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Jornal das Oficinas 204

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jornaldasoficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira

204

C

Janeiro 2023 Y

PERIODICIDADE | MENSAL

ANO XVI | 3 EUROS

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FALTA DE MÃO DE OBRA NAS OFICINAS

PROFISSIONAIS PRECISAM-SE

Patxi Gorrotxateji

Pág. 28 \\ A Talosa, fabricante espanhol

de componentes de suspensão e direção

está em curva ascendente. O JO esteve

em Pamplona, na sede da empresa, para

conversar com o diretor executivo, Patxi

Gorrotxateji

Marketing para oficinas

Pág. 62 \\ Não importa se a oficina é

grande ou pequena, ou que produtos ou

serviços disponibiliza, a verdade é que o

marketing não pode ser ignorado e tem

de fazer parte da cultura de qualquer

organização de sucesso

Pág. 06

Pág. 06

Grup Eina

Pág. 36 \\ A AD Parts apresentou a nova

sede do Grup Eina em Figueras, Girona.

Foi a primeira vez que o grupo abriu as

portas deste centro técnico aos meios de

comunicação, para mostrar todos os serviços

de apoio que disponibiliza às oficinas

Oficinas Verdes

Pág. 58 \\ A implementação das boas

práticas, desenvolvidas com critérios de

sustentabilidade, diminui o efeito da

atividade da oficina de reparação no meio

ambiente. Uma parte destas práticas implica

uma melhoria da rentabilidade do negócio

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Editorial

204

Janeiro 2023

Folha de serviço...........................................................04

DESTAQUE

Falta de Mão de Obra qualificada........................06

CAMPANHA

E-Mobility.........................................................................18

ATUalidadE

Forum DPAI/ACAP...................................................... 22

NOTÍCIAS

Empresas......................................................................... 24

Produto............................................................................. 52

ENTREVISTAS

Patxi Gorrotxateji.........................................................28

Enrique Junquera........................................................ 32

EMPRESA

Grup Eina.........................................................................36

PDAuto..............................................................................40

OFICINA DO MÊS

Revisauto Center........................................................44

REPINTURA

Concurso Melhor Pintor...........................................46

TÉCNICA & SERVIÇO

Oficina Verde..................................................................58

GESTÃO

A importância do marketing..................................62

TECNOLOGIA

E LEGISLAÇÃO

Com o início de um novo ano, poderá ser útil fazer o ponto de situação de onde o mercado

de pós-venda está, e para onde vai. Julgamos que nunca se viram tantas mudanças no

setor automóvel. Estas mudanças não se limitam ao que assistimos nos últimos anos,

mas inclui também a próxima década. Algumas delas ainda não tiveram impacto no

mercado de pós-venda, mas irão ter, e quando isso acontecer, esse impacto será significativo.

As mudanças recaem sobre duas categorias distintas, ainda que relacionadas: a

tecnologia dos veículos e a legislação. Estas estão a obrigar a grandes decisões tanto no setor automóvel

como no panorama político.

Tais decisões irão afetar significativamente todo o setor automóvel, e, dentro deste, as oficinas multimarca

independentes, quer grandes quer pequenas. Os principais elementos do mercado de pós-venda

atual são impulsionados pelas mudanças na conceção de veículos. Isto não inclui apenas a crescente

sofisticação dos sistemas de bordo centrados em software, mas também as novas formas de comunicar

com o próprio veículo.

À medida que os fabricantes de veículos progridem no sentido dos sistemas automatizados, e, em última

análise, dos veículos autónomos, estes desenvolvimentos exigem uma capacidade de atualização do software

para terem sucesso. Isto já começou com o «automóvel conectado». O acesso remoto aos dados de bordo

está a ser utilizado para implementar «serviços preditivos», para sugerir serviços e reparações diretamente

ao condutor por parte do fabricante do veículo. Atualmente, o processo de reparação começa na oficina,

mas se este começar a ter início no veículo, e não nos conseguirmos ligar a esse veículo remotamente, como

poderemos disponibilizar ao cliente um orçamento competitivo ou uma marcação na oficina?

A “Internet das coisas” (IOT) irá mudar a abordagem ao diagnóstico, serviço e reparação de veículos,

mas também a forma como o equipamento da oficina será ligado, a forma como lida com os dados dos

seus clientes e a forma como troca dados fora da oficina, tanto como consumidor de dados, mas também

como fornecedor de dados. Tudo isto pode parecer ficção científica, mas já está a acontecer hoje em dia

com muitos fabricantes de veículos nas oficinas dos seus concessionários. Se o aftermarket não começar a

desenvolver a mesma abordagem e ofertas de serviços, então não será capaz de competir.

Isto leva à questão sobre qual a nova legislação que precisa de ser acordada e implementada para apoio

ao pós-venda e a outros novos prestadores de serviços. O mercado aguarda pela entrada em vigor do

novo MVBER (Motor Vehicle Block Exemption Regulation), o documento que regulamenta a atividade

de todo o setor automóvel, incluindo as empresas de distribuição de peças e oficinas. Entretanto, as dificuldades

no acesso à informação para a reparação são contínuas, têm elevados custos e consideráveis

atrasos, porque ainda que o fabricante seja obrigado a conceder a informação, não é explícita a janela

temporal de que dispõe para a fornecer, o que muitas vezes torna a intervenção impossível de realizar em

tempo útil. Por outro lado, os conteúdos fornecidos na Informação à Manutenção e Reparação, não são

uniformes, o que gera confusão e dificuldade na sua interpretação. Isto tem de ser devidamente legislado

a fim de defender o próprio consumidor final, porque o que está em causa é ter direito de escolher entre

ir a um concessionário de marca ou a um operador independente.

JOÃO VIEIRA | Diretor

DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com

// JORNALISTA JOANA MENDES joana.mendes@apcomunicacao.com // WEBMASTER ANTÓNIO VALENTE // ARTE HÉLIO FALCÃO // SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com

// PERIODICIDADE Mensal // ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com // SEDE DA REDAÇÃO Bela Vista Office Estrada de Paço de Arcos, 66 2735 - 336 Cacém // TEL. +351 219 288 052 // GPS 38º45’51.12”N

- 9º18’22.61”W // © Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS

// IMPRESSÃO LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES GRÁFICAS, S.A. Estrada Consiglieri Pedroso, 90 2730 - 053 Barcarena Tel. 214 345 400 // N.º DE REGISTO NA ERC 124.782 // DEPÓSITO LEGAL n.º: 201.608/03

TIRAGEM 10.000 exemplares

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EDIÇÃO AP COMUNICAÇÃO // PROPRIEDADE JOÃO VIEIRA // EMAIL GERAL@APCOMUNICACAO.COM

CONSULTE O ESTATUTO EDITORIAL NO SITE WWW.JORNALDASOFICINAS.COM

www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 3


FOLHA

DE SERVIÇO

IPSIS

VERBIS

ROBERTO GASPAR

SECRETÁRIO-GERAL DA ANECRA

A SENSIBILIZAÇÃO PARA A

IMPORTÂNCIA DO TEMA DA

ENERGIA, ENQUANTO RECURSO

ESCASSO, E A SUA FORMA DE

UTILIZAÇÃO, É UM TEMA CENTRAL

NO SETOR DAS EMPRESAS DO

COMÉRCIO E DA REPARAÇÃO

AUTOMÓVEL. POR ESSA RAZÃO, É

URGENTE OFERECER-LHES

FERRAMENTAS CRÍTICAS PARA

PROMOÇÃO DE NOVOS

COMPORTAMENTOS EM RELAÇÃO À

TEMÁTICA DA ENERGIA

JO PRESENTE NA EXPOMECÂNICA 2023

O

JO irá estar presente em força no próximo

Salão expoMECÂNICA como organizador

da quinta edição da Competição Melhor

Mecatrónio. Durante os três dias do Salão (14, 15

e 16 de abril 2023), irão decorrer, num espaço de

200 m2 localizado no pavilhão 3 da Exponor, as

provas da grande final. Oito mecatrónicos irão estar

a concorrer para a conquista do ambicionado

Troféu de Melhor Mecatrónico do Ano. Convidamos

por isso todos os interessados a visitar o Salão

e assistir ao vivo ao desenrolar das várias provas.

Com quatro pavilhões totalmente ocupados por

expositores nacionais e estrangeiros, a 8ª edição

da expoMECÂNICA promete ser a maior e mais

completa de sempre. A Organização está confiante

de que o evento ultrapassará a dimensão

das edições anteriores. Para tal, muito está a contribuir

a presença de empresas estrangeiras. A

praticamente três meses da inauguração, a Organização

prepara com os principais intervenientes

do mercado uma certame mais qualificado, com

uma forte aposta na formação, no debate e na

componente digital. Nas áreas da formação e do

debate, a feira vai continuar a oferecer aos visitantes

as suas mais emblemáticas iniciativas, mas

há novidades.

ENRIQUE JUNQUERA

DIRETOR GERAL DA ANDEL

NÃO TEMOS PRESSA, VAMOS

RESPEITAR A DISTRIBUIÇÃO, ATÉ

PORQUE QUEREMOS CRIAR UMA

REDE DE LOJAS DE FORMA

SELETIVA, QUE CONVIVAM, QUE

OPEREM NO MERCADO COM

SENTIDO DE GRUPO E COM AS

QUAIS POSSAMOS CUMPRIR AS

NECESSIDADES DE TODAS, AS

ANTIGAS E AS NOVAS

SEMÁFORO

PATXI GORROTXATEJI

DIRETOR EXECUTIVO TALOSA

DENTRO DO SETOR DE

AFTERMARKET INDEPENDENTE,

SOMOS O GRUPO NÚMERO UM NO

MUNDO PARA DIREÇÃO E

SUSPENSÃO. À PARTE DISTO,

INVESTIMOS NA PARTE DE

BORRACHA-METAL, NA QUAL JÁ

TEMOS A NOSSA PRÓPRIA FÁBRICA,

ONDE DESENVOLVEMOS TODOS OS

SINOBLOCOS DOS NOSSOS BRAÇOS

DE SUSPENSÃO, OS CUBOS DE

RODA, E ESTAMOS A COMEÇAR A

PRODUZIR SUPORTES DE MOTOR E

OUTROS COMPONENTES

Transição verde obriga forte

investimento

Que a transição energética das empresas

é uma inevitabilidade, além de uma

necessidade em termos ambientais, e

trará frutos em termos de competitividade

para as empresas, ninguém tem dúvidas.

Mas vai obrigar a um investimento forte

por parte dos empresários e ao recurso

a financiamento, pelo que o facto de

os critérios de concessão de crédito às

empresas estarem mais restritivos pela

banca não contribui para a evolução da

situação. “Por outro lado, não está ainda

em funcionamento o Portugal 2030, que

constituirá uma importante fonte para

a realização deste investimento”, como

lembra o presidente da AEP.

Chumbo à semana de 4 dias

O tecido empresarial atribui nota

negativa à experiência-piloto da semana

de 4 dias de trabalho que o Governo

vai implementar, de forma voluntária

e apenas ao setor privado, a partir de

junho de 2023. Entre as mais de mil

respostas ao inquérito promovido pela

AEP, os empresários foram claros na sua

posição e argumentam que a medida

terá um impacto muito negativo sobre

a competitividade, a produtividade e

os lucros das empresas. Entre outras

conclusões verifica-se que um terço

das empresas considera que a ideia só

beneficia os trabalhadores e outro terço

defende mesmo que não será benéfica

para nenhuma das partes.

AleCarPeças mais fortalecida

A aquisição da AleCarPeças pelo fundo

de investimento Crest II vem fortalecer a

empresa fundada por Jochen Staedtler e

atualmente liderada por Pedro Rodrigues.

O fundo de capital de risco “Crest II” dedicase

à realização e gestão de investimentos

em empresas e dispõe, atualmente, em

Portugal, de investimentos nos setores

da produção de mobiliário de casa de

banho; distribuição grossista de peças e

assessórios para automóveis ligeiros, e

produção e comércio de acessórios para a

prática de todo-o-terreno, caravanismo e

autocaravanismo. A operação encontra-se

em curso e deverá ficar concluída dentro de

pouco tempo.

4 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


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Destaque


FALTA DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA

PROFISSIONAIS

PRECISAM-SE!

A ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA PARA AS OFICINAS É UM PROBLEMA PREMENTE DO

SETOR PÓS-VENDA AUTOMÓVEL. ATRAIR E RETER TALENTOS AFIGURA-SE UMA TAREFA CADA VEZ MAIS

COMPLICADA, HAVENDO MUITO TRABALHO A FAZER POR PARTE DE TODOS OS ENVOLVIDOS. O JORNAL

DAS OFICINAS FOI OUVIR VÁRIOS ESPECIALISTAS, PARA PERCEBER COMO SE PODE, AINDA, REVERTER A

SITUAÇÃO

Nos últimos anos, o interesse pela área do pós-

-venda automóvel tem vindo a diminuir.

Um setor em franco desenvolvimento, com

muitas novidades tecnológicas e uma evolução fulgurante,

que se vê a braços com inúmeras dificuldades

para contratar novos profissionais. O advento

dos carros modernos e repletos de componentes digitais,

ou até dos veículos híbridos e elétricos, traz

tanto de inovação como de desafio para aqueles que

se dedicam a esta área. No entanto, se há uns anos,

até os mais curiosos e desembaraçados se poderiam

lançar na reparação automóvel, hoje dificilmente

alguém sem as devidas qualificações consegue diagnosticar

e reparar os automóveis atuais.

Mas se a magia da mecânica não desapareceu e,

aparentemente, este é um setor que até se tornou

mais interessante e moderno, o que pode justificar

esta aflitiva falta de recursos humanos nas oficinas

de Norte a Sul do país (e também pela Europa

fora)? Neste artigo tentaremos perceber o que motiva

– e sobretudo o que desmotiva – as camadas

mais jovens da atualidade no momento de escolher

uma carreira profissional, assim como o que está a

levar os trabalhadores da reparação automóvel a

desistir e enveredar por outras áreas, e vamos ver o

que está a ser feito tanto nos centros de formação

em Portugal, como em entidades internacionais

para dar a volta ao caso, que se afigura cada vez

mais grave.

Em novembro e dezembro, o Jornal das Oficinas

dedicou alguns episódios do Podcast «Dar Voz ao

Aftermarket» ao tema «Falta de recursos humanos

qualificados», onde pudemos ouvir oradores de

diferentes áreas, que nos traçaram o cenário real

sobre o que está a afugentar os trabalhadores

das oficinas auto. O consultor Manuel Valadas,

o diretor do Centro de Formação Profissional

de Reparação Automóvel (CEPRA), António

Caldeira, o diretor da T Academy, Jorge Zózimo, e

ainda o diretor de formação da Academia de Formação

ATEC, Pedro Oliveira, foram bastante incisivos

nas suas respostas, e opinaram sobre os grandes

desafios do setor no momento, assim como

partilharam várias ideias que podem e devem ser

tidas em conta pelos empresários nacionais.

Diagnóstico fácil

Ao contrário do que faz falta para mexer num

automóvel atual, para diagnosticar o que se passa

no setor de reparação automóvel, não é preciso

ter grandes qualificações. A realidade é crua e está

bem à frente dos nossos narizes. O fluxo de entrada

dos trabalhadores nas profissões do setor vai-se

reduzindo, ano após ano, e com a saída natural dos

mais velhos para a reforma há cada vez mais lugares

por preencher. Assistimos a uma indústria em

mudança permanente, com impacto forte no negócio

de pós-venda, que não se coaduna com profissionais

que não evoluem. Esta revolução industrial

está já a provocar alterações nos quadros de competências

dos recursos humanos, com a formação

– e o reskilling – dos ativos humanos a assumir

um papel fundamental e diferenciador, face aos

desafios impostos pelos novos paradigmas. Assim,

é compreensível que, ao nível das qualificações, a

fasquia esteja bastante mais elevada do que estava

há algumas décadas, afunilando em grande parte o

número de possíveis candidatos às vagas no setor.

Depois, importa também falar sobre remuneração.

Os profissionais olham para o trabalho que têm

em mãos e depressa percebem que é uma função

que exige não só muitos conhecimentos, bem como

muita responsabilidade, sem que os ordenados

acompanhem devidamente estes requisitos. Em

Portugal, a experiência e conhecimento não são valorizados

e a maior parte da mão de obra vem dos

centros de formação, uma vez que é mais barata.

Passado um ou dois anos, os trabalhadores acabam

inevitavelmente por se mudar para outras oficinas

onde possam ganhar um pouco mais, muito por

força do que constatamos ser a moderna forma

de vida dos jovens profissionais dos nossos dias:

a preocupação não se prende com a construção de

uma carreira ou a ascensão no posto de trabalho,

como era antigamente. Pelo contrário, são jovens

mais imediatistas e pragmáticos, disponíveis para

novas experiências e desafios, tendendo, por força

disso, a aproveitar propostas de salários mais interessantes,

mesmo que isso signifique entrar numa

experiência de curto prazo, sabendo, desde logo,

que facilmente regressam ao mercado de trabalho,

caso as expetativas que tinham não sejam correspondidas.

Os jovens querem, essencialmente, qualidade de

vida. Condições laborais que respeitem horários

e permitam conciliação familiar são as maiores

exigências. A comparação mais simples é com a

indústria onde, por exemplo, os jovens mecânicos

encontram alternativas a ganhar o mesmo ou

mais, com menos problemas e responsabilidades,

em trabalhos que, por vezes, são menos comprometedores

para a sua saúde.

Um setor pouco atrativo

Face a este panorama, torna-se complicado atrair os

mais novos para carreiras no pós-venda automóvel,

ainda que nos deparemos com algumas ambiguidades.

As vagas disponíveis nos cursos relacionados

são poucas para tantos candidatos, da mesma forma

que também são poucos os que ficam efetivamente

empregados depois de tirarem os cursos.

As empresas (muitas vezes de pequena dimensão),

têm receio de investir na formação dos jovens que

podem não conseguir segurar enquanto funciowww.jornaldasoficinas.com

Janeiro I 2023 7


DESTAQUE

AS ÁREAS DE CHAPA E PINTURA SÃO AS QUE ACUSAM MAIORES

DIFICULDADES EM RECRUTAR PROFISSIONAIS E HÁ POUCA LUZ ao FUNDO

DO TÚNEL NAQUELA QUE JÁ É CONSIDERADA UMA QUESTÃO ENDÉMICA UM

POUCO POR Toda A EUROPA

nários. Dentro da oficina, perdeu-se

a figura de «aprendiz», e acaba por

sair muito caro a uma empresa pagar

a um funcionário que, no fundo, ainda

está só a aprender. Aqui, os concessionários,

com maior capacidade

financeira, acabam por se destacar,

por terem mais possibilidades de

contratação do que os pequenos empresários.

Das fileiras da massa crítica,

brotam críticas à falta de coragem

destes empresários em cobrar mais

pela mão de obra, o que, consequentemente,

viabilizaria maior disponibilidade

financeira para os salários

dos funcionários. Já os empresários,

queixam-se da falta de gente qualificada,

com vontade de aprender e

responsabilidade para encarar estas

profissões. Até ao momento, a solução

começa a afigurar-se na contratação

de mão de obra estrangeira, tal

como já acontece em Espanha (que

está a recrutar na América Latina e

nos países de Leste). Perante isto, a

verdade é que nunca foi tão difícil

atrair e fidelizar o talento capaz de

impulsionar o crescimento das organizações

e, naturalmente, da economia.

A questão que fica para reflexão

é: e se fôssemos nós, os jovens à

procura de trabalho, iríamos bater à

porta do pós-venda automóvel?

Tempo de agir

O podcast do Jornal das Oficinas

reuniu vários oradores, que são unânimes

na necessidade de fazer algo

para mudar a situação do setor. Da

formação, à valorização salarial, passando

por melhores condições de

carreira, são várias as ideias apresentadas

pelos nossos convidados e que

agora recordamos.

Enquanto diretor do CEPRA, António

Caldeira explica que a escassez de

mão de obra acontece a nível nacional

e internacional, pelo que cabe a

entidades como aquela que gere conseguir

“encontrar e motivar os jovens

para terem uma qualificação inicial e

o reskilling para quem já está no setor”.

A seu ver, esta falta de interesse

pelas profissões da reparação auto

deve-se à “dificuldade a nível social

de as valorizar”, havendo mesmo

uma “inércia enorme para fazer com

que a população em geral mude a

opinião que tem formada e que muitas

vezes nem tem fundamento ne-

nhum”, lamenta. O dirigente entende

que “os jovens são atraídos por algo

que os desafie, que seja interessante

e diferenciador junto dos amigos e

da família”, de maneira que é preciso

“divulgar o setor e tornar as profissões

apelativas para que os jovens

lhes deem a devida atenção”.

Entre o que se pode fazer, nota a importância

de atualizar as designações

das profissões: “Eu já não uso «bate-chapas»

nem «picheleiro», uso

reparador de carroçarias, porque os

outros termos remetem para uma

altura em que havia um martelo e

pouco mais. Hoje, um reparador de

carroçarias é um técnico de elevado

gabarito, que tem que ter conhecimentos

acima da média, é uma

profissão exigente. E o imaginário

das pessoas é diferente da realidade

atual. É preciso mostrar com ênfase

as condições em que, atualmente,

um pintor ou um reparador de carroçarias

trabalha numa oficina, para

verem que afinal até é uma profissão

melhor do que outras”, declara. Uma

opinião que é partilhada pelo consultor

Manuel Valadas, que defende

a evolução das profissões, questionando

“porque é que não se chama

Técnico de Pintura Auto? Porque é

mesmo isso que ele é! Está diariamente

em contacto com tintas que

podem custar mais de 200 euros/

litro, com ferramentas eletrónicas e

com tudo o que hoje rodeia qualquer

profissão nesta área, que são as novas

tecnologias. Isso per si, já é atrativo

para os jovens”, considera. Também

a divulgação é, a seu ver, basilar

para chegar à opinião pública e dá

como exemplos a necessidade de as

empresas “mostrarem o interior das

suas instalações, a área de reparação,

ao mesmo tempo que promovem os

serviços nos seus websites e redes sociais”.

Tudo o que não é comunicado,

afirma, “torna-se pouco atrativo para

a opinião pública. Se não é divulgado,

não existe e ninguém o vai recomendar

aos filhos!”, assegura.

“Criar o bicho do automóvel”

Pedro Oliveira, diretor de formação

da ATEC – Academia de formação,

observa uma questão cultural na

desvalorização da área automóvel,

justificando que “há alguns anos, as

pessoas menos qualificadas iam para

8 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


DESTAQUE

EM PORTUGAL, A EXPERIÊNCIA E O CONHECIMENTO NÃO SÃO vaLORIZADOS

E MUITas CHEFIAS TÊM MEDO DE COLOCAR PESSOAS VÁLIDas. COM ESTA

MENTALIDADE A EVOLUÇÃO SERÁ MAIS LENTA

a construção civil ou para a mecânica

automóvel e hoje em dia as coisas

não são assim”. No entanto, refere,

“se abrirmos um curso de chapa e

pintura – na ATEC não temos esta

área – não temos inscrições, talvez

ainda pela ideia mal percecionada de

que as pessoas que iam para esta área

tinham poucos estudos. Uma ideia

errada!”. Pedro Oliveira acredita que

“cabe a nós, setor, estar envolvido,

mostrar as boas práticas e o trabalho

dos bons profissionais que temos”.

Também para Jorge Zózimo, diretor

da T. Academy, “criar o bicho do

automóvel nos jovens” é parte da

solução para o problema da falta de

mão-de-obra. O responsável da empresa

de formação assevera que “os

jovens têm de sentir que é interessante

e que não vão andar constantemente

sujos de óleo e a chapinhar

em lama. As oficinas não são assim,

são muitíssimo boas, na maior parte

dos casos”. Além disso, aponta que

é preciso desmistificar que a colisão

não é um trabalho agreste e que hoje

em dia exige conhecimentos a nível

da engenharia automóvel.

Paralelamente à valorização da profissão,

é, segundo os nossos entrevistados,

absolutamente necessário

proceder a uma revisão das remunerações,

motivo que também está a arredar

cada vez mais profissionais das

oficinas. António Caldeira, do CE-

PRA, advoga “a valorização da mão-

-de-obra”. Assim, os clientes pagam

mais pelos serviços realizados, permitindo

aos empresários pagar mais

aos seus profissionais. Já Jorge Zózimo,

indica como solução a melhoria

da gestão oficinal, pois “acontece

muitas vezes esta ser deficiente, com

muitas horas mortas para os mecânicos.

Andam alguns a limpar oficina,

outros a passear no balcão das peças,

outros não têm o trabalho devidamente

organizado e o número de horas

que se perdem em algumas oficinas,

é enorme”. No fundo, repara, “o

número de técnicos de que necessito

poderia ser menor e poderia remunerá-los

melhor. Há margem para aumentar

as condições que temos para

oferecer aos profissionais”. Relevante

também, seria, pelo menos, divulgar

no anúncio de emprego o intervalo

de valores disponíveis para o salário

do funcionário a contratar, um facto

que, para o consultor Manuel Valadas,

logo à partida, “não gera motivação

para quem o está a ler”.

Chegar e entrar na verdadeira realidade

do setor nem sequer é o problema,

na opinião de Pedro Oliveira,

da ATEC, que conta que o que desincentiva

os jovens de se manterem

na profissão é aperceberem-se que

têm colegas com “40/50 anos, com

ordenados muito baixos e não querem

isso para o futuro deles, pelo que

procuram ir para outras áreas onde

são mais reconhecidos”.

Novas gerações

Os jovens atuais têm mentalidades

e objetivos diferentes dos profissionais

que entraram no ativo nos anos

70/80/90. Se estes últimos queriam

“estabilidade, um vencimento fixo e

uma ligação à empresa”, como descreve

António Caldeira, do CEPRA,

hoje “um jovem compara qualquer

remuneração e regalia, porque não

há dificuldades de empregabilidade”.

Na verdade, o cenário mais comum

é mesmo a «dança das cadeiras», de

empresa em empresa, a ver «quem

dá mais». O desespero dos empresários

para encontrar mão de obra qualificada

é tal, que o que mais acontece

é o «roubo» de profissionais, que é “a

saída mais fácil, ir ao vizinho, oferecer

mais dinheiro e trazer o funcionário”,

como diz Pedro Oliveira, da

ATEC. O responsável não concorda

que exista “escassez de mão de obra

qualificada”, até porque “notamos

que existem muitos interessados em

tirar os cursos de mecatrónica automóvel

que nós tempos. O que reparamos

depois é que o mercado não dá

continuidade a todos esses formandos

que nós colocamos nas oficinas

a estagiar e importa pensar porquê”.

Nestes tempos em que a tecnologia

evolui sem parar, o setor de pós-venda

automóvel precisa cada vez mais

de profissionais preparados para

lidar com os veículos mais recentes

que chegam diariamente às estradas.

Os recursos humanos de há 40/50

anos tinham de ter “brio profissional,

orgulho na profissão e deveriam

trabalhar para fazer o correto à primeira

e com verdadeiro entusiasmo”,

diz Jorge Zózimo, que acrescenta que

hoje em dia, a estas caraterísticas se

soma a obrigatoriedade de ter outras

competências técnicas, “formação

continuada, estar up to date com

os produtos que vão reparar… mas

também temos de lhes dar condições

na área onde trabalham: elevadores

como deve de ser, ferramentas de

todo o tipo, ter um ambiente limpo,

observando todas as regras de

10 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


segurança no trabalho”. Para o engenheiro

mecânico, e antigo professor

do ISEL, “o papel das escolas é falar

mais com a indústria”.

Já Manuel Valadas considera urgente

a tomada de decisões, nomeadamente

“uma espécie de instituto

que consiga preparar jovens para

abraçarem novas profissões existentes

na reparação automóvel, para

dar resposta às solicitações das empresas”.

Para tal, entende que é preciso

“aproveitar a experiência da

ANECRA e do CEPRA”, defendendo

mesmo que esta última deveria estar

presente em quase todas as capitais

de distrito. O consultor vê ainda a

necessidade de haver um trabalho de

maior proximidade entre empregado

e empregador: “quando o advogado

entra na empresa, o diretor-geral

recebe-o no seu gabinete e trata as

coisas com ele de forma eticamente

correta. Explica-lhe o que é a empresa,

o que precisa dele. Se entra um

Técnico de Pintura Auto na empresa,

quem é que o recebe? Porque não há

de ser o diretor-geral a fazê-lo? Para

que ele sinta que faz parte daquela

família. A pessoa sente-se útil, faz

parte da empresa”. Depois, o especialista

considera que é preciso que

o supervisor acompanhe o crescimento

dos funcionários, dando-lhes

objetivos e comprometendo-se, em

conjunto, com o cumprimento dos

mesmos, pois “assim o profissional

sente-se respeitado, sente que está

a contribuir para a produtividade e

qualidade da empresa e o supervisor

conhece melhor o seu colaborador”.

O diretor de formação da ATEC, Pedro

Oliveira, revela que tem havido

muita estabilidade na procura dos

cursos do centro de formação ao longo

dos últimos anos, tanto no polo

de Palmela, como em Matosinhos.

Sente, sobretudo, que a grande diferença,

como referiu anteriormente,

está no local onde os formandos são

colocados para estágio: “temos excelentes

profissionais que propiciam

muitos bons estágios e que ensinam

de tudo, não só a vertente mais técnica,

mas também os capacitam para

o que lhes faz falta para serem bons

profissionais, tanto ao nível das soft

skills, ou como podem ter autonomia

no seu trabalho, algum pensamento

crítico e repensarem tudo o que estão

a fazer, incutindo-lhes o espírito de

que não sabem tudo e que é preciso

uma procura constante para evoluir”.

O responsável sabe que é possível

“fazer mais na área da formação, temos

de repensar os nossos cursos, de

forma a integrar no curso de mecatrónica

esta valência da chapa e da

pintura, para que os nossos formandos

possam experienciar algumas

aulas teóricas e práticas à volta deste

tema. Temos de aproveitar os jovens

que querem aprender uma profissão

deste setor para que aprendam outras

ou, pelo menos, outra valência,

dentro do aftermarket”. Além disso,

considera que o papel da ATEC

para desenvolver a profissão passa,

também, por realizar parcerias com

“muitas redes que nos procuram

para ter formação, pois vendemos

um produto que traz qualidade e

mais valia àquele profissional”.

Por outro lado, Jorge Zózimo relembra

o papel associativo, destacando

que “as três associações que temos

em Portugal ligadas ao setor poderiam

fazer campanhas de angariação

de vocações para esta área”.

No CEPRA, António Caldeira, assume

que a parte fácil “é diagnosticar

o problema”, adiantando que o difícil

é ter o apoio dos empresários, que

devem estar implicados na situação.

Neste sentido estão já a promover

formações exclusivas para determinadas

empresas: “Tentamos encontrar

interessados junto dos centros

de emprego e formamos um grupo

à medida para essas empresas. Têm

a componente teórica no CEPRA e

depois vão ter a prática nas empresas,

que é essencial”, conta. Sobre as

competências que um trabalhador

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www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 11


DESTAQUE

INQUÉRITO JO falta DE MÃO DE OBRA

QUALIFICADA PARA as OFICINAS

PREOCUPAÇÃO

E DESÂNIMO!

A grande escassez de mão de obra qualificada para

as oficinas AUTOmóvel é o desafio que, provavelmente,

mais preocupa as empresas de reparação em Portugal.

Por outro lado, existe um desânimo generalizado

dos empresários que não vislumbram soluções para

resolver o problema

qualificado deve possuir, o diretor do

CEPRA não hesita: “O empresário

quer pessoas que tenham know-how

e que, sobretudo, sejam fiáveis, responsáveis

e com capacidade de adaptação.

Não é um setor compatível

com «ficar parado no tempo», tem

que evoluir. Devem ter boa formação

– constante e contínua – e estarem

sempre atualizados para serem

atores capazes de levar as empresas

a enfrentar os desafios que se colocam”,

define.

O desafio dos veículos

elétricos

Com o aumento do parque circulante

de veículos elétricos é inevitável que

estes carros comecem a visitar as oficinas,

para serviços de manutenção

e reparação. A questão que se coloca

é se os mecânicos estão preparados

para dar assistência a estes veículos.

Dentro de poucos anos, quando o

parque de VE for substancialmente

maior, poderão não haver especialistas

suficientes prontos para a manutenção

dos carros elétricos. Por

outro lado, a transição para uma mobilidade

elétrica não implica apenas

a adoção de carros com bateria, em

substituição daqueles que se movem

a combustíveis fósseis.

É também necessário a construção

de infraestrutura para pontos de carga

e a garantia de capacidade para os

carregamentos. Além disso, a mudança,

que exige novas peças e novas

formas de venda, entre outros, requer

serviços diferentes de manutenção.

Perante este cenário, existe uma

falta de mecânicos qualificados para

a manutenção e reparação de carros

elétricos. Ora, esta escassez terá

consequências relacionadas com os

custos de manutenção e, consequentemente,

com os objetivos da redução

de emissões da UE. Estima-se

que até 2027 não haverá mecânicos

qualificados suficientes para prestar

assistência a todos os veículos elétricos

do nosso país.

São necessárias vias de formação profissional

e acreditada para preparar

técnicos para a reparação e manutenção

de veículos elétricos. Além disso,

muitos mecânicos estão, atualmente,

a ser treinados para fazer trabalhos

que desconhecem. Tendo em conta

que a manutenção dos veículos elétricos

implica o trabalho com eletricidade

de alta tensão, esta abordagem

pode ser inadequada e, em muitos

casos, perigosa. l

Para fazer uma avaliação do impacto que esta situação está a ter no mercado, o Jornal das Oficinas

lançou durante os meses de novembro e dezembro de 2022 o inquérito “Falta de Mão de Obra Qualificada

nas Oficinas”. Para este Inquérito colocámos algumas questões relacionadas com as principais

dificuldades que os proprietários de oficinas se debatem na contratação de mão de obra especializada

e também pedimos a sua opinião sobre o que deve ser feito para cativar as novas gerações a

trabalhar nas oficinas de reparação automóvel.

O inquérito foi realizado via online e contou com 165 respostas válidas. As oficinas que responderam

foram na sua maioria de mecânica (68%) e as restantes de colisão e pneus (32%). As respostas evidenciaram

os obstáculos e as dificuldades que as oficinas vivem na contratação de recursos humanos

qualificados para as suas organizações. Existe um défice de oferta em todas as áreas do pós-venda

automóvel, com mais relevância nas profissões e mecânicos e pintores. A maioria dos proprietários

classificou o recrutamento de novos empregados como a sua principal preocupação. Para além

da ansiedade que vivem derivado de poderem ficar privados de um bom empregado que sai para

trabalhar noutra oficina.

Confrontados com a escassez de novos talentos, os proprietários das oficinas utilizam todos os

argumentos para manter as suas equipas através de aumentos salariais, bónus de todos os tipos,

melhoria das condições de trabalho, entre outros. O reforço das equipas é sem dúvida a principal

dificuldade para os gerentes de oficinas. Mais de 50% dos inquiridos diz que procura colaboradores

há mais de um ano, sem sucesso. Não é por isso surpreendente, que 100% dos inquiridos digam que

estão a ter dificuldades em recrutar. A escassez de novos talentos é fortemente sentida na mecânica

e na pintura.

Existe naturalmente uma inflação, que leva os gerentes a apoiarem o poder de compra dos seus

empregados, mas sobretudo a manterem as suas equipas. Quase metade dos inquiridos aumentou

os salários entre 5 e 10%, de acordo com o aumento do custo de vida. Por outro lado, há uma percentagem

razoável de inquiridos que não fez aumentos de ordenados, argumentando a necessidade de

manter margens e receio pela instabilidade económica que se vive no país.

A formação continua a ser muito valorizada pelo setor da reparação e manutenção automóvel,

e pelas respostas recebidas podemos ver que assim é. O objetivo é reforçar os conhecimentos da

equipa. É de notar que quase 75% dos inquiridos considera que os apoios do Estado à contratação de

jovens trabalhadores continua o mesmo de antes, sem incentivos e com muita burocracia. No que diz

respeito aos incentivos de contratação, o mais escolhido pelo inquiridos foi o bónus sobre o aumento

de produtividade, sendo que os horários de trabalho flexíveis também está a ser utilizado.

A DIFICULDADE CRESCENTE DE ENCONTRAR PROFISSIONAIS

QUALIFICADOS, COMO POR EXEMPLO MECATRÓNICOS, INFORMÁTICOS

E PINTORES, É O DESAFIO QUE, PROvavelMENTE, MAIS PREOCUPA

as EMPRESAS

12 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


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DESTAQUE

INQUÉRITO JO FALTA DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA PARA AS OFICINAS (CONT.)

Está atualmente a recrutar mão de obra qualificada

para a sua oficina? Para que áreas específicas?

Chefe de Oficina 5%

Mecânicos 48%

Bate Chapas 13%

Pintores 21%

Administrativos 3%

Outros 10%

Implementou incentivos de contratação?

Bónus sobre o volume de

negócio da oficina

Bónus sobre o aumento de

produtividade

Oferta de seguro de saúde

6%

28%

3%

Horários de trabalho flexíveis 15%

Outros 48%

Há quanto tempo anda à procura de colaboradores?

Utilizou a formação profissional?

Seis meses 33%

1 ano 51%

2 anos 16%

Para que postos de trabalho tem mais dificuldade

em recrutar?

Para reforçar os

conhecimentos da equipa

Pela vontade de transmitir

conhecimentos

Para testar novos

colaboradores com vista ao

recrutamento

87%

5%

8%

Chefe de Oficina 6%

Mecânicos 42%

Bate Chapas 10%

Pintores 29%

Administrativos 3%

Outros 10%

Aumentou os salários dos colaboradores? Em que

proporção?

0 a 3% 17%

3 a 5% 34%

5 a 7% 13%

7 a 10% 36%

Qual a finalidade destes aumentos?

Para atrair candidatos 10%

Para ter em conta a inflação 13%

Para reter o pessoal existente 77%

Em que postos de trabalho estão estes aumentos

salariais?

Chefe de Oficina

Mecânicos

Bate Chapas

Pintores

Administrativos

Outros

2%

52%

16%

18%

2%

10%

Opiniões de proprietários de oficinas sobre

a falta de mão de Obra Qualificada

O que deve ser feito para cativar as novas gerações a trabalhar

nas oficinas de reparação automóvel?

l Mais opções de cursos e incentivo aos jovens para frequentarem cursos profissionais. Incentivar a

escolha para cursos técnicos especializados a partir do 10º ano de escolaridade.

l Empresas mais organizadas, formação e motivação. Criar melhores condições de trabalho, com

contratos interessantes.

l Dar ênfase ao dinamismo da área automóvel, dando apoios para as entidades de formação poderem

aprofundar e desenvolver mais as suas formações.

l Divulgar a profissão de mecânico e pintor junto das escolas e esclarecer sobre as atividades para potenciar

possíveis candidatos. Levar as crianças em visitas de estudo às oficinas para despertar o seu interesse.

l A área não é atrativa para todos, têm que efetivamente gostar de automóveis, em todas as suas

vertentes. Porém, ter um trabalhador novo sem muitos conhecimentos, embora com muita vontade de

aprender, nem todos os empregadores querem e sem esse tempo de adaptação, não conseguiremos

transformar um aprendiz num empregado competente.

l Criar centros de formação regionais com programas de promoção das profissões para atrair jovens.

l É preciso apostar na formação e valorizar a mão obra especializada, pagando melhores ordenados.

l Ensinar as novas gerações que para ganharem muito dinheiro têm de investir muito em conhecimento

e fazer mais do que por aquilo que é pago como investimento no seu futuro.

l Redirecionar alunos para cursos na área de mecânica automóvel, atribuindo a estes cursos as bolsas

que vêm sendo gastas com formações que não acrescentam qualquer valor à capacidade produtiva

nacional.

l Mais planeamento na formação académica e uma cultura forte no investimento e divulgação dos

cursos técnicos que antigamente permitiam que os jovens tivessem um conhecimento prático mais

aprofundado.

l O problema está na sociedade, pois as profissões de produção estão a ser abandonadas pelos jovens em

prol de serviços administrativos e digitais. A única forma de incentivo é a mudança de mentalidades.

l A nova geração tem de deixar de pensar que vão só trabalhar com a máquina de diagnóstico. Têm de

saber resolver avarias e problemas que a máquina não resolve e sujar as mãos quando necessário.

l Potenciar a atratividade das profissões ligadas ao pós-venda automóvel junto das escolas e reformular

a oferta formativa. Atualizar os conteúdos dos cursos e estabelecer um plano de comunicação disruptiva

por forma a gerar uma maior visibilidade dos cursos para as novas gerações

14 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


NÚRIA ALVAREZ, DIRETORA DE COMUNICAÇÃO DA CONEPA

(FEDERAÇÃO ESPANHOLA DE OFICINAS)

COM UMA BOA ATITUDE,

UM PROFISSIONAL É CAPAZ

DE QUASE TUDO

À conversa com Núria Alvarez percebemos que a falta

de recursos humanos nas oficinas é transversal,

na Península Ibérica. Para esta responsável, cada

INSTITUIÇÃO tem, AO seu nível, o desafio de conseguir uma

SOCIEDADE melhor, preparando téCNICA e humanamente

AS pessoas para servir a comunidade. No caso do pósvenda,

prestando ASSISTência AOS milhões de veículos que

circulam pelas nossas estradas e garantindo

a segurança rodoviária

Há quanto tempo notam a falta de

profissionais para trabalhar nas

oficinas em Espanha?

Os momentos em que se procuram

mais profissionais e, portanto, nos

quais mais se nota a sua escassez,

coincidem sempre com épocas de

grande procura de serviços de oficina

e isso está muito relacionado

com a situação económica do país.

Aconteceu, por exemplo, nos anos

que antecederam a grande crise de

2007/2008, e os posteriores, especialmente

a partir de 2015. Desde

então, a situação tornou-se endémica.

O que motiva esta escassez de

profissionais?

É preciso destrinçar muito bem dois

aspetos ao analisar esta questão. Por

um lado, a falta de profissionais com

experiência, que é o maior problema

para as empresas, quando precisam

de crescer ou querem substituir funcionários

qualificados que deixam

a oficina. Evidentemente, é muito

complicado cobrir esses perfis, pois

não existe desemprego a esse nível, o

que é algo positivo como fator económico

para um país.

Por outro lado, está o acesso ao setor,

por parte de jovens que entram

na vida ativa. Neste caso, é evidente

que, nos últimos anos, a oficina perdeu

interesse como destino profissional

para os estudantes de Formação

Profissional regulamentada. Mesmo

que optem por entrar em cursos relacionados

com o automóvel, preferem

outras saídas, como os fabricantes de

automóveis ou de componentes.

Em que áreas há mais falta de

profissionais?

Se no início deste século, a falta de

trabalhadores estava mais associada

a postos relacionados com a carroçaria

(chapa e pintura), agora não há

grande diferença entre esta especialidade

e a eletromecânica.

Os centros de formação têm

dificuldades em formar mais

profissionais para as oficinas?

Porquê?

Toda a Formação Profissional em

Espanha está num momento de mudança,

mas o processo ainda é mais

notório no nosso setor, dada a rápida

evolução tecnológica dos veículos.

Os próprios docentes precisam de

se atualizar diariamente para estar

a par das alterações técnicas incorporadas

nos novos veículos e saber

como dar resposta à manutenção e

reparação de automóveis modernos.

Isso inclui também o ensino de novas

ferramentas físicas e eletrónicas,

custosas a nível económico para os

centros, mas cujo maneio é imprescindível

para que os novos profissionais

tenham um espaço no mercado

ao finalizar a sua formação académica.

O que é que se está a fazer em

Espanha para solucionar o problema

da falta de profissionais?

A nosso ver, as empresas deveriam

ser realistas e tomar consciência de

que têm de investir mais na formação,

tanto das suas equipas, como

dos novos profissionais. Desde logo,

pensar que vai haver sempre pessoal

com boa formação disponível

no mercado quando a empresa precisar,

é bastante ingénuo. Os bons

trabalhadores têm sempre trabalho.

Portanto, não há muitas mais opções

do que atraí-los de outra oficina,

normalmente oferecendo melhores

condições económicas. Mas isso leva

à dinâmica já vivida no início deste

século com os especialistas em carroçaria:

os ordenados eram tão altos

que dificilmente se poderia ter rentabilidade

na empresa. Algo que a crise

agravou, quando chegou.

Nós acreditamos que as empresas

deveriam trabalhar mais na sua formação,

preparando e dando oportunidades

aos seus próprios funcionários,

traçando “planos de carreira”

para eles, o que, sem dúvida, pode

ser também um fator de fidelização

e uma garantia de relações sólidas a

longo prazo.

Como atrair mais jovens para as

profissões do setor oficinal?

Não nos ajudou nada, enquanto setor,

a imagem que uma parte da sociedade

e dos políticos se encarregou

de difundir em relação ao automóvel:

deixou de ser um símbolo da liberdade

de movimentos da humanidade

no século XX, para passar a ser

um objeto irritante, poluente e com

um futuro incerto. Perceções que,

ainda para mais, não são reais, como

é evidente.

O automóvel continua a ser imprescindível

para a sociedade atual e nada

nos faz pensar que nas próximas

décadas passe a ser de outro modo.

Além disso, a tecnologia incorporada

nos veículos é cada vez mais complexa

e a manutenção e reparação

estão relacionadas com processos de

trabalho com eletrónica avançada, o

que, a priori, deveria ser mais atrativo

para os jovens. Aqui, faço uma

ponte com a resposta anterior, para

reivindicar também a importância

de implicar as empresas na formação

inicial dos jovens na Formação Profissional

dual para que os estudantes

que passem por uma oficina durante

a sua formação prática se entusiasmem

com o nosso setor e decidam

encontrar nele o seu futuro laboral.

www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 15


DESTAQUE

Quais são os maiores desafios ao

contratar profissionais para as

empresas de reparação automóvel?

Para ser breve, diria que o objetivo

é acertar à primeira no perfil mais

adequado, técnico e relacional, que

se adeque ao que a empresa espera

do trabalhador. Não só diz respeito ao

trabalho técnico da pessoa, mas também

a sua relação com o ambiente em

que vai desenvolver as suas funções.

E, claro, uma vez que se comprove

que a pessoa responde às expetativas,

o desafio seguinte e permanente

é a sua fidelização. As empresas mais

sólidas mostram uma grande capacidade

de reter o talento.

Que impacto está a ter a falta de

profissionais para as empresas de

reparação de automóvel?

Em muitos casos, resulta na renúncia

ao crescimento, o que pode colocar

em perigo a própria sobrevivência da

empresa e, desde logo, trava as ambições

de melhoria de uma empresa.

Quais são as principais

competências que deve possuir

um profissional qualificado para

trabalhar numa oficina?

Num trabalho realizado recentemente

para o Ministério da Educação, no

qual a CONEPA participou ativamente,

definiram-se até 313 competências

profissionais diferentes numa série

de categorias e especialidades. Como

analisá-las nos tomaria muito tempo,

preferimos resumir a resposta à

pergunta numa só palavra: “atitude”.

Com uma boa atitude, um profissional

é capaz de quase tudo.

Os novos profissionais são

diferentes dos da geração anterior?

Como definiria o perfil desta nova

geração?

Esta é uma sociedade em pleno processo

de mudança. A pandemia acelerou-o.

Com o que sofremos, todos

damos mais importância às relações

pessoais, à conciliação da vida profissional

e privada, à racionalização

dos horários laborais… As empresas

devem tê-lo em conta e atuar. Já o estão

a fazer. Têm de ser atrativas para

reter o talento.

Considera que os baixos

salários que se oferecem

podem desincentivar os jovens

no momento de escolher esta

profissão?

Para qualquer pessoa, é importante a

valorização do bem-estar económico

futuro na hora de escolher uma profissão.

Felizmente, o setor oficinal em

Espanha mantém um nível salarial

aceitável e competitivo. Não acreditamos

que possa ser um fator determinante

para que alguém com vocação

a abandone em troca de outro setor.

O que é preciso fazer para aumentar

os salários dos profissionais que

trabalham nas oficinas?

O grande problema que temos neste

momento é a falta de rentabilidade.

A inflação atual agravou, ainda para

mais, a situação. As oficinas espanholas

têm um bom nível de trabalho,

mas cada vez ganham menos.

Sem margens, é impossível prepararem-se

para um futuro em constante

mudança e isso também contempla o

investimento nas equipas, tanto a nível

técnico, com formação contínua,

como a nível pessoal, procurando a

maior relação dos nossos colaboradores

com a empresa.

Que papel devem desempenhar

os centros de formação, as

escolas e as universidades no

desenvolvimento das profissões da

pós-venda?

Cada instituição tem, ao seu nível, o

desafio de conseguir uma sociedade

melhor, preparando técnica e humanamente

as pessoas para servir a comunidade:

no nosso caso, prestando

assistência aos milhões de veículos

que circulam pelas nossas estradas e

garantindo a segurança rodoviária l

MARIA ELO, PROFESSORA UNIVERSITÁRIA

NA SDU, DINAMARCA

NUM SETOR TÃO

COMPETITIVO, É

NECESSÁRIO TER

MUITO CUIDADO

PARA ENCONTRAR OS

MELHORES RESULTADOS

A escassez de mecânicos afeta vários países e

o envelhecimento da força de trabalho é uma

preocupação crescente. Maria Elo, professora de

Negócios e Gestão é membro fundador da tAlents4AA,

uma associação sem fins lucrativos focada

precisamente na atração e retenção de talentos no

setor do aftermarket

A

associação foi constituída

em março de 2022 e tem

feito um um trabalho meritório

em prol do desenvolvimento

do aftermarket, com ações concretas

para sensibilizar as pessoas

para a gravidade da falta de recursos

humanos qualificados nas

oficinas. A docente alerta para a

necessidade de as empresas ofere-

O SETOR DEPARA-SE COM A ENORME DIFICULDADE DE

CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS QUALIFICADOS, MUITO POR FORÇA

DO QUE CONSTATAMOS SER A MODERNA FORMA DE VIDA DOS JOVENS

PROFISSIONAIS DOS NOSSOS DIAS

16 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


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cerem formação atrativa e investirem

na retenção de talentos, garantindo

um “futuro de carreira”

para os seus empregados.

A carência de profissionais, no

entanto, é transversal a todos os

operadores do setor – desde fabricantes

de peças, distribuidores,

retalhistas e oficinas – mas

esta não é uma questão setorial,

defende. A seu ver, as alterações

demográficas são também responsáveis

por este fenómeno, havendo

“menos talento a entrar no

mercado de educação e de trabalho

nos países ocidentais”.

O que fazer?

Sobre o que se pode fazer para

impedir que a força de trabalho

saia do seu país de origem, Maria

Elo considera que, dentro do

mercado de trabalho, existem

muitos funcionários com necessidades

díspares, desde os que

almejam uma carreira internacional,

aos que “não têm planos

de ir a lado nenhum”. E nisto,

não são apenas as empresas que

criam um emprego atrativo, mas

sim, “as instituições, a sociedade

civil e o setor privado, como um

todo”, assim como, refere, “o clima

e a educação desempenham

um papel importante”. É claro

que a “empresa pode fazer avançar

a sua própria organização na

direção certa, por exemplo, no

que diz respeito à regulamentação

do local de trabalho, tributação,

educação, […] na segurança,

no tempo de trabalho flexível,

no trabalho à distância, apoio à

guarda de crianças e outras que

parecem pequenas questões,

mas que podem na realidade ser

grandes questões”, acredita, concluindo

que “a concorrência não

dorme, as pessoas qualificadas

são arrastadas para outras empresas

e mesmo para o estrangeiro

se as suas necessidades não

forem satisfeitas”.

Flexibilidade e autonomia são

dois aspetos que a professora

entende como fulcrais, com as

alterações ocorridas no estilo de

vida nos países ocidentais. Sendo

certo que o grau de flexibilidade

e trabalho online depende

da tarefa desempenhada, é sempre

benéfica a atenuação da rigidez

horária, por exemplo, para

trabalhadores com filhos pequenos,

que muitas vezes enfrentam

horários pouco flexíveis de acolhimento

dos filhos nas escolas.

Esta gestão da vida profissional

e familiar, sem comprometer

nenhuma das vertentes, é uma

preocupação recorrente dos pais

modernos e pode, efetivamente,

ser tida em conta pelos empregadores

no momento de realizar

um contrato de trabalho. “Num

setor tão competitivo, é necessário

ter muito cuidado para encontrar

os melhores resultados.

O desenvolvimento de soluções

que promovam bons resultados

e autonomia é também uma forma

de reduzir a burocracia desnecessária”,

declara.

Onde está o setor a errar?

Atrair e reter talentos é um desafio

não só para o pós-venda

automóvel, como também para

outras áreas de mercado. Assim

sendo, é preciso questionar, onde

está o setor a errar para não conseguir

alcançar e manter a tão

necessária mão de obra? Maria

Elo vai mais longe: “a imagem

do empregador é atrativa? Uma

empresa patronal deve gerir ativamente

a sua reputação e tomar

conta das pessoas que já estão

contratadas. As suas experiências

são altamente valiosas para atrair

novos empregados”, avisa. Além

disso, “será que os processos de

contratação visam realmente

aqueles talentos orientados para

o crescimento que existem por aí

ou será que se cingem ao objetivo

«mais do mesmo»?”, deixa para

reflexão. l

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FUTURO PERTENCE À

ELETROMOBILIDADE!

E-MOBILITY É A CHAVE PARA O TRANSPORTE RODOVIÁRIO SUSTENTÁVEL, CIDADES MAIS

HABITÁVEIS E O COMBATE BEM SUCEDIDO ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS. GRAÇAS AOS AVANÇOS NA

ELETROMOBILIDADE, O TRANSPORTE TOTALMENTE SUSTENTÁVEL É AGORA UM OBJETIVO REALISTA,

SEM TER DE COMPROMETER A FORMA COMO VIVEMOS, NOS DESLOCAMOS E TRABALHAMOS

A

E-Mobility permite a transição dos

combustíveis fósseis emissores de CO2

para a energia fornecida a partir de

fontes de energia elétrica que, por sua

vez, são carregadas através da rede elétrica.

Ao substituir o transporte baseado em combustíveis

fósseis por veículos movidos a eletricidade, podemos

melhorar drasticamente a qualidade do nosso

ar ao mesmo tempo que reduzimos as emissões de

gases com efeito de estufa.

Dado que as emissões dos transportes foram responsáveis

por mais de 24% das emissões globais de CO2

em 2021, um movimento em direção à E-Mobility

faz todo o sentido. De facto, com as emissões de CO2

dos transportes a crescerem a um ritmo mais rápido

do que o de qualquer outro setor, a E-Mobility é uma

necessidade se quisermos alcançar as ambições do

Acordo de Paris: manter o aumento da temperatura

global abaixo dos 2ºC, face aos níveis pré-industriais.

A ligação entre a E-Mobility e a sustentabilidade

é clara: quanto mais soluções de eletromobilidade

utilizarmos, maior será a redução de CO2 e outros

gases com efeito de estufa. E isto é particularmente

importante no sector dos transportes, onde as

dos transportes ajuda a travar as alterações climáticas

através da redução das emissões de gases com

efeito de estufa. Como os transportes representam

atualmente cerca de 30% da procura global final de

energia, o potencial de descarbonização é enorme. De

um modo geral, os veículos elétricos custam menos a

circular durante a sua vida útil do que os carros tradicionais

com motores de combustão. Este custo reduzido

resulta em grande parte de regimes fiscais mais

favoráveis, menos peças móveis, e custos de energia

mais baixos. Os benefícios adicionais de uma solução

de E-Mobility para o automóvel incluem um melhor

desempenho de condução, redução da poluição sonora,

e a capacidade de fornecer serviços ao sistema

de energia e aos edifícios utilizando as suas baterias.

A redução das emissões dos motores de combustão

movidos a combustíveis fósseis através da E-Mobility

conduzirá a cidades mais sustentáveis e habitáveis,

protegendo ao mesmo tempo o nosso clima. Os efeitos

da poluição causada pelos transportes são especialmente

importantes nas cidades onde um grande

número de pessoas e veículos se desloca dentro de

um espaço geográfico pequeno. As cidades já são responsáveis

por até 70% do consumo energético e das

A ELETROMOBILIDADE SÓ ESTARÁ À ALTURA DAS ESPERANÇAS

NELA DEPOSITADAS SE O PREÇO DOS CARROS E BATERIAS DESCER,

AS REDES DE CARREGAMENTO CRESCEREM E OS VE ATINGIREM

UM ELEVADO NÍVEL DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

emissões mais do que duplicaram desde 1970 e têm

aumentado todos os anos. Ao substituir o transporte

baseado em combustíveis fósseis por veículos

movidos a eletricidade, podemos melhorar drasticamente

a qualidade do nosso ar ao mesmo tempo

que criamos reduções significativas de CO2.

Quais os benefícios da E-Mobility?

A E-Mobility tem benefícios a muitos níveis, desde

o global, até ao pessoal. A nível global, a eletrificação

emissões de CO2 em todo o globo. E com uma população

mundial que deverá atingir 8,6 mil milhões

de pessoas em 2030 e 70% das pessoas que deverão

viver nas cidades até 2050, precisamos de encontrar

uma forma de criar cidades mais sustentáveis e habitáveis.

Tendências de eletrificação

nas energias renováveis

A eletrificação é central para as estratégias de des-

carbonização de muitos setores. Isto significa que a

procura de eletricidade deverá aumentar substancialmente

ao longo dos próximos anos. É por isso

que a redução das emissões da produção de eletricidade

é uma componente central das estratégias

globais de redução de emissões da maioria dos

países. Felizmente, os custos das energias renováveis

estão a baixar, e a capacidade das energias

renováveis está a crescer rapidamente. O aumento

da utilização de energias renováveis nas redes e o

aumento da eletrificação criam, contudo, novas

necessidades de capacidade de armazenamento

para lidar com picos de carga.

Embora muitas tecnologias limpas estejam disponíveis,

como o hidrogénio ou motores movidos

a combustíveis alternativos, a eletrificação dos

transportes é a estratégia mais viável para combater

a poluição do ar. Isto significa que os motores

de combustão interna são substituídos por motores

movidos a eletricidade, incluindo Veículos

100% elétricos, Veículos Elétricos Híbridos Plug-

-in e Veículos Elétricos Híbridos - todos eles referidos

como VE.

Os números de VE a nível mundial estão a aumentar

rapidamente. Em 2020, o número total de

veículos elétricos na estrada a nível mundial estabeleceu

um novo recorde de cerca de 10 milhões,

cerca de 1% do parque global de automóveis. Podemos

ver esta tendência também nos transportes

públicos, com mais de 460.000 autocarros

elétricos registados em todo o mundo em 2020.

Impulsionado por novas políticas e expansão do

fabrico, espera-se que o mercado de VE continue a

crescer rapidamente na próxima década, atingindo

www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 19


56 milhões de VE a nível mundial até

2030. A eficiência energética de um

VE é cerca de 30% melhor do que

um automóvel a gasolina comparável

e a eletricidade necessária será cada

vez mais produzida a partir de fontes

renováveis.

setor dos Transportes

entre os mais poluentes

Na Europa, o setor dos transportes

foi o único, de entre os principais

setores de atividade, a aumentar as

emissões de CO2, desde 1990. Os

transportes em geral representam

hoje 25% das emissões totais destes

gases na Europa, sendo os rodoviários

os mais poluentes, com 19% do

total de emissões. Para estes valores

muito contribui o aumento das deslocações

de carro para dentro e fora

dos centros urbanos. De facto, os

transportes públicos ainda não são

considerados suficientemente cómodos

nem fiáveis para abandonarmos

totalmente o uso do automóvel, mesmo

nas cidades mais desenvolvidas

do mundo. Em Lisboa, o tempo médio

de deslocações em períodos de

pico de trânsito aumenta 61% face

a períodos de trânsito normal — um

valor acima da média Europeia e só

ultrapassado nas cidades de Londres,

Paris e Roma.

De forma a atingir as metas do Acordo

de Paris, tem de haver um trabalho

conjunto dos cidadãos, governos

e empresas, rumo a uma descarbonização.

E tem vindo a ficar claro que

esse caminho se faz lado a lado com o

da eletrificação. Em todos os setores

(incluindo o dos transportes), quanto

maior for o recurso à energia elétrica,

maior será o potencial para recorrer

às energias renováveis e deixar

os combustíveis fósseis de lado. Por

todo o mundo, os países estão a mobilizar-se

no sentido da descarbonização.

Espera-se que, até 2050, haja

uma redução de 80% das emissões

de gases com efeito estufa, fomentada

pelo alargamento da produção de

energia a partir de fontes renováveis.

E os veículos a diesel parecem estar

entre os primeiros alvos a abater

nesta luta pelo planeta. Cidades

como Madrid ou Paris já anunciaram

que, até 2025, vão impedir a sua entrada

em centros urbanos e a venda

Quadro I - Vantagens e desvantagens dos Veículos Elétricos

o uso de veículos elétricos começa a ser cada vez mais frequente, no entanto existem vantagens

e desvantagens nestes veículos

Não depende de combustíveis

fósseis para a sua deslocação

Os veículos elétricos são

conhecidos pelo fornecimento de

energia permanente

Os veículos elétricos são

silenciosos, confortáveis e fáceis

de conduzir

Conduzir um VE significa acabar

com os gases de escape e

melhorar a qualidade do ar

Quadro II – A crescente expansão dos veículos elétricos no mundo

Até 2023/2024, os veículos elétricos custarão o mesmo que os veículos de combustão

interna. Esse é o ponto de viragem para o aumento das vendas

Vendas anuais projetadas

500 milhões de veículos

400

300

200

100

0

2015

Vantagens

Vendas acumuladas

Desvantagens

Preço 30-40% mais elevado do que

os seus homólogos a combustão

Pode demorar algum tempo a

recarregar as baterias

Pode ser difícil localizar uma

estação de carregamento

As baterias que equipam os VE são

suscetíveis ao desgaste e caras

Os VE serão responsáveis

por 35% de todas as vendas

de veículos novos

16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

Fonte: Bloomberg

20 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


PATROCINADORES >

de novos veículos com motores de

combustão ficará mesmo proibida

em 2040. Londres, por outro lado,

já prevê uma taxa de 10 libras diárias

para quem queira levar veículos que

não sejam (pelo menos) híbridos até

ao centro da cidade.

Um aproveitamento ótimo

das renováveis

Uma das vantagens menos conhecidas

da aposta em mobilidade elétrica

é o facto de a mesma poder contribuir

para um melhor aproveitamento das

energias renováveis. Por vezes, a energia

produzida a partir destas fontes,

nomeadamente a proveniente do sol e

do vento, não consegue ser totalmente

aproveitada por não haver consumo

suficiente. Como tal, a rede fica

“saturada” de energia, o que obriga a

limitar a produção — precisamente o

que queremos evitar, pois pretende-se

um aproveitamento ótimo e máximo

de fontes de energia limpa.

A generalização do uso de veículos

elétricos pode ajudar a resolver esta

limitação: seja ao nível local, usando

soluções inteligentes para acelerar o

consumo dos carregadores de veículos

elétricos, em alturas com muito

sol, seja ao nível global do sistema,

uma vez que, muitas vezes, os veículos

elétricos carregam durante a

noite, ou seja, quando há menos consumo

e mais energia eólica, evitando

assim o desperdício de recursos renováveis.

Os hábitos de carregamento

automóvel terão, naturalmente,

impactos e trazem novos desafios na

forma como a rede elétrica está organizada,

já que irão produzir picos de

procura maiores dos que observamos

até aos dias de hoje, nomeadamente

ao final do dia.

Vantagens da

electromobilidade

Os VE estão a mudar a forma como

nos movemos - não só porque são

mais amigos do ambiente. Um VE

custa mais do que um veículo comparável

a gasolina ou diesel - principalmente

devido aos grandes custos

de produção da bateria, embora os

seus preços tenham caído nos últimos

anos. No entanto, a eletricidade

é mais barata do que os combustíveis

fósseis. Além disso, os veículos elétricos

requerem menos manutenção

e menos reparações. Não há necessidade

de mudar o óleo e os filtros, e

não há sistemas de escape, correias

de distribuição ou correias em V.

Um motor de combustão tem cerca

de 2.500 componentes que têm

de ser fabricados e montados - em

comparação com apenas 250 num

motor elétrico. As baterias de iões

de lítio utilizadas nos VE têm uma

longa vida útil, apresentam uma alta

densidade de energia e podem ser

recarregadas muitas vezes. Perdem

alguma da sua capacidade de recarga

após oito a dez anos, mas não são defeituosas:

Simplesmente armazenam

menos energia. Os VE proporcionam

um desempenho elevado e têm uma

eficiência muito maior do que os

veículos com motor de combustão:

A relação entre a energia que é alimentada

e que pode ser utilizada é

de cerca de 90 por cento para os VE.

Esse valor é de apenas 35% para motores

a gasolina e 45% para motores

a diesel. O resto é perdido como calor.

Outras vantagens: Devido ao facto

de estar imediatamente disponível

um elevado binário, os VE podem

acelerar mais rapidamente a partir

do 0. Também podem obter energia

com a ajuda do inversor, como quando

travam, e alimentá-la de volta à

bateria.

Desafios enfrentados

pela eletromobilidade

Apesar das suas muitas vantagens,

existem outros desafios relacionados

com a eletromobilidade para além do

facto de o preço de um VE ainda ser

atualmente elevado. Os VE são muito

silenciosos. Isto significa muito

menos ruído, especialmente nas cidades

e ao longo das estradas principais.

Os peões e ciclistas terão de se

habituar a isso primeiro. No entanto,

se os carros elétricos estiverem a

circular a baixa velocidade, são tão

silenciosos que podem nem sequer

ser ouvidos. É por isso que os novos

modelos desenvolvidos na UE têm

de ser equipados com um Sistema de

Alerta Acústico de Veículos (AVAS).

Até uma velocidade de 20 km/h, têm

de gerar ruídos semelhantes aos dos

automóveis a gasolina ou diesel. Se

o VE estiver a viajar mais depressa,

o ruído produzido pelos seus pneus

pode ser ouvido de qualquer forma.

Para assegurar que os VE são de

emissão zero no sentido pleno da

palavra, a sua eletricidade deve ser

proveniente de fontes renováveis e

não, por exemplo, de centrais elétricas

alimentadas a carvão, enquanto

a produção da bateria deve ser também

neutra em termos de CO2.

Quadro III - venda de veículos elétricos

com crescimento em Portugal

Em Portugal, nos onze meses de 2022, verificou-se um aumento

de 38% nas vendas de veículos ligeiros de passageiros novos

elétricos em comparação com o mesmo período do ano anterior,

tendo sido matriculados 15.712 unidades

Novembro

Janeiro - Novembro

2022 2021 %Var 2022 2021 %Var

Lig Passageiros* 5 478 4 898 11,8% 52 321 43 425 20,5%

Eléctrico (BEV) 2 120 1 970 7,6% 15 712 11 386 38,0%

Híbrido Plug-In

(PHEV)

1 437 1 453 -1,1% 14 174 14 361 -1,3%

PHEV/Gasolina 1 361 1 295 5,1% 12 955 12 380 4,6%

PHEV/Gasóleo 76 158 -51,9% 1 219 1 981 -38,5%

Híbrido Eléctrico (HEV) 1 921 1 475 30,2% 22 435 17 678 26,9%

HEV/Gasolina 1 658 1 078 53,8% 18 591 13 912 33,6%

HEV/Gasóleo 263 397 -33,8% 3 844 3 766 2,1%

Lig Mercadorias* 107 76 40,8% 760 272 179,4%

Eléctrico (BEV) 106 76 39,5% 743 256 190,2%

Híbrido Plug-In (PHEV) 0 0 --- 2 7 -71,4%

PHEV/Gasolina 0 0 --- 2 7 -71,4%

Híbrido Eléctrico (HEV) 1 0 --- 15 9 66,7%

HEV/Gasóleo 1 0 --- 15 9 66,7%

Pesados* 3 0 --- 4 4 0,0%

Eléctrico (BEV) 3 0 --- 4 4 0,0%

Total 5 588 4 974 12,3% 53 085 43 701 21,5%

* - BEV+PHEV+HEV

Origem: AT / Fonte: ACAP

O que o futuro nos reserva

Muitos consideram o motor de combustão

como estando a sair de cena,

dado o atual estado de desenvolvimento

dos VE. No entanto, para

conseguir isso, o preço dos carros e

baterias deve baixar, as redes de carregamento

devem crescer e também

tornar-se mais inteligentes, e os VE

devem atingir um nível de eficiência

energética que os prepare para o

mercado. Empresas e investigadores

estão continuamente a trabalhar para

melhorar as baterias. Isto irá aumentar

o alcance e reduzir o tempo de carregamento

- dois incentivos cruciais

para os utilizadores. Além disso, a

rede de estações de carregamento está

a ser constantemente expandida.

MATRÍCULAS DE LIGEIROS E PESADOS BEV, PHEV e HEV

ROM - Representantes Oficiais de Marca

www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 21


Atualidade

FÓRUM DPAI/ACAP

PRINCIPAIS DESAFIOS

E TENDÊNCIAS DO IAM

DECORREU NO FINAL DO PASSADO MÊS DE NOVEMBRO O FÓRUM DPAI/ACAP ONDE FORAM APRESENTADOS

OS PRINCIPAIS DESAFIOS E TENDÊNCIAS DO IAM. O EVENTO FOI MARCADO PELO LANÇAMENTO

DA APLICAÇÃO MOTORDATA PÓS-VENDA INDEPENDENTE E PELA APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

PRELIMINARES DE UM ESTUDO ELABORADO PELO ISEG EXECUTIVE EDUCATION

A

abertura do evento ficou a cargo de Joaquim

Candeias, Presidente da DPAI, que

expôs os principais temas em discussão na

União Europeia, com impacto direto na actividade

empresarial. O acesso a dados/funções do veículo,

o Motor Vehicle Block Exemption Regulation

– MVBER, a Cibersegurança e a Sustentabilidade.

O mercado automóvel foi o tema introduzido

por Hélder Pedro, Secretário-Geral da ACAP. Com

cerca de 6.712 milhões de veículos em circulação, o

parque automóvel caracteriza-se por ser constituído

maioritariamente por Ligeiros de Passageiros e

Ligeiros de Mercadorias. A idade média dos veículos

Ligeiros de passageiros era 13,5 anos e dos

de mercadorias, 15,3 anos, em 2021. A média de

idade dos veículos entregues para abate é de 23,5

anos em 2021, contra 16 anos em 2006. Outro dos

pontos abordados pelo Secretário-Geral da ACAP

foi o Fit for 55, tendo destacado que, para se cumprir

o objetivo de redução em 55% nas emissões

até 2030, 60% das vendas terão de ser de veículos

eletrificados.

Estudo “O Aftermarket em Portugal:

Presente e Futuro”

O Fórum DPAI/ACAP contou com a apresentação

preliminar de um estudo sobre o pós-venda independente.

Fruto de uma parceria com o ISEG Executive

Education, o estudo intitulado “O Aftermarket

em Portugal: o Presente e o Futuro”, pretende fazer

22 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


uma caracterização do perfil do consumidor do aftermarket,

assim como das empresas do sector.

O estudo tem como objetivos a caracterização do canal

independente do aftermarket automóvel em Portugal

e a procura a ele dirigida; perspetivar a evolução

futura da procura dirigida ao canal independente

do aftermarket automóvel, em função das inovações

tecnológicas no sector automóvel e das alterações nas

preferências dos clientes e avaliar as consequências

do referido anteriormente, nas estratégias futuras do

canal independente do aftermarket automóvel, através

da realização de inquéritos aos consumidores e

às empresas desta atividade. Os dados preliminares

permitem já retirar algumas conclusões, que foram

apresentados a título de exemplo.

O Aftermarket da próxima geração

A sessão contou ainda com o contributo de Pedro

Díaz, que abordou a temática “O Aftermarket da

próxima geração”, e apresentou aquela que será a

mobilidade da próxima geração, designadamente:

Caracterizada pela eliminação gradual de veículos

ligeiros com motor de combustão interna em

mercados-chave até 2035, com a chegada rápida

da mobilidade elétrica; O “Car OS” será já uma

realidade em 2024, e caracterizado por uma arquitetura

de software “DevOps”, com computadores

de alto desempenho; Outra tendência serão os

Sistemas de condução autónoma em 2030, onde a

mobilidade como serviço ganha quota de mercado.

A tendência é que o mercado do Pós-venda seja

cada vez mais conectado, autónomo, partilhado,

elétrico e sustentável, sendo que, toda esta contextualização

afetará este mercado. Vão surgir novos

players, com forte peso no mercado, as oficinas

vão enfrentar novos desafios, com a complexidade

crescente dos veículos. Haverá um maior peso das

frotas. Para o sucesso da rede pós-venda, existem

alguns campos de ação essenciais, como o foco no

utilizador final e na sociedade, a exploração de novas

parcerias, o investimento no digital, entender

os omnicanais; sustentabilidade; novas tecnologias

e mobilidade autónoma.

Comissões da DPAI/ACAP

apresentaram balanço

As Comissões da DPAI/ACAP apresentaram as

suas ações e atividades desenvolvidas ao longo

de 2022. A Comissão Especializada de Serviços

e Mobilidade, representada por António Costa,

apresentou os excelentes resultados da Oficina

Confiança, um Programa criado pela ACAP,

para distinguir as oficinas que melhor respeitam

as boas práticas para o setor, ao implementar

de forma correta a legislação, com destaque

para a do consumidor, fiscal e ambiental.

A Comissão investiu igualmente os seus esforços

na Dinamização Associativa, através do aumento

dos Associados para uma maior representatividade

no sector oficinal, assim como na criação

de uma Ordem de reparação, (minuta em fase de

construção) que sirva como documento de apoio à

atividade das oficinas.

A Comissão Especializada de Distribuidores de

Peças, representada por Isabel Basto, apresentou

as atividades de 2022, que se prenderam com a

criação de uma estratégia para o mercado de distribuição

de peças em Portugal, essencial para responder

à alta competitividade do mercado, à sua

fragmentação e à sua rápida mudança. Comissão

Especializada de Distribuidores de Pneus, representada

por José Moura Neto, abordou o contributo

da Comissão para a melhoria do Observatório

do Mercado de Pneus, através da inclusão de novos

indicadores e métricas, da Análise estatística

de dados dos distribuidores de pneus, assim como

o contributo para a concretização do MotorData.

Por fim, Ribeiro da Silva, em representação da

Comissão Especializada de Produtores de Pneus

da ACAP, apresentou as atividades realizadas no

MOTORDATA DISPONÍVEL

PARA O PÓS-VENDA

António Cavado, responsável pelo departamento de estatísticas

da ACAP anunciou o lançamento da plataforma Motordata para

o pós-venda. A partir de agora as empresas aftermarket podem

ter acesso a dados estatísticos da atividade do setor, comparar

os resultados com a média do mercado, analisar o desenvolvimento

das vendas, entre muitas outras funcionalidades. Zorro

Mendes, professor do ISEG, apresentou os objetivos e estrutura

de um trabalho que está a realizar sobre a caracterização

do aftermarket em Portugal. Com este trabalho, o professor

pretende perspetivar a evolução futura da procura dirigida ao

canal independente do pós-venda automóvel, em função das

inovações tecnológicas no setor automóvel e das alterações nas

preferências dos clientes. A informação recolhida para o estudo

é resultado de dois inquéritos realizados às empresas do canal

independente do aftermarket e aos consumidores.

Aplicação pioneira em Portugal, a Motordata pretende ajudar

as empresas a conhecer a sua performance face à média do

sector e a extrair dados estatísticos de indicadores económico-financeiros

do sector do pós-venda, nomeadamente, das

empresas de peças independentes, distribuidores de pneus,

retalhistas de pneus e reparação independente. A aplicação

tem também disponíveis dados do parque de veículos

automóveis, de motociclos e de tratores agrícolas, detalhado

pelas características técnicas dos veículos e por código postal;

matrículas diárias e mensais de veículos automóveis e de

motociclos, novos e importados usados em Portugal; e ainda

Registos de Propriedade de veículos automóveis, de motociclos

e de tratores agrícolas, detalhados pelas características

técnicas dos veículos e por código postal.

ano de 2022, que incluíram a elaboração de campanhas

informativas para os consumidores e o desenvolvimento

de guias (Guia do Pneu Usado) e do

Manual Técnico dos Pneus. l

A PRODUÇÃO DE INDICADORES ESTATÍSTICOS PARA O PÓS-VENDA TEM SIDO

UMA PRIORIDADE PARA A DPAI E SÃO FUNDAMENTAIS PARA DETERMINAR

OBJETIVOS, PREPARAR DECISÕES E ENQUADRAR A GESTÃO


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z

Empresas

NORAUTO CHEGA A ALVALADE COM UM NOVO CONCEITO

SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS DE MOBILIDADE

Aberta desde o passado dia 6 de dezembro, a

Norauto Soluções Urbanas revela-se um passo

importante para a afirmação da Norauto

como marca potenciadora de soluções sustentáveis

para o automobilista, que visam contribuir positivamente

para o presente e futuro do nosso planeta.

Com uma oferta alargada em produtos e serviços

(manutenção e reparação) de veículos de 2 rodas,

torna-se assim a 1ª loja deste género no país e a 2ª do

grupo Mobivia, do qual a Norauto faz parte.

Este novo conceito, que pretende ser uma referência

nas soluções urbanas, coloca à disposição dos clientes

os mais variados serviços Norauto: Click and collect

(compra em loja ou norauto.pt e recolha em loja);

Venda e serviço de instalação ao domicílio de carregadores

elétricos; Seguro de bicicleta e de trotinete

elétricas; Serviço de aluguer de suportes de bicicleta,

malas de tejadilho e reboques. Paralelamente, como

ponto de contacto aos centros auto Norauto, disponibilizará

igualmente os habituais serviços Norauto

(Serviço Financiamento Oney; Oficina Móvel Norauto;

SOS Baterias; Drive IPO e Serviço DriveR - mais

informações em norauto.pt). A Norauto pretende assim

estar ao lado dos automobilistas nesta transição

automobilística, oferecendo-lhes soluções inovadoras

com base nas suas necessidades e do planeta.

A inauguração da 1ª loja Norauto Soluções Urbanas,

contou com a presença de diversos convidados, desde

parceiros, a fornecedores e figuras públicas, que

vieram conhecer este novo conceito Norauto. O Chef

Chakall, embaixador da mobilidade Norauto, DJ

Kamala, Carlos Manuel (ex-jogador do Sport Lisboa

e Benfica), Francisco Garcia, ator e apresentador de

TV, a modelo e apresentadora Vanessa Oliveira, e a

apresentadora e nutricionista Rita Andrade, foram

algumas das caras conhecidas que vieram conhecer

este novo espaço. Também parceiros como a Repsol,

Oney, CEOs de outras empresas e amigo” da marca

Norauto marcaram presença neste evento.

O momento alto da noite foi o discurso do CEO da

Norauto, José Luís Barbajosa, que destacou o facto

de ser a 1ª loja Norauto dentro da cidade em Portugal,

com um modelo inovador que pretende dar

resposta à constante evolução do mundo e consequentemente

das necessidades dos clientes. Referiu

ainda que “a nossa missão é tornar acessível soluções

duráveis de mobilidade a cada automobilista”, algo

para o qual acredita que esta loja é um passo muito

importante.

De seguida, o Market Manager Ibérico Javier Viñals

referiu que esta é “mais que uma loja de mobilidade,

é uma loja de soluções!” e que disponibilizará as últimas

novidades no que toca às soluções urbanas. Para

concluir foi a vez do embaixador da mobilidade Norauto

- o Chef Chakall - fazer uma intervenção, optando

por um discurso emocional afirmando “Tenho

4 filhos e o futuro é hoje, o futuro não é amanhã!”,

uma mensagem alinhada com os valores e missão da

Norauto que demonstra a consciência da importância

das soluções sustentáveis de mobilidade.

24 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


LANÇA FORMAÇÃO DE BATERIAS ONLINE

GS YuASA Academy | A GS Yuasa Academy, é a primeira plataforma abrangente de

formação em baterias online existente. Com mais de 20 cursos de formação detalhados, cobre

cada passo da “viagem” de uma bateria, desde a saída da prateleira, através de manutenção

contínua, até ao fim da sua vida útil. Foi concebido para ajudar as empresas a revolucionar a

sua oferta de baterias, melhorando o serviço ao cliente, reduzindo as devoluções de garantia

e maximizando o potencial de receitas do negócio de baterias. A GS Yuasa Academy oferece

formação profissional em bateria através da sua combinação de conteúdo de vídeo envolvente

e material de apoio descarregável. Cada utilizador recebe um percurso de aprendizagem

adaptado ao seu papel específico. Cada módulo leva apenas alguns minutos a completar,

pode ser completado ao seu próprio ritmo e resulta num certificado descarregável após a conclusão

com sucesso. Daniel Martinez, Diretor de Formação da GS Yuasa Battery Iberia, afirmou:

“Trabalhámos arduamente para criar a primeira plataforma de treino de baterias abrangente

do mundo, da qual estamos compreensivelmente orgulhosos”.

SOLIDÁRIA COM A ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DE ITACA

Metalcaucho | A Metalcaucho, voltou a colaborar, pelo terceiro ano consecutivo, com a Associação

Educacional de Itaca na campanha solidária de angariação de alimentos, brinquedos e livros. A empresa de

Barcelona, ​que faz parte do grupo americano BBB Industries, está muito orgulhosa da sua equipa humana,

que nos últimos anos, tem dado o seu contributo solidário, à Associação Educacional Itaca, através de

doações, sejam financeiras, alimentares, brinquedos ou livros. A Associação Educacional Itaca é uma organização

sem fins lucrativos do L’Hospitalet de Llobregat (Barcelona), que desde 1976 se dedica à educação

lúdica de crianças e jovens do bairro, em situação de pobreza infantil ou exclusão social. Em Espanha, a

taxa afeta 28,3% das crianças e meninas, ou seja, 2,2 milhões. Assim, mais de um quarto das crianças em

Espanha crescem na pobreza; aumentando os elevados riscos de saúde, nutrição e educação. A equipa da

Metalcaucho sempre se demonstrou disponível em colaborar neste tipo de campanhas e atos solidários,

fazendo doações de sangue, participando em campanhas de angariação alimentares, brinquedos e livros,

ou até na campanha dos Médicos sem fronteiras.

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NOTÍCIAS

EMPRESAS

MIDAS

ABRIU EM BRAGA NOVA OFICINA

A

MIDAS

deu mais um passo na direção do plano estratégico de expansão da marca,

e assina o seu segundo contrato de franquia. A rede Midas conta com uma

nova oficina em regime de franquia, na cidade de Braga. A estratégia nacional da

marca alinha-se assim com a estratégia internacional, colocando toda a sua notoriedade,

experiência e avançada metodologia ao acesso de empreendedores, operadores independentes,

gestores e profissionais da área que pretendam associar-se a uma franquia de

sucesso comprovado. Foi no passado dia 24 de novembro de 2022, nas instalações da

sua sede, em Vila Nova de Gaia, que a Midas celebrou a assinatura do segundo contrato

de franquia para a abertura de uma nova oficina da marca em Braga. Jorge Dias, CEO

do Grupo Maintarget S.A., e Carlos Silva, Gerente da Categoria Credível, expressaram

o seu contentamento com a formalização desta parceria, afirmando: “iniciamos a nossa

história no setor automóvel, que posteriormente evoluiu para o mercado das telecomunicações

e energia, posicionando-nos hoje como um dos principais players em Portugal.

Abraçar a parceria com a Midas no ano em que celebramos 40 anos, e no distrito que nos

viu nascer, é um grande motivo de orgulho. A partilha dos mesmos valores, know-how da

Midas, prestígio e credibilidade, foram fatores decisivos para efetivar esta parceria”.

APOIA OFICINAS COM NOVA CAMPANHA

Delphi Technologies | A Delphi Technologies, lançou uma campanha para fornecer suporte

direto às oficinas e aos mecânicos. Sob o nome de Masters of Motion, a campanha, é destinada a ajudar

quem está na linha da frente do serviço: os profissionais oficinais. O trabalho em equipa e o apoio mútuo

são valores fundamentais e que devem ser incorporados desde o início, para além de serem a razão pela

qual a equipa da Delphi Technologies, a pensar diretamente nos workshops, tem realizado um intenso

trabalho de investigação. Assim, foram realizadas pesquisas em 4.000 oficinas, além de consultas exaustivas

a quatro grupos, para conhecer a experiência real dos mecânicos. Fruto de pesquisas, realizadas em

10 países europeus, a Masters of Motion nasce com o compromisso de adotar uma abordagem intercultural

em todos os seus conteúdos e atividades. Os recursos do Masters of Motion são a resposta direta aos

resultados da consulta. Todo o seu conteúdo está disponível online e serve como ‘ponto de encontro’ para

os utilizadores, onde serão adicionados mais vídeos, gráficos e guias.

MAIS DIGITAL DO QUE NUNCA

AUTOPEçAS Cab | A Autopeças Cab quis terminar o ano com a apresentação do novo

website da empresa. É de realçar, que a Autopeças lançou, há pouco tempo, a nova Webshop. O

novo site, disponível aqui, para além de mais moderno, e de possuir uma imagem mais simples,

tem muitas novidades em relação ao anterior, entre elas um chat de comunicação direta com

o call center, para orçamentos e disponibilidades. Com a nova webshop já em pleno funcionamento,

este novo site, permite um acesso mais visível logo no topo e em destaque. “Para o

próximo ano, vamos ter mais novidades a nível de melhorias da Webshop para os nossos clientes,

permitindo aos mesmos terem com a Autopeças Cab mais funcionalidades e outros serviços para

as suas oficinas”, revelou André Cruz, da Autopeças Cab.

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WEBSHOP MAIS INTUITIVA E COM NOVA IMAGEM

NRF | Para facilitar a vida dos seus utilizadores, a NRF fez alterações à sua loja online, a NRF

Webshop. Esta nova página web, disponibiliza agora uma nova imagem, novos filtros de pesquisa

e uma nova forma de verificar a disponibilidade dos produtos.

A NRF está sempre atenta às necessidades dos seus clientes, como tal, atendendo aos tempos

inseguros que se vivem na internet, atualizou a tecnologia por trás da sua loja online. Apresentase

agora mais rápida e mais segura do que nunca. Ainda assim, a empresa, manteve o sistema de

fotografias 360º para que os utilizadores possam ter uma visão completa e global dos produtos e

melhorou a versão móvel do site.

A diversidade da gama e os novos serviços disponíveis para o cliente têm sido a estratégia

seguida pela NTN-SNR para o pós-venda, o que lhe garante a posição de líder no mercado

automóvel, com base na capacidade de inovação e na experiência em equipamento original

de que dispõem para desenvolver continuamente as suas gamas de produtos: chassis, cadeia

cinemática e transmissão.

A NTN foi distinguida pela TecAlliance como um «Fornecedor de Dados Certificados TecDoc», uma

certificação que garante qualidade e confiança adicional aos clientes

TORNA-SE ACIONISTA DE EMPRESA

DE TRANSMISSÃO

bilstein group | O bilstein group fez mais um investimento após a aquisição da

empresa de turbocompressores Motair em 2021. O especialista em peças automóvel tornou-se

recentemente acionista da Revolute, uma jovem empresa de Kassel, na Alemanha, que

desenvolve caixas de velocidades especiais para a mobilidade elétrica. A Revolute é uma

empresa promissora, que oferece grande potencial de crescimento, motivo pelo qual o bilstein

group decidiu investir. Ao mesmo tempo é fornecedor de componentes relevantes, incluindo a

unidade completa da caixa de velocidades. A caixa de velocidades Revolute, para bicicletas, está

atualmente disponível para ser instalada (em pré-encomenda) e está planeado ser fabricada em

grandes quantidades, a médio prazo, em cooperação com os principais fabricantes internacionais

de bicicletas. As bicicletas elétricas, no entanto, são apenas o primeiro passo para a Revolute

e para os seus 14 colaboradores. No futuro, a empresa quer desenvolver transmissões para

veículos elétricos menores de até 50 KW, como veículos municipais ou de entrega.

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entrevista

PATXI GORROTXATEJI, DIRETOR EXECUTIVO TALOSA

O DESENVOLVIMENTO

E FABRICO PRÓPRIO DÃO-NOS

UMA ROBUSTEZ ENORME

A TALOSA, FABRICANTE ESPANHOL DE COMPONENTES DE SUSPENSÃO E DIREÇÃO COM

MAIS DE 65 ANOS NO SETOR DO AFTERMARKET, ESTÁ EM CURVA ASCENDENTE, GRAÇAS AOS

INVESTIMENTOS REALIZADOS NOS ÚLTIMOS ANOS E A UM MODELO DE NEGÓCIO QUE A COLOCA

COMO LÍDER MUNDIAL NA SUA ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO

Visitámos o centro logístico da Talosa, em

Pamplona, para falar com Patxi Gorrotxateji,

diretor executivo, que nos descortinou

alguns dos segredos do sucesso da marca. Os mais

de 40 anos que tem de experiência na automoção,

dos quais 36 de aftermarket independente na área

da direção e suspensão, fazem de Gorrotxateji um

verdadeiro conhecedor do setor, com ideias bem

definidas sobre o que pretende para o futuro da

Talosa. Até agora, as apostas que tem feito têm-se

mostrado vencedoras e colocam a Talosa em franca

ascensão no mercado, mesmo num panorama global

de maior dificuldade.

“Dentro do setor de aftermarket independente, somos

o maior fabricante mundial de peças de direção

e suspensão de reposição. À parte disto, investiu-se

no setor da borracha-metal, na qual já temos

a nossa própria fábrica, onde desenvolvemos todos

os sinoblocos dos nossos braços de suspensão, os

cubos de roda, e estamos a produzir suportes de

motor, amortecimento e suspensão”, explica. Com

o objetivo de aumentar o seu portfólio, a Talosa

decidiu alargar horizontes para novas áreas de

produto, mais comerciais, como os rolamentos, as

juntas de articulação, as transmissões e as juntas

homocinéticas..

Independência garantida

Um dos maiores e mais importantes investimentos

da empresa navarra foi na sua própria maturidade

e independência no processo produtivo. A posição

que conquistou está hoje plenamente consolidada,

dispondo dos meios tecnológicos mais avançados

da indústria, podendo iniciar e finalizar toda

a produção sem depender de ninguém. “Um dos

investimentos mais importantes que fizemos foi

na fábrica de forja de alumínio, graças à qual já

não dependemos de ninguém. Tanto a forja de ferro,

como a de alumínio ou a de chapas, que são a

maioria dos produtos que vendemos, já são, desde

o início, de fabrico próprio, com todos os processos

integrados na nossa casa: desenho, moldes,

etc.”, enfatiza. Quer isto dizer que “desde que compramos

a peça original, até que metemos a nossa

própria peça numa caixa, é tudo feito nas nossas

fábricas”, conta.

Por ano, são desenvolvidas 1.200 referências novas,

das quais 800 de direção e suspensão e cerca

de 400 de borracha-metal, o que para Patxi Gorrotxateji

é “um dos nossos pontos mais fortes. O

desenvolvimento e fabrico próprios dão-nos uma

robustez enorme, além de termos a gama mais ampla

do mercado europeu, referindo-me não só aos

carros europeus, mas também aos asiáticos, com

uma cobertura superior a 95% do parque total

existente na Europa”. A gama asiátia tem vindo a

crescer em importância no catálogo da Talosa, com

o fabricante a assumir que “assim que um veículo

asiático entra na Europa, desenvolvemos o componente.

Hoje, em 15 mil referências que temos em

stock, cerca de 6 mil são de veículos asiáticos, é

uma percentagem altíssima”, assinala.

Além disso, a empresa consegue dar resposta a veículos

a partir de 1980, mantendo algumas peças

em catálogo por ser exportador e estar em mercados

“onde ainda há veículos com mais de 30 anos,

pelo que mantemos a produção”. Por mês, o grupo

fabrica mais de 3 milhões de peças, totalizando

entre 36 e 37 milhões de peças produzidas anualmente.

DO aftermarket

para o primeiro equipamento

Na Talosa, as exigências de qualidade equiparam-se

às das peças de equipamento original e o

controlo é apertado. Tal como as restantes empresas

do grupo Teknorot, a Talosa conta com todas

as certificações (ISO 9001, ISO/TS 16949 e ISO

14001 ambiental). Na fábrica da Índia, já forne-

28 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


Veja o vídeo

UM DOS MAIORES E MAIS

IMPORTANTES INVESTIMENTOS

DA EMPRESA NAVARRA FOI NA

SUA PRÓPRIA MATURIDADE

E INDEPENDÊNCIA NO

PROCESSO PRODUTIVO


PATXI

GORROTXATEJI

O CENTRO LOGÍSTICO DA TaloSA EM PAMPLONA REÚNE UM GRANDE STOCK

DE PEÇAS, PERMITINDO UM SERVIÇO COM UMA TAXA DE ForneciMENTO

MUITO PRÓXIMA DOS 93/94%

cem braços de suspensão para primeiro

equipamento e Gorrotxateji

explica que “isso aconteceu graças à

evolução que tivemos na empresa, a

sustentabilidade, o processo, a qualidade...

tudo integrado. Sem isso, é

impossível alcançar as certificações

necessárias”.

Numa altura em que a sustentabilidade

e o caminho rumo à transição

energética estão na ordem do dia,

o diretor executivo da Talosa reconhece

que “estamos todos no mesmo

barco” e constata que “não há

nenhuma fábrica de topo que não

esteja a seguir um caminho verde, na

atualidade”. Face à incerteza do que o

futuro trará, nomeadamente no que

aos veículos elétricos diz respeito, o

nosso entrevistado adianta que já estão

a ser fabricadas mais de 100 referências

para estes modelos, estando

prevista a apresentação de um novo

catálogo, para que dentro dos próximos

meses estejam mais de 300

referências disponíveis neste âmbito.

Gorrotxateji chama a atenção para o

facto de os motores mudarem, e “o

chassis vai ter de evoluir para suportar

o aumento de peso das baterias

que poderão influenciar a direção e a

suspensão”, confirma.

Esta é uma área, assegura, em que

estão a “entrar fortemente, porque

só temos, para já, para carros ligeiros,

mas teremos também os 4x4

elétricos e asiáticos. Já temos peças

para o Tesla no armazém. É uma das

nossas grandes forças, sermos líderes

no desenvolvimento do produto e da

gama”, reforça.

Serviço de excelência

Outro dos pontos fortes da Talosa

é o serviço que presta, que mereceu

especial destaque na nossa conversa

com Patxi Gorrotxateji. A sede da

Talosa, em Pamplona, no norte de

Espanha, funciona atualmente como

o centro logístico e de distribuição

para toda a Europa e é onde reúnem

o grande stock de peças, permitindo

um serviço com uma taxa de fornecimento

muito próxima dos 93/94%

na primeira entrega, o que muito orgulha

o diretor, que nem durante o

período mais crítico da pandemia viu

os números descerem: “Em 2020,

2021 e 2022, cumprimos 97% de

taxa de fornecimento. E agora continuamos

igual, pois dispomos sempre

de material, fornecemos bem e como

somos fabricantes, o material está

sempre à nossa disposição” afirma.

PORTUGAL: UMA DISTRIBUIÇÃO QUE “NÃO É EXCLUSIVA, MAS É SELETIVA”

Presente em Portugal há vários anos, a Talosa

tem registado, sobretudo nos últimos dois

anos, graças ao trabalho dos seus parceiros, um

“crescimento que apesar de não ser exatamente

o que pretendemos, consideramos importante”,

diz Patxi Gorrotxateji. Não tendo muitos

distribuidores no nosso país, o responsável é

perentório ao afirmar que “os que temos estão

muito bem posicionados” e destaca o bom

trabalho realizado.

Ao longo dos 35 anos em que já trabalha com o

mercado português, Patxi viu mudar muita coisa

em Portugal, como o parque automóvel, que

anteriormente “tinha mais tendências inglesas”,

ou o modelo de distribuição, “que no passado

tinha muitos grossistas e retalhistas”. Sem abrir o

jogo sobre qual será o futuro do mercado, porque

“só o tempo o dirá”, o diretor da Talosa garante

apenas que “vamos tentar adaptar-nos a esta

mudança, sempre com o modelo que temos de

distribuição”. Uma distribuição que, esclarece,

“não é exclusiva, mas é seletiva”, querendo

isto significar que é possível que no futuro

venham a ter mais distribuidores. As condições,

refere, são transparentes: “logicamente, tem

de cumprir os requisitos da Talosa, procuramos

empresas maiores. Um bom distribuidor nosso

tem de ter mais de 1.200 referências de direção

e suspensão nos seus armazéns, pois só assim

consegue oferecer um bom serviço. Também não

somos exclusivos, mas para quem quer ser nosso

distribuidor, temos expetativas em termos de

números”, aponta.

Para já, a ideia é “crescer com os clientes que

temos”, sublinhando que estão sempre disponíveis,

“para apoiar a 100% tudo o que os nossos

distribuidores precisem. Creio que nos próximos

2/3 anos devemos ter um crescimento já com

algum peso em Portugal”, conclui.

30 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


Contrariamente à retração de muitas

empresas durante os confinamentos,

a direção da Talosa optou

por arriscar, aumentando o stock e a

disponibilidade de peças, garantindo

sempre os níveis de serviço. Uma

aposta que se revelou crucial, pois na

opinião do responsável, “quem tinha

a peça tinha o negócio. E isso fez-nos

crescer, foi muito importante!”. Esta

transformação operada em Pamplona

– um espaço de 12 mil metros

quadrados – reflete também a realidade

da Talosa, que passou a dispor

do maior stock de componentes de

direção, suspensão e borracha metal

para o aftermarket independente e

Gorrotxateji assume que “estamos a

crescer bem no portefólio, nas novas

linhas, na borracha-metal, nos rolamentos

e nas transmissões... estão a

ajudar-nos muito. No fundo, é uma

percentagem da nossa faturação que

há cinco anos não tínhamos!”.

Um projeto bonito para 2023

Depois de três anos felizes em termos

financeiros para a Talosa, e apesar

do contexto nacional e internacional

de inflação, espera-se que 2023

seja mais um período frutífero. “Em

2022 consolidámos a nossa posição

de liderança, cumprimos o orçamento,

superámos os números de 2021, e

temos um projeto muito bonito para

2023, onde esperamos voltar a crescer

e a inovar em termos de produtos

e oferta de serviços”, diz.

Face aos aumentos verificados e que

se perspetivam continuar este ano,

Patxi Gorrotxateji refere que só há

uma forma de resolver esse problema:

“com crescimento e volume.

Tem de ser com mais vendas, mas

com margens mais pequenas, porque

este ano 2023 vai haver mais subidas

de preços.

A fatura da energia das fábricas vai-

-se refletir nos preços e nos salários

dos trabalhadores”, afirma. Questionado

sobre quais as mais-valias para

distribuidores e oficinas de contarem

com produtos Talosa, o diretor executivo

responde “a gama, a qualidade,

o serviço e a garantia do produto,

que é de três anos, equiparada ao

nível das peças originais. Em termos

de preços, também, estamos na primeira

linha competitiva. Não somos

nem o mais barato, nem o mais caro.

Estamos numa linha de gama e serviço

com preço competitivo. Muito

de acordo com o que estamos a fazer”,

remata. l

A GAMA DE DIREÇÃO E SUSPENSÃO PARA O AFTERMARKET

É A MAIS COMPLETA E A taLOSA ESTÁ A CRESCER NAS NOVAS

LINHAS BORRACHA-metaL, ROLAMENTOS E TRANSMISSÕES

www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 31


entrevista

ENRIQUE JUNQUERA, DIRETOR GERAL DA ANDEL

O MODELO DE NEGÓCIO

DA ANDEL ENCAIXA NO

MERCADO PORTUGUÊS

UM DOS MAIORES GRUPOS ESPANHÓIS DA DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL ESTÁ A CHEGAR A

PORTUGAL. A IDEIA DA ANDEL AUTOMOCIÓN É ARRANCAR EM FORÇA NO INÍCIO DE 2023, TENDO JÁ EM

ATIVIDADE UM ARMAZÉM NO PORTO, E QUE É PRECISAMENTE O PONTO DE PARTIDA PARA ESTA IMPORTANTE

EXPANSÃO ALÉM-FRONTEIRAS

A

Andel é um grupo espanhol de distribuição

de peças auto criado em 2007 em Sevilha,

na Andaluzia. Com instalações também em

Madrid, Málaga e Barcelona, demonstrou, desde

a fundação, um crescimento sólido. Uma evolução

desde sempre reconhecida nos congressos anuais,

e no facto de ter apresentado ao mercado um conceito

inovador, convertendo-se num exemplo de

sucesso na distribuição de peças em Espanha.A

sociedade foi criada com a participação das lojas

associadas, cerca de 125, com 149 pontos de venda,

acabando por cobrir as zonas da Andaluzia,

Madrid, Castilla La Mancha, Castilla Leon, Extremadura,

Múrcia, Catalunha, Baleares e Canárias,

sempre com o esforço de todos e com o objetivo de

garantir a viabilidade das próprias lojas, o desenvolvimento

e o crescimento de todos os envolvidos.

Como missão, a empresa declara abertamente o

forte compromisso com os clientes, com o objetivo

de cumprir os objetivos com a qualidade e o prazo

acordado. Outro dos pilares que define a Andel,

para além do seu modelo de negócio, é a inovação,

com o êxito a refletir-se em cada congresso que organiza,

evento que já conquistou, por mérito próprio,

um lugar importante na agenda do pós-venda,

com oradores de alto nível.

Ampla cobertura

Como um dos objetivos da Andel para 2023 é desbravar

o mercado português, dando, pela primeira

vez, um salto para fora do país de origem, o Jornal

das Oficinas esteve à conversa com Enrique Junquera,

diretor-geral da empresa, que nos explicou

a forma como vão tentar ganhar espaço num setor

com vários players e muitos deles bem integrados.

Com um modelo de negócio que define como

“transparente, assegurando o rastreio dos diferentes

canais da distribuição, as nossas lojas associadas

conhecem e participam no desenvolvimento da

empresa”, esclarece, adiantando que a atual oferta

da Andel para o mercado, “é variada, trabalhamos

diversas marcas premium em diferentes linhas de

produto e ainda a marca Andel, que atualmente

em Espanha é reconhecida e valorizada porque se

sabe quem são os fornecedores que embalam estas

peças, as quais permitem às lojas focarem-se nelas

pela ampla cobertura que oferecem. Também

comercializamos equipamentos de oficina, dispomos

de técnicos que fazem assessoria, reforçam e

acompanham as lojas associadas que vendem estes

equipamentos”, conta.

AS NOVAS INSTALAÇÕES DA ANDEL NO PORTO VÃO PERMITIR

A EMPRESA EXPANDIR OS SEUS NEGÓCIOS, NÃO SÓ NO CAMPO

DA DISTRIBUIÇÃO, MAS TAMBÉM NO DAS OFICINAS

www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 33


ENRIQUE

JUNQUERA

UM DOS PILARES QUE DEFINE A ANDEL, PARA ALÉM

DO SEU MODELO DE NEGÓCIO, É A INOVAção, COM O ÊXITO

A REFLETIR-SE EM CADA CONGRESSO QUE ORGANIZA

Atualmente, têm uma taxa de fornecimento

de 94% e a grande preocupação

passa por trabalhar para alcançar

um ratio cada vez mais próximo dos

100%: “Contamos com mais de 79 mil

referências em stock na soma dos quatro

armazéns em Espanha, mas envidaremos

todos os esforços para cobrir

qualquer necessidade das nossas oficinas

e para que os nossos associados

possam oferecer sempre o melhor dos

serviços”, refere Enrique Junquera.

Em 2020, que ficará para sempre

marcado com o ano em que «rebentou»

a pandemia, foi tempo de introspeção.

A Andel fez uma autoanálise,

bem como a tudo o que a rodeava,

podendo “ver as nossas próprias debilidades,

assim como comprovar onde

nos pode levar a fragilidade num determinado

momento”, lembra o diretor-geral.

Por isso, o grande objetivo

do grupo é potenciar aquilo que são

as suas forças, até porque “as guerras

de preços não levam a lado nenhum e

crescer à custa de qualquer coisa também

não, pelo que a rentabilidade da

empresa deve ser vigiada”, alerta, salientando

a importância de “apostar

em fornecedores fortes, que permitam

à oficina enfrentar o futuro com

as melhores garantias”.

A chegada a Portugal

O interesse no nosso país já vem de

longe. Em 2012, a Andel chegou

a constituir uma sociedade com a

Create Business para desenvolver novos

negócios nos dois países, no entanto,

a aventura terminou de forma

abrupta. Mas, afinal quais são os motivos

dos investimentos e da entrada

em Portugal? Junquera tem a resposta

na ponta da língua: “são dois

os motivos que tornaram possível o

arranque no Porto. Agora temos a

pessoa certa para desenvolver o projeto,

o Carlos Rosado, e existem lojas

dispostas a participar neste projeto.

São estas as principais razões. Não

temos pressa, vamos respeitar a distribuição,

até porque queremos criar

uma rede de lojas de forma seletiva,

que convivam, que operem no mercado

com sentido de grupo e com as

quais possamos cumprir as necessidades

de todas, as antigas e as novas”,

esclarece. Culmina assim um processo

que teve início em 2021. Durante

este período, a Andel realizou as

pertinentes negociações com fornecedores

de componentes e serviços

logísticos, mas também procurou o

pessoal adequado para que a Andel

Portugal seja gerida por profissionais

portugueses.

Questionado sobre a estratégia da

Andel para Portugal e sobre as diferenças

do mercado da distribuição de

peças nos dois países, o responsável

garante que o modelo de negócio da

Andel “encaixa melhor no mercado

português, pois a estrutura da distribuição

em Portugal é mais clara,

até porque a Andel não vende nem a

oficinas nem a particulares, apenas a

lojas associadas e de forma ordenada”,

afirma.

E como vão começar pelo Porto, o negócio

em Portugal vai funcionar um

pouco como em Espanha, sendo o

armazém uma cópia das estruturas de

armazenamento que possuem no país

vizinho. “Focamo-nos no Serviço e na

Disponibilidade, investimos bastante

em processos informáticos que nos

permitem otimizar os nossos armazéns

através de uma intranet conectada

às lojas associadas. Quanto ao armazém

do Porto, tem 2.400 m2 com

8 metros de altura, pelo que possui, a

médio prazo, uma ampla capacidade

de armazenamento”, estando previsto

que a infraestrutura cubra, para já, a

zona norte de Portugal.

Revelador da importância e da aposta

no mercado português, está o facto

de o próximo Congresso de Lojas Andel,

um dos eventos mais importantes

da empresa, acontecer exatamente

no Porto a 2 e 3 de março de 2023.

“O congresso da Andel é celebrado a

cada dois anos e, sendo o Porto uma

cidade maravilhosa, acabamos por

fazer coincidir com a abertura recente

do armazém, por isso o Porto revelou-se

a melhor opção. No último

congresso, em 2019, celebrado em

Madrid, tivemos a assistência de 260

profissionais, entre lojas associadas,

fornecedores e imprensa”, recorda.

Implementação da rede

A entrada em Portugal – para além

do armazém e do congresso – será

complementada com o desenvolvimento

de uma rede de oficinas que

começará a ser implementada no início

de 2023. “Atualmente contamos

com uma rede de 256 oficinas em

Espanha e todo o nosso esforço centra-se

na informação e na formação,

as oficinas têm de dispor da informação

necessária para reparar qualquer

veículo com segurança e no tempo

adequado. A rede em Portugal será

gerida por Juan José Salazar, que

entrou na nossa empresa em meados

de 2022 como responsável da rede

de oficinas da Península Ibérica. É a

pessoa certa para liderar este projeto

tão ambicioso, até porque já trabalhou

anteriormente na Infopro Digital

como responsável nacional pelas

grandes contas dentro da divisão de

automoção do grupo ETAI Ibérica e

também já havia desempenhado diferentes

posições, sempre no âmbito

comercial e em empresas de outros

setores”, refere Junquera.

Uma rede maior, implica também

um crescimento interno, pelo que

está previsto, em paralelo, um alargamento

da estrutura de recursos

humanos. Se até agora eram os próprios

responsáveis de vendas que se

encarregavam de dar cobertura às

oficinas da sua zona, pois como Enrique

Junquera explica, “a nossa rede

34 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


de oficinas sempre teve uma gestão

partilhada. Existia um responsável

na Andaluzia e outro em Madrid que

tomava conta tanto das vendas como

da rede”, agora chegou o momento

de “crescer na estrutura externa, logo

também precisamos de aumentar a

estrutura interna para conseguir tomar

conta de todos os projetos”.

A «umbrella» internacional

A Andel é, atualmente, membro da

Nexus através do IDAP, que Junquera

acredita ser fundamental para o de-

isso todos acabamos por repercutir o

aumento dos preços e, afinal, quem

mais sofre será o consumidor final,

mas isto não acontece apenas no

nosso setor. Preocupa-me que a sociedade

empobreça e que os salários

não aumentem em consonância, por

isso em cada casa, em cada família,

é preciso tomar decisões e uma delas

será realizar ou não a manutenção do

carro ou até mesmo repará-lo. Quanto

à falta de peças e de fornecimento,

reforçamos os stocks de todos os

armazéns em meados de 2020 e em

veículo vão fazer com que nos reposicionemos,

mas não tenho dúvidas de

que o setor se vai adaptar, já o fazemos

há tantos anos”.

Todos os mercados têm potencial

de crescimento, mas “Portugal está

igual a Espanha, imerso numa desaceleração

na renovação do parque

automóvel, que a longo prazo não é

boa para ninguém, a incerteza tomou

conta de quem conduz, por isso

esperamos que esta indecisão se torne

clara o mais rápido possível. O setor

sempre respondeu bem, por isso

continua a ser um importante motor

da economia. Em Portugal, a Andel

vai respeitar a distribuição, “por isso

convido as lojas a conhecerem-nos e

a saber quem somos e o que podemos

fazer por elas, mas queremos atuar

com transparência no mercado e ir

ao encontro de todas as suas expetativas.

Aproveito a oportunidade para

anunciar que vamos marcar presença,

já em abril de 2023, na Expomecânica,

onde estaremos com muita fé

e acredito que conseguiremos vingar

em Portugal”, remata. l

REVELADOR DA IMPORTÂNCIA E DA APOSTA NO MERCADO PORTUGUÊS,

está O FActo DE O PRÓXIMO CONGRESSO DA ANDEL Acontecer NO HOTEL

HILTON PORTO A 2 E 3 DE MARÇO DE 2023

senvolvimento do grupo. “Nos tempos

que correm, é importante estar sob a

alçada de uma estrutura internacional,

a informação que nos transmitem

é vital, e a Nexus cresceu muito nos

últimos anos, por isso traz-nos a tranquilidade

e a consciência de estarmos

com o parceiro certo para assegurar o

futuro”. Sobre se a inflação desmesurada

que assistimos atualmente e se a

falta de material de alguns fabricantes

está a ter impacto na atividade do

grupo, o diretor-geral da Andel menciona

que “demorámos algum tempo

a sofrer uma inflação como esta, por

novembro voltámos a reforçá-los em

32%, de forma a poder minimizar os

problemas de fornecimento dos fabricantes

em Sevilha, Málaga, Madrid e

Barcelona”, garante.

Várias frentes em aberto

Em relação ao futuro, e tendo em

conta o que nos contou, o diretor-

-geral da Andel considera que a distribuição

de peças para automóveis

vai sofrer alterações, “mas existem

diferentes frentes em aberto,” garante:

“as novas tecnologias nos motores

modernos ou o acesso aos dados do

FOCO NA ÉTICA

É a base da visão da empresa e tem

potenciado o crescimento do negócio de

logística e distribuição da Andel. A estratégia

corporativa prima pelo “respeito pela legislação,

integridade ética e transparência nas nossas

relações com o mercado”, com a empresa a

ambicionar posicionar-se “como uma empresa

de referência na nossa área geográfica de

ação; baseada numa cultura corporativa em

que prevaleça uma gestão dinâmica, orientada

para o atendimento e as necessidades dos

clientes, e assente na vantagem competitiva

proporcionada pela formação, experiência e

dedicação da sua equipa, na excelência técnica

nos processos e cumprimento dos prazos, tudo

num ambiente e condições de desenvolvimento

sustentável em termos económicos, social e

ambiental”, afirma Enrique Junquera.


empresas


GRUP EINA APRESENTA NOVA SEDE

ALIADO TECNOLÓGICO

DAS OFICINAS

A AD PARTS APRESENTOU A NOVA SEDE DO GRUP EINA EM FIGUERAS, GIRONA. FOI A PRIMEIRA VEZ

QUE O GRUPO ABRIU AS PORTAS DESTE CENTRO TÉCNICO AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO,

PARA MOSTRAR TODOS OS SERVIÇOS DE APOIO QUE DISPONIBILIZA ÀS OFICINAS

O

Grup Eina foi criado em 2004 e atualmente

é uma empresa de formação de referência,

propriedade da AD Parts. O novo centro

emprega 105 pessoas nos seus 2.200 metros quadrados

de área. No total o grupo conta com cerca

de 150 trabalhadores, divididos por 4 instalações

em Lisboa, Drogenbos (Bélgica), Barcelona e Figueres

(Espanha).

“O aliado tecnológico da oficina”: é assim que AD

Parts define o Grup Eina para os diferentes serviços

que presta, entre eles, o aconselhamento técnico

por telefone ou através da sua plataforma online,

de técnico a técnico, a que chama AD SERVICE.

Todas as questões resolvidas são a fonte da base de

dados que o Grup Eina compila. Sempre que uma

consulta com a mesma solução é apresentada por

três vezes, é produzido um boletim técnico, a que a

oficina pode aceder sempre que necessitar através

de AD AVERÍAS. Este sistema, permite ter neste

momento, cerca de 1,5 milhões de boletins técnicos

atualizados.

Estão também disponíveis para as oficinas serviços

de formação em sala de eletromecânica, carroçaria,

gestão e vendas através da AD TRAINING,

que consiste na reparação de avarias simuladas

num carro ou camião de formação. Além disso,

o Grup Eina oferece também formação online

através de uma plataforma moodle de e-learning,

tendo neste momento cerca de 45 formações online

com conteúdos gerais e específicos, designada

CAMPUS EINA. São formações de alta qualidade

com diverso conteúdo e desenvolvidas por e para

o reparador oficinal. Para aumentar a visibilidade

digital das oficinas, existem várias ferramentas,

designadamente a AD DIGITAL, que permite às

oficinas criarem o seu website, e a AD TV, que funciona

como um canal de televisão que transmite

pequenas palestras de 20 a 30 minutos em que são

abordados em profundidade diversos temas.

Finalmente, o Grup Eina apresentou também o

EINA TECH, a sua equipa especializada em reparação,

clonagem e aluguer de unidades de comando

(centralinas). Com a criação deste departamento,

é agora possível fazer diagnósticos completos

em mecânica, eletricidade e eletrónica e oferecer

aos clientes, serviços de reparação, clonagem ou

aluguer das mais diversas unidades de comando,

bem como a reparação hidráulica de um ABS, reconstrução

de um SBC Mercedes ou clonagem de

uma unidade de motor.

Todos estes serviços têm como objetivo dar suporte

ao setor da reparação, tendo como base a formação

técnica, que pode ser presencial e/ou online.

Formações cerTIFICADAS

Todas as formações são certificadas, sendo desenvolvidas

e lecionadas por técnicos altamente

qualificados e com elevada experiência em oficina,

transmitindo conhecimento técnico e prático aos

alunos. O Grup Eina dispõe de instalações por

todo o território nacional, contudo, também efetua

formações nas instalações dos seus parceiros,

tendo sempre como prioridade que o formando se

desloque o mínimo possível. Uma equipa de I+D

está em constante desenvolvimento de novas formações

para os sistemas mais recentes, em que se

englobam as últimas novidades do parque automóvel.

As formações têm como público alvo, todos

os profissionais de oficinas, desde o nível iniciante,

intermédio ou avançado nas mais diversas áreas

técnicas como eletricidade, mecânica ou até mes-

O GRUP EINA DISTINGUE-SE PELA FORMA COM TEM ESTRUTURADO

O SEU PROJETO, TORNANDO-O CADA VEZ MAIS APETECÍVEL PARA QUE

A OFICINA POSSA OBTER FORMAÇÃO CERTIFICADA DE ALTA QUALIDADE

www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 37


GRUP EINA

AS ÁREAS DE FORMAÇÃO SÃO ESSENCIALMENTE EM MECÂNICA,

ELETRICIDADE AUTO, ELETRÓNICA E CARROÇARIA. TODAS ESTAS ÁREAS

FAZEM PARTE DO PORTFÓLIO DO GRUP EINA

mo reparação de carroçarias. Também

dispõe de soluções formativas

em gestão oficinal, receção e marketing.

Entrando em detalhes sobre o que

os técnicos mais consultam, os dados

do Grup Eina mostram que os

três sistemas que os clientes mais

consultam são, em primeiro lugar,

as dúvidas relacionadas com o motor

diesel (38,6% das consultas), o conforto

(13,37%) e o motor a gasolina

(13,23%), que em conjunto representam

65,19% das consultas. Por

outro lado, as consultas relativas ao

motor 100% elétrico representam

apenas 0,31% do total, o que pode

indicar que ainda há poucos veículos

elétricos a chegar às oficinas e

que, portanto, as oficinas ainda têm

tempo para se prepararem para a

mudança que terá lugar a partir de

2035.

O aconselhamento técnico às oficinas

é feito através de telefone ou através

da internet, sendo a sua gestão efetuada

através de uma plataforma online.

São recebidos anualmente mais

de 200.000 novos pedidos de assessoria

técnica, tendo cerca de 98% de

assertividade na resolução dos problemas

apresentados. l

VAMOS TRABALHAR PARA QUE NO FUTURO A FALTA DE CONHECIMENTO NÃO SEJA

UM ENTRAVE À REPARAÇÃO DE QUALIDADE

NUNO CARVALHO, RESPONSÁVEL DO GRUP EINA EM PORTUGAL

O Grup Eina conta neste momento com uma equipa de 6 pessoas

totalmente dedicada à atividade formativa no nosso país, tendo à

disposição todos os recursos técnicos já desenvolvidos para outros

mercados. Em entrevista ao JO, Nuno Carvalho fala dos objetivos

para o novo ano

Como é constituída a equipa do Grup Eina em Portugal?

A nossa equipa é composta por quatro assessores/formadores

técnicos, dois gestores de conteúdo e um técnico eletrónico dedicado

à reparação de unidades de comando, estando todos eles a trabalhar

em exclusivo para o mercado português, num espaço totalmente

equipado na região da Grande Lisboa. Todos as nossas formações

são ministradas em português por formadores nacionais com larga

experiência em oficina. Todo o material de apoio, desde manuais a

outros conteúdos, encontram-se também traduzidos em português.

Qual tem sido a média de consultas recebidas por mês?

Desde o início de 2022 que notamos um aumento progressivo do

número de consultas mensais, contando neste momento com uma

média que ronda as 1.000 novas consultas por mês. A tendência

é continuar a aumentar, pelo que já reforçámos a nossa equipa

técnica.

Também disponibilizam cursos de gestão empresarial? Qual

tem sido a sua aceitação e procura?

Neste momento dispomos de formação em gestão empresarial

na nossa plataforma online. Face à grande adesão registada, no

próximo ano teremos formação de gestão empresarial também em

formato presencial, não só para as oficinas como para as equipas dos

nossos parceiros AD.

Que projetos o grupo Eina está a desenvolver para o futuro?

Existe um grande problema de recursos humanos no nosso setor,

sendo cada vez mais difícil para um reparador encontrar um técnico

qualificado. Entre outras ações, o nosso foco para os próximos anos será

o desenvolvimento de parcerias com entidades e escolas de formação

profissional para mitigar a falta de recursos humanos no setor.

Quais são as previsões da atividade do Grup Eina em Portugal

para 2023?

Estamos neste momento a terminar o nosso catálogo de formações

para 2023. Vamos manter a linha seguida até agora, utilizando

viaturas preparadas com o nosso simulador de avarias, formação

em sistemas mecânicos em maquete e também formação de gestão

empresarial.

Que objetivos tem o Grup Eina para o mercado português?

O nosso objetivo é, juntamente com a AD e os nossos parceiros,

disponibilizar uma solução global para as oficinas de reparação

automóvel, estudando em pormenor as necessidades de cada oficina

multimarca e desenvolvendo soluções à sua medida.

Que desafios se colocam ao futuro do Grup Eina em Portugal?

O nosso principal desafio é formar e tentar, de certa forma, colmatar

a falta de técnicos qualificados no nosso setor. Vamos continuar a

trabalhar para que no futuro a falta de conhecimento não seja um

entrave à reparação de qualidade.

38 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


ASSOCIAÇÃO

NACIONAL

DO RAMO

AUTOMÓVEL

ASSOCIAÇÃO

NACIONAL

DO RAMO

AUTOMÓVEL

.com

Ibérica

Radio

Vigo


empresa

PDAUTO CRIA PDACADEMIA

VISÃO de

FUTURO

COM A CRIAÇÃO DA PDACADEMIA, EM

CONJUNTO COM A AEB (ASSOCIAÇÃO

EMPRESARIAL DE BRAGA), A

PDAUTO, GERIDA POR PAULO SILVA,

DÁ UM PASSO IMPORTANTE PARA O

FUTURO, GARANTINDO A FORMAÇÃO

ESPECIALIZADA DE JOVENS QUE

SERÃO OS SEUS FUTUROS CLIENTES

O

projeto tem como objetivo a formação profissionalizante

na área da mecânica funcionando

como plataforma entre formandos, oficinas e

marcas\fornecedores de especialidade. São cursos para

jovens com idade inferior a 25 anos, que pretendem

concluir o 12º ano de escolaridade. Esta plataforma

de cooperação permite aproximar alunos do mercado

de trabalho e vice versa para além de complementar a

oferta curricular com formações técnicas das marcas

envolvidas. Por outro lado permite à PDAuto disponibilizar

um espaço devidamente equipado para a formação

de profissionais da área que assim e no mesmo

espaço podem receber formações teóricas e práticas.

Este projeto torna-se numa realidade com a colaboração

das entidades parceiras e a envolvência de marcas

que acreditam no projeto que tem como objetivo unir

futuros profissionais de mecânica ao mercado de trabalho

mantendo-os a par de todas as evoluções técnicas.

Trata-se de um espaço com 180 m2 dotado com sala

de formação e oficina equipada com dois elevadores,

máquinas de diagnósticos, máquinas de substituição

de ATF, carregamento de A/C, carrinhos de ferramentas,

bancadas de trabalho e diversas ferramentas

e equipamentos de apoio à atividade. A PDAcademia

já arrancou com cursos de Mecatrónica Automóvel

em 3 turmas num total de 60 alunos, ministrados por

formadores da AEB sob a chancela do IEFP e permitirá

igualmente formações de profissionais das oficinas

clientes da PDAuto.

40 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 41


PDACADEMIA

A PDACADEMIA TEM COMO PARCEIROS A KROFTOOLS, FEBI, GULF, BENDIX,

SCHAEFFLER E MEAT & DORIA, NUMA CLARA aposta PARA APROXIMAR

FUTUROS PROFISSIONAIS DAS OFICINAS ao MERCADO DE TRABALHO

Futuro assegurado para

os jovens formados

Os jovens que terminam os cursos na

PDAcademia estão habilitados para

entrar diretamente no mercado de

trabalho e serão acompanhados nos

estágios por tutores que irão integrá-

-los nas atividades diárias das oficinas.

“Queremos que os jovens se sintam

apoiados e se quiserem seguir a

profissão certamente vão ter muitas

propostas de trabalho”, refere Paulo

Silva, gerente da PDAuto. Para este

responsável “Trata-se de um projeto

que ambicionava pôr em prática já

há algum tempo e que agora foi finalmente

concretizado. A PDAcademia

representa o modo como atuamos no

mercado. Não queremos apenas vender

peças, pois pretendemos cada vez

mais vender serviços e soluções para

as nossas oficinas. Os jovens formandos

que vão frequentar os cursos da

PDAcademia são o nosso futuro e

temos que investir neles, pois serão

os nossos novos clientes. O objetivo

é que saiam daqui formados e façam

os estágios nas oficinas nossas clientes.

O espaço tem ótimas condições,

pois dispõe de uma sala para a parte

teórica e outra para a prática, totalmente

equipada”.

Parceiros fortalecem projeto

Todas as formações têm certificação

DGERT e incluem Eletricidade

e Mecatrónica Automóvel; Sistemas

de Transmissão Automática; Veículos

Híbridos e Sistemas Start Stop; Técnica

Avançada em Veículos Elétricos

e Híbridos; Filtro de Partículas e Sistemas

Adblue; Intervenção em Sistemas

de Ar condicionado; Lubrificantes

e Equipamentos de lubrificantes e

Equipamentos de diagnostico automóvel.

O contributo da AEB – Associação

Empresarial de Braga para o

desenvolvimento deste projeto é muito

importante, pois é através desta

Associação que conseguem os fundos

para financiar os cursos. Mas a PDAcademia

conta também com vários

parceiros privados, designadamente

a Schaeffler, KROFTools, febi, Gulf,

Bendix, Redeinnov e Meat Doria.

“Com estes parceiros vamos permitir

que os formandos tenham acesso às

novidades técnicas que vão sendo lançadas

no mercado e também vamos

promover visitas dos formandos às

suas fábricas, para que fiquem a conhecer

com são desenvolvidas e fabricadas

as peças auto. Acreditamos que

estas parcerias vão fortalecer ainda

mais as relações da PDAuto com todas

as marcas envolvidas no projeto”,

refere Paulo Silva.

Por outro lado, a PDAuto irá disponibilizar

as instalações da Academia

para a formação de profissionais das

oficinas suas clientes, que assim e no

mesmo espaço podem receber formações

teóricas e práticas. Neste sentido,

estão já programados para 2023

a realização de uma ação de formação

por mês para os seus clientes oficinas,

em diferentes áreas, desde A/C, caixas

automáticas ou híbridos avançados.

“Temos uma pessoa com formação

na área da mecânica e eletrónica que

é o rosto da PDAuto na Academia e

vamos envolver as marcas parceiras

nos cursos de formação. As próprias

garantias também poderão passar por

aqui. É o início de um projeto que vai

crescer em várias áreas que vão trazer

novas valências para a PDAuto e seus

clientes”, conclui Paulo Silva.. l

FORMAÇÃO PROFISSIONALIZANTE

No final da formação os formandos estão habilitados a:

l Proceder à manutenção, ao diagnóstico de anomalias e a reparações em motores a gasolina

e a gasóleo de automóveis ligeiros, utilizando as técnicas e procedimentos adequados.

l Proceder ao diagnóstico de anomalias e a reparações em sistemas de direção, de suspensão

de automóveis ligeiros utilizando as técnicas e procedimentos adequados de acordo com

a tecnologia dos mesmos e os parâmetros e especificações técnicas definidas pelos fabricantes.

l Verificar o estado de conservação de jantes e pneus de automóveis ligeiros, diagnosticar

eventuais anomalias e proceder à substituição daquelas.

l Proceder ao diagnóstico de anomalias e a reparações em sistemas de transmissão manual

e automática de automóveis ligeiros, sistemas de ignição convencional e eletrónica,

de alimentação, de sobre-alimentação e de anti-poluição.

l Proceder ao diagnóstico de anomalias e a reparações em sistemas de arrefecimento

e de lubrificação do motor de automóveis ligeiros.

42 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


Oficina

do Mês

A REVISAUTO CENTER CONQUISTOU O TROFÉU 1º CLASSIFICADO NA

CATEGORIA “OFICINAS DE REDE” DA REVISTA TOP 100, CONFIRMANDO

ASSIM A EXCELÊNCIA DA SUA GESTÃO. DIVERSIFICAR O NEGÓCIO É UM DOS

OBJETIVOS PARA OS PRÓXIMOS ANOS


REVISAUTO CENTER

NA VANGUARDA

DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL!

FUNDADA EM 2018, A REVISAUTO CENTER TEM FEITO UM PERCURSO EXEMPLAR, OTIMIZANDO

AS OPERAÇÕES E MANTENDO-SE NA VANGUARDA DOS DESENVOLVIMENTOS DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL.

O TROFÉU 1º CLASSIFICADO NA CATEGORIA “OFICINAS DE REDE” DA REVISTA TOP 100, VEIO CONFIRMAR

A EXCELÊNCIA DA SUA GESTÃO

Nos primeiros anos de vida, a Revisauto Center

teve como principal objetivo constituir uma equipa

com um nível de competências forte que permitisse

oferecer um serviço de excelência e confiança

aos seus clientes. Desde o início da atividade que

integra a rede de oficinas Bosch Car Service “Estar

integrado numa rede como a Bosch Car Service é

um privilégio e uma honra, conseguimos com este

nosso parceiro atingir patamares que não teríamos

conseguido se estivéssemos a fazer este caminho

sozinhos, a BCS tem sido muito importante principalmente

nos domínios da gestão, formação e dinamização”,

refere a gerente Carla Cruz. Sendo um

Bosch Car Service, a Revisauto Center tem acesso

a todas as formações técnicas que a marca realiza,

e os técnicos mantêm-se atualizados relativamente

às novas tecnologias e motorizações que equipam

os veículos mais recentes.

“Uma das vantagens de fazermos parte da rede

BCS é podermos ter acesso a informação e formação

técnica disponibilizada pela marca. A nossa

missão é fazermos sempre melhor, ter os clientes

satisfeitos e estarmos preparados para os desafios

futuros. Para isso temos de ter a equipa bem formada

e atualizada relativamente às novas motorizações

e tecnologias”, afirma Carla Cuz.

A oficina é constituída por mecânica geral com

especialistas em mecatrónica, e área de colisão

composta pela secção de chapa e pintura. Dispõe

dos mais modernos equipamentos e das mais adequadas

ferramentas que equipam os 12 elementos

que compõem a equipa.

Serviços completos

A nível de serviços consegue abranger todas as necessidades

na reparação automóvel em particular

na área da mecânica e carroçaria, sendo certificados

para poder operar sem quaisquer constran-

gimentos em qualquer marca automóvel. A qualidade

dos serviços prestados e a confiança que

consegue transmitir aos clientes têm sido fatores

determinantes para o sucesso da Revisauto Center.

A oficina recebe clientes particulares e empresariais,

sendo que estes últimos têm tido uma representatividade

cada vez maior.

“Temos facilidade em diagnosticar qualquer tipo

de automóvel, pois houve um grande investimento

em equipamento. Atualmente possuímos várias

máquinas de diagnóstico e temos códigos de acesso

a todos os modelos, mesmo os mais recentes,

pois estamos sempre a atualizar o software dos

equipamentos”, referiu Carla Cruz. Para manter os

clientes fidelizados, esta responsável aposta a cem

por cento na prestação de um bom serviço e no

passa palavra dos clientes satisfeitos “Reconhecemos

que o fator comunicação é muito importante

e nesse sentido estamos a trabalhar para oferecer

ao mercado e em particular aos nossos clientes todas

as ferramentas de comunicação adequadas aos

tempos de hoje”, sublinha.

REVISAUTO CENTER

Gerente Carla Cruz

Morada Av. João de Freitas Branco, 46

- 2690-295 Santa Iria de Azóia

Telefone 210 003 900

Email geral@revisautocenter.pt

Com o objetivo de manter as taxas de ocupação em

valores interessantes, Carla Cruz revela que está a

tentar diversificar as áreas de intervenção e mudar

o “modus operandi” da oficina para fazer face às

constantes dificuldades que têm surgido “Diversificar

o nosso negócio é um dos objetivos para os

próximos anos, e queremos também melhorar ainda

mais as nossas instalações e dar um input qualitativo

no nosso setor de carroçaria, em particular

na pintura”, ressalvou.

ArreGAçar AS maNgas e trabalhar

Para 2023 a Revisauto Center pretende apostar

mais na digitalização oficinal e na formação técnica,

pois Carla Cruz tem plena consciência da rápida

evolução tecnológica dos veículos e da necessidade

de manter a equipa atualizada. Mas acredita

que ainda tem um longo caminho a percorrer “Vamos

continuar a investir na formação, para este

ano numa componente maior nos elétricos e nos

híbridos, pois acredito que no futuro estes veículos

vão ser a maioria do parque e temos de estar preparados

para lhes dar assistência.”

Para este ano que agora começou, Carla Cruz gostava

que não fosse pior que 2022 e afirma que o

sucesso da Revisauto Center depende da capacidade

de se reinventar, de fazer diferente e oferecer

ao cliente o melhor serviço possível “Queremos

que o cliente saia daqui feliz e satisfeito com os

serviços, e que reconheça a competência dos nossos

técnicos, para que eles se sintam motivados

no seu trabalho. Vamos querer estar sempre na

vanguarda dos desenvolvimentos da reparação

automóvel e desejamos que o ano 2023 seja tão

bom como foi 2022. Sabemos que a conjuntura

nacional e internacional não é favorável, mas nós

estamos cá para arregaçar as mangas e trabalhar”,

conclui Carla Cruz. l

www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 45


Repintura

CONCURSO MELHOR PINTOR CMG

PROFISSÃO NOBRE

E DE FUTURO!

COM O OBJETIVO DE VALORIZAR E DAR MAIS VISIBILIDADE À PROFISSÃO DE PINTOR AUTOMÓVEL,

A AXALTA EM CONJUNTO COM A CAETANO AUTO E A INDASA, REALIZARAM O 1º CONCURSO

MELHOR PINTOR CMG (CUSTO MÍNIMO GARANTIDO)


A

organização do concurso contou com a participação

da Axalta, Caetano Auto e Indasa.

Numa primeira fase do concurso todos

os pintores da Caetano Auto responderam a um

questionário online. Das respostas recebidas foram

selecionados os quatro melhores que prestaram

as provas práticas nas instalações da Axalta,

em Mem Martins. As provas práticas incluiram o

isolamento da peça a pintar, eliminação de mossas,

mascaramento, aplicação de primário e por fim do

verniz de secagem rápida da gama de produtos

Low Energy, da Spies Hecker.

Para saber como o concurso foi vivido por dentro,

falámos com João Calha, Key Account Manager da

Axalta, que adiantou que “O objetivo do concurso,

mais do que selecionar os melhores pintores, é

conseguir dar mais notoriedade à profissão de pintor

automóvel. Graças à excelente parceria que temos

com a Caetano Auto, todos os anos realizamos

com as suas equipas de pintores diversas ações relacionadas

com a repintura automóvel e este ano

decidimos realizar um concurso que pudesse promover

a profissão, dar-lhe visibilidade, valorizar os

profissionais e com isto contribuir para a motivação

das equipas e para que os jovens vejam esta

área como uma profissão de futuro e uma profissão

nobre que é. Ao mesmo tempo, promovemos a cor

do ano, o Royal Magenta, assim como a linha de

produtos Low Energy, focados na eficiência e na

sustentabilidade”.

Durante o concurso, as provas foram o mais próximo

possível da realidade quotidiana dos pintores e

encaradas com entusiasmo e profissionalismo pelos

finalistas. Desde os testes bem planeados, desenvolvidos

pelos técnicos da Axalta, um júri focado e justo

com todos os concorrentes e uma equipa sempre

atenta, tudo contribuiu para o sucesso da iniciativa.

“A nossa profissão é uma arte e como tal deve ser

reconhecida, no entanto, passamos despercebidos

e em alguns casos somos subvalorizados”, refere

João Calha. No entanto, diz que este concurso “traz

visibilidade à profissão e ensina os profissionais a

apreciarem mais o seu trabalho, dá-lhes reconhecimento

e o desejo de trabalharem com mais ímpeto.

Também os ajuda a trocarem experiências, incentiva

o companheirismo e um espírito de competição

saudável entre colegas do mesmo ofício”.

Para mostrar quem dos quatro finalistas era o melhor,

cada um deles teve de reparar uma peça e

pintá-la, utilizando produtos Low Energy da Spies

Hecker com a cor do ano Royal Magenta. Com esta

prova prática, que combinava reparação, aplicação,

colorimetria, e correção de defeito, o júri tinha

“a combinação perfeita” para descobrir quem

seria o melhor pintor desta 1º edição do concurso

melhor pintor Caetano Auto.

O jovem pintor Rodrigo Lima foi o vencedor.

Todos os pintores selecionados para a final mostraram

um elevado nível de conhecimentos, que

acaba por ser fruto da formação constante que recebem

da parte da Axalta. “Ao longo do ano realizamos

diversas ações de formação específicas para

as equipas de pintores da Caetano Auto. Temos

processos padronizados no grupo e acabamos por

ter um padrão de produtos que são utilizados em

todas as oficinas. Para além das formações fazemos

um acompanhamento regular do trabalho desenvolvidos

nas várias unidades e introduzimos novos

produtos, cada vez mais eficientes e com ganhos

significativos a nível da poupança energética e redução

da pegada ecológica”.

Para mostrar quem dos quatro finalistas era o melhor,

cada um deles teve de reparar uma peça e pintá-

-la, utilizando produtos Low Energy da Spies Hecker

com a cor do ano Royal Magenta. Com esta prova

prática, que combinava reparação, aplicação, colorimetria,

e correção de defeitos, o júri tinha “a combinação

perfeita” para descobrir quem seria o melhor

pintor desta 1º edição do concurso melhor pintor

Caetano Auto. O jovem pintor Rodrigo Lima foi o

vencedor, seguindo-se no pódio em segundo lugar

Rui Gonçalves e em terceiro lugar Tiago Anselmo.

Para João Calha “O balanço deste primeiro concurso

de pintores auto é muito positivo. Criou-se um

ambiente muito saudável de companheirismo e

troca de experiências. De realçar que tivemos a presença

de um finalista com 25 anos de idade e apenas

3 de experiência. Frequentou o nosso curso de

aprendizes e atualmente já está ao nível de pintores

mais experientes. É para nós um orgulho ver um

jovem realizado com a sua profissão e com muita

vontade de evoluir e saber cada vez mais. Acredito

por isso que estamos no caminho certo”. No final,

todos receberam um troféu com o formato de uma

pistola de pintura, assim como diversos prémios das

marcas patrocinadoras. O concurso não foi apenas

competição, mas acabou por se tornar um bom momento

de aprendizagem e confraternização

Paralelamente ao concurso, a Axalta promoveu

uma iniciativa designada “Melhor Pintor Virtual”.

Para o efeito, foram disponibilizados uns óculos

de realidade virtual, com software da Axalta, que

simula a pintura de uma peça. Os convidados presentes

puderam assim pôr à prova a sua habilidade

para a pintar peças de um modo virtual. Uma forma

diferente de valorizar a profissão com a utilização

das novas tecnologias. l

CAETANO AUTO VALORIZA

A PROFISSÃO DE PINTOR

A Caetano Auto promove há mais de nove anos um programa

de formação para manter os colaboradores sempre atualizados

com as novas tecnologias e os produtos mais recentes. Este

ano decidiu ter um evento mais dinâmico e criou o concurso

do Melhor Pintor. “Com esta iniciativa queremos acima de tudo

dar mais visibilidade à profissão de pintor automóvel. É uma

profissão que se tem tornado muito mais especializada e com

necessidade de mais conhecimento, mas que é pouco visível.

É necessário incentivar os jovens a investir nesta carreira, que

tem um futuro assegurado”, refere Ana Fazenda, coordenadora

Pós-venda da Caetano Auto. O concurso foi aberto a todos os

concessionários da Caetano Auto e teve uma grande adesão

dos pintores das diversas oficinas do grupo. “A recetividade foi

excelente e os participantes entusiasmaram-se com a iniciativa.

No futuro vão sentir-se mais reconhecidos e com competências

valorizadas”, diz a responsável.

Relativamente à dificuldade de arranjar mão de obra qualificada

para as oficinas, designadamente na área da colisão,

Ana Fazenda afirma que “Nos últimos anos, a Caetano Auto

tem investido muito na formação, com a criação de escolas

internas onde dá formação a jovens estudantes que depois

de concluírem os cursos integram os quadros do grupo. É um

enorme investimento em instalações, materiais, equipamentos

e recursos humanos, mas depois ficamos com os melhores e

eles crescem connosco. Até porque a marca Toyota tem um

programa de certificação próprio que permite aos colaboradores

evoluírem em diferentes níveis. Sobre o concurso, esta responsável

garante que é uma iniciativa a repetir e que o próximo

irá incluir também a área da chapa. “O objetivo é desenvolver

mais iniciativas na área da colisão e dar mais visibilidade às

profissões de chapeiro e pintor automóvel”, conclui.

A AXALTA E A CAETANO AUTO TÊM UMA LONGA PARCERIA,

SOB A QUAL DINAMIZAM VÁRIAS INICIATIVAS QUE VISAM PROMOVER

A PROFISSÃO DE PINTOR AUTOMÓVEL, ASSIM COMO DAR FORMAÇÃO

SOBRE AS tecnOLOGIAS DE REPINTURA MAIS RECENTES

www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 47


Empresas

NOTÍCIAS

A SUSTENTABILIDADE COMEÇA NOS

PANOS MEWA

Com a introdução do sistema de panos de limpeza da Mewa, os mecânicos recebem

panos de limpeza de algodão de alta qualidade com capacidade de absorção

turbo para a limpeza suave e profunda de componentes, ferramentas e instalações.

Estes panos, praticamente não largam cotão, absorvem um múltiplo do seu

volume e podem ser reutilizados várias vezes antes de ser armazenados em segurança

no contentor SaCon. Com os panos de limpeza e o SaCon, no âmbito de um sistema

de serviço contemporâneo, uma oficina automóvel comunica interna e externamente:

A proteção ambiental é importante para nós. O que os clientes não conseguem ver

é toda a sustentabilidade do sistema da Mewa. Graças às tecnologias inovadoras de

lavagem e de tratamento de águas residuais, a Mewa atinge um grau de limpeza de

99,8 por cento nos panos e consome até 50% menos água. Além disso, 80 por cento da

energia necessária para o funcionamento das linhas de lavagem e secagem é coberta

pelos óleos usados filtrados dos panos de limpeza usados. Cada pano pode ser lavado

até 50 vezes pela Mewa. Após cada lavagem, passa por um controlo de qualidade em

várias fases para que apenas os panos impecáveis regressem aos clientes.

JÁ FORMOU MAIS DE 15.000 MECÂNICOS

MANN-FILTER | Passaram mais sete anos e a MANN-FILTER continua a dedicar-se

à formação nos seus mais de 100 centros de treino em toda a Espanha. Até aos dias de

hoje, passaram pelas ‘mãos’ da empresa mais de 15.000 futuros mecânicos. “Embora

os sistemas de filtragem não sejam vistos como ‘o componente mais importante’ de

um veículo, a sua função é essencial, tanto para o bom funcionamento do motor,

protegendo os componentes mecânicos do desgaste causado pela entrada de

partículas nocivas, tanto para os ocupantes, protegendo-os da entrada no organismo

das referidas partículas que provocam alergias ou outro tipo de complicações

respiratórias”, explicou Antonio Martínez, responsável técnico da MANN-FILTER em

Espanha e Portugal e responsável pela realização destas formações. Para Martínez, “

um mecânico que conheça estas implicações, e saiba transferi-las para os clientes da

sua oficina, é essencial tanto para aumentar a vida útil dos veículos, como para cuidar

da saúde dos passageiros, bem como garantir a condução em segurança.”

FAZ BALANÇO POSITIVO DE 2022

DIESEL TECHNIC | Para a Diesel Technic, o ano de 2022 teve um significado

muito especial, pois além de muitos destaques, a empresa pôde comemorar seus 50

anos. Fundada em 1972, a Diesel Technic fez uma jornada emocionante para se tornar

uma fornecedora líder de soluções no setor automotivo. Um destaque do aniversário

foram as comemorações na sede em Kirchdorf, Alemanha, com um animado programa

de apoio, onde os funcionários puderam apresentar pessoalmente o local de trabalho

para suas famílias. A Diesel Technic deve seu 50º aniversário não apenas aos seus 650

funcionários, mas também a seus muitos clientes fiéis. Além da qualidade garantida,

os clientes apreciam especificamente a linha completa de produtos para todos os tipos

comuns de camiões. Um acontecimento importante para alguns clientes foram os

fins de semana de corrida de camiões junto com a Parts Specialists. A DT Spare Parts

continuou suas atividades esportivas com o jogo de apostas para a Copa do Mundo

de Futebol, no qual a popular marca de produtos da Diesel Technic escolheu o melhor

apostador entre os parceiros de distribuição como o “Campeão DT Spare Parts 2022”. A

Diesel Technic pode relembrar 2022 como um ano movimentado e muito proveitoso.

FIDELIDADE CAR CHEGA A ALMADA

FIDELIDADE CAR | Dedicada à reparação automóvel na vertente de colisão, a nova unidade da Fidelidade

Car Service pretende servir os Clientes da Fidelidade dos Concelhos de Almada, Barreiro, Seixal, Sesimbra, Setúbal

e Moita, tendo capacidade para reparar 10 viaturas por dia. Com 1.500 m2 , esta unidade pretende posicionar-se

como um hub tecnológico e de sustentabilidade. Futuramente estará dedicada à reparação de veículos elétricos

híbrido plug-in (PHEV) e viaturas de alumínio, instalando painéis fotovoltaicos e postos de carregamento para

PHEV. A Fidelidade Car Service, atenta às novas tendências do mercado, nomeadamente, no que diz respeito à soft

mobility, disponibiliza aos seus Clientes um serviço de mobilidade inovador, sustentável e cómodo, mediante o

qual os Clientes podem usufruir de um plafond diário para as suas deslocações através da App da Bolt.

48 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


ANUNCIA NOVA IMAGEM CORPORATIVA

Infopro Digital AUTOMOTIVE | A Infopro Digital Automotive, mudou a sua imagem corporativa,

para apoiar o seu crescimento internacional, como fornecedor global de software digital B2B, bases

de dados e serviços para o mercado pós-venda automóvel. Infopro Digital Automotive, fornecedor líder de

dados técnicos B2B, software e serviços digitais para o aftermarket automóvel profissional e de consumo,

mudou oficialmente a sua aparência, alinhando-se com o novo universo gráfico do Grupo e projetando-se

no futuro com uma nova identidade visual. Esta mudança destina-se a representar uma marca e uma visão

que estão ambas alinhadas com os desafios enfrentados pelo mercado de pós-venda automóvel atual. Esta

mudança apoia o crescimento significativo que a Infopro Digital Automotive tem experimentado nos últimos

anos. Isto levou à sua afirmação global e reconhecimento do mercado, juntamente com o seu desejo

inerente de ser visto como uma equipa unida com um objetivo comum.

REALIZA FORMAÇÃO EM CONJUNTO COM DAYCO

AUTO Mafergil | A Auto Mafergil, membro da RedeInnov, voltou a realizar uma

formação, desta vez organizada em conjunto com a DAYCO. A ação de formação foi realizada

em Águeda, no dia 22 de Novembro de 2022. A componente teórica contou com a participação

de 28 oficinas teve duração de 3 horas: das 19 horas às 22 horas. A ação de formação

centrou-se no tema de “Distribuição” e permitiu aos participantes obter um conhecimento

sobre este tema. O curso revelou-se uma oportunidade bastante enriquecedora para todos os

participantes pois permitiu aumentar o conhecimento sobre a temática da distribuição. Após a

parte teórica, os participantes e formadores juntaram-se para um momento de descontração

e lazer no restaurante onde se realizou o jantar.

SENSIBILIZA 50 EMPRESAS

PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

ANECRA | A ANECRA vai permitir a cinquenta empresas do Comércio e da Reparação

Automóvel, de todo o país, a obtenção da certificação EFFICIENTIA: Informação / Sensibilização

para a Eficiência Energética, que visa fomentar a eficiência energética, a aquisição de

comportamentos mais racionais, quanto ao consumo de energia e a adoção de novos hábitos

de consumo. Todas as empresas do Comércio e da Reparação Automóvel, associadas ou não da

ANECRA, podem candidatar-se, gratuitamente, à obtenção da certificação através do preenchimento

do formulário no website da Associação. Após admissão no Plano de Promoção da

Eficiência no Consumo de Energia, as cinquenta empresas selecionadas serão sujeitas a um

conjunto de ações como a realização de auditorias energéticas, a elaboração de indicadores

de gestão de energia e de benchmarking ou a realização de campanhas de sensibilização de

eficiência energética junto dos seus colaboradores. A certificação EFFICIENTIA: Informação /

Sensibilização para a Eficiência Energética terá ainda, como suporte à sua comunicação, além

da página de Internet, a dinamização em redes sociais: Facebook, Instagram e LinkedIn, a

impressão de cartazes informativos, a realização de três workshops de âmbito nacional e de

um manual de eficiência energética para adoção por parte das empresas.

AUTO DELTA DISTINGUIDA PELA CITE

AUTO DELTA | Sendo um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, a Igualdade

de género é um tema bastante presente na sociedade de hoje em dia. Tal como as pessoas individualmente,

as empresas e os setores de actividade têm de se adaptar e a verdade é que o Aftermarket está

a conseguir responder. Neste âmbito, a Auto Delta foi distinguida pela CITE - Comissão para a Igualdade

no Trabalho e no Emprego pelas boas práticas na promoção da Igualdade Remuneratória entre Mulheres

e Homens por trabalho igual ou de igual valor. Segundo o Despacho n.º 13972/2022, de 5 de Dezembro

publicado em Diário da República, esta distinção foi criada de forma a “estimular e incentivar a promoção

da igualdade salarial entre mulheres e homens por trabalho igual ou de igual valor, recorrendo para tanto

a critérios de discriminação positiva”. Este é um trabalho diário de promoção de oportunidades, resposta a

desafios e valorização do trabalho que engrandece o nome da Auto Delta que, assim, dá um grande passo

em direcção à Igualdade de Género..

www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 49


NOTÍCIAS

EMPRESAS

BOSCH ESTREIA

SISTEMA DE ESTACIONAMENTO

SEM CONDUTOR

A

Bosch

e a Mercedes-Benz alcançaram um marco importante no caminho para a

condução autónoma: a Autoridade Federal de Transporte Motorizado da Alemanha

(KBA) aprovou o sistema de estacionamento altamente automatizado para

uso na garagem P6 administrada pela APCOA no Aeroporto de Estugarda. Esta é assim

a primeira função de estacionamento sem condutor altamente automatizada do mundo

para SAE Nível 4 a ser oficialmente aprovada para uso comercial. O avanço tecnológico

da condução autónoma desempenha um papel fundamental na mobilidade do futuro.

Com o veículo e a infraestrutura assumindo a condução e as manobras, os condutores

podem voltar a sua atenção para outras coisas, em vez de despenderem tempo a procurar

um lugar e a realizar manobras em garagens apertadas. Desde o início, a Bosch adotou a

abordagem de tornar inteligente a infraestrutura em garagens de estacionamento. Dirigir-se

ao estacionamento, sair e enviar o veículo para um lugar de estacionamento apenas

tocando numa aplicação no smartphone - o serviço de estacionamento com condução

autónoma não precisa de condutor. Depois do condutor sair do estacionamento – para

gastar o tempo que acabou de economizar a fazer outra coisa – o veículo dirige-se sozinho

para o lugar designado e estaciona.

CONQUISTA CLASSIFICAÇÃO “A” PELA CDP

Schaeffler | A Schaeffler foi reconhecido pela CDP pela sua liderança na transparência e atuação em relação às

alterações climáticas e à segurança hídrica. A empresa, melhorou a sua

classificação de “A-” para “A” tanto no que diz respeito às alterações climáticas

como à segurança hídrica. No total, foram analisados e divulgados

dados de mais de 18.700 empresas. O CDP gere a maior base de dados de

transparência ambiental do mundo. Todos os anos recolhe dados sobre as

emissões de CO2, os perfis de risco climático e as estratégias e objetivos

de redução de empresas de todo o mundo. “Este excelente resultado

da Schaeffler envia uma mensagem importante a todas as partes

interessadas na empresa, que prestam muita atenção às classificações do

CDP”, disse o CEO da Schaeffler, Klaus Rosenfeld. Atingir a categoria A é a

transição mais difícil de conseguir no sistema de classificações do CDP, um

salto que muito poucas empresas conseguem dar.

PREMIADA COM O PRÉMIO IEEE

CORPORATE INNOVATION

DENSO | A DENSO Corporation conquistou o prémio IEEE Corporate Innovation

do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), a maior associação

internacional de engenharia elétrica e eletrónica do mundo, por desenvolver um

QR Code e divulgar o seu uso globalmente. O IEEE Corporate Innovation Award,

um dos prémios técnicos de maior prestígio no mundo, é concedido a organizações

que tiveram um impacto global significativo com tecnologias e produtos

inovadores e contribuíram para o desenvolvimento da engenharia elétrica e

eletrónica. Estabelecido pelo IEEE em 1985, o prémio já foi concedido a empresas

e organizações líderes em todo o mundo. A DENSO tornou-se a sexta empresa

japonesa a receber este reconhecimento. O inovador código bidimensional pode

armazenar cerca de 200 vezes mais informações do que os códigos de barras e

pode ser lido em alta velocidade. A DENSO passou a utilizar o código principalmente

para gestão de stock nas suas fábricas, e posteriormente disponibilizou a

patente gratuitamente, possibilitando a sua disseminação global.

CHEGA A LEIRIA COM OFICINA N LÍDER

Grupo Driver | O Grupo Driver organizou uma grande festa de inauguração

da primeira oficina do grupo Nac Amaro, a N Líder, situada na cidade de Leiria,

perto de Lisboa. Cerca de 300 pessoas, entre clientes e personalidades políticas,

participaram nas merecidas celebrações daquele que é o primeiro ponto de venda

da rede Driver em território português. Quando a N Lider decidiu incorporar-se

no Grupo, no verão de 2019, esta oficina fez de Portugal o oitavo país com

instalações Driver. Um marco merecedor de uma celebração em grande estilo,

constantemente adiada com a chegada e evolução da pandemia. Nuno Amaro,

gerente do grupo Nac Amaro, organizou uma festa à altura com os seus familiares

e colaboradores. As suas generosas instalações, complementadas para a ocasião

com um armazém anexo, pararam as atividades durante um dia e encheram-se

de supercarros, carros clássicos e de competição, além dos expositores estáticos

que luziam produtos de alguns dos fornecedores do Grupo Driver, como a Pirelli

e a Prometeon. No total, foram 300 as pessoas que marcaram presença numa

festa informal e familiar, que contou com comida, música ao vivo e atividades e

animação para os mais pequenos.

50 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


REALIZA FORMAÇÃO DE OSCILOSCÓPIO NÍVEL I

Mondegopeças | A Mondegopeças, em parceria com a Car Academy e o Instituto

Superior de Engenharia de Coimbra, realizou no passado dia 5 de novembro, uma formação de

Osciloscópio Nível I. Esta formação, destinada aos seus clientes, que teve uma grande adesão

por parte dos seus clientes, revelou a necessidade que as oficinas têm de fazer um diagnóstico

correto com ferramentas adequadas. Ao longo de toda a formação, foram utilizados alguns

equipamentos oficinais na formação, entre os quais o osciloscópio Autel, sendo considerado

pela Car Academy um dos equipamentos mais completos do mercado. No próximo ano de

2023, o plano de formação da Mondegopeças, integrará o Nivel II desta temática e outros

temas requisitados pelas oficinas.

GLASSDRIVE RENOVA PARCERIA COM

EQUIPA PROFISSIONAL

DE CICLISMO

A

Glassdrive,

principal patrocinador da Equipa Profissional de

Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor, vencedora da 83.ª Volta a

Portugal, renovou este apoio para a época de 2023, mantendo-

-se como naming sponsor do projeto de ciclismo do Clube Desportivo

Fullracing. A Glassdrive fez o anúncio formal da renovação do patrocínio

durante um almoço de reconhecimento à Equipa Profissional de

Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor, na sexta-feira, dia 18, em Matosinhos.

Marta Araújo, administradora da Saint-Gobain Sekurit Service

Portugal, disse que este foi um almoço de homenagem “por tudo o que

fizeram ao longo da temporada, tendo sido extraordinária. Se por um

lado é um reconhecimento, é também um momento de celebração. No

fundo, celebrar este acordo de parceria com a Glassdrive, que é uma

vez mais principal patrocinador da equipa profissional, mas também

dar continuidade ao apoio da equipa feminina, porque é importante a

igualdade de géneros”.

RECONHECIDA COM DUPLO “A” EM CLIMA E SEGURANÇA

Brembo | A Brembo foi reconhecida pela sua liderança em transparência empresarial e desempenho

em matéria de alterações climáticas, pela CDP, uma instituição ambiental sem fins lucrativos. Brembo faz

parte de um pequeno número de empresas que alcançou um duplo “A”, das mais de 10.000 empresas pontuadas.

O processo anual de divulgação e pontuação ambiental do CDP é amplamente reconhecido como o

padrão de transparência ambiental empresarial. Uma metodologia detalhada e independente é utilizada

pelo CDP para avaliar as empresas, atribuindo uma pontuação de “A” a “D-“, com base na abrangência da

divulgação, consciencialização e gestão de riscos ambientais, bem como na demonstração das melhores

práticas associadas à liderança ambiental, como definição de metas ambiciosas e alvos significativos.

“Tópicos ambientais, sociais e de governança sempre foram parte integrante da nossa estratégia global de

negócios. Acreditamos que são fatores potenciadores do crescimento, não só do nosso grupo, mas de toda

a economia. Este ano, é a quinta vez consecutiva que a Brembo recebe o reconhecimento de duplo ‘A’ do

CDP e, para nós, é sempre uma fonte de grande satisfação”, afirmou Cristina Bombassei, chief CSR officer e

membro do conselho da Brembo.

PRETENDE ATINGIR NEUTRALIDADE

CLIMÁTICA ATÉ 2035

Rheinmetall | Até 2035, a Rheinmetall quer trabalhar para contribuir para reduzir as emissões de

CO2 prejudiciais ao clima com energia fotovoltaica. Deste modo, instalou cerca de 1635 módulos solares

para produzir energia. A empresa de tecnologia Rheinmetall AG deu mais um passo no caminho para alcançar

a neutralidade climática até 2035, o seu objetivo declarado. Graças ao forte compromisso do Grupo e ao

apoio das autoridades locais, no verão passado, foram instalados vários módulos de energia nos telhados

dos pavilhões da fábrica da subsidiária da Rheinmetall, Pierburg SA, em Abadanio, Espanha. Espera-se que

a produção anual esteja em torno de 730.000 kWh. De acordo com os cálculos da empresa, essa energia

gerada de forma sustentável reduzirá as emissões de CO2 prejudiciais ao clima da usina em 175 toneladas

por ano. Há doze anos que a empresa segue de forma sistemática um plano de ação de longo prazo em

Espanha, para reduzir a sua pegada climática, tendo realizado a sua primeira auditoria energética em 2009.

www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 51


NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO

Produto

PAINÉIS ENDOTÉRMICOS PARA CABINES PINTURA

CETRUS REDUZ CUSTOS ENERGÉTICOS EM MAIS DE 80%

Os Painéis endotérmicos da Cetrus transmitem

diretamente calor à superfície do veículo, sem

dispersão, reduzindo em mais de 80% o custo

energético e também a pegada carbónica. Os kits de

painéis usam de 26 a 40kW (conforme modelo), cerca

de 8 vezes menos que a capacidade térmica dos permutadores

de calor das cabines tradicionais. Estes kits

podem ser fornecidos em conjuntos de 8, 10, 14 ou 16.

A estrutura externa dos painéis é constituída por um

perfil de alumínio de alta rigidez, e o elemento calorifico

é comporto por uma chapa de alumínio pintada

com tinta de alta temperatura branca. Por trás do painel

está um isolante térmico. O peso de cada painel é

de cerca de 16kg. Estes kits podem ser montados em

todo o tipo de cabines de pintura, novas ou existentes e

de todas as marcas. Os painéis são controlados através

de um quadro Touch Screen onde inclusive pode ser

visto o custo real da operação de pintura.

Um investimento de rápido retorno

Instalar um sistema de painéis endotérmicos é um

excelente investimento para as oficinas de reparação

e pintura. Ao contrário dos queimadores tradicionais

este sistema requer uma manutenção mínima. Começa

a poupar logo desde o primeiro dia da instalação.

Cada ciclo de pintura custa cerca de 5.5€, poupando

cerca de 29.5€ face ao queimador tradicional de gasóleo.

A Cetrus, através de parceria com uma instituição

de crédito, oferece a possibilidade aos seus clientes de

fazer um aluguer operacional deste equipamento. Assim,

pelo valor que vai economizar com a mudança de

sistema, poderá pagar um aluguer operacional e ainda

poupar algum dinheiro. No final do contrato, por um

valor residual, a oficina pode ficar com o equipamento.

para TODO o tipo de cabines pintura

As várias configurações disponíveis asseguram várias

soluções à medida das necessidades de cada

cliente ou de cada estufa de pintura. Ao optar por

um sistema de painéis endotérmicos e inutilizando

a caldeira a gás ou gasóleo a oficina está a contribuir

positivamente para o ambiente. Um ciclo de

pintura consome cerca de 17l de gasóleo, e corresponde

a cerca de 47.35kg de CO2 enviados para a

atmosfera. Por dia x 3 ciclos de pintura (por ex.)

serão: 142.05kg; Por mês: 3.125 kg;; Por ano: 37.5

Toneladas de CO2 emitidos vs Emissões ZERO com

painéis endotérmicos. Se a oficina tiver ou vier a ter

produção própria de energia através de painéis fotovoltaicos,

então praticamente, o custo energético

de cada pintura (após amortização dos equipamentos)

será praticamente ZERO. Além disso, o recurso

às Energias Renováveis constitui uma solução para

muitos problemas sociais associados ao consumo de

combustíveis fósseis. O seu uso permite uma melhoria

do nível de vida, em especial nos países sem reservas

petrolíferas como Portugal, diminuindo a sua

dependência económica e reduzindo os impactos

negativos resultantes da queima dos combustíveis

na sua utilização e transformação de energia.

52 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO EM RENTING

Hella Gutmann | A FM Equipamentos está a promover a venda de equipamentos de

diagnóstico Hella Gutmann em renting. Ao não necessitar de uma quantidade avultada de

capital para a aquisição do equipamento de diagnóstico que necessita, a oficina tem agora a

possibilidade de o alugar. Como exemplo, o Macs One pode ser alugado através de renting na

modalidade de 36 meses, por um valor mensal de 59,60 Euros + IVA. A inexistência de custos

de entrada ou de investimento inicial e a despreocupação relativamente à depreciação do

equipamento, são fatores que, sem dúvida, aliviam imenso o esforço contabilístico da oficina.

A empresa usufrui de uma renovação do equipamento, sem afetar a tesouraria, tendo o

controlo rigoroso dos seus custos. Além disso, a renda mensal de um renting é completamente

dedutível em sede de IVA e de IRC. E como a empresa não chega a adquirir o equipamento

(apenas o aluga), nenhum financiamento fica contabilizado no seu balanço contabilístico.

Para mais informações contactar FM Equipamentos através de telemóvel 917 213 877 ou

email: info@fm-equipamentos.com

BANCO DE TESTE PARA INJETORES COMMON RAIL

Bosch | A Bosch desenvolveu o DCI 200, um banco de teste de injetores Common Rail unitário. Tal como

o DCI 700, o DCI 200 pode testar com precisão e fiabilidade os injetores de carros e camiões. Na prática

diária da oficina, os novos padrões de emissões significam que a precisão ao testar injetores Common Rail

instalados em motores diesel modernos está a tornar-se cada vez mais importante. Quanto mais precisa for

a medição do volume do injetor, maior será a precisão com que os injetores podem ser ajustados. A Bosch

desenvolveu o DCI 200, um banco de teste de injetores Common Rail unitário. Tal como o DCI 700, o DCI

200 pode testar com precisão e fiabilidade os injetores de carros e camiões. Graças ao seu novo sistema de

medição, o DCI 200 pode também ser usado para testar injetores equipados com os mais recentes sistemas

de controlo de injeção, como Controlo de Fecho de Válvula (VCC) e Controlo de Fecho de Agulha (NCC). Um

controlo eletrónico de circuito fechado garante a medição precisa dos injetores VCC e NCC ao longo da sua

vida útil e está em conformidade com os atuais padrões de emissão.

SKF LANÇA

NOVA GAMA

DE MOLAS DE

SUSPENSÃO

A

SKF desenhou uma nova gama de Molas de Suspensão,

focando-se numa experiência divertida e

que, ao mesmo tempo, garante a segurança. As

molas de suspensão foram submetidas a vários testes

exaustivos, incluindo testes de pulverização de sal para

verificar a resistência à corrosão, e um teste de resistência

de 500.000 compressões, validando a utilização da

mola de suspensão em qualquer condição rodoviária.

Além disso, as molas têm um revestimento de fosfato

de zinco e de epoxy preto para proteção contra a corrosão”,

diz o Responsável de produto SKF. As molas de

suspensão da SKF foram concebidas a pensar no conforto

dos passageiros da viatura. Estão também comprovadas

para a durabilidade em quaisquer condições

de estrada, garantindo simultaneamente uma experiência

divertida de condução. Tudo isto foi possível graças

ao facto de os produtos serem fabricados de acordo com

as especificações e qualidade do Equipamento Original

e, consequentemente, terem as mesmas características,

cobrindo todos os tipos de molas de suspensão (como

por exemplo, molas de carga lateral e mini-blocos).

www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 53


Notícias

Produto

LIQUI MOLY

ADICIONA ao PORTFÓLIO MARINE DETAILER

O

novo Marine Detailer da LIQUI MOLY é o

melhor amigo para o revestimento exterior de

embarcações proporcionando brilho e proteção.

É adequado para pinturas, plásticos reforçados

com fibra de vidro e revestimentos em gel. O Marine

Detailer não só dá brilho, como também atua contra

a sujidade. O spray remove sem esforço as poeiras,

os vestígios de patas de animais e, até, excrementos

de aves. A novidade na gama de produtos Marine

do especialista alemão em produtos químicos para

automóveis é um spray extremamente eficaz, que

sela as pinturas lisas durante várias semanas e lhes

dá brilho. Também pode ser pulverizado sobre

revestimentos de gel e plásticos reforçados com

fibra de vidro. Em áreas tratadas, a água escorrega

e a sujidade nova não consegue espalhar-se. Uma

vez que os Detailer contêm uma maior proporção

de tensioativos de limpeza, podem também ser aplicados

em superfícies ligeiramente sujas. São ideais

para uma limpeza intermédia rápida. O Marine

Detailer funciona em superfícies secas e molhadas.

Quando o barco ainda está húmido com orvalho,

basta pulverizar a pintura e limpar com um pano.

O tipo de pano utilizado tem uma grande influência

no resultado. O melhor resultado consegue-se com

um pano de microfibras de pelo comprido com corte

a laser.

LUBRIFICANTE QUE PROMOVE

POUPANÇA COMBUSTÍVEL

cepsa | O novo XTAR 0W30 ECO W da Cepsa é um lubrificante 100% sintético formulado com

óleos de base polialfaolefina (PAO), de baixo teor em cinzas (SAPS). Indicado para veículos equipados

com filtros de partículas (DPF/GPF), em especial para os motores do Grupo VAG. Este lubrificante é

especialmente recomendado para os sistemas Start&Stop, devido ao seu excelente grau de fluidez

no momento do arranque, inclusive a temperaturas muito baixas. Do mesmo modo, o seu elevado

desempenho contra a oxidação e a capacidade de retenção do nível de detergência garantem um

bom desempenho em veículos híbridos, que são equipados com motor a gasolina e elétrico, assim

como em motores a gás (GPL / GNV) ou quando são utilizados biocombustíveis. O XTAR 0W30 ECO W

pode ser utilizado em veículos de qualquer marca que requeiram um lubrificante de viscosidade SAE

0W-30 com especificação ACEA C3.

APRESENTA KITS CORRENTES DE DISTRIBUIÇÃO

MS Motorservice | A MS Motorservice está a expandir o seu portfólio de produtos com

Kits de correntes de distribuição. Os nove artigos atualmente disponíveis abrangem cerca de 2200

tipos de veículos. Isto corresponde a um potencial de mercado de mais de 46 milhões de veículos em

todo o mundo. Os Kits de correntes de distribuição caraterizam-se por uma qualidade de produto

extremamente elevada com uma longa vida útil e uma elevada funcionalidade. Afinal, têm de

cumprir os requisitos de elevada qualidade do concessionário internacional de peças sobresselentes.

Para este efeito, todos os componentes dos conjuntos de correntes de distribuição são submetidos a

testes funcionais pela garantia de qualidade. Enquanto organização comercial para as atividades de

mercado de pós-venda da Rheinmetall, a Motorservice obtém uma grande parte da sua gama diretamente

a partir do seu próprio grupo, que inclui, entre outras, a filial Kolbenschmid. Isto significa

que o especialista global em peças sobresselentes tem os conhecimentos e os elevados padrões de

qualidade de um grande fornecedor internacional de automóveis.

54 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


3A AFTERMARKET ADQUIRE

ATM – AUTO TORRE DA MARINHA

ATM | Tendo como objetivo principal a aquisição de participações em empresas de comércio de peças e

pneus, a 3A Aftermarket (nome que resume Automotive Aftermarket Alliance) faz o seu segundo investimento

em Portugal com a compra da empresa ATM – Auto Torre da Marinha, membro do grupo do Aser

em Portugal, um dos players de mercado de referência na sua zona de atividade. A 3A identificou na ATM –

Auto Torre da Marinha, uma empresa líder de mercado na sua zona de atuação, capacidade de adaptar-se

às constantes mudanças do mercado e com um potencial de crescimento muito interessante. Os anos de

experiência no mercado deram à ATM – Auto Torre da Marinha um profundo conhecimento das necessidades

dos clientes e de como melhor os servir. A ATM – Auto Torre da Marinha dispõe de um abrangente

portfólio de produtos capaz de dar resposta às solicitações dos seus clientes. A 3A irá manter a estrutura

de gestão atual. Esse é aliás um fator distintivo da 3A. As empresas que passam a fazer parte do grupo 3A

mantêm a sua autonomia de gestão a todos os níveis. A 3A Aftermarket é uma empresa criada para investir

no desenvolvimento do negócio do aftermarket na península ibérica. Desta forma a 3A espera obter o

máximo, da performance de cada empresa, aproveitando as sinergias geradas pelo efeito de grupo.

NORAUTO FORTALECE CULTURA “PEOPLE CENTRIC”

NORAUTO | A Norauto decidiu atribuir um prémio extraordinário, de até 400 euros, aos seus colaboradores

como forma de mitigar os impactos da inflação nos rendimentos no mês de Dezembro, através de um

cartão pré-pago para ser utilizado numa rede retalhista e vem complementar os tradicionais jantares de

natal das equipas e os cabazes de Natal. Paralelamente a este apoio imediato e para fazer face ao período

de inflação atual, a empresa preparou o PAC Norauto, um Plano de Apoio ao Colaborador, que prevê apoios

específicos e especializados em situações de dificuldade, sendo estes apoios sempre analisados de forma

individualizada. Atualmente a empresa já disponibiliza seguro de vida, seguro de saúde, consultas de

psicologia a todos os colaboradores e fruta gratuita nas áreas sociais. Além destas medidas, o pacote de

benefícios extra-salariais para 2023 será reforçado com “day-off” no dia de aniversário, ou seja mais dia de

folga que contribuirá para uma maior conciliação com a vida familiar. As condições de trabalho, o bem-estar

e a satisfação das equipas são compromissos que estão na base de diversas decisões da empresa e que

procuram contribuir para a estabilidade profissional dos quase 620 colaboradores, 93% dos quais com

contratos sem termo. A Norauto assume-se assim como uma empresa People Centric e isto significa colocar

as pessoas e as famílias em primeiro lugar.

VALORCAR COLABORA COM A ZERO

NA CAMPANHA RESIAUTO

VALORCAR | A VALORCAR colaborou com a ZERO no lançamento duma campanha de

informação e sensibilização dos condutores e das empresas, visando a prevenção e reciclagem dos

resíduos dos automóveis, ao longo de todo o seu ciclo de vida. Esta campanha, que conta também

com o apoio da VALORPNEU e da SOGILUB, pretende divulgar um conjunto de práticas de condução

e manutenção dos automóveis que permita prolongar o tempo de vida das diversas componentes

das viaturas, reduzindo a produção de resíduos e aportando poupanças económicas para os seus

utilizadores. Nesta iniciativa será também divulgada informação específica sobre boas práticas

para a gestão dos resíduos dos automóveis, de forma a potenciar a sua reutilização e reciclagem.

As informações a divulgar sobre a gestão de resíduos abrangem diversas temáticas, tais como:

O veículo em fim de vida (onde entregá-lo e abater a matrícula legalmente); Os pneus (recolha,

recauchutagem e reciclagem); Os óleos lubrificantes (recolha do óleo e o processo de regeneração

industrial dos óleos usados); As baterias (entrega em operador legal e processo de reciclagem); As

peças automóveis usadas (aquisição de peças em operadores licenciados); A reciclagem de outras

componentes dos automóveis (metais, vidros, plásticos, etc).

www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 55


Notícias

Produto

LÂMPADA IRT UV SPOtcURE 2

ZAPHIRO | A ZAPHIRO não para de inovar e desta vez,

trouxe para o mercado Português e Espanhol, a nova lâmpada

Spotcure 2 de cura UV por IRT. A Spotcure2 junta-se à gama de

máquinas IRT, líder de mercado LEDs UV portáteis, alimentada

por uma bateria para reparações pontuais. Com 132 LEDs de

alta potência, a nova lâmpada IRT UV Spotcure 2 pode curar

superfícies de 30 cm em 20 segundos, superfícies de 70 cm

em 1 minuto e superfícies de 100 cm em apenas 2 minutos. A

cura ultravioleta, é cada vez mais usada em chapas metálicas

e oficinas de pintura, à medida que aumenta a produtividade

da loja enquanto se economiza tempo de inatividade. Esta

nova ferramenta, mantém o mesmo nome da sua predecessora

lâmpada de cura UV, mas maiores áreas de reparação e tempos

de cura menores. Além disso, esta lâmpada incorpora um guia

visual com tela e temporizador multifuncional para melhorar o

controlo do processo, tudo graças a um novo software avançado

com tecnologia de proteção contra superaquecimento.

ADICIONA 24 NOVAS

REFERÊNCIAS AO PORTFÓLIO

BGA | A BGA (BG Automotive) expandiu a sua oferta de produtos

com 24 novas referências em várias categorias, tais como:

correntes de distribuição, refrigeração, direção e suspensão. Os

destaques incluem uma cadeia de distribuição ‘TC9113FK’ que

cobre modelos Toyota como HIACE de 2019 em diante, HILUX

2015 em diante e LAND CRUISER 2020 em diante. “A corrente

de distribuição vem pré-lubrificada com o nosso lubrificante de

corrente especialmente formulado. A fórmula exclusiva Chain

Shield da BGA garante a pré-lubrificação para sincronizar com a

escolha de lubrificação do motor, sem efeitos adversos no sistema

de lubrificação do motor”, revelou a BGA. A BG Automotive

(BGA) lança novos produtos todos os meses para garantir, a

todos os seus clientes, as mais recentes aplicações de produtos

no mercado de reposição automotivo. A gama de direção e

suspensão da BGA tem agora 21 novas referências adicionadas

para BMW, Audi, VW, Citroen, Peugeot, Toyota, Vauxhall, Ford,

Honda, Mazda, Mercedes, Renault, Mini e Skoda.

APRESENTA NOVO CATÁLOGO

COMPONENTES ELÉTRICOS

MAI | A MAI empresa especializada na venda e distribuição

de peças elétricas para Automóveis, Náutica, Caravanismo

e Solar, acaba de lançar um novo catálogo. A experiência de

mais de 60 anos no setor permitiu à MAI desenvolver uma

marca de referência no mercado de peças sobressalentes

elétricas para veículos automóveis e comerciais. A filosofia empresarial

baseia-se no serviço aos clientes, na qualidade dos

produtos e na constante inovação e adaptação ao mercado.

Como resultado, os seus horizontes estão constantemente a

expandir-se e as fronteiras a desaparecer. O mercado é principalmente

espanhol, mas está constantemente em expansão

para outros países, designadamente Portugal.

OLIPES DESENVOLVE

AVEROIL 5W30 UHP

PARA PESADOS

A

Olipes

desenvolveu o lubrificante Averoil

5W30 UHP, destinado aos modernos motores

dos veículos pesados que operam em

regimes de serviço muito exigentes. Com este óleo

de baixa viscosidade a frio facilitam-se os arranques

a baixa temperatura e minimiza-se o consumo de

combustível, graças à sua qualificação de “Energy

Conserving”. “Para as empresas de transportes é essencial

que os veículos pesados mantenham um funcionamento

eficiente durante todo o ano e os meses

de frio são os mais exigentes, especialmente em termos

de consumo de combustível e de proteção do

turbo. Os gestores das frotas sabem que é vital que

se garanta continuamente um alto rendimento do

motor, para desta forma otimizarem a eficiência, a

rentabilidade e a competitividade do seu negócio. E

para tal, o lubrificante é um componente fundamental.

E ainda mais quando se trabalha sob as duras

condições ambientais no inverno”, explicou Fernando

Díaz, codiretor geral executivo da Olipes.

56 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


F

| A Wolf Lubricants continua a expandir e

atualizar a sua gama híbrida para equipar o

mercado pós-venda com as inovações mais

recentes de lubrificantes e fluidos. A extensa gama

oferece 100 % de cobertura de modelos de veículos

híbridos, com 45 produtos inovadores, incluindo

8 óleos de motor formulados para utilização em

aplicações de veículos híbridos. Esta atualização

WOLF LUBRICANTS

ATUALIZA GAMA HÍBRIDA

demonstra o compromisso da Wolf para com a mobilidade

elétrica e o apoio de manutenção para os

veículos híbridos, consolidando a sua posição como

um principais participantes da mobilidade elétrica.

Em 2021, o mercado dos elétricos híbridos global

alcançou 5,5 milhões de veículos e espera-se que

alcance 31,2 milhões de unidades até 2027: uma

impressionante CAGR (taxa de crescimento anual

composta) de 31,9 %. O forte crescimento é impulsionado

pelos esforços globais contínuos para reduzir

as emissões e pela legislação que incentivou de

forma agressiva os OEM a produzir veículos elétricos

híbridos com menor consumo de combustível e

emissões de CO2 em comparação com os veículos

alimentados apenas por motores de combustão interna

(ICE).

LANÇA 255 NOVAS REFERÊNCIAS

Metalcaucho | A Metalcaucho faz o último lançamento do ano com 255 novas peças

sobressalentes, para atingir o número total de 30.000 referências no seu catálogo, a mais

extensa do setor na sua categoria. Para concluir 2022, apresenta um lançamento muito variado,

incluindo peças sobressalentes para 34 famílias de produtos diferentes, entre os quais se destacam

34 cubos de rodas, 31 apoios de motor e caixa de velocidades, 17 cremalheiras de direção

e 15 permutadores de calor. Deve ser feita uma menção especial ao crescimento constante da

família de produtos de direcção, uma linha com um grande valor estratégico para a Metalcaucho,

que está em constante crescimento graças às sinergias com a empresa-mãe BBB Industries, líder

americano na família dos componentes de direção. Deve-se recordar que todas as cremalheiras

de direção, com 146 referências já em stock, são 100% novas, e são verificadas no próprio

laboratório de qualidade da Metalcaucho com testes dinâmicos.

SOLUÇÃO PARA CRISTALIZAÇÃO DO ADBLUE

AMIVATIO | A empresa Amivatio anuncia um produto inovador e único no mundo. Após ouvir os seus

clientes e as dificuldades que encontravam, decidiu investir tempo em investigação e testes com vista a

solucionar uma lacuna do mercado, que é a “cristalização” do Adblue. Desenvolveu um aditivo 2 em 1 que

para além de conseguir limpar a cristalização do Adblue também consegue prevenir que este cristalize e

que para além de provocar avarias dispendiosas nos componentes responsáveis pelo bom funcionamento

deste sistema, pode também afetar o dia-a-dia de qualquer condutor, pois o veículo pode não conseguir

arrancar e ficar paralisado derivado as falhas no Adblue. Para quem tem uma frota de pesados que faça

viagens de longo curso pode ser uma grande dor de cabeça, para além de dispendioso afeta toda a logística

inerente. O Urea Anti Crystal Additive elimina e previne a formação de cristais de ácido cianídrico e

incrustações no sistema de Adblue, evitando assim o risco de paralisação do carro.

www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 57


Técnica

&Serviço


Colaboração CESVIMAP

www.cesvimap.com

BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS EM OFICINAS

OFICINAS

VERDES

A IMPLEMENTação DAS BOAS PRÁTICAS,

DESENVOLVIDAS COM CRITÉRIOS

DE SUSTENTABILIDADE, DIMINUI O EFEITO

DA ATIVIDADE DA OFICINA DE REParação

DO MEIO AMBIENTE. UMA PARTE DESTAS PRÁTICAS

TEM UM INCENTIVO ADICIONAL: UMA REDUÇÃO DOS

CUSTOS DE PRODUÇÃO E UMA MELHORIA

DA RENTABILIDADE DO NEGÓCIO

Incêndios, poluição dos mares e rios,

inundações ou secas, são algumas

das consequências da pegada da atividade

humana no meio ambiente. São

cada vez mais extensas as suas sequelas

económicas e pessoais. A sustentabilidade

do nosso planeta afeta a todos nós

e é o trabalho de todos reduzir ao mínimo

o nosso impacto.

Embora a atividade das oficinas de reparação

de automóveis não seja a mais

nociva para o meio ambiente como os

outros processos industriais similares,

gerir inadequadamente os recursos

com os que trabalham, levará a efeitos

indesejáveis. Na atualidade já são

definidas uma vasta coleção de boas

práticas para minimizar este impacto

em relação ao consumo de energia, de

produtos ou os resíduos que geram,

aplicáveis a qualquer atividade ou negócio.

Detalhamos, especificamente, as

oficinas de automóveis ou que tenham

um valor adicionado nesta atividade.

Consumos energéticos

A principal medida para controlar o

consumo energético é centrada na manutenção

das instalações e do equipamento

produtivo da oficina. Um plano

rigoroso de manutenção preventiva,

com o seu adequado controlo e seguimento,

vai permitir o pleno rendimento

de todos os componentes no seu

A PRINCIPAL MEDIDA PARA

CONTROLAR O CONSUMO ENERGÉTICO

É CENTRADA NA MANUTENÇÃO DAS

INSTALAÇÕES E DO EQUIPAMENTO

PRODUTIVO DA OFICINA

www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 23 59


TÉCNICA

&SERVIÇO

UMA INSTALAÇÃO DE autoCONSUMO FotoVOLtaiCO

PODERÁ PROPORCIONAR À OFICINA UMA CapaCIDADE

DE autossuFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE MAIS DE 50%

funcionamento. Todavia, se o nosso

objetivo é de reduzir o consumo de

forma significativa, o único caminho

que existe é substituir o equipamento

por outro com uma maior eficiência

energética. O desenvolvimento

tecnológico e a sua aplicação ao equipamento

da oficina torna possível

que haja atualmente opções verdadeiramente

eficientes. Por exemplo,

as cabines de pintura com o sistema

“inverter” conseguem uma importante

poupança elétrica no arranque

dos motores de impulsão e extração

de ar. Se, para além disso, tivermos

um controlador que adapte a sua velocidade

às necessidades de fluxo de

ar de cada operação podemos reduzir

em 50% ou mais o consumo elétrico

-interessante hoje em dia. Esta poupança

é conseguida num ciclo completo

de pintura de um veículo em

relação a uma cabina convencional.

Se complementarmos esta medida

com uma linha de tinta de secagem

rápida, podemos reduzir o consumo

elétrico 35% mais, uma vez que diminui

o tempo de funcionamento

dos motores da cabine. Logicamente,

ambas as medidas envolvem uma

inversão inicial e um aumento dos

custos de produção, mas pouparíamos

em cada ciclo de pintura aproximadamente

10 € (Este cálculo foi

efetuado com um preço da eletricidade

de 320 €/MWh).

Os outros exemplos de equipamentos

com uma grande eficiência energética

são as cabines com queimadores

de gás de chama direta ou as que utilizam

a energia elétrica ao criar calor

mediante os painéis endotérmicos.

Em ambos os casos a transmissão do

calor é praticamente imediata. Esta

é a sua principal vantagem, pela redução

do consumo energético em

relação às cabines com permutador

de calor convencional. Usar gás natural

ou eletricidade para criar calor

tem uma outra vantagem adicional:

ao obter a mesma potência calorífica

com o gás natural implica que emita

30% menos gases com efeito de estufa

do que se fizéssemos com gasóleo.

Esta redução pode ser ainda maior se

utilizarmos a eletricidade a partir de

fontes renováveis para criar calor.

Na maioria das oficinas de reparação

de automóveis, pelas caraterísticas

das suas edificações, é possível fixar

na cobertura painéis fotovoltaicos

para a criação de eletricidade. Uma

instalação de autoconsumo fotovoltaico

poderá proporcionar à oficina

uma capacidade de autossuficiência

energética de mais de 50%. Atualmente

é um bom momento para a

transição energética perante a energia

solar, facilitado pela nova norma

a este respeito e as subvenções existentes.

Consumo de materiais e

produtos

As oficinas de reparação também

podem reduzir o seu consumo de

materiais e produtos. É necessário

aproveitar os recursos materiais dos

veículos, ao prolongar o seu ciclo

de vida ao máximo. Seguindo este

princípio de economia circular, os

esforços da oficina devem ser centrados

na priorização da reparação das

peças frontais em vez da sua substi-

60 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


tuição por novas peças sobresselentes.

Isto só se consegue ao programar

processos de reparação eficientes e o

equipamento necessário para o efeito.

Posteriormente, há que estar com

atenção para poderem ser constantemente

adaptados à evolução dos materiais

com que serão fabricados os

veículos e aos avanços da tecnologia

de reparação. É essencial a formação

para adquirir ou atualizar os conhecimentos

e competências dos técnicos

da oficina em intervenções sobre os

plásticos, aços, alumínio, materiais

compostos ou vidros.

Não obstante, mesmo que a reparação

não seja viável por um ou outro

motivo, é possível seguir ao ser aplicado

o princípio da economia circular

mediante as peças sobresselentes

usadas ou reutilizadas provenientes

de veículos que já tenham chegado ao

fim da sua vida útil. Cada vez que é

reutilizada uma das peças não é necessário

extrair as matérias-primas

da natureza, nem de utilizar os recursos

no seu fabrico. Para tal, pode

recorrer a um Centro Autorizado de

Tratamento para veículos em fim de

vida, que dispõe de uma ampla oferta

de peças usadas com garantia. Um

outro aspeto importante é o consumo

dos produtos de tinta. É uma boa

prática implantar um controlo do

seu uso, ao registar as quantidades de

cada reparação. Com o registo, iremos

determinar se existem desvios no

consumo ou se podemos otimizá-lo.

Um exemplo: ajustar mais as quantidades

dos produtos preparados,

utilizar frequentemente técnicas de

pintura parcial ou pistolas pulverizadoras

com tecnologia que desenvolva

a transferência da tinta à superfície.

Sobre o resto dos materiais de pintura,

como os produtos para o lixamento

e o polimento, o mascaramento

ou a preparação de misturas,

é recomendável utilizar elementos

de alta eficácia. São mais caros, mas

também mais duradouros, uma vez

que ajudam a reduzir os resíduos que

são produzidos na oficina. Por este

mesmo motivo, devemos excluir, na

medida do possível, os consumíveis

de uso único.

Gestão de resíduos

Na atividade das oficinas de automóveis

é inevitável gerar resíduos

perigosos e não perigosos, por muito

esforço que façamos para otimizar

o consumo dos materiais e dos produtos.

No entanto, uma segregação

detalhada, ao armazenar cada tipo de

resíduos separadamente, bem identificados

e em lugares protegidos,

facilitará a sua posterior reciclagem.

Isto minimizará o seu impacto sobre

o meio ambiente. Por exemplo, existe

uma grande diferença entre as emissões

de gases com efeito de estufa ao

extrair o alumínio diretamente da

natureza do que produzir peças de

sucata com este material. Porquê? É

fácil, poupa-se uma grande quantidade

de energia elétrica com o segundo

exemplo. Assim, ao segregar um só

capot de alumínio para reciclagem e

recuperação da sua matéria-prima,

permite evitar até 65 kg de CO2. É

aproximadamente o mesmo que conduzir

400 quilómetros num automóvel

a gasolina. Felizmente, são cada

vez mais as oficinas sensibilizadas

com a proteção do meio ambiente e

a seguir estas práticas. É a tarefa de

todos de reconhecer os seus esforços

para que a sua atividade não afete negativamente

na sustentabilidade.

A ANECRA vai permitir a cinquenta

empresas do Comércio e da Reparação

Automóvel, de todo o país, a obtenção

da certificação “EFFICIEN-

TIA”, que visa fomentar a eficiência

energética, a aquisição de comportamentos

mais racionais, quanto ao

consumo de energia e a adoção de

novos hábitos de consumo. Todas as

empresas do Comércio e da Reparação

Automóvel, associadas ou não

da ANECRA, podem candidatar-se,

gratuitamente, à obtenção da certificação

através do preenchimento do

formulário no website da Associação.

Segundo Roberto Gaspar, Secretário-Geral

da ANECRA, “a sensibilização

para a importância do tema da

energia, enquanto recurso escasso, e

a sua forma de utilização, é um tema

central no subsector das empresas do

Comércio e da Reparação Automóvel.

Por essa razão, é urgente oferecer-

-lhes ferramentas críticas para promoção

de novos comportamentos em

relação à temática da Energia, potenciando

uma participação mais sustentável

e racional na sociedade em

geral”. A certificação “EFFICIENTIA”

terá ainda, como suporte à sua comunicação,

além da página de Internet,

a dinamização em redes sociais:

Facebook, Instagram e LinkedIn, a

impressão de cartazes informativos,

a realização de três workshops de

âmbito nacional e de um manual de

eficiência energética para adoção por

parte das empresas. l

MESMO QUE A REPARAÇão DA PEÇA NÃO SEJA VIÁVEL É POSSÍVEL

SEGUIR O PRINCÍPIO DA ECONOMIA CIRCULAR COM A UTILIZAÇão

DE PEÇAS SOBRESSELENTES USADAS OU REUTILIZADAS


Gestão

plesmente pedir a um membro da equipa que faça

telefonemas aleatórios, trate esta tarefa como se

fosse uma campanha. Faça a chamada tanto para

ouvir como para informar, dando-lhes a conhecer

os seus serviços, as suas ofertas de boas-vindas e

as novidades que está a lançar. Utilize a chamada

para atualizar dados e fazer correções.

MARKETING PARA OFICINAS

SURPREENDA

O SEU CLIENTE!

MUITAS OFICINAS NÃO COMPREENDEM O MARKETING,

mas DEVIAM, POIS É absolutamente VITAL PARA O SEU POTENCIAL

DE SUCESSO. NÃO IMPORTA SE A OFICINA É GRANDE OU PEQUENA,

OU QUE PRODUTOS OU SERVIÇOS DISPONIBILIZA, A verdade

É QUE O MARKETING NÃO PODE SER IGNORADO E TEM DE FAZER

parte DA CULTURA DE QUALQUER ORGANIZAÇÃO DE SUCESSO

O

marketing é uma das funções mais incompreendidas

do setor. Este facto pode estar

relacionado com a imagem vistosa frequentemente

associada à profissão de marketing. Talvez

também seja visto como algo que só é feito por

pessoas de marketing e não diz respeito ao resto

do setor. Quaisquer que sejam as razões para qualquer

imagem negativa que o marketing possa ter,

é essencial compreender que o marketing é vital

para assegurar a sobrevivência e o crescimento

de qualquer empresa. Deixamos a seguir algumas

dicas sobre o que pode fazer para surpreender os

seus clientes neste início de ano:

1 . Informe novos serviços

que vai disponibilizar

Faça uma lista dos seus novos serviços/revisões

adicionais de veículos com quaisquer ofertas correspondentes.

Quando tiver a sua lista de serviços

e ofertas especiais, planeie as datas de lançamento

dos mesmos, para que tenha um fluxo constante de

campanhas atrativas.

2. Utilize o telefone

Deve contactar telefonicamente os seus clientes

para os informar dos novos serviços que está

a oferecer. Mas seja organizado. Em vez de sim-

3. Aposte nos folhetos

Crie um ou vários folhetos A5, combinando os

detalhes sobre novos serviços e quaisquer ofertas

especiais correspondentes. Coloque os folhetos nas

caixas de correio das casas que se encontram nos

códigos postais de onde provém a maior parte dos

seus clientes. Faça o mesmo com os seus clientes

empresariais, com um texto diferente que reflita as

necessidades destes clientes e os serviços que lançou

especificamente para eles.

4. Faça-se ouvir nas redes sociais

Promova as suas atividades e ofertas nas redes sociais.

Tire algumas fotografias da sua oficina e da

equipa. Adicione algum interesse humano às suas

publicações para incentivar a partilha e o apoio.

Envie a fotografia para os meios de comunicação

locais, com um texto sobre os novos serviços que

está a disponibilizar e as campanhas em vigor.

5. Utilize o seu calendário

Certifique-se que as campanhas estão agendadas

no seu calendário de modo a que, num relance,

consiga ver: quem é o público (clientes particulares

ou empresariais), o que está a oferecer, qual é

a sua mensagem, como irá promover a campanha

em questão (chamada telefónica e 2 e-mails: um

e-mail para o lançamento da campanha e outro de

seguimento), quando tem início e termina (por ex.

1 a 31 de março) e, finalmente, quem é o responsável

por assegurar a concretização. Se conseguir fazer

o planeamento com este método simples, mas

eficaz, as marcações na oficina vão aumentar. Não

só não deixa nada ao acaso, como também garante

que esse marketing de custo reduzido impulsiona

consistentemente os contactos e as marcações, semana

após semana.

Boa sorte! l

62 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com


P A R T I C I P E

E P O D E R Á

C H E G A R À F I N A L

N A e x p o M E C Â N I C A

w w w . m e l h o r m e c a t r o n i c o . p t

By jornal das oficinas

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Siga-nos nas redes sociais

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Convenção ANECRA

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Dia da Liberdade

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PORQUE

NÃO SÃO

TODOS IGUAIS

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Distribuidores de pneus para profissionais desde 1989

em Espanha, França, Alemanha e Portugal. Mais de 30

anos nos sustentam na qualidade de nossos serviços

como fornecedores de pneus.

JUNTE-SE



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O MAIOR DISTRIBUIDOR DE PNEUS EM PORTUGAL 229 699 480


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JULHO

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DEZEMBRO

Restauração da independência

Dia da Imaculada Conceição

Natal

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AGOSTO

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Assunção de Nossa Senhora

SETEMBRO

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cinas.com

NOVEMBRO

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Dia de Todos os Santos

Fórum DPAI/ACAP

OUTUBRO

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Implantação da República

RNAL DAS OFICINAS 2023







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des sociais

Convenção ANECRA

IX Gala TOP 100

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