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AÇÃO SOCIAL
União Solidária começa a cadastrar projetos
Desafio é superar os números de 2022, quando contou com a participação de 615
entidades sócio-assistenciais de 135 municípios e impactou mais de 470 mil vidas
ACampanha União Solidária
Dexis 2023, que é promovida
pelo Instituto Dexis com o
apoio do Instituto Cocamar,
começou no dia 16/1 a fazer o cadastramento
de projetos de entidades interessadas
em participar. O desafio é
superar os números da edição 2022,
quando contou com a participação de
615 entidades sócio-assistenciais de
135 municípios do Paraná, São Paulo
e Mato Grosso do Sul, e impactou mais
de 470 mil vidas.
PROJETOS - O objetivo da realização é
gerar recursos financeiros para as
obras das entidades, que devem apresentar
seus projetos à aprovação dos
organizadores. Numa segunda etapa,
elas terão acesso a cupons para serem
comercializados em suas comunidades,
ficando com todo o recurso arrecadado.
Quem comprar, concorre a prêmios
em dinheiro nos meses de maio e
setembro e, ao final da campanha, em
dezembro, a três veículos Fiat Mobi,
recebendo certificados de investimento
no valor de cada um.
META - Se em 2022 a Campanha
arrecadou cerca de R$ 4,9 milhões,
a meta para 2023 é chegar a R$ 6
milhões. Desde 2018, quando a iniciativa
ganhou o atual formato, o montante
arrecadado passou de R$ 17
milhões. Para muitas entidades, a
realização se tornou a principal fonte
de recursos.
COMO PARTICIPAR - Representantes
de entidades interessadas
em participar poderão entrar em
Unidade Maringá apoia entidade
contato ou se dirigirem a uma das
unidades de atendimento da Cocamar.
A Unidade Maringá da Cocamar arrecadou
cerca de R$ 18 mil, no mês de
dezembro, quando da distribuição de
sobras do exercício 2022, junto aos
produtores cooperados da cooperativa.
APOIO - O dinheiro foi direcionado a
apoiar o trabalho da Entidade Ecumênica
de Amor ao Próximo, de Maringá, que
iniciou suas atividades em 2007. No início,
a instituição fazia entregas de lanches
para o café da manhã, em locais
onde os pacientes com câncer eram
atendidos para consultas, exames, quimioterapia,
etc.
ACOLHIMENTO - Com o tempo, a casa
ganhou um número expressivo de voluntários
e em 2017 foi possível construir
a Casa de Apoio, voltada a
oferecer serviço de acolhimento institucional,
prezando pelo atendimento
humanizado aos pacientes que vêm ao
município para o tratamento de câncer,
bem como a seus acompanhantes, promovendo
bem-estar e melhorias na
qualidade de vida durante o tratamento
de saúde, com apoio e orientação dos
profissionais de diversas áreas.
COLABORAR - “A equipe da Unidade
Maringá ficou feliz em poder colaborar
com esse maravilhoso trabalho”, afirmou
o gerente Adilson Nocchi. A arrecadação
de recursos durante a distribuição
de sobras, com esse mesmo objetivo,
ou seja, apoiar entidades sócioassistenciais
locais, aconteceu em várias
outras unidades da cooperativa
2 | J orn al de Ser v iç o C oc am ar
PALAVRA DO PRESIDENTE
Os desafios logísticos em
tempos de superprodução
Além da expectativa de alta produtividade, o ciclo da soja,
devido ao clima, deve fazer com que as lavouras
estejam finalizadas praticamente na mesma época
Divanir Higino,
presidente da Cocamar
Depois de um 2022 que foi considerado
o pior ano para a
safra de verão do Paraná,
quando se observou a maior
redução de produtividade devido a problemas
climáticos, o ciclo 2022/23 se
mostra totalmente o oposto e, para
muitos produtores, a colheita deve ser
a mais volumosa de que já se teve notícia.
Duas situações que remetem a cenários
distintos. Na primeira, a movimentação
de entrega da produção foi relativamente
tranquila, sem que houvesse
muita pressão quanto à descarga e ao
armazenamento. Mas agora, na segunda,
estamos diante de um desafio
tão grandioso quanto à safra que se
anuncia. A pergunta é: como assegurar
a necessária celeridade nas entregas
por parte dos produtores, superando os
gargalos logísticos?
Não há resposta simples para essa indagação,
pois além da expectativa de
alta produtividade das lavouras - que vai
fazer com que as colhedeiras encham
rapidamente, demandando uma quantidade
maior de transporte até os pontos
de recebimento que, por sua vez, estarão
abarrotados - o ciclo da soja, devido
ao comportamento climático neste ano,
deverá fazer com que as lavouras estejam
finalizadas para a colheita praticamente
na mesma época.
Quando esteve na AGO da Cocamar, no
dia 1º de fevereiro, o presidente da Ocepar,
José Roberto Ricken, afirmou que
essa é uma preocupação de praticamente
todas as cooperativas agropecuárias
paranaenses, e não apenas da
Cocamar. Embora, nos últimos anos, a
cooperativa tenha realizado pesados investimentos
para redimensionar e modernizar
grande parte de suas estruturas
operacionais e ampliar a capacidade
de armazenamento, hoje superior
a 2 milhões de toneladas, a intensa atividade
de entrega vai causar a formação
de filas em alguns locais.
De qualquer forma, a Cocamar fará tudo
o que estiver ao seu alcance para garantir
suporte aos cooperados no sentido
de que haja fluidez nas entregas.
Melhor assim, com volumes acima da
média, do que aquele triste cenário do
ano passado, em que muitos sequer tiveram
o mínimo suficiente para cobrir
os seus custos.
Somado à grande safra, está a expectativa
de aumento de participação de
mercado da cooperativa, uma vez que a
solidez demonstrada na AGO, com um
caixa que vai continuar possibilitando o
pagamento à vista das vendas de soja,
além do excelente rateio pago em dezembro,
vão estimular que mais produtores
entreguem a sua colheita na
Cocamar.
A todos, uma excelente safra!
A Cocamar fará tudo o que estiver
ao seu alcance para garantir suporte
aos cooperados no sentido de que
haja fluidez nas entregas
J orn a l de Ser v iç o C oc am ar | 3
RALLY COCAMAR
Desafio de crescer no
arenito com diversificação
Família Lorenzetti, que cultiva na região há 70 anos, tem encontrado
oportunidades para expandir sua propriedade investindo em vários negócios
Oarenito é desafiador, já vai
avisando Luis Paulo Lorenzetti,
empresário rural da região
de Paranavaí. A família
dele possui propriedades no noroeste
paranaense, onde está radicada há 70
anos, tendo a pecuária de corte como
seu carro-chefe. E é justamente ali,
nos solos arenosos, que os Lorenzetti
têm encontrado oportunidades para
crescer, investindo em vários outros
negócios. O Rally Cocamar de Produtividade
foi conhecer.
DIVERSIFICADO - Exemplo disso é a
Estância Nossa Senhora das Graças,
no município de Mirador. Com mais de
500 alqueires, a fazenda faz o confinamento
de rebanho de raças angus e
nelore em uma estrutura com capacidade
para 3,5 mil cabeças, possui
pomar de laranja com 78 mil árvores
(35 mil das quais em formação), começa
a investir no plantio de soja em
38 alqueires e desenvolve experimentos
para avaliar os resultados com o
cultivo de algodão em 32 alqueires.
SUCESSOR - Com sua tradição no arenito,
a família tem em Luis Paulo, de 35
anos, que é engenheiro agrônomo, o
sucessor natural e as decisões são
compartilhadas em família, ao lado do
pai Rogério, da mãe Cristina e da irmã
Ana Paula.
INÍCIO - A história dos Lorenzetti na
agricultura da região começou ainda na
década de 1950, quando o desbravador
Luiz, pai de Rogério, investiu na
aquisição de terras para, inicialmente,
plantar café. Já sob a gestão do filho,
que continuou expandindo as propriedades,
o café foi substituído pelo algodão
que, na sequência, cedeu espaço
para a pecuária de corte. Veio, a seguir,
a diversificação, com a cana, a mandioca,
a laranja e outras culturas.
APOIO TÉCNICO - Em quase todas as
atividades, a família conta com o apoio
técnico e a parceria da Cocamar, cuja
área de atuação se encontra em
grande parte no arenito.
CARNE PRECOCE - Os Lorenzetti
foram os primeiros a participar do
programa de produção de carne precoce
da cooperativa e inscreveram
seu nome entre os pioneiros na implantação
da citricultura na região na
década de 1980 - iniciativa capitaneada
pela Cocamar. Na cultura da soja,
eles são assistidos pelo engenheiro
agrônomo Willian Martins, da unidade
de Paranavaí.
Rogério, Cristina e o filho Luis Paulo: sucessão garantida. Abaixo com o pessoal da Cocamar
VIRIDIAN - Produzidos pela cooperativa,
os fertilizantes Viridian são aplicados em
toda a área de citros e soja e a previsão
é de boa produtividade - 2,5 caixas por
pé e 140 sacas, respectivamente. “Na
citricultura, os produtos Viridian são utilizados
já pelo segundo ano”, informa o
agrônomo Gabriel Costa, da Cocamar.
4 | Jo rn al de S er v iç o C oc am ar
PROJETO COLMEIA - Para completar,
a cooperativa desenvolve na soja um
experimento com apicultura para avaliar
os níveis de polinização promovidos
pelas abelhas durante a florada. Coordenado
pela agrônoma Amanda Caroline
Zito, o projeto Colmeia consta de
uma estrutura telada com dois compartimentos,
em que um deles recebeu
abelhas e o outro não. O objetivo é, ao
final, comparar a diferença de produtividade
com a lavoura normal.
ECONOMIA CÍCLICA - Na busca pela
sustentabilidade, enquanto parte da
produção agrícola e seus resíduos seguem
para alimentação do gado, os dejetos
provenientes do confinamento
são destinados à adubação da soja, do
algodão e dos pomares. É o que se
chama de economia cíclica.
CUIDADO COM SOLO - Por sua vez, investimentos
são direcionados a cada
ano para melhorar a qualidade nutricional
do solo, mediante análise, fazendose
as necessárias correções, bem como
o plantio de culturas para palhada
e rotação. Ao mesmo tempo, nas áreas
de preservação permanente, é feita a
proteção dos mananciais.
ENERGIA SOLAR - Placas para a produção
de energia solar foram instaladas
no amplo espaço do confinamento
e, segundo o produtor, com capacidade
para suprir a demanda de uma pequena
comunidade.
PECUÁRIA - Os animais são abatidos
precocemente entre 14 e 18 meses,
com os machos alcançando peso de 20
arrobas, em média, e as fêmeas, 15
arrobas. Entram com cerca de 330
quilos, adquirem entre 1,2 e 1,5 quilo
por dia e saem aos 540 quilos, na
média. “Ficamos contentes com a entrada
da Cocamar no mercado da
carne”, afirmou Luis Paulo, citando
que a preocupação da família foi a de
sempre imprimir qualidade na pecuária,
com fornecimento constante e escala.
EQUIPE - A Estância possui uma equipe
com 50 a 60 integrantes distribuídos
pelos diversos setores sendo que alguns
trabalhos, como a pulverização do
pomar, ficam a cargo de funcionárias.
RALLY - Em seu oitavo ano, o Rally
Cocamar de Produtividade conta
com os seguintes patrocinadores:
Basf, Sicredi Dexis, Nissan Bonsai
Motors e Fertilizantes Viridian (principais),
Cocamar Máquinas, Texaco
Lubrificantes, Estratégia Ambiental
e Irrigação Cocamar.
J or n al d e Se r viç o Coc a m ar | 5
RALLY COCAMAR
Parceria do casal Anchieta faz diferença
Quando, há exatos 20 anos, Frederico Camargo
de Anchieta e sua esposa Mariluce
Teixeira de Anchieta, moradores em São
Paulo, receberam o chamado de Samuel,
o pai dele, para as- sumirem a gestão da
fazenda em Astorga, na região de Maringá,
não pensaram duas vezes. Com formação
em técnico em administração, o
marido já havia dito várias vezes à Mariluce
que, caso o pai o convidasse, aceitaria
de pronto.
DESAFIADORA - Mas ela, embora concordando,
não tinha nenhuma afinidade
com o mundo rural, pois dedicava-se à comercialização
de tecidos em uma loja da
família. “Sabe uma pessoa urbana, que
tinha pavor de lagartas e besouro? Era
eu”, sorri. Caçula entre dez irmãos, Mariluce
nem imaginava o quanto a vinda de
sua família para o Paraná - e para ela, em
especial - seria desafiadora, sendo que os
dois filhos do casal, Maria Fernanda e Frederico
Filho, ainda eram pequenos.
PARCERIA - Frederico formalizou um contrato
de parceria com o pai e um irmão
dele, Fernando, entrou como sócio para
cuidar da parte burocrática. Assim, nos
primeiros anos, plantaram algodão e trigo
e a vida parecia estar seguindo seu curso,
conforme o esperado.
PERÍODO DIFÍCIL - Ocorre que Frederico
foi acometido de uma depressão e por
cinco anos se manteve praticamente ausente
da fazenda, período em que Mariluce
precisou desdobrar-se para dar conta
da casa, dos filhos e ainda aprender a
fazer a gestão dos negócios. “Eu ia para
a fazenda, dava umas orientações, mas
não conseguia ficar lá por muito tempo”,
conta Frederico. “Eu abracei a causa, não
foi nada fácil, mas tinha que ser parceira
do meu marido nessa hora, ele nunca deixava
de me incentivar”, comenta Mariluce.
AMOR E ZELO - Para complicar, o filho
deles começou a sofrer um problema cardíaco,
exigindo dos pais - da mãe, principalmente
- uma atenção ainda maior.
“Sempre tivemos muita fé e, com confiança
em Deus, fomos superando cada
desafio”, afirma Mariluce, que se firmava
cada vez mais como produtora rural. Em
seus momentos difíceis, ela se lembrava
dos conselhos da mãe, uma de suas maiores
incentivadoras. A saudosa dona Selma,
que gostava de falar com suas plantas,
lhe dizia ser preciso colocar amor em
tudo e zelar pelo nome, o maior patrimônio
que alguém pode ter.
CAPACITAÇÃO - Para aprimorar-se, Mariluce
cursou administração de empresas
numa faculdade de Astorga, capacitou-se
no Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural) e hoje, sempre em parceria
com o marido, responde pela produção de
soja e milho em 230 alqueires, alcançando
boas médias de produtividade - entre
140-145 sacas por alqueire na soja e
220 no milho no histórico dos últimos
cinco anos.
PLANEJAMENTO - O casal faz o planejamento
e a administração da propriedade,
distribui os serviços, efetua as aquisições
de insumos e a comercialização das safras.
Enquanto Frederico se mantém focado
na logística e na distribuição, Mariluce
acompanha as colheitas, a emissão
das notas e as entregas da produção. Eles
contam com dois funcionários e contratam
terceiros para a prestação de serviços
de colheita e transporte.
COOPERATIVISMO - Desde 2014 os dois
fazem parte do quadro de associados da
Resultados aparecem com busca constante por conhecimento
Cocamar (ligados à unidade de Sabáudia),
cooperativa com a qual dizem ter uma relação
de confiança. “Há muita flexibilidade
no atendimento da assistência técnica
que é bastante eficaz”, pontua Frederico,
enquanto a esposa cita outros benefícios,
como o fato de a cooperativa não “empurrar”
insumos e conceber um pacote fechado
em tecnologias voltadas a incrementar
a produtividade. Neste ano, o
casal estima que a média da soja, a considerar
pelo bom estado de desenvolvimento
das lavouras, deverá ficar em pelo
menos 160 sacas por alqueire.
SOLO - Entre as orientações prestadas
pela Cocamar, Mariluce menciona o investimento
na reestruturação do solo e na
adubação, mas o envolvimento com a cooperativa
se dá, também, pela participação
deles em palestras, dias de campo e
na antecipação de decisões. “Fazemos a
incorporação de calcário no solo”, conta
Frederico, frisando que entre os planos do
casal estão a melhoria do parque de máquinas
e continuar investindo no solo para
eliminar manchas que revelam problemas,
além de intensificar a agricultura de precisão.
Mariluce e Frederico: da cidade para o campo
REFERÊNCIA - “Somos realizados com o
que fazemos”, ressalta Mariluce, que é
também uma referência entre as mulheres
que têm se destacado no setor e participa
de grupos de mensagens que
reúnem centenas de produtoras do Paraná
e do país. Interessadas em evoluírem
na atividade, elas organizam viagens técnicas
e contatos com especialistas, sempre
na busca por novos conhecimentos.
PARTICIPATIVA - Associativista, Mariluce
ainda encontra tempo para ser uma das
16 integrantes da Comissão Estadual da
Mulher da Faep (Federação da Agricultura
do Estado do Paraná), é coordenadora de
núcleo e participante do Comitê Mulher
da cooperativa Sicredi Dexis e, a partir de
fevereiro, ocupará uma vaga entre os seis
componentes do Conselho Fiscal da Cocamar,
para um mandato de um ano.
CAMPO DE SEMENTE - O gerente da unidade
de Sabáudia, Roberto Zucolli, acompanhou
o Rally na visita ao casal. Ele citou
que a cooperativa mantém um campo de
sementes, para validação de 64 variedades
de soja, na propriedade dos Anchieta,
onde em breve haverá um dia de campo.
J or n al d e S er viç o Co c ama r | 7
8 | Jo rn al de S er vi ç o C oc am ar
RALLY COCAMAR
Família Manetti conta com
Grupo Mais para melhorar resultados
Os produtores paranaenses, de uma
forma geral, estão na expectativa de
uma supersafra de soja. O tempo tem
ajudado com chuvas regulares e a proximidade
do início da colheita faz com
que os riscos de eventuais problemas
diminuam a cada semana.
MELHORES PRÁTICAS - Quando chove
bem, todos produzem, mas há aqueles
que vão além e não é por sorte. No município
de Doutor Camargo (PR), a família
Manetti vem investindo há anos na
aplicação das melhores práticas e tecnologias
para potencializar os resultados.
E projeta uma produtividade bem
acima da média regional (que é de
3.500 quilos de soja por hectare) em
seus 222,6 hectares.
OUTRO PATAMAR - O Rally Cocamar de
Produtividade visitou a Estância Luciana
e constatou a qualidade das lavouras.
Uma planta colhida ao acaso apresentou
137 vagens - evidenciando que o investimento
bem orientado em reestruturação
do solo, correção, adubação conforme
análise e outras medidas, combinadas
à agricultura de precisão, coloca
a propriedade em outro patamar.
Família é orientada por José Eduardo desde 2018
GESTÃO EMPRESARIAL - A Estância Luciana
é comandada por mulheres. Elena
Manetti e as filhas Liliana e Ludmila assumiram
os negócios em 2017 com o
adoecimento de Aristides, o chefe da família,
que faleceu em 2021. Elas decidiram
implantar uma gestão empresarial,
visto que Liliana e Ludmila, respectivamente
farmacêutica e dentista, não
acompanhavam a atividade dos pais.
GRUPO MAIS - Em 2018, constatando
que não vinham sendo bem assessoradas
por uma empresa, elas mantiveram
contato com a Cocamar e passaram a
ser assistidas pelo Grupo Mais, um serviço
de consultoria técnica prestado
pela cooperativa. “A gente queria contar
com um apoio técnico especializado”,
afirma Ludmila, ao lado da irmã, que explica:
“o objetivo era ter um bom acompanhamento
e extrair todo o potencial
da lavoura”.
PERFIL DE SOLO - Desde 2020 elas são
orientadas pelo engenheiro agrônomo
José Eduardo Marcon, da cooperativa,
que tem mestrado em Ciências Agrárias.
Segundo ele, a família se preocupa,
principalmente, em construir um bom
perfil de solo, nas partes física, química
e biológica, para garantir mais estabilidade
da produção.
MAQUINÁRIO - A aplicação de calcário
é feita com taxa variável e a recuperação
do solo se dá com escarificação mecânica
e o plantio de braquiária. Outra
frente de investimento compreende o
parque de máquinas. Além de dois tratores
adquiridos há alguns anos, a família
passou a contar com distribuidor de
calcário com taxa variável, GPS e piloto
automático e uma nova plantadeira.
PÉS NO CHÃO - “Trabalhamos com os
pés no chão”, diz Liliana, acrescentando
Liliana e Ludmila: preocupação em construir o perfil do solo
estar havendo uma mudança de cultura
em relação ao que era feito antes. Elas
contam com os préstimos do funcionário
Antônio Carlos Cardoso, há 32 anos
com a família e que mora na propriedade.
O genro dele, Júnior, também está
inserido nas atividades.
ORIENTAÇÃO - “Temos com a Cocamar
uma relação de extrema confiança”, comenta
Liliana, assinalando que a família
recebe orientação da cooperativa, também,
quando da venda da produção. Ela
e a irmã se assustaram no início com o
volume de recursos dispendidos na compra
de insumos, mas depois entenderam
que vale a pena investir nas tecnologias
mais modernas. Na safra passada, em
que a agricultura da região foi fortemente
impactada pela estiagem, a produtividade
delas ficou acima da média
regional. “Com o suporte do José
Eduardo, a gente vê a propriedade como
uma empresa e tem tranquilidade”, pontua
Ludmila.
CONFIANÇA - “A confiança que a família
tem no nosso trabalho e na cooperativa,
soma muito para que se possa desenvolver
um bom trabalho e dar os melhores
resultados”, cita o engenheiro agrônomo,
lembrando que ele precisa ser o
mais sustentável possível, ou seja, “fazer
com que o negócio seja economicamente
viável e rentável para que possam
crescer”.
BENEFÍCIOS - O aumento da produtividade,
a melhoria do solo, a qualidade do
trabalho, um engajamento maior das
duas filhas, que vieram de outros setores:
esses são alguns dos benefícios listados
por Liliana, dizendo que, além de
consultor técnico, José Eduardo é a
ponte entre os funcionários e a cooperativa.
ENGAJAMENTO - Para Ludmila, é preciso
que as mulheres - esposas, filhos e
filhas de produtores - se engajem o
quanto antes. “Não esperem acontecer
uma sucessão familiar não planejada”,
como foi o caso delas, recomendando
que a gestão seja compartilhada, o que
fortalece a atividade e ameniza os riscos.
POTENCIAL - O Grupo Mais da Cocamar
atende a 38 produtores cooperados, na
soma das regiões da cooperativa. “Fazer
um manejo bem feito é o que está ao
nosso alcance para explorar todo o potencial
produtivo da lavoura”, completou
José Eduardo.
J or n al d e S er viç o Co c am ar | 9
AGO
Cocamar fatura
R$ 11,1 bilhões em 2022
Para 2023, entre outros objetivos, como continuar expandindo
a rede de unidades de atendimento, a previsão é de faturar R$ 13,7 bilhões
Com mais de 350 participantes,
representando todas as
regiões onde atua, e a presença
de várias lideranças cooperativistas,
a Cocamar Cooperativa
Agroindustrial promoveu dia 1º/2, em
Maringá, no salão social da Associação
Cocamar, sua Assembleia Geral Ordinária
(AGO) de prestação de contas do
exercício 2022. Como preparativo
para o evento, foram realizadas mais
de 50 reuniões pré-assembleia no período
de 23 a 30 de janeiro, em municípios
dos Estados do Paraná, São
Paulo e Mato Grosso do Sul, com total
de cerca de 3,1 mil produtores, para
análise e discussão prévias dos temas.
RECORDES - O presidente executivo,
Divanir Higino, fez a leitura do relatório
de gestão e a apresentação dos números
contábeis. Ele destacou que as vendas
de insumos agropecuários alcançaram
o volume recorde de R$ 3,360 bilhões,
com expansão de 42% sobre o
último exercício, ao passo que os negócios
com produtos de varejo foram
também recordistas: R$ 1,231 bilhão,
13% acima em comparação a 2021.
FATURAMENTO - Com isso, incluindo
também os resultados das empresas
do grupo, o faturamento da Cocamar
foi de R$ 11,1 bilhões no ano passado,
o maior de todos os tempos, um crescimento
de 15% em relação aos R$
9,6 bilhões registrados no ano anterior.
Para 2023, entre outros objetivos,
como continuar expandindo a rede
de unidades de atendimento, a previsão
é de um faturamento de R$ 13,7
bilhões.
DOAÇÃO - Os cooperados aprovaram
por unanimidade todos os itens da
pauta e deliberaram pela doação de R$
324 mil - o valor complementar das sobras
distribuídas em dezembro, de R$
104,7 milhões - para que o Instituto
Cocamar realize ações de apoio a entidades
sociais, mediante aprovação de
seus projetos.
COMUNIDADE - “A Cocamar coloca em
prática o sétimo princípio cooperativista,
que é a preocupação com a comunidade”,
comentou o presidente do
Conselho de Administração da cooperativa,
Luiz Lourenço. Segundo ele, em
um ano de excelentes perspectivas em
relação às lavouras, como neste período
de verão 2022/23, o apoio dos
produtores é essencial.
CARNES E PEIXES - Lourenço destacou
também que entre os planos para
2023 está avançar no mercado com
o fornecimento de cortes especiais de
carnes com a marca Cocamar. E, ao
mesmo tempo, evoluir nos estudos
para a introdução da piscicultura
como nova opção de renda aos cooperados.
Fotos Ricardo Lopes Fotografia
J orn al de S er v iç o C oc a ma r | 1 1
AGO
SUPERSAFRA - Sobre o recebimento
da supersafra de soja, cuja colheita
está prestes a começar, o presidente
executivo Divanir Higino explicou que
absorver grandes volumes - que vão
chegar, praticamente, tudo de uma vez
- vai ser um dos principais desafios não
apenas da Cocamar, mas de todas as
cooperativas.
LOGÍSTICA - Finalizando a Assembleia,
em seu pronunciamento o presidente
da Ocepar, José Roberto Ricken, falou
sobre as dificuldades logísticas que o
cooperativismo vai enfrentar este ano
para o recebimento da grande safra de
verão. “Em todas as assembleias das
quais participo, a principal preocupação
é essa”, citando que 65% dos volumes
de soja produzidos no estado passam
pelas estruturas das cooperativas. Segundo
ele, o problema inclui também as
dificuldades que vêm sendo enfrentadas
nos portos paranaenses. “Um
navio que atraque hoje só vai ser carregado
no começo de março”, acrescentou.
Acima, o Presidente da Ocepar,
Ricken, falou sobre as dificuldades
de logística que o cooperativismo
paranaense deve enfrentar para
receber a supersafra de verão.
Ao lado, parte do novo Conselho
Fiscal para o exercício 2023,
eleito durante a AGO
DEFESA DO SETOR - Ricken destacou
também que tanto a Frente Parlamentar
do Cooperativismo (Frencoop)
quanto a Frente Parlamentar da Agropecuária
(FPA), terão papel dos mais
importantes em defesa do setor. “O
momento é complexo e o fórum é o
Congresso Nacional”, explicou. “Felizmente,
temos forte representação política
e uma voz que é ouvida”.
Cypriano (de Japurá), Danilo Paiva Trujilo
(de Paranacity), Mariluce Teixeira
de Anchieta (de Astorga), Luis Gustavo
Brusco (de Maringá) e Márcio Zanzin
(de Jussara).
Fotos Ricardo Lopes Fotografia
COOPERATIVISMO - O presidente da
Ocepar falou, ainda, sobre o forte crescimento
do cooperativismo paranaense
que, em 2015, faturou R$ 50 bilhões
na soma de seus sete ramos e, em
2022, fechou com R$ 187 bilhões. “A
meta de chegar aos R$ 200 bilhões de
faturamento será alcançada mais cedo
do que esperávamos, possivelmente
em meados deste ano”, salientou, informando
que a Ocepar já vai começar
a trabalhar na estruturação de um
plano para chegar aos R$ 300 bilhões,
o Paraná Cooperativo 300 (PRC-300).
CONSELHO FISCAL - Na AGO, foi eleito
o novo Conselho Fiscal para o exercício
2023, formado por Guilherme Martins
Gomes Santos (de Assaí), Ricardo
J or n al d e S er viç o Co c am ar | 13
14 | J or na l d e Se r viç o Coc a ma r
35ª EDIÇÃO
Tecnologias e inovações no Safratec
Evento, que contou com a participação de mais de 6 mil pessoas,
abre as comemorações dos 60 anos da Cocamar
A35ª edição do Safratec, promovida
pela Cocamar Cooperativa
Agroindustrial dias 18 e 19/1
na Unidade de Difusão de Tecnologias
(UDT) em Floresta, região de
Maringá, superou as expectativas, na
avaliação do presidente executivo Divanir
Higino.
CONTEÚDO - Mais de 6 mil pessoas, representando
dezenas de municípios do
Paraná, São Paulo e Mato Grosso do
Sul, visitaram a feira, que apresentou
oito estações técnicas sobre temas diversos,
estandes de empresas parceiras
e exposição de máquinas agrícolas, com
demonstrações práticas, palestras e outras
atrações.
Fotos Ricardo Lopes Fotografia
BOM MOMENTO - Higino destacou que
o momento em 2023 é muito diferente
de 2022, quando o Safratec foi cancelado
a dez dias de sua realização, devido
a um repique da pandemia, e também
porque grande parte das regiões produtoras
do Paraná enfrentava um longo período
de estiagem.
FERRAMENTAS - “Alguns produtores
comentaram que a safra 2021/22 foi o
pior ano da atividade. Em contraponto, o
presente período, 2022/23, está sendo
o melhor de todos os tempos”, destacou.
Higino falou ainda sobre as ferramentas
disponibilizadas no Safratec aos
produtores para que estes aprimorem
seus negócios, elevando os patamares
de produtividade. “Estamos apresentando
muitas tecnologias e inovações”,
completou.
DISPERSÃO - Por sua vez, o presidente
do Conselho de Administração da cooperativa,
Luiz Lourenço, falou sobre a dispersão
de produtividade das lavouras em
uma mesma região e lembrou que um levantamento
realizado recentemente no
Estado de São Paulo apontou que muitos
produtores não fazem a correção adequada
do solo, com calcário. “É algo básico
que os produtores precisam fazer”,
citou.
PERSPECTIVAS - Várias autoridades e
lideranças do setor prestigiaram o
evento, entre elas o secretário da Agricultura
e do Abastecimento do Estado
do Paraná, Norberto Ortigara. Em sua
saudação, ele falou sobre as perspectivas
para o segmento agropecuário paranaense.
REFLETIR E MELHORAR - Ortigara ressaltou
que “temos aqui a melhor agricultura
do Brasil” e frisando que os produtores
“precisam fazer melhor na
mesma área”, por meio da gestão da
água, energia, tecnologia, sanidade e conectividade.
Segundo o secretário, eventos
como o Safratec “são uma oportunidade
para o produtor refletir e melhorar”.
ECONOMIA VERDE - O chefe geral da
Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno,
destacou os 50 anos da instituição e
disse que parcerias como a que são realizadas
com a Cocamar “ajudaram a
construir o que hoje é a Embrapa”. O
Brasil, lembrou, é o único país a produzir
durante os 365 dias do ano, investindo
cada vez mais em uma economia verde.
BAIXO CARBONO - A Embrapa, inclusive,
está lançando o programa Soja
Baixo Carbono, que vai certificar as propriedades
que produzem de forma sustentável.
Durante o Safratec, a instituição
fez o lançamento do curso online da
metodologia Dres, por meio do qual os
produtores e técnicos podem fazer uma
avaliação física, química e biológica do
solo.
J or n al d e S er viç o Co c am ar | 15
Fotos Ricardo Lopes Fotografia
HERRMANN - Nos dois dias, a abertura
do evento contou com uma palestra do
ex-presidente da John Deere Brasil,
Paulo Renato Herrmann, agora consultor,
que fez uma abordagem sobre as
perspectivas para o Brasil em um cenário
de crescimento da população e dificuldades
enfrentadas para a produção
de alimentos.
SITUAÇÕES – O palestrante comentou
as adversidades climáticas (como a que
se observa na Argentina), a guerra Rússia
x Ucrânia e outras situações, como
impeditivos ou limitadores. Para Herrmann,
o Brasil terá que aumentar sua
produção de alimentos em 40% até o
ano de 2050 para suprir a demanda
mundial. “Nós é que vamos fazer a comida”,
disse.
Acesse o QRCode para ver
mais fotos do evento
A equipe do Bradesco com João Sadao e Emerson Nunes, da Cocamar,
Isa Simões do Jornal, em visita no estande de ILPF
Um grande número de pessoas preencheu um cadastro para concorrer a 3 cestas no
estande da Embraed. Os ganhadores foram: Tânia Waterkemper Huss, de Ubatuba,
Aline Franciele Gonçalves, de Umuarama, e Géssica dos Santos Maciel, de Colorado
J orn al de S er v iç o C oc a ma r | 1 7
35ª EDIÇÃO
Estande Cocamar Máquinas foi um dos mais visitados
Mais de 2 mil pessoas por dia, em
média, passaram pelo estande da Cocamar
Máquinas, concessionária John
Deere, durante o Safratec 2023, realizado
pela Cocamar. No amplo espaço,
além da exposição de máquinas, os visitantes
tiveram, entre outras atrações,
a Arena do Conhecimento, área
de Consórcio, Banco John Deere e Seguros,
e o contêiner do Centro de Soluções
Conectadas (CSC) itinerante.
PALESTRAS - A Arena do Conhecimento
agendou uma programação de
palestras - com média de 40 participantes
- sobre temas como Lastreamento,
Tecnologias de aplicação, Lubrificantes,
Tecnologias de Colheita e
Pontas de pulverização. E houve, também,
apresentações com demonstração
de produtos.
NEGÓCIOS - No espaço do Consórcio,
Banco John Deere e Seguros foram fechados
21 negócios de vendas e 30
cotas de Consórcio, enquanto o CSC
itinerante demonstrou tecnologias
John Deere e projetos de Agricultura
de Precisão.
WEBSÉRIE - Por fim, no último dia da
feira, o estande sediou o lançamento
do primeiro episódio da websérie Propriedade
do Futuro, produzido em parceria
com o Rally Cocamar de Produtividade.
VISITANTES - Entre outros, o estande
recebeu a visita de João Pontes, diretor
de Pós-Vendas e Suporte ao Cliente
da John Deere, Paulo Renato Herrmann
(ex-presidente da John Deere
Brasil), Norberto Ortigara, secretário
da Agricultura e do Abastecimento do
Estado do Paraná, além de outras autoridades
e lideranças do setor. “Agradecemos
a todos os visitantes, entre
clientes, cooperados e parceiros”, destacou
o superintendente da Concessionária,
Arquimedes Alexandrino. Segundo
ele, a 35ª edição do Safratec,
que abriu a programação comemorativa
dos 60 anos da Cocamar, foi a melhor
de todos os tempos.
1 8 | J or n al d e S er viç o Co ca ma r
INTEGRAÇÃO
Eventos fomentam ILP entre produtores
Reuniões em propriedades modelos contaram com a
participação de cooperados e técnicos em vários
municípios da região noroeste do Paraná
Dando início a uma programação
de eventos para fomentar
entre os produtores o sistema
de integração lavourapecuária
(ILP), a Cocamar organizou nos
últimos dias uma agenda de pequenas
reuniões que contaram com a participação
de cooperados e técnicos em vários
municípios da região noroeste do Paraná.
INVESTIMENTO - “O objetivo é divulgar
a ILP e apresentar aos produtores a
oportunidade de investirem nesse sistema,
que oferece uma série de vantagens
em relação ao modelo tradicional”,
comentou o engenheiro agrônomo
Emerson Nunes, gerente de Integração
Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) na
cooperativa.
EVENTOS - Em uma das reuniões foi demonstrada
uma propriedade em Nova Esperança,
região de Maringá, conduzida
pelo cooperado Rogério Volpato, onde a
ILP se encontra em fase de estruturação.
Já nos municípios de Umuarama e Tapira,
os participantes conheceram duas propriedades
que há anos implementam ILP,
com reconhecido sucesso, pertencentes
respectivamente aos cooperados Gérson
Bortoli e Márcio Martinez. E, por fim, em
Amaporã, a visita ocorreu na Fazenda
Santa Nice, da família Grisi, onde, entre
vários outros trabalhos de vanguarda, é
realizado um trabalho diferenciado com
cochos móveis.
RENTABILIDADE - A programação foi
acompanhada pelo pesquisador do
IDR/PR, Sérgio José Alves e, segundo
Nunes, esses eventos são importantes
para que os produtores interessados
tirem suas dúvidas e se planejem para
investir em ILP ou ILPF e, com o aumento
da produtividade, rentabilizar os
seus negócios.
REDE ILPF - A Cocamar já conta com
mais de 230 mil hectares de integração,
em ILP ou ILPF, nas regiões onde atua
(nos Estados do Paraná, São Paulo e
Mato Grosso do Sul). A cooperativa é
uma das fundadoras da Rede ILPF, que,
desde 2012, desenvolve um intenso
trabalho no sentido de divulgar as vantagens
oferecidas pelos sistemas integrados
e contribuir para que o país
chegue a 2030 com pelo menos 35 milhões
de hectares mantidos por esse
modelo. Além da Cocamar, fazem parte
da Rede: Embrapa, John Deere, Syngenta,
Bradesco, Sementes Soesp e
Suzano.
Amendoim como opção
na reforma da cana
Cocamar participou, como observadora, de um dia
de campo sobre a cultura e estuda a possibilidade
de recomendá-lo aos seus cooperados
Representada pelo gerente técnico
Emerson Nunes, a Cocamar participou,
como observadora, de um dia de campo
sobre a cultura do amendoim, dia 20/1,
em Regente Feijó (SP).
ORIENTAÇÕES - Promovido pela Unoeste,
o evento foi realizado na propriedade
do produtor Helder Lamberti e
abordou temas como cultivares e manejo
de pragas, plantio na palha, qualidade
de sementes, fertilidade do solo e
nutrição.
INTERESSE - Segundo Emerson, a Cocamar
está interessada em conhecer
mais sobre o cultivo do amendoim e estuda
a possibilidade de recomendá-lo
aos seus cooperados em programa de
renovação de áreas de canaviais.
PRODUÇÃO - Atualmente, quase 95%
de todo o amendoim produzido no Brasil
é oriundo do Estado de São Paulo,
sendo plantado em solos de textura
média e arenosa em reforma de pastagem
e rotação com cana-de-açúcar,
sendo de porte rasteiro. A participação
do Paraná, nesse mercado, é de apenas
0,74%.
J or n al d e S er viç o Co c am ar | 19
TRANSPORTE
Transcocamar fatura R$ 185 milhões
Para 2023, planos são aumentar renda, manter bom atendimento nas operações atuais,
agregar outras e movimentar a supersafra de grãos esperada na região
Mesmo em um ano impactado
por fortes quebras
de safras, com redução
de produtividade de 40%
da soja no período de verão e de 25%
do milho no inverno, a Transcocamar -
empresa de transportes rodoviários da
Cocamar Cooperativa Agroindustrial,
sediada em Maringá (PR) - conseguiu
superar a previsão de faturamento e
fechar o exercício 2022 próximo aos
R$ 185 milhões, ante os R$ 170 milhões
orçados.
FROTA DIVERSIFICADA - Com uma diversificada
frota de 92 caminhões próprios
para o transporte de grãos,
insumos agrícolas, biomassa, produtos
industrializados de varejo, fios, rações,
combustível, entre outras mercadorias,
a empresa faz também o agenciamento
de cargas para terceiros e,
durante as safras, chega a movimentar
mais de mil caminhões.
PRESTA SERVIÇO - Além de garantir
suporte a todas as operações de
transporte da Cocamar, a Transcocamar
presta serviço também para outras
companhias do mercado, em
especial aquelas que têm sinergia com
as atividades da organização - sincronizando
o frete de ida com o de retorno
- e administra uma frota de
aproximadamente 430 veículos leves
que servem aos departamentos, unidades,
indústrias e coligadas da cooperativa.
AGREGAR - “Em 2022 tivemos que direcionar
esforços adicionais para agregar
outras operações e compensar a
redução da movimentação de grãos e
farelo de soja”, comenta o gerente
executivo de Logística Integrada da Cocamar,
Ezequiel Scopel.
DESLOCAMENTO - Com a safra menor,
Scopel aponta que a transportadora
precisou deslocar caminhões para municípios
mais distantes em busca de
soja destinada à industrialização no
parque industrial da cooperativa em
Maringá. Ao mesmo tempo, direcionar
para outras operações visando a atingir
os desafios orçados, sendo que, no
final do ano, houve uma demanda maior
para o escoamento de produtos do varejo.
PLANOS - Para 2023, de acordo com
o executivo, os planos da transportadora
“são superar a marca de 185 milhões
em faturamento, manter o bom
atendimento prestado nas operações
atuais e agregar outras, sempre que
possível, bem como movimentar a supersafra
de grãos que é esperada na
região de atuação da cooperativa”.
2 0 | J or n al d e S er viç o Co ca ma r
ESTRUTURA
Unidade de Londrina ganha casa nova
Localizada na zona sul da cidade, instalação
fica próxima aos distritos de Maravilha, São
Luís, Regina, Irerê e Paiquerê
Com a presença de cooperados
e autoridades do município, a
Cocamar reinaugurou dia 23/1
sua unidade de atendimento
em Londrina. Oferecendo mais comodidade
no atendimento aos produtores,
as novas instalações estão situadas na
região sul da cidade, na PR-445, saída
para Tamarana.
AUTORIDADES - A solenidade foi prestigiada
por algumas autoridades, entre
elas o vice-prefeito de Londrina e prefeito
em exercício, João Mendonça da
Silva, o deputado estadual e cooperado
da Cocamar Tercílio Turini, o secretário
de Agricultura, Regis Choucino, representantes
da Embrapa Soja, Sociedade
O MELHOR - Ao agradecer o apoio da
Prefeitura de Londrina, o vice-presidente
executivo da Cocamar, José Cícero
Aderaldo, destacou que a cooperativa
trabalha para trazer o que há
de melhor a seus cooperados, por isso
a decisão de vender o antigo imóvel e
alugar o novo espaço. “Entendemos que
a loja da Avenida Tiradentes não era o
melhor local, até por seu tamanho. Por
isso, arrendamos as estruturas que
eram da Seara. O terminal de transbordo,
com capacidade para 70 mil toneladas,
trouxe para o entreposto de
Londrina um novo porte, permitindo
uma movimentação muito maior. Estamos
preparados para receber a nova
safra”, afirmou.
DESEMPENHO - “Este é um momento
de alegria e de gratidão pelo que a Cocamar
tem feito por Londrina e região.
Parabéns à cooperativa e seus cooperados
pelo excelente desempenho”,
destacou João Mendonça. O prefeito
em exercício lembrou que o município
tem investido na área rural, em melhorias
das estradas rurais e na aquisição
de mais máquinas para atender ao
setor.
Fotos Vivian Honorato
José Cícero Aderaldo destacou que a cooperativa
trabalha para trazer o que há de melhor a seus cooperados
APROXIMAÇÃO - Destacando a importância
do momento para a Cocamar em
Londrina, o gerente da unidade, Ricardo
Mendes, comentou que a nova estrutura
aproxima a cooperativa dos cooperados
dos distritos de Maravilha, São
Luís, Regina, Irerê e Paiquerê. A unidade
de Londrina tem 318 cooperados
e cerca de 200 cooperantes.
PRÉ-ASSEMBLEIA - A reinauguração
da unidade fez parte de uma agenda que
incluiu a realização de uma reunião préassembleia
(para prestação de contas
do exercício 2022) conduzida pelo vicepresidente
executivo José Cícero Aderaldo
e reuniu, também, cooperados
que representaram os distritos de Serrinha
e Warta.
Rural do Paraná, Sindicato Rural Patronal
de Londrina e Sicredi, além de
conselheiros da Cocamar e cooperados.
J orn al de S er v iç o C oc a ma r | 2 1
ESTRUTURA
Unidade de Itaquiraí (MS) atende toda região
Estrutura de recebimento de grãos da Cocamar é fruto de reivindicação antiga
e oferece suporte a um grande número de produtores de soja e milho
Aestrutura de recebimento de
grãos que a Cocamar inaugurou
dia 27/1 em Itaquiraí, município
da região de Naviraí, no
Mato Grosso do Sul, vai oferecer suporte
a um grande número de produtores
de soja e milho que, há tempos,
reivindicavam a presença de uma unidade
da cooperativa.
ESTRUTURA - Em resumo, as instalações
foram equipadas com silos para
27 mil toneladas e capacidade para
600 toneladas/hora de descarga e 240
toneladas/hora de beneficiamento. O
silo-pulmão é para 2 mil toneladas e a
estrutura conta ainda com balança rodoviária
de 25 metros, toda automatizada;
tombador para bi-trem e calador
pneumático acionado por controle remoto.
O investimento foi de aproximadamente
R$ 56 milhões.
LOCALIZAÇÃO - A unidade tem localização
estratégica, construída próximo
ao trevo de acesso ao Paraná e às cidades
de Itaquiraí e Naviraí, sendo que
nessa última, distante 50 quilômetros,
fica a unidade para a comercialização
de insumos da cooperativa.
AUTORIDADES - A inauguração reuniu
autoridades, entre as quais o prefeito
Thalles Henrique Tomazelli e cerca de
150 produtores de vários municípios,
além de dirigentes da Cocamar - o presidente
do Conselho de Administração,
Luiz Lourenço, os superintendentes Leandro
Cesar Teixeira e Osmar Liberato,
e o gerente regional João Carlos Ruiz.
NÚMEROS - Inicialmente, o superintendente
de Relação com o Cooperado,
Leandro Cezar Teixeira, falou sobre os
números da Cocamar que, em 2022,
faturou cerca de R$ 11,1 bilhões, com
crescimento de 15% sobre os R$ 9,6
bilhões obtidos em 2021. Para 2023,
a previsão é chegar a R$ 13,7 bilhões
e, fechando seu planejamento estratégico
do ciclo 2020/2025, alcançar
nesse último ano a marca de R$ 15 bilhões.
COCAMAR - São aproximadamente 20
mil cooperados – produtores de soja,
milho, trigo, café, laranja e pecuária,
entre outros itens - atendidos por mais
de 110 unidades distribuídas pelos Estados
do Paraná, São Paulo e Mato
Grosso do Sul. A Cocamar detém, em
Maringá, um dos maiores e mais diversificados
parques industriais do cooperativismo
brasileiro. No Mato Grosso
do Sul, mantém operações em Nova
Andradina, Ivinhema, Chapadão do Sul
(unidade inaugurada no final de 2022),
Naviraí e, agora, em Itaquiraí.
SOMAR - Em seu pronunciamento, Luiz
Lourenço destacou que a Cocamar
chega à região para somar com a comunidade
de Itaquiraí e prestar apoio
ao desenvolvimento técnico dos produtores
em seus negócios. “Estamos em
um momento de forte expansão e o
Mato Grosso do Sul oferece muitas
oportunidades”, disse, frisando que “a
cooperativa tem sido muito bem recebida
e fará tudo para corresponder às
expectativas e à confiança”.
J orn al de S er v iç o C oc a ma r | 2 3
HISTÓRIA
“Show Rural é fruto da
ousadia de dois visionários”
Luiz Lourenço era um dos integrantes de comitiva que foi à Farm Progress Show,
evento que há décadas dissemina novos conhecimentos entre produtores
Luiz Lourenço participou da
mesma viagem em que dois representantes
da Coopavel, em
1988, foram aos EUA para conhecer
a organização da Farm Progress
Show e trazer ideias para a
realização da feira em Cascavel que,
hoje, está entre as maiores do mundo
COMITIVA - Um cooperativista em ascensão
na região norte do Estado
acompanhou um grupo de paranaenses
em visita à maior feira do agronegócio
no ano de 1988. Luiz Lourenço era um
dos integrantes de comitiva que foi à
Farm Progress Show, evento itinerante
que há décadas cumpre a missão
de disseminar novos conhecimentos
entre produtores rurais norte-americanos,
e também do mundo.
MISSÃO - Na viagem, Lourenço acompanhou
com especial interesse a missão
que cabia a dois cascavelenses
representando a Coopavel. O então secretário
Dilvo Grolli e o engenheiro
agrônomo Rogério Rizzardi foram ao
evento com um objetivo claro: queriam
ver tudo para entender a organização
e o funcionamento de uma mostra de
tecnologia tão admirada e conhecida
nos quatro cantos do planeta. “Dilvo e
Rogério estavam animados e ficaram
impressionados com o que viram”.
ROTEIRO - Lourenço, que dois anos depois
assumiu a presidência da Cocamar,
de Maringá, uma das maiores cooperativas
do País, lembra que a visita da
comitiva à Farm ocorreu praticamente
no fim do roteiro da viagem. “Tivemos
a oportunidade de visitar propriedades
rurais, empresas. Enfim, cumprir inúmeros
compromissos e então, quase
que como última parada, fomos à feira,
que mesmo há 35 anos já era uma gigante”.
Não havia nada parecido no
Brasil com o que os produtores e cooperativistas
encontraram nos Estados
Unidos e esse foi mais um ingrediente
poderoso ao projeto que Dilvo e Rogério
viriam a lançar.
OUTRO MUNDO - A estrutura, o tamanho,
a quantidade de pessoas interessadas
em aprender e a diversidade
da Farm eram de tirar o fôlego. Mas o
que mais chamou mesmo a atenção,
particularmente dos paranaenses, foi
ver campos cultivados com soja e milho
de altíssima produtividade. “Era coisa
de outro mundo. Números incríveis e
que estavam, pelo menos naquela
época, muito distantes da realidade
que tínhamos no Brasil”.
RETORNO - No percurso de retorno,
no avião, Dilvo e Rogério rascunharam
o que seria o esboço do Show Rural
Coopavel. “Eles começaram do zero, de
uma ideia e dos subsídios conseguidos
na viagem aos Estados Unidos”, lembra
Lourenço. Colocar em prática algo parecido
com aquilo e no interior do Paraná,
diante de todos os obstáculos da
época, parecia pouco provável. Além de
área, dinheiro e parceiros dispostos a
participar, era preciso convencer os
produtores rurais que aquilo era importante,
que era para valer.
VISIONÁRIOS - O Show Rural, hoje
um dos maiores eventos de transmissão
de novos conhecimentos ao
campo do mundo, é fruto da ousadia
de dois visionários, segundo Luiz Lourenço.
“Esse evento, realizado em
Cascavel, abriu caminho para outros
similares e em várias regiões do País.
Não tenho dúvidas que deram e dão
enorme contribuição ao contínuo
crescimento do agronegócio brasileiro.
Hoje o Paraná alcança produtividades
de soja e milho até superiores
às norte-americanas, resultado do
trabalho duro dos produtores sem dúvida,
mas também da proliferação de
eventos para repassar informações e
rápida adoção de novas tecnologias
nas propriedades”.
Rogério Rizzardi e Dilvo Grolli apontam para a presença
de Luiz Lourenço na foto histórica, de 1988
SEMENTE - Graças a eventos como os
que Dilvo e Rogério criaram, hoje o
produtor rural brasileiro é um estudioso,
alguém que procura informação
e integra sua propriedade aos conceitos
da sustentabilidade, afirma o presidente
da Cocamar. “A visita à Farm,
em 1988, plantou uma semente nas
cabeças de Rogério e Dilvo que floresceu
e transformou a realidade do agronegócio
do Oeste do Paraná”, destaca
Luiz Lourenço, que há mais de 30 anos
comanda uma cooperativa com 18 mil
associados.
(Texto: Jean Paterno, assessor de
imprensa da Coopavel)
J orn al de S er v iç o C oc a ma r | 2 5
CONSÓRCIO
Cocamar Máquinas
sorteia trator no Grupo 1862
Ganhador foi o produtor Edson Conrado,
de Sabáudia. Por serem grupos regionais,
o tempo médio de contemplação é muito menor
ACocamar Máquinas Concessionária
John Deere, reuniu cerca
de 280 pessoas entre clientes
e colaboradores em Maringá,
no dia 27/1, ocasião em que foi sorteado
um trator John Deere 5060E entre os
participantes do Grupo Regional de Consórcio
Cocamar Máquinas 1862.
GANHADOR - O ganhador foi o produtor
Edson Conrado, atendido pela loja de
Maringá, com propriedade no município
de Sabáudia. Ele não estava no evento,
mas foi informado por telefone, do palco,
pela supervisora de Consórcios da Cocamar
Máquinas, Kellin Obana e pelo
Consultor Estratégico de Negócios,
Hugo Luiz da Silva.
GRUPOS - Obana comentou que o primeiro
grupo (1512) já somou 33 assembleias
e 72 equipamentos entregues;
o segundo (1672), 16 assembleias
e 33 contemplações; e o terceiro
(1862), 7 assembleias e 22 contemplados.
“Por serem grupos regionais, o
tempo médio de contemplação é muito
menor, trata-se de uma experiência inovadora
e exclusiva”, disse. O Grupo de
Consórcio 1862 é o terceiro de âmbito
regional que se fecha com o sorteio do
trator. São três grupos com 180 cotas
cada, sendo que o quarto foi lançado naquela
mesma oportunidade.
TRANSPARÊNCIA - Ao fazer sua saudação,
o superintendente da Cocamar Máquinas,
Arquimedes Alexandrino, destacou
a seriedade do sorteio, que é acompanhado
por auditoria especializada.
“Trabalhamos com transparência e seguimos
todos os protocolos de acordo
com a lei”.
DISTINÇÃO - O superintendente citou
que no ano passado, além de ter conquistado
o título de Concessionária
Classe Mundial durante evento promovido
pela John Deere nos Estados Unidos
(atingindo todos os indicadores para ser
referência em nível mundial), a Cocamar
Máquinas foi a primeira da América Latina
a alcançar a fase 4 em Agricultura
de Precisão. Com isso, atendeu aos requisitos
em tecnologias e Agricultura de
Precisão para o aumento da produtividade
e redução de custo. E, pelo segundo
ano seguido, garantiu o primeiro
lugar no CX & Innovation Awards, “tudo
para oferecer um atendimento de excelência”,
conforme pontuou.
CENTRO DO NEGÓCIO - Para Tiago Dickel,
gerente Territorial de Negócios da
John Deere, a Cocamar Máquinas coloca
o cliente no centro do negócio e, ao
longo de 25 anos na empresa, afirmou
nunca ter visto uma concessionária
apresentar um crescimento tão exponencial.
Sobre o consórcio, disse ser
“um ótimo negócio especialmente num
momento em que o país apresenta uma
variação de taxas”. Ele surpreendeu o
público ao anunciar que o ganhador do
trator teria direito, também, a uma páfrontal,
ficando completo.
SEGURANÇA - Por sua vez, o gerente
comercial do Consórcio Nacional, Cláudio
Bassani, falou de sua satisfação em
estar representando a Randon, empresa
há 26 anos parceira da John
Deere. “Nesse tempo todo, nunca precisamos
colocar o contrato na mesa
para fazer uma observação. Percebo
aqui a atenção, a preocupação e o bom
atendimento de todas as partes envolvidas.
A Cocamar Máquinas transmite
muita segurança e confiança”.
VANTAGENS - Em sua mensagem, o gerente
Corporativo de Vendas da Cocamar
Máquinas, Marcelo Mondego,
apontou alguns aspectos para demonstrar
o quanto o consórcio é um bom negócio.
Primeiro, pela confiabilidade, ao
reunir marcas de grande conceito como
Cocamar Máquinas, John Deere e Randon.
Segundo porque quando comparado
às taxas praticadas no mercado, a
do consórcio se torna acessível. Terceiro,
por haver menos burocracia. O
quarto fator, por ser um grupo regional,
é composto por 180 cotas, contribuindo
para uma contemplação mais rápida.
“Aqui o consorciado não é apenas um
número”, disse, mencionando que a
concessionária conhece cada cliente,
bem como sua propriedade.
MELHOR DECISÃO - Finalizando, o vicepresidente
executivo da Cocamar Cooperativa
Agroindustrial, José Cícero
Aderaldo, agradeceu a presença dos produtores
e a confiança na parceria. “Em
março a Cocamar vai completar 60 anos
e uma de nossas melhores decisões, sem
dúvida, foi entrar na concessão John
Deere, pois tem contribuído muito para
o crescimento da cooperativa”.
2 6 | J or n al d e Se r viç o Coc a ma r
ENERGIA SOLAR
Bom negócio, mesmo
com tributação
A opção pelo sistema é um caminho sem volta e não deixou de ser vantajoso.
Nova legislação também trouxe avanços
Iniciada em meados de 2022 como
uma nova oportunidade de negócios
para a Cocamar Cooperativa
Agroindustrial, a área de Energia
Renovável voltada à comercialização de
equipamentos para geração de energia
solar, fechou o ano somando R$ 16,6
milhões em faturamento e planeja chegar
a R$ 66 milhões em 2023.
QUALIDADE - Atuando como integrador
autorizado de produtos da marca
Weg, reconhecida pela qualidade - que
opera com inversores e módulos de
tecnologia e produção Chinesa -, a Cocamar
Energia tem como foco os cerca
de 20 mil produtores cooperados da
Cocamar, distribuídos pelos estados do
Paraná, São Paulo e Mato Grosso do
Sul. Eles respondem por 90% das
aquisições até o momento e o leque de
clientes vem sendo ampliado para o
mercado em geral.
COMO FUNCIONA - Conforme explica
o gerente comercial Eduardo Sanna
de Carvalho, a Cocamar Energia levanta
a demanda junto aos produtores
e demais segmentos e contrata a
elaboração do projeto. Depois de retornar
com a solução ao interessado,
efetiva o negócio e a instalação da estrutura
fica a cargo de uma empresa
terceirizada. “A potência comercializada
até agora é de 4,2 Megawatts
(MWp)”, informa Carvalho, o que corresponde
a uma comunidade com 1,5
mil residências. As vendas compreendem
desde pequenos produtores,
para a instalação, por exemplo, de
cinco placas no telhado, a grandes
instalações no solo para abastecer,
entre outros, aviários e sistemas de
irrigação.
SEM VOLTA - Ainda que as discussões
sobre o início da tributação, em 7 de
janeiro, tenha emperrado negócios, o
gerente argumenta que a opção pela
energia solar é um caminho sem volta
e o ritmo de vendas, que foi mais intenso
até o final do ano, deve ser retomado
em breve. “Há muita desinformação,
mas a verdade é que o investimento
em energia solar não deixou
de ser vantajoso para o consumidor”,
pontua.
AVANÇOS - Mesmo com o início da
cobrança informada na Lei 14.300/22,
vale a pena a aquisição do sistema
solar, segundo Carvalho, pois o custo
com o consumo de energia pode cair
até 95%. “Cabe ressaltar que a nova
legislação também trouxe avanços ao
segmento como a isenção da cobrança
de uma tarifa mínima e a tão esperada
segurança jurídica aos consumidores
de Geração Distribuída, diferente do
modelo anterior, que vigorou até 6/1”.
Se antes, de acordo com o gerente, o
retorno do investimento se dava a
partir do quinto ou sexto ano após a
instalação, agora seriam necessários
cerca de seis meses a mais.
ACESSÍVEL - Carvalho ressalta que a
lei que vai regulamentar a aplicação da
Taxa de Utilização do Sistema de Distribuição
(TUSD) sobre o fio “B”, poderá
ter a prorrogação do início da
cobrança através da votação do PL
2703/22 no Senado. Independente
disso, outro aspecto a considerar é
que a tecnologia evoluiu nos últimos
anos para placas mais eficientes chegando
a 550 Watts, com muito mais
capacidade em relação às anteriores,
de 250 a 300 Watts. Além disso, a
popularização da energia solar vem diminuindo
o seu custo e há linhas de financiamento
sendo oferecidas em
acessíveis na rede bancária.
J or n al d e S er viç o Co c am ar | 27
SAFRA VERÃO
Sicredi Dexis libera recursos com
pagamento em maio de 2024
Expectativa é atender 2 mil produtores associados, sendo que o limite
a ser liberado é avaliado conforme a necessidade e a capacidade de pagamento
ASicredi Dexis estima liberação
de crédito rural 27% maior
que em 2022, atingindo o
valor recorde de R$ 2,457 bilhões.
Destes, cerca de R$ 800 milhões
serão antecipados para a safra
verão 23/24 via CPR Financeira (Cédula
de Produto Rural), cujos recursos
o produtor poderá obter para pagar
em maio de 2024 - a CPR Financeira é
um título que representa promessa de
entrega futura de um produto agropecuário,
sendo que os produtores podem
liquidar o débito com o dinheiro da
comercialização da colheita.
INSUMOS - A principal cultura atendida
é a soja, mas produtores de milho
1ª safra e de outras culturas de verão
também podem recorrer à Sicredi
Dexis para a aquisição dos insumos
necessários para o desenvolvimento
da lavoura, tais como defensivos, fertilizantes,
sementes, óleo diesel, mão
de obra etc. A Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab) estima que a
próxima safra será 10,9% maior que
a de 2022.
ATENDIMENTO - A expectativa é
atender cerca de 2 mil produtores rurais
associados, sendo que o limite a
ser liberado é avaliado conforme a necessidade
e a capacidade de pagamento
do produtor. Todos os públicos
podem acessar a linha e programas
como o Programa Nacional de Fortalecimento
da Agricultura Familiar
(Pronaf), Programa Nacional de Apoio
ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e
demais.
NEGOCIAÇÃO - Para o gerente de
Desenvolvimento de Crédito da Sicredi
Dexis, Vitor Pasquini, com o crédito,
que possui taxa de juros atrativa, uma
das vantagens é poder negociar insumos
à vista. “Com o recurso em
mãos, há a possibilidade de comprar
insumos à vista e conseguir melhores
preços para o manejo da lavoura. Só
depois da colheita o produtor faz o pagamento”,
diz.
CONTRATAR - Para contratar, é preciso
estar com os dados cadastrais
atualizados, incluindo o registro do Cadastro
Ambiental Rural (CAR). As 111
agências no norte e noroeste do Paraná,
centro e centro-leste de São
Paulo contam com especialistas agro.
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MEMÓRIA
O que fazemos em vida,
ecoa pela eternidade
Em memória daqueles que deixaram seu legado na história
da Cocamar, falecidos entre 20/12/2022 e 20/01/2023
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