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Acho muito importante
que as mulheres sintam
este empoderamento,
ou seja, de que é
um privilégio chegar
aos 50 anos
Aqueles [livros]
que têm mais impacto
em mim são sempre
os últimos porque
é onde sinto que está
mais presente a pessoa
que sou hoje
ra, porque as cabeças dos outros não são
as nossas cabeças e porque a vivência dos
outros não é a nossa vivência. O processo
de escolha é uma coisa muito séria na nossa
vida, assim como a felicidade. A felicidade
plena não existe. A felicidade são estados e,
quanto mais estados felizes conseguirmos
ter, melhor é a nossa vida. Mas também é
muito importante dizer que os estados menos
felizes vão existir sempre, fazem parte
da vida e temos de aceitá-los. No essencial,
estes dois livros procuram transmitir duas
mensagens muito fortes e que traduzem a
minha maneira de pensar e que são: não fiques
onde não te tratam como tu mereces
- e se não te tratam como tu mereces está na
altura de partir – e a outra é não fiques onde
não te sentes feliz. Sou uma pessoa de fé e
acredito que Deus nos fez para sermos felizes
mas encontramos pedras pelo caminho
para aprendermos com elas e para sermos
felizes. A vida é demasiado bonita para desistirmos
da felicidade e da nossa felicidade.
Tem nove livros publicados. É verdade
que os livros são como os filhos, ou seja,
não se consegue dizer qual é aquele que
se gosta mais?
- É difícil escolher porque são todos diferentes...
Se calhar, aqueles que têm mais impacto
em mim são sempre os últimos porque
é onde sinto que está mais presente a pessoa
que sou hoje. Mas também acho que os
meus livros têm retratado o meu crescimento
enquanto pessoa.
Em que é que se inspira para começar a
escrever um livro?
- Nas vidas das pessoas. Quando se fazem
programas feitos com histórias de vidas –
nós temos muitas vidas na nossa cabeça
que são reais e não falta nunca inspiração.
São tantas vidas que já se cruzaram com a
minha, tantas realidades que a dificuldade é
escolher. Vou me inspirar no quê, com tanta
coisa que já ouvi, com tantas histórias, tantas
realidades, experiências e vivências? Portanto,
a minha inspiração vem da realidade.
A realidade dá-nos tudo, tem os ingredientes
todos.
Está a trabalhar num novo livro?
- Para já, não. Tenho muito trabalho. Ando
a promover estes dois últimos livros e para
começar a escrever um novo livro preciso de
disponibilidade mental e de tempo, e eu tenho
tido a minha agenda a abarrotar.
Se pudesse seria só escritora?
- Defino-me como comunicadora e como comunicadora
entram todas as outras vertentes
da minha vida nomeadamente a escrita,
a apresentação televisiva, as palestras e
formações que dou, os documentários que
apresento no canal do YouTube... Então, sou
um bocadinho disto tudo, ou seja, sou uma
comunicadora, por isso, não me peçam para
escolher porque são tudo áreas que gosto
muito.
Quando visita a Madeira, o que gosta de
fazer?
- A Madeira é, para mim, uma terra muito
especial. Sinto-me sempre muito bem aqui.
Venho à Madeira há muitos anos, quer em
trabalho, quer em lazer. Quando venho
para descansar, gosto de visitar tudo o que
é natureza. Nos últimos anos, quando vim
foi em trabalho, então, aproveito o máximo
que posso e, tendo em conta o pouco tempo
disponível, procuro o que é madeirense.
E quando não está a trabalhar, o que
gosta de fazer?
- Gosto de estar com os meus [é mãe do Filipe
e da Beatriz] e isso chega. s
Dulcina Branco
CMFX (André Ferreira) e ALRM (Amilcar Figueira)
saber novembro 2022
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