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Na Madeira
é muito difícil viver
unicamente da música.
Faltam espaços
para música ao vivo,
tal como existe o LAV
ou o RCA, em Lisboa
A vossa história tem já dez anos. Como é
que tudo aconteceu, quem saíu e está do
início, ou seja, como tem sido este percurso
da Akoustic Junkies?
R.V.: Os Akoustic Junkies surgiram de forma
muito descontraída, numa jam session que
teve lugar numa festa privada. Acabou por
ser um encontro feliz entre quatro músicos
e amigos, que levou à vontade de tocarmos
juntos mais vezes e, sobretudo, divertirmo-
-nos. No ano seguinte, em 2013, surgiu o
desafio de participarmos no 1º concurso
de bandas lançado pelo Festival Summer
Opening, que obrigava a criarmos temas
originais e cujo prémio seria a oportunidade
de tocarmos no palco principal, no primeiro
dia do evento. Apostámos na entrada
de mais um elemento, neste caso, o Jaime
Filipe Freitas, para complementar a banda
com um instrumento de percussão (cajon).
Foi com grande satisfação que vencemos
o concurso, sobretudo por serem músicas
criadas por nós, e tivemos a oportunidade
de partilhar o palco com artistas de renome
nacional, como Aurea, David Fonseca e
Tatanka. Motivados, trabalhámos melhor
aquela que viria a ser a nossa primeira música
original a ser distribuída pela maior
loja online de música na altura, a iTunes, e
que ainda hoje temos a alegria de ouvir nas
rádios regionais: “Feel the sun”. Em 2014,
demos mais um passo importante para a
evolução da banda. Com a saída de Jaime
Filipe Freitas (por motivos pessoais ) entrou
para a banda o Bernardo Rodrigues e com
ele a oportunidade de substituirmos o cajon
por uma bateria. Consequentemente,
deixámos de tocar exclusivamente em formato
acústico e passamos a incluir guitarras
elétricas, o que nos permitiu incluir no
alinhamento muitas músicas que todos nós
gostávamos e que em acústico não tinham
o mesmo impacto, como por exemplo “Man
in the box” dos Alice In Chains, ou “Smells
Like Teen Spirit” dos Nirvana. Em 2016, o
Bernardo Rodrigues saíu da Região para
seguir os estudos e, em sua substituição,
recebemos de braços abertos um amigo
e músico já com larga experiência como
baterista, o Marco Panamá. Em 2020, saíu
da banda Hugo Vieira, um dos elementos
fundadores, e para o seu lugar entrou um
músico já bem conhecido de todos nós, o
João Silva. Ou seja, desde 2012, muito mudou
nos Akoustic Junkies. O que começou
por ser apenas algo para nos divertirmos,
evoluiu para um projeto mais sério e profissional.
Passamos de uma banda em formato
completamente acústico, com quatro
elementos que tocavam em bares e pequenos
palcos, para uma banda de cinco elementos
que tocam não só em acústico, mas
também em formato mais completo com
guitarras elétricas, adaptando-nos a todo
o tipo de palco, com um largo repertório
de covers e mais de uma dezena de músicas
originais. O que se mantém intocável,
desde o início, é o gosto musical com maior
apetência para o rock.
É motivador e muito
bom quando vemos
o público a cantar
e a saltar quando
interpretamos as
nossas músicas
originais
saber novembro 2022
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