Jornal das Oficinas 204
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jornaldasoficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira
204
C
Janeiro 2023 Y
PERIODICIDADE | MENSAL
ANO XVI | 3 EUROS
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FALTA DE MÃO DE OBRA NAS OFICINAS
PROFISSIONAIS PRECISAM-SE
Patxi Gorrotxateji
Pág. 28 \\ A Talosa, fabricante espanhol
de componentes de suspensão e direção
está em curva ascendente. O JO esteve
em Pamplona, na sede da empresa, para
conversar com o diretor executivo, Patxi
Gorrotxateji
Marketing para oficinas
Pág. 62 \\ Não importa se a oficina é
grande ou pequena, ou que produtos ou
serviços disponibiliza, a verdade é que o
marketing não pode ser ignorado e tem
de fazer parte da cultura de qualquer
organização de sucesso
Pág. 06
Pág. 06
Grup Eina
Pág. 36 \\ A AD Parts apresentou a nova
sede do Grup Eina em Figueras, Girona.
Foi a primeira vez que o grupo abriu as
portas deste centro técnico aos meios de
comunicação, para mostrar todos os serviços
de apoio que disponibiliza às oficinas
Oficinas Verdes
Pág. 58 \\ A implementação das boas
práticas, desenvolvidas com critérios de
sustentabilidade, diminui o efeito da
atividade da oficina de reparação no meio
ambiente. Uma parte destas práticas implica
uma melhoria da rentabilidade do negócio
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Aftermarket em Portugal
Editorial
204
Janeiro 2023
Folha de serviço...........................................................04
DESTAQUE
Falta de Mão de Obra qualificada........................06
CAMPANHA
E-Mobility.........................................................................18
ATUalidadE
Forum DPAI/ACAP...................................................... 22
NOTÍCIAS
Empresas......................................................................... 24
Produto............................................................................. 52
ENTREVISTAS
Patxi Gorrotxateji.........................................................28
Enrique Junquera........................................................ 32
EMPRESA
Grup Eina.........................................................................36
PDAuto..............................................................................40
OFICINA DO MÊS
Revisauto Center........................................................44
REPINTURA
Concurso Melhor Pintor...........................................46
TÉCNICA & SERVIÇO
Oficina Verde..................................................................58
GESTÃO
A importância do marketing..................................62
TECNOLOGIA
E LEGISLAÇÃO
Com o início de um novo ano, poderá ser útil fazer o ponto de situação de onde o mercado
de pós-venda está, e para onde vai. Julgamos que nunca se viram tantas mudanças no
setor automóvel. Estas mudanças não se limitam ao que assistimos nos últimos anos,
mas inclui também a próxima década. Algumas delas ainda não tiveram impacto no
mercado de pós-venda, mas irão ter, e quando isso acontecer, esse impacto será significativo.
As mudanças recaem sobre duas categorias distintas, ainda que relacionadas: a
tecnologia dos veículos e a legislação. Estas estão a obrigar a grandes decisões tanto no setor automóvel
como no panorama político.
Tais decisões irão afetar significativamente todo o setor automóvel, e, dentro deste, as oficinas multimarca
independentes, quer grandes quer pequenas. Os principais elementos do mercado de pós-venda
atual são impulsionados pelas mudanças na conceção de veículos. Isto não inclui apenas a crescente
sofisticação dos sistemas de bordo centrados em software, mas também as novas formas de comunicar
com o próprio veículo.
À medida que os fabricantes de veículos progridem no sentido dos sistemas automatizados, e, em última
análise, dos veículos autónomos, estes desenvolvimentos exigem uma capacidade de atualização do software
para terem sucesso. Isto já começou com o «automóvel conectado». O acesso remoto aos dados de bordo
está a ser utilizado para implementar «serviços preditivos», para sugerir serviços e reparações diretamente
ao condutor por parte do fabricante do veículo. Atualmente, o processo de reparação começa na oficina,
mas se este começar a ter início no veículo, e não nos conseguirmos ligar a esse veículo remotamente, como
poderemos disponibilizar ao cliente um orçamento competitivo ou uma marcação na oficina?
A “Internet das coisas” (IOT) irá mudar a abordagem ao diagnóstico, serviço e reparação de veículos,
mas também a forma como o equipamento da oficina será ligado, a forma como lida com os dados dos
seus clientes e a forma como troca dados fora da oficina, tanto como consumidor de dados, mas também
como fornecedor de dados. Tudo isto pode parecer ficção científica, mas já está a acontecer hoje em dia
com muitos fabricantes de veículos nas oficinas dos seus concessionários. Se o aftermarket não começar a
desenvolver a mesma abordagem e ofertas de serviços, então não será capaz de competir.
Isto leva à questão sobre qual a nova legislação que precisa de ser acordada e implementada para apoio
ao pós-venda e a outros novos prestadores de serviços. O mercado aguarda pela entrada em vigor do
novo MVBER (Motor Vehicle Block Exemption Regulation), o documento que regulamenta a atividade
de todo o setor automóvel, incluindo as empresas de distribuição de peças e oficinas. Entretanto, as dificuldades
no acesso à informação para a reparação são contínuas, têm elevados custos e consideráveis
atrasos, porque ainda que o fabricante seja obrigado a conceder a informação, não é explícita a janela
temporal de que dispõe para a fornecer, o que muitas vezes torna a intervenção impossível de realizar em
tempo útil. Por outro lado, os conteúdos fornecidos na Informação à Manutenção e Reparação, não são
uniformes, o que gera confusão e dificuldade na sua interpretação. Isto tem de ser devidamente legislado
a fim de defender o próprio consumidor final, porque o que está em causa é ter direito de escolher entre
ir a um concessionário de marca ou a um operador independente.
JOÃO VIEIRA | Diretor
DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com
// JORNALISTA JOANA MENDES joana.mendes@apcomunicacao.com // WEBMASTER ANTÓNIO VALENTE // ARTE HÉLIO FALCÃO // SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com
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www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 3
FOLHA
DE SERVIÇO
IPSIS
VERBIS
ROBERTO GASPAR
SECRETÁRIO-GERAL DA ANECRA
A SENSIBILIZAÇÃO PARA A
IMPORTÂNCIA DO TEMA DA
ENERGIA, ENQUANTO RECURSO
ESCASSO, E A SUA FORMA DE
UTILIZAÇÃO, É UM TEMA CENTRAL
NO SETOR DAS EMPRESAS DO
COMÉRCIO E DA REPARAÇÃO
AUTOMÓVEL. POR ESSA RAZÃO, É
URGENTE OFERECER-LHES
FERRAMENTAS CRÍTICAS PARA
PROMOÇÃO DE NOVOS
COMPORTAMENTOS EM RELAÇÃO À
TEMÁTICA DA ENERGIA
JO PRESENTE NA EXPOMECÂNICA 2023
O
JO irá estar presente em força no próximo
Salão expoMECÂNICA como organizador
da quinta edição da Competição Melhor
Mecatrónio. Durante os três dias do Salão (14, 15
e 16 de abril 2023), irão decorrer, num espaço de
200 m2 localizado no pavilhão 3 da Exponor, as
provas da grande final. Oito mecatrónicos irão estar
a concorrer para a conquista do ambicionado
Troféu de Melhor Mecatrónico do Ano. Convidamos
por isso todos os interessados a visitar o Salão
e assistir ao vivo ao desenrolar das várias provas.
Com quatro pavilhões totalmente ocupados por
expositores nacionais e estrangeiros, a 8ª edição
da expoMECÂNICA promete ser a maior e mais
completa de sempre. A Organização está confiante
de que o evento ultrapassará a dimensão
das edições anteriores. Para tal, muito está a contribuir
a presença de empresas estrangeiras. A
praticamente três meses da inauguração, a Organização
prepara com os principais intervenientes
do mercado uma certame mais qualificado, com
uma forte aposta na formação, no debate e na
componente digital. Nas áreas da formação e do
debate, a feira vai continuar a oferecer aos visitantes
as suas mais emblemáticas iniciativas, mas
há novidades.
ENRIQUE JUNQUERA
DIRETOR GERAL DA ANDEL
NÃO TEMOS PRESSA, VAMOS
RESPEITAR A DISTRIBUIÇÃO, ATÉ
PORQUE QUEREMOS CRIAR UMA
REDE DE LOJAS DE FORMA
SELETIVA, QUE CONVIVAM, QUE
OPEREM NO MERCADO COM
SENTIDO DE GRUPO E COM AS
QUAIS POSSAMOS CUMPRIR AS
NECESSIDADES DE TODAS, AS
ANTIGAS E AS NOVAS
SEMÁFORO
PATXI GORROTXATEJI
DIRETOR EXECUTIVO TALOSA
DENTRO DO SETOR DE
AFTERMARKET INDEPENDENTE,
SOMOS O GRUPO NÚMERO UM NO
MUNDO PARA DIREÇÃO E
SUSPENSÃO. À PARTE DISTO,
INVESTIMOS NA PARTE DE
BORRACHA-METAL, NA QUAL JÁ
TEMOS A NOSSA PRÓPRIA FÁBRICA,
ONDE DESENVOLVEMOS TODOS OS
SINOBLOCOS DOS NOSSOS BRAÇOS
DE SUSPENSÃO, OS CUBOS DE
RODA, E ESTAMOS A COMEÇAR A
PRODUZIR SUPORTES DE MOTOR E
OUTROS COMPONENTES
Transição verde obriga forte
investimento
Que a transição energética das empresas
é uma inevitabilidade, além de uma
necessidade em termos ambientais, e
trará frutos em termos de competitividade
para as empresas, ninguém tem dúvidas.
Mas vai obrigar a um investimento forte
por parte dos empresários e ao recurso
a financiamento, pelo que o facto de
os critérios de concessão de crédito às
empresas estarem mais restritivos pela
banca não contribui para a evolução da
situação. “Por outro lado, não está ainda
em funcionamento o Portugal 2030, que
constituirá uma importante fonte para
a realização deste investimento”, como
lembra o presidente da AEP.
Chumbo à semana de 4 dias
O tecido empresarial atribui nota
negativa à experiência-piloto da semana
de 4 dias de trabalho que o Governo
vai implementar, de forma voluntária
e apenas ao setor privado, a partir de
junho de 2023. Entre as mais de mil
respostas ao inquérito promovido pela
AEP, os empresários foram claros na sua
posição e argumentam que a medida
terá um impacto muito negativo sobre
a competitividade, a produtividade e
os lucros das empresas. Entre outras
conclusões verifica-se que um terço
das empresas considera que a ideia só
beneficia os trabalhadores e outro terço
defende mesmo que não será benéfica
para nenhuma das partes.
AleCarPeças mais fortalecida
A aquisição da AleCarPeças pelo fundo
de investimento Crest II vem fortalecer a
empresa fundada por Jochen Staedtler e
atualmente liderada por Pedro Rodrigues.
O fundo de capital de risco “Crest II” dedicase
à realização e gestão de investimentos
em empresas e dispõe, atualmente, em
Portugal, de investimentos nos setores
da produção de mobiliário de casa de
banho; distribuição grossista de peças e
assessórios para automóveis ligeiros, e
produção e comércio de acessórios para a
prática de todo-o-terreno, caravanismo e
autocaravanismo. A operação encontra-se
em curso e deverá ficar concluída dentro de
pouco tempo.
4 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
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Destaque
FALTA DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA
PROFISSIONAIS
PRECISAM-SE!
A ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA PARA AS OFICINAS É UM PROBLEMA PREMENTE DO
SETOR PÓS-VENDA AUTOMÓVEL. ATRAIR E RETER TALENTOS AFIGURA-SE UMA TAREFA CADA VEZ MAIS
COMPLICADA, HAVENDO MUITO TRABALHO A FAZER POR PARTE DE TODOS OS ENVOLVIDOS. O JORNAL
DAS OFICINAS FOI OUVIR VÁRIOS ESPECIALISTAS, PARA PERCEBER COMO SE PODE, AINDA, REVERTER A
SITUAÇÃO
Nos últimos anos, o interesse pela área do pós-
-venda automóvel tem vindo a diminuir.
Um setor em franco desenvolvimento, com
muitas novidades tecnológicas e uma evolução fulgurante,
que se vê a braços com inúmeras dificuldades
para contratar novos profissionais. O advento
dos carros modernos e repletos de componentes digitais,
ou até dos veículos híbridos e elétricos, traz
tanto de inovação como de desafio para aqueles que
se dedicam a esta área. No entanto, se há uns anos,
até os mais curiosos e desembaraçados se poderiam
lançar na reparação automóvel, hoje dificilmente
alguém sem as devidas qualificações consegue diagnosticar
e reparar os automóveis atuais.
Mas se a magia da mecânica não desapareceu e,
aparentemente, este é um setor que até se tornou
mais interessante e moderno, o que pode justificar
esta aflitiva falta de recursos humanos nas oficinas
de Norte a Sul do país (e também pela Europa
fora)? Neste artigo tentaremos perceber o que motiva
– e sobretudo o que desmotiva – as camadas
mais jovens da atualidade no momento de escolher
uma carreira profissional, assim como o que está a
levar os trabalhadores da reparação automóvel a
desistir e enveredar por outras áreas, e vamos ver o
que está a ser feito tanto nos centros de formação
em Portugal, como em entidades internacionais
para dar a volta ao caso, que se afigura cada vez
mais grave.
Em novembro e dezembro, o Jornal das Oficinas
dedicou alguns episódios do Podcast «Dar Voz ao
Aftermarket» ao tema «Falta de recursos humanos
qualificados», onde pudemos ouvir oradores de
diferentes áreas, que nos traçaram o cenário real
sobre o que está a afugentar os trabalhadores
das oficinas auto. O consultor Manuel Valadas,
o diretor do Centro de Formação Profissional
de Reparação Automóvel (CEPRA), António
Caldeira, o diretor da T Academy, Jorge Zózimo, e
ainda o diretor de formação da Academia de Formação
ATEC, Pedro Oliveira, foram bastante incisivos
nas suas respostas, e opinaram sobre os grandes
desafios do setor no momento, assim como
partilharam várias ideias que podem e devem ser
tidas em conta pelos empresários nacionais.
Diagnóstico fácil
Ao contrário do que faz falta para mexer num
automóvel atual, para diagnosticar o que se passa
no setor de reparação automóvel, não é preciso
ter grandes qualificações. A realidade é crua e está
bem à frente dos nossos narizes. O fluxo de entrada
dos trabalhadores nas profissões do setor vai-se
reduzindo, ano após ano, e com a saída natural dos
mais velhos para a reforma há cada vez mais lugares
por preencher. Assistimos a uma indústria em
mudança permanente, com impacto forte no negócio
de pós-venda, que não se coaduna com profissionais
que não evoluem. Esta revolução industrial
está já a provocar alterações nos quadros de competências
dos recursos humanos, com a formação
– e o reskilling – dos ativos humanos a assumir
um papel fundamental e diferenciador, face aos
desafios impostos pelos novos paradigmas. Assim,
é compreensível que, ao nível das qualificações, a
fasquia esteja bastante mais elevada do que estava
há algumas décadas, afunilando em grande parte o
número de possíveis candidatos às vagas no setor.
Depois, importa também falar sobre remuneração.
Os profissionais olham para o trabalho que têm
em mãos e depressa percebem que é uma função
que exige não só muitos conhecimentos, bem como
muita responsabilidade, sem que os ordenados
acompanhem devidamente estes requisitos. Em
Portugal, a experiência e conhecimento não são valorizados
e a maior parte da mão de obra vem dos
centros de formação, uma vez que é mais barata.
Passado um ou dois anos, os trabalhadores acabam
inevitavelmente por se mudar para outras oficinas
onde possam ganhar um pouco mais, muito por
força do que constatamos ser a moderna forma
de vida dos jovens profissionais dos nossos dias:
a preocupação não se prende com a construção de
uma carreira ou a ascensão no posto de trabalho,
como era antigamente. Pelo contrário, são jovens
mais imediatistas e pragmáticos, disponíveis para
novas experiências e desafios, tendendo, por força
disso, a aproveitar propostas de salários mais interessantes,
mesmo que isso signifique entrar numa
experiência de curto prazo, sabendo, desde logo,
que facilmente regressam ao mercado de trabalho,
caso as expetativas que tinham não sejam correspondidas.
Os jovens querem, essencialmente, qualidade de
vida. Condições laborais que respeitem horários
e permitam conciliação familiar são as maiores
exigências. A comparação mais simples é com a
indústria onde, por exemplo, os jovens mecânicos
encontram alternativas a ganhar o mesmo ou
mais, com menos problemas e responsabilidades,
em trabalhos que, por vezes, são menos comprometedores
para a sua saúde.
Um setor pouco atrativo
Face a este panorama, torna-se complicado atrair os
mais novos para carreiras no pós-venda automóvel,
ainda que nos deparemos com algumas ambiguidades.
As vagas disponíveis nos cursos relacionados
são poucas para tantos candidatos, da mesma forma
que também são poucos os que ficam efetivamente
empregados depois de tirarem os cursos.
As empresas (muitas vezes de pequena dimensão),
têm receio de investir na formação dos jovens que
podem não conseguir segurar enquanto funciowww.jornaldasoficinas.com
Janeiro I 2023 7
DESTAQUE
AS ÁREAS DE CHAPA E PINTURA SÃO AS QUE ACUSAM MAIORES
DIFICULDADES EM RECRUTAR PROFISSIONAIS E HÁ POUCA LUZ ao FUNDO
DO TÚNEL NAQUELA QUE JÁ É CONSIDERADA UMA QUESTÃO ENDÉMICA UM
POUCO POR Toda A EUROPA
nários. Dentro da oficina, perdeu-se
a figura de «aprendiz», e acaba por
sair muito caro a uma empresa pagar
a um funcionário que, no fundo, ainda
está só a aprender. Aqui, os concessionários,
com maior capacidade
financeira, acabam por se destacar,
por terem mais possibilidades de
contratação do que os pequenos empresários.
Das fileiras da massa crítica,
brotam críticas à falta de coragem
destes empresários em cobrar mais
pela mão de obra, o que, consequentemente,
viabilizaria maior disponibilidade
financeira para os salários
dos funcionários. Já os empresários,
queixam-se da falta de gente qualificada,
com vontade de aprender e
responsabilidade para encarar estas
profissões. Até ao momento, a solução
começa a afigurar-se na contratação
de mão de obra estrangeira, tal
como já acontece em Espanha (que
está a recrutar na América Latina e
nos países de Leste). Perante isto, a
verdade é que nunca foi tão difícil
atrair e fidelizar o talento capaz de
impulsionar o crescimento das organizações
e, naturalmente, da economia.
A questão que fica para reflexão
é: e se fôssemos nós, os jovens à
procura de trabalho, iríamos bater à
porta do pós-venda automóvel?
Tempo de agir
O podcast do Jornal das Oficinas
reuniu vários oradores, que são unânimes
na necessidade de fazer algo
para mudar a situação do setor. Da
formação, à valorização salarial, passando
por melhores condições de
carreira, são várias as ideias apresentadas
pelos nossos convidados e que
agora recordamos.
Enquanto diretor do CEPRA, António
Caldeira explica que a escassez de
mão de obra acontece a nível nacional
e internacional, pelo que cabe a
entidades como aquela que gere conseguir
“encontrar e motivar os jovens
para terem uma qualificação inicial e
o reskilling para quem já está no setor”.
A seu ver, esta falta de interesse
pelas profissões da reparação auto
deve-se à “dificuldade a nível social
de as valorizar”, havendo mesmo
uma “inércia enorme para fazer com
que a população em geral mude a
opinião que tem formada e que muitas
vezes nem tem fundamento ne-
nhum”, lamenta. O dirigente entende
que “os jovens são atraídos por algo
que os desafie, que seja interessante
e diferenciador junto dos amigos e
da família”, de maneira que é preciso
“divulgar o setor e tornar as profissões
apelativas para que os jovens
lhes deem a devida atenção”.
Entre o que se pode fazer, nota a importância
de atualizar as designações
das profissões: “Eu já não uso «bate-chapas»
nem «picheleiro», uso
reparador de carroçarias, porque os
outros termos remetem para uma
altura em que havia um martelo e
pouco mais. Hoje, um reparador de
carroçarias é um técnico de elevado
gabarito, que tem que ter conhecimentos
acima da média, é uma
profissão exigente. E o imaginário
das pessoas é diferente da realidade
atual. É preciso mostrar com ênfase
as condições em que, atualmente,
um pintor ou um reparador de carroçarias
trabalha numa oficina, para
verem que afinal até é uma profissão
melhor do que outras”, declara. Uma
opinião que é partilhada pelo consultor
Manuel Valadas, que defende
a evolução das profissões, questionando
“porque é que não se chama
Técnico de Pintura Auto? Porque é
mesmo isso que ele é! Está diariamente
em contacto com tintas que
podem custar mais de 200 euros/
litro, com ferramentas eletrónicas e
com tudo o que hoje rodeia qualquer
profissão nesta área, que são as novas
tecnologias. Isso per si, já é atrativo
para os jovens”, considera. Também
a divulgação é, a seu ver, basilar
para chegar à opinião pública e dá
como exemplos a necessidade de as
empresas “mostrarem o interior das
suas instalações, a área de reparação,
ao mesmo tempo que promovem os
serviços nos seus websites e redes sociais”.
Tudo o que não é comunicado,
afirma, “torna-se pouco atrativo para
a opinião pública. Se não é divulgado,
não existe e ninguém o vai recomendar
aos filhos!”, assegura.
“Criar o bicho do automóvel”
Pedro Oliveira, diretor de formação
da ATEC – Academia de formação,
observa uma questão cultural na
desvalorização da área automóvel,
justificando que “há alguns anos, as
pessoas menos qualificadas iam para
8 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
DESTAQUE
EM PORTUGAL, A EXPERIÊNCIA E O CONHECIMENTO NÃO SÃO vaLORIZADOS
E MUITas CHEFIAS TÊM MEDO DE COLOCAR PESSOAS VÁLIDas. COM ESTA
MENTALIDADE A EVOLUÇÃO SERÁ MAIS LENTA
a construção civil ou para a mecânica
automóvel e hoje em dia as coisas
não são assim”. No entanto, refere,
“se abrirmos um curso de chapa e
pintura – na ATEC não temos esta
área – não temos inscrições, talvez
ainda pela ideia mal percecionada de
que as pessoas que iam para esta área
tinham poucos estudos. Uma ideia
errada!”. Pedro Oliveira acredita que
“cabe a nós, setor, estar envolvido,
mostrar as boas práticas e o trabalho
dos bons profissionais que temos”.
Também para Jorge Zózimo, diretor
da T. Academy, “criar o bicho do
automóvel nos jovens” é parte da
solução para o problema da falta de
mão-de-obra. O responsável da empresa
de formação assevera que “os
jovens têm de sentir que é interessante
e que não vão andar constantemente
sujos de óleo e a chapinhar
em lama. As oficinas não são assim,
são muitíssimo boas, na maior parte
dos casos”. Além disso, aponta que
é preciso desmistificar que a colisão
não é um trabalho agreste e que hoje
em dia exige conhecimentos a nível
da engenharia automóvel.
Paralelamente à valorização da profissão,
é, segundo os nossos entrevistados,
absolutamente necessário
proceder a uma revisão das remunerações,
motivo que também está a arredar
cada vez mais profissionais das
oficinas. António Caldeira, do CE-
PRA, advoga “a valorização da mão-
-de-obra”. Assim, os clientes pagam
mais pelos serviços realizados, permitindo
aos empresários pagar mais
aos seus profissionais. Já Jorge Zózimo,
indica como solução a melhoria
da gestão oficinal, pois “acontece
muitas vezes esta ser deficiente, com
muitas horas mortas para os mecânicos.
Andam alguns a limpar oficina,
outros a passear no balcão das peças,
outros não têm o trabalho devidamente
organizado e o número de horas
que se perdem em algumas oficinas,
é enorme”. No fundo, repara, “o
número de técnicos de que necessito
poderia ser menor e poderia remunerá-los
melhor. Há margem para aumentar
as condições que temos para
oferecer aos profissionais”. Relevante
também, seria, pelo menos, divulgar
no anúncio de emprego o intervalo
de valores disponíveis para o salário
do funcionário a contratar, um facto
que, para o consultor Manuel Valadas,
logo à partida, “não gera motivação
para quem o está a ler”.
Chegar e entrar na verdadeira realidade
do setor nem sequer é o problema,
na opinião de Pedro Oliveira,
da ATEC, que conta que o que desincentiva
os jovens de se manterem
na profissão é aperceberem-se que
têm colegas com “40/50 anos, com
ordenados muito baixos e não querem
isso para o futuro deles, pelo que
procuram ir para outras áreas onde
são mais reconhecidos”.
Novas gerações
Os jovens atuais têm mentalidades
e objetivos diferentes dos profissionais
que entraram no ativo nos anos
70/80/90. Se estes últimos queriam
“estabilidade, um vencimento fixo e
uma ligação à empresa”, como descreve
António Caldeira, do CEPRA,
hoje “um jovem compara qualquer
remuneração e regalia, porque não
há dificuldades de empregabilidade”.
Na verdade, o cenário mais comum
é mesmo a «dança das cadeiras», de
empresa em empresa, a ver «quem
dá mais». O desespero dos empresários
para encontrar mão de obra qualificada
é tal, que o que mais acontece
é o «roubo» de profissionais, que é “a
saída mais fácil, ir ao vizinho, oferecer
mais dinheiro e trazer o funcionário”,
como diz Pedro Oliveira, da
ATEC. O responsável não concorda
que exista “escassez de mão de obra
qualificada”, até porque “notamos
que existem muitos interessados em
tirar os cursos de mecatrónica automóvel
que nós tempos. O que reparamos
depois é que o mercado não dá
continuidade a todos esses formandos
que nós colocamos nas oficinas
a estagiar e importa pensar porquê”.
Nestes tempos em que a tecnologia
evolui sem parar, o setor de pós-venda
automóvel precisa cada vez mais
de profissionais preparados para
lidar com os veículos mais recentes
que chegam diariamente às estradas.
Os recursos humanos de há 40/50
anos tinham de ter “brio profissional,
orgulho na profissão e deveriam
trabalhar para fazer o correto à primeira
e com verdadeiro entusiasmo”,
diz Jorge Zózimo, que acrescenta que
hoje em dia, a estas caraterísticas se
soma a obrigatoriedade de ter outras
competências técnicas, “formação
continuada, estar up to date com
os produtos que vão reparar… mas
também temos de lhes dar condições
na área onde trabalham: elevadores
como deve de ser, ferramentas de
todo o tipo, ter um ambiente limpo,
observando todas as regras de
10 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
segurança no trabalho”. Para o engenheiro
mecânico, e antigo professor
do ISEL, “o papel das escolas é falar
mais com a indústria”.
Já Manuel Valadas considera urgente
a tomada de decisões, nomeadamente
“uma espécie de instituto
que consiga preparar jovens para
abraçarem novas profissões existentes
na reparação automóvel, para
dar resposta às solicitações das empresas”.
Para tal, entende que é preciso
“aproveitar a experiência da
ANECRA e do CEPRA”, defendendo
mesmo que esta última deveria estar
presente em quase todas as capitais
de distrito. O consultor vê ainda a
necessidade de haver um trabalho de
maior proximidade entre empregado
e empregador: “quando o advogado
entra na empresa, o diretor-geral
recebe-o no seu gabinete e trata as
coisas com ele de forma eticamente
correta. Explica-lhe o que é a empresa,
o que precisa dele. Se entra um
Técnico de Pintura Auto na empresa,
quem é que o recebe? Porque não há
de ser o diretor-geral a fazê-lo? Para
que ele sinta que faz parte daquela
família. A pessoa sente-se útil, faz
parte da empresa”. Depois, o especialista
considera que é preciso que
o supervisor acompanhe o crescimento
dos funcionários, dando-lhes
objetivos e comprometendo-se, em
conjunto, com o cumprimento dos
mesmos, pois “assim o profissional
sente-se respeitado, sente que está
a contribuir para a produtividade e
qualidade da empresa e o supervisor
conhece melhor o seu colaborador”.
O diretor de formação da ATEC, Pedro
Oliveira, revela que tem havido
muita estabilidade na procura dos
cursos do centro de formação ao longo
dos últimos anos, tanto no polo
de Palmela, como em Matosinhos.
Sente, sobretudo, que a grande diferença,
como referiu anteriormente,
está no local onde os formandos são
colocados para estágio: “temos excelentes
profissionais que propiciam
muitos bons estágios e que ensinam
de tudo, não só a vertente mais técnica,
mas também os capacitam para
o que lhes faz falta para serem bons
profissionais, tanto ao nível das soft
skills, ou como podem ter autonomia
no seu trabalho, algum pensamento
crítico e repensarem tudo o que estão
a fazer, incutindo-lhes o espírito de
que não sabem tudo e que é preciso
uma procura constante para evoluir”.
O responsável sabe que é possível
“fazer mais na área da formação, temos
de repensar os nossos cursos, de
forma a integrar no curso de mecatrónica
esta valência da chapa e da
pintura, para que os nossos formandos
possam experienciar algumas
aulas teóricas e práticas à volta deste
tema. Temos de aproveitar os jovens
que querem aprender uma profissão
deste setor para que aprendam outras
ou, pelo menos, outra valência,
dentro do aftermarket”. Além disso,
considera que o papel da ATEC
para desenvolver a profissão passa,
também, por realizar parcerias com
“muitas redes que nos procuram
para ter formação, pois vendemos
um produto que traz qualidade e
mais valia àquele profissional”.
Por outro lado, Jorge Zózimo relembra
o papel associativo, destacando
que “as três associações que temos
em Portugal ligadas ao setor poderiam
fazer campanhas de angariação
de vocações para esta área”.
No CEPRA, António Caldeira, assume
que a parte fácil “é diagnosticar
o problema”, adiantando que o difícil
é ter o apoio dos empresários, que
devem estar implicados na situação.
Neste sentido estão já a promover
formações exclusivas para determinadas
empresas: “Tentamos encontrar
interessados junto dos centros
de emprego e formamos um grupo
à medida para essas empresas. Têm
a componente teórica no CEPRA e
depois vão ter a prática nas empresas,
que é essencial”, conta. Sobre as
competências que um trabalhador
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DESTAQUE
INQUÉRITO JO falta DE MÃO DE OBRA
QUALIFICADA PARA as OFICINAS
PREOCUPAÇÃO
E DESÂNIMO!
A grande escassez de mão de obra qualificada para
as oficinas AUTOmóvel é o desafio que, provavelmente,
mais preocupa as empresas de reparação em Portugal.
Por outro lado, existe um desânimo generalizado
dos empresários que não vislumbram soluções para
resolver o problema
qualificado deve possuir, o diretor do
CEPRA não hesita: “O empresário
quer pessoas que tenham know-how
e que, sobretudo, sejam fiáveis, responsáveis
e com capacidade de adaptação.
Não é um setor compatível
com «ficar parado no tempo», tem
que evoluir. Devem ter boa formação
– constante e contínua – e estarem
sempre atualizados para serem
atores capazes de levar as empresas
a enfrentar os desafios que se colocam”,
define.
O desafio dos veículos
elétricos
Com o aumento do parque circulante
de veículos elétricos é inevitável que
estes carros comecem a visitar as oficinas,
para serviços de manutenção
e reparação. A questão que se coloca
é se os mecânicos estão preparados
para dar assistência a estes veículos.
Dentro de poucos anos, quando o
parque de VE for substancialmente
maior, poderão não haver especialistas
suficientes prontos para a manutenção
dos carros elétricos. Por
outro lado, a transição para uma mobilidade
elétrica não implica apenas
a adoção de carros com bateria, em
substituição daqueles que se movem
a combustíveis fósseis.
É também necessário a construção
de infraestrutura para pontos de carga
e a garantia de capacidade para os
carregamentos. Além disso, a mudança,
que exige novas peças e novas
formas de venda, entre outros, requer
serviços diferentes de manutenção.
Perante este cenário, existe uma
falta de mecânicos qualificados para
a manutenção e reparação de carros
elétricos. Ora, esta escassez terá
consequências relacionadas com os
custos de manutenção e, consequentemente,
com os objetivos da redução
de emissões da UE. Estima-se
que até 2027 não haverá mecânicos
qualificados suficientes para prestar
assistência a todos os veículos elétricos
do nosso país.
São necessárias vias de formação profissional
e acreditada para preparar
técnicos para a reparação e manutenção
de veículos elétricos. Além disso,
muitos mecânicos estão, atualmente,
a ser treinados para fazer trabalhos
que desconhecem. Tendo em conta
que a manutenção dos veículos elétricos
implica o trabalho com eletricidade
de alta tensão, esta abordagem
pode ser inadequada e, em muitos
casos, perigosa. l
Para fazer uma avaliação do impacto que esta situação está a ter no mercado, o Jornal das Oficinas
lançou durante os meses de novembro e dezembro de 2022 o inquérito “Falta de Mão de Obra Qualificada
nas Oficinas”. Para este Inquérito colocámos algumas questões relacionadas com as principais
dificuldades que os proprietários de oficinas se debatem na contratação de mão de obra especializada
e também pedimos a sua opinião sobre o que deve ser feito para cativar as novas gerações a
trabalhar nas oficinas de reparação automóvel.
O inquérito foi realizado via online e contou com 165 respostas válidas. As oficinas que responderam
foram na sua maioria de mecânica (68%) e as restantes de colisão e pneus (32%). As respostas evidenciaram
os obstáculos e as dificuldades que as oficinas vivem na contratação de recursos humanos
qualificados para as suas organizações. Existe um défice de oferta em todas as áreas do pós-venda
automóvel, com mais relevância nas profissões e mecânicos e pintores. A maioria dos proprietários
classificou o recrutamento de novos empregados como a sua principal preocupação. Para além
da ansiedade que vivem derivado de poderem ficar privados de um bom empregado que sai para
trabalhar noutra oficina.
Confrontados com a escassez de novos talentos, os proprietários das oficinas utilizam todos os
argumentos para manter as suas equipas através de aumentos salariais, bónus de todos os tipos,
melhoria das condições de trabalho, entre outros. O reforço das equipas é sem dúvida a principal
dificuldade para os gerentes de oficinas. Mais de 50% dos inquiridos diz que procura colaboradores
há mais de um ano, sem sucesso. Não é por isso surpreendente, que 100% dos inquiridos digam que
estão a ter dificuldades em recrutar. A escassez de novos talentos é fortemente sentida na mecânica
e na pintura.
Existe naturalmente uma inflação, que leva os gerentes a apoiarem o poder de compra dos seus
empregados, mas sobretudo a manterem as suas equipas. Quase metade dos inquiridos aumentou
os salários entre 5 e 10%, de acordo com o aumento do custo de vida. Por outro lado, há uma percentagem
razoável de inquiridos que não fez aumentos de ordenados, argumentando a necessidade de
manter margens e receio pela instabilidade económica que se vive no país.
A formação continua a ser muito valorizada pelo setor da reparação e manutenção automóvel,
e pelas respostas recebidas podemos ver que assim é. O objetivo é reforçar os conhecimentos da
equipa. É de notar que quase 75% dos inquiridos considera que os apoios do Estado à contratação de
jovens trabalhadores continua o mesmo de antes, sem incentivos e com muita burocracia. No que diz
respeito aos incentivos de contratação, o mais escolhido pelo inquiridos foi o bónus sobre o aumento
de produtividade, sendo que os horários de trabalho flexíveis também está a ser utilizado.
A DIFICULDADE CRESCENTE DE ENCONTRAR PROFISSIONAIS
QUALIFICADOS, COMO POR EXEMPLO MECATRÓNICOS, INFORMÁTICOS
E PINTORES, É O DESAFIO QUE, PROvavelMENTE, MAIS PREOCUPA
as EMPRESAS
12 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
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DESTAQUE
INQUÉRITO JO FALTA DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA PARA AS OFICINAS (CONT.)
Está atualmente a recrutar mão de obra qualificada
para a sua oficina? Para que áreas específicas?
Chefe de Oficina 5%
Mecânicos 48%
Bate Chapas 13%
Pintores 21%
Administrativos 3%
Outros 10%
Implementou incentivos de contratação?
Bónus sobre o volume de
negócio da oficina
Bónus sobre o aumento de
produtividade
Oferta de seguro de saúde
6%
28%
3%
Horários de trabalho flexíveis 15%
Outros 48%
Há quanto tempo anda à procura de colaboradores?
Utilizou a formação profissional?
Seis meses 33%
1 ano 51%
2 anos 16%
Para que postos de trabalho tem mais dificuldade
em recrutar?
Para reforçar os
conhecimentos da equipa
Pela vontade de transmitir
conhecimentos
Para testar novos
colaboradores com vista ao
recrutamento
87%
5%
8%
Chefe de Oficina 6%
Mecânicos 42%
Bate Chapas 10%
Pintores 29%
Administrativos 3%
Outros 10%
Aumentou os salários dos colaboradores? Em que
proporção?
0 a 3% 17%
3 a 5% 34%
5 a 7% 13%
7 a 10% 36%
Qual a finalidade destes aumentos?
Para atrair candidatos 10%
Para ter em conta a inflação 13%
Para reter o pessoal existente 77%
Em que postos de trabalho estão estes aumentos
salariais?
Chefe de Oficina
Mecânicos
Bate Chapas
Pintores
Administrativos
Outros
2%
52%
16%
18%
2%
10%
Opiniões de proprietários de oficinas sobre
a falta de mão de Obra Qualificada
O que deve ser feito para cativar as novas gerações a trabalhar
nas oficinas de reparação automóvel?
l Mais opções de cursos e incentivo aos jovens para frequentarem cursos profissionais. Incentivar a
escolha para cursos técnicos especializados a partir do 10º ano de escolaridade.
l Empresas mais organizadas, formação e motivação. Criar melhores condições de trabalho, com
contratos interessantes.
l Dar ênfase ao dinamismo da área automóvel, dando apoios para as entidades de formação poderem
aprofundar e desenvolver mais as suas formações.
l Divulgar a profissão de mecânico e pintor junto das escolas e esclarecer sobre as atividades para potenciar
possíveis candidatos. Levar as crianças em visitas de estudo às oficinas para despertar o seu interesse.
l A área não é atrativa para todos, têm que efetivamente gostar de automóveis, em todas as suas
vertentes. Porém, ter um trabalhador novo sem muitos conhecimentos, embora com muita vontade de
aprender, nem todos os empregadores querem e sem esse tempo de adaptação, não conseguiremos
transformar um aprendiz num empregado competente.
l Criar centros de formação regionais com programas de promoção das profissões para atrair jovens.
l É preciso apostar na formação e valorizar a mão obra especializada, pagando melhores ordenados.
l Ensinar as novas gerações que para ganharem muito dinheiro têm de investir muito em conhecimento
e fazer mais do que por aquilo que é pago como investimento no seu futuro.
l Redirecionar alunos para cursos na área de mecânica automóvel, atribuindo a estes cursos as bolsas
que vêm sendo gastas com formações que não acrescentam qualquer valor à capacidade produtiva
nacional.
l Mais planeamento na formação académica e uma cultura forte no investimento e divulgação dos
cursos técnicos que antigamente permitiam que os jovens tivessem um conhecimento prático mais
aprofundado.
l O problema está na sociedade, pois as profissões de produção estão a ser abandonadas pelos jovens em
prol de serviços administrativos e digitais. A única forma de incentivo é a mudança de mentalidades.
l A nova geração tem de deixar de pensar que vão só trabalhar com a máquina de diagnóstico. Têm de
saber resolver avarias e problemas que a máquina não resolve e sujar as mãos quando necessário.
l Potenciar a atratividade das profissões ligadas ao pós-venda automóvel junto das escolas e reformular
a oferta formativa. Atualizar os conteúdos dos cursos e estabelecer um plano de comunicação disruptiva
por forma a gerar uma maior visibilidade dos cursos para as novas gerações
14 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
NÚRIA ALVAREZ, DIRETORA DE COMUNICAÇÃO DA CONEPA
(FEDERAÇÃO ESPANHOLA DE OFICINAS)
COM UMA BOA ATITUDE,
UM PROFISSIONAL É CAPAZ
DE QUASE TUDO
À conversa com Núria Alvarez percebemos que a falta
de recursos humanos nas oficinas é transversal,
na Península Ibérica. Para esta responsável, cada
INSTITUIÇÃO tem, AO seu nível, o desafio de conseguir uma
SOCIEDADE melhor, preparando téCNICA e humanamente
AS pessoas para servir a comunidade. No caso do pósvenda,
prestando ASSISTência AOS milhões de veículos que
circulam pelas nossas estradas e garantindo
a segurança rodoviária
Há quanto tempo notam a falta de
profissionais para trabalhar nas
oficinas em Espanha?
Os momentos em que se procuram
mais profissionais e, portanto, nos
quais mais se nota a sua escassez,
coincidem sempre com épocas de
grande procura de serviços de oficina
e isso está muito relacionado
com a situação económica do país.
Aconteceu, por exemplo, nos anos
que antecederam a grande crise de
2007/2008, e os posteriores, especialmente
a partir de 2015. Desde
então, a situação tornou-se endémica.
O que motiva esta escassez de
profissionais?
É preciso destrinçar muito bem dois
aspetos ao analisar esta questão. Por
um lado, a falta de profissionais com
experiência, que é o maior problema
para as empresas, quando precisam
de crescer ou querem substituir funcionários
qualificados que deixam
a oficina. Evidentemente, é muito
complicado cobrir esses perfis, pois
não existe desemprego a esse nível, o
que é algo positivo como fator económico
para um país.
Por outro lado, está o acesso ao setor,
por parte de jovens que entram
na vida ativa. Neste caso, é evidente
que, nos últimos anos, a oficina perdeu
interesse como destino profissional
para os estudantes de Formação
Profissional regulamentada. Mesmo
que optem por entrar em cursos relacionados
com o automóvel, preferem
outras saídas, como os fabricantes de
automóveis ou de componentes.
Em que áreas há mais falta de
profissionais?
Se no início deste século, a falta de
trabalhadores estava mais associada
a postos relacionados com a carroçaria
(chapa e pintura), agora não há
grande diferença entre esta especialidade
e a eletromecânica.
Os centros de formação têm
dificuldades em formar mais
profissionais para as oficinas?
Porquê?
Toda a Formação Profissional em
Espanha está num momento de mudança,
mas o processo ainda é mais
notório no nosso setor, dada a rápida
evolução tecnológica dos veículos.
Os próprios docentes precisam de
se atualizar diariamente para estar
a par das alterações técnicas incorporadas
nos novos veículos e saber
como dar resposta à manutenção e
reparação de automóveis modernos.
Isso inclui também o ensino de novas
ferramentas físicas e eletrónicas,
custosas a nível económico para os
centros, mas cujo maneio é imprescindível
para que os novos profissionais
tenham um espaço no mercado
ao finalizar a sua formação académica.
O que é que se está a fazer em
Espanha para solucionar o problema
da falta de profissionais?
A nosso ver, as empresas deveriam
ser realistas e tomar consciência de
que têm de investir mais na formação,
tanto das suas equipas, como
dos novos profissionais. Desde logo,
pensar que vai haver sempre pessoal
com boa formação disponível
no mercado quando a empresa precisar,
é bastante ingénuo. Os bons
trabalhadores têm sempre trabalho.
Portanto, não há muitas mais opções
do que atraí-los de outra oficina,
normalmente oferecendo melhores
condições económicas. Mas isso leva
à dinâmica já vivida no início deste
século com os especialistas em carroçaria:
os ordenados eram tão altos
que dificilmente se poderia ter rentabilidade
na empresa. Algo que a crise
agravou, quando chegou.
Nós acreditamos que as empresas
deveriam trabalhar mais na sua formação,
preparando e dando oportunidades
aos seus próprios funcionários,
traçando “planos de carreira”
para eles, o que, sem dúvida, pode
ser também um fator de fidelização
e uma garantia de relações sólidas a
longo prazo.
Como atrair mais jovens para as
profissões do setor oficinal?
Não nos ajudou nada, enquanto setor,
a imagem que uma parte da sociedade
e dos políticos se encarregou
de difundir em relação ao automóvel:
deixou de ser um símbolo da liberdade
de movimentos da humanidade
no século XX, para passar a ser
um objeto irritante, poluente e com
um futuro incerto. Perceções que,
ainda para mais, não são reais, como
é evidente.
O automóvel continua a ser imprescindível
para a sociedade atual e nada
nos faz pensar que nas próximas
décadas passe a ser de outro modo.
Além disso, a tecnologia incorporada
nos veículos é cada vez mais complexa
e a manutenção e reparação
estão relacionadas com processos de
trabalho com eletrónica avançada, o
que, a priori, deveria ser mais atrativo
para os jovens. Aqui, faço uma
ponte com a resposta anterior, para
reivindicar também a importância
de implicar as empresas na formação
inicial dos jovens na Formação Profissional
dual para que os estudantes
que passem por uma oficina durante
a sua formação prática se entusiasmem
com o nosso setor e decidam
encontrar nele o seu futuro laboral.
www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 15
DESTAQUE
Quais são os maiores desafios ao
contratar profissionais para as
empresas de reparação automóvel?
Para ser breve, diria que o objetivo
é acertar à primeira no perfil mais
adequado, técnico e relacional, que
se adeque ao que a empresa espera
do trabalhador. Não só diz respeito ao
trabalho técnico da pessoa, mas também
a sua relação com o ambiente em
que vai desenvolver as suas funções.
E, claro, uma vez que se comprove
que a pessoa responde às expetativas,
o desafio seguinte e permanente
é a sua fidelização. As empresas mais
sólidas mostram uma grande capacidade
de reter o talento.
Que impacto está a ter a falta de
profissionais para as empresas de
reparação de automóvel?
Em muitos casos, resulta na renúncia
ao crescimento, o que pode colocar
em perigo a própria sobrevivência da
empresa e, desde logo, trava as ambições
de melhoria de uma empresa.
Quais são as principais
competências que deve possuir
um profissional qualificado para
trabalhar numa oficina?
Num trabalho realizado recentemente
para o Ministério da Educação, no
qual a CONEPA participou ativamente,
definiram-se até 313 competências
profissionais diferentes numa série
de categorias e especialidades. Como
analisá-las nos tomaria muito tempo,
preferimos resumir a resposta à
pergunta numa só palavra: “atitude”.
Com uma boa atitude, um profissional
é capaz de quase tudo.
Os novos profissionais são
diferentes dos da geração anterior?
Como definiria o perfil desta nova
geração?
Esta é uma sociedade em pleno processo
de mudança. A pandemia acelerou-o.
Com o que sofremos, todos
damos mais importância às relações
pessoais, à conciliação da vida profissional
e privada, à racionalização
dos horários laborais… As empresas
devem tê-lo em conta e atuar. Já o estão
a fazer. Têm de ser atrativas para
reter o talento.
Considera que os baixos
salários que se oferecem
podem desincentivar os jovens
no momento de escolher esta
profissão?
Para qualquer pessoa, é importante a
valorização do bem-estar económico
futuro na hora de escolher uma profissão.
Felizmente, o setor oficinal em
Espanha mantém um nível salarial
aceitável e competitivo. Não acreditamos
que possa ser um fator determinante
para que alguém com vocação
a abandone em troca de outro setor.
O que é preciso fazer para aumentar
os salários dos profissionais que
trabalham nas oficinas?
O grande problema que temos neste
momento é a falta de rentabilidade.
A inflação atual agravou, ainda para
mais, a situação. As oficinas espanholas
têm um bom nível de trabalho,
mas cada vez ganham menos.
Sem margens, é impossível prepararem-se
para um futuro em constante
mudança e isso também contempla o
investimento nas equipas, tanto a nível
técnico, com formação contínua,
como a nível pessoal, procurando a
maior relação dos nossos colaboradores
com a empresa.
Que papel devem desempenhar
os centros de formação, as
escolas e as universidades no
desenvolvimento das profissões da
pós-venda?
Cada instituição tem, ao seu nível, o
desafio de conseguir uma sociedade
melhor, preparando técnica e humanamente
as pessoas para servir a comunidade:
no nosso caso, prestando
assistência aos milhões de veículos
que circulam pelas nossas estradas e
garantindo a segurança rodoviária l
MARIA ELO, PROFESSORA UNIVERSITÁRIA
NA SDU, DINAMARCA
NUM SETOR TÃO
COMPETITIVO, É
NECESSÁRIO TER
MUITO CUIDADO
PARA ENCONTRAR OS
MELHORES RESULTADOS
A escassez de mecânicos afeta vários países e
o envelhecimento da força de trabalho é uma
preocupação crescente. Maria Elo, professora de
Negócios e Gestão é membro fundador da tAlents4AA,
uma associação sem fins lucrativos focada
precisamente na atração e retenção de talentos no
setor do aftermarket
A
associação foi constituída
em março de 2022 e tem
feito um um trabalho meritório
em prol do desenvolvimento
do aftermarket, com ações concretas
para sensibilizar as pessoas
para a gravidade da falta de recursos
humanos qualificados nas
oficinas. A docente alerta para a
necessidade de as empresas ofere-
O SETOR DEPARA-SE COM A ENORME DIFICULDADE DE
CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS QUALIFICADOS, MUITO POR FORÇA
DO QUE CONSTATAMOS SER A MODERNA FORMA DE VIDA DOS JOVENS
PROFISSIONAIS DOS NOSSOS DIAS
16 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
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cerem formação atrativa e investirem
na retenção de talentos, garantindo
um “futuro de carreira”
para os seus empregados.
A carência de profissionais, no
entanto, é transversal a todos os
operadores do setor – desde fabricantes
de peças, distribuidores,
retalhistas e oficinas – mas
esta não é uma questão setorial,
defende. A seu ver, as alterações
demográficas são também responsáveis
por este fenómeno, havendo
“menos talento a entrar no
mercado de educação e de trabalho
nos países ocidentais”.
O que fazer?
Sobre o que se pode fazer para
impedir que a força de trabalho
saia do seu país de origem, Maria
Elo considera que, dentro do
mercado de trabalho, existem
muitos funcionários com necessidades
díspares, desde os que
almejam uma carreira internacional,
aos que “não têm planos
de ir a lado nenhum”. E nisto,
não são apenas as empresas que
criam um emprego atrativo, mas
sim, “as instituições, a sociedade
civil e o setor privado, como um
todo”, assim como, refere, “o clima
e a educação desempenham
um papel importante”. É claro
que a “empresa pode fazer avançar
a sua própria organização na
direção certa, por exemplo, no
que diz respeito à regulamentação
do local de trabalho, tributação,
educação, […] na segurança,
no tempo de trabalho flexível,
no trabalho à distância, apoio à
guarda de crianças e outras que
parecem pequenas questões,
mas que podem na realidade ser
grandes questões”, acredita, concluindo
que “a concorrência não
dorme, as pessoas qualificadas
são arrastadas para outras empresas
e mesmo para o estrangeiro
se as suas necessidades não
forem satisfeitas”.
Flexibilidade e autonomia são
dois aspetos que a professora
entende como fulcrais, com as
alterações ocorridas no estilo de
vida nos países ocidentais. Sendo
certo que o grau de flexibilidade
e trabalho online depende
da tarefa desempenhada, é sempre
benéfica a atenuação da rigidez
horária, por exemplo, para
trabalhadores com filhos pequenos,
que muitas vezes enfrentam
horários pouco flexíveis de acolhimento
dos filhos nas escolas.
Esta gestão da vida profissional
e familiar, sem comprometer
nenhuma das vertentes, é uma
preocupação recorrente dos pais
modernos e pode, efetivamente,
ser tida em conta pelos empregadores
no momento de realizar
um contrato de trabalho. “Num
setor tão competitivo, é necessário
ter muito cuidado para encontrar
os melhores resultados.
O desenvolvimento de soluções
que promovam bons resultados
e autonomia é também uma forma
de reduzir a burocracia desnecessária”,
declara.
Onde está o setor a errar?
Atrair e reter talentos é um desafio
não só para o pós-venda
automóvel, como também para
outras áreas de mercado. Assim
sendo, é preciso questionar, onde
está o setor a errar para não conseguir
alcançar e manter a tão
necessária mão de obra? Maria
Elo vai mais longe: “a imagem
do empregador é atrativa? Uma
empresa patronal deve gerir ativamente
a sua reputação e tomar
conta das pessoas que já estão
contratadas. As suas experiências
são altamente valiosas para atrair
novos empregados”, avisa. Além
disso, “será que os processos de
contratação visam realmente
aqueles talentos orientados para
o crescimento que existem por aí
ou será que se cingem ao objetivo
«mais do mesmo»?”, deixa para
reflexão. l
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A
E-Mobility permite a transição dos
combustíveis fósseis emissores de CO2
para a energia fornecida a partir de
fontes de energia elétrica que, por sua
vez, são carregadas através da rede elétrica.
Ao substituir o transporte baseado em combustíveis
fósseis por veículos movidos a eletricidade, podemos
melhorar drasticamente a qualidade do nosso
ar ao mesmo tempo que reduzimos as emissões de
gases com efeito de estufa.
Dado que as emissões dos transportes foram responsáveis
por mais de 24% das emissões globais de CO2
em 2021, um movimento em direção à E-Mobility
faz todo o sentido. De facto, com as emissões de CO2
dos transportes a crescerem a um ritmo mais rápido
do que o de qualquer outro setor, a E-Mobility é uma
necessidade se quisermos alcançar as ambições do
Acordo de Paris: manter o aumento da temperatura
global abaixo dos 2ºC, face aos níveis pré-industriais.
A ligação entre a E-Mobility e a sustentabilidade
é clara: quanto mais soluções de eletromobilidade
utilizarmos, maior será a redução de CO2 e outros
gases com efeito de estufa. E isto é particularmente
importante no sector dos transportes, onde as
dos transportes ajuda a travar as alterações climáticas
através da redução das emissões de gases com
efeito de estufa. Como os transportes representam
atualmente cerca de 30% da procura global final de
energia, o potencial de descarbonização é enorme. De
um modo geral, os veículos elétricos custam menos a
circular durante a sua vida útil do que os carros tradicionais
com motores de combustão. Este custo reduzido
resulta em grande parte de regimes fiscais mais
favoráveis, menos peças móveis, e custos de energia
mais baixos. Os benefícios adicionais de uma solução
de E-Mobility para o automóvel incluem um melhor
desempenho de condução, redução da poluição sonora,
e a capacidade de fornecer serviços ao sistema
de energia e aos edifícios utilizando as suas baterias.
A redução das emissões dos motores de combustão
movidos a combustíveis fósseis através da E-Mobility
conduzirá a cidades mais sustentáveis e habitáveis,
protegendo ao mesmo tempo o nosso clima. Os efeitos
da poluição causada pelos transportes são especialmente
importantes nas cidades onde um grande
número de pessoas e veículos se desloca dentro de
um espaço geográfico pequeno. As cidades já são responsáveis
por até 70% do consumo energético e das
A ELETROMOBILIDADE SÓ ESTARÁ À ALTURA DAS ESPERANÇAS
NELA DEPOSITADAS SE O PREÇO DOS CARROS E BATERIAS DESCER,
AS REDES DE CARREGAMENTO CRESCEREM E OS VE ATINGIREM
UM ELEVADO NÍVEL DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
emissões mais do que duplicaram desde 1970 e têm
aumentado todos os anos. Ao substituir o transporte
baseado em combustíveis fósseis por veículos
movidos a eletricidade, podemos melhorar drasticamente
a qualidade do nosso ar ao mesmo tempo
que criamos reduções significativas de CO2.
Quais os benefícios da E-Mobility?
A E-Mobility tem benefícios a muitos níveis, desde
o global, até ao pessoal. A nível global, a eletrificação
emissões de CO2 em todo o globo. E com uma população
mundial que deverá atingir 8,6 mil milhões
de pessoas em 2030 e 70% das pessoas que deverão
viver nas cidades até 2050, precisamos de encontrar
uma forma de criar cidades mais sustentáveis e habitáveis.
Tendências de eletrificação
nas energias renováveis
A eletrificação é central para as estratégias de des-
carbonização de muitos setores. Isto significa que a
procura de eletricidade deverá aumentar substancialmente
ao longo dos próximos anos. É por isso
que a redução das emissões da produção de eletricidade
é uma componente central das estratégias
globais de redução de emissões da maioria dos
países. Felizmente, os custos das energias renováveis
estão a baixar, e a capacidade das energias
renováveis está a crescer rapidamente. O aumento
da utilização de energias renováveis nas redes e o
aumento da eletrificação criam, contudo, novas
necessidades de capacidade de armazenamento
para lidar com picos de carga.
Embora muitas tecnologias limpas estejam disponíveis,
como o hidrogénio ou motores movidos
a combustíveis alternativos, a eletrificação dos
transportes é a estratégia mais viável para combater
a poluição do ar. Isto significa que os motores
de combustão interna são substituídos por motores
movidos a eletricidade, incluindo Veículos
100% elétricos, Veículos Elétricos Híbridos Plug-
-in e Veículos Elétricos Híbridos - todos eles referidos
como VE.
Os números de VE a nível mundial estão a aumentar
rapidamente. Em 2020, o número total de
veículos elétricos na estrada a nível mundial estabeleceu
um novo recorde de cerca de 10 milhões,
cerca de 1% do parque global de automóveis. Podemos
ver esta tendência também nos transportes
públicos, com mais de 460.000 autocarros
elétricos registados em todo o mundo em 2020.
Impulsionado por novas políticas e expansão do
fabrico, espera-se que o mercado de VE continue a
crescer rapidamente na próxima década, atingindo
www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 19
56 milhões de VE a nível mundial até
2030. A eficiência energética de um
VE é cerca de 30% melhor do que
um automóvel a gasolina comparável
e a eletricidade necessária será cada
vez mais produzida a partir de fontes
renováveis.
setor dos Transportes
entre os mais poluentes
Na Europa, o setor dos transportes
foi o único, de entre os principais
setores de atividade, a aumentar as
emissões de CO2, desde 1990. Os
transportes em geral representam
hoje 25% das emissões totais destes
gases na Europa, sendo os rodoviários
os mais poluentes, com 19% do
total de emissões. Para estes valores
muito contribui o aumento das deslocações
de carro para dentro e fora
dos centros urbanos. De facto, os
transportes públicos ainda não são
considerados suficientemente cómodos
nem fiáveis para abandonarmos
totalmente o uso do automóvel, mesmo
nas cidades mais desenvolvidas
do mundo. Em Lisboa, o tempo médio
de deslocações em períodos de
pico de trânsito aumenta 61% face
a períodos de trânsito normal — um
valor acima da média Europeia e só
ultrapassado nas cidades de Londres,
Paris e Roma.
De forma a atingir as metas do Acordo
de Paris, tem de haver um trabalho
conjunto dos cidadãos, governos
e empresas, rumo a uma descarbonização.
E tem vindo a ficar claro que
esse caminho se faz lado a lado com o
da eletrificação. Em todos os setores
(incluindo o dos transportes), quanto
maior for o recurso à energia elétrica,
maior será o potencial para recorrer
às energias renováveis e deixar
os combustíveis fósseis de lado. Por
todo o mundo, os países estão a mobilizar-se
no sentido da descarbonização.
Espera-se que, até 2050, haja
uma redução de 80% das emissões
de gases com efeito estufa, fomentada
pelo alargamento da produção de
energia a partir de fontes renováveis.
E os veículos a diesel parecem estar
entre os primeiros alvos a abater
nesta luta pelo planeta. Cidades
como Madrid ou Paris já anunciaram
que, até 2025, vão impedir a sua entrada
em centros urbanos e a venda
Quadro I - Vantagens e desvantagens dos Veículos Elétricos
o uso de veículos elétricos começa a ser cada vez mais frequente, no entanto existem vantagens
e desvantagens nestes veículos
Não depende de combustíveis
fósseis para a sua deslocação
Os veículos elétricos são
conhecidos pelo fornecimento de
energia permanente
Os veículos elétricos são
silenciosos, confortáveis e fáceis
de conduzir
Conduzir um VE significa acabar
com os gases de escape e
melhorar a qualidade do ar
Quadro II – A crescente expansão dos veículos elétricos no mundo
Até 2023/2024, os veículos elétricos custarão o mesmo que os veículos de combustão
interna. Esse é o ponto de viragem para o aumento das vendas
Vendas anuais projetadas
500 milhões de veículos
400
300
200
100
0
2015
Vantagens
Vendas acumuladas
Desvantagens
Preço 30-40% mais elevado do que
os seus homólogos a combustão
Pode demorar algum tempo a
recarregar as baterias
Pode ser difícil localizar uma
estação de carregamento
As baterias que equipam os VE são
suscetíveis ao desgaste e caras
Os VE serão responsáveis
por 35% de todas as vendas
de veículos novos
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
Fonte: Bloomberg
20 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
PATROCINADORES >
de novos veículos com motores de
combustão ficará mesmo proibida
em 2040. Londres, por outro lado,
já prevê uma taxa de 10 libras diárias
para quem queira levar veículos que
não sejam (pelo menos) híbridos até
ao centro da cidade.
Um aproveitamento ótimo
das renováveis
Uma das vantagens menos conhecidas
da aposta em mobilidade elétrica
é o facto de a mesma poder contribuir
para um melhor aproveitamento das
energias renováveis. Por vezes, a energia
produzida a partir destas fontes,
nomeadamente a proveniente do sol e
do vento, não consegue ser totalmente
aproveitada por não haver consumo
suficiente. Como tal, a rede fica
“saturada” de energia, o que obriga a
limitar a produção — precisamente o
que queremos evitar, pois pretende-se
um aproveitamento ótimo e máximo
de fontes de energia limpa.
A generalização do uso de veículos
elétricos pode ajudar a resolver esta
limitação: seja ao nível local, usando
soluções inteligentes para acelerar o
consumo dos carregadores de veículos
elétricos, em alturas com muito
sol, seja ao nível global do sistema,
uma vez que, muitas vezes, os veículos
elétricos carregam durante a
noite, ou seja, quando há menos consumo
e mais energia eólica, evitando
assim o desperdício de recursos renováveis.
Os hábitos de carregamento
automóvel terão, naturalmente,
impactos e trazem novos desafios na
forma como a rede elétrica está organizada,
já que irão produzir picos de
procura maiores dos que observamos
até aos dias de hoje, nomeadamente
ao final do dia.
Vantagens da
electromobilidade
Os VE estão a mudar a forma como
nos movemos - não só porque são
mais amigos do ambiente. Um VE
custa mais do que um veículo comparável
a gasolina ou diesel - principalmente
devido aos grandes custos
de produção da bateria, embora os
seus preços tenham caído nos últimos
anos. No entanto, a eletricidade
é mais barata do que os combustíveis
fósseis. Além disso, os veículos elétricos
requerem menos manutenção
e menos reparações. Não há necessidade
de mudar o óleo e os filtros, e
não há sistemas de escape, correias
de distribuição ou correias em V.
Um motor de combustão tem cerca
de 2.500 componentes que têm
de ser fabricados e montados - em
comparação com apenas 250 num
motor elétrico. As baterias de iões
de lítio utilizadas nos VE têm uma
longa vida útil, apresentam uma alta
densidade de energia e podem ser
recarregadas muitas vezes. Perdem
alguma da sua capacidade de recarga
após oito a dez anos, mas não são defeituosas:
Simplesmente armazenam
menos energia. Os VE proporcionam
um desempenho elevado e têm uma
eficiência muito maior do que os
veículos com motor de combustão:
A relação entre a energia que é alimentada
e que pode ser utilizada é
de cerca de 90 por cento para os VE.
Esse valor é de apenas 35% para motores
a gasolina e 45% para motores
a diesel. O resto é perdido como calor.
Outras vantagens: Devido ao facto
de estar imediatamente disponível
um elevado binário, os VE podem
acelerar mais rapidamente a partir
do 0. Também podem obter energia
com a ajuda do inversor, como quando
travam, e alimentá-la de volta à
bateria.
Desafios enfrentados
pela eletromobilidade
Apesar das suas muitas vantagens,
existem outros desafios relacionados
com a eletromobilidade para além do
facto de o preço de um VE ainda ser
atualmente elevado. Os VE são muito
silenciosos. Isto significa muito
menos ruído, especialmente nas cidades
e ao longo das estradas principais.
Os peões e ciclistas terão de se
habituar a isso primeiro. No entanto,
se os carros elétricos estiverem a
circular a baixa velocidade, são tão
silenciosos que podem nem sequer
ser ouvidos. É por isso que os novos
modelos desenvolvidos na UE têm
de ser equipados com um Sistema de
Alerta Acústico de Veículos (AVAS).
Até uma velocidade de 20 km/h, têm
de gerar ruídos semelhantes aos dos
automóveis a gasolina ou diesel. Se
o VE estiver a viajar mais depressa,
o ruído produzido pelos seus pneus
pode ser ouvido de qualquer forma.
Para assegurar que os VE são de
emissão zero no sentido pleno da
palavra, a sua eletricidade deve ser
proveniente de fontes renováveis e
não, por exemplo, de centrais elétricas
alimentadas a carvão, enquanto
a produção da bateria deve ser também
neutra em termos de CO2.
Quadro III - venda de veículos elétricos
com crescimento em Portugal
Em Portugal, nos onze meses de 2022, verificou-se um aumento
de 38% nas vendas de veículos ligeiros de passageiros novos
elétricos em comparação com o mesmo período do ano anterior,
tendo sido matriculados 15.712 unidades
Novembro
Janeiro - Novembro
2022 2021 %Var 2022 2021 %Var
Lig Passageiros* 5 478 4 898 11,8% 52 321 43 425 20,5%
Eléctrico (BEV) 2 120 1 970 7,6% 15 712 11 386 38,0%
Híbrido Plug-In
(PHEV)
1 437 1 453 -1,1% 14 174 14 361 -1,3%
PHEV/Gasolina 1 361 1 295 5,1% 12 955 12 380 4,6%
PHEV/Gasóleo 76 158 -51,9% 1 219 1 981 -38,5%
Híbrido Eléctrico (HEV) 1 921 1 475 30,2% 22 435 17 678 26,9%
HEV/Gasolina 1 658 1 078 53,8% 18 591 13 912 33,6%
HEV/Gasóleo 263 397 -33,8% 3 844 3 766 2,1%
Lig Mercadorias* 107 76 40,8% 760 272 179,4%
Eléctrico (BEV) 106 76 39,5% 743 256 190,2%
Híbrido Plug-In (PHEV) 0 0 --- 2 7 -71,4%
PHEV/Gasolina 0 0 --- 2 7 -71,4%
Híbrido Eléctrico (HEV) 1 0 --- 15 9 66,7%
HEV/Gasóleo 1 0 --- 15 9 66,7%
Pesados* 3 0 --- 4 4 0,0%
Eléctrico (BEV) 3 0 --- 4 4 0,0%
Total 5 588 4 974 12,3% 53 085 43 701 21,5%
* - BEV+PHEV+HEV
Origem: AT / Fonte: ACAP
O que o futuro nos reserva
Muitos consideram o motor de combustão
como estando a sair de cena,
dado o atual estado de desenvolvimento
dos VE. No entanto, para
conseguir isso, o preço dos carros e
baterias deve baixar, as redes de carregamento
devem crescer e também
tornar-se mais inteligentes, e os VE
devem atingir um nível de eficiência
energética que os prepare para o
mercado. Empresas e investigadores
estão continuamente a trabalhar para
melhorar as baterias. Isto irá aumentar
o alcance e reduzir o tempo de carregamento
- dois incentivos cruciais
para os utilizadores. Além disso, a
rede de estações de carregamento está
a ser constantemente expandida.
MATRÍCULAS DE LIGEIROS E PESADOS BEV, PHEV e HEV
ROM - Representantes Oficiais de Marca
www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 21
Atualidade
FÓRUM DPAI/ACAP
PRINCIPAIS DESAFIOS
E TENDÊNCIAS DO IAM
DECORREU NO FINAL DO PASSADO MÊS DE NOVEMBRO O FÓRUM DPAI/ACAP ONDE FORAM APRESENTADOS
OS PRINCIPAIS DESAFIOS E TENDÊNCIAS DO IAM. O EVENTO FOI MARCADO PELO LANÇAMENTO
DA APLICAÇÃO MOTORDATA PÓS-VENDA INDEPENDENTE E PELA APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
PRELIMINARES DE UM ESTUDO ELABORADO PELO ISEG EXECUTIVE EDUCATION
A
abertura do evento ficou a cargo de Joaquim
Candeias, Presidente da DPAI, que
expôs os principais temas em discussão na
União Europeia, com impacto direto na actividade
empresarial. O acesso a dados/funções do veículo,
o Motor Vehicle Block Exemption Regulation
– MVBER, a Cibersegurança e a Sustentabilidade.
O mercado automóvel foi o tema introduzido
por Hélder Pedro, Secretário-Geral da ACAP. Com
cerca de 6.712 milhões de veículos em circulação, o
parque automóvel caracteriza-se por ser constituído
maioritariamente por Ligeiros de Passageiros e
Ligeiros de Mercadorias. A idade média dos veículos
Ligeiros de passageiros era 13,5 anos e dos
de mercadorias, 15,3 anos, em 2021. A média de
idade dos veículos entregues para abate é de 23,5
anos em 2021, contra 16 anos em 2006. Outro dos
pontos abordados pelo Secretário-Geral da ACAP
foi o Fit for 55, tendo destacado que, para se cumprir
o objetivo de redução em 55% nas emissões
até 2030, 60% das vendas terão de ser de veículos
eletrificados.
Estudo “O Aftermarket em Portugal:
Presente e Futuro”
O Fórum DPAI/ACAP contou com a apresentação
preliminar de um estudo sobre o pós-venda independente.
Fruto de uma parceria com o ISEG Executive
Education, o estudo intitulado “O Aftermarket
em Portugal: o Presente e o Futuro”, pretende fazer
22 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
uma caracterização do perfil do consumidor do aftermarket,
assim como das empresas do sector.
O estudo tem como objetivos a caracterização do canal
independente do aftermarket automóvel em Portugal
e a procura a ele dirigida; perspetivar a evolução
futura da procura dirigida ao canal independente
do aftermarket automóvel, em função das inovações
tecnológicas no sector automóvel e das alterações nas
preferências dos clientes e avaliar as consequências
do referido anteriormente, nas estratégias futuras do
canal independente do aftermarket automóvel, através
da realização de inquéritos aos consumidores e
às empresas desta atividade. Os dados preliminares
permitem já retirar algumas conclusões, que foram
apresentados a título de exemplo.
O Aftermarket da próxima geração
A sessão contou ainda com o contributo de Pedro
Díaz, que abordou a temática “O Aftermarket da
próxima geração”, e apresentou aquela que será a
mobilidade da próxima geração, designadamente:
Caracterizada pela eliminação gradual de veículos
ligeiros com motor de combustão interna em
mercados-chave até 2035, com a chegada rápida
da mobilidade elétrica; O “Car OS” será já uma
realidade em 2024, e caracterizado por uma arquitetura
de software “DevOps”, com computadores
de alto desempenho; Outra tendência serão os
Sistemas de condução autónoma em 2030, onde a
mobilidade como serviço ganha quota de mercado.
A tendência é que o mercado do Pós-venda seja
cada vez mais conectado, autónomo, partilhado,
elétrico e sustentável, sendo que, toda esta contextualização
afetará este mercado. Vão surgir novos
players, com forte peso no mercado, as oficinas
vão enfrentar novos desafios, com a complexidade
crescente dos veículos. Haverá um maior peso das
frotas. Para o sucesso da rede pós-venda, existem
alguns campos de ação essenciais, como o foco no
utilizador final e na sociedade, a exploração de novas
parcerias, o investimento no digital, entender
os omnicanais; sustentabilidade; novas tecnologias
e mobilidade autónoma.
Comissões da DPAI/ACAP
apresentaram balanço
As Comissões da DPAI/ACAP apresentaram as
suas ações e atividades desenvolvidas ao longo
de 2022. A Comissão Especializada de Serviços
e Mobilidade, representada por António Costa,
apresentou os excelentes resultados da Oficina
Confiança, um Programa criado pela ACAP,
para distinguir as oficinas que melhor respeitam
as boas práticas para o setor, ao implementar
de forma correta a legislação, com destaque
para a do consumidor, fiscal e ambiental.
A Comissão investiu igualmente os seus esforços
na Dinamização Associativa, através do aumento
dos Associados para uma maior representatividade
no sector oficinal, assim como na criação
de uma Ordem de reparação, (minuta em fase de
construção) que sirva como documento de apoio à
atividade das oficinas.
A Comissão Especializada de Distribuidores de
Peças, representada por Isabel Basto, apresentou
as atividades de 2022, que se prenderam com a
criação de uma estratégia para o mercado de distribuição
de peças em Portugal, essencial para responder
à alta competitividade do mercado, à sua
fragmentação e à sua rápida mudança. Comissão
Especializada de Distribuidores de Pneus, representada
por José Moura Neto, abordou o contributo
da Comissão para a melhoria do Observatório
do Mercado de Pneus, através da inclusão de novos
indicadores e métricas, da Análise estatística
de dados dos distribuidores de pneus, assim como
o contributo para a concretização do MotorData.
Por fim, Ribeiro da Silva, em representação da
Comissão Especializada de Produtores de Pneus
da ACAP, apresentou as atividades realizadas no
MOTORDATA DISPONÍVEL
PARA O PÓS-VENDA
António Cavado, responsável pelo departamento de estatísticas
da ACAP anunciou o lançamento da plataforma Motordata para
o pós-venda. A partir de agora as empresas aftermarket podem
ter acesso a dados estatísticos da atividade do setor, comparar
os resultados com a média do mercado, analisar o desenvolvimento
das vendas, entre muitas outras funcionalidades. Zorro
Mendes, professor do ISEG, apresentou os objetivos e estrutura
de um trabalho que está a realizar sobre a caracterização
do aftermarket em Portugal. Com este trabalho, o professor
pretende perspetivar a evolução futura da procura dirigida ao
canal independente do pós-venda automóvel, em função das
inovações tecnológicas no setor automóvel e das alterações nas
preferências dos clientes. A informação recolhida para o estudo
é resultado de dois inquéritos realizados às empresas do canal
independente do aftermarket e aos consumidores.
Aplicação pioneira em Portugal, a Motordata pretende ajudar
as empresas a conhecer a sua performance face à média do
sector e a extrair dados estatísticos de indicadores económico-financeiros
do sector do pós-venda, nomeadamente, das
empresas de peças independentes, distribuidores de pneus,
retalhistas de pneus e reparação independente. A aplicação
tem também disponíveis dados do parque de veículos
automóveis, de motociclos e de tratores agrícolas, detalhado
pelas características técnicas dos veículos e por código postal;
matrículas diárias e mensais de veículos automóveis e de
motociclos, novos e importados usados em Portugal; e ainda
Registos de Propriedade de veículos automóveis, de motociclos
e de tratores agrícolas, detalhados pelas características
técnicas dos veículos e por código postal.
ano de 2022, que incluíram a elaboração de campanhas
informativas para os consumidores e o desenvolvimento
de guias (Guia do Pneu Usado) e do
Manual Técnico dos Pneus. l
A PRODUÇÃO DE INDICADORES ESTATÍSTICOS PARA O PÓS-VENDA TEM SIDO
UMA PRIORIDADE PARA A DPAI E SÃO FUNDAMENTAIS PARA DETERMINAR
OBJETIVOS, PREPARAR DECISÕES E ENQUADRAR A GESTÃO
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z
Empresas
NORAUTO CHEGA A ALVALADE COM UM NOVO CONCEITO
SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS DE MOBILIDADE
Aberta desde o passado dia 6 de dezembro, a
Norauto Soluções Urbanas revela-se um passo
importante para a afirmação da Norauto
como marca potenciadora de soluções sustentáveis
para o automobilista, que visam contribuir positivamente
para o presente e futuro do nosso planeta.
Com uma oferta alargada em produtos e serviços
(manutenção e reparação) de veículos de 2 rodas,
torna-se assim a 1ª loja deste género no país e a 2ª do
grupo Mobivia, do qual a Norauto faz parte.
Este novo conceito, que pretende ser uma referência
nas soluções urbanas, coloca à disposição dos clientes
os mais variados serviços Norauto: Click and collect
(compra em loja ou norauto.pt e recolha em loja);
Venda e serviço de instalação ao domicílio de carregadores
elétricos; Seguro de bicicleta e de trotinete
elétricas; Serviço de aluguer de suportes de bicicleta,
malas de tejadilho e reboques. Paralelamente, como
ponto de contacto aos centros auto Norauto, disponibilizará
igualmente os habituais serviços Norauto
(Serviço Financiamento Oney; Oficina Móvel Norauto;
SOS Baterias; Drive IPO e Serviço DriveR - mais
informações em norauto.pt). A Norauto pretende assim
estar ao lado dos automobilistas nesta transição
automobilística, oferecendo-lhes soluções inovadoras
com base nas suas necessidades e do planeta.
A inauguração da 1ª loja Norauto Soluções Urbanas,
contou com a presença de diversos convidados, desde
parceiros, a fornecedores e figuras públicas, que
vieram conhecer este novo conceito Norauto. O Chef
Chakall, embaixador da mobilidade Norauto, DJ
Kamala, Carlos Manuel (ex-jogador do Sport Lisboa
e Benfica), Francisco Garcia, ator e apresentador de
TV, a modelo e apresentadora Vanessa Oliveira, e a
apresentadora e nutricionista Rita Andrade, foram
algumas das caras conhecidas que vieram conhecer
este novo espaço. Também parceiros como a Repsol,
Oney, CEOs de outras empresas e amigo” da marca
Norauto marcaram presença neste evento.
O momento alto da noite foi o discurso do CEO da
Norauto, José Luís Barbajosa, que destacou o facto
de ser a 1ª loja Norauto dentro da cidade em Portugal,
com um modelo inovador que pretende dar
resposta à constante evolução do mundo e consequentemente
das necessidades dos clientes. Referiu
ainda que “a nossa missão é tornar acessível soluções
duráveis de mobilidade a cada automobilista”, algo
para o qual acredita que esta loja é um passo muito
importante.
De seguida, o Market Manager Ibérico Javier Viñals
referiu que esta é “mais que uma loja de mobilidade,
é uma loja de soluções!” e que disponibilizará as últimas
novidades no que toca às soluções urbanas. Para
concluir foi a vez do embaixador da mobilidade Norauto
- o Chef Chakall - fazer uma intervenção, optando
por um discurso emocional afirmando “Tenho
4 filhos e o futuro é hoje, o futuro não é amanhã!”,
uma mensagem alinhada com os valores e missão da
Norauto que demonstra a consciência da importância
das soluções sustentáveis de mobilidade.
24 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
LANÇA FORMAÇÃO DE BATERIAS ONLINE
GS YuASA Academy | A GS Yuasa Academy, é a primeira plataforma abrangente de
formação em baterias online existente. Com mais de 20 cursos de formação detalhados, cobre
cada passo da “viagem” de uma bateria, desde a saída da prateleira, através de manutenção
contínua, até ao fim da sua vida útil. Foi concebido para ajudar as empresas a revolucionar a
sua oferta de baterias, melhorando o serviço ao cliente, reduzindo as devoluções de garantia
e maximizando o potencial de receitas do negócio de baterias. A GS Yuasa Academy oferece
formação profissional em bateria através da sua combinação de conteúdo de vídeo envolvente
e material de apoio descarregável. Cada utilizador recebe um percurso de aprendizagem
adaptado ao seu papel específico. Cada módulo leva apenas alguns minutos a completar,
pode ser completado ao seu próprio ritmo e resulta num certificado descarregável após a conclusão
com sucesso. Daniel Martinez, Diretor de Formação da GS Yuasa Battery Iberia, afirmou:
“Trabalhámos arduamente para criar a primeira plataforma de treino de baterias abrangente
do mundo, da qual estamos compreensivelmente orgulhosos”.
SOLIDÁRIA COM A ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DE ITACA
Metalcaucho | A Metalcaucho, voltou a colaborar, pelo terceiro ano consecutivo, com a Associação
Educacional de Itaca na campanha solidária de angariação de alimentos, brinquedos e livros. A empresa de
Barcelona, que faz parte do grupo americano BBB Industries, está muito orgulhosa da sua equipa humana,
que nos últimos anos, tem dado o seu contributo solidário, à Associação Educacional Itaca, através de
doações, sejam financeiras, alimentares, brinquedos ou livros. A Associação Educacional Itaca é uma organização
sem fins lucrativos do L’Hospitalet de Llobregat (Barcelona), que desde 1976 se dedica à educação
lúdica de crianças e jovens do bairro, em situação de pobreza infantil ou exclusão social. Em Espanha, a
taxa afeta 28,3% das crianças e meninas, ou seja, 2,2 milhões. Assim, mais de um quarto das crianças em
Espanha crescem na pobreza; aumentando os elevados riscos de saúde, nutrição e educação. A equipa da
Metalcaucho sempre se demonstrou disponível em colaborar neste tipo de campanhas e atos solidários,
fazendo doações de sangue, participando em campanhas de angariação alimentares, brinquedos e livros,
ou até na campanha dos Médicos sem fronteiras.
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NOTÍCIAS
EMPRESAS
MIDAS
ABRIU EM BRAGA NOVA OFICINA
A
MIDAS
deu mais um passo na direção do plano estratégico de expansão da marca,
e assina o seu segundo contrato de franquia. A rede Midas conta com uma
nova oficina em regime de franquia, na cidade de Braga. A estratégia nacional da
marca alinha-se assim com a estratégia internacional, colocando toda a sua notoriedade,
experiência e avançada metodologia ao acesso de empreendedores, operadores independentes,
gestores e profissionais da área que pretendam associar-se a uma franquia de
sucesso comprovado. Foi no passado dia 24 de novembro de 2022, nas instalações da
sua sede, em Vila Nova de Gaia, que a Midas celebrou a assinatura do segundo contrato
de franquia para a abertura de uma nova oficina da marca em Braga. Jorge Dias, CEO
do Grupo Maintarget S.A., e Carlos Silva, Gerente da Categoria Credível, expressaram
o seu contentamento com a formalização desta parceria, afirmando: “iniciamos a nossa
história no setor automóvel, que posteriormente evoluiu para o mercado das telecomunicações
e energia, posicionando-nos hoje como um dos principais players em Portugal.
Abraçar a parceria com a Midas no ano em que celebramos 40 anos, e no distrito que nos
viu nascer, é um grande motivo de orgulho. A partilha dos mesmos valores, know-how da
Midas, prestígio e credibilidade, foram fatores decisivos para efetivar esta parceria”.
APOIA OFICINAS COM NOVA CAMPANHA
Delphi Technologies | A Delphi Technologies, lançou uma campanha para fornecer suporte
direto às oficinas e aos mecânicos. Sob o nome de Masters of Motion, a campanha, é destinada a ajudar
quem está na linha da frente do serviço: os profissionais oficinais. O trabalho em equipa e o apoio mútuo
são valores fundamentais e que devem ser incorporados desde o início, para além de serem a razão pela
qual a equipa da Delphi Technologies, a pensar diretamente nos workshops, tem realizado um intenso
trabalho de investigação. Assim, foram realizadas pesquisas em 4.000 oficinas, além de consultas exaustivas
a quatro grupos, para conhecer a experiência real dos mecânicos. Fruto de pesquisas, realizadas em
10 países europeus, a Masters of Motion nasce com o compromisso de adotar uma abordagem intercultural
em todos os seus conteúdos e atividades. Os recursos do Masters of Motion são a resposta direta aos
resultados da consulta. Todo o seu conteúdo está disponível online e serve como ‘ponto de encontro’ para
os utilizadores, onde serão adicionados mais vídeos, gráficos e guias.
MAIS DIGITAL DO QUE NUNCA
AUTOPEçAS Cab | A Autopeças Cab quis terminar o ano com a apresentação do novo
website da empresa. É de realçar, que a Autopeças lançou, há pouco tempo, a nova Webshop. O
novo site, disponível aqui, para além de mais moderno, e de possuir uma imagem mais simples,
tem muitas novidades em relação ao anterior, entre elas um chat de comunicação direta com
o call center, para orçamentos e disponibilidades. Com a nova webshop já em pleno funcionamento,
este novo site, permite um acesso mais visível logo no topo e em destaque. “Para o
próximo ano, vamos ter mais novidades a nível de melhorias da Webshop para os nossos clientes,
permitindo aos mesmos terem com a Autopeças Cab mais funcionalidades e outros serviços para
as suas oficinas”, revelou André Cruz, da Autopeças Cab.
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WEBSHOP MAIS INTUITIVA E COM NOVA IMAGEM
NRF | Para facilitar a vida dos seus utilizadores, a NRF fez alterações à sua loja online, a NRF
Webshop. Esta nova página web, disponibiliza agora uma nova imagem, novos filtros de pesquisa
e uma nova forma de verificar a disponibilidade dos produtos.
A NRF está sempre atenta às necessidades dos seus clientes, como tal, atendendo aos tempos
inseguros que se vivem na internet, atualizou a tecnologia por trás da sua loja online. Apresentase
agora mais rápida e mais segura do que nunca. Ainda assim, a empresa, manteve o sistema de
fotografias 360º para que os utilizadores possam ter uma visão completa e global dos produtos e
melhorou a versão móvel do site.
A diversidade da gama e os novos serviços disponíveis para o cliente têm sido a estratégia
seguida pela NTN-SNR para o pós-venda, o que lhe garante a posição de líder no mercado
automóvel, com base na capacidade de inovação e na experiência em equipamento original
de que dispõem para desenvolver continuamente as suas gamas de produtos: chassis, cadeia
cinemática e transmissão.
A NTN foi distinguida pela TecAlliance como um «Fornecedor de Dados Certificados TecDoc», uma
certificação que garante qualidade e confiança adicional aos clientes
TORNA-SE ACIONISTA DE EMPRESA
DE TRANSMISSÃO
bilstein group | O bilstein group fez mais um investimento após a aquisição da
empresa de turbocompressores Motair em 2021. O especialista em peças automóvel tornou-se
recentemente acionista da Revolute, uma jovem empresa de Kassel, na Alemanha, que
desenvolve caixas de velocidades especiais para a mobilidade elétrica. A Revolute é uma
empresa promissora, que oferece grande potencial de crescimento, motivo pelo qual o bilstein
group decidiu investir. Ao mesmo tempo é fornecedor de componentes relevantes, incluindo a
unidade completa da caixa de velocidades. A caixa de velocidades Revolute, para bicicletas, está
atualmente disponível para ser instalada (em pré-encomenda) e está planeado ser fabricada em
grandes quantidades, a médio prazo, em cooperação com os principais fabricantes internacionais
de bicicletas. As bicicletas elétricas, no entanto, são apenas o primeiro passo para a Revolute
e para os seus 14 colaboradores. No futuro, a empresa quer desenvolver transmissões para
veículos elétricos menores de até 50 KW, como veículos municipais ou de entrega.
PUB
entrevista
PATXI GORROTXATEJI, DIRETOR EXECUTIVO TALOSA
O DESENVOLVIMENTO
E FABRICO PRÓPRIO DÃO-NOS
UMA ROBUSTEZ ENORME
A TALOSA, FABRICANTE ESPANHOL DE COMPONENTES DE SUSPENSÃO E DIREÇÃO COM
MAIS DE 65 ANOS NO SETOR DO AFTERMARKET, ESTÁ EM CURVA ASCENDENTE, GRAÇAS AOS
INVESTIMENTOS REALIZADOS NOS ÚLTIMOS ANOS E A UM MODELO DE NEGÓCIO QUE A COLOCA
COMO LÍDER MUNDIAL NA SUA ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO
Visitámos o centro logístico da Talosa, em
Pamplona, para falar com Patxi Gorrotxateji,
diretor executivo, que nos descortinou
alguns dos segredos do sucesso da marca. Os mais
de 40 anos que tem de experiência na automoção,
dos quais 36 de aftermarket independente na área
da direção e suspensão, fazem de Gorrotxateji um
verdadeiro conhecedor do setor, com ideias bem
definidas sobre o que pretende para o futuro da
Talosa. Até agora, as apostas que tem feito têm-se
mostrado vencedoras e colocam a Talosa em franca
ascensão no mercado, mesmo num panorama global
de maior dificuldade.
“Dentro do setor de aftermarket independente, somos
o maior fabricante mundial de peças de direção
e suspensão de reposição. À parte disto, investiu-se
no setor da borracha-metal, na qual já temos
a nossa própria fábrica, onde desenvolvemos todos
os sinoblocos dos nossos braços de suspensão, os
cubos de roda, e estamos a produzir suportes de
motor, amortecimento e suspensão”, explica. Com
o objetivo de aumentar o seu portfólio, a Talosa
decidiu alargar horizontes para novas áreas de
produto, mais comerciais, como os rolamentos, as
juntas de articulação, as transmissões e as juntas
homocinéticas..
Independência garantida
Um dos maiores e mais importantes investimentos
da empresa navarra foi na sua própria maturidade
e independência no processo produtivo. A posição
que conquistou está hoje plenamente consolidada,
dispondo dos meios tecnológicos mais avançados
da indústria, podendo iniciar e finalizar toda
a produção sem depender de ninguém. “Um dos
investimentos mais importantes que fizemos foi
na fábrica de forja de alumínio, graças à qual já
não dependemos de ninguém. Tanto a forja de ferro,
como a de alumínio ou a de chapas, que são a
maioria dos produtos que vendemos, já são, desde
o início, de fabrico próprio, com todos os processos
integrados na nossa casa: desenho, moldes,
etc.”, enfatiza. Quer isto dizer que “desde que compramos
a peça original, até que metemos a nossa
própria peça numa caixa, é tudo feito nas nossas
fábricas”, conta.
Por ano, são desenvolvidas 1.200 referências novas,
das quais 800 de direção e suspensão e cerca
de 400 de borracha-metal, o que para Patxi Gorrotxateji
é “um dos nossos pontos mais fortes. O
desenvolvimento e fabrico próprios dão-nos uma
robustez enorme, além de termos a gama mais ampla
do mercado europeu, referindo-me não só aos
carros europeus, mas também aos asiáticos, com
uma cobertura superior a 95% do parque total
existente na Europa”. A gama asiátia tem vindo a
crescer em importância no catálogo da Talosa, com
o fabricante a assumir que “assim que um veículo
asiático entra na Europa, desenvolvemos o componente.
Hoje, em 15 mil referências que temos em
stock, cerca de 6 mil são de veículos asiáticos, é
uma percentagem altíssima”, assinala.
Além disso, a empresa consegue dar resposta a veículos
a partir de 1980, mantendo algumas peças
em catálogo por ser exportador e estar em mercados
“onde ainda há veículos com mais de 30 anos,
pelo que mantemos a produção”. Por mês, o grupo
fabrica mais de 3 milhões de peças, totalizando
entre 36 e 37 milhões de peças produzidas anualmente.
DO aftermarket
para o primeiro equipamento
Na Talosa, as exigências de qualidade equiparam-se
às das peças de equipamento original e o
controlo é apertado. Tal como as restantes empresas
do grupo Teknorot, a Talosa conta com todas
as certificações (ISO 9001, ISO/TS 16949 e ISO
14001 ambiental). Na fábrica da Índia, já forne-
28 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
Veja o vídeo
UM DOS MAIORES E MAIS
IMPORTANTES INVESTIMENTOS
DA EMPRESA NAVARRA FOI NA
SUA PRÓPRIA MATURIDADE
E INDEPENDÊNCIA NO
PROCESSO PRODUTIVO
PATXI
GORROTXATEJI
O CENTRO LOGÍSTICO DA TaloSA EM PAMPLONA REÚNE UM GRANDE STOCK
DE PEÇAS, PERMITINDO UM SERVIÇO COM UMA TAXA DE ForneciMENTO
MUITO PRÓXIMA DOS 93/94%
cem braços de suspensão para primeiro
equipamento e Gorrotxateji
explica que “isso aconteceu graças à
evolução que tivemos na empresa, a
sustentabilidade, o processo, a qualidade...
tudo integrado. Sem isso, é
impossível alcançar as certificações
necessárias”.
Numa altura em que a sustentabilidade
e o caminho rumo à transição
energética estão na ordem do dia,
o diretor executivo da Talosa reconhece
que “estamos todos no mesmo
barco” e constata que “não há
nenhuma fábrica de topo que não
esteja a seguir um caminho verde, na
atualidade”. Face à incerteza do que o
futuro trará, nomeadamente no que
aos veículos elétricos diz respeito, o
nosso entrevistado adianta que já estão
a ser fabricadas mais de 100 referências
para estes modelos, estando
prevista a apresentação de um novo
catálogo, para que dentro dos próximos
meses estejam mais de 300
referências disponíveis neste âmbito.
Gorrotxateji chama a atenção para o
facto de os motores mudarem, e “o
chassis vai ter de evoluir para suportar
o aumento de peso das baterias
que poderão influenciar a direção e a
suspensão”, confirma.
Esta é uma área, assegura, em que
estão a “entrar fortemente, porque
só temos, para já, para carros ligeiros,
mas teremos também os 4x4
elétricos e asiáticos. Já temos peças
para o Tesla no armazém. É uma das
nossas grandes forças, sermos líderes
no desenvolvimento do produto e da
gama”, reforça.
Serviço de excelência
Outro dos pontos fortes da Talosa
é o serviço que presta, que mereceu
especial destaque na nossa conversa
com Patxi Gorrotxateji. A sede da
Talosa, em Pamplona, no norte de
Espanha, funciona atualmente como
o centro logístico e de distribuição
para toda a Europa e é onde reúnem
o grande stock de peças, permitindo
um serviço com uma taxa de fornecimento
muito próxima dos 93/94%
na primeira entrega, o que muito orgulha
o diretor, que nem durante o
período mais crítico da pandemia viu
os números descerem: “Em 2020,
2021 e 2022, cumprimos 97% de
taxa de fornecimento. E agora continuamos
igual, pois dispomos sempre
de material, fornecemos bem e como
somos fabricantes, o material está
sempre à nossa disposição” afirma.
PORTUGAL: UMA DISTRIBUIÇÃO QUE “NÃO É EXCLUSIVA, MAS É SELETIVA”
Presente em Portugal há vários anos, a Talosa
tem registado, sobretudo nos últimos dois
anos, graças ao trabalho dos seus parceiros, um
“crescimento que apesar de não ser exatamente
o que pretendemos, consideramos importante”,
diz Patxi Gorrotxateji. Não tendo muitos
distribuidores no nosso país, o responsável é
perentório ao afirmar que “os que temos estão
muito bem posicionados” e destaca o bom
trabalho realizado.
Ao longo dos 35 anos em que já trabalha com o
mercado português, Patxi viu mudar muita coisa
em Portugal, como o parque automóvel, que
anteriormente “tinha mais tendências inglesas”,
ou o modelo de distribuição, “que no passado
tinha muitos grossistas e retalhistas”. Sem abrir o
jogo sobre qual será o futuro do mercado, porque
“só o tempo o dirá”, o diretor da Talosa garante
apenas que “vamos tentar adaptar-nos a esta
mudança, sempre com o modelo que temos de
distribuição”. Uma distribuição que, esclarece,
“não é exclusiva, mas é seletiva”, querendo
isto significar que é possível que no futuro
venham a ter mais distribuidores. As condições,
refere, são transparentes: “logicamente, tem
de cumprir os requisitos da Talosa, procuramos
empresas maiores. Um bom distribuidor nosso
tem de ter mais de 1.200 referências de direção
e suspensão nos seus armazéns, pois só assim
consegue oferecer um bom serviço. Também não
somos exclusivos, mas para quem quer ser nosso
distribuidor, temos expetativas em termos de
números”, aponta.
Para já, a ideia é “crescer com os clientes que
temos”, sublinhando que estão sempre disponíveis,
“para apoiar a 100% tudo o que os nossos
distribuidores precisem. Creio que nos próximos
2/3 anos devemos ter um crescimento já com
algum peso em Portugal”, conclui.
30 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
Contrariamente à retração de muitas
empresas durante os confinamentos,
a direção da Talosa optou
por arriscar, aumentando o stock e a
disponibilidade de peças, garantindo
sempre os níveis de serviço. Uma
aposta que se revelou crucial, pois na
opinião do responsável, “quem tinha
a peça tinha o negócio. E isso fez-nos
crescer, foi muito importante!”. Esta
transformação operada em Pamplona
– um espaço de 12 mil metros
quadrados – reflete também a realidade
da Talosa, que passou a dispor
do maior stock de componentes de
direção, suspensão e borracha metal
para o aftermarket independente e
Gorrotxateji assume que “estamos a
crescer bem no portefólio, nas novas
linhas, na borracha-metal, nos rolamentos
e nas transmissões... estão a
ajudar-nos muito. No fundo, é uma
percentagem da nossa faturação que
há cinco anos não tínhamos!”.
Um projeto bonito para 2023
Depois de três anos felizes em termos
financeiros para a Talosa, e apesar
do contexto nacional e internacional
de inflação, espera-se que 2023
seja mais um período frutífero. “Em
2022 consolidámos a nossa posição
de liderança, cumprimos o orçamento,
superámos os números de 2021, e
temos um projeto muito bonito para
2023, onde esperamos voltar a crescer
e a inovar em termos de produtos
e oferta de serviços”, diz.
Face aos aumentos verificados e que
se perspetivam continuar este ano,
Patxi Gorrotxateji refere que só há
uma forma de resolver esse problema:
“com crescimento e volume.
Tem de ser com mais vendas, mas
com margens mais pequenas, porque
este ano 2023 vai haver mais subidas
de preços.
A fatura da energia das fábricas vai-
-se refletir nos preços e nos salários
dos trabalhadores”, afirma. Questionado
sobre quais as mais-valias para
distribuidores e oficinas de contarem
com produtos Talosa, o diretor executivo
responde “a gama, a qualidade,
o serviço e a garantia do produto,
que é de três anos, equiparada ao
nível das peças originais. Em termos
de preços, também, estamos na primeira
linha competitiva. Não somos
nem o mais barato, nem o mais caro.
Estamos numa linha de gama e serviço
com preço competitivo. Muito
de acordo com o que estamos a fazer”,
remata. l
A GAMA DE DIREÇÃO E SUSPENSÃO PARA O AFTERMARKET
É A MAIS COMPLETA E A taLOSA ESTÁ A CRESCER NAS NOVAS
LINHAS BORRACHA-metaL, ROLAMENTOS E TRANSMISSÕES
www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 31
entrevista
ENRIQUE JUNQUERA, DIRETOR GERAL DA ANDEL
O MODELO DE NEGÓCIO
DA ANDEL ENCAIXA NO
MERCADO PORTUGUÊS
UM DOS MAIORES GRUPOS ESPANHÓIS DA DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL ESTÁ A CHEGAR A
PORTUGAL. A IDEIA DA ANDEL AUTOMOCIÓN É ARRANCAR EM FORÇA NO INÍCIO DE 2023, TENDO JÁ EM
ATIVIDADE UM ARMAZÉM NO PORTO, E QUE É PRECISAMENTE O PONTO DE PARTIDA PARA ESTA IMPORTANTE
EXPANSÃO ALÉM-FRONTEIRAS
A
Andel é um grupo espanhol de distribuição
de peças auto criado em 2007 em Sevilha,
na Andaluzia. Com instalações também em
Madrid, Málaga e Barcelona, demonstrou, desde
a fundação, um crescimento sólido. Uma evolução
desde sempre reconhecida nos congressos anuais,
e no facto de ter apresentado ao mercado um conceito
inovador, convertendo-se num exemplo de
sucesso na distribuição de peças em Espanha.A
sociedade foi criada com a participação das lojas
associadas, cerca de 125, com 149 pontos de venda,
acabando por cobrir as zonas da Andaluzia,
Madrid, Castilla La Mancha, Castilla Leon, Extremadura,
Múrcia, Catalunha, Baleares e Canárias,
sempre com o esforço de todos e com o objetivo de
garantir a viabilidade das próprias lojas, o desenvolvimento
e o crescimento de todos os envolvidos.
Como missão, a empresa declara abertamente o
forte compromisso com os clientes, com o objetivo
de cumprir os objetivos com a qualidade e o prazo
acordado. Outro dos pilares que define a Andel,
para além do seu modelo de negócio, é a inovação,
com o êxito a refletir-se em cada congresso que organiza,
evento que já conquistou, por mérito próprio,
um lugar importante na agenda do pós-venda,
com oradores de alto nível.
Ampla cobertura
Como um dos objetivos da Andel para 2023 é desbravar
o mercado português, dando, pela primeira
vez, um salto para fora do país de origem, o Jornal
das Oficinas esteve à conversa com Enrique Junquera,
diretor-geral da empresa, que nos explicou
a forma como vão tentar ganhar espaço num setor
com vários players e muitos deles bem integrados.
Com um modelo de negócio que define como
“transparente, assegurando o rastreio dos diferentes
canais da distribuição, as nossas lojas associadas
conhecem e participam no desenvolvimento da
empresa”, esclarece, adiantando que a atual oferta
da Andel para o mercado, “é variada, trabalhamos
diversas marcas premium em diferentes linhas de
produto e ainda a marca Andel, que atualmente
em Espanha é reconhecida e valorizada porque se
sabe quem são os fornecedores que embalam estas
peças, as quais permitem às lojas focarem-se nelas
pela ampla cobertura que oferecem. Também
comercializamos equipamentos de oficina, dispomos
de técnicos que fazem assessoria, reforçam e
acompanham as lojas associadas que vendem estes
equipamentos”, conta.
AS NOVAS INSTALAÇÕES DA ANDEL NO PORTO VÃO PERMITIR
A EMPRESA EXPANDIR OS SEUS NEGÓCIOS, NÃO SÓ NO CAMPO
DA DISTRIBUIÇÃO, MAS TAMBÉM NO DAS OFICINAS
www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 33
ENRIQUE
JUNQUERA
UM DOS PILARES QUE DEFINE A ANDEL, PARA ALÉM
DO SEU MODELO DE NEGÓCIO, É A INOVAção, COM O ÊXITO
A REFLETIR-SE EM CADA CONGRESSO QUE ORGANIZA
Atualmente, têm uma taxa de fornecimento
de 94% e a grande preocupação
passa por trabalhar para alcançar
um ratio cada vez mais próximo dos
100%: “Contamos com mais de 79 mil
referências em stock na soma dos quatro
armazéns em Espanha, mas envidaremos
todos os esforços para cobrir
qualquer necessidade das nossas oficinas
e para que os nossos associados
possam oferecer sempre o melhor dos
serviços”, refere Enrique Junquera.
Em 2020, que ficará para sempre
marcado com o ano em que «rebentou»
a pandemia, foi tempo de introspeção.
A Andel fez uma autoanálise,
bem como a tudo o que a rodeava,
podendo “ver as nossas próprias debilidades,
assim como comprovar onde
nos pode levar a fragilidade num determinado
momento”, lembra o diretor-geral.
Por isso, o grande objetivo
do grupo é potenciar aquilo que são
as suas forças, até porque “as guerras
de preços não levam a lado nenhum e
crescer à custa de qualquer coisa também
não, pelo que a rentabilidade da
empresa deve ser vigiada”, alerta, salientando
a importância de “apostar
em fornecedores fortes, que permitam
à oficina enfrentar o futuro com
as melhores garantias”.
A chegada a Portugal
O interesse no nosso país já vem de
longe. Em 2012, a Andel chegou
a constituir uma sociedade com a
Create Business para desenvolver novos
negócios nos dois países, no entanto,
a aventura terminou de forma
abrupta. Mas, afinal quais são os motivos
dos investimentos e da entrada
em Portugal? Junquera tem a resposta
na ponta da língua: “são dois
os motivos que tornaram possível o
arranque no Porto. Agora temos a
pessoa certa para desenvolver o projeto,
o Carlos Rosado, e existem lojas
dispostas a participar neste projeto.
São estas as principais razões. Não
temos pressa, vamos respeitar a distribuição,
até porque queremos criar
uma rede de lojas de forma seletiva,
que convivam, que operem no mercado
com sentido de grupo e com as
quais possamos cumprir as necessidades
de todas, as antigas e as novas”,
esclarece. Culmina assim um processo
que teve início em 2021. Durante
este período, a Andel realizou as
pertinentes negociações com fornecedores
de componentes e serviços
logísticos, mas também procurou o
pessoal adequado para que a Andel
Portugal seja gerida por profissionais
portugueses.
Questionado sobre a estratégia da
Andel para Portugal e sobre as diferenças
do mercado da distribuição de
peças nos dois países, o responsável
garante que o modelo de negócio da
Andel “encaixa melhor no mercado
português, pois a estrutura da distribuição
em Portugal é mais clara,
até porque a Andel não vende nem a
oficinas nem a particulares, apenas a
lojas associadas e de forma ordenada”,
afirma.
E como vão começar pelo Porto, o negócio
em Portugal vai funcionar um
pouco como em Espanha, sendo o
armazém uma cópia das estruturas de
armazenamento que possuem no país
vizinho. “Focamo-nos no Serviço e na
Disponibilidade, investimos bastante
em processos informáticos que nos
permitem otimizar os nossos armazéns
através de uma intranet conectada
às lojas associadas. Quanto ao armazém
do Porto, tem 2.400 m2 com
8 metros de altura, pelo que possui, a
médio prazo, uma ampla capacidade
de armazenamento”, estando previsto
que a infraestrutura cubra, para já, a
zona norte de Portugal.
Revelador da importância e da aposta
no mercado português, está o facto
de o próximo Congresso de Lojas Andel,
um dos eventos mais importantes
da empresa, acontecer exatamente
no Porto a 2 e 3 de março de 2023.
“O congresso da Andel é celebrado a
cada dois anos e, sendo o Porto uma
cidade maravilhosa, acabamos por
fazer coincidir com a abertura recente
do armazém, por isso o Porto revelou-se
a melhor opção. No último
congresso, em 2019, celebrado em
Madrid, tivemos a assistência de 260
profissionais, entre lojas associadas,
fornecedores e imprensa”, recorda.
Implementação da rede
A entrada em Portugal – para além
do armazém e do congresso – será
complementada com o desenvolvimento
de uma rede de oficinas que
começará a ser implementada no início
de 2023. “Atualmente contamos
com uma rede de 256 oficinas em
Espanha e todo o nosso esforço centra-se
na informação e na formação,
as oficinas têm de dispor da informação
necessária para reparar qualquer
veículo com segurança e no tempo
adequado. A rede em Portugal será
gerida por Juan José Salazar, que
entrou na nossa empresa em meados
de 2022 como responsável da rede
de oficinas da Península Ibérica. É a
pessoa certa para liderar este projeto
tão ambicioso, até porque já trabalhou
anteriormente na Infopro Digital
como responsável nacional pelas
grandes contas dentro da divisão de
automoção do grupo ETAI Ibérica e
também já havia desempenhado diferentes
posições, sempre no âmbito
comercial e em empresas de outros
setores”, refere Junquera.
Uma rede maior, implica também
um crescimento interno, pelo que
está previsto, em paralelo, um alargamento
da estrutura de recursos
humanos. Se até agora eram os próprios
responsáveis de vendas que se
encarregavam de dar cobertura às
oficinas da sua zona, pois como Enrique
Junquera explica, “a nossa rede
34 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
de oficinas sempre teve uma gestão
partilhada. Existia um responsável
na Andaluzia e outro em Madrid que
tomava conta tanto das vendas como
da rede”, agora chegou o momento
de “crescer na estrutura externa, logo
também precisamos de aumentar a
estrutura interna para conseguir tomar
conta de todos os projetos”.
A «umbrella» internacional
A Andel é, atualmente, membro da
Nexus através do IDAP, que Junquera
acredita ser fundamental para o de-
isso todos acabamos por repercutir o
aumento dos preços e, afinal, quem
mais sofre será o consumidor final,
mas isto não acontece apenas no
nosso setor. Preocupa-me que a sociedade
empobreça e que os salários
não aumentem em consonância, por
isso em cada casa, em cada família,
é preciso tomar decisões e uma delas
será realizar ou não a manutenção do
carro ou até mesmo repará-lo. Quanto
à falta de peças e de fornecimento,
reforçamos os stocks de todos os
armazéns em meados de 2020 e em
veículo vão fazer com que nos reposicionemos,
mas não tenho dúvidas de
que o setor se vai adaptar, já o fazemos
há tantos anos”.
Todos os mercados têm potencial
de crescimento, mas “Portugal está
igual a Espanha, imerso numa desaceleração
na renovação do parque
automóvel, que a longo prazo não é
boa para ninguém, a incerteza tomou
conta de quem conduz, por isso
esperamos que esta indecisão se torne
clara o mais rápido possível. O setor
sempre respondeu bem, por isso
continua a ser um importante motor
da economia. Em Portugal, a Andel
vai respeitar a distribuição, “por isso
convido as lojas a conhecerem-nos e
a saber quem somos e o que podemos
fazer por elas, mas queremos atuar
com transparência no mercado e ir
ao encontro de todas as suas expetativas.
Aproveito a oportunidade para
anunciar que vamos marcar presença,
já em abril de 2023, na Expomecânica,
onde estaremos com muita fé
e acredito que conseguiremos vingar
em Portugal”, remata. l
REVELADOR DA IMPORTÂNCIA E DA APOSTA NO MERCADO PORTUGUÊS,
está O FActo DE O PRÓXIMO CONGRESSO DA ANDEL Acontecer NO HOTEL
HILTON PORTO A 2 E 3 DE MARÇO DE 2023
senvolvimento do grupo. “Nos tempos
que correm, é importante estar sob a
alçada de uma estrutura internacional,
a informação que nos transmitem
é vital, e a Nexus cresceu muito nos
últimos anos, por isso traz-nos a tranquilidade
e a consciência de estarmos
com o parceiro certo para assegurar o
futuro”. Sobre se a inflação desmesurada
que assistimos atualmente e se a
falta de material de alguns fabricantes
está a ter impacto na atividade do
grupo, o diretor-geral da Andel menciona
que “demorámos algum tempo
a sofrer uma inflação como esta, por
novembro voltámos a reforçá-los em
32%, de forma a poder minimizar os
problemas de fornecimento dos fabricantes
em Sevilha, Málaga, Madrid e
Barcelona”, garante.
Várias frentes em aberto
Em relação ao futuro, e tendo em
conta o que nos contou, o diretor-
-geral da Andel considera que a distribuição
de peças para automóveis
vai sofrer alterações, “mas existem
diferentes frentes em aberto,” garante:
“as novas tecnologias nos motores
modernos ou o acesso aos dados do
FOCO NA ÉTICA
É a base da visão da empresa e tem
potenciado o crescimento do negócio de
logística e distribuição da Andel. A estratégia
corporativa prima pelo “respeito pela legislação,
integridade ética e transparência nas nossas
relações com o mercado”, com a empresa a
ambicionar posicionar-se “como uma empresa
de referência na nossa área geográfica de
ação; baseada numa cultura corporativa em
que prevaleça uma gestão dinâmica, orientada
para o atendimento e as necessidades dos
clientes, e assente na vantagem competitiva
proporcionada pela formação, experiência e
dedicação da sua equipa, na excelência técnica
nos processos e cumprimento dos prazos, tudo
num ambiente e condições de desenvolvimento
sustentável em termos económicos, social e
ambiental”, afirma Enrique Junquera.
empresas
GRUP EINA APRESENTA NOVA SEDE
ALIADO TECNOLÓGICO
DAS OFICINAS
A AD PARTS APRESENTOU A NOVA SEDE DO GRUP EINA EM FIGUERAS, GIRONA. FOI A PRIMEIRA VEZ
QUE O GRUPO ABRIU AS PORTAS DESTE CENTRO TÉCNICO AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO,
PARA MOSTRAR TODOS OS SERVIÇOS DE APOIO QUE DISPONIBILIZA ÀS OFICINAS
O
Grup Eina foi criado em 2004 e atualmente
é uma empresa de formação de referência,
propriedade da AD Parts. O novo centro
emprega 105 pessoas nos seus 2.200 metros quadrados
de área. No total o grupo conta com cerca
de 150 trabalhadores, divididos por 4 instalações
em Lisboa, Drogenbos (Bélgica), Barcelona e Figueres
(Espanha).
“O aliado tecnológico da oficina”: é assim que AD
Parts define o Grup Eina para os diferentes serviços
que presta, entre eles, o aconselhamento técnico
por telefone ou através da sua plataforma online,
de técnico a técnico, a que chama AD SERVICE.
Todas as questões resolvidas são a fonte da base de
dados que o Grup Eina compila. Sempre que uma
consulta com a mesma solução é apresentada por
três vezes, é produzido um boletim técnico, a que a
oficina pode aceder sempre que necessitar através
de AD AVERÍAS. Este sistema, permite ter neste
momento, cerca de 1,5 milhões de boletins técnicos
atualizados.
Estão também disponíveis para as oficinas serviços
de formação em sala de eletromecânica, carroçaria,
gestão e vendas através da AD TRAINING,
que consiste na reparação de avarias simuladas
num carro ou camião de formação. Além disso,
o Grup Eina oferece também formação online
através de uma plataforma moodle de e-learning,
tendo neste momento cerca de 45 formações online
com conteúdos gerais e específicos, designada
CAMPUS EINA. São formações de alta qualidade
com diverso conteúdo e desenvolvidas por e para
o reparador oficinal. Para aumentar a visibilidade
digital das oficinas, existem várias ferramentas,
designadamente a AD DIGITAL, que permite às
oficinas criarem o seu website, e a AD TV, que funciona
como um canal de televisão que transmite
pequenas palestras de 20 a 30 minutos em que são
abordados em profundidade diversos temas.
Finalmente, o Grup Eina apresentou também o
EINA TECH, a sua equipa especializada em reparação,
clonagem e aluguer de unidades de comando
(centralinas). Com a criação deste departamento,
é agora possível fazer diagnósticos completos
em mecânica, eletricidade e eletrónica e oferecer
aos clientes, serviços de reparação, clonagem ou
aluguer das mais diversas unidades de comando,
bem como a reparação hidráulica de um ABS, reconstrução
de um SBC Mercedes ou clonagem de
uma unidade de motor.
Todos estes serviços têm como objetivo dar suporte
ao setor da reparação, tendo como base a formação
técnica, que pode ser presencial e/ou online.
Formações cerTIFICADAS
Todas as formações são certificadas, sendo desenvolvidas
e lecionadas por técnicos altamente
qualificados e com elevada experiência em oficina,
transmitindo conhecimento técnico e prático aos
alunos. O Grup Eina dispõe de instalações por
todo o território nacional, contudo, também efetua
formações nas instalações dos seus parceiros,
tendo sempre como prioridade que o formando se
desloque o mínimo possível. Uma equipa de I+D
está em constante desenvolvimento de novas formações
para os sistemas mais recentes, em que se
englobam as últimas novidades do parque automóvel.
As formações têm como público alvo, todos
os profissionais de oficinas, desde o nível iniciante,
intermédio ou avançado nas mais diversas áreas
técnicas como eletricidade, mecânica ou até mes-
O GRUP EINA DISTINGUE-SE PELA FORMA COM TEM ESTRUTURADO
O SEU PROJETO, TORNANDO-O CADA VEZ MAIS APETECÍVEL PARA QUE
A OFICINA POSSA OBTER FORMAÇÃO CERTIFICADA DE ALTA QUALIDADE
www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 37
GRUP EINA
AS ÁREAS DE FORMAÇÃO SÃO ESSENCIALMENTE EM MECÂNICA,
ELETRICIDADE AUTO, ELETRÓNICA E CARROÇARIA. TODAS ESTAS ÁREAS
FAZEM PARTE DO PORTFÓLIO DO GRUP EINA
mo reparação de carroçarias. Também
dispõe de soluções formativas
em gestão oficinal, receção e marketing.
Entrando em detalhes sobre o que
os técnicos mais consultam, os dados
do Grup Eina mostram que os
três sistemas que os clientes mais
consultam são, em primeiro lugar,
as dúvidas relacionadas com o motor
diesel (38,6% das consultas), o conforto
(13,37%) e o motor a gasolina
(13,23%), que em conjunto representam
65,19% das consultas. Por
outro lado, as consultas relativas ao
motor 100% elétrico representam
apenas 0,31% do total, o que pode
indicar que ainda há poucos veículos
elétricos a chegar às oficinas e
que, portanto, as oficinas ainda têm
tempo para se prepararem para a
mudança que terá lugar a partir de
2035.
O aconselhamento técnico às oficinas
é feito através de telefone ou através
da internet, sendo a sua gestão efetuada
através de uma plataforma online.
São recebidos anualmente mais
de 200.000 novos pedidos de assessoria
técnica, tendo cerca de 98% de
assertividade na resolução dos problemas
apresentados. l
VAMOS TRABALHAR PARA QUE NO FUTURO A FALTA DE CONHECIMENTO NÃO SEJA
UM ENTRAVE À REPARAÇÃO DE QUALIDADE
NUNO CARVALHO, RESPONSÁVEL DO GRUP EINA EM PORTUGAL
O Grup Eina conta neste momento com uma equipa de 6 pessoas
totalmente dedicada à atividade formativa no nosso país, tendo à
disposição todos os recursos técnicos já desenvolvidos para outros
mercados. Em entrevista ao JO, Nuno Carvalho fala dos objetivos
para o novo ano
Como é constituída a equipa do Grup Eina em Portugal?
A nossa equipa é composta por quatro assessores/formadores
técnicos, dois gestores de conteúdo e um técnico eletrónico dedicado
à reparação de unidades de comando, estando todos eles a trabalhar
em exclusivo para o mercado português, num espaço totalmente
equipado na região da Grande Lisboa. Todos as nossas formações
são ministradas em português por formadores nacionais com larga
experiência em oficina. Todo o material de apoio, desde manuais a
outros conteúdos, encontram-se também traduzidos em português.
Qual tem sido a média de consultas recebidas por mês?
Desde o início de 2022 que notamos um aumento progressivo do
número de consultas mensais, contando neste momento com uma
média que ronda as 1.000 novas consultas por mês. A tendência
é continuar a aumentar, pelo que já reforçámos a nossa equipa
técnica.
Também disponibilizam cursos de gestão empresarial? Qual
tem sido a sua aceitação e procura?
Neste momento dispomos de formação em gestão empresarial
na nossa plataforma online. Face à grande adesão registada, no
próximo ano teremos formação de gestão empresarial também em
formato presencial, não só para as oficinas como para as equipas dos
nossos parceiros AD.
Que projetos o grupo Eina está a desenvolver para o futuro?
Existe um grande problema de recursos humanos no nosso setor,
sendo cada vez mais difícil para um reparador encontrar um técnico
qualificado. Entre outras ações, o nosso foco para os próximos anos será
o desenvolvimento de parcerias com entidades e escolas de formação
profissional para mitigar a falta de recursos humanos no setor.
Quais são as previsões da atividade do Grup Eina em Portugal
para 2023?
Estamos neste momento a terminar o nosso catálogo de formações
para 2023. Vamos manter a linha seguida até agora, utilizando
viaturas preparadas com o nosso simulador de avarias, formação
em sistemas mecânicos em maquete e também formação de gestão
empresarial.
Que objetivos tem o Grup Eina para o mercado português?
O nosso objetivo é, juntamente com a AD e os nossos parceiros,
disponibilizar uma solução global para as oficinas de reparação
automóvel, estudando em pormenor as necessidades de cada oficina
multimarca e desenvolvendo soluções à sua medida.
Que desafios se colocam ao futuro do Grup Eina em Portugal?
O nosso principal desafio é formar e tentar, de certa forma, colmatar
a falta de técnicos qualificados no nosso setor. Vamos continuar a
trabalhar para que no futuro a falta de conhecimento não seja um
entrave à reparação de qualidade.
38 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
ASSOCIAÇÃO
NACIONAL
DO RAMO
AUTOMÓVEL
ASSOCIAÇÃO
NACIONAL
DO RAMO
AUTOMÓVEL
.com
Ibérica
Radio
Vigo
empresa
PDAUTO CRIA PDACADEMIA
VISÃO de
FUTURO
COM A CRIAÇÃO DA PDACADEMIA, EM
CONJUNTO COM A AEB (ASSOCIAÇÃO
EMPRESARIAL DE BRAGA), A
PDAUTO, GERIDA POR PAULO SILVA,
DÁ UM PASSO IMPORTANTE PARA O
FUTURO, GARANTINDO A FORMAÇÃO
ESPECIALIZADA DE JOVENS QUE
SERÃO OS SEUS FUTUROS CLIENTES
O
projeto tem como objetivo a formação profissionalizante
na área da mecânica funcionando
como plataforma entre formandos, oficinas e
marcas\fornecedores de especialidade. São cursos para
jovens com idade inferior a 25 anos, que pretendem
concluir o 12º ano de escolaridade. Esta plataforma
de cooperação permite aproximar alunos do mercado
de trabalho e vice versa para além de complementar a
oferta curricular com formações técnicas das marcas
envolvidas. Por outro lado permite à PDAuto disponibilizar
um espaço devidamente equipado para a formação
de profissionais da área que assim e no mesmo
espaço podem receber formações teóricas e práticas.
Este projeto torna-se numa realidade com a colaboração
das entidades parceiras e a envolvência de marcas
que acreditam no projeto que tem como objetivo unir
futuros profissionais de mecânica ao mercado de trabalho
mantendo-os a par de todas as evoluções técnicas.
Trata-se de um espaço com 180 m2 dotado com sala
de formação e oficina equipada com dois elevadores,
máquinas de diagnósticos, máquinas de substituição
de ATF, carregamento de A/C, carrinhos de ferramentas,
bancadas de trabalho e diversas ferramentas
e equipamentos de apoio à atividade. A PDAcademia
já arrancou com cursos de Mecatrónica Automóvel
em 3 turmas num total de 60 alunos, ministrados por
formadores da AEB sob a chancela do IEFP e permitirá
igualmente formações de profissionais das oficinas
clientes da PDAuto.
40 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 41
PDACADEMIA
A PDACADEMIA TEM COMO PARCEIROS A KROFTOOLS, FEBI, GULF, BENDIX,
SCHAEFFLER E MEAT & DORIA, NUMA CLARA aposta PARA APROXIMAR
FUTUROS PROFISSIONAIS DAS OFICINAS ao MERCADO DE TRABALHO
Futuro assegurado para
os jovens formados
Os jovens que terminam os cursos na
PDAcademia estão habilitados para
entrar diretamente no mercado de
trabalho e serão acompanhados nos
estágios por tutores que irão integrá-
-los nas atividades diárias das oficinas.
“Queremos que os jovens se sintam
apoiados e se quiserem seguir a
profissão certamente vão ter muitas
propostas de trabalho”, refere Paulo
Silva, gerente da PDAuto. Para este
responsável “Trata-se de um projeto
que ambicionava pôr em prática já
há algum tempo e que agora foi finalmente
concretizado. A PDAcademia
representa o modo como atuamos no
mercado. Não queremos apenas vender
peças, pois pretendemos cada vez
mais vender serviços e soluções para
as nossas oficinas. Os jovens formandos
que vão frequentar os cursos da
PDAcademia são o nosso futuro e
temos que investir neles, pois serão
os nossos novos clientes. O objetivo
é que saiam daqui formados e façam
os estágios nas oficinas nossas clientes.
O espaço tem ótimas condições,
pois dispõe de uma sala para a parte
teórica e outra para a prática, totalmente
equipada”.
Parceiros fortalecem projeto
Todas as formações têm certificação
DGERT e incluem Eletricidade
e Mecatrónica Automóvel; Sistemas
de Transmissão Automática; Veículos
Híbridos e Sistemas Start Stop; Técnica
Avançada em Veículos Elétricos
e Híbridos; Filtro de Partículas e Sistemas
Adblue; Intervenção em Sistemas
de Ar condicionado; Lubrificantes
e Equipamentos de lubrificantes e
Equipamentos de diagnostico automóvel.
O contributo da AEB – Associação
Empresarial de Braga para o
desenvolvimento deste projeto é muito
importante, pois é através desta
Associação que conseguem os fundos
para financiar os cursos. Mas a PDAcademia
conta também com vários
parceiros privados, designadamente
a Schaeffler, KROFTools, febi, Gulf,
Bendix, Redeinnov e Meat Doria.
“Com estes parceiros vamos permitir
que os formandos tenham acesso às
novidades técnicas que vão sendo lançadas
no mercado e também vamos
promover visitas dos formandos às
suas fábricas, para que fiquem a conhecer
com são desenvolvidas e fabricadas
as peças auto. Acreditamos que
estas parcerias vão fortalecer ainda
mais as relações da PDAuto com todas
as marcas envolvidas no projeto”,
refere Paulo Silva.
Por outro lado, a PDAuto irá disponibilizar
as instalações da Academia
para a formação de profissionais das
oficinas suas clientes, que assim e no
mesmo espaço podem receber formações
teóricas e práticas. Neste sentido,
estão já programados para 2023
a realização de uma ação de formação
por mês para os seus clientes oficinas,
em diferentes áreas, desde A/C, caixas
automáticas ou híbridos avançados.
“Temos uma pessoa com formação
na área da mecânica e eletrónica que
é o rosto da PDAuto na Academia e
vamos envolver as marcas parceiras
nos cursos de formação. As próprias
garantias também poderão passar por
aqui. É o início de um projeto que vai
crescer em várias áreas que vão trazer
novas valências para a PDAuto e seus
clientes”, conclui Paulo Silva.. l
FORMAÇÃO PROFISSIONALIZANTE
No final da formação os formandos estão habilitados a:
l Proceder à manutenção, ao diagnóstico de anomalias e a reparações em motores a gasolina
e a gasóleo de automóveis ligeiros, utilizando as técnicas e procedimentos adequados.
l Proceder ao diagnóstico de anomalias e a reparações em sistemas de direção, de suspensão
de automóveis ligeiros utilizando as técnicas e procedimentos adequados de acordo com
a tecnologia dos mesmos e os parâmetros e especificações técnicas definidas pelos fabricantes.
l Verificar o estado de conservação de jantes e pneus de automóveis ligeiros, diagnosticar
eventuais anomalias e proceder à substituição daquelas.
l Proceder ao diagnóstico de anomalias e a reparações em sistemas de transmissão manual
e automática de automóveis ligeiros, sistemas de ignição convencional e eletrónica,
de alimentação, de sobre-alimentação e de anti-poluição.
l Proceder ao diagnóstico de anomalias e a reparações em sistemas de arrefecimento
e de lubrificação do motor de automóveis ligeiros.
42 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
Oficina
do Mês
A REVISAUTO CENTER CONQUISTOU O TROFÉU 1º CLASSIFICADO NA
CATEGORIA “OFICINAS DE REDE” DA REVISTA TOP 100, CONFIRMANDO
ASSIM A EXCELÊNCIA DA SUA GESTÃO. DIVERSIFICAR O NEGÓCIO É UM DOS
OBJETIVOS PARA OS PRÓXIMOS ANOS
REVISAUTO CENTER
NA VANGUARDA
DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL!
FUNDADA EM 2018, A REVISAUTO CENTER TEM FEITO UM PERCURSO EXEMPLAR, OTIMIZANDO
AS OPERAÇÕES E MANTENDO-SE NA VANGUARDA DOS DESENVOLVIMENTOS DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL.
O TROFÉU 1º CLASSIFICADO NA CATEGORIA “OFICINAS DE REDE” DA REVISTA TOP 100, VEIO CONFIRMAR
A EXCELÊNCIA DA SUA GESTÃO
Nos primeiros anos de vida, a Revisauto Center
teve como principal objetivo constituir uma equipa
com um nível de competências forte que permitisse
oferecer um serviço de excelência e confiança
aos seus clientes. Desde o início da atividade que
integra a rede de oficinas Bosch Car Service “Estar
integrado numa rede como a Bosch Car Service é
um privilégio e uma honra, conseguimos com este
nosso parceiro atingir patamares que não teríamos
conseguido se estivéssemos a fazer este caminho
sozinhos, a BCS tem sido muito importante principalmente
nos domínios da gestão, formação e dinamização”,
refere a gerente Carla Cruz. Sendo um
Bosch Car Service, a Revisauto Center tem acesso
a todas as formações técnicas que a marca realiza,
e os técnicos mantêm-se atualizados relativamente
às novas tecnologias e motorizações que equipam
os veículos mais recentes.
“Uma das vantagens de fazermos parte da rede
BCS é podermos ter acesso a informação e formação
técnica disponibilizada pela marca. A nossa
missão é fazermos sempre melhor, ter os clientes
satisfeitos e estarmos preparados para os desafios
futuros. Para isso temos de ter a equipa bem formada
e atualizada relativamente às novas motorizações
e tecnologias”, afirma Carla Cuz.
A oficina é constituída por mecânica geral com
especialistas em mecatrónica, e área de colisão
composta pela secção de chapa e pintura. Dispõe
dos mais modernos equipamentos e das mais adequadas
ferramentas que equipam os 12 elementos
que compõem a equipa.
Serviços completos
A nível de serviços consegue abranger todas as necessidades
na reparação automóvel em particular
na área da mecânica e carroçaria, sendo certificados
para poder operar sem quaisquer constran-
gimentos em qualquer marca automóvel. A qualidade
dos serviços prestados e a confiança que
consegue transmitir aos clientes têm sido fatores
determinantes para o sucesso da Revisauto Center.
A oficina recebe clientes particulares e empresariais,
sendo que estes últimos têm tido uma representatividade
cada vez maior.
“Temos facilidade em diagnosticar qualquer tipo
de automóvel, pois houve um grande investimento
em equipamento. Atualmente possuímos várias
máquinas de diagnóstico e temos códigos de acesso
a todos os modelos, mesmo os mais recentes,
pois estamos sempre a atualizar o software dos
equipamentos”, referiu Carla Cruz. Para manter os
clientes fidelizados, esta responsável aposta a cem
por cento na prestação de um bom serviço e no
passa palavra dos clientes satisfeitos “Reconhecemos
que o fator comunicação é muito importante
e nesse sentido estamos a trabalhar para oferecer
ao mercado e em particular aos nossos clientes todas
as ferramentas de comunicação adequadas aos
tempos de hoje”, sublinha.
REVISAUTO CENTER
Gerente Carla Cruz
Morada Av. João de Freitas Branco, 46
- 2690-295 Santa Iria de Azóia
Telefone 210 003 900
Email geral@revisautocenter.pt
Com o objetivo de manter as taxas de ocupação em
valores interessantes, Carla Cruz revela que está a
tentar diversificar as áreas de intervenção e mudar
o “modus operandi” da oficina para fazer face às
constantes dificuldades que têm surgido “Diversificar
o nosso negócio é um dos objetivos para os
próximos anos, e queremos também melhorar ainda
mais as nossas instalações e dar um input qualitativo
no nosso setor de carroçaria, em particular
na pintura”, ressalvou.
ArreGAçar AS maNgas e trabalhar
Para 2023 a Revisauto Center pretende apostar
mais na digitalização oficinal e na formação técnica,
pois Carla Cruz tem plena consciência da rápida
evolução tecnológica dos veículos e da necessidade
de manter a equipa atualizada. Mas acredita
que ainda tem um longo caminho a percorrer “Vamos
continuar a investir na formação, para este
ano numa componente maior nos elétricos e nos
híbridos, pois acredito que no futuro estes veículos
vão ser a maioria do parque e temos de estar preparados
para lhes dar assistência.”
Para este ano que agora começou, Carla Cruz gostava
que não fosse pior que 2022 e afirma que o
sucesso da Revisauto Center depende da capacidade
de se reinventar, de fazer diferente e oferecer
ao cliente o melhor serviço possível “Queremos
que o cliente saia daqui feliz e satisfeito com os
serviços, e que reconheça a competência dos nossos
técnicos, para que eles se sintam motivados
no seu trabalho. Vamos querer estar sempre na
vanguarda dos desenvolvimentos da reparação
automóvel e desejamos que o ano 2023 seja tão
bom como foi 2022. Sabemos que a conjuntura
nacional e internacional não é favorável, mas nós
estamos cá para arregaçar as mangas e trabalhar”,
conclui Carla Cruz. l
www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 45
Repintura
CONCURSO MELHOR PINTOR CMG
PROFISSÃO NOBRE
E DE FUTURO!
COM O OBJETIVO DE VALORIZAR E DAR MAIS VISIBILIDADE À PROFISSÃO DE PINTOR AUTOMÓVEL,
A AXALTA EM CONJUNTO COM A CAETANO AUTO E A INDASA, REALIZARAM O 1º CONCURSO
MELHOR PINTOR CMG (CUSTO MÍNIMO GARANTIDO)
A
organização do concurso contou com a participação
da Axalta, Caetano Auto e Indasa.
Numa primeira fase do concurso todos
os pintores da Caetano Auto responderam a um
questionário online. Das respostas recebidas foram
selecionados os quatro melhores que prestaram
as provas práticas nas instalações da Axalta,
em Mem Martins. As provas práticas incluiram o
isolamento da peça a pintar, eliminação de mossas,
mascaramento, aplicação de primário e por fim do
verniz de secagem rápida da gama de produtos
Low Energy, da Spies Hecker.
Para saber como o concurso foi vivido por dentro,
falámos com João Calha, Key Account Manager da
Axalta, que adiantou que “O objetivo do concurso,
mais do que selecionar os melhores pintores, é
conseguir dar mais notoriedade à profissão de pintor
automóvel. Graças à excelente parceria que temos
com a Caetano Auto, todos os anos realizamos
com as suas equipas de pintores diversas ações relacionadas
com a repintura automóvel e este ano
decidimos realizar um concurso que pudesse promover
a profissão, dar-lhe visibilidade, valorizar os
profissionais e com isto contribuir para a motivação
das equipas e para que os jovens vejam esta
área como uma profissão de futuro e uma profissão
nobre que é. Ao mesmo tempo, promovemos a cor
do ano, o Royal Magenta, assim como a linha de
produtos Low Energy, focados na eficiência e na
sustentabilidade”.
Durante o concurso, as provas foram o mais próximo
possível da realidade quotidiana dos pintores e
encaradas com entusiasmo e profissionalismo pelos
finalistas. Desde os testes bem planeados, desenvolvidos
pelos técnicos da Axalta, um júri focado e justo
com todos os concorrentes e uma equipa sempre
atenta, tudo contribuiu para o sucesso da iniciativa.
“A nossa profissão é uma arte e como tal deve ser
reconhecida, no entanto, passamos despercebidos
e em alguns casos somos subvalorizados”, refere
João Calha. No entanto, diz que este concurso “traz
visibilidade à profissão e ensina os profissionais a
apreciarem mais o seu trabalho, dá-lhes reconhecimento
e o desejo de trabalharem com mais ímpeto.
Também os ajuda a trocarem experiências, incentiva
o companheirismo e um espírito de competição
saudável entre colegas do mesmo ofício”.
Para mostrar quem dos quatro finalistas era o melhor,
cada um deles teve de reparar uma peça e
pintá-la, utilizando produtos Low Energy da Spies
Hecker com a cor do ano Royal Magenta. Com esta
prova prática, que combinava reparação, aplicação,
colorimetria, e correção de defeito, o júri tinha
“a combinação perfeita” para descobrir quem
seria o melhor pintor desta 1º edição do concurso
melhor pintor Caetano Auto.
O jovem pintor Rodrigo Lima foi o vencedor.
Todos os pintores selecionados para a final mostraram
um elevado nível de conhecimentos, que
acaba por ser fruto da formação constante que recebem
da parte da Axalta. “Ao longo do ano realizamos
diversas ações de formação específicas para
as equipas de pintores da Caetano Auto. Temos
processos padronizados no grupo e acabamos por
ter um padrão de produtos que são utilizados em
todas as oficinas. Para além das formações fazemos
um acompanhamento regular do trabalho desenvolvidos
nas várias unidades e introduzimos novos
produtos, cada vez mais eficientes e com ganhos
significativos a nível da poupança energética e redução
da pegada ecológica”.
Para mostrar quem dos quatro finalistas era o melhor,
cada um deles teve de reparar uma peça e pintá-
-la, utilizando produtos Low Energy da Spies Hecker
com a cor do ano Royal Magenta. Com esta prova
prática, que combinava reparação, aplicação, colorimetria,
e correção de defeitos, o júri tinha “a combinação
perfeita” para descobrir quem seria o melhor
pintor desta 1º edição do concurso melhor pintor
Caetano Auto. O jovem pintor Rodrigo Lima foi o
vencedor, seguindo-se no pódio em segundo lugar
Rui Gonçalves e em terceiro lugar Tiago Anselmo.
Para João Calha “O balanço deste primeiro concurso
de pintores auto é muito positivo. Criou-se um
ambiente muito saudável de companheirismo e
troca de experiências. De realçar que tivemos a presença
de um finalista com 25 anos de idade e apenas
3 de experiência. Frequentou o nosso curso de
aprendizes e atualmente já está ao nível de pintores
mais experientes. É para nós um orgulho ver um
jovem realizado com a sua profissão e com muita
vontade de evoluir e saber cada vez mais. Acredito
por isso que estamos no caminho certo”. No final,
todos receberam um troféu com o formato de uma
pistola de pintura, assim como diversos prémios das
marcas patrocinadoras. O concurso não foi apenas
competição, mas acabou por se tornar um bom momento
de aprendizagem e confraternização
Paralelamente ao concurso, a Axalta promoveu
uma iniciativa designada “Melhor Pintor Virtual”.
Para o efeito, foram disponibilizados uns óculos
de realidade virtual, com software da Axalta, que
simula a pintura de uma peça. Os convidados presentes
puderam assim pôr à prova a sua habilidade
para a pintar peças de um modo virtual. Uma forma
diferente de valorizar a profissão com a utilização
das novas tecnologias. l
CAETANO AUTO VALORIZA
A PROFISSÃO DE PINTOR
A Caetano Auto promove há mais de nove anos um programa
de formação para manter os colaboradores sempre atualizados
com as novas tecnologias e os produtos mais recentes. Este
ano decidiu ter um evento mais dinâmico e criou o concurso
do Melhor Pintor. “Com esta iniciativa queremos acima de tudo
dar mais visibilidade à profissão de pintor automóvel. É uma
profissão que se tem tornado muito mais especializada e com
necessidade de mais conhecimento, mas que é pouco visível.
É necessário incentivar os jovens a investir nesta carreira, que
tem um futuro assegurado”, refere Ana Fazenda, coordenadora
Pós-venda da Caetano Auto. O concurso foi aberto a todos os
concessionários da Caetano Auto e teve uma grande adesão
dos pintores das diversas oficinas do grupo. “A recetividade foi
excelente e os participantes entusiasmaram-se com a iniciativa.
No futuro vão sentir-se mais reconhecidos e com competências
valorizadas”, diz a responsável.
Relativamente à dificuldade de arranjar mão de obra qualificada
para as oficinas, designadamente na área da colisão,
Ana Fazenda afirma que “Nos últimos anos, a Caetano Auto
tem investido muito na formação, com a criação de escolas
internas onde dá formação a jovens estudantes que depois
de concluírem os cursos integram os quadros do grupo. É um
enorme investimento em instalações, materiais, equipamentos
e recursos humanos, mas depois ficamos com os melhores e
eles crescem connosco. Até porque a marca Toyota tem um
programa de certificação próprio que permite aos colaboradores
evoluírem em diferentes níveis. Sobre o concurso, esta responsável
garante que é uma iniciativa a repetir e que o próximo
irá incluir também a área da chapa. “O objetivo é desenvolver
mais iniciativas na área da colisão e dar mais visibilidade às
profissões de chapeiro e pintor automóvel”, conclui.
A AXALTA E A CAETANO AUTO TÊM UMA LONGA PARCERIA,
SOB A QUAL DINAMIZAM VÁRIAS INICIATIVAS QUE VISAM PROMOVER
A PROFISSÃO DE PINTOR AUTOMÓVEL, ASSIM COMO DAR FORMAÇÃO
SOBRE AS tecnOLOGIAS DE REPINTURA MAIS RECENTES
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Empresas
NOTÍCIAS
A SUSTENTABILIDADE COMEÇA NOS
PANOS MEWA
Com a introdução do sistema de panos de limpeza da Mewa, os mecânicos recebem
panos de limpeza de algodão de alta qualidade com capacidade de absorção
turbo para a limpeza suave e profunda de componentes, ferramentas e instalações.
Estes panos, praticamente não largam cotão, absorvem um múltiplo do seu
volume e podem ser reutilizados várias vezes antes de ser armazenados em segurança
no contentor SaCon. Com os panos de limpeza e o SaCon, no âmbito de um sistema
de serviço contemporâneo, uma oficina automóvel comunica interna e externamente:
A proteção ambiental é importante para nós. O que os clientes não conseguem ver
é toda a sustentabilidade do sistema da Mewa. Graças às tecnologias inovadoras de
lavagem e de tratamento de águas residuais, a Mewa atinge um grau de limpeza de
99,8 por cento nos panos e consome até 50% menos água. Além disso, 80 por cento da
energia necessária para o funcionamento das linhas de lavagem e secagem é coberta
pelos óleos usados filtrados dos panos de limpeza usados. Cada pano pode ser lavado
até 50 vezes pela Mewa. Após cada lavagem, passa por um controlo de qualidade em
várias fases para que apenas os panos impecáveis regressem aos clientes.
JÁ FORMOU MAIS DE 15.000 MECÂNICOS
MANN-FILTER | Passaram mais sete anos e a MANN-FILTER continua a dedicar-se
à formação nos seus mais de 100 centros de treino em toda a Espanha. Até aos dias de
hoje, passaram pelas ‘mãos’ da empresa mais de 15.000 futuros mecânicos. “Embora
os sistemas de filtragem não sejam vistos como ‘o componente mais importante’ de
um veículo, a sua função é essencial, tanto para o bom funcionamento do motor,
protegendo os componentes mecânicos do desgaste causado pela entrada de
partículas nocivas, tanto para os ocupantes, protegendo-os da entrada no organismo
das referidas partículas que provocam alergias ou outro tipo de complicações
respiratórias”, explicou Antonio Martínez, responsável técnico da MANN-FILTER em
Espanha e Portugal e responsável pela realização destas formações. Para Martínez, “
um mecânico que conheça estas implicações, e saiba transferi-las para os clientes da
sua oficina, é essencial tanto para aumentar a vida útil dos veículos, como para cuidar
da saúde dos passageiros, bem como garantir a condução em segurança.”
FAZ BALANÇO POSITIVO DE 2022
DIESEL TECHNIC | Para a Diesel Technic, o ano de 2022 teve um significado
muito especial, pois além de muitos destaques, a empresa pôde comemorar seus 50
anos. Fundada em 1972, a Diesel Technic fez uma jornada emocionante para se tornar
uma fornecedora líder de soluções no setor automotivo. Um destaque do aniversário
foram as comemorações na sede em Kirchdorf, Alemanha, com um animado programa
de apoio, onde os funcionários puderam apresentar pessoalmente o local de trabalho
para suas famílias. A Diesel Technic deve seu 50º aniversário não apenas aos seus 650
funcionários, mas também a seus muitos clientes fiéis. Além da qualidade garantida,
os clientes apreciam especificamente a linha completa de produtos para todos os tipos
comuns de camiões. Um acontecimento importante para alguns clientes foram os
fins de semana de corrida de camiões junto com a Parts Specialists. A DT Spare Parts
continuou suas atividades esportivas com o jogo de apostas para a Copa do Mundo
de Futebol, no qual a popular marca de produtos da Diesel Technic escolheu o melhor
apostador entre os parceiros de distribuição como o “Campeão DT Spare Parts 2022”. A
Diesel Technic pode relembrar 2022 como um ano movimentado e muito proveitoso.
FIDELIDADE CAR CHEGA A ALMADA
FIDELIDADE CAR | Dedicada à reparação automóvel na vertente de colisão, a nova unidade da Fidelidade
Car Service pretende servir os Clientes da Fidelidade dos Concelhos de Almada, Barreiro, Seixal, Sesimbra, Setúbal
e Moita, tendo capacidade para reparar 10 viaturas por dia. Com 1.500 m2 , esta unidade pretende posicionar-se
como um hub tecnológico e de sustentabilidade. Futuramente estará dedicada à reparação de veículos elétricos
híbrido plug-in (PHEV) e viaturas de alumínio, instalando painéis fotovoltaicos e postos de carregamento para
PHEV. A Fidelidade Car Service, atenta às novas tendências do mercado, nomeadamente, no que diz respeito à soft
mobility, disponibiliza aos seus Clientes um serviço de mobilidade inovador, sustentável e cómodo, mediante o
qual os Clientes podem usufruir de um plafond diário para as suas deslocações através da App da Bolt.
48 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
ANUNCIA NOVA IMAGEM CORPORATIVA
Infopro Digital AUTOMOTIVE | A Infopro Digital Automotive, mudou a sua imagem corporativa,
para apoiar o seu crescimento internacional, como fornecedor global de software digital B2B, bases
de dados e serviços para o mercado pós-venda automóvel. Infopro Digital Automotive, fornecedor líder de
dados técnicos B2B, software e serviços digitais para o aftermarket automóvel profissional e de consumo,
mudou oficialmente a sua aparência, alinhando-se com o novo universo gráfico do Grupo e projetando-se
no futuro com uma nova identidade visual. Esta mudança destina-se a representar uma marca e uma visão
que estão ambas alinhadas com os desafios enfrentados pelo mercado de pós-venda automóvel atual. Esta
mudança apoia o crescimento significativo que a Infopro Digital Automotive tem experimentado nos últimos
anos. Isto levou à sua afirmação global e reconhecimento do mercado, juntamente com o seu desejo
inerente de ser visto como uma equipa unida com um objetivo comum.
REALIZA FORMAÇÃO EM CONJUNTO COM DAYCO
AUTO Mafergil | A Auto Mafergil, membro da RedeInnov, voltou a realizar uma
formação, desta vez organizada em conjunto com a DAYCO. A ação de formação foi realizada
em Águeda, no dia 22 de Novembro de 2022. A componente teórica contou com a participação
de 28 oficinas teve duração de 3 horas: das 19 horas às 22 horas. A ação de formação
centrou-se no tema de “Distribuição” e permitiu aos participantes obter um conhecimento
sobre este tema. O curso revelou-se uma oportunidade bastante enriquecedora para todos os
participantes pois permitiu aumentar o conhecimento sobre a temática da distribuição. Após a
parte teórica, os participantes e formadores juntaram-se para um momento de descontração
e lazer no restaurante onde se realizou o jantar.
SENSIBILIZA 50 EMPRESAS
PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
ANECRA | A ANECRA vai permitir a cinquenta empresas do Comércio e da Reparação
Automóvel, de todo o país, a obtenção da certificação EFFICIENTIA: Informação / Sensibilização
para a Eficiência Energética, que visa fomentar a eficiência energética, a aquisição de
comportamentos mais racionais, quanto ao consumo de energia e a adoção de novos hábitos
de consumo. Todas as empresas do Comércio e da Reparação Automóvel, associadas ou não da
ANECRA, podem candidatar-se, gratuitamente, à obtenção da certificação através do preenchimento
do formulário no website da Associação. Após admissão no Plano de Promoção da
Eficiência no Consumo de Energia, as cinquenta empresas selecionadas serão sujeitas a um
conjunto de ações como a realização de auditorias energéticas, a elaboração de indicadores
de gestão de energia e de benchmarking ou a realização de campanhas de sensibilização de
eficiência energética junto dos seus colaboradores. A certificação EFFICIENTIA: Informação /
Sensibilização para a Eficiência Energética terá ainda, como suporte à sua comunicação, além
da página de Internet, a dinamização em redes sociais: Facebook, Instagram e LinkedIn, a
impressão de cartazes informativos, a realização de três workshops de âmbito nacional e de
um manual de eficiência energética para adoção por parte das empresas.
AUTO DELTA DISTINGUIDA PELA CITE
AUTO DELTA | Sendo um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, a Igualdade
de género é um tema bastante presente na sociedade de hoje em dia. Tal como as pessoas individualmente,
as empresas e os setores de actividade têm de se adaptar e a verdade é que o Aftermarket está
a conseguir responder. Neste âmbito, a Auto Delta foi distinguida pela CITE - Comissão para a Igualdade
no Trabalho e no Emprego pelas boas práticas na promoção da Igualdade Remuneratória entre Mulheres
e Homens por trabalho igual ou de igual valor. Segundo o Despacho n.º 13972/2022, de 5 de Dezembro
publicado em Diário da República, esta distinção foi criada de forma a “estimular e incentivar a promoção
da igualdade salarial entre mulheres e homens por trabalho igual ou de igual valor, recorrendo para tanto
a critérios de discriminação positiva”. Este é um trabalho diário de promoção de oportunidades, resposta a
desafios e valorização do trabalho que engrandece o nome da Auto Delta que, assim, dá um grande passo
em direcção à Igualdade de Género..
www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 49
NOTÍCIAS
EMPRESAS
BOSCH ESTREIA
SISTEMA DE ESTACIONAMENTO
SEM CONDUTOR
A
Bosch
e a Mercedes-Benz alcançaram um marco importante no caminho para a
condução autónoma: a Autoridade Federal de Transporte Motorizado da Alemanha
(KBA) aprovou o sistema de estacionamento altamente automatizado para
uso na garagem P6 administrada pela APCOA no Aeroporto de Estugarda. Esta é assim
a primeira função de estacionamento sem condutor altamente automatizada do mundo
para SAE Nível 4 a ser oficialmente aprovada para uso comercial. O avanço tecnológico
da condução autónoma desempenha um papel fundamental na mobilidade do futuro.
Com o veículo e a infraestrutura assumindo a condução e as manobras, os condutores
podem voltar a sua atenção para outras coisas, em vez de despenderem tempo a procurar
um lugar e a realizar manobras em garagens apertadas. Desde o início, a Bosch adotou a
abordagem de tornar inteligente a infraestrutura em garagens de estacionamento. Dirigir-se
ao estacionamento, sair e enviar o veículo para um lugar de estacionamento apenas
tocando numa aplicação no smartphone - o serviço de estacionamento com condução
autónoma não precisa de condutor. Depois do condutor sair do estacionamento – para
gastar o tempo que acabou de economizar a fazer outra coisa – o veículo dirige-se sozinho
para o lugar designado e estaciona.
CONQUISTA CLASSIFICAÇÃO “A” PELA CDP
Schaeffler | A Schaeffler foi reconhecido pela CDP pela sua liderança na transparência e atuação em relação às
alterações climáticas e à segurança hídrica. A empresa, melhorou a sua
classificação de “A-” para “A” tanto no que diz respeito às alterações climáticas
como à segurança hídrica. No total, foram analisados e divulgados
dados de mais de 18.700 empresas. O CDP gere a maior base de dados de
transparência ambiental do mundo. Todos os anos recolhe dados sobre as
emissões de CO2, os perfis de risco climático e as estratégias e objetivos
de redução de empresas de todo o mundo. “Este excelente resultado
da Schaeffler envia uma mensagem importante a todas as partes
interessadas na empresa, que prestam muita atenção às classificações do
CDP”, disse o CEO da Schaeffler, Klaus Rosenfeld. Atingir a categoria A é a
transição mais difícil de conseguir no sistema de classificações do CDP, um
salto que muito poucas empresas conseguem dar.
PREMIADA COM O PRÉMIO IEEE
CORPORATE INNOVATION
DENSO | A DENSO Corporation conquistou o prémio IEEE Corporate Innovation
do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), a maior associação
internacional de engenharia elétrica e eletrónica do mundo, por desenvolver um
QR Code e divulgar o seu uso globalmente. O IEEE Corporate Innovation Award,
um dos prémios técnicos de maior prestígio no mundo, é concedido a organizações
que tiveram um impacto global significativo com tecnologias e produtos
inovadores e contribuíram para o desenvolvimento da engenharia elétrica e
eletrónica. Estabelecido pelo IEEE em 1985, o prémio já foi concedido a empresas
e organizações líderes em todo o mundo. A DENSO tornou-se a sexta empresa
japonesa a receber este reconhecimento. O inovador código bidimensional pode
armazenar cerca de 200 vezes mais informações do que os códigos de barras e
pode ser lido em alta velocidade. A DENSO passou a utilizar o código principalmente
para gestão de stock nas suas fábricas, e posteriormente disponibilizou a
patente gratuitamente, possibilitando a sua disseminação global.
CHEGA A LEIRIA COM OFICINA N LÍDER
Grupo Driver | O Grupo Driver organizou uma grande festa de inauguração
da primeira oficina do grupo Nac Amaro, a N Líder, situada na cidade de Leiria,
perto de Lisboa. Cerca de 300 pessoas, entre clientes e personalidades políticas,
participaram nas merecidas celebrações daquele que é o primeiro ponto de venda
da rede Driver em território português. Quando a N Lider decidiu incorporar-se
no Grupo, no verão de 2019, esta oficina fez de Portugal o oitavo país com
instalações Driver. Um marco merecedor de uma celebração em grande estilo,
constantemente adiada com a chegada e evolução da pandemia. Nuno Amaro,
gerente do grupo Nac Amaro, organizou uma festa à altura com os seus familiares
e colaboradores. As suas generosas instalações, complementadas para a ocasião
com um armazém anexo, pararam as atividades durante um dia e encheram-se
de supercarros, carros clássicos e de competição, além dos expositores estáticos
que luziam produtos de alguns dos fornecedores do Grupo Driver, como a Pirelli
e a Prometeon. No total, foram 300 as pessoas que marcaram presença numa
festa informal e familiar, que contou com comida, música ao vivo e atividades e
animação para os mais pequenos.
50 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
REALIZA FORMAÇÃO DE OSCILOSCÓPIO NÍVEL I
Mondegopeças | A Mondegopeças, em parceria com a Car Academy e o Instituto
Superior de Engenharia de Coimbra, realizou no passado dia 5 de novembro, uma formação de
Osciloscópio Nível I. Esta formação, destinada aos seus clientes, que teve uma grande adesão
por parte dos seus clientes, revelou a necessidade que as oficinas têm de fazer um diagnóstico
correto com ferramentas adequadas. Ao longo de toda a formação, foram utilizados alguns
equipamentos oficinais na formação, entre os quais o osciloscópio Autel, sendo considerado
pela Car Academy um dos equipamentos mais completos do mercado. No próximo ano de
2023, o plano de formação da Mondegopeças, integrará o Nivel II desta temática e outros
temas requisitados pelas oficinas.
GLASSDRIVE RENOVA PARCERIA COM
EQUIPA PROFISSIONAL
DE CICLISMO
A
Glassdrive,
principal patrocinador da Equipa Profissional de
Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor, vencedora da 83.ª Volta a
Portugal, renovou este apoio para a época de 2023, mantendo-
-se como naming sponsor do projeto de ciclismo do Clube Desportivo
Fullracing. A Glassdrive fez o anúncio formal da renovação do patrocínio
durante um almoço de reconhecimento à Equipa Profissional de
Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor, na sexta-feira, dia 18, em Matosinhos.
Marta Araújo, administradora da Saint-Gobain Sekurit Service
Portugal, disse que este foi um almoço de homenagem “por tudo o que
fizeram ao longo da temporada, tendo sido extraordinária. Se por um
lado é um reconhecimento, é também um momento de celebração. No
fundo, celebrar este acordo de parceria com a Glassdrive, que é uma
vez mais principal patrocinador da equipa profissional, mas também
dar continuidade ao apoio da equipa feminina, porque é importante a
igualdade de géneros”.
RECONHECIDA COM DUPLO “A” EM CLIMA E SEGURANÇA
Brembo | A Brembo foi reconhecida pela sua liderança em transparência empresarial e desempenho
em matéria de alterações climáticas, pela CDP, uma instituição ambiental sem fins lucrativos. Brembo faz
parte de um pequeno número de empresas que alcançou um duplo “A”, das mais de 10.000 empresas pontuadas.
O processo anual de divulgação e pontuação ambiental do CDP é amplamente reconhecido como o
padrão de transparência ambiental empresarial. Uma metodologia detalhada e independente é utilizada
pelo CDP para avaliar as empresas, atribuindo uma pontuação de “A” a “D-“, com base na abrangência da
divulgação, consciencialização e gestão de riscos ambientais, bem como na demonstração das melhores
práticas associadas à liderança ambiental, como definição de metas ambiciosas e alvos significativos.
“Tópicos ambientais, sociais e de governança sempre foram parte integrante da nossa estratégia global de
negócios. Acreditamos que são fatores potenciadores do crescimento, não só do nosso grupo, mas de toda
a economia. Este ano, é a quinta vez consecutiva que a Brembo recebe o reconhecimento de duplo ‘A’ do
CDP e, para nós, é sempre uma fonte de grande satisfação”, afirmou Cristina Bombassei, chief CSR officer e
membro do conselho da Brembo.
PRETENDE ATINGIR NEUTRALIDADE
CLIMÁTICA ATÉ 2035
Rheinmetall | Até 2035, a Rheinmetall quer trabalhar para contribuir para reduzir as emissões de
CO2 prejudiciais ao clima com energia fotovoltaica. Deste modo, instalou cerca de 1635 módulos solares
para produzir energia. A empresa de tecnologia Rheinmetall AG deu mais um passo no caminho para alcançar
a neutralidade climática até 2035, o seu objetivo declarado. Graças ao forte compromisso do Grupo e ao
apoio das autoridades locais, no verão passado, foram instalados vários módulos de energia nos telhados
dos pavilhões da fábrica da subsidiária da Rheinmetall, Pierburg SA, em Abadanio, Espanha. Espera-se que
a produção anual esteja em torno de 730.000 kWh. De acordo com os cálculos da empresa, essa energia
gerada de forma sustentável reduzirá as emissões de CO2 prejudiciais ao clima da usina em 175 toneladas
por ano. Há doze anos que a empresa segue de forma sistemática um plano de ação de longo prazo em
Espanha, para reduzir a sua pegada climática, tendo realizado a sua primeira auditoria energética em 2009.
www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 51
NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO
Produto
PAINÉIS ENDOTÉRMICOS PARA CABINES PINTURA
CETRUS REDUZ CUSTOS ENERGÉTICOS EM MAIS DE 80%
Os Painéis endotérmicos da Cetrus transmitem
diretamente calor à superfície do veículo, sem
dispersão, reduzindo em mais de 80% o custo
energético e também a pegada carbónica. Os kits de
painéis usam de 26 a 40kW (conforme modelo), cerca
de 8 vezes menos que a capacidade térmica dos permutadores
de calor das cabines tradicionais. Estes kits
podem ser fornecidos em conjuntos de 8, 10, 14 ou 16.
A estrutura externa dos painéis é constituída por um
perfil de alumínio de alta rigidez, e o elemento calorifico
é comporto por uma chapa de alumínio pintada
com tinta de alta temperatura branca. Por trás do painel
está um isolante térmico. O peso de cada painel é
de cerca de 16kg. Estes kits podem ser montados em
todo o tipo de cabines de pintura, novas ou existentes e
de todas as marcas. Os painéis são controlados através
de um quadro Touch Screen onde inclusive pode ser
visto o custo real da operação de pintura.
Um investimento de rápido retorno
Instalar um sistema de painéis endotérmicos é um
excelente investimento para as oficinas de reparação
e pintura. Ao contrário dos queimadores tradicionais
este sistema requer uma manutenção mínima. Começa
a poupar logo desde o primeiro dia da instalação.
Cada ciclo de pintura custa cerca de 5.5€, poupando
cerca de 29.5€ face ao queimador tradicional de gasóleo.
A Cetrus, através de parceria com uma instituição
de crédito, oferece a possibilidade aos seus clientes de
fazer um aluguer operacional deste equipamento. Assim,
pelo valor que vai economizar com a mudança de
sistema, poderá pagar um aluguer operacional e ainda
poupar algum dinheiro. No final do contrato, por um
valor residual, a oficina pode ficar com o equipamento.
para TODO o tipo de cabines pintura
As várias configurações disponíveis asseguram várias
soluções à medida das necessidades de cada
cliente ou de cada estufa de pintura. Ao optar por
um sistema de painéis endotérmicos e inutilizando
a caldeira a gás ou gasóleo a oficina está a contribuir
positivamente para o ambiente. Um ciclo de
pintura consome cerca de 17l de gasóleo, e corresponde
a cerca de 47.35kg de CO2 enviados para a
atmosfera. Por dia x 3 ciclos de pintura (por ex.)
serão: 142.05kg; Por mês: 3.125 kg;; Por ano: 37.5
Toneladas de CO2 emitidos vs Emissões ZERO com
painéis endotérmicos. Se a oficina tiver ou vier a ter
produção própria de energia através de painéis fotovoltaicos,
então praticamente, o custo energético
de cada pintura (após amortização dos equipamentos)
será praticamente ZERO. Além disso, o recurso
às Energias Renováveis constitui uma solução para
muitos problemas sociais associados ao consumo de
combustíveis fósseis. O seu uso permite uma melhoria
do nível de vida, em especial nos países sem reservas
petrolíferas como Portugal, diminuindo a sua
dependência económica e reduzindo os impactos
negativos resultantes da queima dos combustíveis
na sua utilização e transformação de energia.
52 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO EM RENTING
Hella Gutmann | A FM Equipamentos está a promover a venda de equipamentos de
diagnóstico Hella Gutmann em renting. Ao não necessitar de uma quantidade avultada de
capital para a aquisição do equipamento de diagnóstico que necessita, a oficina tem agora a
possibilidade de o alugar. Como exemplo, o Macs One pode ser alugado através de renting na
modalidade de 36 meses, por um valor mensal de 59,60 Euros + IVA. A inexistência de custos
de entrada ou de investimento inicial e a despreocupação relativamente à depreciação do
equipamento, são fatores que, sem dúvida, aliviam imenso o esforço contabilístico da oficina.
A empresa usufrui de uma renovação do equipamento, sem afetar a tesouraria, tendo o
controlo rigoroso dos seus custos. Além disso, a renda mensal de um renting é completamente
dedutível em sede de IVA e de IRC. E como a empresa não chega a adquirir o equipamento
(apenas o aluga), nenhum financiamento fica contabilizado no seu balanço contabilístico.
Para mais informações contactar FM Equipamentos através de telemóvel 917 213 877 ou
email: info@fm-equipamentos.com
BANCO DE TESTE PARA INJETORES COMMON RAIL
Bosch | A Bosch desenvolveu o DCI 200, um banco de teste de injetores Common Rail unitário. Tal como
o DCI 700, o DCI 200 pode testar com precisão e fiabilidade os injetores de carros e camiões. Na prática
diária da oficina, os novos padrões de emissões significam que a precisão ao testar injetores Common Rail
instalados em motores diesel modernos está a tornar-se cada vez mais importante. Quanto mais precisa for
a medição do volume do injetor, maior será a precisão com que os injetores podem ser ajustados. A Bosch
desenvolveu o DCI 200, um banco de teste de injetores Common Rail unitário. Tal como o DCI 700, o DCI
200 pode testar com precisão e fiabilidade os injetores de carros e camiões. Graças ao seu novo sistema de
medição, o DCI 200 pode também ser usado para testar injetores equipados com os mais recentes sistemas
de controlo de injeção, como Controlo de Fecho de Válvula (VCC) e Controlo de Fecho de Agulha (NCC). Um
controlo eletrónico de circuito fechado garante a medição precisa dos injetores VCC e NCC ao longo da sua
vida útil e está em conformidade com os atuais padrões de emissão.
SKF LANÇA
NOVA GAMA
DE MOLAS DE
SUSPENSÃO
A
SKF desenhou uma nova gama de Molas de Suspensão,
focando-se numa experiência divertida e
que, ao mesmo tempo, garante a segurança. As
molas de suspensão foram submetidas a vários testes
exaustivos, incluindo testes de pulverização de sal para
verificar a resistência à corrosão, e um teste de resistência
de 500.000 compressões, validando a utilização da
mola de suspensão em qualquer condição rodoviária.
Além disso, as molas têm um revestimento de fosfato
de zinco e de epoxy preto para proteção contra a corrosão”,
diz o Responsável de produto SKF. As molas de
suspensão da SKF foram concebidas a pensar no conforto
dos passageiros da viatura. Estão também comprovadas
para a durabilidade em quaisquer condições
de estrada, garantindo simultaneamente uma experiência
divertida de condução. Tudo isto foi possível graças
ao facto de os produtos serem fabricados de acordo com
as especificações e qualidade do Equipamento Original
e, consequentemente, terem as mesmas características,
cobrindo todos os tipos de molas de suspensão (como
por exemplo, molas de carga lateral e mini-blocos).
www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 53
Notícias
Produto
LIQUI MOLY
ADICIONA ao PORTFÓLIO MARINE DETAILER
O
novo Marine Detailer da LIQUI MOLY é o
melhor amigo para o revestimento exterior de
embarcações proporcionando brilho e proteção.
É adequado para pinturas, plásticos reforçados
com fibra de vidro e revestimentos em gel. O Marine
Detailer não só dá brilho, como também atua contra
a sujidade. O spray remove sem esforço as poeiras,
os vestígios de patas de animais e, até, excrementos
de aves. A novidade na gama de produtos Marine
do especialista alemão em produtos químicos para
automóveis é um spray extremamente eficaz, que
sela as pinturas lisas durante várias semanas e lhes
dá brilho. Também pode ser pulverizado sobre
revestimentos de gel e plásticos reforçados com
fibra de vidro. Em áreas tratadas, a água escorrega
e a sujidade nova não consegue espalhar-se. Uma
vez que os Detailer contêm uma maior proporção
de tensioativos de limpeza, podem também ser aplicados
em superfícies ligeiramente sujas. São ideais
para uma limpeza intermédia rápida. O Marine
Detailer funciona em superfícies secas e molhadas.
Quando o barco ainda está húmido com orvalho,
basta pulverizar a pintura e limpar com um pano.
O tipo de pano utilizado tem uma grande influência
no resultado. O melhor resultado consegue-se com
um pano de microfibras de pelo comprido com corte
a laser.
LUBRIFICANTE QUE PROMOVE
POUPANÇA COMBUSTÍVEL
cepsa | O novo XTAR 0W30 ECO W da Cepsa é um lubrificante 100% sintético formulado com
óleos de base polialfaolefina (PAO), de baixo teor em cinzas (SAPS). Indicado para veículos equipados
com filtros de partículas (DPF/GPF), em especial para os motores do Grupo VAG. Este lubrificante é
especialmente recomendado para os sistemas Start&Stop, devido ao seu excelente grau de fluidez
no momento do arranque, inclusive a temperaturas muito baixas. Do mesmo modo, o seu elevado
desempenho contra a oxidação e a capacidade de retenção do nível de detergência garantem um
bom desempenho em veículos híbridos, que são equipados com motor a gasolina e elétrico, assim
como em motores a gás (GPL / GNV) ou quando são utilizados biocombustíveis. O XTAR 0W30 ECO W
pode ser utilizado em veículos de qualquer marca que requeiram um lubrificante de viscosidade SAE
0W-30 com especificação ACEA C3.
APRESENTA KITS CORRENTES DE DISTRIBUIÇÃO
MS Motorservice | A MS Motorservice está a expandir o seu portfólio de produtos com
Kits de correntes de distribuição. Os nove artigos atualmente disponíveis abrangem cerca de 2200
tipos de veículos. Isto corresponde a um potencial de mercado de mais de 46 milhões de veículos em
todo o mundo. Os Kits de correntes de distribuição caraterizam-se por uma qualidade de produto
extremamente elevada com uma longa vida útil e uma elevada funcionalidade. Afinal, têm de
cumprir os requisitos de elevada qualidade do concessionário internacional de peças sobresselentes.
Para este efeito, todos os componentes dos conjuntos de correntes de distribuição são submetidos a
testes funcionais pela garantia de qualidade. Enquanto organização comercial para as atividades de
mercado de pós-venda da Rheinmetall, a Motorservice obtém uma grande parte da sua gama diretamente
a partir do seu próprio grupo, que inclui, entre outras, a filial Kolbenschmid. Isto significa
que o especialista global em peças sobresselentes tem os conhecimentos e os elevados padrões de
qualidade de um grande fornecedor internacional de automóveis.
54 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
3A AFTERMARKET ADQUIRE
ATM – AUTO TORRE DA MARINHA
ATM | Tendo como objetivo principal a aquisição de participações em empresas de comércio de peças e
pneus, a 3A Aftermarket (nome que resume Automotive Aftermarket Alliance) faz o seu segundo investimento
em Portugal com a compra da empresa ATM – Auto Torre da Marinha, membro do grupo do Aser
em Portugal, um dos players de mercado de referência na sua zona de atividade. A 3A identificou na ATM –
Auto Torre da Marinha, uma empresa líder de mercado na sua zona de atuação, capacidade de adaptar-se
às constantes mudanças do mercado e com um potencial de crescimento muito interessante. Os anos de
experiência no mercado deram à ATM – Auto Torre da Marinha um profundo conhecimento das necessidades
dos clientes e de como melhor os servir. A ATM – Auto Torre da Marinha dispõe de um abrangente
portfólio de produtos capaz de dar resposta às solicitações dos seus clientes. A 3A irá manter a estrutura
de gestão atual. Esse é aliás um fator distintivo da 3A. As empresas que passam a fazer parte do grupo 3A
mantêm a sua autonomia de gestão a todos os níveis. A 3A Aftermarket é uma empresa criada para investir
no desenvolvimento do negócio do aftermarket na península ibérica. Desta forma a 3A espera obter o
máximo, da performance de cada empresa, aproveitando as sinergias geradas pelo efeito de grupo.
NORAUTO FORTALECE CULTURA “PEOPLE CENTRIC”
NORAUTO | A Norauto decidiu atribuir um prémio extraordinário, de até 400 euros, aos seus colaboradores
como forma de mitigar os impactos da inflação nos rendimentos no mês de Dezembro, através de um
cartão pré-pago para ser utilizado numa rede retalhista e vem complementar os tradicionais jantares de
natal das equipas e os cabazes de Natal. Paralelamente a este apoio imediato e para fazer face ao período
de inflação atual, a empresa preparou o PAC Norauto, um Plano de Apoio ao Colaborador, que prevê apoios
específicos e especializados em situações de dificuldade, sendo estes apoios sempre analisados de forma
individualizada. Atualmente a empresa já disponibiliza seguro de vida, seguro de saúde, consultas de
psicologia a todos os colaboradores e fruta gratuita nas áreas sociais. Além destas medidas, o pacote de
benefícios extra-salariais para 2023 será reforçado com “day-off” no dia de aniversário, ou seja mais dia de
folga que contribuirá para uma maior conciliação com a vida familiar. As condições de trabalho, o bem-estar
e a satisfação das equipas são compromissos que estão na base de diversas decisões da empresa e que
procuram contribuir para a estabilidade profissional dos quase 620 colaboradores, 93% dos quais com
contratos sem termo. A Norauto assume-se assim como uma empresa People Centric e isto significa colocar
as pessoas e as famílias em primeiro lugar.
VALORCAR COLABORA COM A ZERO
NA CAMPANHA RESIAUTO
VALORCAR | A VALORCAR colaborou com a ZERO no lançamento duma campanha de
informação e sensibilização dos condutores e das empresas, visando a prevenção e reciclagem dos
resíduos dos automóveis, ao longo de todo o seu ciclo de vida. Esta campanha, que conta também
com o apoio da VALORPNEU e da SOGILUB, pretende divulgar um conjunto de práticas de condução
e manutenção dos automóveis que permita prolongar o tempo de vida das diversas componentes
das viaturas, reduzindo a produção de resíduos e aportando poupanças económicas para os seus
utilizadores. Nesta iniciativa será também divulgada informação específica sobre boas práticas
para a gestão dos resíduos dos automóveis, de forma a potenciar a sua reutilização e reciclagem.
As informações a divulgar sobre a gestão de resíduos abrangem diversas temáticas, tais como:
O veículo em fim de vida (onde entregá-lo e abater a matrícula legalmente); Os pneus (recolha,
recauchutagem e reciclagem); Os óleos lubrificantes (recolha do óleo e o processo de regeneração
industrial dos óleos usados); As baterias (entrega em operador legal e processo de reciclagem); As
peças automóveis usadas (aquisição de peças em operadores licenciados); A reciclagem de outras
componentes dos automóveis (metais, vidros, plásticos, etc).
www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 55
Notícias
Produto
LÂMPADA IRT UV SPOtcURE 2
ZAPHIRO | A ZAPHIRO não para de inovar e desta vez,
trouxe para o mercado Português e Espanhol, a nova lâmpada
Spotcure 2 de cura UV por IRT. A Spotcure2 junta-se à gama de
máquinas IRT, líder de mercado LEDs UV portáteis, alimentada
por uma bateria para reparações pontuais. Com 132 LEDs de
alta potência, a nova lâmpada IRT UV Spotcure 2 pode curar
superfícies de 30 cm em 20 segundos, superfícies de 70 cm
em 1 minuto e superfícies de 100 cm em apenas 2 minutos. A
cura ultravioleta, é cada vez mais usada em chapas metálicas
e oficinas de pintura, à medida que aumenta a produtividade
da loja enquanto se economiza tempo de inatividade. Esta
nova ferramenta, mantém o mesmo nome da sua predecessora
lâmpada de cura UV, mas maiores áreas de reparação e tempos
de cura menores. Além disso, esta lâmpada incorpora um guia
visual com tela e temporizador multifuncional para melhorar o
controlo do processo, tudo graças a um novo software avançado
com tecnologia de proteção contra superaquecimento.
ADICIONA 24 NOVAS
REFERÊNCIAS AO PORTFÓLIO
BGA | A BGA (BG Automotive) expandiu a sua oferta de produtos
com 24 novas referências em várias categorias, tais como:
correntes de distribuição, refrigeração, direção e suspensão. Os
destaques incluem uma cadeia de distribuição ‘TC9113FK’ que
cobre modelos Toyota como HIACE de 2019 em diante, HILUX
2015 em diante e LAND CRUISER 2020 em diante. “A corrente
de distribuição vem pré-lubrificada com o nosso lubrificante de
corrente especialmente formulado. A fórmula exclusiva Chain
Shield da BGA garante a pré-lubrificação para sincronizar com a
escolha de lubrificação do motor, sem efeitos adversos no sistema
de lubrificação do motor”, revelou a BGA. A BG Automotive
(BGA) lança novos produtos todos os meses para garantir, a
todos os seus clientes, as mais recentes aplicações de produtos
no mercado de reposição automotivo. A gama de direção e
suspensão da BGA tem agora 21 novas referências adicionadas
para BMW, Audi, VW, Citroen, Peugeot, Toyota, Vauxhall, Ford,
Honda, Mazda, Mercedes, Renault, Mini e Skoda.
APRESENTA NOVO CATÁLOGO
COMPONENTES ELÉTRICOS
MAI | A MAI empresa especializada na venda e distribuição
de peças elétricas para Automóveis, Náutica, Caravanismo
e Solar, acaba de lançar um novo catálogo. A experiência de
mais de 60 anos no setor permitiu à MAI desenvolver uma
marca de referência no mercado de peças sobressalentes
elétricas para veículos automóveis e comerciais. A filosofia empresarial
baseia-se no serviço aos clientes, na qualidade dos
produtos e na constante inovação e adaptação ao mercado.
Como resultado, os seus horizontes estão constantemente a
expandir-se e as fronteiras a desaparecer. O mercado é principalmente
espanhol, mas está constantemente em expansão
para outros países, designadamente Portugal.
OLIPES DESENVOLVE
AVEROIL 5W30 UHP
PARA PESADOS
A
Olipes
desenvolveu o lubrificante Averoil
5W30 UHP, destinado aos modernos motores
dos veículos pesados que operam em
regimes de serviço muito exigentes. Com este óleo
de baixa viscosidade a frio facilitam-se os arranques
a baixa temperatura e minimiza-se o consumo de
combustível, graças à sua qualificação de “Energy
Conserving”. “Para as empresas de transportes é essencial
que os veículos pesados mantenham um funcionamento
eficiente durante todo o ano e os meses
de frio são os mais exigentes, especialmente em termos
de consumo de combustível e de proteção do
turbo. Os gestores das frotas sabem que é vital que
se garanta continuamente um alto rendimento do
motor, para desta forma otimizarem a eficiência, a
rentabilidade e a competitividade do seu negócio. E
para tal, o lubrificante é um componente fundamental.
E ainda mais quando se trabalha sob as duras
condições ambientais no inverno”, explicou Fernando
Díaz, codiretor geral executivo da Olipes.
56 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
F
| A Wolf Lubricants continua a expandir e
atualizar a sua gama híbrida para equipar o
mercado pós-venda com as inovações mais
recentes de lubrificantes e fluidos. A extensa gama
oferece 100 % de cobertura de modelos de veículos
híbridos, com 45 produtos inovadores, incluindo
8 óleos de motor formulados para utilização em
aplicações de veículos híbridos. Esta atualização
WOLF LUBRICANTS
ATUALIZA GAMA HÍBRIDA
demonstra o compromisso da Wolf para com a mobilidade
elétrica e o apoio de manutenção para os
veículos híbridos, consolidando a sua posição como
um principais participantes da mobilidade elétrica.
Em 2021, o mercado dos elétricos híbridos global
alcançou 5,5 milhões de veículos e espera-se que
alcance 31,2 milhões de unidades até 2027: uma
impressionante CAGR (taxa de crescimento anual
composta) de 31,9 %. O forte crescimento é impulsionado
pelos esforços globais contínuos para reduzir
as emissões e pela legislação que incentivou de
forma agressiva os OEM a produzir veículos elétricos
híbridos com menor consumo de combustível e
emissões de CO2 em comparação com os veículos
alimentados apenas por motores de combustão interna
(ICE).
LANÇA 255 NOVAS REFERÊNCIAS
Metalcaucho | A Metalcaucho faz o último lançamento do ano com 255 novas peças
sobressalentes, para atingir o número total de 30.000 referências no seu catálogo, a mais
extensa do setor na sua categoria. Para concluir 2022, apresenta um lançamento muito variado,
incluindo peças sobressalentes para 34 famílias de produtos diferentes, entre os quais se destacam
34 cubos de rodas, 31 apoios de motor e caixa de velocidades, 17 cremalheiras de direção
e 15 permutadores de calor. Deve ser feita uma menção especial ao crescimento constante da
família de produtos de direcção, uma linha com um grande valor estratégico para a Metalcaucho,
que está em constante crescimento graças às sinergias com a empresa-mãe BBB Industries, líder
americano na família dos componentes de direção. Deve-se recordar que todas as cremalheiras
de direção, com 146 referências já em stock, são 100% novas, e são verificadas no próprio
laboratório de qualidade da Metalcaucho com testes dinâmicos.
SOLUÇÃO PARA CRISTALIZAÇÃO DO ADBLUE
AMIVATIO | A empresa Amivatio anuncia um produto inovador e único no mundo. Após ouvir os seus
clientes e as dificuldades que encontravam, decidiu investir tempo em investigação e testes com vista a
solucionar uma lacuna do mercado, que é a “cristalização” do Adblue. Desenvolveu um aditivo 2 em 1 que
para além de conseguir limpar a cristalização do Adblue também consegue prevenir que este cristalize e
que para além de provocar avarias dispendiosas nos componentes responsáveis pelo bom funcionamento
deste sistema, pode também afetar o dia-a-dia de qualquer condutor, pois o veículo pode não conseguir
arrancar e ficar paralisado derivado as falhas no Adblue. Para quem tem uma frota de pesados que faça
viagens de longo curso pode ser uma grande dor de cabeça, para além de dispendioso afeta toda a logística
inerente. O Urea Anti Crystal Additive elimina e previne a formação de cristais de ácido cianídrico e
incrustações no sistema de Adblue, evitando assim o risco de paralisação do carro.
www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 2023 57
Técnica
&Serviço
Colaboração CESVIMAP
www.cesvimap.com
BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS EM OFICINAS
OFICINAS
VERDES
A IMPLEMENTação DAS BOAS PRÁTICAS,
DESENVOLVIDAS COM CRITÉRIOS
DE SUSTENTABILIDADE, DIMINUI O EFEITO
DA ATIVIDADE DA OFICINA DE REParação
DO MEIO AMBIENTE. UMA PARTE DESTAS PRÁTICAS
TEM UM INCENTIVO ADICIONAL: UMA REDUÇÃO DOS
CUSTOS DE PRODUÇÃO E UMA MELHORIA
DA RENTABILIDADE DO NEGÓCIO
Incêndios, poluição dos mares e rios,
inundações ou secas, são algumas
das consequências da pegada da atividade
humana no meio ambiente. São
cada vez mais extensas as suas sequelas
económicas e pessoais. A sustentabilidade
do nosso planeta afeta a todos nós
e é o trabalho de todos reduzir ao mínimo
o nosso impacto.
Embora a atividade das oficinas de reparação
de automóveis não seja a mais
nociva para o meio ambiente como os
outros processos industriais similares,
gerir inadequadamente os recursos
com os que trabalham, levará a efeitos
indesejáveis. Na atualidade já são
definidas uma vasta coleção de boas
práticas para minimizar este impacto
em relação ao consumo de energia, de
produtos ou os resíduos que geram,
aplicáveis a qualquer atividade ou negócio.
Detalhamos, especificamente, as
oficinas de automóveis ou que tenham
um valor adicionado nesta atividade.
Consumos energéticos
A principal medida para controlar o
consumo energético é centrada na manutenção
das instalações e do equipamento
produtivo da oficina. Um plano
rigoroso de manutenção preventiva,
com o seu adequado controlo e seguimento,
vai permitir o pleno rendimento
de todos os componentes no seu
A PRINCIPAL MEDIDA PARA
CONTROLAR O CONSUMO ENERGÉTICO
É CENTRADA NA MANUTENÇÃO DAS
INSTALAÇÕES E DO EQUIPAMENTO
PRODUTIVO DA OFICINA
www.jornaldasoficinas.com Janeiro I 23 59
TÉCNICA
&SERVIÇO
UMA INSTALAÇÃO DE autoCONSUMO FotoVOLtaiCO
PODERÁ PROPORCIONAR À OFICINA UMA CapaCIDADE
DE autossuFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE MAIS DE 50%
funcionamento. Todavia, se o nosso
objetivo é de reduzir o consumo de
forma significativa, o único caminho
que existe é substituir o equipamento
por outro com uma maior eficiência
energética. O desenvolvimento
tecnológico e a sua aplicação ao equipamento
da oficina torna possível
que haja atualmente opções verdadeiramente
eficientes. Por exemplo,
as cabines de pintura com o sistema
“inverter” conseguem uma importante
poupança elétrica no arranque
dos motores de impulsão e extração
de ar. Se, para além disso, tivermos
um controlador que adapte a sua velocidade
às necessidades de fluxo de
ar de cada operação podemos reduzir
em 50% ou mais o consumo elétrico
-interessante hoje em dia. Esta poupança
é conseguida num ciclo completo
de pintura de um veículo em
relação a uma cabina convencional.
Se complementarmos esta medida
com uma linha de tinta de secagem
rápida, podemos reduzir o consumo
elétrico 35% mais, uma vez que diminui
o tempo de funcionamento
dos motores da cabine. Logicamente,
ambas as medidas envolvem uma
inversão inicial e um aumento dos
custos de produção, mas pouparíamos
em cada ciclo de pintura aproximadamente
10 € (Este cálculo foi
efetuado com um preço da eletricidade
de 320 €/MWh).
Os outros exemplos de equipamentos
com uma grande eficiência energética
são as cabines com queimadores
de gás de chama direta ou as que utilizam
a energia elétrica ao criar calor
mediante os painéis endotérmicos.
Em ambos os casos a transmissão do
calor é praticamente imediata. Esta
é a sua principal vantagem, pela redução
do consumo energético em
relação às cabines com permutador
de calor convencional. Usar gás natural
ou eletricidade para criar calor
tem uma outra vantagem adicional:
ao obter a mesma potência calorífica
com o gás natural implica que emita
30% menos gases com efeito de estufa
do que se fizéssemos com gasóleo.
Esta redução pode ser ainda maior se
utilizarmos a eletricidade a partir de
fontes renováveis para criar calor.
Na maioria das oficinas de reparação
de automóveis, pelas caraterísticas
das suas edificações, é possível fixar
na cobertura painéis fotovoltaicos
para a criação de eletricidade. Uma
instalação de autoconsumo fotovoltaico
poderá proporcionar à oficina
uma capacidade de autossuficiência
energética de mais de 50%. Atualmente
é um bom momento para a
transição energética perante a energia
solar, facilitado pela nova norma
a este respeito e as subvenções existentes.
Consumo de materiais e
produtos
As oficinas de reparação também
podem reduzir o seu consumo de
materiais e produtos. É necessário
aproveitar os recursos materiais dos
veículos, ao prolongar o seu ciclo
de vida ao máximo. Seguindo este
princípio de economia circular, os
esforços da oficina devem ser centrados
na priorização da reparação das
peças frontais em vez da sua substi-
60 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
tuição por novas peças sobresselentes.
Isto só se consegue ao programar
processos de reparação eficientes e o
equipamento necessário para o efeito.
Posteriormente, há que estar com
atenção para poderem ser constantemente
adaptados à evolução dos materiais
com que serão fabricados os
veículos e aos avanços da tecnologia
de reparação. É essencial a formação
para adquirir ou atualizar os conhecimentos
e competências dos técnicos
da oficina em intervenções sobre os
plásticos, aços, alumínio, materiais
compostos ou vidros.
Não obstante, mesmo que a reparação
não seja viável por um ou outro
motivo, é possível seguir ao ser aplicado
o princípio da economia circular
mediante as peças sobresselentes
usadas ou reutilizadas provenientes
de veículos que já tenham chegado ao
fim da sua vida útil. Cada vez que é
reutilizada uma das peças não é necessário
extrair as matérias-primas
da natureza, nem de utilizar os recursos
no seu fabrico. Para tal, pode
recorrer a um Centro Autorizado de
Tratamento para veículos em fim de
vida, que dispõe de uma ampla oferta
de peças usadas com garantia. Um
outro aspeto importante é o consumo
dos produtos de tinta. É uma boa
prática implantar um controlo do
seu uso, ao registar as quantidades de
cada reparação. Com o registo, iremos
determinar se existem desvios no
consumo ou se podemos otimizá-lo.
Um exemplo: ajustar mais as quantidades
dos produtos preparados,
utilizar frequentemente técnicas de
pintura parcial ou pistolas pulverizadoras
com tecnologia que desenvolva
a transferência da tinta à superfície.
Sobre o resto dos materiais de pintura,
como os produtos para o lixamento
e o polimento, o mascaramento
ou a preparação de misturas,
é recomendável utilizar elementos
de alta eficácia. São mais caros, mas
também mais duradouros, uma vez
que ajudam a reduzir os resíduos que
são produzidos na oficina. Por este
mesmo motivo, devemos excluir, na
medida do possível, os consumíveis
de uso único.
Gestão de resíduos
Na atividade das oficinas de automóveis
é inevitável gerar resíduos
perigosos e não perigosos, por muito
esforço que façamos para otimizar
o consumo dos materiais e dos produtos.
No entanto, uma segregação
detalhada, ao armazenar cada tipo de
resíduos separadamente, bem identificados
e em lugares protegidos,
facilitará a sua posterior reciclagem.
Isto minimizará o seu impacto sobre
o meio ambiente. Por exemplo, existe
uma grande diferença entre as emissões
de gases com efeito de estufa ao
extrair o alumínio diretamente da
natureza do que produzir peças de
sucata com este material. Porquê? É
fácil, poupa-se uma grande quantidade
de energia elétrica com o segundo
exemplo. Assim, ao segregar um só
capot de alumínio para reciclagem e
recuperação da sua matéria-prima,
permite evitar até 65 kg de CO2. É
aproximadamente o mesmo que conduzir
400 quilómetros num automóvel
a gasolina. Felizmente, são cada
vez mais as oficinas sensibilizadas
com a proteção do meio ambiente e
a seguir estas práticas. É a tarefa de
todos de reconhecer os seus esforços
para que a sua atividade não afete negativamente
na sustentabilidade.
A ANECRA vai permitir a cinquenta
empresas do Comércio e da Reparação
Automóvel, de todo o país, a obtenção
da certificação “EFFICIEN-
TIA”, que visa fomentar a eficiência
energética, a aquisição de comportamentos
mais racionais, quanto ao
consumo de energia e a adoção de
novos hábitos de consumo. Todas as
empresas do Comércio e da Reparação
Automóvel, associadas ou não
da ANECRA, podem candidatar-se,
gratuitamente, à obtenção da certificação
através do preenchimento do
formulário no website da Associação.
Segundo Roberto Gaspar, Secretário-Geral
da ANECRA, “a sensibilização
para a importância do tema da
energia, enquanto recurso escasso, e
a sua forma de utilização, é um tema
central no subsector das empresas do
Comércio e da Reparação Automóvel.
Por essa razão, é urgente oferecer-
-lhes ferramentas críticas para promoção
de novos comportamentos em
relação à temática da Energia, potenciando
uma participação mais sustentável
e racional na sociedade em
geral”. A certificação “EFFICIENTIA”
terá ainda, como suporte à sua comunicação,
além da página de Internet,
a dinamização em redes sociais:
Facebook, Instagram e LinkedIn, a
impressão de cartazes informativos,
a realização de três workshops de
âmbito nacional e de um manual de
eficiência energética para adoção por
parte das empresas. l
MESMO QUE A REPARAÇão DA PEÇA NÃO SEJA VIÁVEL É POSSÍVEL
SEGUIR O PRINCÍPIO DA ECONOMIA CIRCULAR COM A UTILIZAÇão
DE PEÇAS SOBRESSELENTES USADAS OU REUTILIZADAS
Gestão
plesmente pedir a um membro da equipa que faça
telefonemas aleatórios, trate esta tarefa como se
fosse uma campanha. Faça a chamada tanto para
ouvir como para informar, dando-lhes a conhecer
os seus serviços, as suas ofertas de boas-vindas e
as novidades que está a lançar. Utilize a chamada
para atualizar dados e fazer correções.
MARKETING PARA OFICINAS
SURPREENDA
O SEU CLIENTE!
MUITAS OFICINAS NÃO COMPREENDEM O MARKETING,
mas DEVIAM, POIS É absolutamente VITAL PARA O SEU POTENCIAL
DE SUCESSO. NÃO IMPORTA SE A OFICINA É GRANDE OU PEQUENA,
OU QUE PRODUTOS OU SERVIÇOS DISPONIBILIZA, A verdade
É QUE O MARKETING NÃO PODE SER IGNORADO E TEM DE FAZER
parte DA CULTURA DE QUALQUER ORGANIZAÇÃO DE SUCESSO
O
marketing é uma das funções mais incompreendidas
do setor. Este facto pode estar
relacionado com a imagem vistosa frequentemente
associada à profissão de marketing. Talvez
também seja visto como algo que só é feito por
pessoas de marketing e não diz respeito ao resto
do setor. Quaisquer que sejam as razões para qualquer
imagem negativa que o marketing possa ter,
é essencial compreender que o marketing é vital
para assegurar a sobrevivência e o crescimento
de qualquer empresa. Deixamos a seguir algumas
dicas sobre o que pode fazer para surpreender os
seus clientes neste início de ano:
1 . Informe novos serviços
que vai disponibilizar
Faça uma lista dos seus novos serviços/revisões
adicionais de veículos com quaisquer ofertas correspondentes.
Quando tiver a sua lista de serviços
e ofertas especiais, planeie as datas de lançamento
dos mesmos, para que tenha um fluxo constante de
campanhas atrativas.
2. Utilize o telefone
Deve contactar telefonicamente os seus clientes
para os informar dos novos serviços que está
a oferecer. Mas seja organizado. Em vez de sim-
3. Aposte nos folhetos
Crie um ou vários folhetos A5, combinando os
detalhes sobre novos serviços e quaisquer ofertas
especiais correspondentes. Coloque os folhetos nas
caixas de correio das casas que se encontram nos
códigos postais de onde provém a maior parte dos
seus clientes. Faça o mesmo com os seus clientes
empresariais, com um texto diferente que reflita as
necessidades destes clientes e os serviços que lançou
especificamente para eles.
4. Faça-se ouvir nas redes sociais
Promova as suas atividades e ofertas nas redes sociais.
Tire algumas fotografias da sua oficina e da
equipa. Adicione algum interesse humano às suas
publicações para incentivar a partilha e o apoio.
Envie a fotografia para os meios de comunicação
locais, com um texto sobre os novos serviços que
está a disponibilizar e as campanhas em vigor.
5. Utilize o seu calendário
Certifique-se que as campanhas estão agendadas
no seu calendário de modo a que, num relance,
consiga ver: quem é o público (clientes particulares
ou empresariais), o que está a oferecer, qual é
a sua mensagem, como irá promover a campanha
em questão (chamada telefónica e 2 e-mails: um
e-mail para o lançamento da campanha e outro de
seguimento), quando tem início e termina (por ex.
1 a 31 de março) e, finalmente, quem é o responsável
por assegurar a concretização. Se conseguir fazer
o planeamento com este método simples, mas
eficaz, as marcações na oficina vão aumentar. Não
só não deixa nada ao acaso, como também garante
que esse marketing de custo reduzido impulsiona
consistentemente os contactos e as marcações, semana
após semana.
Boa sorte! l
62 Janeiro I 2023 www.jornaldasoficinas.com
P A R T I C I P E
E P O D E R Á
C H E G A R À F I N A L
N A e x p o M E C Â N I C A
w w w . m e l h o r m e c a t r o n i c o . p t
By jornal das oficinas
O r g a n i z a ç ã o | P a r c e r i a | A p o i o
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Dia do trabalhador
NOVEMBRO
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4ª
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2ª
3ª
Dia de Todos os Santos
Fórum DPAI/ACAP
OUTUBRO
1
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2ª
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3ª
4
4ª
5
5ª
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6ª
7
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2ª
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6ª
S
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2ª
9
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27
28
29
2ª
31
6ª
S
30
D
Implantação da República
NING JORNAL DAS OFICINAS 2023
2ª
4ª
4ª
5ª
6ª
3ª
S
D
S
D
2ª
3ª
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2ª
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D
D
S
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Convenção ANECRA
IX Gala TOP 100
C
M
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CM
MY
CY
CMY
K
Planning_2023_vrs2_ok.pdf 1 28/12/2022 10:43
CALENDÁRIO PLANNING JOR
jornaldasofi
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JANEIRO
FEVEREIRO
MARÇO
ABRIL
MAIO
JUNHO
D
Ano-Novo
1
4ª
1
4ª
1
S
1
2ª
Dia do trabalhador
1
5ª
1
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2
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2
D
3ª
3
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3
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3
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S
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S
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4
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5
D
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5
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5
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6ª
6
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6
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6
5ª
6
S
6
3ª
6
5
S
7
3ª
7
3ª
7
6ª
Sexta-Feira Santa
7
D
7
4ª
7
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D
8
4ª
8
4ª
8
S
8
2ª
8
5ª
Corpo de Deus
8
S
2ª
9
5ª
9
5ª
9
D
Páscoa
9
3ª
9
6ª
9
D
3ª
10
6ª
10
6ª
10
2ª
10
4ª
10
S
Dia de Portugal
10
2
4ª
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S
11
S
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3ª
11
5ª
11
D
11
3
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S
D
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D
2ª
3ª
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D
2ª
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4ª
5ª
6ª
S
D
2ª
ExpoMECÂNICA
Final Melhor Mecatrónico
ExpoMECÂNICA
Final Melhor Mecatrónico
ExpoMECÂNICA
Final Melhor Mecatrónico
12
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16
17
6ª
S
D
2ª
3ª
4ª
12
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15
16
17
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
S
Final Challenge Oficinas
12
13
14
15
16
17
4
5
6
S
D
2
4ª
18
S
18
S
18
3ª
18
5ª
18
D
18
3
5ª
19
D
19
D
19
4ª
19
6ª
19
2ª
19
4
6ª
20
2ª
20
2ª
20
5ª
20
S
20
3ª
20
5
S
21
3ª
21
3ª
21
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21
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21
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21
6
D
22
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22
4ª
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22
2ª
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22
S
2ª
23
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23
5ª
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23
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23
D
3ª
24
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24
6ª
24
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24
4ª
24
S
24
2
4ª
25
S
25
S
25
3ª
Dia da Liberdade
25
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25
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25
3
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D
26
D
26
4ª
26
6ª
26
2ª
26
4
6ª
27
2ª
27
2ª
27
5ª
27
S
27
3ª
27
5
PORQUE
NÃO SÃO
TODOS IGUAIS
S
D
28
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3ª
28
3ª
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28
29
6ª
S
28
29
D
2ª
28
29
4ª
5ª
28
29
6
S
Distribuidores de pneus para profissionais desde 1989
em Espanha, França, Alemanha e Portugal. Mais de 30
anos nos sustentam na qualidade de nossos serviços
como fornecedores de pneus.
JUNTE-SE
2ª
3ª
30
31
5ª
6ª
30
31
D
30
3ª
4ª
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31
6ª
30
D
2
O MAIOR DISTRIBUIDOR DE PNEUS EM PORTUGAL 229 699 480
24
JULHO
1
S
2
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3
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4
3ª
5
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S
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30
31
DEZEMBRO
Restauração da independência
Dia da Imaculada Conceição
Natal
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2
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5
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S
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3ª
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24
S
31
4ª
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6ª
AGOSTO
1
3ª
2
4ª
3
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4
6ª
5
S
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7
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4ª
5ª
6ª
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D
2ª
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6ª
S
D
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11
12
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27
28
29
24
2ª
30
3ª
31
4ª
Assunção de Nossa Senhora
SETEMBRO
1
6ª
2
S
3
D
4
2ª
5
3ª
6
4ª
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8
6ª
S
D
2ª
3ª
4ª
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6ª
S
D
2ª
3ª
9
10
11
12
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17
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29
24
4ª
5ª
30
6ª
cinas.com
NOVEMBRO
1
4ª
2
5ª
3
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4
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6ª
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11
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22
23
4ª
30
25
26
27
28
29
24
2ª
3ª
Dia de Todos os Santos
Fórum DPAI/ACAP
OUTUBRO
1
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2
2ª
3
3ª
4
4ª
5
5ª
6
6ª
7
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8
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2ª
3ª
4ª
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S
D
2ª
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5ª
6ª
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4ª
5ª
2ª
9
10
11
12
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22
23
25
26
27
28
29
2ª
31
6ª
S
30
D
Implantação da República
RNAL DAS OFICINAS 2023
2ª
2ª
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D
2ª
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5ª
5ª
2ª
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6ª
D
D
S
des sociais
Convenção ANECRA
IX Gala TOP 100