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Florestal_247Web

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PRÊMIO REFERÊNCIA

Confira como foi a festa da indústria de base florestal aos melhores do ano

REPRESENTATIVIDADE

FEMININA

MULHERES MARCAM PRESENÇA

EM TODOS OS SETORES FLORESTAIS

FEMALE

REPRESENTATIVENESS

WOMEN ARE PRESENT IN

ALL SECTORS FOREST


Sem Dinagro-S

Resistente?

Então pode tirar

o cavalinho

da chuva.

Assista agora o vídeo

de demonstração do

NOSSO PRODUTO!


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ATENÇÃO: ESTE PRODUTO É PERIGOSO À SAÚDE HUMANA, ANIMAL E AO MEIO AMBIENTE. USO AGRÍCOLA; CONSULTE SEMPRE UM AGRÔNOMO; INFORME-SE E REALIZE

O MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS; SIGA AS ORIENTAÇÕES DA BULA PARA O DESCARTE CORRETO DAS EMBALAGENS E RESTOS OU SOBRAS DE PRODUTOS; LEIA

ATENTAMENTE E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO E BULA OU FAÇA-O A QUEM NÃO SOUBER LER; UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.


até papai noel já sabe, material de

corte com alta resistência, você

encontra na rotary-ax.

Em qualquer época do ano,

sempre a melhor escolha!

agradecemos a parceria e confiança

em nós depositada durante esse ano.

Que 2023 seja um ano repleto de

alegrias e novas realizações.

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SUMÁRIO

DEZEMBRO 2022

42

A FORÇA

DELAS

08 Editorial

10 Cartas

12 Bastidores

14 Notas

28 Coluna Cipem

30 Frases

32 Entrevista

40 Coluna

42 Principal

48 Prêmio REFERÊNCIA

68 Artigo

70 Codornada

76 Estudo

80 Economia

84 Pesquisa

88 Agenda

90 Espaço Aberto

48

70

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO

07 Agroceres

41 Bayer

39 Beltz do Brasil

09 BKT

13 Carrocerias Bachiega

11 Corteva

87 D’Antonio Equipamentos

92 Denis Cimaf

02 Dinagro

23 DRV Ferramentas

37 Engeforest

19 Euroforte

67 Expoforest

17 Fex

79 J de Souza

83 Lion Equipamentos

91 Log Max

15 Lufer Forest

65 Mill Indústrias

35 Planflora

21 Remsoft

04 Rotary-Ax

33 Rotor Equipamentos

89 Tech Forestry

25 Tecmater

29 Unibrás

27 Vantec

31 Watanabe

06 www.referenciaflorestal.com.br


Desde 2015 produzindo resultados e soluções

nas operações do controle das formigas cortadeiras.

1.170.000 ha realizados com monitoramento.

440.000 ha de operações mecanizadas e georreferenciadas com emissão de

relatórios gerenciais para análises entre realizado e recomendado

17.500 profissionais capacitados em operações de controle das formigas cortadeiras.

Acompanhamento por indicadores de resultado.

Altos níveis de resultados pós controle, com redução da infestação e dos danos

econômicos na área plantada.

Otimização das doses recomendadas e dos custos operacionais.


EDITORIAL

Demonstração de força

Desafios não faltaram no primeiro ano pós-pandemia. Muitas incertezas

e inseguranças fizeram parte do caminho percorrido durante 2022 e o setor

florestal saiu maior, mais forte e verdadeiro exemplo de trabalho, dedicação

e união para superar qualquer adversidade. Toda essa força é composta pelas

pessoas que se dedicam por um segmento melhor. O momento é de celebrar

essas conquistas, pois o trabalho para atingí-las foi grande, mas também

de analisar e dar os toques finais nos planos para 2023, que está às portas.

Nessa edição o Leitor confere o trabalho que a Bayer tem feito para o fortalecimento

das mulheres que fazem parte da empresa, a cobertura completa do

Prêmio REFERÊNCIA 2022, as informações sobre as florestas paranaenses,

o recorde batido pelo setor florestal brasileiro em 2021 e uma entrevista exclusiva

com Paulo Bannemann, presidente da AGAFLOR, contando um pouco

da história e dos planos da associação. Desejamos a todos uma ótima leitura,

um feliz natal e um próspero ano novo. Em 2023, a Revista REFERÊNCIA

continuará trazendo as melhores informações, novidades e muito trabalho

para fortalecer o nosso segmento. Até lá!

2

1















A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product

www.referenciaflorestal.com.br

Ano XXIV • Nº247 • Dezembro 2022

PRÊMIO REFERÊNCIA

Na capa dessa edição a

força das mulheres do

time Bayer Florestal

Confira como foi a festa da indústria de base florestal aos melhores do ano

REPRESENTATIVIDADE

FEMININA

MULHERES MARCAM PRESENÇA

EM TODOS OS SETORES FLORESTAIS

FEMALE

REPRESENTATIVENESS

WOMEN ARE PRESENT IN

ALL SECTORS FOREST

DEMONSTRATION OF STRENGTH

Challenges were not lacking in the first-year post-pandemic. Many uncertainties

and insecurities were part of the path taken in 2022. Nevertheless,

the Forest-based Sector became better, stronger, and a true example of work,

dedication, and unity to overcome all adversities. All these strengths resulted

from people who dedicated themselves to a better segment. The time is to

celebrate these achievements because the work to achieve them was boundless,

but also to analyze and put the final touches on plans for 2023, which

is knocking at the door. In this issue, the reader can confer the work Bayer

has carried out to strengthen the women who are part of the Company, the

full coverage of the Reference Award 2022, information about the forests of

Paraná, the record set by the Brazilian Forest-based Sector in 2021, and an

exclusive interview with Paulo Bannemann, President of Agaflor, detailing

a little of the history and plans of the association. We wish you all pleasant

reading, a merry Christmas, and a prosperous new year. In 2023 Revista

REFERÊNCIA will continue to bring the best information, news, and a lot of

work to strengthen our segment. Until next time!

Entrevista com

Paulo

Bannemann

Confira no artigo, a caracterização

das espécies florestais

3

EXPEDIENTE

ANO XXIV - EDIÇÃO 247 - DEZEMBRO 2022

Diretor Comercial / Commercial Director

Fábio Alexandre Machado

fabiomachado@revistareferencia.com.br

Diretor Executivo / Executive Director

Pedro Bartoski Jr

bartoski@revistareferencia.com.br

Redação / Writing

Vinicius Santos

jornalismo@revistareferencia.com.br

Colunista

Cipem

Gabriel Dalla Costa Berger

Depto. de Criação / Graphic Design

Fabiana Tokarski - Supervisão

Crislaine Briatori Ferreira

Me Hua Bernardi

criacao@revistareferencia.com.br

Midias Sociais / Social Media

Cainan Lucas

Tradução / Translation

John Wood Moore

Depto. Comercial / Sales Departament

Gerson Penkal - Carlos Felde

comercial@revistareferencia.com.br

fone: +55 (41) 3333-1023

Representante Comercial

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina

Knop

Depto. de Assinaturas / Subscription

Cristiane Baduy

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ASSINATURAS

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GARANTIDA GARANTEED

Veículo filiado a:

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos

direitos autorais, exceto para fins didáticos.

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication

directed at the producers and consumers of the good and services of the

lumberz industry, research institutions, university students, governmental

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited

without the written authorization of the holders of the authorial rights.

08 www.referenciaflorestal.com.br


CARTAS

A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product

PRÊMIO REFERÊNCIA

Conheça os vencedores do maior prêmio do setor de base florestal de 2022

PRODUTIVIDADE

MANUTENÇÃO COM O FABRICANTE

PRODUCTIVITY

GARANTE MELHOR DISPONIBILIDADE

MAINTENANCE WITH THE MANUFACTURER

E EFICIÊNCIA NA COLHEITA

ENSURES BETTER AVAILABILITY

AND HARVEST EFFICIENCY

Capa da Edição 246 da


Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,

mês de novembro de 2022











www.referenciaflorestal.com.br

Ano XXIV • Nº246 • Novembro 2022

CAPA

Por Carlos Amaral, Campinas (SP)

Grande trabalho da empresa trazendo excelência em atendimento para os

clientes, isso é um diferencial que garante a continuidade de parcerias comerciais

ENTREVISTA

Por André Oliveira, Lages (SC)

Ações como essa criam um ambiente cada vez mais inclusivo e que

valoriza as mulheres no nosso segmento. Parabéns para a Rede Mulher

Florestal!

Foto: Emanoel Caldeira

REGULAMENTAÇÃO

Por Andreia Castro, São Leopoldo (RS)

Cuidar das pessoas é tão importante quanto cuidar de florestas e dos produtos

do nosso setor, e a ação da AMIP junto ao Ministério Público é muito importante

para mostrar para a sociedade a preocupação que temos com os trabalhadores

Foto: divulgacão

RECONHECIMENTO

Prezados diretores,

Na última terça-feira (29/1), a ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base Florestal),

especialmente em nome da presidente do Conselho Diretor, Mariana Lisbôa, teve a honra de

participar e ser agraciada com o Prêmio REFERÊNCIA 2022.

Ficamos felizes com essa premiação que visa prestigiar as empresas que se destacaram no setor

madeireiro e florestal. Isso nos estimula a continuar trabalhando, sempre com importantes parcerias

com as Estaduais Florestais, com a IBÁ e demais entidades do setor.

Para nós este reconhecimento vale ainda mais por se tratar de uma iniciativa dessa editora que há

20 anos se destaca na divulgação e promoção do setor florestal brasileiro. Assim, estendemos nossos

agradecimentos e cumprimentos para toda a equipe dessa editora que produz brilhantemente títulos

como o da REFERÊNCIA FLORESTAL, REFERÊNCIA INDUSTRIAL, entre outros.

Cordialmente,

Wilson Andrade - Diretor Executivo - ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base Florestal)

Salvador, 01 de dezembro de 2022

Senhor Pedro Bartoski Jr.

Diretor Executivo da Jota Editora

Senhor Fábio Machado

Diretor Comercial da Jota Editora

Prezados diretores,

Na última terça-feira (29/1), a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), especialmente

em nome da presidente do Conselho Diretor, Mariana Lisbôa, teve a honra de participar e ser agraciada

com o Prêmio Referência 2022.

Ficamos felizes com essa premiação que visa prestigiar as empresas que se destacaram no setor

madeireiro e florestal. Isso nos estimula a continuar trabalhando, sempre com importantes parcerias

com as Estaduais Florestais, com a Ibá e demais entidades do setor.

Para nós este reconhecimento vale ainda mais por se tratar de uma iniciativa dessa editora que há 20

anos se destaca na divulgação e promoção do setor florestal brasileiro. Assim, estendemos nossos

agradecimentos e cumprimentos para toda a equipe dessa editora que produz brilhantemente títulos

como o da Referência Florestal, Referência Industrial, entre outros.

Cordialmente,

Wilson Andrade - Diretor Executivo

ABAF - Associação Baiana das Empresas de Base Florestal

(71) 98801-3000 / wilsonandrade@terra.com.br / abaf.org.br

CURTA NOSSA PÁGINA

10 www.referenciaflorestal.com.br

Revista Referência Florestal

@referenciaflorestal

E-mails, críticas e sugestões podem ser

enviados também para redação

jornalismo@revistareferencia.com.br

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


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BASTIDORES

Revista

Foto: REFERÊNCIA

EVENTO

No evento do lançamento da nova

logo da APRE Florestas (Associação

Paranaense de Empresas de Base

Florestal), os diretores da Revista

REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio

Machado e Pedro Bartoski Jr., junto

com os diretores da Komatsu Forest,

Eduardo Nicz e Carlos Borba.

ENTREVISTA

A presidente da Rede

Mulher Florestal,

Mariana Schuchovski,

durante o jantar do

Prêmio REFERÊNCIA

2022, apresentou com

orgulho a entrevista

que ela concedeu para

a Revista na edição de

Novembro/22.

Foto: Emanoel Caldeira

ALTA

SUPERÁVIT HISTÓRICO

O governo federal registrou um superavit de R$

30,8 bilhões no mês de outubro. Desde 2016 não

era um resultado primário tão grande quanto esse,

que também é o segundo maior superávit para o

período na década. Os dados foram divulgados pelo

Tesouro Nacional no final de novembro. O resultado

primário é formado pelas receitas (como arrecadação

de tributos) contra as despesas. No acumulado

de janeiro a outubro de 2022, o superavit é de R$

85,7 bilhões, o que corresponde a 1,02% do PIB

(Produto Interno Bruto). Em 12 meses, as contas

tiveram saldo positivo real de R$ 85,73 bilhões, o

maior valor desde 2013. Números expressivos que

demonstram a recuperação da economia do país

no pós pandemia.

DEZEMBRO 2022

INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS

A falta de transparência, quebra de decoro e principalmente

os rompantes autoritários de membros do alto

escalão do judiciário colocaram em cheque as ações das

instituições nacionais. Aquelas que deveriam ser um porto

seguro para a população e as mais sérias guardiãs da

Constituição Brasileira demonstram em ações e decisões

que seus ideais quase sempre são mais importantes que

a nossa maior regulamentação regente. Lutar por democracia

não é acumular poder e fazer mandos e desmandos

ao bel-prazer, mas sim, demonstrar transparência

de processos, respeito à população e manter a chamada

liturgia do cargo, com ações que se enquadrem dentro

do que cada um dos representantes públicos jurou

defender. O Brasil precisa ter segurança na justiça e não

desconfiança e medo de suas decisões.

BAIXA

12 www.referenciaflorestal.com.br


Agradecemos a todos os nossos

parceiros e amigos que estiveram

em nosso lado neste ano,

Que 2023 seja repleto de novas

conquistas e realizações.

Desejamos a todos um

Feliz Natal e próspero Ano Novo!

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NOTAS

Alternativa polivalente

Foto: divulgação

O MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), por meio do SFB (Serviço Florestal Brasileiro),

promoveu em novembro, o IV Seminário Nacional do Bambu, no Câmpus da Universidade Estadual de

Goiás, em Pirenópolis. O objetivo do evento foi promover a cadeia produtiva e o desenvolvimento sustentável

rural e urbano a partir da utilização do bambu nas mais diversas formas.

O evento debateu a importância de buscar alternativas de materiais com menor consequência ambiental,

econômica e social para diminuir os impactos negativos do clima e a perda de biodiversidade. O bambu se

destaca por ser uma das alternativas com grande potencial para diferentes usos, como material construtivo,

alimentício, energético, entre outros utensílios.

No seminário foi abordado como tema central a Cadeia Produtiva do Bambu para o Desenvolvimento

Sustentável. O Serviço Florestal Brasileiro apresentou conjunto de instrumentos e iniciativas que dispõe para

cooperar nas discussões de ampliar o potencial de desenvolvimento da cadeia produtiva do bambu. Além disso,

coloca como uma oportunidade para o fortalecimento dessa economia de base florestal, dado à multiplicidade

de usos do bambu e dos avanços científicos e tecnológicos sociais. Durante os dias do encontro, foram

organizadas várias sessões temáticas sobre o uso dos bambus na arquitetura, design, agronomia, artesanato,

culinária, políticas públicas, entre outras.

14 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS

Reunião de trabalho

Foto: divulgação

Em meados de novembro aconteceu a quarta reunião técnica da ACR em 2022. O encontro, realizado em

Caçador/SC, reuniu cerca de 30 profissionais de empresas associadas e teve a gestão florestal como principal

tema. A abertura foi feita pelo presidente da ACR, Jose Mario Ferreira e pelo diretor-executivo da associação,

Mauro Murara Jr.

Em seguida, o ex-presidente da ACR (gestão 2002 – 2004) e gerente florestal da Adami por mais de 15 anos,

Sérgio Luiz Bostelmann, fez uma apresentação da empresa. “É de suma importância as empresas trocarem

informações. Estamos muito felizes por podermos proporcionar este encontro e divulgar os trabalhos desenvolvidos

através dos tempos. Tenho certeza de que a maioria dos associados levou algo de útil para suas empresas”,

destacou Sérgio.

Outras três apresentações completaram o encontro. O professor Dr. Carlos Roberto Sanquetta, da UFPR

(Universidade Federal do Paraná), falou sobre crédito de carbono e as oportunidades e desafios do setor florestal

neste mercado. O também professor, Dr. Edison Perrando, da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria),

abordou os retrospectos e perspectivas do zoneamento produtivo para Pinus taeda, feito em parceria com a

empresa Adami. Fechando a parte técnica da reunião, o engenheiro florestal Bruno Conte apresentou ferramentas

e resultados obtidos na gestão e inventário florestal na Adami ao longo dos últimos oito anos.

16 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS

Defesa do meio ambiente

Após matéria veiculada pelo programa Fantástico da rede Globo (20/11), o CIPEM/MT (Centro das Indústrias

Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), em seu papel de entidade representativa do

setor de base florestal organizado, veio a público declarar que apoia totalmente toda e qualquer ação de coibição

a ilícitos ambientais que venham a se desenvolver no estado de Mato Grosso e no Brasil como um todo. Na nota,

a entidade afirma que produzir com responsabilidade e respeito ao meio ambiente é uma das principais metas do

setor de base florestal organizado e a ilegalidade contamina toda a cadeia produtiva, além de depreciar o valor de

mercado da madeira nativa e desprestigiar aqueles que investem recursos e esforços para garantir o cumprimento

da Lei.

A associação ainda ressalta que lamenta e repudia veementemente que nos dias atuais ainda sejam surpreendidos

com a divulgação de crimes ambientais desta natureza nas redes de comunicação. Tal prática, além de

causar grande prejuízo econômico a produtores e ao erário, acaba maculando a imagem de toda uma categoria

econômica que com responsabilidade e sustentabilidade é uma das principais geradoras de empregos e divisas

para 44 Municípios de Mato Grosso.

Além disso, o Manejo Florestal Sustentável, que dá origem à matéria prima legalizada – a madeira nativa - é

uma das principais ferramentas para o combate às mudanças climáticas, devido a sua premissa de conservar as

florestas em pé, com toda a sua biodiversidade, além de sequestrar e estocar carbono.

Ainda segundo a nota, o CIPEM acompanha continuamente os esforços do órgão ambiental estadual Sema/MT

(Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Mato Grosso) nas melhorias da gestão florestal, e contribui sempre que

solicitado e com a devida pertinência, seja em pesquisas ligadas ao fortalecimento do Manejo Florestal Sustentável,

aprimoramento dos procedimentos do licenciamento da atividade, incremento da segurança nos sistemas de

controle da produção e comercialização dos produtos florestais, a exemplo do novo sistema as vésperas de ser implantado

o “Sisflora 2.0”. O conteúdo completo da nota pode ser acessado no site do CIPEM, através do seguinte

endereço: https://cipem.org.br/.

Foto: divulgação

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NOTAS

Prêmio florestal

Foi a entrega do VII Prêmio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia

e Mercado Florestal para trabalhos científicos no campo de estudos florestais.

O prêmio é uma iniciativa do SFB (Serviço Florestal Brasileiro), órgão vinculado ao

MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), em parceria com a

ENAP (Escola Nacional de Administração Pública) e com apoio da CNI (Confederação

Nacional da Indústria).

Durante a cerimônia, o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Pedro

Neto, reforçou a importância da parceria na estimulação da produção acadêmica.

Segundo Pedro, foi possível juntar política pública, iniciativa privada e escola

de governo, direcionando, estimulando a produção acadêmica por um tema tão

importante para o Brasil, que é a economia florestal. “Nos últimos anos, o Serviço

Florestal Brasileiro vem dando cada vez mais ênfase nas suas temáticas operacionais,

ao tema de economia florestal, aplicada na cadeia de produtos madeireiros e

não madeireiros e também do que vem das concessões florestais”, explicou Pedro.

O prêmio teve o foco de promover as discussões sobre as temáticas da economia

e do mercado da produção florestal sustentável na academia e nos setores

produtivos, o concurso tem como subtemas: concessões florestais; PIB Verde; sistema

tributário do setor florestal; comércio internacional; tendências para os segmentos

de florestas plantadas e/ou nativas; impactos econômicos e de mercado

da Lei de Proteção da Vegetação Nativa; instrumentos econômicos e financeiros

voltados ao setor florestal; dentre outros.

O prêmio foi dividido nas categorias graduando e profissional. Na categoria

de graduação, receberão R$ 20 mil, R$ 10 mil e R$ 5 mil. Os candidatos deveriam

estar cursando a primeira graduação ou recém-formado. Já na categoria profissional,

foram entregues R$ 25 mil, R$ 15 mil e R$ 10 mil, e os candidatos teriam que

ter no mínimo o diploma de conclusão de curso de nível superior em qualquer

área de formação ou diploma de curso técnico expedidos por instituição de ensino

reconhecida por órgão competente. Ambos receberam troféus e certificados,

além da publicação da monografia em formato eletrônico.

Foto: divulgação

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NOTAS

Nova direção

Foto: divulgação

O Conselho de Administração da Florestar São Paulo – Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e

Consumidores de Florestas Plantadas está sob nova gestão. Leonardo Genofre, Gerente de Relações Institucionais

da Bracell, estará à frente do cargo, conforme anunciado durante a Assembleia Geral da entidade, para o biênio

2022/2024.

Leonardo Genofre, afirma que assumir a presidência de uma entidade comprometida com valores com os quais a

Bracell também acredita tem uma relevância muito grande. “Estou honrado com este novo desafio. Estarei comprometido

em atuar em prol do desenvolvimento sustentável do setor, seguindo com o nosso propósito de que tudo o

que fazemos deve ser bom para o país, o clima, as comunidades e os clientes”, destacou Leonardo.

A Florestar é uma entidade civil, sem fins lucrativos, cujo foco é fomentar o crescimento e a competitividade da

produção florestal de seus associados, transformando seus interesses e necessidades em resultados. A associação

estimula a implementação de florestas de uso múltiplo e com funções ambientais, incluindo o mecanismo de desenvolvimento

limpo visando o controle do efeito estufa.

“Estamos com ótimas expectativas para este novo ciclo de gestão na Associação. Temos uma agenda focada em

Políticas Públicas e atuação interinstitucional, fornecendo apoio e representação a nossas Empresas Associadas para

o desenvolvimento da cadeia produtiva de florestas plantadas no cenário paulista”, reforça Fernanda Maria Abilio,

Diretora Executiva da Florestar.

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NOTAS

ABNT contra incêndios

Os membros da Comissão de Estudos

da ABNT (Associação Brasileira de Normas

Técnicas) de Segurança Contra Incêndio

Florestal (CE-024:105.001) se reuniram para

dar continuidade às ações dos planos de

proteção contra incêndios florestais que irão

compor a norma brasileira para prevenção e

controle de incêndios florestais.

A Comissão é formada por diversos

atores e entidades e possui cinco GT (grupos

de trabalho), destinados a elaboração dos

textos para normas nos seguintes temas: estudo

preliminar e diagnóstico; plano de prevenção;

detecção e comunicação; combate;

e ações de registro pós-fogo. A previsão para

publicação da NBR (Norma Brasileira) é maio

de 2023. NBRs não são mandatórias, uma

vez que elas não são criadas pelo Governo

ou por algum órgão de poder público, mas

por instituições privadas. Todavia, este tipo

de norma, pode impulsionar alterações nas

normativas legais e outras legislações que

dispõem sobre o tema.

Nos últimos encontros, foram discutidas

as definições em relação à detecção e à comunicação,

pois a eficiência das ferramentas

de detecção e de comunicação é fundamental

para garantir que o combate seja iniciado

ainda em pequenas proporções, evitando

consequências mais graves. Por essa razão, a

comissão trabalhou os conceitos e definições

dos mecanismos e estruturas utilizadas

na detecção e comunicação das ocorrências

de incêndios florestais. Foram apresentados

os tipos de sistemas de detecção (fixo,

móvel, manual ou automatizado), assim

como as principais ferramentas e estratégias

de comunicação. Ainda durante a reunião,

foi validado boa parte do texto em relação a

esse tema, que contempla também a parte

de alerta e sinalização das áreas com risco

de incêndios.

Foto: divulgação

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NOTAS

SIMPOS 2022

Fotos: SIMPOS

Foi realizado durante o mês de novembro o SIMPOS 2022, principal encontro científico das Ciências Florestais

no Brasil, que ocorre a cada dois anos, sendo essa edição realizada pela UNICENTRO (Universidade Estadual

do Centro Oeste).

Eduardo Lopes, coordenador do curso de pós-graduação de Ciências Florestais da UNICENTRO, destacou

que o objetivo do evento é dar a oportunidade dos estudantes divulgarem trabalhos, estabelecer parcerias e

ampliar a integração entre as universidades e as empresas do setor. “O tema dessa edição é discutir como podemos

formar profissionais cada vez mais inseridos dentro da ciência e inovação”, explicou Eduardo.

A palestra magna do evento foi ministrada pelo Diretor do Departamento de Empreendedorismo Inovador

do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Cesar de Oliveira Pinto. O diretor afirmou que é necessário

pegar os casos de sucesso e ampliar para os outros setores sem ficarmos presos a apenas uma empresa

inovadora. “O nosso desafio é trazer e criar casos para segmentos diferentes no Brasil, pois a tecnologia está em

tudo e pode ser uma imensa parceira das ciências florestais”, destacou Marcos.

Durante os quatro dias de eventos os participantes puderam acompanhar palestras com grandes nomes

do setor público e privado relacionados a cadeia de base florestal, com foco no empreendedorismo, produção

florestal e preservação ambiental. O encerramento do evento ficou marcado pelas premiações dos trabalhos

universitários apresentados. Foram 242 inscritos para as categorias: Conservação do meio ambiente, Economia

e política, Manejo florestal, Silvicultura e Tecnologia de produtos florestais, sendo premiados três trabalhos em

cada categoria.

Também foi anunciado que o próximo simpósio será realizado em Santa Catarina, pela UDESC (Universidade

do Estado de Santa Catarina), na cidade de Lages (SC), em 2024.

26 www.referenciaflorestal.com.br


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´


COLUNA

ECONOMIA

VERDE

Desvendando o

Mercado de Crédito

de Carbono e a

relação com o

Manejo Florestal

Sustentável

A estimativa é

que somente no

Brasil, o mercado

de carbono possa

movimentar cerca

de US$100 bilhões

até 2030

https://cipem.org.br

N

os últimos anos, o debate internacional em torno do crédito de carbono tem se

intensificado no contexto de agendas dedicadas à discussão da pasta Ambiental e

Climática, em âmbito global, a exemplo da Conferência das Nações Unidas sobre

Mudança do Clima de 2021 (COP-26), sediada em Glasgow, na Escócia e a COP-

27, em 2022, no Egito.

Dessa forma, o objetivo do presente artigo consiste em ampliar o conhecimento em torno

dos benefícios ambientais e econômicos relacionados com o Mercado de Crédito de Carbono,

bem como destacar o manejo florestal sustentável enquanto uma atividade econômica e sustentável

diretamente relacionada com o sequestro de carbono e, consequentemente um dos principais

vetores deste promissor mercado.

A priori, tem-se que uma tonelada de carbono que deixa de ser lançada na atmosfera equivale

a 1 crédito de carbono, concedido àquela empresa que, comprovadamente, mapeou, quantificou

e registrou determinada meta preestabelecida de redução de emissões de GEE (Gases do

Efeito Estufa). É válido informar que o CO2 (dióxido de carbono) é utilizado como referência para

classificar os demais GEE quanto ao seu poder de aquecimento global, por ser o gás mais abundante

na atmosfera. Em outras palavras, mesmo que sejam reduzidas as emissões de outros gases,

como por exemplo o gás metano, o crédito concedido será medido em toneladas de dióxido

de carbono equivalente (tCO2eq).

Assim, o Mercado de Carbono propicia um valor monetário à redução das emissões, concedendo

créditos de carbono aos empreendimentos que atingiram as metas. Em linhas gerais,

os créditos de carbono representam uma moeda de troca entre aqueles empreendimentos que

obtiveram os créditos em recompensa aos seus esforços de reduções, com os empreendimentos

que não podem ou ainda não conseguem reduzir suas emissões. Em suma, a premissa é de

que por meio do lucro financeiro àquele que contribui com os objetivos ambientais, os consumidores

deste crédito sejam incentivados a buscar formas de reduzir as emissões de carbono,

alterando suas matrizes energéticas, para que possam no futuro neutralizar suas emissões sem a

necessidade de adquirir créditos de terceiros e, talvez, obtê-los e comercializá-los também.

Com base em informações divulgadas pela CNN, a estimativa é que somente no Brasil, o

mercado de carbono possa movimentar cerca de US$100 bilhões até 2030, o que reitera o alto

potencial brasileiro nesta grande empreitada que pretende impactar positivamente o meio

ambiente, bem como a economia. Nesse sentido, é possível afirmar que o segmento florestal

organizado é um importante vetor do mercado de carbono brasileiro, pois, por meio do manejo

florestal sustentável, a floresta nativa é conservada de pé. Isto, por sua vez, impacta positivamente

no processo natural em que as espécies florestais sequestram o carbono atmosférico e o

estocam em seus componentes (tronco, galhos, raízes, etc.). Em poucas palavras, o manejo florestal

sustentável viabiliza o equilíbrio entre a produção e a conservação da floresta nativa, pois

é um modelo de negócio ecologicamente sustentável, que ocorre com total respeito à floresta e

à legislação vigente.

A atividade econômica e sustentável prevê a colheita de somente árvores maduras, o que

corresponde a 12% da cobertura florestal de uma área manejada, mantendo de pé cerca de

88% das árvores, de modo a conservar a biodiversidade da vegetação e da fauna. Dessa forma,

quando as árvores maduras são colhidas para o uso e industrialização da madeira, o estoque de

carbono permanece aprovisionado por tempo indeterminado na madeira, impedindo-o de ser

lançado à atmosfera, por exemplo, com a morte natural da árvore na floresta. Com isso, é possível

depreender que o manejo florestal sustentável é um importante aliado da perenidade da

floresta e da missão global da neutralização do gás carbônico.

Ao encontro do objetivo de deter o controle destas emissões, em escala global, o CIPEM

(Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), desde

2021, é um Apoiador do Programa de Estado Carbono Neutro Mato Grosso, cuja missão voluntária

é de fomentar o desenvolvimento econômico e sustentável e alcançar a neutralização do

carbono até 2035. Com o selo Apoiador, fica atribuído à entidade representativa do setor de

base florestal mato-grossense, notório reconhecimento diante da contribuição com a criação de

campanhas para a disseminação das metas e resultados relacionados às emissões de carbono,

junto aos sindicatos de sua base, indústrias associadas e ao Estado de Mato Grosso.

Acesse os links https://cipem.org.br/noticias/o-elo-entre-o-manejo-florestal-sustentavel-e-o-sequestro-de-carbono

e https://www.youtube.com/watch?v=igceckDpCNI para saber mais.

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FRASES

Foto: AGEFLOR

Esperamos que se chegue em

um consenso e tenhamos um

documento que possibilite o

crescimento da área plantada

aliado com a preservação

ambiental. Um setor que preserva

quase a mesma área que produz

não pode ser impedido de crescer

e produzir bens necessários para

o nosso dia a dia

Luiz Augusto Alves, presidente da AGEFLOR

(Associação Gaúcha de Empresas Florestais)

“É uma atividade que produz

benefícios ambientais inegáveis:

a recuperação das nascentes,

a recuperação de áreas

degradadas. É uma atividade

econômica da maior importância.

Quando elaboramos esse projeto,

essa atividade econômica gerava

mais de 4,5 milhões de empregos

no país. Hoje, certamente, muito

mais do que isso”

Roberto Rocha, senador do PTB do Maranhão,

relator do projeto de lei que retira a silvicultura da

lista de atividades poluidoras

O nosso objetivo, com

o Inventário Florestal,

é possibilitar a geração

de riqueza com o uso de

madeira, em conformidade

com a legislação ambiental.

O Plano de Manejo, se

aprovado, fornecerá madeiras

legalizadas para as movelarias

e marcenarias do município

de Lábrea, que hoje soma sete

empreendimentos licenciados.

Nanci Reis, engenheira florestal do Idam,

(Instituto de Desenvolvimento Agropecuário

e Florestal Sustentável do Amazonas) sobre o

desenvolvimento do manejo florestal no Estado

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ENTREVISTA

Trabalho que

DESENVOLVE

Work in development

Foto: divulgação

ENTREVISTA

O

segmento de florestas plantadas é o combustível

do setor madeireiro no sul do país. Fornecendo

matéria-prima para a indústria de móveis,

chapas, celulose e produtos de madeira, os

plantios garantem o funcionamento da cadeia de produção florestal.

Fortalecer esse trabalho e fomentar a cultura de árvores

plantadas é o trabalho da AGAFLOR (Associação Gaúcha de

Reflorestamento). Paulo Bannemann, presidente da associação

conta um pouco da história e das principais atividades da associação,

bem como, perspectivas para os próximos anos.

Paulo

Bannemann

T

he Planted Forest segment fuels the Forest Product

Sector in the Country’s South, providing raw materials

for furniture making, wood panel production,

pulp manufacture, and other forest product

segments and ensuring the operation of the forest production

chain. Strengthening this work and promoting the culture of

planted trees is the work of the State of Rio Grande do Sul Reforestation

Association (Agaflor). Paulo Bannemann, President

of the Association, tells us a little about the history and main

activities of the Association.

ATIVIDADE/ ACTIVITY:

Presidente da

AGAFLOR (Associação Gaúcha de Reflorestamento)

President of the Association State of Rio Grande do Sul

Reforestation Association (Agaflor)

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ENTREVISTA

>> Como foi sua chegada à presidência da AGAFLOR?

Sou sócio fundador e primeiro vice-presidente da entidade,

cargo ocupado até ser eleito presidente. Ocupo a presidência

desde março de 2017.

>> Como foi sua caminhada no setor florestal?

Tudo começou em 2003 com a chegada da VCP Votorantim

Celulose e Papel na Metade Sul do Rio Grande do Sul para

instalar uma grande fábrica de celulose. Como minha origem

é rural, de família de imigrantes pomeranos, tendo estudado

no CAVG (Colégio Agrícola Visconde da Graça), em Pelotas

(RS), onde cursei o ginasial agrícola, recebendo o diploma de

Mestre Agrícola, sempre houve um anseio pelo retorno às atividades

rurais. Embora sendo um empresário urbano atuando

no setor de segurança eletrônica, eu e minha esposa Vera

resolvemos investir em terras com foco na atividade florestal,

o que concretizamos em 2004. Em 2005 iniciamos os primeiros

plantios de acácia negra no município de Piratini (RS) e,

em 2006 avançamos para o plantio de eucalipto, pinus e não

paramos mais. Atualmente fornecemos acácia negra para as

empresas TANAC e SETA, eucalipto para exportação através

da CONNEXION EXPORT e temos contratos de fornecimentos

futuros de eucalipto com a CMPC. Outra atividade não madeireira

importante é a produção de resina de pinus eliotti,

fornecido à ÂMBAR Resinas.

>> Seu plantio é focado totalmente na produção florestal?

Nossa propriedade trabalha no sistema ILPF (Integração Lavoura

Pecuária Floresta), com plantios florestais no formato

de mosaicos, intercalando as espécies, além do cultivo de soja

e trigo em parceria com terceiros. Temos parceria na pecuária

de corte e, parceria na exploração da apicultura, com aproveitamento

das floradas de eucalipto e das matas nativas. As áreas

preservadas, entre APPs (Áreas de Proteção Permanente),

reservas legais e remanescentes de mata nativa intocada somam

mais de 45% da propriedade. O projeto agrosilvopastoril

tem foco de longo prazo, forte na sustentabilidade ambiental,

social e econômica. Nossas florestas de eucalipto já são certificadas

FSC (Forest Stewardship Council) e, estamos buscando

a certificação das florestas de pinus e acácia negra.

>> Como surgiu a AGAFLOR?

Surgiu em 2012 de um movimento de produtores de acácia

negra, em busca de alternativas para venda de suas florestas

que estavam sem mercado devido ao crash financeiro mundial

de 2008 e, também, do tsunami no Japão, que destruiu

fábricas de celulose naquele país.

>> Quais as principais ações da AGAFLOR no Estado?

Congregar os produtores de florestas plantadas visando o

crescimento do setor, com ações junto aos três níveis de governos,

legislativos, órgãos ambientais, portuários e empresas

de pesquisa.

What was your path to becoming President of Agaflor?

I am a founding partner and first vice-president of the entity,

a position I held until I was elected President. I have held this

mandate since March 2017.

How did you become involved with the Forest Product

Sector?

It all started in 2003 with the arrival of Votorantim Celulose

e Papel (VCP) in the Southern Half of Rio Grande do Sul

when they installed a large pulp mill. As my origin is rural,

from a Pomeranian immigrant family, and having studied at

the Visconde da Graça Agricultural School (CAVG) in Pelotas

(RS), where I studied agriculture, receiving an M.Sc. in

Agriculture, I have always had a longing for a return to rural

activities. Although being an urban entrepreneur working in

electronic security, my wife, Vera, and I decided to invest in

land focused on forest activities, which we realized in 2004.

In 2005, we started the first black acacia plantations in the

municipality of Piratini (RS), and in 2006, we went on to

plant eucalyptus and pine and, after that, have not stopped.

Currently, we supply black acacia to Tanac and Seta and

eucalyptus for export through Connexion Export, and we

have contracts to supply Cmpc with eucalyptus. Another important

non-timber activity is the production of pínus eliotti

resins for Âmbar Resinas.

Is your farm focused only on forest production?

Our property works with the Forest Livestock Farming Integration

system (Ilpf), with forest plantations in the form of

mosaics, interspersing the species, and cultivating soybeans

and wheat in partnership with third parties. We also have

partnerships for raising beef cattle and beekeeping using eucalyptus

and native forest blossoms. The conservation areas,

among Permanent Protection Areas (APP), legal reserves,

and remnants of untouched native forest, add up to more

than 45% of our property. Our agrosilvopastoral project

heavily focuses on environmental, social, and economic

sustainability. Our eucalyptus forests are already FSC-certified,

and we are seeking certification for the pine and black

acacia forests.

How did Agaflor come about?

The Association emerged in 2012 from a movement of black

acacia producers looking for alternatives to sell their forest

products that were without a market due to the global

financial crash of 2008 and the tsunami in Japan, which

destroyed their pulp mills.

What are Agaflor’s main actions in the State?

Bringing together the producers of planted forests aiming at

Sector growth, with actions at the three levels of governments,

legislatures, environmental agencies, and ports and

research companies.

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ENTREVISTA

>> O Rio Grande do Sul é um grande produtor de madeira

plantada. Como a AGAFLOR trabalha para o desenvolvimento

do segmento?

Fomentamos o setor por meio de seminários, encontros,

palestras e ações diretas junto às empresas compradoras e

exportadoras, visando facilitar a comercialização da madeira

e derivados.

>> Promovem eventos e cursos para os afiliados?

Sim, para associados e a comunidade em geral. Anualmente,

no mês de outubro a AGAFLOR, em parceria com a AGEFLOR,

promove um grande evento intitulado: Seminários sobre Florestas

Plantadas no Rio Grande do Sul; já em sua 11ª edição

realizada em outubro. Estes seminários acontecem durante as

Expofeiras da Associação Rural de Pelotas, no seu Parque de

Exposições. Outros eventos como: divulgação do Programa +

Renda; um programa de fomento ao plantio de eucalipto da

CMPC, divulgação dos programas de fomento ao plantio de

acácia negra da TANAC, divulgação do projeto de Certificação

coletiva FSC para pequenos produtores da RDK Logs, palestras

virtuais com especialistas de entidades de pesquisa, como a

EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e

encontros com compradores de produtos florestais.

>> Quais as principais vantagens para os afiliados?

Ter uma organização que os represente e os defenda junto às

esferas públicas e privadas e gere movimentos de apoio, treinamento,

fomento e comercialização.

Congregar os produtores

de florestas plantadas

visando o crescimento do

setor, com ações junto aos

três níveis de governos,

legislativos, órgãos

ambientais, portuários e

empresas de pesquisa

Rio Grande do Sul is a significant producer of planted

forests. How does Agaflor work for the development of the

Sector?

We promote the Sector through seminars, meetings, lectures,

and direct actions with buyers and exporters, aiming

to facilitate the sale of timber and derivatives.

Do you hold events and courses for members?

Yes, for members and the community at large. Annually, in

October, Agaflor, in partnership with Ageflor, promotes a

significant event entitled: Seminars on Planted Forests in Rio

Grande do Sul; already in its 11th year this October. These

seminars occur in its Exhibition Park during the Expofeiras

of the Rural Association of Pelotas. Other events such as

the dissemination of the RS + Renda Programa, a Cmpc

outgrower program to promote the planting of eucalyptus;

dissemination of the Tanac programs to promote the

planting of black acacia; dissemination of the FSC Collective

Certification project for small RDK Logs producers; virtual

lectures with specialists from research entities such as the

Brazilian Agricultural Research Company (Embrapa); and,

meetings with buyers of forest products.

What are the main advantages for members?

Having an organization that represents and defends them

within the public and private spheres and manages movements

of support, training, promotion, and sale.

What is Agaflor’s relationship with Ageflor?

Very strong. We have a partnership in holding events,

actions with public agencies, communications plans, and the

like. The State of Rio Grande do Sul Forest Product Sector is

commonly represented by the two entities.

What are Agaflor’s main goals for the coming years?

Increase the number of members, stimulate the planting

and production of trees, and develop other products from

planted forests.

What are the biggest challenges in the Planted Forest

Sector?

Logistics, road infrastructure, and adequacy of current and

severe environmental conditions required in Rio Grande do

Sul, equating them to other units of the federation and the

Forest Code.

Does Agaflor work with universities or research centers for

technological development within the Sector?

Yes. The Association is working with Embrapa Florestas and

Embrapa Clima Temperado, developing new management

and genetic improvement techniques for the most used forest

species in Rio Grande do Sul. Also, we are working with

the Federal University of Santa Maria (Ufsm), which has a

highly respected forestry engineering course.

36 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA

>> Como a AGAFLOR se relaciona com a AGEFLOR?

Muito bem. Temos uma parceria na realização de eventos,

ações junto aos órgãos públicos, planos de comunicações e

afins. O setor florestal gaúcho é comumente representado

pelas duas entidades.

>> Quais os principais objetivos da AGAFLOR para os próximos

anos?

Aumentar sempre o número de associados e estimular o plantio

e a produção de madeira e outros produtos oriundos das

florestas plantadas.

>> Quais os maiores desafios no segmento de florestas plantadas?

Logística, infraestrutura viária, adequação das atuais e severas

condicionantes ambientais exigidas no Rio Grande do Sul,

equiparando-as às demais unidades da federação e ao Código

Florestal.

>> A AGAFLOR trabalha junto com universidades ou centros

de pesquisa para o desenvolvimento tecnológico do segmento?

Sim. Está atuando junto à EMBRAPA FLORESTAS e a EMBRAPA

CLIMA TEMPERADO para o desenvolvimento de novas técnicas

de manejo e aprimoramento genético das espécies florestais

mais utilizadas no Rio Grande do Sul. Também, estamos

nos aproximando da UFSM (Universidade Federal de Santa

Maria), que tem um curso de Engenharia Florestal muito respeitado.

>> As parcerias público-privadas são muito importantes para

o desenvolvimento do segmento. Como a AGAFLOR trabalha

nesse sentido?

A AGAFLOR atua fortemente nas parcerias com empresas privadas

compradoras da matéria-prima, desenvolvendo políticas

de fomento, financiamento e compra assegurada. Quanto

às parcerias público-privadas, temos relações com a EMATER

e fazemos parte do Conselho do FUNDEFLOR (Fundo para o

Desenvolvimento do Setor Florestal), órgão da Secretaria da

Agricultura do Rio Grande do Sul.

>> Qual é o principal foco de sua gestão?

Expandir o número de associados e fazer crescer as áreas

plantadas com florestas no Rio Grande do Sul. Estamos trabalhando

muito fortemente no desenvolvimento e adesão

ao sistema IPLF das atividades de agricultura e pecuária, com

foco na sustentabilidade das propriedades e no aumento da

produção de madeira sem diminuir a produção de grãos e de

carne. Uma das principais metas desta gestão da AGAFLOR

é consolidar as parcerias com outras entidades ligadas ao

setor florestal, unindo esforços no desenvolvimento do setor

e trabalhando por uma causa maior sem descaracterizar a

essência de cada entidade. Estamos iniciando conversações

para trabalhos conjuntos entre AGAFLOR, AGEFLOR E SIN-

DIMADEIRA.

Private-public Partnerships are very important for the

development of the segment. How does AGAFLOR work in

this sense?

Agaflor very much operates in partnerships with private

companies that purchase their raw materials, developing

policies for promoting, financing, and assuring purchase. As

for Public-private Partnerships, we have relations with Emater

and are part of the Council of Fund for the Development

of the Forest-based Sector (Fundeflor), an agency of the Rio

Grande do Sul Secretary of Agriculture.

What is the main focus of your mandate?

Expand the number of members and increase the area of

planted forests in Rio Grande do Sul. We are very much

working for the development and adhering to the Iplf system

of agriculture and livestock activities, focusing on the

sustainability of properties and increasing timber production

without reducing grain and meat production. One of the

main Agaflor goals is to consolidate partnerships with other

entities linked to the Forest Product Sector, joining forces in

developing the Sector and working for a more significant

cause without mischaracterizing the essence of each entity.

We are starting talks for joint work between Agaflor, Ageflor,

and Sindimadeira.

Uma das principais metas

desta gestão da AGAFLOR

é consolidar as parcerias

com outras entidades

ligadas ao setor florestal,

unindo esforços no

desenvolvimento do setor e

trabalhando por uma causa

maior sem descaracterizar a

essência de cada entidade

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COLUNA

Protetor facial de tela

de nylon ou de acrílico,

qual o melhor?

Gabriel Dalla Costa Berger

Engenheiro Florestal e Segurança do Trabalho

Ms. em Manejo Florestal

gabrielberger.com.br

gabriel@gabrielberger.com.br

Foto: divulgação

A projeção de partículas contra o rosto é um dos riscos graves em

que o operador de motosserra está exposto

O

trabalho com motosserra apresenta diversos

riscos ao operador. Costuma-se classificar a

proteção do corpo do trabalhador em três

grandes áreas: proteção da cabeça, proteção

do tronco e membros superiores e proteção

dos membros inferiores. Quando tratamos da proteção da

cabeça, precisamos considerar o uso de capacete, protetor

auricular, protetor facial e óculos de segurança.

Entre os riscos que o operador de motosserra enfrenta na

área da cabeça, podemos destacar a projeção de partículas

contra o rosto do trabalhador durante a operação da máquina,

como por exemplo serragem, lascas de madeira ou ainda

resíduos de folhas e galhos das árvores.

Por esse motivo é indispensável o uso do protetor facial

durante a operação da motosserra, já que esse equipamento

de proteção individual pode prevenir contra um eventual acidente

envolvendo partículas volantes geradas durante o corte

da madeira.

No mercado nacional temos a disposição basicamente

dois tipos de protetores faciais: os confeccionados em tela de

nylon e os de acrílico. O protetor facial de tela de nylon é o

mais utilizado no mundo, já que pode ser levantado e baixado

durante o trabalho e conforme a necessidade do operador da

máquina. Existem no mercado brasileiro telas de excelente

qualidade, seguras e que não causam distorções visuais para

o operador.

Já a proteção de tela de acrílico pode embaçar e riscar

durante o uso, o que pode provocar perda ou dificuldade de

visualização do trabalhador, o que torna a atividade ainda

mais perigosa. Ter uma visão clara e limpa é fundamental para

operar a motosserra com segurança.

O protetor facial de tela de nylon, por sua vez, não livra o

rosto de luz, respingos ou odores, sendo resistente apenas ao

impacto de partículas sólidas volantes. Por isso é importante

ressaltar que o uso do protetor facial de tela não desobriga

o operador a utilizar também os óculos de segurança para

a proteção total dos olhos. Portanto, para estar com o rosto

devidamente protegido, o trabalhador deve combinar o uso

desses dois EPIs (Equipamento de Proteção Individual).

Alguns modelos de protetor facial de tela de nylon podem

ser acoplados diretamente no capacete do operador, no boné

árabe, no caso de operar também a motorroçadora e também

pode ser usado preso na carneira apenas. Ou seja, é um EPI

de fácil uso em qualquer situação em que se encontre o trabalhador.

Com base na minha experiência prática na operação da

motosserra e no treinamento de mais de 2000 trabalhadores

no manejo de árvores, recomendo o uso do protetor de tela

de nylon, visto que apresenta mais segurança e conforto para

o operador da máquina.

É importante lembrar que cabe ao trabalhador cumprir

as determinações, responsabilidades e zelar quanto ao uso

correto do EPI e ao empregador adquirir, registrar, distribuir

gratuitamente e esclarecer sobre como utilizar o equipamento,

que deve estar em perfeitas condições de uso e ter o Certificado

de Aprovação – CA.

O esforço deve ser em conjunto, empregado e empregador,

para assegurar as melhores práticas no manejo de árvore

e qualidade de vida.

Fotos: divulgação

40 www.referenciaflorestal.com.br


PRINCIPAL

42 www.referenciaflorestal.com.br


A FORÇA

DELAS

O reconhecimento e fortalecimento

da presença feminina é uma das

principais frentes de ação de uma

grande empresa do setor florestal

Fotos: divulgação

Female strength

The recognition and

strengthening of the female

presence are two of the

main action goals of a large

company in the Forest

Product Sector

Dezembro 2022

43


PRINCIPAL

As práticas de ASG (Ambiental, Social e Governança)

se tornaram uma tônica na economia moderna. O

cuidado com o meio ambiente, ações para fortalecimento

da comunidade e a boa administração de

recursos e pessoas tem transformado a economia

mundial. Dentro do mercado da economia verde isso já era visto

anteriormente e as boas práticas têm se destacado ainda mais,

mostrando o quanto o segmento florestal está à frente nessa

missão que vai muito além da busca por lucros e atinge alvos

que trazem benefícios para todos os envolvidos.

O conceito de ASG foi apresentado ao mundo no ano de

2004, através de um relatório da ONU que tinha como tema:

Quem se importa, vence. O “G” dessa sigla fala de governança e

isso se aplica diretamente às relações corporativas e à busca por

mais igualdade e respeito no ambiente de trabalho, principalmente

quando se tratam de mulheres ou outros grupos menos

assistidos. A Bayer, com destaque para o segmento florestal,

trabalha com essas boas práticas há muito tempo e isso pode

ser comprovado através dos testemunhos de mulheres que

fazem parte deste time.

Francine Pizeta, gerente para América Latina para o setor de

Excelência Operacional, está na Bayer há 12 anos e já construiu

uma grande carreira dentro da empresa. Ela relata que entrou

como estagiária e há 8 anos assumiu o cargo atual, onde ampliou

seus horizontes. “Em setores de excelência, marketing e melho-

E

nvironmental, Social, and Governance (ESG)

practices have become a keynote in the modern

economy. Care for the environment, actions

to strengthen the community, and effectively

administrating resources and people have transformed

the world economy. Within the so-called green economy

market, this has been seen before; however, now good practices

stand out even more, demonstrating how much the Forest Product

Sector is ahead in this mission that goes far beyond the search for

profits and reaches targets that lead to benefits to all involved.

The ESG concept was presented to the world in 2004 through

a UN initiative with the theme: Who Cares Wins. The “G” of this

acronym speaks of Governance. This directly applies to corporate

relations and the search for more equality and respect in the workplace,

especially when dealing with women or less advantaged

groups. Bayer, especially in the Forest Product Sector, has been

working with these good practices for a long time, which can be

proven through the testimonies of the women who are part of

the team.

Francine Pizeta, Manager for Latin America for the Operational

Excellence Department of Bayer, has been with the Company

for over 12 years and has already built a brilliant career. She says

she entered the Company as an intern and, eight years ago, took

up her current position, where she has succeeded in broadening

her horizons. “In departments of excellence, marketing, and pro-

44 www.referenciaflorestal.com.br


ia de processos temos sempre uma forte presença feminina

e hoje, dentro do meu setor somos em seis mulheres em um

grupo de oito profissionais”, destaca Francine.

A gerente comenta que nos últimos anos acompanha uma

grande evolução nos planos e ações de inclusão dentro da Bayer.

Essas estratégias associadas a indicadores de performance,

mostram quantas ações estão sendo feitas, quando estão sendo

efetivas e onde ainda é preciso evoluir. “É uma combinação

da estratégia de pessoas, liderada por Recursos Humanos, e

priorizada pela área de Negócios e Operações”, complementa

Francine.

A gerente aponta que ações protagonizadas por mulheres

ganharam espaço no período mais recente da Bayer. Francine

ressalta que ter uma mulher representando a divisão e demonstrando

excelentes resultados, permite mostrar que as diferenças

podem ser valorizadas, que com um time mais equilibrado

entre mulheres e homens, é possível entregar mais valor para

os parceiros comercias, para os fornecedores, para o mercado

e segmento em que a Bayer está presente. “Cabe a nós como

líderes, influenciar positivamente e trazer para a conversa temas

sensíveis e necessários como equidade de gênero, criarmos métricas

para acompanhar a evolução das nossas ações, comunicar

e engajar nossas equipes e colaboradores, somando ainda mais

esforços para a evolução da representatividade feminina em

todos os níveis da organização e da sociedade”, analisa Francine.

NA CIDADE...

A Bayer está presente onde seus clientes precisam, coletando

informações, analisando dados e oferecendo soluções

técnicas de acordo com as especialidades de seus profissionais.

Acreditamos que as mulheres

podem, e devem, estar

presentes em todas as áreas

da Bayer, mostrando que

chegamos para ficar

Cinthia Moreira

cess improvement, we always have had a strong female presence.

Today, within my department, there are six women out of a group

of eight,” says Pizeta.

Pizeta comments that recent years followed a significant

evolution in Bayer’s inclusion plans and actions. These strategies,

associated with performance indicators, show how many measures

are being taken, when they are effective, and where they still

need to evolve. “It is a combination of the people strategy, led by

Human Resources, and prioritized by the Business and Operations

area,” adds Pizeta.

She points out that actions led by women have gained space

in the most recent period of Bayer. Pizeta also points out that

having a woman representing the department and demonstrating

excellent results allows us to demonstrate that differences can be

valued and that with a more balanced team between women and

men, it is possible to deliver more value to commercial partners,

suppliers, the market, and the segment in which Bayer is present.

“It is up to us as leaders to positively influence and bring sensitive

and necessary issues to the conversation, such as gender equity,

creating metrics to monitor the evolution of our actions, commu-

Dezembro 2022

45


PRINCIPAL

E isso só atinge resultados expressivos pela liberdade e aceitação

proporcionadas pela Bayer. Cinthia Moreira, analista de

marketing da Bayer há quase 3 anos, não mede palavras para

valorizar o ambiente que a empresa oferece para seu trabalho

e para todo o setor de marketing, destacando que a valorização

é focada exclusivamente nas competências profissionais. “Além

disso, ainda é incrível estar em um ambiente onde você pode ser

quem você é sem ressalvas, nos auxilia a entregar um resultado

muito melhor”, enaltece Cinthia. Ela relata, ainda, que as ações

de inclusão da Bayer são apresentadas desde o momento da

entrevista de emprego e fortalecidas por um ambiente, que

reforça a linha de trabalho. A analista conta que em todas as

comunicações da empresa são utilizadas mulheres e aponta a

importância de reforçar as conquistas desse grupo. “Acreditamos

que as mulheres podem, e devem estar presentes em

todas as áreas da Bayer, mostrando que chegamos para ficar”,

exalta Cinthia.

Independente do tempo de casa, o trabalho feito pela

Bayer é de excelência e presente desde os primeiros passos

dos profissionais dentro do time. É o caso de Luanna Gomes,

promotora técnica de vendas que tem um ano e quatro meses

na Bayer, brinca que a palavra inclusão chega ser engraçada,

como se fosse uma adaptação de discurso, pois dentro do setor

nunca sentiu ter menos ou mais valor que qualquer colega. “Esse

nicating and engaging our teams and collaborators, and adding

even more efforts to the evolution of female representation at

all levels of business organizations and society,” analyzes Pizeta.

IN THE CITY ...

Bayer is present where its customers are, collecting information,

analyzing data, and offering technical solutions according to

the specialties of its professionals. And this results in expressive

results for the freedom and acceptance provided by Bayer. Cinthia

Moreira, Marketing Analyst for Bayer for almost three years, does

not mince words when valuing the Company’s work environment,

especially for the entire marketing department, highlighting that

appreciation is focused exclusively on professional skills. “Besides,

it is still amazing to be in an environment where you can be who

you are without reservation. It helps us deliver a much better

result,” says Moreira. She also says that Bayer’s inclusion actions

are present from the moment of the job interview and strengthened

by an environment that reinforces the line of work. Moreira

says that in all Company communications, women are used and

points out the importance of supporting the achievements of this

group. “We believe that women can and should be present in all

areas of Bayer, showing that we are here to stay,” says Moreira.

Regardless of the time at Bayer, the work requires excellence

from the first moments of the professional within the team. This is

46 www.referenciaflorestal.com.br


econhecimento profissional sem distinção é o caminho para

construirmos mulheres fortes, que acreditam em si, acreditam

em sua capacidade e em seu espaço”, valoriza Luanna.

A promotora, ainda, destaca que o tratamento igual para

todos os funcionários é ótimo, pois ela se sente valorizada,

reconhecida, ouvida, respeitada, que nunca sentiu qualquer

diferença por ser mulher. “Na Bayer temos diretoras, gerentes,

coordenadoras, promotoras, mulheres. Ocupamos nosso espaço,

mostramos quem somos e aonde queremos chegar e a Bayer

nos abraçou com muito carinho”, elogia Luanna.

A analista de desenvolvimento de produtos, Natalia Bevilaqua,

também tem pouco mais de um ano de casa e mesmo com

o breve período, já pode conhecer as características que ditam

o funcionamento do time Bayer. Ela relata que vivencia a valorização

das mulheres e o reconhecimento dado pela empresa de

forma igualitária. “Dentro do meu setor, realizamos atividades

em equipe buscando o desenvolvimento e protagonismo de

todos do time. Somos sempre incentivadas a liderar diversos

processos e atividades dentro do nosso fluxo de trabalho”,

explica Natalia.

Para a analista, a Bayer é uma empresa que valoriza os

funcionários de diversas formas, desde as pequenas ações que

acontecem durante a rotina de trabalho, até o relacionamento

com a liderança que está sempre disposta e aberta a investir

no desenvolvimento de cada um do time. “Meu setor é muito

colaborativo, trabalhamos para fortalecer nossas atividades e

sempre me senti muito presente e ouvida por todos”, revela

Natalia.

... NO CAMPO

O trabalho de campo é essencial para a Bayer. Saber o que

acontece onde os produtos e serviços são aplicados é chave para

que as equipes na cidade possam continuar desenvolvendo as

pesquisas e oferecendo soluções cada vez melhores. Esse é o

trabalho de Gabriela Mantovani, gerente de vendas florestais

em São Paulo e Mato Grosso do Sul. Para Gabriela, não há como

descrever como o ambiente de trabalho é pacífico, respeitoso e

há uma busca constante pelo desenvolvimento dos profissionais

presentes. “Dentro do meu setor é a primeira vez que, dentro

do setor florestal, tem mais mulheres do que homens atuando

e isso me motiva ainda mais”, destaca Gabriela.

A gerente de vendas aponta que dentro do segmento florestal

as mulheres vêm ganhando cada vez mais espaço. “Da

mesma maneira como a Bayer dá oportunidade, nós precisamos

de mulheres engajadas e com gás para fazer valer as oportunidades

que recebemos, com dedicação mostrando que podemos

realizar nosso trabalho com excelência”, alerta Gabriela.

Gabriela relata que vive um novo momento de sua vida,

está grávida, e dentro do time Bayer recebeu todo apoio e

segurança que uma fase tão importante quanto essa exige. A

gerente comenta que algumas atividades mudaram, ela passou

a delegar mais do que estar presencialmente no campo e todo o

setor se mobilizou para garantir as engrenagens girando e para

que o trabalho se mantenha em alto nível. “É tudo novo, mas

desde o primeiro momento meus gestores demonstraram um

cuidado, para reorganizar minhas atividades, e isso me deu muita

segurança para continuar meu trabalho”, assegura Gabriela.

the case of Luanna Gomes, a technical sales promoter who has one

year and four months at Bayer, and jokes that the word inclusion

appears to be funny, as if it were an adaptative word because,

within the department, I have never felt to be less or more valuable

than any other colleague. “There is undistinguished professional

recognition, which is the way to build strong women who believe

in themselves, their capacity, and their space,” values Gomes.

She also points out that equal treatment for all employees

is excellent because she feels valued, recognized, heard, and

respected. She never felt any difference because she is a woman.

“At Bayer, we have women directors, managers, coordinators, and

promoters. We occupy our space, show who we are and where

we want to go, and Bayer has embraced us with great affection,”

praises Gomes.

Natalia Bevilaqua, a Product Development Analyst at Bayer,

also has just over a year at Bayer. Even with a brief period, you

can already realize the characteristics that dictate the operation

of the Bayer team. She says that she experiences the appreciation

of women and the recognition given by the Company equally.

“Within my department, we carry out team activities seeking

the development and protagonism of everyone on the team.

In addition, we are always being encouraged to lead in various

processes and activities within our workflow,” explains Bevilaqua.

For her, Bayer is a company that values employees in various

ways, from the small actions that occur during the work routine

to the relationship with leadership that is always willing and

open to investing in the development of each team member.

“My department is very collaborative, we work to strengthen

our activities, and I have always felt very present and heard by

everyone,” reveals Bevilaqua.

... IN THE FIELD

Fieldwork is essential for Bayer. Knowing what happens where

products and services are being used is key so that the teams in the

city can continue to research and offer better and better solutions.

This is the work of Gabriela Mantovani, Forest Sales Manager for

the States of São Paulo and Mato Grosso do Sul. For Mantovani,

there is no way to describe how peaceful and respectful the work

environment is, and there is a constant search for the development

of professionals. “Within my department, it is the first time that,

within the Forest Product Sector, there are more women than men

working, and this motivates me even more,” highlights Mantovani.

She points out that within the Forest Product Sector, women

are gaining more and more space. “Just as Bayer provides opportunities,

we need women engaged and ready to take advantage

of the opportunities we receive, with dedication showing that we

can do the work with excellence,” warns Mantovani.

Mantovani says that she lives a new moment in her life, she

is pregnant, and within the Bayer team, she has received all the

support and security that a phase as crucial as this requires.

She comments that some activities have changed, she started

to delegate more so that she is not in the field as much, and the

whole department has mobilized to ensure the gears keep turning

and the work remains high level. “It is all new, but from the first

moment, my managers showed care to reorganize my activities,

which gave me a lot of security to continue my work,” assures

Mantovani.

Dezembro 2022

47


PRÊMIO REFERÊNCIA

Maior premiação do setor florestal e

industrial madeireiro do Brasil chega

em sua 20ª edição

Fotos: Emanoel Caldeira

48 www.referenciaflorestal.com.br


O

Prêmio REFERÊNCIA completou 20

anos e contemplou as empresas que

mais se destacaram no setor em

2022. A vigésima edição contou com

celebração especial no final de novembro,

no restaurante Porta Romana, em Curitiba

(PR), com a presença de 140 convidados. Organizada

pela JOTA Editora, responsável pela publicação

das revistas: REFERÊNCIA FLORESTAL, REFERÊNCIA

INDUSTRIAL, REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL, RE-

FERÊNCIA PRODUTOS de MADEIRA e REFERÊNCIA

BIOMAIS. A premiação é um marco para o segmento

e atrai a cada ano mais indicados e interesse do público

em relação aos vencedores.

Os critérios para a seleção dos vencedores são

muito ponderados, desde as indicações recebidas

por clientes, parceiros, anunciantes e personalidades

do setor, passando pela avaliação realizada internamente

pelos membros da organização do evento.

Muito além do prêmio, o objetivo é valorizar quem

mais trabalhou para o fortalecimento e crescimento

da indústria de base florestal. É um reconhecimento

dado para uma empresa ou associação, mas que reflete

no trabalho de todos os que fazem o setor mais

forte e representativo para a economia nacional.

“A importância crescente que o setor confere à

premiação é uma alegria enorme para nós, assim

como um reconhecimento do trabalho que realizamos

há mais de duas décadas em prol do fortalecimento

da indústria de base florestal nacional. Prova

disso é o grande número de indicações recebidas

todos os anos”, celebra Fábio Machado, diretor comercial

da JOTA Editora.

PAINEL SUSTENTABILIDADE

O evento de premiação teve início com o Painel

Sustentabilidade, que reuniu quatro especialistas

do setor de base florestal para analisar aspectos

do panorama brasileiro e internacional. A primeira

apresentação foi de Deryck Pantoja Martins, diretor

técnico da AIMEX (Associação das Indústrias

Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará), que

gera mais de 7 mil empregos, com média anual de

aproximadamente US$ 200 milhões em exportação

e faturamento anual de R$ 946,8 milhões.

“Mesmo o Brasil tendo 59% de seu território

com áreas florestais – a segunda maior do mundo,

atrás apenas da Rússia -, nossa participação é de

apenas 4% no mercado mundial de produtos florestais,

estimado em US$ 350 bilhões, segundo dados

da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Ou

seja, temos muito a crescer no setor, com imenso

potencial. Nas últimas décadas, a oferta de matéria-

-prima industrial teve aumento nas florestas plantadas

e queda nas florestas nativas. Entre 2019 e 2021,

conseguimos estabilizar as exportações de madeira

Dezembro 2022

49


PRÊMIO REFERÊNCIA

no Pará, na faixa de US$ 200 milhões anuais”, destacou

Deryck.

O diretor apresentou, ainda, o balanço das exportações

de janeiro a outubro de 2022, com alta

de 106% e US$ 318 milhões exportados. “Ao todo,

foram 237 mil toneladas de madeira e crescimento

de 28%. Os principais produtos exportados são pisos

e decks, seguidos de madeira serrada e painéis de

MDF (fibras de madeira aglomerada), tendo como

principais destinos EUA (Estados Unidos da América),

França, Holanda, Dinamarca e Bélgica.”

TENDÊNCIAS PARA O MERCADO

Na sequência, Paulo Pupo, superintendente executivo

da ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria

de Madeira Processada Mecanicamente) abordou o

tema: Mercado e tendências para madeira processada.

“O Brasil tem meio bilhão de ha (hectares) de

florestas, somos um Brasil florestal, mas ainda não

madeireiro, com apenas 2% de florestas plantadas

e 98% nativa. Aumentou a demanda e o consumo

da madeira processada. Em relação ao plantio de

eucalipto, temos 7,46 milhões de ha em todo o país,

a maior parte em Minas Gerais, São Paulo e Mato

Grosso do Sul. Já no plantio de pinus, temos 1,7

milhão de ha com a liderança do Paraná, seguido de

Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Coincidentemente,

a região sul concentra 90% da indústria de

madeira processada”, explicou Paulo.

O especialista enfatizou ainda a mudança no

perfil econômico da floresta. “Temos baixo crescimento

da área de florestas plantadas frente à demanda

de consumo. Um aumento efetivo de áreas

para agricultura e pressão por terras agrícolas, além

de redução de áreas de pequenos produtores. Concentração

de áreas destinadas ao segmento papel

Pedro Bartoski Jr., da Revista REFERÊNCIA, Rafael Mason, do CIPEM, Deryck Pantoja Martins, da AIMEX,

Paulo Pupo, da Abimci, Evaldo Braz, da Embrapa Florestas e Fábio Machado, da Revista REFERÊNCIA

50 www.referenciaflorestal.com.br


A importância crescente que

o setor confere à premiação

é uma alegria enorme

para nós, assim como um

reconhecimento do trabalho

que realizamos há mais de

duas décadas em prol do

fortalecimento da indústria de

base florestal nacional

Fábio Machado, diretor

comercial da Revista REFERÊNCIA

Dezembro 2022

51


PRÊMIO REFERÊNCIA

e celulose, e ciclos florestais que estão diminuindo,

com maior produção de madeira fina.”

Como oportunidades e desafios, Paulo Pupo

destacou que é preciso a padronização técnica e

normativa dos produtos, para garantir isonomia no

mercado. “Como potencial de crescimento, temos a

recuperação da construção civil e o déficit habitacional

pelo país, além da demanda reprimida para uso

de produtos estruturais. Os desafios são a manutenção

do crescimento da atividade econômica, da

inflação e das taxas de juros.

MANEJO SUSTENTÁVEL

As duas últimas apresentações do painel foram

de Evaldo Braz, pesquisador da Embrapa Florestas,

e Rafael Mason, presidente do CIPEM (Centro das

Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do

Estado de Mato Grosso). Enquanto Evaldo abordou:

A prática do manejo sustentável de florestas naturais;

Rafael apresentou o tema: Mercado da madeira

nativa de Mato Grosso. “A produtividade e a implementação

dos planos de manejo sustentável podem

ser melhoradas. Com isso, precisaremos integrar

pesquisa e legislação, saindo da taxa fixa de 30 m3

(metros cúbicos) por hectare que temos na Amazônia,

uma taxa que faz sentido em outros locais do

país, mas que é extremamente baixa para aquele

bioma”, ressaltou Evaldo.

Rafael Mason destacou, que no Mato Grosso,

existem hoje 4,2 milhões de ha de áreas manejadas,

com compromisso com o governo estadual de

chegar a 6 milhões de ha de madeira via manejo

florestal. Entre eles, manejos do segundo ciclo, de

35 anos atrás.

“Tivemos um crescimento de 30% na nossa demanda

em 2020, ano passado chegamos a 50%, algo

inimaginável até então. Nesse ano e para 2023, não

teremos o mesmo crescimento, mas há uma estabilidade.

Os desafios hoje são a mudança do consumidor

final buscando nossos produtos: os produtos

que tiveram elevação nos preços precisaram de

retração posterior, com queda de 30% nos valores.

Hoje, a demanda maior é nos produtos de baixo valor

comercial, como espécies mais baratas. Com isso,

a exportação também foi afetada diante da guerra

na Ucrânia, além dos custos em fretes e logística”,

explanou Rafael.

Equipe da Revista REFERÊNCIA

52 www.referenciaflorestal.com.br


A seguir, confira as empresas que

participaram do Prêmio REFERÊNCIA 2022:

Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF, recebe o Prêmio das

mãos de Fábio Machado, diretor comercial da Revista REFERÊNCIA

ABAF

A ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base Florestal)

vem fortalecendo o setor florestal baiano, ajudando a produzir

o Plano Bahia Florestal 2023-2033, para atrair novos investimentos

visando ampliar e fortalecer a cadeia produtiva de florestas

plantadas no Estado. Com isso, a ABAF busca a maior inclusão dos

pequenos e médios produtores e processadores de madeira na

Bahia na próxima década. “A Revista REFERÊNCIA é, de fato, referencial

na divulgação de informações no setor florestal brasileiro.

Gostaria de agradecer a premiação e homenagear nossos colegas

das estaduais florestais, assim como a IBÁ (Indústria Brasileira

de Árvores), que lidera o setor. A Bahia está pronta e aberta aos

investimentos e à união com os demais Estados, para ampliar

ainda mais nossa atuação”, agradeceu Wilson Andrade, diretor

executivo da ABAF.

ABIMCI

A ABIMCI comemora 50 anos em 2022, amplamente reconhecida

pelo extenso trabalho em prol da indústria madeireira

e defesa dos interesses do setor. A entidade é a principal fonte

de informações para organismos governamentais brasileiros e

estrangeiros, referencial para a imprensa, universidades e entidades

setoriais. “Estamos diante de muitos desafios no mercado

e no consumo. Mas acreditamos no potencial das pessoas envolvidas

em nossa cadeia florestal e industrial, além dos nossos

associados”, enalteceu Juliano Araújo, presidente da ABIMCI.

Pedro Bartoski Jr., diretor executivo da Revista REFERÊNCIA,

entrega o Prêmio REFERÊNCIA para Juliano Vieira de Araújo,

presidente da Abimci

Dezembro 2022

53


PRÊMIO REFERÊNCIA

ADAMI

Para além do trabalho direto com a madeira, o setor de base florestal

é feito de pessoas e a Adami é a premiada deste ano por uma

ação importante realizada no setor de recursos humanos. Keila Angélico,

gerente de Recursos Humanos da ADAMI, destacou que para

a empresa é uma grande satisfação receber esse prêmio no ano em

que completam 80 anos de história, já na terceira geração e com mais

de 2.500 colaboradores. “Conseguir desenvolver pessoas da base da

madeira é um desafio, ainda mais nos últimos 2 anos de pandemia. Colocamos

vida na casa das pessoas, realizando sonhos na construção de

apartamentos, portas e outros produtos”, ressaltou Keila.

Keila Angélico, gerente de recursos humanos da Adami, recebe o

Prêmio REFERÊNCIA das mãos de Marcele Coelho, responsável

financeira da Revista REFERÊNCIA

AGROSEPAC

O grupo AGROSEPAC realiza desde os anos 1960 atividades

florestais em Mallet (PR), em uma das melhores regiões do

Brasil para o plantio de pinus e erva-mate. Atualmente, a empresa

executa projetos na área de reflorestamento e operações

florestais, com cerca de 2 milhões de mudas de pinus todos os

anos. “Parabenizamos o Prêmio pelos 20 anos e o dedicamos

ao nosso fundador, João Ferreira Dias Filho, que faleceu recentemente.

Também agradecemos aos 50 anos de atuação da

ABIMCI em defesa do nosso setor”, agradeceu Diogo Dias Greca,

CEO da AGROSEPAC.

Diogo Dias Greca, CEO da AGROSEPAC, recebe o Prêmio REFERÊNCIA

das mãos de Ailson Loper, diretor executivo da APRE

B2 MADEIRAS

A B2 Madeiras trabalha com as melhores árvores que o Brasil

pode oferecer. Madeiras nobres extraídas através de manejo florestal

sustentável são processadas na serraria para produzir produtos

de madeira, que não só valorizam o ambiente onde estão, mas também

garantem a continuidade de uma prática tão positiva quanto o

manejo florestal. A responsabilidade ambiental demonstrada pela

B2 Madeiras é uma das chaves para garantir a floresta em pé para

sempre. “É uma satisfação e uma honra estar aqui representando

os industriais da madeira do Mato Grosso. Os desafios que tivemos

durante a pandemia nos fizeram aprender, crescer, trabalhar mais

e desenvolver o segmento que trabalhamos e que é nossa paixão”,

discursou Edinei Blasius, proprietário da B2 Madeiras.

Rafael Mason, presidente do CIPEM, entrega o Prêmio REFERÊNCIA

para Edinei Blasius, proprietário da B2 Madeiras

54 www.referenciaflorestal.com.br


DEMUNER

A Demuner Marcenaria trabalha há mais de 30 anos com o objetivo

de agregar o máximo de valor em cada projeto realizado. Sediada

no Espírito Santo, a Demuner tem como objetivo criar soluções exclusivas

em marcenaria, superando desafios e surpreendendo seus clientes

para a realização do trabalho. A excelência na entrega de projetos únicos

e inovadores faz da Demuner um dos destaques desse ano, pois a

empresa leva a madeira, em suas formas mais variadas e criativas para

dentro das casas. “Agradeço a todos os industriais que fazem possível

o trabalho da Demuner, que pautado em inovação e sustentabilidade

há 30 anos levam a madeira, em sua essência de tanta nobreza, para

dentro de nossos projetos”, destacou Matheus Tonini Demuner, proprietário

da Demuner Marcenaria.

Matheus Tonini Demuner, proprietário da Demuner Marcenaria,

recebe o Prêmio REFERÊNCIA das mãos de Everson Stelle,

representante comercial da Montana Química

ENEBRA ENERGIA

A Enebra Energia atua no fornecimento de biomassa de eucalipto

e supressão nativa em todas as suas formas, oferecendo

uma fonte de energia sustentável às indústrias por meio de florestas

próprias certificadas. É uma das empresas premiadas pelo

notável trabalho desenvolvido em 2022, além do crescimento no

setor de cavaco para biomassa, na região centro oeste do país.

“A Enebra é uma empresa jovem, foi criada no Mato Grosso por

mim e pelo meu sócio Nedil de Lima Junior, às vésperas da pandemia.

Desenvolvemos o cavaco a partir de madeiras que não

tinham mais uso, com uma das maiores e mais modernas operações

do mundo na picagem e no processamento dessa madeira”,

disse Guilherme Elias, sócio-proprietário da Enebra Energia.

Guilherme Elias (esq), Nedil Lima (dir), sócios da Enebra Energia, recebem

o Prêmio REFERÊNCIA de Diego Vieira, diretor da DRV

GRUPO A.C. HENRIQUES

Localizado em Sinop (MT), um polo para o manejo florestal sustentável

do Estado e do país, o Grupo A.C. Henriques, se destaca na indústria

madeireira que processa e manufatura madeira nacional de alto

padrão para levar a matéria-prima para todos os cantos do mundo, de

maneira sustentável, mantendo a floresta em pé. “É uma honra representar

a empresa que foi fundada por meu pai e meus irmãos há mais

de 26 anos e é fruto de muito trabalho e dedicação. Agradeço também

ao CIPEM e ao SINDUSMAD (Sindicato das Indústrias Madeireiras do

Estado do Mato Grosso), que nos representam e fortalecem o nosso

trabalho”, valorizou Antônio Carlos Henriques, proprietário do Grupo

A.C. Henriques.

Antonio Carlos Henriques, proprietário do Grupo A.C. Henriques,

recebe o Prêmio REFERÊNCIA das mãos de Felliphe Marinho,

executivo do SINDUSMAD (MT)

Dezembro 2022

55


PRÊMIO REFERÊNCIA

GRUPO PALUDO

O trabalho realizado pelo Grupo Paludo tem grande importância

para a sua comunidade e para a preservação da floresta amazônica no

Mato Grosso. A madeira extraída através de manejo sustentável é processada

e preparada para chegar a todos os lugares do mundo, fortalecendo

a economia e protegendo a floresta. “Agradeço primeiramente

a Deus e à minha família, pois somos uma empresa familiar, onde

trabalho eu e mais quatro irmãs. Estamos desde 2016 no ramo do manejo

florestal, com produção garantida pelos próximos anos, e também

investimos na biomassa com a produção de cavaco, expandindo nossas

atividades e fazendo o grupo crescer”, celebrou Diogo Paludo, diretor

do Grupo Paludo.

Diogo Paludo, diretor do Grupo Paludo, recebe o Prêmio REFERÊNCIA

de Sigfrid Kirsch, diretor do SINDUSMAD (MT)

HAAS MADEIRAS

Com início da operação de uma fábrica própria de pellets em

2022, uma moderna unidade fabril de 50 mil m² de área construída

em Venâncio Aires (RS), a Haas Madeiras conta com estrutura

capaz de produzir 2,5 mil toneladas de pellets por mês, que também

abriga o depósito dessa biomassa que a empresa investe nos

últimos anos. “Temos 49 anos e estamos nos transformando nos

últimos anos. O pellet de madeira não é tão novo no mercado, mas

temos uma fábrica de ponta trabalhando com eucalipto. Somos

a primeira fábrica totalmente informatizada e integrada em uma

serraria de grande porte que trabalha com eucalipto. Fico feliz pelo

reconhecimento”, agradeceu José Carlos Haas Junior, diretor da

Haas Madeiras.

José Carlos Haas Junior, diretor da Haas Madeiras recebe o Prêmio

REFERÊNCIA de Tiago Correa, gerente comercial da Effisa

MARINI COMPENSADOS

A Marini Indústria de Compensados produz painéis e placas de

madeira de alta qualidade e desempenho para o mercado externo

e interno, com um parque fabril de 17 mil m² de área construída,

com investimentos constantes em busca de aprimorar a fabricação

de seus produtos. “Há algum tempo a gente vem trabalhando muito

seriamente para ser uma referência no ramo da madeira e hoje

estar aqui, participar dessa premiação, só confirma que esse curso

tem sido muito válido”, declarou Amanda Marini Piton, representante

da Marini Indústria de Compensados.

Amanda Marini Piton, representante da Marini Indústria de Compensados

recebe o Prêmio REFERÊNCIA das mãos de Gerson Penkal,

representante comercial da Revista REFERÊNCIA

56 www.referenciaflorestal.com.br


MIP FLORESTAL

A MIP Florestal contribui de forma significativa em inovações

metodológicas na área de Manejo Integrado de Pragas. Com banco

de dados único de pragas, doenças e manejo assertivo, a MIP Florestal

auxilia nas tomadas de decisões do ciclo da cultura, do viveiro

ao campo, tornando o investimento mais seguro. “O nosso propósito

principal é entender o ambiente em que trabalhamos e fazer

o produtor utilizar os produtos da maneira certa. São 8 anos trabalhando

com o setor florestal, na busca constante do aumento de

produção e de soluções ideais para cada situação, e sabemos que os

resultados obtidos por nossos clientes são a maior razão desse prêmio”,

realçou Alexandre Viana Lima, diretor da MIP Florestal.

Édina Moresco, chefe de transferência de tecnologia da EMBRAPA

Florestas, entrega o Prêmio REFERÊNCIA para Alexandre Coutinho

Vianna Lima, diretor da MIP Florestal

PIOMADE

Soluções sustentáveis são chave para o desenvolvimento

do setor e da sociedade, por isso a Piomade alcançou lugar de

destaque em 2022. O ano foi marcado pela inauguração da nova

fábrica de pellets da empresa. Trabalhar por um mundo mais

sustentável é trabalhar para que o setor florestal seja cada dia

mais forte e necessário. “É uma honra para nós receber essa

premiação. Um agradecimento especial aos que acreditam nesse

mercado e aos nossos colaboradores, que nos auxiliam no crescimento

da nossa indústria”, declarou Fabiane Piovesan, diretora

da Piomade.

Fabiane Piovesan recebendo o Prêmio REFERÊNCIA das mãos de

Mario Sergio Lima, proprietário da MSM Química

REDE MULHER FLORESTAL

A Rede Mulher Florestal tem atuado no fortalecimento de políticas

e na quebra de paradigmas sobre a presença feminina no setor

florestal. Valorizar as mulheres no segmento florestal é um projeto

com grande valor para o setor e essa representatividade tem tudo

para ser um exemplo do Brasil para o mundo. ”A Rede Mulher Florestal

nasceu para identificar e fortalecer as mulheres presentes

no nosso segmento. Agradecemos a nossos associados, à Revista

REFERÊNCIA pelo reconhecimento do nosso trabalho, e a cada um

que acredita no que temos feito”, salientou Mariana Schuchovski,

presidente da Rede Mulher Florestal.

Fabiana Tokarski, supervisora de criação, entrega o Prêmio REFERÊNCIA

para Mariana Schuchovski, presidente da Rede Mulher Florestal

Dezembro 2022

57


PRÊMIO REFERÊNCIA

RELVAPLAC

Com quase 30 anos de história no segmento de compensados

multilaminados, a Relvaplac tem como mercado principal a exportação,

presente em mais de 40 países, além de atender o mercado

nacional nos setores industrial, da construção civil e moveleiro. A

empresa conta ainda com mais de 2 milhões de árvores reflorestadas.

“Temos 30 anos de história e exportamos para diversos países,

com diversificação de produtos e muita resiliência para manter a

empresa forte no mercado”, afirmou Igor Rover, sócio-diretor da

Relvaplac.

Paulo Pupo, superintendente da ABIMCI, entrega o Prêmio para

Igor Rover, sócio-diretor da RELVAPLAC

VETORIAL

Com ampla experiência no mercado desde 1969, o Grupo

Vetorial atua no setor minério-siderúrgico, produzindo carvão

vegetal e ferro gusa, além de extração de minério de ferro. No

setor de energia renovável, produz carvão vegetal com sustentabilidade,

exclusivamente de florestas plantadas renováveis,

com aproveitamento de material lenhoso para a produção do

Ferro Gusa Verde. “Atuamos há mais de 50 anos em siderurgia

e, nos últimos 25 anos estamos atuando com produtos altamente

sustentáveis no Mato Grosso do Sul, exportando o ferro

gusa para o mundo todo. Agradecemos termos sido reconhecidos

pelo Prêmio REFERÊNCIA”, celebrou Mario Cleiro de Sousa,

diretor de operações da Vetorial.

Mario Cleiro Sousa, diretor de operações da Vetorial, após receber o

Prêmio de Deryck Martins, diretor técnico da AIMEX

WOODFLOW

O sistema Woodflow é uma plataforma de promoção e comercialização

de madeira, que tem como maior diferencial a facilitação

de processos, diminuição de burocracia e rastreabilidade total dos

produtos. É uma solução inovadora e única no segmento, que abre

e encurta as distâncias para a madeira nacional chegar aos quatro

canto do mundo. “Acreditamos que o mundo precisa conhecer a

excelência e a qualidade dos produtos nacionais, e a Woodflow é

a nossa vitrine para apresentar a seriedade e sustentabilidade da

indústria madeireira nacional”, frisou Gustavo Milazzo, CEO da GCM

Trade, responsável pela criação do sistema Woodflow.

Gustavo Milazzo, CEO da GCM Trade responsável pela criação do sistema

Woodflow, recebe o Prêmio das mãos de Bruno Pereira, gerente de

projetos da Remsoft

58 www.referenciaflorestal.com.br


É um reconhecimento dado para uma

empresa ou associação, mas que reflete

no trabalho de todos os que fazem o

setor mais forte e representativo para a

economia nacional

Dezembro 2022

59


CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA

Paulo Pupo,

da Abimci

Crislaine Briatori, Fabiana Tokarski e

Mayara Laurindo, da Jota Editora

Marcele Coelho,

da Jota Editora

Fabiane Piovesan, Maria Beatriz

e João Piovesan, da Piomade

Evaldo Braz,

da Embrapa Florestas

Francisleine Machado, Fernanda Machado

e Fábio Machado, da Jota Editora

Mylena Passig e Suelen Alves,

da Woodflow

Letícia Souza e Fábio Washington,

da Solution Focus

Giovane Savian e

Marcos Antônio Cheuchuk, da Pesa

Milton Watanabe e Willian Watanabe,

da Watanabe Comércio de Máquinas

Ângela Dias e Silvana Dias,

da Agro Florestal Sepac

Diogo Dias Greca, Thiago Dias Ceschin e

Gabriel Silveira, da Agro Florestal Sepac

60 www.referenciaflorestal.com.br


Alexandre Coutinho e Rafael Boiani,

da MIP Florestal

Toni Casagrande

Felliphe Marinho Costa e Sigfrid Kirsch,

da Sindusmad

Deryck Martins,

da AIMEX

Everson Stelle,

da Montana Química

Rafael Mason,

da CIPEM (MT)

Gilberto de Sousa e Thiago Felippi,

da Felipe Diesel

Edinei Blasius e Taciana Blasius,

da B2 Madeiras

Wilson Andrade,

da ABAF (BA)

Mário Sousa e Vânia dos Santos,

da Vetorial Siderurgia

Valéria Brizola e Luiz Carlos Crimaco,

da Informa Markets

Patrícia Nazário,

da Rede Mulher Florestal

Dezembro 2022

61


CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA

Kleber Mafra e Márcio Molleta,

da Himev

Marcos Araújo,

da Mendes Máquinas

Ronaldo Lins e Sidnei Kaefer,

da Manos Implementos

Marise Senff de Araújo e Juliano Vieira

de Araújo, da Abimci

Jeferson Souza,

da Oregon

Cristiane Oliveira Henriques e Antônio

Carlos Henriques, da A.C. Henriques

Guilherme Elias e Vanessa Elias,

da Enebra

Ana Lídia e Nedil Lima,

da Enebra

Camile Bartoski e Carla Bartoski

Igor Rover e Niege Rover,

da Relvaplac Compensados

Ailson Loper,

da APRE

Roberta Pitta e Marco Pitta

62 www.referenciaflorestal.com.br


Emily Hoffelder e Mario Sergio Lima,

da MSM Química

Mariana Schuchovski,

da Rede Mulher Florestal

Diego Ricardo Vieira

e Liliane Cordeiro, da DRV

João Ricardo Pavin e

Michele Cordeiro, da DRV

Alexandre Falce, Rafael Milarch

e Sérgio Jr., da Lion Equipamentos

Clara Machado, Vanessa Machado

e Cláudio Machado

Marluci Paludo e Maicos Zucchi,

do Grupo Paludo

Diogo Paludo,

do Grupo Paludo

Odete Paludo e Rui Paludo,

do Grupo Paludo

Rodrigo Ferrari e Tatiana Paludo Ferrari,

do Grupo Paludo

Danielle Paludo,

do Grupo Paludo

Joel Rosa e Wesley Baticini,

da Gell Tecno Solution

Dezembro 2022

63


CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA

Martin Kemmsier,

da Birka

Rodrigo Contesini e

Evanderson Marques, da Logmax

Gustavo Milazzo e Cristiane Milazzo,

da GCM Trade - Woodflow

Dalclis Azevedo,

da JSIC Comex

Liamara Mortari e Alfredo Berros,

da Sauerland

Gisele Cristina Santos e Giullian

Fernanda Silva, da GCM Trade - Woodflow

Edina Moresco,

da Embrapa Florestas

Keila Angélico e David Kretski,

da Adami

Diogo Lorenzetti,

da Neocert

Rafael Nanami,

da Lion Equipamentos

Enridimar Gomes,

da Vetorial Siderurgia

Leila Simon e Ricardo Simon,

da Lufer Forest

64 www.referenciaflorestal.com.br


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CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA

Luciane Evangelista e

Joaquim de Almeida, da Marrari

Matheus Demuner,

da Demuner Marcenaria

Robson Lemos,

da Bonardi Química

Amanda Marini Piton,

da Marini Compensados

José Carlos Júnior,

da Haas Madeiras

Bruno Pereira,

da Remsoft

Tiago Correa da Rosa,

da Effisa

Gerson Penkal e Carlos Augusto,

da Jota Editora

Dario Pires Machado Filho,

da Indumec

Egídio Felippi,

da Lacombe Turbinas

Marcos Gaveliki,

da Tecmater

Pedro Bartoski Jr. e Fábio Machado,

da Jota Editora

66 www.referenciaflorestal.com.br


ARTIGO

Como as plantas de cobertura

(adubos verdes) podem aumentar a

PRODUTIVIDADE FLORESTAL?

Tiago Abreu Maia - Consultor Florestal I Especialista em Gestão Empresarial

Pedro Francio Filho - Consultor Florestal

Francio Soluções Florestais

Fotos: Francio Soluções Florestais

O

cultivo das plantas de coberturas é uma técnica

de manejo que visa em primeiro plano a melhoria

e a conservação do ambiente de produção vegetal,

garantindo os recursos naturais necessários

para o desenvolvimento da cultura principal, em

especial no que se diz respeito a maior disponibilidade de água e

a busca pelo equilíbrio biológico, químico e físico do solo.

A utilização de plantas de cobertura ou plantas de adubação

verde em sistemas agrícolas é uma prática extremamente antiga

com relatos de utilização pelos romanos, gregos e povos chineses,

antes mesmo da era Cristã. No Brasil os primeiros indícios de utilização

desta prática datam a partir da década de 20, sendo notado

uma grande intensificação da prática com o advento do plantio

direto das culturas anuais, contribuindo de forma significativa

para o sistema de rotação de culturas.

A técnica de adubação verde ou plantas de cobertura verde

consiste no plantio e estabelecimento de uma ou várias espécies

de plantas capazes de promover características agronômicas desejadas

em uma determinada área, podendo ser cultivadas nos

períodos de entresafras ou em consórcio com as culturas econômicas.

As principais plantas usadas atualmente como cobertura

verde são das famílias das gramíneas, leguminosas, brássicas,

asteráceas e poligonáceas.

A prática de plantio de cobertura verde e todos os seus benefícios

de construção de um perfil de cultivo solo ideal se faz cada

vez mais necessário no setor florestal, visto que os plantios florestais

estão cada vez mais avançando para solos extremamente

degradados, que geralmente possuem um histórico de pastagens

mal manejadas e com baixíssimos níveis de matéria orgânica,

sendo facilmente erosíveis em razão da suas características físicas.

A técnica da utilização de plantas de cobertura em sistemas

de maciços florestais pode ser adotada basicamente em dois momentos

distintos no ciclo, sendo que a primeira compreende com

o cultivo das plantas de cobertura realizado em área total antes

do plantio das mudas arbóreas. A segunda técnica de manejo

trata-se do cultivo das plantas de cobertura em consórcio com

a cultura florestal já instalada na área, de forma que as plantas

de cobertura são cultivadas nas entrelinhas de plantio. Quando

cultivada em consórcio com a cultura florestal as espécies utilizadas

para comporem o mix das plantas de cobertura podem ter

Mix de plantas de cobertura multifuncional completo com duas

crotalarias, milheto, trigo morisco, feijão guandu, braquiaria

ruziziencis e crambe. Serve para melhorar as condições químicas,

físicas e biológicas do solo. Uma verdadeira bomba biológica.

ciclo anual ou ser perenes a depender do objetivo do produtor

florestal com o sistema.

QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DAS PLANTAS DE

COBERTURA EM SISTEMAS FLORESTAIS?

• Protege o solo diminuindo os riscos de erosões e redução

dos eventos de afogamento de coleto das plantas;

• Melhora a estrutura física de sustentação, agregação das

partículas e porosidade, auxiliando na aeração dos solos;

• Reduz as intensidades de irrigações de plantio, pois eleva a

taxa de infiltração e retenção de água no perfil, mantendo uma

maior umidade e menores temperaturas no solo, contribuindo

assim para uma maior tolerância a déficit hídrico;

• Reduz o custo com fertilizantes no ciclo pois incrementa a

taxa de matéria orgânica, aumenta a ciclagem e disponibilidade

de nutrientes em camadas mais superficiais, além da fixação

do nitrogênio;

• Reduz o desembolso com controle de matocompetição,

pois aumenta a supressão sobre a germinação das plantas

daninhas;

• Aumenta a população de insetos inimigos naturais;

68 www.referenciaflorestal.com.br


Mix de plantas de cobertura Ag Café, tem dupla função, além

de todos os benefícios das plantas de cobertura, facilitam o

manejo de plantas invasoras diminuindo a matocompetição

na entrelinha da floresta e até mesmo o uso de herbicidas,

diminuindo os custos e aumentando a produtividade.

• Aumento da polinização;

• Melhora a resistência a pragas e doenças, pois estimula

a produção de metabólitos secundários de defesa das plantas;

• Aumenta o metabolismo das plantas e a produção de

substâncias biológicas essenciais;

• Maior ativação e equilíbrio biológico do solo.

COMO CONSEGUIR OTIMIZAR OS GANHOS COM

AS PLANTAS DE COBERTURA NAS FLORESTAS?

As espécies das plantas de cobertura a ser cultivada devem

apresentar as seguintes características: ser de fácil estabelecimento,

apresentar crescimento rápido, serem rústicas, proporcionar

boa cobertura do solo, não sofrer efeito de diferentes

fotoperíodos, ser tolerante a seca e a solos de baixa fertilidade,

não ser hospedeira de doenças e pragas, apresentar sistema

radicular vigoroso e profundo e produzir matéria verde em

quantidade desejada.

As plantas de cobertura exigem condições ambientais adequadas

para seu crescimento e desenvolvimento. Para cada

ambiente e dependendo do período de plantio e da cultura

florestal, deverá haver um mix de espécies de plantas mais

adequadas. Portanto um diagnóstico adequado das limitações

atuais do sistema de produção é extremamente estratégico para

auxiliar na escolha e no manejo das espécies com os maiores

potenciais para agregar os benefícios para a floresta.

A tomada de decisão sobre a escolha de uma espécie como

planta de cobertura bem como o seu manejo dentro do ciclo florestal

deve ser precedida de um profundo conhecimento sobre

a espécie em questão para evitar qualquer tipo de frustração

em termos de produção e benefícios futuros.

Um dos maiores especialistas no assunto no Brasil e no

mundo que nos auxilia nas escolhas dos melhores mix é o doutor

Ademir Calegari, referência nesse segmento há mais de 45 anos.

Dezembro 2022

69


CODORNADA

CODORNADA FLORESTAL

2022

Fotos: Revista REFERÊNCIA

Tradicional evento do mercado florestal chega

à sua 15ª edição e une o setor à caridade e

bem-estar social

70 www.referenciaflorestal.com.br


Dezembro 2022 71


TECNOLOGIA

CODORNADA

ACodornada Florestal promoveu um grande

encontro entre diversos players do setor

florestal, desde a cadeia produtiva envolvendo

madeireiros e donos da floresta à

indústria, incluindo empresas do segmento

de fornecimento de equipamentos, serviços e insumos

locais, nacionais e internacionais.

Além da tradicional exposição de máquinas e do

demo show, os dois dias de codornada foram marcados

por palestras com especialistas no segmento florestal.

No primeiro dia, as palestras foram de: Mauro Murara,

diretor executivo da ACR (Associação Catarinense de

Empresas Florestais) Zaid Nasser, presidente da APRE (Associação

Paranaense de Empresas de Base Florestal), Marcelo

Schmid, sócio-diretor do Grupo Index e Waldemar

Niclevicz, primeiro alpinista brasileiro a escalar o Monte

Everest.

Já no dia seguinte (8 de dezembro), as palestras do segundo

dia ficaram por conta de: Pedro Frâncio, engenheiro

agrônomo especialista em produtividade, Claudio Ortolan,

diretor de Estratégia Florestal na Klabin, Fernando

Castanheira, coordenador-geral do SFB (Serviço Florestal

Brasileiro) e Ciro Bottini, especialista em vendas.

A revista demonstrou e ilustrou em

suas páginas o que é a Codornada

e nos ajudou muito a atingir

números cada vez mais expressivos

de público, procura e empresas

participantes

Fabio Calomeno, idealizador

e realizador da Codornada

72 www.referenciaflorestal.com.br


O tradicional jantar reuniu mais de mil pessoas e além

de agradecimentos e homenagens, foi o palco do segundo

Leilão do Bem, onde empresas presentes no evento e empresários

da região realizaram doações que foram leiloadas

para levantar fundos destinados à compra de brinquedos

para crianças carentes da região. O leiloeiro da noite

foi Ciro Bottini, que utilizou toda sua expertise em vendas

para animar o público e coordenar a arrecadação.

Fabio Calomeno, idealizador e realizador do evento

comentou que trata-se de um evento importantíssimo

neste momento de retomada econômica, pois promove

um networking qualificado e uma oportunidade para todos

os interessados conversarem cara a cara após mais de

um ano de encontros essencialmente remotos. “O evento

nasceu com um churrasco de confraternização de fim de

ano entre funcionários e clientes de Ponte Alta do Norte

(SC). Com o crescimento da Codornada, o encontro abraçou

Curitibanos como sede. Além de estar muito próxima

geograficamente de Ponte Alta do Norte, trata-se de um

município com forte tradição no setor de base florestal,

que corresponde a mais de 50% da economia local”, destacou

Fabio.

Passado, presente e futuro

Fabio Calomeno destacou sua satisfação pelo evento

que ele promove há tanto tempo, agradecendo a todos

que fizeram a Codornada atingir o sucesso atual. “É muito

gratificante chegar onde chegamos e saber que não fiz

isso sozinho, pois contei com grandes amigos e parceiros

desde o começo”, declarou Fabio. O organizador agradeceu

diretamente à Revista REFERÊNCIA, que segundo ele,

foi um grande impulsionador do crescimento do evento.

“A Revista demonstrou e ilustrou em suas páginas o que é

a Codornada e nos ajudou muito a atingir números cada

vez mais expressivos de público, procura e empresas participantes”,

complementou Fabio.

O idealizador trouxe com exclusividade para a Revista

uma novidade para o ano de 2023, quando acontecerá a

16ª edição da feira e que tem ligação direta com uma demanda

dos expositores da feira. “Os resultados estão cada

vez mais positivos e a pedido de várias empresas participantes,

no próximo ano já reservamos com a prefeitura

e teremos 3 dias de feira, 5, 6 e 7 de dezembro de 2023”,

celebrou Fabio Calomeno.

Os resultados estão cada vez mais

positivos e a pedido de várias

empresas participantes, no próximo

ano já reservamos com a prefeitura

e teremos 3 dias de feira, 5, 6 e 7 de

dezembro de 2023

Fabio Calomeno, idealizador

e realizador da Codornada


CODORNADA

Confira os melhores momentos da 15 a edição da Codornada Florestal

74 www.referenciaflorestal.com.br


Dezembro 2022 75


ESTUDO

Informações

ATUALIZADAS

Novo estudo sobre o setor florestal

paranaense está disponível para o público

Fotos: divulgação

76 www.referenciaflorestal.com.br


AAPRE (Associação Paranaense de Empresas

de Base Florestal) lançou o Estudo

Setorial APRE 2022, documento com os

principais dados do setor de florestas

plantadas do Paraná, que reforça a importância

e relevância do segmento para o Estado. A

grande novidade desse ano é que, além das versões

física e digital, a associação vai disponibilizar também,

em seu site, um painel interativo. A partir dele, todos

os interessados – empresas, órgãos públicos, imprensa

ou sociedade –, terão acesso rápido e descomplicado

às informações do Estudo Setorial em âmbito estadual

e por município, com diversos filtros, como área plantada,

gênero, principal produto florestal, valor bruto de

produção e muito mais.

Para o levantamento, primeiramente foram coletados

dados das empresas, tratados em conjunto para

manter a confidencialidade, e também dados secundários,

a partir de um projeto técnico-científico realizado

em parceria com a EMBRAPA FLORESTAS, que trouxe

informações gerais sobre o setor e os plantios florestais.

Além disso, a APRE contratou a startup Canopy

para realizar o mapeamento do Estado do Paraná, com

imagens de satélite de alta precisão e caracterização

das florestas. Nessa fase, a associação fez parte de uma

importante iniciativa nacional, liderada pela IBÁ (Indústria

Brasileira de Árvores), para ter um mapeamento

real e seguro da área ocupada pela silvicultura em todo

o território nacional.

Zaid Ahmad Nasser, presidente da APRE, explica

que esse é o estudo mais detalhado já realizado no

setor florestal paranaense. Segundo o presidente, a

precisão de informações, a partir da nova metodologia

do mapeamento, será excelente não só para o Paraná,

mas para o Brasil, tendo como objetivo oferecer aos

diferentes públicos um importante instrumento de

consolidação das informações relacionada ao setor. “O

levantamento servirá de base para sustentar nossas

ações, destacar a relevância da atividade, apresentar

o nosso trabalho para a sociedade e, principalmente,

reforçar nosso papel como parte da solução para um

mundo mais sustentável”, valoriza Zaid.

PARANÁ: UM ESTADO FLORESTAL

De acordo com dados da IBÁ, o Brasil tem uma área

de base florestal plantada de 9,59 milhões de hectares,

sendo a maior parte dos gêneros pinus e eucalipto. No

Paraná, o mapeamento realizado pela APRE apontou

que existem, atualmente, 1,17 milhão de ha (hectares)

plantados com árvores para fins comerciais. De pinus,

são aproximadamente 714 mil ha, que representam

60,6% do total - a maior área dessa espécie no Brasil.

O levantamento servirá de

base para sustentar nossas

ações, destacar a relevância

da atividade, apresentar

o nosso trabalho para a

sociedade e, principalmente,

reforçar nosso papel como

parte da solução para um

mundo mais sustentável

Já a área plantada com eucalipto é de quase 450 mil

ha, correspondendo a 38,2% dos plantios florestais do

Estado.

Quando o assunto é conservação, o setor florestal

é um dos protagonistas na proteção dos recursos

naturais. Somente as empresas associadas à APRE,

que concentram praticamente 50% da área plantada

paranaense, possuem 481 mil ha de área conservada.

Isso significa que, para cada hectare plantado, existe

aproximadamente outro hectare de floresta nativa destinada

à conservação. Além disso, 86% das áreas das

associadas estão certificadas. De caráter voluntário, a

certificação florestal comprova a origem da matéria-prima

e garante que os processos utilizados pela empresa

certificada seguem princípios legais, técnicos, ambientais

e sociais de excelência.

Zaid Nasser comenta também que o setor florestal

não só protege suas matas nativas e corpos d’água

como auxilia no sequestro de carbono da atmosfera.

Outro ponto é que a maioria da energia consumida pela

atividade é gerada na própria indústria, a partir de subprodutos

do processo industrial. “O uso de materiais

renováveis gera uma energia limpa e contribui para a

redução do uso de energias não renováveis e para a diminuição

das emissões de carbono”, reforçou Zaid.

Dezembro 2022

77


ESTUDO

Segundo o presidente, o Paraná é pioneiro em plantios

florestais em larga escala e apresenta condições

climáticas favoráveis e características competitivas,

como infraestrutura logística (acesso a rodovias, portos

e aeroportos), proximidade com os principais centros

consumidores, presença de centros de pesquisa e universidades,

além de importantes polos industriais.

Uma característica importante do setor florestal

paranaense é a capacidade de abastecer mais de um

segmento industrial, resultando em uma indústria múltipla

e diversificada de produtos, aplicações industriais

e serviços. Outro ponto de destaque são os constantes

avanços em pesquisa genética e desenvolvimento de

técnicas de manejo, que garantem aumento de produtividade

e mais qualidade à madeira.

PRINCIPAIS NÚMEROS

Durante o lançamento do Estudo Setorial APRE

2022, o diretor executivo da associação, Ailson Loper,

apresentou alguns dos principais dados do segmento

florestal do Paraná. De toda a madeira produzida no

Brasil, o Estado concentra 25% do volume, o equivalente

a 37,3 milhões de m3 (metros cúbicos). Da madeira

proveniente do pinus, esse número é ainda mais expressivo:

o Paraná é responsável por 55% do volume

produzido no país.

Outro número que chama a atenção é com relação

aos empregos gerados pelo setor. Aqui, estão 16,5%

de todos os empregados pelo segmento florestal brasileiro.

Merecem destaque os dados de exportação. Dos

produtos do setor florestal exportados pelo Brasil, saem

do Paraná 70,7% das molduras, 66,5% dos compensados

de pinus, 38,5% dos painéis, 35,0% do serrado de

pinus, 31,1% do papel e 25,9% das portas de madeira.

No último ano, o Estado alcançou um aumento de 23%

no volume das exportações de painéis reconstituídos

e 7% no volume de molduras. Já em valor das exportações,

o crescimento foi de 79% em painéis reconstituídos,

47% em molduras e 35% em resinas naturais.

Nesse último item, inclusive, vale destacar que o Paraná

é o terceiro maior produtor de resinas naturais do país.

78 www.referenciaflorestal.com.br


O uso de materiais

renováveis gera uma

energia limpa e contribui

para a redução do uso de

energias não renováveis

e para a diminuição das

emissões de carbono

O diretor executivo da APRE, valorizou o quanto

estes dados mostram a importância do setor florestal

para a economia do nosso Estado e também para o Brasil.

Ailson ressaltou que durante o lançamento foram

destacados apenas alguns destaques, mas o levantamento

produzido pela APRE traz muito mais. São informações

detalhadas sobre os sete polos florestais paranaenses,

com o perfil dos negócios e das espécies plantadas,

bem como a produção e o consumo da madeira

em cada uma das regiões. Também são apresentados

dados sobre áreas plantadas, produtividade, cadeias

produtivas, produção e exportação por segmento, além

dos principais diferenciais do Paraná, dos desafios setoriais

e do contexto mundial. “Certamente, é um rico documento

que pode auxiliar as empresas na tomada de

decisões; os órgãos a pensarem em políticas públicas

para fortalecer a atividade; e a sociedade a compreender

a relevância dessa atividade no nosso dia a dia, já

que os produtos de madeira estão mais presentes na

nossa vida do que imaginamos”, completou Ailson.

Dezembro 2022

79


ECONOMIA

80 www.referenciaflorestal.com.br


RESULTADO

RECORD

Receita do setor de árvores cultivadas bate

recorde de R$ 244,6 bilhões em 2021

Fotos: divulgação

Dezembro 2022

81


ECONOMIA

H

á anos caminhando sobre os trilhos do

ASG (Ambiental, Social e governança),

o setor de árvores cultivadas comprova

que trabalhar de modo sustentável é benéfico

para o meio ambiente, gera valor

para a sociedade e é economicamente viável. Realizado

pelo terceiro ano consecutivo com o IBRE/FGV (Instituto

Brasileiro de Economia/Fundação Getúlio Vargas),

o recém-lançado Relatório Anual da IBÁ (Indústria

Brasileira de Árvores) 2022, demonstra que a indústria

de base florestal alcançou receita recorde de R$ 244,6

bilhões em 2021, ano base do material.

Esta edição trouxe mudanças na forma de sua coleta

de dados dos plantios florestais, realizados agora a

partir de imagens de satélite. Assim, em parceria com

a Canopy Remote Sensing Solutions, empresa de tecnologia

de sensoriamento remoto, constatou-se que a

área total de cultivos produtivos no país chegou a 9,93

milhões de hectares, com 75,8% destinado ao eucalipto

e 19,4% ao pinus. Os três Estados que mais cultivam

são Minas Gerais, com 2,3 mi/ha (milhões de hectares),

São Paulo, com 1,3 mi/ha e Mato Grosso do Sul, com 1

mi/ha.

Por meio de ciência e tecnologia, o setor vem avançando

em seus índices de produtividade, produzindo

mais, utilizando a mesma área, trazendo para a realidade

um dos princípios da bioeconomia. Em 2021, a produtividade

do eucalipto cresceu para 38,9 m³/ha/ano

(metros cúbicos por hectare ao ano), enquanto o pinus

totalizou 29,7 m3/ha/ano.

O setor ainda mantém outros 6,05 milhões de

hectares destinados para conservação. Em técnica de

manejo sustentável chamada mosaico florestal, são

integradas a vegetação nativa e os cultivos produtivos,

beneficiando a regulação do fluxo hídrico e auxiliando

no cuidado com a biodiversidade.

O olhar cuidadoso para toda a cadeia impulsiona a

inovação verde no processo industrial. Assim, o setor

se mostra um exemplo para o mundo que tem a matriz

energética como um dos maiores desafios para atingir

a economia descarbonizada. De toda energia produzida

na indústria, 88% vem de fontes renováveis, como licor

negro e biomassa. Em 2021 as companhias de base florestal

foram responsáveis pela geração de 74,6% da eletricidade

que consumiram. O excedente produzido por

companhias do setor são vendidos à rede pública e, em

2021, totalizou 14,2 milhões de gigajoules, quantidade

suficiente para abastecer uma cidade de 1,37 milhão de

habitantes.

Certificações internacionais como FSC (Forestry Stewardship

Council) e PEFC/CERFLOR (Programme for the

Endorsement of Forest Certification/ Programa Nacional

de Certificação Florestal) atestam o manejo sustentável

das companhias do setor há mais de 20 anos. De

82 www.referenciaflorestal.com.br


acordo com o relatório, são 7,37 milhões de hectares,

da área total, que possuem alguma certificação.

Paulo Hartung, presidente executivo da IBÁ, explica

que este documento é mais do que um relatório, é

uma agenda que ilumina o caminho da bioeconomia e

demonstra na prática que respeitar o meio ambiente e

trabalhar em conjunto com as comunidades vizinhas é

economicamente viável. Para o presidente executivo,

neste momento em que caminhar rumo à descarbonização

é uma urgência, esperamos que o material

também seja uma inspiração a demais setores que buscam

se adaptar a esta nova realidade. “Trabalhar em

sinergia com a natureza pode ser uma enorme janela

de oportunidades para o Brasil se apresentar ao mundo

como uma solução no combate às mudanças climáticas

e para gerar empregos e renda a brasileiras e brasileiros”,

afirma Paulo.

Reflexo direto do trabalho responsável e planejado

é o avanço no número de empregos, que chegou a

553 mil colaboradores diretos. Considerando postos

de trabalho indiretos e induzidos, são 2,97 milhões

de oportunidades em todo o Brasil. Mais um fator de

impulso social é a parceria com pequenos produtores

rurais para fornecimento de madeira. São 1,9 milhão de

fomentados, que diversificam sua renda e uso de terra.

Trabalhar em sinergia com a

natureza pode ser uma enorme

janela de oportunidades para o

Brasil se apresentar ao mundo

como uma solução no combate

às mudanças climáticas e

para gerar empregos e renda a

brasileiras e brasileiros

Dezembro 2022

83


PESQUISA

CARACTERIZAÇÃO DAS ESPÉCIES

FLORESTAIS EM PLANOS DE MANEJO

FLORESTAL SUSTENTÁVEL EM PEQUENA

ESCALA NO ESTADO DO AMAZONAS

Fotos: divulgação

FILIPE CAMPOS FREITAS

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO AGROPECUÁRIO E FLORESTAL

SUSTENTÁVEL DO ESTADO DO AMAZONAS

EIRIE GENTIL VINHOTE

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE DE MANAUS

ALBERTO CARLOS MARTINS PINTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

84 www.referenciaflorestal.com.br


Dezembro 2022 85


PESQUISA

RESUMO

O

manejo em pequena escala é uma alternativa

de uso dos recursos madeireiros para

pequenos produtores no estado do Amazonas.

Estudos florísticos são importantes

para o conhecimento da flora regional e

seus potenciais diversos. O objetivo deste estudo foi avaliar

a composição florística e estrutura florestal em planos

de manejo em pequena escala a fim de se conhecer quais

espécies tem sido mais visada pelos pequenos produtores

rurais do Amazonas e verificar se a diversidade de espécies

dessas áreas condiz com o esperado para a região Amazônica.

Foram utilizadas planilhas de inventário florestal de planos

de manejo licenciados no ano de 2013. Foi realizada a

análise da estrutura horizontal considerando os parâmetros

de densidade, dominância, frequência e valor de importância

das espécies. A diversidade da vegetação foi avaliada a

partir dos índices de diversidade de Shannon-Wiener (H’) e

equabilidade de Pielou (J). Houve um total de 5716 indivíduos

mensurados, representando 158 espécies e 35 famílias

botânicas. As 10 famílias com maior riqueza de espécies

foram Fabaceae (37), Lauraceae (18), Lecythidaceae (15),

Sapotaceae (9), Moraceae (9), Chrysobalanaceae (8), Malvaceae

(7) Myristicaceae (6), Anacardiaceae (5) e Caryocaraceae

(4). As 10 espécies com maior valor de importância

foram Micropholis williamii, Goupia glabra, Couratari tauari,

Chrysophyllum L., Scleronema micranthum, Licania heteromorfa,

Couepia subcordata, Tachigali paniculata, Peltogyne

densiflora e Dipteryx odorata. A diversidade de espécies em

planos de manejo em pequena escala condiz com o esperado

para a região amazônica, sendo considerada alta.

INTRODUÇÃO

O Capítulo VII da Lei 12651 de 2012 (Código Florestal

Brasileiro) estabelece que a exploração de florestas nativas,

destacando aqui aquelas localizadas na região amazônica,

dependerá de elaboração e aprovação de Plano de Manejo

Florestal Sustentável – PMFS (Brasil, 2012). Apesar de uma

lei relativamente recente, desde 1965 é estabelecido que

as florestas primárias da Amazônia só poderiam ser alvo de

exploração através de planos técnicos de manejo (BRASIL,

1965).

Em 1998, o Decreto 2788/98 regulamentou o uso de recursos

florestais na Amazônia e possibilitou o licenciamento

de forma comunitária em áreas de até 500 ha por meio de

Plano de Manejo Florestal Sustentável Simplificado. Neste

contexto, no ano de 2003, a Secretaria de Estado do Meio

Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas

elaborou a Portaria nº 40/03 que dispõe sobre Planos de

Manejo Florestal Sustentável em Pequena Escala (PMFSPE)

com o objetivo de criar condições legais do manejo florestal

para populações tradicionais (Kliber, 2008). Atualmente,

essa categoria é regulamentada pela Resolução nº

007/2011 do CEMAAM (Conselho Estadual de Meio Ambiente

do Estado do Amazonas) (Amazonas, 2011).

Desde a sua criação, essa categoria de manejo em pequena

escala vem recebendo um número cada vez maior

de interessados, a maioria sendo pequenos produtores

rurais que se beneficiam com uma fonte a mais de renda.

Como principal fator responsável pelo crescimento dessa

categoria de manejo pode-se citar a assistência técnica

gratuita oferecida pelo governo do estado, que auxilia o

86 www.referenciaflorestal.com.br


pequeno produtor nas fases técnicas e administrativas para

elaboração e licenciamento do plano de manejo (Freitas,

2014). Diante dessa realidade de crescimento pela procura

por meios legais que possibilitem a utilização dos recursos

madeireiros, se faz importante o conhecimento das espécies

arbóreas de interesse comercial local que serão objeto

de licenciamento para posterior exploração.

Com o seu território 100% inserido no bioma amazônico,

o estado do Amazonas apresenta todas as características

referentes a este ecossistema. A floresta amazônica

é caracterizada como umas das poucas áreas que ainda

detém os maiores níveis de biodiversidade do mundo, sendo

constituída por diferentes tipos de vegetação, e cerca de

65% de sua área é coberta por um tipo florestal denominado

floresta de terra firme (Oliveira & Amaral, 2004). Assim,

estudos florísticos e fitossociológicos da vegetação são

importantes para o conhecimento da flora regional e seus

potenciais diversos. Conhecimentos acerca desses assuntos

são essenciais para a conservação da diversidade de uma

floresta, e ainda permitem o planejamento e o estabelecimento

de sistemas de manejo com produção sustentável

(Lima et al., 2012).

Desta forma, o presente estudo teve como objetivo

avaliar a composição florística e estrutura florestal em

PMFSPE a fim de se conhecer quais espécies tem sido mais

visada pelos pequenos produtores rurais do Amazonas para

obtenção de madeira e verificar se a diversidade das espécies

alvo do manejo condiz com o esperado para a região

Amazônica.

Assim, estudos florísticos e

fitossociológicos da vegetação

são importantes para o

conhecimento da flora regional

e seus potenciais diversos

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AGENDA

AGENDA2023

Congresso do Pinus Sul Brasil

Data: 29 a 31

Local: Lages (SC)

https://congressodopinus.com.br

Congresso de Plantações Florestais

Data: 23 a 25

Local: Piracicaba (SP)

https://www.ipef.br/

MARÇO

2023

MAIO

2023

MAR

2023

CONGRESSO DO PINUS SUL BRASIL

O Congresso do Pinus Sul Brasil 2023 é um evento voltado

para o desenvolvimento da produção da cadeia de pinus

no Brasil. Durante o congresso acontece também a Tech

Forestry, feira de tecnologia para a indústria da madeira

e floresta, com demonstrações e apresentações. Em paralelo

a estas, o visitante também poderá participar do Seminário

de Logística e Transporte Florestal e do Encontro

de Fomento de Plantio Florestal. É um evento completo

para quem trabalha com pinus.

Imagem: reprodução Imagem: reprodução

Expoforest

Data: 9 a 11

Local: Ribeirão Preto (SP)

https://expoforest.com.br/

AGOSTO

2023

AGO

2023

EXPOFOREST

Feira Florestal Brasileira será uma inovação em eventos

florestais da América Latina, e garantirá aos visitantes a

possibilidade de ver máquinas e equipamentos em operação.

Considerada uma experiência única, que proporciona

ao visitante a verdadeira sensação extrema da realidade

das florestas plantadas no Brasil. Ela recebe em média mais

de 20 mil participantes de mais de 26 países. O público da

feira é altamente especializado, formado principalmente

por técnicos, engenheiros, gerentes e diretores, que atuam

nas empresas de base florestal da América Latina e de diversos

países tais como EUA (Estados Unidos da América),

Canadá, Alemanha, Suécia, Austrália, entre outros.

88 www.referenciaflorestal.com.br


Foto: divulgação

ESPAÇO ABERTO

Indústria 5.0

EM FOCO

Por Cristiano Bonanno, Regional

Technology Manager da Rockwell

Automation, empresa multinacional

com mais de 100 anos de experiência

em tecnologia e inovação.

A frente do que vem

sendo discutido, um novo

patamar de tecnologia e

modernização da indústria

está as portas

90 www.referenciaflorestal.com.br

M

uito provavelmente seremos a primeira geração da história a

acompanhar duas revoluções industriais. Graças ao avanço tecnológico

que acelera cada vez mais os processos de inovação,

estamos vendo rapidamente o setor migrar de Indústria 4.0

para Indústria 5.0. Quando tratamos de indústria 4.0, já temos

claro no mercado conceitos como big data, analytics, realidade aumentada e

manufatura aditiva. A próxima jornada do setor caminha para o 5.0, cuja principal

mudança será trazer o ser humano para o centro das discussões. Muito além da

tecnologia, o diferencial humano passará a ser peça fundamental dessa engrenagem.

Migraremos de uma realidade concentrada em conectividade das máquinas;

customização em massa; Supply Chain inteligente; produtos smart; e redução

da mão de obra reduzida nas fábricas, para passar a direcionar esforços para a

experiência do cliente; hiper customização; Supply Chain responsivo e distribuído;

produtos interativos atrelados a experiência; e retorno da mão de obra para

as fábricas. Com o trabalho humano aliado à tecnologia, o processo de tomada

de decisão será cada vez mais eficiente. Tudo isso ainda caminhando lado a lado

com as práticas ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), que são

outra forte tendência no setor. Esse cenário levará a indústria para o próximo

nível, cujo foco não será apenas eficiência, mas sim em eficiência associada à

sustentabilidade.

Quando evoluímos de operações centralizadas em softwares para operações

baseadas em IA (Inteligência Artificial) e suportadas pela força de trabalho, evoluímos

para um novo conceito de mercado. A IA será distribuída ao longo de todas

as camadas da indústria, com a integração vertical de dispositivos inteligentes,

sensores com capacidade de processamento local e dispositivos de controle. Sem

falar das soluções em nuvem e da computação em Edge, que aumentarão a capilaridade

de inovações nas companhias, melhorando seus recursos e processos,

além de abrir um enorme leque de oportunidades para o setor.

Na prática, a nuvem entregará maior flexibilidade e escalabilidade, principalmente

porque ela permite trabalhar dados massivos em escala juntamente com

a IA e o machine learning. Esses dados apoiarão a tomada de decisão em tempo

real, e evitarão manutenções e paradas que causam grande prejuízo para as indústrias.

Com isso, o setor ganhará produtividade, sustentabilidade, competitividade,

segurança de ativos e de profissionais, e, como consequência, crescimento

econômico em um nível muito acelerado para o país. Segundo um estudo realizado

pela Microsoft, a adoção massiva de IA pode adicionar um crescimento de

4,2% ao PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil até 2030.

No entanto, embora a tecnologia avance rapidamente, o mercado nacional

ainda enfrenta alguns gargalos para avançar com a implementação desses recursos:

nos faltam profissionais especializados, igualdade digital, e fomento a

um ecossistema de inovação. Na área de TI, o país ainda tem um déficit anual

de 110 mil profissionais, de acordo com dados da Brasscom, o que atrasa a adoção

de tecnologias pelas empresas e, consequentemente, o desenvolvimento

econômico. A mudança forçada gerada pela pandemia da Covid-19 fez com que

a transformação digital ganhasse um impulso, além de ter quebrado muitas objeções

que as companhias antes tinham para avançar com a adoção tecnológica,

como cibersegurança, falta de qualificação profissional e mudança cultural. Desta

forma, agora a transformação digital não só faz parte do plano de negócios das

corporações, como também de suas ações estratégicas. Ainda temos muitos

desafios e um longo caminho a percorrer até termos, de fato, um setor industrial

5.0. Mas, as tendências apontam para um futuro promissor em que finalmente

passaremos a usar o melhor de nossos recursos: as soft skills humanas conectadas

ao poder da inovação. O futuro é digital, e o digital é feito de conexões.


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