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Jornal das Oficinas 202

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jornaldasoficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira

202

C

novembro 2022

PERIODICIDADE | MENSAL

ANO XVI | 3 EUROS CM

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NORMA EURO 7

FIM DO MOTOR

A COMBUSTÃO!

Pág. 06

Otimizar desempenho

Pág. 44 \\ As empresas precisam

de pessoal que trabalhe eficazmente

e isto significa que esse pessoal tem

de ser gerido. Como pode o ‘gestor

da empresa’ ser também um gestor

de pessoas eficaz?

Análise aftermarket

Pág. 20 \\ Enquanto membro da direção

da FIGIEFA, Joaquim Candeias tem sido

uma voz proeminente na defesa do IAM.

Numa apresentação clara e concisa,

falou sobre os temas quentes do setor

Maria Elo

Pág. 28 \\ Professora de Negócios

e Gestão da Universidade SDU,

na Dinamarca, é membro fundador

da Talents4AA, uma Associação que

tem como objetivo atrair e reter

talentos para o aftermarket

MANN+HUMMEL

Pág. 46 \\ Com as suas soluções,

a MANN+HUMMEL separa o útil

do prejudicial e desenvolve assim

tecnologias chave para abrir o caminho

para um planeta mais limpo

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Editorial

202

Novembro 2022

CONECTIVIDADE

Folha de serviço ......................................................... 04

DESTAQUE

Norma Euro 7 ............................................................... 06

COMPETIÇÃO

Melhor mecatrónico .................................................. 14

CAMPANHA

Reuse Aftermarket .................................................... 16

MERCADO

Desafios & Oportunidades ................................... 20

ENTREVISTAS

Hernán Marqués ........................................................ 24

Maria Elo ........................................................................ 28

NOTÍCIAS

Empresas ....................................................................... 32

Produto ........................................................................... 52

GESTÃO

Otimizar desempenho ............................................. 44

Ambiente trabalho .................................................... 58

EMPRESAS

MANN+HUMMEL ....................................................... 46

Convenção Pador ...................................................... 48

PRODUTO

Novidades Cautex ..................................................... 50

TÉCNICA & SERVIÇO

Vernizes de acabamento ....................................... 58

Ao longo dos últimos anos, os automóveis modernos tornaram-se centros de dados sobre

rodas. Comparar as linhas de código dos modernos automóveis conectados com as

dos aviões e computadores dá-nos uma ideia dos desafios que se colocam para tornar

estes veículos seguros.

Os automóveis nos dias de hoje possuem um poder computacional de cerca de 20 computadores,

incorporando mais de 100 milhões de linhas de códigos e gerando até 25

gigabytes de dados por hora. Até 2030, muitos observadores preveem que os mesmos tenham aproximadamente

300 milhões de linhas de código de software. Para colocar isto em perspetiva, um avião

de passageiros tem cerca de 15 milhões de linhas de código, um moderno avião de combate cerca de 25

milhões e um sistema operativo de um computador de comercialização em massa perto de 40 milhões.

Antigamente, os fabricantes de automóveis apenas se preocupavam com o veículo - o seu design, os seus

periféricos e sensores, a unidade de controlo e o interface de utilizador. Com a crescente necessidade

pela conectividade, os fabricantes necessitam de se focar mais no consumidor e assumir muitas mais

funções para operar de forma eficaz e vencer os concorrentes ao fornecer aos seus clientes uma fantástica

experiência de utilizador. Eles necessitam de gerir o fluxo de dados do veículo para as plataformas e para

as aplicações e necessitam de sistemas de comunicação fiáveis para transmitir os dados em segurança.

Também necessitam das infraestruturas certas, incluindo plataformas baseadas em cloud, para apoiar os

seus novos serviços e aplicações.

O carro conectado permite agora otimizar o seu próprio funcionamento e manutenção, assim como a

conveniência e conforto dos passageiros, utilizando sensores a bordo e conectividade de dados. Os automóveis

estão a ser mais do que apenas transportar pessoas e bens do ponto A ao ponto B, estão a tornar-

-se um centro de e-commerce para serviços que estão ligados ao automóvel tais como serviços de infotainment

e serviços de seguros baseados na utilização para monitorizar o comportamento do condutor.

A perceção do proprietário sobre uma boa experiência de condução vai agora além do motor do veículo,

incluindo a personalização do mesmo através dos serviços conetados.

Já lá vão os dias em que a indústria automóvel consistia principalmente de fabricantes de automóveis,

fornecedores e concessionários. Com o aumento de automóveis conetados e serviços de mobilidade, o

ecossistema expandiu-se para incluir fornecedores de tecnologia, prestadores de serviços, prestadores de

infraestruturas e muito mais. Na era da digitalização, o mundo tornou-se mais conetado, aproximando as

pessoas. A indústria automóvel está a sofrer a mesma transformação. Os fabricantes de automóveis estão

a formular parcerias estratégicas com prestadores de serviços e tecnologia com o objetivo de tornar o automóvel

um sistema conectado, tal como a nossa casa ou local de trabalho onde podemos ser produtivos

ou desfrutar de um tempo de lazer.

Para a indústria automóvel, a conetividade pode fornecer novas oportunidades de rendimentos. Implementá-la

de forma eficaz será uma tarefa desafiante e complicada, sendo necessário um nível profundo de

compreensão das necessidades dos clientes e uma vontade em trabalhar com novas abordagens e novos

parceiros. Para o aftermarket, este novo conceito de mobilidade vai trazer muitas mudanças, sendo necessário

as empresas adaptarem-se com rapidez aos novos modelos de negócio que vão surgir.

JOÃO VIEIRA | Diretor

DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com

// JORNALISTA JOANA MENDES joana.mendes@apcomunicacao.com // WEBMASTER ANTÓNIO VALENTE // ARTE HÉLIO FALCÃO // SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com

// PERIODICIDADE Mensal // ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com // SEDE DA REDAÇÃO Bela Vista Office Estrada de Paço de Arcos, 66 2735 - 336 Cacém // TEL. +351 219 288 052 // GPS 38º45’51.12”N

- 9º18’22.61”W // © Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS

// IMPRESSÃO LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES GRÁFICAS, S.A. Estrada Consiglieri Pedroso, 90 2730 - 053 Barcarena Tel. 214 345 400 // N.º DE REGISTO NA ERC 124.782 // DEPÓSITO LEGAL n.º: 201.608/03

TIRAGEM 10.000 exemplares

www.apcomunicacao.com

Parceiro em Espanha

EDIÇÃO AP COMUNICAÇÃO // PROPRIEDADE JOÃO VIEIRA // EMAIL geral@apcomunicacao.com

Consulte o Estatuto Editorial no site www.jornaldasoficinas.com

www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 3


FOLHA

DE SERVIÇO

IPSIS

VERBIS

JOAQUIM CANDEIAS

MEMBRO DIREÇÃO FIGIEFA

O MVBER É UM REGULAMENTO

QUE DEFENDE O AFTERMARKET HÁ

VINTE ANOS, MAS INFELIZMENTE

É DO DESCONHECIMENTO

DA MAIOR PARTE DAS PESSOAS.

A FALTA DE CONHECIMENTO

DE CLIENTES E A DESINFORMAÇÃO

AOS CONSUMIDORES, VINDA DOS

FABRICANTES DE AUTOMÓVEIS,

É NOTÓRIA

MARIA ELO

PROFESSORA UNIVERSIDADE SDU

DINAMARCA

JO LANÇA CAMPANHA E-MOBILITY

E-Mobility é a chave para o transporte rodoviário

sustentável, cidades mais habitáveis e o

combate bem sucedido às alterações climáticas.

Graças aos avanços na eletromobilidade, o transporte

totalmente sustentável é agora um objetivo realista

– sem ter de comprometer a forma como vivemos,

nos deslocamos e trabalhamos. Este é o mote para

a Campanha “E-Mobility”, que o Jornal das Oficinas

lança em 2023. Iremos dinamizar esta campanha

através de artigos e multimédia, não só mensalmente

no Jornal das Oficinas em formato impresso e digital,

SEMÁFORO

mas também com a produção de diversos conteúdos,

a serem publicados no site www.jornaldasoficinas.

com, newsletters e no site oficial www.emobility.pt

A partilha desta informação nas redes sociais trará

à Campanha E-Mobility um grande alcance nacional

e internacional. Patrocinar a Campanha E-Mobility

significa estar a acompanhar as tendências da

eletrificação do transporte rodoviário, que deverá

aumentar nos próximos anos, devido à progressiva

redução do custo das baterias e à vontade de toda a

sociedade nesse sentido.

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HERNÁN MARQUÉS

DIRETOR GERAL SAMPA IBÉRICA

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AOS NOSSOS DISTRIBUIDORES

Barómetro de Pintura da MAPFRE

Várias associações do setor denunciam as

graves deficiências que, tanto nas suas

avaliações como na sua execução prática,

apresenta o barómetro de Pintura da

seguradora Mapfre. De acordo com um

estudo elaborado pelo departamento técnico

da ASETRA realizado em 140 operações reais

praticadas em todos os tipos de automóveis

de diferentes tamanhos e fabricantes, as

diferenças máximas na mão-de-obra no

que diz respeito ao barómetro Cesvimap

atingem -59%, enquanto em materiais de

pintura estas diferenças atingem -46,5%.

Para as associações, é evidente que estes

dados explicam a preocupação das oficinas

de reparação sobre o impacto que estas

reduções terão na sua demonstração de

rendimentos e na rentabilidade dos seus

negócios.

OE 2023 - Pouco arrojo fiscal

O Orçamento do Estado para 2023 mostra

pouca determinação no que toca à redução

estrutural da carga fiscal sobre as empresas

e sobre os recursos humanos, sobretudo

os mais qualificados, fatores essenciais

para a melhoria da produtividade e da

competitividade e da retenção e atração

de talento. A redução da fiscalidade sobre

o trabalho é a melhor forma de elevar o

rendimento líquido disponível das famílias

e apoiar a procura interna, face à relevância

do consumo privado na evolução do PIB,

tendo em conta o peso dominante desta

componente. Positivas são as medidas de

incentivos ao investimento, à capitalização

das empresas e ganhos de escala, à

redução dos custos da energia e de outros

custos de contexto, bem como à melhoria

do rendimento disponível das famílias.

Stellantis mais sustentável

A Stellantis criou uma Unidade de Negócio

dedicada à sustentabilidade que tem como

objetivo conseguir mais de 2 mil milhões

de euros em receitas até 2030 e conduzir o

plano de descarbonização da empresa de

atingir as zero emissões líquidas de carbono

até 2038. Esta aposta integra o plano

estratégico Dare Forward 2030, baseado na

estratégia dos 4R – Reconstruir, Reparar,

Reutilizar e Reciclar. Os principais objetivos

da Unidade de Negócios de Economia

Circular são prolongar a vida dos veículos e

dos componentes, assegurando que duram

o maior tempo possível, e devolver materiais

e veículos em fim de vida ao circuito

de produção para criar novos veículos e

produtos. O plano requer um aumento de

volumes e expansão para novos países,

assegurando uma inovação constante.

4 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


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Destaque

EURO 7: SENTENÇA DE MORTE

PARA OS MOTORES TÉRMICOS?

TUDO EM

ABERTO!

RUMO À NEUTRALIDADE CARBÓNICA,

A NORMA EURO 7 DEVERÁ SER A ÚLTIMA

ANTES DA MUDANÇA DEFINITIVA PARA

O AUTOMÓVEL ELÉTRICO. ESTÁ PREVISTO

QUE ENTRE EM VIGOR EM 2025, CONTUDO,

ATÉ AGORA AINDA NÃO HÁ UMA DEFINIÇÃO

CLARA DE QUAIS SERÃO AS EXIGÊNCIAS

PARA OS FABRICANTES E O TEMPO COMEÇA

A ESCASSEAR PARA QUE SE CUMPRA ESSA

DATA. TUDO PERMANECE EM ABERTO

Essenciais na nossa vida, os veículos tal como hoje os conhecemos

são uma preocupante fonte de poluição para o ambiente.

Por isso, há muito que vem a ser traçado um plano no sentido

da descarbonização dos mesmos na Europa. A próxima grande meta

é o Euro 7, norma que deveria ser implementada já em 2025, mas

os sucessivos atrasos na definição efetiva do regulamento estão a pôr

em causa o cumprimento do mesmo, o que poderá ter graves consequências

no que ao número de veículos poluentes a circular nas

estradas diz respeito. Além disso, os custos tecnológicos para fabricantes

e utilizadores poderão ser de tal modo elevados que se teme

que cheguem a inviabilizar a existência dos carros a combustão,

mesmo se apoiados por uma componente eletrificada, os híbridos.

Afinal, o que vai mudar? O que precisam os fabricantes de garantir

com a norma Euro 7? Será mesmo aplicada em 2025? Tentaremos

responder a estas e outras questões ao longo deste artigo.

Poluição automóvel

O grande problema dos carros com motores a combustão é o facto

de emitirem gases com efeitos de estufa, entre os quais o dióxido de

carbono, o monóxido de carbono, dióxido de enxofre e outros poluentes

que prejudicam a qualidade do ar que respiramos e que contribuem

não só para o aquecimento global, como podem ser nocivos

para a saúde, podendo resultar em diversas doenças. No entanto,

a poluição automóvel começa muito antes de ligarmos a ignição.

A produção de veículos consome muita energia, desde os minerais

usados na criação do metal para o corpo e motor, produtos químicos

para desenvolver plásticos, tintas, borrachas e vidros.

Por ano, a poluição do ar causa cerca de 400 mil mortes prematuras

nas cidades europeias, assim como inúmeras doenças graves como

problemas cardíacos, pulmonares e até cancro. Resulta em vários

problemas para o meio ambiente, como as chuvas ácidas (que originam

a acidificação da água, responsável, por exemplo, pela morte da

6 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


EMBORA ESTEJA CIENTIFICAMENTE

PROVADO QUE MUITAS DAS PARTÍCULAS

PREJUDICIAIS RESULTAM DA TRAVAGEM

E DO DESGASTE DOS PNEUS, OS

LEGISLADORES APONTAM PARA

GRANDES RESTRIÇÕES ÀS PARTÍCULAS

QUE SAEM PELO ESCAPE


EURO 7

A TECNOLOGIA NECESSÁRIA PARA REDUZIR as EMISSÕES POLUENTES

DOS VEÍCULOS SERÁ DEMASIADO CARA PARA todos E PODE MESMO

«matar» OS MOTORES A COMBUSTÃO, HÍBRIDOS INCLUÍDOS

vida marítima); a diminuição da camada

de ozono (que protege o planeta

de emissão de raios ultravioletas, que

aumenta o risco de desenvolver cancro

de pele ou o efeito estufa, responsável

pelo aumento da temperatura

média do planeta), entre outros.

Normas de emissões poluentes

A tomada de consciência do impacto

da poluição do meio ambiente por

parte dos veículos levou a que há muito

fossem criadas leis específicas para

regulamentar estas emissões. Em

1988 nascia o Euro 0 e, desde então,

as normas têm vindo a tornar-se cada

vez mais severas, com vista à almejada

neutralidade carbónica, de forma a

proteger a saúde pública. Desde 2014

que estamos na norma Euro 6 e as

emissões são cada vez mais limitadas.

Isto é conseguido graças ao grande

investimento realizado pela indústria

automotiva em novas tecnologias,

nomeadamente catalisadores, filtros

de partículas, SCR, e também, paralelamente,

restrições de tráfego nas

cidades de acordo com a propulsão

de cada veículo. Depois de várias versões

da norma, a Comissão Europeia

decidiu, integrado na iniciativa do

Pacto Verde Europeu (em dezembro

de 2019), assumir o compromisso da

União Europeia de acelerar a transição

para uma mobilidade sustentável.

Norma Euro 7

É aqui que surge a necessidade de dar

o salto para a norma Euro 7. Esta incluirá

a medição da emissão de gases

poluentes (NOx, partículas) – que

atualmente já se faz na Euro 6 – através

de ensaios em laboratórios e em

estrada, assim como outros gases

FIG. 1 - Evolução das normas de emissão da UE para automóveis

de passageiros movidos a gasóleo (mg/km)

FiG. 2 - A impressionante redução de emissões operada nos últimos anos

CO NOx PM HC+NOx

NOx (g/kWh)

Normas Europeias de Emissão para veículos pesados

Euro I

mg/Km

3000

2500

9

7

Euro II

2000

5

Euro III

1500

1000

3,5

Euro IV

500

0

Euro 1

(1992)

Euro 2

(1996)

Euro 3

(2000)

Euro 4

(2005)

Euro 5

(2009)

Euro 6

(2014)

2

0,5

Euro VI

Euro V

0,02 0,1 0,15 0,4

0,01

PM (g/kWh)

8 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


novos (Nmog, NH3, N2O, CH4…),

desta feita, medidos em tempo real

de forma remota através da tomada

OBD. O controlo das emissões será

feito ao longo de toda a vida útil do

veículo, fixada em 15 anos e 240 mil

quilómetros, para garantir que os limites

são cumpridos em todos os momentos.

A ideia é introduzir marcos

ainda mais restritivos do que os da

norma Euro 6 e refletir a contribuição

das tecnologias de combustíveis alternativos,

para reduzir as emissões em

toda a indústria automóvel.

balhar ombro a ombro com fabricantes,

instituições científicas, organizações

e partes interessadas, para a

definição das normas. As regras aplicam-se

a todos os carros vendidos na

União Europeia e no Reino Unido,

mesmo após o Brexit, o que significa

que qualquer fabricante que queira

vender um carro nestes países deve

cumprir as normas de emissões. Pela

primeira vez, a norma regulará em

simultâneo as emissões dos ligeiros

de passageiros, dos comerciais ligeiros,

dos autocarros e dos camiões.

PROPOSTAS PARA A NORMA EURO 7

pesar de ainda não existir uma proposta final, já se desenham várias ideias para a

A próxima norma:

• Que as emissões de óxido de azoto passariam a ser de 30 mg/km para todos os veículos, a

gasolina ou a gasóleo, por oposição aos atuais 60 mg/km (gasolina) e 80 mg/km (gasóleo);

• Que os novos lançamentos de veículos deveriam ter o limite de 10 mg/km;

• Também as emissões de monóxido de carbono (CO) poderiam baixar para 100-300mg, face aos

500-1000 mg da norma atual;

• Os carros novos teriam uma vida útil de pelo menos 15 anos ou 240 mil km de uso;

• Por último, espera-se um foco global na poluição, incluindo alguns poluentes que ainda não se

regulam, como as partículas ultrafinas (PN10), amoníaco (NH3) e óxidos nitrosos (N2O).

UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE GASES DE ESCAPE MAIS EFICAZ,

COMBINADO COM UMA MAIOR NECESSIDADE DE SUPORTE DE UMA SOLUÇÃO

HÍBRIDA, IRÁ TORNAR OS VEÍCULOS SUBSTANCIALMENTE MAIS ONEROSOS

Como até ao momento n≠ão foi

apresentada a proposta final de regulamentação,

mantém-se a expetativa

sobre o que será estabelecido, sendo

que a Comissão Europeia está a tra-

Um dossiê polémico

Onde nasce, então, a polémica em

torno da norma Euro 7? O dossiê

final esteve para ser apresentado

em junho de 2021, depois em abril

e julho de 2022, mas o facto é que

ainda não há qualquer certeza sobre

o tema, além de que irá ser muito difícil

que entre em vigor em 2025, podendo

a implementação ser adiada

até 2027. Isto tem levantado grande

celeuma junto dos ambientalistas,

que alertam para o facto de, ao longo

desse tempo, continuarem a ser fabricados

carros poluentes. Tendo em

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EURO 7

A COMISSÃO EUROPEIA PREPARA A NOVA NORMA DE EMISSÕES

EURO 7, QUE CONDUZIRÁ OS TRANSPORTES RODOVIÁRIOS RUMO

À NEUTRALIDADE CARBÓNICA. CONSTRUTORES ACUSAM DE PRETENDER

MATAR MOTORES DE COMBUSTÃO

conta que na Europa se produz cerca

de 1 milhão de carros por mês, um

atraso na implementação da norma

Euro 7 poderá significar mais 12 milhões

de veículos com motor térmico

a circular nas estradas. Se fizermos o

exercício com um atraso de dez anos

(de 2025 para 2035), serão cerca de

100 milhões de carros com motor a

combustão a mais a serem fabricados

antes mesmo de os motores elétricos

se tornarem obrigatórios. Por

outro lado, também os fabricantes

de veículos estão notoriamente preocupados

com este atraso, uma vez

que precisam de estabelecer os seus

FIG. 3 - Emissões acumuladas de NOx entre 2027-2050 ao abrigo das políticas atualmente adotadas e reduções

no âmbito de cenários divididos por HDV e LDV

Emissões acumuladas de NOx de 2027 a 2050

(milhões de toneladas)

16

14

12

10

8

6

4

2

0

Camiões e

Autocarros

Carros e Vans

Políticas Adotadas

4,2 milhões de

toneladas de

NOx evitadas

devido a Euro

7/VII

Euro 7/VII

5 milhões de

toneladas de

NOx evitadas

devido ao Euro

7 + Alta adesão

de ZEV

Euro 7/VII + Alta

adesão ao ZEV

próprios programas de produção de

carros elétricos e é daqui que se levantam

as vozes mais discordantes,

pois esta normativa irá implicar alterações

fundamentais nas tecnologias

de propulsão: A ideia principal é que

os motores de combustão interna

sejam eliminados gradualmente, levando

a uma mudança na cadeia de

abastecimento e nos processos de

produção nas fábricas.

Para estabelecer limites de emissões

mais restritos, mas, ao mesmo

tempo, não prejudicar a indústria,

a Comissão Europeia pediu um estudo

prévio como base informativa

para futuras avaliações. Quando se

começaram a desenhar as primeiras

propostas para a norma Euro 7, em

outubro de 2020, a Associação Alemã

da Indústria Automotiva (VDA)

alertou que esta poderia significar

o desaparecimento dos motores de

combustão interna a partir de 2025,

temendo a perda de competitividade,

devido ao elevado custo tecnológico

e económico para cumprir os baixos

limites de emissões. Mais tarde, face

a uma versão revista da norma, por

parte do Grupo de Assessoria para

as Normas de Emissões de Veículos

(AGVES), a VDA acabou por suavizar

a sua postura. Já a indústria

francesa, através da associação que

representa os construtores locais,

a CCFA, foi mais comedida nas críticas,

esperando ainda que surjam

modificações às propostas iniciais,

pois considera que exigir uma redução

de 60 a 90% das emissões “não

é realista”.

Desde então, a indústria automóvel

tem feito notar que algumas das

imposições poderão ser impossíveis

10 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


de cumprir e pressionou a União

Europeia para ceder nos requisitos,

considerando-os, à partida, inviáveis

para serem cumpridos em apenas

três anos. Frans Timmersmans, o

responsável na Comissão Europeia

pelas políticas climáticas garantiu

que a decisão final não será tomada

sem dialogar com os construtores de

automóveis, ainda que tenha apontado

que a “indústria automóvel começa

sempre por dizer que é impossível,

mas depois cumpre os objetivos determinados”.

«CLOVE» – Exigências

contestadas

A Comissão Europeia reuniu alguns

especialistas por toda a Europa, num

consórcio de engenheiros independentes

apelidado de CLOVE (Commission’s

Consortium for Ultra Low

Vehicle Emissions - Consórcio Para

Emissões Ultra Baixas de Veículos)

para fazerem a avaliação técnica do

que deveria mudar. Estes propuseram

que os motores de combustão

interna passem a ser equipados com

um super-catalisador de vários estágios.

Só para ter uma ideia, para um

veículo a gasolina, seria necessário

um catalisador aquecido eletricamente,

dois catalisadores convencionais

de três vias com um litro de

capacidade, um filtro de partículas

capaz de reter até dois litros e,

por fim, um catalisador de amónio

(NH3). Uma verdadeira central de

tratamento de gases de escape que,

segundo o CLOVE, faria com que

os motores a combustão estivessem

muito próximos de conseguir ter um

impacto inexistente em termos de

poluição.

Isto levou a que a Associação Europeia

de Construtores de Automóveis

(ACEA, em inglês) subisse o tom

da contestação, não só pelos custos

– impossíveis de acrescentar às

margens dos carros mais acessíveis

– como também pela dificuldade que

seria instalar um dispositivo com

esta complexidade e encaixá-lo nas

atuais arquiteturas dos veículos. Os

valores de emissões permitidos seriam

tão baixos, que a ACEA diz mesmo

que para os sistemas portáteis de

medição acoplados aos veículos de

teste em condições reais de utilização

(Real Driving Emissions) seria

muito complicado medi-los com precisão.

O CLOVE quer ainda que as

emissões sejam testadas em todas as

situações, mesmo as mais extremas,

como o funcionamento do motor a

frio, puxar um reboque, estar em para-arranca

na cidade, fazer subidas

íngremes com carga ou acelerar a

fundo. Exemplos que a ACEA considera

que não são representativos da

utilização geral a que os automóveis

são sujeitos e que, atualmente, são

descartados pelo padrão atual de homologação

de consumos e emissões

em vigor, o WLTP. É assumido que

este método peca por defeito, sendo

menos exigente do que a utilização

média que um condutor dá habitualmente

ao seu carro. A ACEA termina

dizendo que aumentar a exigência

do controlo de partículas emitidas

pelo escape não faz sentido quando a

maioria das partículas libertadas por

um automóvel tem origem nos pneus

e nos travões e não no motor.

Também a Bosch considera precipitada

a implementação da norma

Euro 7 e defende uma transição mais

gradual entre os diferentes motores.

Em entrevista ao Jornal Económico,

Carlos Ribas, representante da

Bosch em Portugal, salienta que a

empresa concorda com a necessidade

de legislar para “acabar com a

poluição dos motores automóveis,

movidos a combustíveis fósseis”, mas

admite que fazê-lo “a partir de 2025

pode ser um bocadinho apertado”,

pelo que pede mais cinco anos do

que o previsto para que as mudanças

possam acontecer de forma mais

“saudável”. Trava-se, portanto, neste

momento, uma luta de gigantes com

posições extremadas, entre a indústria,

que precisa de vender veículos,

e os governos, impelidos a baixar as

emissões poluentes nos seus países

Euro 7 vai aumentar

preço dos automóveis

Vamos agora à questão que deve estar

a colocar: esta alteração terá impacto

na sua vida? Se for um utilizador

de automóveis, sem dúvida que

sim. Com os custos tecnológicos de

produção dos veículos a aumentar

consideravelmente para fazer face a

estes requisitos do Euro 7, naturalmente

os fabricantes terão de reverter

as despesas para os consumidores,

por isso, é expetável que o preço

dos automóveis suba a breve trecho.

EMISSÕES DE EXAUSTÃO E NÃO-EXAUSTÃO

s emissões de partículas do transporte rodoviário estão divididas em duas fontes

A principais: Emissões de Exaustão e Não-Exaustão. As emissões de Exaustão são

produzidas por combustão dentro do motor. Um motor a gasolina produz muito menos massa

de partículas do que um motor diesel. No entanto, todos os motores diesel modernos estão

equipados com filtros de partículas altamente eficientes para que quase todas as partículas

sejam removidas. Os modernos motores a gasolina são também equipados com tecnologia de

filtro de partículas para cumprir os limites atuais do número de partículas As emissões

Não-Exaustão são produzidas por abrasão mecânica e estão presentes independentemente do

grupo motopropulsor do veículo. As principais fontes destas emissões são a abrasão entre a

estrada e os pneus e entre as superfícies de travagem. Se os veículos elétricos produzem

quantidades diferentes de emissões sem escape, em comparação com veículos convencionais

ainda está a ser estudado. As emissões de partículas dos sistemas de escape dos veículos

diminuíram drasticamente ao longo dos últimos 15 anos entre 2005 e 2020, e espera-se que

esta tendência continue. Apesar do aumento do número de carros a circular nas estradas, a

elevada eficiência de sistemas de controlo de partículas nos automóveis modernos continua a

resultar numa redução nestas emissões até 2030 e para além desta data. Até 2025, cerca de

75% de todas as emissões de partículas de transporte rodoviário são provenientes de fontes não

exaustoras e este valor aumenta para 87% em 2030 e 91% em 2035.

Kt/a

300

250

200

150

100

50

0

2005

Exaustão

Não-Exaustão

2010 2015 2020 2025 2030 2035

www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 11


EURO 7

A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL ACUSA A COMISSÃO DE PRETENDER

TORNAR OS MOTORES DE COMBUSTÃO INVIÁVEIS COM A PROPOSTA

ATUAL, E CHAMA A ATENÇÃO PARA O FACTO DA MORTE PREMATURA

DOS MOTORES DE COMBUSTÃO TORNAR MAIS DIFÍCIL A ADAPTAÇÃO

À MOBILIDADE ELÉTRICA

O CEO da Renault, Luca de Meo, foi

perentório ao afirmar que as propostas

que estão a ser equacionadas são

demasiado exigentes e que inviabilizarão

– sobretudo – os carros mais

pequenos. A seu ver, o preço a pagar

por um filtro de partículas capaz de

limpar convenientemente um motor

de combustão é demasiado elevado

para um cliente de veículos de modelos

pequenos, onde a única opção

que resta será a eletrificação total.

Tomas Schäfer, diretor executivo da

marca Volkswagen, vai mais longe,

vaticinando que o Euro 7 representará

um custo adicional por veículo

entre os 3.000 e os 5.000 €, o que

dificilmente compensará em carros

pequenos, e concorda com Luca de

Meo, ao acreditar que os automóveis

elétricos serão a solução, pois estes

já significam uma redução de custos

de utilização na ordem dos 25% por

comparação com um automóvel com

motor a gasóleo ou gasolina.

A Nissan já fez saber que não irá continuar

a produzir motores térmicos

na Europa, porque quando a norma

Euro 7 entrar em vigor, os clientes pagarão

mais por um automóvel a combustão

do que por um elétrico. Esta

parece ser a solução mais óbvia para

os fabricantes: deixar de produzir no

velho continente e deslocalizar as suas

fábricas para outros pontos do planeta

onde as regras contra as emissões

poluentes não sejam tão apertadas.

Um receio que o ministro alemão

dos transportes, Andreas Scheuer já

verbalizou, afirmando que “não podemos

perder a indústria automóvel na

Europa, porque senão irá para outro

0

lugar”. No fundo, o Euro 7 pretende

obrigar os consumidores a fazerem

a transição para os carros elétricos o

mais depressa possível, com os fabricantes

a «apontar agulhas» para o fabrico

de veículos elétricos ou híbridos,

mas isso implica que, no outro polo,

os governos dos estados-membros da

EU instalem à «velocidade da luz»

uma rede de carregadores ultrarrápidos.

E isso ainda não está a acontecer.

No fundo, para levar a norma adiante

na forma que pretende, a Comissão

Europeia teria de subsidiar os cons-

QUADRO I - GRÁFICO QUE ILUSTRA A DIMINUIÇÃO DAS EMISSÕES DE PARTÍCULAS

NO SETOR DOS TRANSPORTES AO LONGO DOS ANOS. SÃO MUITO

INFERIORES ÀS DO SETOR RESIDENCIAL

Kt/a

500

450

400

350

300

250

200

150

100

50

Agricultura / Silvicultura

Transformação de energia

Indústria manufactura

Residencial /Terciário

Tratamento centralizado resíduos

Transportes

UTCATF

1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2019e

12 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


ESPECIALISTAS EM

SISTEMAS DE ESCAPES,

CATALISADORES E

FILTROS DE PARTÍCULAS

MAIS CONVERSORES CataLÍTICOS E

MONITORIZAÇÃO CONSTANTE DAS EMISSÕES

implementação da norma Euro 7 em 2025, não se concentra apenas nas

A emissões de CO, mas tembém nas emissões de gases nocivos, tais como NOx

(óxidos de azoto, que não são exclusivos dos diesel), monóxido de carbono (CO) e

hidrocarbonetos não queimados, bem como partículas finas. Os fabricantes de

automóveis terão de cumprir esta norma a fim de homologar os seus novos automóveis

com motores de combustão. A norma Euro 7 mais restritiva visa reduzir os poluentes em

60-90% e limitar ou eliminar poluentes que anteriormente eram tolerados, tais como o

amoníaco (de filtros catalíticos SCR em diesel com AdBlue), metano e óxido nitroso. Todos

os automóveis novos terão de ser equipados com um sistema de diagnóstico integrado

que analisará as emissões a todo o momento e assegurará o cumprimento dos limites de

emissões durante pelo menos 200.000 km. O objetivo é impedir que um fabricante possa

enganar e disfarçar as emissões reais, como aconteceu no passado com os modelos

Volkswagen). Os veículos a gasolina terão de ser equipados, para além do sistema de

monitorização, com uma gama de novos equipamentos que incluem um conversor

catalítico elétrico que aquece o motor assim que este arranca (os conversores catalíticos

funcionam muito além dos 400°C, ou seja, após cerca de 15 km), dois conversores

catalíticos de três vias, um filtro de partículas e um sistema SCR para redução catalítica

seletiva da passagem do amoníaco, que é mais potente do que os atuais.

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trutores ou pagar os custos sociais

que o encerramento de fábricas

acarretaria. Custos, sem dúvida,

inferiores ao efeito da poluição na

saúde pública.

E entretanto?

Perante o impasse que se vive,

a União Europeia decidiu tirar

nova carta da manga. Se até agora

pensávamos que do Euro 6d

passaríamos diretamente para o

Euro 7, a verdade é que surgiu um

regulamento intermédio, o Euro

6e, que entra em vigor já a partir

do primeiro dia de 2023. Este

será muito mais restrito com os

motores a gasolina e a gasóleo, especialmente

nos arranques a frio,

pelo que os fabricantes terão de

procurar uma forma de conseguir

que os catalisadores SCR aqueçam

mais depressa. Se não for adiada

pela quarta vez, a proposta final

da norma Euro 7 deverá ser apresentada

a 12 de outubro de 2022

e a data prevista de implementação

arrasta-se de novo, agora para

2027. Em 2020, apenas 3,7% dos

carros novos vendidos na Europa

eram 100% elétricos. No entanto,

as metas da Comissão Europeia

são claras: a partir de 2035 já não

se deverão fabricar mais veículos

com motor de combustão interna

e a partir de 2050 estes serão

proibidos de circular na Europa.

Seremos capazes de cumprir? l

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COMPETIÇÃO MELHOR MECATRÓNICO 2022/23

ACEITE O DESAFIO!

ESTE MÊS PUBLICAMOS O SEGUNDO QUESTIONÁRIO RELATIVO À FASE DE APURAMENTO DOS FINALISTAS

DA 5º COMPETIÇÃO MELHOR MECATRÓNICO. CONCORRA RESPONDENDO AO QUESTIONÁRIO ONLINE

E HABILITE-SE A SER UM DOS OITO CONCORRENTES SELECIONADOS PARA A GRANDE FINAL

O

Concurso Melhor Mecatrónico tem como

principais objetivos promover, anualmente,

a profissão de Mecânico Automóvel na

área da mecatrónica e, ao mesmo tempo, desafiar

os profissionais no ativo a colocarem à prova os

seus conhecimentos e competências nesta área.

Entendemos que esta profissão é cada vez mais

importante na atividade da reparação automóvel.

As oficinas têm de integrar nos seus quadros

mecatrónicos bem formados e competentes, para

poderem responder às exigências atuais e futuras

dos automóveis.

O Concurso terá como ponto alto a realização da

Grande Final Melhor Mecatrónico 2022/23, nos

dias 14, 15 e 16 de abril de 2023, no salão expo-

MECÂNICA. Irão ser três dias intensos, onde os

concorrentes terão de fazer valer os seus conhecimentos

e experiência para superar as diversas provas

da Competição.

O Júri será uma vez mais presidido por Carlos

Isidro, coordenador da área de Mecatrónica Automóvel

da ATEC, que conta com a colaboração de

oito experientes formadores que irão acompanhar

individualmente os concorrentes nos seus postos

de trabalho. Tudo, mas mesmo tudo, será avaliado.

Desde o conhecimento técnico, até ao manuseamento

das ferramentas, passando por hábitos de

limpeza. A avaliação será feita com base na resolução

dos vários exercícios e no tempo despendido.

Quem conseguir resolver mais avarias e tiver despendido

menos tempo no diagnóstico e reparação

dos veículos, será o vencedor.

Funcionamento da competição

Em traços gerais, na prova prática os concorrentes

terão de efetuar o diagnóstico a um veículo, detetar

as anomalias e corrigi-las. As anomalias serão

introduzidas previamente nos veículos utilizados

na prova e serão sempre as mesmas para todos os

veículos. A final da competição contempla três módulos,

de duas horas cada. O Módulo A será constituído

pelo Diagnóstico de Motor, o Módulo B pela

Reparação de Motor e o Módulo D pelo Diagnóstico

do Sistema Elétrico. Todos os materiais, ferramentas

e equipamentos serão fornecidos pela organização.

Os concorrentes apenas terão de trazer

os seus EPI’s (roupa de trabalho, botas, óculos). E,

claro, conhecimento, concentração e afinco para

dar o melhor. Até porque, além do título de Melhor

Mecatrónico 2022/23, o vencedor levará para

casa um valioso prémio e todos os participantes

receberão troféus e vário merchandising dos patrocinadores.

Todos os concorrentes levarão para

casa Diplomas de Participação e os três primeiros

vencedores Certificados que comprovam o seu excelente

desempenho durante a competição.

Subir a FASquia

Este ano, queremos melhorar ainda mais o Concurso,

que é já um evento incontornável do aftermarket

em Portugal. Para além da publicação dos

questionários, que vão servir para selecionar os

finalistas, iremos organizar um programa de eventos

para a Final do Concurso, onde o grande protagonista

será a profissão de mecatrónico automóvel

e todas as atividades que giram à sua volta. Vai ser

um acontecimento com muitos motivos de interesse

e que deve ser visitado por todos os que se interessam

pela reparação automóvel e gestão oficinal.

O setor está a atravessar uma fase de mudança, quer

no que diz respeito aos veículos que visitam as oficinas,

muito mais evoluídos tecnologicamente, quer

no que se refere ao modelo de negócio das próprias

oficinas. E o mecatrónico é uma peça fundamental

nas oficinas que querem evoluir num mercado em

mudança, onde já não chega ser bom, agora é necessário

ser excecional, em competência técnica e

nas relações com clientes e colegas. A competência,

disciplina e organização, ajudam a melhores níveis

de rentabilidade e esse é o caminho.

Para concorrer basta visitar o site

www.melhormecatronico.pt

A COMPETIÇÃO MELHOR MECATRÓNICO TEM COMO PRINCIPAL OBJETIVO

PROMOVER A PROFISSÃO DE MECÂNICO AUTOMÓVEL NA ÁREA DA MECATRÓNICA

E, AO MESMO TEMPO, DESAFIAR OS PROFISSIONAIS NO ATIVO A COLOCAREM

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www.jornaldasoficinas.com Novembro Outubro I 22 15


PATROCINADORES >


SUSTENTABILIDADE NA AGENDA DAS EMPRESAS

UM NOVO SENTIDO

DE PROPÓSITO

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA, PERDA DE BIODIVERSIDADE, VIOLAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS, QUASE NÃO

PASSA UM DIA SEM QUE ALGUM ASPETO DA SUSTENTABILIDADE CHEGUE ÀS NOTÍCIAS. A SOCIEDADE

ESTÁ NUMA ENCRUZILHADA. O CAMINHO QUE DECIDIR TOMAR TERÁ IMPACTO NÃO SÓ NAS VIDAS DA

GERAÇÃO ATUAL, MAS TAMBÉM NAS DAS GERAÇÕES VINDOURAS

Nos últimos anos, a sustentabilidade

tem encontrado um lugar firme na

agenda das empresas. Algumas abraçaram

um caminho que vai para além

do cumprimento dos objetivos a curto

prazo das partes interessadas. Muitos outros

continuam com “tudo como sempre”. No entanto,

existem boas razões para as empresas embarcarem

numa viagem de sustentabilidade. A crescente

preocupação do público resultou num endurecimento

da regulamentação em muitas regiões em

áreas como as emissões de CO 2 e a reciclagem em

circuito fechado. Mas a pressão não para aí, pois

há muito que a sustentabilidade atingiu os mercados

financeiros, com os investidores a imporem às

empresas assumirem compromissos ambiciosos.

Existe oportunidade na sustentabilidade

Para surpresa de alguns observadores, a Geração Z

(pessoas nascidas no final dos anos 90 e nos anos

2000) está a revelar-se uma geração de ativistas,

espalhando rapidamente a sua mensagem através

dos meios de comunicação social e redes sociais. À

medida que entram na força de trabalho, as suas

vozes têm um peso cada vez maior quando se trata

de comportamento empresarial. Estão a forçar os

seus empregadores a desenvolver um novo sentido

de propósito. E como grupo de clientes, estão

a gastar o seu dinheiro escolhendo produtos e serviços

sustentáveis em vez de equivalentes menos

sustentáveis. Dececionados com os mecanismos

políticos tradicionais, canalizam o seu ativismo

através dos meios de comunicação social e organizações

não governamentais. Os peritos preveem

que o número de pessoas que apoiam as ONG em

todo o mundo irá crescer de 1,4 mil milhões em

2014 para 2,5 mil milhões em 2030. Com o crescente

apoio, e o crescente financiamento como resultado,

as ONG vão exigir uma participação cada

vez maior na tomada de decisões.

A Geração Z está agora a entrar na força de trabalho.

Consequentemente, as empresas têm de reforçar

o seu compromisso com a sustentabilidade,

tanto a nível interno como externo e tornar este

compromisso credível. A Geração Z espera que os

seus empregadores tenham uma missão social, um

sentido de propósito e que se envolvam ativamente

com o mundo exterior. Esperam um local de trabalho

diversificado em termos de género, etnia e

antecedentes educacionais.

No passado, a humanidade esteve frequentemente

em encruzilhadas como estas. A história mostra

que somos capazes de mudar o nosso comportamento.

Mas será que a revolução da sustentabilidade

virá suficientemente depressa? Neste artigo

baseado num estudo da Roland Berger, apresentamos

quatro cenários, imagens de como o mundo

poderá ser em 2050. Juntos, formam um panorama

da série de diferentes futuros possíveis no que

diz respeito à sustentabilidade. Analisamos os diferentes

cenários utilizando o quadro ESG (Environment,

Social, Corporate Governance), que analisa

as três dimensões centrais da sustentabilidade:

ambientais, sociais e de governação empresarial.

As implicações para as empresas diferem para

cada um dos cenários e afetam uma grande variedade

de áreas, da concorrência à diferenciação, da

inovação ao recrutamento.

O que estão as empresas a fazer?

Na análise realizada, dividimos as oportunidades

por dimensão e horizonte temporal do ESG. As

empresas podem tomar uma grande variedade

de medidas, tais como conseguir neutralidade de

CO 2, assegurar total transparência dos processos

produtivos e pôr em prática sistemas robustos de

denúncia de irregularidades. Qualquer estratégia

empresarial será bem vinda. A sustentabilidade é

uma questão que veio para ficar e as empresas que

não a abordarem nas suas estratégias poderão correr

riscos substanciais: o risco de prejudicar a sua

reputação, problemas nas suas cadeias de abastecimento,

riscos para o ambiente e assim por diante.

Pelo contrário, as empresas que optam por enfrentar

frontalmente a questão da sustentabilidade podem

descobrir que, ao fazê-lo, podem pagar grandes

recompensas.

Colocar a sustentabilidade

no centro das atenções

Não pode haver dúvidas de que a sustentabilidade é

uma das questões mais prementes que o mundo enfrenta

atualmente. É uma questão que afeta todos

os aspetos da vida, desde as nossas decisões quotidianas

até ao destino das gerações futuras, desde o

mundo da política até ao setor privado. A sustentabilidade

está a moldar a forma como o mundo está

a mudar - e continuará a fazê-lo no futuro. Para

compreender plenamente o que entendemos por

sustentabilidade, vale a pena analisar a forma como

o conceito se desenvolveu ao longo do tempo. Já na

década de 1970, os cientistas alertaram para os efeitos

ambientais do aquecimento global. A publicação

do relatório The Limits to Growth em 1972, assinalou

um marco significativo. Hoje, a sustentabilidade

também encontrou um lugar firme na agenda da estratégia

empresarial. Não menos importante desde

o escândalo Enron em 2001, as empresas começa-

www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 17


ALGUMAS EMPRESAS JÁ ABANDONARAM A MENTALIDADE DE LUCRO A todos

OS CUSTOS QUE IMPULSIONAM OS SEUS NEGÓCIOS E ENCONTRARAM UM NOVO

SENTIDO DE PROPÓSITO PARA AS SUAS ATIVIDADES

ram a implementar, ou pelo menos, a

aspirar ao cumprimento e às normas

éticas. Antes de passarmos à questão

de como a sustentabilidade pode

moldar as próximas três décadas, vale

a pena perguntar porque é que isto

aconteceu. O que é que leva as empresas

a fazer da sustentabilidade uma

parte essencial da sua estratégia?

A sociedade está a mudar

Cada vez mais, é o público em geral

que está a liderar o debate sobre sustentabilidade.

Quer se trate de imagens

de ursos polares afetados pela

diminuição das calotas de gelo, ou

de ilhas de resíduos plásticos quatro

vezes maiores do que a Alemanha,

os problemas ambientais tornaram-

-se uma grande preocupação para

o público. Com a ajuda dos meios

de comunicação social, estas preocupações

espalharam-se pela sociedade,

atingindo mais pessoas e a

uma velocidade mais rápida do que

alguma vez foi possível no passado.

Movimentos como #MeToo e #BlackLivesMatter

demonstram a intensidade

do sentimento na sociedade

de hoje sobre a má conduta.

A regulamentação desempenha um

papel fundamental na criação do

quadro necessário para a sustentabilidade.

A luta para introduzir legislação

relevante tem sido longa e dura,

mas estamos agora a assistir a um

endurecimento das regras em muitas

regiões diferentes. As diferenças geográficas

são inevitáveis, é claro. Na

Europa, por exemplo, é provável que

as leis se concentrem nos ciclos de

vida dos produtos, nas emissões de

CO 2, na economia circular e na percentagem

de mulheres em posições

de liderança a avançar. As crescentes

preocupações sobre questões de

sustentabilidade estão também a ter

impacto nos mercados financeiros.

Os investidores esperam mais das

empresas no que diz respeito ao seu

desempenho em termos de sustentabilidade

e muitas empresas estão

a responder com fortes compromissos.

A recente carta da BlackRock

aos CEO sobre a crise climática e o

anúncio do seu desinvestimento em

empresas com riscos de sustentabilidade

é uma prova clara desta mudança.

Está também a mudar a mente

das empresas que anteriormente

consideravam a sustentabilidade

demasiado cara. A procura também

está a crescer para uma abordagem

comparável e normalizada dos relatórios

de sustentabilidade.

As empresas de todas as indústrias

aumentaram as suas aspirações em

relação à sustentabilidade e começaram

a anunciar objetivos mensuráveis.

Os compromissos para ter um

impacto de CO 2 negativo ou neutro e

os objetivos para a quota de materiais

reciclados utilizados já não são incomuns.

As empresas têm boas razões

para elevar a fasquia: Os clientes encaram

cada vez mais a sustentabilidade

como um critério fundamental

de compra. Em termos simples, estão

dispostos a pagar o verdadeiro custo

dos produtos e serviços. E como

se isso não fosse suficiente, as ONG

também responsabilizam as empresas

pelas suas limitações ambientais

- por exemplo, quando ativistas

da Greenpeace escalaram o Shard

de Londres para protestar contra os

planos de perfuração de petróleo e

gás da Shell no Ártico em 2013.

18 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


PATROCINADORES >

O que é o ESG?

QUADRO DE SUSTENTABILIDADE QUE UTILIZA FATORES AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE GOVERNAÇÃO EMPRESARIAL

G

Estrutura

e supervisão

Recursos naturais

e bem-estar animal

E

GOVERNAÇÃO

EMPRESARIAL

(CORPORATE

GOVERNANCE)

Política de

compensação

Eficiência

energética

MEIO AMBIENTE

(ENVIRONMENT)

Governação da cadeia

de abastecimento

Emissões

Conformidade

e ética empresarial

Poluição/resíduos

Transparência

Oportunidades de

inovação/ambiente

Responsabilidade

pelo produto

Sociedade

e comunidade

Diversidade

e oportunidades

Direitos Humanos

Bem-estar

dos funcionários

S

O QUADRO ESG

A crescente pressão da sociedade, reguladores e investidores levou

a uma forte procura de um quadro padronizado para medir

a responsabilidade empresarial. Existem dezenas destes quadros

de sustentabilidade em todo o mundo, tais como os Objetivos de

Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS), o Pacto

Global da ONU e as normas ISO para a proteção ambiental. Estes

quadros abrangem muitos aspetos da sustentabilidade. Mas também

têm algumas desvantagens, tais como serem difíceis de medir

e, em alguns casos, difíceis de traduzir em indicadores-chave

SOCIAL

(SOCIAL)

de desempenho (KPI) para as empresas.

Um quadro que não sofre com estas questões é o ESG, que representa

as três dimensões centrais da sustentabilidade: questões

ambientais, sociais e de governação empresarial. O quadro ESG

representa um compromisso entre os SDG, que são mais temáticos,

e as normas ISO. É colocada ao nível certo para permitir às

empresas desenvolver estratégias, estabelecer prioridades e gerir

a implementação. O quadro ESG tem uma série de vantagens

em relação a outras abordagens: É holístico, os seus três pilares

Fonte: Roland Berger

abrangem todos os aspetos da sustentabilidade empresarial; é

mensurável, uma vez que os critérios ESG podem ser quantificados

e utilizados para a definição de objetivos internos e orientação;

é personalizável para diferentes indústrias e empresas

individuais; e já atingiu massa crítica em certos sectores. Assim,

é geralmente aceite pelo mundo do investimento e é o quadro

preferido de instituições como a WFE (Federação Mundial de Bolsas

de Valores) e a EFFAS (Federação Europeia das Associações de

Analistas Financeiros).

www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 19


Mercado

JOAQUIM CANDEIAS ANALISA AFTERMARKET

GRANDES DESAFIOS...

... ENORMES OPORTUNIDADES!

ENQUANTO MEMBRO DA DIREÇÃO DA FIGIEFA, JOAQUIM CANDEIAS TEM SIDO UMA VOZ PROEMINENTE NA

DEFESA DO IAM. NUMA APRESENTAÇÃO CLARA E CONCISA, O PRESIDENTE DA DPAI/ACAP FALOU SOBRE OS

TEMAS QUENTES ATUALMENTE EM DEBATE A NÍVEL EUROPEU

Atuando como interlocutor político do pós­

‐venda Independente, em Bruxelas, a FI­

GIEFA (Associação Independente dos Distribuidores

Aftermarket Automóvel) representa os

interesses de mais de 30.000 empresas e os seus

principais objetivos passam pela manutenção da

concorrência no pós ­venda e pela promoção da liberdade

de escolha do consumidor.

Joaquim Candeias explica o trabalho que tem vindo

a ser feito no sentido de assegurar e fortalecer

o aftermarket independente. São, essencialmente,

cinco pontos que devem ser acautelados para que

todos os players, quer OEM como IAM, possam ter

um acesso indiferenciado ao negócio, sem restrições

ou bloqueios. Está em causa o acesso remoto

aos dados e recursos do veículo; a certificação e

homologação de peças; o Regulamento MVBER; a

cibersegurança e, por fim, mas não menos importante,

a sustentabilidade.

Acesso remoto

AOS dados/recursos do veículo

Por um lado, é importante que o condutor possa

interagir com o software através da máquina,

com recurso a aplicações, “uma arquitetura com

base «sandbox», onde o utilizador tem bastante

controlo, autonomia e poder de decisão”, explicou

Joaquim Candeias. Por outro lado, o setor do aftermarket

precisa de ter acesso aos dados e recursos

do veículo, «ler» o que ele precisa e se for preciso

intervencionar. É fulcral que este acesso seja feito

sem intervenção de terceiros e sem que os fa­

bricantes de automóveis detenham o monopólio

da informação que está no veículo. “É algo que

nós alertamos fortemente na FIGIEFA, junto do

Parlamento Europeu, defendendo o nosso setor:

Os objetivos são termos um melhor serviço para

o consumidor e proprietários de veículos na Europa,

através de uma opção de mercado único digital

para o serviço de setor automóvel, onde exista uma

plataforma a que toda a gente possa ter um acesso

indiferenciado”, disse o responsável, que não baixa

os braços no sentido de garantir as aptidões e direitos

iguais para todos os prestadores de serviços,

mesmo que isso envolva “muita legislação e um lobby

extremamente forte”.

“Com a transformação digital na mobilidade, a

inovação dos modelos de negócio e serviços, iniciativas

de segurança rodoviária e ambientais, e uma

concorrência adequada e justa, existirão muitos

benefícios para o consumidor final”, assinala Joaquim

Candeias.

Certificação/homolOGAção de peçAS

Com os fabricantes de automóveis a procurar

cada vez mais centralizar o negócio perto de si e

controlá ­lo, nasce a necessidade de certificação/

homologação das peças que sejam montadas nos

veículos. Estas peças devem ter um código QR

que o veículo consiga ler e que reconheça de modo

digital que foram montadas. Segundo Joaquim

Candeias, é preciso que esta certificação exista não

só por parte dos fabricantes de automóveis, como

dos fabricantes de aftermarket que, “na grande

maioria são de primeiro equipamento também”.

Ou seja, o construtor de automóveis deve homologar

as peças fabricadas por terceiros, para que

os fabricantes externos à marca possam também

construir e comercializar as suas peças. Tecnicamente,

a peça tem de ser específica e deve fazer ­se

acompanhar de informação que torne a sua aplicação

fácil. Por outro lado, também o fabricante

de ferramentas de diagnóstico terá de se sujeitar

à certificação / homologação, para que se possa

ter a certeza de que se faz o diagnóstico correto.

Assim, a distribuição de peças passará a ser mais

profissionalizada e muito mais técnica, havendo,

inclusivamente, a ideia de ter uma certificação na

cadeia de distribuição, para que esta seja adequada.

Por fim, o próprio reparador terá que ter uma

certificação própria, para que possa intervencionar

corretamente o veículo.

MVBER (Motor Vehicle Block Exemption

Regulation)

Existe desde 2002, foi renovado em 2010 com extensão

até 2023 e há de ter uma extensão por mais

cinco anos, de acordo com o Parlamento Europeu.

Em traços gerais, o MVBER significa que qualquer

veículo pode ser intervencionado desde o km zero

sem perder a garantia, “uma legislação que nos defende

há vinte anos, mas que infelizmente é do desconhecimento

da maior parte das pessoas. A falta

de conhecimento de clientes e a desinformação aos

consumidores, vinda dos fabricantes de automóveis,

é notória”, lamenta o presidente da Divisão do

O FAAS DEVE TER A AMBIÇÃO DE ACOMPANHAR O SETOR AUTOMÓVEL

INDEPENDENTE NA SUA TRANSIÇÃO ATRAVÉS DA UNIÃO CONJUNTA

DE TODOS OS PLAYERS, A FIM DE SE ALCANÇAR UM MERCADO PÓS-VENDA

INDEPENDENTE SUSTENTÁVEL

20 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


MERCADO

Quadro I // Sequência na cadeia de distribuição com o impacto da certificação/homologação das peças

FABRICO PEÇA

INDEPENDENTE

HOMOLOGAÇÃO /

CERTIFICAÇÃO

INFORMAÇÃO

TÉCNICA

FABRICO

DIAGNÓSTICO

Peças independentes fabricadas

de acordo como o regulamento

ISO/SAE 21434

Homologação / certificação

da peça pelos fabricantes

do veículo, antes de serem

comercializadas e instaladas

Informações técnicas de instalação

e configuração obrigatórias

para instalação das peças

independentes

Ferramenta de Diagnóstico

fabricadas de acordo com o

regulamento ISO/SAE 21434

HOMOLOGAÇÃO/

CERTIFICAÇÃO

DISTRIBUIÇÃO

DE PEÇAS

DIAGNÓSTICO

DE VEÍCULOS

OPERAÇÃO

DE REPARAÇÃO

Ferramenta de Diagnóstico

obrigada a autenticação pelos

fabricantes dos veículos

Distribuição das Peças com

todas as informações técnicas

de reparação, garantindo

integridade na entrega

Inicio do Diagnóstico

ao veículo, identificando

o problema, com utilização

de ferramentas certificadas

e com acesso ao veículo

Lojas de reparação Certificadas

utilizando peças autenticadas

eletronicamente para serem

ativadas e integradas no sistema

do veículo

Fabricantes de peças Editores de informações técnicas Fabricantes de ferramentas diagnóstico Distribuidores de peças Lojas de reparação

IAM: Independent Aftermarket; UNECE:United Nations Economic Commission for Europe; ISO: International Organization for Standardization; SAE: Society of

Automotive Engineers; RMI: Repair and Maintenance Information; FIGIEFA: European Federation of the Automotive Aftermarket Distributors; VM: Vehicle

Manufacturer; CSMS: Cyber Security Management System

Pós ‐venda Automóvel Independente

da ACAP. Apesar disso, as dificuldades

no acesso à informação para a reparação

são contínuas, têm elevados

custos e consideráveis atrasos, porque

ainda que o fabricante seja obrigado

a conceder a informação, não

é explícita a janela temporal de que

dispõe para a fornecer, o que muitas

vezes torna a intervenção impossível

de realizar em tempo útil.

Joaquim Candeias advoga também a

uniformidade nos conteúdos fornecidos

na Informação à Manutenção

e Reparação, que devem ser “homogéneos

e iguais para todos. Isto tem

de ser devidamente legislado a fim de

defender o próprio consumidor final,

porque o que está em causa é ter direito

de escolher entre ir a um concessionário

de marca ou a um operador

independente”. A manutenção e

modernização deste regulamento é

necessária, a seu ver, para que exista

a garantia de que “podemos intervencionar

os veículos, ter acesso à

informação de um modo fácil e justo

e que não haja áreas de negócio que

tenham mais facilidades do que outras”.

A FIGIEFA já solicitou à Comissão

Europeia que introduza esclarecimentos

sobre o acesso a informações

técnicas clássicas e abusos de garantia,

assim como o pediu o princípio

da não discriminação, porque há

algumas lacunas na lei “onde é importante

ser específico para garantir

que temos o acesso a informações

técnicas e a certos dados do veículo”

e requereu também esclarecimentos

relativos à proteção jurídica dos operadores

independentes, que devem

ser devidamente salvaguardados e

defendidos. De acordo com Joaquim

Candeias, foi também solicitado que

se assegure o acesso efetivo a todos os

«inputs» que sejam necessários para

os operadores independentes poderem,

de facto, intervencionar os veículos.

É intenção da Federação Europeia

da Distribuição do Aftermarket

conseguir maior coordenação com a

AFCAR (Aliança para a Liberdade

de Reparação automóvel na UE);

analisar e reagir à proposta inicial da

DG ‐GROW (Direção Geral de Mercado

Interno, Indústria, Empreendedorismo

e PME’s, do Parlamento

Europeu, antes de ser submetida a

votação na comissão e ainda intensificar

a atividade jurídica, a fim de

conseguir atingir os objetivos.

Cibersegurança : Aftermarket

responsável e seguro

A cibersegurança é uma área vital

para garantir um aftermarket res‐

É FULCRAL QUE O ACESSO AOS DADOS E RECURSOS DO VEÍCULO

SEJA FEITO SEM INTERVENÇÃO DE TERCEIROS E SEM QUE

OS FABRICANTES DE AUTOMÓVEIS DETENHAM O MONOPÓLIO

DA INFORMAÇÃO QUE ESTÁ NO VEÍCULO

22 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


www.liqui-moly.com

@liquimoly

@liquimolyiberia

ENTRE OS OBJETIVOS DA

SUSTENTABILIDADE NO

AFTERMARKET ESTÃO Voltar À

POLÍTICA DA REMANUFACTURA

E REPARAÇÃO DAS PEÇAS,

ASSIM COMO A RECICLAGEM

OBRIGatÓRIA total DAS PEÇAS

E A REDUÇÃO DAS EMBALAGENS

ponsável e seguro na cadeia de

mobilidade. Uma vez que a tendência

não é de estabilização,

haverá cada vez mais questões

relacionadas com esta área, que

necessita de um desenvolvimento

seguro onde a instalação e a ativação

de peças seja possível via

ferramentas e diagnósticos multimarca.

Além do já falado acesso

à informação, é preciso que

o aftermarket seja reconhecido

“como parte legítima e autorizada,

como intervenção ou intervenientes

seguros na reparação

e no ecossistema da mobilidade.

Queremos ser agentes ou operadores

com toda a dignidade, respeitados

no futuro dentro desta

área da segurança, porque o fabricante

só procura defender os

seus interesses próprios”, afirma

Joaquim Candeias.

Neste sentido, a FIGIEFA está a

trabalhar para que a cibersegurança

e a instalação segura de peças

sejam incluídas no plano de

trabalho de 2022 da DG ‐GROW,

uma posição conjunta com outras

associações como a AFCAR (reparadores),

a CLEPA (fabricantes

de peças) ou a ETRMA (pneus).

A ideia é dar seguimento a este

grupo de trabalho, fazendo nova

reunião com estes «players», que

inclua também os produtores

independentes de peças e ainda

continuar a investigação sobre os

problemas de codificação de peças

e mais evidências necessárias

com a Comissão Europeia.

Sustentabilidade no

Aftermarket

Foi criado o FAAS (Forum on

Automotive Aftermarket Sustainaibility),

com a presença de

diversas federações, além das

promotoras FIGIEFA e CLEPA,

como a americana AUTOCARE,

a FIA, a ETRMA, a AIRC, ou a

APRA que pretendem defender

adequadamente a sustentabilidade

dentro do setor automóvel

independente.

Este Fórum quer acompanhar o

setor automóvel e independente

na sua transição, através da união

conjunta de todos os players,

para se alcançar um mercado de

pós ‐venda independente sustentável

e garantir a continuidade

do negócio.

É vital impulsionar a mudança

da cadeia de distribuição do pós‐

‐venda independente pela alta

qualidade de sinergias, criar

soluções para questões globais,

como mudanças climáticas, a

transição de energias, para baixar

o CO 2 e eliminar cada vez mais

resíduos e enfrentar a falta de

conhecimento do próprio setor e

fornecer as ferramentas necessárias

para que as empresas possam

evoluir nesta área.

Entre os objetivos, estão voltar à

política da remanufactura e reparação

das peças, assim como a

reciclagem obrigatória total das

peças e a redução das embalagens

por parte dos fabricantes.

Quer ‐se também a redução das

emissões de CO 2 pela otimização

e digitalização da cadeia de distribuição,

algo que já acontece,

por exemplo na Áustria, onde

há limites às entregas diárias, e

pretende ‐se que haja um método

de cálculo padronizado de pegada

de carbono dos produtos e

respetiva análise do ciclo de vida.

Além disso, claro, é preciso procurar

tecnologias e combustíveis

alternativos em que a produção

de CO 2 baixe consideravelmente,

para que a sustentabilidade mais

do que um objetivo, seja uma

forma de vida no setor do aftermarket.

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Entrevista


HERNÁN MARQUÉS, DIRETOR GERAL SAMPA IBÉRICA

O MERCADO PORTUGUÊS

RECEBEU-NOS MUITO BEM

PRESENTE NO MERCADO IBÉRICO DESDE 2021, A SAMPA IBÉRICA COMEÇOU A OPERAR EM PORTUGAL EM

JANEIRO DE 2022. À FRENTE DAS SUAS ATIVIDADES ESTÁ HERNÁN MARQUÉS, DIRETOR GERAL DA SAMPA

IBÉRICA, QUE NESTA ENTREVISTA FALOU SOBRE A ESTRATÉGIA DA SAMPA PARA O MERCADO PORTUGUÊS,

ONDE AMBICIONA ACRESCENTAR VALOR

A

Sampa tem as suas origens no ano de 1950,

na produção de peças para veículos. Com a

experiência adquirida no mercado de peças

para veículos pesados, expandiu as suas atividades

para o setor da distribuição, com uma forte

implementação no pós-venda e também como

fornecedor de primeiro equipamento, para diferentes

marcas de veículos pesados. A sua sede está

situada na província independente de Samsun,

às margens do Mar Negro, na Turquia. A origem

do seu nome Sampa, advém da justaposição das

palavras Samsun e Parts. Com uma dinâmica de

vendas e diversidade de produtos, a empresa tem

vindo a registar um crescimento robusto nos diversos

mercados onde se encontra presente. No

mercado ibérico, a Sampa estabeleceu a sua base

administrativa e operacional em Madrid, num

amplo e moderno armazém logístico localizado

no Polígono Empresarial de San Fernando de Henares,

próximo da M50, onde dispõe de uma área

coberta com mais de 5.000 m2.

A Sampa foi à Automechanika Frankfurt dizer que

quer ser um líder mundial a nível de peças para

veículos pesados. Que estratégia está

a ser implementada para atingir este objetivo?

A Sampa começou a desenvolver um plano estratégico

global que integra uma forte expansão com

uma presença mundial com as suas próprias unidades

de negócio (filiais), um grande investimento

para expandir a sua capacidade de produção e desenvolvimento

de produtos tanto para o mercado

de reposição como em projetos de equipamento

original, onde já tem uma longa história e presença.

Atualmente, a Sampa emprega mais de 2.500

pessoas, dispõe de uma área de produção acima

dos 150 mil m2 e conta com uma gama superior

aos 52 mil produtos, com diferentes aplicações e

referências, ajustadas ao vasto parque circulante

de viaturas comerciais, camiões e autocarros. Exporta

para mais de 90 países e possui escritórios

e armazéns próprios em 15 países. Com uma visão

global e moderna do mercado de peças de reposição

e também enquanto fornecedor de peças para

primeiro equipamento, a Sampa é uma marca que

fabrica 70% dos produtos que comercializa.

A Sampa também esteve presente nos Prémios

Automechanika Innovation, que reconheceram um

dos seus novos produtos, o “Auto-Lock Adjuster

for smart 5th Wheel”. Qual é a importância deste

prémio para a empresa?

É um reconhecimento e um prémio pelo contínuo

desenvolvimento e procura de melhorias que a empresa

está empenhada em implementar. A mensagem

é clara, Sampa não é apenas um fabricante

de peças, mas também uma empresa inovadora.

De referir que a Sampa recebeu da marca Ford

uma distinção Q1 como fornecedor de referência.

Qual é o balanço da participação da Sampa

nesta edição da Automechanika?

Foi uma experiência bem-sucedida e positiva,

compartilhada pelos nossos clientes e família

Sampa de todo o mundo. Ficamos muito satisfeitos

por ter tido esta oportunidade de trocar ideias

e inovações com todos os nossos clientes e potenciais

clientes, apresentando produtos de ponta, expandindo

oportunidades de networking e gerando

novos contatos comerciais. Com o stand decorado

com a sua campanha “Expectmore” a Sampa mostrava

com isso, não só, a sua enorme capacidade

produtiva e de desenvolvimento, como abordava

frontalmente os fortes investimentos que pretende

fazer ao nível da produção (duplicar o número de

fábricas) e a abertura de filiais e representações em

diversas partes do globo.

Como define a vossa campanha “Expectmore”

e quais são os seus objetivos?

“Expectmore” é uma campanha de comunicação

que o departamento de marketing concebeu, para

integrar no mesmo canal de comunicação tudo o

que a Sampa representa como empresa produtora,

O FABRICO E ABASTECIMENTO EFICIENTE DE 52.000 PEÇAS DE QUALIDADE

SOB 24 CATEGORIAS, TORNAM A SAMPA A TERCEIRA MAIOR MARCA

DE PEÇAS SOBRESSALENTES DO MUNDO PARA VEÍCULOS PESADOS

www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 25


HERNÁN MARQUÉS

O DESENVOLVIMENTO E TESTE DE PEÇAS NA FÁBRICA COM INSTALAÇÕES

INTEGRADAS DE I&D COM MAIS DE DUZENTOS ENGENHEIROS, PERMITE

O CONTROLO TOTAL EM TODAS AS FASES DO PROCESSO DE FABRICO

inovadora para além da sua imagem

de marca e dos serviços que prestamos

à distribuição global.

Anunciou fortes investimentos ao

nível da produção, com o aumento

da capacidade das fábricas e a

abertura de filiais e representações

em várias partes do mundo.

Quais são os objetivos que pretende

atingir com estes investimentos?

O primeiro objetivo é tornar a Sampa

o principal fabricante especialista

mundial de peças para veículos pesados.

O investimento e a expansão

da produção farão da Sampa um

fabricante auto-suficiente de produtos

estratégicos, e através das nossas

filiais, conseguimos expandir a nossa

presença oferecendo os produtos que

produzimos diretamente aos nossos

distribuidores.

Quando foi criada a Sampa Ibérica e

como está constituída a nível

de recursos humanos?

A Sampa Iberia nasceu no final de

2020 como um projeto e em meados

de 2021 começámos a operar em Espanha.

Oficialmente em Janeiro de

2022, começámos a comercializar a

nossa marca em Portugal com envios

de 24/48 horas. O mercado ibérico

abriu-nos as portas com grande aceitação

dos nossos produtos e dispomos

de uma rede bem estabelecida

de especialistas no sector dos veículos

pesados dentro do mercado de reposição.

Contamos com uma equipa

de 16 pessoas, formada para prestar

o melhor serviço e atendimento aos

clientes e parceiros.

Como funciona o centro logístico

em San Fernando de Henares?

A escolha deste centro em San Fernando

de Henares, assenta em critérios

técnicos-operacionais, visto que

está instalada num moderno polígono

industrial, com facilidade de acessos.

Em termos de atuação, a Sampa Ibérica

quer crescer de forma sustentada,

dando passos seguros, e sem pressa em

fazer grandes números. A qualidade

dos seus produtos, o vasto portfólio, os

bons serviços e uma forte dinâmica de

vendas, são os pilares do crescimento

a nível ibérico. Compreendemos as

necessidades do mercado e assumimos

o papel de importador direto do

nosso produto, disponibilizando-o

ao distribuidor sem intermediários e

oferecendo toda a nossa gama, para

que seja o cliente a decidir quais os

produtos que quer vender. Temos um

armazém com mais de 5.000 m2, que

estamos gradualmente a encher e até à

data já temos mais de 12.500 referências

diferentes e um stock permanente

de cerca de 3 milhões de euros, um

valor que irá aumentar nos próximos

meses.

Qual é o tempo de resposta às

encomendas recebidas de Portugal?

Os clientes gerem as compras de

duas formas: compras programadas

e de stock e compras de emergência.

Para o material disponível, as nossas

entregas são praticamente imediatas,

mas aqui dependerá da urgência

do cliente. Podemos fazer entregas

em 24 e 48 horas e isso dependerá

sempre do nível de serviço das empresas

de transporte. Continuamos a

procurar melhorar este serviço com

estas empresas.

SAMPA IBÉRICA

Diretor geral Hernán Marqués

Morada Margarita Nelken, 16

Polígono Industrial El Triángulo

San Fernando de Henares 28830

Madrid

Telefone 00 34 910 884 556

Email hernan.marques@sampa.com

Site www.sampa.com

Quantos distribuidores tem

atualmente em Portugal e que apoio

lhes é dado em termos de formação

técnica, marketing, campanhas

e incentivos?

Temos atualmente uma rede de dez

especialistas em veículos pesados

em Portugal, com compras regulares

e mais alguns que fazem operações

específicas de reexportação de

produtos de Portugal. Em relação à

formação, marketing, etc., estamos a

reforçar os nossos laços para iniciar

campanhas onde podemos integrar

tudo isto através do nosso programa

Sampa Town onde levamos os nossos

distribuidores e os seus clientes a

receber formação 360º sobre o que é

Sampa, desde o desenvolvimento do

produto a partir dos nossos laboratórios,

para conhecer os processos e

técnicas de fabrico, até à logística de

entrega, de modo a terem uma

compreensão do potencial e desenvolvimento

futuro que a empresa

está a planear para os próximos anos.

Como funciona o seu serviço

HelpDesk e que tipo de assistência

técnica oferece aos seus clientes?

A partir da nossa sede, a Sampa oferece

um sistema de apoio permanente

a todos os clientes. A nível da filial

ibérica, já criámos o nosso departamento

de pós-venda onde tentamos

dar uma resposta rápida e eficiente a

26 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


A SAMPA IBÉRICA É A TERCEIRA FILIAL DA EMPRESA NO MERCADO

EUROPEU, TENDO SIDO ESTABELECIDA LOGO APÓS AS FILIAIS

DA INGLATERRA (MANCHESTER) E FRANÇA (LYON)

qualquer exigência técnica que possa

surgir da aplicação e desempenho

dos nossos produtos.

Qual é a oferta atual da Sampa?

Quantas gamas de produtos tem e

qual é o número total de referências?

Hoje oferecemos ao mercado duas

gamas de produtos, os derivados do

nosso próprio fabrico e produção

(suspensão, direção, amortecimento,

transmissão, produtos de borracha

e metal, etc...) e os produtos que comercializamos

para expandir e cobrir

todas as famílias de que os veículos

pesados necessitam. Temos uma

gama superior a 40 mil produtos,

com diferentes aplicações e referências,

ajustadas ao vasto parque circulante

de viaturas comerciais, camiões

e autocarros. 100% dos produtos que

são fabricados pela Sampa foram desenvolvidos

desde o nosso centro de

I&D até ao último processo de fabrico

e controlo de qualidade.

Têm peças para veículos mais antigos

e qual é a faixa etária que a Sampa

cobre para veículos pesados?

Nos últimos anos, a Sampa tem atualizado

o seu stock de peças para veículos

mais antigos. Temos um stock de material

de acordo com a procura por país

e frota de veículos. Os produtos que já

não estão disponíveis em alguns mercados

são deslocalizados para países

onde ainda têm potencial de vendas.

Temos componentes para veículos

com mais de 30 anos de idade.

Quais são as mais valias e vantagens

para a oficina quando trabalha com

produtos Sampa?

Os produtos da marca Sampa que

uma oficina pode adquirir através

dos distribuidores do Aftermarket

vêm das mesmas fábricas de onde

provêm os produtos que montam e

são fabricados para o equipamento

original, que é a nossa melhor carta

de apresentação.

Como está a ser o desempenho

da Sampa em Portugal?

O mercado português recebeu-nos

muito bem, embora a marca já tivesse

uma presença através de um importador

exclusivo no passado. Num

curto espaço de tempo conseguimos

expandir a nossa presença e já temos

uma quota de mercado significativa,

estando continuamente a reforçar a

nossa oferta de produtos. Somos o

exemplo de que a renovação neste

setor ainda é possível ocorrer, dentro

de um mercado onde muitos operadores

acreditavam que tal já não voltaria

a acontecer. l

O PASSADO, O PRESENTE E O FUTURO VIVEM

HISTORICAMENTE JUNTOS NESTE SECTOR

O mercado de pós-venda de veículos pesados está a tornar-se cada vez mais

desafiante tecnologicamente. Como é que o mercado enfrenta este desafio?

O mercado tem estado sempre em contínua adaptação à evolução tecnológica do sector, e o

mercado de reposição europeu e especialmente o Ibérico tem sido um exemplo quando se trata

da interpretação e adaptação do negócio às necessidades que o próprio mercado tem exigido.

Quais são as principais tecnologias que colocam mais problemas às oficinas de pesados?

Bem, as oficinas precisam de ser preparados em termos de ferramentas para se conectarem

às marcas, de modo a conseguirem gerir os diagnósticos e reparações. As redes de oficinas

estão a oferecer apoio para aqueles que querem continuar a evoluir e a adaptar-se ao mercado.

O desafio para o setor, e especialmente para a oficina, é que eles possam acompanhar o fluxo

de informação que os últimos veículos pesados transmitem quando estão a ser reparados.

O acesso à informação é vital.

É importante ter um helpdesk para apoiar as oficinas.

O apoio deve ser tão abrangente quanto possível, desde a oferta de um serviço de estrada,

assistência técnica e o fornecimento de quaisquer peças que o veículo necessite para ser

reparado.

Que tendências podem ser observadas na atual distribuição de peças de veículos

pesados na Península Ibérica?

Existe uma hegemonia em termos de distribuição e comercialização de produtos, que por vezes

depende das estações do ano, das campanhas de reparação programadas ou de incidentes

específicos que um veículo possa ter, pelo que temos ciclos que se vão cumprindo ao longo

do ano. Estamos num mercado maduro e muito profissional, onde o distribuidor e a oficina

conhecem o potencial e a oferta do produto Aftermarket.

Quais são as principais diferenças entre a distribuição de peças aftermarket

para camiões em Portugal e Espanha?

Portugal tem sido historicamente um país onde tem sido possível desenvolver mais

rapidamente uma marca ou um novo produto. Tem sido sempre um país mais aberto, enquanto

a Espanha é mais conservadora.

Os portugueses têm uma dinâmica de compras mais programada e os espanhóis gerem mais

no dia-a-dia em termos de abastecimento, mas isto também se deve à situação geográfica,

uma vez que a maioria dos centros logísticos das marcas estão localizados em Espanha.

Que papel devem desempenhar os distribuidores de peças como parceiros das oficinas?

A disponibilidade do produto é essencial, nunca sabemos quando o nosso cliente nos vai pedir

um material específico, mas todos os dias o distribuidor deve interpretar as necessidades

da oficina de uma forma ágil e eficaz, ter recursos suficientes e dar uma resposta imediata.

Hoje competimos com serviço e eficiência.

Quais são as principais mudanças que a distribuição de peças de pesados irá enfrentar

nos próximos anos?

As mudanças na propulsão dos veículos pesados é a grande incerteza, e isto trará mudanças

às quais todos nós (marcas, distribuidores e oficinas) teremos de nos adaptar. O desafio

mais importante é que quem conseguir adaptar o seu negócio o mais rapidamente possível,

poderá expandir a sua presença no sector. A formação e o acesso a fontes de informação serão

essenciais para continuar.

Como vê a evolução do mercado pós-venda de veículos pesados em Portugal?

Enquanto houver indústria, marketing e transporte, enquanto houver investimento, tanto

privado como público, o mercado de veículos pesados estará presente, pelo que o seu

crescimento também estará vinculado e ligado a nós, pois a certa altura os veículos modernos

tornar-se-ão um potencial negócio para o aftermarket. O passado, o presente e o futuro vivem

historicamente juntos neste sector.

www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 27


Entrevista

MARIA ELO, PROFESSORA UNIVERSIDADE SDU DINAMARCA

O AFTERMARKET

É UM SECTOR

MULTIFACETADO

E FASCINANTE

MARIA ELO, PROFESSORA DE NEGÓCIOS

E GESTÃO DA UNIVERSIDADE SDU, NA

DINAMARCA, É MEMBRO FUNDADOR DA

TALENTS4AA, UMA ASSOCIAÇÃO SEM FINS

LUCRATIVOS, QUE TEM COMO OBJETIVO

ATRAIR E RETER TALENTOS PARA UM DOS

SETORES MAIS ATRATIVOS: O AFTERMARKET.

NESTA ENTREVISTA, EXPLICA O QUE ESTÁ

A SER FEITO PARA SOLUCIONAR A GRANDE

ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA

PARA O SETOR


Após dois anos de trabalho preliminar e intercâmbios

com múltiplos atores, incluindo

grupos internacionais, fabricantes de peças,

associações e outros, surgiu a Talents4AA, oficialmente

criada em março deste ano. O objetivo que

levou à sua constituição é muito claro: atrair e reter

talentos de todas as idades e origens, em todas

as profissões, para o aftermarket. Inegavelmente, o

Aftermarket é um sector multifacetado e fascinante

que oferece uma enorme escolha e gama de oportunidades

de carreira a todos os níveis, desde a oficina

à gestão de topo. No entanto, todos os operadores

– desde fabricantes de peças, distribuidores, retalhistas

e oficinas – enfrentam o mesmo desafio de

grande escassez de mão de obra qualificada e muita

dificuldade em atrair e reter talentos.

Maria Elo tem a experiência de ensinar estudantes

de negócios e gestão na Universidade SDU, do Sul

da Dinamarca e também na Alemanha. A perspetiva

do sector da educação foi claramente relevante

desde o primeiro dia do projeto, uma vez que é necessário

conhecimento para as pessoas evoluírem.

Atualmente coordena as atividades de investigação

do projeto relativamente ao desempenho dos estudantes

e jovens talentos que ainda se encontram

na fase de formação. Tem sido um membro ativo

na divulgação da Associação através de workshops,

eventos, seminários, palestras, exercícios em salas

de aula e conferências, para que os estudantes e

outros interessados tomem consciência do setor,

da sua importância para a sustentabilidade e para

a sociedade e possam ligar ‐se a ele.

A Talents4AA fez a sua primeira apresentação

pública na Automechanika Frankfurt deste ano.

Que balanço faz da participação neste salão

aftermarket?

A Automechanika Frankfurt 2022 foi um grande

evento e estamos muito gratos pelo apoio e colaboração

que tivemos da organização e dos visitantes.

Foi um excelente local para sensibilizar as pessoas

para o problema da falta de talentos no aftermarket

e levar os mais jovens a ver o que o setor tem realmente

para oferecer. Podemos demonstrar a relevância

que o aftermarket tem para a mobilidade das

sociedades, graças à sua capacidade de inovação,

conhecimento e competências, algo que tende a ser

ignorado. Ficamos também muito satisfeitos com a

adesão de novos membros e por ver o interesse crescente

dos principais players a este projeto.

O Aftermarket é um sector multifacetado e

fascinante que oferece uma enorme escolha e

gama de oportunidades de carreira a todos os

níveis, desde a oficina à gestão de topo. Então,

porque é que ainda há falta de profissionais

qualificados para trabalhar no sector?

Há uma escassez geral de profissionais qualificados

em muitos setores em vários países, não se trata

apenas de uma questão sectorial. Há muitas razões

para estas lacunas que estão também relacionadas

com o contexto. Uma razão simples é que a demografia

está a mudar e temos menos talento a entrar

no mercado de educação e de trabalho no total, nos

países ocidentais. Reconhecemos também a crescente

necessidade de mais pessoas com aptidões

e competências específicas, como mecânicos e informáticos.

Aqui, existem também questões regionais

e periféricas. Por exemplo, na Europa, temos

áreas que estão a diminuir em termos de pessoas

e empresas. É difícil encontrar novos talentos se

um local não for atrativo, por isso temos de olhar

para outros setores e ver o que estão a fazer para

captar novos talentos. Se outros setores e indústrias

forem considerados como oferecendo salários

mais elevados, melhores condições e carreiras, o

Aftermarket precisa de repensar a razão pela qual

as suas oportunidades não são percebidas ou apreciadas.

É uma questão de marketing, desde o nível

do setor em geral até às empresas.

Estudos confirmam que o mercado pós ‐venda é na

sua maioria desconhecido dos potenciais jovens

e, além disso, não é considerado suficientemente

atrativo. O que deve então ser feito para atrair mais

jovens para esta área profissional?

Nos nossos estudos também encontrámos este

problema de inconsciência e perceções erradas. O

Aftermarket não aparece realmente em materiais

didáticos ou manuais escolares, pelo que existe uma

falta de informação e compreensão do que é este

sector. Estudantes e jovens precisam de ser expostos

a esta informação desde cedo para desenvolverem a

sua própria perceção com base em dados e não em

ideias ultrapassadas. Estamos a ensinar inovação,

serviço, marketing e negócios internacionais, entre

outros, e poderíamos começar a incluir o mundo

real do trabalho muito mais cedo na formação dos

jovens para manter as nossas sociedades a funcionar.

O Aftermarket já está a tomar medidas, com

as empresas a irem diretamente às escolas para dar

a conhecer o setor. Tentamos ligar tópicos como a

sustentabilidade, economia circular ou refabricação

à educação para permitir um diálogo e intercâmbio

que promova a compreensão das possibilidades e

dos desafios reais. Em suma, todos precisamos de

fazer mais para partilhar informação e mostrar as

oportunidades. Por exemplo, levamos à Automechanika

dois estudantes de mestrado em engenharia

da SDU para participarem como jovens embaixadores

de talentos. Através deste envolvimento

podemos demonstrar todo o potencial deste setor,

para mulheres ou minorias que raramente são especificamente

abordadas como potencial de talento. É

tempo de esclarecer sobre os objetivos de Desenvolvimento

Sustentável das Nações Unidas e o impacto

positivo que o mercado pós ‐venda pode ter através

das suas várias atividades e soluções, uma vez que

muitos jovens estão profundamente preocupados

com o futuro e são movidos por um desejo de fazer

a diferença.

Que impacto real está a ter a falta de

trabalhadores qualificados nas empresas de pós‐

‐venda (distribuidores, retalhistas e oficinas)?

Esta é uma questão difícil de generalizar, uma vez

que existem diferentes tipos de atividades dentro

do aftermarket. No caso das oficinas, cada vez

mais necessitadas de mão de obra qualificada, estão

muito dependentes do facto das pessoas possuírem

as competências e certificações que a profissão exige

na atualidade. Os mecânicos ainda não são um

grupo de profissionais, como os enfermeiros, que

são oferecidos por diversas agências intermediárias

do estrangeiro. Assim, este problema necessita de

uma solução local de uma forma mais holística e

pró ‐ativa. Os retalhistas e distribuidores que tipicamente

empregam pessoas com formações profissionais

mais diversificadas são menos afetados devido

a soluções alternativas, como a possibilidade do teletrabalho.

Mas mais uma vez, isto depende do tipo

de necessidade que é preciso preencher. Empresas

em boas localizações, próximas de universidades e

instituições de ensino, podem ter melhor acesso aos

talentos necessários do que outras em cidades mais

pequenas ou áreas periféricas. Contudo, a concorrência

pode ser dura e, para atrair e reter talentos,

significa custos mais elevados.

Que ações e projetos estão a ser empreendidos

pela Talents4AAA e os seus membros para atrair

mais talentos para as empresas do aftermarket?

Temos diferentes níveis. Como iniciativa pretendemos

promover a consciência do sector e das suas

oportunidades e ligar as partes. Como já foi dito,

realizamos diversos eventos e trabalhamos sobre

os conceitos errados, em diferentes contextos.

Uma forma de o fazer é deixar os nossos jovens

embaixadores estudantis explorar e comunicar

as suas experiências diretamente nos meios de

comunicação social e nas universidades. Foi isto

que fizemos na Automechnika 2022. As empresas

A TALENTS4AA REALIZA VÁRIAS ATIVIDADES E TRABALHA

EM ESTREITA COLABORAÇÃO COM MEMBROS DA COMUNIDADE

DO AFTERMARKET PARA ESTABELECER, ENTRE OUTROS, A SUA PRESENÇA

NA IMPRENSA E NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 29


MARIA ELO

de sucessores e de novas empresas. O

empreendedorismo é também muito

necessário para manter as estruturas

a funcionar.

necedores beneficiam certamente de

competências transversais. No relacionamento

com o cliente, estas são

competências altamente relevantes.

membros têm naturalmente ações e

projetos a nível organizacional. As

associações e universidades são parceiros

importantes para compreender

os mercados e as necessidades

em termos de dados e investigação.

Todo este conhecimento adquirido

contribui para o desenvolvimento

futuro da iniciativa, tornando ‐a uma

espécie de centro de conhecimento.

No contexto académico, publicamos

também a investigação relacionada

com este tema que, mais uma vez,

flui para os estudantes e departamentos

de RH. Só através da SDU

acedemos a audiências em três países

e nas redes sociais com as nossas

sessões Talents4AA. Mas também

há numerosos projetos dos outros

membros.

Qual é a importância das novas

tecnologias, nomeadamente a

Internet e as redes sociais para a

Talents4AA?

As novas tecnologias são essenciais

para qualquer iniciativa deste tipo.

Em primeiro lugar, nós membros,

vimos de diferentes países, reunimo‐

‐nos regularmente e trabalhamos em

equipas virtuais. Isto é possibilitado

pela tecnologia, tornando ‐a eficiente

e barata. Em segundo lugar, uma

grande parte das atividades tem lugar

num ambiente digital. Nos países

nórdicos, realizamos workshops em

Zoom e atualmente estamos a preparar

uma plataforma que permite ligar

a oferta e a procura de talentos digitalmente,

de uma forma contínua.

Quais são as áreas do mercado

pós ‐venda onde há mais falta de

mão ‐de ‐obra qualificada?

É difícil de generalizar uma vez que

não existem estatísticas oficiais recolhidas

que apoiem quaisquer números

exatos. Estamos a trabalhar

na recolha destas estimativas. Atualmente

existe uma escassez de mecânicos

em vários países, mas também

são necessárias competências noutras

profissões. O envelhecimento da

força de trabalho é uma preocupação

que evolui em muitos grupos de profissionais.

Dependendo do contexto,

pode tornar ‐se um problema rapidamente.

Por exemplo, na Dinamarca,

existe falta de mecânicos. Há escassez

de engenheiros – e de mulheres

engenheiros em particular – mas o

mesmo problema é encontrado na

educação, uma vez que o número total

de jovens está a diminuir. Nesse

sentido, uma falta genérica de mão‐

‐de ‐obra qualificada é uma questão

para a qual nos temos de preparar.

Estamos também preocupados com

as zonas rurais e periféricas e com a

fuga de talentos destes meios. Outra

realidade que tende a ser esquecida

é a falta de pessoas empreendedoras,

Os trabalhadores valorizam cada

vez mais as oportunidades de

aprendizagem e requalificação.

Considera que este é um requisito

fundamental para que as empresas

retenham talentos?

A formação e a requalificação são aspetos

vitais nos programas de RH e

de gestão. Como o sector da educação

tem as suas próprias limitações

de recursos enquanto os mercados

e tecnologias se desenvolvem continuamente,

as empresas precisam de

intervir e oferecer formação atrativa,

programas de retenção de talentos,

e “futuro de carreira” para os seus

empregados. A maioria das empresas

têm uma longa tradição neste

domínio e continuam a desenvolver

ações de formação para aumentar as

competências e capacidades dos seus

empregados. Poderíamos também

repensar a forma como os funcionários

que vão para a reforma estão envolvidos

neste processo. Em muitos

países existem programas especiais

para estes funcionários.

Quais são então as principais

competências que um trabalhador

qualificado na reparação automóvel

deve ter?

Existem competências básicas e mais

especializadas. As aptidões e competências

especializadas são tipicamente

estabelecidas pelas instituições

para uma determinada tarefa. Um

exemplo poderia ser o certificado

para trabalhar com alta tensão. Geralmente,

as diferentes competências

técnicas e digitais estão a ganhar

uma atenção crescente à medida

que muitos aspetos do trabalho se

tornam menos mecânicos e mais

digitais ao longo do tempo, mesmo

nos armazéns e oficinas. Mas não

devemos esquecer as competências

transversais. As pessoas que trabalham

com clientes, parceiros e for‐

Equipas bem treinadas e motivadas,

alinhadas com os objetivos da

empresa, são elementos cruciais

para o sucesso. Como manter então

uma equipa motivada?

A motivação pode ser alimentada de

múltiplas formas, tipicamente falamos

de motivação intrínseca e extrínseca.

A motivação intrínseca pode

ser fomentada pela finalidade, por

exemplo, de pertencer àqueles que

moldam a mobilidade futura e contribuem

para um desenvolvimento

setorial melhor e mais sustentável. O

trabalho é muito importante e precisa

de ser comunicado e apreciado. A motivação

extrínseca relaciona ‐se com

dinâmicas de motivação que podem

ser influenciadas, por exemplo, pelo

salário, benefícios marginais, prémios

e outras questões motivacionais deste

tipo. Por exemplo, a equidade e a

avaliação do desempenho, a ausência

de diferenças salariais, pacotes atrativos

e perspetivas futuras são aspetos

importantes para atingir um objetivo.

Os jovens profissionais são

diferentes ou, pelo menos, distintos

da geração anterior. Como se define

o perfil desta nova geração de

profissionais?

Há muita discussão sobre as diferenças

geracionais. Eu evitaria tentar definir

um perfil para a nova geração. As

pessoas são hoje muito diversas, não

são grupos homogéneos. Os representantes

da “geração” que entram na

força de trabalho são naturalmente

diferentes em comparação com os que

vão para a reforma, mas muitos deles

estão preocupados com os seus salários

e não são móveis, mas instalam‐

‐se num só lugar. Está a haver mais

procura de colaboradores para estruturas

menos rígidas e mais flexíveis.

Contudo, um aspeto importante é o

dos valores, práticas e comportamentos

da empresa. Eles precisam de cor‐

O AFTERMARKET COMO SETOR EMPREGADOR, OFERECE GRANDES

OPORTUNIDADES AOS JOVENS TALENTOS PARA SE ENVOLVEREM

NUM MUNDO DESAFIANTE, COM EXCELENTES BENEFÍCIOS TANTO

PARA OS PROFISSIONAIS COMO PARA A SOCIEDADE EM GERAL

30 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


esponder ao candidato. Em geral, há

menos “fechar os olhos” para questões

como a lavagem verde, desigualdade

de género ou discriminação, e mais

críticas sobre todos os aspetos, questionando

mesmo porque é que algo

é feito em primeiro lugar. Estes elementos

podem ser frutuosos para refrescar

as abordagens organizacionais

e fazê ‐las avançar.

É necessário definir e criar as

condições de trabalho que levarão

estes novos profissionais a optar por

permanecer no seu país de origem.

O que deve ser feito para criar as

melhores condições de trabalho?

Há pessoas que gostam de trabalhar

em diferentes lugares com carreira

internacional e outras que não têm

plan≠os de ir a lado nenhum. Não

são apenas as empresas que formam

um mercado de trabalho atrativo,

mas também as instituições, a sociedade

civil e o sector privado como um

todo, até mesmo o clima e a educação

desempenham um papel importante.

Uma empresa pode fazer avançar a

sua própria organização na direção

certa, por exemplo, no que diz respeito

à regulamentação do local de

trabalho, tributação, educação, etc.

A segurança no local de trabalho é

uma grande questão nas economias

em desenvolvimento que necessita

de atenção. Nas economias desenvolvidas,

são equacionadas outras

condições, como tempo de trabalho

flexível, trabalho à distância, apoio à

guarda de crianças e outras que parecem

pequenas questões, mas que podem

na realidade ser grandes questões.

E a concorrência não dorme, as

pessoas qualificadas são arrastadas

para outras empresas e mesmo para

o estrangeiro se as suas necessidades

não forem satisfeitas.

Considera que a adoção de modelos

de vínculos contratuais menos

rígidos é uma boa estratégia ?

Os contratos são essenciais e a natureza

do trabalho está a mudar rapidamente.

Flexibilidade e autonomia são

aspetos altamente importantes a considerar,

uma vez que o estilo de vida

global nos países ocidentais mudou.

O grau de flexibilidade e de trabalho

online depende naturalmente da tarefa.

Independentemente da tarefa,

as condições de trabalho que podem

contribuir para o bem estar dos trabalhadores,

de uma forma mutuamente

benéfica e menos rígida, são

muito importantes. Por exemplo, os

empregados com filhos pequenos enfrentam

inúmeros desafios diários e,

muitas vezes, horários rígidos de acolhimento

de crianças e sistemas escolares.

Os pais modernos não desejam

comprometer os seus papéis como as

gerações anteriores fizeram. Poderão

os empregadores criar formas de lidar

em paralelo com a vida profissional e

familiar, modificando o sistema em

que o trabalho é realizado? Diferentes

formatos contratuais são discutidos,

mas também criticados. Num

setor tão competitivo, é necessário ter

muito cuidado para encontrar os melhores

resultados. O desenvolvimento

de soluções que promovam bons resultados

e autonomia é também uma

forma de reduzir a burocracia desnecessária.

Quais são os maiores desafios na

contratação de profissionais para

empresas de reparação automóvel?

Há desafios na identificação do talento

em falta, atraindo ‐o e retendo ‐o.

Uma questão a considerar é o ponto

de vista sobre como impulsionar o

crescimento das organizações, será

que as empresas estão realmente a envolver

e a potenciar o talento dos seus

empregados? Será que os empregados

sentem isto? As empresas de reparação

automóvel competem com muitas

outras empresas pelo talento. Temos

de perguntar: a imagem do empregador

é atrativa? Hoje em dia existem

também múltiplos instrumentos

para partilhar experiências entre os

empregados e potenciais candidatos.

Isto sugere que uma empresa patronal

deve gerir ativamente a sua repu‐

TALENTS4AA

Responsável Área educATiva:

Maria Elo

Morada 4 Square du Trocadéro,

75116 Paris – França

E ‐mail contact@talents4aa.com

Site www.talents4AA.com

Linkedin www.linkedin.com/

company/talents4aa/

tação e tomar conta das pessoas que

já estão contratadas. As suas experiências

são altamente valiosas para

atrair novos empregados. As opções

devem também ser vistas através da

diversidade, inclusão, igualdade, por

outras palavras, será que os processos

de contratação visam realmente todos

aqueles talentos orientados para

o crescimento que existem por aí ou

será que se cingem ao objetivo “mais

do mesmo”?

Concorda que as organizações

devem concentrar ‐se na formação

como um requisito fundamental para

construir talento onde ele é escasso?

Na nossa investigação vemos que a

oferta educativa do setor público – em

geral – não está realmente concebida

para cobrir todas as necessidades de

talento. A educação financiada pelo

Estado precisa de se concentrar, também

devido a limitações de recursos e

distribuição geográfica. Além disso, a

velocidade da inovação e da mudança

tecnológica nos negócios é elevada.

Assim, o setor privado é praticamente

obrigado a formar os seus colaboradores.

Além disso, a empresa inovadora

tem uma vantagem na formação,

pois possui o ambiente ideal e todo o

conhecimento relacionado com a atividade,

que as instituições públicas de

ensino não têm necessariamente. Na

minha opinião, deveríamos aumentar

a colaboração universidade-indústria

para diminuir estas lacunas, a fim de

produzir talento para as necessidades

do mercado. Outra opção é uma parceria

público ‐privada, com recursos

partilhados, mas para isso precisamos

de melhores diálogos e mais colaboração

em todo o sistema. Na Universidade

SDU na Dinamarca, introduzimos,

por exemplo, a Bosch na sala de

aula dos estudantes de mestrado em

engenharia para ligar a teoria à prática

e aos conhecimentos setoriais.

MEMBROS

DA TALENTS4AA

Fabricantes de peças: BorgWarner,

Bosch, Nissens, Schaeffler, TMD

Friction, ZF, Bilstein group,

Continental, Dinex, Gedore, Misfat,

NRF, NTN, SKF e Valeo

Grupos internacionais: Global One

Automotive, Nexus Automotive, Temot

International. ATR e AD International

Entidades profissionais: FIGIEFA, SBF,

Mobilion, SDU e Automechanika

Em Portugal, os mecânicos

automóvel continuam a ser mal

pagos. Acha que os baixos salários

podem desencorajar os jovens a

escolherem esta profissão?

Os salários baixos continuam a ser

uma questão importante. Sob a atual

situação de inflação, esta é uma questão

ainda maior. Descobrimos num

estudo que em Portugal os enfermeiros

emigram para outros países exatamente

devido a questões salariais.

Porque é que os mecânicos automóveis

devem agir de forma diferente se

encontram melhores oportunidades

noutros locais? O problema do salário

não é apenas um problema económico,

está também ligado a questões

sociais. A mecânica automóvel é

valorizada e os profissionais são respeitados

pela sociedade? A profissão

é apreciada pela família e amigos?

Que papel devem desempenhar

os centros de formação, escolas

e universidades para desenvolver

ainda mais as profissões

relacionadas com Aftermarket?

Um papel muito importante! Nós

na educação produzimos múltiplas

categorias de profissionais e desenvolvemos

continuamente programas

e cursos atualizados. A principal diferença

é que o nosso sistema fornece

uma qualificação que se aplica ao

desenvolvimento da carreira, como

um mestrado em engenharia ou negócios.

Em suma, nós, na educação,

produzimos a maior reserva de talentos

para a indústria. No entanto, na

minha opinião, há mais espaço para

a colaboração, uma vez que o setor

não tem muitos percursos educativos

específicos. A indústria e as associações

são aqui um ator vital para unir

forças com a educação para moldar

opções futuras para os jovens talentos,

mas também para as pessoas que

necessitam de requalificação ou de

aperfeiçoamento. Em alguns outros

setores, existem programas de reorientação-educação

que recolocam

mais pessoas em áreas necessárias

a partir de profissões adequadas

de uma forma muito eficiente para

preencher lacunas. l

www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 31


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z

Empresas

A

FILTRON tem 40 anos e está a celebrar o

seu 40º aniversário com um sorteio de um

carro clássico, um Mercedes SL 500 ‘82. A

marca de filtros da MANN+HUMMEL convida os

amantes de carros clássicos a participar neste sorteio,

através do website www.40.filtron.eu/es/start-es/,

no qual 400 dos coletes e t-shirts da marca

também serão sorteados para celebrar o seu 40º

aniversário. Após 40 anos, a FILTRON destaca vários

marcos na sua história no mercado da filtração

desde que nasceu numa pequena oficina em Gostyń

e, quatro décadas depois, é uma marca de filtros automóveis

reconhecida em toda a Europa, com milhares

de empregados e mais de 2.700 tipos de filtros

na sua carteira. Tudo começou com a ideia de

regenerar o combustível usado e os filtros de óleo

para máquinas agrícolas. A procura de filtros era tão

elevada que Piotr Giermaziak, o “pai” da FILTRON,

teve de contratar novos empregados e expandir as

instalações apenas um ano após o início do negócio.

Nessa altura, tudo era feito manualmente, desde

o pregueamento do papel tissue até à extrusão dos

FILTRON CELEBRA 40º ANIVERSÁRIO

VASTA EXPERIÊNCIA DE FILTRAÇÃO

fundos dos filtros metálicos, o que exigia um grande

esforço por parte dos empregados. A empresa

salienta que, no final dos anos 80, um único trabalhador

era capaz de produzir cerca de 30 filtros

de painel durante um turno, enquanto que hoje,

graças a investimentos em tecnologia e inovação,

um único trabalhador pode produzir até 360 por

hora. Nos anos 90, as vendas anuais de filtros da

FILTRON ascenderam a 275.000 unidades, o que

exigiu a expansão do armazém e da área de vendas.

Isto permitiu à empresa expandir a sua presença

no mercado, orientada por uma estratégia de diferenciação

em relação à concorrência. Nesses anos,

também implementou um sistema de qualidade

em conformidade com a ISO, abriu um laboratório

de testes de filtros e patenteou o seu primeiro desenho

de filtro original. A partir daí, ao longo dos

anos, a FILTRON consolidou a sua posição, distinguindo-se

com uma vasta experiência de filtração.

A fábrica de produção em Gostyń é actualmente

um dos poucos locais no mundo onde quase todos

os tipos de filtros de automóveis de passageiros podem

ser concebidos e fabricados a partir do zero. A

fábrica também implementa muitas inovações na

indústria da filtração, tais como a tecnologia de filtro

de ar de cabine anti-alergia PROTECT+.

Atualmente, um dos aspetos chave do desenvolvimento

da FILTRON é a automatização dos seus

processos de fabrico. Atualmente, graças aos investimentos

em I&D e controlo de qualidade, a FIL-

TRON garante a qualidade das matérias-primas no

laboratório, que utiliza atualmente 60 métodos de

ensaio diferentes. Como resultado, “todos os produtos

FILTRON são fiáveis e satisfazem os mais

elevados padrões de segurança”, diz a empresa. Um

dos últimos marcos para a FILTRON foi juntar-se

ao Grupo MANN+HUMMEL, o líder mundial em

tecnologia de filtração automóvel, em 2016. Isto

permitiu ao departamento de design responsável

pela marca FILTRON colaborar com especialistas

de todo o mundo no desenvolvimento da tecnologia

de filtração. A partir de 2019, FILTRON passou

a ser comercializado em Espanha e Portugal pela

MANN+HUMMEL Ibérica.

32 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


REDE VALORCAR POSSUI 370 CENTROS DE RBA

No decorrer de 2022, foram admitidos na Rede Valorcar mais 57 centros de abate de Veículos

em Fim de Vida (VFV) e de recolha de Resíduos de Baterias e Acumuladores (RBA), e mais 21

centros de recolha de Resíduos de Baterias e Acumuladores (RBA). A Rede Valorcar passou

assim a ser constituída por 370 centros de recolha de Resíduos de Baterias e Acumuladores

(RBA), que se encontram espalhados por todos os distritos do continente (351) e pelas regiões

autónomas dos Açores (12) e da Madeira (7). Destes 370 centros, 318 são também centros de

abate de Veículos em Fim de Vida (VFV). Durante o primeiro semestre de 2022, os centros da

Rede Valorcar abateram 60.093 Veículos em Fim de Vida, valor que representa um aumento de

6,1% face ao período homólogo de 2021.

APRESENTA CALENDÁRIO DE FORMAÇÕES 2022

MONDEGOPEÇAS | A Mondegopeças apresentou o seu mais recente calendário de formações

para o segundo semestre do presente ano. As próximas formações serão “Osciloscópio”

a 5 de novembro e “Redes multiplexadas” a 25 e 26 de novembro (exclusiva ProfissionalPlus

e NexusAuto). A empresa Mondegopeças, retomou as formações para os seus clientes com

uma formação de motores de injeção direta a gasolina. Estas formações, coordenadas pela

SERVICENEXT e destinadas em exclusivo para os clientes pertencentes à rede ProfissionalPlus

e NexusAuto, contam com equipamentos de diagnóstico Autel e com um veículo com injeção

direta a gasolina, preparado para formações para profissionais da área. A Mondegopeças tem

o plano de formação definido para o 2º semestre e já se encontra a preparar o próximo ano

2023 com formações atuais e de acordo com o parque automóvel existente em Portugal.

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www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 33


NOTÍCIAS

EMPRESAS

No passado dia 1 de outubro, a Sotinar Leiria,

realizou um Open Day nas suas instalações

na Zona Industrial da Zicofa, que teve objetivo

apresentar as novidades ao mercado e fortalecer

SOTINAR REALIZA

PRIMEIRO OPEN DAY

as parcerias com os seus clientes. Destinado sobretudo

aos profissionais do acabamento de superfícies, a

empresa apresentou as suas mais recentes novidades

não só para a repintura automóvel, como para o ramo

da indústria. Mas as novidades não ficaram por aqui,

houve tempo para demonstrações técnicas, para algumas

promoções especiais e ainda para muita diversão,

num ambiente descontraído e animado.

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Aftermarket. As baterias da linha TITANIUM garantem alta potência

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precisam de manutenção e permitem uma fácil verificação do

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NOTÍCIAS

EMPRESAS

SITE DISPONÍVEL EM PORTUGUÊS

AD PARTS | A AD Parts lançou um novo website com uma versão integral em língua portuguesa, com o objetivo de fornecer aos

seus clientes uma experiência cada vez mais completa e intuitiva. Com uma nova estrutura, a nova Web Page AD Parts, oferece uma

experiência de navegação melhorada, sendo agora mais completa e intuitiva, de acordo com as melhores práticas de web design. A

nova Web Page AD Parts, contém informação sobre a história do Grupo AD, a sua rede de distribuição, os seus fatores diferenciadores,

os serviços oferecidos pelo grupo e ainda informação completa acerca dos produtos AD, com possibilidade de realizar download de

catálogos digitais, tudo com o selo de qualidade AD.

O NOVO SERVIÇO DE FILTROS

PARTÍCULAS DA INTERESCAPE

IESERVICE: | A Interescape lançou a ieservice, uma marca

que presta serviços de limpeza de filtros de partículas a particulares

e empresas, com o propósito de não danificar o filtro original.

Através da marca ieservice, a Interescape presta serviços de

limpeza de filtros de partículas para empresas e particulares. No

entanto, diferente dos demais serviços disponíveis no mercado, a

ieservice desenvolveu internamente um procedimento tecnológico

que não danifica o filtro original e permite uma limpeza mais a

fundo. Assim, para além de proteger o filtro, a limpeza ieservice,

restaura o seu desempenho a 98% da sua capacidade original,

sendo a solução mais responsável a nível económico e ambiental.

A ieservice destaque-se no mercado não só pela qualidade dos

seus serviços, mas também porque se desafiou a desenvolver

processos para limpar filtros que os demais concorrentes consideram

irreparáveis. Um desses casos são os filtros danificados por

óleo. A tecnologia desenvolvida pela ieservice permite recuperar

o filtro original mesmo que este tenha sido inutilizado devido à

contaminação por óleo.

MFORCE INAUGURA

NOVA OFICINA EM AVEIRO

A

MForce abriu uma nova oficina em Aveiro, no Shopping Glicínias. Esta nova oficina é a 86ª

do grupo MForce em Portugal e a primeira na cidade de Aveiro. A localização num shopping

permite oferecer um serviço com horário alargado, 7 dias por semana para conveniência da

população de Aveiro. Com uma área de aproximadamente 250 m2 e uma equipa de 5 colaboradores

está disponível para assegurar o melhor serviço de manutenção aos seus cleintes. A MForce é a maior

Rede Nacional de oficinas próprias, suportada em mais de 80 oficinas que cobrem todo o território

português e tem mais de 500 colaboradores. As Oficinas MForce estão fortemente equipadas para

auxiliar qualquer tipo de veículo, incluindo os elétricos e híbridos, com uma receção mais inteligente

para um apoio personalizado e novos serviços adequados aos tempos em que estamos a viver – higienização

e e-services.

ABRE O PRIMEIRO

HIPERMERCADO DE PEÇAS

SOBRESSALENTES EM ESPANHA

A empresa chilena Implementos entra no mercado europeu

através de Espanha para expandir o seu negócio de hipermercados

para o sector de veículos pesados. Fá-lo depois de comprar o

distribuidor de Madrid Recambios y Servicios V-Truck, com sede

em Fuenlabrada e parceiro da URVI. Um modelo invulgar na

Península Ibérica, mas que reproduz o conceito de negócio que

a empresa gere com sucesso há 26 anos no país sul-americano,

onde tem 40 lojas. É um conceito de hipermercado, sem uma

oficina associada, onde o transportador pode comprar os produtos

e acessórios de que necessita para o seu camião. Este projeto

baseia-se principalmente na loja física, mas também nas vendas

por telefone e online. O cliente pode colocar uma encomenda no

website e ir buscá-la diretamente à loja. A Implementos V-Truck,

espera aumentar a sua presença em Espanha em tempo recorde,

uma vez que a empresa chilena pretende abrir até seis lojas

localizadas nas principais artérias de comunicação da Península

Ibérica nos próximos 18 meses.

36 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


DIESEL TECHNIC LANÇA

NOVO VÍDEO

PARTS

SPECIALISTS

No novo vídeo dos Parts Specialists,

do Grupo Diesel Technic, tudo gira

em torno do sistema de ar comprimido

dos camiões. A dupla oficinal não só

aborda o básico e as possíveis causas de

falhas, mas também dá dicas práticas sobre

como preveni-las. Por meio do suporte

técnico – o HelpDesk – os Parts Specialists

recebem com frequência solicitações e

sugestões de novos vídeos de oficina, além

de dúvidas sobre os produtos e serviços do

Grupo Diesel Technic. Este também é o

caso do sistema de ar comprimido do camião,

que os Parts Specialists se focam neste

episódio. Além desse tópico empolgante,

os espetadores também podem esperar um

novo rosto, pois o profissional da oficina

Niklas, foi substituído pelo seu colega Lars,

neste vídeo. Em conjunto com o Kevin, vai

explicando passo a passo o sistema de ar

comprimido do camião. Uma peça muitas

vezes ignorada quando se procura a origem

da falha é o filtro de ar. Para ver o vídeo basta

aceder ao YouTube da marca.

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Air Springs


NOTÍCIAS

EMPRESAS

REÚNE ASSOCIADOS EM SESSÃO FORMAÇÃO

AEACA | No final de setembro, a AEACA - Associação Ibérica de Agentes Aftermarket,

reuniu um grande número dos seus associados para participar numa sessão

de formação de nove horas dividida em duas partes. Mais uma vez, a AEACA confiou

os trabalhos a Pedro de Gea Cánovas, um mentor profissional, que trabalha há mais de

12 anos em gestão e liderança. Nesta ocasião, a formação escolhida pelos parceiros foi

um workshop sobre Planeamento, Produtividade e NNTT ao serviço da organização e

planeamento do agente comercial. “Conseguimos colocar muitas das nossas atividades

diárias num contexto real, analisá-las utilizando o Teste de Produtividade Pessoal, uma

ferramenta que forneceu algumas das melhores ferramentas para nos ajudar a planear

as nossas atividades e corrigir erros comuns na gestão do tempo, os fatores que afetam

o nosso tempo e o nosso trabalho e mesmo uma valorização económica dos mesmos”,

referiu Javier Romero, responsável pela comunicação.

IX CONGRESSO SOB O LEMA

“O FUTURO É HOJE”

DP | Centrado no lema “O Futuro é hoje”, nos próximos dias 11 a 13

Novembro decorrerá o IX Congresso de Oficinas e Oficinas DP Dipart. Este

evento, será o primeiro congresso ibérico que reunirá a rede de Espanha

e Portugal. Será no Palacio de los Congresos de Málaga, que vai ter lugar

este congresso ibérico que reunirá mais de 325 pessoas, incluindo oficinas

que compõem a rede, parceiros, fornecedores e imprensa. “Serão

alguns dias de convivência que a Dipart anseia depois de não ter podido

comemorar o congresso em 2020 por causa da pandemia”, revelou o

departamento de comunicação da Dipart. A partir de sexta-feira, 11 de

novembro, vão começar a chegar os participantes do congresso, e até

domingo, dia 13, a agenda estará repleta de atividades, apresentações e

debates sobre a atualidade do setor e das oficinas. A DP Service, irá aproveitar

este congresso para apresentar todas as suas inovações, sempre

tendo em conta o objetivo de possuírem profissionais bem treinados

dentro da rede de Oficinas e Escritórios DP.

REDE TOP TRUCK CHEGA A SETÚBAL E VISEU

Seguindo o seu plano de expansão nacional, a rede TOP TRUCK passou a contar com dois novos pontos de assistência, um em

Setúbal e outro em Viseu, de forma a reforçar a aposta no estabelecimento de uma oferta consistente e dispersa no território nacional.

Com a abertura destas duas novas oficinas, a TOP TRUCK reforça o investimento na expansão da rede, mantendo também a

aposta numa relação mais próxima e dedicada às necessidades dos seus clientes. Em Setúbal, a rede TOP TRUCK conta agora com

um novo ponto de assistência: a oficina Auto 2019, especializada tanto na vertente de mecânica, quanto de colisão. Ao aderir à

rede, a oficina reforça-se assim com um apoio completo e exclusivo, de forma a dar melhor e mais rápida resposta aos veículos e

a integrar uma rede de parceiros a nível nacional e europeu. Já em Viseu, mais precisamente em Senhorim, a rede TOP TRUCK foi

reforçada com a experiente oficina Sintergouv, que também abrange as especializações de mecânica e colisão. A oficina conta

desde já com todos os principais benefícios da rede: Formação, Apoio Técnico, Assistência Europeia 24H, entre outros.

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38 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


AUTOZITÂNIA E BRAGALIS REALIZAM

TEAM BUILDING EM TOMAR

A

Autozitânia/Bragalis realizou a sua 10ª

edição Team Building com os colaboradores

de ambas as empresas. O evento, teve

lugar na região de Tomar, no fim de semana de 24

e 25 de setembro. O evento criado para os seus colaboradores,

decorreu no Sábado em Tomar, com

momentos de lazer no Hotel dos Templários, e no

Domingo com provas de Kayak Paper e atividades

em equipa junto ao Castelo de Almourol. O

espírito de equipa, competitividade e entreajuda

foram evidentes em atividades como a prova de

Kayak, resolução de enigmas e provas de tiro com

arco e flecha. Durante este evento, existiram ainda

vários momentos de descontração, entre os quais

um cocktail e jantar de convívio, bem como um

memorável espetáculo de comédia e ilusionismo

protagonizado por Rafael Titonnely, que fez as

delícias dos presentes. O Team Building 2022 visou

promover o conhecimento e comunicação entre

Colaboradores da Autozitânia e Bragalis, bem

como cimentar a identidade de grupo, espírito de

equipa, cooperação, confiança e comunicação, valores

muito presentes nos colaboradores de ambas

as empresas.

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www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 39


NOTÍCIAS

EMPRESAS

LANÇA CONJUNTO DE VÍDEOS

“DO IT YOURSELF”

B-PARTS | Sob o mote “A mecânica automóvel pode ser para todos”,

a B-Parts lançou uma série de vídeos “do it yourself” (“faça você mesmo”)

com reparações e substituições de peças automóvel. Nos vídeos, a B-Parts

apresenta os principais passos para remover e instalar uma determinada

peça num automóvel. O conteúdo, que já conta com aproximadamente

duas mil visualizações, está disponível em cinco idiomas: português,

inglês, francês, alemão e espanhol. Para além de peças de carroçaria,

como o pára-choques traseiro, a B-Parts demonstra ainda como substituir

componentes de iluminação, eletrónicos e de interior do automóvel,

nomeadamente, por exemplo, a forra da porta, o farolim ou o auto-rádio.

Paralelamente, complementou os tutoriais em vídeo com artigos de

blogue explicativos. Nos artigos, o público pode consultar os passos para

a remoção e instalação da peça, bem como conhecer mais informações

sobre o componente automóvel e possíveis causas de avaria.

DELPHI INAUGURA

CENTRO DE TREINO EM ESPANHA

A

Delphi

Technologies, marca da BorgWarner Inc., abriu as portas do seu Centro de Treino,

em San Fernando de Henares. Este centro, tem como objetivo dar formação sobre

os seus produtos e serviços com o intuito de promover o conhecimento sobre as

tecnologias mais avançadas exigidas pelo mercado. Os alunos poderão receber formação em

diversas tecnologias, divididas em oito categorias: Veículos Híbridos e Elétricos, Equipamentos

de Diagnóstico e Oficina, Eletrónica de Veículos, Emissões e Pós-tratamento, Sistemas de

Combustível a Gasolina, Sistemas de Combustível Diesel, Sistemas de Chassis e Outros Sistemas.

A formação vai alternar-se sessões teóricas, onde se desenvolve o quadro de conhecimentos

preparatórios para a sua posterior aplicação, e práticas. Além da formação presencial, o

novo Centro de Treinamento oferece cursos online que permitem aos alunos aprimorar os seus

conhecimentos nessas inúmeras disciplinas, com a vantagem de horários flexíveis, diferentes

níveis de formação e as mesmas ferramentas da formação presencial.

PARCEIROS ASER

REÚNEM-SE EM PORTUGAL

Reuniram-se no passado dia 24 de setembro os nove parceiros da ASER

Aftermarket em Portugal. Este encontro, teve como principal objetivo,

aproximar e fortalecer o grupo no país, para além de consolidar os

compromissos com fornecedores estratégicos, projetos internos de novas

soluções e desenvolvimento da rede oficinal AserAuto. Participaram

deste encontro os representantes dos retalhistas portugueses: Pedro

Soares (Primopeças), Miguel Batista (Samiparts), João Marques (NPeças),

Pedro Gandra (Formigosa), Manuel Magalhães (MPeças), Samuel Nunes

(Samiparts), José Luis Bravo (Aser), Paula Soares (Aser), Carlos Silva

(Silvaspeças), Miguel Brunido (Silvaspeças), Paulo Costa (ATM), António

Carvalho (Celparts), Agostinho Soares (Primopeças), João Lopes (Humberpeças)

e Pedro Moura (Humberpeças). O encontro presencial foi marcado

pela proximidade e comunicação para o fortalecimento do projeto do

grupo em Portugal.

NOVA IMAGEM DE MARCA

MCOUTINHO PEÇAS | A MCOUTINHO Peças avançou com o processo de rebranding da sua imagem corporativa. A última

alteração realizada à imagem do Grupo foi feita em 2016. A nova imagem, agora renovada, tem como objetivo acompanhar a

estratégia do Grupo MCOUTINHO e as tendências do setor automóvel, refletindo quatro eixos da evolução corporativa: dinamismo;

inovação; eletrificação e transição digital. Até ao final do ano o processo de rebranding do grupo, ficará concluído.

40 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


FUCHS ARRANCA COM LINHA DE PRODUÇÃO DE

ELETRÓLITOS

PARA BATERIAS

A

FUCHS

arrancou com a primeira linha de produção de eletrólitos

de elevada potência. Foi só em maio deste ano que

o Grupo FUCHS, que opera a nível global, anunciou a participação

na E-Lyte Innovations GmbH. Com este investimento, a

FUCHS entrou no mercado de eletrólitos, um mercado em rápido

crescimento que está a ganhar cada vez mais importância, sobretudo

na Europa, já que os eletrólitos são um componente-chave

das baterias de iões de lítio utilizadas em inúmeras aplicações,

como a mobilidade elétrica. Com esta instalação especificamente

desenvolvida para o dinâmico mercado das baterias, a FUCHS

consegue produzir e fornecer aos clientes da E-Lyte as mais variadas

formulações muito rapidamente e com a maior qualidade.

Com a implementação deste projeto, a E-Lyte é a primeira empresa

alemã capaz de oferecer ao mercado europeu das baterias

um dos componentes mais importantes a partir de uma base de

produção na Europa.

ATELIO AFTERMARKET INTERNATIONAL (AMI)

CONCEBIDO PARA AJUDAR

AS OFICINAS

Atelio Aftermarket International (AMI) é um catálogo de peças sobressalentes

e orçamentos dedicado aos reparadores automóveis e aos distribuidores

de componentes. O catálogo de peças sobressalentes e orçamentos para automóveis

Atelio Aftermarket International (AMI), aproxima o revendedor da oficina.

Enriquecido com uma funcionalidade de orçamentação, com a possibilidade

de consultar os planos de manutenção dos fabricantes e os tempos de mão-de-obra

programados, dá acesso às informações técnicas necessárias à substituição de peças.

Além disso, é inteiramente personalizável para estruturas em rede e grupos oficinais.

Ao contrário de outros catálogos de peças automóveis no mercado, o Atelio Aftermarket

International (AMI) foi concebido para ajudar o distribuidor a acelerar a

comunicação com o seu cliente mecânico.

PRIMEIRA PLATAFORMA DE PODCAST PARA O AFTERMARKET

TALKTOMOTIVE | Na Automechanika Frankfurt 2022, a OTB Drivers lançou a primeira plataforma de

podcast para o mercado pós-venda automóvel, 100% dedicada ao aftermarket. Criada em colaboração com

a Unit Plus, uma empresa italiana de comunicação aftermarket automóvel, a plataforma tem a ambição de

trazer novas soluções digitais aos parceiros dos meios de comunicação, fabricantes e associações de aftermarket

automóvel para divulgar a sua voz à comunidade automóvel global. A Talktomotive, www.talktomotive.com,

tem como objetivo fornecer notícias, conhecimentos e informações do aftermarket a qualquer pessoa em todo

o mundo. “O podcast é uma tendência que não podemos perder” disse Luna Paciucci, CEO e Fundadora da OTB

Drivers “nos EUA já existem muitos podcasts do mercado pós-venda automóvel e queremos trazer esta tendência

para a Europa. Também queremos criar um acesso fácil a qualquer tipo de informação proveniente da indústria,

e é por isso que queremos manter a plataforma livre para o público”.

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NOTÍCIAS

EMPRESAS

SCHAEFFLER

ESTÁ A ELETRIFICAR OS VEÍCULOS COMERCIAIS

A

Schaeffler está a desenvolver tecnologia

de alta voltagem para os veículos elétricos

comerciais do amanhã, tanto leves,

como pesados. No futuro, cada vez mais, veículos

comerciais movidos por eletropropulsão estarão

nas estradas, à medida que os fabricantes de camiões

estão a tomar medidas para atingir uma

redução de 15% nas emissões de CO 2 até 2025,

tal como exigido pela União Europeia. Os novos

motores elétricos de alto desempenho da Schaeffler

são escaláveis, eficientes e extremamente

robustos. É impressionante que estes motores

conseguem atingir um grau de eficiência de mais

de 97% e disponibilizar uma potência de acionamento

contínua de até 300 kW, características

que são possíveis graças ao inovador sistema de

arrefecimento a óleo desenvolvido pelos especialistas

em motores elétricos da Schaeffler. Outra

característica chave é a tecnologia de enrolamento

ondulado utilizada nos estatores. A Schaeffler

é uma das poucas empresas no mundo a dominar

esta nova tecnologia de enrolamento, que resulta

em motores elétricos com densidades de potência

muito elevadas.

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42 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


LANÇA CALENDÁRIO OFICINA 2023

FEBI | Em 2023, o calendário de oficina da febi será lançado novamente, pela primeira

vez desde o início da pandemia. As fotografias desta edição foram tiradas na Colômbia no

início do verão de 2022. Nos últimos dois anos, a Covid-19 impediu-nos de organizar esta

sessão de fotografias. A Colômbia oferece vários cenários deslumbrantes para fotografias.

Todas as fotografias foram tiradas na zona de Cartagena, uma cidade portuária na costa

das Caraíbas que, não só oferece ótimas praias e bares extraordinários, como também

locais exóticos com o charme dos tempos coloniais. Uma equipa de fotografia, liderada

por Christian Deutscher, que já tinha estado atrás da câmara em vários calendários de

oficina da febi, tirou milhares de fotografias em quatro locais diferentes – apenas as doze

melhores fazem parte do calendário. O que parece tão fácil nas fotografias nunca é uma

tarefa fácil, especialmente para as modelos, devido às temperaturas tropicais. Mas todos

os esforços valeram a pena: a 20ª edição do calendário de oficina da febi é, uma vez mais,

extremamente atraente!uma aula de introdução ao Golf no Driving Range do Vidago

Palace Hotel e uma atuação do Rancho Folclórico Santo Estêvão de Regadas de Fafe no

restaurante Casa de Souto Velho. “Reinou a boa disposição neste encontro da Auto Silva

Acessórios com os seus clientes já de longa data e onde foi possível uma conjugação

equilibrada de negócios e lazer”, revelou o departamento de comunicação da Auto Silva

Acessórios.

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QUALIDADE E CONFIABILIDADE

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a Bendix é agora apoiada pela TMD Friction - um fabricante líder

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AUTO SILVA ACESSÓRIOS E GRUPO DRIV

REALIZAM WORKSHOP

A Auto Silva Acessórios S.A. em parceria com o grupo Driv, organizou um evento, no

Vidago Palace Hotel, com cerca de 50 pessoas, nos passados dias 17 e 18 de setembro,

onde promoveram, em conjunto, um workshop técnico direcionado principalmente para

as marcas Ferodo e Monroe. O programa deste encontro foi composto por um workshop

técnico direcionado principalmente para as marcas Ferodo e Monroe realizado pelo

formador Carlos Colado; uma visita guiada a uma fonte do Vidago Palace Hotel com prova

da água termal; um passeio num autocarro de 1930 por Vidago;

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Gestão

OTIMIZAR O DESEMPENHO DA OFICINA

ESTRUTURAR,

GERIR E MOTIVAR

A MAIORIA DAS EMPRESAS PRECISA DE PESSOAL QUE TRABALHE EFICAZMENTE E ISTO SIGNIFICA

QUE ESSE PESSOAL TEM DE SER GERIDO. CONTUDO, O QUE SIGNIFICA REALMENTE ‘GERIR UMA EQUIPA’

E COMO PODE O ‘GESTOR DA EMPRESA’ SER TAMBÉM UM GESTOR DE PESSOAS EFICAZ?


Um bom gestor de pessoal deve conhecer

na íntegra as funções e

as responsabilidades de todos

os membros da equipa, mas em última

instância, cada um desses membros da

equipa deve ser melhor a desempenhar

as suas tarefas do que o gestor poderá

ser. Além disso, o gestor deve ser capaz

de conseguir o melhor da equipa que

tem ao dispor e apenas mudá-la quando

todas as outras hipóteses falharam’. Em

suma, o gestor precisa de saber estruturar,

gerir e motivar a sua equipa para otimizar

o seu desempenho. É bem conhecida

a expressão que diz que as pessoas

não deixam os empregos, e deixam sim

os chefes, mas na realidade isto significa

que essas pessoas deixam o emprego

porque o mesmo não é agradável, ou

porque os seus pontos fortes não estavam

a ser aproveitados ou porque não

estavam a evoluir nas carreiras. E quem

é responsável por isto? O chefe.

Uma gestão ineficaz tem um impacto negativo,

não só na retenção de pessoal, na

qualidade do trabalho e no ânimo, mas

também no serviço de apoio ao cliente e

na imagem da empresa. Isso não é bom,

nem para o pessoal nem para o resultado

final. Os melhores gestores sabem o

que fazem, qual o rumo dos respetivos

negócios, e garantem que têm as pessoas

certas nas funções cruciais para que tudo

possa resultar. De igual modo, comunicam

e delegam eficazmente no pessoal

que foi formado, apoiado e motivado

com vista ao cumprimento das respetivas

responsabilidades. As empresas com

funcionários competentes e que são bem

geridos são as que têm melhor desempenho

e que frequentemente resolvem os

problemas antes de estes se agravarem e

se tornarem situações realmente graves.

Posto isto, vamos analisar alguns dos

princípios orientadores fundamentais

para uma boa gestão de pessoas:

Construa relações sólidas

e baseadas no respeito

Não queira que gostem de si, mas queira

obter e manter o respeito da sua equipa.

Passe tempo a falar com os membros do

seu pessoal. Irá demonstrar que está interessado,

mas também será motivador e irá

permitir-lhe compreender melhor as opiniões

deles e quaisquer preocupações que

possam ter. Seja confiante, vigoroso e profissional,

mantendo-se simultaneamente

transparente, acessível e motivador.

Fortaleça as suas

competências de comunicação

A sua capacidade de ouvir e comunicar é

vital para o seu sucesso enquanto gestor

de pessoas. E isto não significa apenas

a sua capacidade de ouvir e de falar de

modo individual, mas também a sua capacidade

de captar a atenção das pessoas

de modo a expor as suas ideias, valores e

perspetivas, bem como a sua capacidade

de ouvir e respeitar as ideias, os valores

e as perspetivas dos outros. Isso é verdadeira

comunicação. Quer fale com uma

pessoa, ou faça uma apresentação para

um vasto conjunto de pessoas, competências

de comunicação sólidas são muito

importantes.

Desenvolva ativamente a sua

equipa e seja o líder da equipa

À medida que estabelece e fortalece relações

com a sua equipa, deve começar

a identificar os talentos, as capacidades

e os pontos fortes individuais dos seus

funcionários. Ter conhecimento deste

pormenor irá ajudá-lo a desenvolver a

sua equipa de modo a que toda a gente

tenha uma função na qual possa ter

sucesso e se destaque. Passe tempo a

comunicar com cada funcionário individualmente,

dado que, muito frequentemente,

os funcionários transmitirão

aquilo que julgam ser os seus próprios

pontos fortes e onde pretendem chegar.

Também podem dar ideias sobre como

fortalecer a sua equipa e o desempenho

da mesma como um todo. Por vezes,

ânimo e desempenho reduzidos podem

dever-se a falta de apoio e de formação.

Certifique-se de que toda a sua equipa se

mantém atualizada, com formação regular

adequada a cada função.

Saiba o que os seus funcionários

mais apreciam e valorizam

Para determinar o que os seus funcionários

realmente apreciam e valorizam,

ou para conhecer as necessidades de formação

e apoio dos mesmos, recorra a inquéritos,

avaliações individuais ou grupos

de discussão para falar de cada área

fundamental, de modo a identificar os

pontos positivos, as falhas de competências

ou as áreas que devem ser melhoradas.

É muito simples, apoie a sua equipa.

Seja transparente

Omitir coisas aos seus funcionários é

uma receita para o desastre. Lembre-se

de que passou tempo a estabelecer relações

com estas pessoas, relações baseadas

em respeito. Gerar confiança faz

também parte desse respeito mútuo.

Mantendo a transparência, a honestidade

e a confiança junto dos seus funcionários,

irá promover ainda mais o respeito

e a lealdade dos mesmos.

Assuma a responsabilidade

Isto pode muitas vezes ser difícil, mas é

sinal de uma gestão de pessoas verdadeiramente

excecional. Enquanto gestor,

líder ou responsável da sua empresa,

toda a responsabilidade deve incidir sobre

si. É o responsável pelo desempenho

dos seus funcionários. Lembre-se que

falhar não representa uma fraqueza; é

uma oportunidade de aprender, de se

fortalecer e de melhorar. Assuma a responsabilidade

pela sua equipa e esta irá

respeitá-lo mais por isso. Todos estes

princípios de gestão de pessoas são importantes

competências de gestão interna,

mas também serão tidos em conta

externamente por parte dos clientes, de

diversas formas, umas mais óbvias, outras

nem tanto.

Perceção positiva

do funcionamento da empresa

Quando os clientes contactam a sua empresa,

seja por telefone, e-mail ou através

de uma visita presencial, a sua perceção

será significativamente mais positiva se

sentirem que estão a lidar com uma empresa

bem gerida, que funciona bem, com

pessoal profissional e altamente motivado.

Muitas vezes é quase impercetível a

forma como isto pode ser detetado, mas

seguramente que, se o seu pessoal não

estiver a trabalhar num ambiente bem liderado

e motivador, isso irá refletir-se na

respetiva atitude em relação ao trabalho

e, frequentemente, em relação aos seus

clientes, de uma forma negativa. l

A REALIDADE É QUE OS BONS GESTORES NÃO SURGEM ESPONTANEAMENTE,

mas ADQUIREM as COMPETÊNCIAS COMO PARTE DA APRENDIZAGEM

SOBRE COMO COMPREENDER as PESSOAS ENQUanto INDIVÍDUOS

www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 45


Empresa

MANN+HUMMEL APRESENTA ESTRATÉGIA ‘CARBONO ZERO’

TUDO PELO AMBIENTE!

O VERDE NÃO É APENAS A COR CORPORATIVA DA MANN+HUMMEL, MAS O VERDE É TAMBÉM O PRESENTE

E O FUTURO DESTE ESPECIALISTA EM FILTRAÇÃO. COM AS SUAS SOLUÇÕES, A EMPRESA COM SEDE

EM LUDWIGSBURG, NA ALEMANHA, SEPARA O ÚTIL DO PREJUDICIAL E DESENVOLVE ASSIM TECNOLOGIAS

CHAVE PARA ABRIR O CAMINHO PARA UM PLANETA MAIS LIMPO


Com o objetivo de conduzir um futuro sustentável

e minimizar a sua pegada de carbono,

a MANN+HUMMEL tornou pública

a sua estratégia “Carbono Zero”, que prevê a utilização

de energias renováveis em todas as fábricas

da MANN+HUMMEL a partir do próximo ano.

A estratégia afirma também que, até 2030, toda a

produção será neutra em CO 2; e, até 2050, toda a

cadeia de abastecimento. “Esta é a nossa missão:

separar o útil do prejudicial. Esta é a base do nosso

negócio e, ao mesmo tempo, a nossa responsabilidade.

Uma responsabilidade que levamos a sério,

não só fornecendo aos nossos clientes tecnologias

de ponta para os ajudar a tornarem-se mais sustentáveis,

mas também queremos ser nós próprios

mais sustentáveis. E a nossa neutralidade de CO 2

é um passo importante neste caminho”, diz Jean

Gangloff, Vice-Presidente de Qualidade, Saúde,

Segurança e Ambiente da empresa. As chaves para

alcançar estes objetivos incluem o aumento dos

níveis de eficiência energética da empresa, bem

como a utilização de energias renováveis. Além

disso, a MANN+HUMMEL prestará ainda mais

atenção à sustentabilidade da sua própria cadeia

de abastecimento, bem como ao processo de produção

dos seus produtos.

Menos resíduos da fábrica

A União Europeia estabeleceu um objetivo para os

estados membros de limitar os aterros a um máximo

de 10% dos resíduos até 2035. A nível dos cidadãos

ou das empresas, este objetivo implicará uma

maior procura de separação na fonte e de um tratamento

correto dos resíduos. A MANN+HUM-

MEL Ibérica têm vindo a trabalhar há anos no seu

plano “aterro zero”. “A nossa estratégia ambiental

para 2018-2023 visa alcançar a plena reciclabilidade

dos resíduos. Em 2019 já atingimos uma taxa

de reciclagem de quase 99%. Em 2020, apenas

2,05% dos nossos resíduos foram para aterro” refere

a MANN+HUMMEL Ibérica.

Durante o ano passado, a empresa sediada em Saragoça

registou uma redução de 15,5% no volume

de resíduos, o que implica uma melhoria na utilização

interna dos recursos. “A nossa percentagem

de resíduos continua ano após ano a avançar para

o objetivo estratégico de “Aterro Zero”, um objetivo

que esperamos alcançar até 2023. Para tal, procuramos

sempre a gestão mais sustentável possível

para cada tipo de resíduos, promover o consumo

responsável, a reutilização interna dos resíduos e

a reciclagem externa de tudo o que não possa ser

utilizado internamente. Dentro das opções de tratamento

sustentável (reciclagem ou recuperação

de energia), as opções de reciclagem são sempre

priorizadas se estiverem disponíveis”, afirma a

MANN+HUMMEL Iberica.

Além disso, como parte da sua estratégia para reduzir

as emissões de gases com efeito de estufa, a

MANN+HUMMEL Iberica continua empenhada

na compactação de resíduos (peças termoplásticas,

papel e cartão, e sólidos inertes). “2,3% dos resíduos

produzidos no nosso local de produção são considerados

perigosos e como tal são tratados por gestores

de resíduos especificamente autorizados para cada

tipo de resíduos. Em 2020, as máscaras cirúrgicas

utilizadas pelos empregados foram incluídas neste

tipo de resíduos para que possam ser tratadas adequadamente

e de uma forma amiga do ambiente”,

acrescentou a MANN+HUMMEL Ibérica.

Filtro contribui

para proteção do ambiente

Contribuir para a preservação da sustentabilidade

ambiental é uma das linhas de trabalho seguidas

pelo trabalho de I&D da MANN+HUMMEL na

conceção de novas soluções de filtração. É o caso

do sistema de filtragem de partículas de ar do novo

Mercedes-Benz Sustainer, constituído por dois

filtros, um à frente e outro no eixo traseiro, cuja

função é limpar o ar onde quer que este circule,

tornando possível compensar as emissões de partículas

PM10 em mais de 50% e, mesmo quando parado,

aspirar a poluição em redor do veículo - por

exemplo, durante o tempo de carregamento das

baterias de um veículo elétrico. Durante este processo,

o sistema consome apenas 160 watts, graças

à eficiência do ventilador e a uma queda de pressão

otimizada dos elementos filtrantes.

Outro filtro baseado no mesmo conceito, mas neste

caso, adaptável a qualquer veículo, é o filtro Pure

Air também desenvolvido pela MANN+HUMMEL,

que pode ser instalado no tejadilho do veículo, permitindo

opções de personalização para frotas, empresas,

etc.. O desenho da dupla entrada de ar tem

uma capacidade de aspiração de até 2.000 metros

cúbicos por hora. Outro exemplo é o filtro de partículas

de pó de travão, que remove até 80% das partículas

ultrafinas libertadas no ambiente durante a

travagem e é capaz de se adaptar a todas as formas

de mobilidade, desde veículos eléctricos e híbridos a

veículos convencionais a gasolina ou diesel.

Sustentabilidade ambiental

A MANN+HUMMEL também contribui para a

sustentabilidade ambiental através dos materiais

utilizados na conceção e fabrico da sua gama de

produtos. É o caso dos filtros de ar feitos de plástico

reciclado a partir de garrafas PET. Com o plástico

de duas garrafas de 1,5 litros, é possível obter

até um metro quadrado de meio filtrante. Além

disso, graças à elevada capacidade de retenção de

sujidade destes meios sintéticos, é necessária até

30% menos superfície de filtragem em comparação

com um filtro de celulose tradicional,

Combustíveis sintéticos são alternativa

O tráfego rodoviário é responsável por 38% das

emissões de CO 2 na União Europeia, de acordo

com os dados do Eurostat de 2019. Os combustíveis

sintéticos poderiam ser a chave para reduzir estas

emissões e cumprir os objetivos da UE em matéria

de emissões. A redução das emissões de CO 2 destinada

a combater as alterações climáticas está a levar

muitos fabricantes de veículos a concentrarem a sua

produção em veículos com motores de combustão

movidos a combustíveis sintéticos sem emissões de

carbono, permitindo assim a neutralização dos gases

com efeito de estufa nos motores convencionais

a diesel e a gasolina. A este respeito, a MANN-FIL-

TER, especialista em sistemas de filtragem automóvel,

desenvolveu uma série de filtros de combustível

especialmente concebidos para resistir aos combustíveis

sintéticos. “Os combustíveis sintéticos podem

ser agressivos para alguns tipos de elastómeros”, explica

a empresa, avisando que “como resultado, os

vedantes podem perder até dez por cento do seu volume

e, no pior dos casos, fazer com que o combustível

saia e que o filtro se solte enquanto se conduz.

Para o evitar, MANN-FILTER utiliza materiais de

selagem resistentes a esta degradação, que asseguram

uma retenção permanente e uma selagem

completa do filtro, cumprindo ao mesmo tempo todas

as normas de equipamento original relevantes

e todas as especificações exigidas pelos fabricantes

de automóveis.

A empresa afirma que “a mobilidade do futuro

será uma combinação de diferentes tecnologias

de propulsão e que os combustíveis serão necessários

durante muito tempo, pelo que trabalhar para

aumentar a utilização de combustíveis sintéticos

contribuirá grandemente para a luta contra as alterações

climáticas”. A MANN-FILTER já iniciou

a produção em série destes filtros de combustível

altamente eficientes para vários fabricantes de veículos

comerciais.

Automóveis a hidrogénio são solução

É evidente que o futuro da indústria automóvel será

eletrificado, especialmente se tivermos em conta a

recente regulamentação europeia e ainda mais a

futura entrada em vigor da Euro 7, que tornará a

aprovação de motores térmicos capazes de cumprir

os limites de emissão exigidos o mais rigoroso possível.

No entanto, a corrida ainda está em curso para

os fabricantes de automóveis encontrarem a fórmula

para alimentar estes automóveis de forma rápida

e sustentável. A MANN+HUMMEL Ibérica está

empenhada, entre outras soluções, na implementação

do hidrogénio como um método sustentável de

geração de energia para a propulsão de automóveis.

Uma fórmula que, além de contribuir para resolver

o problema das emissões de dióxido de carbono

para a atmosfera, também se torna uma das melhores

alternativas ao problema do carregamento das

atuais baterias dos veículos elétricos. “Com a célula

de combustível de hidrogénio seríamos capazes de

reduzir as emissões dos veículos, ao mesmo tempo

que ajudávamos a resolver as desvantagens dos veículos

elétricos plug-in em termos de alcance e tempo

de recarga”, acrescentou a empresa.

“A célula de combustível de hidrogénio consiste

num sistema inovador que faz com que o motor

gere a electriidade de que necessita para se deslocar

através de uma reação entre o ar aspirado da rua e o

hidrogénio armazenado no tanque. Por outro lado,

tanto a autonomia de cada tanque como o tempo

de reabastecimento são semelhantes ao que estamos

habituados com um motor térmico”, dizem. A

MANN+HUMMEL já está a trabalhar em soluções

de filtração para motores de células de hidrogénio

como uma alternativa de mobilidade limpa. l

www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 47


Empresa

CONVENÇÃO PADOR AUTO SERVICE

OFICINAS MAIS FORTES!

TENDO COMO LEMA “LADO A LADO NO FUTURO”, REALIZOU-SE NO DIA 1 DE OUTUBRO, NO CASINO

DA FIGUEIRA DA FOZ, A CONVENÇÃO PADOR AUTO SERVICE, QUE CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DAS

OFICINAS ADERENTES A ESTE PROGRAMA CRIADO EM 2016 E QUE CONTA ATUALMENTE COM 65 PARCEIROS

Pensado especificamente para as oficinas multimarca

que se querem manter independentes,

mas que entendem não ser uma estratégia

adequada ficar isoladas sem qualquer suporte, o Pador

Auto Service tem ganho dimensão e mais valias a

nível de novas ferramentas que oferece aos parceiros.

Manuel Vicente, gerente da Rodapeças, deu início

à Convenção, destacando a qualidade dos oradores

convidados, que trouxeram temas muito atuais

e suscitaram o interesse dos participantes para os

grandes desafios que têm pela frente. Sobre a evolução

do Programa Pador Auto Service, este responsável

referiu que “a estratégia não é crescer em quantidade

de aderentes ao Programa. O nosso grande

objetivo é conseguir manter a elevadíssima qualidade

que este Programa já tem e continuar a conseguir

ir ao encontro das expetativas dos nossos clientes

que fazem parte do mesmo. É um Programa extremamente

inovador no nosso país, porque é flexível e

muito rico na oferta de serviços de suporte que tem.

As Oficinas podem beneficiar dum Call Center técnico,

de formação técnica e empresarial, de imagem

corporativa e ainda de suporte ao marketing. Tudo

isto, sem obrigações. A flexibilidade deste Programa,

permite a que todo o tipo de oficina possa usufruir

de suporte ao seu negócio”.

Formação é prioridade

A formação, que sempre foi um dos pontos forte do

programa Pador Auto Service, atingiu um número

recorde de 223 formandos em 2021 e para este ano

espera-se que este número seja ultrapassado. Para

isso, os responsáveis do programa vão dinamizar

o trabalho que está a ser desenvolvido pela Pador

Academy, com o objetivo de formar e capacitar as

oficinas aderentes com as melhores ferramentas

através de ações de formação focadas nas áreas mais

solicitadas. “Para nós é importante fazer formação

que vá ao encontro das necessidades das oficinas e

que acrescente valor ao seu negócio. Por isso criámos

um programa que inclui as áreas de formação

mais solicitadas pelos nossos parceiros e com um

calendário que permite as oficinas programarem os

seus dias de formação no período que lhes for mais

conveniente”, referiu Manuel Vicente. A forte adesão

dos parceiros aos diversos cursos de formação

realizados ao longo do ano e a avaliação positiva por

parte dos formandos e formadores, são motivos de

orgulho para os responsáveis da Rodapeças, que

prometem continuar a apostar nesta área.

Novo Call Center e Pador Tech Solutions

Como novidade foi apresentado o novo Call Center,

que passa a ter apoio técnico na Alemanha, recorrendo

a uma base de dados com mais de 300 mil

casos reais e ainda o acesso a portais técnicos dos fabricantes

de automóveis. Relativamente à plataforma

digital Pador Tech Solutions, foram divulgados

os novos módulos que já estão disponíveis, designadamente

de orçamentação, onde a oficina pode

fazer uma comparação entre os valores OE e IAM.

“Esta possibilidade permite mostrar de imediato

ao cliente as vantagens de optar por um orçamento

com peças de qualidade equivalente à origem, mas

mais económico e com a mesma garantia”, refere o

gerente. O Pador Tech Solutions possibilita também

o registo de toda a informação dos veículos, desde a

entrada na oficina, o tempo de reparação e o tipo de

manutenção ou reparação efetuada. Deste modo, o

responsável da oficina pode com facilidade consultar

online todo historial de serviço da oficina, as horas

despendidas em cada viatura e a rentabilidade

das operações.

Aposta na comunicação online

Ana Correia, diretora e marketing da Rodapeças,

apresentou a imagem corporativa dos Pador Auto

Service, a nível exterior e também interior, reforçando

a mais valia do Programa, que confere oportunidade

a qualquer oficina multimarca se tornar

um Pador Auto Service sem nunca perder a sua

própria identidade, mantendo a sua independência

e principalmente a sua autonomia. “Esta flexibilidade

com os aderentes é a nossa grande vantagem,

porque não queremos ter oficinas padronizadas,

mas sim oficinas fortes”, referiu Ana Correia, que

acrescentou “o digital está em crescimento constante

e por isso temos apostado cada vez mais nas

nossas redes sociais, onde divulgamos a imagem

institucional do Programa com várias publicações”.

E porque o futuro está na digitalização das oficinas,

o Programa Pador Auto Service vai apostar ainda

mais na receção ativa e no marketing oficinal, de

forma a posicionar-se na vanguarda da reparação

automóvel. Foi também anunciado o lançamento

de uma solução e crédito rápido para os clientes das

oficinas, que permite o pagamento faseado do valor

da reparação sem juros. O risco para a oficina é nulo

e permite-lhe aumentar a tesouraria.

Sustentabilidade e economia circular

Fábio Parente, responsável da Derasa, falou sobre

o tema da sustentabilidade e economia circular e

apresentou os serviços desta empresa do grupo Rodapeças,

que faz a gestão de resíduos, incluindo a

colocação de contentores identificados com códigos

LER nas oficinas e a recolha dos resíduos para reciclagem.

Com este suporte a oficina previne acidentes

ambientais, poupa recursos e melhora as condições

de higiene e segurança, para além de ficar em

conformidade com a legislação ambiental, evitando

assim as pesadas coimas por inconformidades.

Seguiu-se uma interessante apresentação de Joaquim

Candeias, presidente da DPAI/ACAP que abordou

alguns dos temas mais atuais do aftermarket na

Europa. Miguel Oliveira, Pedro Rua e Jorge Cancella

de Abreu foram outros dos oradores convidados que

abordaram temas igualmente interessantes, designadamente:

os desafios técnicos das oficinas no século

XXI; gestão das oficinas pelo método 5S e as dificuldades

das oficinas se atualizarem perante a mudança

acelerada que o setor está a viver. A Convenção encerrou

com uma palestra de Jorge Sequeira, um dos

mais importantes speakers motivacionais do país,

que contou algumas das melhores histórias incluídas

no seu recente livro “Dar ao pedal”. Não se trata de

um manual de ciclismo, mas antes um guia para ajudar

empresários e empreendedores a potenciar o seu

desempenho, seja qual for a sua área. l

48 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


A PADOR AUTO SERVICE CRIOU A PADOR ACADEMY, COM O OBJETIVO

DE REFORÇAR A VERTENTE FORMAÇÃO PARA AS OFICINAS DA REDE,

COM CURSOS TÉCNICOS E CURSOS DE FORMAÇÃO EMPRESARIAL

ADEQUADOS À REALIDADE E ÀS NECESSIDADES DAS OFICINAS PARCEIRAS


SPAIN

produto

GRUPO


CAUTEX LANÇA NOVIDADES E NOVO WEBSITE

TRÊS NOVAS FAMÍLIAS

PEÇAS DE PORTAS

A CAUTEX, UM FORNECEDOR COM 65 ANOS DE EXPERIÊNCIA NO MERCADO DE PEÇAS SOBRESSALENTES

DE BORRACHA E METAL PARA O SETOR AUTOMÓVEL, E PARTE DO GRUPO AMERICANO BBB INDUSTRIES,

LANÇOU TRÊS NOVAS FAMÍLIAS DE PEÇAS PARA PORTAS

A

Cautex lançou 685 novas referências e introduziu

3 novas famílias de peças de portas:

acionadores de portas de combustível

(de momento entra com 6 referências), dobradiças

de portas (que aparecem no catálogo com 221 novos

artigos), e puxadores de portas (apresentando 111

novas peças sobressalentes). Além disso, tem também

42 novas fechaduras e 21 novas guias de portas

deslizantes. Desta vez há uma macro-família com

grande destaque, a porta e as partes do corpo, com

um total de 412 referências. Para além destes, os novos

produtos incluem também os habituais artigos

de borracha e metal: sinoblocos, suportes de motor,

kits de fole de transmissão e polies da cambota.

O catálogo pode ser descarregado em formato PDF

a partir do site da marca, sendo um prático instrumento

de trabalho para os profissionais do sector.

Clicando no número de referência abre a loja online

Cautex onde pode ver a informação completa

sobre a peça e o seu stock. Todas as referências estão

disponíveis no TecDoc.

Este é o resumo das famílias mais importantes no

novo lançamento da Cautex:

• Silentblocs = 116 referências

• Montagens do motor = 60 referências

• Kits de fole de transmissão = 30 referências

• Polias de cambota = 24 referências

• Partes da porta e do corpo = 412 artigos

• Dobradiça da porta = 221 artigos

• Punho da porta = 111 referências

• Fechaduras = 42 referências

• Guia da porta deslizante = 21 referências

• Atuador da tampa de combustível = 6 referências

Com estes novos produtos, a Cautex continua a

aumentar a sua oferta e conta agora com mais de

14.500 referências em stock. Continua a crescer com

as máximas que sempre a caracterizaram: uma vasta

gama de produtos, um firme compromisso com a

qualidade, e um cuidadoso serviço ao cliente. l

NOVO WEBSITE EM PORTUGUÊS MAIS VISUAL E INTUITIVO

A Cautex lançou recentemente o seu novo website, que é mais

visual e intuitivo e visa facilitar a navegação aos seus utilizadores.

A facilidade de utilização do novo website permite aos utilizadores

consultar a vasta gama de produtos Cautex, conhecer todas as

políticas de qualidade da empresa e fazer encomendas através da

loja online, entre outras coisas.

Outra característica importante do novo portal é a sua funcionalidade

multilingue, passando das 3 línguas do antigo website para 5

línguas (espanhol, inglês, francês, italiano e português) e também

uma versão para o mercado latino-americano. Isto responde ao forte

processo de expansão internacional da empresa e ao seu objetivo de

penetrar em novos mercados. A Cautex está atualmente presente em

20 países. Neste sentido, o novo website reflete o importante trabalho

que a empresa está a realizar para fornecer aos distribuidores e

mecânicos de pós-venda as melhores soluções com um elevado nível

de qualidade.

Os utilizadores podem consultar os rigorosos controlos de qualidade

a que todos os produtos Cautex são submetidos, um facto que

garante uma elevada fiabilidade do produto, equivalente à do

equipamento original, mas a um custo mais competitivo. Na secção

de qualidade pode também encontrar a documentação para

procedimentos tais como garantias e devoluções. Outra das secções

destacadas do website é a secção de Downloads, onde pode aceder

a catálogos, lançamentos, brochuras e circulares técnicas. Tudo está

apenas a um clique de distância. Também merece uma menção

especial a nova secção completamente renovada das Notícias e

Eventos, um blog onde a Cautex partilha todas as notícias sobre

informação corporativa, produtos ou presença em feiras comerciais

para que os seus clientes estejam a par da atividade da empresa

sediada em Barcelona.

Outra novidade é uma janela pop-up que informa sobre o Serviço

Técnico como parte do Serviço de Atendimento ao Cliente. Este

departamento pode ser contactado por e-mail, cstecnico@cautex.

com, no telemóvel 616470752, ou no número de telefone geral

934225300, extensão 2006. O objetivo é comunicar com os utilizadores

de peças sobressalentes Cautex, resolvendo os seus problemas

e estando mais perto deles para os ajudar.

Graças a este novo departamento, os clientes da Cautex poderão

resolver um grande número de dúvidas técnicas, tais como saber

exatamente que número de referência necessitam para um modelo

de veículo específico, as especificações técnicas de uma peça sobressalente,

como utilizar o website e shop-online, como consultar

o catálogo PDF… e qualquer outra dúvida técnica que os clientes

necessitem de resolver. A Cautex continua a crescer com as máximas

que sempre a caracterizaram e agora também apoiada por um poderoso

instrumento de comunicação como o seu novo website. Para

visitar o novo website da Cautex consulte www.cautex.com

O NOVO WEBSITE DA CAUTEX REFLETE O IMPORTANTE TRABALHO

QUE A EMPRESA ESTÁ A REALIZAR PARA FORNECER AOS DISTRIBUIDORES

E MECÂNICOS DE PÓS-VENDA AS MELHORES SOLUÇÕES COM UM ELEVADO

NÍVEL DE QUALIDADE

www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 51


NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO

Produto

BOSCH COMEMORA 100 ANOS A DUPLICAR

DÉCADAS DE EXPERIÊNCIA E MELHORIA CONTÍNUA

A

Bosch está de parabéns! Comemora 100

anos a desenvolver velas de incandescência

e mais 100 anos de baterias. A Bosch apresenta

velas incandescentes para quase todos os

veículos a diesel, incluindo modelos mais antigos.

Quanto às baterias, é raro o modelo que a Bosch

não tenha. Robert Bosch percebeu muito cedo que

a excelente eficiência dos motores a diesel os tornava

adequados para uso em veículos motorizados. O

problema era que esses motores tinham uma grande

dificuldade em arrancar frio. As velas incandescentes

Bosch, que entraram em produção em 1922,

foram a solução, movendo o pré-aquecimento do

motor para o interior da câmara de combustão.

Foi também há cem anos que a Bosch começou a

produzir baterias de arranque em Feuerbach, Estugarda,

inicialmente para motociclos e, a partir

de 1927, para automóveis de passageiros.

Know How no fabrico de velas

A primeira vela de incandescência de polo único da

Bosch apresentava um isolador de mica com um

filamento aberto de fio. Hoje, a tecnologia Duraterm

e o aquecimento cerâmico com fases de pré-

-aquecimento curtas e fases de pós-aquecimento

longas garantem eficiência de combustível e uma

longa vida útil. Com a vela incandescente Bosch

DuraSpeed, que incorpora um elemento de aquecimento

em cerâmica, um arranque a frio demora

menos de dois segundos. Dar tempo ao motor

diesel para aquecer é agora uma coisa do passado.

Além disso, as velas de incandescência modernas

desempenham um papel importante na limpeza

do filtro de partículas, uma vez que o seu calor ajuda

na regeneração do filtro.

Ampla gama de baterias de arranque

Também quando se trata de baterias de arranque,

a Bosch tem 100 anos de experiência e know-how,

como mostram os seguintes marcos históricos. Na

década de 1960, a Bosch comercializava baterias

com invólucro de plástico e indicador de carga. As

baterias livres de manutenção para automóveis de

ligeiros foram introduzidas na década de 1980.

A partir da década de 1990, as grelhas de liga de

prata das baterias da Bosch garantiram longa vida

útil e alta potência no momento de arranque. Desde

2000, o portfólio da Bosch foi complementado

com baterias AGM de elevado desempenho para

veículos de ligeiros com sistemas start-stop e vários

consumidores elétricos. A duração da bateria

também tem vindo a ser continuamente melhorada.

Em 2016, a Bosch ganhou o Prémio de Inovação

Automechanika Frankfurt pela sua bateria de

íons de lítio para motocicletas. Em 2019 assistiu-

-se à estreia da Bosch TA AGM, uma bateria para

veículos comerciais com altos requisitos de energia

no exigente mercado de transporte de longa distância.

Além disso, desde o final de 2019 e para

equipamentos originais, a Bosch desenvolve e fabrica

baterias de 48 volts para hibridização leve. A

bateria de 48 volts armazena energia da travagem

e suporta o motor de combustão durante a aceleração.

Isso reduz o consumo de combustível e as

emissões de CO 2.

52 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


OSRAM ADICIONA

NOVOS MODELOS NA

GAMA LUZES INSPEÇÃO

Caracterizada por um design excecional, benefícios individuais

otimizados e características ideais para cada modelo, a gama

de luzes LEDinspect da OSRAM proporciona a luz certa para

as suas necessidades específicas. Adequadas para trabalhos de manutenção

e reparação, para uso profissional e privado, para mecânicos,

técnicos, entusiastas de automóveis e para qualquer pessoa que

precise de iluminação robusta e duradoura com produtos flexíveis

e ajustáveis, cada luz de inspeção OSRAM LEDinspect reflete uma

compreensão das aplicações profissionais e fornece luz exatamente

onde e quando for necessária. A gama é versátil e diversificada, permitindo

o uso preciso, eficiente e eficaz da luz. A OSRAM oferece 2

anos de garantia

NOVOS PRODUTOS

DE ILUMINAÇÃO

MAGNETI MARELLI | A Magneti Marelli Parts & Services

apresenta o lançamento de novos produtos na família Lighting.

O lançamento consiste em 43 referências, a maioria delas para

aplicações muito novas e mesmo algumas delas para a última

geração de veículos elétricos, como o Mercedes Benz EQS e EQE.

Outros destaques incluem o conjunto completo de lâmpadas,

projetores e luzes diurnas para o novo Fiat 500E e os projetores

matriciais LED para o Audi A8 MY21, o conjunto completo de

luzes traseiras para o Land Rover Discovery MY21 e Porsche

Panamera MY20. O lançamento inclui 28 faróis, todos eles LED

e alguns com função dinâmica ou matriz, 28 luzes traseiras

combinadas, algumas delas faróis de nevoeiro, e um conjunto

de luzes LED de funcionamento diurno.

SINNEK

REVOLUCIONA MERCADO

COM MÁQUINA DE DOSAGEM DE COR

A

SINNEK,

marca de tinta premium para carroçaria, apresenta uma nova revolução no mundo da

cor. É uma máquina de dosagem totalmente automatizada, uma solução altamente eficiente

para a produção de cor no sector da refinação. Uma máquina capaz de dosear tinta com uma

precisão de cor extremamente elevada. A máquina, que em breve estará à disposição dos clientes da

marca, foi apresentada ao público na feira EQUIP AUTO 2022 em Paris. Com este lançamento, a SIN-

NEK demonstra mais uma vez o seu claro empenho na dosagem automática de bases de cor. Não em

vão, em 2017 foi a primeira marca de pintura de carroçaria a apresentar tal equipamento como parte

da sua proposta de valor para os clientes. A máquina da série W6000 oferece alta produtividade no

processo de processamento de cor, graças à grande velocidade com que realiza a dosagem, com capacidade

para fazer 20 cores prontas a usar por hora. Outra das suas características distintivas é a sua alta

precisão, com uma capacidade de produzir cores a partir de 30 gramas, e uma precisão de até 4 casas

decimais.

www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 53


Notícias

Produto

SPIES HECKER APRESENTA

DOIS VERNIZES

COM EFEITO MATE

A

Spies

Hecker lançou o seu novo sistema de

vernizes Permacron Matt Clear System, que

inclui dois produtos, o Permacron Matt System

Clear Coat 8185 e o Permacron Semi-Gloss System

Clear Coat 8170. Formulados especificamente

para serem usados como parte dos 280/285 Base

Coat e Permahyd Hi-TEC Base Coat 480 Systems e

com o Permacron Base Coat 293/295 ou pintura

original, são misturados para proporcionar acabamentos

mate de OEMs de alta qualidade e de todos

os níveis de brilho de forma rápida e mais fácil do

que nunca. Estes produtos inovadores utilizam uma

tecnologia de pigmentos mate significativamente

menores, que oferecem uma aparência muito menos

cinzenta e turva, garantindo uma aparência

homogénea, uniforme e sem irregularidades. Os

pintores podem identificar sempre a fórmula de cor

mate adequada com o espectrofotómetro Color Dialog

Phoenix e procurar o nível de brilho correspondente

para a sua fórmula de cor específica de forma

muito rápida e fácil com o avançado software de gestão

de cores digital.

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UMA REFERÊNCIA IBÉRICA

NA DISTRIBUIÇÃO

DE PNEUS

VENDA EXCLUSIVA A PROFISSIONAIS • Zona Industrial, Lote 38A, 3060-197 Cantanhede • T. +351 231 419 290 • info@sjosepneus.com • www.sjosepneus.com

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PNEUS VENDIDOS

200.000

PNEUS EM STOCK

32.000m 2

ARMAZÉM

25

CAIS

+70

COLABORADORES


MAIS DE 700 NOVAS REFERÊNCIAS

METALCAUCHO | A Metalcaucho está de volta com força e apresenta 714 novas peças

sobressalentes de 46 famílias diferentes. Entre os novos produtos, destaca-se a vasta gama

de rótulas que foram adicionadas ao catálogo: 182 rótulas de rótulas de ponta de tirantes,

40 rótulas de junta axial e 30 rótulas de suspensão. Além disso, existem também muitos

produtos novos nas famílias de bielas, termóstatos (atingindo quase 900 referências),

buchas (com mais de 500 códigos), e suportes de direção (uma família chave que continua

a crescer com mais 9 referências). As peças de reposição Metalcaucho são fabricadas com as

mesmas especificações do fabricante original, mas por vezes a sua experiência e conhecimentos

fazem-na melhorar os desenhos originais para os tornar mais duráveis. Em famílias

tais como juntas esféricas ou bielas, aumenta a espessura de certas peças, ou seleciona

materiais mais resistentes, com o objetivo de oferecer aos clientes produtos com uma vida

útil mais longa. Este lançamento inclui 24 referências com estas melhorias incorporadas.

CALIBRADOR DE CÂMARA

RETROVISORA PARA PESADOS

GONÇALTEAM | A Gonçalteam já dispõe da solução técnica para a calibração da

câmara retrovisora para os veículos pesados que possuem este sistema ADAS. A HAWEKA

SCC é o único sistema aprovado para calibrar os Mercedes Mirror Cams. O procedimento de

calibração do Mirror Cam com o SCC já está disponibilizado no software Mercedes XENTRY-

-Software. Também está aprovado o SAD500-MB, que permite à oficina da Mercedes Benz

calibrar os sistemas ADAS estaticamente. As vantagens da calibração estática incluem: operação

individual; calibração no interior da oficina; independente das influências climáticas;

independente de outros veículos a serem seguidos durante a calibração dinâmica. Como a

calibração estática com o HAWEKA SAD500-MB é muito mais rápida, a empresa não apenas

economiza tempo, mas também dinheiro, pois os AW (valores da mão de obra do serviço)

são especificados pela Mercedes.

RPA ACRESCENTA

DYS AO SEU PORTFÓLIO

DE MARCAS

A

RPA – Rui & Paulo Almeida introduziu a nova marca DYS no seu portfólio,

com o objetivo de se tornar o parceiro ideal dos profissionais do ramo automóvel.

O portfólio da RPA, conta agora com braços suspensão, pendurais,

rótulas direção/suspensão/axiais, “podendo ser expandido a qualquer momento a

toda a oferta da Marca DYS”, revelou o departamento de comunicação da RPA. A

DYS posiciona-se como fabricante líder tornando-se uma marca forte e com qualidade

garantida, imagem única capaz de competir com outras marcas do mercado

de aftermarket.

AUMENTA GAMA DE CAUDALÍMETROS

ALFA E-PARTS | A nova marca, da BBB Industries, a Alfa e-Parts já tem 122 sensores MAF na sua carteira

e incluirá mais de 100 novas referências no início de 2023. Alfa e-Parts, a nova marca da divisão europeia da

BBB Industries, com um novo e moderno conceito de componentes elétricos e eletrónicos para automóveis,

continua a aumentar a sua oferta. Lançou recentemente 137 referências, incluindo 93 novos caudalímetros ou

sensores MAF. Esta é uma família que tem atualmente 122 referências no seu catálogo. Além disso, anunciam

que no início de 2023 irão completar a sua oferta com mais de 100 novos caudalímetros. A Alfa e-Parts está

empenhada num produto 100% concebido, fabricado e testado sob rigorosos e exigentes testes de qualidade,

uma vasta gama que não deixará de crescer (cerca de 6.000 novas referências anuais), e um serviço que

responde às expectativas dos seus clientes, tirando partido da logística das marcas do grupo BBB Industries.

Relativamente aos caudalímetros, classificados dentro da oferta Alfa e-Parts na família de sensores e na

sub-família de gestão do motor, são testados e calibrados como as referências originais.

www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 55


Notícias

Produto

DUAS NOVas MESAS ELEVatÓRIAS

Nós damos uma mãozinha

CETRUS | A CETRUS acaba de lançar para o mercado duas novas mesas elevatórias bastante

úteis para oficinas de mecânica nomeadamente para serviços em viaturas elétricas. Estas

plataformas elevatórias são especialmente desenhadas para montar e desmontar baterias,

motores, caixas de velocidades, eixos de transmissão, reservatórios de combustível, suspensões,

etc. Estes elevadores portáteis permitem a regulação em comprimento, altura e inclinação

e a versão Premium permite ainda a deslocação lateral graças a sua mesa dupla. Ambos os

equipamentos contam com furos dedicados para fixação de suportes. O modelo mais económico

é acionado através de uma bomba pneumática, e o modelo Premium através de bomba elétrica

com comando para maior comodidade.

Não fazemos

manutenção automóvel,

mas fazemos a manutenção

da sua terminologia!

TRADUÇÃO E DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA

Criamos e traduzimos manuais técnicos à melhor

relação qualidade/preço do mercado. Temos

profissionais especializados em várias áreas

da indústria e uma tecnologia que nos permite

criar projetos à medida de cada cliente.

ALARGA GAMA DE PRODUTOS

COM 8 NOVas REFERÊNCIAS

BGA | O fornecedor de aftermarket automóvel BGA (BG Automotive) expandiu a sua oferta

de produtos com 8 novas referências através de várias categorias de produtos - correntes de

distribuição, cárter, polias de cambotas e transmissão. A BGA desenvolve e lança mensalmente

novas referências de produtos para a indústria de pós-venda automóvel para assegurar que as

aplicações mais recentes estão a ser disponibilizadas para as oficinas independentes. Foi lançada

uma nova corrente de distribuição para a Mercedes, cobrindo modelos como o Mercedes Classe

A 2012 - 2018, Classe C 2013 - 2018, Classe E 2013 – 2016, num total de mais de 100.400

veículos. Duas novas referências foram acrescentadas à sua gama de transmissão cobrindo o Ford

Tourneo Custom 2015 em diante & Ford Transit 2014 - 2018 em diante.Uma junta homocinética

danificada pode ser totalmente reparada e restaurada de acordo com as especificações do equipamento

original, utilizando componentes de qualidade, como os kits de juntas homocinéticas

BGA, que contêm todos os componentes necessários para restaurar completamente um eixo de

transmissão.

CONHEÇA O PROGRAMA PARCEIRO JABA

Através da identificação e alinhamento de todas

as traduções antigas do parceiro JABA, é criada

uma base de dados que permite detetar todas

as repetições em novos projetos e baixar

consideravelmente o valor final do documento,

mantendo a terminilogia e o estilo

de comunicação já existentes. Um programa

criado a pensar em si!

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Vila Nova de Gaia | Telf: 227 729 455/6/7/8 | Fax: 227 729 459

Mail: portugal@jaba-translations.pt | Web: jaba-translations.pt


APOSTA EM NOVOS DISCOS CERÂMICOS ABRASIVOS

ZAPHIRO | A ZAPHIRO fez uma nova aposta no seu portfólio, desenvolveu novos discos cerâmicos

abrasivos, uma verdadeira recomendação para as oficinas que façam vários trabalhos de lixagem.

Este disco abrasivo não precisa ser trocado por um operador, graças ao seu maior desempenho de

corte, poupa tanto em tempo, como em material. O novo disco cerâmico oferece alta e rápida velocidade

de corte no trabalho de lixagem de materiais como primers, tintas ou compósitos. Além disso,

estes discos abrasivos são também adequados para vernizes cerâmicos e produtos de alta dureza.

Para além das vantagens mencionadas acima, os discos cerâmicos ZAPHIRO permitem também uma

maior duração do velcro das placas, pois o operador não precisa trocar as placas com tanta frequência

dos discos abrasivos. Por último, por serem discos abrasivos com suporte de papel, oferecem a opção

de trabalho à mão com menos entupimento.

COMERCIALIZA BOMBA PARA

FILTRO DE CARVÃO ATIVADO

MOTORSERVICE | A Motorservice, é o único fornecedor no mercado de pós-venda, que

disponibiliza uma bomba elétrica para a purificação do filtro de carvão ativado que foi desenvolvida

pela Pierburg, na Alemanha. A bomba para filtro de carvão ativado foi desenvolvida pela Pierburg,

na Alemanha, e lançada mundialmente no mercado em 2018. Desde então, tem sido cada vez mais

utilizada na produção em série por um grande número de fabricantes de automóveis de renome,

conferindo-lhe um potencial considerável no mercado de pós-venda. A bomba conduz os vapores

de combustível presentes no filtro de carvão ativado para o processo de combustão, reduzindo

assim a emissão de poluentes do veículo. Esta é composta por uma bomba de gás elétrica centrífuga

acionada por um motor monofásico e funciona com um caudal de até 50 litros por minuto a uma

pressão simultânea de apenas cerca de 0,1 bar. A sua resistência térmica é reforçada por uma função

de arrefecimento ativo inovadora integrada no sistema eletrónico. Tal garante que a bomba é capaz

de suportar as condições rigorosas do compartimento do motor.

TRIO DE LUBRIFICANTES COM ESPECIFICAÇÕES GM

VARTA AGM

É ESCOLHA

DOS VEÍCULOS ELÉTRICOS

As baterias AGM da VARTA estão preparadas para os veículos elétricos

e funcionam em perfeita sintonia com a bateria de alta tensão

para garantir um desempenho excecional. Para 2030, a União Europeia

tem por objetivo reduzir as emissões de CO 2 dos veículos em 40%.

Como consequência, os fabricantes de automóveis vêem-se obrigados a

produzir veículos com emissões zero e veículos com emissões inferiores a

50 g/km de CO 2. Em 2030, os veículos híbridos e elétricos a bateria já representarão

mais da metade dos novos registros na Europa. À medida que

o parque automóvel europeu se torna cada vez mais eletrificado, a VARTA

estará bem posicionada com a sua gama de baterias, que foi ampliada para

acompanhar a evolução dos veículos elétricos. Nestes veículos, a bateria de

íons de lítio de alta tensão fornece energia à transmissão. A bateria de 12

volts cuida do sistema elétrico interno do veículo, que inclui recursos de

conforto e segurança.

WOLF | A Wolf lançou um trio de novos lubrificantes precisamente formulados que seguem as

especificações mais recentes da General Motors (GM) - GM dexos1TM Gen3. Estas novas atualizações

melhoram o desempenho em várias áreas importantes e estão a chegar ao mercado num momento

crucial, uma vez que a GM implementou recentemente a transição obrigatória. Os engenheiros de

I&D da Wolf trouxeram ao mercado uma nova linha de óleos de motor que cumprem estes novos e

rigorosos requisitos. Esta linha melhorada inclui dois produtos oficialmente aprovados, WOLF ECOTE-

CH 0W20 SP/RC D1-3 e WOLF ECOTECH 5W30 SP/RC D1-3. Também inclui um produto que cumpre a

especificação, WOLF ECOTECH 5W20 SP/RC D1-3, mas a GM atualmente não suporta oficialmente o

grau de viscosidade 5W20. Todos os três produtos são compatíveis com as especificações anteriores

do Dexos1 e um ajuste perfeito para os veículos híbridos mais recentes, em conformidade com ILSAC

GF-6 A.

www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 57


Técnica

&Serviço


Colaboração Centro ZARAGOZA

www.centro ‐zaragoza.com

VERNIZES DE ACABAMENTO

O TOQUE FINAL

OS VERNIZES SÃO A ÚLTIMA CAMADA DE PINTURA QUE REVESTE AS PEÇAS PINTADAS. A SUA FUNÇÃO

É DE EMBELEZAMENTO DA SUPERFÍCIE, DURABILIDADE E RESISTÊNCIA, PROTEGER AS CAMADAS

INFERIORES DE AGENTES EXTERNOS COMO A RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA, A HUMIDADE E O DESGASTE

MECÂNICO. NO MERCADO EXISTEM DIFERENTES TIPOS DE VERNIZES QUE SE ADEQUAM A DIFERENTES

TIPOS DE REPARAÇÕES, ACABAMENTOS OU NECESSIDADES ESPECÍFICAS

Atualmente, nos processos de

pintura de automóveis existem

três tipos de sistemas de

acabamento: monocamada, duplacamada

e triplacamada. No caso do

acabamento de monocamada, todas

as qualidades que devem possuir a

pintura de acabamento são conseguidas

com a aplicação de um único

produto, o esmalte monocamada ou

tinta de brilho direto, que contém

tanto a pigmentação que dá a cor

final, como as resinas que proporcionam

as qualidades de resistência

acima descritas. Estes acabamentos

de monocamada estão praticamente

em desuso, devido à maior exposição

dos pigmentos à radiação e porque

não oferecem a versatilidade de utilização

de pigmentos com efeitos diferentes

para além da cor e cobertura.

Nos acabamentos bicamada e tricamada,

o acabamento consiste em

uma ou duas camadas de base bicamada

respetivamente (ou base bicamada

e verniz de tintura em algumas

tricamadas), que contribuem para a

cor devido aos pigmentos que contêm

e uma última camada de verniz, que

contribui para o brilho final desejados

Vernizes HS e UHS

Os vernizes utilizados atualmente

devem cumprir com os regulamene

as qualidades de proteção e resistência

contra os agentes externos.

Devido à maior proteção dos pigmentos

e à versatilidade que oferece

o processo de bicamada e tricamada,

onde não possui apenas pigmentos

de cobertura convencionais, mas

também podem ser utilizados pigmentos

de diferentes efeitos como

metalizado ou perlado, torna este

tipo de acabamento maioritariamente

presente nos veículos de passageiros.

Por outro lado, o verniz pode

apresentar diferentes caraterísticas

tanto a nível dos efeitos de acabamento:

desde os acabamentos de

alto brilho até acabamentos acetinados

ou mate; como a nível das propriedades

técnicas, podendo oferecer

diferentes capacidades de resistência

a riscos.

Propriedades dos vernizes

Os vernizes consistem numa mistura

de resinas, geralmente em estado

líquido, com a adição de misturas de

diluentes, embora possam também

existir fórmulas em pó, utilizadas,

por exemplo, em pinturas de jantes

em oficinas especializadas. As resi‐

nas utilizadas nos vernizes aplicados

em automóveis são sintéticas e formuladas

especialmente para atingir

os padrões que cumprem com a

exigência dos trabalhos de repintura

automóvel.

Na hora de aplicar um verniz,

valorizam ‐se as qualidades como a

extensibilidade, facilidade de aplicação,

estabilidade vertical, tempos de

secagem, brilho, tempo de vida útil

e tempo e facilidade de polimento.

Tendo em vista a sua durabilidade e

resistência, são valorizadas qualidades

como a resistência a riscos e desgaste,

à radiação ultravioleta, aos impactos

de pedras, à humidade e aos

agentes químicos. A manutenção do

brilho original e das suas qualidades

de proteção dependerão desta resistência.

No mercado existem grandes

variedades de vernizes que se adaptam

às necessidades concretas de

cada reparação. De acordo com as

diferentes qualidades podemos retirar

as seguintes classificações:

tos relacionados com o conteúdo

máximo de componentes orgânicos

voláteis (VOCs), Diretiva 2004/42/

CE, sendo as fórmulas mais habituais

as que possuem a denominação

de “teor de sólidos elevado” ou

HS (High Solids) e os de teor de sólidos

ultra elevado, ou UHS (Ultra

High Solids). A fórmula destes produtos

com baixo teor de VOCs, para

além da redução da emissão para a

atmosfera de poluentes, permite obter

a camada de proteção desejada

através da aplicação de um número

menor de mãos, já que cada mão

aplicada contém maior proporção

das resinas que constituem a camada

definitiva do verniz.

Vernizes à base de água

Uma opção mais radical na diminuição

dos VOCs nas fórmulas de vernizes

para automóveis são os vernizes

de água, que substituem, ou na sua

totalidade, ou em grande parte, os

componentes orgânicos voláteis por

água como elemento que permite

manter em estado líquido a mistura

de resinas até ao momento da sua

aplicação. Este tipo de verniz vem

NA HORA DE APLICAR UM VERNIZ, VALORIZAM ‐SE as QUALIDADES

COMO A EXTENSIBILIDADE, FACILIDADE DE APLICAÇÃO, ESTABILIDADE

VERTICAL, TEMPOS DE SECAGEM, BRILHO, TEMPO DE VIDA ÚTIL

E FACILIDADE DE POLIMENTO

www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 59


TÉCNICA

&SERVIÇO

TENDO EM VISTA A SUA DURABILIDADE E RESISTÊNCIA,

são VALorizadas QUALIDADES COMO A RESISTÊNCIA A RISCOS

E DESGASTE, À RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA, aos IMPACTOS DE PEDRAS,

À HUMIDADE E aos agenTES QUÍMICOS

completar um sistema de repintura

composto por produtos unicamente

à base de água, em conjunto com a

bicamada e os enchimentos e primários

à base de água. Contudo, hoje

em dia são poucos os fabricantes de

tintas de acabamento que dispõem

do mesmo, já que a procura por parte

do mercado é baixa.

Vernizes de secagem rápida

Em relação às reparações de pintura

relacionadas com danos extensos,

existe um número de casos em que

as reparações afetam apenas um número

limitado de peças, ou até apenas

uma. Para estes casos, os fabricantes

de tintas oferecem alguns tipos de

verniz cuja fórmula permite enfrentar

estas reparações otimizando o processo

de pintura. Estes são denominados

vernizes rápidos ou vernizes express,

que, embora apresentem um tempo

de vida útil ou tempo de mistura

relativamente reduzido, adaptam ‐se

perfeitamente às condicionantes de

aplicação de verniz em extensões limitadas

e também aceleram o processo

de secagem e endurecimento. Isto

permite agilizar o tráfego na oficina

deste tipo de reparações em que apenas

uma, ou um número reduzido de

peças, estejam danificadas.

Também são denominados como

vernizes de alta eficiência e para

além de secarem em 5 ‐10 minutos

a 60ºC, também podem ser secados

em estufa a 40ºC em 15 ‐20 minutos

ou mesmo ao ar livre em menos de

1 hora. Isto permite uma poupança

energética da oficina, na temperatura

e tempo, e maior rapidez no processo

completo de pintura que resulta

em menores tempos de ciclo.

Vernizes de secagem ao ar por

absorção de humidade

Com a filosofia de poupança ener‐

gética, foram desenvolvidos vernizes

de secagem ao ar por humidade, que

não necessitam da aplicação de calor

para a sua secagem. São vernizes de bi

componentes, geralmente com uma

relação de mistura 1:1, sem diluente,

que apenas precisam da ativação

da base de bicamada para garantir a

correta aderência e cujo tempo de secagem

é influenciado pela humidade

ambiente, ou seja, quanto maior a

humidade, menor tempo de secagem.

Vernizes de alto brilho

Estes tipos de vernizes foram desenhados

com o objetivo principal de

conseguir um trabalho de altíssima

qualidade, alcançando um brilho

muito elevado e com grande luminosidade.

São vernizes que apresentam

uma grande resistência contra

os agentes externos, proporcionando

uma grande durabilidade do alto

brilho obtido.

Vernizes com diferentes níveis

de brilho: mate e acetinado

Os gostos ou as modas são passageiras.

No que diz respeito aos acabamentos

automóveis, nos últimos

anos, os designers de automóveis

propuseram em alguns modelos

que os vernizes de acabamento em

vez de apresentarem um brilho caraterístico

e tradicional apresentassem

um aspeto diferente, como por

exemplo um acabamento acetinado

(ou de brilho intermédio), ou inclusive

acabamentos mate que aparentam

uma superfície aveludada. Para

dar resposta a estas necessidades na

reparação, existem também à disposição

das oficinas vernizes que proporcionam

este tipo de acabamentos

mates ou acetinados. Em alguns

casos é possível obter diferentes níveis

de brilho dependendo da mistura,

em diferentes proporções, de

dois vernizes de diferentes brilhos.

60 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


Vernizes flexíveis

Em qualquer processo de pintura

as camadas de tinta aplicadas sobre

qualquer tipo de peça devem possuir,

pelo menos, a mesma elasticidade

que a peça pintada pois, caso contrário,

as camadas de tinta irão quebrar

se a peça for flexível para além da capacidade

elástica das camadas de tinta.

No caso das pinturas automóveis,

uma vez que as especificações eram

determinadas pelas peças metálicas,

quando se começou a incorporar na

carroçaria peças de plástico como os

para ‐choques, tornou ‐se necessário

a adição de aditivos especiais, elastificantes,

que aumentam a elasticidade

dos vernizes aplicados nas peças

de plástico flexíveis. Na atualidade,

também existem vernizes de alta

elasticidade que podem ser aplicados

tanto em peças metálicas como plásticas,

o que permite realizar a aplicação

do verniz ao mesmo tempo nestas

peças, não sendo necessário, para

além disso, preparar dois vernizes ou

a limpeza de duas pistolas.

Vernizes anti riscos

A maior resistência ao desgaste e aos

riscos dos vernizes permite manter o

aspeto inicial durante mais tempo,

mantendo o mesmo brilho mesmo

quando, por exemplo, o veículo seja

submetido a lavagens frequentes (rolos,

fricção do pó depositado, etc.),

para manter um perfeito estado à

imagem do veículo. São já muitas as

marcas de fabricantes de veículos que

oferecem nos seus modelos os acabamentos

com vernizes destas prestações;

portanto, em caso de reparações,

também devem estar disponíveis este

tipo de vernizes nas oficinas de reparação.

Trata ‐se de vernizes denominados

como anti riscos, cerâmicos ou de

elevada resistência.

Outra opção para melhorar as prestações

do verniz em relação a danos

por riscos ou arranhões é, precisamente,

a contrária aos vernizes de

elevada resistência; trata ‐se de conseguir

uma camada de verniz suficientemente

elástica que permita

“autorregenerar” a superfície. Esta

regeneração superficial consegue ‐se

com o passar do tempo e acelera ‐se

quanto maior for a temperatura ambiente.

A realização dos processos de

matizar, lixar ou polir destes vernizes

podem requerer produtos específicos

para evitar necessitar de mais tempo

e materiais dos que seriam necessários

com um verniz convencional.

Vernizes de mono componentes

De forma geral, os vernizes apresentam

fórmulas de dois componentes

ou, “2K”, em que à resina base do verniz

é adicionada um segundo componente,

denominado de endurecedor

ou catalisador, e que se deve misturar

com a resina no momento anterior à

sua aplicação, visto que após serem

misturados inicia ‐se a reação química

entre ambos que os transformará na

película de verniz que irá proteger as

superfícies pintadas. Não obstante,

existem também no mercado vernizes

com fórmulas de 1 componente, ou

1K, geralmente em formato de aplicação

aerossol. Estes vernizes secam

apenas por evaporação dos dissolventes

e apresentam uma secagem rápida,

embora, necessitam de mais mãos

para alcançar as camadas necessárias,

apresentam menor capacidade de brilho

e a sua resistência e durabilidade

são inferiores em comparação com

os vernizes 2K. São utilizados para

pequenas aplicações, pinturas de pequenas

peças, de provetas para a confirmação

de cor, de interiores ou para

a pintura das óticas dos faróis.

Vernizes para faróis

Para a restauração das lentes dos faróis

existem também produtos específicos,

denominados de vernizes para faróis

ou vernizes para policarbonato, o material

plástico utilizado no fabrico das

óticas dos faróis. São vernizes tanto 1K

como 2K e aplicáveis tanto com pistola

como com spray. Apresentam boa aderência

sobre este material e uma alta

transparência e luminosidade para a

correta transmissão da luz. A aplicação

do verniz na restauração das óticas

de faróis é fundamental para garantir

a proteção, resistência e durabilidade

do policarbonato.

Vernizes versáteis

Por último, cabe ‐nos citar os vernizes

versáteis, que podem ser preparados

com endurecedores e diluentes lentos,

médios, rápidos e extrarrápidos

ou com agentes aceleradores para

adequar ‐se às diferentes circunstâncias

ou necessidades, modificando

tanto os tempos de evaporação e como

os de secagem, podendo aplicar ‐se

tanto a pequenas como grandes reparações

e podendo escolher a temperatura

de secagem entre 60ºC, 40-45ºC

ou secagem ao ar. l

A MANUTENÇÃO DO BRILHO ORIGINAL E DAS SUas QUalidades

DE PROTEÇÃO DEPENDERÃO DA RESISTÊNCIA DO VERNIZ A RISCOS

E DESGaste. NO MERCADO EXISTEM GRANDES Variedades DE VERNIZES

QUE SE adaptam ÀS NECESSIDADES CONCRETAS DE CADA REPARAÇÃO

www.jornaldasoficinas.com Novembro I 22 61


Gestão

AMBIENTE DE TRABALHO

CULTURA MOTIVACIONAL

NESTE ARTIGO ABORDAMOS COMO OS PROPRIETÁRIOS DE OFICINAS PODEM CRIAR UMA CULTURA

MOTIVACIONAL E ESTIMULANTE NO AMBIENTE DO LOCAL DE TRABALHO. A CULTURA CONSISTE EM TER

UM LOCAL DE TRABALHO ONDE CADA MEMBRO DA EQUIPA SE SENTE VALORIZADO E RESPEITADO

Não basta proporcionar aos

funcionários festas de Natal,

bónus de produtividade

ou pequenos almoços grátis. Estas

coisas são importantes, mas não são

suficientes. Precisa de analisar o lado

emocional da força de trabalho.

Tenha uma visão

Uma visão irá defini-lo, a sua paixão

e os seus valores, ao mesmo tempo

que dará a cada membro da equipa

a motivação para corresponder à sua

ética de trabalho e ao seu compromisso

para com os seus clientes. É

fundamental que tenha uma cultura

positiva da empresa se pretende que

a equipa dê o seu melhor. Ter uma visão

define os padrões.

Aprendizagem contínua

A reparação automóvel está a evoluir

rapidamente e ninguém pode dizer

que é totalmente qualificado. Há

sempre algo a aprender e é importante

certificar-se de que a sua equipa

compreende isso. Deve dar o seu

melhor para que os seus funcionários

continuem a aprender, dando-lhes

todas as oportunidades para receberem

formação e adquirirem novas

competências. Se necessário, deixe-

-os fazê-lo durante o seu tempo. Porque

não? Afinal, é para seu benefício.

Estipular parâmetros

e processos

Se não puder confiar em alguém para

fazer o trabalho para o qual foi contratado,

então tem a pessoa errada.

Contudo, assegure-se de que cria

condições que dão autonomia à equipa.

Poderia até pedir para que definam

os seus próprios objetivos. Esta

medida fortalece-os e a equipa terá

maior probabilidade de se empenhar

para alcançar os objetivos que eles

próprios definiram em vez de lhes ter

sido dito para o fazerem.

Escute sempre

A equipa desempenha as suas funções

diariamente. São os que têm o

melhor conhecimento dos processos

e, portanto, entendem o que está a

funcionar ou não. Deste modo, um

gestor deve escutar as suas opiniões

e admitir que nem sempre sabe o que

é melhor.

Aceite ideias e pontos de vista, permita

que a equipa alcança o seu pleno

potencial. Além de os fazer sentir

valorizados, permite também poupar

tempo e dinheiro no processo.

Comunique

Não existe comunicação em demasia.

É importante e motivador saber

como está o desempenho do negócio,

mesmo que não esteja a correr bem.

Caso contrário, a força de trabalho só

especulará. Além disso, agradeça! São

duas palavras curtas, mas que fazem

toda a diferença. Pequenos gestos,

como dizer “obrigado”, mostram que

é empático e acessível. É possível ficar

agradavelmente surpreendido com os

resultados destes simples passos.

Os erros acontecem

É natural que ocorram erros, mas é

a forma como lidamos com eles que

é crucial. Adote o conceito «Assumir

uma intenção positiva». Deseja que a

equipa tenha medo a ponto de tentar

encobrir os seus erros? A alternativa

é criar um ambiente positivo para os

seus funcionários serem abertos e

honestos acerca dos erros e assegure

que utilizem essas ocasiões como

oportunidades para aprender.

Confie nas pessoas

Alguns dos leitores poderão pensar

que tem funcionários que iriam

aproveitar-se. Isso pode acontecer,

mas ao possuírem uma boa cultura,

essas pessoas rapidamente

mostram quem são na verdade. A

verdadeira pergunta é: Quer um

membro da equipa que possui todas

as competências, mas que tem

uma abordagem negativa? Ou quer

um membro que se enquadra na

sua cultura? É possível aprender

novas competências, mas alterar a

mentalidade de uma pessoa, só ela

o pode fazer. l

62 Novembro I 2022 www.jornaldasoficinas.com


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