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REPARADOR S/A - EDIÇÃO 03

Está no ar a revista Reparador S/A - 3ª edição! Ricardo e Romeu: os Rs da reparação. Você vai conhecer a história dessa dupla de mecânicos, numa amizade levada pelo sopro do vento. Na seção Hobby Reparador, apresentamos Anderson, que mexe incansavelmente em seus Fords, Scanias e Toyota, e que só vai parar quando morrer. Também vamos responder: vale a pena converter o carro para GNV? Confira tudo isso e muito mais. Boa leitura!

Está no ar a revista Reparador S/A - 3ª edição!

Ricardo e Romeu: os Rs da reparação. Você vai conhecer a história dessa dupla de mecânicos, numa amizade levada pelo sopro do vento.
Na seção Hobby Reparador, apresentamos Anderson, que mexe incansavelmente em seus Fords, Scanias e Toyota, e que só vai parar quando morrer.
Também vamos responder: vale a pena converter o carro para GNV?
Confira tudo isso e muito mais.

Boa leitura!

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UM PROJETO DE:<br />

OS Rs DA REPARAÇÃO<br />

Em dose dupla,<br />

com Ricardo e Romeu.<br />

HOBBY <strong>REPARADOR</strong><br />

Tudo ao mesmo tempo,<br />

sem término.<br />

TV MOBILITY<br />

Uma homenagem<br />

ao Dia do Reparador.<br />

1


2<br />

3


DIRETOR DE PLANEJAMENTO:<br />

FABIO LOMBARDI<br />

40<br />

OS Rs DA<br />

REPARAÇÃO<br />

Ricardo e Romeu:<br />

uma amizade<br />

empurrada pelo<br />

sopro do vento.<br />

20<br />

HOBBY<br />

<strong>REPARADOR</strong><br />

Ford, Toyota, Scania…<br />

Num ciclo sem fim,<br />

Anderson não<br />

para de mexer<br />

nos brinquedos.<br />

DIRETOR DE CRIAÇÃO:<br />

GABRIEL CRUZ<br />

CONSULTOR EDITORIAL:<br />

CLAUDIO MILAN<br />

DIRETOR DE ARTE:<br />

FELIPE VILLAMIZAR<br />

EDITOR-CHEFE:<br />

LUCAS CAETANO<br />

JORNALISTAS:<br />

FERNANDA ROSENDO<br />

JULIA MACIEL<br />

LUCAS CAETANO<br />

MIRELLA SCATTOLIN<br />

STÉPHANY NUNES<br />

EQUIPE DE ARTE:<br />

ALINE MONTEIRO<br />

EQUIPE DE ATENDIMENTO:<br />

THIAGO NOGUEIRA<br />

EQUIPE SK:<br />

CEO:<br />

GERSON PRADO<br />

DIRETOR DE VENDAS E<br />

COMUNICAÇÃO CORPORATIVA:<br />

FLÁVIO PORTELA<br />

8VALE A<br />

PENA?<br />

Conversão de carros<br />

para GNV.<br />

12 14<br />

SAC RS/A<br />

Carro flex bebe<br />

mais do que<br />

monocombustível?<br />

REPARAÇÃO<br />

HISTÓRICA<br />

A história<br />

da injeção eletrônica.<br />

30 46<br />

POR DENTRO<br />

DO MERCADO<br />

Os carros lançados em ano<br />

de Copa (1982-2022).<br />

TV MOBILITY<br />

Uma homenagem da SK<br />

ao Dia do Reparador<br />

(20 de dezembro).<br />

GERENTE DE MARKETING :<br />

FERNANDO OLIVEIRA NETO<br />

4<br />

5


6<br />

7


CARRO A GNV:<br />

VALE A PENA?<br />

O kit GNV tem uso prático, mas os<br />

cuidados precisam ser redobrados<br />

após a instalação.<br />

Esta alteração de sistemas é feita pela<br />

aplicação de uma central eletrônica de<br />

controle de injeção do gás natural no motor. O<br />

Kit GNV é composto por:<br />

• Mangueiras hidráulicas<br />

(para água e para gás);<br />

• Bicos injetores;<br />

• Cilindro para armazenar o gás.<br />

O carro a combustão teve - e<br />

ainda tem - um grande impacto<br />

na sociedade e na mobilidade<br />

das grandes cidades. Em meados<br />

do final do século 19, a primeira<br />

patente de carros a combustão era<br />

projetada por Karl Benz, dando<br />

início ao universo automotivo que<br />

conhecemos hoje.<br />

• Redutor de pressão;<br />

Um diferencial da instalação do GNV é que<br />

• Filtro;<br />

o motor ainda suporta o abastecimento do<br />

• Controlador de temperatura do combustível; veículo com combustíveis líquidos, como<br />

• Sensor de pressão;<br />

gasolina e etanol.<br />

Cuidados com o combustível a gás<br />

Apesar de parecer prático, a conversão do veículo<br />

de combustível para GNV requer alguns cuidados -<br />

principalmente por se tratar de uma alimentação “a seco”.<br />

Foram mais de 100 anos de<br />

evoluções e novas tecnologias,<br />

e, atualmente, os motores a<br />

combustão veem seu espaço<br />

no mercado ser cada vez mais<br />

ocupado pelos modelos elétricos.<br />

Porém, com os altos preços do combustível, os proprietários de veículos buscam outras alternativas para seus<br />

veículos. Uma delas é o sistema de Gás Natural Veicular (GNV).<br />

Assim, a lubrificação do motor não será a mesma, o<br />

que pode interferir nos componentes; isso porque, na<br />

hora de ligar o carro, a partida a frio desgasta mais<br />

as válvulas e guias no cabeçote exatamente por não<br />

estarem tão lubrificadas.<br />

Além disso, com o sistema GNV, o carro pode ser ligado<br />

nos dois combustíveis, embora nos sistemas mais<br />

antigos o desgaste nas peças também possa ser maior.<br />

Importante frisar a necessidade ainda maior de respeitar os<br />

prazos de troca de óleo e dos filtros. Já os prazos de validade<br />

do gás também precisam ser observados ao menos uma vez<br />

por ano, principalmente pela pressão aplicada, que pode<br />

provocar explosões.<br />

Kit GNV: o que é?<br />

Portanto, o motorista deve ter cuidado na hora<br />

de sair com o motor ainda frio. O ideal é esperar<br />

esquentar, ou rodar os primeiros quilômetros com o<br />

combustível líquido.<br />

A cada cinco anos, os cilindros devem ser inspecionados<br />

e, se necessário, trocados. Por fim, para rodar por aí com<br />

um carro GNV, é obrigatório ter em mãos o Certificado de<br />

Segurança Veicular.<br />

O GNV é utilizado para transformar<br />

o motor para que ele possa<br />

utilizar combustível a gás além do<br />

combustível líquido. Sua instalação<br />

pode ser feita em diversos modelos<br />

com suas diversas configurações,<br />

motores e cilindradas. Abaixo,<br />

detalharemos mais um pouco.<br />

Então o GNV vale a pena?<br />

Como principal ponto positivo, podemos citar<br />

o aumento de autonomia do veículo que o GNV<br />

traz, com um crescimento de 57%. Você também<br />

economiza bastante com gasolina a longo prazo.<br />

Mas o principal ponto negativo também envolve<br />

finanças: para a instalação do kit GNV e conversão<br />

do veículo, o motorista pode desembolsar entre R$<br />

3.500 e R$ 9000, dependendo dos modelos.<br />

8<br />

9


PUBLIEDITORIAL<br />

AMORTECEDOR COFAP SE<br />

DESTACA NO SEGMENTO PREMIUM<br />

Líder no segmento de reposição do País, a Marelli<br />

Cofap Aftermarket vem acompanhando o crescimento<br />

do mercado de veículos de luxo no Brasil e vê<br />

aumentar a demanda por amortecedores premium<br />

nesse nicho de mercado.<br />

Segundo números divulgados na imprensa, no<br />

primeiro quadrimestre deste ano foram vendidos um<br />

total de 23,6 mil veículos premium, o que representou<br />

uma alta de 9,8% sobre o mesmo período de 2021,<br />

quando foram comercializados 21,5 mil carros. Ainda<br />

no período em questão, o mercado de carros de luxo<br />

representou 3,25% do total das vendas e, em 2022,<br />

representa 4,7% do total.<br />

Sempre atenta às demandas de seus clientes – os<br />

maiores distribuidores de autopeças do Brasil, sejam<br />

regionais ou nacionais – a Marelli Cofap Aftermarket<br />

mantém um rígido programa de desenvolvimento<br />

e lançamento de produtos destinados a nichos de<br />

mercado. Nesse sentido, a marca vem desenvolvendo<br />

amortecedores de suspensão e molas a gás para as<br />

principais frotas de veículos importados.<br />

Assim, os amortecedores Cofap destinados a veículos<br />

de luxo registraram um salto de vendas em 2022, e a<br />

expectativa é de que, até o final do ano, alcancem o<br />

volume de 44,5 mil amortecedores comercializados,<br />

com faturamento de mais de R$ 6 milhões.<br />

Atualmente, a Cofap possui 43 códigos ativos<br />

de amortecedores para a linha premium, além de<br />

outros 30 pertencentes à família de molas a gás.<br />

Esses códigos atendem as marcas Audi, Land Rover<br />

e Toyota - responsáveis pela maior participação no<br />

faturamento do segmento -, seguidas por Chevrolet,<br />

BMW, Jeep, Mercedes, Mini Cooper e Volvo.<br />

Outros 63 novos códigos de amortecedores para<br />

veículos das montadoras Audi, BMW, Land Rover,<br />

Mercedes, Mini Cooper, Toyota e Volvo estão em<br />

desenvolvimento e devem chegar em breve no<br />

mercado de reposição com a marca Cofap.<br />

10<br />

11


SAC RS/A<br />

Carro Flex bebe mais do que monocombustível?<br />

conseguiam fazer 13 km/l na cidade e 17,2<br />

km/l na estrada.<br />

Quando o mesmo veículo passou a ser<br />

comercializado com a opção de motor flex, a<br />

taxa de consumo passou para 12,2 km/l na<br />

cidade e 15,4 km/l na estrada.<br />

Uma das razões para isso é que os motores<br />

flex precisam operar com uma taxa de<br />

compressão intermediária para se adequar<br />

ao funcionamento com os dois tipos de<br />

combustíveis. Algumas pessoas adquirem<br />

carros flex apenas pensando em situações<br />

emergenciais ou nas épocas em que o valor<br />

da gasolina sobe bastante. Dessa forma,<br />

abastecem em geral apenas com gasolina, o<br />

que tende a melhorar o desempenho do carro.<br />

Com o passar do tempo, surgiram alguns mitos<br />

sobre o tema. Acreditava-se que, ao abastecer<br />

frequentemente com apenas um tipo de<br />

combustível, o motor poderia ficar “viciado”.<br />

Mas existe um dispositivo chamado sensor<br />

(ou sonda) lambda, que informa ao motor se a<br />

mistura é ou não adequada.<br />

Esse sensor realiza os cálculos necessários<br />

para que o combustível injetado queime por<br />

completo. Isso quer dizer que não é preciso<br />

esperar o toque esvaziar para abastecer com<br />

outro combustível.<br />

Mas apesar de as propriedades químicas<br />

da gasolina reduzirem o consumo, o<br />

etanol possui elementos antidetonantes<br />

superiores, aumentando a potência. Ambos<br />

têm suas virtudes.<br />

Foto: Valokuva24 / Shutterstock.com<br />

O início da década de 90 marcou o surgimento do<br />

primeiro automóvel movido a álcool e equipado<br />

com direção eletrônica: o Chevrolet Omega 2.0,<br />

que chegou ao mercado brasileiro em 1993. No<br />

ano seguinte, o modelo da fabricante norteamericana<br />

também foi o primeiro protótipo flex<br />

do Brasil, dessa vez desenvolvido pela Bosch.<br />

Dez anos mais tarde, o Volkswagen Gol 1.6 Total<br />

Flex fez história ao tornar-se o primeiro veículo<br />

brasileiro fabricado em série com capacidade de<br />

rodar com as duas opções de combustíveis em<br />

qualquer proporção.<br />

Ainda assim, muitas dúvidas surgem acerca do<br />

tema. Sendo a principal delas: carro flex bebe<br />

mais que monocombustível?<br />

Os proprietários dos primeiros veículos com essa<br />

opção “flexível” observaram que o consumo de<br />

combustível era um pouco maior do que os carros<br />

com motores comuns.<br />

A justificativa apresentada pelas montadoras<br />

não convencia. Segundo elas, o número de<br />

equipamentos nesses automóveis era menor, de<br />

modo que o ideal era usar o etanol em menor<br />

proporção em relação à gasolina.<br />

Ainda que a diferença não seja tão grande, de<br />

fato, os motores flex possuem uma economia<br />

inferior quando comparados a motores<br />

abastecidos exclusivamente com gasolina.<br />

Por exemplo, os antigos modelos 1.0 da Fiat,<br />

conhecidos pelo seu bom custo-benefício,<br />

Outro mito é aquele que diz que, ao<br />

tanque auxiliar de gasolina ou<br />

comprar um carro flex zero, é preciso<br />

sistemas de pré-aquecimento, que<br />

completar o primeiro tanque com<br />

eliminaram esse problema.<br />

gasolina. A sonda lambda existe também<br />

para propiciar a alimentação flexível<br />

Em suma, o motor flex tem um consumo<br />

logo ao sair de fábrica.<br />

um pouco maior que o monocombustível,<br />

mas a durabilidade e performance de<br />

Acredita-se também que, ao abastecer ambos se equivalem.<br />

exclusivamente com etanol, o<br />

motor tem um pior desempenho em<br />

épocas frias. Antigamente, o veículo<br />

demorava mais a “pegar no tranco”,<br />

mas, hoje, muitos automóveis possuem<br />

Foto: olrat / Shutterstock.com<br />

12<br />

13


REPARAÇÃO<br />

HISTÓRICA<br />

INJEÇÃO<br />

ELETRÔNICA<br />

Chrysler Corporation acabou comprando a<br />

AMC e firmou parceria com a Bendix.<br />

O sistema de injeção eletrônica foi<br />

utilizado pela primeira vez nos carros<br />

Chrysler 300D, Dodge D-500, DeSoto<br />

Adventurer e Plymouth Fury. Assim como o<br />

início de qualquer invenção, ao ser testada<br />

na prática, foi constatado que era preciso<br />

realizar algumas melhorias.<br />

Em 1957, a Bendix Corporation deu<br />

início à história da injeção eletrônica.<br />

A empresa norte-americana tinha<br />

como foco principal a fabricação<br />

de aparelhos eletroeletrônicos<br />

inovadores, como: rádios,<br />

computadores e televisores. No<br />

entanto, a marca também se arriscava<br />

no ramo dos transportes, produzindo<br />

sistemas de freio automotivo e<br />

aeronáutico, sistema de controle de<br />

combustível para aviões e carros,<br />

dentre outros.<br />

A grande aposta da Bendix era<br />

comercializar o projeto Electrojector -<br />

precursor do que se tornaria a injeção<br />

eletrônica - para companhias de<br />

grande porte, como a American Motors<br />

Corporation (AMC). Contudo, o grupo<br />

O controle da alimentação do motor, por<br />

exemplo, deixava a desejar - o que era<br />

compreensível, pois a capacidade de<br />

processamento do circuito eletrônico ainda<br />

não era suficiente para a época.<br />

Sem saber como aperfeiçoar sua invenção,<br />

a Bendix optou pela venda de todas as<br />

patentes do Electrojector para a Bosch. A<br />

empresa alemã, já consolidada como uma<br />

gigante no mercado, se aprofundou em<br />

alterações no sistema e passou a chamá-lo<br />

de D-Jetronic.<br />

14<br />

Foto: luizsantanna / Shutterstock.com<br />

15


Nas mãos da Bosch, o D-Jetronic<br />

poucos substituíram o carburador pela<br />

tornou-se um sucesso, e o primeiro<br />

injeção eletrônica. O Brasil, por outro<br />

veículo a recebê-lo foi o Volkswagen<br />

lado, demorou a ver de perto a nova<br />

1600TL/E. A ferramenta já conseguia<br />

tecnologia: apenas em 1988, aplicada<br />

calcular corretamente o fluxo de<br />

em um Volkswagen Gol GTi; pouco<br />

massa de ar, ou seja, determinava a<br />

depois, foi a vez do Chevrolet Monza<br />

I<br />

N<br />

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C<br />

A<br />

quantidade ideal de combustível a<br />

ser injetado.<br />

Assim, as montadoras europeias aos<br />

QUAL A DIFERENÇA<br />

ENTRE CARBURADOR E<br />

INJEÇÃO ELETRÔNICA?<br />

abandonar o carburador. Hoje, todos<br />

os carros fabricados já vão ao mercado<br />

com injeção eletrônica.<br />

X<br />

O carburador era o componente mecânico<br />

central do sistema de alimentação de um<br />

automóvel. Ele servia para dosar a mistura<br />

adequada de ar e combustível em motores<br />

de combustão interna. O composto, então,<br />

era enviado para o motor na medida ideal<br />

para que ele tivesse um bom desempenho<br />

e o consumo correto.<br />

A injeção eletrônica, em contrapartida,<br />

não realiza esse controle de forma<br />

mecânica, isto é, o sistema possui<br />

atuadores e sensores eletrônicos que<br />

otimizam esse processo.<br />

Além disso, o trabalho dos reparadores se<br />

tornou muito mais simples com a injeção<br />

eletrônica. Hoje é possível fazer um<br />

rápido diagnóstico e localizar a origem de<br />

um problema no veículo por meio de uma<br />

leitura completa do sistema. Também é<br />

possível reprogramar o módulo em caso<br />

de falhas.<br />

Por fim, a injeção eletrônica também<br />

possibilita ao proprietário fazer o “remap”<br />

(reprogramação e mapeamento do<br />

sistema), o que melhora a performance e<br />

aumenta a potência.<br />

C<br />

A<br />

R<br />

B<br />

U<br />

R<br />

A<br />

D<br />

O<br />

R<br />

16<br />

17


PUBLIEDITORIAL<br />

TEM COISAS QUE NÃO<br />

TEM COMPARAÇÃO<br />

O MELHOR FILTRO, A MELHOR ESCOLHA.<br />

NOVA COMUNICAÇÃO PARA<br />

LINHA LEVE MANN-FILTER DESTACA<br />

FILTROS BLINDADOS DO ÓLEO<br />

Atendendo às necessidades de preços mais competitivos,<br />

nova linha promete ser a revolução no mercado de filtros automotivos.<br />

Para atender às exigências do mercado<br />

de linha leve, em que qualidade e preço<br />

são levados em consideração na hora<br />

da escolha dos filtros automotivos para<br />

veículos de passeio, a MANN-FILTER,<br />

marca do grupo MANN+HUMMEL e líder em<br />

sistemas de filtragem, desenvolveu junto<br />

ao time de inovações em produtos uma<br />

nova linha de filtros do óleo blindados,<br />

unindo qualidade a um preço mais<br />

acessível.<br />

Essa estratégia tem como objetivo trazer<br />

aos consumidores toda a tradição e<br />

qualidade já conhecida pelos usuários<br />

da linha pesada, atendendo às demandas<br />

para linha leve, em que as exigências<br />

por produtos com menor preço são<br />

importantes na hora da escolha.<br />

Kwid, Argo, MOBI, Etios, YARIS, Creta,<br />

Cronos etc. são destaques no portfólio de<br />

filtros e chegam para completar a linha de<br />

produtos, trazendo soluções inovadoras<br />

em sistemas de filtragem para atender às<br />

demandas mais exigentes das modernas<br />

motorizações de veículos leves.<br />

Ar, óleo, combustível e cabine completam<br />

as aplicações, e são a solução de alta<br />

performance e confiança para um<br />

serviço completo de troca dos elementos<br />

filtrantes dos veículos mais rodados na<br />

frota brasileira.<br />

Essas e outras aplicações fazem parte<br />

do portfólio da MANN-FILTER e estão<br />

disponíveis nos melhores distribuidores<br />

de autopeças.<br />

Os modelos de veículos novos (até 05<br />

anos) – Onix, HB20, POLO, VIRTUS, T-Cross,<br />

Consulte os novos itens blindados em:<br />

Folheto Novos Blindados.<br />

Já está sabendo da novidade?<br />

Há mais de 70 anos, oferecemos credibilidade e tradição na produção de filtros premium para<br />

as principais montadoras do mercado. A MANN-FILTER agora vem com preços mais<br />

competitivos na Linha Leve. Aproveite essa oportunidade de oferecer produtos com<br />

o custo-benefício que não tem comparação!<br />

/MannFilterBrasil<br />

@mannfilterbrasil<br />

18<br />

MANN-FILTER - Perfect parts. Perfect service.<br />

www.mann-filter.com.br<br />

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19


HOBBY<br />

<strong>REPARADOR</strong><br />

BOLSO NO GUINCHO, CORAÇÃO NA MECÂNICA<br />

Jipe Ford, Ford F-350, Toyota Bandeirante, Rural Willys<br />

e Scania, todos ao mesmo tempo e eternamente.<br />

O número 301 da Rua Lusa<br />

Augusto Correia, em Embu-<br />

Guaçu (SP), corresponde à<br />

V8 Serviços de Guincho, mas,<br />

antes mesmo de entrar no<br />

estabelecimento, podemos<br />

confundir o local com uma<br />

oficina mecânica. Ainda<br />

do lado de fora, estão não<br />

apenas o caminhão Scania<br />

1975 (veículo do trabalho),<br />

como também alguns veículos<br />

históricos em plena reparação,<br />

enquanto na parte de dentro<br />

há outros dois.<br />

A V8 pertence a Anderson<br />

Andrade dos Santos, de 41<br />

anos e também chamado de<br />

V8 – como é de se imaginar,<br />

um apaixonado pelos motores<br />

V8, e que nas horas vagas modifica<br />

incansavelmente seus quatro carros:<br />

Jipe Ford 1971; Ford F-350 1969;<br />

Toyota Bandeirante 1966, e Rural<br />

Willys 1975. Todos, é claro, com o<br />

seu motor preferido.<br />

COMEÇO<br />

Anderson mal nasceu e já conheceu<br />

o mundo dentro de um Ford Galaxie<br />

500 1969, quando seu pai, João, o<br />

levou para casa junto com a mãe, Vera,<br />

deixando o hospital.<br />

“E ele tinha levado minha mãe para o<br />

hospital num Bela Vista 1968, que era<br />

um ônibus e foi cortado pelo meu pai<br />

para virar um carro de socorro”, conta<br />

o entrevistado.<br />

João serviu o Exército, onde se formou<br />

em Engenharia. Por muito tempo,<br />

atuou como mecânico, principalmente<br />

20<br />

21


em garagens de ônibus, onde se especializou em<br />

cortá-los para montar veículos de socorro. O primeiro<br />

exemplar, segundo Anderson, foi obra do pai, em 1962,<br />

quando trabalhava na extinta Viação Santa Brígida.<br />

“Quando mudamos para Embu-Guaçu, meu pai<br />

trabalhou um tempo na Viação Independência, e<br />

depois foi para uma empresa chamada Ferreira Guedes,<br />

que fazia manutenção da linha do trem. E lá ele me<br />

ensinou a mexer em motores, inclusive nos do carro<br />

dele, e aí peguei a doença!”.<br />

PASSANDO<br />

O BASTÃO<br />

A V8 Serviços de Guincho substituiu a oficina do pai,<br />

que, junto de Anderson, mexia em carros, caminhões<br />

e tratores aos fins de semana após o expediente de<br />

segunda a sexta nas garagens.<br />

“Quando ele faleceu, passei a trabalhar em algumas<br />

empresas de mecânica e guincho; depois, montei a<br />

V8 para fazer os serviços de guincho e manutenção<br />

de ônibus escolares e adaptação em caminhões. Foi<br />

recentemente que parei com a oficina. De lá para cá,<br />

reparação é só o hobby e só com os meus carros. A<br />

profissão remunerada é o guincho”, relata Anderson.<br />

Vamos agora detalhar os quatro brinquedos que lá estão.<br />

22<br />

23


F-350<br />

Dez anos. Esse é o tempo que Anderson<br />

gastou até aqui – ou melhor, desfrutou –<br />

modificando a Ford F-350 1969, vendida<br />

a ele por um amigo que não tinha mais<br />

dinheiro para bancar a manutenção.<br />

“Como eu já tinha um projeto em mente,<br />

abracei o chassi, documentei e passei<br />

para o meu nome rapidinho. Na época,<br />

não precisava fazer laudo; então, foi<br />

simples”, recorda.<br />

JIPE<br />

O Jipe Ford 1971 era o carro do dia a<br />

dia de Anderson, e, por isso, será o<br />

primeiro a ficar “pronto” - sempre entre<br />

aspas, como ele próprio reconhece:<br />

“Às vezes não tem nada<br />

para mexer nele; então,<br />

eu desmonto e invento<br />

alguma coisa. Sempre dá<br />

para melhorar.”<br />

Anderson comprou o Jipe após pegá-lo<br />

para fazer sua manutenção. O primeiro<br />

desmonte veio para colocar motor e câmbio<br />

de Galaxie, além de uma caixa de caminhão.<br />

Depois, adicionou freio a disco nas quatro<br />

rodas e deslocou o câmbio para cima.<br />

“Agora estou montando uma caixa Engesa<br />

(Engenheiros Autônomos S/A). Peguei uma<br />

caixa militar de um caminhão, cortei, tirei<br />

as 75 engrenagens e deixei com cinco,<br />

tração e reduzida”, conta.<br />

A caminhonete ganhou tração nas 4 rodas,<br />

freio a ar, guincho na frente e atrás, tudo<br />

tocado pela caixa. Nada hidráulico, nem<br />

elétrico. O motor V8, desta vez, é um<br />

Cummins Multifuel 300 cv, com 4 válvulas<br />

por pistão, capaz de gerar 6 mil rpm, e<br />

que agora também possui um compressor<br />

adaptado. Chama atenção também o novo<br />

volante de corrente.<br />

“E nessa F-350 já passaram outros<br />

tipos de V8 (Internacional, Caterpillar<br />

e Detroit) até eu achar esse Cummins,<br />

que me agradou bastante”, complementa<br />

Anderson, que acredita que a caminhonete<br />

ficará “pronta” - sempre entre aspas –<br />

daqui a cerca de seis meses.<br />

24<br />

25


BANDEIRANTE<br />

Pelo cronograma de Anderson, a Toyota<br />

Bandeirante 1966 é a segunda da fila<br />

para ficar pronta, logo atrás do Jipe.<br />

“Certa vez fui fazer um serviço em um<br />

sítio, e encontrei essa Bandeirante<br />

abandonada por lá, há uns 9 anos<br />

sem funcionar. Não pensei duas<br />

vezes: comprei e trouxe comigo para<br />

recuperar”, lembra o entrevistado.<br />

A nova versão está sendo adaptada<br />

com caixa de tração Engesa, freio a<br />

disco nas 4 rodas e um motor mais<br />

forte (V8, obviamente).<br />

RURAL WILLYS<br />

Anderson parece ter um ímã que atrai<br />

carros antigos abandonados. No caso da<br />

Rural Willys 1975 houve mais um vaivém,<br />

até ficar definitivamente com ele, que se<br />

diverte nesse ciclo:<br />

As últimas adaptações na Rural<br />

Willys, que também está quase<br />

pronta, foram um motor de<br />

Hyundai HR, câmbio de Ford F-600<br />

e dois diferenciais autoblocantes,<br />

além da caixa de tração Engesa.<br />

SCANIA<br />

O veículo de trabalho, Scania 1975,<br />

não passa por seguidas reformas, já<br />

que sua função é realizar o serviço<br />

de guincho todos os dias. Mas,<br />

como tudo o que passa nas mãos de<br />

Anderson, o caminhão foi modificado<br />

em dado momento.<br />

Houve trocas de turbina, câmbio,<br />

embreagem, diferencial e comando,<br />

acompanhados do motor V8 de 490 cv.<br />

“Na época, fiz a<br />

proposta para o dono<br />

e comprei. Rodei com<br />

ela por uns dois anos,<br />

vendi para um amigo,<br />

que desmontou, montou<br />

novamente, e depois<br />

comprei de volta. Claro<br />

que eu estou montando<br />

de novo! E assim vai.”<br />

PRÓXIMOS<br />

PROJETOS<br />

Em frente à V8, está estacionada mais<br />

uma Scania, na fila para passar por reparos<br />

em breve. Anderson trocará o motor<br />

Scania 6 cilindros por um V8, que ficará<br />

exposto, pois não cabe na parte de dentro.<br />

Outra novidade deste caminhão será uma<br />

carroceria de Landau.<br />

“Também quero montar um Galaxie<br />

com motor V8 Internacional. Já tenho<br />

desenhado em mente. Enfim, eu só paro<br />

quando morrer”, finaliza.<br />

26<br />

27


PUBLIEDITORIAL<br />

PERFECT AUTOMOTIVE<br />

GARANTE ALTA QUALIDADE<br />

EM ITENS PARA DIREÇÃO<br />

Axial, pivô e terminal: um trio que é sinônimo de segurança, conforto e estabilidade.<br />

Com mais de 25 anos de atuação, a Perfect<br />

Automotive se consolidou como uma das<br />

principais fornecedoras de autopeças no<br />

mercado de reposição para automóveis<br />

nacionais e importados.<br />

Sua fábrica possui uma estrutura de tirar o<br />

fôlego e um estoque capaz de comportar toda<br />

a demanda do setor no Brasil e América Latina,<br />

oferecendo alta qualidade em um portfólio<br />

com mais de 4 mil itens distribuídos entre<br />

suspensão, transmissão, direção, motor e freio.<br />

Vamos destacar aqui um trio fundamental para<br />

o sistema de direção: axial, pivô e terminal.<br />

As barras axiais são responsáveis por<br />

transmitir as forças axiais provenientes da<br />

caixa de direção para os terminais de direção<br />

e, consequentemente, para as rodas do veículo.<br />

O terminal, por sua vez, têm a função de ligar<br />

a roda à barra axial, transmitindo ao volante<br />

o movimento feito pelo motorista, ou seja,<br />

girando as rodas e mudando sua direção.<br />

Já o pivô exerce a ligação entre o sistema de<br />

suspensão e o chassi do veículo, movimentando<br />

a suspensão ao mesmo tempo em que resiste<br />

aos impactos gerados pelas rodas. Cabe também<br />

ao pivô receber todos os esforços empregados<br />

durante a aceleração, curvas e frenagem.<br />

Esse trio de componentes é fundamental para<br />

garantir segurança, conforto, estabilidade e<br />

o perfeito funcionamento nos movimentos<br />

angulares, até mesmo em solos irregulares.<br />

Tudo isso graças às propriedades desenvolvidas<br />

especialmente para acompanhar o trabalho da<br />

suspensão do veículo.<br />

Clique aqui e conheça o catálogo completo<br />

da Perfect, que contempla linhas de veículos<br />

leves, pesados, além de pick-ups e utilitários.<br />

28<br />

29


OR DENTRO<br />

HISTÓRIA<br />

CARROS LANÇADOS<br />

EM ANOS DE COPA<br />

(1982 - 2022)<br />

Com exceção de 1986, todos os anos de Copa tiveram ao menos um<br />

carro lançado em homenagem ao torneio. Principalmente até 2014,<br />

versões popularíssimas produzidas aqui no Brasil fizeram sucesso<br />

no mercado e nas ruas.<br />

Confira a linha do tempo e viaje na nostalgia.<br />

DO MERCADO<br />

30<br />

31


Foto: Reprodução<br />

Fotos: Reprodução<br />

VOLKSWAGEN<br />

GOL COPA<br />

CHEVROLET<br />

KADETT TURIM<br />

GOL COPA E<br />

MONZA CLUB<br />

1982 1990 1994 1998<br />

CHEVROLET<br />

CORSA E S10 CHAMP<br />

Foto: Divulgação<br />

Anúncio: Reprodução<br />

32<br />

33


Foto: Divulgação<br />

Foto: Divulgação<br />

GOL SPORT<br />

GOL COPA<br />

GOL SELEÇÃO<br />

2002 2006 2010 2014<br />

GOL, FOX<br />

E VOYAGE<br />

SELEÇÃO<br />

Foto: Divulgação<br />

Foto: Divulgação<br />

34<br />

35


Foto: Divulgação<br />

Foto: Divulgação<br />

FIAT<br />

UNO RUA<br />

HB20<br />

2014 2018 2022<br />

HYUNDAI H20<br />

COPA DO MUNDO<br />

HB20 E HB20S<br />

Foto: Divulgação<br />

Foto: Divulgação<br />

36<br />

37


PUBLIEDITORIAL<br />

TECFIL LANÇA MOVIMENTO PARA<br />

MOSTRAR QUE FILTROS AUTOMOTIVOS<br />

NÃO SÃO TODOS IGUAIS<br />

Inspirada pelo conceito “Vá Mais Longe”, empresa apresenta seu foco na alta<br />

performance, eficiência e qualidade de seus produtos.<br />

Com uma trajetória de sucesso marcada por<br />

investimentos que a tornaram sinônimo de qualidade<br />

na produção de filtros automotivos no mais alto<br />

nível de excelência, a Tecfil lança um movimento<br />

para mostrar que filtros automotivos não são todos<br />

iguais, tendo como inspiração o novo posicionamento<br />

de sua marca, o “Vá Mais Longe”.<br />

Apresentado por meio de uma campanha publicitária,<br />

o conceito reforça os atributos premium dos produtos,<br />

com foco na alta performance, eficiência e qualidade,<br />

e está em linha com o slogan “O Futuro é Tecfil”, que<br />

apresenta sua posição como líder na transformação<br />

e no futuro do segmento.<br />

Plinio Fazol, gerente de Marketing e de Novos<br />

Produtos da Tecfil, conta que os atributos premium<br />

dos produtos são fruto da busca pelos mais altos<br />

padrões de performance, inovação e do constante<br />

investimento em estrutura, pessoas e tecnologia:<br />

“Atingimos os mais altos níveis de desenvolvimento,<br />

inclusive comparados aos padrões internacionais, o<br />

que nos posiciona como uma empresa preparada<br />

para liderar as principais inovações no segmento”,<br />

ressalta.<br />

“Queremos que as pessoas entendam a nossa visão<br />

de futuro, e que dividam conosco essa perspectiva. É<br />

essa identificação que nos conectará com o público<br />

além das relações de compra e uso dos nossos<br />

produtos”, destaca.<br />

Os filtros de primeira linha possuem valor de<br />

investimento pequeno quando comparados aos<br />

prejuízos que podem causar aos veículos se não<br />

apresentarem um elevado padrão de qualidade e<br />

performance. Como alerta Fazol, “estes prejuízos<br />

passam normalmente de 100 vezes o valor do<br />

produto.”<br />

Desta maneira, unindo cuidado e bom senso, a<br />

Tecfil reforça que os consumidores devem exigir<br />

produtos de qualidade superior aos seus mecânicos<br />

de confiança.<br />

O filme sobre o novo posicionamento, que já está<br />

sendo veiculado nas redes sociais da empresa,<br />

destaca o significado, para o consumidor, de ir mais<br />

longe. Para assistir, clique aqui.<br />

Ele destaca que a qualidade sempre foi um dos<br />

principais focos da Tecfil e um dos pilares do<br />

crescimento da empresa: “A Tecfil sempre prezou<br />

pela qualidade, desde a seleção das matérias-primas,<br />

o desenvolvimento de produtos, até o investimento<br />

em equipamentos de produção com elevado grau<br />

tecnológico.”<br />

Fazol observa que este conceito quer mostrar aos<br />

consumidores que nem todas as marcas de filtros<br />

disponíveis trilham este mesmo caminho:<br />

38<br />

39


OS Rs DA<br />

REPARAÇÃO<br />

Ricardo e Romeu: os caminhos de dois apaixonados pela<br />

mecânica que se cruzaram a partir do sopro do vento.<br />

O carro representa a história de uma família.<br />

Neste caso, foi graças à mecânica e à reparação<br />

automotiva que Ricardo de Figueiredo<br />

Brandão (38) e Romeu Antonio da Silva Maria<br />

(35) formaram não só uma parceria, mas<br />

principalmente uma família unida pela paixão<br />

por carros.<br />

Ricardo e Romeu vivem entre automóveis,<br />

peças, cachorros e natureza. A Oficina de<br />

Restauração e Manutenção de Veículos<br />

está localizada dentro de uma chácara em<br />

Parelheiros, no extremo Sul de São Paulo (SP).<br />

A distância dos centros urbanos torna a rotina<br />

dos reparadores tão leve que logo de cara eles<br />

contam que não trabalham.<br />

Para a dupla, a reparação de relíquias<br />

automotivas está longe de soar como obrigação:<br />

“Não nos vemos em outra profissão. Não existe<br />

o Ricardo e o Romeu sem a reparação”, dizem.<br />

É de família<br />

A escolha de Ricardo pela camiseta que<br />

estampa o nome do Chevrolet Opala não foi à<br />

toa. Aos 14 anos, ganhou de seu pai, mecânico,<br />

um exemplar deste clássico.<br />

“Depois do Opala, eu só tinha vontade<br />

de ter carro antigo. Já tive vários”, conta<br />

Ricardo. Mas as constantes trocas o levaram<br />

a comprar veículos clássicos para reformar<br />

em oficinas, dar algumas voltas depois de<br />

prontos, e, por fim, vendê-los.<br />

oficinas. Mas, como ele mesmo afirma,<br />

“a vida e o vento” mudaram sua rota. Ao<br />

entrar nessa bifurcação, trabalhou em um<br />

restaurante e, depois, como auxiliar de<br />

limpeza em uma empresa multinacional,<br />

onde ficou por nove anos.<br />

Romeu, por sua vez, ainda na adolescência<br />

sonhava em ser mecânico, e já dava<br />

seus primeiros passos fazendo bicos em<br />

Mas, durante esse período, Romeu aproveitou<br />

para realizar cursos pelo SENAI no ramo<br />

automotivo, como os de polimento e<br />

40<br />

41


cristalização, funilaria e pintura, além, claro, da<br />

mecânica. Assim, dedicava seus finais de semana<br />

a pintar carros na própria garagem.<br />

Após finalizar um curso de mecânica em carros<br />

de alta performance, Romeu, nas suas palavras,<br />

“graças a Deus” foi demitido, tendo o caminho<br />

aberto para exercer a paixão.<br />

Por linhas tortas, nasce a parceria<br />

A direção dos ventos e da vida de Romeu<br />

mais uma vez mudou. Apesar de ter montado<br />

uma oficina no quintal da sua antiga casa em<br />

Vargem Grande, na região metropolitana, e ter<br />

feito uma sociedade com um antigo amigo,<br />

o negócio não prosperou. Por isso, decidiu<br />

construir outra oficina, desta vez sozinho.<br />

“MEU CHEFE, QUE CONSIDERO<br />

COMO PAI, ME DEMITIU E DISSE<br />

‘JÁ QUE VOCÊ VAI ABRIR UMA<br />

OFICINA, VOU TE MANDAR<br />

EMBORA, VOCÊ CRIOU ASAS<br />

E AGORA VAI VOAR’”, recorda Romeu.<br />

A carreira solo começou a dar certo. Romeu<br />

conseguiu obter uma clientela fixa, mas<br />

sempre ouvia falar em um certo Ricardo,<br />

a quem foi apresentado quando o futuro<br />

parceiro estava em busca de um Opala. Nessa<br />

mesma época, inclusive, Ricardo também havia<br />

improvisado uma oficina em sua chácara.<br />

Sem concorrência entre os mecânicos, eles<br />

trocavam serviços, enquanto fortaleciam cada<br />

vez mais uma parceria de negócios e uma<br />

amizade para a vida toda.<br />

passavam um tempo em reparação no quintal.<br />

Mas mudar-se para a cidade, jamais. Tanto para<br />

eles quanto para a clientela, o contato com a<br />

natureza, que incluía interagir com os macacos<br />

e admirar os voos dos tucanos, valia o aperto.<br />

“Em Abril de 2021, tinha acabado de sair um<br />

cara daqui, e eu mandei um carro para o Romeu<br />

polir e ele sugeriu que a gente fizesse uma<br />

parceria”, lembra Ricardo.<br />

A partir daí, a chácara ficou pequena para<br />

tantos carros, buggies e caminhonetes que<br />

Oficina é casa, família e museu<br />

Apesar de estabelecerem o horário comercial<br />

para o trabalho, Ricardo e Romeu veem a<br />

oficina como a extensão de casa. Para a dupla,<br />

é normal fazer uma hora extra, trabalhar aos<br />

feriados e finais de semana. A diferença é que,<br />

no caso deles, trata-se de uma diversão.<br />

Desde as primeiras horas da manhã, passando<br />

pelo almoço e até o fim da tarde, Ricardo e<br />

Romeu estreitam ainda mais os laços familiares<br />

e fazem da oficina o seu lar. Mas é também<br />

dentro de um Fiat Uno 1999 que a dupla<br />

vive aventuras de irmãos. Quando os clientes<br />

não conseguem levar os carros até a oficina,<br />

os entrevistados madrugam para buscar os<br />

veículos nas mais longas distâncias.<br />

42<br />

43


“A gente faz isso direto. A gente curte, cansa,<br />

uma pitada de intuição. Desde que iniciaram a<br />

dorme, pega peça, pega carro e volta pra<br />

parceria, a dupla nunca duvidou do potencial<br />

casa”, conta Romeu.<br />

que tem, mas essa trajetória também contou<br />

“MEU SONHO É A MINHA<br />

com vários apertos no bolso.<br />

UNIÃO COM O RICARDO<br />

A oficina também é um museu em constante<br />

SEMPRE CONTINUAR,<br />

mudança no seu acervo de placas pretas e<br />

“Nesses casos, temos que vender um carro<br />

INDEPENDENTEMENTE<br />

demais antiguidades das quatro rodas.<br />

que não queríamos, mas isso não faz a gente<br />

DA OFICINA. A MINHA<br />

querer desistir, não”, pontua Ricardo.<br />

CONSIDERAÇÃO, RESPEITO E<br />

“Temos uma placa preta que serviu de modelo<br />

LEALDADE POR ELE ESTÃO À<br />

para viatura da Rota do seriado Chico Xavier,<br />

E ainda bem que não desistiram, pois a<br />

FRENTE DE TUDO”, valoriza Romeu,<br />

e ainda fez parte do documentário sobre a<br />

clientela da oficina aumentou acima do<br />

enquanto Ricardo aponta o futuro:<br />

história da Rota”, complementa Ricardo.<br />

esperado em 2022 e, consequentemente,<br />

O futuro é da parceria<br />

“A gente quer evoluir cada vez mais. A<br />

Os desafios dos craques<br />

da reparação<br />

o nível de exigência. Nesse aspecto, eles<br />

esbarram na falta de auxiliares, o que faz<br />

com que levem mais tempo para finalizar<br />

Ricardo e Romeu curtem o sucesso de<br />

uma oficina especializada em carros<br />

antigos e uma irmandade empurrada<br />

ideia é fechar a estrutura da oficina e<br />

fazer uma cabine de pintura.”<br />

“A gente gosta de pegar carros que não<br />

os trabalhos.<br />

pelo vento que soprou na hora certa.<br />

Se a palavra “desistir” nunca é dita<br />

são normais, aqueles que de tão diferentes<br />

Essa não é só a história de dois<br />

pelos mecânicos, “melhorar” sai da<br />

ninguém quer mexer”, explica Ricardo.<br />

Atualmente, a dupla possui um ajudante,<br />

mecânicos, mas, sobretudo, de irmãos<br />

boca deles como promessas que<br />

Apesar do gosto pelo diferente, isso está<br />

e, segundo Romeu, só não contrata novos<br />

unidos por uma paixão.<br />

sempre se cumprem.<br />

longe de ser um desafio para os craques da<br />

funcionários devido à falta de mão de<br />

reparação, acrescentam ao conhecimento<br />

obra qualificada.<br />

44<br />

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ESPECIAL<br />

DIA DO <strong>REPARADOR</strong><br />

Os caminhos que levam para uma profissão<br />

são muitos, mas sempre tem um em comum:<br />

o amor.<br />

Ser mecânico vai muito além de trabalhar<br />

consertando peças, reparando motores<br />

ou ajustando detalhes. Ser mecânico é se<br />

dedicar ao bem do outro como se fosse<br />

nosso e buscar sempre o melhor!<br />

Ser mecânico é ser a peça insubstituível de<br />

toda essa engrenagem.<br />

No último 20 de dezembro, comemoramos<br />

mais um Dia do Reparador, para<br />

encerrarmos com chave de ouro um ano<br />

desafiador mas cheio de realizações.<br />

Assista ao vídeo abaixo e confira nossa<br />

homenagem à grande estrela deste canal!<br />

APRESENTADO POR:<br />

COM APOIO DE:<br />

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