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Pai Rico, Pai Pobre - Robert T. Kiyosaki (2)

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em lugar de reagir apavorados, tomando o café da manhã afobadamente e disparando porta

afora.

— Lembrem-se do que disse antes: um emprego é apenas uma solução de curto prazo

para um problema de longo prazo. A maioria das pessoas só tem um problema em mente e é

de curto prazo. São as contas do fim do mês, a Boneca de Piche. O dinheiro passa a conduzir

suas vidas. Ou melhor dizendo, o medo e a ignorância em relação ao dinheiro. Da mesma

forma que faziam seus pais, elas acordam toda manhã e vão trabalhar por dinheiro. Não têm

tempo de se perguntar se há outra maneira. Suas emoções estão no controle do seu

pensamento, não a razão.

— O senhor pode distinguir o pensar com as emoções do pensar com a cabeça? —

perguntou Mike.

— Sim, eu ouço isso o tempo todo — respondeu pai rico. — Ouço coisas como “Bem, todo

mundo tem de trabalhar”. Ou “Os ricos são desonestos”. Ou “Vou procurar outro emprego.

Mereço esse aumento. Eles não vão me passar para trás”. Ou “Gosto deste emprego porque

ele é seguro”. Em lugar de perguntas como “O que é que eu estou perdendo aqui?”, o que

interromperia o pensamento emocional e daria tempo de pensar com clareza.

Devo admitir que estava recebendo uma grande lição: saber quando alguém estava

falando a partir de suas emoções ou de um pensamento claro. Era uma lição que me prestou

bons serviços a vida toda. Especialmente quando era eu que estava falando a partir de uma

reação e não de um pensamento claro.

Enquanto caminhávamos de volta à loja, pai rico explicou que os ricos realmente “faziam

dinheiro”. Eles não trabalhavam por ele. Ele continuou explicando que quando Mike e eu

estávamos cunhando pratinhas de 5 centavos com o chumbo, pensando que estávamos

fazendo dinheiro, nós estávamos pensando quase como os ricos. O problema é que nós

estávamos praticando um ato ilegal. Era legal quando o governo e os bancos faziam isso, mas

não quando nós o fazíamos. Ele explicou que havia formas legais de fazer dinheiro e formas

ilegais.

Pai rico continuou explicando que os ricos sabiam que o dinheiro era uma ilusão, como a

cenoura para o burro. É em virtude do medo e da ambição que milhões de pessoas aceitam a

ilusão de que o dinheiro é real. O dinheiro é uma ficção. Somente a ilusão de confiança e a

ignorância das massas permitem que o castelo de cartas fique em pé. “De fato”, disse ele,

“de várias maneiras a cenoura do burro é mais valiosa do que o dinheiro”.

Ele falou do padrão-ouro que vigorava nos Estados Unidos e que na verdade cada nota de

dólar era um certificado de prata. O que o preocupava é que algum dia o país pudesse

abandonar o padrão-ouro e os dólares deixassem de ser certificado de prata.

— O que aconteceria, garotos, seria uma grande confusão. Os pobres, a classe média e os

ignorantes teriam suas vidas arruinadas simplesmente porque continuariam acreditando que o

dinheiro é real e que a empresa para a qual trabalham, ou o governo, cuidaria deles.

Naquele dia não entendemos do que ele estava falando, mas com o correr dos anos isso

passou a fazer cada vez mais sentido.

Vendo o que os outros não veem

Ao entrar em sua caminhonete, no estacionamento da pequena loja de conveniência, ele

disse:

— Continuem trabalhando, garotos, mas quanto mais cedo vocês se esquecerem de que

precisam de um contracheque, mais fácil se tornará sua vida adulta. Continuem usando seu

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