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Pai Rico, Pai Pobre - Robert T. Kiyosaki (2)

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com o que você queria comprar, mas esse “Como posso comprar isso?” fortalece a mente e

dinamiza o espírito.

Assim, raramente ele dava alguma coisa a Mike ou a mim. Em vez disso

perguntava “Como você pode comprar isso?”, e isso incluía a mensalidade da

universidade que nós tínhamos de pagar com nosso dinheiro. Não era o objetivo, mas o

processo de atingir o objetivo que desejávamos o que ele procurava passar para nós.

O problema é que hoje sinto que milhões de pessoas se sentem culpadas por sua ambição.

É um condicionamento que vem da infância. Elas desejam ter melhores condições que a vida

oferece. A maioria foi condicionada, entretanto, a dizer subconscientemente “Você não pode

ter isso” ou “Você não conseguirá comprar isso nunca”.

Quando decidi sair da Corrida dos Ratos, havia uma questão simples: “Como posso

conseguir não voltar a trabalhar mais?” E minha mente começou a disparar respostas e

soluções. A parte mais difícil foi romper com os dogmas de minha família de verdade... “Não

podemos comprar isso” ou “Pare de pensar só em você” ou “Por que você não pensa nos

outros?” e outras expressões parecidas que se destinavam a criar culpa e suprimir minha

ambição.

Assim, como combater a preguiça? A resposta está em um pouco de ambição. É como diz

aquela estação de rádio, WII-FM, O que há aí para mim?. A pessoa precisa sentar e pensar

“O que há aí para mim se sou saudável, sexy e tenho boa aparência?” “Como seria minha

vida se eu nunca tivesse de voltar a trabalhar?” “O que seria de mim se eu tivesse todo o

dinheiro de que preciso?” Sem esse pouco de ambição, não há o desejo de ter algo melhor, de

progredir. Vamos à escola e estudamos muito porque queremos algo melhor. Então sempre

que você se flagrar evitando algo que você sabe que deveria realizar, a única coisa a fazer é

perguntar-se O que há aí para mim?. Seja um pouco ambicioso. É a melhor cura para a

preguiça.

Contudo, ambição demais, como todo exagero, não é bom. Mas lembrese do que Michael

Douglas falava no filme Wall Street: “A ambição é boa.” Pai rico falava de forma diferente:

“A culpa é pior do que a ambição, pois a culpa nos rouba a alma.” E, para mim, quem falou

melhor foi Eleanor Roosevelt: “Faça o que seu coração acha certo — de qualquer forma você

será criticado. Você estará perdido se fizer e perdido se não fizer.”

Razão no 4. Maus hábitos. Nossas vidas são mais um reflexo de nossos hábitos do que de

nossa educação. Depois de ver o filme Conan, protagonizado por Arnold Schwarzenegger, um

amigo falou:

— Adoraria ter o corpo de Schwarzenegger — vários caras concordaram.

— Ouvi dizer que antes ele era magro e fraco — acrescentou outro amigo.

— Também já ouvi isso — acrescentou outro. — Dizem que ele malha todos os dias na

academia.

— Aposto que sim.

— O quê? — exclamou o cínico do grupo. — Aposto que é assim de nascença. Vamos

mudar de assunto e tomar umas cervejas.

Este é um exemplo de comportamento controlado pelos hábitos. Lembrome de fazer

perguntas a pai rico sobre os hábitos dos ricos. Em vez de dar uma resposta direta, ele tentou

ensinar pelo exemplo como costumava fazer:

— Quando seu pai paga as contas dele? — perguntou pai rico.

— No início do mês — respondi.

— E sobra alguma coisa? — prosseguiu pai rico.

— Pouco — disse eu.

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