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01 Meus Dois Federais (Série Amor Trilateral) - Thais Rocha 2

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Meus Dois Federais

Por Thais Rocha

Da Série Amor Trilateral

Livro 1

Romance Erótico


Copyright © 2018 Thais Rocha

Todos os direitos reservados. Esta obra ou qualquer parte dela não pode ser

reproduzida ou usada de forma alguma sem autorização expressa, por escrito,

do autor. Exceto breves citações com atribuições e a propósito de promoção

da mesma.

1° edição, 2018

Autor: Thais Rocha

Capa: Fernanda Gomes

Romance Erótico não indicado para menores de 18 anos por conter teor

sexual explícito e linguagem inadequada .

Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas (vivas

ou mortas), lugares, factos ou situações da vida real terá sido mera

coincidência.

“Não fomos feitos para voar, mas também não fomos impedidos de tentar

alçar voo.”

Para todas às minhas leitoras mais que incentivadoras.

Thais Rocha / Tatalili34

Sumário

Capítulo 1: Cansada da vidinha chata.

Capítulo 2: Surpresa no shopping.

Capítulo 3: Contando para as amigas.

Capítulo 4: #Dane

Capítulo 5: É hoje!!!


Capítulo 6: E no banheiro...

Capítulo 8: O brother do Dane.

Capítulo 9: Gargalhadas e Olhares.

Capítulo 10: Uma devassa dentro de si.

Capítulo 11: OMG! OMG! OMG!

Capítulo 12: “Minha Menina”

Capítulo 13: Excluido da jogada.

Capítulo 14: Testosterona demais.

Capítulo 16: Papo Gostoso.

Capítulo 17: Espiando.

Capítulo 18: Laço Formado.

Capítulo 19: Me Deixa Louca

Capítulo 20: Entrega Total.

Capítuo 21: Montanha Russa.

Capítulo 22: Precisamos Conversar.

Capítulo 23: “Não”.

Capítulo 24: Entre Pensamentos.

Capítulo 25: Amor Paterno.

Capítulo 26: Sua Nininha.

Capítulo 27: Boa Viagem.

Capítulo 28: Atitudes Tendenciosas.

Capítulo 29: Amanhã.

Capítulo 31: Poliamor?

Capítulo 32: Comer ou Comer?

Capítulo 33: Gosta de Chocolate?

Capítulo 34: Tudo tão sem cor.

Capítulo 35: Operação Pirata.

Capítulo: 37 Sonhos e Pesadelos.

Capítulo 38: Se Manca.

Capítulo 39: Ver Para Crer.

Capítulo 40: O Reencontro.

Capítulo 41: Exaustos.

Capítulo 42: Dias Normais.

Capítulo 43: Despedida.

Capítulo 44: Entre arrumações, exageros e desejos.


Capítulo 45: Plenitude.

Capítulo 46: Prazer, seu Silva.

Capítulo 47: Afinidades.

Capítulo 48: Surpresas.

Capítulo 49: Energia.

Capítulo 50: Isso é real?

Capítulo 51: Lua de mel e algo mais...

Capítulo 52: Uma avalanche repleta de emoções.

Capítulo 53: SST.

Bônus

EPÍLOGO


Introdução

Ela era só mais uma menina normal e sonhadora, até se permitir... E

ao se permitir, descobriu algo melhor do que só viver uma história de amor

quente e previsível. O desconhecido pode ser complicado, porém não

impossível. Ao conhecer o proprietário de olhos azuis hipnotizantes em um

shopping, não sabia que sua vida estava prestes a valer a pena. E tudo se

torna ainda mais avassalador quando o melhor amigo dele entra em cena.

Surge desse encontro um sentimento tão intenso, forte e puro que seria

impossível não idealizar suas vidas juntos. Diferente, inimaginável e até

inconcebível. Palavras que vão perdendo o valor a partir do momento que

começamos a entender o amor deles e respeitar suas escolhas.

E se nascemos para amar, por que nos definir em apenas um único

amor? Somos grandes e autorais, podemos escrever nossa própria história. O

seu feliz para sempre é você quem faz, não depende de gênero, quantidade,

cor ou se é ou não “moral” às vistas dos outros. O respeito ao próximo é

essencial, porém o próximo também tem que lhe respeitar e isso só

conseguimos, quando nós respeitamos acima de tudo nossos sonhos, nossos

amores, nossos sabores.

Somos o que somos e nosso “Feliz para sempre” nos espera.

Paulina fez o seu!

E você?


Capítulo 1: Cansada da vidinha chata.

E mais uma vez, começa tudo de novo. Como dizia minha vó

“Vira o disco e toca a mesma". O despertador não se cala. Levantar, tomar

banho, escovar os dentes, pentear os cabelos, pega uma maçã e vai. Assim

começa mais um dia na vida de Paulina, vulgo Nininha para os íntimos, e isso

quer dizer seu amado pai e suas fiéis escudeiras Larissa (Lary) e Bruna

(Vaca).

Lary fazia agronomia na Rural e Bruna, bom, Bruna era Bruna "mui

louca" como dizia o garçom preferido das meninas do bar Balacobaco's.

Nininha era muito diferente de suas amigas, mas se encaixava bem

nesse trio de amizade, era a responsável, mesmo com sua pouca idade,

trabalhava como "sacoleira" vendendo os mais diversos segmentos de

produtos femininos para ajudar seu pai, porque sua pensão como policial

aposentado não dava nem para os remédios.

Passou para faculdade pública, cursa o primeiro ano de Técnico em

informática (TI), vejam só, logo ela que odeia tudo e qualquer coisa de

tecnologia, mas optou por essa por parecer ser uma profissão de retorno

financeiro rápido e mais acessível.

A verdade é que ela queria mesmo é viver de suas telas, de sua arte

em um lugar tranquilo e...

Ela interrompe sua divagação ao som de seu celular.

— Ai merda! Cadê este telefone maldito. — Diz procurando o celular


na bolsa. — Ah! Achei!!!!

— Oi? — Atende Nininha.

— Faaaaaala Vaca — Diz Bruna.

— Claro, é você... Bom dia para você também, isso se você dormiu

né... — Nininha diz com um sorriso cínico e se apertando na van.

— Aaaaaaaaaaaahhhhh amigaaaa não dormi um minuto se quer, e

digo mais, desejo a você uma noite como esta que tive OMG! — Disse Bruna

entre suspiros.

— Cruz credo Bruna, Deus que me livre de suas loucuras, além do

mais eu não teria coragem de passar a noite com um completo desconhecido.

Você tem que tomar cuidado, já disse e...

Bruna corta Nininha dizendo:

— Blá blá blá eu sou uma santa, blá blá blá blá eu vou pro céu, blá blá

blá blá blá chata pra caralho, eiii estou ligando apenas para dizer que

sobrevivi, porque você pediu, então volta aí para essa vidinha chatinha que

você curti ok! Te amo vaca! Tchau!

— Caramba... Ei, Bruna?... Merda desligou na minha cara??! —

Falou Nininha indignada.

Ela olhou para os lados e os outros passageiros estavam a olhando, e

pensou, será que eles ouviram? Ai que vergonha!

Chegou à faculdade, na aula Nininha não conseguia se concentrar,

ficava repassando as palavras de Bruna em sua cabeça sobre sua vidinha

chata. Sim ok, a vida dela até poderia ser chata, mas... Ahhh!!! Se suas

amigas soubessem de suas viagens literárias, seus pensamentos e desejos

obscuros. O que ela podia fazer, ela nunca teve a oportunidade de vive-los,


ou, será que na verdade ela nunca se permitiu realiza-los.

Bom, essa era uma questão que ela começava a analisar de uma nova

maneira, na verdade ela precisava.

— Ei Paulina, viajando em outro plano de novo, assim você perde a

matéria. — Disse um colega zombeteiro, tirando-a de seus pensamentos.

Ainda ouviu os burburinhos ao fundo de outros colegas, dizendo

coisas do tipo deixa ela, esse é seu estado natural no mundo da lua, louca.

(Risos)

Aff!!! Merda, merda e merda.

Tá na hora de me permitir, mas como?

Queria ter uma oportunidade, quero ser a mulher de meus

pensamentos.

Ai Deus, dá uma ajudinha ai!


Capítulo 2: Surpresa no shopping.

Enquanto andava pelos corredores do shopping, após receber

pagamentos de mercadorias que vendeu, Nininha quitou algumas contas e

decidiu descansar na praça de alimentação. Comprou um milk shake que

provavelmente seria seu almoço e começou a ler seu e-book. Algum tempo

depois ela percebeu dois olhos azuis fixos nela.

#Nininha narrando.

Quando percebi aqueles olhos azuis lindos olhando fixo para mim, e

uma boca maravilhosa, eu automaticamente imaginei minha língua naqueles

lábios. Minha respiração ficou ofegante e por um nanosegundo, imaginei

escutar o som das batidas do meu coração nos alto falantes do shopping,

balancei a cabeça como se para limpar aquela imagem profana e quando ia

tentar articular alguma palavra... Vejo aquela boca perfeita se movendo, e

falando, e falando comigo, OMG!

— Perdida em pensamentos? — Disse aquele ser indescritível à

minha frente.

— É... ou... Hum, quando você apareceu? Digo, em que momento

você se sentou na minha mesa? E, aliás, quem te deu permissão para tal

coisa? — Eu disse meio atordoada.

— Bom "senhorita”, se a senhora fosse mais educada ou menos surda,

ou melhor, se não estivesse tão mergulhada em sei lá o quê, que você está


lendo, poderia ter percebido minha chegada e meu pedido educado para

sentar à mesa. De acordo com a sua falta de educação em não me dar atenção

e ao fato da praça de alimentação estar praticamente lotada, decidi ser um

ogro e me sentar. — Disse o petulante à minha frente, com um sorrisinho de

lado que me deixou louca.

Como pode eu me sentir assim por um total desconhecido, ok ele é

gatooo, mas eu nunca fui esse tipo de garota que se derrete por este tipo de

homem. Decidi fazer minha melhor cara de paisagem e disse:

— Tá você pode se sentar, afinal a mesa é pública e eu não posso

escolher com quem sentar, mas, por favor, não atrapalhe minha leitura tudo

bem?

Voltei a minha leitura, e mesmo percebendo que aquele par de olhos

azuis não deixava de me olhar, tentei me concentrar na história, que afinal

estava quente.

De vez enquando, levantava o olhar só para dar de cara com aquele

par de olhos até sentir minha bochecha arder e aí desviava o olhar e voltava

para leitura.

Passado uns trinta minutos, irritada com o voyeur à minha frente,

baixei o celular na mesa, com mais força do que pretendia, perguntando:

— Cara, o que você quer, hein?

— O que foi? Não posso admirar uma mulher bonita? E hã, estou

curioso, essas suas bochechas rosadas são porque estou te admirando ou você

está lendo um desses romances picantes? — Disse sorrindo o atrevido.

— Hã??!?! O quê?!? Você... Está... Olha... Você é um atrevido sabia

— Disse ela se inclinando sobre a mesa em direção a ele.

Ele por sua vez pega uma batata perdida na bandeja, leva à sua boca,

e como se soubesse o efeito que fazia, mastiga demoradamente e lentamente

vai se inclinando sobre à mesa, também em direção a ela e diz com uma voz


rouca e sexy:

— Aproveitando que estamos iniciando uma conversa, me diz, o que

uma mulher tão interessante e bonita como você, está fazendo sentada

sozinha em uma praça lotada, apenas lendo um livro e não interagindo com

às meia dúzias de homens que queriam mais não tiveram coragem de sentar e

falar com você?

No pequeno tempo que tico e teco se situaram, ela percebeu que

estava olhando com gula à boca daquele homem e se ligou na pergunta que

ele fez, sem graça e com o rosto vermelho de vergonha, Nininha se ajeitou na

cadeira e procurou uma resposta para lhe dar.

— Veja bem, nós não nos conhecemos e não tenho o porque de

responder suas perguntas ou falar sobre minha vida social, e para terminar

esta "conversa" fique à vontade na mesa, é toda sua, tenha um ótimo dia ou

não, pouco me importa, fui!

(...)

No momento em que ela terminou de dizer às palavras olhou

debochada para ele e viu aqueles olhos azuis se transformarem em uma

tempestade tropical, deixando-a ao mesmo tempo intrigada e com medo.

Assim ela logo se levantou e foi embora em direção ao banheiro feminino.

Entrando no banheiro que estava vazio, parou diante à pia lavou as

mãos, e levou-as ao rosto, como se isso fosse esfriar seus Pensamentos, se

olhando no espelho ela pensou “o que foi isso, s.e.n.h.o.r”?” Ele disse que

sou interessante e bonita?! Não, não pode ser, não um homem lindo como ele

falando para uma mulher como eu não é possível, ou é, Aiaiai e se for? Eu

estraguei tudo como sempre. Talvez essa tenha sido a resposta às minhas

orações e eu desperdicei.

Abaixando a cabeça e novamente lavando as mãos, ela se acalmou,

decidiu ir direto para casa, falaria com suas outras clientes depois. Saiu do


banheiro e foi caminhando em direção à saída, os corredores do shopping não

estavam tão cheios como a praça de alimentação. Para cortar caminho ela se

direcionou para às escadas, quando sentiu um puxão no braço...

— Opaa, me solta!! — Disse Nininha assustada e aos poucos

percebendo de quem se tratava.

Apesar do susto, algo dentro dela vibrou de alegria e se derreteu

quando sentiu o ar quente saindo "daquela" boca, dizendo:

— Calma menina, eu só vim para dizer que sinto muito, às vezes sou

um ogro.

— HÃ... Ah... É... Que, que nada, eu também não fui muito sociável.

— Disse ela gaguejando ao notar o quão perto seus corpos estavam e o

quanto estava excitada com isso, não reconhecendo a resposta de seu corpo a

esse estranho.

Tentando se afastar um pouco, não conseguindo, desistiu e olhou para

cima em seus olhos, sentiu seu corpo cada vez mais próximo, pressionando o

dela cada vez mais na parede, ela viu seu rosto se aproximando levando

aquela boca na sua orelha dizendo:

— Menina, você não sabe o que está fazendo comigo... — Deu uma

mordiscada e continuou. —... Eu estou louco para beijar a sua boca, mas não

quero ser o ogro de antes... — Desceu pelo pescoço dela beijando, chegando

ao lado da sua boca, abriu os olhos fixou-os nos dela e como se estivesse

pedindo permissão foi se direcionando devagarinho até tocar os lábios com os

dela e terminou falando. — Então o que me diz, menina bonita?

Ela já estava a ponto de gozar só com sua voz, já não estava mais

pensando em nada.

Então ela inclinou o pescoço para melhorar o acesso à sua boca e

respondeu, praticamente gemendo, a única resposta que veio à sua mente:

— Eu quero, eu vou aaaaa... Por favor, me beija!


E com um gemido dolorido, ele agarrou os cabelos dela pela nuca

com as duas mãos e a beijou, fazendo o mundo inteiro desabar aos seus pés e

a levou a viajar para uma nova dimensão alucinante, de onde ela não gostaria

de sair nunca mais.


Capítulo 3: Contando para as amigas.

Em um breve momento no beijo, em que os dois buscavam por

oxigênio, ela balbuciou as palavras:

— E eu nem sei seu nome...

— Daniel. — Disse ele sugando seu lábio inferior e concluiu. — Mas,

pode me chamar de Dane, Paulina.

Ele continuou a beija-la.

Paulina mesmo anestesiada pelo beijo, logo percebeu que ele havia

dito seu nome, mas como, se ela em nenhum momento o disse.

— Como... Como você sabe meu nome, Daniel!?

Disse Nininha, experimentando o nome dele em seus lábios.

— Ah! — Ele colocou a mão no bolso e tirou um celular, o celular

dela. Ela pensou em como foi parar com ele?

— A propósito você o deixou sobre a mesa e eu vim à sua procura

para devolver. — Falou Dane sorrindo.

Com a cabeça a mil ela aproveitou a situação, e com um esforço sobre

humano se afastou daquele corpo quente e indagou:

— E quem te deu o direito de fuçar no meu celular e descobrir meu

nome, seu, seu... Aff, seu mal educado, atrevido.

Dane tentou se manter firme diante da insistência dela em empurra-lo

longe e foi dizendo ao mesmo tempo em que tentava encostar mais ainda ela

na parede:

— Calma, calma menina bonita, eu queria saber seu nome só isso, e

uma forma de lhe devolver o aparelho, por isso tive que fuçar. Não deu


trabalho, já que não havia nenhuma senha, algo difícil de encontrar hoje em

dia.

Nininha conseguiu se esquivar dele, atordoada pegou seu celular e foi

embora subindo às escadas dizendo:

— Você é louco! Isso é uma loucura, eu não sou esse tipo de garota.

Quando ela ia virando o primeiro lance da escada o ouviu chamar seu

nome, e como se a voz dele fosse à única voz a que seu corpo respondesse,

ela parou e virou para olhar.

— Paulina! Eu adicionei o meu número no seu telefone, assim se você

quiser continuar essa "conversa" me manda um oi. — Dane deu uma piscada

de olho, que fez Nininha bambear, mas ela fugiu.

#Nininha

Daí me virei e vim para casa, e no caminho liguei para vocês e enfim,

estamos aqui falando sobre esse meu dia maluco, Nininha disse às amigas

Lary e Bruna. Depois se levantou da cadeira e foi guardar a garrafa d’água na

geladeira.

— Tô bege amiga, não sei o que dizer, quer dizer, tem certeza que

isso tudo não foi um sonho? — Lary disse se esquivando de uma caixa de

fósforos que Nininha jogou na sua direção, olhou para Bruna que estava de

boca aberta e sem respirar, perguntando:

— E aí Bruna diz alguma coisa, o que você achou disto tudo, anda,

respire e responda plis!?

Bruna olhou, ainda de boca aberta, de Lary para Nininha e de Nininha

para Lary, deu um suspiro e falou:

— O que você está esperando para ligar para ele? Se ele só com a voz


te deixou louca e com um beijo te levou para o espaço, imagine o que ele fará

com o pinto dele dentro de você?!?!

A filha da mãe disse isso se derretendo toda na cadeira como se

estivesse sentindo tudo o que falava.

— Que isso Bruna, você é uma pervertida! E fala baixo que meu pai

está na sala, tá doida é?

Ri ao responder e continuei:

— Ora Bruna até parece que você não me conhece, você acha mesmo

que eu vou simplesmente pegar meu celular ligar para Dane, um total

desconhecido, e dizer “oi tudo bem, a propósito nós deveríamos terminar o

serviço, fazer aquilo que se faz após um beijo quente, que você acha

querido?” Ah faça-me um favor!

Lary e Bruna começaram a rir alto, fiquei chateada e disse agora

vocês estão rindo da minha cara?! Muito obrigada grande amigas vocês são.

— Desculpa Nininha. — Disse a Lary ainda aos risos e continuou. —

É que as palavras que você usa... Parece uma velha.

— Que palavras, como assim? — Falei perplexa.

—"Terminar o serviço". "Fazer aquilo”... "Beijo quente"... — Ouvi

Bruna repetir aos risos as palavras que disse dando ênfase a cada uma.

Droga!

Sai praticamente batendo o pé em direção ao meu quarto, antes que eu

fizesse duas galinhas ao molho pardo para o jantar. Meu pai notou minha cara

distorcida ao passar pela sala e veio perguntar o que ouve, tentei disfarçar e

disse que as meninas estavam fazendo uma brincadeira de mau gosto.

Sorrindo, meu pai pôs a mão no meu ombro e disse que eu precisava parar de

ser tão literal e relaxar um pouco. Pronto, agora até meu pai tirando sarro de

mim.

Entrei no quarto e me joguei na cama, ouvi as meninas entrarem logo


depois e se desculpando por rirem de mim, me virei olhando para elas e disse

firme:

— Acho que vocês estão certas, eu vou dar um jeito na minha vida, eu

estou cansada de ser tachada como chata e velha. Vou mudar... Preciso, um

pouco pelo menos.

— Ótimo! Cadê seu celular? Vamos mandar uma mensagem para

Dane marcando um encontro, que tal? — Disse Lary sorridente.

— Você tá louca? — Eu falei tentando tomar o celular da mão dela.

— Vê? Você não disse que ia mudar? — Se meteu Bruna pegando o

celular também, e continuou dizendo. — Esse é um ótimo motivo para

começar a mudança.

— Não! Me dá isso aqui. — Puxei o telefone das mãos delas caindo

para traz na cama, rindo horrores com elas.

Consegui convence-las de que já estava tarde de mais e que amanhã

era um novo dia e iria pensar melhor sobre como falar com o Dane de novo.

Levei as duas no portão, e me despedi.

Quando ia entrando em casa ouvi o grito de Bruna se acabando de rir

e dizendo:

— Nininha, dorme com Deus e sonhe com "Dane"!

— Muito engraçado e original. — Retruquei e fechei a porta, mas no

fundo sabia que ela estava certa, com certeza eu sonharia com ele.


Capítulo 4: #Dane

Sentado num quiosque em frente à praia, Dane pega sua

garrafa de cerveja e leva à boca, depois, passa a língua sobre os lábios

recordando a boca que eles tocaram.

— Ei meu brother, tá tentando seduzir o mar? — Dando um tapinha

no ombro de Dane, seu amigo Leonardo senta ao seu lado.

— Fala ai cara, tá me gozando, quer apanhar? — Disse Dane

sorrindo.

— Aaa perae, tá nervoso por quê? Hum! Será porque você não tira da

cabeça a gatinha solitária da praça de alimentação? — Disse sorridente o

amigo.

— Muito engraçado Léo, vamos parar por aqui.

— Dane de boa, você não acha que está fazendo muito drama, já se

passaram dois dias que você beijou essa garota, e não ligou para ela, e fica aí

com essa cara de quem está pensando em sacanagem o tempo todo, e aposto

que deve estar com uma ereção dolorida. — Disse Léo rindo e pedindo uma

cerveja para o garçom.

— Porra, nem brinca, não consigo mesmo tirar a imagem dela da

cabeça, parece uma droga, quanto mais eu penso... Mais eu penso, merda!

Dane deu um gole na sua cerveja e pediu outra enquanto ouvia Léo

dizer:

— Então brother é simples, você não pegou o número do telefone dela

quando fuçou seu celular, é só ligar, levar ela pra dançar e beber algo e aí...

Aí você corre pro abraço, ou melhor, se quiser vou contigo, podemos


convence-la de uma festinha a três, você sabe nenhuma mulher resistiu ao

nosso charme até hoje.

— Babaca! — Disse Dane dando um tapa no peito de Léo. — Vamos

parando com esse assunto, Paulina não é esse tipo de garota, ela é, é... Não

tenho palavras para descrever o que ela é. Humpf!!

— Bom irmão, só tenho uma coisa pra te dizer, você tá gamadinho,

nunca pensei que fosse ver isso, pois bem, antes você do que eu, agora se

você quiser uma opinião do seu brother aqui, se adianta logo, pois só temos

mais uma semana de folga e logo voltamos para às atividades na fronteira.

Tente levar e deixar uma lembrança ainda melhor do que só um beijo.

Fuiiiiiiii!!

#Dane

Léo se levantou pegando sua cerveja e foi em direção a uma linda

morena e me deixou ali sozinho. Em outro tempo eu já estaria arquitetando

uma maneira de chegar junto deles e junto com Léo levar a morena ao

paraíso. Mas por que não? Simplesmente porque aquela morena não era

Paulina, doce e arisca ao mesmo tempo, com aqueles longos cabelos

ondulados com cor de cobre, implorando para eu enfiar minhas mãos e

mostrar a ela o quanto me deixou perturbado, merda mil vezes merda!

Será que Léo tá certo, será que eu me apaixonei assim, à primeira

vista, eu!? Só rindo mesmo.

Numa coisa ele está certo, eu não posso ir embora com apenas a

lembrança de um beijo, e que beijo, eu a quero, quero me enrolar nela, me

afundar em seu corpo, possuir cada pedaço daquele corpinho, até não me

restar mais forças, quem sabe assim matando a vontade ela sai dos meus

pensamentos.

Dane continuou à olhar o mar sorrindo de seus pensamentos e disse

para si mesmo:


— Se ela não me ligar até o fim de semana eu vou ligar, e seja o que

Deus quiser! Contanto que ela seja minha.

#Léo

Enquanto acompanhava a bela morena no banheiro, fiz sinal para meu

amigo Dane, sem ela perceber, para que se juntasse a gente, mas ele fez sinal

com a cabeça que não, levantou, foi pagar sua conta e apontou com a cabeça

que ia embora. Nossa, em tantos anos que começamos a compartilhar

mulheres, ele nunca recusou uma possível oportunidade de um ménage. Será

que dessa vez ele foi fisgado mesmo?!

Não, não é possível. Vamos ver onde isso vai dar.


Capítulo 5: É hoje!!!

Enfim sábado, dia de descanso #sqn, com o som alto Nininha

arrumava a casa, lavava roupa e preparava o almoço, uma verdadeira gata

borralheira. Mas nada a faz esquecer aqueles olhos azuis tempestuosos, os

últimos dias têm sido um sofrimento, cada pensamento que ela tinha com ele

que até se tocava sozinha no quarto excitada com as imagens que criava na

cabeça. Passou horas olhando o celular, faltou coragem para ligar.

Ansiosa e não aguentando mais essa situação disse alto:

— Já chega, preciso sair...

Indo em direção à sala viu seu pai na cozinha e o escutou:

— Que isso menina, deu pra falar sozinha é? Bem que eu te digo

sempre, você precisa relaxar meu amor. — Ele chegou até ela a abraçou e

continuou falando. — Você precisa fazer coisas que condizem com sua idade

filha, saia com suas amigas, cometa algumas loucuras, lembre-se "a gente só

leva da vida a vida que a gente leva", deixe a armadura em casa e vai ser

feliz, tenho certeza que em algum lugar por aí tem um príncipe encantado te

esperando. Você gasta muito tempo cuidando de mim e da casa, e também

estudando e trabalhando, você precisa pensar um pouco em você querida.

Seu pai terminou beijando sua testa, Nininha sorriu com os olhos

marejados sentido todo amor que seu pai lhe tinha e o olhando e abraçando

forte lhe respondeu:

— Eu te amo papai! Eu não preciso de nenhum príncipe encantado, eu


já tenho o senhor, meu rei.

— Ora filha, eu também te amo, mas todo mundo precisa viver uma

história de amor, ou algumas histórias... Seja como for, vai em busca da sua,

porque afinal eu quero um dia ser avô, já pensou minha casa cheia de

crianças, movimentada, eu vou ser o avô e pai mais feliz do mundo. Aliás, já

faz muito tempo que somos só nós dois, já está na hora de movimentar está

casa com seus namorados, me preparei uma vida para recebe-los.

— Papai!!!! Namorados!!!

— Você tem que se permitir filha, digo namorados porque sei que do

jeito que você é não vai escolher qualquer um, então provavelmente vai

conhecer alguns, só não seja muito exigente e indecisa, se não vai ficar pra

titia.

Os dois riram juntos abraçados.

— Pai, você é uma figura, o senhor viajou, mas vou levar em

consideração o que disse pelo menos alguma coisa. Estou indo ligar para as

meninas e marcar para sair e me divertir hoje, ok?

— Ok meu bem, você é a melhor filha do mundo.

— Ok pai, o senhor é o melhor pai do mundo.

(....)

Ao chegar ao bar Balacobaco's, descendo do táxi Nininha ainda estava

repensando a escolha de roupa e maquiagem que suas amigas fizeram para

ela. Ela estava muito bonita como nunca tinha se visto. Quando se olhou no

espelho não reconheceu a sua imagem, ela nunca se achava atraente, porém

este vestidinho preto que Bruna escolheu a deixou um mulherão, os saltos de

Lary, lhe deu alguns centímetros de confiança e a maquiagem estava fatal.

Em casa ela se sentiu muito confiante, mas agora ao chegar ao bar, ela ficou


meio indecisa, achando que estava parecendo uma palhaça.

— Eiii, pode parando mocinha! — Exclamou Bruna, cortando seus

pensamentos. — Para de pensar na roupa, no salto e na maquiagem, você está

linda e radiante e como diz àquela cantora que eu amo, É HOJE!

— Isso mesmo Nininha, vamos causar na pista de dança — Falou

Lary já puxando ela pelo braço e entrando no bar.

Nininha estava ainda tentando entender em como Bruna sabia as

coisas que estava pensando, será que essa vaca lê pensamentos? Eu hein.

Tentando se equilibrar no salto ao ser puxada por Lary, esticou o pescoço

para ver qual seria a atração daquela noite, olhou a placa e leu:

"Noite das Tequileiras e Tequileiros do funk"

*Tequila grátis para às mulheres até 01h da manhã.

Puta merda! Agora ferrou.

É hoje!!! É hojeeeee!!!

Pensou Nininha.


Capítulo 6: E no banheiro...

#nininha

Dancei, nossa como eu dancei, também com tanto

combustível na mente não dava para ficar parada, vi uns gatos que não

tiraram os olhos de mim, tinha um lindo no bar olhando direto, realmente

lindo, até dei um sorriso, joguei um charme, isso elevou meu ego, às vezes,

uma mulher precisa se sentir desejada. Mas nenhum daqueles olhos era os

que eu queria. As meninas também estavam se divertindo, Bruna já deu uns

três sumiços, aposto que foi dar uns amassos com alguém ou alguns.

Lary só estava a fim de dançar e beber mesmo. Com elas me soltei e

curti o momento como se não houvesse amanhã, e dá-lhe tequila e funk.

Decidi ir ao banheiro e aproveitar ligar para meu pai, para avisar que

vou dormir na Lary. Como conheço todos que trabalham no bar tenho o

privilégio de usar o banheiro dos funcionários que fica nos fundos, próximo

ao depósito. Ainda bem, porque o banheiro dos clientes está com uma fila

enorme. Avisei as meninas que ia ir lá e perguntei se queriam ir também, mas

elas não quiseram, então fui meio tropeçando meio andando me esquivando

daquele mar de pessoas pelo caminho.

Notei que o rapaz do bar continuou me olhando e até acho que ele ia

vir na minha direção, porém desviei o olhar e segui em frente, estava

apertada.

Avisei ao barman meu amigo que iria ao banheiro, ele sorriu e piscou


pra mim autorizando minha entrada. Entrei no banheiro e fiz xixi, ai que

delícia, tão bom fazer xixi quando se está apertada. Que alívio! Antes de sair

peguei meu celular na bolsa e notei que estava desligado, merda! Pensei. Meu

pai pode ter me ligado.

Ao ligar o aparelho vi que havia uma cacetada de ligações de um

número restrito, nossa estou meio tonta, deixei pra ver depois as mensagens e

liguei para meu pai.

Pronto, me virei para o espelho e tentando recompor minha imagem,

que estava bagunçada, mas sexy também, ouvi alguém bater na porta.

— Já vou sair. — Gritei

— Paulina, abre essa porta, eu sei que você está aí, e se estiver com

alguém aí dentro eu juro que eu faço uma desgraça, abre essa merda agora!!

Conheço essa voz, que loucura, como pode? Isso não é possível. Abri

a porta e.... Só pode ser brincadeira.... Fiquei impressionada com a visão que

tive, algo que vinha sonhando à dias, àqueles olhos estavam ainda mais

tempestuosos, o rosto com uma fúria que me deixou perturbada, mas ao invés

de ficar com medo senti um tesão inexplicável, ainda mais quando fui

baixando o olhar naqueles músculos dos ombros, peito e braços escondidos

por uma T-shirt branca, moldando o abdômen que meu Deus devia ser todo

definido, lambi os lábios ao imaginar quantos gominhos ele deveria ter. Não

me contive e desci ainda mais o olhar pela calça jeans desbotada, apertada,

provavelmente escondendo belas coxas torneadas, avistei próximo ao fecho e

bolsos um volume pomposo que preferi imaginar que fosse seu celular. Então

em um breve momento de lucidez voltei o olhar para aquele rosto que agora

já não expressava mais fúria e sim diversão, safadeza e cinismo, tentei me

recompor e dizer algo, mas acabei escutando:

— E aí, apreciando a paisagem, Paulina?

Essa voz, como havia esquecido essa voz, minhas pernas bambearam,


ele notou e como um raio entrou no banheiro apertado fechando a porta atrás

dele, me segurou pela cintura me empurrando contra a bancada de mármore

da pia e colou seu corpo junto ao meu. Levou uma das mãos ao meu pescoço

me fazendo olhar para cima em seus olhos e ficou me encarando.

Acabei sussurrando ao dizer:

— Dane!!?? Mas como... Como você me achou aqui, você está me

seguindo por acaso, quer me matar??? — Me senti meio tonta e agarrei em

seus ombros.

— Ei, você está bem? — Ele me perguntou preocupado, levantando

meu queixo com a mão e me olhando fixo nos olhos com a boca próxima à

minha.

Respondi que estava bem e que seria efeito das tequilas. Ele sorriu

maliciosamente intercalando seu olhar entre meus olhos e minha boca.

— Tô vendo... E respondendo à sua pergunta ou perguntas; não, eu

não estou te seguindo até porque você teria que ser uma criminosa para eu

fazer isso, bom talvez se eu considerar ilícito o que você fez comigo, se

apossar dos meus pensamentos sem permissão, eu poderia te levar presa, mas

vou abrir uma exceção; e quanto a te achar, bem isso parece destino e eu

estou me tornando um fã dele...

(...)

Ao terminar o que disse, ele tomou a boca dela em um beijo cheio de

desejo e ela se rendeu sem chance de lutar contra, pelo contrário, ela queria

mais.

Nossa! O beijo era ainda melhor do que Nininha lembrava, ela se

aconchegou ainda mais ao seu corpo, num encaixe que seria perfeito se não

fossem às roupas. Ele gemeu quando ela roçou o quadril de baixo para cima

nele em sua ereção, deixando-o doido. Dane a pegou e sentou na bancada da

pia se ajeitando no meio de suas pernas roçando sua ereção aonde ela mais


necessitava, com isso ela abriu bem as coxas e às envolveu na cintura dele, e

se amassaram, beijaram numa fome alucinante que nenhum dos dois

entendia. Ficaram ali à mercê um do outro consumindo todo o oxigênio do

minúsculo banheiro. Ofegantes, os dois pararam se olhando desejosos em

busca de ar.

Nininha teve a lembrança do que ele disse ao abrir a porta e curiosa

indagou:

— Você achou que eu estava com alguém aqui no banheiro? – Sorriu.

— E por que não veio falar comigo antes? Não me viu no bar? Como me

achou?

Beijando o ombro nu de Nininha, Dane foi respondendo suas

perguntas:

— Sim... Achei... Não te vi no bar, quem viu foi Léo e quando vi você

fui em sua direção e vi que veio para um lugar afastado, achei que, que você

veio se encontrar com alguém, puta que pariu Paulina se tivesse alguém aqui

contigo... — Puxou o cabelo dela no topo da cabeça, e furioso continuou. —

Eu iria matar o imbecil que teve a ousadia de te tocar...

Dane voltou a beija-la com uma agressividade dosada a seu bel

prazer. Passava as mãos pelas coxas dela e apertava tão forte a sua bunda que

Nininha cravou às unhas nos braços dele.

Entre gemidos e beijos estalados ela foi dizendo:

— Temos que sair daqui, vai aparecer alguém.

— Não quero sair daqui, e falando sobre isso sabe o que eu quero de

verdade, muito...

— Não, não sei... Vai me deixar saber?

Dane enfiou a mão dentro da calcinha dela, acariciando fazendo-a

tremer de desejo ao seu toque, e com a mão espalmada em seu sexo, disse

pausadamente sussurrando no ouvido dela:


— Não está claro o suficiente o que quero?! Tudo bem, eu digo: ....

Quero... Me... Enterrar... Bem...Aquiiii

— Ahhhhhhhh Ahhhhhh Ahhhhhhh Ahhhhhhhh

E foi tudo o que Nininha conseguiu responder.

Capítulo 7: Vamos, vem comigo?

Embriagada, não sabia mais se pelo beijo ou tequila, ela parou

e o encarou:

— Você acha que eu sou esse tipo de garota, sério? Bom quer dizer,

tudo bem que no caso estou com um estranho no banheiro, mas não significa

que já fiz isso alguma vez na vida. E, aliás, quem é este tal de Léo e como ele

me reconheceu, eu o conheço?

Ele se afastou dela um pouco e tirou as mãos de seu corpo colocando

na bancada, ela quase que implorou para ele voltar a pôr as mãos nela, e no

restante do corpo... E tudo o mais, mas se conteve e ouviu:

— Não acho que você é esse "tipo" de garota, e talvez por isso fique

louco quando estou perto de você. E quanto a quem é Léo, bom, ele é meu

amigo, meu irmão do coração nos conhecemos desde criança, estudamos

juntos, trabalhamos juntos, até dividimos.... Hã .... É... (merda quase falo

besteira, Zé mane), dividimos um AP, um apartamento, e enfim, ele me

convenceu a vir a esse bar. Estávamos sentados no bar e eu ia tentar te ligar

novamente, daí o ouvi falar sobre uma garota linda dançando na pista com as

amigas e se enchendo de tequila com os Tequileiros, mas eu não dei muita

atenção, é que eu não tirava da cabeça certa garota que conheci no shopping e

não atende ao telefone NUNCA. Até que ele comentou que a garota estava

indo em direção ao bar e ele ia atrás tentar a sorte, já que eu estava sendo uma

péssima companhia. Foi aí que eu decidi me virar e como um bom amigo


verificar se a tal garota valeria a pena mesmo, daí vi você passar pela pista de

dança, esqueci de tudo e fui em sua direção, Léo veio junto e quando notou

que eu estava te olhando com olhar de fome...

— Olhar de fome? Como assim?? — Disse Nininha rindo.

— Isso é coisa do Léo, ele diz que quando eu quero algo faço esse

olhar... É um perturbado mesmo. — Respondeu Dane e continuou. — Como

eu estava dizendo, quando ele percebeu que eu te olhava e estava indo na sua

direção, ele me puxou me fazendo olhar para ele e disse:

— Ei brother, pode parando, essa aí já é minha e, e disse outras

coisas, mas eu não tinha tempo pra conversa e o respondi que você era minha

garota, eu já havia contado a ele sobre aquele dia no shopping, ele me olhou

abismado e, pensando bem agora, eu nunca o vi daquele jeito... Ele me largou

e eu te segui até aqui, foi difícil passar pelos funcionários, mas como vê eu

consigo tudo o que eu quero. — Apertou os quadris dela e a beijou

novamente.

— Então o que você quis dizer com MINHA GAROTA — Ela o

questionava meio boba entre beijos.

— Disse exatamente o que as palavras significam e para ser mais

preciso já que você ainda não entendeu... — Foi dizendo Dane, afastando o

tronco do dela e passando a palma da mão no seu seio esquerdo bem devagar,

a fazendo suspirar e entre abrir a boca soltando um quase gemido, foi

descendo por sua barriga até chegar à sua coxa onde a barra de seu vestido já

não cobria mais nada e enquanto a tocava não tirava os olhos dos dela

continuando a dizer — ...Eu quero você, quero cada pedacinho do seu corpo,

quero beijar, lamber, apertar... Hummm, quero tudo, quero fazê-la gritar e

gemer, até ficar rouca.

Ele aperta a coxa e sobe mais a mão roçando o polegar onde ela mais

necessitava um lugar que parecia um oásis de tão úmido, ela gemeu e


remexeu no seu toque, Dane ainda não tinha terminado, ficando cada vez

mais louco de vontade de tê-la, continuou a falar naquela voz sexy bem

próximo a sua orelha:

— E principalmente... Fazer você gozar e gozar e gozar até desmaiar

e ainda assim esperar você acordar e começar tudo de novo.

Circulou o dedo em seu clitóris, bem devagarinho, levando ela à

loucura. Nininha já estava sentindo seu orgasmo anunciando sua chegada,

quando ele deu uma mordida dura em sua orelha tirando ela da beira do

precipício e dizendo risonho e sensual ao mesmo tempo:

— Isso tudo, mas não aqui, você merece coisa melhor. E eu vou fazer

o impossível para que tenha.

Vamos, vem comigo?


Capítulo 8: O brother do Dane.

#Dane

Eu já estava impaciente com o segundo que ela estava

demorando a responder, mas eu precisava da resposta dela, parecia o certo, é

claro que seu corpo já estava mostrando a resposta que seria afirmativa e que

se fosse qualquer outra mulher eu já teria transado com ela aqui mesmo nesse

banheiro, Deus sabe o quanto eu estou louco por ela. Mas não, ela é única e

não sei por que, mas quero que a nossa primeira vez juntos seja especial e...

De repente paro o pensamento, ao som da resposta dela.

— Sim, aí meu Deus, sim, me leva eu vou!!

O som dos anjos cantando.

Dei-lhe um beijo estalado, peguei pela sua cintura firme, a coloquei

no chão, ajeitei seu vestido e de mãos dadas fui nos levando ao bar em

direção à saída. Lembrei que ela estava com amigas e perguntei se queria ir

falar com elas.

— Não precisa, eu ligo para elas daqui a pouco, porque se eu parar

agora é capaz de eu repensar e..........

Fui logo colocando as mãos nos cabelos dela e a puxando para outro

beijo bem gostoso, cortando a frase em que ela diria que poderia desistir de ir

comigo. Funcionou. Olhei naqueles olhos cor de mel e juro que vi faíscas de

fogo. Continuei seguindo e pensei o mesmo que ela quanto ao Léo, aviso

daqui a pouco.


Estávamos pagando a nossa consumação, e óbvio que paguei a dela

(depois de uma pequena guerrinha), senti alguém se esbarrando em mim e

colocando o braço em volta dos ombros de Paulina, automaticamente fechei a

cara, vi que ela se esquivou, e daí logo reconheci o intruso o que me fez

relaxar um pouco.

— Ei, calma princesa! Eu sou o brother do Dane, ele deve ter falado

de mim né? Sou Leonardo, mas pode me chamar de Léo, ao seu dispor.

Disse Léo com aquele gingado típico dele quando está paquerando,

como se eu não soubesse, terminou a frase com um beijo na bochecha dela

molhado e demorado, notei que Paulina ficou sem graça. E percebendo

exatamente onde ele estava pretendendo chegar com tudo isso, afinal fizemos

isso uma vida inteira juntos, conheço ele, peguei na cintura dela a puxando

para meu outro lado bem apertado, tirando-a do alcance de Léo.

Olho para ele com o sorriso do gato que acabou de pegar o rato.

Paulina sorri também educadamente para ele, o cumprimentando com um

aceno de cabeça. Léo olha dela para mim com um sorrisinho cínico nos

lábios, toma um gole de sua cerveja e diz especulativo:

— Ora, ora vejo que encontrou a "SUA GAROTA”, confesso que

estava louco para conhecer a menina que tirou às noites e os dias do meu

mano aqui, e agora conhecendo você estou entendendo o porquê do amor à

primeira vista.

— Para de falar merda, Léo. — Eu disse empurrando o ombro dele, já

automaticamente me arrependendo da escolha das palavras, olhei para

Paulina e vi que ela também não curtiu, tentei disfarçar dizendo rindo:

— Você é meu amigo ou não é, fica me entregando assim não mano!

Bom, mudando de assunto, eu ia te ligar mais tarde, mas já que você está

aqui, tô indo e vou levar Paulina.

— Ótimo! Posso ir com vocês, talvez ela prefira ir no meu carro ao


invés da sua moto. — Disse Léo piscando para mim, filho da puta. Ri

pensando: ele não desiste.

Ia responder a ele, mas fui interrompido por Paulina empolgada:

— Dane você tem uma moto? Uau! Nunca andei de moto.

Já ia sorrindo feliz mostrando ao Léo que seu joguinho não deu certo,

quando fui novamente interrompido por ela:

— Seria bom, mas acho que o certo mesmo, como você não bebeu e

seu brother a olhos vistos já bebeu mais do que podia, deixamos a moto aqui

e vamos no carro dele, assim vamos todos em segurança.

Oi!! Eu não tinha ouvido isso, olhei para Paulina para ver da onde ela

tirou isso, mas o que encontrei foi real preocupação e a entendi, ela só estava

sendo cuidadosa com “meu amigo”. Me virei para Léo, me deu uma vontade

de socar a cara dele, ainda mais quando ele se meteu dizendo:

— É verdade brother, acho que exagerei, estava justamente te

procurando para irmos embora, não posso dirigir assim, você sabe, na nossa

profissão temos que dar o exemplo, mas eu não quero atrapalhar vocês hein...

— Riu o danado.

Estreitei os olhos para ele o fuzilando, virei para Paulina dizendo:

— Não precisa se preocupar, eu chamo um táxi para ele, já está

acostumado vive perdendo a noção, e além do mais eu não posso deixar

minha moto aqui sozinha.

— Eu acho mais fácil nós irmos no carro dele Dane, quanto a sua

moto conheço os funcionários daqui, peço a eles para deixar ela no

estacionamento privativo deles, assim fico mais tranquila, não custa nada e

assim você tem certeza que seu amigo chegou em casa sã e salvo. — Ela pôs

as mãos sobre a boca como se fosse para Léo não escutar e disse baixinho no

meu ouvido:

— Ele me parece bem bêbado coitado.


Eu olhei para um Léo que eu tinha certeza que não estava nem perto

de estar bêbado, fingindo estar trôpego. Ainda tive que ouvir o vacilão dizer

forçando um pouco seu estado etílico:

— Estou adorando essa SUA GAROTA, acho que vou virar seu fã. —

Piscou e mandou um beijo para ela, deixando-a vermelha novamente.

Voltei a olhar para ele e sem que Paulina visse falei:

— Babaca!

Ele fez cara de paisagem como que não estivesse entendendo.

— Então tá, vamos então levar esse bundão bêbado pra casa. —

Acatei.

Paulina me deu um selinho e eu vi a cara do Léo, como se eu tivesse

comprado o último sonho na padaria.


Capítulo 9: Gargalhadas e Olhares.

Enquanto Léo pagava sua consumação, fui com Paulina falar

com um dos funcionários do local, um rapaz bem prestativo, me ajudou com

a moto e depois fui com ela para o carro esperar o bebum do Léo.

Aproveitei para esquentar o clima de novo beijando ela gostosamente,

tirando-a do banco do carona e colocando ela atravessada mesmo no meu

colo, queria que ela sentisse o tamanho da minha excitação, já que ela não

tinha passado a mão em mim, talvez tenha sido até bom, porque acho que eu

não teria aguentado e me perderia nela.

Ouço a porta do carona se abrir, levei um susto, já ia me posicionar

para pegar a arma que Léo sempre deixava em baixo do banco do motorista,

mas logo percebi que o intruso era o próprio dono do carro com um sorriso

maroto no rosto vendo nosso estado excitado. Paulina logo escondeu o rosto

na curva do meu pescoço envergonhada, mas sorrindo da situação. Eu acabei

rindo também, parecíamos três adolescentes, uma sensação boa.

— Chega, vai Léo pro seu lugar para a gente ir embora. — Eu disse

naturalmente.

— Por quê? Tá bom aqui, você pode ir dirigindo com ela no colo ou

ela pode "vir" no meu, tanto faz... — Disse o cínico do meu lado.

Percebendo a minha cara, mas não perdendo a piada foi dizendo:

— A qual é cara quantas vezes já fizemos isso, vai quebrar a

corrente?

Ele terminou pegando na mão dela e deu um beijo.

Senti meus punhos cerrarem e Paulina se mexeu meio desconcertada,


não sei se ela percebeu a intenção dele ou estava achando que dizia essas

coisas por estar bêbado, por Deus espero que seja a segunda opção, porque se

ela desistir da nossa noite eu mato Léo com minhas próprias mãos.

— Léo de boa, ainda está em tempo de chamar um táxi para você. —

Falei bem sério.

Paulina sorriu abafado (acho que ainda estava anestesiada pelas

tequilas), enquanto isso Léo arregalou os olhos para mim e disse:

— Beleza irmão, foi só uma brincadeira, vem Paulina senta aqui... No

banco. — Riu para ela e foi para o banco de trás.

E fomos. No caminho peguei Léo olhando a Paulina de vez em

quando, e quando ele notava que eu via, disfarçava e olhava pela janela,

nossa ele estava realmente calado.

Fui pensando também, era à primeira vez que estávamos saindo de

uma balada juntos com uma gata mas, que no fim, quem ia ficar com ela era

só eu, talvez ele esteja achando estranho, eu também acho, mas é... Eu não sei

por que, mas eu quero estar sozinho com Paulina isso não é errado, ou é?!

Bom eu também pensei que era melhor não ficar com ela no nosso

apartamento, uma porque não queria ficar e nem deixar Léo constrangido,

acho que me sentiria se fosse o contrário, e outra, queria levar ela em um

lugar legal só nós dois, então fui pensando nos locais, até que chegamos ao

prédio.

Eu e Léo mantínhamos alugado um apartamento no Rio, eu porque

amo o Rio e Léo porque apesar de não ser daqui não aguentava ficar muito

tempo na fronteira sem vir pelo menos um fim de semana para surfar. Ele

ama praia.

Encostei o carro em frente à portaria e fui falando:

— Vai lá mano, tenha uma ótima noite!

— Sério? Vocês não vão dormir, quer dizer subir também?! — Falou


Léo abismado me encarando pelo retrovisor, eu pisquei e disse que não.

Ele ficou um tempinho perdido e sem saber o que dizer, até que disse:

— Tá e meu carro?

— Amanhã trago de volta, vejo alguém para ir pegar minha moto. —

Respondi.

— Não precisa, eu trago o carro e você traz a moto Dane. —

Interrompeu Paulina.

Na mesma hora virei pra traz com o grito que Léo deu dizendo:

— Nãooooooo!!!! Você tá maluca, meu carro, meu bebê, ninguém

dirige meu carro, que isso.... Hei Dane me ajuda, diz alguma coisa.

Eu quase entrei em convulsões de tanto que ria da cara do bebê

chorão. Eu já sabia do amor platônico que Léo tinha por seus carros, só eu e

após anos de amizade e um mecânico amigo nosso já dirigiram os carros que

ele já teve. Mais a reação dele foi muito engraçada o bebum tinha dado

espaço para um bebê chorão.

Olhei para Paulina e apesar dela estar sorrindo também percebi que

estava com raiva do que ele disse.

— Uê Léo, o Dane está dirigindo seu carro, e se ele arranjar uma

pessoa, ela vai dirigir seu "bebê", por que não eu? — Falou Paulina com um

sorriso malicioso tão lindo e cheio de charme, derretendo os marmanjos do

carro.

Léo fez uma cara para mim como se me pedindo ajuda, e eu

segurando o riso disse me vingando:

— Eu não vejo problema algum, vejo apenas solução, ela está apenas

sendo, “mais uma vez", solidária ao meu amigo bebum.

Pisquei pelo retrovisor, Léo fez uma cara tão feia que pensei que ele

ia pular em cima de mim e me tirar do carro, mas não, então gesticulei com a

cabeça para ele descer, ele fez uma cara de interrogação, mas desceu e veio


na minha janela e comentou:

— Princesa é serio você não tem cara que já pilotou um carro como

esse, grande, automático e...

— Pode parando! — Cortou Paulina com muita atitude apontando o

dedo na direção do Léo. — Não me julgue por ser mulher, o fato de você me

ver como princesa não tem nada a ver com minha capacidade para dirigir um

carro ou outras coisas, e, aliás, se quer saber tive um ótimo professor.

Estava observando ela toda irritada ainda mais linda, e quando ouvi a

última frase olhei para ela com um enorme ponto de interrogação na minha

cara e aposto que Léo também estava, porque ela olhou para nós dois e agora

gaguejando se explicou.

— Papai... Foi papai quem me ensinou, além de policial, fez bicos

como motorista particular para alguns bacanas. Sabe, a profissão dele era

muito ingrata, não ganhava bem, eu detestava, enfim, ele acabava ficando

com os carros no tempo livre e quando eu tinha 14/15 anos ele começou a me

ensinar. Já dirigi vários carros e até caminhonete de cerveja, e para falar a

verdade carro pra mim tem que ter marcha, esse papo de automático é pra

gente preguiçosa.

Se havia dúvida que iria me apaixonar acabou nesse momento.

Porém, será que ela leva a sério esse lance sobre policiais. Opa!!!!

Eu disse apaixonar, puta merda!

Balancei a cabeça como para esquecer por um momento o que estava

pensando, me virei para Léo e rindo de felicidade disse:

— Tomou?! Vai lá dormir preguiçoso, amanhã trazemos seu carro sã

e salvo.

Esperei ele se afastar do carro e arranquei, deixando um Léo

completamente confuso para trás.

Eu também me sentia assim, agora muito mais confuso com o


turbilhão de sentimentos que estou vivendo no momento.

O melhor é me concentrar na noite maravilhosa que está por vir.

Entre olhares pelo retrovisor fui dirigindo procurando um lugar para

passar a noite com essa mulher que está me virando do avesso.


Capítulo 10: Uma devassa dentro de si.

No caminho dentro do carro, ouve um silêncio incômodo

entre os dois, ela por de repente se ver sem graça ao lado dele, e ele porque

nunca se sentiu tão sem palavras perto de uma mulher.

Eles às vezes, se entre olhavam pelo retrovisor, trocavam sorrisos

quase tímidos, que no fundo havia uma promessa sexual. Ficaram assim

durante alguns minutos, até que ele roçou os dedos ao lado da bochecha dela

e quebrando o silêncio disse meio sem graça:

— É, bom... Eu ia levar você para o apartamento e te oferecer uma

bebida enfim, agora eu sinceramente já não sei o que fazer.

— Eu notei que você está dando voltas... – Ela disse sorrindo sem

jeito e continuou. – ...Lá naquele banheiro você estava bem mais seguro do

que queria, mas se mudou de ideia, tudo bem, pode me deixar em um ponto

de táxi que vou para casa.

Mesmo com a luz fraca da noite, Dane pôde notar o rosto dela

vermelho de vergonha, então estacionou o carro à beira da praia e se virou

para ela. Com uma mão em sua face e outra em seu quadril foi dizendo:

— Admito estou meio inseguro, é diferente com você, nossa ligação

me parece única e absoluta. Desde que a vi sentada naquela mesa do

shopping senti algo sem explicação, não me pergunte o motivo, se é coisa de

pele, química ou destino, eu só sei que quero você... – Ele se aproximou de

seus lábios passou a língua sobre eles fazendo-a entre abrir a boca e fechar os

olhos, e então invadiu como se dependesse desse beijo para sobreviver.

Possuiu a boca dela num prenúncio do que faria com seu corpo, caso ela


permitisse.

E em intervalos de beijos, entre a loucura e a sanidade, descobrindo

um lado dela antes adormecido, ela foi se abrindo e falando as palavras:

— Mesmo cercadas com tantos valores e princípios, as mulheres

sempre escondem uma devassa dentro delas e, são poucos os homens que às

fazem despertar. E não me pergunte o motivo também, mas você é o primeiro

homem a me fazer querer liberar esse meu lado devasso e eu quero isso com

você, tenho certeza que vai ser especial.

O carro entrou em combustão, os dois se agarraram e beijaram com

força, um viajando com a mão no corpo do outro, gemiam baixinho com

sofreguidão e num impulso dolorido Dane se afastou de Nininha fazendo-a

queimar com seu olhar e sem dizer nada se acomodou atrás do volante e

seguiu.

Eles chegaram a um hotel de luxo de frente para o mar, Nininha

olhava abismada e dizia:

— Nossa Dane, esse lugar deve ser caro, vamos a um motel

qualquer...

— Nada disso! – Cortou Dane – Você merece, aliás, nós merecemos

um lugar especial. – Deu um beijo estalado nela e concluiu. – Vamos minha

menina devassa.

Uau! A tensão sexual se intensificou, fez Nininha pensar na gravidade

de suas palavras e em mais uma dose de tequila, mas enfim, as palavras já

tinham sido ditas e ela não poderia voltar atrás, na verdade não queria,

respirou profundamente e respondeu:

— Já não aguento mais esperar, já estou achando o carro um lugar

bem especial. (risos)

— Garota!! Não me provoca. — Rosnou ele.

— E qual é a graça se não tiver provocação? — Balbuciou Nininha


toda sexy bem próximo ao rosto de Dane.

Ele semicerrou aqueles olhos azuis que ela já estava conhecendo de

cor e nublou indicando uma tempestade.

Dane se afastou abriu a porta do carro e foi em direção à porta do

carona ajudando Nininha a sair, puxando-a. Ela ia soluçando aos sorrisos em

direção a recepção do hotel como se estivessem atrasados para algo

importante. Após os amassos no elevador, chegaram ao quarto. Nininha ficou

impressionada com a beleza dele, chique, ela pensou. Algo que ela nunca

tinha visto de perto, pensou até que poderia fazer um quadro. Ela estava lá no

meio do quarto encantada, olhando tudo e Dane estava parado ainda na porta

olhando apenas para ela, quando ela se virou e percebeu que estava sendo

observada, veio em sua direção encarando em seus olhos, esticou as mãos e

colocou-as em seu pescoço.

Ele não mexia um músculo se quer. Tenso, o desejo dele era agarrarla,

jogá-la na cama, rasgar seu vestido e possuir esse corpo lindo curvilíneo,

mas não, ele esperou para ver até onde ela iria.

Nininha descia suas mãos pelo tronco sarado de Dane pensando

"Nininha sua linda agora é a hora de você realizar todos os seus desejos

escuros, sem vergonha, seja a devassa de seus sonhos e mostra a ele que você

sabe jogar." Ela pegou a barra da blusa dele e tirou, deu-lhe uma mordida no

lábio inferior e após isso, notou que ele soltou um pequeno gemido, ato que

lhe deu a coragem necessária para fazer o que tinha em mente.

Foi dando pequenas beijocas pelo queixo e descendo no pescoço,

rodeando com a língua cada mamilo finalizando com uma mordida em cada

pico arrepiado, de vez enquanto levantava o olhar para ver a reação no rosto

dele, que estava com um semblante de total tesão. Levantou o encarando ao

mesmo tempo abrindo seu cinto, puxou e jogou longe sorrindo. Desabotuou

seu jeans sentindo sua respiração acelerar, ao abrir seu zíper roçou sua mão


no seu pênis ereto e começou a beija-lo e quando ele começou a comandar o

beijo ela se ajoelhou ainda o olhando e desceu sua calça junto com a cueca,

tendo uma visão maravilhosa com aquele membro teso que parecia feito de

mármore, uma escultura digna do museu de belas artes. Ela se viu ali por um

momento apenas apreciando, claro que ela já tinha visto um pênis antes, mas

não como esse que era espetacular e suspirou.

Aí meu Deus, será que ele notou minha total falta de noção, pareço que nunca

vi um homem nu, dizia ela em pensamentos.

— Vejo que gosta de apreciar a paisagem? — Falou ele rindo,

adorando ser apreciado.

Deixando a insegurança de lado, Nininha o olhou toda manhosa

aproximando a boca a cabeça do seu pênis e entre lambidas disse:

— Uma mulher não pode apreciar um produto antes de experimentalo?

E antes que ele respondesse o abocanhou de maneira gulosa, fazendo

Dane gemer alto e agarrar as mãos nos cabelos dela, tentando conduzir seus

movimentos, mas não, aquele era o momento dela e o queria louco, foi isso

que ela fez.

Ele ali nu diante dela parecendo um Deus, e ela apenas uma súdita ajoelhada

lhe dando prazer com sua boca, fazendo-o revirar os olhos e tencionar os

músculos a cada chupada.

Ela percebeu que seu orgasmo estava próximo, estava deixando ele louco

com aquela boca quente e suas chupadas deliciosas. Dane intensificou seus

esforços para segurar o inevitável, mas ele percebeu que ela estava

determinada a levá- lo às alturas e se deixou levar por aquele momento

incrível.

Nininha estava adorando ver ele entregue, segurou a bunda linda dele


com força direcionou seu pênis mais fundo em sua garganta, mesmo sentindo

seu couro cabeludo doer da força que ele usava para puxar seu cabelo e da

dificuldade de respirar com aquela carne quente e escorregadia em sua

garganta ela continuou dirigindo os movimentos, sentindo tanto tesão quanto

ele.

Dane já estava desesperado queria parar, mas não conseguia, estava

enfeitiçado com aquela boca gostosa e fulgás, não conseguindo se segurar

gozou, e agora, tomando conta dos movimentos fodendo a boca dela

ensandecido, jorrando sua semente no fundo da garganta daquela mulher

incrível ajoelhada aos seus pés, que mesmo com os olhos cheios de lágrimas

pela dificuldade de aguentar com a boca suas estocadas, sorria com um

semblante safado, provavelmente satisfeita consigo mesma por o levar a

loucura.

Mas se ela achava que seria só ele à beira do precipício estava muito

enganada. Dane já levantava ela numa pegada e a beijava, o que a deixou

impressionada já que muitos homens não fazem isso após gozarem na boca

de uma mulher, mas não ele, não Dane, um ser altamente sexual e de alma

livre.

Ele a puxou no seu colo e a levou para a cama a jogando lá, ofegante,

doendo de desejo olhando para ele quase implorando atenção. Ele ficou de pé

olhando para ela e segurando seu pau meio ereto dizendo também ofegante e

com voz rouca:

— Então menina devassa, você gostou de me deixar totalmente

descontrolado né? Bom acho que agora é a minha vez, espero que esteja

preparada porque daqui você só sai desmaiada.

E se dirigiu para a cama em sua direção, fazendo-a se contorcer sobre

os lençóis aguardando a tempestade que se anunciava.


Ela achou que ele a possuiria ali naquela hora, mas não, ele a beijou

encostando seu corpo sobre o dela, roçando seus quadris onde ela mais

queria, por alguns minutos a deixando fora de si, então se levantou, os dois

com rosto contorcido de prazer olhando fixo um no outro e com uma

autoridade que a arrepiou, Dane disse:

— Tire o vestido e a calcinha Paulina, mostre seu corpo pra mim,

mostre-me aquilo que você deseja que eu possua, dê a mim acesso livre ao

que eu quero e vou reivindicar como meu.


Capítulo 11: OMG! OMG! OMG!

#Nininha

Meu Jesus cristinho das devassas sonhadoras ou das santas

do pau oco!

Eu não acreditei no que eu ouvi. Esse ser indescritível me quer de

uma maneira que só li em livros, bem que vovó dizia "cuidado com o que

pede em suas orações você pode ser ouvida".

Saindo dos meus pensamentos olhei nos olhos dele e vi o

endurecimento em seu olhar.

— Acho que te fiz um pedido bem simples e estou aguardando

ansioso para provar você, não é hora para vergonha. Vai, faz o que te pedi,

AGORA! — Disse Dane com misto de autoridade e excitação.

Não tive como me recusar, até porque meu corpo já não me obedecia.

Levantei e fui tirando o zíper do vestido e a calcinha sobe o olhar quente do

Dane, que deu um passo para trás, acho que para ter uma vista melhor. Ali

fiquei nua a disposição daquele olhar de puro desejo, minha pele fervia, me

sentia um pouco desengonçada com o tempo que ele ficou parado ali me

olhando e se acariciando, até que ele enfim, veio até mim me pegando

abusadamente e me jogando no colchão, me beijou na boca, parecia um

polvo, pois eu o sentia em todos os lugares do meu corpo.

Me sentia venerada por ele e pela aquela boca e língua sensacional

que me lambia e chupava do pescoço ao pé da barriga, dando uma atenção

especial aos meus seios em suas idas e vindas. Eu era só sensação, era um

prazer que estava descobrindo tão grande que estava preocupada em gozar só

com esse amasso.


Dane incansavelmente devorou cada pedacinho do meu corpo, menos

uma em especial, me deixando desesperada por ter ele dentro de mim.

— Nossa! Como você é linda. — Disse Dane e eu gemi me

contorcendo sob ele..

Ele foi se abaixando em meu corpo entre minhas pernas sem tirar os

olhos dos meus e ainda disse:

— E agora minha menina devassa, vou saborear a melhor parte desse

corpitcho.

Pode um homem lindo desse ter uma voz tão sexy, pois é, Dane tem.

Ele pegou meus joelhos empurrando para cima totalmente arreganhada aos

seus olhos e com um rosto faminto e um sorriso safado caiu de boca no meu

centro, me saboreando de todas às maneiras possíveis, me fazendo gemer e

gritar alto e forte, como nunca. Sentindo meu corpo queimar da ponta dos pés

à cabeça, ergui meus quadris ao encontro de sua língua, minhas mãos em seu

cabelo puxando e apertando cada vez mais.

O que é isso, o que está acontecendo... O MEU DEUS!!!! Acho que

vou gozar... AAAAAHHHHHHHHHHH…

Abri meus olhos algum tempo depois, vi aqueles olhos lindos e

brilhantes me olhando. E com um sorriso de lado foi se levantando dizendo:

— E então, preparada?

Eu o olhei meio sem entender a pergunta e ainda em êxtase, me

levantei um pouco e tive a visão de uma bunda musculosa linda, ainda com as

marcas das minhas unhas, o que me fez sorrir pensando em como tive

coragem de fazer isso, e assisti ele se abaixar e pegar sua calça.

— O que você quis dizer com essa pergunta?

Ele se virou pra mim, tirou a carteira do bolso do jeans jogou ele

novamente no chão e voltando em minha direção abriu a carteira e tirou um

preservativo, colocou a carteira na cômoda e mostrando o preservativo pra


mim perguntou de novo me fazendo entender:

— Pra isso. Está preparada?

Foi quando me dei conta e baixei o olhar só para encontrar aquela

ereção enorme apontando para mim.

— Oh, meu Deus! — Eu gritei.

— Pode me chamar de Dane mesmo… — Ele disse rindo.

Semicerrei os olhos pra ele, mas acabei rindo junto. Após rimos um

pouco ele foi vestindo a camisinha e, só de assistir eu já estava excitada de

novo, sentido aquela necessidade de ser tocada por ele que já estava ficando

conhecida.

Dane veio por cima de mim e beijou minha testa, bochechas, queixo,

orelhas repetindo o quanto eu era linda, o quanto ele me desejava e que

estava enlouquecendo de vontade de me ter. E assim me deixava ainda mais

excitada.

Ele correu a mão pelo meu corpo meus seios e seguiu até chegar ao

meu clitóris onde parou e circulou devagarinho, eu soltava gemidos, ele

seguiu o caminho mais abaixo sentido toda a marca da minha excitação,

brincando com os dedos em minha entrada, subiu novamente levou seus

dedos repletos com minha umidade à boca dizendo :

— Você está preparada pra mim, está sedenta por mim, e eu quero

você, e vou te ter agora.

Dane terminou a frase me penetrando com tanta intensidade que

gritei. Ele parou me olhando e eu em resposta que estava tudo bem rebolei

com meu quadril e aprofundei mais a penetração tirando um gemido sofrido

dele. E aí começou a melhor transa da minha vida, ele foi firme e forte em

suas estocadas me tirando o ar várias vezes, estava realmente começando a

acreditar que sairia dali desmaiada, mas com certeza eu não seria a única. Os

meus braços acima da minha cabeça presos pelos pulsos por suas mãos fortes


não foi o suficiente para me segurar, eu já havia treinado alguns golpes de

lutas com papai, não era tão fraquinha assim. Dei um solavanco com o

quadril e me movi para cima dele o montando, fiquei muito feliz com a cara

de surpresa que ele fez, comecei a rebolar sobre ele que colocou suas mãos

em meus seios acariciando-os. Nós estávamos loucos de desejo um pelo

outro, ele levou uma mão a minha nuca puxando meu cabelo e tocando

nossas testas molhadas deixando nosso olhar bem próximo e a outra mão pôs

em meu quadril esquerdo me auxiliando nos movimentos, estávamos muito

próximos a explodir de tanto prazer.

Quando eu o ouvi dizer:

— Garota você me surpreende a cada minuto, eu nunca vou me cansar

de você.

— Acho bom, porque posso me viciar em você.

E assim foi a noite toda, nossos corpos suados em um ritmo de vai e

vem, em busca do prazer um do outro.


Capítulo 12: “Minha Menina”

#Dane

Acordei com a quentura do sol em meu rosto e um corpo

deliciosamente nu em meus braços. Droga, estar com Paulina foi muito bom,

melhor do que imaginava, e mesmo exausto da nossa noite juntos só penso

em tê-la de novo.

Paulina é uma mulher linda, gostosa e merda... Tinha que ser

interessante também? Apesar de ser um pouco mais nova do que eu, tem uma

cabeça boa, parece ser uma moça de família, eu não mereço estar com uma

mulher especial assim, ela merece atenção, segurança alguém que possa estar

sempre ao lado dela e que não venha a faltar a qualquer momento. Eu sei o

que digo, já vi e já senti na pele o que fazem com famílias de policiais. Seria

tolice minha se quer supor ter uma namorada, ainda mais alguém como ela. O

que é que eu estou pensando, namoro?? Relacionamento sério. Eu??

Bom isso não importa, depois de amanhã estarei indo embora mesmo

e não posso crer que essa garota inteligente estaria mesmo afim de mim, eu

posso estar sendo para ela apenas química, um desejo reprimido, um sonho

contido sendo realizado. Vou fazer com que seja inesquecível, para que ela

nunca se esqueça de mim e talvez quem sabe em uma outra oportunidade nos

encontramos de novo. Apesar desse misto de sensações que estou vivendo,

havia algo que sentia falta. Estar passando por tudo isso longe do Léo era

estranho, será que é errado querer que ele estivesse aqui conosco, afinal é a

primeira vez em anos que estou com uma mulher sozinho, talvez seja por isso

minha confusão, será que seria a mesma coisa se ele estivesse aqui, será que


se fosse Léo sentindo tudo isso ele se entregaria? É a cara do Léo, ele no

fundo acredita no amor apesar de ser um galinha, só rindo mesmo. Mas

Paulina nunca ficaria com dois homens, eu acho, ficaria? Não parece algo que

ela faria, mas eu falo como se a conhecesse, quando na verdade não conheço.

Minha cabeça tá dando um nó.

Suspirando beijei sua têmpora acariciando seus cabelos e suas coxas.

Ela foi se remexendo, espreguiçando e abriu aqueles olhos cor de mel.

— Bom dia Dane, que horas são?

— Bom dia minha menina, já devem ser umas 10:00. — Respondi a

abraçando forte aproveitando para esfregar meu corpo em seu corpo.

— Engraçado, você diz "minha menina" como se você fosse bem

mais velho do que eu. Quantos anos você tem?

Ela perguntou se virando de frente para mim, eu subi uma mão até seu

seio e fiquei acariciando deixando ela corada.

— Tenho 28, acredito que não sou tão mais velho assim, talvez mais

experiente.

— Como assim, fui tão péssima ontem? — Ela indagou assustada.

Merda! Eu pensei, falei merda. Como vou me explicar.

— Não Paulina. Ontem você foi mais que especial, mesmo toda

experiência de vida que tenho, nunca tive uma noite como a de ontem e sabe

por que foi diferente?

— Não... — Respondeu curiosa.

— Porque ontem você estava nela. Uma noite que eu nunca mais vou

esquecer.

Ao terminar sendo mais sincero do que planejei, beijei-a com vontade

puxando-a sobre meu corpo, passando as mãos em suas costas, segurei sua

bunda redonda roçando em minha pélvis fazendo-a sentir minha excitação e


provando sua umidade. Ao ver que ela estava pronta para mim me estiquei

pegando uma camisinha, coloquei e pedi:

— Paulina, estou louco para sentir você outra vez, eu quero que você

monte em mim e cavalgue quero guardar a imagem deste corpo lindo, desses

seios pulando e esse rosto cheio de desejo olhando no meu.

Ela se acomodou da melhor maneira possível, sorriu e como se fosse

para me surpreender direcionou minha ereção na sua entrada me olhando

com um olhar de gata, em um movimento, apenas um movimento firme, ela

me embanhou em seu núcleo quente. Não sei como me segurei para não

gozar naquele momento. Como conversar com uma menina e de repente se

deliciar com uma mulher surpreendente, ela está me deixando totalmente fora

de órbita. Fui saindo dos meus pensamentos sentindo as mãos dela apertando

meus peitos mostrando todo seu tesão em seu rosto, em seus gemidos, em

suas reboladas intensas e ritmadas. Me levava ao seu interior hora com força,

hora lentamente. Estava louco, suas unhas penetravam em minha pele quando

eu ia de encontro às suas investidas, recebendo gritos de prazer, fixei meus

olhos nos dela e nos entregamos ao climax juntos.

Pensa em uma imagem totalmente inesquecível, algo que você jamais

pensou que iria sentir, algo que você sempre desejou mesmo sem saber,

então... É essa imagem, esse momento que estou vivendo agora.

Estou completamente ferrado!!


Capítulo 13: Excluido da jogada.

#Léo

Que noite louca foi essa e terminou da pior maneira possível,

eu aqui puto, sozinho e com uma ereção dolorida.

Não entendi por que meu brother Dane me excluiu completamente da

jogada. Talvez se eu tivesse conseguido dizer a ele que Paulina era a garota

que eu estava de olho a noite toda, pudesse ter sido diferente. E na boa, sem

querer me gabar, mas já me gabando, ela bem que retribuiu minhas olhadas.

Cara nós somos como unha e carne desde... Desde de sempre. Sempre

fizemos tudo juntos, estudar, trabalhar e a nossa parceria era tanta que

começamos a compartilhar mulheres também e, era perfeito. Entendemos

porque as pessoas recriminam esse tipo de relacionamento... Aaaaa que se

foda, Dane entende... Eu não, acho o cúmulo as pessoas terem que achar ou

deixar de achar sobre a minha vida porra! A vida é nossa não devemos nada a

ninguém, essa foda de sociedade querer ditar regras do tipo de

relacionamento que um indivíduo quer ter é simplesmente retrógado. Jesus

disse amai uns aos outros, apenas isso e, é o que fazemos, tudo bem que de

uma forma bem sacana que não envolve o tal amor verdadeiro, mas estamos

aí apenas vivendo do nosso jeito.

Na boa, no fundo eu realmente tenho uma certa esperança de

encontrarmos uma mulher especial o suficiente para ter dois homens em sua

vida e por que não formar uma família? Seria difícil, mas não acho

impossível como Dane acha. Fico puto com isso, Dane tão seguro de si e ao

mesmo tempo tão melindroso em relação ao que quer de verdade, eu sempre

digo pra ele que ele pensa e se preocupa de mais e vive de menos.


Como se não bastasse às dúvidas e guerras com nossas próprias

vontades, vem esses hipócritas cheios de falsas virtudes dizer como devemos

viver nossas vidas, a vai se fuder!!! Acho que a única regra a ser seguida

seria a do respeito ao próximo, pronto, sem mais nem meio mais, vamos

respeitar os pensamentos, sentimentos, desejos, cultura, religião, opinião,

gênero dos outros e pronto.

Merda!

Amigos próximos a nós vivem nos julgando pela vida louca que levamos, por

compartilharmos mulheres e não se envolver com nenhuma e, alguns até

apostam que somos gays.

Somos os melhores federais da fronteira, apesar da nossa pouca idade

somos conhecidos como "os durões da PF", tem que rir. Isso se dá

simplesmente porque amamos nosso trabalho, combatemos o narcotráfico e

contrabando com determinação, não damos mole e não temos medo de nada,

e quando não estamos em ação nos divertimos como se não houvesse

amanhã. Isso é pecado por acaso? A verdade é que são todos invejosos,

queriam é viver como nós, mas não tem culhões pra isso.

Hoje pela primeira vez aqui sozinho nesse apartamento, estou

pensando, Dane está agindo diferente diante dessa garota.

Desde de que ele me contou sobre o encontro no shopping ele não fala

em outra coisa. E até recusou de passar a noite comigo e uma linda morena

gostosa que conhecemos na praia, confesso que já estava dando no saco isso.

Fiz de tudo para ele parar de olhar o celular esperando a garota ligar e

ir comigo àquele bar, sabia que ia ser a noite das Tequileiras e fiquei doido.

Acabei convencendo ele de ir. Ficamos no bar sentados e logo vi uma mulher

linda, alegre, vibrante diferente dos tipos que costumamos olhar, ela estava

radiante dançando na pista e bebendo com as amigas. Não consegui tirar os

olhos dela, uma atração forte estranha que eu não entendi muito bem nasceu,


queria aqueles olhos vidrados nos meus e quem sabe, aquele lindo corpinho

entre eu e Dane.

Comentei algumas vezes com ele sobre a linda mulher, mas ele nem

me deu bola. Quando eu decidi que ia chegar nela, Dane deu sinal de vida se

levantou e olhou para a pista, fiquei surpreso com o olhar de fome e adoração

que ele enviou para a mesma garota indo em sua direção, puxei-o pelo braço

e disse:

— Ei, essa aí é minha!

Ele se virou olhando de mim pra ela e me disse que aquela garota era

a Paulina. Eu fiquei desnorteado, porque realmente havia me interessado por

ela, mas conheço meu amigo vi em seus olhos que ele precisava de seu tempo

com ela e deixei ele ir.

Sem reação, voltei ao balcão bebi mais uma cerveja e vi quando Dane

seguiu a linda garota para dentro do bar se esquivando de um funcionário.

Assim a noite virou de ponta cabeça. Eu não consegui tirar a figura daquela

mulher da minha cabeça, das duas cabeças, juro que fiquei na esperança que a

noite terminasse “à trois”.

Quando mais tarde, consegui me aproximar deles e a conheci vi que

ela era ainda mais bonita de perto, notei que Dane assumiu uma postura bem

possessiva em relação a ela, ainda insisti, mas não colou. Agora aqui sozinho,

me pergunto: será que chegou o dia de cada um seguir seu caminho?

Não, não pode ser. Eu talvez, porque já tive vontade de me envolver

de verdade com alguém, casar e ter filhos, só não rolou ainda. Mas Dane, ele

é totalmente avesso a essa ideia mesmo quando insinuei um relacionamento a

três. Usei como argumento o fato de que se um morrer em atividade, o outro

cuidaria da mulher e das crianças, assim elas não estariam sozinhas. Ele

quase caiu nessa, e ficou imaginando que seria bom coisa e tal, até mencionar

que um dos dois teria que mudar de profissão para uma menos perigosa para


que os dois não corressem risco ao mesmo tempo.

Aííí deu merda, porque nenhum dos dois cogitou a possibilidade.

Confesso que a ideia é bem interessante, eu e meu melhor amigo formando

uma família com uma mulher incrível. Agora trocar nossa profissão,

complicado.

Mas pensando bem, que mulher aceitaria uma vida como essa, que

mulher aguentaria, por mais que nós dois fizéssemos de tudo para fazer nossa

esposa feliz e faríamos, ela iria ter que enfrentar essa bosta de sociedade que

iria julga-la e sacrifica-la ainda mais que a nós dois. Isso sem falar nas

crianças. Bando de urubus.

Bom, isso é ótimo! Minha cabeça dando um nó, eu aqui pensando em

três e meu super amigo lá pensando só nele e em sua deusa. Nossa como eu

queria estar beijando aquela boca e sentido aquele corpo também. É Léo,

acho que essa você perdeu e pior de tudo, acho que estou perdendo meu

amigo também.

Não conseguia parar de pensar no que os dois estavam fazendo, então

tirei a calça e fiquei só de cueca na sala, já tinha tirado a blusa, estava com

um calor absurdo. Ainda pensando no que eles deviam estar fazendo meu pau

foi ficando duro novamente, comecei a me acariciar ficando cada vez mais

excitado, imaginando ela tirando sua roupa dançando como estava na pista de

dança, e eu, e Dane chegando e a circulando, cobiçando seu corpo nu,

beijando-a, tocando-a ouvindo seus gemidos de prazer. Nossa como será o

gemido dela, meu Deus! Movimentando minha mão com mais força sentindo

meu pau dobrar de tamanho me inclinei para frente sentindo todo meu corpo

tensionar e nesse momento lembrei do cheiro da sua pele quando a beijei na

bochecha e então não aguentando mais esporrei na minha barriga com jatos

quentes e espessos tamanho era meu desejo.

Uau! Isso foi muito bom, mas seria melhor se fosse dentro dela. Será?



Capítulo 14: Testosterona demais.

#Nininha

Nossa! Estou eu aqui dirigindo este carro fantástico, após

uma noite muito louca, melhor do que qualquer leitura hot que eu já tenha

lido e sendo escoltada por uma moto foda com um homem que eu só não

posso dizer que é perfeito porque não é meu. Uiui, é Nininha agora sim você

pode dizer que é uma nova mulher. Eu não sabia que eu poderia ser a devassa

que fui com Dane, daqui para frente essa nova Nininha é que vai prevalecer é

bom de mais um pouco de atrevimento. Me sinto outra pessoa. E isso foi

muito bom, mesmo que Dane não fique em minha vida (o que eu não quero

pensar no momento) vou estar preparada para novas aventuras.

Meu pensamento foi interrompido com a visão magnífica de Dane

encostado na moto em frente ao prédio e Léo próximo a ele, que estava...

OMG! Sem camisa com uma bermuda tipo moletom bem baixa mostrando

um V maravilhoso, os cabelos molhados penteados para trás e como se já

não estivesse sexy o suficiente vem o sol e faz sua pele dourada brilhar.

Como pode dois homens lindos assim na mesma visão. Fiquei tão

impressionada que não percebi que faziam sinal para eu estacionar e freei

assustada ao ver que me aproximava ao meio fio. Droga, agora prato cheio

para Léo falar.

— Você é louca!? — Disse Léo vindo em minha direção com uma


cara assustada.

Não sabia se respondia ou apenas me concentrava naquele tronco

sexy vindo na minha direção. Balancei a cabeça tentando afastar esses

pensamentos pecaminosos e respondi debochada:

— Ah, cara! Foi só um trancosinho, nem encostei no meio fio deixa

de ser chorão.

Vi Dane ao fundo rindo da situação.

Léo fez uma cara de meio brabo, meio bobo, meio rindo do que eu

disse e abriu a porta do carro me puxou pela cintura, me retirando de lá e ao

me pôr no chão foi arrastando meu corpo pelo dele propositalmente pelo que

percebi, levantando um pouquinho meu vestido, sem tirar os olhos dos meus,

também o encarei na mesma medida isso me deixou levemente excitada e

envergonhada quando vi que Dane nos olhava, com um olhar que não

consegui identificar.

Rapidamente empurrei Léo meio ríspida, endireitei meu vestido e fui

em encontro ao Dane dizendo:

— Precisava me tirar de dentro do carro, nem desliguei o motor, seu

ogro.

Léo me olhou sacana enquanto Dane se encaixava por trás de mim me

abraçando e passando o nariz na minha orelha, senti que estava com uma leve

ereção. Léo foi balançando a cabeça entrando no carro e disse ao fechar a

porta:

— Até parece que não gostou do serviço de desembarque.

Eu fiz uma cara de braba e mostrei a língua pra ele fazendo-o rir mais,

até que ele mudou o foco do seu olhar para onde a mão de Dane descia pelo

meu corpo, seu semblante se tornou mais pesado e não sei se foi impressão

minha, mas nesse momento senti Dane apertar um pouco meu quadril

roçando minha bunda na sua já presente e agora completa ereção, enquanto


tenho quase certeza que eles trocaram um olhar entre eles, me deixando

corada e... Aaaaaa confesso molhada também.

O que que está acontecendo comigo????

Testosterona de mais a minha volta, não estou acostumada com tanta

energia masculina, ainda mais direcionada para mim e com dois machos alfas

como esses, preciso ir embora.

Dane começou a me beijar na nuca, me fazendo arrepiar fechar os

olhos e esquecer de tudo, quando os abri vi Léo nos olhando pelo retrovisor

enquanto dirigia para o estacionamento do prédio com um sorriso enigmático

nos lábios. Não sei por que, mas a ideia do Léo me vendo perdida nos braços

de Dane me excitou, fez me sentir sexy, bonita, desejada aumentando ainda

mais a umidade entre minhas pernas. Que tipo de mulher eu sou, ou melhor

que tipo de mulher estou me transformando?

(...)

— Pois é Lary acabei de chegar, sim... Eu sei, mas eu tive que

cometer essa loucura e que loucura.

— Ok Nininha, mas da próxima vez você venha falar pessoalmente

conosco, não mandar mensagem 1 hora após você ter sumido, ficamos

preocupadas. Mas fico feliz por você, você merece viver histórias

interessantes e quem sabe encontrar seu grande amor.

(Risos)

— Ah, Lary! Como seria perfeito se fosse Dane esse grande amor.

— Calma Nininha, devagar com o andor que o santo é de barro. Sua

sonhadora, cuidado para não tratar um lance casual com algo muito mais

sério, você pode sofrer.

— Eu sei Lary, mas é que foi tão especial e perfeito, foi como se eu

nunca tivesse com outro homem antes, surreal, foi mais que pele entende?

— Sim amiga, entendo. Tenho medo que só você tenha sentido isso e


acabe se magoando, no mais aproveite tudo que for bom disso sem pensar no

amanhã.

— Sabe você tem razão, eu até percebi que ele ficou diferente após

deixarmos o carro com Léo e ele me trazer de moto pra casa. Mesmo depois

daquele amasso na frente do Léo, eu até achei que ele ia me levar para dentro

e, eu juro que estava quase implorando para pedir para subir com ele e

terminamos os amassos no quarto dele.

— Vocês subirem e terminar o showzinho na presença de Léo né, e

quem sabe com a participação dele.

(Risos)

— Cala a boca Laryssa, sua doida isso seria loucura.

— Mas, foi você quem disse que rolou uma energia diferente entre

vocês três.

— Lary!!! Não... Deixa pra lá.

— Deixa pra lá o quê? Anda desembucha.

— Talvez e, repito talvez, ele tenha ficado com ciúmes do amigo me

olhando, acho que talvez por eu, sei lá, também ter retribuído de certa

maneira o olhar. Química difícil de explicar.

— Então você assumi que rolou química com o amigo dele também?

Sua vaca, mal viu o mundo e já quer engoli-lo. Tô passada de ferro à vapor.

HAHAHA.

— Ah! Sabia que você ia reagir assim, tchau ok, tchau, nos falamos

mais tarde.

— Tá bom safadinha. Antes de desligar deixa eu dizer uma coisa,

existe alguns homens que gostam de compartilhar suas mulheres, ou por

diversão ou por estilo de vida mesmo, pense nisso, talvez ele pode ter ficado

diferente porque não sabia agir sozinho com você. Ui, esse papo ficou quente.

Obrigado por me dar material suficiente para um sonho erótico.


— Você é pertubada está andando muito com Bruna, viajou tchau.

Droga não sei porque fui abrir minha boca, talvez não tenha

acontecido nada, apenas viagem da minha cabeça como sempre, ia ser de

mais dois magníficos exemplares masculinos desejando me compartilhar, só

rindo mesmo, e pior Lary vai falar com Bruna e eu vou ter que aturar as duas.

Porém, pensando bem, Dane mudou realmente não que tenha ficado grosso

ou algo assim, apenas senti que aquele Dane de ontem não era o mesmo de

hoje, tinha ficado mais distante, frio. Seja lá o que for veremos à noite,

marcamos de nos ver e ele vem me buscar.

Agora se essa história que Lary falou for verdade, como vou saber, ou

melhor quero saber? Uma coisa preciso dizer eu realmente senti uma energia

sexual entre nós três, mas eu teria essa coragem se as coisas desenrrolassem

nesse sentido.

Por enquanto vou ficar aqui na minha cama

relembrando todo o conteúdo erótico da minha noite.

Contando os minutos para reencontrar eles de novo, e me perder em

prazer... Eu disse ELESSSSS? Não, não, eu quis dizer ele, DANE, merda.

Capítulo 15: Confuso.

No apartamento, Dane estava quieto na varanda olhando o mar

quando Léo chegou.

— Que isso cara, você não devia tá todo mocoronga após passar a

noite com "sua garota". — Disse Léo enfatizando o sua garota de deboche.


— A qual é Léo, me deixa quieto, não tô afim de conversar.

— Ei brother, qual é a sua? Você nunca falou assim comigo e só em

dois dias já me deu algumas patadas, e nem conversar você quer, eu não

tenho culpa se a princesinha não correspondeu suas expectativas. — Disse

Léo em tom irônico e se aproximando de Dane.

Dane virou em direção ao Léo e colocou o dedo em seu peito dizendo:

— Olha aqui Léo já disse pra não me encher o saco. E não pense você

que não percebi o seu joguinho de ontem fingindo estar bêbado e hoje,

tirando a Paulina do carro, valeu!!

Dane saiu andando entrando de volta para o apartamento seguido por

um Léo desnorteado.

— Como é? Você tá maluco, brow? Quanto tempo nós somos amigos,

vivemos mais coisas juntos do que separados e o jeito que agi ontem não foi

nada diferente do que já fiz ou "você" fez diante de uma possível conquista. E

não se faça de inocente porque hoje eu vi o interesse no seu olhar enquanto

escorregava a Paulina no meu corpo e principalmente quando você se roçou e

beijou ela, showzinho típico que fazemos um para o outro, vai negar?

— Ah, qual é! Força do hábito. Isso não vai rolar. Com a Paulina é

diferente, ela não é esse tipo de garota pervertida. — Explicou Dane.

— Brother, você ouviu o que você disse? Esse preconceituoso não é

você. Nós sempre lutamos contra esses babacas que julgam as mulheres por

suas escolhas sexuais, quando eles próprios não sabem nem definir uma

mulher ideal, e sabe por quê? Porque estão tão concentrados em julgar que

não lembram que o ideal não existe é muito relativo e depende do que o outro

deseja. Esses otários não sabem que mulheres são reais como nós e que

cometem tantos erros e acertos como nós e não podem ser só definidas por

tamanho dos seios, bunda ou tipo do sexo que gostam.

Dane solta uma gargalhada alta e debochada.


— Falou o chorão que quase morreu ao ver uma mulher dirigindo seu

carro. Fala sério Léo, isso tudo é muito bonito na teoria, mas na prática todos

nós homens em algum momento da vida cometemos o erro de julgar uma

mulher, ou seja por sua beleza, pelo seu rebolado, a vida que leva e

infelizmente para que as coisas sejam exatamente como deveriam ser,

teríamos que morrer e nascer de novo, nossa raça deprecia as mulheres

mesmo não sendo intencional.

Após responder ao Léo, irritado, Dane seguiu para seu quarto e tomou

uma chuveirada. Tentou parar os pensamentos que iam e vinham em sua

cabeça do tipo; ele e ela; ele, ela e Léo; eles separados....

Saiu do banheiro com uma toalha enrolada na cintura e deu de cara

com Léo, pensou ele não desiste.

— Merda Léo, me deixa QUIETO!

— Mano agora eu vi que a coisa é séria mesmo, não vou levar em

conta as coisas que você falou, pois te conheço hà muito tempo e tenho

certeza que isso tudo que você está dizendo é o que você quer realmente

acreditar, então fica repetindo pra ver se vira verdade. Quando na real eu sei

que você está enfrentando uma guerra sozinho aí nesse cabeção.

— Ahhh! É mesmo meu terapeuta? Então diz aí, anda, também te

conheço bem e sei que você tá doido para me mostrar a solução. — Disse

Dane, gesticulando com os braços.

Léo respirou fundo olhando para Dane, andou até uma cadeira, virou

ela e calmamente sentou dizendo:

— Primeiramente, senta aí na cama, respira, relaxa e dá um sorrisão

pro teu brother terapeuta aqui. — Léo disse com cara de menino que apronta.

Dane não conseguiu se segurar e sorriu, mas pegou um travesseiro e

tacou em Léo, que tentou se esquivar sem sucesso.

— Hei, qual é? Segundamente, meu irmão você tá me assustando, nós


nunca discutimos, quer dizer, a não ser quando você cisma em ficar dizendo

que sua glock é melhor que minha Taurus 24/7, aí não dá né minha vontade é

de te mostrar o quanto ela é boa te fazendo de alvo.

Dane riu ainda mais, pegou um livro na cabeceira e tacou nele, que

gritou com a mão na cabeça:

— Aí! Seu filho da puta! Essa doeu.

— Claro seu viadinho, só um cara que sente dor com uma batidinha

na cabeça usa uma Taurus. — Falou Dane mais relaxado.

— Bom essa eu vou deixar passar, pois você já melhorou o astral, é

assim que gosto de te ver. — Léo aos risos e também menos tenso, concluí:

— Terceiramente, Dane abre o olho e encare a verdade, você se

apaixonou e, foda-se, a primeira vista... É difícil de acreditar, entender e

aceitar, mas é isso. Aceita que dói menos. Para de ficar se martirizando e

começa a pensar em uma maneira de isso dar certo.

— Eu não estou me martirizando Léo.

— Ah, não?! E esse nervosinho todo logo após passar a noite s o z i

n h o com a princesa. E digo mais, você deve estar mais puto porque

imaginou que depois de tê-la você ia ficar de boa e visivelmente não está,

essa noite fudeu com sua cabeça.

— Sério Léo? É isso!

— Deixa de ser debochado Dane — Léo tacou o travesseiro nele e

continuou dizendo com um sorriso sarcástico — Ou então estou começando a

achar que pra você a noite só seria completa se seu brother aqui estivesse lá.

— PUTA QUE PARIU! É verdade Léo, eu devo ter sentido falta de

ver sua bunda branca reluzente no quarto.

Dane e Léo caíram em uma gargalhada juntos por alguns minutos.

— Então bundão, para de pensar e repensar, viva o momento lembra

nosso lema "nós só temos o hoje". E falando nisso amanhã voltamos e você


só tem o hoje mesmo literalmente, depois só internet durante um tempo.

Dane fez uma cara pensativa deixando Léo com cara de interrogação.

— Brother me diz que você falou com ela que voltamos ao trabalho

amanhã na fronteira.

Dane levanta o olhar para Léo que viu a resposta mesmo sem

palavras.

— Puta merda Dane. A gente aqui discutindo um possível amor à

primeira vista ou quem sabe um relacionamento a três — Léo deu uma

piscada, não perdendo a oportunidade. — E você já começa cagando tudo

com uma mentira, sabe que ela vai te achar um canalha né?

— Opa peraê, eu não menti apenas omiti, eu não tive uma

oportunidade para falar e além do mais você viu que ela não gosta da nossa

profissão fiquei meio confuso sei lá, achei que não precisava, nós nunca nos

preocupamos com esse tipo de coisa.

— Cara tu nem falou pra ela que é policial, sério? É você que vive

repetindo que ela é especial e eu é que sou o viadinho, seu babaca. — Disse

Léo tenso levantando da cadeira.

— Ela é especial, merda, eu fiquei confuso.

— Bom, senhor “eu não menti, eu omiti” quero só ver como sua doce

garota vai reagir.

— Sabe qual é Léo, sai do meu quarto isso não tem nada a ver contigo

e, quer saber acho que no fundo eu não quis dizer nada, porque pode ser que

para ela tenha sido só uma grande aventura quem sabe?

— Cara, bom pra ela se for assim, mas fico pensando e você, vai ficar

de boa também?

— Vai se fuder Léo. Da minha vida cuido eu e nela está longe um

relacionamento amoroso.

Foi dizendo Dane ao empurrar Léo pra fora do seu quarto e antes que


ele conseguisse fechar a porta Léo falou:

— E Dane, quanto ao fato de você dizer que Paulina não seria esse

tipo de garota, acho que você está redondamente enganado. Ela é apenas uma

garota ou melhor, uma mulher linda, interessante e cheia de vida, e vi nos

olhos dela a reação que teve ao se sentir desejada por nós dois durante nosso

showzinho em frente ao prédio. Vi luxúria, desejo, curiosidade. Nunca

subestime uma mulher Dane, elas são muito mais inteligentes do que nós, só

não têm a mesma liberdade que temos.

Dane empurrou mais a porta, mas antes de fechar Léo ainda

conseguiu dizer olhando na cara dele:

— E aliás, não finge que não percebeu a química entre nós três. Pode

deixar, eu não vou forçar a barra nunca meu irmão, mas você sabe também

que nunca vou fingir o que estou sentindo, o que eu sou, eu sou e vivo bem

com isso você deveria fazer o mesmo.

— Seu sabichão! — Disse Dane

— Seu fudido! — Respondeu Léo.


Capítulo 16: Papo Gostoso.

Nininha estava a uma hora colocando e tirando roupa, sem

saber o que usar para se encontrar com Dane. Ela estava um pouco confusa,

pois logo depois que a deixou em casa ele ligou alterando o encontro,

perguntando se ela podia ir encontrar ele no apartamento mais cedo e só

depois sairem. Será que ele também já estava tão louco para estar com ela de

novo como ela estava também, não havia nada de mais, ela pensou. Bom o

quê que tem uma rapidinha antes de ir ao bar?

Dane estava tenso, se serviu com uma dose de whisky, decidiu que se

saíssem iriam de táxi. Ele queria achar uma maneira de dizer que ele vai

embora, e achou melhor dizer após ela estar derretida em seus braços. Talvez

assim ela entenda melhor.

Terminou sua bebida e seguiu para seu quarto para um banho, no

corredor notou que a porta de Léo estava aberta e foi lá ver o que estava

fazendo. O encontrou de costas assistindo algo no notebook e nem notou sua

presença. Seguiu sorrateiramente para dar um susto no amigo, quando viu o

vídeo na tela, era Paulina dançando bem sensual na pista de dança daquele

bar de ontem e pôde ver que ela parecia olhar na direção de quem estava

filmando.

Muito puto empurrou a cadeira dele, que o olhou surpreso. Na hora


Dane percebeu que ele estava com a mão na altura da virilha.

— Seu filho da putaaa, onde você conseguiu isso Léo... Não acredito,

você está se masturbando vendo ela dançar?

Dane foi dando tapas na cabeça de Léo.

— Oooo! Que merda Dane, eu não estou me masturbando, mas

confesso que fiquei excitado e eu já ia apagar, ok?! — Respondeu Léo se

ajeitando.

— Então por que não apagou ainda? E você ainda não me respondeu

como conseguiu esse vídeo.

— Ah, fala sério cara, você sabe que eu não sabia quem era a tal

Paulina, tá. Eu estava apenas paquerando uma linda mulher que estava

dançando na pista, eu te avisei para olhar, mas você não me deu atenção. Eu

fiquei tão hipnotizado que quis gravar ela... Sei lá, porra e você pode ver no

vídeo que ela está retribuindo os olhares, como eu podia imaginar que era a

sua garota merda, e... Pronto já apaguei.

— Tá nervoso, cagão. Ficou com medo de apanhar? — Falou Dane já

mais calmo em tom de brincadeira. — Eu te entendo irmão, você não sabia

quem era, eu fiquei surpreso ao ver a imagem dela, enfim. E, quer saber, para

de dizer que ela é minha garota, porque não é. Ah, e apague do celular

também.

Dane foi saindo do quarto perguntando:

— Vai sair?

— Vou sim, vou tentar aproveitar minha última noite, já que ontem

foi frustante. Por quê?

— Não, por nada... É que mais tarde vou com Paulina naquele bar.

— Isso é um convite, brother?

— Não!

Dane se enfiou na ducha, se lavando imaginando as mãos de Paulina


em seu corpo. Foi ficando duro e se acariciou cada vez mais pensando nela,

um vício, ela está virando um vício, pensou. E o banho foi demorado.

Enquanto isso Léo foi terminar de se arrumar, já havia tomado banho

e estava só de bermuda cós baixo e sem blusa. Escutou a campainha tocar,

achou estranho, se perguntou quem poderia ser já que eles não estavam

esperando ninguém, ou Dane estava? A campainha tocou mais duas vezes e

como seu amigo não foi atender ele foi.

Olhou no olho mágico e viu de quem se tratava. Antes de abrir a porta

pensou, filho da puta por isso me perguntou se eu ia sair e sorriu. Léo abriu a

porta e deu uma bela olhada nela a deixando corada.

— Ora, ora o que temos aqui? Bem vinda senhorita, entre a casa é

sua. — Disse galante.

Paulina se sentiu sem graça com a forma que ele a olhou e

cumprimentando Léo, foi entrando. Ficou meio tonta ao passar por ele

sentindo o cheiro do seu corpo que estava com o tronco nu, e uma bermuda

tão baixa que mostrava a perfeição de seu V. Balançou a cabeça afastando os

pensamentos pecaminosos e se perguntando que diabos estava acontecendo

com sua libido que explodia perto dele também.

— É...... Desc..... Desculpa marquei com Dane aqui e ele autorizou a

minha entrada. Licença. Onde ele está? Achei que estaria sozinho.

— Com certeza foi o que ele achou também. – Soltou Léo, mas ela

nem respondeu por não ter entendido muito bem.

E só então ela percebeu no quanto foi inocente em vir para um

apartamento de um desconhecido sozinha, será que ela corre perigo, pensou.

Burra! Pqp!

Léo fechou a porta, a acompanhou até o sofá e pode ver o quanto

estava bonita, seu vestido acinturado e levemente rodado a deixava ainda

mais feminina. E tudo que Léo pensava era o porquê após tantos anos


compartilhando mulheres, justamente agora Dane decidiu ter essa crise de

consciência, merda logo quando eu também me interessei, e Deus sabe que

eu nem sabia quem era ela, será que é a vida pregando uma peça? Agora

tenho que reprimir meu desejo em respeito ao meu brother, mas estarei

sempre por perto. A esperança é a última que morre.

— Aceita alguma bebida, princesa? Temos vinho, cerveja, licor e

whisky... Ah! Água e leite também. — Perguntou Léo sorrindo.

— Bom eu não sei, é.... — Paulina ainda muito sem graça não sabia o

que responder e Léo a corta.

— Ok! Você não vai recusar dividir uma cerveja comigo?

Dito isto, Paulina sorri mais a vontade e concorda, Léo pisca pra ela e

então vai buscar a cerveja na cozinha.

Quando ela está só, na sala, aproveita para dar uma olhada em volta,

percebe que é um bonito apartamento bem masculino, sem muitas frescuras

só coisas de meninos, como um sofá enorme e uma TV imensa na parede

com uma poltrona de lado e uma mesa de centro em madeira escura.

Olha a sua direita e vê uma varanda que deve ter uma visão linda do

mar com uma prancha encostada, à sua esquerda um corredor e uma cozinha

americana. Que no caso, estava saindo um homem meio loiro, semi pelado,

com duas cervejas na mão vindo até ela, sentiu um calor de repente ao notar

parte dos pelos pubianos dele saindo pelo cós da bermuda.

Ela pegou a cerveja que Léo lhe entregava e brindaram enquanto ele

ia se sentando na poltrona e ela controlando seu olhar.

— E então, vamos onde hoje? — Puxou assunto ele.

— Dane disse que íamos mais tarde ao Balacobaco's. – Ela respondeu

após tomar um gole de sua bebida.

— Hum! Que bom, podemos ir juntos, afinal também vou para lá

hoje. Gostei muito do lugar. Da última vez não consegui chegar a pista de


dança, tinha uma linda mulher dançando e gostaria de ter dançado com ela.

— Insinuou Léo.

Paulina achou meio estranho o jeito que ele falou mais estava

começando a se acostumar com seu jeito debochado.

— Veja, além de beber ele gosta de dançar.

Tomando um gole de sua garrafa se inclinou para ela e disse irônico:

— Ahhh! Não me julgue pela bebida que não te julgo pelos olhares.

Paulina arregalou os olhos assustada ao perceber agora quem era ele,

puta merda ela pensou, não é possível, será? Ele é o gato misterioso que ficou

me olhando do bar enquanto eu dançava? Ai meu Deus!!!

Disfarçou, fez que não entendeu levou a cerveja à boca e podia

apostar que estava que nem um pimentão. Que idiota!

Enquanto ela pensava em algo para dizer foi salva pelo gongo, ou

melhor pelo Dane.

— Atrapalho? Léo, você não ia sair?

— E você? Por que não me disse que íamos receber visita? — Disse

Léo no mesmo tom.

Dane se senta ao lado dela a abraça e beija na boca, encosta suas

testas e quando ela abre os olhos lhe diz o quanto está bonita. Ele a encosta

em seus braços e ela quase ronrona, esfregando as coxas sentido o cheiro de

sabonete e Dane juntos. Ela estava perdida.

— Vejo que começaram a festa sem mim, por que você não pega uma

cerveja pra mim também Léo, enquanto eu mato a saudade da minha garota.

— Diz Dane com olhar semicerrado para Léo.

— Claro brow! Para que serve os amigos? Vou sim, a minha já

acabou e está muito quente aqui vocês não acham? Paulina vai querer mais

uma também?

— Não, eu bebo devagar. Obrigado.


Ele se levantou e foi para cozinha sentindo uma pontada de inveja de

seu amigo. Enquanto isso Dane puxa de repente Paulina para seu colo, ela dá

um gritinho assustada, depois ri, coloca os seus braços em volta do pescoço

dele e o beija. Dane retribui logo tomando o controle do beijo e sem

conseguir se segurar passa a mão pela sua coxa, subindo até chegar ao seu

seio onde acaricia firme, passando o polegar pelo mamilo deixando-o duro.

Eles soltaram um pequeno gemido um na boca do outro. Ele desejando

colocar o mamilo na boca e ela quase implorando para que ele fizesse

exatamente isso. Os dois param ofegantes e ela diz:

— Para Dane, não estamos sozinhos, logo Léo volta.

— Shhii! Não ligue pra ele, ele vai nos ver e vai ir embora. — Disse

Dane inocente.

— Opa! Agora é a minha vez de dizer, começaram a festa sem mim?

— Falou Léo ao voltar para sala com as cervejas e um prato de aperitivos,

além de uma cara muito sacana.

Paulina enfiou a cabeça na curva do pescoço de Dane e ficou rindo de

vergonha, sentindo ainda a mão de Dane em seu seio. E ele sem que ela

notasse fez sinal para Léo cair fora, mas ele fez que não viu. Léo lhe entregou

a cerveja e se sentou novamente na poltrona fazendo Dane encara-lo

sorrindo.

A verdade é que os dois gostavam desse joguinho, era natural entre

eles. Paulina desconcertada quis sair do colo de Dane, mas sem sucesso

desistiu.

— Léo você é engraçado, não sabe que para algumas festas precisa

ser convidado? — Falou Dane.

— É só o que eu estou esperando, a n s i o s a m e n t e.

Respondeu rápido Léo deixando ela encabulada, o que pareceu aos

dois um sinal que ela entendeu o que ele quis dizer. Eles trocaram um olhar


conhecido e Paulina notou e ainda muito sem graça (que era a única coisa que

ela fazia no momento, ficar sem graça) pediu para ir ao banheiro, Dane

indicou por onde ir.

— Léo, para de forçar a barra cara. Você prometeu.

— Eu não estou, aaa foda-se, é força do hábito e não posso fingir que

ela não mexe comigo. Pode deixar vou terminar a minha bebida e vou sair. —

Respondeu Léo cabisbaixo.

Enquanto eles conversavam Paulina estava no banheiro tentando se

recompor, pois o que Léo deu a entender a deixou muito confusa e molhada.

OMG! E se ele sabe que sou eu a menina que dançava olhando pra ele no bar,

será que vai tentar algo comigo, não não pode ser. Os dois me desejando? É

melhor esquecer tudo, isso aqui não é um livro onde tudo é possível, dois

homens maravilhosos, puta que pariu. Esquece Nininha e volte para sala.

Ao chegar encontrou os homens mastigando e rindo, nossa que linda

visão, ela imaginou se eles notariam se ela apenas sentasse ali e ficasse só os

olhando, admirando aqueles troncos esculpidos por Deus, e aqueles olhos um

de um azul hipnotizante e outro de um tom esverdeado intimidante.

Ela levou um susto com o silêncio repentino e com aqueles pares de

olhos a encarando. Se sentindo uma tola seguiu para sentar ao lado de Dane,

mas ele a pegou e a pôs em seu colo. Ela bufou e disse irônica:

— Posso pegar minha cerveja pelo menos?

— Pode deixar princesa eu pego. — Falou Léo

Então Léo puxando assunto perguntou o que Paulina fazia da vida, e

ela foi dizendo que cursava TI, mas não gostava muito, vendia alguns

produtos para ajudar o pai em casa etc, etc... E foi falando enquanto os dois a

olhavam interessados. E ela se sentiu tão a vontade que até falou sobre sua

paixão, a pintura e o desejo de cursar belas artes. Falou sobre suas amigas,

eles riam com suas histórias e falavam sobre algumas das suas também. De


vez enquando Dane mordiscava seu pescoço ou acariciava sua coxa na barra

do vestido, tudo isso aos olhares astutos de Léo. Ela realmente estava

gostando dessa atenção, poderia se acostumar com isso, nunca teve amigos

homens... Então se deixou levar naquele gostoso papo movido ao álcool e

sorrisos, sorrisos e mais sorrisos.


Capítulo 17: Espiando.

Cerveja vai, cerveja vem e de repente Nininha percebe que só

ela falou sobre sua vida e então perguntou:

— E vocês, fazem o que da vida?

Ela percebeu os olhares entre os dois, aliás eles faziam isso o tempo

todo, parece uma conversa a parte, ela pensou que provavelmente fazia isso

com suas amigas também. Léo e Dane por um segundo pensaram se diriam

ou não, porém Léo mais atirado respondeu perguntando:

— O que você acha Paulina, chuta nossa profissão?

Paulina meio risonha por conta da bebida se remexeu no colo de Dane

dando um estalinho em sua boca, virou para Léo e com cara de quem estava

pensando na resposta lhe disse:

— Bom, acho que pelo porte físico de vocês, a beleza e tals (ficou

corada ao dizer isso), acredito que podem ser modelos?!

Duas sonoras gargalhadas masculinas soaram no ar.

Dane empurrou ela para trás no sofá a fazendo gargalhar também com

cócegas, o vestido de Paulina subiu deixando boa parte de suas coxas amostra

até quae a polpa da bunda, não passando despercebido aos olhos de Léo, que

se remexeu na poltrona porque sua bermuda começou a ficar desconfortável.

Paulina já não aguentava mais, pedia para ele parar e perguntava por

que eles não podiam ser modelos. Dane retornou a sentar com ela em seu

colo e, tirando os cabelos dela do rosto esperando ela voltar a respiração

normal, disse debochado olhando em seus olhos:

— Minha menina, só você para achar dois ogros como nós, bonitos.

— Fale por você, porque eu sou bonito sim. — Disse Léo


intrometido.

— Viadinho! — Implicou Dane

— Babaca! — Retrucou Léo jogando um caroço de azeitona em

Dane.

— Ei vocês dois? Parem com isso! — Se esquivando dos caroços de

azeitona Paulina continuou. — E não fujam do assunto, digam então seus

ogros no que vocês trabalham?

Dane apertou ela em seus braços e suspirando disse:

— Trabalhamos na fronteira do Brasil.

— Fronteira? Como assim?

— É... Bom vou deixar os pombinhos e terminar de me arrumar.

Disse Léo se levantando e indo até Paulina deu-lhe um beijo na bochecha a

surpreendendo e completou dizendo bem próximo ao seu ouvido. — Somos

da Polícia Federal baby! — Olhou para Dane piscou e recebeu um olhar

semicerrado puto dele, continuou indo em direção ao seu quarto rindo e

pensando, segura essa mano.

Nossa, por um instante o hálito quente do Léo deixou Nininha ainda

mais embreagada do que a bebida, tentando assimilar o que Léo disse olhou

para Dane confusa e sem reação. Dane também ficou sem reação, mas

percebendo a distração dela pela proximidade de Léo e até um certo ar de

desejo, a pegou pela cintura colocando-a montada no seu colo com as pernas

abertas. Nininha não se fez de rogada e com as mãos em volta do pescoço

dele pressionou com uma rebolada a ereção a baixo dela, ela já nem

lembrava mais o que Léo tinha dito.

Sem aguentar mais e querendo mesmo mudar de assunto, Dane se

levantou com ela enroscada em seu colo e aos beijos e amassos foi andando

para seu quarto. Chegando no quarto, Dane se jogou na cama com Nininha e

entre sorrisos e beijos tirou seu vestido. Ficou sobre ela olhando em seu rosto


com admiração acariciando suas bochechas, seus olhos eram de puro desejo,

essa mulher o deixava fora de órbita. Dane se esfregava no corpo semi nu de

Nininha e prestava atenção em suas reações, como se estudasse para a prova

mais importante de sua vida, pequenos gemidos e sussurros, tom de pele que

ia desde um rosa angelical ao vermelho indecente. Suspirando o cheiro

gostoso dela, cruzou seus dedos nos dela e guiou seus braços para cima de

sua cabeça, foi mordiscando sua orelha, pescoço, queixo e boca.

Ficava fascinado pelos sons das risadas e os gemidos de tesão, tão

entregue, tão natural. Afastou ainda mais suas coxas e desceu uma mão pelo

seu corpo apalpando seu seio e seu quadril até chegar no seu monte de Vênus,

estacionou sua mão ali e voltou a encarar o rosto dela deu-lhe um beijo

abrasador e depois falou:

— Paulina, você me deixa louco. É linda e seu corpo é como um

oásis... – Gemeu. — Mantenha esses braços onde estão, vou matar a minha

sede com os líquidos desta bucetinha melada. E deu um tapa estalado sobre

seu sexo fazendo-a gritar de tesão.

Filho da puta! Ele é louco e, está me deixando louca além de lindo,

gostoso, cheiroso tem essa voz sexy. Pensava Nininha.

Automaticamente abriu ainda mais as pernas, enquanto isso Dane

tirava seu sutien e caia de boca em seus seios. Chupava, lambia, mordia e

apertava fazendo-a arquear seu corpo sobre a cama e soltar sons de puro

prazer. Ela queria enfiar os dedos naqueles cabelos pretos sedosos mais ela

era uma menina obediente e não ia tirar os braços da onde ele os deixou.

Ela estava a ponto de ebulição e ele ainda não havia saído de seus

seios. Começou a dizer palavras desconexas.

— Ainnn.... Daneeee.... Pelo amor de Deus, eu quero.... Eu.... Quero.

— Diz Paulina, o que você quer? Pede, implora. — Pediu Dane com

um sorriso sacana, é claro que ele sabia, mas queria ouvir dos lábios dela,


precisava escutar.

— Merda Dane, anda logo... Por favor.

Apertando forte um seio em cada mão, deixando os bicos duros e

empinados apontando para o teto mordendo e assoprando um por um ele foi

dizendo:

— Vamos Paulina, não se faça de inocente fala safada, diz exatamente

o que você quer.

Nininha levantou um pouco o rosto para olhar na cara do imbecil

gostoso que estava atrasando seu orgasmo e se preparou para responder,

quando percebeu a porta atrás de Dane e viu que estava entre aberta, eles

esqueceram de fechar ao entrar.

Viu um par de olhos verdes em brasas espiando. Léo viu que ela o pegou no

flagra e mesmo assim continuou espiando, não saiu do lugar e ficou

encarando. Nininha por sua vez, mesmo sabendo que era errado não

conseguiu fazer nada para que ele parasse. Ao contrário, ela também o

encarou e foi descendo o olhar pelo seu corpo, até perceber sua mão em sua

virilha. Ela viu que ele estava excitado observando a cena à sua frente, e

notou que seu lado racional não existia mais sentiu que isso tudo a deixou

ainda mais excitada, se ainda era possível tal coisa.

Nininha era apenas sensação, ainda mais quando Dane notou seu

devaneio e mordeu mais forte seu seio, algo que lhe daria uma marca e

perguntou novamente trazendo de volta sua atenção para ele:

— Vamos Paulina, responda, o que você quer?

Então em uma reação de puro erotismo ela disse da maneira mais

sexy e quente possível:

— Quero que você me faça gozar, me chupando e depois

"metendo com força" até eu não aguentar mais.

No meio da frase, Dane já havia descido a boca em seu abdômen


deixando uma trilha de beijos até o meio de suas pernas, o que fez Nininha

terminar a frase olhando diretamente nos olhos de Léo, principalmente na

parte "metendo com força".

Ela abaixou a cabeça se contorcendo sentindo a boca de Dane e os

olhos de Léo em seu corpo, e só conseguia pensar: Que loucura! Mas agora

foda-se, ela estava entregue a luxúria total e no fundo já estava imaginando

como seria se Léo entrasse e se juntasse a eles.

Droga! Por um instante ela quis voltar atrás na pergunta de Dane e

responder que o que ela queria mesmo era que ele e Léo a comesse juntos

como se não houvesse o amanhã. Gemeu gemeu gemeu gemeu... E explodiu

em milhares de pedacinhos.

— Matei minha sede, agora se prepara que vou te dar o que pediu.

Ainda estou com fome e vou meter até me saciar, sua gostosa. — Gruniu

Dane, rasgando a calcinha que ela nem lembrava que ainda usava, não deu

tempo para questionar, Dane estava transformado.

Ele a virou na cama e a colocou de quatro, empurrou suas costas ao

máximo na cama deixando sua bunda bem empinada, não resistiu e deu um

tapa estalado em uma banda e sem demora se enfiou até o talo fazendo-a

gritar alto seu nome. Puxou seus cabelos no punho e deu uma rebolada lenta

com seu quadril para ela se acostumar com sua carne quente e dura.

Ouvindo seus gemidos foi começando um ritmo de vai e vem

devagarinho. Nininha pegava fogo com a tortura que Dane estava fazendo

e se perguntava se Léo ainda estava ali espiando, excitada ao máximo com

essa ideia, começou a rebolar de encontro às investidas de Dane, gritando,

implorando por mais.

Dane soltou o animal que existia dentro dele e lhe deu o que pedia,

estocadas fortes e, às vezes, até violentas que só faziam eles irem cada vez

mais longe no espaço, entre urros, gritos, sons dos corpos se batendo e


gemidos de prazer chegaram juntos ao clímax e caíram na cama esgotados,

suados.

Ela não queria que ele saísse de dentro dela e nem ele queria sair, pois ainda

sentia seu corpo dar espasmos pós orgasmo.

Por fim, Dane se ajeitou se retirando do seu interior e sorriu ao

escutar um gemido descontente dela, deu um beijinho em sua têmpora e

retirou a camisinha. Ao colocar a camisinha no chão, voltou e se acomodou

com Paulina na cama de conchinha, notou seus olhos fechados precisando de

descanso e um semblante de satisfação no rosto, ficou ali admirando,

beijando seu pescoço e ombro.

Foi então que olhou para a porta e deu de cara com seu amigo os

observando. Pensou em quanto tempo ele estaria ali, deve ter ouvido os

barulhos. Léo fez um acenar de cabeça e se retirou voltando para seu quarto.

Dane sorriu balançando a cabeça pensando: Ele não desiste mesmo.

Provavelmente ainda vamos acabar os três na cama. Será? Será que eu quero?

Será que Paulina aceitaria? Bom a única certeza que posso ter é que Léo

absolutamente está interessado como nunca esteve antes. Assim como eu.


Capítulo 18: Laço Formado.

#Nininha

Nossa acordei toda dolorida, logo me lembrei o porquê de

estar assim. Que delícia! Tentei me mexer, mais estava imobilizada por um

corpo espetacular. Me espreguiçando senti Dane se enroscando ainda mais

em minhas costas e seu membro semi duro na altura da minha bunda. Olhei

para a porta e recordei da loucura de horas atrás com Léo nos observando.

Hummmm! Para Nininha, que sorriso bobo é esse na cara?! Se recomponha e

pense em como você vai encara-lo depois do que aconteceu.

E como meu juízo já não estivesse atentado o suficiente, eis que Léo

passa no corredor e olha para dentro do quarto encontrando meu olhar.

Merda!! Ele retorna, empurra a porta devagar e me olhando como se não

estivesse nua na cama com seu amigo entra feito um Deus grego no quarto

perguntando:

— E aí, descansou? Já estou pronto, vocês não vão se arrumar para

sair?

Que sorrisinho mais safado e lindo que ele deu. Tentei não me mexer

muito ao responder, pois vi que na posição em que Dane me abraçava não

mostrava minhas partes íntimas. Engraçado, eu não estava nem um pouco

com vergonha, estava até bem a vontade. Usei um tom baixo de voz, não

queria que Dane acordasse e causasse algum desentendimento entre os dois

por causa da indiscrição de Léo ao vir falar comigo nesta situação.


— Léo, você não acha que está sendo invasivo?

— Não, não acho. Só estou vendo um casal abraçado, embora talvez,

eu teria sido menos invasivo se eu tivesse entrado há algumas horas atrás

quando seus olhos me permitiram. — Disse Léo muito confiante me

deixando desconcertada.

— Tá bom Léo, sai... Vou acordar ele e vamos nos arrumar, ok. —

Respondi tentando me esquivar da pergunta dele.

Ele fez que tudo bem com a cabeça e foi saindo, não sem antes me

queimar com seu olhar e falar mais uma gracinha:

— Eu vou, mas se Dane não acordar porque ele está muito cansado...

Ele fez muito esforço, você sabe, é só me chamar eu posso te dar um banho e

te ajudar a se vestir com o que restou de suas roupas e .......

Antes dele terminar taquei uma bolinha daquelas de fazer fisioterapia

para as mãos que estava no criado mudo na barriga do engraçadinho. Ouvi

ele dizer que tava tudo bem e que eu não precisava ser agressiva e, que

esperava nós dois na sala. Merdaaa! Mil vezes merda, não é que minha

amiguinha lá em baixo ficou babando ao imaginar Léo lhe dando banho.

Estremeci só de imaginar, que Calorrrr!

De repente senti Dane ainda mais duro, será que ele ouviu. Me virei

beijando-o, ele foi abrindo os olhos, como se estivesse acordando, mas

sinceramente acho difícil ele não ter escutado, porém não seria eu a entrar

nesse assunto.

— Dane vamos levantar Léo já está nos esperando para sair.

Ele me olhou nos olhos parecendo procurar algo no meu olhar desceu

a mão pelo meu corpo e colocou a mão entre minhas pernas, sentindo a

umidade depositou um dedo brutalmente me fazendo ofegar de prazer.

#Dane


Paulina não havia percebido, mas eu estava acordado e ouvi ela e Léo.

Senti uma certa tensão entre os dois e o que me deixou impressionado foi o

fato dela ter encarado numa boa ele entrar e falar com ela, mesmo ela estando

nua, cheirando a sexo comigo erroscado em seu corpo. Me mantive quieto até

que Léo falou sobre o olhar dela permitir, daí me liguei naquele momento em

que eu pedia que ela me respondesse, ela deve ter visto Léo na porta, é isso, o

filho da puta estava lá desde o início. Abri os olhos nesse momento e olhei

para Léo para que ele soubesse que entendi a mensagem. E ao final das

palavras dele em relação a dar banho nela, senti seu corpo estremecer

levemente e, não foi de repulsa, pareceu desejo, o que me fez ficar excitado

também, mas só para comprovar o nível de excitação dela com as palavras de

Léo levei minha mão ao seu centro, estava toda molhada, não me aguentei e

introduzi um dedo fortemente em sua entrada fazendo-a gemer.

Então ele a quer e já demostrou que não vai desistir. E ela também

quer, pode não saber como ou se é possível, mas com certeza ela quer. Eu já

não sei o que pensar, a única coisa que eu quero é estar com ela, seja como

ela quiser. Essa bruxa me enfeitiçou. Não consigo imaginar como vai ser ir

embora amanhã. Preciso aproveitar o agora enquanto a tenho nua em minha

cama e ainda por enquanto exclusivamente minha.

Porém, confesso que a ideia de compartilha-la com Léo não me

entristece, só me excita pensar nas loucuras que nós dois juntos poderíamos

fazer com ela.

#léo

Não consigo tirar a imagem de Paulina gozando da minha cabeça, queria

muito ter colaborado para tal prazer, mas pensando bem acho que colaborei


sim, pois vi em seu olhar que gostou de me ver assistir, e talvez por isso

permaneci ali até o final.

Eu sei que ela me quer também, deve ser confuso para ela entender que está

afim de dois caras ao mesmo tempo, queria mais tempo para fazer ela

entender que não tem nada de ruim e errado nisso. Conheço Dane muito bem

e ele a mim. Ele sabe que a quero e pelo olhar dele enquanto eu falava com

ela, percebeu o que eu quis dizer com "ela permitir". Senti um certo

conformismo em sua face, aceitação. Acho que ele entendeu, acho que

mudará de ideia sobre nós três, somos uma dupla e quem sabe essa é a nossa

parceira. Bom, veremos hoje na pista de dança. Vamos jogar. E pela primeira

vez estou com frio na barriga. O que essa garota tem que está nos deixando

louco.

(...)

Após Nininha e Dane tomarem um banho obceno, se arrumaram.

Nininha teve que vestir uma box preta de Dane pois sua calcinha estava em

trapos no chão e depois

foram ao encontro de Léo que estava esperando pacientemente #sqn.

— Poxa! Achei que não sairiam mais do quarto, quase fui buscar

vocês. — Disse Léo se levantando da poltrona com sua cerveja na mão.

— E o viadinho não podia sair sozinho, precisa de babás? —

Retrucou Dane em tom de brincadeira.

Nininha que estava abraçada a Dane não sabia se ria ou se escondia de

vergonha do que Léo viu horas a trás. Ela estava com o olhar baixo, mas

percebeu que Léo se aproximava dela, levantou o olhar pra ele e assistiu

atônita o abusado chegar ao lado dela lhe dar um beijo molhado no pescoço e

pegar sua mão respondendo ao que Dane tinha dito:

— Mas é claro que eu não fui, você acha que só você merece estar em

boa companhia, bonitão?


Dane o olhou de canto de olho, sorriu, balançou a cabeça e se deu por

vencido. Sabia que a partir de agora Léo estava no jogo, ainda mais com a

certeza de que ela o queria.

Nininha queria fugir daquele apartamento. Mas ela não conseguia

mover um músculo com aqueles dois ao lado dela, Dane com a mão em sua

cintura pelo lado direito, e Léo com os dedos entrelaçados com os seus na sua

mão esquerda, sem folga para que ela se solta-se. Ela sentia algo

indiscretível, como se de repente ao ser tocada pelos dois ao mesmo tempo

seu corpo ascendesse, e todas... TODAS às suas células vibrassem ao mesmo

tempo. E antes dela entender a loucura que estava acontecendo naquele

momento foi falando gaguejando:

— Eu..... Acho... Acho que vocês falam de mais... E... Estamos

perdendo tempo aqui E.... E... Vamos logo para o bar. E de táxi!! Porque os

dois já beberam e eu estou louca por uma tequila.

E como seu pedido fosse uma ordem os dois a conduziram para fora

do prédio, pegaram um táxi e foram para o Balacobaco's.

Um silêncio ensurdecedor se instalou entre eles, deixando claro que

os três haviam sentido a corrente elétrica que pulsava ao redor. Nininha

estava entre os dois no banco de trás num aperto gostoso. Léo colocou seu

braço por cima do banco atrás de seu pescoço e passava levemente os dedos

por seu cabelo no ombro. Ao mesmo tempo que Dane firmou sua grande mão

no meio de suas coxas semi nuas por conta do vestido, e intercalava carinhos

com apertões. Ela pensou "agora fudeu", estava totalmente tomada por uma

sensação de completude.

Se sentia tão bem, segura e desejada. Não quis muito pensar, só sentir e fazer

o que desse vontade. Então colocou cada uma de suas mãos em cada coxa

encostada a ela retribuindo os carinhos que recebia. Quando cada um sentiu

sua pequena mão bem feminina em suas coxas olharam para ela que sorriu


para eles, um sorriso apaixonante os fazendo babar, se entre olharam e

sorriram também como dois bobos.

E ali naquele momento nasceu um laço entre os três. Algo que

nenhum deles já havia sentido, nem mesmo os dois amigos que já

compartilharam inúmeras mulheres juntos. Muito menos Nininha que até

outro dia vivia uma vidinha sem graça e só ouvia essas histórias de suas

amigas ou de seus autores preferidos, parecia um sonho e ela não queria que

acabasse nunca.

Ela não conseguia entender, mas ali ela teve a certeza que poderia até

ser loucura, mas ela queria os dois. Ah, se queria! E em sua cabeça apareciam

imagens dela com eles, do que poderia acontecer se ela se entregasse a esse

pecado.


Capítulo 19: Me Deixa Louca

Ao chegar ao Balacobaco's Nininha foi à procura de suas

amigas, logo as encontrando em uma mesa próximo à pista de dança. Léo e

Dane foram ao bar pegar às bebidas enquanto ela foi ao encontro das

meninas.

— Olha ela aí, até que enfim chegou... E cadê o gato? — Perguntou

Lary a abraçando.

— Ei calminha, ele foi no bar. E quem é esse que Bruna está

estuprando no banco?? (Risos)

— Sei lá, esse já é o segundo, você não conhece essa louca? Porém

acho que esse fica até o fim da noite ou raiar do dia.

Hahahahaha

— Nossaaaaaaaa não olha agora amiga, porque está vindo em nossa

direção dois Deuses do olimpo. Senhorrrrr! — Susurrou Lary.

Nininha obviamente não se segurou e logo olhou e viu dois Deuses

Olimpianos vindo em "sua" direção e para sua alegria era Dane e Léo. Ela

retornou a olhar para Lary com um sorriso de triunfo e logo sua amiga

percebeu que ela só não os conhecia, como eram eles os astros de sua

história.

— Puta merda Nininha, você economizou ao dizer que eles eram

apenas bonitos!!!!

Dane chegou e abraçou Nininha por trás, Léo ficou ao seu lado bem

próximo, ela os apresentou para Lary que ficou encantada e meio desconfiada


com a proximidade do trio. Eles se sentaram na mesa e beberam, jogaram

conversa fora, riram. Enfim, a Bruna e o dito cujo que estava com ela

começaram a interagir também. Dane vez enquando mordiscava o pescoço,

ombro e orelha de Nininha, os olhos de Léo filmava cada ato de carinho,

notava que em algumas vezes ela via que ele estava prestando atenção nela e

então mordia o lábio inferior como em um showzinho particular. Isso estava

deixando ele louco e só confirmando que ela o queria e estava adorando a

atenção dos dois para ela. Léo se sentiu tão a vontade que colocou sua mão

na coxa dela que não fugiu de seu toque. Ele percebeu também que ela estava

cada vez mais relaxada por conta das tequilas. As amigas dela pareciam

adorar ela. E quem não adora?

A Lary era uma mulher linda e inteligente e a Bruna tinha um corpão

bem o tipo que estavam acostumados a se envolver, uma predadora de alma

livre. Mas ali naquela mesa a única que os interessava era Nininha com seu

jeitinho meigo, e uma sensualidade ímpar, que fazia com que seus olhos se

atraíssem para ela como um imã.

Bruna mesmo estando "acompanhada" não deixou de notar como Léo

era lindo com aqueles olhos verdes e pele bronzeada. Nininha percebeu seus

olhares famintos para Léo, ela sabia o que Bruna fazia, era assim que ela

iniciava seu bote.

Nininha começou a sentir raiva dela, estava com ciúmes de Léo. Ela não

queria ver ele com ninguém, muito menos com sua amiga. Pensou que teria

sido muito melhor ter ficado no apartamento, Bruna é lindíssima, é claro que

Léo iria cair nas artimanhas dela, pensava. Em um ato sem pensar se levantou

e puxou Léo para a pista de dança.

Logo que ela se levantou e chamou Léo, viu a loucura que estava

fazendo e que Dane podia não entender, ficar chateado e então se virou para

Dane, foi quando viu que na verdade ele não ficou brabo ela viu


entendimento, como se ele soubesse o que ela estava pensando. Observou que

Dane fez um gesto de cabeça para Léo que retribuiu e, foi ele, Léo que a

arrastou para pista.

#Nininha

Cacete! Jesus das santas depravadas, que que eu fiz...

Estou louca só pode. Estou eu aqui segurando essa mão quente sendo

arrastada para pista de dança. Não sei onde enfiar minha cara, nem deu tempo

de pensar em vergonha, porque ele me puxa para seus braços olha nos meus

olhos sorri (pqp que sorriso) e diz:

— Então, você quer dançar?

Embreagada por aqueles olhos verdes e talvez pelas tequilas também,

me derreti em seus braços e disse um contido sim.

E para minha total desolação começa uma música que amo. Ele me encaixou

em seu corpo e começamos a dançar ao ritmo gostoso da música, sua boca

em minha testa, eu sentia ora sua respiração, ora letras da música, e só para o

inferno ficar completo o danado sabia dançar e de repente me vi imaginando

se Dane também sabia dançar e como seria bom se ele estivesse ali também.

Perdida nesses pensamentos chegamos ao refrão da música, no clima

envolvente dancei roçando nele e percebi que estava excitado, me afastei

assustada ele riu para mim sacana me rodopiou e me encaixou de novo, e

como se minha dignidade já não estivesse suficientemente estirada ao chão

me pego cantando junto com ele:

Me joga na cama, beija minha boca e tira minha roupa faz amor

comigo e me deixa louca... (Banda Vingadora)


Encostei meu rosto no seu peito fechei os olhos me embalei na

música, nele e em um mar de sensações. Abri os olhos por um momento e

encontrei um intenso par de olhos azuis me fitando, senti minha pele queimar

dos pés à cabeça, seus olhos não estavam revoltos e sim enigmáticos, tinha

uma certa excitação em me olhar dançando com seu amigo. Fechei

novamente os olhos e me perdia na música, na dança e nos pensamentos. Que

loucura é essa, será que estou lendo tudo isso da maneira correta? Eu quero

eles, mas será que estou disposta a ter os dois juntos?

Sinto um par de mãos em minha cintura e logo fui virada em direção à

essas mãos, dou de cara com aquele olhar de mar, agora com tom de

entardecer meio avermelhado e ao encosta-lo sinto o tamanho de sua ereção.

Léo vai me soltando não antes de sarrar na minha bunda e depositar um beijo

na curva do meu pescoço, olho atônita para Dane e não consigo disfarçar o

tamanho do meu desejo, Dane sobe uma mão por minhas costas até meu

pescoço encaixa seus dedos por entre meus cabelos e com a outra mão desce

até uma banda da minha bunda e quando estou prestes a tirar a roupa e dá

para ele ali mesmo, ouço ele susurrar no meu ouvido dançando, melhor

rebolando gostosamente comigo:

Quando você me olhou, Me deu um arrepio Há tanto tempo que eu

não sentia isso. Chamou minha atenção, Ganhou meu coração Jeitinho todo

engraçado, meio tímido... (Banda Vingadora)

Putalquelopariu! Eu morri e fui para o céu, ou melhor ainda, fui para

o limo dos meus sonhos o que aconteceu aqui senhorrrrr não consigo explicar

então vou beijar e me acabar. Foi o que fiz, beijei com vontade aquela boca

rosada maravilhosa até acabar essa bendita música que com certeza eu não

vou esquecer nunca mais.

Acabamos de dançar e beijar e roçar e quase gozar, enfim...

— Eu... Eu... — Merda eu e a mania de ficar gaga quando fico


nervosa. — É, eu preciso ir no banheiro.... — E fui, precisava me recompor.

Nininha entrou no banheiro da boate mesmo, ela não conseguiu

raciocinar e ir no banheiro dos funcionários que era de costume ir. Se

encostou na pia e lavou as mãos molhando o pescoço tentando abaixar o

fogo. Minutos depois Lary entra no banheiro com Bruna e foi na direção dela

dizendo:

— Não acredito Nininha você ficou com os dois????

— O quê??? Não.... Mas o quê? Que você está dizendo? — Respondi

meio lerda, recapitulando e não lembrando de ter beijado o Léo, só o Dane.

— Que dois? Tá louca Lary? A Nininha??? Haha du-vi-de-o–do —

Falou Bruna trôpega.

Nininha deu um empurrão no ombro de Bruna e foi dizendo:

— Eii, o que você quer dizer Bruna? Você acha que só você consegue

despertar interesse em homens como eles?

— Opa, opa, não pode ser, a santinha da Nininha quer os dois. —

Disse Bruna chocada.

Com o dedo apontado para Bruna exclamou Nininha:

— Olha aqui Bruna eu nunca disse que era santinha, só não preciso

ser uma doida varrida como você!

— Ei pode parar as duas. — Lary se mete no meio apontando para a

Bruna diz: — Você vaca, cala a boca não tá ajudando. Depois virou-se para

Nininha dizendo:

— E você, tá tão perdida que não lembra o quanto nossa amiga aqui é

debochada, você é sempre a primeira a defender ela, e agora fica aí com tom

de julgamento.

— Poxa amiga desculpa, eu não quis dizer isso, você me entendeu

errado eu jamais duvidaria de você como mulher. Eu disse aquilo porque

conheço o seu jeito de pensar. Presta atenção, você é uma mulher linda


merece o melhor da vida, é só você querer. Estou do seu lado amiga e estou

MUITO feliz que você acordou para vida. Se joga mulher, sem pré-conceitos.

Escutando Bruna falar, entendi que de um jeito meio torto ela só disse

verdade, puxei ela para um abraço e pedi desculpas em seu ouvido.

— Tá legal, tá legal, mas não vamos esquecer que essa nossa amiga

aqui Bruna, é uma romântica e acha que tudo tem um final feliz como em

seus livros, e esse terreno é perigoso, não sabemos o que pode acontecer........

– Falou Lary.

— Ai eu sei, se o final feliz for acabar em um sanduíche entre aqueles

dois eu quero!!! – Bruna soltou.

— VACAAAA ... — Gritou Lary e Nininha no ouvido de Bruna pelo

seu comentário. As três caíram na gargalhada juntas e outras meninas no

banheiro riram delas.

Lary foi se acalmando, me pegou pelos ombros e foi dizendo:

— Minha amiga irmã, vejo nos teus olhos o teu querer por eles, e o

pouco que vi deles percebi também o querer deles por você..

Bruna interrompe de novo a fala de Lary

— Atá, você percebeu só no olhar e não em toda aquela dança a três

caliente com direito a um beijaço no final, e fora todo aquele lance de

cantarem a letra da música um para o outro e .... E hummm acho que faltou

um beijo triplo para ser perfeito.

A cachorra da Bruna disse isso tudo toda rebolando na sensualidade,

me perguntei se eu estava fazendo assim na pista de dança, merda é melhor

não pensar nisso.

Quando ela olhou para mim e Lary e viu nosso olhar a repreendendo

murmurou:

— Ok, o.k suas chatas! Conclua Laryyyyy.

— Bom, seja o que for Nininha, faça o que você tiver vontade só não


leve tudo muito a sério pense em se divertir, em ser feliz. Como já te disse,

não crie expectativas, apenas viva o hoje e nada de contos de fadas eu digo

isso para seu bem.

— Porra Lary! E daí se ela quiser ter o final feliz dela com dois

Deuses gregos como eles ela pode, a vida é dela e ela vive como quiser,

existem relacionamentos de poliamor onde você pode amar mais de uma

pessoa ao mesmo tempo.

Olhei para Bruna com olhar de interesse, mas deixo para saber disso

depois, como disse Lary sem expectativas, somente curtir.

Lary soltou uns palavrões para Bruna por ter plantado essa semente na

minha cabeça, mas enfim, a verdade é que a vida é minha e eu saí daquele

banheiro com uma única certeza :

Se era isso que eu queria, era isso que eu teria!

E essa certeza só ficou mais forte quando dei de cara com os dois, em

pé de frente a porta do banheiro, todas as meninas passavam por eles se

insinuando, mas nenhum, nem outro desviava o olhar do meu, segui em

direção ao dois como se o bar não tivesse ninguém mais, só ouvi a voz de

Bruna e Lary falando:

— Vai lá e arrasa gataa.

— Não esquece de me ligar amanhã.

Mesmo sem olhar eu sabia o que cada uma tinha dito, sorri e cheguei

bem próximo na frente dos dois, no centro entre eles, cada um pôs a mão em

uma de minhas mãos e com uma boca em cada ouvido meu, disseram em

sintonia:

— Já pagamos a conta é hora de ir...

— Então, você vem com a gente?

Segurei um pequeno gemido e, fiz um esforço para tentar não me

render tão facilmente como essa vacilona aqui em baixo. Ainda procurando o


oxigênio para responder a pergunta e sem querer ser oferecida, mas não

achando jeito de não ser...

A foda-se! Puxei eles bem mais próximo ainda de mim e disse:

— Já não aguento tanta demora.


Capítulo 20: Entrega Total.

Sem perceber Nininha já estava dentro do táxi no meio dos

dois. Se antes a corrente elétrica pulsava entre eles, agora ela os unia, seus

corpos se tocavam a todo tempo e, a cada toque a sensação de

reconhecimento. Os três, não viam a hora de chegar no Ap.

Léo do lado esquerdo dela não tirava os olhos do perfil de seu rosto,

encantado com a possibilidade de tê-la. Não se segurou e encostou seu nariz

na curvatura de seu pescoço inalando seu cheiro gostoso o fazendo ainda

mais duro.

Nininha sentiu seu desejo por Léo aumentar ainda mais, porém ainda

estava preocupada com a reação de Dane. Curvando a cabeça para que Léo

tivesse melhor acesso ao seu pescoço encostou sua cabeça no ombro de Dane

e o encontrou a olhando, notou que havia desejo também em seus olhos. "Isso

tudo é uma loucura" pensava, mas sabia que não tinha mais volta.

Dane levantou seu queixo com a mão, posicionando a boca dela em

direção à sua. Enquanto isso Léo pegava em sua mão esquerda e ia pousando

pequenos beijos por todo seu ombro e braço. Dane a olhou profundamente

nos olhos, viu a vontade e o medo de se entregar. Levou sua boca a tocar a

dela em um beijo lento, dengoso e depois foi virando seu rosto lentamente ao

amigo que esperava ansioso pelo seu primeiro beijo com ela. Dane seguiu

dando pequenos chupões em seu cangote, enquanto Léo começou a se

deliciar com sua boca. Humm!

Entorpecida ao ser beijada pelos dois, deixou se levar, levantou a mão


e colocou na nuca de Léo e aprofundou ainda mais o beijo em uma dança

erótica de suas línguas. Léo estava enlouquecido, começava a entender o

porquê da fixação de Dane por ela, sua boca era doce, seu beijo intenso, cheio

de pudor e malícia ao mesmo tempo. Ele se sentiu perdido, querendo achar

seu lugar dentro do corpo dela e ainda estava só no início, pensando nisso

lembrou que ainda estavam no táxi, segurou seu rosto com as duas mãos e

com uma força tremenda foi parando o beijo sobrando apenas suas

respirações ofegantes e olhares famintos então disse:

— Calma princesa, prometo lhe dar quantos beijos quiser, mas vamos

esperar chegar em nosso apartamento. — Deu um estalinho em seus lábios.

Dane beijou a nuca de Nininha concordando com o que o amigo dele

disse, os dois sabiam que ela não era qualquer uma para ficarem de amasso

num táxi, então eles entrelaçaram suas mãos às dela e juntos respiraram

fundo e deitaram a cabeça no encosto do banco, os dois não tiravam os olhos

de sua presa, ela alternava seu olhar entre eles e não tirava o sorriso bobo da

cara.

Com a lucidez voltando Nininha pensou "na vergonha do motorista

ter visto tudo", sorriu e disse baixinho para que só os dois escutassem:

— Faço uma ideia do que esses taxistas vêem e ouvem nas corridas da

madrugada.

E os dois se juntaram aos risos com ela, fazendo um esforço para não

soarem tão alto.

Chegaram ao prédio, Léo o mais apressado dos três foi logo abrindo a

porta do carro e carregou Nininha junto com ele pela mão deixando Dane no

táxi. Dane sorriu balançando a cabeça com a pressa de seu amigo, mas o

entendia, daí falou ao motorista:

— É, parece que fiquei com a conta.

E o motorista prontamente respondeu com um sorrisinho:


— E seu amigo com a garota.

Dane retrucou:

— Não por muito tempo. Aqui, pode ficar com o troco. Boa noite!

Dane saiu do táxi com o sorriso do gato da Alice no país das

maravilhas deixando o motorista com os olhos arregalados. No hall,

encontrou os dois esperando o elevador, eles estavam de mãos dadas o que

deu espaço para ele agarra-la por trás e afundar seu rosto naqueles cabelos

macios, Léo olhou para ela que estava um pouco constrangida, levou sua

mão aos lábios e beijou, para que ela se acostume com os dois fazendo

carinho nela ao mesmo tempo.

— Merda de elevador, que demora. — Disse Léo impaciente.

— Aí chorão, ele chegou. — Dane o zoou.

— Já era tempo! — Disse Léo puxando Nininha com ele para dentro

do elevador, encaixou o corpo dela com o seu e tomou sua boca num beijo

sôfrego e quente.

Dane ria com o desespero do amigo, apertou o andar e ficou de

espectador olhando o amasso dos dois. Nininha não tinha tempo suficiente

para se sentir constrangida.

Será que Léo sentia o mesmo que eu senti por ela quando nos

beijamos pela primeira vez, será possível um sentimento como este nascer

entre três pessoas, pensava Dane, achei que até poderia ficar com ciúmes

dela, mas aos estarmos os três juntos me parece tão certo. Ele notou que

Nininha diminuiu a velocidade do beijo, e olhava em volta o procurando,

quando seus olhos se encontraram sem deixar seu contato com Léo esticou

seu braço livre e o puxou para um beijo também.

— Uffa!! Achei que tivesse te perdido. — Susurrou ela

— Nunca. Eu sempre estarei onde você estiver. — Respondeu

— Nós estaremos, e … Chegamos! — Disparou Léo.


Dane pegou ela no colo e seguiram para o apartamento. No momento

em que Léo abria a porta Nininha pensava, "é agora Nininha, daqui não tem

mais volta, a devassa que você soltou na sua primeira vez com Dane vai ter

que se multiplicar por duas, aiai meu santinho das gulosas por dois homens,

me ajuda! Eu poderia me acostumar com toda essa atenção masculina a

minha volta, eu deveria ter estranhado o porquê de uma vida inteira sem

absolutamente nenhuma emoção, claro agora eu entendi o senhor deixou tudo

para esse fim de semana." Seus pensamentos foram interrompidos por um

beijo casto que Dane deu em sua testa lhe descendo do colo, eles já estavam

na sala, Dane perguntou a ela se queria alguma coisa, ela notou que sua

garganta estava seca, achava que era nervosismo, mesmo assim pediu uma

água. Ele piscou para ela e foi andando para cozinha tirando sua camisa no

caminho jogando-a na banqueta e deixando a visão maravilhosa de suas

costas musculosas para os olhos de Nininha.

Léo a tirou do transe abraçando carinhosamente e levando para o sofá.

— Nossa Paulina, eu te quis desde a primeira vez que te vi dançando

na pista de dança, imagina minha surpresa quando descobri que você era a

garota que roubou os pensamentos do meu amigo.

Ao dizer isso Léo a beijou.

— Léo eu não me lembrava que era você o rapaz do bar me olhando,

eu percebi um pouquinho depois.

— Eu sei, eu até tentei abrir um espaço para mim entre vocês, mas

não consegui né, bom até agora. — Léo disse isso roçando os dedos no

decote dela.

Dane voltou com a água, ela bebeu e eles tomaram uma cerveja, cada

um ao seu lado. Eles começaram a alternar carícias em seu corpo, e parecia

estarem demarcando que lado pertencia a quem. As coisas voltaram a

esquentar. Era beijada, chupada, mordida e apalpada pelos os dois, mas não


aonde ela mais precisava. Estava tão ocupada recebendo os afagos que se

esqueceu que queria e deveria afaga-los também, se via apenas como uma

massa de modelar em suas mãos. Ela notou que estava com uma mão em

cima de cada coxa então apertou, acariciou e foi levando até suas virilhas e

nossa, ela sentiu o quanto eles estavam excitados por ela e só para confirmar

os dois soltaram um gemido dolorido quando sentiram seu toque. "Como era

bom escutar um gemido masculino, ainda mais de dois homens ao mesmo

tempo. Mas me sinto insegura será que dou conta." Pensava Nininha.

— Meninos, eu... Eu... Nunca tive dois homens ao mesmo tempo, eu

quero muito vocês dois, mas não sei o...

— Shiiiii! — Léo pôs o dedo nos lábios dela a fazendo o olhar e

calar. — Não diga nada, não se preocupe, nós cuidaremos de você, apenas

sinta.

"Vocês dois precisavam mesmo ter esses olhos hipnotizantes e essa

voz sexy? Os dois? Só pode ser sacanagem." Ops! Ela não acreditou, mas

falou em voz alta e eles sorriram enquanto ela escondia o rosto nas mãos

envergonhada.

Léo se levantou, já estava sem os sapatos então tirou a blusa, com o

movimento Nininha ainda com as mãos nos olhos retirou só alguns dedos

para ter alguma visão daquele Deus grego bronzeado em pé na sua frente,

abriu a boca como se quisesse provar cada gominho que teimava em reluzir

ao seu olhar. Léo sorriu ao ver a expressão no rosto dela, Dane puxou sua

boca e roubo-lhe um beijo, ele a puxou para montar em seu colo com as

pernas abertas, ela gemeu ao sentir sua carne dura entre suas virilhas, ela

rebolava e agarrava suas costas, enfiava as mãos em seu cabelo louca de

desejo, Dane enrrolou seu longo cabelo em uma mão e começou a conduzir o

beijo como queria. Léo soltou as sandálias dela e sem ela perceber os dois em

conjunto tiraram seu vestido deixando-a somente com a box preta e sutien.


Dane se levantou com ela enganchada em seu colo. Ele adorava os gritinhos

que ela dava quando se assustava, ele olhou Léo e falou:

— Vamos Léo saborear o nosso pequeno fruto. — Dane deu um tapa

estalado em uma banda de sua bunda. E ela gritou.

— Aiiiiii! Seu louco.

Dando outro tapa na outra banda da bunda dela, Léo disse:

— Não grite agora princesa, deixe para gritar e gemer quando

estivermos te saboreando

— Aí meu Deus, onde eu fui me meter.

— Bom, posso te responder, você agora está capturada pelos seus

Dois Federais e daqui você não sai antes de saciarmos nosso desejo de você.

— Dane responde e joga ela na cama.

E lá ela ficou admirando aqueles dois homens que já estavam só de

cueca box em frente a ela pensando:

"E quem disse que quero ir embora daqui? Nunquinha! "


Capítuo 21: Montanha Russa.

Olhando aquelas figuras famintas por ela, fez uma pequena

reflexão da sua vida procurarando o que havia feito de bom para merecer

aquele momento com esses dois, não encontrava nada que explicasse.

O calor só aumentou, ela já achava que vestia peças demais. Então

tomada de desejo e dando um fim ao puritanismo, se sentou na cama toda

sedutora e assistida pelos divinos à sua frente, retirou seu sutien o mais

graciosamente possível e o jogou entre eles. Não sabia distinguir qual olhar

se tornou mais intenso após seu ato ousado.

Ouviu Dane falar:

— Irmão, são os seios mais lindos que já vimos não é?

Apertando seu pau, Léo sem tirar os olhos do colo de Nininha

respondeu sorrindo maliciosamente:

— Realmente os mais lindos, mas uma coisa está me encucando, eu

nunca estive em um ménage em que todos usavam cuecas box masculina.

Nenhum dos três aguentaram e caíram na gargalhada, Dane e

Nininha quase choram de tanto rir, mas ela foi logo cortando a brincadeira

quando disse:

— Pois é, vocês pretendem ficar aí rindo ou vão vir aqui e tirar essa

box do meu corpo, essa cama está muito quente e eu estou morreeeendo de

calor.

Os dois se entre olharam e Léo foi mais rápido, pulou praticamente

em cima dela e foi beijando cada pedacinho de seu corpo como se

reverenciando uma deusa, deu uma atenção maior ao seus seios e quadris,


Léo amava quadris, largos e robustos, adorava beijar e mordiscar do osso

ilíaco até o início da linha da virilha, movimentando seus beijos de um lado

ao outro pela base da barriga, sabia que era um local nada explorado pelos

homens e, esses quadris era exatamente do jeito que ele gostava foi de um

osso ilíaco ao outro beijando, cheirando e deixando pequenas marquinhas por

onde passava, indo para virilha foi retirando aquele pedaço de tecido que o

afastava do seu fruto de desejo. Ele ouvia os pequenos gemidos e lidava com

a força que ela fazia ao se contorcer de prazer.

— Meu Deus mulher a cada minuto que passa mais beleza encontro

em você. — Disse Léo tomado de tesão ao ver Nininha agora totalmente nua.

Dane se aproximou levou sua boca aos lábios de Nininha, acariciando

seus seios foi se estabelecendo atrás dela encostando na cabeceira da cama, já

sem sua cueca box também, colocou ela entre suas pernas com às costas em

seu peitoral, pegou em cada joelho dela e os afastou um do outro deixando-a

completamente aberta aos olhos de Léo. Nininha se sentiu trêmula, exposta e

com uma sofreguidão ansiosa para ser tomada por eles. Mas percebeu que o

intuito deles era de tortura-lá. Por que simplesmente não se enfiavam nela e

pronto. Não, não! Não esses dois Deuses do Olimpo, eles querem mais. Dane

começou a tocar o corpo curvilíneo que já conhecia e foi apresentando ao seu

amigo, eles adoravam esse tipo de joguinho, Léo tirou sua box branca e deu

um sorriso contente ao ver Nininha passar a língua nos lábios ao ver seu pau

pular para fora. Dane então passava um dedo em cada mamilo ouriçado

vagarosamente, dizendo:

— Veja Léo o quanto está excitada, seus seios estão pesados e os

mamilos duros e afiados implorando por nossas bocas, notou o tom de rosa

que tem suas auréolas? Pois então qual é a cor que desejamos ver?

— Vermelho brilhante. — Disse Léo preguiçosamente e ainda

explicou. — Resultado das chupadas e mordidas que daremos em você


Paulina. — Concluiu prontamente olhando para ela.

Léo então chegou mais próximo de sua vagina e apenas tocou seus

lábios com a ponta do dedo e disse também:

— Esses lábios são do jeito que gostamos... — Arrastou o dedo em

toda extensão molhando o dedo em sua umidade fazendo com que ela soltase

gemidos e respirações entre cortadas, levantou o dedo lambeu e disse –

Humm, o gosto também é do jeito que gostamos, mas e a cor que queremos?

— Vermelho quase roxo. — Respondeu Dane sussurrando ao pé de

seu ouvido — Você faz uma noção do que faremos pra que fique da cor que

desejamos, Paulina?

— Aaaa... Vocês vão me matar, por favor, por favor....

#Nininha

Minha sanidade sumiu, eu só pensava, ou melhor, precisava deles em mim.

Léo veio engatinhando feito uma pantera, me deixando mais louca ainda com

seu olhar felino, enquanto Dane levantou meus cabelos explorando meu

pescoço, Léo caiu de boca sedento no meu centro de prazer, ergueu ainda

mais meus joelhos, só pude fechar meus olhos e receber as chicotadas de sua

língua em minha carne molhada ele sabia o que fazia, por vezes me levava ao

ápice e me puxava novamente colocou um dedo como se testando, colocou

outro dedo e gemeu com aquele ar quente na entrada da minha vulva e quase

gozei pqp!

Enquanto eu estava me contorcendo com a atenção de Léo na minha

parte mais erótica, Dane falava aos meus ouvidos:

"Olha só você minha menina, está gostando de ser chupada por Léo"

"Devassa"

"Acho que você vai gostar de ser nossa refém, para usarmos como e


quando quisermos"

"Agora vai ser sempre assim, nós dois e você"

"VOCÊ É NOSSA!"

Ao dizer isso Dane acariciou firme meus seios, apertou um mamilo

exatamente ao mesmo tempo em que Léo chupou forte meu clitóris e então...

Bumm! Uma explosão aconteceu, eu vi o teto repartir em milhares de

pedacinhos feito serpentina e gritei forte tamanho orgasmo que me percorreu.

Tonta sentindo as ondas de prazer passarem pelo meu corpo escutei

Léo dizer a Dane:

— Que mel é esse, brother, maravilhoso.

Tomada de sensações senti eles se movimentando sobre a cama e se

colocarem cada um ao meu lado, e fui literalmente atacada pelos dois ao

mesmo tempo, cada um tomando conta de metade do meu corpo.

Enquanto um beijava minha boca, outro se apossava de meu seio e

então trocavam, eu sempre tinha uma boca me beijando e uma se esforçando

para deixar os cumes de meus seios da cor que desejavam.

Meu prazer estava se reconstruindo de novo, não tinha o que fazer a

não ser sentir, responder aos estímulos incessantes que eles me faziam. Meus

pulmões queimavam com a falta de ar, mas que se dane, a cama pegava fogo

também e não saímos dela. Em uma maldita maravilhosa sintonia começaram

a descer suas mãos nas minhas partes baixas, brincavam com minha entrada

hora forte, hora devagar, judiavam do meu clitóris, prendiam em seus dedos,

um vinha e outro ia, uma tortura interminável. Eu ia e vinha na beira do

abismo. Completamente dominada não tinha uma parte de meu corpo que não

estivesse sendo estimulada, comecei a pensar que agora quem se partiria em

pedacinhos seria eu e não o teto. Gemia, gritava, implorava. Pelo quê? Por

mais é claro, eu sempre fui fã do momento pré orgasmo essa sensação

alongada era melhor do que o orgasmo em si.


Senti eles colocando cada perna minha sobre eles me deixando

arreganhada de novo. Oh, meu Deus! Eles diziam vez ou outra no meu

ouvido que eu era linda, gostosa cheirosa e principalmente a palavra

"NOSSA" Eu estava com as mãos em cada costa musculosa, tenho certeza

que minhas unhas estariam marcadas ali amanhã. Foi então que notei o que

eles começaram a fazer, não é possível, os dois mexendo juntos no meio das

minhas pernas, perdi o fôlego quando cada um depositou um dedo dentro de

mim juntos, oooooohhhhhhh! Dane com a mão livre segurou minha nuca

como se fosse para eu não sair do lugar, encostou os lábios nos meus

dizendo:

— Preparada para a montanha russa? — O desgraçado sorriu.

— O quê ?

Eles pararam o movimento dos dedos dentro de mim e

instintivamente levantei meus quadris para tentar obter um pouco mais,

sofrendo por mais. Léo aproveitou e deu uma mordida dolorida em meu seio

chamando minha atenção.

— Aiiiiiiiii... Tá bommm vamos de montanha russa então, seja lá o

que isso seja.

— Boa menina! — Disseram os dois.

E aí, puta merda! Nunca em minha vida eu poderia estar preparada

para o que aconteceu. Cada um adicionou mais um dedo em minha entrada,

em minha buceta abusada e posicionando os dedões ao lado do meu clitóris

que já se encontrava inchado de tanto prazer, começaram juntos um

movimento enlouquecedor, que me fizeram arquear na cama no meio deles

implorando para gozar, meu corpo subia e descia, suas pernas mantinham às

minhas abertas, Dane segurava minha nuca a mantendo no lugar e Léo fazia

um esforço em manter minha cintura e abocanhar meus seios. Suas mãos

faziam movimentos de entre e sai, os dedões comprimiam meu clitóris já


abusado com tanto estímulo, e os dedos dentro de mim pareciam fazer

curvas, pareciam procurar um ponto específico, meu Deus, e de repente eu

morri é simples assim, morri. Não consegui ter mais controle do meu corpo

que se debatia para cima e para baixo num ato de rebeldia, meus quadris se

tornaram independentes e oscilavam de maneira louca, e eles não se

cansavam e continuavam com esse martírio delicioso e eu explodi de novo, já

não gritava, urrava como um animal, mordi os lábios de Dane que estavam

próximos aos meus, puxei os cabelos de Léo que tenho certeza que alguns

fios se foram e, caí em um sub espaço profundo de puro prazer sem conseguir

fazer esforço nenhum para sair de lá. A certeza que tinha era que esses

homens me estragaram para qualquer outro que vier pela frente.

Aos poucos eles foram me acalmando até retirarem seus dedos,

receberam um som de lamento em troca, e depois continuaram apenas a me

acariciar, pareciam estar tentando me fazer voltar ao mundo real. Recebi

beijos melosos do Léo na barriga e carinho no rosto e cabeça de Dane

enquanto tremia incessantemente.

— Você foi de mais Paulina. — Falou Dane.

Exausta com a voz rouca respondi olhando para ele:

— Eu não fiz nada, vocês fizeram tudo e nós ainda nem transamos, de

fato.

Léo levantou seu olhar para mim, deitou sua cabeça do outro lado de

meu rosto e no meu ouvido disse:

— Você não fez nada? (risos) Paulina você fez a melhor montanha

russa do mundo, a mais emocionante, nós quase não conseguimos manter

você na cama, você foi ótima. Agora de fato, não transamos ainda, mas para

sua sorte "ou azar" somos muito pacientes e temos ainda o restante da noite.

E pode apostar, você não vai conseguir fugir da gente.

Ainda me deu uma mordidinha na orelha. Santo das gulosas por


ménage à trois! O que será de mim, esse dois vão me destruir só pode. Dane

me beijou e foi buscar água, Léo aproveitou e me encaixou no seu abraço,

estava mortinha, mas ainda assim quando pus minha perna por cima da dele

me subiu um desejo novamente, acho que eles estão me viciando.

— Descanse um pouco princesa ainda vai precisar das suas forças

para hoje.

Falou Léo descaradamente fazendo carinho na minha cabeça, senti

sua cabeça de baixo tocar minha coxa o que refletiu diretamente em meu

clitóris. É imã essa porra. Fechei um pouquinho os olhos na esperança de

recuperar as minhas forças o mais rápido possível porque eu também queria

usar o corpo destes meninos. Ah, se queria!

Dane voltou, me beijou na têmpora e me ofereceu a água, levantei um

pouco para beber e Léo não perdeu tempo e abocanhou meu seio nu.

— Léo?

— O que quê foi? Não resisti. —ele falou com a boca cheia.

Dane deu um tapinha na cabeça do amigo dizendo:

— Deixa a dama descansar Léo, ela está exausta não vê?

Léo fez beicinho para mim. Semicerrei os olhos para Dane

retrucando:

— Ei, eu não estou tão exausta assim não, já passou ok.

— Hummm, ótimo então, porque nós ainda desejamos muito ter você,

tem certeza que está preparada, minha menina?

Eu e minha boca grande. Não fujo da guerra, não contra dois

combatentes gostosos como esses.

— Sim, estou!

Antes de terminar de falar Léo veio por cima de mim me beijando

feito louco, vi Dane nos dando espaço indo ligar o som, músicas lentas e

sensuais começaram inundar meus ouvidos.


Léo se encaixou no meu corpo e começamos um amasso feito adolescentes,

como ele rebolava sentia seu pênis grosso duro no meio de minhas pernas, já

imaginava o rio que corria por lá, ele desceu uma mão e sentiu toda minha

umidade, deu um grito em Dane e recebeu uma camisinha, embainhou sem

membro e veio pra mim.

— Princesa estou louco pra te sentir, mas se for demais me avise, ok.

— Oooo sim...

Então ele me penetrou devagar no início, eu o agarrei firme fui me

acostumando com sua invasão, e então ele começou a dança erótica no meu

centro indo e vindo, deliciosamente. Nossa ele também era tão bom quanto

Dane, apaixonante! Me beijava o rosto todo, olhava nos meus olhos, cruzei

minhas pernas em cima de seu quadril e ia de encontro com seus

movimentos, cada vez queria mais, todo meu corpo em combustão.

— Aí Léo, vamos, mais forte por favor...

— Eu não quero te machucar amor.

— Vo... Cê não vaii me ... Machucarrr, eu preciso e não sou de

vidro...

Escutamos Dane da beira da cama falar:

— Essa é minha garota!

— Então é isso que você quer, é isso que terá, se segura princesa.

Léo começou um ritimo alucinante forte, firme e profundo. Eu gemia,

gritava pedia mais, até começar a falar palavras que eu nem entendia,

sentindo um tesão impressionante. Queria mais, abri os olhos e vi Dane se

masturbando olhando a gente o que me fez ainda mais quente.

— E você vai ficar daí só olhando?

Senti Léo sorrindo na curva do meu pescoço. Dane me olhou com

aquele olhar de puro desejo e veio em nossa direção, vi que ele colocou

também uma camisinha.


— Bom eu estava esperando minha vez, mas como nossa menina é

gulosa, vamos dar o que você precisa.

Dito isto Léo nos virou um pouco, ficamos de lado na cama, me

assustei.

— Calma, eu acho que não aguento vocês dois juntos de uma vez,

vocês são enormes.

— Não se preocupe minha menina, você ainda não está preparada

para uma dupla penetração.

— Por enquanto... — Disse Léo no meu ouvido.

— Porém, existe algumas coisinhas que podemos fazer, relaxa.

Léo aumentou a velocidade de suas estocadas e quando eu estava

quase na beira ele sai de mim e empina meu quadril para trás onde Dane já

estava posicionado para me receber, e então me penetrou por trás devagar e

depois forte e rápido até eu chegar novamente na beira e trocava com Léo e

assim foi até o dia amanhecer e perdermos todas às nossas forças vitais num

sexo completamente quente e inesquecível. O que será da minha vida sem

esses homens. Morri várias vezes até cair em sono profundo.


Capítulo 22: Precisamos Conversar.

#nininha

Nada que eu pudesse ter sonhado na vida me colocaria no

lugar onde estou, na cama, rodeada de braços e pernas quentes e musculosas,

sentindo meu corpo além de molenga, dolorosamente abusado pela mais

louca e gostosa noite que já tive na minha vida.

Tento não me mexer, não quero estragar o momento só porque

preciso fazer xixi. Estou com meu ouvido escutando o som do ritmo cardíaco

de Léo e com Dane enganchado em minhas costas com a respiração quente

em meu cangote.

O que eu podia querer mais nessa vida?!

Seria perfeito se fosse possível... Ser mais que apenas uma noite...

Aff! Tenho que ir ao banheiro.

Nossa, de repente me bateu uma dúvida, como vamos reagir a tudo o

que aconteceu, quero dizer, será que eles vão ficar indiferentes, frios... Ai,

meu Deus! Bom Nininha você é adulta tem que saber lidar com qualquer

coisa, mas como lidar com uma possível rejeição depois de uma entrega

total, como enfrentar o fato que depois de ontem eles possam me considerar

apenas como mais uma vagabunda em sua cama. Como encarar o fato de que

esta, pode ter sido apenas uma única noite, e como? Meu Santo das Gulosas

por dois, eu posso estar achando que estou apaixonada por eles, só pode ser

brincadeira. Apertei os olhos bem fechados como se para esses pensamentos

sumirem da minha cabeça. Dane-se penso nisso depois.

Me remexi um pouco e senti o aperto de Dane em meu quadril me


puxando pra ele, ao mesmo tempo que Léo levantou sua mão livre no meu

rosto me acariciando colocando uma mecha perdida do meu cabelo atrás de

minha orelha, deu-me um beijo na testa:

— Já acordou princesa? Não é melhor dormir mais um pouco, você

deve estar bem cansada.

Notei o levantar cínico e sexy de um lado de sua boca mortal, lembrei

na hora do quanto essa mesma boca me fez gemer na noite passada, e

automaticamente senti raios de eletricidade enviados diretos para minha

buceta fazendo uma poça se formar. Fiquei ali, alguns segundos hipnotizada

no olhar dele, tentando não implorar para que comecemos tudo de novo. Vi

que possivelmente ele sentiu meu início de combustão, pois meu joelho

encostava em seu membro que a alguns minutos estava semiereto e agora

estava quase completamente ereto. Escondi meu rosto em seu peito liso e

robusto sorrindo. Com o meu sorriso, meu bumbum sacolejou também e

acredito que acordou Dane, pois aquilo que sentia nas bochechas de minha

bunda não poderia ser apenas tesão de mijo.

Dane disse com os lábios em minha orelha um "bom dia minha

menina" bem sedutor e foi me lançando beijos quentes e estalado pelo

pescoço, ombro, costas passando e apertando a mão na minha bunda...

Enquanto Léo puxou meu queixo para cima e me beijou na boca lento e

quase inocente se não fosse sua mão encontrando meu seio e estacionando ali

como se fosse seu lugar.

Aaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhh!

Já falei que nunca me imaginei um ser altamente sexual, mas no meio

desses dois me sinto uma deusa.

Porém, acho que até deusas precisam ir ao banheiro, merda!

Fui me levantando com muito custo, me afastando daqueles braços e

pernas e pênis, escutando ganidos de reprovação dos dois lados. Fiquei de pé


ofegante com a mão na cintura de frente para eles e disse :

— O que foi? Uma dama não pode ter um minuto para sua higiene

matinal? — Dei uma piscadela tentando parecer bem casual.

Dane se espreguiçou na cama colocando os braços atrás da cabeça

deixando bem visível aquele corpo todo esculpido e preparado para ação.

Com um sorriso malicioso naquela cara de sono foi dizendo:

— Sim, uma dama tem direito a tudo que ela quiser contanto que ela

seja rápida o suficiente e volte para podermos saborea–la novamente.

Só desviei meu olhar do Dane para Léo porque vi seu movimento em

se sentar recostado na cama e acariciar seu membro pesado me olhando

fixamente também, fiquei sem ar, levantei às mãos como se me rendesse e

me virei para o banheiro da suíte.

(...)

Ao se virar, correu em direção ao banheiro, dando aos dois uma visão

maravilhosa do balanço de suas nádegas. Quando a porta do banheiro se

fechou ouvia-se os suspiros dos homens na cama. Dane virou o rosto para seu

amigo e disse:

— Maravilhosa né?

— Sim, perfeita, nós nos encaixamos bem e ainda nem tomamos ela

ao mesmo tempo. Brother, você viu o balanço daquele rabo, não vejo a hora

de pega-la por trás enquanto você a toma pela frente.

Léo não tirava a imagem de sua mente, apertou seu pau e limpou a

gota de pré gozo que apareceu, num impulso saiu da cama dizendo:

— Merda, que descontrole é esse, pareço um adolescente...

— Bem vindo ao meu mundo, é assim que me sinto desde que a vi

pela primeira vez. — Interrompeu Dane aos risos.

— Ela deve ser uma bruxa, uma feiticeira das boas, linda e gostosa e

fogosa, você viu a entrega dela, Dane, ela estava ali sem joguinhos sem


interesse apenas sentindo.

— Vi meu irmão, vi, e agora só o que penso é em como vamos

embora e deixar ela aqui, ou pior, será que ela vai entender. Foi tudo tão

rápido e tão intenso e ainda tem tantas coisas que eu gostaria de fazer...

— Porra Dane tinha me esquecido disso nosso vôo é para hoje à noite

e já estamos na metade do dia, como vamos resolver tudo isso e fazer ela

entender e esperar?

— Estive pensando, que tal você ir, eu peço mais uns dias de licença e

fico aqui com ela...

— E o caramba brother, se alguém ficar esse alguém deveria ser eu,

pois não tive tempo suficiente com ela, e parte do serviço que vamos fazer lá

a princípio é burocrática, ou seja, de sua responsabilidade, eu realmente não

precisaria ir logo só daqui a duas semanas quando começa o serviço de

campo — Léo cortou Dane tentando não falar muito alto para Paulina não

ouvir, mas deixando claro sua irritação para o amigo.

Dane levantou da cama e pôs sua cueca voltou a encarar Léo, que

estava se vestindo também, puto ele apontou para a porta do banheiro onde

estava Paulina que pelo som do chuveiro devia estar tomando banho, Léo

olhou para o amigo e o ouviu:

— Eu a encontrei primeiro Léo, eu deveria ficar e você ir, depois

veríamos como seria. Você não pode estar achando que só porque passou

uma noite com ela já tem direito sobre ela.

— Aha! E você tem? Desculpe-me, mas por quê? Só porque a

conhece a uma semana e teve ela pelo que, umas três vezes já se acha dono?

Dane você estava aqui ontem como eu e ela, e não me diga que você não

sentiu todo aquele lance especial, vai me dizer que foi igual a todas às outras

que já tivemos juntos, você é louco de imaginar que vou colocar meu time

fora assim só porque você quer.


A vontade de Dane era avançar e dar um soco em Léo, uma noite

apenas e ele já acha que tem algum direito sobre ela. Tentou se controlar,

sabia que de certa forma ele estava certo, porque ele também não tem direito

sobre ela, e realmente depois de ontem como imaginar que ela ainda ia o

querer ou preferir Léo, ou pensar igual seu amigo e viver um romance a três.

Merda o que estou pensando!

Em silêncio Dane saiu da frente de Léo indo pela porta do quarto para

cozinha dizendo que ia fazer algo para comerem. Dito isto Léo se acalmou

também e se sentou na cama com as mãos na cabeça pensando em tudo o que

disseram, ele não quer disputar com seu amigo, mas seria um tolo em

simplesmente sair do caminho renegando todos os seus instintos que o

levavam a crer que esta seria a mulher de sua vida, melhor que isso, da vida

deles dois.

Paulina resolveu tomar um banho bem demorado, pois viu que eles a

queriam de novo e Deus sabe o quanto ela queria que eles a quisessem.

Escovou os dentes com a escova que ela presumiu que fosse de Dane por

estarem em seu quarto, usou desodorante e um pente que estava na bancada,

ouvia de dentro do banheiro as vozes no quarto, mas não entendia o que

falavam, estava ainda no mundo da lua não alcançava os pés no chão ainda.

Colocou uma regata branca que estava pendurada e se olhou no espelho, viu

realmente o quanto uma mulher pós foda fica sensual usando uma camiseta

masculina. Testou seu hálito para ter certeza de estar cheirando bem, e como

uma boba levantou os braços e cheirou às axilas também soltando um sorriso

tolo ao final. Saiu do banheiro com aquele mesmo sorriso que foi se

desfazendo ao encontrar só Léo sentado na cama com as mãos na cabeça

perdido em pensamentos. Meio sem jeito foi indo em direção a ele. Quando

ele percebeu sua presença e a olhou de cima a baixo com olhos faiscantes a

deixando de pernas fracas, ela brecou e ficou olhando para ele também. Então


Léo se ajeitou a olhou firme e a chamou com o dedinho indicador. Seu corpo

não esperou ordens de seu cérebro e caminhou para a frente dele que a puxou

entre suas pernas, sua cabeça no meio de seus seios, a abraçou pela cintura se

aconchegando ainda mais. Ela pôs suas mãos na parte de trás da cabeça dele

enfiando os dedos naquele cabelo dourado.

Nininha entendeu que ele queria apenas um abraço, menino carente. E

ela estava ali e daria o que ele queria. Beijou sua cabeça enquanto ele roçava

seu nariz em seus seios e apertava ainda mais seus braços entorno dela.

— Você fica bem melhor que Dane nesta camisa e, com esse

perfume... — Susurrou Léo interrompendo seus pensamentos.

Paulina sorriu e quando ia responder e perguntar onde estava Dane,

ele levou as mãos em cada lado de seu corpo levantando a blusa e a olhando

continuou sussurrando:

— ...Mas você fica muito melhor sem nada...

Ele retirou sua blusa e a tomou em um beijo apaixonante, seus lábios

se chocando, suas línguas em sintonia, ela estava subjugada por aquele beijo,

só conseguia pensar em ter ele dentro dela, em acariciar seu corpo com suas

paredes internas. Soltava gemidos a cada pequenas mordidas que ele dava em

seus lábios, deixando-a louca.

Léo queria tanto ela de novo, esse momento de carinho sem interesse

que tiveram a alguns minutos reforçou mais ainda a ideia de que era ela a

mulher de sua vida, ele sempre foi o mais sensível dos dois e nunca fugia de

seus sentimentos bons ou ruins, ele seria um fudido se desistisse desse

romance. Léo invadia sua boca com voracidade, tamanha vontade de tê-la

tão duro, passava as mãos em seu corpo, se regozijava com os gemidos

sôfregos que ela soltava. A jogou na cama de bruços, ela soltou um gritinho o

olhando, tirou sua box e se colocou em cima de seu corpo roçando toda sua

excitação no meio de suas pernas, sentiu que ela estava preparada para ele,


lizinha e molhada do jeito que queria. Puxou seu cabelo para trás e

mordiscou seu pescoço, orelha, linha do maxilar virando um pouco para

tomar sua boca novamente. Voltou a orelha e fazendo os movimentos como

se tivesse a tomando por trás disse:

— Preciso de você Paulina, preciso sentir sua quentura de novo, estou

louco para escutar seus gritos, te quero muito, muito forte, estou louco de

tanto desejo.

— Eu também te quero, ooohhh, por favor Léo preciso de você agora.

Ele gemeu ao ouvir que ela também o desejava, se moveu e alcançou

uma camisinha. Se afastou só um instante para colocá-la. Puxou ela pelo

quadril posicionando sua bunda bem para o alto e seus ombros encostados na

cama, se ajoelhou entre suas coxas.

— Você me deixa louco princesa, se eu for muito bruto, por favor, me

avise.

Léo encostou a cabeça dolorida na entrada de sua vagina, ouvindo um

"oohh", sorriu.

Paulina estava enlouquecida. O que eles faziam com ela que a deixava

assim perdida? Então lembrou que Dane não estava ali, olhou para trás e

perguntou:

— Léoooo, mas e Dane cadê ele...

— Shiiiiii, princesa! Você já teve momentos com ele a sós, ele foi

fazer algo para comermos depois vocês terão seu tempo juntos também.

Ela notou a tensão em seu rosto ao responder, e quando terminou ele

estava com uma mão firme em sua cintura e outra enrrolada em seu cabelo,

com apenas um movimento forte o suficiente para ver as estrelas se enfiou

dentro dela a estirando, fazendo seu corpo vibrar com o contato, soltou um

grito e alguns segundos depois dele estar estacionado bem no fundo dela, ela

se acostumou com o intruso e começou a se movimentar em direção a ele.


— Não! — Disse ele e continuou por cima de suas costas ainda

profundamente dentro dela. — Eu que a tomo, não você a mim, espera que

lhe dou o quer.

— Oooohh por favor Léo, eu quero... Me coma, vem ...

— Eu sei princesa do que você precisa, mas você vai ter que aprender

a se controlar, ter dois homens ao mesmo tempo não é fácil, não vamos com

muita sede ao pote.

— Idiota... Aaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhh

Após ela o chingar Léo meteu forte e rebolou e ficou nessa dança

torturante a fazendo gritar e gemer cada vez mais alto, puxava seu cabelo a

impulsionando de volta para ele, e quando ele já não aguentava mais

também, após a levar a borda várias vezes, agarrou com as duas mãos seus

quadris e aumentou o ritmo a forçando em um gozo maravilhoso, e ele ainda

continuou rebolando como se estivesse dançando dentro dela fazendo com

que as ondas do orgasmo anterior se perdurasse.

Ela estava ali a seu mercê e era exatamente ali que queria estar.

Sentia seu corpo tomado e ouvia as palavras dele que a faziam ainda

mais desesperada.

Com as mãos, abriu as bandas de sua bunda passando o dedo no seu

vinco, ela se retraiu assustada, mas logo ele a repôs na posição dizendo:

— Um dia tomarei você por aqui enquanto Dane a toma onde estou

agora, e isso ao mesmo tempo...

— Com certeza você está louco...

Léo soltou uma gargalhada com a recusa dela. E continuou, metendo

devagar e depois rápido para alcançar seu ápice.

— Paulina você irá implorar por isso, grave o que te digo.

Ela realmente achou naquele momento que tudo seria possível se

fosse com eles, ele ao terminar tocou seu ponto sensível e a levou novamente


para o espaço, lugar que ela estava conhecendo cada vez mais ao lado deles.

Esparramados na cama exaustos, Léo se retirou dela e se levantou

dizendo que precisava de uma ducha. Paulina assistiu gloriosa, aquele Deus

indo para o banheiro, se virou na cama e esperou sua respiração acalmar. Se

sentindo um pouco recuperada, levantou-se colocou novamente a camisa de

Dane e saiu do quarto em busca do mesmo. Chegando na cozinha, encontrou

ele sentado na mesa tomando uma xícara de café e a mesa posta para um café

da manhã para três, apesar de ela notar que já eram quase meio dia.

Ele notou sua presença e assim como Léo, a olhou com fome. Ela não

entendia como mesmo após o sexo arrebatador que acabou de ter com Léo,

seu corpo não a reprimia de sentir desejo para fazer o mesmo com Dane neste

momento. Pronto eu sou uma devassa mesmo.

— Sabe, Léo estava certo, essa blusa veste melhor em você do que em

mim.

Ela seguiu sorrindo em direção a ele e percebeu com o que disse, que

ele estava lá quando Léo falou isso. Ela sentou em seu colo só para ver se ele

a rejeitava, mas foi ao contrário ele a segurou e a sentou de pernas abertas em

cima dele, ela o abraçou e beijou seus lábios timidamente.

Mesmo com o pequeno desintendimento entre eles, Dane percebeu

que não era ciúmes que sentia, era alguma outra coisa, medo talvez dela não o

querer mais, sabe-se lá.

Dane era mais reservado quanto aos seus sentimentos, não era igual

ao Léo a flor da pele. Mas essa garota está o tirando do sério. Esse beijo que

ela o deu era casto, cheio de carinho e atenção, parece que ela entende o que

sentia sem ter que dizer. Tomou às rédias do beijo, pois fica louco quando a

toca. Passando a mão pelo seu corpo, pensava “nossa como ele a queria, mas

não sabia se ela ainda aguentaria ele após ter estado com Léo e a noite intensa

que tiveram.” Foi mordendo sua clavícula indo em direção aos seus seios,


expondo um por fora da blusa beijou e chupou até ficarem mais vermelhos do

que já estavam, depois passou para o outro.

Ela se roçava em sua erecão, o deixando louco cada vez mais.

— Paulina eu te quero será que...

— Eu quero você Dane, muito, por que você não se juntou conosco

antes?

— Vocês precisavam de um momento juntos a sós também.

— Foi o que Léo disse.

— É foi? E o que mais ele disse?

— Que logo eu teria o meu tempo com você também.

— É...

— É. E eu quero esse tempo agora...

Paulina tirou a blusa, enquanto Dane tirava a box e tentava alcançar

uma camisinha na gaveta de baixo da pia dando graças a Deus por ter uma, a

colocou e se ajustou na sua entrada dizendo:

— Comande você não quero te machucar sei que abusamos muito de

você, quero apenas te sentir da maneira que você quiser.

Paulina adorou e ficou ainda mais excitada no tom de quase

submissão de Dane, ela estava realmente dolorida, não estava acostumada

com tanto sexo assim. Ah! Mas poderia se acostumar, ah se poderia.

Então ela se embainhou naquele pau gostoso e quente e rebolou

procurando seu prazer e o dele. Foi uma sensação especial olhos nos olhos,

ver o prazer de seu parceiro crescer no fundo de seus olhos e mostrar com os

seus, o seu próprio prazer chegando. Começaram a se beijar

desesperadamente chegando ao precipício juntos e se jogando de lá sem

paraquedas. Ela vai morrer de tanto prazer com esses dois, pensava.

Beijando-a delicadamente agora, Dane olhou em sua face

avermelhada do esforço que fez, e tirando os fios de cabelos suados de sua


testa disse a ela:

— Minha menina, acho que precisamos conversar, eu, você e Léo.


Capítulo 23: “Não”.

Nininha ficou ali encarando aqueles olhos azuis, procurando na

profundidade de seu olhar o que ele estava querendo dizer com "precisamos

conversar". Se sentiu um tanto insegura, remexeu em seu colo tentando sair

de seu agarre, mas sem conseguir, pois ele sentiu o início de sua fuga e a

manteve bem apertada fazendo-a sentir que ele ainda estava vivo dentro dela.

Beijou carinhosamente do pescoço até o queixo dela, mantendo-a no lugar

com uma mão engrenhada no seu cabelo próximo a nuca e a outra mão

mantendo-na firme no seu eixo que ganhava a cada segundo mais vida.

O tesão foi tomando conta dos dois novamente. O clima esquentando,

mãos e línguas viajando no corpo do outro procurando saciar a sede de toque

e sentimento.

Tão intenso, pensavam os dois.

Mas a realidade foi se infiltrando na cabeça de Nininha e ela lembrou

que nem tudo se resolve com sexo, é preciso palavras para entender certos

sentimentos. E ela precisava entender tudo o que estava acontecendo, um

carrocel de emoções e sensações que estava inundando sua vida em apenas

alguns dias. Tanto para entender, tanto para descobrir ainda, tanto para não

perder... Ela já se via completamente enredada pelo prazer de estar com esses

dois homens, seria uma tola de imaginar que não queria se envolver de

verdade. Não conseguia afirmar se já era paixão ou realmente só carnal, como


também não conseguia ver os próximos dias longe de qualquer um dos dois.

Fora essa frase de Dane que a deixou preocupada.

Dane notou que ela foi desacelerando o beijo, viu em seu rosto as

engrenagens de sua mente funcionando, desejou tanto ter super poderes e ler

mentes. Ficou um pouco tenso ao imaginar qual será a reação dela quando

eles disserem que precisam voltar ao trabalho ainda hoje, e que isso significa

ir para outro estado a horas de distância dela, e tendo medo que ela pense que

eles só a usaram e Deus sabe que não era isso. Dane já se permitia a certeza

de saber que estava apaixonado, e pelo que conhecia de Léo via o mesmo

sentimento nos olhos dele quando ele à olhava também. Pensando numa

maneira de iniciar o assunto foi interrompido por sua voz:

— Conversar ? Nós três, sobre o quê?

Dane viu dúvidas e um certo receio em seu olhar, não podia

conversar, estando ele ainda em seu centro quente e pulsante. Deu um beijo

em sua testa de forma fraternal e a retirou de seu colo ouvindo os gemidos

involuntário de seus corpos sendo afastados. Se levantou da cadeira e a pegou

no colo dizendo:

— Precisamos falar de muitas coisas e, vamos falar, mas antes venha

vamos te dar um banho, minha menina.

Sussurrando em seu ouvido Nininha disse enquanto ele os levava para

o quarto novamente:

— Sua menina sabe tomar banho sozinhaaaa.

Ele parou em frente à porta do quarto olhando a engraçadinha em seu

colo e sorrindo feito um menino travesso retrucou:

— Gosto de como soa a frase "sua menina" em sua boca, deveria

dizer isso mais vezes para mim. E a propósito tenho certeza que você sabe

tomar banho sozinha, mas a quatro mãos acredito que será bem mais

interessante.


Ela arregalou os olhos para Dane com o pensamento de quatro mãos a

banhando, e que mãos. E como já se tornava um mau costume, seu corpo já

dava sinais de excitação na imagem desses deuses lhe dando banho. Olhou

em volta para procurar Léo, mas não encontrou. Dane foi seguindo para o

banheiro parando na porta e chamou por Léo:

— Léo, acho que tenho aqui uma bela princesa precisando de ajuda

para um banho, você me ajuda?

Ela olha para o banheiro só para se deparar com Léo saindo do box

todo molhado de encontro a eles, mais sexy impossível, seus olhos varreram

seu corpo todo bronzeado e esculpido por Deus, seguia as bolinhas de água

que escorregavam em seu tórax, abdômen e ... E....... E mais em baixo...

Que inveja dessas bolinhas!

Perdida em pensamentos não notou que Dane a pôs de pé novamente

e que estava no meio dos dois, Léo estava tão próximo que já sentia os cumes

de seus seios molharem em sua pele úmida. Eles a espreitaram como se ela

fosse a presa a ser abatida.

A fumaça no banheiro da água quente que descia pelo chuveiro

deixava o clima ainda mais febril. Podia jurar que ouvia pequenos urros de

prazer vindos de suas bocas em cada pedaço de sua pele tocada por seus

lábios e dentes, que mordiam e beliscavam, cada um à sua maneira, Dane

devagar e intenso, Léo firme e sacana.

Entraram no box juntos, ali começaram uma dança molhada e

escorregadia de mãos ensaboadas e corpos encharcados que se chocavam em

toques lentos, e a cada impacto uma onda de prazer se propagava por todo os

corpos envolvidos. Nunca se sentiu tão mulher quanto agora, tão cuidada, tão

vívida. Nininha virou boneca para às quatro mãos que à serviam. Levantou

os braços para trás do pescoço de Léo enquanto ele esfregava seus cabelos

com shampoo e condicionador. Seus olhos fecharam na sensação de


relaxamento que essa ação a fazia sentir. Dane se concentrou em suas costas

ensaboando cada parte como numa massagem. Ela já estava quase caindo,

pois suas pernas viraram geléias, ainda bem que se segurava em Léo. Podia

se acostumar com isso, aliás esses homens estão a estragando para todo o

sempre, como tomar um banho sozinha após esse?

Foi aí que tudo piorou ou melhorou dependendo do ponto de vista,

Dane desceu suas mãos pelas costas dela pousando em suas nádegas e

massageando, pediu ao Léo que as segurasse aberta enquanto ele lavaria seu

"lindo buraquinho" palavras dele. Santo Deus, Nininha se sentiu tão exposta,

quando Léo fez o que Dane pediu e em seu ouvido reafirmou que um dia os

dois a tomariam por ali. Totalmente alerta, tentou se livrar de tal atenção a

um local tão íntimo, mas óbvio que foi impossível, tamanha era a posse que

os dois tinham do seu corpo e mais uma vez relaxou e se deixou levar pelas

carícias. Se agarrou mais a Léo roçando nele para encontrar algum alívio,

sentiu Dane levantando sem parar de acariciar entre as bandas da sua bunda

que por incrível que parecesse estava deixando louca. Começou a beijar Léo

pela clavícula indo de encontro ao seu queixo másculo, percebeu que ele

sorria e levava uma de suas mãos à sua virilha onde ela necessitava, a outra

comprimiu um seio dizendo:

— Acho que essa princesa não quer mais tomar banho, brother.

Dane por trás dela com a força de seu corpo empurrou eles até que

Léo encostasse às costas no ladrilho molhado da parede e não restasse mais

nenhum espaço entre seus corpos, com uma mão ainda ocupada no meio de

suas nádegas, levou a outra no seio carente sozinho e comprimiu o mamilo

estufado fazendo ela dar um gemido alto de prazer. Bem devagar foi

introduzindo aos poucos um dedo em seu buraquinho, vendo-a se contorcer

com a invasão e empinando inocentemente seu bubum para ele. No ouvido

dela susurrou:


— Diz de novo Paulina aquela frase que amei ouvir de sua boca, diz

agora que lhe daremos o que você quer.

Terminou mordiscando no encontro entre o ombro e pescoço dela.

— Ahhh Dane não lembro, sei lá....

— O que era Paulina também quero ouvir, diga — Embarcou na

tortura Léo, invadindo suas dobras com dois dedos ouvindo seus gemidos e

xingamentos.

— Palermas...

— Olha a malcriação. — Disse Dane beliscando a parte rechonchuda

de seu seio.

— Aiiiiii.... — Desnorteada e tentando recapitular tudo o que tinham

falado em segundos, se lembrou.

Virou o rosto para Dane beijando-o disse:

— Eu sou sua menina... — E voltando olhando para Léo beijando-o

também, disse concluindo. — E sua princesa...

— Bom, muito bom, melhor do que antes, você já sabe como nos ter

em suas mãos, então mano acho melhor dar a ela o que ela precisa, tão

receptiva ao nosso toque, como vamos dar banho nela sem nos perdermos em

seu corpo sempre.

— Ooohh eu quero que vocês se percam em meu corpo...

Os dois riram condescendentes. Eles também a queriam, mas os dois

sabiam que seu corpo já estava bem cansado para recebê-los juntos

novamente, isso tudo era muito novo para ela, e aliás precisavam ainda

conversar. Eles se entenderam em um olhar e apenas deram a ela a liberação

que precisava com carícias e toques que a levaram ao clímax.

Entorpecida pelo alto clímax e se sentindo mais limpa do que nunca,

queria partir para a melhor parte que era tê-los nela novamente, foi tentando

de alguma maneira leva-los, eles de alguma forma se seguraram, pois ela


sabia que a queriam, via em seus olhos, sentia com seu toque a resposta de

seus corpos. Mas eles tinham outra ideia.

— Vamos Paulina, vou te enxugar. — Disse Léo levando-a do

banheiro.

— Ah, não é justo vocês me banharem e eu não poder retribuir em

vocês dois. — Disse ela saindo do box com os olhos de pedintes vendo Dane

em baixo dágua se ensaboando.

Dane sorriu ao ver a cara linda de Paulina, se sentiu um puto sortudo

sabendo que ela o queria mais um pouco. Fez um esforço tremendo para não

puxa-la de volta e toma-la no box.

— Vai com Léo, minha menina, que eu já vou.

No quarto Léo a enxugou, o que a deixava sem graça, parecia uma

criança. Ele disse para ela esperar um pouco e foi até seu quarto, logo voltou

já vestido com uma bermuda e com algo na mão. Ele a olhou e chamou com

o dedo, ela foi em sua direção e viu o que era em suas mãos, uma box branca

dele com certeza, logo fez ela se vestir, depois ajudou a pôr o vestido.

Enquanto Léo a ajudava a se vestir, ficava pensando em por que se

vestir, ela queria era continuar nua. Bem eles deviam estar cansados dela,

passou a imaginar. "É Nininha é hora de ir acabou-se o que era doce", como

dizia vovó.

Léo sentou na cama e a pôs em seu colo beijando-a.

Dane sai do banheiro enxugando o cabelo e vê os dois naquela intimidade, se

vestiu e recebeu o olhar dela, tentou não deixar transparecer um certo ciúme

por ela estar no colo de Léo e não no dele.

— Então é isso, vou chamar um táxi. — Disse ela meio sem graça.

Dane já vestido com uma calça de moletom veio até ela a tomando de

Léo e beijou seus lábios, ao terminar falou:

— Por quê? Já quer ir embora, cansou da gente?


— Não, absolutamente... — Olhou para Léo também. — É pensei que

... Bom nos vestimos achei que... Enfim...

— Nos vestimos para tomarmos café da manhã de maneira civilizada.

— Disse Léo deitado na cama.

— Não que isso seja um problema, porque se a quisermos a

tomaremos de qualquer maneira. — Pontuou Dane.

Nininha atordoada com as palavras deles, e com a visão maravilhosa

de seus torsos nus e olhares instigantes, respirou fundo e falou:

— Aí que fome, vamos então comer. Por favor.

— Boraa, estou faminto — Léo disse pulando da cama dando um tapa

na bunda dela indo para fora do quarto.

Ela riu olhando para Dane.

— Vocês não perdem uma oportunidade de bater no meu bumbum.

— Correção: "nosso bumbum", vamos! — Retrucou ele dando

também um tapa em seu outro lado, puxando-a para cozinha.

— Meninos. — Sussurrou Nininha, baixinho sem ele ouvir.

Os três se sentaram na mesa e se serviram, estavam mortos de fome,

eles é claro comiam mais que ela, que se serviu de suco de laranja e um misto

quente. Enquanto comiam conversavam coisas do dia a dia e como sempre

ela se sentia como se estivesse sendo interrogada, as perguntas eram sempre

direcionadas a ela. Então Dane começou a ficar mais calado, diria até

pensativo.

Já de barriga cheia e com a boca doendo de tanto rir das baboseiras

que Léo dizia, olhou para Dane e se lembrou de mais cedo quando ela estava

em cima dele, balançou a cabeça para espantar a imagem erótica para longe.

Lembrou também do que ele disse no final.

— Então Dane, hoje aqui mais cedo você disse que precisávamos

conversar, nós três, bom estamos aqui os três, no que você pensava ao me


dizer isso?

Um silêncio se instalou na mesa, eles se entre olharam, Léo pigarreou

olhou para ela e para o amigo e começou:

— Lembra quando dissemos qual era nosso trabalho?

Ela balançou a cabeça confirmando, então Dane chegou perto dela a

puxou para seu colo e continuou:

— Você até demostrou aversão ao fato de sermos policiais... —

Nininha tentou explicar o porquê de sua aversão, mas Dane colocou o dedo

nos seus lábios a calando e prosseguindo. — Shiii, apenas escute, naquele

momento estávamos tão envolvidos com sua beleza e a possibilidade de tê-la

que omitimos algumas coisinhas.

Nininha se assustou um pouco e quis se levantar de seu colo, não

conseguindo é claro, então dali mesmo fez a pergunta:

— O que você quer dizer com isso, e me solta por favor.

Dane sentiu uma pequena desesperança e afrouxou o agarre nela que

conseguiu se levantar e se abraçou em seus próprios braços encarando os dois

à sua frente. Ela observou que essa omissão poderia ser qualquer coisa,

sentiu-se insegura, e pensava nas alternativas. Claro que diriam que tem

namoradas ou são casados ou mentiram sobre serem policiais e na verdade

são é traficante, sua cabeça estava dando um nó, deu um passo para trás e se

recostou na pia. Seu pai sempre dizia que ela tinha uma imaginação muito

fértil para tudo. Léo levantou e colocou as mãos em seu rosto procurando seu

olhar e encontrando.

— Calma princesa, não é nada muito grave apenas uma questão de

logística. Nossa como vc está fria. Quer um casaco?

— Eu vou buscar Léo, fique com ela.

Dane migrou para seu quarto para conseguir um casaco para Paulina,

e um pouco para fugir do rosto de assustada que ela fez ao ouvir dizer que


omitiram algo. Merda! No quarto pegou um blusão seu flanelado e voltou

para a cozinha e parou ao ouvir eles conversando.

— Olha só Léo vocês não precisam ficar de mimimi, podem dizer que

foi só uma noite e que está na hora deu ir embora, porque é claro que dois

homens como vocês não estejam sozinhos. Amigos de longa data queriam só

se divertir, eu entendo, agora me deixa quero ir embora.

Empurrou suas mãos no peito dele tentando afasta-lo.

— Princesa que viagem é essa. Bom, nós realmente somos sozinhos,

solteiros e amigos de longa data e com certeza adoramos curtir juntos....

— Eu sabia, me solta Léo...

Ele a segurou pelos pulsos e continuou a dizer:

— Para Paulina, deixa eu continuar, adoramos curtir juntos e os céus

sabem o quanto, mas desde que você apareceu em nossa vida que tudo

mudou, eu sei eu sei, é precoce falar assim, mas e daí não sou devagar igual

uma tartaruga para exibir meus sentimentos, acho que me apaixonei por você,

acho não, tenho certeza e não quero ficar longe de você por conta de

protocolos de relacionamento. Quero você e ponto.

Dane assitia de longe, viu o olhar dela se apaziguando ao ouvir de

Léo que ele havia se apaixonado por ela. Se sentiu um imbecil por não ter

sido o primeiro a ter dito isso para ela. Se pegou pensando se teria a mesma

reação que estava tendo com seu amigo. Começou a sentir raiva de seu

amigo, da situação toda e entrou na cozinha quando eles iam começar a se

beijar.

— Então Léo vejo que ela aceitou bem o fato de termos que ir embora

hoje à noite já que está toda derretida em seus braços, ainda vai precisar do

casaco? Ou já está aquecida o suficiente?

— Qual é, tá louco brother, que se tá falando.

Léo retirou o blusão das mãos de Dane e praticamente forçou ela a


vestir.

— Ei para Léo, não quero colocar, eiii... Merda deixa que eu mesma

arrumo.

Léo se afastou dela um pouco e aproveitou para olhar no rosto de seu

amigo, não entendia a expressão que encontrou. Colocou a mão em seu

ombro dizendo:

— Que foi brother, o que te deu pra agir dessa maneira?

Dane olhou e retirou a mão de Léo bruscamente de seu ombro,

respondendo:

— Ah, Léo se liga, não sei por que dar tantas voltas para dizer uma

coisa simples, mas vejo que você se perdeu e está levando o assunto a outro

nível.

— Como é, surtou cara, não tô te entendendo?

— Ei!! Pera aí vocês dois — Nininha se meteu entre os dois com uma

mão em cada peitoral.

— O que você disse Dane, vocês estão indo embora, hoje, mas para

onde, vocês não são do Rio? E por que não me disseram, na verdade por que

você Dane não me disse isso quando ficamos na primeira vez.?

— Nós somos policiais federais de fronteira combatemos o

narcotráfico de perto. Entre uma missão ou outra viajamos para cá para

relaxar e... — Dane ia tentando explicar, feito um robô quando foi

interrompido.

Nininha se virou totalmente para Dane com um olhar de fúria e

mágoa ao mesmo tempo.

— Entendi, quer dizer que eu fui uma maneira que vocês encontraram

para relaxar nesta viagem? Ótimo!!! — Se virou para Léo falando. — E você

aonde queria chegar com esse papinho de "me apaixonei"?

Dito isto ela começou a sentir seu rosto molhar com suas lágrimas, se


desvencilhou dos dois e foi à procura de suas coisas, envergonhada e louca

para ir para casa. Então era isso mesmo apenas diversão, mas o que você

achava Nininha que viveriam felizes para sempre, haha, bem que Lary

avisou.

Ainda na cozinha, os dois olhavam tontos as costas de Paulina, Dane

completamente perdido em uma confusão de pensamentos que iam desde ir

correndo atrás dela e implorar para que o perdoasse ou deixar desse jeito

mesmo afinal nunca teria dado certo.

— Seu filho da p@#&$, o que você fez, que te deu brother? Tá

doidão, né possível. Ela tá achando cara, que nós nos aproveitamos dela.

— Léo, e não foi isso, ou você tá levando a sério esse lance de

paixão? Isso não vai funcionar eu já tinha te dito e quer saber, foda-se.

— Realmente não te reconheço mais, você seu babaca está

apaixonado por ela que eu sei, só não entendi por que ter essa atitude rude ao

dizer para ela que temos que ir desse jeito, seu idiota você pode ter estragado

a melhor coisa que podia acontecer em nossa vida. Isso não vai ficar assim,

espero que não seja tarde de mais pra você.

Léo empurrou Dane para o lado ao terminar de falar, tinha vontade de

dar um soco bem colocado na cara dele, mas se controlou, pensava em

resolver isso depois, sabia que seu amigo não estava sabendo lidar com esse

sentimento avassalador que era a paixão. Agora, ir atrás de Paulina era mais

importante.

Encontrou ela na sala catando sua identidade e outros objetos.

— Paulina, espera, deixe eu te explicar melhor, não sei o que

aconteceu para Dane agir daquela maneira, mas sei que tem explicação...

— Foda-se ele, e não quero ouvir nada tá legal, me passa o telefone

vou chamar um táxi.

— Não! Eu te levo.


— Não, eu vou de táxi... Aliás vocês não disseram onde vivem, para

onde estão indo hoje, ou seja, voltando para casa após às "férias"?

— Amazonas.

— Pqp do outro lado... Léo por que você disse que está apaixonado

por mim, é alguma brincadeira de mau gosto?

Dane ouvia os dois discutindo na sala, queria ir lá também, nunca se

sentiu tão convarde como hoje, mas tinha medo de fazer mais merda do que

já tinha feito. Ouviu a resposta que Léo deu a ela pensativo.

— Paulina realmente não nos conhecemos a tempo suficiente para

que você acredite de olhos fechados no que dizemos, mas tem coisas que não

tem explicação, simples assim. E não sou só eu que me apaixonei, o idiota do

Dane também, mas ele não sabe lidar com esse tipo de sentimento, ainda, e

tudo é muito novo porque somos três, e Paulina eu até posso estar enganado,

mas você estava lá conosco totalmente entregue e apaixonada também. E

foda-se me chamem de louco, mas sei que isso tudo é possível, o amor é

possível nós três somos possível.

Paulina se virou em direção ao Léo, viu nos seus olhos às verdades

que ele dizia, notou Dane os olhando de longe com um semblante assustado.

Ela seria maldita de não admitir pelo menos para ela mesma que acreditava

em tudo que Léo dizia e queria realmente que virasse verdade, mas era

humana de mais inundada de conceitos de uma sociedade machista e

superficial. Jamais daria certo, pensava que era melhor acabar ali mesmo,

uma experiência apenas, uma loucura de fim de semana assim que deveria ser

e não esse tobogã de emoções novas e intensas que se tornou.

— É claro que daria certo Léo, através da internet possivelmente, mas

não comigo, eu até hoje sempre estive sozinha porque a vida a dois é muito

complicada imagine a três, isso é fantasia boa de ser ler em livros somente. E

aliás, como lidar com pessoas que já começaram uma relação nessa confusão


toda de omissão e temperamento bipolar — Disse isso apontando o olhar para

Dane que abaixou a cabeça derrotado — Enfim, vamos encarar uma coisa,

esses dias foram maravilhosos ontem e hoje foram os melhores momentos da

minha vida, porém foram apenas isso, momentos. Acabou voltaremos à nossa

vida de antes e mais tardar um dia a gente esquece.

Léo se aproximou dela mesmo com ela tentando o afastar, segurou em

seu rosto e com os polegares enxugou suas lágrimas.

— Sabe minha princesa você é tão cabeça dura quanto o Dane, já sei

que vou ser o apaziguador da relação, mas não ligo amo vocês minha

princesa e meu irmão. Estamos todos sensíveis com tanto sentimentos novos

nos rondando, acredito que só o tempo vai fazer com que vocês caiam na real

e eu sou paciente sei esperar principalmente quando o melhor ainda está por

vir. Vamos, vou te levar para casa.

Léo ao terminar beijou suas bochechas molhadas.

Nininha olhou no rosto tranquilo de Léo queria tanto acreditar nele, mas não

era possível. Caminhou até a porta esperando Léo pegar às chaves do carro,

olhou para Dane que não saia do lugar e não tirava os olhos azuis

avermelhados dela, queria que tudo tivesse sido diferente nem parece que

estavam tão próximos mais cedo. Para onde ela olhava lembrava de uma cena

com eles e, estava extremamente incomodada com o olhar penetrante de

Dane e o silêncio entre os dois.

— Vai ficar aí me encarando, seu idiota?

Dane cerrou o olhar nela e foi em sua direção fazendo-a recuar e

encostar na porta atrás dela. Ele pressionou seu corpo contra o dela.

— Para Dane, sai...

— Não...

Ele Prendeu seus braços em cima da cabeça dela e encostou os lábios

nos seus.


— Não sei agir como Léo diante de tantas coisas acontecendo, sou um

ogro esqueceu, mas não deixarei você sair daqui com a impressão de que

tenha sido só um bom momento e que será fácil esquecer.

Deu-lhe um beijo possessivo, forte e vivo. Ela tentou no início se

recusar, mas como sempre impossível, era só um deles a tocar que se derretia

e Dane fez exatamente o que quis, provou a ela que seria inesquecível .

Dane parou o beijo e se retirou para o quarto sem dizer nada

deixando-a sem ar, sem chão e sem razão.

— Eu NÃO sou sua menina. — Gritou Nininha para as costas de

Dane.

Ele se virou a olhou e respondeu:

— Deus lhe ajude no dia que eu farei você engolir o NÃO dessa frase.


Capítulo 24: Entre Pensamentos.

Silêncio.

Era o que se ouvia no carro enquanto Léo levava Nininha para casa.

Novamente Nininha estava dentro desse carro em um silêncio

ensurdecedor só que o clima era diferente do que antes. Tentava não se sentir

magoada, chateada, mas eram os únicos sentimentos que estavam à tona

nesse momento. Repassava em sua cabeça tudo que aconteceu até este

minuto, desde de que encontrou aquele olhar azul hipnotizante, viril e

ameaçador, passando pelo desejo louco e voraz de se entregar aos seus

desejos mais escuros, e logo depois se chocando com um novo par de olhos,

agora esverdeados hipnotizantes também, caloroso e sacana levando seus

desejos ao cúmulo da loucura fazendo-a se entregar totalmente não só para

um, mas para os dois.

Onde foi que ela perdeu o fio da meada? Com certeza isso tudo se

deve ao fato de achar que suas viagens literárias pudessem sair do papel,

simples assim. Haha nunca é simples.

— Ei, será que você pode dividir seus pensamentos comigo, princesa.

Léo diz isso levando às costas de seus dedos no rosto de Nininha,

acariciando sua bochecha. Ao sentir o toque ela se vira para ele tentando lidar

com às vibrações de suas células no gesto de carinho.

— Não estou pensando em nada.

— Sério? Não me parece. Bom, então o que são esses olhos

lacrimejantes e avermelhados, e essa nuvem escura pairando sobre sua linda

cabecinha?

— Não é de sua conta.


Léo semicerrou os olhos na face irritada e debochada de Nininha,

voltou com sua mão e apertou o volante com força, retornando a atenção ao

caminho mergulhando em pensamentos também..

#Léo

Merda como essa garota me tira do sério e como não me apaixonar

ainda mais por essa cabeça dura. Acho que ela está levando isso a sério de

mais, não mentimos para ela só não dissemos no momento em que ela

acharia mais certo, simplesmente por medo de não termos nenhum momento

com ela. Bem na verdade que, se ela tivesse me conhecido primeiro eu teria

dito naturalmente, afinal estaria conhecendo uma nova pessoa e numa

conversa casual acabaria levando ao assunto de trabalho o que levaria a dizer

que estaria indo embora em uma semana. Simples. Mas não Dane, aquele

cabeça oca não gosta de falar dele mesmo, nem casualmente.

Ahh, meu amigo! O amo como se fosse do meu sangue, morreria por

ele, aliás já até levei um tiro pra salvar aquele rabo que as meninas julgam

bonito. Mas vou dizer uma coisa, o cara teimoso, cismou que porque nossa

profissão é perigosa não devemos nos atrever em ter família ou se apaixonar.

Sei que é mais fácil para ele pensar assim já que é sozinho não tem nenhum

familiar próximo vivo. E sei que ele dá graças a Deus por isso também cada

vez que ouve que algum familiar de um policial foi morto ou de certa forma

abusado apenas pelo fato de ter parentesco com um policial.

Mas eu não acho justo, esses merdas de traficantes e criminosos é que

deveriam se preocupar com isso, não nós agentes da lei.

Ele diz que sou um sonhador, que vivo no mundo da lua. Mas não é

isso, venho de uma família grande, amável, só vivo longe deles por gostar de

ser livre de fazer o que eu quiser como, quando e com quem quiser.


Porra! Quero apenas ser feliz, viver minha vida, Deus me deu ela e

quero fazer um bom proveito, é isso, e se eu puder no meio do caminho dar

fim a uns bandidos, achar o amor da minha vida e ter uns "cabeçãosinhos" tá

ótimo.

Amo minha profissão, sei que ele também, só encaramos de forma

diferente, eu desistiria dela por ele e por um grande amor, principalmente se

for nosso grande amor. Nós já estamos nessa de compartilhar mulheres há

anos e para mim é muito natural nos casarmos com uma, e cuidar dela e de

nossos futuros filhos para o resto da vida. Aquele filho da mãe pode ter

estragado a oportunidade de termos encontrado a mulher perfeita, eu juro que

mato ele com às minhas próprias mãos se não conseguir fazer com que

Paulina pare de ficar chateada com a gente antes de irmos embora. Preciso

que ela fique bem, preciso que ela entenda tudo isso e, preciso disso rápido,

pois o tempo tá passando e ela está brava ainda.

Não tenho nada a perder, detesto mimimi. Se gosto? Digo que gosto,

se não, digo que não. Detesto rodeios, prezo a sinceridade, se eu amo e a

pessoa não tá nem aí pra mim, não é problema meu é dela, eu tenho que

expor o que sinto para ter certeza que de minha parte foi feito tudo para que

desse certo, e se não der, sigo em frente de cabeça erguida por saber que eu

tentei.

— Bem, acho que agora você que está pensando muito. — Ouço

Paulina dizer e me viro para olhá- la.

Ainda estamos beirando a praia, avisto uma vaga e estaciono o carro

notando o rosto confuso dela.

— Ei, por que você parou aqui... Ok... Quer que eu pegue um táxi,

beleza eu vou... E........

Pego no braço dela enquanto ela fala um monte de baboseiras

tentando descer do carro e digo:


— Você não vai embora antes de conversarmos, porque ao contrário

de você eu quero dividir meus pensamentos, já que mostrou interesse.

— Quem disse que eu quero conversar e muito menos dividir seus

pensamentos? Só quero ir para casa e esquecer que conheci vocês.

Paulina disse isso tentando se soltar do meu aperto sem muito

sucesso.

Ela fica tão mais linda brabinha e lutando. Olhei fundo nos olhos dela

levei minha outra mão ao seu rosto, ela automaticamente segurou meu pulso

para tentar impedir meu carinho, não permiti. Ao tocá-la senti um início de

derretimento, uma quentura em seu olhar e quase um pedido mudo

implorando que eu não a tocasse, pois ela podia desmoronar.

Estou apaixonado. E sei que ela também sente algo por mim, e não só

por mim como pelo Dane também. Sei que é confuso, ainda mais para ela

tudo tão intenso e em dobro sem falar no pouco tempo.

Mesmo não querendo tirar as mãos dela, me permiti solta-la para dar

a ela espaço necessário para que entenda o que digo, racionalmente e não

porque está embreagada pelo meu toque.

— Paulina, por favor me escuta? — Me viro totalmente para ela, sem

tocá-la.

Ela me olha e acredito que tenha interesse em seu olhar, e que no

fundo ela quer entender tudo isso também e foi nessa certeza que entrei de

cabeça.

— Princesa, não vim ao mundo para disputar ego com ninguém. Sou

muito sincero comigo mesmo e procuro ser assim com todos à minha volta.

Nos meus relacionamentos, de todos os tipos, como amizades, namoros,

família e outros, sempre sou cem por cento, detesto me privar do que sinto,

ou do que preciso dizer, apenas por imaginar que o outro vai achar ou deixar

de achar qualquer coisa. Não gosto de antecipar os passos do outro, dou o


meu passo e se tiver de ser, o outro acompanha cada um no seu ritmo, mas

tentando fazer dar certo. Adoraria que fosse tão simples, mas sei que não é.

Somos pessoas diferentes, com histórias de vida diferentes, tentando

sobreviver a esse mundo louco em que vivemos.

— Ok! E o que você quer dizer com isso tudo? Afinal já que é tão

sincero por que não me contou antes que iriam se aproveitar de mim e depois

viajar para milhares de quilômetros de distância.

— Primeiro, nós não nos aproveitamos de você, não sei da onde você

tirou isso. Lembro-me bem de você aproveitando a noite toda tão bem quanto

nós. Foi uma troca, e foi muito além de qualquer transa casual, você estaria

mentindo ao dizer ao contrário. Não temos que olhar para tudo com olhos

preconceituosos, somos além de tudo jovens, você ainda mais jovem. Nos

sentimos atraídos no primeiro instante que trocamos olhares, cada um no seu

momento. E naturalmente foi crescendo o desejo entre nós, e não julgue

errado você se sentir atraída igualmente por dois homens. Somos livres para

nossas escolhas, lembra, livre arbítrio. Só vivemos numa sociedade hipócrita

que prega a monogamia, mas que no fundo vive o que quer do jeito que quer,

por debaixo dos panos.

— Ok... Pronto eu quis foi bom e só, me leva embora.

— Foi bom? Só bom? Rsrs conversaremos sobre isso outra hora.

Voltando, segundo acho que seria estranho no meio do clima que nós

estávamos eu ou Dane parar tudo e dizer “você é linda e a propósito nós

temos que ir embora amanhã à noite, isso não significa que estamos te usando

tá", daí você aceitaria super de boa e diria "tudo bem, onde paramos?"

— Hahaha tá de brincadeira....

Cortei sua fala encostando um dedo em sua boca.

— Posso continuar?

Ela fez que sim com a cabeça e tirou meu dedo de seus lábios levando


minha mão sem que percebesse em sua coxa. Deixei ela lá.

— Sei que só tive apenas uma única noite com você, mas acredite,

desde que te vi dançando na pista lá no bar quando eu ainda não sabia que

você era a menina de Dane, eu me interessei por você e nos poucos

momentos que interagimos esse interesse foi aumentando e depois disso, tudo

foi ficando cada vez mais intenso, e não me culpe por querer demostrar o que

sinto. Quando disse que me apaixonei por você eu estava dizendo com toda a

verdade que há em meu coração, Paulina. Preciso que você me entenda, que

compreenda toda essa situação e principalmente que tente entender o cabeção

do Dane.

— Léo... Isso tudo que você disse é muito bonito, vou tentar ser

sincera da mesma maneira que você está sendo comigo. Veja bem, o único

problema aqui é que você só tem certeza daquilo que você sente, não pode

saber o que eu e Dane sentimos realmente em relação a tudo isso. Confesso

que admiro sua consciência perfeita em relação a você mesmo seus

sentimentos e valores, porém sou humana de mais. Vejo problemas de mais

numa relação como a nossa se fosse a frente. A vida é difícil de mais para um

casal, imagine um trio? Sem falar que meu pai nunca aceitaria tal loucura, e

eu não sei se estaria disposta o suficiente para encarar tudo isso.

— Quando a gente ama de verdade, fazemos de tudo para dar certo.

— Sim... Eu sei... Mas você está falando de amor, eu não sei o que

sinto em relação a vocês dois... Para ser sincera admito que algo mudou em

mim após esta noite, e talvez por isso me sinto tão chateada com o fato de

não terem me dito que iriam embora. Poxa, achei que teríamos mais tempo

para nos conhecer melhor e talvez decidir...

— Decidir? Decidir o quê? — Falei não querendo ouvir a resposta

que havia imaginado.

— Ora Léo, já disse não acredito numa relação como você está


propondo, com três pessoas... É errado, e droga eu não deveria me envolver

desse jeito, me deixei levar, achei realmente que podia ser só mais uma

experiência, minha vida andava tão chata.

— Pois então na verdade você que nos usou?

Visivelmente incomodada com minha pergunta se remexeu no banco

e me respondeu:

— Não claro que não, aconteceu e eu... Me deixei ir...

— Então o termo "Usar" só serve quando é em relação dos homens

para com a mulher. Saquei. Você estava com sua vidinha chata e aproveitou

a oportunidade, porém nós não podemos ficar chateados por termos sido para

você só uma experiência. Agora no caso de nós apenas não termos dito que

iríamos viajar simplesmente porque tínhamos medo de perder a oportunidade

da sua companhia ou apenas por tolice, somos hostilizados com o termo que

usamos você.

— Léo você está complicando tudo ...

— Não Paulina, não estou, é você e Dane que estão, eu não. Eu sou o

único que está tentando encarar isso tudo de maneira adulta e coerente. Se

você realmente quisesse ser sincera admitiria que não foi só a nível de

experiência o seu envolvimento com nós dois, que realmente sentiu algo

diferente acontecer entre nós, uma energia inexplicável carnal e emocional.

Foi totalmente recíproco. Vocês dois têm medo, e o medo é inimigo da

felicidade. Nos faz fazer, dizer e agir de modo que nos leva para longe das

nossas verdadeiras vontades. Quantas pessoas passam uma vida inteira

infelizes presa ao medo, ao ego, a covardia de simplesmente não tentar fazer

valer a pena...

Cheguei bem próximo ao rosto dela, já não aguentava tanta distância,

segurei com minhas mãos os dois lados entre seu pescoço e rosto. Olhando

bem dentro de seus olhos tentei mostrar para ela bem mais do que minha


palavras, continuei a dizer:

— Eu quero você, sei que Dane também e com certeza você nos quer

se não, não teria ficado tão zangada com o fato de irmos embora hoje, pois

me parece que no fundo você sabe que não a usamos, o que você não aceitou

bem foi o fato de ter que ficar longe da gente. Shiiiiii eu sei, foi maravilhoso

e queremos mais, eu estava lá eu senti, ainda sinto. Não tenha medo Paulina,

com o tempo tudo se ajeita e quanto ao Dane vou socar a cara dele para ele

aprender a controlar seus sentimentos e aceitá-los principalmente em relação

a você e a nós.

Encostei a minha testa na dela sentido sua respiração acelerar, ela

tentava falar, se mexer mais eu não deixava, comecei a falar enconstando

levemente meus lábios nos dela a cada final de frase, ou palavra.

— Vou te dizer como vai ser, vou te deixar em casa com um turbilhão

de emoções eu sei, mas tente ser paciente, acalma seus pensamentos e tente

também não só enxergar o lado ruim de tudo, pense em quão bom é sentir eu

e Dane te tocando, e em quão loucos ficamos com seu toque, com seus beijos.

Essa dor da saudade e da incerteza que você vai sentir nós também vamos e,

espere porque nós voltaremos e quando voltarmos vamos resolver tudo isso, e

principalmente matar a saudade e acabar com às incertezas.

Tomei loucamente sua boca, invadindo com minha língua, não

deixando espaço para o ar passar. Ela se entregou e passava suas mãos em

minhas costas e ombros, apertando pelo caminho. Paramos eu e ela aspirando

um o ar do outro. E eu disse:

— Então minha princesa, por favor, nos dê a oportunidade de provar a

você que somos verdade e que podemos dar certo, juntos.

— Mas Léo, você não pode falar por Dane.

— Conheço ele melhor do que ele mesmo, sei que ele se apaixonou

por você à primeira vista, eu até disse isso para ele. Mas o problema é que ele


não está sabendo lidar com esse sentimento, tanto que tenho quase certeza

que ele agiu hoje mais cedo daquela forma porque estava com ciúmes. Dane

é um pouco possessivo, e está vivendo uma situação desconhecida,

sentimentos que ele nunca teve, então até ele aprender a lidar com tudo isso

teremos que ter paciência. Mas no final vai dar tudo certo.

— Você é um otimista Léo.

— Não, eu sou realista e principal responsável pela minha felicidade,

e agora que descobri que você é a mulher de nossas vidas é só fazer de tudo

para dar certo. Vamos princesa me diz que vai nos dar um voto de confiança

e esperar nossa missão acabar para nos encontramos novamente e dar início

ao resto de nossas vidas?

— Léo, Léo o que fazer com você, com essa beleza toda, esse

otimismo e esse toque que me deixa louca?

— Simples, me beija princesa.

E naquele beijo percebi que ainda não tinha nada perdido. E que tudo

era mesmo só uma questão de tempo.


Capítulo 25: Amor Paterno.

#nininha

Não tive como resistir. Onde na vida eu conheceria alguém

tão bem resolvido, lindo e gostoso como Léo. Nem parece que é deste

mundo. Ainda estou muito confusa é claro, mas estive pensando em tudo que

Léo me disse e tudo faz sentido. Se há alguma coisa na vida que devemos

fazer é ser feliz, independente de qualquer coisa, claro sem passar por cima

de ninguém, apenas buscar realizar tudo aquilo que nos faz bem, como

dizem "só levamos da vida a vida que a gente leva".

— Nininha, filha, posso entrar?

Me viro na cama e vejo meu pai parado na porta do meu quarto.

— Oi pai, sim entra.

Ele entra e vem em direção a minha cama, senta na beirada e eu me

ajeito me encostando na cabeceira.

— Que foi pai, aconteceu alguma coisa?

— Uê precisa acontecer alguma coisa para um pai conversar com uma

filha?

Nós dois rimos. Respondi:

— Claro que não pai, desculpa, estava com a cabeça longe achei que

poderia não ter visto algo.... Enfim... O que o senhor quer conversar?

— Na verdade sobre isso mesmo, notei que nesta última semana você

está com a cabeça longe, pensativa, às vezes rindo sozinha ou horas se


olhando no espelho. Tenho notado seu semblante diferente, mais ansioso,

livre. E fora esse brilho no olhar, que ontem e hoje está especialmente

reluzente. Eu não entendo meu amor, você sempre conta tudo para seu velho

aqui, por que ainda não me disse que está apaixonada?

Nooossa!! Eu fiquei ali olhando para meu pai sem saber o que dizer e

pensar. Da onde ele tirou isso. Meu Deus! E como eu poderia conversar com

ele sobre o que está acontecendo comigo neste momento. Eu realmente

sempre conversava com ele sobre meus raros encontros amorosos. Mas

agora, com esse rolo entre dois homens!!! Como?? Meu pai jamais vai

aceitar. O que eu faço?? Tô perdida.

— Ei... Nininha querida, cadê você? Aqui quem fala é da terra.

Balanço a cabeça de um lado ao outro para espantar os pensamentos

ao escutar meu pai falar. E tento de alguma forma conversar sobre o que está

acontecendo, é claro, omitindo alguns detalhes. Pois é bem que, às vezes,

precisamos omitir alguns detalhes para evitar grandes problemas de imediato.

— Oi pai, rsrs... Desculpa ando aluada mesmo. Realmente esta

semana tem sido diferente para mim. — Peguei meu travesseiro coloquei em

seu colo e ali me deitei, e como sempre ele começou um cafuné daqueles que

só um pai sabe fazer. Quase me fez ronronar.

— Aaaa pai, se o senhor soubesse como me sinto quando me faz

cafuné.

— O meu amor, seu pai está sempre aqui aguardando você colocar

sua cabecinha em meu colo para um cafuné, você que tem um tempinho sem

me dar o prazer de lhe fazer isso.

Caramba, esse meu pai é sensacional. Mesmo após a morte de minha

mãezinha, ele nunca esmoreceu. Sempre esteve presente, mesmo que não

estivesse presente.

— Pai lembra quando fui ao shopping no início da semana? Então,


conheci um rapaz... E... Nós meio que discutimos...

— Discutiram? Como, por quê?

— Bom, é... Eu estava em uma mesa, daí ele tentou me pedir licença

para sentar comigo, porque a praça de alimentação estava cheia, mas eu não

escutei e quando eu percebi já estava sentado.....

— Sei, aí você já foi logo se armando com cinco pedras na mão.

— Paiiiii.... Isso que o senhor pensa de mim, uma mal educada que

ataca as pessoas?

Meu pai deu um beijo ao lado de minha testa e disse:

— Ok, ok, claro que não querida, você só é um pouco geniosa como

sua mãe.

— Não fala da mãe assim que a imagino uma chata.

— Igual a você?

— Paiiiiiiiiiiiii!

Disse me levantando do seu colo e o encarando de braços cruzados.

Vejo meu pai com uma cara super engraçada rindo de mim, não guentei ri

junto. De repente estávamos ali eu e meu velho rindo já não sabíamos mais

do quê, e ainda guerreando com travesseiros. Segurança, paz, amor,

confiança, sentia tudo isso e muito mais ao lado do meu pai. Paramos

deitados na cama lado a lado, ele puxou uma de minhas mãos entrelaçando na

sua e a levou à boca para um beijo, a colocou em seu peito na altura de seu

coração e, ooohhh como é bom sentir as batidas fortes de seu coração. Ele me

olhou e perguntou:

— E então, quando você o viu sentado em sua mesa você já estava

preparada para guerra, masss deu de cara com um olhar que te encantou, tô

certo?

— Como? Quer dizer, por que você chegou a essa conclusão?

— Fiz a pergunta primeiro.


— Mas...

— Sem mas nem meio mas, é simples Nininha assume e responda.

Me virei olhando nos olhos de meu pai e ele retornava com tanta

ternura, não conseguiria mentir.

— Simmmm... Tá admito que quando encontrei ele me olhando eu

fiquei admirada com tanta beleza, e aqueles olhos azuis que olhos azuis...

— Então ele tem olhos azuis? E além dos olhos ele tem um nome?

— Têm, é Dane, na verdade Daniel.

— Hum... e?

— E? É que ele foi um ogro.

— Antes ou depois de você ser grossa com ele?

— Paiii, de novo? Eu não fui grossa tá, só não ouvi porque estava

lendo, então ele se sentou, e quando fui argumentar o porquê de ele estar

sentado na minha mesa ele me disse:

"Se a senhorita fosse mais educada ou menos surda, ou melhor, se não

estivesse tão mergulhada em sei lá o que, que você está lendo, poderia ter

percebido minha chegada e meu pedido educado para sentar à mesa."

— Bom veja bem meu amor, contando que a mesa não era sua e sim

pública, e se ele disse realmente o que você me disse, acho que a única "falta

de educação" foi uma pessoa estar sentada em um praça de alimentação

lotada e não notar ninguém se aproximando com um pedido de licença para

se sentar.

Me levantei da cama com um olhar frio para meu pai, pensando em

como ele poderia ter pensado assim. E quando eu já ia argumentar soltando

fumaça pelas narinas eis que ele também se levantou e falou primeiro:

— Calminha, deixa eu te explicar uma coisinha. Pequena, você anda

sempre por aí a sós com seus livros, que até em um local lotado você não

consegue se desligar. Provavelmente esse... Daniel né?


— Dane.

— Pois bem, esse "Dane" deve ser um homem esperto, que no meio

de uma multidão com vários tipos de mulheres avistou uma em especial,

VOCÊ, ali linda, sozinha, completamente absorvida em uma leitura, tenho

certeza que ele desejou saber o conteúdo da leitura e da leitora.

Inteligentemente decidiu se sentar ao seu lado e te conhecer, já que o rapaz

deve ser bem confiante para testar um flerte com uma mulher totalmente

desinteressada. Mas como te conheço bem você nem deu bola e pelo que ele

disse, nem o escutou. Porém, confiante do jeito que esse...

— Dane.

— É, esse Dane deve ser, com esses olhos azuis, muito confiante

mesmo, porque insistiu e se sentou e com certeza deve ter ficado ali

admirando sua beleza enquanto você estava em outra dimensão, dali em

diante, pressinto que ele percebeu a jóia rara que você é, até você o perceber

e sem saber lidar com tal olhos azuis e o resto do conjunto, acabou sendo um

pouco ríspida com ele. Tô certo?

— Sim. Quer dizer... Não pai. É tô confusa.

Voltei para cama sentei e meu pai ao meu lado passou um braço sobre

meus ombros me aconchegando nele.

— Ora querida, isso é normal, flertar, namorar, já disse que você

deveria fazer isso mais vezes. Porém, vejo que este "Dane" te fisgou né.

Bom e aí depois da mesa, acredito que você deve ter se levantado em algum

momento talvez para fugir do invasor, o que aconteceu?

— Pai o senhor me conhece bem, né... Eu me levantei e saí... Depois

encontrei com ele novamente e... É... Ele... E, eu... Enfim, nós nos beijamos,

ele me beijou e foi legal.

— Hum, foi só legal? Só isso?

— Aff! Pai, tem coisas que não precisamos falar, digamos que foi


inesperado e maravilhoso.

— Inesperado é bom. Ok, então vocês se beijaram e foi maravilhoso e

saíram durante a semana para se conhecer melhor?

— Na verdade nos encontramos no Balacobaco's por acaso e saímos.

— E que carinha é essa, não foi bom?

— O quê? Ah!! Sim foi... (Como falar sobre isso com meu pai) muito

bom pai... Nós curtimos bastante e ele é um cara além de lindo, educado e

atencioso.

— Humhum! Então por que vejo confusão em seus olhos?

— Poxa pai o senhor não facilita? Aff!

— Não estou aqui para facilitar, sim orientar.

Bufei alto e me joguei na cama com o braço sobre os olhos. Senti meu

pai dar leves tapinhas em minhas pernas dizendo.

— Vamos Nininha, diga logo, eu sei que tem mais caroço nesse angu.

Conte, sou todo ouvidos.

— Merda pai... Ops! Desculpinha. Ele tem um amigo, um grande

amigo, quase um irmão, lindo e tão maravilhoso quanto Dane. Engraçado,

bronzeado, forte...

— Tá já entendi, e o nome dele.

— Léo, Leonardo.

— E o quê que tem esse "Léo bronzeado" a ver com você?

Sentei na cama com as pernas cruzadas e encarando meu pai decidi

que se ele queria mesmo saber eu ia contar tudo, quase tudo.

— Eu também me senti atraída por ele e foi recíproco, e nós

dançamos e tudo ficou mais louco.

— E o amigo dele, "Dane", onde estava? Você estava acompanhada

por ele não é, como ele ficou vendo você e o amigo dançando, e pelo visto

flertando.


Eita é agora!

— Ele... Veio e dançou junto conosco e... Foi perfeito.

Meu pai levantou da cama me olhando, o rosto sem cor. E fazendo um

esforço visível para se acalmar me.perguntou.

— Como assim Nininha, " vocês dançaram juntos os três e foi

maravilhoso" explique melhor.

— Pai na boa, eu estava quieta na minha e o senhor veio aqui cheio de

vontade de saber sobre a minha vida, então é isso, o senhor entendeu o que eu

quis dizer. Não estou pedindo que ache bonito, mas quem perguntou foi o

senhor e eu respondi pronto.

Meu pai andou de um lado para outro no meu quarto. Eu já estava

esperando uma tempestade.

— Você ficou com os dois, saiu com os dois e.... Bem, se sabe você...

— Pai chega, ok. Melhor parar por aqui. O senhor é um ótimo pai,

mas não dá para querer me ajudar em tudo, não sei onde eu estava com a

cabeça para deixar chegar a esse ponto nossa conversa. É melhor o senhor

sair, pode deixar que sei me cuidar e vou resolver isso sozinha.

Fui até a porta esperando que ele saísse. Mas ele não demonstrou que

sairia, pelo contrário retrucou o que disse.

— Olha aqui Nininha, eu não posso lhe ajudar em tudo, mas eu vou

querer sempre tentar. Eu sei que mesmo com minhas conversas e meus

conselhos a decisão final sempre será sua, e se há no mundo algo que acredito

é que posso não ter te dado tudo de material nessa vida, mas educação tenho

certeza que sim. Por isso acredito nas tuas decisões, pois você às toma com

base nos pilares que te ensinei. Tuas certezas, decisões e opiniões podem ser

contrárias às minhas, porém acredito em você e estarei com você sempre.

Mas para isso preciso saber o que acontece contigo meu amor, posso me

assustar, mas juro que darei o meu jeito, de olhar com teus olhos para


compreender melhor.

Ali de pé olhando com olhos marejados para o homem mais

importante da minha vida, sem reação, continuei escutando o que me dizia,

enquanto me puxava para um abraço apertado.

— Vem cá amor, desculpa se minha primeira reação te assustou, não

queria isso, só que sinceramente não esperava isso de você. Mas como disse

antes acredito em ti, se isso aconteceu desta maneira tenho certeza que não

foi fogo de palha, você deve ter se envolvido emocionalmente com os dois.

Só tenho medo que se magoe, caminho árduo esse minha filha. Tente pelo

menos ter certeza de tudo antes de qualquer decisão e pense em você, sempre

em você. E por favor amor, tenha certeza que ele ou eles sejam merecedores

de qualquer sentimento seu.

— Oooooo paizinho, te amo tanto.

— Eu também amor, eu também. Amo tanto que dói. Não se esqueça,

eu sempre estarei ao seu lado em todas às escolhas, certas ou erradas e

mesmo contrárias às minhas. Te amo! Só quero te ver feliz, sempre.

Ficamos ali abraçados por alguns minutos quando me lembrei

daqueles dois, e me bateu uma saudade. Me sentia segura nos braços do meu

pai, mas também me sentia assim nos braços de Dane e Léo.

— Pai?

— Oi?

— Eles são Policiais Federais.

— Como? Policiais minha filha, dois, logo você que reclama tanto

dessa profissão?

Tive que rir. E novamente estávamos rindo juntos.

— Pois é pai, só para ficar mais emocionante. E falando em

emocionante, nós brigamos hoje.

— Como assim, os três, minha filha, ai ai ai muitas brigas nessa


história.

— Calma pai, é que, é tudo muito novo para os três, existe muito

sentimento envolvido e muita coisa para decidir e sei lá aconteceu. E para

piorar eles vão viajar hoje à noite para fronteira...

— Eles trabalham na fronteira?? Em que estado??

— Sei lá, acho que Amazonas. Eles não tinham me dito antes porque

não acharam necessário e eu fiquei muito chateada.

— E aí pegou suas pedras que carrega na bolsa e tacou neles? Você

deve ter achado que eles haviam te usado quando eles na verdade

provavelmente queriam mais tempo com você.

— Pai como você sabe tudo?

— Já vivi para ver e viver muita coisa meu amor. Agora me responde

você acha mesmo que foi isso, você ainda está com raiva deles por isso?

— Não estou mais brava, na verdade acho mesmo que eles só queriam

ganhar tempo comigo, mas brigamos e ponto.

— Deixa de ser boba, pelo que vejo você gosta deles e está chateada

só porque eles vão para longe de você. Fala sério, você quer realmente que

eles viagem com a imagem de você brigando.

— Verdade pai.

— Pois então, lembra do que te ensinei? Nunca vá para cama dormir

estando brigado com alguém. Nunca sabemos quanto tempo ainda temos com

esta pessoa. Ainda mais quando gostamos desse alguém. Anda, tá esperando

o quê?

— Esperando?

— É, tá esperando o que para ir lá e dar uma imagem melhor sua, do

que uma garota brigona para eles lembrarem enquanto estiverem

trabalhando. Pense bem.

— Nossa pai você está certo. É melhor eles viajarem pelo menos


sabendo que eu entendi e não estou chateada e que vou sentir falta deles,

quem sabe com isso eles voltam mais cedo.

— Uhumm.

— Pai você é o melhor.

— Eu sou o melhor para você. Só para lembrar, você disse que eu

também fui policial e tenho uma arma, e que já matei dois com um tiro só?

— Hahaha, só que o senhor foi policial.

Meu pai saiu sorrindo do meu quarto, mas sei que no fundo deve ter

ficado cheio de pensamentos confusos. E eu fui me arrumar, pois eu ia

deixar uma imagem bem melhor para aqueles dois gostosos lembrarem de

mim. Aí meu santíssimo das gulosas por dois e ainda brigona, me ajuda!


Capítulo 26: Sua Nininha.

Enquanto Léo levou Nininha para casa, Dane ficou no

apartamento pensando em suas mazelas. Se preparava para receber Léo que

com certeza viria cheio de historinha pro lado dele. Dane pensava em como

ele pôde estragar tudo. Terminando de arrumar suas coisas não conseguia

tirar os pensamentos de Nininha, pensava como seria difícil sair fora desse

triângulo, porque era isso que ele estava querendo fazer. Deixar Léo e ela

sozinhos, sem ele.

— Merda, mil vezes merda.

Dane disse tacando uma long neck de cerveja na parede do quarto.

Sentou na cama com as mãos na cabeça e permaneceu ali lutando com tantos

pensamentos fermentando nela.

— Dane? Dane? Daniel, porra cadê você?

Dane levantou a cabeça e gritou para o amigo:

— No quarto.

Léo chegou na porta e viu Dane sentado na cama com a cabeça nas

mãos. Na hora baixou sua bola, a intenção era de ele enfiar um soco na cara

do amigo, mas percebeu que o jeito que ele estava já era bom o suficiente,

talvez agora ele entenda a merda que fez.

— Que foi, pensando na merda que fez?

— Se fude, Léo.

Dane levantou e foi catar os cacos do chão. Enquanto isso Léo se


sentava na poltrona próximo a cama e ficou em silêncio assistindo o que

Dane fazia. Dane por sua vez estava se incomodando com o silêncio do

amigo e sua cara de cínico filmando seus movimentos. Se virou para Léo e

disse puto:

— Qual foi Léo, vai ficar aí olhando, porra? Não tem suas coisas para

arrumar, só temos mais umas 6 horas para ir, graças a Deus que marcamos o

vôo para madrugada.

— As minhas coisas já estão arrumadas. E vou ficar aqui olhando a

sua cara, pra tentar entender por que você prefere resolver as coisas desse

jeito, metendo os pés pelas mãos e estragando tudo, pra depois fica aí

quebrando coisas ao invés de tentar concertar.

— Caralho Léo sério dá para você sair do meu quarto, não tô a fim de

conversa.

— Sério mesmo? Você não está nem curioso para saber da Paulina?

Dane entrou no banheiro para jogar os cacos no lixo, lavou a mão e

voltou para o quarto.

— Ok Léo, você não vai sair daqui enquanto nós não conversarmos.

Olha aqui, eu tô de boa tá, não sei o que vai ser de vocês, mas eu tô fora. Isso

não é para mim, eu... Não quero... Vocês podem fazer o que vocês quiserem.

Léo levantou da cama forçando uma risada e gesticulando falou:

— Olha pra você, você realmente acredita no que tá falando? Seu

cagão, otário, deixa de ser idiota, deixa de ser fraco. Você errou beleza, mas

não precisa fazer esse drama todo dizendo que não quer mais. E outra se você

não quisesse mais, para quê aquele beijo de desentupidor de pia que deu na

Paulina antes dela ir embora?

Dane chegou bem próximo ao Léo o encarando e com sorriso bem

debochado disse:

— Que foi Léo? Tá com ciúmes, é só você que pode roubar beijo


dela?

Léo se esquivou dele batendo ombros. Ainda evitando um embate se

virou e respondeu:

— Nada disso meu caro, eu não tenho e nunca vou ter ciúmes de você

com ela, já você fez aquela cagada toda porque nos viu beijando na cozinha.

Não é verdade? Você está confuso, tenho certeza, não está sabendo lidar com

esses novos sentimentos. Isso é normal, você vai ter que aprender.

— Aprender? Não quero mais, já disse.

— Ahhh meu brother você quer, só não quer assumir, foge do amor

como foge dos traficantes.

— Eu não fujo dos bandidos, você sabe que não.

— Verdade, você só foge do amor e de ser amado.

Dane chegou bem perto do Léo de novo apontou o dedo para ele.

— Cara você é um viadinho, como você pode falar em amor se esteve

com ela só por algumas horas. E por que acha que eu sinto isso, quer saber

Léo, já deu essa merda toda, sai do meu quarto. Além do mas você com

certeza deve ter se acertado com ela, pelo tempo que demorou na rua.

Léo estava tentando se controlar pois sabia que seu amigo estava

puxando briga, se bem que umas porradas cairiam bem. Não tinha sangue de

barata.

— Dane tira esse dedo da minha cara. E quanto ao que você falou,

verdade nós nos entendemos, fiz ela ver que estava fazendo uma tempestade

num copo d'água. Eu, como ela, queremos fazer dar certo entre nós três.

— Haha não existe nós três, quando só vocês dois resolvem as coisas.

— Nós três poderíamos ter resolvido isso juntos, se não fosse seu

jeitinho peculiar e explosivo de lidar com a situação. Idiota.

— Foda-se Léo.

— Foda-se você brother.


Os dois ficaram se encarando o clima estava ficando pesado, Léo já

não estava tão paciente como antes e já queria mesmo um bom mano a mano.

— Léo não quero brigar com você valeu. Vamos parar por aqui.

Tenho que limpar minha cabeça disso tudo, para me concentrar no serviço

que vamos fazer. Além do mas, mesmo que eu quisesse acho que ela não me

daria bola.

— Seu merda você só pensa no trabalho. Você nunca vai saber se ela

vai te dar bola ou não se não tentar, vê se consegue, pelo menos um

pouquinho, baixar suas armas e se entregar pra algo que pode mudar sua vida.

Está na hora Dane, essa é uma oportunidade única, essa é a mulher feita para

nós, deixa de ser frouxo e encare de frente seu covarde.

Léo terminou a frase puto e deu um empurrão no Dane, e era só o que

Dane queria. Ele voltou com tudo com o punho fechado para a cara de Léo.

Ele conseguiu se esquivar e também tentou depositar seu punho, mas também

não conseguiu. Os dois se embolaram em uma luta que mais parecia luta

livre, os dois eram muito bons nisso. Se xingavam e se batiam na mesma

proporção.

— O quê que é isso??? Parem vocês dois... Agora ... Parem.

Os dois se assustaram, olharam para a porta do quarto e encontraram a

razão de tudo. Léo estava dando um mata Leão em Dane, Nininha ficou

apavorada com a cena, mas se meteu no meio para afasta-los. Conseguindo o

afastamento deles ela ficou no meio encarando um a um.

— Como você entrou? — Eles perguntaram.

— Alguém deixou a porta do apartamento aberta, e o que vocês

pensam que estão fazendo, sinceramente espero que eu não seja o motivo

disso tudo. Eu não quero, jamais, ver vocês brigando, ainda mais por mim.

Os dois estavam ofegantes e desalinhados olhando para ela.

Léo se aproximou dela e como se não estivesse acontecido tudo aquilo a


abraçou dizendo:

— Que bom que você veio minha princesa, sabia que você não

desistiria da gente, estou surpreso em te ver aqui tão de pressa. Aconteceu

alguma coisa?

— Sim aconteceu, aconteceu que eu entendi tudo e quis vir aqui para

tentar manter as coisas numa boa entre nós.

Nininha deu um beijo leve em Léo e se virou para Dane que estava a

olhando. Mas ele foi logo se virando de costas e andando para o outro lado do

quarto. Sem coragem de continuar olhando nos olhos dela, ele tinha medo do

que ela poderia dizer. Apesar dele já ter desistido dela, ele não queria ouvir

da sua boca que não o queria mais e ficaria só com Léo. Nininha suspirou

tristemente com a reação de Dane, mas dai sentiu a quentura do corpo de Léo

que se acomodou em suas costas, entrelaçando seus braços em sua cintura.

Sua tristeza foi embora ficando apenas a vontade de resolver as coisas com

eles, com Dane o cabeça dura principalmente. Léo beijou seu pescoço e ela se

derreteu em seus braços. Disse Léo no pé do seu ouvido:

— Minha princesa, não pense em desistir já disse ele não está sabendo

lidar, tenho certeza que está louco pra beijar sua boca, mas é muito teimoso

pra assumir.

Nininha suspirou e se virou para Léo o beijando na bochecha e

falando:

— Você é incrível, eu acredito mais em você do quê em nós três

juntos, porém não vou ser a culpada por nem se quer tentar. Eu quero, quero

vocês dois. Vou fazer de tudo para que dê certo, e para começar será que

você se incomodaria de me deixar a sós com Dane?

— Claro que não. Estarei em meu quarto, mas por favor não vai

embora antes de falar comigo.

Léo lhe deu um pequeno beijo nos lábios e se retirou. Nininha se


voltou para onde Dane estava e seguiu em sua direção um pouco insegura,

mas com a certeza do que queria.

— Dane?

— Que foi Paulina, pode ir com Léo eu não ligo.

— Sei sim, imagine se ligasse. Olha aqui seu ogro eu vim aqui para

conversar com você e é o que vou fazer, mesmo que eu tenha que amarrar

você com as fitas das minhas sandálias, no pé da sua cama.

Dane virou a olhando com um sorriso de canto e foi se esgueirando

para mais próximo dela.

— Então você vai me amarrar com essa fita aí da sua sandália? Me

responda, como você supõe que vai fazer isso?

Nininha perdeu completamente a noção de tempo e espaço com o

toque da mão de Dane em seu braço a segurando firme fazendo-a balançar.

Já queria que ele a jogasse na cama e a fizesse gemer com aquelas mãos e

dedos maravilhosos.

Tentou com muita força voltar ao estado inicial de sua conversa porque não

queria iniciar um ciclo de brigas que só se resolvem com sexo.

— Dane, sei que não vai ser preciso te amarrar, sei que você vai

escutar o que tenho a dizer e tentar entender tudo de uma maneira civilizada.

Dane retirou sua mão do braço dela se afastando um pouco e quase

gritando disse:

— Merda o que você quer Paulina, diante de tudo que já falamos,

sentimos, o que você quer mais? Eu não sou o Léo, um ser completamente

evoluído e amável fácil de lidar. Sou um .... Ogro como você bem diz, não sei

lidar com praticamente nada nessa vida a não ser meu trabalho. E se quer

saber, dificilmente sairia com uma mulher sozinho sem compartilhar com

Léo, acho que justamente para não ter que lidar com nenhum tipo de rejeição

ou sentimentos que pudessem surgir.


Como fazer esse imbecil entender que com eles foi diferente? Pensava

ela.

— Sabe Dane, quando eu encontrei seu olhar na mesa naquela praça

de alimentação, eu vi um homem lindo sim, mas vi também um cara seguro

de si e nesse momento você está deixando a desejar. Não estou aqui e nunca

vou estar para me rastejar por migalhas de atenção e principalmente de amor.

Eu sei que essa situação é única e intimidante, mas eu parei para pensar e vi

que Léo está certo. Vê se resolve suas preocupações e evolui rápido, pois

esse tipo de relacionamento já é muito complicado, ainda mais quando uma

das partes tem problemas em lidar com sentimentos. Você já é um homem

feito Dane, um cara apaixonante, eu me encantei por você. Eu quero você e

também quero o Léo. Não sabia que seria possível querer duas pessoas assim

e não sei se vai dar certo, e também não sei como, mas quero fazer com que

dê certo. Aliás você já parou para pensar em como eu estou me sentindo

diante de tudo isso? Estou uma pilha de nervos, mas por Deus Dane eu não

vou deixar aquela noite de ontem cair no esquecimento. Admita, eu sei, é

difícil, pra mim também foi, mas admita, ontem foi diferente, não foi?

Terminando de falar ela foi para cima dele fazendo-o recuar e

encostar na parede. Tamanha era a energia que ela gastava tentando mostrar

para ele o quanto tudo isso era real.

Dane a ouvia, e a cada palavra se sentia aliviado porque ela fazia questão de

dizer que o queria também. Ele estava se vendo como um idiota mesmo, ele

sabia o que sentia, mas tinha medo. Ele sentiu seu coração queimar ao

imaginar que ele podia estar fazendo a maior burrada da vida dele. Estava

apaixonado por ela, estava puto porque tinha que ir para o outro lado do país

longe dela, tão cedo e tão pouco tempo, e eles disperdisando momentos

inesquecíveis porque ele era um cabeça dura. Léo sempre foi o mais centrado

dos dois, sempre bem resolvido sobre qualquer situação. Seu amigo estava


certo, eles podiam tentar. Ele tentaria derrubar todos os muros que sua mente

construiu para fazer os dois felizes e assim ele estaria também.

A quentura do corpo dela estava invadindo sua pele, seu cheiro era

praticamente 99% do ar que ele estava respirando, o sabor de sua língua veio

a memória o que o fez salivar e já não conseguindo pensar em mais nada, a

não ser se tornar escravo dessa paixão, puxou Nininha bem próximo a ele,

virou-a e a encostou na parede, face contra face. Suas respirações se tornaram

mais forte. Enquanto Dane descia uma mão por baixo de um joelho dela e o

levantava para um melhor encaixe, ela subia suas mãos por aquelas costas

largas nuas até seus cabelos da nuca afundando seus dedos puxando contra

ela.

— Sim Paulina, foi diferente, ontem à noite foi a melhor da minha

vida, eu não vou deixar, eu não quero deixar isso se acabar. Mas vou precisar

da ajuda, da paciência de vocês. Promete que vai ser paciente, promete? Eu

te quero, tanto. Eu sofri quando você foi embora, eu sofri quando você disse

que não era minha menina. Eu sofri cada minuto que Léo demorou na rua

quando foi te levar, e sofri mais ainda quando ele voltou e vi em seu

semblante que tinha ficado tudo bem entre vocês e eu tinha ficado de fora. Eu

não sou tão confiante e seguro quanto as pessoas pensam, preciso trabalhar

esse meu lado, juro que vou fazer o possível, eu tô apaixonado por você

Paulina te quero pra mim, pra nós. Seja minha novamente?

O mundo parou, as paredes do quarto estavam saindo fumaça, os

corpos entrosados se moviam lentamente em reconhecimento. Ao terminar de

falar Dane aguardou ansioso uma resposta dela. E ela lhe deu:

— Me beija seu ogro idiota.

Assim foi. Dane tomou sua boca deliciosamente, tomando seu ar, se

alimentando de sua excitação. Sentia o corpo dela derretendo em suas mãos,

endoidava com aqueles quadris rebolativos na altura de sua ereção. Beijava e


mordiscava toda sua boca indo até suas orelhas. Se amassaram durante

alguns minutos, até que Dane parou, tirou o cabelo do rosto dela e a lembrou:

— Bom, agora que nos entendemos, precisamos resolver outra

coisinha.

Ofegante Nininha abriu os olhos e sem entender muito bem disse:

— Que coisinha é essa?

— Ah, você não se lembra?

— Não faço a mínima ideia do que está falando.

— Hum, interessante.

— Fala logo! — Ela deu uns tapinhas nas costas dele.

— Ei não se complique ainda mais mocinha, você ainda tem que lidar

com o NÃO SOU MAIS SUA MENINA que disse mais cedo.

— Você só pode estar de sacanagem.

— Não estou, eu disse que você ia se arrepender.

— Hahaha brincadeira né, eu falei isso quando estávamos brigados.

Depositando chupões em seu pescoço Dane respondeu:

— Não importa, nunca mais diga para mim que não é minha menina,

você é e sempre será MINHA MENINA.

— E o que você pensa que vai fazer?

— Primeiro... – Ele agarrou ela por baixo de suas pernas e levantou

no colo. — Vamos nos juntar com Léo e depois... — Ele foi desatando às

fitas de suas sandálias. — Eu gostei muito dá ideia de amarração com as fitas

de sua sandália, acho que vou usa-las em seu castigo.

— Castigo? Você é louco, me solta Dane não gosto desse tipo de

brincadeira. — Dane deu lhe um tapa na bunda. — Aiiiiii, minha bunda! Seu

ogro!

— Shiiiiii!

Dane carregou sua menina pelo corredor até o quarto de Léo. Entrou


sem bater e encontrou o amigo deitado na cama só de box. Riu ao pensar que

o safado provavelmente ouviu tudo e já sabia no que ia dar.

— E aí irmão, saudades da tua princesa? Nós não poderíamos

comemorar às pazes sem estar os três juntos. — Disse Dane balançando

Nininha no ombro.

— Já era hora, estou louco para fazer às pazes, às vezes uma

briguinha cai bem.

— Mas primeiro tenho que fazer ela engolir aquele "não" que me

disse hoje antes de ir embora.

Léo se levantou da cama e foi pegar sua princesa dos braços de Dane.

— Léo ele quer me castigar por ter dito que não era mais a menina

dele, só que eu disse isso quando eu estava nervosa com a palhaçada que ele

tinha feito, não é justo.

Os dois olhavam para ela encantados com os olhinhos do gato de

botas que fazia.

— Ponto dela brother.

— O quê? E se fosse com você, se ela tivesse dito que não era mais a

sua princesa como seria?

— Eu faria ela engulir essas palavras.

— Ponto meu então. — Disse Dane olhando para ela.

Nininha riu olhando de um para outro e perguntou:

— Vocês estão brincando comigo né?

— Não, não estamos. — Os dois responderam em uníssono.

— Hããã!!! Tá legal, o que vocês pensam que vão fazer comigo?

— Bom eu vou ficar aqui de boa e deixar Dane no controle, afinal foi

com ele que você foi malcriada. — Falou Léo e continuou a dizer próximo ao

seu ouvido — ...Mas não se preocupe porque eu vou entrar em ação a

qualquer momento.


Dane não deu tempo para que ela pudesse falar qualquer coisa e a

beijou loucamente. Depois a sentou na cama e começou a retirar suas

sandálias e as fitas que amarravam.

Subiu em seu corpo a tocando em todas as partes e aproveitando retirava

suas peças de roupa uma a uma. Nininha estava agoniada. Toda vez que ela

queria se mexer, falar, ele a tomava em beijos sufocantes deixando-a tonta o

suficiente para parar de lutar. Cansada e cheia de tesão se entregou para o

que ele quisesse fazer com ela. Não tinha medo do que ele fosse fazer, no

fundo sabia que ia ser algo prazeroso, mas o desconhecido a deixava inquieta

e isso ela não conseguia controlar.

Nua e pegando fogo, olhou para Dane que estava com o rosto cheio

de desejo, virando para o lado viu Léo se masturbando enquanto observava

seu corpo nu e o que as mãos de Dane fazia com ela. Aquilo a fez ficar ainda

mais excitada. Decidiu que eles até podiam fazer o que quisessem com ela,

mas não facilitaria as coisas. Começou a se debater e empurrar Dane com seu

corpo. Com suas pernas tentava prender Dane no lugar tentando limitar seus

movimentos.

— Sua menina curte uma boa luta, brother, acho que vai dar ruim pra

você aí, quer ajuda? Afinal sabemos que você manda mau no mano a mano.

— Debochou Léo.

— Cala boca viadinho. Quero ver se ela vai conseguir lutar com os

braços amarrados.

O clima no quarto ficou diferente, Nininha arregalou os olhos e

acalmou seus movimentos. Viu nos olhos de Dane fogo queimando e quando

encontrou os de Léo viu o mesmo tom de vermelho. Pensou "fudeuuu" agora

tô ferrada.

— Dane... Você não pode me amarrar...

Ele a cortou com um beijo e foi dizendo:


— Você está dizendo muitos nãos para mim isso me deixa muito

nervoso minha vontade e dar uns tapas nessa bunda gostosa deixando bem

vermelha no tom que eu gosto.

Ele suspendeu os braços dela, roçando em seu corpo e ainda susurrou

para ela:

— Confia em mim MINHA menina, porque você é minha, porque

você quer ser minha, e porque você sabe, sente que eu não seria capaz de

fazer mal a você. Tenho certeza de que vai adorar o que tenho em mente.

— Aiiiiii Dane você me tira do sério.

— Eu sei, isso é bom. — Ele foi entrelaçando as fitas em seus pulsos

e os levando para cabeceira da cama. Pensou, que bom que estavam no quarto

de Léo porque sua cabeceira tem um design que da para amarrar as fitas.

Pediu a ela que ficasse de bruços, ela estremeceu no tom de voz dele, e ao

mesmo tempo seu corpo se arrepiou todo em antecipação.

Ela se colocou do jeitinho que ele pediu, ainda fez charminho. Dane

chamou o amigo e pediu que ele se sentasse de frente para ela e nu. Nininha

sorriu safada, Léo se posicionou completamente entregue à "brincadeira".

Dane amarrou as fitas de cada pulso dela na cabeceira com Léo no meio, fez

com que ela ficasse numa meia posição de quatro. Léo aproveitou e a tomou

em um beijo gostoso apalpando seus seios que estavam pendurados a sua

disposição. Ela gemia em sua boca, e sentindo a presença de Dane atrás dela

remexia o bumbum.

Dane retirou sua roupa assistindo a volupiosidade daquela mulher.

Estava completamente excitado queria tê-la logo. Pegou na gaveta de Léo um

lubrificante e as camisinhas jogou perto dela para que ela visse o que era, se

colocou ao lado do seu corpo, percebeu que ela viu o lubrificante e se

assustou um pouco, mas ele a olhou pedindo confiança em seu olhar.

Ele via o quão perfeito era o entendimento entre eles, queria mais


tempo com ela. Mas só tinha mais algumas horas. Pôs uma de suas mãos nos

cabelos dela puxando em um rabo de cavalo e disse:

— Empina essa bunda Paulina.

— O que você vai fazer?

— Aiiiiii...

— Empina...

— Aiiiiii... Dane isso arde.

Mesmo sentido sua poupança arder empinou, a quentura na sua pele

foi se alastrando por todo seu corpo. Quando Dane lhe batia de novo e

puxava seu cabelo para trás olhava para Léo que acariciava seu rosto com

uma mistura de tesão, admiração e luxúria. Começou a cada tapa recebido

enconstar seu rosto no peitoral de Léo, seus punhos presos limitando seus

movimentos, só podia sentir as coisas através da boca, como um recém

nascido que não controla seus movimentos. E com a boca aberta em gemidos

e pequenos gritos lambia Léo levando sua língua aquela erecão magnífica

dele. Além dos tapas em sua bunda Dane começou a controlar seus

movimentos da cabeça fazendo-a foder com a boca o pau de Léo. Ouvia seus

suspiros, os gemidos de Léo e as palavras desconcertantes que Dane dizia. E

queria mais, empurrava às nádegas nas mãos dele e levava Léo até engasgar.

Adorando, adorada. Que loucura mais gostosa.

— Vamos Paulina o que você é de Léo?

— Não... Paulina não, me chamem de Nininha... Por favor.

— Ok, Nininha diz o que você é para Léo?

— Eu sou sua prin ce sa ...

— Entendi, e o que você é minha Nininha?

— Aiií Dane, eu sou SU A ME NI NA.

— Boa garota!

Dane acariciou o bumbum torturado e beijou suas costas lambendo as


gotas de seu suor. Passou um pouco de lubrificante nos dedos e levou-os ao

seu ânus, ela se debateu um pouco, Léo pediu que ficasse calma que

precisava relaxar, pois num relacionamento com eles uma hora os dois a

tomariam juntos, era melhor começar abrir caminho. Foi quando após

algumas carícias Dane introduziu a ponta do dedo.

— Aí isso arde, um pouco.

— Eu sei amor, relaxa no final você estará implorando por mais ... —

Sussurrava Dane.

Léo desamarrou as fitas da cabeceira e foi se colocando por baixo do

corpo dela. Ela o abraçou, enquanto ele direcionava em sua entrada da frente,

Dane fazia movimentos enlouquecedores com seu dedo dentro dela, ela já

não sentia tanta dor e se arreganhou em cima de Léo o recebendo todo, o que

facilitou que Dane entrasse com o dedo inteiro em seu orifício apertado, ela

gritou alto recebendo gemidos em troca. Os três se movimentavam e Nininha

encontrou seu prazer rapidamente, tanta tortura valeu apena.

— Viu minha menina, como é bom. Agora imagina se em vez do

dedo fosse eu dentro de você a tomando junto com Léo ao mesmo tempo. —

Ao dizer isso Nininha se partiu de novo em vários pedacinhos levando um

Léo muito louco atrás dela.

— Puta merda brother, a cada vez nos superamos. Nininha sua

gostosa como vou conseguir ficar longe de você, hein?

— Não fique! — Respondeu ela dando vários beijos nele.

Dane já estava com a camisinha e disse:

— Vamos Nininha sai logo de cima dele e vem aqui na beira da cama

quero te comer de quatro, se demorar muito como sua bunda gostosa. Ela já

tá bem molhadinha e eu tô louco pra provar esse buraquinho apertado.

— Saiiií Léoooo... – Disse ela desesperada.

Léo se retirou dela. Os três sorriram e ela correu para se posicionar


como Dane pediu.

— Vem MEU Dane, por enquanto me tome como você quiser, mas

pela frente por favor.

— Safada... — Ele agarrou nos seus cabelos e se encaixando disse. —

Então toma gostosa, nossa gulosa, nossa dengosa, vem e rebola no meu pau.


Capítulo 27: Boa Viagem.

Enfim, é isso... Espero que façam uma boa viagem. Disse

Nininha olhando de um para o outro no saguão de embarque do aeroporto.

Qualquer um notava o brilho no olhar deles. Os três ali no meio de

um saguão lotado, perdidos numa dança de olhares, cheios de esperança e

vontades, e com um sorriso em cada face como se estivessem encontrado o

pote de ouro no final do arco íris.

Após um fim de semana a flor da pele, onde vários sentimentos

vieram à tona, Nininha não conseguia se limitar em apenas desejar uma boa

viagem. Ela queria mesmo abraça-los e beija-los, mas se continha, pois não

sabia como agir com eles em público. Isso a incomodou um pouco, não saber

lidar com a situação, não saber como vai ser daqui para frente.

Do outro lado, tanto Dane quanto Léo também estavam confusos.

Geralmente compartilhavam mulheres na cama, nunca tiveram ou quiseram

manter um relacionamento a três. Tudo Sempre foi muito carnal para eles,

nada com sentimento apenas uma dose de respeito e amizade. A única vez em

que eles se envolveram um pouco mais além da cama foi com uma mulher

chamada Sabrina. Linda, gostosa porém extremamente louca.

Quando a conheceram ficaram fascinados com tamanha

espontaneidade, confiança e um corpão espetacular. Logo os dois a

convenceram de ficar com eles, viviam em farras sem limites. Foram dias e

noites alucinantes ao lado dela, até que Léo percebeu algumas atitudes

estranhas nela. Gostava muito de jogar com as pessoas, fazer das pessoas

marionetes. Começou também a cobrar dos dois como se houvesse um

relacionamento real entre eles a não ser apenas curtição. Sufocando os dois


tentando até provocar ciúmes e brigas entre eles apenas para mostrar para ela

mesma o quanto era "poderosa".

Léo como sempre o mais sensível, chamou Dane para conversar

fazendo-o entender qual era a dela. Então se afastaram. Sabrina detestou ser

posta de lado e tentou infernizar a vida dos meninos, mas eles foram salvos

pelo trabalho, viajaram a serviço para bem longe dela e logo foi deixada para

trás.

Com Nininha era diferente, existia toda uma preocupação, um querer,

uma vontade de se enrolar ao corpo dela, de conversar, de viajar, de ver

filmes, de fazer coisas banais como qualquer casal apaixonado. Eles teriam

que pensar em como vai ser para manter um relacionamento diferente como

esse.

— Eu sempre volto para o trabalho cheio de vontade de fazer e

acontecer, essa é a primeira vez que eu não tô nem um pouco empolgado para

o serviço. Não quero deixar você Nininha, na verdade queria ter mais tempo

com você e... Me desculpe por ter sido um idiota. — Falou Dane.

Nininha se aproximou dele o abraçando, inclinou a cabeça para olhar

no seu rosto e disse:

— Será que nosso momento no apartamento antes de vir ao aeroporto

não foi suficiente para te mostrar que está desculpado?

Dane sorriu e lhe deu um beijo na testa deixando-a embriagada com

tamanho carinho.

Léo logo pegou em sua mão e disse:

— Engraçado ele dizer que teve pouco tempo com você, quando ele

foi muito mais sortudo em ter te conhecido primeiro. Quanto a mim só tive a

oportunidade de um fim de semana.

— Aaaaa, Léo não reclame, tenho certeza que mesmo sendo apenas

um fim de semana tivemos momentos inesquecíveis também. A pobre coitada


sou eu, que tive tudo e agora vou ficar com nada. Vocês tem um ao outro, e

eu? Só as lembranças dos dias mais maravilhosos da minha vida, vocês são

especiais.

— Para com essa merda vocês dois, parecem que não vão se ver

nunca mais. — Disse Dane irritado querendo esconder suas emoções. — São

só alguns meses, isso só porque realmente precisamos ir, se não, nenhum dos

dois iria e tem mais você senhorita pode ir nos visitar... Aliás logo quando

chegarmos vou agendar sua passagem.

— Boa brother... — Disse Léo puxando Nininha de Dane colocando

as duas mãos em seu rosto fazendo-a cruzar seus olhos com os dele, seguiu

dizendo. — E que não passe por essa cabeça princesa esquecer de nós dois,

vamos fazer o possível para falar com você todos os dias, mas pode acontecer

de estarmos presos em alguma situação em que não poderemos entrar em

contato. É difícil, mas pode acontecer, entendeu. Não crie caraminholas, e

nos aguarde.

Léo se inclinou para beija-la na boca, quando ela o repreendeu:

— Não Léo tem muita gente.

— E daí?

— E daí lerdo é que eu também vou querer beija-la na boca, mas não

é convencional uma mulher beijar dois homens... Pelo menos não em público.

- Merda, brother.... Então você não beija...

Dane deu um olhar gélido para o amigo.

— Tá bom ok, ok... Façamos assim, já que desde que chegamos ao

aeroporto ela não foi beijada por nenhum de nós, enganamos os trouxas por

agora fazendo-os pensar que ela está comigo e você é uma espécie de irmão

ou amigo gay.

Ao terminar, Léo piscou faceiro para o amigo e tascou-lhe um beijaço

nela que apesar de embaraçada com a situação não conseguiu não retribuir o


carinho.

Dane pôs as mãos no rosto não irritado, mas impressionado com a

cara de pau do idiota. Dando o braço a torcer assumindo para si mesmo o

quanto era esperto esse seu amigo, visualizou a situação em que se

encontrava: gay ou irmão. Léo filho de uma puta. Com o rosto vermelho de

raiva e ascendendo uma lâmpada em cima de sua cabeça, teve uma ideia

brilhante.

— Ei??!?! Que isso Dane, mas que merda...

— Léo você esta cansado de saber que sou um IRMÃO muito

possessivo e ciumento. Parem com essa sem vergonhice e vamos embarcar

logo.

Dane disse isso puxando pela orelha do abusado e fez o mesmo que

ele havia feito antes piscando descaradamente, mostrando que também sabia

brincar. Nininha atordoada já nos braços de Dane ria da cara de babaca e

perplexo que Léo fez com a tirada de Dane. Por fim riram juntos.

— Ponto seu, meu brother, ou aliás, CUNHADO?!?

Dane deu lhe um tapa na parte de trás da cabeça dizendo:

— Cara, às vezes, você se mostra tão experiente, inteligente, sério e

daí você do nada vira um garotinho de o quê, 10 ou 12 anos?

— Meu caro, para cada situação uma idade, fazer o quê? Eu sou

muito flexível.

Os três ficaram em silêncio ao ouvir o som de chamada do embarque.

Nininha abraçou forte o Dane e aproveitando que estava com a cabeça no seu

peito, inalou mais um pouquinho daquele cheiro inebriante e único dele, não

conseguiu se segurar e beijou sobre as batidas de seu coração. Levantou o

rosto e um desejo enorme de beijar sua boca a consumiu, ainda mais vendo

nos olhos dele o mesmo desejo. Sentiu seus músculos tencionarem, por um

momento pensou, que se dane o mundo e beijar ele, mas sabia que as coisas


não são assim e aliás eles vão embora e ela vai ficar para trás com essas

pessoas à volta.

Dane viu a vontade e a dúvida se formarem no rosto de sua menina e

para não deixa-la mais confusa assumiu o terrível papel de cortar o clima.

Sorrindo carinhosamente depositou um beijo demorado em sua bochecha. Os

dois suspiraram e se afastaram.

Dane olhou para Léo e falou:

— Me deve uma.

Rindo Léo afirmou com a cabeça e disse que sempre ia lhe dever

mesmo por ele ter trago Nininha para sua vida. Depois deu mais um abraço

de despedida nela e apenas um estalinho, para não matar seu brother do

coração.

Eles começaram a ir quando Léo se virou e disse:

— Me tira uma dúvida, o que te fez mudar de ideia e vir nos procurar

ainda hoje. Por que lembro que você até compreendeu tudo que estava

acontecendo na nossa conversa no carro, mas ainda assim estava muito

convicta de que não daria certo e tal?

Parada à um metro deles mais ou menos, olhou em volta e notou que

as pessoas não estavam nem aí para eles, retornou a olhar para SEUS Deuses

do Olimpo e disse em tom de zombaria:

— É que depois que você me deixou tive uma conversa com um

cara... — Baixou o tom de voz e continuou. — Quer dizer, um HOMEM com

H maiúsculo, meu herói.

— Mas que porra é essa? — Disse Dane já voltando em direção a ela.

— Quem? O quê? .... Algum amigo é claro, qual nome dele? É seu

vizinho? Cpf?

Com as mãos sobre o estômago rindo que nem criança ela tentou se

explicar:


— Idiotas, esse HOMEM é meu pai, é claro... Quem mais seria meu

herói?

— Seu pai! — Disseram juntos.

— Sim. Ele já havia notado uma mudança em mim nesses dias e

perguntou se eu estava com algum problema ou apaixonada, acabei contando

sobre o ogro do Dane e nossa dança no bar e então uma coisa levou a outra e,

bom, enfim estamos aqui né.

— Você está dizendo que contou ao seu pai sobre nós, nós dois, quer

dizer nós três??? — Perguntou Léo de olhos arregalados.

— Sim, é óbvio que não queria falar sobre isso com ele, mas temos

uma relação muito próxima e ele me ama tanto que me permite fazer minhas

próprias escolhas, fora que é um teimoso e não se cansa até conseguir o que

quer saber. Na verdade ele quer sempre ter certeza que vai estar ao meu lado

independente de qualquer coisa.

— Nossa! Bom pai. Mas como que ele te ajudou com a decisão de nos

procurar? E ele aceitou essa situação, de você gostar de dois caras? —

Perguntou Dane com uma cara confusa.

Ela chegou mais para perto deles, notou que sempre quando fazia esse

movimento os três formavam uma espécie de triângulo. Ela como o ápice e

eles as duas bases.

— Sobre aceitar, ele não se pôs nessa condição, me mostrou que

independente do que ele pensa e quer pra mim, a decisão, a escolha, é minha,

e ele vai estar ao meu lado gostando ou não. Sobre procurar vocês, ele disse

que eu não podia deixar vocês viajarem com uma imagem ruim de mim, ou

seja, uma brigona bicuda. Que se eu realmente gostasse de vocês deveria ir e

deixar uma imagem muito melhor para lembrar e ser lembrada. Até porque

ele me acha muito temperamental. E sobre bom pai, sim é o melhor.

— Brother só tenho uma coisa pra dizer, nosso sogro é foda. Vou


tatuar o nome dele. Esse é o cara. — Disse Léo eufórico.

— É verdade, seu pai parece um homem sábio, quando voltarmos

queremos conhecê-lo, mostrar que não estamos de brincadeira com você.

Nininha sentiu um aperto no coração ao ouvir Dane dizer que vão

conhecer seu pai, mas ao mesmo tempo achou muito precoce envolver seu

pai numa história que está apenas começando e já com tantas barreiras a

serem vencidas.

— Calma rapazes, não estamos em uma corrida. Se um dia vocês

tiverem que conhecer meu pai quero que seja com nosso relacionamento mais

maduro. Ainda tem tantas coisas para acontecer, para serem resolvidas. Tudo

está tão rápido e intenso. E o pior de tudo teremos um tempo longo que

ficaremos longe, quem nos garante que daqui à um mês ou dois ainda

estaremos sentindo isso que estamos agora?.

Os meninos se olharam como se procurando uma resposta para sua

pergunta, foi Dane dando um passo mais próximo colocando uma mão em

seu rosto que saiu na frente e respondeu:

— Minha menina, não há no mundo uma resposta para sua pergunta.

O que há é esse sentimento novo e poderoso que estamos sentindo os três

juntos. Não é algo a ser negado, é algo a ser vivido. Essa é a nossa primeira

prova: a distância. Não foi combinado aconteceu, somos adultos precisamos

saber o que queremos e puta que pariu Nininha, sabemos o que queremos, no

início fiquei muito confuso, mas agora que se foda, quero você, quero viver

isso com você, e quero acima de tudo compartilhar essa felicidade que é te ter

com meu melhor amigo, meu irmão. Merda não vejo a hora de ter você entre

nós dois, gemendo os nossos nomes. Merda de viagem! E quanto a conhecer

seu pai haverá um momento certo, como você desejar.

Dito isto Dane não se conteve e deu um beijo nos lábios de Paulina

forte, nada sensual apenas com muita energia. O sangue de Paulina fervia


com as palavras dele, seu beijo a fez quase implorar para que eles a tomassem

ali mesmo. Um segundo de um beijo que durou uma eternidade. Dane

descolou a boca da dela e encostou sua testa na testa dela, e se olharam com

promessas declaradas em silêncio.

Olhando em volta notaram que ninguém os olhava, o que deixou

Nininha mais relaxada. Léo chegou perto do seu ouvido e lhe disse:

— Faço minhas as palavras desse cabeçudo. — Dando um tapa

amigável no braço de Dane seguiu em direção ao embarque. — Bora seu gay

antes que a gente perca a merda do voo, que é o que estamos querendo.

Nininha era só sorrisos e antes que eles se afastassem muito ela disse:

— Ah! Meu pai pediu para avisar que como eu já disse, também foi

policial, que ainda tem sua arma e que já teve o prazer de matar dois caras

com um só tiro. Algo para vocês pensarem na viagem. Se cuidem.

Jogou um beijo no ar para os dois se virou e saiu andando toda

serelepe, deixando os dois se entre olhando pensando no que ela disse.

Dentro do avião Léo ajudava uma senhora a guardar uma maleta

enquanto Dane se acomodava em seu assento. Logo Léo fez o mesmo e cada

um ouviu o suspiro do outro. Viraram um para o outro e disseram:

— Brother temos que fazer dar certo... Merda eu já estou com

saudades dela.

— É, eu sei como é irmão, eu também estou, o cheiro de seu cabelo e

o brilho nos olhos dela quando a fazemos gozar não sai da minha cabeça.

Vamos fazer dar certo, não há outra maneira... É até insano o que vou dizer, e

acredito que você sinta o mesmo, eu não consigo ver meu futuro longe dela,

de vocês. Parece que agora vejo tudo com outros olhos, nunca pensei que me

sentiria assim por alguém e nem queria. Porém, não tem mais volta. Vamos lá

fazer nosso serviço o mais rápido que conseguirmos para vir logo para nossa

menina princesa e começar o resto de nossas vidas juntos.


— Você é a porra de um viadinho cabeça dura, mas quando pega no

tranco esculacha. Falou e disse meu brother.

Cada um tentou relaxar o quanto podiam enquanto o avião decolava,

mas nada fazia as imagens de um futuro feliz ao lado daquela mulher

encantadora se apagar.

No táxi seguindo para sua casa Paulina sentiu uma lágrima perdida

descer em seu rosto. Os pensamentos eram muitos, tantos bons quanto ruins.

Ela se perguntava o tempo todo "o que será dela e deles nesse tempo

afastados", e o pior "será que eles conseguiriam resistir ao tsunamis de

mulheres que provavelmente se jogam aos seus pés para onde eles vão". Sua

insegurança a deixou triste, mas buscando lá no fundo uma força que ela nem

sabia que existia procurou preencher seus pensamentos com as memórias

deles a tocando, beijando, a amando. Fez uma oração e pediu a Deus que os

protegesse e que trouxesse os dois são e salvos para que ela tivesse a

oportunidade de viver essa paixão que até hoje ela só conhecia em seus

livros.


Capítulo 28: Atitudes Tendenciosas.

Admirando a tela à sua frente Nininha se aproximou um

pouco mais apreciando cada detalhe das pinceladas do artista. Lembrou que a

tempos não iniciava uma tela, também como poderia, tão envolvida com as

tarefas da faculdade, as quais detestava e acabava tomando conta demais de

seu tempo. Fora a correria das vendas de seus produtos e ajudar seu velho

com as coisas de casa.

Nos corredores desta galeria entre tantas obras lindas, ela lembrou de

uma conversa que havia tido com a primeira pessoa que elogiou um de seus

quadros quando era ainda muito jovem e se pôs a compra-lo como um

incentivo. Ela disse: — De uma tela em branco você transformou nessa linda

paisagem, mocinha, assim é a vida nós começamos como uma tela em branco

e cabe a nós mesmos transformá-las. Se vai ser belo ou não depende de como

viveremos.

Então só agora ela percebeu que a tela da vida dela começou a ser

pintada só após conhecer os meninos. Porque antes disso não se lembrava de

nada que fosse colorido o suficiente em sua vida. Pintar por exemplo, era

como respirar e ela já não fazia há um bom tempo. Arte é o que ela queria

para sua vida, pois então por que se meteu a fazer uma faculdade que não tem

nada haver com ela? Estava na hora de repensar sobre o que quer da tela da

sua vida. Estava na hora de voltar a pintar. Com certeza passar um tempo

criando uma pintura seria perfeito para afastar a dor da saudade e a angústia


de saber como será quando se reencontrar novamente com os donos de seus

sonhos.

Nessa uma semana que se passou desde que se despediu deles no

aeroporto, não teve um só sono em que eles não aparecessem e tomassem

conta. Impossível esquecer o toque daqueles dois em seu corpo, mesmo em

sonhos. Eles ligavam, mandavam mensagem, faziam ligações por vídeo, ora

sozinhos, ora juntos. Às vezes, até colocavam seus amigos para falarem.

Nunca foi tão a favor da tecnologia como agora.

Ela olhou o celular que havia vibrado. Um sorriso bobo apareceu em

seu rosto, um que sempre aparecia quando recebia mensagem de seus

meninos.

@Léo: E aí princesa, como está a exposição? Espero que tão linda

como você!

Dizia a mensagem de Léo. Ela revirou os olhos com o elogio e se pôs

a responder.

@Nininha: Está magnífica, estou fascinada com a delicadeza que o

artista tem em suas pinceladas... Queria que estivessem aqui comigo .

@Léo: Não faça assim... Tenho vontade de entrar por esse telefone

para estar ao seu lado. Não pense que está sendo fácil pra gente, está muito

duro ficar sem você e o serviço aqui está complicado. Em breve estaremos

juntos .

@Nininha: Sei.... E Dane? Cadê? Está aí contigo?

@Léo Não, ele está muito enrolado com a papelada da batida que

devemos fazer semana que vem, eu tive um minuto livre e estou usando para

falar com vc. Ele também está com muita saudade e pediu pra te dizer que

por esses dias vai ser difícil manter contato. Temos que ficar totalmente

focados no serviço, você entende né.

Nininha se recostou em uma parede livre olhando para mensagem que


Léo acabou de mandar. Seu coração apertado em saber que deve ficar sem

falar com eles por alguns dias, por quantos dias? E essa batida que iriam fazer

seria perigosa é claro. Como ela faria para saber se estava tudo bem.

Lhe subiu um frio na espinha.

@Léo: Princesa? Nininha?

@Nininha: Ei... Estou aqui... É que me deu um aperto no coração,

imaginar vocês nessa missão e não ter como me comunicar para saber se

ocorreu tudo bem.

@Léo: Hum entendi... Vamos fazer o seguinte vou deixar aqui o

número do telefone da agência para que se não te ligarmos em três dias você

entre em contato OK. Mas Nininha, não se preocupe nós somos os melhores

em campo.

@Nininha: Seu convencido.

@Léo: O que posso fazer se somos mesmo. Bom, tenho que ir... Não

vejo a hora de beijar sua boca de novo, não vemos a hora de ter você entre

nós completamente, sinto sua falta. Sentimos muito sua falta. Não desista de

nós.

@Nininha: Desistir? Rapaz, se vocês sumirem eu vou atrás de vocês,

nem que seja para mata-los. Eu... Eu... Adoro vocês dois, se cuidem. Boa

sorte!

@Léo: Nós também... Te amamos... É isso mesmo, te amamos. Tenha

paciência nos espere, temos muita coisa para fazermos juntos e uma vida

inteira para isso. Tchau linda.

@Nininha: Tchau.

Pálpebras inchadas e olhos marejados, assim Nininha terminou sua

visita à galeria e seguiu para casa. Sua vontade era de deitar na cama e chorar

de saudade de tudo que viveu e tudo o que ainda iria viver com eles.


... Em algum lugar próximo a fronteira...

— Ei docinho, por que dessa carinha triste? Algum problema com a

ligação? Posso te ajudar em alguma coisa?

Falou Lia atendente da agência, se aproximando sinuosamente ao

Léo. Ela desde que foi cobrir a antiga atendente, que saiu de licença, vem

tentando colocar às garras em Dane ou Léo, e é bem possível que nos dois

juntos. Eles sabiam que as pessoas falavam sobre suas vidas e principalmente

sobre o fato de compartilharem mulheres. Por isso algumas mulheres já se

insinuavam para eles sabendo o que queriam.

Porém, isso nunca foi uma corrida para ter todas as mulheres do mundo.

Acontecia ás vezes, de durar meses para eles se interessaram por uma mulher

para um lance a três, não era qualquer mulher. E apesar da luxúria evidente

que há em ter sexo a três, eles curtiam que as mulheres fossem interessantes

em outros aspectos além da "coisa de pele". Essa Lia não fazia o estilo deles,

bonita sim, mas não chamava a atenção deles.

Em outros tempos Léo levaria numa boa tal flerte, mas não agora,

ainda mais após ter falado com sua princesa. De uma forma educada se

afastou sorrindo e dizendo:

— Obrigado Lia, mas não há nada o que você possa fazer... Ah!

Talvez tenha, se você puder nos retirar desta batida e nos colocar de férias

eternas para voltar para o Rio.

Ele terminou e piscou para ela. Lia se derreteu com o simples piscar

de olhos que era apenas para pontuar o fim da frase, mas não se esqueceu do

que ele disse e retrucou:

— Uê Leozinho, por que voltar para o Rio e por que os "s" nas

palavras quando nós estávamos falando de você?

Sorriu a cínica, porque era óbvio que sabia que falava sobre ele e

Dane, ela queria era assuntar mais, principalmente sobre o motivo de


quererem voltar para o Rio. Léo não acreditando na cara de pau dela resolveu

colocar mais lenha na fogueira, não devia nada a ninguém. Se virou

totalmente para ela e com a cara de santo falso respondeu:

— Você ainda não sabe, nós encontramos a mulher mais linda do

mundo, e onde ela estiver é onde queremos estar. Fui!

Ao escutar o burburinho em volta Lia balançou a cabeça para cair na

real e processar o que acabou de ouvir. Não era possível, ela pensava, como

assim "a mulher mais linda". Homens como eles não se interessariam por

uma mulher apenas, e muito menos para uma relação a três a longo prazo. E

ela nem teve uma oportunidade com eles, Léo é um zoador deve estar de

onda com minha cara.

Voltando ao trabalho Lia não tirava o que ouviu de Léo da cabeça, e

começou a pensar que realmente ele e Dane voltaram do Rio diferentes.

Pareciam que nem estavam de férias, voltaram com cara de quem não

queriam voltar ou de quem estava caminhando para à forca. Ao longo dos

dias eles tem se arrastado pela a agência, compenetrados no trabalho, e às

únicas vezes que os viu sorrindo, relaxados era quando estavam falando com

alguém ao telefone. Será que era essa tal mulher?

— Conrado? — Lia viu um dos parceiros dos meninos, o qual dava

em cima dela o tempo todo e o chamou.

— Oi Lia. — Respondeu Conrado cheio de dentes. — O que você

quer gata?

— Nada de importante é só curiosidade mesmo, talvez nem você

saiba. Mas, sabe por que "os durões da PF" estão meio quietos depois que

voltaram? Assim... Parecem até tristes, sei lá.

Conrado se esticou todo chateado porque sabia que ela estava usando

ele para saber de outros. Detestava estar nessa situação, até porque tinha

interesse na Lia. Respondeu sua pergunta incomodado:


— Os putos devem estar cagando nas calças por conta da batida que

vamos dar esses dias, só pode.

Lia deu uma sonora gargalhada, alguns agentes em volta olharam o

que fez Conrado ficar sem graça.

— Ahhhh! Conrado. Não me diga que acredita nas palavras que você

acabou de dizer — Riu mais um pouco e puxando ele pelo queixo se

aproximou de seu rosto e disse maldosamente — O único cagão aqui é você,

docinho.

Conrado se afastou puto, com olhos pegando fogo e disse ainda só

para eles ouvirem:

— Foda-se Lia, quer notícias de seus queridinhos, procure outro. E

quer saber, tomara que seja verdade o que estão falando sobre eles terem

encontrado a mulher da vida deles, assim sobra mais mulheres no mundo. Me

deixa, eu tenho mais o que fazer do que ficar como leva e traz.

— Hahaha pode ir, você já fez docinho. Brigadinhu.

Conrado saiu pisando duro da recepção e voltou para sala de

estratégias, deixando Lia toda especulativa para trás. Entrando deu de cara

com Dane e Léo analisando algumas plantas do local da batida. Carrancudo,

nem deu atenção aos dois, seguiu para o bebedouro e encheu um copo d'água,

bebeu, amassou o copo descartável e o jogou no lixo. Tudo isso com uma

energia desnecessária. Dane e Léo não deixaram de perceber que o parceiro

estava um tanto descompensado e em uma manobra amigável Dane disse:

— Que foi homem, não desperdice tanta energia assim deixe isso para

os Zé ruelas que encontrarmos na operação.

Sorriram os dois, mas Conrado não, ainda carrancudo deu sua

resposta:

— Me deixe Daniel, não estou para brincadeiras hoje, e afinal só sou

obrigado a lhe responder mediante assuntos dos nossos trabalhos. Fora isso,


terreno perigoso.

Os meninos se entre olharam sem entender tamanha agressividade

gratuita. Dane podia não entender, mas ele como autoridade máxima nas

atividades de enfrentamento do serviço não podia ter nenhum agente com

sistema nervoso descontrolado. Afinal o serviço era perigoso, talvez o mais

tenso de todos em que ele já esteve, com enfrentamento eminente contra

meliantes armados. Justo agora que havia acontecido tantas coisas, que seus

sentimentos estão tão intensos ele precisava ficar são e ter seus subordinados

sob controle também. Não podia se dar ao luxo de errar, principalmente na

escolha dos homens para o serviço. Se preocupava com seus policiais, se

preocupava com Léo. Um policial cobre o outro, como confiar em alguém

que não consegue lidar com seus nervos em um dia de trabalho tranquilo,

como será no enfrentamento.

Conrado não era seu melhor policial, era sempre muito passional, mas

era bom quando preciso e dentro de suas opções era o indicado. Correu tudo

bem nos últimos serviços que tiveram, porém foram mais leves que este. Só

que há algum tempo Dane e até Léo já haviam percebido um certo

desconforto dele para com eles. Achavam que foi porque Conrado também

havia reivindicado a função que Dane estava, mas acabou perdendo a disputa

do posto para Dane, que é mais novo que ele. Logo após isto, a dupla

descobriu que haviam ficado com uma ex dele há um tempo atrás, através de

um conhecido em comum, eles estavam separados tinha meses e Dane e Léo

não tinham ideia de quem era ela. O assunto acabou virando motivo de

chacota entres os caras na agência. Enfim, nada que justificasse inimizades

entre eles até porque tudo o que aconteceu não foi nada de intencional apenas

casual. Dane e Léo fizeram o possível para acabar com às fofocas tudo pelo

respeito entre colegas.

Essa profissão é muito difícil precisam confiar cegamente no parceiro


quando estão em campo, então como confiar em alguém com atitudes dúbias.

Dane se levantou de sua cadeira encarando Conrado:

— Você acha realmente que estou de brincadeira aqui. Não vê que

estou completamente imerso nos esquemas para operação. Acha que ao ver

um policial que vai fazer parte da tropa que estará fazendo a cobertura do

grupo de polícias que vão estar à frente todo descompensado a alguns dias da

ação, eu não tenho direito de me preocupar. Não deveria ser terreno perigoso

eu te fazer uma simples pergunta.

— E eu te respondi.

Disse Conrado um tanto exaltado, se levantando e colocando as mãos

sobre a mesa encarando Dane.

Léo automaticamente levantou também e assumiu uma posição entre

os dois, porém sem dizer nada. Enquanto isso Dane continuou olhando no

rosto de Conrado agora bem mais avaliador, notou realmente que havia um

problema ali e era de cunho pessoal. Com uma postura firme e rígida disse:

— Cara, você tem algum problema comigo? Ou você está procurando

um problema? Preciso saber disso agora, pois não posso escalar um policial

para estar na minha retaguarda e dos meus homens que não confio, não

alguém que esteja com problema comigo ou qualquer um deles. Vamos,

ande, responda, porque independente do que fôr temos que resolver isso antes

de definir as unidades de enfrentamento e ver se poderemos continuar a

trabalhar na mesma guarnição.

A sala apesar do ar condicionado ligado, esquentou. Os homens que

ali estavam se encaravam de maneira densa. Dane não deixaria Conrado sair

dali sem uma explicação plausível para esse comportamento inusitado.

Conrado por sua vez caiu na real, era importante para seu currículo

essa operação, ele trabalhou duro para merecer estar nela, porque sabe que

não seria a escolha preferida. Então por conta de algumas questões pessoais e


do estresse momentâneo que teve por causa da Lia, ele iria perder essa

oportunidade? Não. Não deixaria. Pensou em engolir tudo o que gostaria de

dizer de verdade, para poder garantir seu lugar na operação.

Tomando uma postura mais relaxada até resignada, Conrado com um

meio sorriso tentou se explicar para Dane.

— Putz cara... Desculpa... É claro que não tenho problemas com você

ou ninguém dessa agência. Eu... Eu realmente estou meio exaltado hoje, tive

uma notícia ruim de família o que me deixou chateado, nervoso.... Ganhei um

fora de uma gata ai também... E sabe como é né, muita coisa acontecendo ao

mesmo tempo e você foi o primeiro a falar comigo cara, acabei descontando

em você. — Passando a mão pela cabeça com semblante mais relaxado

continuou a dizer e no final estendeu a mão para Dane. — Porra bixo esquece

essa merda toda, é claro que tá tudo de boa.

Olhando do rosto dele para sua mão estendida, Dane não sentiu muita

firmeza em todas suas palavras, mas na altura do campeonato não queria

julgar um homem feito como Conrado, só iria ficar mais atento a tudo sobre

ele daqui para frente.

Estendeu a mão e apertou a dele, cruzou o olhar com seu amigo Léo e

recebeu um balançar de cabeça como gesto de apoio. Léo o conhecia e

provavelmente sabia o que pensava. Logo depois Dane deu sua resposta:

— OK. Digamos que te entendo, mas não compreendo. Todos nós

temos problemas fora do trabalho, temos que deixar isso lá fora,

principalmente para evitar conflitos entres parceiros de trabalho. — Dane deu

um aperto mais firme agora para enfatizar o que iria dizer a seguir. — Por

isso creio que daqui para frente se tiver algum problema com qualquer um da

guarnição, resolva como homem, não deixe para depois.

— Não bixo, tá beleza... Foi um lapso não acontecerá mais, agora

foco total.


— OK, estamos entendidos. — Disse Dane.

— Então rapazes podemos sair do play agora e ir trabalhar como

adultos, vacinados e sãos como somos? — Falou Léo humorista como

sempre.

Eles riram.

— Falando em todos com problema, imagino vocês hein, escutei por

aí que estão apaixonados, quem diria "os durões da PF" caidinhos pela

mesma garota. Deve ser difícil ter que voltar ao trabalho, logo quando

encontram alguém que gostam de verdade para compartilhar, mas tem que

ficar longe.

Falou Conrado tentando puxar assunto. Dane fez uma cara de quem

comeu limão azedo ao ouvir a forma tendenciosa que ele falou sobre seu

relacionamento. Olhou para Léo com um olhar inquisidor e voltou para o

engraçadinho:

— Vejo que esse pessoal tem trabalhado pouco e conversado demais,

e como sempre, a pauta é nossa vida a qual não diz respeito a ninguém aqui.

Acredito que só souberam também porque alguma gazela saltitante,

transbordando arco íris para todos os lados, não se contendo em manter certos

assuntos para quem de direito, saiu pelos corredores falando o que não

deveria.

Léo ficou olhando atônito para Dane e engolindo em seco, com o

semi fora de Dane, Conrado se afastou meio sem graça dizendo que ia

verificar o armamento. Ao sair não se conteve e olhou para Léo dizendo:

— Então até logo gazela saltitante, ótimo codinome.

Léo amassou um papel e foi até a porta tacar em Conrado que bateu

em retirada pelo corredor. Léo voltou fechou a porta, sentou novamente na

cadeira e ficou ali encarando Dane que continuava a verificação nas plantas

que estavam sobre a mesa. Alguns minutos depois Dane levantou o olhar para


o amigo que não parava de lhe encarar e perguntou:

— Que foi?

— É sério, gazela saltitante? Tudo bem, mas da onde você tirou: abre

aspas, transbordando arco íris para todos os lados, fecha aspas.

Dane não se aguentou e gargalhou, só então percebeu as baboseiras

que tinha dito. Léo se juntou aos risos.

Quando foram parando o momento descontraído Léo indagou:

— Você não acreditou na ladainha que Conrado disse né?

— Claro que não, mas no momento não tenho mais tempo para fazer

alterações ou ser babá de homem barbudo, e no fundo sei o quanto ele ama

esse trabalho, não acredito que poria em risco sua posição por questões

banais.

— Talvez os nossos trazeiros sejam banais para ele e ele possa não

dar o apoio necessário que precisaremos em campo. Você já tem um furo na

bunda eu não. — Disse Léo.

— Idiota. Fica tranquilo, estarei de olho nele. E pode deixar que não

vou deixar ninguém estragar esse seu trazeiro feio, prometi a Nininha que

levaria você inteiro para ela.

— Valeu brother, agora estou bem mais seguro. Faço minhas suas

palavras, aliás acrescento apenas que seu trazeiro já era feio sem marca, com

a marca de tiro ficou bem pior. E sei disso melhor que você, pois você é o

que gosta mais de pegar a mulher por traz e já vi esta buzanfa milhões de

vezes nos espelhos de motel.

— Hahaha... Ahhh Léo não mete essa, porra, essa é a sua? Ficar

manjando minha bunda.

— Não idiota hahaha, saiba que essas visões quase me renderam pau

mole, tinha que fechar os olhos e me concentrar. Hahaha.

— Sabe, falando nisso...


— Em que brother? Pau mole?

— Não seu idiota, gazela saltitante... Sério agora, cara tô muito louco

de vontade de estar com Nininha novamente. Não consigo parar de pensar

naquele corpinho fervendo entre agente.

— Porra Dane nem me fala, estou até evitando falar por telefone com

ela porque fico excitado ao ouvir sua voz. Ela enfeitiçou a gente brother.

Estou louco para tomarmos ela juntos do jeito que nos gostamos, e tenho pra

mim que será a melhor experiência de nossas vidas. E ela vai amar.

— Com certeza será. Isso porque você não sentiu aquele buraquinho

pressionando fortemente seu dedo, imagino quando eu estiver dentro dela,

porra, merda não quero imaginar chega doer.

Léo se levantou da cadeira e apressadamente foi para porta. Dane

assustado o olhou e perguntou:

— Vai aonde com essa pressa?

— Tocar uma, brother, guento não. Fui!

Rindo, Dane tacou uma caneta em Léo que desviou e falou:

— Você devia ir também, depois de mim é claro...

— Viadinho! — Dane jogou agora uma borracha nele e quase acertou

a testa.

— Ah! E por falar nisso, precisamos ver quando podemos comprar a

passagem pra ela vir nos visitar o mais rápido possível.

— É verdade, deixa comigo, deixa passar essa operação e eu organizo

isso. Também estou louco para estar com ela.

Léo saiu em direção ao banheiro e Dane ficou ali naquela sala

rodeado de trabalho e excitado com o pensamento em sua menina.

Pegou seu celular viu a hora, já era bem tarde ela devia estar dormindo e

como Léo já havia falado com ela mais cedo não deveria estar esperando

outro contato. Mesmo assim mandou uma mensagem.


@Dane: Estou morrendo de saudades. Estamos. E... Sonhe com a

gente como sonhamos como você, boa noite.


Capítulo 29: Amanhã.

#Dane

Nunca me senti tão tenso diante de uma abordagem como a

que vamos fazer daqui a alguns dias. É claro que é a mais complexa, envolve

alguns dos indivíduos mais procurados por tráfico na nossa fronteira, e uma

possível apreensão de toneladas de drogas, armas e outros produtos ilícitos.

Mas não é só isso. Ainda tivemos que adiar alguns dias, o que só aumenta o

tempo em que ficamos sem nossa Nininha. Mesmo assim, me sinto

totalmente preparado para o sucesso dessa operação, porém há sempre que

pensar nos imprevistos. E nesse caso não estou nada contente por Conrado se

auto escalar para cobrir Léo na abordagem. Não que não confie na eficiência

de Léo em ação ou até a dê Conrado, o problema é que não engoli a

historinha dele outro dia. Ninguém me tira da cabeça, que ele não levou de

boa às fofocas que nos envolveu no passado. E depois do "piti" que ele deu

na minha frente, ainda fiquei sabendo pela descarada da Lia que ele tem

ciúmes de nós com ela. Como se isso fosse viável. Ela me disse também que

naquele dia ela fez um comentário com ele sobre "infelizmente eu e Léo não


estarmos mais disponíveis no mercado" e por isso ele ficou todo irritado.

Detesto que minha vida, nossa vida seja motivo de assunto na boca dos

outros. Sou mais reservado do que Léo. Bom, fiz o que tinha que fazer,

chamei ele para conversar novamente e aparar as possíveis arestas existentes

entre nós. Conrado como sempre fez questão de afirmar que não tinha nada

contra nenhum de nós, e ainda me julgou como se eu estivesse o

desqualificando para o serviço no qual ele era o responsável e que se eu

tivesse um motivo real contra ele, que o tirasse do encargo. Pois bem, ainda

tive que ouvir uma série de motivos pelo qual ele ter colocado cada policial

em um posto. Disse mais, que o fato deles não serem amigos íntimos não

deveria impedir suas escolhas dentro da logística de retaguarda da missão. O

que me deixou puto da vida porque o filho da mãe estava certo.

Então por que ainda me sinto tenso em relação a essa questão?

Merda!

(...)

Com humor horrível Dane continuou analisando as possibilidades de

invasão do local da batida para que os delinquentes tivessem o menor tempo

possível de reação. Precisava a todo custo que está missão tivesse sucesso, e

para isso não bastava apenas prender os procurados e apreender produtos.

Tinha também que voltar com todos os envolvidos sãos e salvos. Era uma

questão indiscutível.


Alguns policiais adentram à sala em que Dane estava compenetrado

no trabalho. Ele levanta com o barulho e logo mostra a cara de quem não

gostou de ser incomodado.

— Vocês perderam a educação no bar? Não batem mais na porta?

— Foi mau chefe... — Alguns dos policiais disseram.

— Desculpa aê chefe, é que estamos rindo da cara que Léo faz

quando Lia dá suas investidas. — Disse Glauco fechando a porta atrás dele.

— Vocês não estão aqui para rir da cara de ninguém, deveriam estar

preocupados com a batida e seus rabos dentro dela. E aliás quê que o Léo está

fazendo de papo com Lia? — Dane praticamente latiu.

— Pô Dane, nós já passamos e repassamos isso tudo milhões de

vezes, e às vezes, precisamos rir tambem né. Não é só de trabalho que um

homem vive. E quanto ao Léo, bom isso pergunta para ele. — Rômulo

respondeu e recebeu um olhar fulminante em troca.

— OK, vá chamar Léo por favor Mattos. E sobre repassar a missão,

repassarei quantas vezes eu achar necessário, se faço isso é para ter certeza

que não ocorrerão erros. – Terminou a fala olhando diretamente para

Conrado.

Cada um foi se acomodando em seus postos e revendo suas planilhas,

mudos. Mattos saiu em busca do Léo. Passou pela recepção onde ele estava

anteriormente, mas ele não estava mais. Perguntou a Lia sobre ele:

— Lia, viu onde Léo foi? Dane está o procurando.

— Não vi não, docinho. Ele estava aqui, mas infelizmente não está

mais.

— Obrigado, Lia. Vou ver se ele foi no banheiro.

— Olha se você quiser posso ir para você, docinho.

— Sério Lia? No banheiro masculino? Como você é prestativa.

— Mattos eu sou uma mulher de bom coração, simples assim.


— Hahaha com certeza Lia, deveria espalhar mais amor e menos

guerra, mas quem sou eu para julgar.

— Não entendi, docinho? O que você quis dizer?

Mattos foi se retirando em direção ao corredor que levava ao banheiro

masculino, balançou a cabeça e falou:

— Nada não Lia querida, se você não aprender sozinha a vida te

ensina. Vou lá.

Alguns minutos depois Mattos entrou no banheiro e viu Léo lavando

as mãos. Foi falando com ele:

— E aí cara, tranquilo, Dane está a tua procura.

— É tão urgente assim que te mandou vir me buscar mijando?

— Deixa de ser imbecil e vai logo que ele não está pra brincadeira,

aliás ele está um porre. Tô doido para esse serviço ser concluído logo porque

nem eu nem os caras estamos aguentando tanto mau humor, tá foda. E com a

Lia no cangote de vocês acho que tá piorando.

Léo puxou uns papéis toalhas enxugou as mãos e rindo foi saindo do

banheiro acompanhado de Mattos e respondendo:

— Cara tenho que concordar, Dane esta um saco dê graças a Deus

que vocês só o aturam na agência e a Lia tá demais. Ela está ainda mais

assanhada depois que soube que eu e Dane estamos apaixonados e fora do

mercado. Sei lá cara, parece que tem mulher que gosta de homem

comprometido.

— É verdade. Mas Léo posso te fazer uma pergunta... É... Talvez um

pouco indiscreta?

Léo deu um tapinha amigável no ombro de Mattos e respondeu:

— Claro, Mattos... Por favor, só não me pergunte como se coloca um

o.b.

— Idiota... Vc é um idiota Léo. Sério, vocês estão mesmo


apaixonados, e pela mesma mulher? E como... Como vocês fazem na hora H?

Dane te come, enquanto você está com ela ou vice versa? É confuso pra mim.

— Agora você que foi um imbecil. Bom estamos realmente

apaixonados, muito mesmo, como nunca. E sobre a hora H, não te interessa.

Só posso te dizer que não tem nada deu comer o Dane ou ele me comer,

idiota. O resto deixa para sua imaginação.

Os dois continuaram indo para sala de reuniões onde Dane e os outros

estavam aguardando, rindo da conversa que estavam tendo. Assim que eles

entraram e Léo fechou a porta Dane se virou encarando Léo dizendo:

— Veja quem resolveu se juntar a nós para trabalhar ao invés de ficar

por aí dando trela para Lia e falando da nossa vida para a agência inteira.

Um silêncio se instalou na sala, ninguém estava acostumado com os

dois tendo qualquer tipo de atrito, em nada.

Como sempre folgado, e já de saco cheio da atitude do brother, Léo puxou

sua cadeira sentou olhou para ele disse:

— De boa Dane, deixa de falar merda ok, todos aqui estão

trabalhando duro para que tudo ocorra como previsto. E eu como moro

contigo ainda tenho que aturar você falando sobre isso o tempo todo. Sei que

é importante pra você o sucesso da missão por estar no comando, mas não é

menos importante para nós. Afinal estaremos na mesma linha de tiro que

você. E quanto a Lia, eu não posso simplesmente fingir que ela não existe,

preciso falar com ela várias vezes ao dia por conta dos pedidos e assinaturas

que tenho que ter. Sobre eu falar da nossa vida? Dane eu nunca estive tão

feliz, e ao contrário de você quero que o mundo todo saiba e não tô nem aí

para o que pensam e falam. Sabe qual é a diferença entre nós? É que você não

sabe separar os problemas, fica bitolado com tudo, não relaxa.

— Relaxar? Você tá de sacanagem, só você para falar uma asneira

dessas. Estou aqui com minha cabeça cheia e ainda tenho que lidar com as


suas gracinhas e fofocas dos outros. A diferença entre eu e você é que eu

realmente levo as coisas a sério e para você tudo é motivo de piada.

Léo não gostou de ouvir Dane dizer que ele não levava a sério nem

seu trabalho nem seu relacionamento com Nininha. Pois foi isso que ele

entendeu Dane dizer. Se levantou da cadeira se aproximou de Dane e o

encarando retrucou:

— Brother, você está indo longe demais, ninguém tá aguentando esse

teu mau humor do caralho. E outra, não vou admitir você dizer que levo meu

trabalho e nosso relacionamento com Nininha na brincadeira, você mais do

que ninguém me conhece e sabe como sou de verdade. Então acho melhor

você parar com essa conversa porque como dizia meu pai "palavras ditas não

se voltam ao cú", por isso antes que você fale algo que não possa mais voltar

atrás, vamos parar este assunto e voltar ao trabalho que era o que você queria.

Dane que já estava nervoso ficou mais nervoso ainda ao constatar que

só havia verdade nas palavras de seu amigo, e olhando em volta viu seus

homens vendo ele perder seu controle, logo com alguém que ele mais

confiava. Como ser um líder confiável se não sabe lidar com suas emoções.

Automaticamente foi tentando se acalmar e voltar ao seu normal. Porém, não

poderia deixar Léo sem resposta.

— OK Leonardo, assumo que por esses dias tenho estado bem irritado

e acabo extrapolando em algumas questões. No entanto não retiro que detesto

que minha, nossa privacidade seja invadida por comentários pejorativos. E

principalmente, sobre nossa Paulina... Falamos em casa. No mas, voltemos ao

que importa. E pode sentar e baixar essa crista de galo de briga, que estou

guardando minhas forças para dar uns supapos nos bandidos e não em uma

gazela saltitante.

Ao terminar suas palavras de um jeito bem descontraído, arrancou

gargalhadas dos homens, fazendo Léo rir tambem. No fundo Léo sabia que


aquela brincadeira era para lhe mostrar que tinha se arrependido da

implicância de antes e deixar as coisas mais leve. Léo pôs as duas mãos sobre

a mesa assumindo uma posição de enfrentamento ao Dane. O que fez cada

músculo presente na sala se contrair na suposta luta que aconteceria. Todos

encararam os dois, Léo olhou fundo nos olhos de Dane e falou muito sério

com ele:

— Sabe, de tudo o que você falou a coisa que mais me irritou? ....

Você. Me. Chamar. De. Leonardo.

Hahaha hahaha hahaha hahaha

Todos riram com a piadinha de Léo inclusive Dane. Apenas Conrado ria com

certo desdém.

— OK moças acabou o stand up comedy... Dêem ao Léo uma gorjeta

depois e vamos focar no serviço.

Todos se movimentaram cada um lidando com sua tarefa repassando

pontos necessários. E assim foi o restante do dia. Ao final do expediente

Dane estava bem cansado, com uma dor de cabeça horrível. Léo foi embora

antes porque disse que tinha que pagar contas, de lá ia direto para casa. Dane

saiu de sua sala trancando tudo. A agência já estava bem vazia, a maioria dos

policiais já haviam ido para casa. Só permaneciam ali os guardas que

mantinham a agência em segurança e alguns detetives fazendo horas extras.

Dane pegou um comprimido para dor de cabeça na mochila e foi

buscar um copo d'água no corredor. Encheu o copo e tomou junto com seu

remédio. Notou que alguém estava próximo e olhou em volta. Encontrou dois

olhos insinuantes o observando, logo os identificou como sendo os de Lia.

Ela esboçou um sorriso, que provavelmente achava sexy, ele não, e foi em

sua direção. Antes que ela chegasse perto, ele já foi caminhando no sentido

contrário ao dela.

— Dane docinho, já está indo embora?


— Boa noite Lia, e sim estou indo embora.

— Ah sim! Mas a saída não é por aí é por aqui se esqueceu, querido?

Dane soltou uma bufada quando viu que para fugir dela ele foi na

direção errada, para ir embora teria que voltar e passar por ela.

— É pois é, estou com dor de cabeça fiquei confuso.

Ele se virou e foi seguindo em frente tentando passar o mais longe

possível que aquele corredor estreito permitia de Lia. Ela espertamente se pôs

repentinamente em frente a ele, bloqueando sua passagem.

— Oh docinho, vejo que você não está bem. Quer alguma ajuda?

Você sabe, eu adoraria fazer qualquer coisa para te fazer sentir melhor.

Dane sentiu repulsa do ar quente que saia de sua boca, que ao

terminar a frase foi se aproximando bem devagarinho à sua orelha de uma

maneira que ele não conseguiu fugir, a não ser que empurrasse ela de sua

frente. Quando ela afastou o rosto de seu lado indo para frente de sua face,

ele segurou a mão dela quando sentiu que ela iria o tocar.

— Lia, não faça isso...

— Ah querido, eu só ia passar o dedo no seu pomo de Adão, achei

fascinante ao ver você bebendo água, ele... Faz ...Um movimento... Quase

erótico. — Lia dizia parecendo estar com água na boca.

Ao dizer isso, ela chegou quase tão perto de sua boca quanto o ar que

respirava. Completamente abismado com a audácia dela ficou sem reação, ela

percebeu e se aproveitando grudou seus lábios no dele.

— Você está maluca?? — Disse Dane, ao empurra-la no outro lado da

parede com força e continuou a segurando mesmo ouvindo suas reclamações.

— Nunca mais chegue perto de mim assim de novo, nunca lhe dei pretexto

para que fizesse isso, sempre neguei todas às suas investidas. E se não foi o

suficiente então preste bastante atenção, porque se você vier com sandice

novamente não respondo por mim, esqueço que você é mulher e lhe dou uns


tapas para aprender, entenda EU NAO QUERO NADA,

ABSOLUTAMENTE NADA COM VOCÊ. Sai do meu pé, e digo mais, para

de ficar em cima de mim e Léo nós dois nunca sairíamos com você nem se

não estivéssemos completamente loucos pela nossa mulher. Então para que

está feio, você é uma jovem mulher e bonita vê se para de agir como uma

doida varrida e vai achar alguém que realmente te queira. Se você vier para

cima de mim de novo ou de Léo eu vou pedir para você ser demitida.

Estamos entendidos.

Largou Lia e se afastou, esperando que ela confirmasse que entendeu.

— Aiai, seu bruto eu entendi...

— Ok então...

— Ei, eu não terminei. Disse sim que entendi, e no caso de você

esquecer que eu sou mulher, vou me empenhar em te lembrar quando for me

dar uns tapas. É que adoroooo uns tapas.

Sorrindo cínica, saiu da frente dele exageradamente rebolativa.

Mostrando que não entendeu nada do que lhe foi dito, não quis entender.

Vencido, Dane se virou e foi embora pensando "essa daí não aprende nunca

".

Lia ia pensando…

Se ele acha que vai ser assim fácil está muiiitooo enganado. Eu sei

que eles me querem, senti em seus lábios e no jeito que ele me pegou. Aí que

loucura! Não vejo a hora de sentir aquelas mãos pesarem em tapas e apertões

em meu corpo e ......

Os pensamentos de Lia foram repentinamente cortados ao ser

surpreendida por uma mão grande em seu estômago e outra em seu pescoço

acompanhada de uma boca molhada e um membro bem duro na altura de sua

bunda. Não teve tempo de ficar assustada porque logo percebeu quem era. O

agarrador a empurrou para uma sala afastada e vazia. Colocou ela de bruços


sobre a mesa no centro, a mantendo cativa e viajando suas mãos calosas

sobre seu corpo. Sem muita resistência ela enfim questionou com desdém:

— Ah! É você, quer me largar por favor?

— Como assim? Achou que era quem, gata?

Beijando sua nuca e suas costas o pseudo estranho foi levantado seu

vestido, até deixar à amostra seu minúsculo fio dental de renda roxo com

preto que não escondia nem a marca do biquini. Louco com essa visão se

esfregou com mais força ainda entre as bandas de suas nádegas, segurou os

punhos dela no alto de sua cabeça e falou no seu ouvido.

— Como você é gostosa, que bunda é essa, mas diz quem você

pensou que fosse.

— Não quem eu pensei e sim quem eu queria... — Respondeu rindo

debochada e ainda concluiu. — É claro que achei e queria que fosse o Dane,

docinho. Ou você acha mesmo que o meu interesse é em você Conrado?

Conrado ficou transtornado com o que Lia disse, fazendo-o se sentir

um merda. Ele já devia estar acostumado, pois era assim que ela o chamava,

mas ele era louco nela, louco no seu corpo. No fim ele achava que poderia

um dia fazer ela gostar dele. Mas não hoje, hoje ela ia ter o que estava

pedindo.

— Ah é, então você achou que era ele, queria que fosse ele? Eu

escutei uma parte da conversa de ainda agora de vocês e, eu não sei quem é o

mais idiota aqui, eu por ainda te querer mesmo você me tratando mal ou você

que não vê que eles te repudiam tanto como você faz comigo. E já que você

queria ele vou te dar a única coisa que ele faria com você.

Arrancando seu fio dental com força a ponto de a machucar amarrou

suas mãos com o trapo que restou.

— Aí Conrado, você está me machucando seu idiota... Aiiií, louco

você me bateu??


— Isso, você não disse que adora tapas então... Toma slap, slap, slap e

depois que eu achar que está bom vou tomar de você o que quiser e faça

silêncio não queremos chamar a atenção dos guarda noturnos.

Conrado seguiu estapeando com força as duas bandas de Lia que se

contorcia na mesa derrubando objetos que estavam sobre ela. E ao invés de

gritar por ajuda, a danada se limitava a gemer de dor e prazer, às vezes até

xingava seu algoz e o mal dizia falando o quanto ele era um fracote. Após

alguns minutos, ele rasgou um pacote de camisinha e se vestiu com ela, se

posicionou atrás entre suas pernas. Arrastando sua cabeça inchada em sua

vulva, espalhou sua umidade por todo seu sexo e sua entrada rugosa. Ela se

contraiu um pouco o fazendo rir.

— Isso, agora quero ver quem é o fracote aqui quando eu estiver

enterrado com meu pau no fundo da sua bunda.

Um tapa e um semi grito foi o que se ouviu antes dele fazer o que

tinha dito. E apesar da brutalidade que Conrado empregava em Lia, ela

gostava, mas ambos sabiam que ela gostaria mais se fossem Léo e Dane ali.

— Léo, cheguei! – Dizia Dane ao entrar em casa.

— Tô na cozinha brother, chega aí.

Chegando na cozinha após largar sua mochila na sala, Dane não se

surpreendeu ao ver Léo se aventurando com as panelas, algo que ele amava,

mas nunca fazia bem.

— Cozinhando?

— Sim, não vê? Quer uma gelada?

— Quero Léo, deixa que eu pego e você quer ?

— É traz outra pra mim, essa aqui acabou. — Disse isso e bebeu de

uma vez a metade que restava em sua latinha.

— Que sede hein? Toma. E aí o que você está fazendo para me matar,


desculpa, comer.

— Haha muito engraçado, achei que estivesse de mau humor. Estou

preparando um macarrão aos quatro queijos.

Dane sentado rindo muito de Léo disse:

— Léo tu não sabe fazer com um queijo quanto mais com quatro.

Vamos pedir uma pizza e não falamos mais disso.

— Não porra, teu brother aqui se esforçando pra fazer uma janta das

boas pra te deixar mais animado e você desdenhando do meu esforço.

— Desculpa Léo é que, bom já que você começou e tudo, vamos

comer então. Eu vou tomar um banho e vou ligar para nossa Nininha, já falou

com ela hoje?

— Sim falei de tarde, disse que sente sua falta. Mas acho melhor você

não ligar. Deixa uma mensagem, ela me disse que estava com dor de cabeça e

ia se deitar cedo.

— Dor? Ela está doente?

— Não, não, acho que deve ser aqueles dias, se sabe coisas de mulher.

— Ah tá! Que pena, queria tanto escutar a voz dela. — Disse Dane e

foi para o quarto.

Em seu banheiro Dane relaxou e fez o que tem feito inúmeras vezes

desde que veio do Rio, se masturbou pensando em sua garota. De banho

tomado voltou para sala onde seu amigo preparou a mesa para eles jantarem,

no meio uma travessa com o que ele disse ser o macarrão aos quatro queijos,

que para Dane mais parecia lumbrigas fininhas boiando em um mar de

vômito. Urg! Não iria ser o ogro de sempre, viu que seu amigo queria tentar

agradar (péssima maneira pensou), ainda mais depois do dia de hoje. Buscou

mais cerveja para deixar os sentidos menos apurados e se sentou com ele.

— Pra que dessa viadagem toda Léo?

— Vê, além de gazela saltitante estou virando uma gazela prendada.


Léo tacou o pano de copa na cara de Dane.

— Idiota...

— Viadinho...

— Vai Dane pode se servir, anda experimente e seja sincero.

Se servindo e esperando Léo se servir também, iniciou o processo de

mastigação. Que merda era aquela, bom pelo menos no fundo tinha algum

gosto de queijo. Dane se forçou a comer a terceira colher. De repente toca a

campainha.

— Tá esperando alguém Léo?

— Eu? Não. Deve ser a pizza que eu pedi enquanto você tomava

banho.

— Seu idiota, você me fez comer essa gororoba mesmo tendo pedido

uma pizza. Eu vou te matar Léo.

Léo se levantou correndo, rindo que nem criança fugindo dos

amendoins que Dane lhe tacava. Ainda gritou:

— Mata nada, você me ama. Ainda mais depois da surpresa que vou

te falar.

Com a pizza na mão Léo voltou para a mesa ainda rindo.

Afastou a gororoba para o lado, começaram a comer a pizza e Dane

perguntou:

— O que você quis dizer com uma surpresa, estava falando de quê?

— Antes tem certeza que não quer mais um pouquinho do macarrão,

você parecia estar adorando.

— Eu não sei porque até hoje eu não lhe dei um tiro no meio dessa

tua cara de palhaço, anda fala logo.

— OK maninho, é que vendo você tão irritado, de mau humor, chato

pra caralho em todos os sentidos com saudade da nossa princesa eu percebi

que só havia uma solução.


— Sim, diga amado guru.

— Eu comprei as passagens para Nininha vir ver a gente. Você estava

tão ocupado, e pensando no melhor momento em trazê-la que acabou

esquecendo.

— Eu não esqueci, só não tive tempo. Então conseguiu convencê-la,

ela topou?

— Sim é claro, ela sente tanta falta da gente como nós dela. E ela

deve estar chegando amanhã de tardinha.

— Amanhã? Sério??? Sério mesmo??

Dane se levantou e deu um abraço em Léo que quase caiu da cadeira.

— Seu filho da puta, depois disso eu seria capaz de comer toda essa

travessa de macarrão. Você merece. Não, pensando melhor nem assim eu

comeria. Mas te amo irmão.

— Preferia que você comesse o macarrão ao invés de ficar de

boiolagem dizendo que me ama.

— Ah foda-se Léo, foda-se o mundo, a batida, a Lia, o Conrado, a

distância e até esse macarrão. O que importa agora é que minha menina vem

e amanhã à essa hora estará em nossos braços. Entre nós. Mataremos a

saudade da melhor maneira possível, enterrados na mulher que fisgou nosso

coração.

— Lia, Conrado... Não entendi.

— Outra hora te conto, agora só quero pensar no amanhã.

— É brother, amanhã.

— Brindemos a isso, já me sinto bem mais humorado.

Ali ficaram os dois, como adolescentes planejando as melhores

formas de dar prazer a mulher que estão completamente apaixonados.

Capítulo 30: Rendidos estamos, rendidos somos.


Ainda de madrugada Nininha já se aprontava para a loucura

que ia fazer, como disse Lary. Nininha podia ainda ouvir o grito da sua amiga

ao telefone quando disse que ia fazer uma viagem e que o destino a levava

para junto dos seus amores. Ou seja, para uma cidadezinha afastada próxima

à fronteira do nosso país. Seu pai não se mostrou nada satisfeito também, mas

não se opôs, na verdade queria ir junto para fazer companhia, pois a viagem

era bem longa. Fez questão, é claro, de dizer isso mil vezes, e também fez

questão de falar com Léo no telefone. Que vergonha! Ele disse exatamente

assim:

— Tenho uma ótima pontaria, sou bem treinado, ainda tenho meus

contatos e sei caçar como ninguém. Cuidado com minha filha, nos falamos

quando estiverem no Rio. No mas, divirtam-se.

Imagina o tom de voz que o pai dela usou para dizer isso. Ainda bem

que era o Léo, porque ele é bem mais tranquilo. Se fosse Dane acho que seria

pior. Pensando em Dane, ela logo fez uma carinha triste. Tem dias que não

escuta sua voz, só mensagens altas horas da noite. Ela ficava pensando se ele

anda muito ocupado como Léo disse ou se já não tem tanto interesse assim

em falar com ela. Será que ele sabe que vou, será que ele quer que eu vá?

Perguntas assim inundaram sua mente. Se sentindo insegura deitou em sua

cama, olhou para o teto e ficou imaginando uma série de motivos para não ir.

— Ei vaca, tá pensando em quê?


Falou Bruna ao entrar no quarto vindo do banheiro. Ela dormiu ali,

disse que era para Nininha não mudar de ideia. E iria acompanha-la até o

aeroporto junto com seu pai.

Bruna ao contrário de Lary deu o maior apoio, dizia que "lances" assim não

aconteciam sempre e que se era para viver que fosse intensamente. A escolha

mais difícil ela já tinha feito que era se envolver de verdade em um

relacionamento com dois homens. E que uma viagenzinha para o fim do

mundo não era lá grandes coisas, mesmo que no fim do mundo só

encontrasse um bom sexo da melhor qualidade e depois disso viesse embora

já valeria a viagem. Essa era Bruna.

— Será que Dane vai gostar de me ver lá, talvez ele possa achar que

estando lá eu vou atrapalhar seu trabalho ou de repente já passou a febre de

me querer e...

— E você é uma idiota! Levanta daí e vai terminar de se arrumar está

quase na hora, seu pai já vai vir aqui nos chamar, e tenho certeza se ele ver

dúvidas em seu rosto vai ser difícil deixar você ir.

— Hei... Aí Bruna, calma e me larga eu levanto sozinha, grossa.

— Tá vendo, eu sabia que eu tinha que dormir aqui. Olha só galinha,

presta atenção que eu não serei sempre viva pra te ensinar às paradas. Veja,

Léo e Dane moram juntos, trabalham juntos, se apaixonaram por você

juntos... Então é claro que qualquer decisão em relação a você eles devem

tomar juntos. Como você me disse Dane é o responsável pela parte

burocrática do trabalho então deve ficar bem mais atolado de serviço, e ele

deve delegar a função ao Léo de falar contigo. Tenho certeza que quando te

ver vai provar a você o quanto sentia tua falta. Para de criar caraminholas

nessa cabecinha e vai viver. Eu não quero dizer contudo que tudo vai ser

perfeito sempre, ainda mais numa relação diferente como a sua. Mas você

precisa principalmente confiar em si mesma. Veja, com tantas mulheres que


devem se jogar aos seus pés, eles querem você lá por um dia e meio, VOCÊ e

mais ninguém. Confiança Nininha sempre te faltou porém, agora é a hora de

você chegar lá e reconhecer nos olhos deles o que você realmente significa.

— Eu te amo vaca! Eu entendi, é difícil, mas entendi. Chega de ser

medrosa e insegura. É muito simples, eu vou fazer uma viagem de horas para

ir lá e dar aos meus Deuses o que eles necessitam. E o que eles necessitam é

de um pouquinho de mim.

Aí meu Jesus Cristinho das oferendas humanas!!?!

TOC TOC

— Prontas?... Posso colocar a mala no carro?

— Ah... Sim pai entre...

— Bom dia tio lindo, hoje não será um dia lindo? — Bruna

cumprimenta o pai de Nininha com um beijo na bochecha. O que o deixa

terno e feliz.

— Bom dia Bruna, mas para você é sempre bom né?

— Claro tio, quem faz o dia bom somos nós mesmos. É simples,

acordo me visto de coragem e vou à luta.

— Isso, bom, muito bom, e você filha tudo bem? Está realmente certa

de ir?

— Sim pai, estou aqui tentando terminar de vestir essa tal roupa de

coragem.

— Hahaha hahaha — Os três riram juntos.

— Fazendo escola hein, Bruna?

— Fazer o quê né tio, é o que sempre digo: a NASA está perdendo

uma mente fabulosa.

— Eu pensaria mais que a TV está perdendo.... Hahaha – Debochou

Nininha.

— Muito engraçadinha Paulina!


— Êpa, sem brigas meninas, Nininha verifica os documentos e o

voucher. Estarei aguardando no carro.

— Amiga você não vai levar o desenho?

— Não, ainda não está terminado, é só um esboço.

— Eles já viram? Nossa é lindo!

— Não viram, e talvez nem vejam. Acho que ficou muito vulgar.

— Vulgar??? Nininha isso é uma obra de arte, os modelos são

maravilhosos, mas a paixão, o amor que sinto ao olhar é simplesmente

maravilhoso, como uma obra deve ser não é, emitir sentimentos além do

olhar.

— Acho melhor irmos logo, antes que você comece a filosofar, puta

merda. Vamos Bruna.

— Calma deixa eu pegar minha bolsa, vaca.

Dentro do avião ela pensou no que ia fazer nesse longo vôo. E a sua

resposta veio com a imagem dos dois em sua mente. Ficou óbvio que passaria

todo o tempo pensando neles, então decidiu pôr um fundo musical colocando

os seus fones de ouvido e fechou os olhos deixando-se mergulhar nas

melhores lembranças que tinha com eles e das possíveis que estavam por vir.

A ideia de estar entre eles como haviam mencionado sempre que podiam, não

sai de sua cabeça.

(…..)

— Bom como havia dito, faremos a batida na madrugada de domingo

para segunda. No mas como sempre fazemos, darei um recesso de dois dias

para que cada um esteja com sua família e relaxe um pouco. E

principalmente, estando com eles, vejam o porquê de fazermos tudo como

planejado e da melhor maneira possível, para voltarmos todos inteiros para

eles.


Quero todos aqui na agência no sábado ao 12:00. — Falou Dane encerrando

a reunião.

Todos os oficiais estavam felizes pela folga que teriam. Dane os

olhava e mais responsabilidade sentia em relação a eles e suas famílias. Mas

agora era hora de relaxar um pouco. Não adiantava nada ficar se sentindo

assim. Ele estava fazendo tudo ao seu alcance para o sucesso garantido e

agora era deixar para hora H e ver o que acontece.

Neste momento, ele apenas iria se permitir a pensar em uma única

coisa, a chegada de sua menina. Já estava sentindo a dor de uma leve erecão

que ele estava tentando controlar desde que acordou, pois sonhou com ela e

não quis se aliviar no banheiro sabendo que ela estava à poucas horas de

chegar. Só ela podia aplacar essa vontade, só seu corpo quente podia lhe dar

o que precisava. O fato não era só ejacular, o que ele precisava era sentir o

prazer de ter seu corpo misturado ao dela e a sensação que isso lhe faz. É uma

química, altamente viciosa.

Da cafeteira escutou alguém entrar na sala. Pelos passos sabia quem

era.

— Ei brother, traz uma xícara pra mim também.

— Toma... E aí Léo, já podemos ir?

— Porra, Dane! Acho que não vai dar pra eu ir. Um carregamento de

armas atrasou, era para chegar ontem, não veio, aí disseram que chegava hoje

de manhã não veio, mas pelo menos agora tenho certeza que já estão aqui

perto. Então vou ficar preso aqui na agência por umas duas horas ou mais.

— Que merda cara, mas o Conrado não fez o pedido semana passada?

— Pois é fez, mas parece que alguma documentação foi errada e sabe

como é atrasou tudo. Enfim… Você vai lá, busca nossa garota e me diz para

onde vocês vão que vou encontra-los.

— Merda Léo, era para estarmos juntos. Sabe como ela é, vai pensar


um monte de besteira se não te ver. Não tem outra pessoa que possa ficar no

seu lugar?

— Eu prefiro receber eu mesmo, e você já dispensou os outros. Fica

tranquilo mais tarde estaremos juntos os três. E na boa, acho que vocês

precisam de um tempo só, assim como eu vou ter o meu também, uma hora

ou outra. Tranquilo? Diz que estou morrendo de saudades. Eu mandei um

monte de mensagens ela deve ver ao descer do avião.

— Beleza então, e se liga, ela não veio pra cá pra fazer tour pela

cidade então você nos encontrará em casa, porque o máximo de tour que ela

vai fazer é do meu quarto para o seu passando pela sala, banheiros, varandas,

carro… Esqueci algum lugar? Ah! Fora que isso tudo nua nos nossos braços.

— Apoiado companheiro! Sem tirar nem pôr.

— Eiii! Se possível "pondo e tirando"...

— Hahaha idiota, brother amo te ver assim alegre, feliz e tranquilo. É

assim que tem que ser Dane. Sabe é a primeira vez que tiramos uma folga

antes do serviço e temos realmente para onde ir.

— Me sinto assim mesmo, mais leve. E é claro que é porque vou estar

com ela. Léo estou completamente apaixonado. Não importa para onde ir,

contanto que ela esteja lá.

— Eu sei meu amigo, eu sei exatamente o que você está sentindo. E

ela precisa ouvir de nós dois. Precisamos plantar nela a confiança de que a

amamos para que nunca se esqueça.

(...)

Fim do vôo. Ao tocar o solo Nininha percebeu que aquele frio na

barriga não era apenas pelo pouso do avião. Pegou sua pouca bagagem e

seguiu em direção à porta de saída. Andando meio desnorteada, nunca tinha

feito uma viagem sozinha, não sabia muito bem como lidar com essas coisas.


Observou que todos iam numa mesma direção, e seguiu o fluxo. O que foi

bom, pois pareceu ter chegado ao saguão do aeroporto. Olhou em volta, deu

alguns passos procurando Dane, Léo e nada. Caminhou para as cadeiras,

encostou sua mala e sua mochila e ligou seu celular. Lembrou que estava

desligado e que se aconteceu algo eles podem estar ligando. Viu muitas

mensagens de Léo, do seu pai, de Bruna e Lary, e apenas uma de Dane. Sem

saber qual ver primeiro decidiu pela ordem que estava.

Grupo: três mocinhas elegantes

@Bruna: E aí vaca chegou?? Olha não esquece de usar as bolas

tailandesas que te dei hein safadaaaa.

@lary: Por Deus Nininha me diz se chegou bem, e se você achar que

o lugar não é legal vem embora direto me avisa que vejo tua passagem por

aqui e Bruna, deixa de ser puta.

Aff! Respondo essas duas depois. Pensou Nininha. Saiu do grupo e

viu a mensagem de seu pai que queria saber se estava bem, mesmo ainda que

não tivesse encontrado os meninos decidiu por responder que estava tudo

tranquilo e que a viagem foi ótima. Olhou as de Léo, eram muitas, uma atrás

da outra que diziam: linda, te adoro, saudade, não vejo a hora de estar com

você e por aí vai. Ainda lendo as mensagens de Léo, recebeu uma notificação

de nova mensagem e era de Dane. Abriu e leu:

@Dane: Estou chegando.

@Dane: Já estou aqui e você continua linda, minha menina.

Na hora que ela terminou de ler abaixou o celular e olhou em volta,

seus olhos marejados não deixando ela focar direito. Tantas pessoas e ela só

queria ver duas. As borboletas em seu estômago já não voavam, davam

cambalhotas ansiosas para encontrar certo olhar. Se esforçando sem


conseguir encontrar, mandou uma mensagem.

@Nininha: Ei, vai ficar brincando de pique esconde, cadê vc?

@Dane: Estou a dois passos de te pegar.

Quando ela foi olhar novamente em volta foi agarrada por trás. Um

agarre que quase a fez desmanchar no chão. Mãos em sua cintura, lábios em

seu pescoço. Sussurros doloridos em seus ouvidos de saudade, de volúpia e

de desejo. Como ela pôde imaginar que este homem não a quisesse mais.

Ponto para Bruna!

Ela e suas borboletas tentaram se virar para encontrar a face de um

daqueles que levam toda sua sanidade ladeira a baixo. De encontro com

aqueles olhos azuis hipnotizantes ficou apenas admirando e sem se controlar

deixou seus sentimentos se materializar em lágrimas, pequenas gotas

salgadas que definiam muito bem o quanto ela sentiu de saudade. Dane foi

limpando suas lágrimas com os dedos de cada lado, dizendo tentando

conforta-la:

— Eu sei minha menina, nós sentimos exatamente o mesmo. Foi

terrível ficar longe de você, para mim então foi devastador. Não quero ter que

ficar muito tempo longe de você de novo. Ainda mais te deixando só, sem

mim ou Léo.

— Eu fiquei com medo, Dane, medo. Achei até que isso que eu sentia

pudesse diminuir com a distância, mas estava enganada, só aumentou. E você

quase não falou comigo esses dias e cadê o Léo? Ele não veio? Quero vê-lo.

— Relaxa amor, estamos juntos agora e vou provar a você cada

minuto que estiver aqui o quanto sentia tua falta.

— Nooossa! Minha amiga Bruna me disse exatamente isso.

— Sábia sua amiga.

— Aaa pelo amor de Deus nunca diga isso perto dela, já se acha a tal,

com provas então. Ponto pra ela de novo. Rsrsrs. E Léo onde está, não pôde


vir?

— Não pôde, ficou agarrado numa entrega que só ele podia receber,

ficou chateado. Pediu que eu te alimentasse, que dissesse que está morrendo

de saudades e a levasse para casa que vai nos encontra lá para fazermos um

tour juntos os três.

— Um tour, vocês vão me levar para passear pela cidade? — Falou

toda empolgada.

Dane cruzou os braços pela cintura dela a apertando mais e

levemente fazendo ela quase tirar os pés do chão deu-lhe um beijo sufocador

e respondeu todo safado:

— Nessa viagem o único tour que você vai fazer com a gente é de um

quarto ao outro, podendo pousar pela cozinha, corredor e sala. E o primeiro

passeio desse tour será no meu carro que está estacionado sugestivamente em

uma vaga com ponto cego para curiosos. Vem, eu quero você e precisa ser

agora.

Ele pegou a pequena mala que ela trazia, agarrou em sua mão e sem

esperar nenhuma reação a puxou em direção ao estacionamento. Ela só teve

tempo de enganchar a mochila no ombro e seguir aqueles olhos de mar ao pôr

do sol que ela já conhecia. Foi toda sorridente, ela e suas borboletas e sabiam

precisamente o que esperar.

Andando pelo estacionamento Nininha pensava, por isso ele deve ter

demorado a encontrar ela na saída do vôo. Ele escondeu praticamente o carro,

quase num buraco no subsolo. Um lugar realmente afastado de tudo e todos, e

percebeu que não havia câmeras por ali também. Que menino maléfico, sabia

com certeza o que queria fazer ao estacionar em um lugar como este, isso

tudo a deixava ainda mais excitada. Chegando a um carro todo preto com

Insulfilm preto em todas às janelas, ele largou a mala, empurrou ela no carro

e começou a beija-la com furor, suas mãos subiam e desciam pelo seu corpo.


Deixando a mochila cair no chão, ela pôs suas mãos no pescoço dele,

puxando-o mais próximo possível. Ele roçava sua ereção latente no meio de

suas coxas e ela cada vez mais se abria para lhe dar acesso. Rebolava o ponto

que mais precisava na protuberância da sua calça jeans. Quando ela

começava a descer suas mãos em direção ao fecho ecler dele, ele as segurou

parou de beija-la e a olhando firme nos olhos disse:

— Não aqui fora, não estamos tão protegidos assim.

Soltou-a e pegou suas bolsas colocando na mala. Nininha não saiu do

lugar, ofegante, descabelada disposta a qualquer coisa que ele quisesse,

completamente arrebatada por uma nuvem sexual que os rondava. Ele por sua

vez fazia cada movimento sem tirar os olhos dela ou de seu corpo. E ciente

de que era também observado fazia questão de que seus músculos dos braços

ou sua evidente ereção não fossem esquecidos.

O pulo pelo susto que ela tomou quando Dane bateu a mala do carro,

fez Nininha elevar os olhos de suas calças para seu rosto, o que a fez perceber

com o sorriso sacana que ele tinha, que ele fez isso para tirar ela do transe em

que estava. Ela sorriu sem graça e perguntou:

— E agora o que fazemos?

Ele passou por ela bem pertinho e sussurrou com autoridade abrindo a

porta do carona:

— Entre no carro.

Uau! Ela adorava quando ele ficava assim todo mandão, autoritário.

Mas lhe dava um certo frio na barriga também. Bom ela não seria louca de ir

contra ele ainda mais agora quando ela queria fazer o que ele quisesse. Estava

perdida essa menina!

Sentada no carona, observou Dane dar a volta no carro por trás,

olhando em volta. A expectativa só aumentava dentro daquele carro, ela se

sentia sozinha até ele abrir e se colocar em seu lugar atrás do volante. Toda


aquela presença dominante inundou o ar dentro do carro. Por um momento

ela achou difícil respirar, ele não tirava os olhos dela, o que ela achava

completamente intimidante. Sem graça abaixou seu olhar e sem que notasse

abriu um pouquinho a boca suspirando de tanta tensão erótica.

— Excitada?

— Simmm...

Ela respondeu levantando o olhar para ele novamente, uma gota de

suor descia por sua têmpora até seu maxilar. O que não passou despercebido

por ele. Então ele se movimentou em sua direção e lambeu. Ainda sem se

movimentar, ela deixou escapar um pequeno gemido ao sentir sua língua

passar do seu maxilar até sua têmpora. Abriu os olhos sem se lembrar que

havia fechado e deu de cara com os olhos dele completamente intrigantes. A

temperatura aumentou.

— Está com calor, Nininha?

Disse isto, roçando os lábios e o nariz em seu rosto. Ela não entendia

o poder que ele tinha com ela que a fazia ficar como uma estátua a espera de

qualquer coisa que ele quisesse lhe dar. Ele pegou agarrou seu queixo

fazendo-a acordar um pouco e disse:

— Você não me respondeu, não temos o dia todo. Está com calor?

Mais uma vez aquele tom de autoridade. Ela não conseguia entender o

porquê isso fazia suas entranhas se derreterem e se esvair pela sua vagina.

— Sim... Morrendo de calor.

— Imagino, também com tantas roupas. Por que você não retira sua

calça e sua blusa para ficar com menos calor e ainda me dar o prazer de ver

seu corpo de novo. Minha menina.

— Aqui?

— Sim. Você não faria isso por mim?

— É que... Eu… — Sem palavras Nininha tentava responder.


— Vou tentar fazer você entender melhor. O quanto você é minha,

Nininha? O quanto você está disposta para estar comigo? Porque eu quero

você, aqui e agora e já estou ficando louco com tanta demora.

— Eu também te quero, é que eu nunca fiz isso e você está diferente.

Eu sou sua, muito sua.

— Eu não estou diferente, esse sou eu louco de tesão por algo que é

meu, no caso seu corpo. E como você mesmo disse você é minha então só

falta fazer o que te peço. Confie em mim.

Ao terminar ele a beijou, gostosamente deixando seus lábios inchados

e seu corpo preparado para o prazer. No fim do beijo ela se pôs rapidamente a

retirar essas peças de roupa que deixavam as mãos dele tão longe de onde ela

mais precisava. Ele também retirou sua calça. Ao vê-la de calcinha e sutiã

ficou admirado com tanta beleza. Em todo seu corpo havia uma camada fina

de suor. Seus pelos estavam bem dourados contrastando com o tom

bronzeado de sua pele, o que fez seu pau dar um impulso dolorido. E o fato

dela ter feito o que ele pediu, o deixou ainda mais alucinado. Dane gostava

desses jogos, ele tinha essa necessidade, às vezes, de se sentir no controle. E

Nininha era difícil de domar, mas acabava cedendo. Tantas coisas ele

imaginava fazer com ela. Não se aguentando de tanta espera a agarrou,

praticamente voou sobre seu corpo, e mesmo o espaço sendo pequeno

conseguiu com maestria afastar o banco do carona o posicionando do jeito

que queria. Ajoelhado entre suas pernas não se conteve e arrancou sua

calcinha, abriu uma bala e pôs na boca, perguntou se ela queria uma, mas ela

respondeu que não, não era bem bala que ela estava querendo no momento.

Ele levantou cada uma de suas pernas colocando-as sobre o console. E diante

da imagem brilhosa de entre as coxas de Nininha, levantou o olhar faiscante

para ela e vendo-a completamente rendida diante dele disse assim:

— Não pense que você é a única a estar rendida aqui, lembre-se que


eu sou o que estou ajoelhado para o seu prazer. Rendidos estamos, rendidos

somos.

Após dito isso Dane abocanhou Nininha para leva-la a um lugar onde

ela só vai ao estar com ele ou com Léo. E aos poucos a sensação da sua boca

em seus lábios vaginais foram ficando refrescante e ela logo lembrou da bala

que ele pôs na boca, safado será que ele sabia que ia causar esse efeito? Que

loucura! Ela segurou com suas mãos o encosto de cabeça e, se permitiu ao

luxo de ser possuída pela boca e língua de Dane que pelo visto estava faminta

e muito, muito refrescante.

Altamente sensível após alguns pequenos orgasmos, Nininha já não

aguentava mais e precisava dele em um lugar mais profundo. Puxou ele pelo

cabelo e quando ele a olhou com o rosto completamente vidrado de tesão,

pediu-lhe desesperadamente:

— Eu quero você Dane, preciso de você dentro mim, agora.

Rapidamente Dane se posicionou diante dela, novamente em uma

posição quase contorcionista por conta do pouco espaço, livrou seu membro

da prisão de sua calça e cueca, a beijou o que a fez sentir o seu próprio gosto

através dele. Luxuriosamente passou a sua cabeça inchada e dolorida por sua

umidade ainda crescente e avisou:

— Eu estou completamente fora de mim, eu sou apenas sensação

neste momento. Se eu estiver sendo muito bruto você precisa me dizer.

Contigo me sinto como um animal no cio. E numa situação como esta, de

reencontro, e contando com o fato de estarmos dentro de um carro em um

lugar público só aumenta toda a loucura.

— Sim... Simm... Eu sei... Me sinto assim também.... AaaaaaaAaa

Dane... Por fa...vorr... Me toma...... Agooora.

E sem mais nenhum segundo de espera, Dane se afundou dentro dela

e só ouviu um gemido lascivo, ele a olhou para ter certeza de não ter a


machucado. E observou após o gemido um sorriso de pleno gozo. O que o fez

sorrir e se sentir o homem mais feliz da face da terra. Sua menina também

precisava de um pouco de força. Assim martelou firme e constante em busca

de seu próprio prazer que agora sim era ejacular e dentro dela, fazendo-a

ainda mais dele, marcando-a com seu sêmen.

Minutos depois após aquela sensação pós foda de total letargia passar,

começaram a se desenrolar e riram juntos por não entenderem muito bem

como chegaram naquela posição em tão pouco espaço. Enquanto Dane se

ajeitava no banco do motorista, ajustando o ar e ligando o som, ela passava

sua mão bem devagarinho na janela fazendo desenho, pois os vidros estavam

embaçados com tamanha atividade dentro do carro. Estava ainda semi nua e

deitada, sem forças para nada a não ser olhar para Dane e se apaixonar ainda

mais.

Dane a olhou passou a mão por seu sexo desnudo e disse:

— Ei minha linda, não vai se vestir?

Sorridente meio debochando dele respondeu:

— Bom, você precisa se decidir, tira a roupa, bota a roupa... Assim

fico indecisa.

— Pois bem então eu decido por você.

Tirou sua t-shirt azul escuro e lhe deu para colocar.

— Coloque isso, vai lhe cair como um vestido. Não precisa de calça,

fica mais fácil para retirar depois. Também nem precisa pôr o tênis de volta.

— Você é louco? Não posso andar por aí com uma camisa sua

enorme e sem calcinha.

— Quem disse que você vai andar por aí. Iremos direto pra casa, vai

descer dentro da garagem então estará apenas disponível aos meus olhos e

aos de Léo se já estiver em casa. Acho até que vai me agradecer.

— Dane você está impossível. Mas tá aí gostei da ideia, assim não


terei tanta roupa pra ficar no joguinho de tira tudo rsrsrs e estarei aqui no

banco do carona completamente disponível para seu toque até chegar em sua

casa, isso é claro se você quiser.

— Eu que estou impossível? Acho melhor você ir sem a blusa

também e tire o sutiã, pronto assim vai ficar perfeito.

— Gracinha, nem tanto Dane.

Ela rapidamente pôs a blusa e ajeitou o banco para partirem. Ele

retirou uma garrafinha de água que estava sabe lá onde e a pôs no meio de

suas pernas enconstando aquele recepiente meio gelado em seu clitóris

abusado.

— Ahhhhhhh, Dane!!

Disse ela retirando a garrafa dali.

— Você perdeu completamente o juízo?

— Não amor, só estou refrescando você um pouquinho.

— Mas ali?

— Ué, foi você que disse que deixaria ela disponível para mim até

chegarmos em casa então vai se preparando porque é chão do aeroporto para

lá, quase 40 min à minha inteira disposição.

— Aí meu Jesus Cristinho das malucas que falam sem pensar antes,

me ajuda!

Dane caiu na gargalhada com a prece engraçada que ela tinha feito e

saiu com o carro para estrada. E mesmo após os dois terem tido um momento

inesquecível, ainda faltava mais. E eles teriam ao chegar em casa, lá estariam

completos.


Capítulo 31: Poliamor?

Na viagem de carro para casa, Dane e Nininha conversaram

bastante.

Ela lhe perguntou sobre o serviço, ele respondeu o que podia. Falaram

sobre o Léo e sua péssima comida e entre um assunto ou outro Dane não

perdia a oportunidade de explorar seu sexo nu que estava a disposição. Ora

passava os dedos deixando-a quase a beira do precipício, ora apenas

estacionava sua mão ali em seu monte como se fosse seu lugar, de maneira

casual. O que a deixava aflita e se contorcendo, enquanto ele fingia não

entender e continuava a conversar como se estivesse tudo normal. FDP!!!

Quase perto de casa após alguns minutos de silêncio, Nininha soltou:

— Voltei a pintar.

— Que bom amor, é algo que você gosta muito então não deve ficar

muito tempo sem o fazer.

Meio sem graça olhou, sorriu, virou o rosto para janela e disse:

— E decidi sair da faculdade.

— O quê? Por quê?

Nininha suspirou e tentou explicar.

— Dane eu comecei a fazer TI porque achei mais rápida e de mais

fácil retorno. Mas hoje pensando melhor só acho que estou perdendo tempo.

Não suporto informática.

— Eu te entendo. Mas preciso que você entenda que para conseguir

hoje em dia uma colocação boa nesse país é preciso ter ensino superior. Veja

eu e Léo somos formados em direito o que nos levou à uma ótima colocação

profissional ao passarmos no concurso, cada um no seu campo de interesse.


Informática também abrange várias profissões.

— Eu sei... Mas sabe, eu não quero mais.

— Tudo bem, podemos pensar em alguma outra área de seu interesse.

Não se preocupa estaremos do seu lado seja o que for que você escolher, mas

acho imprescindível você cursar uma faculdade.

— Obrigado! Achei que você ia dizer que sou uma burra por largar

tudo.

Dane pegou sua mão levou à boca e deu um beijo.

— Você pensou isso de mim, minha menina. Fiquei triste, você deve

fazer uma péssima ideia da minha pessoa.

— Não Dane não é isso. — Passou sua mão no rosto dele e

continuous. — É que você é todo certinho, achei que, sei lá não iria entender.

— Vejo que vou ter que me empenhar em mostrar a você que não sou

esse ogro que você pensa. Bom, e então, algum campo que esteja interessada?

— Sim, porém quero terminar esse ano apenas sondando as minhas

opções, tantas coisas mudaram, vocês me mudaram.

— Mudamos? Para melhor, espero?

— Sim, sim, acredito que para melhor. Me sinto mais forte, decidida e

corajosa. Não, talvez só um pouquinho corajosa. Rsrsrs.

— Entendi. Bom, aqui estamos essa é nossa casa. E agora que você

está aqui é que lembrei que nem arrumamos nada, merda deve estar uma

bagunça.

A porta da garagem se abriu através do controle que Dane apertava.

Nininha espiou para ver onde os seus meninos moravam. Até que não estava

nada mal pela fachada. Uma casa simples, de dois andares com varandas.

Uma garagem espaçosa para um carro e uma moto. Bikes. Quinquilharia de

meninos que gostam de brincar de carrinhos. Aff! Um quintal bacana com

um chuveirão, algumas plantas, tadinhas quase mortas e, uma enorme bola de


pelos saltitante latindo e indo em sua direção. Rapidamente Nininha fechou a

porta que estava abrindo para descer e voou para Dane intrigada.

— O que é isso? Um cachorro?

— Nossa! Bem perceptiva você. Esse é o nosso Brutus. Vem vamos

conhecê-lo ele com certeza vai se apaixonar por você como nós.

— Endoidou de vez... Ele é um... Brutus enorme e eu... Eu... Sou uma

pequena Olívia palito.

— Hahahaha você é cômica. De palito você não tem nada.

— Tá me chamando de gorda seu ogro?

Dane saiu do carro rindo como um meninão e foi chamando o tal

Brutus de forma brincalhona.

Dizia: Vem Brutus, conhecer a dona da casa suculenta.

De dentro do carro ela pensava, nem morta saio daqui. Então notou que a

porta grande da frente estava aberta e de lá sai Léo, recém saído de um

provável banho, mais lindo do que lembrava com a barba um pouco por

fazer, abdômen mais definido do que nunca, ela pensou que ele deve ter

malhado muito essas últimas semanas. Valeu apena. Que delícia!

Ele andou, falou com Dane que o cumprimentou e apontou rindo com

a cabeça para ela dentro do carro. Léo abriu um sorriso lindo fazendo-a

desmanchar e veio em sua direção. Ela baixou o vidro do carro e disse sem

pensar:

— Tem levado a sério essa coisa de abdominal (idiota não acredito

que disse isso e quase salivando).

— Oi pra você também. E posso saber o que você está fazendo ainda

dentro deste carro?

— Ah, sim. É que os cachorros não gostam muito de mim.

— Tem certeza? Eu sei de dois cachorros que são apaixonados por

você, cachorros grandes.


— Palhaço... Rsrsrs

— Anda vem, temos pouco tempo para passar aqui com você e já

estou perdendo minutos preciosos.

Léo abriu a porta do carona e praticamente tirou ela de dentro do

carro. Quando ela se pôs de pé em sua frente, ele não se aguentou e grudou

sua boca na dela que logo respondeu sua investida pulando em seu colo,

colocando os braços atrás de seu pescoço e enrolando suas pernas na cintura

dele. Automaticamente como em um encaixe perfeito, ele colocou suas mãos

em cada banda de sua bunda e a encostou no carro. Se deram alguns minutos

de um belo amasso. Era óbvio que ele havia percebido que ela estava nua e

com a camisa de Dane. Ao parar de beija-la olhou para seu amigo que os

observava e fazia cafuné no Brutus.

— Você é o melhor brother do mundo, trouxe meu presente semi

embrulhado do jeito que eu gosto. Sinto muito Brutus meu querido, mas a

dona da casa você conhece depois. E você, gostosa, vem para um tour no meu

quarto.

Carregada por Léo em direção à casa, foi rindo de felicidade. Notou

que ao passar por Brutus ele cheirou e lambeu seus pés enquanto Dane

beijava sua bochecha e dizia:

— O que não faço por você irmão, haha, não disse amor que ele iria

adorar. Podem ir lá, vou pegar suas coisas e dar comida ao Brutus e encontro

vocês depois, divirtam-se.

Realmente a casa estava um pouco bagunçada fez ela lembrar... Casa

de meninos, e logo dois. Ele a levou direto para um quarto, pouco

organizado também, jogou ela na cama cheia de roupas em cima, que foi

jogando no chão enquanto subia por cima do corpo dela. Afoita Nininha

Beijou ele e passou a mão naquele abdômen cheio de gominhos que estava

deixando doida. Ele retirou sua blusa e se concentrou nos seus seios.


Arrebentou a renda do meio transformando o sutiã em trapos.

— Porra Léo, precisava rasgar meu sutiã?

— Sim, você provavelmente já não tem mais a calcinha que

combinava, então pra que o sutiã? Compramos outros pra você depois.

Chupou e chupou seus seios, deixando os bicos no tom que desejava.

Ela só sabia se contorcer e gemer com essa atenção toda aos seus mamilos

sensíveis. De repente ela lembrou que devia estar suada e fedida, afinal suou

como louca no carro com Dane e fora toda a lambança que o sexo deixou.

— Léo por favor eu preciso de um banho, eu estou toda suada e

melada.

Ele a olhou de entre seus seios e disse:

— É assim mesmo que a quero princesa... Bem melada. – Respondeu

ele maroto.

Voltou a chupa-la e mordisca-la e indo por sua barriga em direção ao

seu osso do quadril beijando e lambendo, mantendo seu estado de loucura.

Fez o que gostava lambia, mordia e chupava na linha de seus quadris.

— Léo... Por favor... Eu preciso de um banho vou me sentir melhor.

— Você está ótima... Está cheirando a sexo e isso é excitante. Mas se

realmente a faz sentir melhor, vem vamos ao banheiro não importa como e

onde o importante é eu ter você pra mim.

Ele levantou e a puxou com ele. Sua toalha já havia caído e jazia no

chão próximo a cama fazendo companhia a t-shirt de Dane e o coitado de

seu sutiã. No banheiro, Léo ligou o chuveiro e entrou junto com ela, não

deixando seus lábios se descolarem ajudou-a se ensaboar demorando nas

partes que mais o interessava. Ela também aproveitou e fez check-in em cada

parte do corpo dele. O tesão só aumentava, a água e o óleo de banho que

usavam faziam seus corpos escorregarem, o toque ficou bem mais sensível, o

cheiro marcante de sândalo e outras ervas. Algo diferente no ar. Ela


perguntou:

— Léo o que há nesse óleo, ele parece diferente.

— Sim princesa, esse óleo é especial serve para sensibilizar mais

ainda a pele e deixar o clima ainda mais gostoso. Tá sentindo? Comprei

pensando em você.

— Sim... Muito... Aliás tô adorando.

— Sabia que ia gostar, vamos pra cama.

— Não... Não quero ir para cama.

Nininha foi virando de costas para Léo que logo se encaixou em suas

costas e disse em seu ouvido:

— Então diga o que você quer princesa sou todo ouvidos.

— Quero que você deslize para dentro de mim.

E foi feito. Uma de suas mãos atrás da cabeça dele, e sua outra

passava pelo box que estava embaçado, deixando marcada a palma de sua

mão. Léo se movimentava lentamente dentro e fora dela, às vezes bem

profundo e girando o quadril, às vezes raso e rápido. Sempre a deixando na

borda. Léo levou sua mão da cintura dela até o vinco entre suas nádegas. Ela

sentiu um pouco mais do óleo caindo em suas costas. Ele parou os

movimentos por um instante, deixando ela intrigada.

— Léo o que vai fazer?

— Princesa precisamos preparar esse bumbum para mais tarde. De

hoje você não escapa, nós queremos estar em você, os dois juntos como já

falamos, então nada melhor que uma brincadeira de leve para ir te

preparando.

Léo disse isso rebolando vagarosamente dentro dela, enquanto levava

um dedo em sua abertura traseira rodeando devagar forçando sua entrada.

Aumentou suas investidas e com a outra mão foi direto ao ponto necessitado

de Nininha. E ela seguiu seus movimentos com seu quadril, empinando cada


vez mais sua bunda e rebolando de encontro às suas estocadas.

— Isso Princesa, devagar e sempre. Tenho certeza que você vai curtir

junto com a gente. Prazer sem limites.

Ele foi introduzido aos poucos o dedo e quando já estava na metade

pôs o outro junto e continuou até o fim, deslizando para dentro e fora em

ritmo excitante. Provocando gemidos sexys, ela praticamente roronava feito

gatinha. Aceitando o prazer que Léo lhe dava. Completamente envolvidos

pelo sexo carnal que faziam chegaram ao orgasmo juntos. Terminaram o

banho entre sorrisos e brincadeiras.

— Por que será que Dane não subiu para estar com agente?

— Calma princesa já disse que de hoje você não escapa, logo, logo

você terá os dois literalmente grudados em você.

Dando um tapa no ombro largo de Léo, Nininha saiu do banheiro

catou a blusa de Dane para se vestir.

— Se você ficar falando assim eu vou acabar com medo de vocês.

Disse olhando para ele que se movimentava pelo quarto a procura de

roupa para vestir. Ela achou uma boxers branca e lhe mostrou.

— Está procurando isto?

— Sim me dá.

— Nananinanão... Já que vocês resolveram acabar com minhas roupas

íntimas, eu vou usar a de vocês.

Colocou a boxer dele o mais sensual que podia ser. Com um sorriso

ele respondeu:

— Sem problemas, se esse é o preço por rasgar suas calcinhas por

mim tudo bem. Tenho várias boxers. Só... Preciso achar.

— Hahaha é verdade, que bagunça, não se acha nada nessa zona.

— Ei não diga isso, eu me entendo nessa confusão.

— OK, estou vendo você muito bem entendido.


— Você está me zoando, quer levar umas palmadas nessa bunda

redonda, vem cá.

Ela arregalou os olhos e num impulso saiu correndo do quarto de Léo

indo para sala. Quase ao chegar esbarrou em Dane.

— Opa, já está fugindo? Tão cedo.

Rindo feito louca e tentando controlar a respiração, respondeu a Dane:

— Não, sim... Mais ou menos. É que Léo disse que ia me dar umas

palmadas por eu dizer que o quarto dele é uma zona. Rsrsrs.

— Vem eu te protejo, por enquanto, até porque você está certa o

quarto dele é uma zona mesmo. Está com fome?

— Faminta.

Ela deu a mão a ele que a levou para sala de jantar, onde tinha sobre a

mesa sacos de quentinhas, parecia comida caseira. Antes de sentarem à mesa

ela viu Brutus todo relaxadão em frente a porta de correr que levava da sala

para varanda. Quando Dane percebeu sua cara disse que era preciso que ela

se acostumasse com ele, porque ele fazia parte da casa e estava sempre em

todo canto. Vencida foi junto a ele conhecer o grandalhão, logo se derreteu

naquele olhar carente que só um cachorrinho fofo sabe dá. Se agachou e fez

carinho nele que se virou de barriga para cima implorando mais carinho, e ela

lhe deu. Dane achou ótimo a facilidade que os dois se deram bem, mas já

estava se chateando por ela ter que dividir a atenção entre Brutus também.

— Vamos, chega de Brutus. Vá Brutus, vá deitar.

O cão olhou para Dane com um olhar de pedinte.

— Ok ok Brutus, só mais um pouquinho.

Como se entendesse, Brutus passou a cabeça nas mãos de Nininha

que o afagou mais um pouquinho e saiu preguiçosamente para um canto

deitar.

— E então, Brutus agora tem sua atenção também?


Disse Léo descendo às escadas.

— Pois é irmão, mais um para disputarmos atenção.

— Vocês dois são dois chorões, ninguém aqui tem que disputar a

atenção de ninguém. E vamos comer, estou cheia de fome. Vocês acabaram

com minha energia.

Dane a agarrou por trás e foi levando-a aos beijos até a mesa onde

Léo já havia se acomodado. Sentaram comeram, conversaram, flertaram.

Estavam os três muito felizes, nenhum deles se lembrava de qualquer

problema da vida lá fora. Essa bolha em que estavam era cheia de

companheirismo, amor, amizade e desejo. Os laços entre os três a cada

minuto se fortaleciam. Passaram a tarde de certa maneira se conhecendo

melhor. Brincaram juntos no quintal com o cachorro, e até tomaram banho de

borracha ao final da tarde. Tudo isso num clima de muita brincadeira e

sensualidade. Nenhum dos três esqueciam a vontade e o desejo de estarem

juntos. Para Nininha que teve os dois mais cedo, não conseguia evitar de

pensar em tê-los juntos novamente. Precisava e ansiava por isso. A cada

toque, beijo e carícias que recebia e retornava durante o dia, ascendia ainda

mais o fogo dentro dela. Absolutamente rendida à espera do ataque dos dois.

Para eles, fazia parte esse jogo de sedução. Passar a tarde com

Nininha em um clima misto de brincadeiras e suave excitação. Eles queriam

mantê-la na borda o tempo todo para que esta noite, fosse a mais perfeita. A

ideia era para que quando ela voltasse para casa não tivesse dúvidas do

compromisso que queriam com ela, da verdade de seu relacionamento e do

futuro vibrante que teriam a frente.

Com a noite chegando, foram os três se arrumar para irem jantar fora.

Léo já estava pronto e aguardando bebendo sua cerveja na sala e pousando

sua mão safada na coxa de Nininha que estava a vestir as sandálias ao lado

dele no sofá.


— Para Léo, de levantar meu vestido.

— O que eu posso fazer se minha mão tem vida própria, princesa. Aí!

— Ah desculpa Léo, é que minha mão também tem vida própria.

Léo olhou ameaçadoramente para ela após ela ter batido em sua mão.

O que fez Nininha se levantar ligeira e sair de perto dele sorridente.

— Apanhando de mulher... Tsc, tsc, tsc... Quem te viu quem te vê

hein. Oh, todo poderoso Léo!

Dane falou ao descer às escadas, complementando, olhou para sua

menina e disse o quanto ela estava linda, olhou para Léo e disse o quanto

estava feio como sempre.

— Deixa de ser viadinho Dane e vamos logo.

— Já vou gazela saltitante.

— Oi? Gazela saltitante? Vocês me matam de tanto rir.

— É faz parte do nosso show, fazê-la sorrir. — Disse Léo todo

charmoso.

Dindon dindon

Brutus latiu em direção ao portão. Dane olhou para Léo, que olhou

para Dane com a mesma expressão de interrogação. Mas quem falou foi

Nininha:

— Ué gente, estão esperando mais alguém para ir conosco?

— Não — Responderam.

— Então quem deve ser?

— Não sei, vou lá olhar, aliás vamos todos assim já saímos. Deve ser

seu Almir que cuida do Brutus pode ter esquecido algo. — Falou Léo.

- É verdade, vamos. — Disse Dane.

Os três foram para o quintal. E enquanto Dane abria o carro Nininha

prestou atenção ao Léo que foi abrir o portão. Notou que ele se assustou com

quem encontrou do lado de fora. O que aumentou sua curiosidade para saber


quem era.

— Oi docinho, vai sair, está um gato nessa gola pólo. Onde vai?

Posso ir com você?

Léo não conseguia pensar em um só motivo para entender o porquê

dessa mulher bater em sua porta. E ficou ainda mais desnorteado com tantas

perguntas. Dane ouviu a voz de Lia, automaticamente olhou para Nininha e

viu uma expressão confusa em seu semblante. Bom então eram os dois.

Pensou ele. Logo se dirigiu até Nininha e pôs o braço entorno de sua cintura

observando com ela a cena que se desenrolava no portão. Porém, Nininha não

se conteve em só olhar, ainda mais tendo ouvido a voz melosa e a sequência

de perguntas.

— Quem é ela Dane? E o que está fazendo aqui? E por que diabos

está chamando Léo de docinho?

Perguntou Nininha por entre os dentes.

— Ela trabalha na recepção da agência e não, não sei o que ela está

fazendo aqui e muito menos como sabe onde moramos. E esse é o jeito dela

falar com todo mundo.

— Muito ingênuo você não saber como ela sabe do endereço de vocês

já que ela trabalha na sua agência. E se ela fala assim com todos, deve estar

diabética com tanto melaço.

Dane olhou puto para Lia que se esticava toda através de Léo para

olhar além do portão. E quando avistou ele e Nininha no quintal foi logo

dizendo:

— Olha, não perderam tempo, o que ouve com toda a paixão que

tinham pela mocinha do Rio?

Léo fechou um pouco o portão e disse enfim:

— Essa é nossa namorada, veio do Rio nos visitar. O que você quer

aqui Lia, e como você conseguiu nosso endereço?


Conseguindo uma brecha entre ele e o portão se esgueirou e saiu

entrando sem ser convidada encarando Nininha e o braço possessivo que

Dane tinha sobre ela.

— Bom, bom, eu vim para lhe devolver o celular que esqueceu

comigo mais cedo docinho, e aproveitar para perguntar se gostariam de uma

companhia, mas vejo que já estão acompanhados. Prazer querida eu sou a

Lia e você, é a Nininha né? Bem "inha" você mesmo, esperava mais.

Dane fez que ia responder a sem noção, porém Nininha gesticulou

que não, e ela mesmo o fez:

— Para você apenas Paulina, não te conheço como nada para lhe

permitir meu apelido na sua boca. Ou melhor, não diga nem meu nome, pois

não é milho para estar na boca de galinha.

— Uau, pegou pesado, docinho. Mas tudo bem eu te entendo, eu sei

sou intimidante.

Nessa hora Nininha fez que ia sair do lado de Dane e ir direto na cara

daquelazinha. Mas Dane não permitiu segurando-a no lugar pedindo para ela

se acalmar. Então ela só disse:

— Garota vai embora daqui agora ou eu não respondo por mim e vou

te mostrar que de "inha" eu só tenho o apelido.

Léo pegou no braço de Lia e a puxou até o portão dizendo:

— Você é louca garota, agora você passou dos limites, nunca te

demos essa intimidade para vir em nossa casa. Eu mesmo vou mandar um

memorando pedindo seu afastamento por falta de decoro.

— Isso mesmo Lia, vai embora infelizmente o que você conseguiu

com isso tudo é sua provável demissão. — Completou Dane.

— Não, vocês não podem fazer isso comigo, sabem que preciso do

emprego.

— Você pediu Lia, veio aqui e implorou por isso, chega, vai pra casa.


— Disse Léo revoltado.

— Tá OK, desculpa e tome seu celular, cuidado ao perder ele por aí,

ainda bem que foi comigo. E desculpa querida pelo incomodo tudo não

passou de um mal entendido. Não se chateie, afinal é você quem está com os

durões da PF.

— Sou eu mesmo, morra de inveja, querida.

O som do portão batendo cortou o ar que estava tenso depois da

passagem enlouquecida do furacão Lia. Léo trancou o portão e por um

segundo esperou para olhar para Nininha. Nunca estiveram numa situação

como essa em que eles realmente tinham medo de perder alguém por uma

enrascada dessas, em que uma mulher sem escrúpulos se aproveita de pontos

cegos para forçar parecer uma coisa que não é.

Virando encontrou sua Nininha o olhando firme, com olhos de águia

provavelmente querendo achar qualquer indício de mentira em seu rosto.

Então ele lembrou que não estava devendo nessa história, e que a verdade

estava do seu lado então seguiu até ela para se explicar.

— Vamos Léo eu quero uma explicação, o que essazinha estava

fazendo com seu telefone.

Sem muito o que fazer Dane tentava acalmar Nininha passando a mão

em seu cabelo e dizendo que a Lia era louca. Que deve ter encontrado o

celular de Léo e se aproveitou para se aproximar deles. E blá blá blá.

— Cala boca Dane. E me larga, fiz a Pergunta ao Léo, foi com o

celular dele que ela estava, então ele é que tem que me responder.

Eles se estremeceram ao som ríspido nas palavras dela. Viram que sua

garota não era só uma menina meiga, mas uma guerreira pronta para a luta.

Léo não estava preocupado porque não tinha feito nada de errado, só

precisava mostrar para ela o quanto Lia distorceu os fatos.

— Princesa não faz assim, não fique brava comigo eu não fiz nada.


Aquela mulher é louca, e quer fazer parecer como se eu estivesse esquecido o

celular com ela. Mais a verdade é que eu devo ter deixado em algum lugar na

agência, ela achou, ou alguém achou e entregou a ela, e a sem noção teve a

brilhante ideia de vir me devolver.

Nininha encarou Léo por alguns minutos fez que iria se aproximar

dele, mas deu meia volta e entrou para sala. Eles se entre olharam e a

seguiram falando uma série de palavrões intercalados com eu vou matar essa

Lia.

Dentro da casa não a encontraram na sala, foram na cozinha e a viram

na geladeira pegando uma cerveja. Ficaram os dois em silêncio olhando-a de

longe. Ela por sua vez abriu a cerveja deu uma longa golada sem tirar os

olhos deles também.

Na verdade ela fuzilava os dois. Bateu com a lata na bancada e

perguntou:

— Algum de vocês já ficou com ela? Juntos ou separados?

— Não! — Falou Dane

— Nunca! — Suspirou Léo

— Mas ela com certeza quer, e com os Dois né? Tá na cara de puta

debochada dela.

Dane tomou a direção da conversa já que Léo por incrível que pareça

pareceu bloqueado para isso. Foi se aproximando com cuidado, passou por

ela pegou uma cerveja para ele abriu e sentou na cadeira ao lado.

— Olha Nininha não podemos dizer que não sabemos do interesse

dela por nós, mas nós nunca incentivamos isso. Ela tem esse jeito pegajoso

com todos que a cercam. Porém, como nós não lhe damos a atenção que

deseja parece que ela força mais ainda. Por favor meu amor, confia na gente,

não teríamos por que mentir. Olha para o Léo, está apavorado com a ideia de

você brigar com ele. Nunca vi ele assim. Não deixe que essa perturbada


estrague o que estamos tentando construir os três juntos.

Ela levantou sua latinha tomou outro gole longo e se levantou olhando

de Dane para Léo sem saber como lidar com a situação. Metade dela dizia

que essa história estava muito mal contada. Aquelazinha estava com muita

intimidade com eles, mas a outra metade via na cara deles que eles diziam a

verdade. E pelo nipe da "bunita" podia imaginar ela dando mole para todos

os oficiais que trabalhavam envolta dela. Sua cabeça estava à mil, se pelo

menos ela tivesse dado uns tabefes na cara da docinho de merda choca. Que

ódio! Lembrando disso apontou o dedo para Dane e disse com raiva:

— Olha aqui da próxima vez que eu quiser bater em alguém não me

segure ou vou bater em você. Entendeu? Eu devia ter dado um tapa na cara

dela talvez estivesse menos nervosa agora. E quanto a isso tudo eu já sabia

que uma hora ou outra ia aparecer mulheres no nosso caminho, do passado de

vocês ou querendo ser seu presente, porém não achei que fosse ser tão rápido.

E logo em um momento que estamos tentando solidificar nossa relação. Se

ponham no meu lugar e se fosse ao contrário? E se fosse alguém insinuando

algo sobre mim e parecesse altamente provável.

— Já a conhecemos o bastante para saber que você jamais faria algo

contra nós, principalmente traição. — Disse Léo se aproximando a ela.

— Pois é, se algum homem ousasse falar isso ou qualquer outra coisa

de você eu daria um soco na cara dele.

Batendo palmas sarcasticamente, Nininha jogou sua latinha na pia e

falou para Dane:

— Bonito. Você pode dar porrada e eu não. Muito engraçado. E Léo é

muito fácil você dizer que confia assim em mim numa situação igual a essa,

sendo que você é que está nessa sinuca de bico. Olha só, apesar de tudo, eu

conheço esse tipo de mulher, invejosa e recalcada. Sei bem o que é capaz de

fazer para infernizar a vida dos outros. E tudo o que posso ver agora é a


verdade nos olhos de vocês, espero não estar enganada, quero acreditar em

vocês. Só que... Eu sou uma pessoa muito insegura e passa um monte de

coisas na minha cabeça em relação a vocês, não sei se serei o suficiente para

vocês e não tenho certeza se vocês vão conseguir resistir à todas “essasinhas”

que aparecerem. É confuso eu sei... Mas é assim que me sinto, talvez isso

mude com o tempo, isso só o tempo dirá. Agora estou chateada, não quero

mais sair para jantar, por favor me desculpem. Quero subir e ficar um pouco

sozinha.

Levantando da mesa Dane foi até ela e a abraçou dizendo:

— Eu, nós poderíamos ficar dias falando para você o quanto você é

mais que suficiente para nós, mas como você mesmo disse só o tempo vai lhe

ensinar a confiar completamente no nosso amor. É uma pena que você não

queira mais sair, queríamos uma noite memorável. Infelizmente por conta de

uma infeliz não vai ser como o esperado.

Léo se pôs do seu lado pegando em sua mão entrelaçando seus dedos

nos dela e colocou em seu peito apertando em cima das batidas do seu

coração. Ela virou um pouco o rosto para olhar para Léo, viu seu semblante

triste e escutando o que dizia:

— Por favor, não deixe que alguém inescrupulosa como ela acabe

com o que temos. Que acabe com nossos planos. Precisamos de você, sente

meu coração acelerado ansioso por você. Me perdoe por ser esquecido e

acabar largando meu celular e causar tudo isso. Mas, por favor, não estrague

nossa noite, não se afaste de nós, fique aqui conosco... Vamos conversar,

jogar, brincar com Brutus, ver TV qualquer coisa. Mas não se afaste de nós,

temos pouco tempo para estar juntos e construir nossa relação.

O que esses homens tinham que a deixava mole só em tocá-la e assim

entre eles era bem pior. Como raciocinar, como ficar brava e bicuda. Nininha

acomodou sua cabeça no abraço de Dane, ainda olhando para Léo. Seus olhos


se encheram d'água o que fez os olhos de Léo também encherem. Ele se

aproximou ainda mais e encostou sua testa na dela, abraçou os dois ela e

Dane. Ficaram os três ali juntos por minutos em silêncio apenas abraçados

sentindo toda a energia do amor que sentiam um pelo outro rondando à sua

volta. De repente um soluço vindo de Dane interrompe o silêncio. Ele se

afasta olha para Léo e Nininha e diz chorando:

— Eu amo vocês, porra! Eu amo muito, vocês são minha família parte

de mim. Não tem mais o que pensar, o que falar, e não há no mundo alguém

que possa destruir o que temos. É diferente, é incomum, algo inexplicável e

inesperado, rápido. Temos que fazer um favor ao universo e aproveitar cada

minuto juntos, os três.

— Nossa brother, nunca vi você assim tão sentimental. Eu amo vocês

também, e quero que saibam que ninguém fará com que eu desacredite de

vocês, precisamos confiar em nós até que provemos o contrário. Nosso

triângulo tem que ter uma base forte e essa base é a confiança. Amor

arrebatador sem explicação é uma dádiva de Deus temos que vivê-lo com

sabedoria e fazer jus ao presente que recebemos.

Nunca na vida Nininha se sentiu tão amada, tão envolvida, tão

próxima do divino. Porque esse momento estava se tornando algo mágico,

sublime. Ela não teria como falar do inexplicável, só sentir. Uma certeza se

iniciava ali, a que eles se pertenciam. E não havia nada que pudesse mudar

isso. Não seria um ser odioso como aquela mulher e muitas outras que

poderiam aparecer, que ia acabar com a legitimidade desse sentimento único.

Os três nasceram para estarem juntos, eles estavam juntos e permaneceriam

assim até quando Deus permitisse.

— Eu... Eu amo vocês dois também... Amo muito, não sabia o que era

o amor antes de conhecer vocês. Agora estou totalmente subjugada por essa

sensação plena de ter achado minhas almas gêmeas. Eu nasci para vocês, eu


sou de vocês e ninguém vai tirar vocês de mim.

Ao terminar Léo puxou Nininha dos braços de Dane e com

sofreguidão foi beijando-a como se o mundo fosse acabar amanhã. Arrastou

ela da cozinha para a escada. Chegando ao segundo andar olhou para trás a

procura do seu amigo que estava logo atrás deles. Dane passou por eles e

seguiu direto para frente da porta de seu quarto, parou ali e recebeu Nininha

em seus braços, passou as mãos por seus cabelos e disse:

— Os planos para nossa noite mudaram um pouquinho, mas o plano

para nossas vidas não. Achava que era muito cedo para novos caminhos,

caminhos que vamos trilhar juntos, os três. Mas não é, nosso caso é diferente,

já entendemos isso, então nada melhor que iniciarmos nossa vida da maneira

que tem que ser: Juntos.

Dane esticou o braço abriu a porta e fez sinal para ela entrar. Ao

entrar, Nininha olhou em volta, estava um pouco escuro, mas podia ver vultos

meio brilhantes no teto, logo conseguiu identificar quando Dane ascendeu a

luz e levou um susto com o que viu. Uma série de balões metalizados

vermelhos e pratas em formato de coração e cheios com gás hélio flutuando

no teto. Eram tantos que não conseguia contar. Haviam fitilhos pendurados

neles dando um toque todo especial. Sobre a cama havia um ursão de pelúcia

branco segurando um coração felpudo vermelho escrito "Nós te amamos". E

como se tudo já não estivesse romântico o suficiente, no meio da cama havia

uma caixinha de veludo vermelha. Ela ficou ali diante daquela cena,

encantada esperando cair da cama e acordar. Em vez de acordar sentiu Léo e

Dane se aproximar, ainda atrás dela, e se posicionarem cada um atrás de um

lado seu e tocar em sintonia os lábios em seus ombros nus. Ficou

completamente arrepiada dos pés a cabeça. Léo foi quem deu um passo à sua

frente e falou:

— E aí gostou princesa? Nós nunca fomos românticos antes, mas


queríamos fazer algo que marcasse sua estadia aqui, algo que de alguma

forma lhe mostrasse o quanto nós te amamos. E então, diga alguma coisa?

— Calma Léo, não vê que ela está ainda surpreendida, isso é um bom

sinal.

Verdade seja dita, jamais ela podia imaginar que eles pudessem um

dia fazer algo como isto. Nunca passaria pela sua cabeça. Mas então ela

estava ali vivendo aquela cena parecida com as que já viu várias vezes em

seus livros, mas nenhuma comparada a que estava vivenciando agora. Ela

esticou o braço e levou sua mão para acariciar o rosto ansioso de Léo

dizendo:

— Não tenho palavras Léo, está tudo tão perfeito, que tenho medo de

estragar com meias palavras. Isso tudo é mais do que mereço, tenho medo de

tudo isso ser um sonho e eu acabar acordando toda babada naquela mesa lá

na praça de alimentação do shopping onde tudo começou. Vocês estão me

fazendo viver um sonho do qual não quero nunca acordar.

Dane a abraçou por trás por completo cheirando seu pescoço e

mordiscando na linha do ombro. Enquanto isso Léo se aproximou à sua frente

e com as mãos em cada lado de seu rosto fez com que ela olhasse para cima

em sua face, encostou bem perto do seu corpo, movimento seguido por Dane

atrás dela. De repente o ar se tornou rarefeito, foi resumida à uma ilha

cercada por eles. Completamente derretida entre os dois, fazia um esforço

para respirar, tentava a todo custo enconstar seus lábios nos de Léo, mas ele

fugia tornando tudo mais intenso. Dane pôs suas próprias mãos sobre as dela

e pegou cada uma levando-as à bunda de Léo. Como uma marionete a fez

pressionar mais ainda Léo ao seu corpo o que fazia automaticamente ele

pressionar por trás. Ela sentia o tamanho de seus desejos por ela, roçando a

frente e atrás. Do nada percebeu também que estava com os olhos fechados e

estavam os três em um tipo de dança erótica, o que a fez soltar um gemido e


no impulse, mordiscou o lábio inferior de Léo. Dane continuava a fazê-la

pressionar com as mãos na bunda de Léo e começar a fazer um movimento

circular. Seus quadris encaixados num rebolar insano. Eles estavam em

posição meio agachada para o encaixe se dar melhor. Dois homens

extremamente grandes, másculos, lindos e gostosos rebolando em sintonia

junto com ela. Léo enfiou a língua possessivamente por entre seus lábios sem

pedir passagem, Dane tirou suas mãos de cima das delas e as levou para seu

seios, os manipulou com maestria enquanto rebolava roçando em sua bunda e

dava chupões em suas costas e nuca.

Nininha não ousou tirar as mãos da bunda dura de Léo e apertava com

vontade, o que tirou um sorrisinho dos lábios dele. Ela jurava que se

continuassem assim poderia até gozar só de roçar e ser roçada por eles. E os

três continuavam num movimento de puro pecado, se tocando em todas as

partes. Léo foi diminuindo o ritmo e fez uma pergunta a Nininha:

— E aí princesa, ainda tem dúvidas de que isso não é um sonho?

Ainda tem dúvidas de que te amamos, ainda tem dúvidas que esse sentimento

arrebatador e intenso está realmente acontecendo entre nós?

Ainda se contorcendo nos braços de Dane louca de desejo, Nininha

fez um esforço para se concentrar e responder ao Léo.

— Acredito que nossa conexão nos permite ter certeza do que

sentimos um pelo outro, as dúvidas vem porque somos humanos e ainda não

sabemos lidar com algo tão visceral como o que está acontecendo com a

gente. E quanto a dúvida se isso é um sonho, só vou ter certeza de que não é,

quando sentir vocês dois profundamente dentro de mim.

Dane praticamente urrou atrás dela e a fez virar para ele, olhou em

seus olhos e repetiu que a amava, que era a menina dos seus sonhos. Tocoulhe

os lábios com sua boca em um beijo quente e especial. Do nada Léo

pegou sua mão e a chamou, ela percebeu que ele já estava sem a blusa. Foi o


seguindo até a cama e nesse meio tempo olhou para Dane que os

acompanhava e retirava parte de sua roupa também. Ao encostar na beira da

cama lembrou da caixinha de veludo vermelha.

— O que tem nessa caixinha? — Perguntou ela com tom abismado.

— É para você amor, nós queremos você em nossas vidas. Esses dias

sem você foi um martírio para nós, pensamos e conversamos muito sobre

nossa relação. Com a ideia de você vir nos visitar decidimos por firmar nosso

compromisso. — Falou Dane.

Os dois riram da cara de espanto que ela fez, provavelmente porque

imaginou que seria uma aliança ou algo assim, pensavam eles. Léo fez ela

sentar na cama e pegou a caixa e pôs em sua mão. Dizendo:

— Calma não tenha medo, ainda não é o que você está pensando. E

do jeito que seu pai parece ser não seríamos loucos de passar pela autoridade

dele diante de um pedido importante. Essa lembrança é apenas algo para que

você se lembre de nós o tempo todo...

— Mas vocês não saem da minha cabeça.

— Sim Princesa, é apenas algo simbólico, abra.

Ela abriu a caixa e dentro havia um lindo cordão. Havia um símbolo

com um coração em pé e dois deitados formando o símbolo do infinito. Era

lindo, ela se emocionou pois nunca ganhou nada parecido. Parecia uma jóia

de valor. Não conseguia falar, apenas admirar seu presente. Deu graças a

Deus que não era nenhum anel, porque não saberia o que dizer se fosse, ou se

iria aceitar.

Dane vendo que ela ainda estava em choque com o presente, pegou o

colar e com gentileza colocou em seu pescoço que estava à amostra pelo

vestido tomara que caia.

— Nós achamos esse cordão apropriado para nossa relação.

Buscamos saber o significado deste símbolo e descobrimos que ele representa


o "poliamor". É o conceito de que nós somos livres para amar mais de uma

pessoa ao mesmo tempo. No caso somos denominados como um "Trisal". E

vai além do sexo, as pessoas podem construir sua vida como ter família

vivendo com mais de uma pessoa. Exatamente como queremos com você. —

Falou Dane.

— Ele é de ouro branco e se você olhar atrás vai ver nossos apelidos

gravados em cada coração. O seu, no coração de base em pé, e os nossos em

cada um que se entrelaça ao teu. O que achou?

Ainda sentada na cama, e ainda rodeada por eles, Dane após lhe

fechar o colar em seu pescoço beijou o fecho repousado em sua nuca,

enquanto Léo beijou o símbolo que repousava em seu colo. Praticamente

flutuando numa nuvem de amor tentou agradecer:

— Cada minuto que passa vocês me tiram mais às palavras. É

simplesmente maravilhoso e pelo que você disse Dane faz todo sentido para

nós. Me sinto lisonjeada carregar comigo a marca que nos representa e com

seus nomes gravados. O que posso dizer... Eu amo vocês.

Léo beijou sua boca quando ela terminou de falar, enquanto Dane

retirava seu vestido. Ela ajudou levantando um pouco. Já estava sem sutiã

então ficou só de calcinha e sandálias. Dane se levantou e retirou o restante

de suas roupas ficando gloriosamente nu. A puxou pela mão levantando-a,

Léo seguiu o movimento ajudando a retirar sua calcinha. E conforme descia

por suas pernas ia pousando beijos pelo caminho. Logo depois também se

despiu observando seu amigo acariciar os seios de sua princesa. Quando eles

iriam direciona-la na cama ela os parou e disse:

— Dane, Léo eu... Queria pedir uma coisa para vocês, se vocês

quiserem é claro.

— Diz o que é, amor.

Enquanto eles passavam suas mãos em seu corpo ela tentava criar


coragem para lhes fazer um pedido.

— Eu gostaria de... De... Em vez de falar eu posso apenas fazer?

— Claro princesa, o que você quiser.

Com a resposta de Léo ela se ajoelhou no chão entre os dois. Seu

rosto ficou na altura de seus membros enérgicos.

Olhando para aqueles pênis duros, enormes, desenhados a mão por Deus,

passou a língua sugestivamente pelos seus lábios e olhando para cima nos

olhos de seus amantes agarrou cada um com suas mãos pela base. O que fez

ela ouvir gemidos fortes vindo de cima. Um sorriso confiante apareceu em

seus lábios. Lábios que deram abertura para que sua língua vagasse de um

membro ao outro provando às gotas de prazer em que ali brotavam. Suas

mãos faziam movimentos de vai e vem. Ela se concentrava em um e depois

em outro. Os meninos estavam loucos com a cena que se desenrolava abaixo

neles. Gemiam, urravam. Alternavam em puxar o cabelo dela ajudando nos

movimentos. Nininha tomava seu tempo lambendo, chupando e engolindo

cada um no seu tempo. Tentava chegar a base de cada um com a boca, o que

era um pouco difícil, mas tentava com gosto. Deixou os dois úmidos com sua

saliva e mais firmes que concreto. E na loucura do ato em si, pôs os dois na

boca ao mesmo tempo o que só aumentou o tesão com tanta libertinagem.

Claro que não cabia tanta gostosura assim em sua boca, mas só o fato de

tentar a deixava inchada, molhada vidrada de desejo. Fez ela imaginar como

seria quando estivessem os dois juntos dentro dela. Seria possível. Tão

grandes. Tão duros. Perdida dando ao seus homens um prazer luxurioso foi

pega de surpresa quando Dane a pegou pelos ombros e a jogou na cama. Léo

acariciava seu membro a olhando, Dane estava fora de si retirou suas

sandálias e subiu beijando suas pernas e coxas até chegar ao seu centro e ali

se perder mais uma vez.


— Vê Princesa, você nos tem loucos... Me dê um pouco mais dessa

sua boquinha gostosa.

Nininha cruzou as pernas pôr sobre a cabeça de Dane e rebolava o

quadril para cima em direção à sua boca esfomeada. Ao mesmo tempo que

vorazmente tomava Léo em seus lábios.

Sem pudor e sem pressa. Eles deixavam ela quase perto de cair no infinito,

mas não deixavam ir. Preparavam ela para algo mais intenso. Maior.

Mudaram de posição algumas vezes e quando eles próprios não

aguentavam mais, posicionaram ela sobre o Léo que deslizou para dentro

dela a levando mais uma vez a beira e mais uma vez não deixando ela

ultrapassar. Dane se movimentava atrás dela, ela sentiu ele jorrar lubrificante

em sua abertura traseira. Gemendo feito louca recebeu os dedos de Dane que

friccionavam dentro dela. E por incrível que parecece estava aumentando seu

tesão.

— Vem Dane... Estou pronta... Preciso de você também... Preciso dos

dois dentro de mim.

— Tem certeza amor, não queremos te machucar, forçar a barra.

Estou alucinado de mais, e uma vez estando dentro de você não sei se

consigo parar.

— Brother, se decide logo aí porque eu estou quase morrendo.

— Dane, o único momento que você vai parar é após gozar junto com

Léo dentro de mim. Vem!

Rapidamente Dane se alinhou entre às bandas dela, e aos poucos foi

se introduzindo ao som dos gemidos de agonia e tesão que ela soltava. Ao

tentar se acostumar com a invasão ela se arriscou a se movimentar também

entre eles. Seus corpos suados e febris. Aquela energia rondava os três

novamente. Obscenamente se consumiam, eles passavam as mãos em seus

seios, puxavam seus cabelos. Léo chupava um seio ao mesmo tempo que


Dane apertava o outro. Ela se contorcia com tantos estímulos ao mesmo

tempo. Dane pressionava com o dedo seu clitóris. Aos poucos ela foi se

quebrando em pequenos orgasmos que pareciam ser uma contagem

regressiva para um bem maior e avassalador. Tão cheia, tão completa. Os

meninos por sua vez também sentiam que iam explodir a qualquer momento.

Estavam os três completamente sensíveis. Diziam palavras de amor e

eróticas. Seus sentidos estavam flutuantes.

De repente os três se jogaram juntos no infinito, tudo o que sentiam eram

suas células vibrando de prazer imensurável. Gritos, sussurros e gemidos

foram emitidos das três bocas que se amavam. O quarto tornou-se turvo aos

seus olhos, pois não tinham forças para focar em nada. Totalmente tomados

por uma sensação de plenitude e prazer, se jogaram um de cada lado de

Nininha e ficaram ali tentando retomar o controle sobre seus corpos que no

momento eram apenas massa mole e vibrante de um clímax inesquecível.


Capítulo 32: Comer ou Comer?

#Nininha

Uma chuva torrencial caí lá fora, e eu aqui leve, nas nuvens,

mesmo quase esmagada entre dois corpos quentes e duros. Esses meninos

parecem polvos, não sei da onde vem tantas pernas e braços sarados. Não

que eu esteja reclamando, senhor! Porém, não tem como não comentar.

Não há melhor sensação do que acordar sentindo a respiração de

quem você ama ao pé do ouvido. Bem... Até há sensação melhor, como

quando sentimos o homem que amamos no interior do nosso corpo e, melhor

ainda no meu caso, é quando senti os homens que amo sem distinção ao

mesmo tempo intimamente dentro de mim.

Aqui estou eu, olhando ainda encantada para os balões no teto e pelos

cantos do quarto, repassando cada segundo da noite passada onde o ponto

alto foi a dupla penetração. Nunca na minha vida imaginei algo como isto. E

Principalmente mesmo que já tivesse ouvido falar jamais me veria em uma

situação como esta. Confesso dizer que era até preconceituosa em relação a

tudo isso. Sexo a três? Achava pura libertinagem. Algo do submundo. Mas o

sentimento agora, é a convicção que tudo que vivi até então com esses dois

Deuses do Olimpo não tem nada a ver apenas com envolvimento físico de um

relacionamento. Mesmo quando estou com um ou com outro, é carnal sim,

amoroso sim e sublime. Porém, quando estamos os três, num triângulo... É...

Completamente perfeito, é carnal também, mas o divino é sentido em cada

toque trocado. É psicológico, emocional, instintivo, luxurioso, enérgico,

supremo, espiritual... Não consigo definir. Estou exausta e imagino que meus


dois dorminhocos também, mesmo assim só de pensar já estou toda arrepiada

e molhada e, novamente pronta para eles, pronta para a sensação que só eles

são capazes de me fazer sentir. Me mexo e remexo na cama entre eles, mas

eles estão realmente apagados. A noite foi longa e intensa.

Apesar da chuva noto que já está amanhecendo, sinto um aperto no

coração ao imaginar que mais tarde estarei indo embora para quilômetros de

distância deles e deixa-los aqui agora depois da entrega e da afirmação que

estamos em um relacionamento sério, me deixa ainda mais triste. O pior

disso tudo foi ver a materialização do meu medo ontem com aquela cadeLIA.

Eu vou e eles ficarão aqui a mercê das investidas daquele "docinho azedo".

Que ódio!

Calma Nininha!!! Apesar de sentir que eles realmente não tem

interesse naquelazinha e que estão realmente empenhados para que nossa

união dê certo, tenho que lutar contra essa minha insegurança que cisma em

fazer parte do meu eu. Merda! Balanço a cabeça como se fosse desaparecer

as imagens deles com a galinha.

Tento analisar a situação com calma e percebo que se resolvi entrar

nessa canoa repleta de emoções tenho que erguer a cabeça e assumir que sou

a menina de seus olhos e que isso só mudaria quando eles provarem o

contrário. Viveremos mesmo este tal poliamor? Aliás preciso me lembrar de

pesquisar e entender tudo isso e, principalmente, procurar saber se deu certo

com outras pessoas. Um mundo novo ao qual eu estou disposta a enfrentar,

pois nunca deve ser pecado amar, pecado é se abster da oportunidade de viver

um amor verdadeiro e puro. Façamos como o mestre mandou, amai uns aos

outros. Eee ensinamento porreta esse!!

(...)

Suspirando, Nininha se esforça para sair do agarre do qual não queria


sair, pensando em preparar também uma pequena surpresa para aqueles que a

fizerem a mulher mais feliz do mundo na noite passada. É claro que não

conseguiria sem muito preparo e tempo ultrapassar a grandiosidade que foi a

surpresa que eles lhe fizeram com a decoração e o lindo cordão que

ostentava em seu pescoço. Mas se esforçaria para preparar um café da Manhã

digno de Deuses como eles. Afinal, eles precisavam recuperar às energias

para novamente relembrarem momentos de uma noite inesquecível.

Resolveu esquecer tudo que fosse ruim e decidiu aproveitar este dia

da melhor maneira possível. Levantando foi ao banheiro, tomou banho,

escovou os cabelos. De vez enquando seu corpo lembrava o quanto foi usado

e abusado. Alguns movimentos a faziam ranger os dentes de tão sensível que

suas partes íntimas estavam. Indo à cozinha e procurando mantimentos para o

café, perguntava como seria se eles morassem juntos. Será que o sexo seria

assim todos os dias? E se o fosse, será que seria ela capaz de aguentar esses

dois furacões? Fez uma anotação mental que iria precisar voltar para

academia, para pelo menos adquirir um pouco mais de resistência física.

Uffa! Cansou só de pensar. Voltando a pensar em o que fazer para comerem,

encontrou alguns ingredientes para tapioca. Decidiu fazer tapioca com alguns

possíveis recheios salgados e um bolo de chocolate, ela precisava de um

pouco de chocolate. Encontrou também algumas frutas, fez uma vitamina de

banana maçã e farinha láctea, suco com o restante de uma melancia e

também um cafezinho. Indecisa do que eles gostariam tentou diversificar.

Nesse meio tempo, ligou o som, não tão alto para não incomodar seus

meninos, colou em uma rádio bem relaxante para preencher o ambiente.

Entre um afazer e outro, deu uma organizada na sala e cozinha, e depois

montou uma mesa de café da manhã para quando eles acordassem. Só faltava

agora o bolo que estava assando. Varrendo a sala percebeu Brutus arranhar a

porta como se pedindo para entrar. Ainda melindrosa, pensou se deixava ou


não ele entrar, afinal estava sozinha talvez ele estranhasse ela. Acabou

optando por deixa-lo entrar, convenhamos, ele morava ali e é ela quem

deveria se adaptar, se tornar parte da vida dele também. Ao abrir a porta

aquela bola de pelos entrou saltitante e feliz se esgueirando aos seus pés em

busca de um pouco de carinho. Extasiada com a forma que ele a olhou, se

abaixou e acariciou seus pelos conversando com Brutus. O cão ficou ainda

mais ouriçado pelo afeto retornado, que a derrubou no chão em busca de

mais. Desajeitado iniciou uma brincadeira com ela entre às carícias a fazendo

rir igual criança.

— Vejo que você e Brutus estão se dando muito bem. Devo ficar com

ciúmes?

Nininha levantou o olhar por cima da cabeça do cão e avistou um dos

colírios para seus olhos. Dane. Lindo, irresistível num shorth azul claro, que

contrastava com sua pele e fazia combinação perfeita com seus olhos sempre

hipnotizante e com ar de perigo. Lembrou na hora o momento em que ele

estava a sodomizando enquanto Léo também a penetrava. Sua pele

esquentou e provavelmente ostentava além do cordão e da regata que usava

de um deles, um lindo tom avermelhado em suas bochechas.

A vontade que ela teve era de correr em sua direção e agarra-lo ali mesmo no

final da escada e implorar para ele ser mau com ela de novo. Massss....

— Ei garotão... Conquistando nossa garota?

Brutus foi mais rápido. Correu para um de seus donos com o rabo

balançando em sinal de felicidade, recebendo em troca outro afago gostoso.

Ela olhava ainda hipnotizada e excitada o gesto de carinho entre cão e dono.

No fundo ela estava indócil desejando aquelas mãos em seu corpo

novamente. Meio tonta de desejo se ajeitou e levantou do chão. Pensava em o

que estava acontecendo com ela, era só um deles estar presente que a

percepção do mundo à sua volta mudava. Tudo ficava extra sensorial. O ar


era quase palpável de tão denso. E o calor insuportável.

Dane é claro ficou encantado ao ver seu Brutus fazendo sua Nininha

sorrir. Quando acordou e não a encontrou em sua cama se preocupou, achou

por um momento que ela pudesse ter ido embora ao lembrar da cena

lastimável que Lia fez ontem. E pensando naquela sem noção, ficou muito

puto. Levantou da cama deixando Léo roncando sozinho. Escutou o som de

música então acalmou-se, pois percebeu que sua menina deveria estar lá

embaixo ouvindo música e quem sabe preparando algo para comer. O que

seria fantastic, pois ele estava azul de tanta fome. Dar prazer a sua mulher era

extremamente gratificante, mas demandava muita energia. Fez suas higienes

e se direcionou ao primeiro piso da casa. Ao chegar à escada ouviu o som

mais lindo do mundo, e não vinha da rádio. Era a risada quase infantil, sem

censura de sua menina. Quando avistou ela em uma brincadeira com Brutus,

parou e ficou dali os admirando. Eles o viram e seu cão foi mais rápido.

Enquanto afagava seu amigo de quatro patas, encarava sua menina. Via

como sua presença a afetava, seu rosto não escondia a reação de seu corpo

que provavelmente vibrava assim como o dele também. A noite de ontem

tinha sido magnífica, algo nunca vivido antes. Aliás ele começou a perceber

que tudo com ela parecia sempre a primeira vez e como se fosse escrito pelo

destino. O momento em que ele e seu amigo a tiveram do jeitinho que

queriam e desejavam, entre eles, foi altamente perceptível o quanto foram

feitos um para o outro. Como em um encaixe perfeito.

— Muito bem Brutus, agora vai... Vamos, vai... Preciso falar com

minha menina. — Disse Dane quando viu Nininha corada se levantando do

chão indo em sua direção, feito uma gatinha manhosa.

Meio à contra gosto Brutus se virou languidamente e se direcionou ao

seu cantinho de sempre próximo à porta, assistindo a aproximação de seu


dono com sua menina. Até o cão sentia os ares mais quentes.

Os dois se encontram no meio da sala atrás de um sofá.

Automaticamente Dane enfiou uma mão por trás da nuca de Nininha

entrelaçando seus dedos nos seus cabelos a segurando por alguns segundos à

sua frente. Possessividade emanava por cada poro de seu corpo. O que fazer

Nininha se não ronronar feito gatinha e se render ao beijo avassalador que

veio em seguida.

Dane subiu a blusa dela e a levou para o sofá, deitando sobre ela.

Sofregamente ela tentava arrancar fora aquele shorth dele, mas ele não

deixou. Levou suas mãos para cima de sua cabeça, isso tudo sem parar de

beija-la. Até que ele pausou a olhando e sorrindo maliciosamente perguntou:

— Está querendo alguma coisa?

Afoita Nininha contorcia seu quadril buscando algum alívio roçando

na ereção escandalosa no shorth dele e ainda lutava contra a força que ele

fazia contra seu corpo, a subjugando.

Quando ela iria responder, Dane fechou sua boca num beijo duro e molhado

deixando-a sem ar.

— Não, você não pode querer nada agora. Porque no momento eu só

quero você nua aqui na minha sala, no meu sofá para eu saborear esses seios

lindos antes de tomar meu café. Teria feito isso na nossa cama, mas acho que

deu formiga e minha gatinha saiu.

Com uma risada gostosa Nininha roubou um beijo antes que ele se

direciona-se ao local mencionado com fome no olhar.

Ao alcançar os seios mais lindos que já viu só vinha uma palavra em

sua cabeça "meus". Mandou ela segurar as mãos no braço do sofá, por alguns

segundos apreciou o presente que ele e Léo escolheram para ela lembrar deles

a todo tempo, e que belo significado tinha esse pingente, seus corações

entrelaçados ao dela. Em estado de felicidade completa iniciou seu ataque


aos montes de picos rosados, o intuito era deixar em tom vermelho. Sabia

que quando Léo os visse assim, ficaria louco de inveja e tesão. O que só

aumentaria o desejo dos dois em tê-la juntos novamente.

Dane tirou a box que ela usava deixando-a totalmente nua. Do jeito

que queria. O fato dele fazer isso, tê-la assim ao seu dispôr o excitava ainda

mais. Quanto a ela, estava completamente disponível e precisando do ataque

bruto e lascivo que Dane fazia.

Nininha esperava uma transa rápida antes do café, mas não era a

intenção de Dane. O sexo não era o objetivo final. Ele precisava criar

imagem afetiva com ela, precisava namorar num rala gostoso como

adolescente. Tudo foi muito rápido até agora. Apesar de sentir que ela estava

querendo ir além de um amasso e seu próprio corpo também, ainda assim

Dane pensava que não, a noite passada foi muito nova pra ela provavelmente

deveria estar ardida ainda. Ele devia cuidar dela. Diante disso, lembrar que

hoje ela iria embora fazia seu coração se apertar. Então sabia que o melhor

deveria guardar para mais tarde quando estivessem os três juntos.

Outra coisa que o deixava bem confuso, era o fato de que com ela

virou um homem muito mais cioso, e no sexo ainda mais dominante, bruto

instintivo. E ela correspondia exatamente ao que ele desejava, sempre.

Mesmo assim estava receoso de machuca-la ou assusta-la com sua obsessão

de tê-la de todas às maneiras, tanto romântica ou por puro instinto sexual.

Precisava conversar com Léo para tentar entender tudo isso e saber se algo

mudou para ele também.

No quarto acima Léo se espreguiçou e logo percebeu que estava só na

cama. Com um sorriso de menino apaixonado e brincalhão, brincou com os

fitilhos presos aos balões em formato de coração que começavam a perder a

altitude. Levantou feliz da vida, escutava uma musica ao fundo e o melhor de


tudo, um cheiro delicioso de bolo assando. Poderia jurar que é de chocolate.

Seu sabor preferido. Eufórico e morrendo de fome tomou um banho rápido e

desceu. Já estava louco de saudades de sua princesa, precisava de seu beijo e

abraço. Desceu às escadas imaginando como seria perfeito acordar o resto de

seus dias e ter a oportunidade de estar com ela.

Mais próximo à sala avistou a provocação que Dane fazia a sua

princesa, tomando seus seios da maneira que queria. Conhecendo seu amigo

ele levaria ela ao ápice algumas vezes, mas não terminaria o serviço. Pelo

menos, não tão rápido. Ele adoraria se juntar aos dois, porém seu estômago

roncava e o cheiro do bolo e a mesa posta numa fartura, só aumentava a sua

fome.

— Dane, imagino eu que quando você acordou e encontrou nossa

Nininha com os bicos ainda rosados se prestou a difícil missão de deixa-los

na nossa cor favorita. Tô certo?

Léo foi dizendo isso indo em direção ao sofá, e beijou deliciosamente

a boca dela, recebendo uma resposta de boca cheia de seu amigo.

— "Uhumm"...

Por um momento viu nos olhos de Nininha a agonia em que Dane a

fazia passar. Sua própria boca ficou aguada para entrar na ceia que era o

corpo de sua mulher. Perdeu a fome de comida e ficou com fome de Nininha,

acariciou seu rosto e pensou em se enfiar no meio de suas pernas e se

lambuzar com seu néctar dos deuses. Mas comecou a sentir um cheiro de

queimado e disse para eles:

— Vocês tem alguma coisa no fogo, acho que está queimando. Espero

que não seja o bolo.

Dane parou os "serviços" e olhou para Léo e Nininha, que arregalou

os olhos e foi tentando afasta-los de cima dela dizendo:

— Puta merda! Meu bolo, meu bolinho... Sai, sai esqueci do bolo...


Aí minha nossa senhora das cozinheiras safadas!

Ela saiu correndo para cozinha, deixando os dois na sala rindo do jeito

dela falar, Brutus levantou e foi saudar Léo que lhe deu mais afagos gostosos

e logo voltou para seu lugar.

Dane foi até a cozinha acompanhando de Léo logo atrás. Chegando ao

batente da porta Dane parou e pôs a mão no tórax de Léo o fazendo parar

também. Os dois se recostaram cada um em um lado do batente, que por

sinal era largo. Os dois olhavam fascinados a imagem à sua frente. Nininha

estava ainda completamente nua, usando a cozinha com a maior naturalidade.

Com a porta do forno aberta e alguns panos de pratos enrolados nas mãos se

abaixou numa posição que tirou gemidos das bocas dos meninos, e retirou a

fôrma quente colocando-a no mármore da pia. Soltou um Uffa! E se recostou

ao lado da pia. Só então percebeu onde os dois estavam, notou em seus olhos

cores de desejo. Sorriu sem jeito, um pouco tímida ao perceber que estava

nua ainda e que principalmente eles devem ter visto suas obturações quando

se abaixou ao pegar o bolo. Desceu os olhos por seus corpos másculos,

avistando suas ereções imponentes. Ficou se perguntando ao concentrar o

olhar nas partes baixas de Léo "precisava mesmo estar só de box branca"?"

Léo percebendo o foco do olhar dela ficou ainda mais excitado.

Colocou uma mão na virilha ajeitando seu brinquedo aos olhos queimando de

Nininha.

— Possivelmente essa é a imagem que quero ter todas às manhãs,

nossa menina nua em nossa cozinha pronta para nos alimentar... Em todos os

sentidos. — Disse Dane para seu amigo.

— Bom eu estou faminto, em todos os sentidos também. —

Respondeu Léo.

Dane fez menção em ir para ela, mas foi barrado por Léo.

— Pera lá sabichão, você já teve seu tempo, e obrigado pelo tom


avermelhado em seus seios, masss agora é a minha vez de saciar a minha

vontade.

— Como é que é? Tá louco, vai fazer isso com teu irmão? —

Respondeu Dane.

— Brother, alguém tem que desenformar o bolo. Vou ser rápido,

termino até você servir o bolo na mesa. — Léo disse isso com cara sacana e

indo para frente de Nininha que olhava atônita para a conversa dos dois.

Ao perceber a aproximação de Léo deu uma escapadinha para o lado.

— Eiii, pera lá você bonitão da box branca, acho melhor tomarmos

café antes.

— Nãoooo. — Disse os dois em uníssono.

E Dane ainda complementou:

— Meu amor.... Acho justo Léo tomar seu tempo já que tive o meu.

Boa sorte! Não se preocupe com o bolo eu cuido dele.

Com um gritinho de susto e um pulo para trás, Nininha foi agarrada

por Léo que a levantou por baixo de seus braços e a sentou na mesa da

cozinha. Abriu suas pernas e colocou uma cadeira no meio delas e se sentou.

Puxou sua bunda mais para a beirada tirando mais um gritinho de susto de

sua boca. Deu um beijo em seu ventre, e sem perder mais tempo abocanhou

sua buceta com línguas e dentes tirando gemidos agoniantes de sua garganta,

além de descobrir que ela falava seu nome em muitas línguas diferentes e

novas.

Nininha agarrou nos cabelos de Léo e não fazendo a puritana,

arreganhou ainda mais suas pernas as cruzando nas costas largas dele e

depois sobre seus ombros se permitindo ao prazer de saciar um Deus

Olimpiano.

Da pia, Dane tinha uma visão previlegiada da menina de seus olhos

recebendo prazer pela boca de seu melhor amigo. Fascinado, se deu ao luxo


de parar e assistir. Como Léo estava concentrado no vinco no meio das coxas

torneadas de sua menina, pode visualizar toda a pele exposta ao entorno. Ele

havia feito um belíssimo trabalho em seus seios, que estavam reluzentes em

tons avermelhados. Fora os extras, como os chupões que não conseguia dizer

se foi de ontem ou de hoje, ou se foi ele ou seu amigo. Olhando no rosto dela,

via a reação e os indícios de um orgasmo vindo à tona. Sua cabeça pendia de

um lado para o outro, sua boca fazia várias formas de "o", soltando gemidos

alterados. Novamente o fez pensar na possessividade que tinha em relação a

ela. Tentou verificar alguma indicação de ciúmes, ou algum outro sentimento

nesse sentido. Mas não. Só podia enxergar felicidade, descobrindo que era

exatamente isso que ele queria para vida. Essa mulher, para amar e

compartilhar com esse amigo. Para outros poderia ser algo proibido, feio.

Mas para eles era o significado da perfeição, faria de tudo para mantê-los

assim extremamente felizes para sempre. Ele ainda estava lá atolado de

pensamentos, notou que ela abriu os olhos e como em um show particular se

insinuou toda para ele, deixando-o ainda mais excitado, duro. Tocou em seu

pênis, acariciando não para ter um orgasmo apenas para se lambuzar ao ver o

atrevimento no olhar dela.

— Ei garotão, a você coube a missão de cuidar do bolo, pode ser? —

Disse Nininha com lascívia no olhar.

— Aaahhh.... Léo.... — Gritou ela quase caindo pela borda ao sentir

dois dedos de Léo entrando sem frescura em sua vagina.

Rindo Dane foi lavar suas mãos e cuidar do bolo dizendo:

— OK, OK, cada um com seus problemas.

— "Uhummm" ... — Agora foi a hora de Léo responder com a boca

cheia.


Capítulo 33: Gosta de Chocolate?

Após Léo ter feito Nininha gozar algumas vezes até quase

morrer na cozinha, vieram para sala de jantar onde estava montada a mesa

para o café e onde no centro estava o bolo desenformado por Dane. Ele havia

saído antes da cozinha. Tentando ser o mais caprichoso possível, colocou o

bolo em uma travessa de vidro e pôs em cima a cobertura de chocolate

previamente preparada por Nininha. Isso tudo com a maior naturalidade

como se seu melhor amigo não estivesse presente fazendo um sexo oral na

mulher de suas vidas sobre a mesa da cozinha. Poderia se acostumar com isso

facilmente.

Sentou-se esfomeado e começou a montar sua tapioca, beliscar umas

frutas e tomar um cafezinho aguardando os dois. Entre uma mordida e outra

sorria ouvindo os gemidos luxuriantes que sua menina produzia ao ser

saboreada por Léo. Quis voltar lá e contribuir para essa lamúria, mas sabia

que teria tempo, mesmo que ainda fosse pouco tempo... Chateado com esse

pensamento tentou afastar a tristeza que teimava em pairar ao pensar nela

indo embora e bebericou seu café.

Os sons mudaram para respirações ofegantes e beijos estalados alguns

minutos depois os dois amantes saíram da cozinha e vieram para mesa posta.

Dane que queria algumas lembranças afetivas, já estava adicionando mais

uma à conta. Nininha andava preguiçosamente, letárgica pelo prazer


anteriormente sentido ainda nua com uma fina camada de suor que lhe cobria

o corpo e uma aquarela de cores em tons de vermelho principalmente em seus

seios e quadris, divinamente a vontade em sua casa sustentando o colar que

os representavam e trazendo uma jarra do que parecia ser um suco ou

vitamina. Esta é ou não uma imagem afetiva para ser arquivada a sete chaves

para sempre? Pensava ele.

Sorridentes Nininha e Léo foram ao encontro de Dane à mesa, que já

saboreava alguma coisa. Mas Nininha notou no seu semblante que a

satisfação e contentamento não vinha do sabor do que mastigava e sim da

imagem de seu corpo nu com marcas de seus desejos. Mesmo ainda com o

corpo dormente tentou parecer o mais sexy possível. Ela não se achava sexy,

mas no reflexo em seus olhos era assim que se enxergava.

Ao chegar a mesa, pôs a jarra de vitamina e se abaixou para beijar os

lábios de Dane. Léo lhe deu um tapa estalado em uma banda de sua bunda,

fanzendo-a saltar, e disse ao seu ouvido emendando um beijo no final:

— A propósito, adoramos a nova depilação. Ficou ainda mais lizinha

e disponível para nossos olhares, toques e bocas. Mantenha-se assim e na

próxima, eu te ajudo.

Ela não tinha como ficar indiferente ao tom que Léo disse essas

palavras. Calor subiu pela espinha. Sua nuca arrepiada, totalmente sem graça

e sem resposta, foi se sentando na cadeira ao lado de Dane fingindo não

perceber o sorrisinho cínico nos seus lábios. Lembrando que ainda estava

sem nada cobrindo o corpo pediu ao Léo que pegasse a regata que usava em

cima do sofá, já que ele havia ido abrir a janela na parede próxima.

— Não. — Rosnou Dane.

Léo e Nininha olharam para ele juntos, não entendendo o que ele quis

dizer.

— Não o quê, brother?


— Não precisa trazer a regata para ela.

— O quê? Tá louco Dane, tá eu sei que preciso de um belo banho,

mas estou com fome e quero tomar café antes. Traz Léo. — Disse Nininha

quase num biquinho.

— Não traz Léo, não quero nos privar de tê-la nua sentada à mesa

tomando café conosco. E aliás o tempo é muito curto para perder tempo com

meras formalidades, e apesar de ter chovido mais cedo o tempo está bem

abafado. — Proferiu Dane naturalmente se servindo de mais café.

Retornando à mesa Léo olhou de soslaio para Dane e avidamente

respondeu:

— Claro, porque não pensei nisso antes. Adorei a ideia, vamos

dispensar as formalidades, estamos em família. Vamos todos ficar nus em

tempo integral quando estivermos a sós em nossa casa. Perfeito.

Animado com a ideia e as possibilidades infinitas que com todos nus

não perderiam tempo em tirar as peças de roupa para o objetivo final, que era

estar dentro da mulher que amava, Léo foi se despindo da sua box. Pobre

Léo, não percebeu o olhar estarrecedor de seu amigo que ao ver que ele

estava quase com as coisas completamente de fora falou em tom alto e

repugnante.

— Léo, põe esta sunga agora, eu não disse para ficarmos nus, apenas

nossa garota. Endoidou de vez, só pode.

Nininha segurou a barriga de tanto que ria, viu o semblante de Léo

cair em tristeza. Um assanhado mesmo. Assistiu ele colocando tudo aquilo de

volta naquela filha da puta de box branca incrivelmente sexy, enquanto Dane

continuava falando, ou melhor, dando esporro no quase peladão.

— Perdeu o rumo de vez? Agora você vê se eu vou tomar café,

almoçar, andar pela casa e ficar olhando tuas coisas penduradas para cima e

para baixo. Aaaaaaaaaaaaaahhhhhhhh não, sem condições para isso. Já sou


obrigado a te aturar nu quando estamos com nossa menina, mas esse é um

contexto muito diferente. Que nojo Léo, você quase me fez perder a fome. Só

me faltava essa, uma gazela saltitante com os balangandãs ao vento por aí.

— Ei brother, não precisa pegar pesado porra. Eu só achei que...

— Achou errado, guarde tua giromba para às horas certas.

— Ah, tá bom! E por que euuu tenho que ficar nua? É nojento! —

Resmungou Nininha para Dane.

— Não, não é nojento... É um colírio para nossos olhos, combustível

para nossa fome e mantém nossa imaginação fervilhando. E se não ficou

claro ainda… — Puxou seu queixo e a beijou antes de concluir. — Também é

porque... Simplesmente... Queremos assim. E você como a boa menina que é

não vai querer desagradar seus futuros maridos, vai??

Um minuto de silêncio pairou até que Léo o cortou.

— Já te falei que você é o cara, concordo plenamente contigo. Foi mal

o lance de tirar a box.

— Foi péssimo Léo, mas tudo bem você sempre age no calor da

emoção, senta e come, se não vai desmaiar, e você também meu amor quero

você forte. Já disse o quão linda fica em tons avermelhados?

Pasma ela olhava de um para outro repassando as palavras de Dane

em seu sub consciente, só conseguia lembrar da frase "seus futuros maridos".

Isso é loucura.

Tentou disfarçar um pouco e sem força para se defender nem

questionou mais sobre colocar a regata. Também estava com muito calor

ainda, e no fundo toda essa situação inusitada a mantinha excitada. Então

apenas sentou-se em sua cadeira e se serviu de alguma coisa que nem sabia o

que era e apenas comeu. Vez ou outra saia do transe ao se deliciar com os

dois conversando e implicando um com o outro como se estivessem na

puberdade. Era lindo de ver a irmandade que existia entre os dois.


Naquela mesa podia se ver uma cena praticamente normal, se não

fosse o fato de uma mulher estar sentada tomando café nua, e entre doiiis

homens. A conversa começou a fluir naturalmente entre os três. Claro que

nininha não esqueceu a fatídica frase que ouviu de Dane, mas relaxou e

entrou no clima. Pareciam três amigos batendo papo. Exceto pelos olhares

faiscantes que vez ou outra trocavam entre eles. Falaram de tudo um pouco.

Quando Léo foi cortar o bolo os três levaram um susto. O bolo simplesmente

murchou, Léo fez uma cara de assustado. Coitado. Dane de culpado e

Nininha de susto. Sem saber o que fazer Léo soltou uma gargalhada, seguido

de Nininha e por fim Dane que tentava se defender tentando provar que não

era sua culpa.

Brutus olhava os adultos da casa e não entendia o porquê de tantas

gargalhadas. Pulava de um para o outro tentando entrar na brincadeira. Pobre

Brutus, não conseguindo a atenção que queria, apenas um afago e uma

banana, desistiu e foi dar uma volta no quintal.

Mesmo rindo junto, Dane ficou irritado e sem saber o que aconteceu

para o bolo ficar assim. Começou a dizer um monte de palavrão. O que só fez

os dois rirem ainda mais. Léo cortou com jeito um pedaço do bolo e saboreou

dizendo que não importava a forma porque estava muito gostoso. Deu um

pedaço para ela que também achou uma delícia. Porém, Dane permaneceu

reclamando. Então Nininha pegou uma colher do bolo e levou à boca do

Dane que se surpreendeu e virou um pouco o rosto, fazendo com que a calda

de chocolate sujasse seu queixo.

— Caramba Nininha vê o que você fez!?? — Disse Dane.

Enquanto Léo ria e comia bolo, ela olhou para Dane se levantou e se

inclinou para ele dizendo:

— Ver? Eu vi, agora... Eu quero é provar... — E lambeu a calda no

queixo dele — Hummm!! Assim fica bem mais gostoso. — Abocanhou e


chupou o queixo dele limpando toda a calda que havia ali.

Inertes os dois olhavam Nininha. Léo já almejava sua vez. Dane com

toda a pele pegando fogo quando o volume entre suas pernas foi aumentando

gradualmente enquanto ela lambeu e chupou seu queixo. Dolorido. Sensível.

Pungente. Viu dentro dos olhos de sua menina a devassa que conhece muito

bem. Que Tesão.

Ela levantou toda dengosa e como se não estivesse acontecido nada,

se virou em direção às escadas e disse:

— Bom estava "TUUUDOO" uma delícia, mas meninos vou subir,

preciso de um banho. AH! Vou para o quarto do Dane, pois tem banheira. —

Se espreguiçou e rebolativa foi subindo às escadas.

Ela estava começando a acreditar no poder dela sobre eles. Tudo

estava se encaixando em sua cabeça. Essa era a vida que a partir de agora

queria para si. Essa sensação de liberdade e amor. Isso era possível, viver

com eles, cada minuto amava e deseja mais esses dois. Ver os olhos de Dane

todo mandão se derretendo com suas palavras, seu toque, seu olhar lhe dava

mais confiança. Desde do inicio ele parecia ser o mais difícil de se envolver.

Porém, agora ela percebia que suas barreiras tinham se extinguido lhe dando

um acesso ainda maior. O fato dela não ter certeza como seria lidar com os

dois juntos, que eles poderiam achar que ela dá mais atenção para um do que

para outro, causando uma briga, já não passava por sua cabeça. Ela não era

ingênua ao pensar que os poucos dias que esteve com eles poderiam definir

um relacionamento a longo prazo, mas percebeu o quanto eles se amam e não

em uma conotação sexual, era uma irmandade mesmo. Talvez um tipo de

amizade tão pura e verdadeira que nunca teve acesso. Não que suas amigas

não fossem de verdade, mas ela não se via compartilhando homens com elas,

mal e porcamente roupas e sapatos. Ainda querendo entender o porquê deste

desejo deles de quererem compartilhar suas vidas com uma mulher, imaginou


se isso poderia ser considerado como opção/orientação sexual, como uns são

héteros, outros homossexuais, outros bissexuais, uns se abstém, outros curtem

dor, entre outras coisas... Então alguns preferem compartilhar. No fim, com

um pouco de preguiça e vontade de que eles subissem logo fechou o

pensamento com a seguinte conclusão: "eles tem tanto amor para dar que

transborda, e eu fui a sortuda, não vamos mexer em time que está ganhando

Nininha. Deixa quieto!"

Preparando a banheira e sorrindo com seus pensamentos, Nininha

começou a relembrar a noite de ontem. Os dois se movimentando dentro dela

tocando em lugares nunca antes alcançados. Queria novamente, apesar de

estar sensível ainda, não podia imaginar ir embora mais tarde sem tê-los

integralmente. Se eles eram os seus Deuses, o corpo dela era seu templo e sua

alma sua eterna súdita.

Lá embaixo Dane ainda estava perplexo pela atitude de sua menina.

Sabia ser a devassa quando queria. O que mais ele iria pedir a Deus?

— Cara, na boa já vi várias vezes bandidos meterem uma arma na tua

cabeça e em nenhuma vez você agiu assim, estático. Quem te viu quem te

vê, desarmado por uma mocinha. — Disse Léo debochado.

Saindo do transe Dane sorriu e respondeu:

— Acho que estamos criando um monstro.

— Concordo. E esse tal monstro tá lá no seu quarto se preparando

para entrar na banheira. E você ai paradão, seu viadinho.

Dane levantou apressadamente, engoliu o restante de sua vitamina e

seguiu no rastro de sua menina deixando Léo para trás. Logo que se deu

conta seu amigo se levantou e o seguiu todo risonho. No meio do caminho

parou de repente e disse:

— Ei espera aê brother...


— Vai fazer o que Léo? — Indagou Dane olhando para trás.

Rapidamente Léo correu até a mesa pegou a travessa de bolo

transbordando de calda de chocolate e voltou para às escadas dizendo:

— Pronto, agora vamos.

— Cara tu ainda tá com fome? Sua draga rsrss. — Falou Dane.

— Não, quer dizer até tô, mas é outro tipo de fome. Se com um

pouquinho de calda no seu queixo fez a gente louco, imagine quando eu

colocar um pouquinho de calda na cabeça do meu pau. — Explicou Léo.

A cabeça de Dane queimou de desejo ao imaginar Nininha chupando

a calda de chocolate na cabeça de seu pau, ou melhor nos dois paus ao

mesmo tempo, ou melhor ainda imaginou eles saboreando a calda sobre o

corpo dela. Logo que terminou seus pensamentos Dane tentou tirar a travessa

das mãos de Léo que por sua vez não deixou e passou a frente dele indo ao

encontro de Nininha.

— Vacilão, eu tive a ideia. — Disse Léo correndo.

— Gazela filha da puta a ideia foi da Nininha. — Correu atrás do

amigo.

— Eu sei, mas quem trouxe o bolo fui euuuu... rsrs — Léo gritou ao

entrar no quarto.

Balançando a cabeça e sorridente Dane se deu por vencido, afinal ele

também participaria da brincadeira e seguiu para o quarto. Lá avistou que

Léo ainda não havia entrado no banheiro, eles se olharam, olharam para porta

do banheiro e mentalmente apostaram uma corrida.

De dentro da banheira Nininha avistou seus lindos meninos numa

briga divertida de quem entrava primeiro no banheiro. Sorriu ao ver Léo com

a travessa do bolo nas mãos. Não cansava de os ver como dois adolescentes

quando estavam sorrindo e brincando.

— O que foi agora hein? E você Léo para quê esse bolo?


Ao som da voz de sua princesa Léo parou, fez o cavaleiro e cedeu a

passagem para o amigo que riu cinicamente de sua educação repentina. Dane

passou e foi até ela olhando para o corpo imerso de sua menina na banheira,

onde seus seios eram a atração principal por estarem semi a amostra por

conta da espuma, sua excitação aumentou. Beijou a boca dela deliciosamente

e logo foi tirando seu shorth, se direcionou para uma ducha antes de entrar

na banheira. Antes de ligar a ducha disse ao Léo:

— Então ”bunitão”, responde a ela pra quê esse bolo?

Léo pigarreou um pouquinho e sem pudor nenhum foi entrando no

banheiro com cara de arteiro e dizendo olhando para sua princesa:

— Pra gente "se" comer melhor, princesa. Que tal você sair daí só um

pouquinho e eu passar um pouco de calda nos seus peitos e barriga e quadris

e… Aaaa você sabe. — Terminou lhe dando um beijo.

Dane já estava cansado de tanto rir. Saiu do box e seguiu para

banheira. Assistindo Nininha levantando e a espuma acariciando seu corpo.

— Isso seria bom Léo, masss tenho uma ideia muito melhor... Que tal

vocês sentarem na borda da banheira e bezuntar esses paus extremamente

duros e deixar eu avaliar com minha língua, lábios e boca se o gosto do

chocolate com vocês fica bom?

Mais uma vez sorridente, pode-se dizer até feliz da vida, Dane logo se

sentou na beirada da banheira.

— Irmão, tô com ela, dois contra um perdeu, passa esse bolo pra cá e

vai se lavar ou vai perder a festa. E você sua safadinha vem aqui.

Pegando Nininha pelo braço a sentou no seu colo e começou a beijala.

Depois passou o dedo na calda e passou nos lábios dela. Saboreou com

sua língua, mordiscou e beijou com benevolência. Léo se apressou na ducha e

veio para o banquete. Entrou na banheira e ficou em pé na frente deles.

Passou o dedo no bolo e disse chamando a atenção dela:


— Bom, seja como a senhorita quiser... Vamos começar a brincadeira.

— Fez um rastro em seu abdômen do alto para baixo no pé da barriga.

Seguindo com os olhos o movimento, Nininha lambeu os lábios de

desejo e fome. Dane a acariciava os seios e beijava sua nuca segurando seus

cabelos. Léo pegou novamente mais um pouco de calda e sabendo que estava

sendo assistido pelos olhos famintos dela pôs calda com pequenos

pedacinhos soltos do bolo sobre toda a base de seu membro rígido. Notou o

"O" que se formou em sua boca. Com o dedo meio melado tocou seus lábios

fazendo com que ela olhasse para cima em seu rosto. Quando seus olhares se

cruzaram, levou seu dedo melado a sua própria boca lambeu dizendo para

ela:

— Agora... É com você, chupa.

Altamente ciente de que a brincadeira começou, não fugiu da raia.

Estava aprendendo muito sobre si mesma com esses dois. Vontades nunca

antes sentidas agora tinha, várias possibilidades ao seu alcance, mergulhou de

cabeça e assumiu esse lado safado que vivia dentro dela. Se colocou

completamente de frente para Léo sentada ainda sobre o colo quente e

preparado de Dane. Olhou malandramente entre os dois e como se tivesse

drogada de tanto desejo, falou a eles:

— Acho que para uma melhor sintonia e para que a performance

fique perfeita acho melhor ter um eixo para me dar estabilidade. — Colocou

o pênis de Dane na entrada de sua vagina encharcada e aos poucos foi se

acomodando sobre ele, ouvindo suas lamentações ao pé de seu ouvido.

Ela jogou a cabeça para traz no ombro de Dane sem quebrar o contato

visual com Léo e se deu ao luxo de sentir um pouquinho do Dane, rebolando

em seu eixo. Dane abaixou suas mãos dos seios dela para seu quadril a

ajudando no movimento. Ao passo que Léo afagava suas próprias bolas com

a mão direita e com a esquerda torturava os bicos tesos dos seios dela


assistindo como ela se satisfazia em cima de seu amigo. E é claro retribuindo

com muita luxúria o olhar que recebia.

Dane levou uma de suas mãos e puxou pelos cabelos dela deixando

seu pescoço livre. Mordeu e beijou até atrás em sua orelha e disse com a voz

rouca de tesão:

— E aí safadinha, já está segura pelo meu eixo. Como você queria. E

agora?

— Sim... Ahhhh simmmmm... Agora.... — Foi dizendo pausadamente

e se inclinando para frente — Vou saborear a obra prima que é esse pau de

Léo.

Segurou na cintura de Léo e o puxou para mais perto. Seu pênis ficou

na altura de seu rosto, roçou ele em suas bochechas. Levantando um

pouquinho, mas sem sair do encaixe com Dane, lambeu o abdômen de Léo

limpando o rastro da calda que havia ali. Deu uns chupões naqueles

gominhos esculpidos por Deus. Sentiu seu pau dar espasmos próximo aos

seus seios, lembrando o que a esperava lá embaixo. Ensandecido Léo

agarrou com as duas mãos em seus cabelos e ganindo empurrou ela para

baixo, o que causou uma quase parada cardíaca em Dane que a recebeu até o

fundo. Ele tentou loucamente controlar o ritmo de seu quadril, mas ela

empinava e arreganhava ainda mais às pernas, o que deixava ainda mais

difícil. Ele a chamava de safada, gostosa e soltava vários palavrões. Ela

adorava.

Nininha agarrou a base do membro de Léo e lambeu e comeu todo o

chocolate, que estava mais delicioso misturado ao gosto dele. Ao terminar

começou um vai e vem com a boca e as mãos. Seus cabelos e quadris

estavam doloridos de tanto que eles apertavam. Mas ela só sabia adorar tudo

isso.

— Você é tão gostosa princesa, uma princesa muito safada e gostosa.


Vejo que você está aprendendo rápido a lidar com seus machos. — Disse Léo

entre os dentes com prazer e volúpia em seu semblante. Passaram um tempo

assim. Até que Dane passou a acariciar seu clitóris e martelar em um ponto

específico em seu interior. Ela rebolou e chupou freneticamente até montar

em seu orgasmo que a quebrou sofregamente.

Quando os meninos perceberam que ela havia tido seu prazer. Se

entenderam entre olhares. Eles a queriam juntos novamente. Léo a retirou de

Dane e para fora da banheira e a tomou em um beijo arrebatador. Dane saiu

do banheiro. Léo virou ela de bruços na bancada de frente ao espelho,

levantou uma de suas pernas e se introduziu no seu centro de uma única vez,

altamente úmida só pôde gemer de prazer. Seu corpo já estava acumulando

energia para um próximo ápice a ser atingido. Iria morrer de tanto prazer.

Morreria feliz então. Léo não foi razoável, meteu com vontade e a imagem

deles no espelho era mais um atrativo para aumentar seu tesão. Léo era bem

visual em relação ao sexo, adorava ver os seios pulando enquanto metia e o

rosto dela que não escondia o prazer sentido. Puxando seu cabelo para trás

meteu ainda mais rápido e forte não aponto dele gozar, mas dela gozar

novamente agora no seu pau. Ela gritou de tanto prazer, pedia por mais ao

mesmo tempo que dizia que não aguentaria mais. Ao ver que Dane retornou

do quarto com o lubrificante, se retirou dela sem muita vontade. Porém, sabia

que o melhor estava por vir.

Drogada pelos orgasmos sentidos, Nininha se sentiu sendo

imprensada pelos dois, que loucura era aquela. Ela queria mais, mas não

sabia se aguentaria.

Dane à sua frente e Léo atrás. Sentia mãos e bocas por todos os lados,

sua buceta já voltava a latejar de vontade. Eles se alternavam nos beijos

deixando ela sem ar, sem folga sem escolha. Suas costas estavam sendo

massageadas com creme, ou ela pensava que era. Léo desatou qualquer


possível nó em seus ombros e definitivamente Dane conseguiu uma cor bem

mais escura em seus seios já que se apossou deles novamente. Com os braços

pendurados nos ombros de Dane o beijou apaixonada e empinou sua bunda

para Léo que direcionava a massagem para lá.

O lubrificante tipo óleo corporal deixou o corpo de Nininha brilhando

e escorregadio. Léo não via a hora de ter ela por trás. Passou lubrificante em

seu buraco enrugado e se deliciou ao colocar seu dedo lá e receber uma

rebolada dela de volta. Pronta. Preparada. Perfeita. Ele a amava.

Dane a suspendeu no colo a penetrando novamente e dizendo a ela:

— Meu amor você nos tira do sério, queremos você novamente

juntos, mas se você achar que não consegue, ou que está muito cansada nós

vamos entender.

— Ai Dane, eu quero vocês juntos em mim de novo. Estou cansada e

se talvez tivesse algum oxigênio no cérebro diria que está cedo realmente.

Tudo isso é muito novo para mim. Mas eu não viveria em paz sem tê-los de

novo dentro de mim. Sei que vocês não me machucariam. Vamos e me levem

novamente para voar.

Era só o que Léo precisava ouvir. No meio do banheiro Dane a

sustentava em seu colo a penetrando e tomando sua boca. Léo chegou por

trás dela beijando na linha do ombro, mordiscando a nuca e apalpando sua

bunda. Dane pôs suas mãos por baixo de suas coxas, e deslizava ela sobre seu

membro grosso, o que fez suas bandas abrirem mais. Léo aproveitou se

abaixou e ajoelhado no chão se masturbando lambeu o fruto de seu desejo

arrancando mais gemidos desesperados dela. Nininha achava aquele ato

altamente pecaminoso, impróprio, afinal ela estava com Dane a penetrando,

mas era tão maravilhoso e excitante, agora queria muito mais do que a língua

de Léo ali. E como se adivinhasse o que ela pensava levantou alucinado e

passou seu membro para cima e pra baixo na sua abertura.


— Princesa, estou louco para conhecer e comer esse seu rabinho

apertado, mas se você achar que é de mais por hoje tudo bem...

— Léooooo, anda, não me faz pensar. Isso é loucura por si só. Eu

amo vocês, quero vocês. Ahhhh Daneeee.

Ao ouvir suas palavras Dane se aprofundou em suas estocadas. Léo

não quis ficar de fora, foi se colocando aos poucos no orifício apertado dela.

Dane parou o movimento com seu pênis enterrado dentro dela e segurando-a

firme para que Léo tivesse seu tempo. Ela o apertava e mordia ao ser

preenchida pelo seu amigo. Suas súplicas pedindo por mais e por menos o

deixavam alucinado. Porém apesar de tudo mantinha suas reações sob

controle para não permitir que ela sofresse além do prazer. Sua menina era

forte e fugaz. Tomou os dois lindamente e quando se sentiu a vontade

timidamente começou a cavalgar os dois ao mesmo tempo.

No meio do banheiro pendurada entre os dois descobrindo novas

formas de prazer e disposta para tudo com esse homens, seus homens, só

queria um gravador para o som mais sexy que ouviu na vida. Dois homens

fortes, lindos e gostosos gemendo em seus ouvidos com o prazer que seu

corpo lhes dava. Seus corpos juntos emitiam rugidos de puro pecado. Os dois

a levavam para onde queriam dentro do banheiro, ora um encostava na parede

ora o outro. Depois se dirigiram para o quarto magicamente acoplados e

terminaram na cama. Acabados, cada um buscando o ar que precisava para

sobreviver. Dane após gozar se retirou dela e só ficou a beijando e venerando.

Já Léo não queria sair do novo melhor lugar do mundo para ele. Mas foi

expulso por assim dizer. Agarrada aos dois começou a se dar conta do pouco

tempo que restava antes de ir embora. Bateu uma vontade de chorar, suas

emoções estavam à flor da pele e sem querer soltou uma lágrima insistente.

— Por que está chorando amor? — Perguntou Dane ao perceber sua

lágrima.


— Como chorando? Nós a machucamos, eu a machuquei? — Disse

Léo preocupado.

— Não gente, vocês não me machucaram. É que... Bateu uma tristeza

de saber que vou embora.

Léo se sentou na cama e a trouxe para seu colo, enquanto Dane se

colocava atrás dela fazendo carinho em suas costas e dizendo:

— Se serve de consolo nós também nos sentimos assim. Ainda mais

sabendo que estará sozinha podendo ser cantada por qualquer engraçadinho

lá no Rio. Me da ódio só de imaginar.

— Ah fala serio, não tem nenhuma possibilidade. Agora já vocês tem

essa vadiLia entre outras que não conheço.

— Não se preocupe com aquela idiota, nós vamos dar um jeito na sem

noção. — Disse Léo puto.

Ela sentiu a cama se mexer e viu que Dane levantou e foi ao banheiro

parecendo irritado. Se aconchegou mais ainda ao Léo procurando abrigo. Ele

acarinhava seus cabelos que estavam rebeldes depois de tanta atividade. Léo

iniciou uma conversa na tentativa de deixa-la mais relaxada quanto ao fato de

ir embora.

— Pense princesa, tudo tem um por quê. Nós não seríamos tão

perfeitos juntos se não pertencêssemos um ao outro. Estamos ligados, os três,

formamos um "Trisal" e nada vai nos separar. Nem a distância, nem as sem

noção da vida, nem os suicidas que tentarem colocar as mãos em você. O que

precisamos é acertar algumas questões para que fiquemos juntos para sempre.

— Você como sempre usa as palavras "Para Sempre" com tanta

certeza que quase me faz crer ser possível. O para sempre não existe Léo...

— Shiiiiii, eu vou provar que existe sim, ou melhor nós, eu e Dane

vamos provar a você que nosso "Para Sempre" está mais perto do que nunca.

Feliz ao ouvir suas palavras, porém ainda não tão confiante, deixou


seu pensamento vagar num possível Para Sempre.

— É Léo, mas às vezes acho Dane tão entregue e em outras tão frio.

Como agora, ele saiu da cama, achei estranho. Posso estar sendo meio boba,

mas é que não tem como me sentir muito confiante, sei lá.

Léo pôs ela sentada em sua frente e colocando as mãos no seu rosto

disse:

— Você não vê como nos tem nas mãos, Dane mudou muito em

pouco tempo e vai mudar ainda mais. Já te dissemos o quanto sofremos neste

tempo longe de você, mas tenho que te dizer que aquele idiota sofreu muito

mais, o infeliz só não foi ao fundo do poço por conta do trabalho que ele

entrou de cabeça. Nunca tire conclusões sobre o que sentimos sem antes

conversar. Isso vai evitar grandes problemas.

— É verdade... — Nininha suspirou e beijou Léo amorosamente.

Saindo do banheiro Dane viu sua menina beijando seu amigo.

Pensou... Um dia queria ser também esse porto seguro que Léo é para ela...

Antes disso tenho que aprender muita coisa.

Aprendeu hoje que não sabe lidar com ela chorando. Ao ver sua lágrima

caindo quis matar alguém, só que o problema não era alguém e sim o tempo.

Já estava decidido, ele e Léo iriam pedir transferência para o Rio e após

conseguirem pediriam ela em casamento. Mas ele sabe que tudo isso depende

do tempo. Se sentiu tão pequeno e incapaz, por isso foi para o banheiro e lá

mais uma vez sentiu seus olhos arderem e as lágrimas descerem. Precisava

dela mais do que jamais imaginou.

Se chegou aos dois na cama e carinhosamente depositou beijos em

seus ombros, ela soltou os lábios de Léo e se virou lhe presenteando com um

sorriso acolhedor. Juntaram suas bocas e uniram suas línguas em uma dança

romântica. Beijos e carícias foram trocados entre os três, nada sexual, tudo

na linha da paixão. Como namorados descobrindo o amor um pelo outro ao


mesmo tempo. Em intervalos de beijos, a boca desocupada ditava as

palavras:

— Eu te amo...

— Eu amo vocês...

— Eu te amo...

Com o emocional em carne viva Dane disse:

— Meu amor, minha menina não se preocupe com a distância, já

estamos como disse, nos organizando para estar com você. Porque nosso

lugar, nossa vida será onde você está. Isso é o queremos e muito além disso é

o que precisamos. Não tem jeito, você será refém de nós dois para sempre e

nós de você.

— Ooooooo Dane, Léo vocês me fazem acreditar em conto de fadas.

Só que nesse conto eu sou muito mais sortuda do que todas as princesas da

Disney. Está chegando a hora de eu ir, então gostaria de mais um pouquinho

de vocês dois. Só que agora um de cada vez, esse pouco tempo com vocês vai

me render semanas sentindo a posse que tiveram em meu corpo.

Amo... Muito... Vocês.

Gradualmente cada um tomou mais um pouquinho de Nininha.

Amando cada pedacinho docemente, fortalecendo os laços afetivos

adquiridos neste tempo que tiveram juntos.

Dessa viagem ficou a certeza de que o para sempre existe ou pelo

menos era possível, que o amor que nasceu entre eles era incondicional e

principalmente que nem o tempo nem ninguém poderiam quebrar o que não

era feito de vidro. Se os três forem fortes o suficiente um pelo outro, dois por

um e os três pelo o trisal o amor só iria multiplicar. Amor que é amor só

constrói, nunca destrói.



Capítulo 34: Tudo tão sem cor.

" Onde estão as cores?"

Todos os comentários sobre o Rio de janeiro que eu escutava

de turistas quando chegavam de avião, era sobre a paisagem abundante e

diversificada. Um paraíso multicolorido que iam do azul do mar aos verdes

das florestas. Suas montanhas reluzentes à luz do sol, ondas quebrando na

areia da praia repleta de guarda sóis coloridos e corpos bronzeados de um

lado para o outro formando um grande formigueiro humano. “Onde estão as

cores agora?"— Pensava Nininha.

(...)

Não foi essa a visão que Nininha teve ao avião se aproximar do seu

Rio de Janeiro. Era sua terra natal, já sabia das belezas que ali se

encontravam. Porém nunca havia visto do alto. Sem euforia procurou pelas

cores tantas vezes citadas, não conseguiu enxergar. Para sua surpresa as cores

de seus olhos ficaram na fronteira onde deixou seus meninos. Apesar de

saber que a despedida não era por muito tempo não conseguia deixar a

tristeza ir embora. Esse é seu lugar? É aqui que quer estar? A resposta era

não. Seu lugar era com seus meninos, é ao lado deles que deveria estar. Foi

lá onde deixou seu coração.

Suspirando firme e segurando as lágrimas que insistiam em querer

aparecer foi se preparando para desembarcar e talvez passar semanas sentindo


esse vazio insano que se criou no seu peito ao se despedir de seus meninos no

aeroporto.

No saguão avistou Lary e Bruna. As duas com semblante de alegria

ao lhe ver, que foi se desfazendo ao fitarem seu rosto e perceberem apesar do

seu esforço, a tristeza em seu olhar.

Lary foi a primeira a ir em sua direção, se preparou para uma série de

reclamações, mas não, não foi isso que ela fez. Ela simplesmente pegou em

seus ombros analisou seu rosto com mais atenção e depois a abraçou num

abraço acolhedor que só uma pessoa que te conhecesse de verdade poderia

lhe dar. Segundos depois veio Bruna e abraçou elas juntas. Nininha não

aguentou a pressão e liberou todo aquele sentimento guardado e remoído na

volta de sua viagem. Largou tudo no chão e retornou o grande abraço de

"três". Enfim, segura de novo. E o curioso é que percebeu que seu número da

sorte deveria ser o três. Um trio de amizade. Um Trisal no amor. Nunca se

sabe o que a vida pode nos trazer.

Apesar de as lágrimas caírem evitou os soluços, detestava essas cenas.

Lary disse no seu ouvido:

— Seja o que for que tiver te deixado assim daremos um jeito.

Teamodoromuito!

Quando Lary terminou Bruna engatou e disse:

— Eu sei onde seu pai guarda às armas e sei como usá-las. Só

precisamos comprar as passagens e ir lá matar aqueles filhos da puta gostosos

pra caralho que te fizeram chorar. Teamodoromuitotambem!

Sem condições de continuar chorando depois do que Bruna disse,

Nininha se apartou delas pegou suas coisas e falou:

— Bruna sua vaca, você não tem jeito. E não vamos precisar matálos,

porque isso seria me matar junto. Estou triste sim, mas vocês devem estar

imaginando os motivos errados. Tanta coisa aconteceu, não sei nem por onde


começar.

— Nunca espere que eu mude, obrigado. De nada. E se não é o que

estamos pensando o que aconteceu lá? Depois de passar um tempo com

aqueles homens, que não são referência de homens reais, você deveria estar

radiante e não parecendo uma difunta cracuda.

— Estava faltando, obrigado Bruna estou me sentindo bem melhor

agora. — Respondeu Nininha carrancuda.

— Ei vocês duas, não tem como conversar ou brigar aqui. Vamos lá

pra casa fazer um brigadeiro e conversar sobre a viagem. Meus pais foram

para região dos lagos. E Bruna, quero saber desde quando você sabe mexer

em armas.

— Vai-lha me santo das gulosas por dois e chocolate!!!

Por favor Lary sem chocolate por um tempo, já estou bemmm satisfeita, acho

melhor um vinho. E Bruna vai ter que me contar também como sabe onde

meu pai guarda às armas se nem eu sei. E falando nele, o que vocês fizeram

com ele que desistiu de vir me buscar. Vi a mensagem dele agora quando

cheguei.

— Ah! Se sabe, seu pai não resisti ao meu charme... — Disse Bruna

toda se querendo. — Não, agora é sério, disse para ele que depois de uma

viagem como esta você precisaria de suas amigas, coisa de menina. Daí, ele

ficou de boa.

— Uhum sei. Bom é melhor a gente ir então, estou muito cansada e

dolorida. E a ideia do vinho é real.

— Safadhenhaa... Dolorida hein, faço uma ideia. Vamos passar na

minha casa e pegar umas garrafas de vinho antes, porque em Lary deve ter

apenas suco verde. — Disse Bruna debochada.

— Vaca... — Retrucou Lary dando língua para Bruna.

— Tá, tá, OK... Bruna é uma vaca, masss vamos lá buscar os vinhos.


Preciso. Vou avisar meu pai que vou dormir na sua casa Lary. E Bruna, nem

adianta tentar pensar em sair, hoje quero apenas uma noite de bebedeira com

as amigas.

As meninas concordaram felizes em ter uma noite só para elas e as

garrafas de vinho. Saíram do aeroporto, pegaram as três garrafas de vinho em

Bruna e seguiram para casa de Lary.

Horas mais tarde e uma garrafa e meia de vinho depois. Nininha terminava de

contar tudo que aconteceu enquanto estava com eles. Parando em alguns

momentos para responder as infinitas perguntas de Lary e xingar a vaca da

Bruna com seus comentários debochados.

— Pois então, foi isso que aconteceu. Agora o que restou deles em

mim, foi esse cordão no pescoço, essa sensação do corpo dolorido pela

atividade intensa que vivemos juntos e a merda do tempo, até eles decidirem

a vida deles e virem para cá, de vez.

Boquiaberta Bruna olhava para sua mais recente nova amiga. Porque

aquela não era a Nininha que ela deixou no aeroporto para viajar. Enquanto

ela explicava tudo que tinha acontecido suas amigas analisavam as suas

feições e comportamento. Apesar da tristeza óbvia que sentia por estar longe

de seus meninos, ela ainda assim emitia felicidade genuina, uma certa

liberdade e uma feminilidade muito mais acentuada. E se Nininha soubesse

que era isso que elas estavam pensando diria "sim eu mudei". Ela havia

mudado, a tristeza que sentia não era pela insegurança de perdê-los para

outras mulheres, era simplesmente pela falta de estar com eles.

— Bem, que lindo amiga, eles realmente te amam. E que linda

surpresa, achei que só acontecia em filmes. Se você também os ama como

está nos dizendo tem mais é que se permitir e viver essa história encantada,

mas sem nunca tirar os pés do chão. Você merece ser feliz, esse pode ser o

seu felizes para sempre. — Disse Lary emotiva, um pouco pelo vinho ou


pela história de amor.

Elas se abraçaram. Nininha pegou em seu cordão e mostrou a

gravação dos seus nomes. Explicou também o que significava aquele

pingente. O que fez as duas intrigadas e cheias de perguntas. Bom, Bruna

nem tanto, sabia muito mais que as três ali. Falou sobre as coisas que já ouviu

falar e propôs as amigas para pesquisarem na internet juntas.

Nininha ficou intrigada com a quantidade de pessoas que vivem ou

desejam viver uma relação como a que ela e seus dois meninos estavam

iniciando. Não eram pessoas atrás de sexo diferente, eram pessoas abertas de

verdade a viverem uma vida com mais de um namorado(a), marido(a),

baseado no amor verdadeiro. Haviam Trisais como eles que tinham casado e

tido filhos.

Porém, percebeu também que nem tudo eram flores. As pessoas ainda

são muito preconceituosas. Intrometidas acham que devem exigir que o que

pensam que é certo prevaleça na vida dos outros também. Julgam as mulheres

nesses casamentos com mais de um homem como meretrizes, ou os homens

com a mulher são obrigatoriamente gays, ou as mulheres que estão com um

homem são lésbicas, ou então definem a todos como bisexuais. O que não é

verdade. Até pode acontecer provavelmente, já que estamos falando de amor

sem limites. Porém pela experiência de Nininha ela poderia dizer que seu

relacionamento era baseado em vários seguimentos do amor. Como o amor

entre eles que são amigos, mas se vêem como irmãos. Como o amor de cada

um por ela que parecia ser igual, mas era bem diferente. Dane bem mais

possessivo e dominante. Léo pura ternura e romantismo. Ainda havia o amor

dos dois por ela na hora do sexo, esse era sem dúvidas o mesmo. Puro desejo,

tesão na mesma medida. E ainda tinha o seu próprio amor por cada um

individualmente e pelos dois sexualmente. Ela pensava, há tanto amor em

tantos sentidos, que a única explicação para as pessoas julgarem isso feio,


errado e anormal seria inveja e incompreensão do que é o amor verdadeiro.

Só alguém que nunca viveu o amor, pode pensar que qualquer tipo de amor é

vulgar e errado. Errado mesmo não seria não amar? Pensava ela.

— Nossa, ao passo que fiquei feliz em saber que outras pessoas

também tiveram a oportunidade de ter um relacionamento tão maravilhoso

como meu, me dói imaginar alguém sofrendo preconceito, críticas somente

por amar e ser amado.

— É um mundo cruel, Nininha. É bom que saiba desde agora o que

pode acontecer com vocês também. — Falou Bruna em tom sério.

— Isso era para me encorajar ou me fazer desistir? — Nininha

levantou após responder a Bruna e foi ao banheiro um pouco sentida, mas

sabendo que Bruna não estava errada.

— Aiii... Lary tá maluca? — Resmungou Bruna ao levar um tapa no

braço de Lary.

— Você como sempre sutil em dar conselhos... Porra tá maluca você,

aprende a falar direito. — Retrucou Lary

Os ânimos se exaltaram um pouco, vinho era combustível para isso.

Nininha saiu do banheiro e viu as duas numa pequena discussão. Meio

trôpega sentou entre as duas tentando falar, mas sem conseguir. Resolveu

fazer melhor, pegou a garrafa de vinho e virou os resto assistindo as duas

debatendo ou se xingando.

— Sabe o que acontece, vocês duas são duas hipócritas, como a

maioria das pessoas. Vocês acham que eu não fui sutil ao dizer para uma

amiga que eu amo para ser cuidadosa? Para saber se está realmente preparada

para inquisição? Ora, ora logo eu a rainha dos apelidos que são para degrinir

as mulheres somente porque se sentem livres sexualmente em dizer e fazer o

que tem vontade? Veja bem, eu aturo ser chamada de louca, vaca, galinha

entre outros mais... Porque eu realmente não estou nem aí para o que os


outros pensam ou dizem. Eu sou eu, sou uma alma livre, gosto de usar o livre

arbítrio que Deus me deu em favor da minha própria pessoa. Se ele que é ele

nos permitiu decidir ser quem quiséssemos, por que eu deveria ser como os

outros gostariam ou prefeririam que eu fosse? Ah! Fala sério, vocês apesar de

serem minhas amigas sempre me julgam pelas minhas atitudes com os

homens, pela quantidade de homens ou pela minha sutileza ao falar sobre

tudo que acredito de maneira direta.

— Bruna eu não...

— Não Lary me desculpa, mas agora eu estou falando. O fato aqui é

que sempre, eternamente terá uma pessoa ou um grupo de pessoas que vão

querer te julgar, seja porque acham que é uma puta, ou porque passou da

idade de casar, ou porque casou e ainda não teve filhos, ou porque não

estudou, ou por sua opção sexual ou por outros milhares de motivos. A

questão então é, você está preparada para isso? Para encarar de frente essas

pessoas e ao invés de se retrair e se esconder, enfrenta-las e mostrar que se

sua opinião ou opção às afeta de maneira ruim, a você só traz felicidade?

Essa é a diferença. E se você Nininha não entendeu o que quis dizer, desculpa

amiga sou sem jeito mesmo. Vejo que você voltou mudada e tudo, mas

conheço você desde criança tenho medo que você não seja forte o suficiente,

não por eles ou pelo seu amor. Mas pela ruindade das pessoas que vão querer

sempre mal dizer seu relacionamento e tudo que você quiser construir através

dele. Por isso quero que você entenda, jamais quero que você desista desse

relacionamento se ele te faz feliz, eu quero é que você se prepare para o que

pode ter que aturar. Saiba que eu estou aqui desse meu jeito torto, debochado

e sutil de ser para te ajudar sempre que precisar.

Após esse ataque de lucidez (permitam me dizer) de Bruna, as amigas

ficaram sem reação. Bruna ao terminar deu a última golada de sua taça e se

sentou no sofá. Então Lary se levantou sentou ao lado dela no sofá, e disse:


— Sinto muito Bruna, realmente tantas vezes eu recriminei sua

conduta em relação ao seu comportamento e tudo mas. Mas depois do que eu

ouvi estou me sentindo uma idiota.

— Nós estamos... — Também falou Nininha e se aproximou das

amigas no outro sofá pegando na mão de Bruna. — O que você disse é uma

grande verdade. Todos acabamos por julgar os outros mesmo sem sentir.

Somos mais donos das nossas verdades do que de nós mesmos. Entendi o que

você quis me dizer, captei a mensagem. E digo a você que estou preparada

para isso porque como você, nada mais me importa a não ser minha

felicidade e ela vai depender de estar ao lado das pessoas que eu amo, ou

seja, daqueles dois Deuses Olimpianos. E o melhor disso tudo é que eu sei

que as melhores pessoas no mundo estarão ao meu lado não me deixando

levar pelas más línguas. Vocês duas e meu pai. Eu sou uma pessoa muito

especial. Agradeço a Deus por me presentear com um trio maravilhoso de

amizade e meu trio gostoso amoroso. Fora o meu pai sensacional. O que

querer mais?

As três se abraçaram forte e choraram juntas. Um momento de

meninas realmente, coração completamente aberto, amizade verdadeira. Ao

contrário do que algumas pessoas pensam, às vezes, uma briguinha pode

aumentar o apoio e confiança. Precisamos sim mostrar ao outro, amigo,

amante, parentes e etc... Quem somos, colocar em pauta o que pensamos e no

final o respeito lacra as questões de preconceito estreitando os laços afetivos

que são o que verdadeiramente importa. E para aqueles que não entendem,

fica apenas nossas orações para que um dia encontrem as respostas e quando

isso acontecer não estejam sozinho para assimilar a verdade em questão.

— Amo vocês meninas, masss ainda tem outra garrafa de vinho e não

tô bêbada o suficiente. Vou buscar. — Foi dizendo Bruna ao se levantar.

Depois que ela saiu da sala Lary sussurrou:


— Tô começando a achar que a Bruna é a mais sã entre nós três.

Preciso beber mais.

As duas riram. Bruna voltou com a garrafa e disse:

— Bom chega de papo cabeça... Quero saber duas coisas, primeiro:

qual foi a sensação Nininha, dos dois te comendo ao mesmo tempo. E

segundo: o porquê de você não ter dado uns tapas nessa "vadiLia", por Deus

Nininha, como você pôde deixar ela sair batido sem nenhum puxão de

cabelo. Por muito menos você deu na cara daquela idiota no bar que me

chamou de cadela. Lembram disso. E olha que ela estava certa.

Aos risos Lary e Nininha responderam que lembravam e se servindo

de mais vinho foi Lary que relembrando contou a história:

— Claro, jamais vou esquecer. Nós estávamos muito doidas de

tequila, quando passamos pelo bar, Bruna assanhada como sempre mandando

beijos para os caras que não tiravam os olhos da gente. Aí a loira aguada se

doeu porque viu o bofe dela olhando também e chamou a Bruna de cadela e

outras coisas… — Ainda se acabando de rir tentou se recompor para terminar

a história. — Foi aí que Nininha transtornada olhou para trás me puxou e me

perguntou: "ela chamou a Bruna de quê?" E eu disse sei lá "de cadela". Então

ela me pôs de lado, passou por você Bruna, que nem estava aí pra loira

aguada e se pendurou no bar dizendo na cara dela: "olha aqui sua lambisgoia

só quem chama nossa amiga de cadela somos nós, e pahhhh na cara da

menina. Kkkkkkkk. Se não fosse nosso amigo garçom agarrar ela pela cintura

e levar ela para os fundos do bar, estávamos juntando os pedaços da loira

aguada até agora. — As três estavam gargalhando Nininha e Bruna se

jogaram no chão de tanto rir.

— Faria tudo de novo, só quem pode xingar minhas amigas sou eu, eu

hein que idiota. Kkkk — Se defendeu Nininha.

— Vamos, agora responde às perguntas que Bruna fez, também tô


curiosa. E estou ficando bêbada.

— Bom a sensação.... A sensação... É... Não tenho como explicar, foi

erótico, mas ao mesmo tempo terno. Eles me fizeram me sentir como um

templo sagrado. O som que nossos corpos emitiam era ensurdecedor, insano.

O prazer que encontramos juntos foi quase uma oração de tão especial e

sensorial, que nos deixou grogues por algum tempo enquanto recuperávamos

as nossas forças.

— Uauu! — Lary disse quase babando.

— Poxa, das vezes que eu estive com dois ao mesmo tempo, só senti

tesão e gozei mais nada. Foi bom, mas não como você está dizendo. — Falou

Bruna.

— Pois é Bruna, é que no teu caso não havia amor, só sexo mesmo. É

bom, mas não maravilhoso. — Respondeu Lary.

— É mesmo Bruna, pode ter sido por isso. — Concordou Nininha.

— Tá bom e o lance da VadLia.

— Bom, eu ia dar nela como disse, mas o ogro do Dane me segurou e

o Léo pôs ela pra fora. Fiquei muito, muito puta. Mas algo me diz que terei

outra oportunidade. Aquela ali não me engana, é do tipo urubu fica

sobrevoando. Aí dela enconstar um dedo nos meus meninos.

— Isso aí amiga e já te disse estamos aqui, e se precisar eu atiro. —

Disse Bruna fazendo gesto com uma arma em punho.

E com isso Nininha e Lary lembraram que ela devia algumas

explicações, sobre armas e como aprendeu a atirar. E a conversa fluiu, até que

muito bêbadas, e após comer pizzas dormiram ali na sala mesmo, dando fim a

noite das meninas.

Enquanto isso na fronteira...

Só um banho bem gelado fazia Dane voltar a realidade. Realidade de


que sua casa já não lhe parecia tão aconchegante como antes. Seus objetos

pessoais eram apenas companheiros de seu dia a dia, sem emoção. Até seu

melhor amigo e irmão já não tinha mais tanta graça. O brincalhão deu lugar a

um cara um pouco distante, pensativo. Mas Dane sabia onde seu amigo ia,

era onde ele também ia em pensamentos buscando as imagens do tempo que

tiveram com sua menina.

Após voltarem do aeroporto suas posturas mudaram. Nunca estiveram

tão cansados, era um cansaço emocional e isso tudo só pôr estarem a algumas

horas longe da mulher mais importante de suas vidas. Na volta pra casa não

falaram nada, apenas se fizeram companheiros no silêncio da dor de cada um.

Tendo o trabalho como o único motivo para permanecer neste lugar,

agora sem vida, mais do que nunca se empenharam na missão que tinham

pela frente. Léo fazia algumas ligações e Dane verificava algumas

solicitações e permissões necessárias.

Até Brutus estava triste ao ver seus pais naquela desolação total.

Receberam uma mensagem de Nininha dizendo que tinha chegado

estava tudo bem e que ia para casa de uma amiga, depois se falariam de novo.

O que deixou os meninos meio cabreiros, pois imaginaram o porquê dela não

ter ligado direto ao invés de mandar mensagem e porquê do celular desligado

quando eles tentaram retornar. Decidiram pensar que ela deveria estar sem

sinal, e se não desse sinal de vida até o outro dia, eles voltavam a ligar. De

repente ela poderia querer ter um momento só com as suas amigas. E na certa

falando deles. Eles rezavam para que fosse coisa boa.

Léo já estava um pouco de saco cheio do seu trabalho, foi ler um livro

para tentar relaxar. Não deu certo. Foi para varanda onde eles tinham uns

aparelhos de academia, um saco de areia e até um pequeno tatame onde de

vez enquanto treinavam juntos. Fez sua série de rotina, usando bastante

intensidade no exercício. Ao parar um pouco os abdominais e beber água,


olhou para sua barriga suada e lembrou do quanto sua princesa gostava de

lamber e mordiscar seus gominhos saltados.

Isso fez um sorriso aparecer em seus lábios. Como podia estar tão feliz e

triste ao mesmo tempo? Pensava ele.

Léo estava limpando o aparelho quando Dane apareceu.

— E aí cara, tranquilo? Você teve alguma notícia? Eu tentei e não

consegui.

— Não, não tive... Também tentei, mas a porra do celular diz estar

fora de cobertura. Merda! — Léo falou puto e deu um soco no pobre saco de

areia.

— Cara, não adianta ficar assim, é claro que deve ter uma explicação

óbvia. E ela vai nos dar, e espero que seja bem realista porque se não acho

que pego um avião só para ir lá e dar uns tapas naquela bunda gostosa e

depois beijar ela todinha. Rsrs.

— É pode ser. Não consigo deixar de pensar que ela possa estar

pensando sobre o assunto da Lia e talvez sei lá, pense melhor se vai ficar com

a gente. Esse lance de ficar longe é uma merda. Bate uma insegurança, sabe

como é.

— Sei cara, sei... Sinto o mesmo, Léo. Mas tantas vezes você mesmo

nos convenceu de que precisamos acima de tudo confiar um no outro. Vamos

dar essa confiança a ela. É claro que nós dois sabemos que ela não tem

escolha, porque de qualquer maneira vamos lá e a reivindicamos de novo e

quantas vezes forem preciso. Ela nos ama cara, nós a amamos e não tem Lia

nem meia Lia que vai fazer isso diferente. E falando nela, liguei para o

encarregado que colocou uma infinidade de desculpa para não ter como a

demitir por ora. Então vamos ter que atura-la. Vamos pensar que será por

pouco tempo. E também dei entrada, mesmo sem falar com você no pedido

de transferência para o Rio de janeiro. Vai ser preciso você ir lá assinar


alguns documentos e falar em que área vai querer atuar no Rio. Já te adianto

que coloquei que quero atuar em algo administrativo ou de estrada. Enfim,

vamos ver o que vai dar. A certeza é de que, quero logo terminar esta missão

e ir o mais rápido possível para o Rio.

Com o semblante menos pesado, Léo logo se alegrou com as palavras

de Dane e disse concordar com ele em tudo. Mas para Léo o pior era ter que

aturar aquela safada de gracinha com ele.

— Brother só quero que a Lia não se meta a besta comigo. Morreu pra

ela o Léo de boa. Agora só desprezo. Quase que ela acaba com nossa noite.

— Calma irmão, não adianta ficar assim. Vamos nos concentrar no

serviço e rezar para o tempo passar rápido. E que tal um mano a mano pra

desestressar?

— Só se for agora, bora. — Léo já respondeu indo para o tatame em

posição de luta e rindo que nem criança.

Dane tirou a blusa e ficou só com o shorth que usava. Rindo da cara

de felicidade do seu amigo que não recusava uma boa briga de galo. Foi para

o tatame se posicionando e querendo que esse treino tanto os fizesse relaxar

quanto preparar para o que estava por vir.

— E aí vai ficar dançando de um lado para o outro feito menininha?

Se eu soubesse tinha colocado uma música pra mocinha dançar. Rsrs. —

Provocava Dane.

— Deixa de ser viadinho e cala boca. Vê se consegue me acertar ao

invés de ficar falando merda.

Um soco voou do punho de Dane no rosto de Léo que por pouco não

se esquivou. Rindo Léo devolveu numa saraivada de socos acertando alguns

e errando outros. Num jogo de pernas Dane se movimentou e acertou na

cintura de Léo. Que deu um pulo e perguntou a Dane quando ele ia bater que

nem homem. O que só fez seu amigo rir, logo teve que se proteger de um


chute alto de Léo. Dane sabia que Léo era bom, mas também não ficava atrás,

só que ele era melhor no chão. Tentou a todo custo levar a luta para o chão.

Mas é claro que Léo sabia que talvez não teria chance se fosse para o chão.

Então fez de tudo para não deixar isso acontecer. Um tempo depois os dois já

estavam exaustos. Pararam a luta e ficaram se auto zoando, foram pra cozinha

fazer um lanche e cuidar das possíveis marcas roxas que a brincadeirinha no

tatame ia lhes trazer.

— Dane, estava pensando aqui, quando tudo isso se resolver, falo da

nossa transferência e tudo o mais. Acho que deveríamos pedir a Nininha em

casamento. O que você acha? Sabe, eu não quero viver em uma casa e ela em

outra. Aliás eu já quero chegar e levar ela para nosso apartamento e de lá ela

não sair mais, que você acha?

— Acho que você é um idiota. Mas um idiota sensato. Eu também já

havia pensado nisso, porém não quero viver com ela naquele apartamento.

Aquele lugar tem é histórias nossas cara, queria mesmo era uma casa com

quintal, onde eu possa ter uma churrasqueira e quem sabe uma piscina. Sei lá.

Parece que ela gosta muito de estar com as amigas e já somos três. Com o seu

pai e as amigas o AP fica apertado. E se.... Sei lá... No futuro... Um futuro

distante... A deixa pra lá.

— O quê? Fala...

— Talvez ela queira ter filhos ...

— Porra brother tá aí, só o amor para mudar as pessoas. Você já está

pensando em filhos, em algo que nunca quis pra sua vida. É claro que

precisaremos de uma casa e tem que ser próximo a praia, pois quero criar

nossos filhos no mar.

— Léo eu não pensava em querer nada da vida antes da Nininha

chegar. Você sabe, era só um dia atrás do outro, prazeres baratos e muito

trabalho. Nada que edificasse um homem de verdade, a não ser o trabalho. E


fui bom, devo admitir. Mas agora com essa sensação de vazio que ficou

depois que ela se foi, e do tempo que ficamos longe dela, só me leva a crer

que encontrei o que eu nem estava procurando. O que eu zoava você e os

outros quando falavam de se apaixonar e criar famílias. Não entendia, até

agora. Eu estou apavorado como nunca antes em minha vida, nem quando eu

perdi meus pais daquela maneira dolorida fiquei assim. A minha vida e meu

futuro depende daquela pequena mulher. Depende do que vamos construir os

três juntos. Você deve saber exatamente o que eu sinto, porque sei que é o

mesmo que você sente. Mas para você que tinha esperança de viver tudo isso,

se torna mais fácil, talvez. Eu não esperava sentir tamanha felicidade, e agora

que a sinto estou me sentindo pequeno, acho que não mereço. Vou fazer de

tudo cada dia da minha vida para fazer vocês felizes e principalmente os

nossos futuros filhos. Que a mim não importa se serão meus ou seus. Sempre

serão nossos.

Esses dois eram amigos desde de sempre. Costumavam dizer que

eram irmãos de barrigas diferentes. Léo realmente sempre almejou encontrar

a mulher de sua vida e que fosse a de seu amigo também. Já Dane nem

passava pela sua cabeça, e o fato de saber que Léo imaginava que ele se

apaixonaria pela mesma mulher só tornou tudo mais distante, já era difícil

encontrar um amor, ainda mais um para compartilhar.

Nunca em todos esses anos de amizade e companheirismo viu seu

brother tão entregue e aberto. Porém, mal sabia seu amigo que Léo apesar de

ter encontrado exatamente o que buscava estava completamente na ponta dos

pés. O medo disso tudo se desfazer por qualquer motivo o deixava fora de si.

— Fico muito feliz irmão de saber que você agora percebeu que

fudeuuu. Digo isso porque nós encontramos o que eu queria e o que você

nem esperava e agora estamos atados a viver juntos para sempre, e sempre


em busca de fazer a nossa mulher e nossos futuros filhos felizes. Porque deles

dependerá nossa felicidade, nossa vida. É brother, é essa a maior e mais longa

missão que trabalharemos juntos. Tudo que fizemos até agora foi apenas um

ensaio, preparação para o que vem, e o que vem é o melhor. Não poderia

confiar em outra pessoa para ser o pai para meus filhos e um marido para

minha mulher. Sei que isso soou estranho, mas se formos colocar ao pé da

letra é exatamente isso.

— Verdade... Isso soou estranho, diria até meio gay, mas vindo de

você gazela saltitante é até bonitinho. E concordo essa é a missão mais

importante de nossas vidas e eu não queria ter nenhuma outra pessoa que não

fosse você ao meu lado... Viu eu falando ficou menos gay. Vem cá me da um

abraço, eu te amo cara. Obrigado por permitir que eu faça parte de sua vida,

sou seu fã. E não espere porque nunca mais vou dizer isso novamente.

Entre risos eles se abraçaram como dois irmãos que se amam, e muito

além disso dividem uma vida, um futuro e a felicidade.

— Já chega de abraço Daniel, depois fica dizendo que eu é que sou a

gazela, seu viadinho. Te amo, brother. Agora vou subir tomar banho e depois

vamos entrar em contato com aquele ser divino que roubou nossos corações.

E se não conseguirmos falar com ela vou mexer uns pauzinhos e falar com

agentes amigos meus do Rio para rastrear ela e nos informar onde ela está.

Nem sei por que não fiz isso antes.

— Isso seria mais fácil se você tivesse anotado o telefone da casa

dela. Mas esqueceu. — Disse Dane.

— Ah é, e você não esqueceu também? Olha pra sua bunda antes de

falar da minha. — Gritou Léo subindo às escadas.

— Idiota. — Retrucou Dane.

Saindo da cozinha, Dane foi recebido por Brutus, afagou o pelo fofo e

foi até o sofá. Repassando tudo o que foi dito por seu amigo e por ele.


Pensando na vida que teriam pensando em crianças correndo na areia da praia

com pranchas pequenas atrás de Léo, com Nininha abraçada a ele, linda de

biquíni sorrindo ao ver sua família reunida e feliz. Essa era a imagem que iria

fazer de tudo para se realizar. Começou a relaxar de verdade. Imaginava que

não deveria mais ter tanto receio porque seu melhor amigo estava ao seu lado

e a certeza de que sua menina os amava só fortalecia sua segurança de que o

melhor estava por vir. Pegou seu telefone e abriu no aplicativo de mensagens,

viu que Nininha estava online. Não esperou Léo e mandou uma mensagem.

Grupo Trisal

@Dane: Me dê um bom motivo para senhorita estar com esse telefone

desligado desde a última mensagem, ou eu vou pegar um avião agora e ir aí

lhe dar umas boas palmadas.

Nenhuma resposta. Dane já se contorcia no sofá. Léo desceu às

escadas e disse que ia tomar uma cerveja e perguntou se ele queria,

respondeu que sim. Quando Léo voltou Dane estava olhando a mensagem

que havia mandado a alguns minutos. Viu que ela já havia visualizado e não

respondido. Isso voltou a deixa-lo tenso de novo. Explicou a Léo o ocorrido,

e seu amigo também não gostou nada. Tomou a cerveja que Léo lhe trouxe.

Daí foi a vez de Léo mandar mensagem.

@Léo: Paulina, isso já está passando dos limites você está há mais de

um dia sem falar com a gente. E se você não está doente, o que esperamos

que não esteja, já deveria responder. Estamos com saudades amor.

Dessa vez foi visualizado automaticamente. Bom pelo menos ela

estava ali agora.

@Nininha: ....Calma demorei a responder porque estava pensando em

um motivo bem ruim para que vocês venham para cá agora e me dar umas


palmadas. Hummmm...

@Dane: Engraçadinha, você está bem? O que aconteceu para você

não responder nem nos ligar?

@Nininha: É que... Não fiquem brabos eu...

@Léo: Já estamos brabos.

@Nininha: Sabia que eu amo vocês, muito muito muito ❤❤❤

@Dane: ❤

@Léo : ❤

@Nininha: Vou ligar no vídeo quero ver vocês.

Chamada de vídeo.

— Oi meus amores, me desculpem, quando cheguei Lary e Bruna

estavam me esperando e prepararam uma noite de meninas. Regada a vinho e

muita conversa.

— Vinho??? — Disseram os dois irritados.

— É, só três garrafas. E um licor de amendoim.

— Nininha vocês estavam onde? E quem estava com vocês? Você

ficou bêbada né, pode dizer? — Falou Dane ocupando todo o espaço do

vídeo.

— Calma amor. Estávamos só nós três, na casa de Lary. Foi muito

bom pra mim, eu precisava, desembarquei tão triste. Minhas amigas me

salvaram de uma noite em prantos. Porém passei o dia dormindo, daí quando

acordei e ...

— Passou mal, porra Nininha você não devia misturar, aposto que

ainda comeu alguma besteira junto. — Agora era Léo na tela.

— É eu sei seu chato. Esqueci de colocar o celular para carregar e

voltei a dormir, acordei vim pra casa aí tive que dar atenção para meu pai e só

agora eu ia falar com vocês. Acontece que eu não estou arrependida. Estou é

começando a me arrepender de contar a vocês. Estou aqui longe de vocês


morrendo de saudades, ainda com o estômago enjoado e vocês ficam

brigando comigo. — Falou Nininha se aproveitando do poder que um

biquinho tem.

— Oh meu amor, é que ficamos preocupados e estamos também

morrendo de saudades, só pensamos na hora de encontrar você de novo. —

Dane disse

— E não tem problema beber um pouquinho a mais, o problema é que

eu, nem Dane estava aí para te proteger, princesa. Por favor, não fique muito

tempo sem falar com a gente, tá bem.

— Tá bom. Eu nem quero ficar muito tempo sem falar com vocês,

apesar que eu queria mesmo era dormir e só acordar quando tudo estivesse

resolvido e vocês estivessem aqui comigo.

— Eu sei, nós também, não duvide disso. — Dane respondeu.

— Bem e seu pai como está e as meninas. E quanto ao que elas acham

de nós. E..

— Kkkk. Bom meu pai me encheu de perguntas sobre vocês, disse

que queria confirmar umas coisas, não entendi muito bem o por quê, mas

respondi, nada de mais. Quanto as meninas, elas continuam achando vocês

dois feios e velhos de mais para mim e que se eu queria um relacionamento

de poliamor deveria ser com uns quatro homens no mínimo.

Muitos palavrões foram ditos entre os dois. Nininha olhava abismada

para eles através da tela, cada um querendo tomar a frente para responder a

sandice que ela acabara de dizer. Ela foi logo se retratando dizendo que era

brincadeira. Acabaram rindo juntos. Falaram de coisas banais e do tempo que

poderia levar ainda para se verem de novo. Dane e Léo explicaram mais ou

menos quando seria. Em um assunto ou outro sondavam com ela lugares de

praia que ela gostaria de ir, ou talvez até morar um dia. Sem perceber ela foi


dando todo o ouro para os federais que já apreenderam o seu coração. A

conversa se estendeu noite a fora nenhum dos três queriam desligar. Mas os

meninos precisavam dormir, a operação só aconteceria na próxima

madrugada, mas eles precisavam estar na agência logo cedo e depois

descansar.

— Amor não vejo a hora de ter você novamente entre nós. Você é a

mulher das nossas vidas. Assim que nós chegarmos no Rio nunca mais ficará

sozinha. Será nossa para sempre. — Disse Dane em tom saudoso e

dominante.

— Exatamente princesa. Tudo que queremos é estar com você.

Estamos apenas concluindo nosso serviço e depois vamos correndo para

você. Nosso lugar é ao seu lado. Não deixe nunca ninguém dizer o contrário.

Te amo.

— Assim eu fico com mais saudade ainda. Esse cordão queima a

minha pele ao pensar em vocês. Ele foi cúmplice de nosso amor, esteve

conosco em momentos maravilhosos. Não consigo imaginar minha vida

longe de vocês, vocês me estragaram para qualquer outro. Resolvam o que

tiver que resolver por aí e venham para mim que estou esperando

ansiosamente. Amo vocês. Amo nós três juntos. Se cuidem pra mim. Me

liguem ao terminar a operação. Até lá estarei aqui orando por vocês. E quanto

a alguém dizer o contrário, eu vou sempre preferir ouvir a versão de vocês,

sempre antes de qualquer coisa. Espero que seja recíproco. E aliás, a

"docinho azedo" já foi mandada embora?

Uns instantes de silêncio depois e Dane responde:

— Sim amor, já falei com o encarregado e ele ia dar um jeito nisso.

Não se preocupe com ela nem com ninguém.

Se despediram e desligaram. Léo olhou seu amigo e indagou:

— Por que você mentiu sobre Lia?


— Não menti, sei lá, não sei por que fiz isso, fiquei com medo eu

acho. Omiti. Enfim, não tem como ela saber. Vamos esquecer isso. Vou para

meu quarto tomar banho e dormir.

— Brother, não achei certo isso, não precisava ter mentido, mas se

você sabe o que está fazendo tudo beleza. E não finja que vai apenas tomar

banho, vai e tocar uma que eu sei. Eu vou fechar a casa e já já vou para meu

quarto fazer o mesmo pensando na minha princesa.

— Já te chamei de idiota hoje Léo? Idiota.

— Só algumas milhares de vezes. Boa noite punheteiro.

— Vai se fude, gazela.

No Rio Nininha sorria abobalhada após falar com seus meninos. Não

queria acordar desse sonho nunca. Os dois a amavam mesmo. Mais forte ela

ficava, apesar da distância. Para a saudade não mata-la decidiu que essa

semana ia resolver a sua vida. No caso, trancar a faculdade até decidir o que

ia fazer. Retomar às vendas e cobranças com suas clientes. E principalmente

o que ela mais queria, pintar, produzir novas telas. Estava se sentindo muito

criativa. Apesar das cores não estarem tão vivas ao seu redor, pelo fato de

estar longe de seus amores, era só ela fechar os olhos e na lembrança viva

que tinha com eles a dança de cores viam fortes em sua mente, e surgiriam

em suas telas através de suas mãos.


Capítulo 35: Operação Pirata.

E aí companheiros, tudo certo? Os pelotões divididos como

combinado? Viaturas carregadas e apostos? Documentos necessários em

mãos prontos para apresentação? Não preciso lembrar a vocês que estamos

trabalhando nessa operação há muito tempo e nada pode dar errado agora,

nada. E principalmente, esta é a operação com mais possibilidade de

combate armado, então mocinhas, não quero ninguém dando mole para

aqueles bostas nos galpões. Precisamos ter cuidado com possíveis vítimas,

como prostitutas e alguns trabalhadores escravos. Essa missão é grande, o

objetivo todos sabemos, apreender drogas, mercadoria pirata, libertar

possíveis reféns

e o prêmio é capturar e prender o maior traficante da

fronteira o “Chefão”. Então donzelas, preparadas para a ação? — Falou Dane

aos seus agentes.

— Sim, senhor. — Disse alguns.

— Talvez se o senhor emprestar o batom estaremos prontos. — Disse

um veterano engraçadinho.


Outros ainda disseram alto e em bom som:

— Ninguém fica para trás, senhor.

— Vamos lá e acabar com aqueles filhos da puta!

Afastado encostado numa viatura, Conrado tragava seu cigarro com

cara de escárnio para o que Dane dizia. Ao notar que ele o avistou mudou

rapidamente o semblante e caminhou em sua direção.

Os homens em volta faziam uma barulheira, uns trocando

informações sobre a ação e outros aos cumprimentos de boa sorte e sucesso

na operação. Armas eram engatilhadas e equipamentos jogados nas traseiras

das pick-ups. Antes de chegar até ele, Dane foi parado por alguns agentes

com perguntas sobre o serviço. Conrado deu sua última tragada e apagou

com o pé a guimba no chão. Foi cumprimentado por alguns colegas. Até que

Dane chegou perto dele.

— E ai Dane, tudo nos conformes para o sucesso da grande missão?

— Disse Conrado escorregadio.

Escondendo seu total desinteresse em falar com ele, mas ao mesmo

tempo preocupado por ele estar ao lado de Léo na linha de frente. Fez seu

papel de líder e como com os outros parou para falar com ele.

— A missão não é grande Conrado, grande são os homens que estarão

nela. E sim, acredito que esteja tudo nos conformes, e você e sua equipe

preparados? Sabe que o mais importante de tudo é que todos voltem sãos e

salvos. E como sua equipe é de linha de frente, prepara o terreno nos dando

retaguarda, têm que ter mais cuidado, tô certo?

Empurrando sua HK 417 para trás, mostrando todo o arsenal que

carregava no corpo, colete à prova de balas, granadas de efeito moral, spray

de pimenta, munição e suas pistolas. Fora às facas que deveriam estar

escondidas. Parecia que ia para Guerra. Conrado começou a dizer:

— Tá tudo certo e tranquilo, doido pra entrar em campo o mais rápido


possível. Mas… Eu sei qual o seu verdadeiro receio, pode deixar que eu

cuido do seu “irmão”. Confia em mim. — Respondeu ao Dane, piscando com

um olho.

— Bom eu não preciso confiar em você. Só o fato de você saber o

meu maior receio, já me diz muito, ou seja, sabe muito bem o que pode

acontecer se algo vier dar errado. E quanto a cuidar dele não se preocupe, ele

sabe se cuidar sozinho. De você só espero que faça seu trabalho. Garantir que

sua equipe, e as de mais após a sua, entrem em segurança nos pavimentos do

galpão. Estamos entendidos?

— Nossa! Quem ouvir de longe vai pensar que você está me

ameaçando.

— Jamais ameaçaria um companheiro de trabalho, ainda mais alguém

tão inteligente que sabe o que é certo e errado. Só preciso que faça seu

trabalho e nada mais. Boa sorte! — Dane queria sair dessa conversa mole de

Conrado.

— Dane, eu fiquei sabendo que você pediu a demissão da Lia. Por

quê? A pobre coitada já não tem onde cair morta, sem emprego então. — Fez

a pergunta Conrado não deixando Dane ir.

— Acredito que não lhe devo satisfação das atitudes que eu tomo.

Muito menos das decisões em relação as pessoas dentro da nossa agência.

Então, por favor, faça apenas o que é sua obrigação, ou seja, cuidar do seu

trabalho. No mas, como já disse, boa sorte! — Dane já não aguentava mais

esse cara ainda mais com esse tom escorregadio seu sangue estava

esquentando.

— OK cara, já não está aqui quem perguntou, só fiquei preocupado

com ela. Ainda mas que... Eu... Vi vocês se beijando no corredor da agência,

só achei que era sacanagem mandar ela embora por conta disso. — Conrado

jogou a bomba venenosa e já ia andando de volta para viatura em que estava.


Dane estava se segurando, mas após essa, lhe faltou paciência e

discernimento. Puxou Conrado pelos ombros e o enconstou sobre o capô da

viatura.

— Me diz qual é a tua, cara? Você está procurando briga, o que você

está insinuando? Acha que eu beijei aquela mulher, se você estava lá, viu que

não foi o que fiz.

Um grupo de agentes se juntaram, uns tentando afastar, outros doidos

para Dane dar uns supapos em Conrado. De longe Léo viu uma

movimentação, quando percebeu que se tratava de Dane correu em direção.

Perguntando o que havia acontecido, os caras diziam que os dois estavam

conversando e de repente Dane o encurralou. Léo se aproximou deles, pôs a

mão no ombro de Dane e pediu para que ele parasse, não era hora muito

menos local para isso. Não valia a pena. Dane olhou para Léo e foi se

acalmando nas palavras de seu amigo. Foi se afastando de Conrado que ficou

com um sorriso cínico nos lábios. Ainda foi capaz de dizer:

— Desculpa chefe. Sabe como é, me deu pena da mocinha indefesa

que é mandada embora após ficar com o chefe. A lei é dos mais fortes,

entendi.

Pronto, bastou isso. Dane já tinha se alterado, nada mais iria seguralo,

virou-se com toda sua ira e depositou um soco bem colocado na cara do

falador. Satisfeito com o gemido que ele deu segurou-o pelo colarinho e

vociferou:

— Pra mim você é um merda, um Maria vai com às outras, um

recalcado. Ninguém tem culpa das tuas derrotas. Eu sou obrigado a trabalhar

com você, porque se eu fosse o encarregado da agência já tinha te transferido

a muito tempo. Você sabe o que viu, mas não fala a verdade, homens como

você me dão vergonha. Fique sabendo, e agora sim é uma ameaça, mexa

comigo ou com minha família e vai ver o que te acontece. Agora, seu merda,


já que eu não posso te expulsar da missão vê se honra o que tem no meio das

pernas e os anos de estudo e preparação para estar neste lugar e faz o seu

serviço corretamente. E para de destilar esse seu veneno. Completamente

assustado Conrado se afastou assim que Dane o soltou, alguns caras foram

em direção a ele. Léo pegou o braço de Dane e afastou ele do grupo

perguntando o que tinha acontecido. Quem era a mocinha de quem Conrado

falou. Dane se limitou a dizer:

— Léo agora não há mais tempo para conversas e explicações. Já está

quase na hora determinada para sairmos. O que preciso te dizer é o seguinte,

já conversamos sobre esse cara, não confio nele. Você sabe que tentei que ele

fosse retirado da operação, mas é muita burocracia e o encarregado queria

motivos reais e não disse me disse. Então presta atenção irmão, preciso mais

do que nunca que você esteja atento nessa batida. Atue em módulo 360

graus. Não deixe tua vida nas mãos daquele imbecil, tá me ouvindo.

— Porra brother, tá de sacanagem, você ta achando que não sei fazer

o meu trabalho, tá achando que vou me pôr em risco à toa? Tá me tirando?

— Merda Léo, eu só estou pedindo para ser bem mais cuidadoso do

que o normal, só isso. Se cuida. E não confie no Conrado, agora realmente

não sei até onde vai esse rancor que ele tem pela gente. Chega, e vai lá, boa

sorte irmão, cuida dessa bunda branca feia, ainda quero ter o desprazer de vêla

quando estivermos com nossa Nininha.

— Hahaha, viadinho sabia que tu tinha uma queda pela minha bunda.

Pode deixar que me cuido. Cuide-se também boa sorte! Nos vemos mais

tarde.

Deram uma cabeçada tipo cumprimentando um ao outro e se

dirigiram para seus postos. Léo ainda estava curioso para saber o porquê da

briga. Sentou-se ao lado no carona da viatura em que Conrado dirigia. Afinal

ele era o superior em sua equipe. Logo quando ele entrou e se sentou,


Conrado sorriu de lado cinicamente, com o supercílio inchado e o olho

arroxeado. "Belo trabalho Dane, enfim bateu que nem homem." Pensou Léo.

— Bom e aí Conrado, o que me diz daquela pequena cena que você e

Dane protagonizaram ainda agora. Na qual Dane lhe fez essa tatoo temporária

no rosto. Não entendi, você roubou o rímel dele ou ele quebrou o seu salto.

— Léo disse isso como quem não quer nada analisando sua pistola.

Arrancando com o carro e seguindo atrás do comboio, Conrado

ascendeu um cigarro e respondeu ao Léo:

— Você se acha engraçado né Léo. Veja só se tem alguma graça, seu

"amigo irmão" não lhe falou o por que da discussão? Cadê o companheirismo

acima de tudo. Vejo que já não são como antes.

— Conrado, Conrado, você não vai conseguir me tirar do sério, pelo

menos não agora com tantas testemunhas, sou bem diferente do Dane, se eu

começar não vou querer parar. Vamos, desembucha logo, sei que você está

doido para me dizer o que meu grande amigo não disse.

— Então você não soube que ele beijou a Lia no corredor da agência?

E após isso, pediu ao encarregado que demitisse ela. Eu só comentei que era

sacanagem dele usar sua posição para ficar com a menina e depois a demitir.

Ao ouvir as palavras de Conrado, Léo não conseguia acreditar no que

ele falava. Era impossível isso. Sentiu um embrulho no estômago. E se

tivesse acontecido Dane teria lhe falado. Mas se não falou teve seus motivos,

conversaria com ele depois.

Olhou para traseira do carro onde havia três agentes como se perguntasse se

eles sabiam disso e eles balançavam a cabeça negativamente. Então se voltou

para Conrado:

— Cara você é um babaca mesmo. Acha mesmo que vou acreditar em

você. E mesmo que isso tenha acontecido todos aqui sabemos que ela adora

dar mole para quase todo mundo na agência, não seria criminoso pensar que


ela pode ter tentado ser beijada.

— Pode ser, mas o que me intriga é por que ele não te contou?! A

parceria entre vocês está falindo? — Falou em tom de zombaria o Conrado,

soltando fumaça do cigarro.

— Bom Conrado, se é isso que você espera, é melhor deitar em berço

esplêndido, pois nossa parceria é eterna. Há coisas em nossas vidas que não

são tão importantes para serem faladas. O que eu posso dizer é que não foi

esse o motivo do pedido de demissão da Lia. Na verdade eu que tive motivos

para isso ele só se adiantou a mim. Não que lhe deva satisfação, mas acontece

que Lia esteve em nossa casa na noite de folga e fez uma cena em que quase

acabou com a nossa noite, com nossa noiva. Eu fiquei tão transtornado que

queria realmente que ela fosse mandada embora. Ela usou as nossas

informações pessoais para nos achar. E ainda se insinuou descaradamente na

frente da nossa noiva, nos colocando em uma situação bem delicada e isso é

errado.

— Como é? Ela esteve com vocês na noite de folga? Mas ela passou a

noite comigo. — Disse Conrado perplexo.

— Bom "amigo" talvez a SUA parceria esteja falhando. Por que ela

não te contou, que curioso, ela deveria ter te contado já que vocês estão se

relacionando. Não é mesmo?

— Isso não é da sua conta.

— Tá aí uma grande verdade. Vamos esquecer essa porra toda e se

concentrar na operação. Ah! Conrado, para que você fique feliz, eu e Dane

pedimos transferência para o Rio, então não se preocupe, não nos importamos

mais se a Lia fica ou sai, só pedimos que ela não se meta a besta com a gente

e fica tudo tranquilo.

Em meses Conrado não sentia uma alegria verdadeira, o fato dos dois

saírem da agência poderia abrir possibilidades tanto de promoção quanto dele


se entender com Lia. O pobre coitado achava mesmo que o problema de tudo

em sua vida eram os meninos.

Após essa conversa morrer, os homens no carro adotaram a postura

operacional. Problemas a parte, estavam todos indo ficar com o rabo a mercê

de um provável embate.

A pick-up começou a balançar quando entraram em uma rua

esburacada. Estavam cada vez mais próximos ao local combinado. Já se via

algumas viaturas mudando seu trajeto, a ideia era encurralar os suspeitos não

deixando brechas para fugas e principalmente surpreende-los talvez evitando

uma reação.

Só alguns poucos quilômetros faltavam para eles. Da sua viatura Dane

podia ver o carro em que estava Léo e Conrado. Eles seriam os primeiros a

chegar e abordar os meliantes. E se tudo ocorresse como Dane queria eles se

entregariam e a operação correria tranquila.

Mas esse grupo criminoso que atuava na fronteira, era o mais

perigoso. Segundo às pesquisas que Dane fez com os agentes e informantes,

eles eram responsáveis por vários assassinatos e sumiços, faziam o terror nas

cidades ao redor. O Chefão como era chamado, era brabo, sanguinário.

Mantinham alguns trabalhadores praticamente como escravos cuidando da

endolação das drogas, que geralmente eram homens velhos que tinham que

sustentar suas famílias e para isso não tinham como escolher o que fazer da

vida. Fora a aliciação de menores, tanto para vendas de drogas e pequenos

furtos, como na prostituição. Dane se preocupava pelo seu pessoal, mas

também pelos inocentes. Se houvesse alguma morte ali, que fosse de um

desses bandidos sanguinários que não respeitam ninguém nem a própria vida.

A madrugada estava em seu momento mais escuro e silencioso ouviase

apenas o barulho dos pneus das viaturas e o ronco do motor. Na hora

marcada Dane recebeu de todas às equipes pelo rádio que estavam todos


apostos e prontos. Dane que não era muito de rezar fez um pequeno silêncio

interior pedindo para que terminasse tudo bem. Nunca se sentiu tão nervoso

diante de uma batida. Antes não pensava no final das atividades, sempre

pensava no momento. Sabia agora que tudo mudou, sua vida e a de seu

amigo parecia ter mais valor agora. Tinham um futuro pela frente e uma

infinidade de momentos que queriam e precisavam viver. Assombroso lidar

com uma situação de perigo com esses novos sentimentos tomando conta de

sua cabeça. Imaginava se era assim que aqueles amigos e parceiros, pais de

famílias, que estavam ali com ele nesta e em tantas outras operações se

sentiam. Deu mais valor ainda a esses agentes que escolhem vir para às ruas

tentar erradicar a bandidagem e deixar suas esposas e filhos em casa.

Em sua viatura havia alguns agentes, todos casados e pais de família

virou para eles e perguntou:

— Como vocês conseguem deixar suas famílias em casa e vir para um

serviço como este? Não tem medo? O que faz vocês fortes para encarar tudo

isso numa boa? E após isso, após ver tanta maldade e decadência, como

voltam íntegros aos se familiares?

Os caras olharam para Dane sem entender nada, uma pergunta como

está num momento desses, mas um agente mais velho próximo a

aposentadoria o olhou e com semblante amigável disse:

— Meu caro, cada um aqui tem um motivo para voltar diferente. Mas

posso te dizer que o principal é o amor. Deixa-los não é fácil, e digo mais,

não se torna fácil nunca. Mas falando por mim, acredito que se Deus me pôs

na posição que estou hoje e estando aqui posso proteger minha comunidade,

bem como minha família, é isso que devo fazer. Eles só me dão mais forças

para seguir em frente. E é com esse meu trabalho "de herói" diziam meus

filhos quando pequenos, que sustentei minha família e criei meus filhos e

tenho a oportunidade de ver meus netos crescerem. E… Medo eu tenho se


esses marginais tomarem conta de tudo. A melhor parte disso é quando vejo

um infeliz destes preso pelas minhas algemas, faz tudo valer apena. E se sua

dúvida ainda é "e se você morrer como ficará sua família?" Aí meu caro, não

há explicação para tudo. Podemos morrer como qualquer um, a diferença é

que morreremos com o privilégio de estar combatendo contra os marginais e

não a mercê deles num assalto, bala perdida ou outras circunstâncias, como

com um civil. Quanto as barbáries que vemos? Desde que o mundo é mundo

existe a barbárie, e ao longo dos tempos conseguimos diminui-la. Se somos

íntegros na alma não há cena lastimável o suficiente para nós fazer quebrar.

Quebram-se apenas os fracos de amor, de esperança. Espero ter ajudado, mas

vamos focar agora. A primeira equipe já deve estar preparada para entrar.

— É verdade Hélio, ajudou sim. — Pegando o rádio novamente, Dane

autorizou o início da ação.

Ao receberem o comando, os agentes desceram de suas viaturas. Em

formação de pelo menos 5