Florestal_251 - Opps
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ENTREVISTA<br />
Pedro Salles, presidente da SBEF, conta acerca do trabalho e conquistas da entidade<br />
POWER AND<br />
EFFICIENCY<br />
ACQUISITION OF FORESTRY<br />
EQUIPMENT PROVIDES EXCELLENT<br />
RESULTS FOR CLEARING AREAS<br />
POTÊNCIA E EFICIÊNCIA<br />
AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS FLORESTAIS TRAZ<br />
RESULTADOS IMPORTANTES PARA LIMPEZA DE ÁREA
SUMÁRIO<br />
MAIO 2023<br />
40<br />
FORÇA,<br />
DESEMPENHO<br />
E RESULTADO<br />
ACIMA E ABAIXO<br />
DA TERRA<br />
06 Editorial<br />
08 Cartas<br />
10 Bastidores<br />
12 Notas<br />
24 Coluna Cipem<br />
26 Frases<br />
28 Entrevista<br />
38 Coluna<br />
40 Principal<br />
46 Dia de Campo<br />
50 Solo<br />
54 Desenvolvimento<br />
60 Planejamento<br />
66 Pesquisa<br />
72 Agenda<br />
74 Espaço Aberto<br />
54<br />
60<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
11 Agroceres<br />
07 BKT<br />
17 Bruno Forest<br />
21 Carrocerias Bachiega<br />
69 D’Antonio Equipamentos<br />
23 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
33 DRV Ferramentas<br />
27 Engeforest<br />
76 Envimat<br />
05 Envu<br />
73 Expoforest<br />
31 Fex<br />
39 Himev<br />
15 Ihara<br />
37 J de Souza<br />
09 John Deere<br />
75 Log Max<br />
49 Manos Implementos<br />
53 Mill Indústrias<br />
59 Prêmio REFERÊNCIA<br />
13 Rotary-Ax<br />
25 Rotor Equipamentos<br />
35 Sergomel<br />
19 Sumitomo<br />
29 Tecmater<br />
71 Valfer Ferramentas<br />
04 www.referenciaflorestal.com.br
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EDITORIAL<br />
Um para trás,<br />
dois à frente<br />
O segmento de base florestal passou os últimos anos com surpreendente<br />
crescimento. Mesmo com um início de ano turbulento com invasões<br />
de terras florestais causadas, principalmente, pela omissão do novo governo,<br />
empresários do setor resistem aos desmandos e à insegurança jurídica<br />
e comemoram os resultados alcançados até aqui. O momento é de alinhar<br />
expectativas e se preparar para continuar crescendo e fortalecendo o segmento.<br />
Fomentar plantios, buscar parcerias com o poder público e mostrar<br />
para a sociedade civil, que o por vir é verde e a indústria de base florestal é<br />
um dos alicerces desse futuro. Nesta edição, o leitor confere os detalhes da<br />
ST 800 Extreme, triturador de tocos da Himev, ideal para limpeza de áreas,<br />
as novidades sobre planejamento e legislação envolvendo silvicultura, a<br />
utilização do carvão vegetal para inibir o crescimento de fungos no solo e<br />
uma entrevista exclusiva com Pedro Salles, presidente da SBEF (Sociedade<br />
Brasileira de Engenheiros Florestais), que fala das ações da entidade para<br />
valorizar, capacitar e formar profissionais para um mercado de trabalho<br />
cada vez mais exigente. Excelente leitura.<br />
Manipuladores<br />
Hidráulicos<br />
Peneiras,<br />
Picadores, Trituradores,<br />
Revolvedores de Composto<br />
ENVIMAT<br />
2<br />
Enviroment & Material Handling<br />
envimat.com.br<br />
(16) 2121-0865<br />
1<br />
Destocadores,<br />
Mulchers<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
Na capa desta edição o<br />
Ecotritus ST 800 Extreme,<br />
triturador de tocos da Himev<br />
ideal para limpeza de área<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXV • Nº<strong>251</strong> • Maio 2023<br />
ENTREVISTA<br />
Pedro Salles, presidente da SBEF, conta acerca do trabalho e conquistas da entidade<br />
POWER AND<br />
EFFICIENCY<br />
ACQUISITION OF FORESTRY<br />
EQUIPMENT PROVIDES EXCELLENT<br />
RESULTS FOR CLEARING AREAS<br />
POTÊNCIA E EFICIÊNCIA<br />
AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS FLORESTAIS TRAZ<br />
RESULTADOS IMPORTANTES PARA LIMPEZA DE ÁREA<br />
ONE STEP BACK, TWO FORWARD!<br />
The Forest-based Sector has grown dramatically over the last few years.<br />
Even with a turbulent start to the year with land invasions caused mainly<br />
by the new government’s omissions, entrepreneurs in the Sector resist the<br />
excesses and legal uncertainty and celebrate the results achieved so far. The<br />
moment is to align expectations and prepare for continuing to grow and<br />
strengthen the Sector. Developing plantations, seeking partnerships with<br />
the government, and showing civil society that what is to come is green<br />
and the Forest-based Sector is one of the foundations for this future. In this<br />
issue, the reader can check out the details of the ST 800 Extreme, Himev’s<br />
stump grinder ideal for clearing areas. Also, read about the news on planning<br />
and legislation involving forest activities, the use of charcoal to inhibit<br />
the growth of fungi in the soil, and an exclusive interview with Pedro Salles,<br />
President of the Brazilian Society of Forest Engineers (Sbef), who speaks of<br />
the activities of the entity aiming to value, educate, and train professionals<br />
for an increasingly demanding job market. Pleasant reading!<br />
Entrevista com<br />
Pedro Salles,<br />
presidente da SBEF<br />
(Sociedade Brasileira<br />
de Engenheiros<br />
Florestais)<br />
Soluções completas para todas<br />
as áreas da operação florestal<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXV - EDIÇÃO <strong>251</strong> - MAIO 2023<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Vinicius Santos<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Cipem<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Guilherme Augusto Oliveira<br />
Sofia Carlesso<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Midias Sociais / Social Media<br />
Cainan Lucas<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal - Carlos Felde<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial<br />
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />
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GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
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Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
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CARTAS<br />
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Hidráulicos<br />
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Enviroment & Material Handling<br />
Destocadores,<br />
Revolvedores de Composto<br />
Capa da Edição 250 da Mulchers<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de abril de 2023<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
NOVA IDENTIDADE De cara nova: gigante do setor de herbicidas valoriza legado e renova marca<br />
TRITURAÇÃO E<br />
PREPARO DE SOLO<br />
FABRICANTE DESENVOLVE<br />
TRITURADORA DE TOCOS DEDICADA<br />
AO SEGMENTO FLORESTAL<br />
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(16) 2121-0865<br />
Ano XXV • Nº250 • Abril 2023<br />
GRINDING AND SOIL PREPARATION<br />
MANUFACTURER DEVELOPS STUMP CRUSHER<br />
DEDICATED TO THE FORESTRY SEGMENT<br />
CAPA<br />
Por Carlos Góes, Contagem (MG)<br />
Preparar os novos ciclos florestais é muito importante e esse equipamento da<br />
Watanabe é uma solução muito bem-vinda para o segmento florestal.<br />
ENTREVISTA<br />
Por Rebeca Gonçalves, Campinas (SP)<br />
O Brasil tem muito potencial para ser uma liderança na economia verde.<br />
O trabalho do FNBF se mostra cada dia mais importante para fortalecer<br />
nossa imagem para o mundo.<br />
Foto: Emanoel Caldeira<br />
EVENTO<br />
Por Claudio Fernandes, Palmas (PR)<br />
Muito importante para o segmento um evento como esse. Trazer informação de<br />
qualidade e fomentar o mercado é a chave para continuar crescendo.<br />
Foto: divulgacão<br />
ACOMPANHE AS PUBLICAÇÕES DA REVISTA TAMBÉM EM NOSSAS REDES SOCIAIS<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
08 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />
@referenciaflorestal<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados também para redação<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
BASTIDORES<br />
Revista<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
CONGRESSO<br />
No Congresso de Pinus realizado em Lages (SC), a<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL visitou o stand da<br />
empresa Fex. Na foto, Gerson Penkal, comercial da<br />
Revista, Thaís Gatermann, diretora da Fex, e Fábio<br />
Machado, diretor comercial da Revista REFERÊNCIA.<br />
PARCERIA<br />
Durante o Congresso de Pinus em Lages<br />
(SC), oficializamos a parceria entre a<br />
Richetti Madeiras e Biomassa, do diretor<br />
Rafael Richetti, e a Revista REFERÊNCIA<br />
FLORESTAL, do comercial Gerson Penkal.<br />
ALTA<br />
INVESTIMENTO INTERNACIONAL<br />
O presidente dos EUA (Estados Unidos da América),<br />
Joe Biden, anunciou recentemente, que o país pretende<br />
aplicar US$ 500 milhões no Fundo Amazônia<br />
nos próximos 5 anos. A informação foi divulgada<br />
durante o Fórum Virtual de Grandes Economias<br />
sobre Clima e Energia. Segundo informações da<br />
Agência Brasil, o financiamento voltado para a<br />
proteção ambiental ainda deve ser negociado<br />
pelo presidente americano com o congresso.<br />
“Hoje tenho o prazer de anunciar que pedirei os<br />
fundos para que possamos contribuir com US$<br />
500 milhões para o Fundo Amazônia e atividades<br />
relacionadas nos próximos 5 anos para apoiar<br />
o Brasil a eliminar o desmatamento até 2030”,<br />
discursou Biden.<br />
MAIO 2023<br />
DESMATAMENTO<br />
A devastação da floresta amazônica triplicou em março<br />
e fez o primeiro trimestre de 2023 fechar com a segunda<br />
maior área desmatada em pelo menos 16 anos.<br />
O monitoramento por imagens de satélite do Imazon,<br />
implantado em 2008, mostra que 867 km² (quilômetros<br />
quadrados) foram derrubados nos 3 primeiros<br />
meses deste ano. A área é equivalente a mil campos<br />
de futebol sendo desmatados diariamente. Em março,<br />
oito dos nove Estados que compõem a Amazônia<br />
Legal apresentaram aumento no desmatamento, com<br />
exceção do Amapá. Com isso já foi contabilizado 42%<br />
do desmatamento previsto pela plataforma PrevisIA<br />
para o período de agosto de 2022 a junho de 2023.<br />
BAIXA<br />
10 www.referenciaflorestal.com.br
Desde 2015 produzindo resultados e soluções<br />
nas operações do controle das formigas cortadeiras.<br />
1.170.000 ha realizados com monitoramento.<br />
440.000 ha de operações mecanizadas e georreferenciadas com emissão de<br />
relatórios gerenciais para análises entre realizado e recomendado<br />
17.500 profissionais capacitados em operações de controle das formigas cortadeiras.<br />
Acompanhamento por indicadores de resultado.<br />
Altos níveis de resultados pós controle, com redução da infestação e dos danos<br />
econômicos na área plantada.<br />
Otimização das doses recomendadas e dos custos operacionais.
NOTAS<br />
Jubileu celebrado<br />
A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) celebrou 50 anos apresentando resultados e indicando a<br />
direção que pretende ir. A solenidade comemorativa para o público externo, realizada no Pavilhão Ciência para a Vida,<br />
na Sede da Empresa, foi marcada por lançamentos de tecnologias e publicações, assinatura de acordos de cooperação,<br />
homenagens, e pelo anúncio da nova presidente da Embrapa, a pesquisadora Sílvia Masshuá, que assume o cargo na<br />
próxima semana.<br />
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, aproveitou a oportunidade para destacar a importância das<br />
mulheres em cargo de gestão. “A Embrapa fez a revolução da agropecuária no país”, afirmou. “Agora, nos seus 50 anos,<br />
fortalece o empoderamento das mulheres brasileiras indicando como presidente, pela primeira vez na sua história,<br />
uma mulher cientista”, complementou, referindo-se à pesquisadora Sílvia Masshuá.<br />
“E como será a Embrapa do futuro?”, refletiu o ministro. Ele reforçou a importância do recém-criado Grupo de<br />
Trabalho do SNPA (Serviço Nacional de Pesquisa Agropecuária), composto por cinco notáveis, que tem como objetivo<br />
pensar a Embrapa do futuro: o ex-presidente Silvio Crestana, os ex-ministros da Agricultura Roberto Rodrigues e Luiz<br />
Carlos Guedes Pinto, a economista da UFRJ, Ana Célia Castro, e o engenheiro, agricultor e pecuarista, Pedro Camargo<br />
Neto. “Esses cinco notáveis toparam o desafio de nos ajudar a pensar a Embrapa do futuro - o que e como vamos produzir<br />
e o que a Embrapa pode fazer para que isso aconteça. O maior mérito desse grupo será o de ouvir especialistas e<br />
construir coletivamente um projeto para os próximos 50 anos”, afirmou Carlos.<br />
A Embrapa apresentou em 2022 um lucro social de R$ 125,88 bilhões. Esses valores foram gerados a partir do<br />
impacto econômico no setor agropecuário de 172 tecnologias e 110 cultivares desenvolvidas pelas pesquisas. Isso<br />
significa que para cada R$ 1 aplicado na Embrapa, no ano passado, foram devolvidos R$ 34,70 para a sociedade. Em<br />
2021, para cada R$ 1 aplicado na instituição, foram devolvidos R$ 23,38, um crescimento que ficou na casa dos 50%<br />
em apenas um ano.<br />
Foto: divulgação<br />
12 www.referenciaflorestal.com.br
otaryax<br />
rotaryaxoficial<br />
MAIOR PRODUTIVIDADE,<br />
RESISTÊNCIA E QUALIDADE!<br />
sabres<br />
dentes de corte<br />
ponteiras substituíveis<br />
acessórios<br />
disco de feller<br />
coroas de tração
NOTAS<br />
Paraná Conservado<br />
O governo do Estado do Paraná confirmou em<br />
março a criação de quatro novas UCs (Unidades<br />
de Conservação). São áreas em Reserva do Iguaçu,<br />
Bituruna, São José dos Pinhais e Guaratuba que se<br />
juntarão a outras 70 UCs espalhadas pelo Estado. A<br />
ação integra um pacote de medidas que busca atrair<br />
mais visitantes para esses complexos, aliando turismo<br />
e educação ambiental como forma de conscientizar<br />
a população.<br />
Também nesses pouco mais de 3 meses de<br />
gestão, Ratinho Junior entregou veículos e equipamentos<br />
para reforçar a atuação de servidores em<br />
UCs; anunciou a reabertura ao público do Salto São<br />
Francisco, entre Guarapuava, Prudentópolis e Turvo;<br />
e ampliou o projeto Poliniza Paraná, com a instalação<br />
de novos meliponários (coleção de colmeias<br />
de abelhas nativas sem ferrão) em UCs e parques<br />
urbanos de todo o Estado. Além disso, confirmou<br />
a confecção de um livro com produção e edição do<br />
fotógrafo Zig Koch, notável profissional especializado<br />
em meio ambiente. O material conta com apoio<br />
e suporte técnico do IAT (Instituto Água e Terra),<br />
órgão vinculado à SEDEST (Secretaria de Estado do<br />
Desenvolvimento Sustentável). As novas UCs, inclusive,<br />
já foram batizadas: Estação Ecológica Tia Chica,<br />
em Reserva do Iguaçu (centro-sul); Estação Ecológica<br />
Reserva de Bituruna, no município de mesmo<br />
nome (sul); APA (Área de Proteção Ambiental) do<br />
Miringuava, em São José dos Pinhais (região metropolitana<br />
de Curitiba); e o Refúgio da Vida Silvestre<br />
das Ilhas dos Guarás, em Guaratuba (litoral).<br />
As três primeiras têm origem em condicionantes<br />
de licenciamentos de empreendimentos hídricos da<br />
Sanepar e da Copel. Já o refúgio possui o objetivo de<br />
proteger os guarás, aves que deram o nome à Guaratuba,<br />
e que retornaram à baía depois de décadas<br />
sem serem avistadas na região. A área vai reforçar<br />
o turismo sustentável no Litoral paranaense. As<br />
futuras UCs possuirão, juntas, ocupam a área de<br />
5.393,24 ha (hectares) e se somam às cerca de 70 já<br />
existentes no Paraná. Além disso, destacou o diretor<br />
de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto,<br />
o Estado está homologando a criação de outros<br />
nove complexos ambientais. “Essas ações integram<br />
o projeto Parques Paraná, que fomenta desenvolvimento<br />
e atividade turística à visitação nas UCs, mas<br />
também opera melhorias e promove a qualificação<br />
da visitação com educação ambiental, impulsionando<br />
e utilizando o turismo como instrumento para<br />
conservação”, explicou Rafael.<br />
Foto: divulgação<br />
14 www.referenciaflorestal.com.br
ihara.com.br<br />
Vença a batalha contra as plantas<br />
daninhas com seletividade.<br />
chegou yamato.<br />
Herbicida pré-emergente da IHARA<br />
que não dá chance para a matocompetição.<br />
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em área total.<br />
Sua floresta<br />
no limpo por<br />
mais tempo.<br />
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USE O LEITOR DE QR CODE DO SEU CELULAR<br />
AS DANINHAS VÃO SE RENDER!<br />
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YAMATO E PROTEJA SUA FLORESTA<br />
YAMATO E AXEEV TECHNOLOGY SÃO MARCAS REGISTRADAS PELA KUMIAI.<br />
ATENÇÃO<br />
ESTE PRODUTO É PERIGOSO À SAÚDE HUMANA, ANIMAL E AO MEIO<br />
AMBIENTE; USO AGRÍCOLA; VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO;<br />
CONSULTE SEMPRE UM AGRÔNOMO; INFORME-SE E REALIZE O MANEJO INTEGRADO DE<br />
PRAGAS; DESCARTE CORRETAMENTE AS EMBALAGENS E OS RESTOS DOS PRODUTOS;<br />
LEIA ATENTAMENTE E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO, NA BULA E NA RECEITA;<br />
E UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.
NOTAS<br />
Análise de mercado<br />
Foto: divulgação<br />
A FLORESTAR (Associação Paulista de Produtores,<br />
Fornecedores e Consumidores de Florestas<br />
Plantadas) publicou um artigo sobre as<br />
demandas que o setor florestal tem apresentado.<br />
Entre as principais dores que o mercado<br />
apresenta está a questão da mão de obra, que<br />
precisa ser altamente qualificada e muitas vezes<br />
não atinge o nível exigido. Confira abaixo<br />
uma parte do texto, a versão completa pode<br />
ser acessada no site da Associação: www.<br />
http://florestar.org.br/.<br />
O setor de base florestal está completamente<br />
inserido no tripé da sustentabilidade. É<br />
economicamente viável, ambientalmente correto<br />
e socialmente justo. Quando avaliamos as<br />
questões sociais, não tem como não levar em<br />
consideração o mercado de trabalho. No Estado<br />
de São Paulo, por exemplo, são 8.006 empresas<br />
ativas que atuam diretamente no setor<br />
florestal. Elas representam 19% das empresas<br />
do setor florestal brasileiro. Os três principais<br />
segmentos das empresas deste setor que<br />
atuam em São Paulo são: móveis (42%), celulose<br />
& papel (19,6%) e silvicultura e colheita<br />
(16,6%). Os números são da pesquisa RAIS<br />
2021 (Relação Anual de Informações Sociais),<br />
do Ministério do Trabalho e Emprego.<br />
Quando estes números são convertidos<br />
em postos de empregos gerados, também<br />
dentro do Estado de São Paulo, observamos<br />
que são 150 mil vagas de trabalho diretamente<br />
ligadas ao setor de florestas plantadas.<br />
Estes números têm ainda mais expressão se<br />
considerados também os postos indiretos e<br />
o efeito renda. Ao total, são cerca de 800 mil<br />
pessoas trabalhando, envolvidas com o setor.<br />
O segmento que mais emprega é o de celulose<br />
e papel, com 47% das vagas. Ainda de acordo<br />
com a pesquisa RAIS 2021, São Paulo é responsável<br />
pela geração de 23% dos empregos<br />
no setor florestal brasileiro.<br />
A partir de meados da década de 1980, o Brasil começou a conhecer a mecanização dos processos de colheita florestal.<br />
Com a evolução tecnológica, hoje equipamentos ultramodernos são utilizados no corte, transporte e processamento de toras.<br />
O trabalho manual pesado e, em certas situações perigoso, passou a ser feito por máquinas robustas e muito eficientes.<br />
Trabalhar com estes equipamentos se tornou um desafio para o trabalhador florestal. Produtos geralmente importados<br />
ainda exigem o mínimo de especialização para serem operados. Se por um lado melhoraram as condições de trabalho e<br />
surgiram funções mais bem remuneradas, por outro, há uma escassez deste profissional no mercado florestal brasileiro. De<br />
acordo com Matheus Esteves, vice-presidente da FLORESTAR (SP), a função de operador de máquinas florestais se manterá<br />
em alta enquanto o setor segue buscando por profissionais qualificados, ou simplesmente dispostos a se qualificarem em<br />
seus núcleos de treinamento e capacitação.<br />
16 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Conhecimento na prática<br />
Foto: divulgação<br />
A Reflore/MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas) realizou a Jornada<br />
<strong>Florestal</strong> Reflore. Durante os 25, 26 e 27 de abril, a associação levou 18 acadêmicos da UFMS (Universidade Federal de Mato<br />
Grosso do Sul) e 18 da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) a conhecer de perto o trabalho de algumas de<br />
nossas associadas.<br />
O objetivo era o de estreitar as interações entre a comunidade acadêmica e as empresas, mostrando aos alunos que o<br />
mercado está aquecido e que essas empresas estão de portas abertas para novos talentos. Os acadêmicos foram acompanhados<br />
pelo diretor executivo da Reflore (MS), Dito Mário, e por Vanessa Santana, coordenadora do GT Fitossanidade.<br />
A Jornada começou no lançamento da XI Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios, no dia 25, no Bioparque<br />
Pantanal, em Campo Grande. Após o evento, os alunos foram levados pela Reflore para a Fazenda Ramires, onde visitaram<br />
o viveiro e viram de perto os clones cultivados pela empresa. Além disso, conheceram o segmento de melhoramento genético,<br />
a parte das cepas, do enraizamento, do substrato, o preparo das mudas e do campo. Depois, visitaram uma área do<br />
plantio com um desses clones.<br />
No dia seguinte, visitaram a Bracell, em Água Clara. Lá, os acadêmicos puderam conhecer o viveiro de mudas e, depois,<br />
eles se encaminharam à fazenda do grupo, a Cana Brava, onde foi realizado o acompanhamento de análise de qualidade das<br />
mudas, a passagem delas para o plantio e, os alunos puderam inclusive, participar do plantio de algumas mudas.<br />
No dia 27, foi a vez de visitar o Grupo Mutum, em Ribas do Rio Pardo (MS), e apresentar aos alunos o sistema silvipastoril,<br />
depois, eles visitaram a carvoaria do grupo, onde puderam conferir como é preparado o carvão vegetal, além da parte<br />
de destocamento das áreas, que permite até o uso dos tocos no processo. Depois eles foram ao Grupo Copa, onde foram<br />
atendidos pela empresa Mantena, que mostrou aos acadêmicos a parte da produção de cavaco de eucalipto para biomassa.<br />
Além disso, eles também acompanharam uma área onde será realizada uma implantação de povoamento e puderam ver de<br />
perto os processos de gradagem e subsolagem para o preparo do plantio das mudas.<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Luta contra incêndios<br />
Com o tema: Fogo Zero – O<br />
melhor combate é a Prevenção, a Reflore/MS<br />
(Associação Sul-Mato-Grossense<br />
de Produtores e Consumidores<br />
de Florestas Plantadas) e empresas<br />
associadas lançaram a XI Campanha<br />
de Prevenção e Combate a Incêndios,<br />
no Bioparque Pantanal.<br />
“O objetivo é o Fogo Zero. Que<br />
a gente consiga (ao longo do tempo<br />
como entidade, como Estado e como<br />
país) evitar o máximo possível os<br />
incêndios, porque eles são danosos<br />
para os seres humanos, para o meio<br />
ambiente e trazem prejuízos com<br />
relação as atividades agroindustriais<br />
que a gente exerce. Então, Fogo Zero<br />
sempre vai ser o nosso objetivo!<br />
Acredito que a conscientização é o<br />
primeiro fator, o fator mais importante<br />
nesta luta. Juntos, somando forças,<br />
evitaremos os incêndios florestais.<br />
Afinal, o melhor combate é a prevenção!”,<br />
destacou Junior Ramires,<br />
presidente da Reflore (MS), em seu<br />
discurso na abertura do evento.<br />
Em um trabalho contínuo de<br />
prevenção e combate aos incêndios<br />
florestais, a união da Reflore (MS)<br />
com as empresas do setor de base<br />
florestal, produtores rurais, entidades<br />
e agentes públicos, tem sido<br />
essencial. Para levar informações e<br />
orientações para as comunidades urbanas<br />
e rurais estão previstas diversas<br />
ações, entre elas: blitz educativa com<br />
panfletagem no Dia Mundial do Meio<br />
Ambiente (05 de junho), treinamentos,<br />
palestras em escolas, divulgações<br />
nas redes sociais, entre outros. A XI<br />
Campanha de Prevenção e Combate<br />
a Incêndios é realizada pela Reflore/<br />
MS com as empresas associadas, em<br />
parceria com o governo do Estado de<br />
Mato Grosso do Sul, Comitê do Fogo<br />
do Estado, Sistema Famasul, Senar<br />
(MS), Corpo de Bombeiros Militar<br />
do Estado, Ibama (MS), Crea (MS) e<br />
Biosul (MS).<br />
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NOTAS<br />
Financiamento garantido<br />
O banco de desenvolvimento alemão KfW (Kreditanstalt fuer Wiederaufbau) selecionou o Projeto: Realiza Pará; apresentado<br />
pelo governo do Estado e desenvolvido pela Semas (Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade), para ser<br />
contemplado pelo Programa Fundo Floresta, que apoia Estados da Amazônia brasileira em ações para reduzir desmatamento,<br />
degradação florestal, promover a conservação e o uso sustentável dos recursos florestais. A aprovação garante ao Pará a<br />
destinação de 13 milhões de euros, para serem aplicados em proteção florestal e controle do desmatamento.<br />
O Realiza Pará: Capacidade de governo para o protagonismo subnacional no controle do desmatamento e promoção da<br />
bioeconomia; desenvolvido pela Semas e com participação de consultoria especializada, foi aprovado após conclusão de processo<br />
de concorrência com a participação de outros Estados da região. Além do Pará, o Amazonas teve um projeto selecionado.<br />
Também participaram os Estados do Acre, Amapá, Mato Grosso, Maranhão, Rondônia, Roraima e Tocantins.<br />
O resultado da seleção conta com a aprovação do Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento<br />
(BMZ), da Alemanha, e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do Brasil. O Programa Fundo Floresta foi<br />
lançado pelo banco KfW, por meio do Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ), para apoiar a<br />
proteção florestal, o controle do desmatamento e a bioeconomia na região amazônica. O Realiza Pará apoia o fortalecimento<br />
das ações de comando e controle sobre o desmatamento, a promoção de uma economia baseada na floresta, com base no<br />
PlanBio (Plano Estadual de Bioeconomia), e a capacitação da Semas e seus instrumentos de gestão.<br />
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acurácia da identificação<br />
de espécies no manejo<br />
florestal<br />
A identificação<br />
de espécies<br />
da flora é, sem<br />
dúvida, um<br />
dos principais<br />
desafios do<br />
censo florestal<br />
no âmbito do<br />
MFS para fins<br />
madeireiros, pois<br />
não é incomum<br />
a ocorrência<br />
de erros de<br />
identificação<br />
https://cipem.org.br<br />
O<br />
projeto para desenvolver: Um Sistema de Inteligência Artificial para Reconhecer<br />
Espécies no Manejo <strong>Florestal</strong> Madeireiro na Amazônia Brasileira; teve início em<br />
julho de 2022, pela firmação de Convênio de Cooperação entre o CIPEM (Centro<br />
das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado do Mato Grosso),<br />
financiador do projeto, e a UFPA (Universidade Federal do Pará), com interveniência<br />
administrativa e financeira da FADESP (Fundação de Amparo e Desenvolvimento da<br />
Pesquisa). No âmbito do MFS (Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável) - com fins madeireiros -, o IF100%<br />
(Inventário <strong>Florestal</strong> 100%), ou censo florestal, é uma atividade que antecede a exploração florestal,<br />
fundamental para identificação do potencial produtivo da floresta, regulação da produção<br />
e definição de estratégias operacionais nas etapas exploratórias e pós-exploratórias. Por meio do<br />
IF100%, as árvores de interesse econômico (e de valor potencial) e com diâmetro mínimo pré-estabelecido<br />
são mapeadas na floresta, recebem uma placa de identificação, têm sua localização<br />
definida com auxílio de GPS e comumente são identificadas por nomes vernaculares.<br />
A identificação de espécies da flora é, sem dúvida, um dos principais desafios do censo florestal<br />
no âmbito do MFS para fins madeireiros, pois não é incomum a ocorrência de erros de<br />
identificação. Os erros de identificação podem ter origem no campo, por exemplo, pela confusão<br />
devido ao compartilhamento de características entre espécies, pelo uso de diferentes nomes<br />
vernaculares para identificar uma mesma espécie, ou ainda, pelo uso do mesmo nome vernacular,<br />
por diferentes mateiros, para identificar espécies distintas. Soma-se a isso, os erros graves<br />
ocasionados pela conversão de nomes vernaculares para nomes científicos, baseado em listas<br />
pré-existentes de órgãos ambientais, que muitas vezes diferem entre si.<br />
Neste contexto, é fundamental a reflexão e o desenvolvimento de tecnologias inovadoras<br />
para aumentar a acurácia da identificação de espécies em IF100%. Uma abordagem de grande<br />
potencial é o uso de tecnologias baseadas em inteligência artificial, em especial, pela associação<br />
de técnicas de visão computacional e aprendizado de máquina.<br />
O projeto tem por objetivo desenvolver uma aplicação web para reconhecer automaticamente<br />
espécies da flora em IF100% no âmbito do MFS com fins madeireiros, baseado em imagens<br />
digitais do ritidoma (casca) e alburno de árvores, além de suas características qualitativas e quantitativas.<br />
É esperado que o produto originado do projeto seja de grande utilidade para o setor de<br />
base florestal, por se tratar de uma ferramenta auxiliar na identificação de árvores no MFS com<br />
fins madeireiros, seja por profissionais liberais, identificadores botânicos, técnicos de órgãos<br />
ambientais, leigos, entre outros. Portanto, espera-se contribuir para o aumento da acurácia na<br />
identificação de espécies, em especial, daquelas mais confundidas e, por conseguinte, minimizar<br />
os impactos ecológicos e econômicos originados pelos erros de identificação de espécies no<br />
IF100%. Por fim, esta tecnologia tem potencial para contribuir no refinamento da identificação<br />
de espécies em diferentes regiões da Amazônia.<br />
SOBRE O PROJETO:<br />
O projeto conta com uma equipe de especialistas de quatro instituições de ensino, sendo<br />
coordenado pelo professor Deivison Venicio Souza (UFPA), com colaboração do professor Samuel<br />
de Pádua Chaves e Carvalho (UFMT), professor Eduardo da Silva Leal (UFRA), professor Luis<br />
Eduardo Soares Oliveira (UFPR), e professora Márcia Orie de Souza Hamada (UFPA). O Projeto<br />
também possui uma bolsista de Mestrado Acadêmico no PPGBC (Programa de Pós-graduação<br />
em Biodiversidade e Conservação) da UFPA, Natally Celestino Gama, que está desenvolvendo a<br />
pesquisa intitulada: Reconhecimento de Espécies de Árvores no Manejo <strong>Florestal</strong> Baseado em<br />
Imagens de Cascas. A coleta de dados em campo está prevista para a segunda quinzena de julho<br />
de 2023, e ocorrerá em três Áreas de Manejo <strong>Florestal</strong> – AMF localizadas nos municípios de Nova<br />
Maringá (MT), Feliz Natal (MT) e Cotriguaçu (MT).<br />
Foto: divulgação<br />
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FRASES<br />
Foto: World Economic Forum / Boris Baldinger<br />
Trata-se de contribuição inédita do<br />
governo americano, que se somará<br />
de forma substantiva aos aportes já<br />
realizados pela Noruega e Alemanha.<br />
Será uma importante contribuição<br />
para o combate às atividades ilegais,<br />
mas sobretudo na construção de<br />
um modelo de desenvolvimento<br />
que resulte em um novo ciclo de<br />
prosperidade para a Amazônia,<br />
protegendo seus povos indígenas<br />
e tradicionais e gerando benefícios<br />
para a vida da população<br />
Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente sobre<br />
a doação dos EUA (Estados Unidos da América)<br />
para o Fundo Amazônia<br />
“Não só por aquilo que ele<br />
representa para o próprio<br />
setor florestal, como também<br />
para áreas como as indústrias<br />
alimentícia, farmacêutica,<br />
de higiene, além dos setores<br />
agrícolas e de energia, que<br />
dependem de soluções<br />
envolvendo a madeira, folhas e<br />
óleos para entregar seu produto<br />
final”<br />
“Esses temas são divisores<br />
de água para mantermos<br />
a competitividade do agro<br />
com segurança jurídica,<br />
sustentabilidade, paz no<br />
campo e mais comida<br />
na mesa do cidadão<br />
brasileiro”<br />
Wallison Tum, secretário da agricultura da Bahia,<br />
durante a apresentação do Plano Bahia <strong>Florestal</strong><br />
2033<br />
Senador Pedro Lupion (PP-PR) durante reunião da<br />
Frente Parlamentar da Agricultura<br />
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ENTREVISTA<br />
Fortalecimento<br />
DA CLASSE<br />
Strengthening the<br />
Business Class<br />
A<br />
engenharia florestal está na essência do setor de<br />
base florestal. São os engenheiros florestais que<br />
garantem o crescimento de todo o segmento.<br />
A valorização dos profissionais e as demandas<br />
do mercado tem elevado resultados e colocado<br />
esses profissionais em uma posição de cada vez mais destaque<br />
e importância para o setor. Pedro Salles, presidente da SBEF<br />
(Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais), evidencia sua<br />
trajetória na profissão e as conquistas da associação para os<br />
profissionais.<br />
F<br />
orest engineering is at the core of the Forest-based<br />
Sector. It is the forest engineers who guarantee the<br />
growth of the entire Sector. The appreciation of<br />
professionals and the market demands have had<br />
auspicious results and placed these professionals<br />
in a position of increasing prominence and importance for the<br />
Sector. Pedro Salles, President of the Brazilian Society of Forest<br />
Engineers (Sbef), highlights his trajectory in the profession and<br />
the Association’s achievements for professionals.<br />
ENTREVISTA<br />
Pedro Salles<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Presidente da SBEF (Sociedade Brasileira de Engenheiros<br />
Florestais), Presidente da Associação dos Engenheiros Florestais<br />
do Distrito Federal, Conselheiro Regional do CREA-DF (Conselho<br />
Regional de Engenharia e Agronomia) e representante do Crea-<br />
DF no Conselho de Meio Ambiente do Distrito Federal.<br />
President of the Brazilian Society of Forest Engineers, President<br />
of the Federal District Association of Forest Engineers, Regional<br />
Councilor of the Regional Council of Engineering and Agronomy<br />
(Crea-DF), and representative of Crea-DF on the Environmental<br />
Council of the Federal District<br />
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />
Engenheiro <strong>Florestal</strong> formado pela UNB (Universidade de<br />
Brasília) com especialização em Recuperação de Áreas Degradadas<br />
pela UFV (Universidade de Viçosa)<br />
Forest Engineer, University of Brasília (UNB) with graduate studies<br />
in Recovery of Degraded Areas, University of Viçosa (UFV).<br />
Foto: divulgação<br />
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ENTREVISTA<br />
>> Como surgiu seu interesse pela engenharia florestal?<br />
Costumo dizer que ser neto de um engenheiro agrônomo e<br />
filho de um biólogo fez com que a engenharia fosse um caminho<br />
natural. Eles, meu avô e meu pai, são as duas grandes referências<br />
para mim. Cresci vendo o Globo Rural e tendo muito<br />
contato com fazenda. Já meu pai me fez gostar de ambientes<br />
silvestres, como parques, e dessas influências gostar da floresta<br />
foi natural. Quando estava no momento de escolher o vestibular<br />
já tinha uma sensação de que seria um curso da área de<br />
engenharia, havia me preparado, e escolhi a florestal. Outro<br />
fato foi a importância estratégica que a profissão proporciona.<br />
Também havia um contexto no final dos anos 1990 que<br />
indicavam passos rumo à sustentabilidade e responsabilidade<br />
ambiental. Desde o início gostei muito das matérias e quando<br />
descobri o grande diferencial da ciência florestal no que diz<br />
respeito ao uso sustentável das florestas, decidi que era isso<br />
que queria para mim.<br />
>> Como foi sua chegada a SBEF?<br />
A chegada a SBEF também diria que foi um caminho natural.<br />
Durante o curso de engenharia florestal participei do centro<br />
acadêmico do diretório central de estudantes e também comandei<br />
junto com meus colegas a Associação dos Estudantes<br />
de Engenharia <strong>Florestal</strong>. Depois que me formei, o foco foi<br />
total na profissão. Foram aproximadamente 8 anos que passei<br />
vivendo em regiões fora do Distrito Federal, no norte do país<br />
principalmente. Quando voltei, já havia ingressado no serviço<br />
público e por estar novamente em Brasília, tive contato com<br />
os meus colegas que estavam organizados na associação de<br />
engenheiros florestais do Distrito Federal. Já tinha tido um<br />
prévio contato em Tocantins onde fui vice-presidente da associação<br />
no Estado. Em Brasília tive mais tempo para me dedicar.<br />
Fiz parte da associação local em diferentes cargos e tive a<br />
oportunidade de conhecer o ex-presidente da SBEF e alguns<br />
colegas mais antigos, que me falaram bastante sobre como<br />
se organizar uma entidade. Conheci a história da associação,<br />
apresentei minhas ideias e em 2015 passei a fazer parte da<br />
diretoria como secretário geral. Na eleição seguinte fui eleito<br />
presidente da SBEF.<br />
>> Quais as maiores conquistas da SBEF até aqui?<br />
A SBEF é uma entidade de representação profissional que<br />
funciona em caráter federativo. Quando foi fundada, em<br />
1968, haviam algumas entidades estaduais e a criação de uma<br />
entidade nacional nasceu de uma demanda natural do setor.<br />
Uma das grandes vitórias que merece destaque é a criação de<br />
novas entidades profissionais em outros Estados. Essas entidades<br />
fazem o corpo a corpo e a defesa do profissional mais próximo<br />
ao trabalho dele. A SBEF atua no âmbito nacional, tem<br />
outra inserção no trabalho de representação profissional e defesa<br />
dos direitos dos engenheiros. Outra conquista importante<br />
foi a criação do CONFEA (Conselho Nacional de Engenharia e<br />
Agronomia), uma instância consultiva específica para pensar<br />
assuntos da engenharia florestal. Essa instância é uma coordenadoria<br />
das câmaras de fiscalização que operam nos CREAs<br />
(Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia). Toda essa<br />
How did your interest in forestry come about?<br />
I often say that being the grandson of an agronomist and the<br />
son of a biologist made engineering a natural path. My grandfather<br />
and my father are the two references for me. I grew up<br />
watching the Globo Rural and having much contact with farming<br />
since my father often took me to wilderness environments,<br />
such as parks, and due to these influences, the forest became<br />
well-known to me. So, when I was choosing an entrance exam,<br />
I had several doubts but already had a feeling that it would<br />
be a course in engineering. I had prepared myself and chose<br />
the forest. Another fact was the strategic importance that the<br />
profession provides. The context in the late 1990s began to look<br />
toward sustainability and environmental responsibility. From<br />
the beginning, I liked the subjects. When I discovered the significant<br />
differential of forest science concerning the sustainable use<br />
of forests, I decided that this was what I wanted.<br />
How did you become interested in SBEF?<br />
I would say my first contact with Sbef was natural. While studying<br />
forest engineering, I participated in the academic center<br />
of the students’ central directory and started the Students of<br />
Forest Engineering Association with my colleagues. After I graduated,<br />
my focus was totally on the profession. I lived in regions<br />
outside the Federal District for approximately eight years, mainly<br />
in the Country’s North. When I returned, I had already joined<br />
the public service. Because I was again in Brasilia, I had contact<br />
with my colleagues who had organized the Forest Engineers<br />
Association in the Federal District. I already had a previous<br />
connection with the Association in the State of Tocantins, where<br />
I was Vice President of the State Association. Back in Brasilia,<br />
I had more time to dedicate to the activity. I took part in the<br />
local Association in different positions. I had the opportunity to<br />
meet the former Sbef President and several older colleagues,<br />
who told me a lot about how to organize an entity. I educated<br />
myself about Sbef, presented my ideas, and in 2015, I joined the<br />
board as General Secretary. In the next election, I was elected<br />
President of the entity.<br />
What are SBEF’S most significant achievements so far?<br />
Sbef is an entity representing professionals that operates on a<br />
federative basis. When it was founded in 1968, there were only<br />
several state entities, and creating a national entity was born<br />
from a natural demand of the Sector. One of the great victories<br />
that deserve highlighting is the creation of new professional entities<br />
in other states. These entities make body-to-body contacts<br />
and defend the professional closest to his work. Sbef operates<br />
at the national level and offers another benefit for the professional<br />
representation and defense of the rights of engineers.<br />
Another significant achievement was the creation of the National<br />
Council of Engineering and Agronomy (Confea), a specific<br />
consultative body to deal with forest engineering issues. This<br />
became the coordination of the inspection agents that operate<br />
in the Regional Councils of Engineering and Agronomy (Creas).<br />
All this organization facilitates and organizes the activities in<br />
Brasilia. Sbef has managed to present many proposals that<br />
came to fruition. This year, we are celebrating ten years since<br />
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ou 1,35 m² e 1,45 m² dotados de rotator de<br />
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hidráulico, equipamento que propicia a<br />
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necessidade da remoção de pinos<br />
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máquina, instalando a 3ª e 4ª função para<br />
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O uso da motosserra ainda se mostra vantajoso se realizado com<br />
segurança, técnica correta e de acordo com a Norma Regulamentadora<br />
N<br />
a edição anterior da Revista REFERÊNCIA FLO-<br />
RESTAL, o leitor conheceu os três primeiros<br />
pontos sobre a utilização da motosserra. Nesta<br />
edição a continuação desse tópico relacionado a<br />
segurança será apresentado.<br />
Antes, vamos recapitular os três pontos já apresentados:<br />
Freios manual e automático de corrente, localizado acima do<br />
silenciador e na frente do cabo dianteiro, servem para travar a<br />
corrente quando acionados de forma voluntária (manual) ou involuntária<br />
(automática) no caso de rebote; Pino pega- corrente,<br />
localizado logo abaixo do sabre e da corrente, fixado na carcaça<br />
inferior da máquina; sua função é interromper o curso da corrente<br />
nos casos de rompimento ou de saída da corrente de dentro<br />
da canaleta do sabre; e Protetor de mão direita, localizado na<br />
parte traseira da motosserra, logo abaixo do cabo da mão direita,<br />
sua função é proteger a mão direita e auxiliar o operador no momento<br />
de ligar a motosserra com o equipamento no solo.<br />
Conheça agora outros três pontos levantados pela equipe da<br />
Tecmater que toda empresa precisa saber para ter os melhores<br />
resultados na operação da motosserra.<br />
4. Protetor da mão esquerda: Localizado acima do silenciador<br />
e na frente do cabo dianteiro da motosserra, tem como<br />
função proteger a mão esquerda do operador, impedindo que a<br />
mesma atinja a corrente, caso perca contato ou escape do cabo<br />
dianteiro.<br />
Também pode evitar que a mão esquerda seja atingida por<br />
algum galho ou qualquer outro objeto quando projetado para a<br />
parte frontal na motosserra.<br />
5. Trava de segurança do acelerador: Localizada na parte<br />
superior do cabo traseiro, tem como função impedir a aceleração<br />
involuntária da motosserra.<br />
Para que ocorra a aceleração da máquina e inicie o movimento<br />
no sentido horário da corrente, deve-se pressionar simultaneamente<br />
o acelerador e a trava de segurança. Isso só é possível<br />
se a palma da mão direita envolver todo o cabo traseiro.<br />
6. Sistema de amortecimento contra vibração: Sua localização<br />
pode variar dependendo da máquina, mas geralmente um<br />
está próximo ao conjunto de corte e outro próximo ao cilindro do<br />
motor. Sua função é reduzir a vibração durante o trabalho com a<br />
máquina.<br />
Os seis dispositivos de segurança da motosserra nunca devem<br />
ser removidos ou modificados. O seu pleno funcionamento,<br />
aliado à técnica correta de manejo e ao manuseio seguro da máquina,<br />
garantem a segurança e a produtividade da atividade.<br />
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Maio 2023 41
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que se reinicia. Na parte prática da operação,<br />
a limpeza eficiente da área de plantio é o que garante que as<br />
mudas terão as melhores condições de crescer e atingir os<br />
objetivos ao final de seu ciclo de crescimento. Para promover<br />
essa limpeza e preparação da área de plantio, a Himev<br />
desenvolveu o Ecotritus ST 800 Extreme, triturador de tocos<br />
com alta potência e resultados surpreendentes.<br />
Com 18 anos de história, a indústria catarinense sediada<br />
em Campo Alegre, se tornou uma referência no segmento<br />
de limpeza de área. Combinando o que há de melhor em<br />
tecnologias internacionais, a Himev desenvolve e fabrica<br />
equipamentos dedicados para o mercado nacional, levando<br />
em conta cada necessidade e característica que o produtor<br />
brasileiro enfrenta no seu dia a dia. O ST 800 Extreme é um<br />
modelo que exemplifica todas as características da Himev<br />
quanto ao trabalho sério e qualidade dos implementos.<br />
N<br />
ew forest cycle begins long before the tree<br />
is felled. Planning the next planting ensures<br />
the best results and provides tranquility<br />
for starting the work for the next planting<br />
cycle. In the practical part of the operation,<br />
the efficient cleaning of the planting area ensures that the<br />
seedlings will have the best conditions to grow and achieve<br />
the objectives at the end of their growth cycle. Himev has<br />
developed the ST 800 Extreme, a stump grinder with high<br />
power and exceptional results to promote this clearing and<br />
preparation of the area to be planted.<br />
With 18 years of history, the Company, based in Campo<br />
Alegre, State of Santa Catarina, has become a reference in<br />
the area clearing segment. Combining the best in global<br />
technologies, Himev develops and manufactures specific<br />
equipment for the domestic market, considering each need<br />
and characteristic the Brazilian producer faces daily. The<br />
ST 800 Extreme model exemplifies all the Himev characteristics<br />
regarding the implements’ severe work conditions<br />
and quality.<br />
42 www.referenciaflorestal.com.br
Maio 2023 43
PRINCIPAL
Maio 2023 45
DIA DE CAMPO<br />
De ponta<br />
A PONTA<br />
Empresa paranaense<br />
oferece soluções<br />
completas para todas<br />
as áreas da operação<br />
florestal<br />
Fotos: Emanuel Caldeira e divulgação<br />
46 www.referenciaflorestal.com.br
EQUIPE DA VALE DO TIBAGI EM APRESENTAÇÃO PARA<br />
CONVIDADOS NO EVENTO DIA DE CAMPO, REALIZADO<br />
EM TRÊS BARRAS (SC)<br />
O<br />
segmento florestal vai muito além do plantio<br />
e corte de árvores. É necessário planejamento<br />
para cada decisão, organização das ações e<br />
excelência na execução das tarefas. Essas características<br />
representam o trabalho da Vale<br />
do Tibagi, empresa sediada em Telêmaco Borba (PR), trabalha<br />
há mais de 20 anos oferecendo serviços que se expandiram<br />
para muito além da operação florestal e hoje cobrem toda a<br />
cadeia produtiva da madeira.<br />
Fundada em 1999, a Vale do Tibagi iniciou suas atividades<br />
com processamento, transporte e comercialização de biomassa.<br />
Com a demanda crescente de clientes e as possibilidades<br />
que foram sendo abertas pelo mercado a VT, como é conhecida<br />
por seus clientes, ampliou suas atividades com a Certificação<br />
SASSMAQ que envolve a segurança, meio ambiente e<br />
qualidade na cadeia de logística.<br />
Os últimos anos foram de muito crescimento para a VT,<br />
que se iniciaram com a industrialização e início da fabricação<br />
de pellets premium pela empresa. A qualidade dos produtos<br />
foi reconhecida pelo mercado internacional, que passou a<br />
ser comercializado na Europa em 2018. Em 2019 a expansão<br />
foi na área logística, com a criação da filial em São José dos<br />
Pinhais (PR). No mesmo ano a certificação FSC foi conquistada,<br />
que abriu ainda mais portas para a VT. Os anos de 2020 e<br />
2021 marcaram, respectivamente, o início da comercialização<br />
de madeira pela empresa e as últimas grandes conquistas<br />
foram a construção da filial logística em Ponta Grossa (PR) e o<br />
pátio de biomassa, em Três Barras (SC).<br />
A VT é uma referência para toda a cadeia produtiva da<br />
madeira, mantendo em sua essência, o cuidado que a empresa<br />
tem com os clientes. Presente em três regiões do país,<br />
conta com colaboradores e equipamentos para atuar em mais<br />
de dez frentes de campo simultâneas. A visão da VT é que o<br />
cuidado com os clientes e a excelência em tudo que faz é o<br />
que conduziu a empresa ao patamar atual. Trabalhar com todos<br />
os clientes com o mesmo ímpeto e atenção desde sempre<br />
Maio 2023<br />
47
48<br />
DIA DE CAMPO
SOLO<br />
Solução<br />
SUSTENTÁVEL<br />
Fotos: divulgação<br />
50 www.referenciaflorestal.com.br
Biocarvão auxilia no aumento<br />
da produção e remove gás<br />
carbônico do solo<br />
P<br />
esquisa realizada na EMBRAPA (Empresa Brasileira<br />
de Pesquisa Agropecuária) com biochar<br />
ou biocarvão – finos de carvão (material com<br />
diâmetro inferior a 9,5mm provenientes da<br />
produção de carvão vegetal) – mostrou que seu<br />
uso no solo aumenta a biomassa microbiana e promove<br />
o crescimento das plantas e auxilia a mitigar as mudanças<br />
climáticas. É uma tecnologia limpa, que contribui na sustentabilidade<br />
da produção agrícola/florestal, e está alinhada<br />
com os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da<br />
ONU (Organização das Nações Unidas).<br />
O pesquisador Cristiano Andrade, da EMBRAPA Meio<br />
Ambiente, afirma que o uso do biochar é uma alternativa<br />
para mitigar as emissões antrópicas de gases de efeito estufa,<br />
que incluem as do setor agropecuário, responsável por<br />
cerca de 30% das emissões nacionais. Seu potencial para<br />
mitigação das emissões está relacionado com a captura de<br />
dióxido de carbono que a planta exala no campo, durante<br />
Maio 2023<br />
51
SOLO<br />
seu desenvolvimento, por meio da fotossíntese e posterior<br />
estabilização no carvão quando a biomassa é pirolisada à<br />
elevadas temperaturas (geralmente entre 350OC e 750OC),<br />
na ausência ou baixa concentração de oxigênio. Esse material,<br />
após aplicação no solo, é muito estável e permanecerá<br />
por séculos nos sistemas, promovendo melhorias relacionadas<br />
à fertilidade, física e microbiologia do solo.<br />
No Brasil, maior produtor mundial de carvão vegetal,<br />
os finos de carvão são gerados em grandes quantidades<br />
devido a sua alta fragmentação durante os processos de<br />
fabricação, manuseio e transporte. Dessa forma, na produção<br />
do carvão vegetal são gerados cerca de 25% a 30%<br />
de finos e apenas 20% são reaproveitados na indústria de<br />
ferro-gusa.<br />
Apesar de quaisquer outras formas de biomassas, sejam<br />
elas de origem animal ou vegetal, também poderem<br />
ser usadas na produção de biochar, o fato de os finos de<br />
carvão já estarem disponíveis é uma vantagem, uma vez<br />
que seu valor para o setor siderúrgico é relativamente baixo<br />
e há possibilidade de aplicação direta no solo ou uso na<br />
composição de fertilizantes organominerais.<br />
De acordo com o pesquisador da EMBRAPA Meio Ambiente,<br />
Wagner Bettiol, as plantas podem recrutar ativamente<br />
microrganismos benéficos em suas rizosferas para<br />
combater o ataque de fitopatógenos. O aumento de carbono<br />
da biomassa microbiana evidenciou que há um aumento<br />
dessa biomassa próxima às partículas de biochar. Além disso,<br />
foram observadas maiores taxas de crescimento de comunidades<br />
microbianas em camadas de solo enriquecidas<br />
com carvão vegetal, o que indica que os microrganismos<br />
são capazes de usar frações de carbono do biochar para seu<br />
desenvolvimento.<br />
A supressão de doenças de plantas causadas por patógenos<br />
de solo pode estar relacionada à capacidade de<br />
adsorção do biochar para reduzir os compostos (exsudatos<br />
de raízes), o que de outra forma facilitaria a detecção e infecção<br />
de patógenos nas raízes, uma vez que os exsudatos<br />
radiculares atuam como quimioatrativos para uma série<br />
de fitopatógenos e estimulam a germinação de esporos.<br />
“Em experimentos em casa-de-vegetação, o carvão ativado<br />
adsorve compostos alelopáticos produzidos pelas plantas.<br />
Assim, é razoável supor que as interferências do biochar<br />
incorporado ao solo ocorram entre as raízes e os patógenos<br />
de plantas que habitam o solo”, enfatiza Cristiano Andrade.<br />
O pesquisador afirma que não apenas a abundância,<br />
mas também o comportamento de crescimento das raízes<br />
podem mudar em resposta à presença de biochar. Com impactos<br />
positivos na fertilidade e nos atributos físicos e biológicos<br />
do solo, as raízes podem ter melhor desenvolvimento<br />
e vigor, contribuindo para o alcance de produtividades<br />
competitivas. “O foco em pesquisas futuras será avaliar um<br />
possível sinergismo entre agentes de biocontrole e biocarvão<br />
incorporado ao solo”, completa Cristiano.<br />
O foco em pesquisas futuras será<br />
avaliar um possível sinergismo<br />
entre agentes de biocontrole e<br />
biocarvão incorporado ao solo<br />
Cristiano Andrade,<br />
pesquisador EMBRAPA<br />
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DESENVOLVIMENTO<br />
INVESTIMENTO EM<br />
FLORESTAS<br />
PLANTADAS<br />
54 www.referenciaflorestal.com.br
Frente Parlamentar em Defesa da Silvicultura<br />
é instalada na Assembleia Legislativa e cria<br />
plano para qualificação e desenvolvimento do<br />
setor de florestas plantadas<br />
Fotos: REFERÊNCIA e divulgação<br />
Maio 2023<br />
55
DESENVOLVIMENTO<br />
A<br />
Assembleia Legislativa instalou a Frente<br />
Parlamentar em Defesa da Silvicultura, que<br />
será presidida pelo deputado Carlos Búrigo<br />
(MDB) e funcionará como um fórum permanente<br />
para discutir os temas de interesse<br />
do setor, além de atuar como um elo entre os governos<br />
estadual e federal.<br />
O destaque do lançamento foram os anúncios feitos<br />
pelos secretário-chefe da Casa Civil, do Rio Grande do<br />
Sul, acerca das alterações na legislação para a atividade<br />
silvícola. Artur Lemos revelou que está chegando hoje<br />
ao governador Eduardo Leite proposta de Plano Estadual<br />
para Qualificar as Florestas Plantadas no Rio Grande do<br />
Sul, programa que, em sua visão, deverá nortear o futuro<br />
da silvicultura no Estado. O secretário anunciou também<br />
que o governo deverá encaminhar ao Poder Legislativo<br />
projeto de lei ampliando o prazo de licença de operação<br />
para a atividade de 5 anos para 10 anos. “A sociedade<br />
pode ficar tranquila que nada será feito sem o devido debate.<br />
Vamos dialogar, discutir e avançar”, avisou Artur.<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
O proponente da frente parlamentar afirmou que a<br />
silvicultura pode e deve ser aliada da sustentabilidade<br />
ambiental. Búrigo lembrou que, além de gerar emprego,<br />
renda e impostos, as florestas plantadas reduzem a pressão<br />
sobre as florestas nativas e sobre a biodiversidade,<br />
protegem o solo e a água e são fatores de redução de<br />
emissões de carbono.<br />
No Rio Grande do Sul, a silvicultura gera 320 mil empregos<br />
diretos e indiretos e responde, conforme o emedebista,<br />
por 4% do PIB (Produto Interno Bruto). A cadeia<br />
é integrada por mais de 2500 indústrias e por 20 mil estabelecimentos<br />
de pequeno e médio porte que utilizam a<br />
matéria-prima oriunda das florestas plantadas.<br />
O presidente do Sindmadeira, Leonardo de Souza<br />
de Zorzi, ressaltou que, apesar de robusta, a atividade<br />
silvícola no Estado está aquém de sua capacidade. A<br />
produção de eucaliptos, por exemplo, é 50% menor do<br />
que a existente em Mato Grosso do Sul, e a de pinus é a<br />
metade da de Santa Catarina.<br />
Responsável por 10% das exportações gaúchas, com<br />
um volume anual de R$ 2 bilhões, o setor pleiteia a alteração<br />
do zoneamento ambiental para ampliar a produção<br />
no Estado.<br />
A vice-presidente da Assembleia Legislativa, delegada<br />
Nadine Anflor (PSDB), representou o presidente Valmir<br />
Zanchin (MDB) na cerimônia de lançamento. Ela falou<br />
sobre a importância do setor para o desenvolvimento<br />
sustentável e ressaltou o papel das frentes parlamentares.<br />
“As frentes parlamentares são um instrumento para<br />
discutir e propor políticas públicas. Esta que estamos<br />
instaurando hoje conta com o apoio unânime do parlamento,<br />
o que revela a sua importância”, frisou.<br />
DESENVOLVIMENTO DE FLORESTAS PLANTADAS<br />
O governo do Rio Grande do Sul anunciou no mesmo<br />
dia a criação do Qualisilvi-RS (Plano Estadual para Qualificação<br />
e Desenvolvimento do Setor de Florestas Plantadas<br />
no Estado do Rio Grande do Sul), com o objetivo de<br />
56 www.referenciaflorestal.com.br
traçar um panorama sobre o setor de base florestal no<br />
Estado, suas potencialidades e gargalos. O anúncio foi<br />
feito durante a instalação da Frente Parlamentar da Silvicultura<br />
na Assembleia Legislativa.<br />
O Qualisilvi-RS, que será coordenado pela SEAPI (Secretaria<br />
da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável<br />
e Irrigação), será instruído por meio de decreto a ser<br />
assinado nos próximos dias pelo governador Eduardo<br />
Leite. O plano deverá ser revisado com periodicidade mínima<br />
de 10 anos, podendo ser alterado ou modificado a<br />
qualquer tempo. Estiveram presentes no ato o titular da<br />
SEAPI, Giovani Feltes, e o secretário-chefe da Casa Civil,<br />
Artur Lemos.<br />
No Rio Grande do Sul, quatro espécies se destacam<br />
pelo tamanho de suas áreas de produção: o eucalipto,<br />
com cerca de 700 mil ha (hectares); o pinus, com aproximadamente<br />
300 mil ha; a acácia-negra, com quase 80 mil<br />
ha; e a erva-mate, espécie florestal nativa e não madeireira,<br />
com cerca de 28 mil ha.<br />
“A SEAPI reconhece a importância estratégica da base<br />
florestal como atividade agrícola sustentável. Essa qualificação<br />
e a criação de parâmetros para o desenvolvimento<br />
do setor é essencial para o incremento das florestas<br />
plantadas, atividade econômica imprescindível para o Rio<br />
Grande do Sul”, disse Giovani Feltes. A SEAPI é a instituição<br />
responsável pela Política Estadual das Florestas Plantadas<br />
e pela operação do cadastro florestal no Estado.<br />
Lemos destacou que o conhecimento agregado e as<br />
mudanças nas legislações ambientais permitem que o<br />
governo seja mais assertivo nas discussões. “O Qualisilvi-<br />
-RS dá encaminhamento para o futuro da silvicultura no<br />
Estado. Sabemos da sua importância para o ambiente e<br />
para as mudanças climáticas, mas também para ampliar<br />
a participação na economia e desenvolver novos negócios<br />
com tecnologia”, ressaltou Giovani.<br />
Para o diretor do Departamento de Defesa Vegetal<br />
da SEAPI, Ricardo Felicetti, o Qualisilvi-RS surge como<br />
um instrumento de modernização da base florestal do<br />
Rio Grande do Sul e atende às demandas do setor e dos<br />
produtores florestais, além de proporcionar benefícios à<br />
cadeia produtiva e ao Estado como um todo.<br />
A sociedade pode ficar tranquila<br />
que nada será feito sem o<br />
devido debate. Vamos dialogar,<br />
discutir e avançar<br />
Artur Lemos, Secretário-chefe da<br />
Casa Civil, do Rio Grande do Sul<br />
QUALISILVI-RS<br />
O decreto para criação do Qualisilvi-RS foi construído<br />
a partir da Câmara Setorial das Florestas Plantadas, com<br />
a participação das instituições que compõem o grupo:<br />
UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), AGEFLOR<br />
(Associação Gaúcha de Empresas Florestais), FARSUL (Federação<br />
da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul),<br />
FETAG (Federação dos Trabalhadores na Agricultura no<br />
Rio Grande do Sul), EMATER/RS-ASCAR (Associação Riograndense<br />
de Empreendimentos de Assistência Técnica e<br />
Extensão Rural, Associação Sulina de Crédito e Assistência<br />
Rural) e SINDIMADEIRA-RS (Sindicato Intermunicipal<br />
das Indústrias Madeireiras, Serrarias, Carpintarias, Tanoarias,<br />
Esquadrias, Marcenarias, Móveis, Madeiras Compensadas<br />
e Laminadas, Aglomerados e Chapas de Fibras<br />
de Madeiras do Estado do Rio Grande do Sul).<br />
Maio 2023<br />
57
58 www.referenciaflorestal.com.br
PLANEJAMENTO<br />
Trabalhando<br />
PELO FUTURO<br />
60 www.referenciaflorestal.com.br
Poder público e representantes da iniciativa<br />
privada se reúnem para discutir os planos<br />
para a indústria de base florestal no Paraná<br />
Fotos: REFERÊNCIA e divulgação<br />
Maio 2023<br />
61
PLANEJAMENTO<br />
O<br />
Bloco Temático da Madeira, da ALEP (Assembleia<br />
Legislativa do Paraná), realizou<br />
a primeira audiência pública sobre as<br />
oportunidades e desafios do setor florestal<br />
paranaense, com o intuito de aprofundar<br />
o debate junto ao setor produtivo e a sociedade. O evento<br />
foi convocado pelo deputado Artagão Júnior (PSD), presidente<br />
do Bloco, e teve como intuito traçar um panorama<br />
sobre o setor e sua importância na economia do Estado.<br />
As discussões poderão embasar políticas públicas voltadas<br />
ao setor florestal, visando ampliar a representatividade do<br />
Paraná na produção madeireira. O setor madeireiro surpreende<br />
muito pelos seus números, que muitas vezes não<br />
são do conhecimento da sociedade. “É um segmento relevante<br />
que nem sempre é compreendido. Por isso, o Bloco<br />
da Madeira foi criado e a partir desta primeira audiência<br />
passaremos a desenvolver o aprofundamento nos trabalhos<br />
e estamos abertos às discussões”, destacou Artagão.<br />
O deputado diferenciou a importância da floresta nativa<br />
para as florestas plantadas, segmento que corresponde<br />
ao cultivo de eucalipto, pinus, bracatinga e araucária, viveiros<br />
florestais, extração de madeira, produção de carvão,<br />
dentre outros produtos citados pelo deputado. “O setor<br />
de florestas plantadas fechou o ano com 553 mil postos de<br />
trabalho diretos e 1,59 milhão indiretos. Naturalmente, um<br />
segmento como este precisa de atenção do poder público<br />
para ajudar o Brasil a ir para a frente”, frisa Artagão.<br />
Artagão Junior citou os principais dados produtivos do<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br
Maio 2023 63
64 www.referenciaflorestal.com.br
Maio 2023 65
PESQUISA<br />
Predição da produção total em povoamentos de<br />
PINUS TAEDA L.<br />
por diferentes categorias de modelos<br />
Fotos: divulgação<br />
66 www.referenciaflorestal.com.br
RICARDO CAVALHEIRO<br />
UFPR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)<br />
SEBASTIÃO DO A. MACHADO<br />
UFPR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)<br />
AFONSO FIGUEIREDO FILHO<br />
UNICENTRO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE)<br />
ALLAN LIBANIO PELISSARI<br />
UFPR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)<br />
GABRIEL ORSO<br />
UFPR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)<br />
Maio 2023<br />
67
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Maio 2023<br />
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71
AGENDA<br />
AGENDA2023<br />
LIGNA HANNOVER<br />
Data: 15 a 19<br />
Local: Hannover (Alemanha)<br />
https://www.ligna.de/en/<br />
Congresso de Plantações Florestais<br />
Data: 23 a 25<br />
Local: Piracicaba (SP)<br />
https://www.ipef.br/<br />
MAIO<br />
2023<br />
MAIO<br />
2023<br />
MAI<br />
2023<br />
VII REUNIÃO PARANAENSE DE<br />
CIÊNCIA DO SOLO<br />
A RPCS (Reunião Paranaense de Ciência do Solo) é um<br />
evento técnico científico promovido pelo NEPAR-SBCS<br />
(Núcleo Paranaense de Ciência do Solo vinculado à<br />
Sociedade Brasileira de Ciência do Solo) e organizado<br />
por entidades técnico científicas do Estado do Paraná.<br />
Nessa oitava edição conta com a organização da UTFPR<br />
(Universidade Tecnológica Federal do Paraná) em uma<br />
parceria entre os três Campus do Sudoeste (Dois Vizinhos,<br />
Francisco Beltrão e Pato Branco) associados com a<br />
UNISEP, IDR (PR) e IFPR, de Palmas (PR).<br />
Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />
VII Reunião Paranaense de Ciência do Solo<br />
Data: 16 a 19<br />
Local: Dois Vizinhos (PR)<br />
https://sbcs-nepar.org.br/<br />
MAIO<br />
2023<br />
AGO<br />
2023<br />
EXPOFOREST 2023<br />
Expoforest Integra conta com o apoio de importantes<br />
agentes, que assim como nós, acreditam no setor<br />
florestal brasileiro e estão nos ajudando a divulgar a<br />
maior edição de todas as Expoforest, que será realizada<br />
de 9 a 11 de agosto deste ano em Guatapará, região de<br />
Ribeirão Preto (SP). O setor de base florestal no Brasil é<br />
um dos mais fortes do mundo. Empresas, instituições,<br />
profissionais e tecnologias de excelência estão presentes<br />
e atuantes no cenário nacional. A maior feira florestal<br />
dinâmica do mundo uniu os mais importantes players do<br />
setor para deixar a Expoforest 2023 ainda melhor.<br />
72 www.referenciaflorestal.com.br
Foto: divulgação<br />
ESPAÇO ABERTO<br />
Gestão de gastos em TI:<br />
ESPECIALISTA<br />
INDICA AÇÕES PARA<br />
OTIMIZAR PROJETOS<br />
Por Milton Felipe Helfenstein,<br />
formado em ciências econômicas pela<br />
UNIJUI (Universidade Regional do Noroeste<br />
do Estado do Rio Grande do Sul) e atua<br />
como CCO (Chief Commercial Officer) na<br />
Envolti Sistemas de Informação<br />
Inflação, folha de pagamento<br />
inchada e falta de visão<br />
estratégica podem<br />
influenciar no gerenciamento<br />
dos recursos. Executivo da<br />
Envolti orienta os gestores a<br />
lidar com a situação<br />
N<br />
os dias de hoje, muitas empresas encaram o desafio<br />
de fazer mais com menos. Isso inclui o setor de TI<br />
(tecnologia da informação), que muitas vezes enfrenta<br />
restrições na definição do orçamento.<br />
Para impulsionamento do crescimento e melhor<br />
gestão, a expectativa do gestor é aumentar gradativamente o orçamento<br />
de TI. Porém, esta não é a realidade de todos os CIOs. Por<br />
isso, o bom gerenciamento dos recursos é que vai trazer os melhores<br />
benefícios aos negócios. “Quando se trata de orçamento, a impressão<br />
do gestor é que este nunca parece ser o suficiente para todas as<br />
possibilidades de inovação. Na verdade, com um controle minucioso,<br />
é possível aplicar o dinheiro da forma mais adequada e extrair o melhor<br />
proveito para a organização, em pontos estratégicos e de maior<br />
impacto operacional”, alerta Milton Felipe Helfenstein, CCO da Envolti,<br />
empresa de tecnologia que desenvolve soluções sob medida.<br />
Apesar da estimativa de aumento nos investimentos com TI de<br />
5,1% em média, para 2023, de acordo com a empresa de pesquisa<br />
Gartner, a inflação global projetada de 6,5% é um dos desafios para<br />
que isto aconteça. Contratempos com retenção de mão de obra e<br />
problemas com fornecimento completam a lista de desafios para os<br />
gestores da área. Embora o orçamento possa ser apertado, com um<br />
pouco de planejamento e estratégias, as empresas podem manter<br />
suas operações de TI em andamento sem gastar mais do que precisam.<br />
Abaixo, o especialista cita algumas medidas:<br />
• Priorize seus gastos: é importante avaliar com cuidado quais<br />
são as necessidades mais urgentes em termos de tecnologia e concentrar<br />
os gastos da empresa nesses itens. O mais indicado é investir<br />
em ferramentas e serviços que irão melhorar significativamente a<br />
eficiência da empresa do que em soluções menos essenciais.<br />
• Terceirize o trabalho: o executivo orienta a buscar empresas<br />
com equipe especializada para evitar o inchaço da folha de pagamento,<br />
principalmente no caso de algum projeto grande. Isso pode ajudar<br />
a economizar dinheiro em salários e benefícios, enquanto conta<br />
com o trabalho de uma equipe altamente qualificada.<br />
• Invista em treinamento: um dos desafios recentes da TI é a<br />
questão de mão de obra. Quando sua equipe de TI está bem treinada,<br />
ela pode ser mais eficiente e eficaz no trabalho que realiza, dispensando<br />
a necessidade de novas contratações.<br />
• Saiba diferenciar custo de investimento: as áreas da empresa<br />
em que os líderes de TI gastam dinheiro, mas não têm nenhum<br />
crescimento, são claramente custos, enquanto os investimentos são<br />
onde eles gastam dinheiro agora para obter retornos múltiplos mais<br />
tarde.<br />
• Defina a visão tecnológica da empresa: é importante que o<br />
planejamento da TI seja claro e decidido, para que não haja custos<br />
extras com itens que o gestor não tem certeza se precisa.<br />
Ou seja, eliminar gastos que possam ser adiados e contar com<br />
uma boa estratégia e um planejamento com visibilidade para todo o<br />
ano, no mínimo, parece ser o caminho para enfrentar a situação de<br />
um orçamento apertado para lidar com a TI. “É importante que os<br />
gestores entendam que ignorar certos custos pode levar a situações<br />
problemáticas relacionadas a dificuldade nas entregas, equipes sobrecarregadas<br />
e insatisfeitas e baixa qualidade dos projetos”, conclui<br />
Milton.<br />
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