo com o embaixador
Marcos Raposo Lopes, o
Brasil é, há vários anos, o principal
fornecedor das importações uruguaias,
com pauta diversificada de
produtos exportados.
O programa BMS é uma parceria
da ABIMAQ com a ApexBrasil, visando
a promoção das exportações
brasileiras de máquinas e equipamentos
e o fortalecimento da imagem
do Brasil como fabricante de
bens de capital mecânicos com tecnologia
e competitividade.
Novas exportadoras do setor de
máquinas e equipamentos ampliam
atuação na América Latina
Missão organizada pela ApexBrasil, com o apoio da
ABIMAQ, apresentou oportunidades a fabricantes de
máquinas e equipamentos no Paraguai e na Bolívia
No mês de setembro, a
Agência Brasileira de
Promoção de Exportações
e Investimentos
(ApexBrasil) promoveu a
Missão Comercial Paraguai
e Bolívia. A ação, que teve
como foco o setor de máquinas
e equipamentos,
apoiou empresas que participaram
de seu Programa
de Qualificação para Exportação
(PEIEX). Estiveram
presentes empresas dos segmentos
agrícola, automação industrial,
máquinas para projetos, processamento
de proteína e máquinas
para embalagem.
A missão contou com uma agenda
composta por visitas técnicas, seminários
e rodadas de negócios com potenciais
compradores em ambos os países.
A ação foi estruturada para apoiar
empresas que estão iniciando sua
atuação no mercado internacional. Para
além da agenda de facilitação de negócios
e aproximação com contatos
estratégicos, a missão proporcionou a
imersão das empresas no ambiente
comercial e cultural dos mercados paraguaio
e boliviano, permitindo que
pudessem observar na prática as
nuances do ambiente de negócios
em diferentes países.
A Associação Brasileira da
Indústria de Máquinas e
Equipamentos (ABIMAQ)
esteve presente na missão, representada
pela Coordenadora
de Inteligência Comercial da
Divisão de Mercado Externo
da ABIMAQ, Rayane Alvarenga,
com o objetivo de
acompanhar as empresas
brasileiras em suas demandas
e identificar as possibilidades de
atuação nos países-alvo da ação. O
propósito da ação também foi o de traduzir
as oportunidades presentes nos
mercados em ações concretas no próximo
ciclo do Programa Brazil Machinery
Solutions BMS, parceria entre a
ABIMAQ e ApexBrasil.
A missão, enquanto ação resultado
do programa de capacitação PEIEX,
demonstra a relevância da profissionalização
dos processos da área de exportação
na abertura de possibilidades
para as empresas brasileiras. É a partir
da capacitação, prospecção de oportunidades
e presença nos países-alvo de
atuação que o Brasil fortalecerá o setor
de máquinas e equipamentos internacionalmente.
› SAIBA MAIS
Participe do Programa de promoção das exportações do setor de máquinas e equipamentos,
o Brazil Machinery Solutions (BMS).
› Acesse: https://app.rdstation.email/mail/0fa408de-2464-4161-acc6-
54b6c19a9172?utm_campaign=termo_de_adesao_bms_abril_2022&utm_medium=email
&utm_source=RD+Station
TrEINAMENTOS AbIMAQ
» Confira abaixo a programação de treinamentos disponíveis
para o mês de outubro de 2022.
» Site: www.abimaq.org.br/cursos » Tel.: (11) 5582-6321/5703 » E-mail: capacitacao@abimaq.org.br
10 de outubro → ONLINE - Pós-Vendas:
Como Adm Relacionamentos Duradouros
com Clientes
14 de outubro → ONLINE - Compras:
Técnicas, Ferramentas & Negociações
17 a 18 de outubro → ONLINE -
Capacitação em Classificação Fiscal de
Mercadorias - Interpretação da Teoria e
Aplicação Prática
18 de outubro → ONLINE - Contas A
Pagar, Contas A Receber & Tesouraria na
Prática
20 de outubro → ONLINE - Atendimento
ao Cliente
24 a 27 de outubro → ONLINE - NBR ISO
13849 - 1 e 2 (Performance Level) Leitura
e interpretação/Aplicação e Uso da
Ferramenta Sistema
24 a 25 de outubro → ONLINE -
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
26 a 27 de outubro →ONLINE - Gestão de
Conflitos para Líderes
27 a 28 de outubro → ONLINE -
Procedimentos e Eventos Típicos dos
Despachos Aduaneiros
31 de outubro → PRESENCIAL - Básico de
apuração de IRPJ/CSLL
03 a 04 de novembro → PRESENCIAL -
Gestão Estratégica de Key Accounts -
Gerente de Contas
07 a 10 de novembro → ONLINE -
Técnicas para apresentar resultados e
visibilidade
07 a 10 de novembro → ONLINE - NR 12 -
Comandos Elétricos de Segurança
09 a 11 de novembro → PRESENCIAL - NR
12 - Gestão para Fabricantes e Usuários
11 de novembro → ONLINE - PPCP
Planejamento, Programação Controle da
Produção Básico
Ano XXIII • nº 270 • outubro de 2022
INFORMAQ
25
ECONOMIA
» Departamento de competitividade, economia e estatística
Acesse as pesquisas e estudos especiais do setor. » Tel.: (11) 5582-6347
» Site: https://bit.ly/2TRFF5z » E-mail: deee@abimaq.org.br
Desempenho do setor de máquinas e equipamentos apresenta
alta em agosto, mas não reverte queda no acumulado do ano
› QUADRO GERAL
Em agosto de 2022 a indústria brasileira de
máquinas e equipamentos registrou nova queda
nas receitas líquidas de vendas, na comparação
com o mesmo mês do ano (-9%) anterior e
também na comparação mensal com ajuste
sazonal (-2,2%). No ano ( jan/ago22) o setor
acumulou queda de 5,1%, uma piora em relação a
julho (-4,4%). Este número resultou, da fraqueza
nas vendas de boa parte dos bens de capital de uso
industrial. Até o mês de julho a produção da
indústria de transformação medida pelo IBGE
encolheu 2,0%. Os setores relacionados ao
agronegócio e construção civil mantêm
desempenho positivo.
Mesmo com as exportações, houve
crescimento de 25,5% frente ao mês de julho de
2022, anulando a queda de 3,0% registrada no mês
anterior. No mês o setor exportou US$ 1,26 bilhão
em máquinas e equipamentos, o melhor resultado
desde out2012. No ano ( jan/ago22) o setor
exportou US$ 7,9 bilhões, um crescimento de
28,2% sobre o mesmo período de 2021, o
equivalente a 20% da receita total do setor. Em
quantum (unidades físicas) o crescimento das
exportações do período, foi de 13,7%.
As importações no mês de agosto de 2022
registram novo crescimento, tanto na
comparação mensal (16,8%) como na interanual
(27,5%). Com esses resultados no ano, as
importações acumularam crescimento de 13,3%,
uma melhora em relação à última divulgação que
indicou crescimento de 11,2%. No período
( jan/ago22) as importações chegaram a US$ 15,9
bilhões ante US$ 14,07 bilhões no mesmo
período de 2021.
O consumo aparente de máquinas e
equipamentos, resultado da soma das máquinas
importadas com as produzidas localmente e
direcionadas ao mercado interno, registrou
crescimento na comparação com o mês anterior
de 1,7% com ajuste sazonal. Na comparação
interanual, por outro lado, o consumo registrou
queda, em razão dos encolhimentos das
aquisições de máquinas produzidas localmente
DESEMPENHO MENSAL • RECEITA LÍQUIDA
PERÍODOS SELECIONADOS - EM R$ BILHÕES
42,0
33,0
24,0
15,0
6,0
Mês / Mês anterior = + 10,2% (-2,2% CAS)
Mês / Mês do ano anterior = -9,0%
Média 2010 - 2013 Média 2016 - 2017 2020 2021 2022
(-12,9%). As importações, em reais, registraram
crescimento de 7,1%. No ano ( jan/ago22) a queda
acumulada no consumo aparente de máquinas e
equipamentos foi de -7,2%.
› NUCI, PEDIDOS e EMPREGOS
No mês de agosto de 2022 o nível de ocupação da
capacidade instalada (NUCI) da indústria de
máquinas e equipamentos subiu 0,4 p.p., anulando
parte da queda observada em julho (0,7 p.p.) e
ficou 5,3% abaixo no nível registrado em agosto de
2021. Em média, o setor fabricante de máquinas e
equipamentos, atuou, nos últimos 12 meses, com
80% da sua capacidade instalada.
A carteira de pedido, medida em número de
semanas para atendimento, estabilizou em 11,3,
Ano / Ano anterior = -5,1%
12 meses / 12 meses anteriores = -1,9%
38,31
21,52
31,13
28,34
24,82
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
› 2022 = -27,3% contra a média de 2010-2013
Fonte: DCEE/ABIMAQ. Nota: Deflator utilizado – coluna 32 – FGV
nível 6,9% abaixo do observado em agosto de
2021. No ano, a carteira de pedidos ficou 2,6%
abaixo da observada no ano anterior, 11,6 semanas.
Já o número de pessoas empregadas na
indústria brasileira de máquinas e equipamentos
registrou aumento de 0,6% em relação ao mês de
julho de 2022 e atingiu o patamar de 399 mil. Em
relação ao mês de agosto de 2021, o setor ampliou
o seu quadro em 16.891 pessoas. O maior número
de contratação de mão de obra durante o mês de
agosto ocorreu principalmente no setor fabricante
de máquinas para construção civil. Houve
incremento ainda nos setores que fabricam
máquinas para a indústria de transformação,
componentes para bens de capital e máquinas
para agricultura.
26 INFORMAQ Ano XXIII • nº 270 • Outubro de 2022
rEFLEXÃO › FrANCISCO CArLOS OLIVEr
Engenheiro e diretor técnico e comercial da Fluid Feeder, empresa 100% nacional e certificada pelo ISO
9001:2015, que atua no fornecimento de equipamentos para tratamento de água e efluentes, com soluções de
alta tecnologia para medição, transferência e dosagem de produtos químicos sólidos, líquidos e gasosos.
MARCO DO SANEAMENTO
PROMETE AMPLIAR ÁGUA POTÁVEL
E TRATAMENTO DE ESGOTO
Em tempos atuais, com tanta informação
e tecnologia, ainda são despejados na natureza
o equivalente a mais de cinco mil
piscinas olímpicas. Outro desastre em tempos
modernos são os 35 milhões de brasileiros sem
acesso à água tratada.
Hoje, 16% da população brasileira não têm
água tratada e 47% não possui acesso à rede
de esgoto. Desse modo, totalizando 34 milhões
de brasileiros que não dispõem de algum
tipo de saneamento.
O novo marco do saneamento, conforme a
Lei nº 14.026/2020, prevê que as cidades brasileiras
apresentem metas de universalização dos
serviços de coleta de esgoto e fornecimento de
água potável. O prazo para regularização dos
contratos dos municípios em dívida venceu em
31 de março. Atualmente, são 370 cidades com
operação da Sabesp, porém, apenas 124 possuem
metas condizentes ao programa, sendo um déficit
de 246 contratos que precisam de ajustes.
O setor de saneamento básico se prepara
para encarar as metas do novo marco legal.
Até 2033, a promessa consiste em ampliar o
fornecimento de água para 99%, e a coleta de
esgoto para 90% da população. Embora a meta
seja ambiciosa, já temos alguns municípios,
como a capital São Paulo, Campinas, Sorocaba
e Indaiatuba (todas no interior paulista) que,
se não atingirem, já estão muito próximos dos
índices almejados.
Estima-se que o país necessite de investimentos
na ordem de R$ 500 bilhões a R$ 700
bilhões de reais em dez anos para atingir as
metas, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento
Regional. Além de atender às
Até 2033, a promessa
consiste em ampliar o
fornecimento de água para
99%, e a coleta de esgoto
para 90% da população.
Embora a meta seja
ambiciosa, já temos alguns
municípios, como a capital
São Paulo, Campinas,
Sorocaba e Indaiatuba
(todas no interior paulista)
que, se não atingirem, já
estão muito próximos dos
índices almejados.
necessidades de abastecimento de água e coleta
de esgoto, a consequência positiva é a estimada
redução de R$ 1,45 bilhão de reais
anuais com custos em saúde, conforme a CNI
(Confederação Nacional da Indústria).
A área de infraestrutura no país segue produzindo
em ritmo forte e o setor de saneamento
básico se prepara para alcançar as metas previstas
no novo marco. Em 2021 foi arrecadado
aproximadamente R$ 42,8 bilhões de reais em
investimentos destinados para a melhora de
serviços para o setor em todo o país, o que permitiu
a entrega de 163 obras e o avanço de outras
que até então estavam paralisadas.
Vale ressaltar que o conflito na Ucrânia poderá
ter impacto diretamente nos valores de
novos investimentos e soluções. Além do aumento
no preço dos insumos no mercado externo,
já houve o crescimento da demanda por
materiais para tubulações, que se soma ao fato
de muitas empresas terem fechado nos últimos
anos. O segmento, porém, aposta na ocupação
da capacidade ociosa para encarar o desafio.
A previsão de crescimento está sendo
trabalhada na ordem de 5 a 10%.
A proposta, que abre o mercado de água e
esgoto para a rede privada, atenderá a essas
demandas do setor e abrirá oportunidades para
que novas empresas ingressem e atuem
nesse mercado, que ainda é dominado por estatais
em municípios e Estados.
A medida é vista como o principal meio
para a ampliação da rede de atendimento sanitário
no país e visa garantir a atração cada
vez maior de investimentos e modernização
dos serviços que se encontram defasados.