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Jornal Paraná Abril 2023

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<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2023</strong>_Apresentação 1 19/04/<strong>2023</strong> 18:13 Página 1


<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2023</strong>_Apresentação 1 19/04/<strong>2023</strong> 18:13 Página 2<br />

OPINIÃO<br />

20 anos do carro flex: um caso de sucesso<br />

Hoje representa 90% dos automóveis leves comercializados no país, o que<br />

se explica por políticas de estímulo, ampla oferta e interesse do consumidor<br />

Por Luís Roberto Pogetti<br />

Com a produção de etanol<br />

tendo se multiplicado<br />

mais de 300% desde<br />

2003 e com a redução do real do<br />

seu preço no período, são muitos<br />

os motivos para o consumidor<br />

optar pelo combustível verde.<br />

Dia 24 de março de <strong>2023</strong>, o<br />

carro flex completou 20 anos de<br />

sucesso. Há muito para celebrar.<br />

A data é um marco para a liberdade<br />

de escolha de consumidores,<br />

para a mobilidade sustentável<br />

no País e para a imensa<br />

contribuição da qualidade do ar<br />

nas grandes cidades brasileiras.<br />

Essa tecnologia disruptiva deu<br />

ao brasileiro mais autonomia,<br />

passando a poder optar pelo etanol<br />

na bomba, uma solução<br />

acessível, disponível e verde.<br />

Foi uma adoção natural que veio<br />

confirmar o êxito do carro flex.<br />

Atualmente, representa quase<br />

90% dos automóveis leves comercializados<br />

no Brasil, o que se<br />

explica em parte por políticas de<br />

estímulo ao desenvolvimento do<br />

setor automotivo nacional, mas,<br />

sobretudo, pela ampla oferta de<br />

etanol e pelo interesse do consumidor<br />

pelo biocombustível.<br />

Desde o seu lançamento, graças<br />

à engenharia automotiva nacional,<br />

o desempenho com o etanol<br />

só melhorou. Segundo o Instituto<br />

Mauá, o rendimento energético<br />

do biocombustível em relação à<br />

gasolina pode chegar à proporção<br />

de 75% nos novos motores<br />

flex. Com a produção de etanol<br />

tendo se multiplicado mais de<br />

300% desde 2003 e com a redução<br />

real do seu preço, são<br />

muitos os motivos para o consumidor<br />

optar pelo combustível<br />

verde.<br />

Conforme o século 21 avança, o<br />

etanol e o carro flex ganham<br />

mais impulso, uma vez que a necessidade<br />

da descarbonização<br />

da economia e a busca pela sustentabilidade<br />

tornaram-se objetivos<br />

prementes no âmbito global.<br />

A mudança de que o mundo precisa<br />

passa por um novo olhar<br />

para o transporte. É fundamental<br />

a discussão sobre o impacto<br />

ambiental dos veículos em toda<br />

a sua vida útil.<br />

Vale ressaltar que o etanol vem<br />

contribuindo para a melhor qualidade<br />

do ar e a redução significativa<br />

da emissão de poluentes<br />

nas grandes cidades. De acordo<br />

com a Traffic Index, apesar de a<br />

capital paulista, uma das dez cidades<br />

mais populosas do planeta,<br />

apresentar o 24.º pior<br />

trânsito do mundo, é a 1.476.ª<br />

colocada no ranking mundial de<br />

cidades mais poluídas. Parte importante<br />

desse resultado está no<br />

fato de a cidade ter a maior frota<br />

urbana do mundo de veículos<br />

flex e alto consumo do etanol –<br />

este com participação de mais<br />

de 40% da matriz de combustíveis<br />

de carros leves nos últimos<br />

dez anos.<br />

Olhando para o futuro, é importante<br />

deixar claro que não há<br />

uma solução única para o mundo<br />

inteiro quando o assunto é<br />

sustentabilidade da mobilidade<br />

urbana. Embora os carros elétricos<br />

a bateria ganhem espaço,<br />

estão distantes do consumidor<br />

médio e longe da realidade<br />

nacional. A construção de<br />

uma rede no território brasileiro<br />

para alimentar carros a bateria<br />

exigiria um investimento de R$ 1<br />

trilhão.<br />

Já para as soluções que contam<br />

com o etanol como rotas para a<br />

eletrificação, a questão da infraestrutura<br />

está equacionada. O<br />

biocombustível tem uma rede de<br />

distribuição pronta, disponível e<br />

eficiente, abastecendo mais de<br />

40 mil postos de combustíveis<br />

em operação.<br />

A contribuição ambiental de um<br />

carro 100% elétrico não é necessariamente<br />

maior do que a de<br />

um movido a etanol. No Brasil, o<br />

veículo flex movido a etanol<br />

emite, proporcionalmente, quantidade<br />

de carbono inferior a um<br />

carro 100% elétrico na Europa e<br />

nos Estados Unidos em razão da<br />

fonte de geração da energia elétrica.<br />

O carro movido apenas à bateria<br />

não parece ser aplicável mundialmente,<br />

mas novas tecnologias<br />

vêm sendo adotadas, como<br />

o veículo híbrido, em que se usa<br />

a eletrificação através de bateria<br />

apoiada pelo motor a combustão.<br />

Com a alternativa flex (híbrido<br />

flex), além da autonomia e<br />

da economia, os motoristas podem<br />

contribuir com o meio ambiente<br />

e a sociedade, optando<br />

pelo uso do etanol.<br />

O carro flex, o híbrido flex ou a etanol,<br />

e a célula a combustível apresentam<br />

um enorme potencial para serem<br />

replicados em outros locais<br />

Há outra tecnologia com potencial<br />

de futuro que poderá usar o<br />

etanol: a célula a combustível.<br />

Esse tipo de motorização seria<br />

abastecido com o etanol, usando<br />

um reformador para converter o<br />

biocombustível em hidrogênio,<br />

que alimenta a energia que movimenta<br />

o veículo.<br />

O carro flex, o híbrido flex ou,<br />

ainda, híbrido a etanol, e a célula<br />

a combustível apresentam um<br />

enorme potencial para serem replicados<br />

em outros locais com<br />

características semelhantes às<br />

do Brasil. É o caso da Índia, um<br />

dos países que mais crescem e<br />

que, de acordo com a S&P Global,<br />

deve se tornar a terceira<br />

maior economia do mundo até<br />

2030. Produtor de açúcar em<br />

larga escala, tem 80% da sua<br />

energia proveniente da importação<br />

de petróleo.<br />

Já existe um esforço bastante relevante<br />

para difundir o etanol por<br />

lá e em outros lugares no<br />

mundo, com o setor proporcionando<br />

troca de tecnologia para<br />

fomentar este processo. O etanol<br />

tem muitos quilômetros para<br />

percorrer, durante muitas décadas,<br />

prestando uma contribuição<br />

relevante para o desafio de contenção<br />

do aquecimento global e<br />

para a melhoria do ar que respiramos.<br />

(*) Presidente do Conselho da<br />

Copersucar<br />

2<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


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SAFRA<br />

<strong>Paraná</strong> retoma colheita<br />

Estado encerrou a safra<br />

2022/23 com 31,3 milhões de<br />

toneladas de cana esmagadas,<br />

um incremento de 0,8% em<br />

relação à safra anterior<br />

Com o tempo mais<br />

firme na segunda<br />

quinzena de março,<br />

seis indústrias sucroenergéticas<br />

do <strong>Paraná</strong> retomaram<br />

a colheita e moagem de<br />

cana-de-açúcar ainda da safra<br />

2022/23. Com o início da nova<br />

safra <strong>2023</strong>/24 a partir de 1 de<br />

abril, mais unidades entraram<br />

em operação, devendo praticamente<br />

todas iniciarem a colheita<br />

até o final do mês, afirma<br />

o presidente da Alcopar, Miguel<br />

Tranin.<br />

Até quando interromperam as<br />

operações no campo e na indústria<br />

no final do ano passado,<br />

as unidades industriais<br />

paranaenses tinham esmagado<br />

30,746 milhões de toneladas<br />

na safra 2022/23, 1% a menos<br />

do que o produzido na safra anterior<br />

no mesmo período,<br />

31,068 milhões de toneladas.<br />

Com a retomada da produção<br />

por seis usinas no Estado, em<br />

março, foram processadas<br />

556.362 toneladas de canade-açúcar,<br />

fazendo com que,<br />

no acumulado da safra passada,<br />

o <strong>Paraná</strong> atingisse<br />

31,303 milhões de toneladas,<br />

um leve incremento em relação<br />

à safra anterior de 0,8%.<br />

A produção de açúcar no acumulado<br />

da safra é de 2,241<br />

milhões de toneladas, volume<br />

1,3% menor que na safra anterior,<br />

quando foram produzidos<br />

2,270 milhões de toneladas da<br />

commodity. Já a produção de<br />

etanol total é de 1,077 bilhão<br />

de litros, sendo 582,341 milhões<br />

de anidro e 494,502 milhões<br />

de hidratado.<br />

Esses números em relação à<br />

safra 2021/22 são 4,5%<br />

menor com relação à quantidade<br />

de etanol total processado<br />

(1,128 bilhão de litros na<br />

safra anterior), 16,4% menor<br />

no caso do hidratado<br />

(591,649 milhões de litros) e<br />

8,7% a mais para o etanol anidro<br />

(535,922 milhões de litros).<br />

O rendimento industrial<br />

(ATR/Tc) no acumulado é de<br />

134,39 Kgs, uma queda de<br />

3,3% em relação ao valor registrado<br />

na safra 2021/22 de<br />

139,03 Kgs.<br />

Com relação as expectativa<br />

para a próxima safra, Tranin diz<br />

que ainda é cedo para se fazerem<br />

projeções por conta dos<br />

variados efeitos climáticos na<br />

lavoura, mas que agora, com o<br />

início da colheita, será possível<br />

avaliar com maior precisão a<br />

perspectiva média de produtividade<br />

e até maio a Alcopar<br />

deve apresentar uma estimativa<br />

de safra.<br />

“As chuvas abundantes no<br />

final do ano passado e no início<br />

deste contribuem para o<br />

bom desenvolvimento das lavouras<br />

e trazem expectativa<br />

favorável para nova safra de<br />

cana”, diz. O presidente da Alcopar<br />

ressalta, entretanto, que<br />

como a quantidade de dias<br />

nublados e com chuvas no<br />

período foi significativo, é preciso<br />

avaliar ainda o efeito da<br />

menor exposição das plantas<br />

a luz solar e ao calor, pontos<br />

também fundamentais para o<br />

bom desenvolvimento da lavoura<br />

de cana-de-açúcar,<br />

além da disponibilidade de<br />

água<br />

4<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


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INVESTIMENTOS<br />

Jacarezinho prevê moagem de<br />

2,6 milhões de toneladas de cana<br />

Produtora de açúcar, etanol e insumos para bioenergia do Grupo Maringá segue investindo<br />

em boas práticas agroindustriais e inicia a produção de levedura para nutrição animal<br />

AUsina Jacarezinho,<br />

empresa do Grupo<br />

Maringá que produz<br />

açúcar, etanol e biomassa<br />

para a geração de energia,<br />

prevê a ampliação da moagem<br />

de cana-de-açúcar para<br />

2,6 milhões de toneladas durante<br />

o novo ciclo produtivo e<br />

dá inicio a produção de levedura<br />

para nutrição animal. Os<br />

números estão acima do registrado<br />

no período 22/23, quando<br />

a empresa processou 2,56 milhões<br />

de toneladas de cana.<br />

Durante a safra 22/23, a usina<br />

instalada na região norte do <strong>Paraná</strong><br />

chegou a bater a marca<br />

das 90 toneladas de cana-deaçúcar<br />

colhidas por hectare<br />

(TCH), número superior à média<br />

alcançada nas unidades<br />

produtivas da região Centro-Sul<br />

do Brasil. Para a safra iniciada<br />

em 3 de abril, a estimativa é<br />

ampliar o TCH para 91, o que<br />

irá manter a usina entre as líderes<br />

em produtividade no país.<br />

"Nos últimos dois anos, temos<br />

investido no que chamamos de<br />

verticalização do canavial, ou<br />

seja, o aumento da produção<br />

sem acréscimos na área de colheita,<br />

que se mantém em cerca<br />

de 12 mil hectares de terras<br />

próprias e de parceiros e quase<br />

18 mil hectares de produtores<br />

integrados", informa o diretor de<br />

Operações Sucroenergético da<br />

Usina, Condurme Aizzo.<br />

"Avançaremos no uso da tecnologia<br />

em todas as frentes,<br />

seja na agrícola, industrial e de<br />

processos administrativos,<br />

além do aprimoramento contínuo<br />

de nossos profissionais,<br />

por meio de treinamentos e<br />

evolução do nosso modelo de<br />

gestão, encorpado sistematicamente<br />

com indicadores de<br />

ESG, algo fundamental para a<br />

perpetuidade da empresa. A<br />

safra tende a ser mais açucareira,<br />

pela melhor remuneração<br />

desse produto", destaca o diretor-executivo<br />

do Grupo Maringá,<br />

Eduardo Lambiasi.<br />

LEVEDURAS<br />

A Usina Jacarezinho inicia, também,<br />

a produção de leveduras,<br />

um subproduto orgânico oriundo<br />

da fermentação do etanol,<br />

que pode ser usado na alimentação<br />

animal. Serão fabricados<br />

três tipos de leveduras: inativa,<br />

autolisada e parede celular, todas<br />

usadas pelas indústrias na<br />

pecuária, avicultura e aquicultura.<br />

"A produção dos três tipos de<br />

leveduras é um diferencial que<br />

coloca a Usina Jacarezinho em<br />

um patamar acima na exploração<br />

desse recurso tão importante<br />

para a produção de alimentos",<br />

comenta Condurme<br />

Aizzo. A estimativa é que sejam<br />

produzidos de cinco a seis mil<br />

toneladas do insumo até o fim<br />

da safra 23/24.<br />

NUTRIÇÃO DO SOLO<br />

A usina intensificará o uso da<br />

cama aviária, um fertilizante orgânico<br />

completo, que substitui<br />

a adubação química (NPK) nas<br />

soqueiras. Também levará para<br />

novas áreas a nutrição por<br />

compostagem de torta de filtro,<br />

resíduo da mistura do bagaço<br />

moído e do lodo da decantação,<br />

que contém grande quantidade<br />

de nutrientes e não agride o<br />

meio ambiente.<br />

Outra novidade é a substituição<br />

do uso da vinhaça por aspersão<br />

convencional, pela aplicação localizada<br />

nos sulcos de plantio<br />

da cana. Cerca de 2.500 hectares<br />

de área serão beneficiados<br />

com essa medida, o que diminui<br />

os custos de manutenção<br />

da lavoura e reduz o uso do potássio,<br />

cujo excesso pode provocar<br />

a contaminação de lençóis<br />

freáticos.<br />

AVANÇOS INDUSTRIAIS<br />

Para o próximo ciclo produtivo,<br />

a Usina Jacarezinho contará<br />

ainda com uma nova Mesa<br />

com Sistema de Limpeza a<br />

Seco, que irá retirar até 20 kg de<br />

impurezas vegetais e minerais<br />

em cada tonelada de cana-deaçúcar<br />

descarregada após a<br />

colheita. A melhoria resultará no<br />

maior aproveitamento da calda<br />

extraída e possibilitará a moagem<br />

de até 800 toneladas de<br />

cana a mais por dia. Já os resíduos<br />

do processo serão reaproveitados<br />

na caldeira, para<br />

geração de energia térmica, e<br />

na compostagem, para produção<br />

de adubos.<br />

A Usina recebeu quatro novos<br />

caminhões agrícolas e oito conjuntos<br />

de rodotrens, recursos<br />

que aumentam a capacidade de<br />

transporte da colheita e, consequentemente,<br />

do processamento<br />

da cana. Outra melhoria está<br />

na fábrica de açúcar branco,<br />

que será ampliada com a instalação<br />

de um novo cozedor industrial,<br />

essencial para a cristalização<br />

do alimento. O equipamento<br />

tem 850 hectolitros de<br />

capacidade e irá ampliar significativamente<br />

a qualidade do<br />

produto final.<br />

OUTRAS MEDIDAS<br />

A Usina Jacarezinho dará prosseguimento<br />

a iniciativas bemsucedidas<br />

da safra anterior,<br />

como o trabalho feito para descompactação<br />

do solo, a minimização<br />

do pisoteio das linhas<br />

de cana e o reforço no treinamento<br />

das equipes envolvidas<br />

em todo processo produtivo.<br />

Também será mantido o Método<br />

Interrotacional Ocorrendo<br />

Simultaneamente (MEIOSI), sistema<br />

de cultivo que inclui a intercalação<br />

da lavoura com culturas<br />

de soja e crotalária, uma<br />

leguminosa usada para adubação<br />

verde, porque suas raízes<br />

favorecem a absorção de nutrientes<br />

do solo.<br />

Outra importante medida foi a<br />

antecipação da safra em uma<br />

semana em relação ao inicialmente<br />

planejado. A medida foi<br />

necessária para mitigar os efeitos<br />

do maior volume de chuvas<br />

previsto para o segundo semestre<br />

de <strong>2023</strong> e diminuir<br />

eventuais perdas na colheita.<br />

O Grupo Maringá atua nos setores<br />

sucroenergético, produzindo<br />

açúcar, etanol e energia<br />

e no setor siderúrgico, fabricando<br />

ferroliga de manganês.<br />

Com 75 anos de tradição, a<br />

Usina Jacarezinho, a Cia. Canavieira<br />

e, agora, a Maringá<br />

Energia, atuam de forma integrada<br />

para fornecer alimento e<br />

energia limpa e renovável aos<br />

mercados nacional e internacional.<br />

Na siderurgia, o grupo<br />

atua há mais de 40 anos, produzindo<br />

ferroligas de manganês<br />

de alto padrão, matériaprima<br />

essencial para a fabricação<br />

de aço, por meio da Maringá<br />

Ferro-Liga S/A, localizada<br />

em Itapeva (SP).<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />

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CANA-DE-AÇÚCAR<br />

Centro-Sul encerra safra com<br />

548,28 milhões de toneladas<br />

Volume é 4,61% superior ao da safra anterior. A produção de açúcar<br />

totalizou 33,73 milhões de toneladas e a de etanol 28,91 bilhões de litros<br />

Amoagem de cana-deaçúcar<br />

na segunda<br />

quinzena de março<br />

na região Centro-Sul<br />

totalizou 4,39 milhões de toneladas.<br />

Nesse mesmo período<br />

no ano anterior foram<br />

processados 1,18 milhão de<br />

toneladas. Na safra 2022/23,<br />

a moagem totalizou 548,28<br />

milhões de toneladas, ante<br />

524,10 milhões de toneladas<br />

registradas no ciclo 2021/22<br />

– um avanço de 4,61%.<br />

Segundo dados do Centro de<br />

Tecnologia Canavieira (CTC),<br />

a produtividade agrícola média,<br />

na safra 2022/23, foi de<br />

73,3 toneladas de cana por<br />

hectare. Esse valor corresponde<br />

a um aumento de 8,1%<br />

em relação ao ciclo de colheita<br />

que o antecede. O<br />

ganho de produtividade é resultado<br />

das melhores condições<br />

climáticas observadas<br />

na safra, especialmente nos<br />

meses de verão em 2022.<br />

A qualidade da matéria-prima<br />

colhida na safra 2022/23,<br />

mensurada em kg de ATR por<br />

tonelada de cana processada,<br />

apresentou redução de 1,45%<br />

na comparação com o último<br />

ciclo agrícola, atingindo<br />

140,80 kg de ATR por tonelada<br />

ao final do ciclo 2022/<br />

23.<br />

Na segunda metade de março,<br />

39 unidades deram início<br />

à safra <strong>2023</strong>/24. Ao término<br />

da quinzena, permanecem em<br />

operação 63 unidades no<br />

Centro-Sul, sendo 52 unidades<br />

com processamento de<br />

cana-de-açúcar e 11 empresas<br />

que fabricam etanol a partir<br />

do milho. No mesmo período,<br />

na safra 2021/22, havia<br />

25 unidades produtoras em<br />

atividade.<br />

Produção de açúcar e etanol<br />

A produção de açúcar na segunda<br />

quinzena de março totalizou<br />

145,71 mil toneladas.<br />

No total da safra 2022/223, a<br />

fabricação do adoçante totalizou<br />

33,73 milhões de toneladas,<br />

contra 32,07 milhões de<br />

toneladas do ciclo anterior<br />

(+5,16%).<br />

Na segunda metade de março,<br />

377,03 milhões de litros<br />

(+76,62%) de etanol foram<br />

fabricados pelas unidades do<br />

Centro-Sul. Do volume total<br />

produzido, o etanol hidratado<br />

alcançou 219,16 milhões de<br />

litros (+3,08%), enquanto a<br />

produção de etanol anidro totalizou<br />

157,88 milhões de litros<br />

- nesse mesmo período<br />

na safra 2021/2022 houve um<br />

reprocesso líquido de 856 mil<br />

litros. No total da safra<br />

2022/<strong>2023</strong>, a fabricação do<br />

biocombustível totalizou<br />

28,91 bilhões de litros<br />

(+4,66%), sendo 16,62 bilhões<br />

de etanol hidratado (-<br />

0,57%) e 12,29 bilhões de<br />

anidro (+12,68%).<br />

Do total de etanol produzido<br />

na quinzena, 53% foram fabricados<br />

a partir do milho, registrando<br />

produção de 199,04<br />

milhões de litros neste ano,<br />

contra 148,64 milhões de litros<br />

no mesmo período do<br />

ciclo 2021/22 - avanço de<br />

33,91%. No acumulado desde<br />

o início da safra, a produção<br />

de etanol de milho atingiu<br />

4,43 bilhões de litros - avanço<br />

de 27,87% na comparação<br />

com igual período do ano passado.<br />

Esse volume representou<br />

15% da produção total do<br />

biocombustível na região Centro-Sul<br />

no ciclo agrícola encerrado<br />

em 31 de março.<br />

6<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2023</strong>_Apresentação 1 19/04/<strong>2023</strong> 18:13 Página 7<br />

No mês de março, as vendas<br />

de etanol totalizaram 2,32 bilhões<br />

de litros, o que representa<br />

uma queda de 10,27%<br />

em relação ao mesmo período<br />

da safra 2021/22. No<br />

mercado doméstico, o volume<br />

mensal de etanol hidratado<br />

totalizou 1,15 bilhão de<br />

litros - queda de 21,48% em<br />

relação ao mesmo período da<br />

safra anterior. A safra 2022/<br />

23 se encerrou com 15,46<br />

bilhões de litros do biocombustível<br />

comercializados no<br />

território nacional, decréscimo<br />

de 1,36% em relação à<br />

safra 2021/22.<br />

As vendas de etanol anidro<br />

para mercado interno atingiram<br />

a marca de 924,38 milhões<br />

de litros em março –<br />

avanço de 1,40%. No total da<br />

safra 2022/23 foram vendidos<br />

11,03 bilhões de litros<br />

que, na contramão do observado<br />

para o etanol hidratado,<br />

compreende uma variação<br />

positiva de 7,44% em relação<br />

ao ciclo 2021/22.<br />

No mês de março, foram exportados<br />

191,17 milhões de<br />

litros de etanol hidratado –<br />

aumento de 37,22% em relação<br />

à safra 2021/22 - e 53,26<br />

milhões de litros de etanol<br />

anidro - queda de 22,43%.<br />

Na safra que se encerra, o<br />

fluxo de comércio destinado à<br />

exportação totalizou 1,13 bilhão<br />

de litros de etanol hidratado<br />

(+11,13%) e 1,48 bilhão<br />

para o anidro<br />

(+139,51%).<br />

Vendas de etanol<br />

No total do ciclo 2022/23,<br />

foram comercializados 16,58<br />

bilhões de litros de hidratado<br />

(-0,60%) e 12,51 bilhões de<br />

Mercado de CBios<br />

litros de etanol anidro<br />

(+14,92%). A soma desses<br />

volumes compõe o total de<br />

29,09 bilhões de litros de<br />

etanol vendidos na safra que<br />

se encerrou pelos produtores<br />

da região Centro-Sul do Brasil.<br />

Balanço de cumprimento das<br />

metas de descarbonização de<br />

2022 - A meta compulsória<br />

de descarbonização foi definida<br />

em 35,98 milhões de<br />

CBios a serem aposentados<br />

pelos distribuidores de combustíveis,<br />

conforme a Resolução<br />

CNPE nº 17/2021. O<br />

Decreto Nº 11.141/2022 postergou<br />

a comprovação de<br />

atendimento à meta de 2022,<br />

passando de 31 de dezembro<br />

de 2022 para 30 de setembro<br />

de <strong>2023</strong>.<br />

De acordo com os dados publicados<br />

pela B3, até<br />

11/04/<strong>2023</strong>, 71% do total ou<br />

25,48 milhões de CBios, já<br />

foram aposentados pela parte<br />

obrigada e a diferença, de<br />

10,50 milhões de CBios, deverá<br />

ser aposentada até o<br />

final de setembro de <strong>2023</strong>.<br />

Importante realçar que a posição<br />

atual da parte obrigada<br />

indica uma posse de 16,34<br />

milhões de CBios, quantidade<br />

mais do que suficiente para<br />

atendimento das metas de<br />

2022.<br />

Dados da B3 registrados até<br />

o dia 31 de março indicam a<br />

emissão de 8,04 milhões de<br />

CBios em <strong>2023</strong>. Até a data<br />

supracitada, a parte obrigada<br />

do programa RenovaBio havia<br />

adquirido cerca de 41,26 milhões<br />

de créditos de descarbonização.<br />

Esse valor considera<br />

o estoque de passagem<br />

da parte obrigada em<br />

2021 somada com os créditos<br />

adquiridos em 2022 e<br />

<strong>2023</strong>, até o momento, estejam<br />

eles ativos ou aposentados.<br />

O horizonte temporal<br />

selecionado cobre as aquisições<br />

que compreenderão os<br />

créditos utilizados para atendimento<br />

das metas de 2022,<br />

cujo prazo havia sido postergado,<br />

e <strong>2023</strong>.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />

7


<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2023</strong>_Apresentação 1 19/04/<strong>2023</strong> 18:13 Página 8<br />

INICIATIVA<br />

Páscoa na Cooperval tem ação social<br />

Jovens Aprendizes, em parceria com a cooperativa, organizaram<br />

a festa de Páscoa de crianças carentes de Jandaia do Sul<br />

Os participantes do Programa<br />

Jovem Aprendiz<br />

da Cooperval Cooperativa<br />

Agroindustrial Vale do Ivaí<br />

Ltda, com sede no município de<br />

Jandaia do Sul, em parceria<br />

com a cooperativa, organizaram<br />

uma ação beneficente para<br />

comemorar a Páscoa de crianças<br />

carentes de Jandaia do Sul<br />

no dia 4/4.<br />

Os jovens organizaram uma<br />

rifa para arrecadar recursos e<br />

comprar pelo menos um ovo<br />

para cada aluno do Lar São<br />

Francisco, escola de contraturno<br />

que atende crianças carentes<br />

de Jandaia do Sul. Ao<br />

todo foram adquiridos 128<br />

ovos de chocolate. No dia da<br />

entrega, o evento contou também<br />

com coelho de Páscoa,<br />

pintura facial e outras brincadeiras<br />

e atividades lúdicas.<br />

8<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2023</strong>_Apresentação 1 19/04/<strong>2023</strong> 18:13 Página 9<br />

Missa de abertura da safra<br />

Um grande número de pessoas<br />

entre colaboradores,<br />

cooperados, fornecedores,<br />

parceiros e convidados participaram<br />

dia 13/4, na unidade<br />

industrial da Cooperval Cooperativa<br />

Agroindustrial Vale<br />

do Ivaí Ltda, com sede no<br />

município de Jandaia do Sul,<br />

da santa missa em ação de<br />

graças pela abertura da safra<br />

de cana-de-açúcar <strong>2023</strong>/24.<br />

Além de agradecer a Deus<br />

por mais um ano, os presentes<br />

pediram as bênçãos e a<br />

proteção Divina para a safra.<br />

O presidente da Cooperval,<br />

Fernando Fernandes Nardine,<br />

agradeceu aos presentes pela<br />

participação de todos na celebração<br />

e destacou a importância<br />

de todos para o alcance<br />

dos objetivos da cooperativa.<br />

Ao final da celebração,<br />

todos foram abençoados,<br />

assim como os instrumentos<br />

de trabalho e as instalações<br />

prediais da cooperativa.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2023</strong>_Apresentação 1 19/04/<strong>2023</strong> 18:13 Página 10<br />

PREMIAÇÃO<br />

Usiban é Campeã de Produtividade<br />

A solenidade de entrega da premiação foi no dia 30 de março<br />

de <strong>2023</strong>, no município de Ribeirão Preto, São Paulo<br />

AUsiban - Usina Bandeirante,<br />

com sede<br />

no município de<br />

Bandeirantes, no<br />

Norte do <strong>Paraná</strong>, foi classificada<br />

pelo Índice IDEA como<br />

Campeã de Produtividade<br />

Agrícola do Brasil na safra de<br />

2022/23, na regional do <strong>Paraná</strong>,<br />

de acordo com a pesquisa<br />

mantida pelo CTC -<br />

Centro de Tecnologia Canavieira,<br />

em seu programa de<br />

Controle Mútuo, no quesito<br />

Produtividade Agrícola de<br />

Cana-de-Açúcar.<br />

Este indicador é mensurado<br />

de acordo com as produtividades<br />

oriundas da produção<br />

da cultura da cana-de-açúcar,<br />

e são considerados diferentes<br />

fatores para efeito deste<br />

cálculo, tais como: as médias<br />

de TCH (Tonelada de<br />

Cana por Hectare) por corte,<br />

o ATR (Açúcar Total Recuperável)<br />

médio ponderado, que<br />

representa a qualidade da<br />

cana com sua capacidade de<br />

ser convertida em açúcar ou<br />

álcool; e a idade média do<br />

canavial, de acordo com seu<br />

número de cortes.<br />

A solenidade de entrega da<br />

premiação foi no dia 30 de<br />

março de <strong>2023</strong>, no município<br />

de Ribeirão Preto, São Paulo,<br />

durante o 24º Seminário de<br />

Mecanização e Produção de<br />

Cana-de-Açúcar. A usina foi<br />

representada na cerimônia<br />

pelos gestores do planejamento<br />

agrícola da empresa.<br />

A diretoria da usina manifestou<br />

sua imensa satisfação<br />

pela conquista e parabenizou<br />

e agradeceu os colaboradores<br />

pelo empenho.<br />

A usina foi representada<br />

na cerimônia pelos<br />

gestores do planejamento<br />

grícola da empresa<br />

Usina realiza Feirão de Empregos<br />

Com a participação de mais<br />

de oitocentas pessoas, no dia<br />

25/3 a Usina Bandeirante,<br />

com sede no município de<br />

Bandeirantes, no Norte do <strong>Paraná</strong>,<br />

realizou o seu primeiro<br />

feirão de empregos no Colégio<br />

Usina Bandeirante, da empresa,<br />

para atender a comunidade<br />

da cidade e de toda a<br />

região. Foram ofertadas no<br />

feirão cento e cinquenta vagas<br />

de trabalho nos diversos setores<br />

da usina.<br />

A ação foi considerada um sucesso<br />

pelos organizadores,<br />

proporcionando o fortalecimento<br />

na qualidade das relações<br />

humanas, aproximando<br />

os candidatos da empresa, e<br />

principalmente, fomentando o<br />

mercado de trabalho regional.<br />

Através deste evento, a Usiban<br />

tem por objetivo preencher<br />

sua demanda inicial de trabalhadores<br />

para safra <strong>2023</strong>/24 e<br />

atualizar seu banco de talentos,<br />

uma vez que a empresa<br />

contrata o ano todo.<br />

A ação contou com um mutirão<br />

formado por profissionais<br />

da empresa de todos os setores,<br />

abrangendo indústria,<br />

agrícola e administrativo, todos<br />

firmes em prol da realização<br />

de um atendimento com<br />

excelência a todos participantes.<br />

Na abertura do evento, a<br />

diretoria da Usiban agradeceu<br />

imensamente a participação<br />

de todos e desejou boa sorte<br />

aos candidatos.<br />

10<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2023</strong>_Apresentação 1 19/04/<strong>2023</strong> 18:14 Página 11


<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2023</strong>_Apresentação 1 19/04/<strong>2023</strong> 18:14 Página 12<br />

DOIS<br />

Solo<br />

PONTOS<br />

CAR<br />

O setor sucroenergético preza<br />

por boas práticas de manejo e<br />

conservação no solo, o que é<br />

essencial para a preservação<br />

dos recursos naturais, a eficiência<br />

no consumo de insumos e<br />

para a redução das emissões<br />

de gases de efeito estufa. As 37<br />

usinas associadas à Copersucar<br />

S.A., maior plataforma de<br />

açúcar e etanol do mundo, distribuídas<br />

em quatro estados (SP,<br />

PR, MG e GO), avançaram bastante<br />

na frente de conservação<br />

do solo. Além de práticas associadas<br />

à agricultura regenerativa<br />

como plantio direto, rotação<br />

com outras culturas e o uso de<br />

biofertilizantes dentro de áreas<br />

próprias, merecem destaque as<br />

ações para recuperação de<br />

áreas degradadas em programas<br />

de conversão em lavoura<br />

ou ainda de preservação de<br />

matas nativas.<br />

Para garantir mais segurança<br />

jurídica e previsibilidade aos<br />

proprietários rurais em relação<br />

ao processo de adesão<br />

ao Programa de Regularização<br />

Ambiental (PRA), a Câmara<br />

Federal aprovou no dia<br />

30/3 a Medida Provisória<br />

1150/2022. Com a medida,<br />

os produtores com áreas de<br />

até quatro módulos fiscais<br />

que se inscreverem no Cadastro<br />

Ambiental Rural<br />

(CAR) até o final de 2025,<br />

poderão aderir ao PRA. Já os<br />

produtores com mais de<br />

quatro módulos podem se<br />

inscrever no CAR até o fim<br />

de <strong>2023</strong> para a adesão ao<br />

PRA, informa a Organização<br />

das Cooperativas Brasileiras<br />

(OCB).<br />

Emissões<br />

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos propôs cortes radicais de emissões<br />

de poluentes para carros e caminhões novos até 2032. De acordo com o órgão, a<br />

medida pode significar que dois em cada três novos veículos vendidos no país serão<br />

não poluentes dentro de uma década. A proposta, se levada adiante, representa o plano<br />

de redução de emissões de veículos mais agressivo até hoje dos EUA, exigindo 13% de<br />

redução média anual na poluição. A EPA também recomenda novos padrões de emissões<br />

mais rígidos para caminhões médios e pesados até 2032 e projeta que as regras cortarão<br />

mais de 9 bilhões de toneladas de emissões de CO2 até 2055 - equivalente a mais do<br />

que o dobro das emissões totais do gás do país no ano passado.<br />

O consumo brasileiro de biodiesel<br />

deve alcançar 7,3 bilhões<br />

de litros em <strong>2023</strong>, uma<br />

alta de 15,5% em relação ao<br />

ano anterior após a definição<br />

sobre a mistura do biocombustível<br />

ao diesel, estimou a<br />

Biodiesel<br />

consultoria StoneX, mas há<br />

incertezas sobre a disponibilidade<br />

de óleo de soja - principal<br />

matéria-prima do biodiesel<br />

no Brasil - para atender a nova<br />

demanda interna devido as<br />

exportações do produto estarem<br />

aquecidas. A mistura de<br />

B10 (com 10% do biocombustível<br />

adicionado ao diesel)<br />

mudou para B12 de abril a dezembro,<br />

e a expectativa é<br />

avançar gradativamente ao<br />

B15 até 2026.<br />

Praticamente a totalidade dos<br />

produtores paranaenses fez o<br />

Cadastro Ambiental Rural e<br />

considera que esteja em dia<br />

com suas obrigações. Mas, a<br />

assessora técnica de Meio Ambiente<br />

da Federação da Agricultura<br />

do Estado do <strong>Paraná</strong><br />

(Faep), Carla Beck, alerta que<br />

não é bem assim. Apenas 58%<br />

aderiram ao Programa de Regularização<br />

Ambiental (PRA).<br />

Se, durante a análise do cadastro,<br />

o órgão ambiental encontrar<br />

uma irregularidade, o<br />

Açúcar<br />

Consultar<br />

proprietário rural só tomará<br />

conhecimento por meio do site<br />

do CAR e não por uma correspondência.<br />

Em razão disso,<br />

Carla recomenda que ao<br />

menos uma vez por mês o proprietário<br />

consulte o seu cadastro.<br />

Com o seu CAR não<br />

regularizado, o proprietário fica<br />

impedido de realizar qualquer<br />

providência relacionada à área<br />

em cartório e não vai poder<br />

nem comercializar a safra ou<br />

ser atendido pela companhia<br />

fornecedora de energia elétrica.<br />

O Brasil deverá produzir 40,3<br />

milhões de toneladas de açúcar<br />

na temporada <strong>2023</strong>/24 que se<br />

iniciou oficialmente em abril no<br />

Centro-Sul do país, o que deverá<br />

representar um aumento<br />

de mais de 3 milhões de toneladas<br />

na comparação com o<br />

ciclo anterior, segundo estimativa<br />

da consultoria JOB Economia.<br />

A maior produção deverá<br />

se dar à medida que usinas<br />

contam com maior oferta de<br />

cana-de-açúcar - com a safra<br />

do país estimada em 653,4 milhões<br />

de toneladas, aumento de<br />

quase 40 milhões ante o ciclo<br />

passado–, e destinarão um volume<br />

histórico da matéria-prima<br />

para a produção do adoçante,<br />

que apresenta maior rentabilidade<br />

em relação ao etanol. No<br />

caso da safra do Centro-Sul,<br />

recém-iniciada, a moagem de<br />

cana foi estimada em 594,4<br />

milhões de toneladas, com a<br />

principal área produtora do país<br />

respondendo por praticamente<br />

todo o aumento esperado no<br />

Brasil. O mesmo deverá ocorrer<br />

com a produção de açúcar da<br />

região, projetada para crescer a<br />

36,85 milhões de toneladas.<br />

12<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2023</strong>_Apresentação 1 19/04/<strong>2023</strong> 18:14 Página 13<br />

Crédito<br />

Empregos<br />

O governo pretende criar uma<br />

linha especial de crédito com<br />

juros mais baixos, dentro do<br />

Plano Safra, para financiamento<br />

de agricultores de<br />

médio e pequeno porte que<br />

produzam alimentos para o<br />

mercado interno, disse o ministro<br />

do Desenvolvimento<br />

Agrário, Paulo Teixeira. O valor<br />

do financiamento e o tamanho<br />

da redução na taxa de juros,<br />

que terá de ser subsidiada<br />

pelo governo, ainda estão em<br />

negociação com o Ministério<br />

da Fazenda e o Ministério da<br />

Agricultura, mas, a proposta<br />

deve ser finalizada neste mês<br />

para ser levada a Lula. A ideia<br />

é que seja lançada em maio.<br />

Plano Safra<br />

O número de pessoas ocupadas<br />

no agronegócio brasileiro<br />

alcançou 18,97 milhões<br />

de pessoas em 2022, o<br />

maior contingente desde<br />

2015, quando totalizava<br />

19,04 milhões de pessoas,<br />

segundo dados do Centro de<br />

Estudos Avançados em Economia<br />

Aplicada (Cepea/<br />

Esalq/USP). O aumento no<br />

número de pessoas ocupadas<br />

no agronegócio em 2022<br />

foi de 2,76% em comparação<br />

com 2021 e de expressivos<br />

8,52% em relação ao de<br />

2020. No Brasil, 98,04 milhões<br />

de pessoas estavam<br />

ocupadas em 2022, acima<br />

das 91,29 milhões no mesmo<br />

período do ano anterior.<br />

Diante disso, a participação<br />

do agronegócio no mercado<br />

de trabalho brasileiro foi de<br />

19,35% em 2022, um pouco<br />

abaixo da observada em<br />

2021, quando esteve em<br />

20,22%.<br />

Já o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu a criação de linhas de crédito rural<br />

em dólar pelo Plano Safra, no intuito de atender com juros menores os produtores de<br />

médio a grande porte, deixando espaço para que mais subsídios fiquem para o pequeno<br />

agricultor. Considerando que as commodities exportadas por médios e grandes produtores<br />

também são comercializadas em dólar, Fávaro destacou que a captação de recursos<br />

dolarizados minimiza o risco da operação, porque “a variação cambial é zero e o juro internacional<br />

é mais barato”. O ministro da Agricultura e Pecuária disse que pretende estabelecer<br />

parceria com o banco dos Brics, chefiado pela ex-presidente Dilma Rousseff,<br />

para ampliar a oferta de crédito a juros baixos para produtores rurais.<br />

A dinâmica de ocupação da<br />

terra do cultivo de cana-deaçúcar<br />

no Brasil nos últimos<br />

20 anos retirou aproximadamente<br />

9,8 milhões de toneladas<br />

de CO 2 por ano da<br />

atmosfera, apontou estudo<br />

conjunto da Agroicone, Unicamp<br />

e Embrapa, indicando<br />

Energia renovável<br />

A União Europeia chegou a<br />

um acordo sobre metas<br />

mais altas de energia renovável,<br />

um importante pilar<br />

dos planos do bloco para<br />

combater as mudanças climáticas<br />

e acabar com a dependência<br />

dos combustíveis<br />

fósseis russos. Os negociadores<br />

do Parlamento Europeu<br />

e do Conselho<br />

concordaram que, até 2030,<br />

os 27 países da União Europeia<br />

se comprometerão a<br />

CO 2 da atmosfera<br />

obter 42,5% de sua energia<br />

de fontes renováveis, como<br />

eólica e solar, com potencial<br />

de até 45%. A atual meta da<br />

União Europeia para 2030 é<br />

de 32% de energia renovável.<br />

que a agricultura também<br />

pode contribuir para a redução<br />

nas emissões de gases<br />

do efeito estufa, dependendo<br />

das práticas aplicadas. No<br />

caso da cana, 25% da área<br />

da lavoura atual já eram ocupados<br />

com o cultivo em<br />

2000. Além disso, o acréscimo<br />

de 6,1 milhões de hectares<br />

nos canaviais identificado<br />

nesse período veio de<br />

conversões de áreas que,<br />

anteriormente, eram pastagens<br />

(60%), culturas anuais<br />

(16%) e mosaicos (22%), terras<br />

de agricultura e pastagem.<br />

Uso de água<br />

A preservação do meio ambiente<br />

é um pilar fundamental<br />

que norteia os negócios da<br />

Copersucar. Dentro desta esfera,<br />

o uso eficiente dos recursos<br />

hídricos ganha destaque<br />

com iniciativas das usinas sócias<br />

para o melhor aproveitamento<br />

água. Nas últimas<br />

quatro safras, a Copersucar e<br />

as 34 unidades associadas<br />

reduziram em 43% a captação<br />

de água, uma vez que o volume<br />

retirado de rios e do subsolo<br />

passou de 173,6 milhões<br />

A Petrobras registrou um<br />

lucro líquido recorde de R$<br />

188,3 bilhões em 2022, o<br />

maior da história da empresa.<br />

O resultado ficou 77% acima<br />

dos R$ 106,6 bilhões de<br />

2021, até então o valor recorde.<br />

O lucro anual da companhia<br />

também foi o maior da<br />

Petrobras<br />

de m³ registrados na safra<br />

2018-19 para 98,8 milhões de<br />

m³ no último período. Neste<br />

levantamento destaca-se<br />

ainda o fato de 86,2% do total<br />

consumido no último período<br />

ser de fontes superficiais e<br />

apenas 13,7%, de captação<br />

subterrânea, sendo que as<br />

empresas não realizam captação<br />

em área de estresse hídrico<br />

e a concentração de<br />

sólidos totais dissolvidos no<br />

volume captado é inferior a<br />

um grama por litro.<br />

história entre empresas listadas<br />

na bolsa de valores brasileira.<br />

O aumento do lucro<br />

líquido em 2022 se deve principalmente<br />

à alta dos preços<br />

de petróleo, melhor resultado<br />

financeiro e ganhos com<br />

acordos de coparticipação<br />

em campos do pré-sal.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> <strong>Abril</strong> <strong>2023</strong>_Apresentação 1 19/04/<strong>2023</strong> 18:14 Página 14<br />

MEIO AMBIENTE<br />

Grupo Maringá celebra Dia Mundial da Água<br />

Dentre as ações de educação ambiental, teve concurso de maquetes e cartilhas<br />

voltados a estudantes da rede pública nas regiões de Jacarezinho/PR e de Itapeva/SP<br />

OGrupo Maringá, formado<br />

por empresas<br />

com mais de 70 anos<br />

de operações nos<br />

segmentos sucroenergético e<br />

siderúrgico, celebrou o Dia<br />

Mundial da Água, 22 de março,<br />

com ações de conscientização<br />

sobre a importância da utilização<br />

responsável dos recursos<br />

hídricos nas regiões onde exerce<br />

atividades.<br />

A Usina Jacarezinho, produtora<br />

de açúcar, etanol e insumos renováveis<br />

para geração de energia<br />

limpa, e a Maringá<br />

Ferro-Liga, maior fabricante de<br />

ferroligas de manganês da<br />

América do Sul, têm iniciativas<br />

socioeducativas que integram<br />

a comunidade nos objetivos<br />

comuns de preservação ambiental.<br />

Para celebrar a data, a<br />

Cia. Agrícola Usina Jacarezinho,<br />

sediada na cidade homônima<br />

no norte do <strong>Paraná</strong>,<br />

lançou o concurso de maquetes<br />

para estudantes do 8° ano<br />

da Escola Estadual Silvio Tavares,<br />

em Cambará (PR), com o<br />

tema "Consumo Consciente de<br />

Água".<br />

Em grupos, os alunos criaram<br />

pequenas estruturas, para aplicar<br />

de forma prática os conceitos<br />

básicos sobre consumo<br />

consciente, ciclo e importância<br />

da água. Os vencedores foram<br />

escolhidos no dia 21 de março,<br />

com base nos critérios de representatividade,<br />

criatividade,<br />

estética e interação dos participantes.<br />

O grupo campeão ganhou<br />

um certificado e um<br />

voucher no valor de mil reais,<br />

para ser dividido igualmente<br />

entre os integrantes da equipe.<br />

Em 2022, a ação de conscientização<br />

do Dia Mundial da Água<br />

rendeu à empresa, o Prêmio<br />

#EuSouParanapanema, na categoria<br />

Usuários de Água –<br />

Modalidade Comunicação, promovido<br />

pelo Comitê da Bacia<br />

Hidrográfica do Rio Paranapanema,<br />

localizado na divisa entre<br />

<strong>Paraná</strong> e São Paulo. Além dessas<br />

ações, a Usina Jacarezinho<br />

atua no reflorestamento das<br />

margens do rio Paranapanema,<br />

onde já foram plantadas mais<br />

de 100 mil mudas de árvores<br />

nativas desde 2012.<br />

"O respeito ao meio ambiente<br />

está no DNA do Grupo Maringá.<br />

Aproveitamos datas como<br />

o Dia Mundial da Água para<br />

reforçar nossa agenda ESG<br />

[governança ambiental, social<br />

e corporativa, na sigla em inglês]<br />

e mostrar como a sustentabilidade<br />

é intrínseca a todas<br />

as etapas do nosso negócio",<br />

informa a gerente da Qualidade,<br />

Segurança e Meio Ambiente,<br />

Márcia Gusi.<br />

Braço siderúrgico do Grupo<br />

Maringá, a Maringá Ferro-Liga<br />

também promove ações ambientais<br />

em prol da comunidade<br />

de Itapeva (SP) com<br />

alunos da Escola Municipal<br />

Nair Rodrigues.Os alunos foram<br />

convidados a produzir uma<br />

cartilha com dicas de consumos<br />

consciente, com 3 finalistas<br />

selecionados conforme<br />

os critérios: Adesão ao<br />

tema, Linguagem clara e objetiva,<br />

Coerência, coesão e Criatividade<br />

Além desta iniciativa, a Maringá<br />

Ferro-Liga atua também com<br />

outras iniciativas, como adoção<br />

de praças, proteção de<br />

áreas nas margens dos rios Taquari-Guaçu,<br />

Apiaí-Guaçu e Itararé.<br />

Além disso, a empresa<br />

possui geração própria de<br />

energia, por meio de Centrais<br />

Geradoras Hidrelétricas<br />

(CGHs), localizadas nos rios da<br />

região, e desenvolve atividades<br />

de reflorestamento para produção<br />

de biorredutores. Estes<br />

processos tem grande importância<br />

para redução de emissão<br />

carbono no processo<br />

produtivo, garantindo a sustentabilidade<br />

dos nossos produtos.<br />

Dia Mundial da Água, preservar começa com conscientizar.<br />

"O Grupo Maringá tem compromisso<br />

com a sustentabilidade<br />

a partir de iniciativas que<br />

corroboram com os princípios<br />

do ESG e metas definidas pela<br />

Organização das Nações Unidas<br />

[ONU], a partir dos Objetivos<br />

de Desenvolvimento<br />

Sustentável (ODS's) para o<br />

uso da água. Mais do que um<br />

ativo de mercado, é um ato de<br />

respeito às comunidades locais<br />

e com as gerações futuras,<br />

que dependerão dos recursos<br />

que preservamos<br />

hoje", comenta o gerente de<br />

Qualidade, Saúde, Segurança<br />

e Meio Ambiente, João Paulo<br />

Pantaleão.<br />

A equipe vencedora da melhor maquete ganhou um prêmio de mil reais<br />

14<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>

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