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Agenda Cultural de Maio de 2023

Agenda Cultural do Município de Proença-a-Nova do mês de maio de 2023

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<strong>Agenda</strong> <strong>Cultural</strong> <strong>de</strong> Proença-a-Nova maio <strong>2023</strong><br />

abc das personalida<strong>de</strong>s<br />

FRANCISCO LAIA (CHICO LAIA)<br />

10 DE OUTUBRO DE 1926 – 2 DE OUTUBRO DE 1997<br />

FRANCISCO JOSÉ LAIA (CHICO ZÉ)<br />

26 DE JANEIRO DE 1958 – 6 DE FEVEREIRO DE 1985<br />

Francisco Laia nasceu em Monte <strong>de</strong> Baixo, filho <strong>de</strong><br />

João Ribeiro Laia e <strong>de</strong> Maria do Rosário Ribeiro.<br />

Fez a escola primária na se<strong>de</strong> <strong>de</strong> freguesia, após<br />

a qual começa a trabalhar na agricultura como a<br />

maioria da geração do seu tempo, nomeadamente<br />

nas proprieda<strong>de</strong>s do seu tio, o capitão José Ribeiro<br />

<strong>de</strong> Almeida, também importante personalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Montes da Senhora. Casou aos 25 anos com Lur<strong>de</strong>s<br />

Ribeira em a 30 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1952. Do casamento<br />

surgiram os filhos Alberto Ribeiro Laia e Francisco<br />

José Laia, também ele uma figura conhecida na<br />

al<strong>de</strong>ia como Chico Zé.<br />

Colaborou sempre em prol da sua terra, as suas<br />

profissões e ocupações assim o comprovam, pois<br />

foi sacristão, coveiro e cobrador da EDP, esta última<br />

permitiu-lhe ser conhecido em toda a região,<br />

on<strong>de</strong> somou simpatia e amiza<strong>de</strong>s, e até serviu <strong>de</strong><br />

inspiração para a marca <strong>de</strong> vinho que inventou: o<br />

da EDP, servido na sua a<strong>de</strong>ga, o local <strong>de</strong> convivência<br />

e on<strong>de</strong> juntava os amigos. A neta Elisabete Laia<br />

recorda o avó como brincalhão e que gostava <strong>de</strong><br />

pregar partidas a toda a gente. Mas também era<br />

uma pessoa altruísta, enquanto trabalhador da<br />

companhia <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong> arranjava maneira <strong>de</strong><br />

os mais pobres terem luz sem pagarem muito pelo<br />

serviço. Foi proprietário <strong>de</strong> um café na al<strong>de</strong>ia, palco<br />

<strong>de</strong> muitos bailes e um dos primeiros lugares a ter<br />

televisão.<br />

Conhecido por Xico Laia, embora na toponímia<br />

esteja escrito “Chico Laia”, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo <strong>de</strong>monstrou<br />

“dotes fora do vulgar”, revela o amigo António<br />

João. Segundo ele, Xico Laia revelou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> criança<br />

vocação para o teatro, para o canto e um gran<strong>de</strong><br />

dom para inventar histórias. As carrancas do Xico<br />

Laia espalharam-se por todo o lado, assim como os<br />

dizeres. Até as histórias e os acontecimentos eram<br />

contados com muita graça pelo Xico.<br />

Victor Neto, no seu livro “Montes da Senhora –<br />

freguesia, vida e história”, <strong>de</strong>screve o Chico Laia<br />

“como uma instituição”, isto porque somou várias<br />

profissões, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacava a <strong>de</strong> “comediante”:<br />

“a sua ativida<strong>de</strong> nas festas populares e, sobretudo,<br />

nos <strong>de</strong>sfiles <strong>de</strong> carnaval, com a sua mímica facial,<br />

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