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personalidade
É uma comunicadora de ‘mão
cheia’, sabe falar mas também
sabe ouvir e passar para o papel
estórias de vida, muitas destas
contadas na primeira pessoa
nos seus programas televisivos
e que se transformam em livros
acarinhados pelos leitores. Tem
nove livros publicados, está a
promover o título mais recente
- ‘Faz o que o teu Coração
Pede’ (2022), que apresentou
na sua recente passagem pelo
Funchal e perante a plateia
que contou com a presença
de Dolores Aveiro. Maria de
Fátima Eleutério Lopes, ou
somente Fátima Lopes, nasceu
no Dia de Nossa Senhora de
Fátima (13 de Maio) há 53 anos
e tem dois filhos. Licenciada
em Comunicação Social na
Universidade Nova de Lisboa,
tem experiência diversa e
relevante, nomeadamente
televisão, rádio e imprensa,
recebeu diversos prémios
e distinções, como o de
“Melhor Apresentadora de
Entretenimento” da Casa
da Imprensa. Apresenta
atualmente na SIC o programa
‘Caixa Mágica’, com o qual
esteve na Madeira em
gravações. À Saber Madeira,
a apresentadora que é um
dos principais rostos do
entretenimento da SIC, falou do
processo criativo que a leva para
os livros e da Madeira «lugar
especial» que visita há anos.
16 saber novembro 2022
Fátima lopes
Não fiques onde
não te tratam
como tu mereces
e não fiques
onde não te
sentes feliz
Trouxe aqui, a esta apresentação no
Teatro Municipal Baltazar Dias, os seus
dois livros mais recentes. Que histórias
contam?
- O primeiro livro “Encontrei o amor onde
menos esperava”, de 2021, é um livro que
me surgiu na cabeça durante a pandemia,
numa altura em que comecei a perceber
que era muito importante falar do tema da
mudança. A pandemia trouxe muitas mudanças
à vida das pessoas, e achei que fazia
sentido falar do tema mudança. Gosto de
escrever histórias em que as personagens
são, na sua maioria, mulheres e eu queria
que esta mudança fosse vivida pela personagem
principal do livro e com a idade dos
50 anos. Isto porque existem ainda muitas
ideais preconceituosas à volta da idade,
principalmente das mulheres. Ainda existe a
ideia de que chegar aos 50 é chegar ao fim
da linha – felizmente que esta ideia está a
esbater-se – e então, como esta não é a visão
que eu tenho da idade - eu que estou
agora com 53 anos sinto-me no melhor momento
da minha vida - este livro fala disso e
da mudança que existe na vida de uma pessoa
com 50 anos. Para esta visão positiva
que tenho da idade contribuiu um retiro que
fiz há alguns anos com um filósofo e com o
qual aprendi a olhar para os 50 anos apenas
e só como ‘chegada’ ao meio da vida. E, se
estou no meio da vida, tenho ainda muito
para sonhar, muito para concretizar e muito
para viver. É esta perspetiva positiva que
olho para a idade e que procuro transmitir.
Acho muito importante que as mulheres sintam
este empoderamento, ou seja, de que
é um privilégio chegar aos 50 anos - é uma
idade em que acontecem coisas muito bonitas.
Nesta fase da vida, temos mais e melhor
capacidade de perceber o que queremos e o
que não queremos, e a personagem do livro
sente isto mesmo. Ela sofre uma grande mudança
na sua vida, vai viver para o Alentejo
onde recomeça do zero aos 50 anos e constrói
um mundo novo. Este livro dá destaque
à mudança como algo muito positivo. Desta
forma, encorajo as pessoas a olhar para a
mudança como positividade e irem à procura
daquilo que as faz felizes. Se o primeiro
livro é dedicado à mudança, o segundo livro,
“Faz o que o teu coração pede”, lançado este
ano de 2022, é dedicado às escolhas, que é
outro tema incontornável na nossa vida. Todos
os dias temos de fazer escolhas – a vida
é assim mesmo – e sempre que fazemos
uma escolha, abraçamos um caminho e deixamos
outro para trás. Podemos escolher
bem, podemos não escolher assim tão bem
mas a vida é assim mesmo. Mas há uma
coisa a qual não tenho dúvida: sempre que
escolhemos com o coração, corre bem, mas
sempre que escolhemos de acordo com o
que os outros acham ou pensam, dá asnei-