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Revista Coamo Edição de Abril de 2023

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evista<br />

www.coamo.com.br<br />

abril/<strong>2023</strong><br />

ano 49 edição 534<br />

Safra <strong>de</strong> Verão<br />

Colheita consolida a<br />

maior produção na<br />

história da cooperativa<br />

Copa <strong>Coamo</strong><br />

Evento comemora<br />

30 anos com<br />

novida<strong>de</strong>s<br />

Roland Schurt,<br />

<strong>de</strong> Goioerê (PR)<br />

Pecuária integrada<br />

Com características adaptáveis às diferentes realida<strong>de</strong>s e necessida<strong>de</strong>s<br />

das proprieda<strong>de</strong>s, ativida<strong>de</strong> é opção estratégica seja para a diversificação<br />

em complementação à agricultura ou como fonte principal <strong>de</strong> renda


Para o seu<br />

outono, receitas<br />

(per)feitas com<br />

<strong>Coamo</strong><br />

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expediente<br />

Órgão <strong>de</strong> divulgação da <strong>Coamo</strong><br />

ano 49 | edição 534 | abril <strong>2023</strong><br />

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO<br />

Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos, Wilson Bibiano Lima, Ana Paula Bento Pelissari Smith,<br />

Antonio Marcio dos Santos, Ruthielle Borsuk da Silva, Guilherme Augusto Boller,<br />

Raquel Sumie Eishima, Aline Aristi<strong>de</strong>s Bazán, Marcos Gabriel Batista dos Santos<br />

e Kamilly Santana Cazotto.<br />

Contato: (44) 3599-8129 - comunicacao@coamo.com.br<br />

Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima, Ana<br />

Paula Bento Pelissari Smith, Ruthielle Borsuk da Silva, Guilherme Augusto Boller<br />

e Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

<strong>Edição</strong> <strong>de</strong> fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima<br />

Contato publicitário<br />

- Agromídia Desenvolvimento <strong>de</strong> Negócios Publicitários. Contato: (11) 5092-3305<br />

- Guerreiro Agromarketing. Contato: (44) 99180-4450<br />

Acompanhe a <strong>Coamo</strong> pelas re<strong>de</strong>s sociais<br />

É permitida a reprodução <strong>de</strong> matérias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte. Os artigos assinados ou cita-dos<br />

não exprimem, necessariamente, a opinião da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />

COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />

SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 - Caixa Postal, 460 - www.coamo.com.br<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presi<strong>de</strong>nte: Engenheiro Agrônomo, José Aroldo Gallassini. MEMBROS VOGAIS: Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari,<br />

Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Emilio Magne Guerreiro Júnior, Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy, Rogério <strong>de</strong> Mello Barth e Adriano Bartchechen.<br />

CONSELHO FISCAL: Jonathan Henrique Welz Negri, Igor Eduardo <strong>de</strong> Mello Schreiner e Alessandro Gaspar Colombo (Membros Efetivos). Maico Rispar, Vinicius Amaral Costa e<br />

Antonio Fernando Nunes Júnior (Membros Suplentes).<br />

DIRETORIA EXECUTIVA: Presi<strong>de</strong>nte Executivo: Airton Galinari. Diretor Administrativo e Financeiro: Antonio Sérgio Gabriel. Diretor Comercial: Rogério Trannin <strong>de</strong> Mello.<br />

Diretor Industrial: Divaldo Corrêa. Diretor <strong>de</strong> Logística e Operações: E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira. Diretor <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência Técnica: Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias.<br />

Extensão Territorial: 4,5 milhões <strong>de</strong> hectares. Capacida<strong>de</strong> Global <strong>de</strong> Armazenagem: 7,02 milhões <strong>de</strong> toneladas. Receita Global <strong>de</strong> 2022: R$ 28,144 bilhões.<br />

Sobras liquidas: R$ 2,258 bilhões. Tributos e taxas gerados e recolhidos: R$ 681,413 milhões. Cooperados: mais <strong>de</strong> 30,7 mil. Municípios presentes: 74. Unida<strong>de</strong>s: 114.<br />

abril/<strong>2023</strong> revista<br />

3


Este conteúdo é <strong>de</strong>stinado a profissionais do setor agrícola.<br />

sumário<br />

//<br />

Fox ® Xpro tem<br />

amplo espectro <strong>de</strong> controle.<br />

Por isso,<br />

QUEM<br />

USA, NÃO<br />

TROCA.<br />

Preparado para<br />

evoluir no resultado<br />

mais uma vez?<br />

Fox ® Xpro,<br />

a evolução da confiança.<br />

/////////////////////////<br />

/////////////////////////////////////////////////////////////<br />

4 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


índice<br />

Entrevista<br />

10<br />

Rosana Botelho, investigadora na Polícia Civil do Paraná e palestrante na área <strong>de</strong> Inteligência<br />

Emocional e Segurança Pública, orienta sobre ações <strong>de</strong> prevenção nas proprieda<strong>de</strong>s rurais<br />

Pecuária<br />

14<br />

Ativida<strong>de</strong> é extremamente importante para as famílias em toda a área <strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong>, como uma<br />

opção para a diversificação <strong>de</strong> renda em complementação à agricultura ou como fonte principal<br />

24<br />

Tour da Safra<br />

Nesta edição, será apresentado o cenário agrícola nas regiões Centro-Sul<br />

e Sudoeste do Paraná e Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina. Foi possível acompanhar<br />

colheitas e o planejamento para a segunda safra<br />

Safra histórica<br />

32<br />

<strong>Coamo</strong> está recebendo a maior safra <strong>de</strong> soja da história. São mais <strong>de</strong> 92 milhões <strong>de</strong> sacas. Um<br />

trabalho que precisou <strong>de</strong> planejamento e empenho em todas as unida<strong>de</strong>s da cooperativa<br />

Via Sollus 15 anos<br />

39<br />

Corretora disponibiliza seguros agrícola, <strong>de</strong> veículo, máquina e implemento, resi<strong>de</strong>ncial, vida, empresarial,<br />

prestamista e outros, aten<strong>de</strong>ndo às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cooperados, funcionários e comunida<strong>de</strong><br />

Jovens Lí<strong>de</strong>res<br />

46<br />

Começou recentemente a 27ª turma do Programa <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas. Neste ano,<br />

participam do programa mais <strong>de</strong> 60 cooperados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul<br />

abril/<strong>2023</strong> revista<br />

5


governança<br />

Reivindicações do setor agrícola ao Governo Fe<strong>de</strong>ral<br />

Recentemente, junto com diretores<br />

da Ocepar, participei<br />

em Brasília da primeira<br />

reunião da nova diretoria da entida<strong>de</strong><br />

e tivemos audiências com<br />

<strong>de</strong>putados da Frente Parlamentar<br />

da Agricultura e representantes<br />

do Governo Fe<strong>de</strong>ral, entre eles, o<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte da República.<br />

Apresentamos a eles o<br />

cenário atual da nossa agricultura<br />

e reivindicações do nosso setor,<br />

principalmente, àquelas do<br />

Estado do Paraná, em <strong>de</strong>fesa dos<br />

nossos produtores, <strong>de</strong>vido os<br />

problemas com o milho segunda<br />

safra, prejudicado pelo excesso<br />

<strong>de</strong> chuva e a prorrogação do ciclo<br />

da soja, o que impossibilitou<br />

o plantio <strong>de</strong>ntro do zoneamento<br />

agrícola.<br />

Para o milho segunda safra<br />

plantado fora da época recomendada<br />

no zoneamento agrícola,<br />

as seguradoras não podiam<br />

mais efetuar o seguro. Muitos<br />

produtores fizeram o financiamento,<br />

pagaram seus insumos<br />

e não pu<strong>de</strong>ram plantar o cereal,<br />

<strong>de</strong>vido ao atraso na colheita da<br />

soja, ocorrido por problemas climáticos,<br />

e não por culpa <strong>de</strong>les.<br />

Avançamos muito na<br />

questão do seguro e verificamos<br />

aumento na a<strong>de</strong>são dos produtores<br />

a este importante mecanismo<br />

<strong>de</strong> proteção. Em safras anteriores<br />

os produtores tiveram suas perdas<br />

amenizadas com o recebimento<br />

das in<strong>de</strong>nizações. Recomendamos<br />

que seja feita a coisa certa,<br />

ou seja, o plantio <strong>de</strong>ntro do zoneamento<br />

e a contratação <strong>de</strong> seguro<br />

para proteção das lavouras.<br />

Em função da situação<br />

atípica <strong>de</strong>ste ano, reivindicamos<br />

ao Governo Fe<strong>de</strong>ral para que em<br />

caso <strong>de</strong> frustração dos produtores<br />

que plantaram fora do zoneamento<br />

agrícola e não tiverem<br />

produção para quitar seus débitos,<br />

que haja prorrogação <strong>de</strong><br />

suas dívidas. E para àqueles que<br />

não plantaram o cereal <strong>de</strong>ntro<br />

do prazo, que eles possam utilizar<br />

os recursos do financiamento<br />

para a cultura do trigo.<br />

Esta reivindicação faz<br />

sentido tendo em vista que para<br />

quem fez o financiamento e<br />

plantou fora do zoneamento, o<br />

governo enten<strong>de</strong> que ele <strong>de</strong>ve<br />

<strong>de</strong>volver o dinheiro, mas por<br />

outro lado, o produtor pagou os<br />

insumos e não tem como fazer a<br />

<strong>de</strong>volução dos recursos.<br />

Não é uma questão fácil<br />

<strong>de</strong> se resolver, mas reivindicamos<br />

ao governo e estamos confiantes<br />

que seja encontrada uma solução<br />

para os nossos produtores.<br />

Também reivindicamos a<br />

liberação do Plano Safra <strong>2023</strong>/24.<br />

As informações preliminares são<br />

<strong>de</strong> que está faltando recursos,<br />

<strong>de</strong>vido as dificulda<strong>de</strong>s na aprovação<br />

do orçamento do governo<br />

no Congresso Nacional e que o<br />

Plano Agrícola beneficiará mais os<br />

pequenos agricultores com volumes<br />

menores. E isso é uma gran<strong>de</strong><br />

preocupação para o setor agrícola.<br />

As li<strong>de</strong>ranças do agronegócio<br />

e do cooperativismo estão<br />

"Reivindicamos a<br />

liberação do Plano Safra<br />

<strong>2023</strong>/24. Informações<br />

dão conta da falta<br />

<strong>de</strong> recursos, <strong>de</strong>vido<br />

as dificulda<strong>de</strong>s na<br />

aprovação do orçamento<br />

do Governo no Congresso<br />

Nacional."<br />

acompanhando o andamento<br />

<strong>de</strong>stas situações que prejudicam o<br />

nosso setor. Esperamos o bom sendo<br />

do governo e que o atendimento<br />

dos nossos pedidos para que<br />

possamos plantar com recursos e<br />

continuar produzindo alimentos,<br />

gerando empregos e divisas para a<br />

economia brasileira.<br />

JOSÉ AROLDO GALLASSINI,<br />

Presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração <strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />

abril/<strong>2023</strong> revista<br />

7


gestão<br />

Safra histórica <strong>de</strong> soja com gran<strong>de</strong>s esforços e resultados<br />

Com esforço, profissionalismo, infraestrutura e<br />

logística, recebemos a maior safra <strong>de</strong> soja na<br />

história dos 52 anos da <strong>Coamo</strong>, registrando<br />

mais <strong>de</strong> 92 milhões <strong>de</strong> sacas, que é um novo recor<strong>de</strong><br />

na história da cooperativa. A safra foi expressiva em<br />

todas as nossas regiões, com exceção do Oeste do<br />

Paraná, on<strong>de</strong> foi consi<strong>de</strong>rada boa, mas abaixo das<br />

previsões.<br />

Esse recor<strong>de</strong> é uma conquista celebrada por<br />

todos, resultado do uso <strong>de</strong> tecnologias que resultaram<br />

em gran<strong>de</strong>s produtivida<strong>de</strong>s, e dos nossos funcionários<br />

que fizeram a diferença com empenho e<br />

comprometimento, e ajudaram a superar metas em<br />

um período curto <strong>de</strong> colheita.<br />

A safra <strong>de</strong> soja foi colhida com atraso <strong>de</strong>vido<br />

as chuvas e foi necessário implantarmos uma logística<br />

diferenciada para receber a produção. Foram instalados<br />

mais <strong>de</strong> 40 alqueires <strong>de</strong> silo bolsa somando<br />

todas as áreas ocupadas com esta alternativa <strong>de</strong> armazenagem,<br />

principalmente no Mato Grosso do Sul.<br />

Também alugamos 13 armazéns infláveis no Paraná<br />

e Mato Grosso do Sul, além <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 30 unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> terceiros locadas para acomodar a produção dos<br />

cooperados no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso<br />

do Sul. Sem contar as alternativas utilizadas nos<br />

entrepostos com os big bags cobertos com lonas,<br />

conhecidos como ‘piscinas’.<br />

Como sempre diz o Dr. Aroldo, nosso presi<strong>de</strong>nte<br />

do Conselho <strong>de</strong> Administração, “safra se faz<br />

na safra”. Para cumprir esta missão fizemos novamente<br />

o nosso melhor e um gran<strong>de</strong> esforço neste<br />

momento <strong>de</strong> coroamento <strong>de</strong> todo um ciclo, que é o<br />

da colheita.<br />

O ritmo lento na comercialização da soja impactou<br />

o mercado e a rentabilida<strong>de</strong> dos produtores,<br />

que aguardavam alta nos preços. Mas, <strong>de</strong>vido aos<br />

estoques mundiais, os preços tiveram uma queda<br />

significativa. Para obter uma melhor média <strong>de</strong> preços<br />

durante o ano, o i<strong>de</strong>al é que o produtor faça a<br />

venda da sua produção <strong>de</strong> forma escalonada.<br />

O cooperado da <strong>Coamo</strong> está <strong>de</strong> parabéns<br />

" A <strong>Coamo</strong> lançou o Plano <strong>de</strong> Insumos<br />

para safra <strong>de</strong> verão com as melhores<br />

condições possíveis sendo uma relação <strong>de</strong><br />

troca <strong>de</strong>ntro da média histórica."<br />

pelas excelentes produtivida<strong>de</strong>s e tem a certeza <strong>de</strong><br />

contar sempre com o apoio, assistência, segurança<br />

e soli<strong>de</strong>z da sua cooperativa, pois “na <strong>Coamo</strong>, sua<br />

safra está segura, está em casa.”<br />

A agricultura não para e as operações <strong>de</strong>vem<br />

obe<strong>de</strong>cer a um cronograma a<strong>de</strong>quado para que<br />

o cooperado tenha todos os insumos no momento<br />

certo para implantar a sua safra. Por isso, no dia 02<br />

<strong>de</strong> maio, a <strong>Coamo</strong> lançou o Plano <strong>de</strong> Insumos para<br />

<strong>2023</strong>/2024. Esperamos o melhor momento para oferecer<br />

aos cooperados as melhores condições possíveis.<br />

Apesar dos preços das commodities estarem<br />

abaixo dos anos anteriores, os valores dos insumos<br />

também baixaram, e assim po<strong>de</strong>mos oferecer uma<br />

relação <strong>de</strong> troca <strong>de</strong>ntro da média histórica.<br />

AIRTON GALINARI<br />

Presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong><br />

abril/<strong>2023</strong> revista<br />

9


entrevista<br />

ROSANA CLÁUDIA BOTELHO<br />

Investigadora na Polícia Civil do Paraná e palestrante na área <strong>de</strong> Inteligência Emocional e Segurança Pública<br />

“Conhecimento e medidas preventivas adotadas po<strong>de</strong>m<br />

garantir maior segurança na comunida<strong>de</strong> rural.”<br />

“ Sempre busquei contribuir<br />

com a comunida<strong>de</strong> levando<br />

informações relacionadas<br />

a área da Segurança Pública.<br />

Ao longo <strong>de</strong>sses anos, foram diversas<br />

palestras ministradas para<br />

alunos, professores e comunida<strong>de</strong><br />

em geral, com temas diversos,<br />

associando teoria à prática<br />

policial, com foco em segurança<br />

preventiva”. A afirmação é da<br />

Investigadora na Polícia Civil do<br />

Paraná e palestrante na área <strong>de</strong><br />

Inteligência Emocional e Segurança<br />

Pública, Rosana Botelho.<br />

Nos últimos meses, ela<br />

ministrou <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> palestras<br />

aos cooperados e familiares <strong>de</strong>ntro<br />

das ativida<strong>de</strong>s programadas<br />

pela <strong>Coamo</strong> junto à família cooperativista<br />

pela Assessoria <strong>de</strong><br />

Cooperativismo. Nos eventos ela<br />

apresenta informações <strong>de</strong> segurança<br />

na proprieda<strong>de</strong> rural, como<br />

agir diante <strong>de</strong> algumas situações,<br />

qual polícia procurar e como se<br />

prevenir em roubos e furtos.<br />

Rosana ressalta que o<br />

campo já não é mais tão seguro<br />

como antigamente e, por isso, há<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover junto<br />

ao cidadão que vive na área<br />

rural assuntos e temas relacionado<br />

a violência e criminalida<strong>de</strong><br />

que acontecem nesses espaços.<br />

"Sempre tive uma gran<strong>de</strong> preocupação<br />

com a comunida<strong>de</strong><br />

rural, pois nos diversos casos<br />

que atuei como investigadora<br />

<strong>de</strong> polícia, tive a percepção <strong>de</strong><br />

que, tratava-se <strong>de</strong> uma parcela<br />

da socieda<strong>de</strong> que além <strong>de</strong> estar<br />

territorialmente distante da<br />

atuação policial imediata, muitas<br />

vezes também estava <strong>de</strong>sprovida<br />

<strong>de</strong> informações básicas que<br />

po<strong>de</strong>riam fazer a diferença na<br />

rotina da família e da proprieda<strong>de</strong>,<br />

reduzindo as chances <strong>de</strong> ser<br />

uma vítima em potencial. A partir<br />

<strong>de</strong>sse olhar associado a estudos,<br />

i<strong>de</strong>alizei o Projeto Segurança no<br />

Campo no ano <strong>de</strong> 2021, ajudando<br />

os produtores com ações e<br />

medidas preventivas para maior<br />

segurança na comunida<strong>de</strong> rural.<br />

10 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


Investigadora na Polícia Civil do Paraná, lotada há 11 anos na 20ª Subdivisão Policial <strong>de</strong> Toledo,<br />

atuando no Núcleo <strong>de</strong> Inteligência Policial – NIPOL on<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolve ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Polícia<br />

Judiciária e <strong>de</strong> Inteligência. Graduada em Direito e Letras pela Universida<strong>de</strong> Paranaense.<br />

Especialista em Segurança Pública, Garantias <strong>de</strong> Direito e Cidadania pela Unioeste. Especialista<br />

em Gestão Pública pela Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ponta Grossa. Especialista em Centros <strong>de</strong><br />

Socioeducação pela Unioeste. Especialista em Administração e Orientação Educacional pela<br />

Unopar. Mestranda no Programa <strong>de</strong> Mestrado em Desenvolvimento Regional e Agronegócios.<br />

Outras Experiências Profissionais: professora na Escola Superior <strong>de</strong> Polícia Civil do Paraná.<br />

Advogada. Servidora Pública há mais <strong>de</strong> 16 anos. Instrutora <strong>de</strong> Armamento e Tiro. Palestrante<br />

na área <strong>de</strong> Inteligência Emocional e Segurança Pública.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>: Quando começou<br />

a palestrar sobre Segurança<br />

e qual foi a motivação?<br />

Rosana Cláudia Botelho: Sempre<br />

busquei contribuir com a comunida<strong>de</strong><br />

levando informações<br />

relacionadas a área da Segurança<br />

Pública. Ao longo <strong>de</strong>sses anos, foram<br />

diversas palestras ministradas<br />

para alunos, professores e comunida<strong>de</strong><br />

em geral, com temas diversos,<br />

associando teoria à prática<br />

policial, com foco em segurança<br />

preventiva. Em 2019, inclusive, <strong>de</strong>senvolvi<br />

um projeto voltado para<br />

crimes contra agências bancárias<br />

o qual a época, foi consi<strong>de</strong>rado<br />

muito produtivo junto aos colaboradores<br />

das diversas agências que<br />

trabalhei na região <strong>de</strong> Toledo. No<br />

entanto, sempre tive uma gran<strong>de</strong><br />

preocupação com a comunida<strong>de</strong><br />

rural, pois nos diversos casos<br />

que atuei como investigadora <strong>de</strong><br />

polícia, tive a percepção <strong>de</strong> que,<br />

tratava-se <strong>de</strong> uma parcela da socieda<strong>de</strong><br />

que além <strong>de</strong> estar territorialmente<br />

distante da atuação<br />

policial imediata, muitas vezes<br />

também estava <strong>de</strong>sprovida <strong>de</strong> informações<br />

básicas que po<strong>de</strong>riam<br />

fazer a diferença na rotina da família<br />

e da proprieda<strong>de</strong>, reduzindo<br />

as chances <strong>de</strong> ser uma vítima<br />

em potencial. A partir <strong>de</strong>sse olhar<br />

associado a estudos, i<strong>de</strong>alizei o<br />

Projeto Segurança no Campo no<br />

ano <strong>de</strong> 2021, on<strong>de</strong> tenho tido a<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> levar por meio<br />

<strong>de</strong> palestras interativas temas relacionados<br />

a violência e criminalida<strong>de</strong><br />

e apresentar ações e medidas<br />

preventivas que po<strong>de</strong>m ser adotadas,<br />

garantindo maior segurança<br />

à comunida<strong>de</strong> rural.<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 11


“IDEALIZEI O PROJETO SEGURANÇA NO CAMPO E COLABORO LEVANDO CONHECIMENTO<br />

E MEDIDAS PREVENTIVAS QUE PODEM SER ADOTADAS NA COMUNIDADE RURAL."<br />

RC: Nas suas palestras junto à<br />

família cooperativista como tem<br />

percebido o interesse dos cooperados,<br />

cooperadas, esposas e<br />

filhas <strong>de</strong> cooperados?<br />

Rosana: Sinto nesses eventos<br />

que estou no lugar certo e com<br />

as pessoas certas. Procuro utilizar<br />

um vocabulário simples e objetivo<br />

e vou interagindo com o público<br />

<strong>de</strong> modo que todos se sintam<br />

pertencendo. Associando teoria<br />

à prática policial levo os participantes<br />

a compreen<strong>de</strong>r a dinâmica<br />

da violência e criminalida<strong>de</strong><br />

rural, provocando uma reflexão<br />

sobre o contexto em que estão<br />

inseridos e <strong>de</strong> que forma po<strong>de</strong>m<br />

contribuir com a segurança preventiva<br />

pessoal, da família e da<br />

proprieda<strong>de</strong>. Portanto, sinto-me<br />

imensamente feliz pelos resultados<br />

alcançados.<br />

RC: Entre 2022 e <strong>2023</strong> foram<br />

mais <strong>de</strong> 2.000 pessoas da comunida<strong>de</strong><br />

rural no Estado do Paraná<br />

que participaram do Programa<br />

Segurança no Campo. As famílias<br />

estão buscando mais conhecimento<br />

e <strong>de</strong>senvolvimento pessoal<br />

e profissional?<br />

Rosana: Com toda certeza. A<br />

comunida<strong>de</strong> rural tem se<strong>de</strong> por<br />

conhecimento. Os temas propostos<br />

no Programa Segurança no<br />

Campo não estão relacionados<br />

apenas ao <strong>de</strong>senvolvimento pessoal<br />

e profissional, mas também<br />

a função social que temos diante<br />

da segurança pública.<br />

RC: Como observa esta iniciativa<br />

da <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> levar conhecimento<br />

para integrar e <strong>de</strong>senvolver diferentes<br />

públicos?<br />

Rosana: A <strong>Coamo</strong> está em perfeita<br />

harmonia com o que está<br />

previsto na Constituição Fe<strong>de</strong>ral<br />

em seu artigo 144, on<strong>de</strong> diz<br />

que Segurança Pública é <strong>de</strong>ver<br />

do Estado e responsabilida<strong>de</strong><br />

todos. Ao trazer o Programa<br />

Segurança no Campo para<br />

o espaço cooperativista, está<br />

exercendo a sua função social<br />

também e <strong>de</strong>monstrando a<br />

preocupação em proporcionar<br />

aos seus cooperados oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> se discutir os mais<br />

diversos temas.<br />

RC: Quais são os mecanismos<br />

utilizados pela Polícia no trabalho<br />

<strong>de</strong> prevenção ao crime? E<br />

quais canais <strong>de</strong> comunicação vocês<br />

utilizam?<br />

Rosana: Os principais mecanismos<br />

na prevenção do crime são<br />

levar informações <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

"A <strong>Coamo</strong> está<br />

exercendo a sua função<br />

social proporcionando<br />

aos seus cooperados<br />

oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

se discutir e levar<br />

conhecimentos sobre<br />

diversos temas, como a<br />

Segurança no campo."<br />

Rosana Botelho em recente evento da <strong>Coamo</strong> que reuniu centenas <strong>de</strong> mulheres<br />

12 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


e fortalecer essa aproximação<br />

entre polícia e comunida<strong>de</strong> por<br />

meio <strong>de</strong> palestras, programas<br />

e canais <strong>de</strong> comunicação tais<br />

como: 190 (Polícia Militar), 197<br />

(Polícia Civil), 181 (Disk Denuncia),<br />

<strong>de</strong>ntre outros.<br />

RC: Quais as principais dicas que<br />

<strong>de</strong>vem ser levadas em consi<strong>de</strong>ração<br />

para a prevenção <strong>de</strong> crimes<br />

rurais?<br />

Rosana: A comunida<strong>de</strong> rural<br />

<strong>de</strong>ve inicialmente estar atenta<br />

aos tipos <strong>de</strong> crimes que tem<br />

ocorrido nas áreas rurais, especialmente<br />

naquele on<strong>de</strong><br />

vivem ou tem suas proprieda<strong>de</strong>s.<br />

Compreen<strong>de</strong>r como esses<br />

criminosos têm agido e o<br />

que tem buscado no campo.<br />

A partir daí mudanças comportamentais<br />

e estruturais se<br />

tornam essenciais para evitar<br />

tornar-se uma vítima suscetível<br />

<strong>de</strong> crimes. Criar obstáculos é<br />

uma das principais mudanças<br />

estruturais como por exemplo,<br />

a instalação <strong>de</strong> câmeras <strong>de</strong> monitoramento.<br />

RC: Em caso <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong><br />

algum crime, como <strong>de</strong>ve ser o<br />

procedimento do agropecuarista<br />

lesado?<br />

Rosana: Sendo vítima <strong>de</strong> um<br />

crime po<strong>de</strong>rá entrar em contato<br />

imediatamente com a Polícia<br />

Militar que fará o primeiro atendimento<br />

e acionará a Polícia Civil<br />

ou entrar em contato diretamente<br />

com a Polícia Civil, que<br />

tem a competência <strong>de</strong> investigar<br />

crimes, através do telefone<br />

197 ou do telefone local. É im-<br />

portante que a vítima conserve<br />

o local do crime até que a polícia<br />

chegue ao local.<br />

"O trabalho com o<br />

público feminino<br />

fortalece os núcleos<br />

sociais e <strong>de</strong>sperta<br />

uma consciência<br />

crítica sobre condutas<br />

e comportamentos<br />

que as tornam<br />

suscetíveis a violência e<br />

criminalida<strong>de</strong>."<br />

RC: Quanto a <strong>de</strong>fesa pessoal<br />

das mulheres, quais as principais<br />

dicas que tem ensinado nos<br />

seus eventos? Como <strong>de</strong>ve ser o<br />

comportamento <strong>de</strong>las frente a situações<br />

in<strong>de</strong>sejáveis? E por que<br />

você tem ensinado este tema a<br />

elas?<br />

Rosana: Os temas <strong>de</strong>stinados<br />

exclusivamente às mulheres têm<br />

por finalida<strong>de</strong> promover uma<br />

reflexão sobre a atuação da mulher<br />

frente a segurança pessoal,<br />

da sua família e da proprieda<strong>de</strong>.<br />

A <strong>de</strong>fesa pessoal é uma das medidas<br />

preventivas que po<strong>de</strong>m<br />

fazer a diferença na vida <strong>de</strong> uma<br />

mulher vítima <strong>de</strong> violência sexual,<br />

por exemplo. Diante <strong>de</strong> um<br />

agressor em potencial, ela tendo<br />

o conhecimento <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fesa po<strong>de</strong> reagir a uma injusta<br />

agressão. Esse trabalho com<br />

o público feminino, visa também<br />

fortalecer os núcleos sociais<br />

on<strong>de</strong> estão inseridas e <strong>de</strong>spertar<br />

uma consciência crítica sobre<br />

condutas e comportamentos que<br />

as tornam suscetíveis a violência<br />

e criminalida<strong>de</strong> e trazer ações<br />

preventivas como forma <strong>de</strong> proteção.<br />

RC: Qual a importância do agronegócio<br />

e do cooperativismo<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento do nosso<br />

estado e país?<br />

Rosana: O agronegócio é um<br />

dos principais impulsionadores<br />

da economia nacional. Por consequência,<br />

as cooperativas organizadas<br />

por produtores rurais<br />

unidos por um mesmo objetivo,<br />

ganham cada vez mais importância.<br />

Esse cenário é fruto do potencial<br />

agrícola característico do<br />

nosso país. Vemos transformações<br />

no campo, formação humana,<br />

boas estratégias e profissionalização<br />

dos gestores e da mão<br />

<strong>de</strong> obra. São características que<br />

estão relacionadas diretamente<br />

com o cooperativismo e colocam<br />

o agronegócio em <strong>de</strong>staque,<br />

refletindo diretamente na qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida dos brasileiros por<br />

meio dos alimentos produzidos,<br />

dos empregos e renda gerada<br />

pela ativida<strong>de</strong> agrícola.<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 13


PECUÁRIA SUSTENTÁVEL<br />

Ativida<strong>de</strong> é extremamente importante para a<br />

renda das famílias em toda a área <strong>de</strong> ação da<br />

<strong>Coamo</strong>. Com características adaptáveis às diferentes<br />

realida<strong>de</strong>s e necessida<strong>de</strong>s das proprieda<strong>de</strong>s, a<br />

pecuária surge como uma opção estratégica seja para<br />

a diversificação <strong>de</strong> renda em complementação à agricultura<br />

ou como fonte principal.<br />

Investir na pecuária e utilizar tecnologias mo<strong>de</strong>rnas<br />

têm se mostrado fatores essenciais para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong>sse trabalho. A adoção <strong>de</strong> práticas<br />

avançadas, como manejo nutricional a<strong>de</strong>quado, seleção<br />

genética e controle sanitário têm contribuído para<br />

o aumento da produtivida<strong>de</strong> e eficiência do sistema<br />

produtivo.<br />

A ativida<strong>de</strong> muitas vezes é passada <strong>de</strong> geração<br />

em geração, preservando tradições e conhecimentos<br />

transmitidos ao longo do tempo. A criação <strong>de</strong> animais<br />

po<strong>de</strong> fortalecer os laços familiares e comunitários, promovendo<br />

a cooperação entre os agricultores e a promoção<br />

<strong>de</strong> práticas sustentáveis.<br />

14 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


pecuária<br />

Roland Schurt, <strong>de</strong> Goioerê (PR), utiliza resíduos <strong>de</strong> uma fecularia <strong>de</strong> mandioca para tratar os animais e irrigar a pastagem<br />

A<br />

criação <strong>de</strong> bois e a indústria<br />

<strong>de</strong> fécula <strong>de</strong> mandioca<br />

po<strong>de</strong>m parecer<br />

mundos diferentes, mas Roland<br />

Schurt, <strong>de</strong> Goioerê (Centro-<br />

-Oeste do Paraná), encontrou<br />

uma maneira <strong>de</strong> unir essas duas<br />

ativida<strong>de</strong>s. Em vez <strong>de</strong> simplesmente<br />

<strong>de</strong>scartar os resíduos gerados<br />

pela indústria, ele os utiliza<br />

para alimentar o gado e fertilizar<br />

a pastagem, transformando a<br />

pecuária numa oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> renda extra. "Po<strong>de</strong>mos dizer<br />

que o gado beneficia a indústria,<br />

porque estamos consumindo<br />

resíduos que seriam um problema<br />

e teriam custos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarte",<br />

explica. "Usamos a casquinha e<br />

a massa da mandioca para uma<br />

alimentação suplementar dos<br />

animais e fazemos fertirrigação<br />

na pastagem", acrescenta.<br />

A suplementação no cocho<br />

é feita com casca da mandioca<br />

que é a sobra do produto<br />

que vai para a industrialização. A<br />

massa da mandioca é um resíduo<br />

bastante úmido, contém 85% <strong>de</strong><br />

umida<strong>de</strong> e o gado aceita muito<br />

bem essa alimentação. “Os resíduos<br />

eram um problema sério<br />

e não tinha um <strong>de</strong>stino seguro<br />

para esses produtos. Até então<br />

eram doados para produtores<br />

rurais da região. O volume <strong>de</strong><br />

massa é muito gran<strong>de</strong> e o nosso<br />

gado não consome tudo, e um<br />

pouco ainda é doado.”<br />

A pastagem ocupa 35<br />

alqueires e foi dividida em <strong>de</strong>z<br />

piquetes. Toda a área recebe a<br />

fertirrigação o ano todo. O composto<br />

líquido é rico em potássio<br />

e matéria orgânica e ajuda o pasto<br />

a suportar a alta carga animal.<br />

Na proprieda<strong>de</strong> é <strong>de</strong>senvolvido<br />

o sistema <strong>de</strong> recria e engorda.<br />

O cooperado adquire bezerros<br />

logo após a <strong>de</strong>smama e eles ficam<br />

em outra proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

180 alqueires, em Cruzeiro do<br />

Oeste, entre oito e 14 meses. O<br />

local abriga cerca <strong>de</strong> mil animais.<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 15


pecuária<br />

Roland Schurt, Guilmar Frost, gerente da proprieda<strong>de</strong>, e Luiz Fernando Migliorini Correia, médico veterinário<br />

Área foi dividida em <strong>de</strong>z piquetes e pastagem recebe fertirrigação o ano todo<br />

Quando chegam a 13 ou 14 arrobas<br />

são transferidos para Goioerê<br />

para a terminação. “São <strong>de</strong><br />

seis a <strong>de</strong>z meses até chegar no<br />

ponto. Essa oscilação <strong>de</strong> tempo<br />

é porque nem todos os animais<br />

têm as mesmas características <strong>de</strong><br />

ganho <strong>de</strong> peso.” Depois <strong>de</strong> todo<br />

o processo, os animais saem com<br />

peso médio <strong>de</strong> 20,5 arrobas.<br />

Segundo o cooperado,<br />

a pecuária se tornou uma fonte<br />

<strong>de</strong> renda importante. “Temos<br />

aqui um aproveitamento <strong>de</strong> área<br />

em torno <strong>de</strong> 20 a 22 cabeças por<br />

alqueire a pasto e com aproveitamento<br />

da casca da mandioca e<br />

uma parte da massa também. Os<br />

produtos fazem a gran<strong>de</strong> diferença<br />

no trato dos animais, com<br />

mais aproveitamento da área.”<br />

A proprieda<strong>de</strong> conta com<br />

uma lotação acima <strong>de</strong>vido ao sistema<br />

implantado. “A média nacional<br />

<strong>de</strong> animais a pasto sem esse<br />

sistema que estamos fazendo é <strong>de</strong><br />

uma ou duas cabeça por alqueire.<br />

Aqui temos pouco mais <strong>de</strong> 20 animais<br />

por alqueire com esse sistema,<br />

e ainda sobra pasto.” Roland<br />

revela que cerca <strong>de</strong> 700 bois são<br />

comercializados por ano.<br />

O cooperado ressalta<br />

que todo o trabalho é realizado<br />

em parceria com a <strong>Coamo</strong>,<br />

que disponibiliza os insumos e<br />

minerais que complementam a<br />

alimentação, além <strong>de</strong> produtos<br />

para a sanida<strong>de</strong> dos animais. “Fazemos<br />

toda a nossa movimentação<br />

na <strong>Coamo</strong> e recebemos uma<br />

assistência técnica importante<br />

para cuidar dos animais.”<br />

O médico veterinário<br />

Luiz Fernando Migliorini Correia,<br />

da <strong>Coamo</strong> em Goioerê, ressalta<br />

que o trabalho da cooperativa<br />

é para aperfeiçoar a criação<br />

<strong>de</strong> animais, trazendo benefícios<br />

tanto para os cooperados<br />

quanto para o meio ambiente.<br />

“É um trabalho <strong>de</strong> atendimento<br />

abrangente, que inclui, também,<br />

o acompanhamento <strong>de</strong> cooperados<br />

que fornecem bezerros<br />

para o sistema adotado pelo seu<br />

Roland. Essa assistência tem resultado<br />

em um gado com mais<br />

qualida<strong>de</strong>”, comenta.<br />

Uma das principais<br />

preocupações da pecuária mo<strong>de</strong>rna<br />

é a sustentabilida<strong>de</strong>. O<br />

veterinário lembra que a proprieda<strong>de</strong><br />

utiliza energias renováveis,<br />

como biodigestores e<br />

placas solares, visando reduzir<br />

o impacto ambiental da ativida<strong>de</strong>.<br />

“Esse compromisso com<br />

práticas sustentáveis contribui<br />

para o aumento da produtivida<strong>de</strong><br />

e melhoria do sistema como<br />

um todo.”<br />

Conforme o veterinário,<br />

atualmente, a pecuária tem enfrentado<br />

<strong>de</strong>safios, uma vez que<br />

as áreas <strong>de</strong> pastagem estão diminuindo<br />

em todo o Brasil, <strong>de</strong>vido<br />

ao avanço da agricultura. No<br />

16 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


Rafael com a mãe Inês, pai Luiz, irmão Sandro, sobrinha Carine e o tio Agostinho. Família preza pela qualida<strong>de</strong> do leite como alternativa <strong>de</strong> melhorar a renda<br />

entanto, graças à tecnologia e ao<br />

trabalho conjunto dos cooperados<br />

com a pesquisa e a assistência<br />

técnica, é possível otimizar o<br />

sistema e aumentar a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> animais por alqueire. Os cooperados<br />

têm se adaptado às práticas<br />

mo<strong>de</strong>rnas e a combinação<br />

<strong>de</strong> tecnologia, manejo a<strong>de</strong>quado<br />

e sustentabilida<strong>de</strong> tem sido<br />

a chave para o sucesso <strong>de</strong>sse<br />

projeto, que tem como objetivo<br />

tornar a pecuária mais eficiente e<br />

sustentável.<br />

A família Dall Acqua, em Quilombo,<br />

município 40 quilômetros<br />

distante <strong>de</strong> São Domingos<br />

(Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina), faz<br />

questão <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar a qualida<strong>de</strong><br />

do leite produzido ali, o que<br />

é motivo <strong>de</strong> orgulho e uma conquista<br />

que <strong>de</strong>mandou <strong>de</strong>dicação<br />

e investimento. A proprieda<strong>de</strong> é<br />

exemplo, assim como muitas que<br />

<strong>de</strong>senvolvem a ativida<strong>de</strong>, seja<br />

como principal ou como diversificação.<br />

A Estância Dona Olinda<br />

está completando 70 anos, mas<br />

nem sempre teve a pecuária leiteira<br />

como sua principal fonte <strong>de</strong><br />

renda. Durante muitos anos, a<br />

suinocultura foi o carro-chefe. No<br />

entanto, ao longo do tempo, <strong>de</strong>vido<br />

às dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas<br />

pelo setor, essa ativida<strong>de</strong> foi per<strong>de</strong>ndo<br />

espaço e a bovinocultura<br />

<strong>de</strong> leite se mostrou mais a<strong>de</strong>quada<br />

às características da proprieda<strong>de</strong>.<br />

A produção <strong>de</strong> leite teve<br />

início há aproximadamente 20<br />

anos e Rafael representa a terceira<br />

geração <strong>de</strong> sua família na proprieda<strong>de</strong>.<br />

"Ao longo <strong>de</strong>ssas duas<br />

décadas, realizamos diversas<br />

melhorias, com foco no bem-estar,<br />

genética e sanida<strong>de</strong> dos animais.<br />

Des<strong>de</strong> 2013, a proprieda<strong>de</strong><br />

é consi<strong>de</strong>rada livre <strong>de</strong> brucelose<br />

e tuberculose, o que é um diferencial<br />

importante", comenta.<br />

A proprieda<strong>de</strong> tem um<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 17


pecuária<br />

Amanda Rodrigues da Silva, médica veterinária da <strong>Coamo</strong>, e o cooperado Rafael<br />

<strong>Coamo</strong> fornece assistência técnica e insumos necessários para a condução da ativida<strong>de</strong><br />

total <strong>de</strong> 100 alqueires, sendo<br />

que 70% <strong>de</strong>la é ocupada com<br />

mata nativa. A área <strong>de</strong>stinada<br />

para a exploração agrícola é <strong>de</strong><br />

revelo aci<strong>de</strong>ntado o que dificulta<br />

o manejo dos animais. Diante<br />

disso, há <strong>de</strong>z anos as vacas foram<br />

confinadas no sistema Free Stall,<br />

e recentemente implantaram,<br />

também, o Compost Barn com<br />

o objetivo <strong>de</strong> melhorar o bem-<br />

-estar animal.<br />

São cerca <strong>de</strong> 300 vacas<br />

criadas atualmente na proprieda<strong>de</strong>,<br />

todas da raça Jersey. Rafael<br />

explica que foram os animais<br />

que melhor se adaptaram<br />

às condições <strong>de</strong> clima e da área.<br />

“São animais <strong>de</strong> fácil manejo. Há<br />

um ano estamos industrializando<br />

parte do leite para produzir<br />

queijo colonial. É uma maneira<br />

<strong>de</strong> agregar mais valor à nossa<br />

produção. Para um quilo <strong>de</strong> leite<br />

<strong>de</strong> muçarela são necessários 5,5<br />

litros <strong>de</strong> leite e essa é uma das<br />

vantagens das vacas da raça Jersey,<br />

que tem um maior teor um<br />

sólidos elevados”, comenta.<br />

A proprieda<strong>de</strong> produz<br />

um pouco mais <strong>de</strong> dois mil litros<br />

<strong>de</strong> leite por dia e conta com cerca<br />

<strong>de</strong> 90 vacas em lactação. A média<br />

por animal é <strong>de</strong> 22 litros por<br />

dia. Rafael revela que no inverno<br />

a meta é chegar a 26 litros <strong>de</strong> leite<br />

animal por dia. “Produtivida<strong>de</strong><br />

essa consi<strong>de</strong>rada ótima em comparação<br />

a nacional. Temos vacas<br />

que produzem diariamente até<br />

50 litros <strong>de</strong> leite”, <strong>de</strong>staca o cooperado.<br />

Rafael ressalta que a parceria<br />

com a <strong>Coamo</strong> tem sido fundamental<br />

para o bom <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da pecuária. “Estamos<br />

um pouco distantes da unida<strong>de</strong><br />

mais perto, que é São Domingos.<br />

Mas, sempre fomos bem atendidos<br />

e assistidos por uma equipe<br />

<strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong><br />

e isso acaba nos aproximando”,<br />

comenta.<br />

Conforme a médica veterinária<br />

Amanda Rodrigues da<br />

Silva, da <strong>Coamo</strong> em São Domingos,<br />

com 300 animais da raça<br />

Jersey, a Estância Dona Olinda é<br />

uma das proprieda<strong>de</strong>s referências<br />

para a região Oeste <strong>de</strong> Santa<br />

Catarina, pela qualida<strong>de</strong> do leite<br />

e produtivida<strong>de</strong> dos animais.<br />

“Eles encontraram na produção<br />

<strong>de</strong> leite uma oportunida<strong>de</strong>, e<br />

hoje é a principal fonte <strong>de</strong> renda<br />

da família. A opção pela raça<br />

Jersey foi assertiva já que o leite<br />

produzido por esses animais é<br />

mais completo quando comparado<br />

com outras raças leiteiras”,<br />

comenta e acrescenta que o leite<br />

contém mais sólidos não gordurosos<br />

(proteína, vitaminas, minerais<br />

e lactose) e gordura. “O leite<br />

Jersey contém acima <strong>de</strong> 18% <strong>de</strong><br />

proteína e 29% a mais <strong>de</strong> gordura<br />

comparada com a raça Holandês.<br />

A família ven<strong>de</strong> seu leite<br />

18 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


José Carlos dos Santos e o filho Gustavo estão aprimorando o sistema para criar as vacas leiteiras em Altamira do Paraná<br />

pela qualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>stinando-os<br />

para produção <strong>de</strong> queijos e muçarelas”,<br />

comenta.<br />

José Carlos dos Santos foi funcionário<br />

por mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos<br />

em uma proprieda<strong>de</strong> rural on<strong>de</strong><br />

trabalhava com gado <strong>de</strong> corte<br />

em Campina da Lagoa. Em 2015,<br />

ele saiu do emprego e comprou<br />

uma proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> cinco alqueires<br />

em Altamira do Paraná<br />

para trabalhar com a produção<br />

<strong>de</strong> leite.<br />

Com a assistência da<br />

<strong>Coamo</strong>, ele adotou um sistema<br />

que melhorou todo o processo<br />

<strong>de</strong> manejo dos animais. A área <strong>de</strong><br />

pastagem foi dividida em piquetes<br />

e os animais são rotacionados<br />

<strong>de</strong> acordo com a disponibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> alimentos. Atualmente, são 20<br />

vacas por alqueire. "A tecnologia<br />

é indispensável em todas as<br />

áreas e com a pecuária <strong>de</strong> leite<br />

não é diferente. Dividir as áreas<br />

em piquetes favorece o aumento<br />

do número <strong>de</strong> animais. Em uma<br />

área relativamente pequena,<br />

conseguimos colocar mais vacas.<br />

Esse é o ponto principal do projeto<br />

que vem sendo adotado em<br />

nossa proprieda<strong>de</strong>", comenta o<br />

cooperado.<br />

Antes <strong>de</strong> implantar o sistema,<br />

o cooperado trabalhava<br />

com quatro vacas por alqueire e<br />

hoje tem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inserir<br />

até 25 vacas. “Por mais que o<br />

investimento tenha um custo alto,<br />

o retorno compensa pela questão<br />

<strong>de</strong> abrigar mais animais.” A<br />

or<strong>de</strong>nha é realizada duas vezes<br />

por dia. Após saírem da sala, os<br />

animais recebem suplementação<br />

no cocho e <strong>de</strong>pois seguem para<br />

a pastagem on<strong>de</strong> ficam até a próxima<br />

or<strong>de</strong>nha.<br />

Ele conta que com o<br />

sistema conseguiu aumentar a<br />

produção <strong>de</strong> leite e saiu <strong>de</strong> uma<br />

média <strong>de</strong> 100 para 250 litros por<br />

dia. “Estamos trabalhando para<br />

melhorar ainda mais o pasto e<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 19


pecuária<br />

José Carlos e o médico veterinário Gustavo dos Santos Pitlovanciv, em Altamira do Paraná<br />

Proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> cinco alqueires foi dividida em piquetes com o objetivo <strong>de</strong> melhorar a alimentação das vacas<br />

aprimorar o sistema para ultrapassar<br />

nossa produção diária. Temos<br />

um custo relativamente alto<br />

e precisamos inserir práticas que<br />

possam melhorar a produção e a<br />

renda com o leite. Em uma área<br />

pequena temos que procurar<br />

produzir mais para aten<strong>de</strong>r as<br />

necessida<strong>de</strong>s da família.”<br />

Entre as melhorias para<br />

o futuro, o cooperado preten<strong>de</strong><br />

investir em animais com melhor<br />

genética e na correção <strong>de</strong> solo<br />

das pastagens. “Houve uma gran<strong>de</strong><br />

evolução e o trabalho não foi<br />

fácil. Mas, ainda temos muito o<br />

que melhorar para alcançar nossos<br />

objetivos com a pecuária”,<br />

comenta.<br />

Emerson Francisco Gasparotto<br />

optou por investir na<br />

criação <strong>de</strong> gado em uma região<br />

on<strong>de</strong> a agricultura predomina.<br />

De família tradicional com a pecuária,<br />

ele cresceu no meio dos<br />

animais e apren<strong>de</strong>u a gostar dos<br />

bois com os pais. Emerson observa<br />

que o objetivo é agregar<br />

mais valor e tornar a ativida<strong>de</strong><br />

tão produtiva quanto a cultura<br />

da soja. A proprieda<strong>de</strong> fica em<br />

Ubiratã e Emerson é cooperado<br />

da <strong>Coamo</strong> em Juranda (Centro-<br />

-Oeste do Paraná).<br />

Segundo ele, na região<br />

a agricultura predomina e para<br />

ter uma pecuária eficiente foi<br />

necessário inovar. “Po<strong>de</strong>mos dizer<br />

que 99% dos produtores da<br />

região trabalham com a agricultura.<br />

Nosso trabalho é focado em<br />

uma criação <strong>de</strong> animais tão produtivos<br />

quanto a soja. Porque se<br />

a soja dá lucro, o boi tem que dar<br />

também”, comenta.<br />

Em parceria com a <strong>Coamo</strong><br />

está sendo <strong>de</strong>senvolvido um<br />

projeto na proprieda<strong>de</strong> do cooperado.<br />

A área foi dividida e recebem<br />

os animais em forma <strong>de</strong> rodízio.<br />

São 17 piquetes em dois alqueires<br />

<strong>de</strong> pastagem que comportam um<br />

total <strong>de</strong> 53 cabeças. Um número<br />

bem acima da média nacional.<br />

Emerson explica que os<br />

animais permanecem 24 horas<br />

em cada área. Além da pastagem,<br />

o gado recebe suplementação<br />

mineral no cocho. “É um<br />

trabalho que está dando resultado.<br />

Se fizermos uma comparação<br />

em arrobas por alqueire temos<br />

um bom retorno. O boi se mostra<br />

muito rentável quando comparado<br />

com a agricultura <strong>de</strong>senvolvida<br />

em um cenário com a mesma<br />

topografia e clima”, diz.<br />

A proprieda<strong>de</strong> tem 300<br />

alqueires e a parte reservada<br />

para a pecuária é <strong>de</strong> <strong>de</strong>z alqueires.<br />

No local foi realizada agricultura<br />

<strong>de</strong> precisão e a adubação<br />

necessária. “Fizemos a lição <strong>de</strong><br />

casa e hoje estamos tendo um<br />

bom resultado. A área também<br />

20 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


Emerson com a filha Amália Gasparotto. Tradição em família na criação <strong>de</strong> gado em Ubiratã<br />

está recebendo irrigação para<br />

melhorar ainda mais o pastejo.<br />

A irrigação será, primeiramente,<br />

em cinco alqueires, mas a meta é<br />

em <strong>de</strong>z alqueires para rodar 200<br />

animais no ano”, observa.<br />

Antes <strong>de</strong> implantar o sistema<br />

<strong>de</strong> pastagem piqueteados,<br />

os animais ficavam em uma proprieda<strong>de</strong><br />

em outro município, <strong>de</strong><br />

relevo mais aci<strong>de</strong>ntado, e eram<br />

necessários sete alqueires para<br />

abrigar a mesma quantida<strong>de</strong>.<br />

“Pelo valor da terra, fica inviável<br />

<strong>de</strong>stinar uma área maior para ter<br />

a mesma lotação que eu tenho<br />

aqui em um espaço menor. Deixamos<br />

a pecuária mais atrativa,<br />

muito mais rentável.”<br />

Emerson diz que a mudança<br />

ocorreu após fazer contas<br />

dos custos com a logística e <strong>de</strong><br />

todo o trabalho para cuidar do<br />

gado. Para isso, segundo ele,<br />

precisou quebrar o paradigma<br />

que o boi não era financeiramente<br />

viável na região. “Fazemos<br />

aqui uma lavoura <strong>de</strong> boi. Até<br />

pouco tempo atrás, ninguém investia<br />

em pastagem. Utilizamos<br />

uma boa tecnologia na pecuária,<br />

assim como se usa agricultura.”<br />

Os animais criados pelo<br />

cooperados são touros da raça<br />

Nelore <strong>de</strong> Pura Origem (PO). Genética,<br />

sanida<strong>de</strong> e alimentação<br />

são os pilares <strong>de</strong> uma boa pecuária,<br />

e são esses os principais pontos<br />

observados pelo pecuarista<br />

para manter o seu rebanho e,<br />

consequentemente, ter um bom<br />

retorno financeiro. “Estamos investindo<br />

na pecuária porque estamos<br />

vendo progresso”, conta.<br />

Os animais ficam até três anos na<br />

proprieda<strong>de</strong>. São <strong>de</strong>smamados<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 21


22 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


pecuária<br />

Augusto Tavela Júnior, técnico agropecuário, Emerson e Amália, e Gustavo médico veterinário<br />

Cooperado investe em um sistema que proporciona mais rentabilida<strong>de</strong> a pecuária <strong>de</strong> corte<br />

com oito meses e já são inseridos<br />

no manejo <strong>de</strong> preparação para<br />

serem criados a pasto.<br />

Gustavo dos Santos Pitlovanciv,<br />

médico veterinário em Altamira<br />

do Paraná, aten<strong>de</strong> os cooperados<br />

José Carlos dos Santos<br />

e Emerson Francisco Gasparotto.<br />

Ele explica que tanto na produção<br />

<strong>de</strong> corte quanto <strong>de</strong> leite, a<br />

i<strong>de</strong>ia é <strong>de</strong>senvolver um sistema<br />

para que o produtor tenha rentabilida<strong>de</strong>,<br />

com um investimento<br />

a<strong>de</strong>quado e comprometimento.<br />

“Os gran<strong>de</strong>s produtores assim<br />

como os pequenos têm a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> obter lucrativida<strong>de</strong><br />

se estiverem abertos a novas<br />

i<strong>de</strong>ias e se <strong>de</strong>rem as condições<br />

a<strong>de</strong>quadas tanto para os animais<br />

quanto para o ambiente. A concentração<br />

em resultados é fundamental<br />

para garantir a rentabilida<strong>de</strong>”,<br />

observa. Segundo ele,<br />

é possível obter resultados satisfatórios,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o produtor<br />

esteja realmente <strong>de</strong>terminado e<br />

siga as recomendações.<br />

Gustavo explica que o<br />

projeto <strong>de</strong>senvolvido pela assistência<br />

veterinária é voltado para<br />

auxiliar os produtores e estar,<br />

cada vez mais, presente com eles<br />

para ajudar em suas dúvidas e necessida<strong>de</strong>s<br />

diárias. “O <strong>de</strong>safio relacionado<br />

à pastagem, por exemplo,<br />

é uma questão que não afeta<br />

apenas a nossa região. Quando<br />

falamos sobre taxa <strong>de</strong> lotação,<br />

a média nacional é muito baixa,<br />

geralmente em torno <strong>de</strong> dois animais<br />

por alqueire, ou no máximo<br />

três. Estamos conseguindo trabalhar<br />

com uma média <strong>de</strong> 20 vacas<br />

<strong>de</strong> leite. Isso é fruto do investimento<br />

e comprometimento dos<br />

cooperados. O projeto é estruturado<br />

e adaptado à realida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

cada um. Não existe uma receita<br />

<strong>de</strong> bolo que funciona para todos,<br />

pois cada proprieda<strong>de</strong> tem suas<br />

particularida<strong>de</strong>s”, comenta.<br />

De acordo com o veterinário,<br />

o objetivo do projeto é<br />

melhorar tanto a alimentação<br />

quanto a genética dos animais,<br />

além <strong>de</strong> englobar a sanida<strong>de</strong> e o<br />

manejo. “A base para a melhoria<br />

da genética é um ambiente favorável<br />

para que o animal possa<br />

expressar todo o seu potencial,<br />

o que envolve uma alimentação<br />

a<strong>de</strong>quada. Isso é algo que os<br />

cooperados estão investindo.” Ele<br />

observa que Altamira do Paraná<br />

está localizada em uma região<br />

<strong>de</strong> relevo aci<strong>de</strong>ntado e a pecuária<br />

é, em muitas proprieda<strong>de</strong>s, a<br />

principal fonte <strong>de</strong> renda. “Temos<br />

gran<strong>de</strong>s fazendas e também pequenas<br />

proprieda<strong>de</strong>s. O principal<br />

<strong>de</strong>safio é a pastagem. Então,<br />

nossa i<strong>de</strong>ia é aproveitar as áreas<br />

planas e explorá-las ainda melhor,<br />

com projetos <strong>de</strong> alta taxa <strong>de</strong> lotação<br />

rotacionada, correção <strong>de</strong> solo<br />

e toda a assistência que po<strong>de</strong>mos<br />

oferecer aos produtores.”<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 23


Tour da Safra é um projeto<br />

da assessoria <strong>de</strong> Comunicação<br />

da <strong>Coamo</strong> e tem<br />

como objetivo mostrar o<br />

cenário agrícola da safra<br />

<strong>de</strong> verão. Nesta edição,<br />

será apresentado o cenário<br />

agrícola nas regiões<br />

Centro-Sul e Sudoeste do<br />

Paraná e Oeste <strong>de</strong> Santa<br />

Catarina. Na primeira etapa,<br />

foram visitadas proprieda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> cooperados<br />

no Paraná e Mato Grosso<br />

do Sul. Foi possível acompanhar<br />

colheitas e o planejamento<br />

para a segunda<br />

safra.<br />

GILSON ANTONIO BERLATTO<br />

Cantagalo (PR)<br />

NILSON E JOÃO AMBROSI<br />

Vista Alegre (PR)<br />

EVERALDO E JUNIOR SUDATTI<br />

Ipuaçu (SC)<br />

PEDRO E PABLO PELIZZA<br />

Xanxerê (SC)


colheita <strong>de</strong> verão<br />

UMA SAFRA PARA<br />

FICAR NA MEMÓRIA<br />

Com a colheita na reta final, números impressionam e<br />

consolidam para uma das maiores safras da história da <strong>Coamo</strong><br />

Assim como se guarda um troféu,<br />

resultado <strong>de</strong> uma conquista importante,<br />

Everaldo e Junior Sudatti,<br />

<strong>de</strong> Ipuaçu (Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina),<br />

fizeram questão <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar um pé <strong>de</strong><br />

soja como exemplo do que foi a safra<br />

2022/23. A equipe da Assessoria <strong>de</strong> Comunicação<br />

da <strong>Coamo</strong> esteve na proprieda<strong>de</strong><br />

logo após o término da colheita,<br />

mas os bons resultados ainda estavam<br />

frescos na memória. A visita fez parte do<br />

projeto Tour da Safra, que percorreu as<br />

regiões da área <strong>de</strong> ação da cooperativa<br />

no Centro-Sul e Sudoeste do Paraná e<br />

Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina e acompanhou<br />

<strong>de</strong> perto a colheita da safra <strong>de</strong> verão.<br />

Durante a expedição, cooperados<br />

e técnicos relataram os números da<br />

produção <strong>de</strong> soja e milho, duas das principais<br />

culturas. Com a safra já na reta final,<br />

os números impressionam e se consolidam<br />

para a maior safra da história da<br />

<strong>Coamo</strong>. O Tour da Safra já havia percorrido<br />

regiões do Centro-Oeste e Oeste do<br />

Paraná e Mato Grosso do Sul, como mostrado<br />

na reportagem especial da edição<br />

passada da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />

Ao lado do pai Everaldo, Junior<br />

revela que a safra <strong>de</strong> verão superou todas<br />

as expectativas. Segundo ele, todas<br />

as áreas fecharam com uma boa média,<br />

sendo que as plantadas no começo <strong>de</strong><br />

outubro tiveram um <strong>de</strong>sempenho ainda<br />

melhor, com médias <strong>de</strong> até 97 sacas <strong>de</strong><br />

soja por hectare. Mesmo nas áreas plantadas<br />

mais tar<strong>de</strong>, até 17 <strong>de</strong> novembro, a<br />

média foi <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 80 sacas por hectare.<br />

Junior afirma que o resultado foi graças<br />

ao clima favorável, aos investimentos<br />

e à assistência técnica da <strong>Coamo</strong>, que forneceu<br />

todas as tecnologias necessárias<br />

para o bom <strong>de</strong>senvolvimento das lavouras.<br />

Ele <strong>de</strong>staca ainda a importância<br />

do uso <strong>de</strong> cultivares a<strong>de</strong>quadas e da<br />

adubação, mas enfatiza que o clima é o<br />

principal fator para a agricultura. “Na safra<br />

passada <strong>de</strong> verão, <strong>de</strong>vido ao estresse<br />

hídrico, a produção foi muito abaixo do<br />

esperado, com média <strong>de</strong> 35 sacas por<br />

hectare e algumas áreas produzindo apenas<br />

20 sacas por hectare. Por mais que<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 25


colheita <strong>de</strong> verão<br />

Junior e Everaldo Sudatti,<br />

<strong>de</strong> Ipuaçu (SC)<br />

"Vamos plantar trigo e investir em<br />

cobertura para aprimorar o sistema<br />

e obter uma próxima safra <strong>de</strong> verão<br />

ainda melhor."<br />

Junior Sudatti, <strong>de</strong> Ipuaçu (SC)<br />

haja uma boa adubação e cobertura <strong>de</strong> solo, sem<br />

chuvas regulares é impossível obter uma boa produtivida<strong>de</strong>.”<br />

O clima contribuiu para o bom <strong>de</strong>senvolvimento<br />

das plantas, mas o tempo úmido também<br />

causou alguns problemas, como o surgimento <strong>de</strong><br />

doenças e plantas daninhas, principalmente o caruru<br />

resistente. “Essas situações necessitaram <strong>de</strong> um<br />

pouco mais <strong>de</strong> atenção e monitoramento das lavouras”,<br />

frisa o cooperado.<br />

Com a colheita da safra <strong>de</strong> verão finalizada,<br />

ele já planejou a <strong>de</strong> inverno e preten<strong>de</strong> focar em<br />

uma boa cobertura <strong>de</strong> solo. “Vamos plantar trigo e<br />

investir em cobertura para aprimorar o sistema e obter<br />

uma próxima safra <strong>de</strong> verão ainda melhor”, diz e<br />

Diego Padilha, engenheiro agrônomo, e os<br />

cooperados Junior e Everaldo Sudatti, <strong>de</strong> Ipuaçu (SC)<br />

ressalta a importância do manejo <strong>de</strong> solo, com coberturas<br />

e contenção <strong>de</strong> águas, para evitar a erosão<br />

e melhorar a qualida<strong>de</strong> das lavouras.<br />

Diego Rodrigo Gonçalves Padilha, engenheiro<br />

agrônomo da <strong>Coamo</strong> em Ipuaçu, observa<br />

que a safra <strong>de</strong> verão teve alguns limitantes no início<br />

do ciclo que prejudicaram parte da produção. Ele recorda<br />

que foram registradas chuvas fortes que afetaram<br />

o preparo do solo realizado com a aplicação do<br />

pré-emergente, principalmente para o controle do<br />

caruru resistente. “Em outubro, choveu em torno <strong>de</strong><br />

26 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


Pedro e Pablo Pelizza,<br />

<strong>de</strong> Xanxerê (SC)<br />

"Nos preparamos para uma condição, mas no<br />

<strong>de</strong>correr da safra po<strong>de</strong>m ocorrer mudanças no<br />

planejamento. Apren<strong>de</strong>mos a cada ano e, junto<br />

com a assistência técnica da <strong>Coamo</strong>."<br />

Pedro Pelizza, <strong>de</strong> Xanxerê (SC)<br />

550 milímetros. Além disso, as temperaturas ficaram<br />

abaixo da média, atrapalhando o início do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da soja. Mesmo assim, <strong>de</strong> modo geral, o clima<br />

se comportou bem e os cooperados alcançaram<br />

produções elevadas, com produtivida<strong>de</strong>s acima <strong>de</strong><br />

100 sacas por hectare em algumas áreas. A média<br />

dos cooperados da unida<strong>de</strong> fechou em cerca <strong>de</strong> 70<br />

sacas por hectare”, ressalta o agrônomo.<br />

Já para a soja plantada mais tar<strong>de</strong>, houve incidência<br />

<strong>de</strong> ferrugem asiática e, também, redução<br />

nas médias produtivas. “A colheita superou as expectativas.<br />

Isso se <strong>de</strong>ve ao clima e, também, aos investimentos<br />

realizados pelos cooperados na região,<br />

que buscam sempre colher a melhor safra possível.<br />

A <strong>Coamo</strong> preza pelo uso <strong>de</strong> tecnologias a<strong>de</strong>quadas<br />

Daniel Balestrin, engenheiro agrônomo da <strong>Coamo</strong><br />

em Xanxerê, e os cooperados Pablo e Pedro Pelizza<br />

que atendam às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada produtor.<br />

Levamos sempre o que há <strong>de</strong> melhor no mercado”,<br />

conclui o agrônomo.<br />

Pedro Ernesto Pelizza, <strong>de</strong> Xanxerê (Oeste <strong>de</strong> Santa<br />

Catarina), conta que a safra se <strong>de</strong>senvolveu bem,<br />

apesar <strong>de</strong> ter havido receio no início. No entanto,<br />

com o passar dos dias, as chuvas foram se regularizando<br />

e colheram talhões com produtivida<strong>de</strong>s<br />

acima <strong>de</strong> 80 sacas <strong>de</strong> média por hectare. “As áreas<br />

<strong>de</strong>moraram para ter condições <strong>de</strong> semeadura e as<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 27


colheita <strong>de</strong> verão<br />

temperaturas estavam baixas também, com algumas<br />

localida<strong>de</strong>s registrando geada em pleno mês<br />

<strong>de</strong> novembro. No entanto, o clima foi favorecendo<br />

e conseguimos plantar <strong>de</strong>ntro do período i<strong>de</strong>al.”<br />

Segundo ele, a expectativa sempre é <strong>de</strong> uma boa<br />

safra, mas quando há interferência do clima há uma<br />

apreensão. “Por isso, conseguir essa produtivida<strong>de</strong> é<br />

importante”, frisa.<br />

Ele conta que toda safra é um novo <strong>de</strong>safio.<br />

“Nos preparamos para uma condição, mas no<br />

<strong>de</strong>correr do ciclo po<strong>de</strong>m ocorrer mudanças no planejamento.<br />

Apren<strong>de</strong>mos a cada ano e, junto com a<br />

assistência técnica da <strong>Coamo</strong>, corrigimos os erros e<br />

tentamos mitigar os efeitos do clima.” Para a segunda<br />

safra, a família Pelizza fará o manejo <strong>de</strong> inverno<br />

com coberturas para <strong>de</strong>ixar o solo na melhor condição<br />

possível para plantar a próxima safra <strong>de</strong> verão.<br />

A família Pelizza trabalha em parceria com<br />

a <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a chegada da cooperativa em Xanxerê.<br />

Pedro conta que houve um importante crescimento<br />

<strong>de</strong>vido aos investimentos em varieda<strong>de</strong>s<br />

adaptadas para a região. “É uma alegria trabalhar<br />

com o que gostamos e colher os frutos do nosso<br />

esforço.”<br />

Daniel Balestrin, engenheiro agrônomo da<br />

<strong>Coamo</strong> em Xanxerê, comenta que apesar <strong>de</strong> no início<br />

as previsões não terem sido tão otimistas para a<br />

região Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina, a safra se <strong>de</strong>senvolveu<br />

bem e resultou em uma boa produtivida<strong>de</strong> para<br />

os cooperados. “Na abertura do período <strong>de</strong> plantio,<br />

foram registrados volumes significativos <strong>de</strong> chuva<br />

que atrasaram a semeadura da soja”, revela.<br />

Para a segunda safra, Balestrin explica que<br />

os cooperados da região <strong>de</strong> Xanxerê aproveitam o<br />

momento pós-colheita para realizar os tratos culturais<br />

e correção <strong>de</strong> solo, para <strong>de</strong>pois entrarem com<br />

a safra <strong>de</strong> inverno, seja a cobertura ou o trigo. “Os<br />

cooperados já estão planejando o manejo <strong>de</strong> inverno<br />

e o plantio da próxima safra <strong>de</strong> soja. É um trabalho<br />

integrado visando sempre o melhor resultado<br />

para a cultura <strong>de</strong> verão.”<br />

João Nilson Ambrosi, <strong>de</strong> Vista Alegre, distrito <strong>de</strong><br />

Coronel Vivida (Sudoeste do Paraná), observa que<br />

a safra atual apresentou resultados positivos. Ele<br />

atribui esse sucesso às condições climáticas favoráveis,<br />

ao bom acompanhamento técnico da <strong>Coamo</strong>,<br />

à utilização <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e ao manejo<br />

do solo. O cooperado utiliza diversas tecnologias,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> sementes até novos fungici-<br />

Nilson e João Ambrosi,<br />

<strong>de</strong> Vista Alegre (PR)<br />

28 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


"É uma safra para<br />

comemorar, já que é raro ter<br />

uma produção tão boa assim<br />

todos os anos."<br />

João Ambrosi, <strong>de</strong> Vista Alegre (PR)<br />

Renan João Marafon Berria, engenheiro agrônomo da <strong>Coamo</strong><br />

em Vista Alegre, e os cooperados Nilson e João Ambrosi<br />

das, herbicidas e inseticidas, buscando sempre se<br />

aperfeiçoar e acompanhar o mercado.<br />

Segundo ele, algumas áreas resultaram em<br />

uma produção <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 200 sacas por alqueire,<br />

o que representa uma produção recor<strong>de</strong> em sua<br />

proprieda<strong>de</strong>. João <strong>de</strong>staca que está trabalhando<br />

com agricultura <strong>de</strong> precisão e adota práticas e<br />

tecnologias que influenciam para um sistema que<br />

gera bons resultados. “É uma safra para comemorar,<br />

já que é raro ter uma produção tão boa assim<br />

todos os anos.”<br />

O cooperado conta que, quando iniciou o<br />

plantio em outubro do ano passado, não esperava<br />

uma produção como a registrada. “O tempo colaborou<br />

bastante e seguimos as recomendações técnicas<br />

à risca”, frisa. Ele lembra que na safra passada a falta<br />

<strong>de</strong> chuva impactou negativamente na produtivida<strong>de</strong>.<br />

Para a safra <strong>de</strong> inverno, o cooperado preten<strong>de</strong><br />

plantar trigo em mais da meta<strong>de</strong> dos 52 alqueires,<br />

enquanto no restante será mix e cobertura, preparando<br />

o solo para o verão.<br />

Renan João Marafon Berria, engenheiro<br />

agrônomo da <strong>Coamo</strong> em Vista Alegre (PR), ressalta<br />

que a safra <strong>de</strong> verão na região <strong>de</strong> Coronel Vivida finalizou<br />

com um resultado positivo, motivado pelas<br />

condições climáticas favoráveis que influenciaram o<br />

manejo das áreas nos meses <strong>de</strong> agosto e setembro<br />

<strong>de</strong> 2022. "O plantio ocorreu <strong>de</strong> uma maneira bem<br />

natural, com as chuvas na medida em que o plantio<br />

avançava. Temos áreas com médias <strong>de</strong> 170 a 230<br />

sacas por alqueire. A variação <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> se<br />

<strong>de</strong>ve à época <strong>de</strong> plantio, posicionamento <strong>de</strong> cultivares<br />

e população das plantas. No final, tivemos problemas<br />

com ferrugem asiática <strong>de</strong>vido a umida<strong>de</strong>.<br />

Isso apresentou um <strong>de</strong>créscimo na produção em<br />

áreas afetadas pela doença.”<br />

Uma boa safra é resultado do uso <strong>de</strong> várias<br />

ferramentas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o manejo do solo, adubação,<br />

plantio em velocida<strong>de</strong> e profundida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada,<br />

manejos químicos, controle <strong>de</strong> plantas daninhas e<br />

uso <strong>de</strong> cultivares adaptadas para a época cultivada.<br />

“Com o clima colaborando, o resultado po<strong>de</strong> ser<br />

muito bom, como visto nesta safra”, reitera o agrônomo.<br />

Gilson Antonio Berlatto, <strong>de</strong> Cantagalo (Centro-<br />

-Sul do Paraná), está comemorando a melhor safra<br />

<strong>de</strong> soja da história em sua proprieda<strong>de</strong>. Ele credita<br />

a boa produtivida<strong>de</strong> principalmente ao clima, com<br />

as chuvas no momento certo permitindo o plantio<br />

<strong>de</strong>ntro do período i<strong>de</strong>al e todos os tratos culturais<br />

na lavoura. Além disso, foram utilizadas sementes <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> e o solo foi bem adubado.<br />

A produtivida<strong>de</strong> média foi <strong>de</strong> 70 sacas <strong>de</strong><br />

soja por hectare. Um resultado bem acima das 40 sacas<br />

colhidas no ano anterior. “Embora a safra tenha<br />

sido plantada com um custo mais alto por causa dos<br />

valores dos insumos, a produção veio em dobro e<br />

compensou os investimentos”, ressalta o cooperado.<br />

No entanto, a região também enfrentou problemas<br />

com a ferrugem asiática nas lavouras <strong>de</strong> soja<br />

<strong>de</strong>vido ao excesso <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>, o que afetou a produtivida<strong>de</strong><br />

em algumas áreas. Berlatto <strong>de</strong>staca que<br />

isso ocorreu nas lavouras plantadas mais tar<strong>de</strong> e que<br />

foram colhidas por último. “Se não fosse esse problema,<br />

a média teria sido ainda melhor, em torno <strong>de</strong><br />

80 sacas por hectare” prevê o cooperado. Berlatto<br />

<strong>de</strong>staca a satisfação em ver a colheita<strong>de</strong>ira enchen-<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 29


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no Brasil. Proibida reprodução ou distribuição sem autorização. Todas as marcas utilizadas neste<br />

material são marcas ou marcas registradas da Exxon Mobil Corporation ou uma <strong>de</strong> suas subsidiárias,<br />

utilizadas por Cosan Lubrificantes e Especialida<strong>de</strong>s S.A., ou uma <strong>de</strong> suas subsidiárias, sob licença.


colheita <strong>de</strong> verão<br />

Gilson Berlatto,<br />

<strong>de</strong> Cantagalo (PR)<br />

"Embora a safra tenha sido plantada com um<br />

custo mais alto por causa dos valores dos insumos,<br />

a produção veio em dobro e compensou os<br />

investimentos."<br />

Gilson Berlatto, <strong>de</strong> Cantagalo (PR)<br />

do o caminhão e levando para a cooperativa. “Cada<br />

ano é diferente e sempre há algo para apren<strong>de</strong>r.”<br />

De acordo com o engenheiro agrônomo<br />

Everton Stresser Losso, da <strong>Coamo</strong> em Cantagalo, o<br />

clima favorável contribuiu para que as expectativas<br />

fossem superadas. No entanto, a incidência da ferrugem<br />

asiática na soja reduziu a produtivida<strong>de</strong> e impediu<br />

um resultado ainda melhor. "Clima bom para<br />

a soja também é para algumas doenças, principalmente<br />

a ferrugem asiática. Os cooperados fizeram<br />

um bom monitoramento e adotaram um manejo<br />

a<strong>de</strong>quado, mas sempre causa algum dano", explica.<br />

Ele ressalta que os cooperados investem em todo<br />

o processo para garantir uma boa colheita e que o<br />

monitoramento é fundamental para o controle <strong>de</strong><br />

doenças.<br />

A produção <strong>de</strong> milho <strong>de</strong> verão também superou<br />

as expectativas. Segundo o engenheiro agrônomo,<br />

a colheita da soja, que se alongou em comparação<br />

aos anos anteriores, atrasou a colheita do<br />

cereal. “Os cooperados da <strong>Coamo</strong> estão satisfeitos<br />

com a safra <strong>de</strong>ste ano e já planejam os investimentos<br />

para a próxima. Fica a lição da importância do<br />

monitoramento constante para o controle <strong>de</strong> doenças<br />

e o cuidado com o manejo do solo. Cada ano é<br />

diferente e ainda temos o que apren<strong>de</strong>r para conseguir<br />

manter a média sempre alta", finaliza o engenheiro<br />

agrônomo.<br />

Everton Stresser Losso, engenheiro agrônomo da <strong>Coamo</strong>,<br />

com o cooperado Gilson Berlatto, em Cantagalo (PR)<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 31


<strong>Coamo</strong> recebe maior<br />

safra <strong>de</strong> soja da história<br />

Até então, maior recebimento tinha sido na safra<br />

2019/20 com um total <strong>de</strong> 90,9 milhões <strong>de</strong> sacas<br />

Até o dia 27 <strong>de</strong> abril, a <strong>Coamo</strong> havia recebido um total <strong>de</strong><br />

92,4 milhões <strong>de</strong> sacas <strong>de</strong> soja em toda a área <strong>de</strong> ação da<br />

<strong>Coamo</strong>. A maior quantida<strong>de</strong> já recebida pela cooperativa.<br />

Até então, o maior recebimento tinha sido na safra 2019/20 com<br />

um total <strong>de</strong> 90,9 milhões <strong>de</strong> sacas.<br />

De acordo com o presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong>, Airton<br />

Galinari, o ano foi diferente, e a questão logística foi o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio<br />

para acomodar a safra. “A comercialização antecipada foi muito<br />

lenta, com contratos para menos <strong>de</strong> 5% do recebimento previsto, o<br />

que dificultou a logística. A <strong>Coamo</strong> já recebeu mais <strong>de</strong> 92 milhões<br />

<strong>de</strong> sacas <strong>de</strong> soja e mais <strong>de</strong> 4,6 milhões <strong>de</strong> sacas <strong>de</strong> milho verão”,<br />

comenta.<br />

Ele conta que a <strong>Coamo</strong> fez um esforço concentrado para<br />

receber e armazenar toda essa produção. “Até o momento, tivemos<br />

poucas exportações <strong>de</strong> soja. Houve algumas vendas <strong>de</strong> parte da<br />

produção fixada pelo cooperado após a colheita. Até o momento,<br />

praticamente não tivemos embarques <strong>de</strong> soja para exportação”,<br />

ressalta. “Tivemos que acomodar toda essa safra contando apenas<br />

com o consumo das indústrias para abrir espaço para o recebimento<br />

da soja dos cooperados. Fizemos gran<strong>de</strong>s esforços para criar alternativas<br />

<strong>de</strong> armazenagem temporária, o que tem sido valorizado<br />

pelos nossos cooperados, pois não vimos outras empresas fazendo<br />

esse mesmo esforço”, acrescenta.<br />

Galinari observa que diante <strong>de</strong> uma produção expressiva,<br />

foi necessário instalar 40 alqueires <strong>de</strong> silo bolsa, somando todas as<br />

áreas ocupadas com essa estrutura, principalmente no Mato Grosso<br />

do Sul. São 13 armazéns infláveis alugados distribuídos no Paraná<br />

e no Mato Grosso do Sul. Além disso, a <strong>Coamo</strong> alugou mais <strong>de</strong><br />

30 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> terceiros para acomodar essa produção no Paraná,<br />

Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. E ainda tem outras estruturas<br />

feitas pelos próprios funcionários nos entrepostos, utilizando big<br />

bags cobertos com lonas, chamado ‘piscinas’. “A <strong>Coamo</strong> fez um<br />

32 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


Em toda a área da <strong>Coamo</strong> são mais <strong>de</strong> 40 alqueires <strong>de</strong> silo bolsa e 13 armazéns infláveis<br />

gran<strong>de</strong> esforço para aten<strong>de</strong>r os cooperados da melhor maneira<br />

possível, mostrando comprometimento nesse momento tão importante<br />

do ciclo, que é a colheita”, frisa.<br />

O presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>staca que houve uma gran<strong>de</strong> produção em<br />

todas as áreas <strong>de</strong> atuação da <strong>Coamo</strong>. “No Oeste do Paraná, a safra<br />

foi boa, mas ficou abaixo do esperado. No entanto, nas <strong>de</strong>mais regiões<br />

tivemos recor<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção. Em termos <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>,<br />

a safra foi bastante satisfatória.”<br />

Conforme Galinari, no cenário atual, há um comprometimento<br />

na questão dos preços. Isso ocorre <strong>de</strong>vido à gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda<br />

e ao fato <strong>de</strong> os produtores terem <strong>de</strong>ixado a maior parte da<br />

comercialização para a colheita, o que gerou uma gran<strong>de</strong> oferta,<br />

criando uma situação adversa na comercialização e resultando em<br />

uma queda significativa nos preços.<br />

abril/<strong>2023</strong> revista<br />

33


agricultura<br />

Experimento <strong>de</strong> Rotação <strong>de</strong> Culturas<br />

completa 38 anos na <strong>Coamo</strong><br />

Iniciado no dia 11 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1985, a partir <strong>de</strong> uma<br />

i<strong>de</strong>ia da diretoria da <strong>Coamo</strong> com apoio da Embrapa<br />

Soja, o projeto <strong>de</strong> pesquisa em Rotação <strong>de</strong> Culturas<br />

foi concretizado <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma proposta <strong>de</strong> estudo<br />

dos ecossistemas rurais. O agrônomo e ex-pesquisador<br />

da Embrapa Soja, Celso <strong>de</strong> Almeida Gaudêncio,<br />

foi quem <strong>de</strong>u início e coor<strong>de</strong>nou o ensaio implantado<br />

na Fazenda Experimental da <strong>Coamo</strong>. O projeto é pioneiro<br />

no Brasil e um marco em relação aos resultados<br />

da pesquisa nacional, consolidando a importância<br />

econômica e ambiental <strong>de</strong>ssa prática.<br />

O pesquisador da Embrapa Soja, Henrique<br />

Debiasi, afirma que o experimento trouxe prosperida<strong>de</strong><br />

para a região. “Esse ensaio foi a base para a<br />

consolidação para o plantio direto, que preconiza o<br />

mínimo revolvimento do solo, cobertura e rotação<br />

<strong>de</strong> culturas. Deu muito resultado e tenho certeza <strong>de</strong><br />

que esse experimento vai continuar, e alcançaremos<br />

os cem anos”, comemora.<br />

O engenheiro agrônomo Bruno Lopes Paes,<br />

analista <strong>de</strong> Suporte Técnico na Fazenda Experimental<br />

da <strong>Coamo</strong>, vê que o cooperado tem a<strong>de</strong>rido ao<br />

sistema <strong>de</strong> Rotação <strong>de</strong> Culturas, e o experimento é<br />

mais uma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> que a prática realmente<br />

funciona. “In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da região em que<br />

o cooperado esteja, é importante que ele utilize o<br />

sistema <strong>de</strong> rotação. Toda nossa equipe técnica está<br />

preparada para incentivar o produtor a utilizar essa<br />

prática e <strong>de</strong>monstrar que ela tem bons resultados.”<br />

Para o presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração<br />

da <strong>Coamo</strong> e Credicoamo, José Aroldo Gallassini,<br />

é indispensável afirmar os benefícios gerados<br />

pela prática da Rotação <strong>de</strong> Culturas. “Essa técnica,<br />

além <strong>de</strong> ser conservacionista, tem como foco o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do sistema produtivo com visão sistêmica<br />

para alcançar o máximo do potencial das plantas.<br />

O ensaio é o primeiro experimento <strong>de</strong> rotação<br />

<strong>de</strong> culturas do país, e completa 38 anos. Esse é um<br />

motivo para comemorar”, afirma Gallassini.<br />

34 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


Soja Baixo Carbono começa a<br />

estabelecer diretrizes da certificação<br />

O<br />

Programa Soja Baixo Carbono<br />

(PSBC) está avançando para a fase<br />

<strong>de</strong> proposição das diretrizes do<br />

protocolo que atestará a sustentabilida<strong>de</strong><br />

da produção <strong>de</strong> soja brasileira, por meio<br />

da concessão do selo Soja Baixo Carbono<br />

(SBC), a sistemas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> soja que<br />

adotem tecnologias e práticas agrícolas que<br />

reduzam a intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> gases<br />

<strong>de</strong> efeito estufa (GEEs). Ainda no primeiro<br />

semestre <strong>de</strong> <strong>2023</strong> serão concluídas as diretrizes<br />

da metodologia que começará a ser<br />

validada na safra <strong>2023</strong>/24 e continuará nesse<br />

processo por mais duas safras.<br />

A jornada <strong>de</strong> inovação setorial para<br />

a construção do protocolo foi compartilhada<br />

no 1º Fórum Soja Baixo Carbono, realizado<br />

no dia 11 <strong>de</strong> abril, em Londrina (PR). O<br />

Fórum marcou o início das ativida<strong>de</strong>s conjuntas<br />

entre a Embrapa e as empresas apoiadoras<br />

do programa: Bayer, Bunge, Cargill,<br />

<strong>Coamo</strong>, Cocamar, GDM e UPL.<br />

De acordo com o pesquisador Henrique<br />

Debiasi, da Embrapa Soja, a metodologia<br />

está focada na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pagamento<br />

<strong>de</strong> serviços ambientais que po<strong>de</strong>rão<br />

ser obtidas com eventuais bonificações<br />

advindos do selo SBC, financiamentos com<br />

taxas <strong>de</strong> juros mais atrativas, entre outros<br />

benefícios. “As mesmas práticas que reduzem<br />

as emissões <strong>de</strong> GEEs são as práticas<br />

que aumentam a produtivida<strong>de</strong> e reduzem<br />

os custos, o que mostra que o produtor terá<br />

ganhos consequentemente”, <strong>de</strong>staca Debiasi.<br />

“O <strong>de</strong>safio técnico é que o custo <strong>de</strong> implantação<br />

seja compatível com benefícios.<br />

E que possamos aten<strong>de</strong>r as <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong><br />

sustentabilida<strong>de</strong> do mercado”, <strong>de</strong>clara.<br />

O Programa Soja Baixo Carbono<br />

(PSBC) teve início em 2021 e foi concebido<br />

para ser uma iniciativa <strong>de</strong> inovação setorial.<br />

“Estamos em consonância com as <strong>de</strong>mandas<br />

mundiais <strong>de</strong> redução das emissões <strong>de</strong> gases<br />

<strong>de</strong> efeito estufa em ca<strong>de</strong>ias e produtos. Neste<br />

sentido, entendo ser preciso um esforço<br />

<strong>de</strong> inovação setorial para estimular a mitigação,<br />

o sequestro <strong>de</strong> carbono e captura e estocagem<br />

<strong>de</strong> carbono no processo produtivo<br />

<strong>de</strong> soja. Nossa proposta é reconhecer os produtores<br />

rurais brasileiros que já vem utilizando<br />

as tecnologias sustentáveis, assim como<br />

ampliar a adoção <strong>de</strong> sistemas pautados pela<br />

sustentabilida<strong>de</strong>”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o chefe-geral da<br />

Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno.<br />

<strong>Coamo</strong> – “Nestes 51 anos <strong>de</strong> existência<br />

da <strong>Coamo</strong> foram consolidadas as diretrizes<br />

que guiaram as ações da cooperativa,<br />

com foco no <strong>de</strong>senvolvimento dos seus<br />

associados e das comunida<strong>de</strong>s das suas regiões<br />

<strong>de</strong> atuação. E gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

e do sucesso das propostas<br />

do cooperativismo <strong>de</strong> resultados, se <strong>de</strong>ve<br />

à cultura da soja. Obteve-se uma crescente<br />

média <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhos e resultados, que<br />

proporcionaram muitas melhorias na qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida e no <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

quadro social, sempre com os cuidados elementares<br />

na preservação dos recursos naturais.<br />

Mas, o momento atual exige algo mais,<br />

pois a missão <strong>de</strong> produzir alimentos para o<br />

mundo <strong>de</strong>ve ser combinada com o compromisso<br />

da preservação <strong>de</strong>ste planeta para as<br />

futuras gerações, e o PSBC, vai ao encontro<br />

<strong>de</strong>ste novo compromisso”, avaliam Aquiles<br />

<strong>de</strong> Oliveira Dias, diretor <strong>de</strong> Suprimentos e<br />

Assistência Técnica e Marcelo Sumiya, gerente<br />

<strong>de</strong> Assistência Técnica da cooperativa.<br />

(Com informações da Embrapa/Soja).<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 35


agricultura<br />

Impacto das novas bioctecnologias no sistema agrícola<br />

Novas biotecnologias estão<br />

revolucionando a agricultura,<br />

oferecendo soluções<br />

mais eficientes e sustentáveis<br />

para os <strong>de</strong>safios enfrentados pelos<br />

sistemas agrícolas. A utilização<br />

<strong>de</strong> técnicas avançadas <strong>de</strong> biotecnologia,<br />

como a edição genética,<br />

estão permitindo a criação <strong>de</strong><br />

plantas mais resistentes a pragas<br />

e doenças, reduzindo a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> produtos químicos.<br />

A biotecnologia também<br />

está permitindo a produção <strong>de</strong><br />

cultivos resistentes a mudanças<br />

climáticas. De forma geral, as<br />

novas biotecnologias oferecem<br />

oportunida<strong>de</strong>s para melhorar a<br />

eficiência e a sustentabilida<strong>de</strong><br />

dos sistemas agrícolas, mas é importante<br />

abordá-las com cuidado.<br />

Itamar Leandro Suss, analista<br />

<strong>de</strong> Suporte Técnico da <strong>Coamo</strong><br />

(Centro-Oeste do Paraná), diz<br />

que as novas biotecnologias na<br />

COMPORTAMENTO DAS BIOTECNOLOGIAS<br />

AOS HERBICIDAS PARA A CULTURA DE SOJA<br />

Tolera<br />

Não tolera<br />

cultura da soja trazem vários benefícios<br />

para o sistema produtivo,<br />

complementando as tecnologias<br />

já existentes como a soja RR, a<br />

Intacta RR2 PRO e, na atual safra,<br />

sendo inseridas a Intacta2 Xtend<br />

e soja Enlist. “São ferramentas que<br />

melhoram o controle <strong>de</strong> plantas<br />

daninhas e lagartas, agregando<br />

produtivida<strong>de</strong>”, frisa.<br />

Contudo, <strong>de</strong> acordo com<br />

ele, os agricultores precisam ter<br />

atenção em utilizar a biotecnologia<br />

com o herbicida a<strong>de</strong>quado<br />

para evitar problemas. “Os<br />

produtores não <strong>de</strong>vem inverter<br />

ou confundir as biotecnologias<br />

no momento da aplicação dos<br />

<strong>de</strong>fensivos. É importante respeitar<br />

as recomendações e utilizar<br />

pontas a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> aplicação<br />

para evitar <strong>de</strong>riva e produzir gotas<br />

extremamente grossas. Também<br />

é fundamental respeitar as<br />

bordaduras entre as biotecnologias,<br />

para que não haja <strong>de</strong>riva<br />

para áreas vizinhas. Além disso,<br />

é importante manter o tanque<br />

limpo antes <strong>de</strong> fazer aplicações,<br />

e estar sempre atento ao planejamento<br />

para evitar problemas<br />

com plantas tigueras, que <strong>de</strong>vem<br />

ser eliminadas, principalmente,<br />

por causa do vazio sanitário”,<br />

comenta.<br />

36 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


sustentabilida<strong>de</strong><br />

ESG & Novas práticas no agronegócio<br />

O<br />

agronegócio é um setor estratégico da economia<br />

brasileira, respon<strong>de</strong>ndo por mais <strong>de</strong><br />

25% do Produto Interno Bruto (PIB). As proprieda<strong>de</strong>s<br />

rurais, antes simples <strong>de</strong> serem “tocadas”,<br />

hoje possuem uma atuação diversificada, com forte<br />

envolvimento <strong>de</strong> tecnologia e informações a serviço<br />

dos produtores. As iniciativas <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />

ESG (Environmental, Social and Governance ou<br />

Meio Ambiente, Social e Governança), também vem<br />

ganhando visibilida<strong>de</strong> e muita mobilização do agronegócio<br />

mundial.<br />

O Brasil conseguiu <strong>de</strong>senvolver diferentes<br />

tecnologias sustentáveis <strong>de</strong> produção, sendo um<br />

bom exemplo para o mundo. A legislação e políticas<br />

públicas são elaboradas para dar suporte ao aumento<br />

da escala <strong>de</strong> produção, aliando <strong>de</strong>senvolvimento<br />

com proteção do meio ambiente e outros.<br />

No atual cenário, <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar os aspectos<br />

ambientais, sociais e <strong>de</strong> governança já não é<br />

uma opção, sendo consi<strong>de</strong>rado uma exigência do<br />

mercado.<br />

O ESG tem critérios em constante evolução,<br />

com abordagem <strong>de</strong> preparo, adaptação e respostas<br />

concretas às questões como mudanças climáticas,<br />

segurança do trabalhador, colaboração da ca<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> valores, recursos naturais, entre outros.<br />

“A busca da conformida<strong>de</strong> socioambiental<br />

e <strong>de</strong> governança nas proprieda<strong>de</strong>s, além <strong>de</strong> ser<br />

uma obrigação legal, é um gesto <strong>de</strong> cidadania que<br />

resulta em segurança aos produtores rurais. As autuações<br />

ambientais ou da justiça do trabalho, expedidas<br />

pela fiscalização, normalmente são encaminhadas<br />

ao Ministério Público ou à Procuradoria do<br />

Trabalho e, havendo indícios <strong>de</strong> crimes ambientais<br />

ou <strong>de</strong> irregularida<strong>de</strong>s nas relações <strong>de</strong> trabalho, os<br />

Procuradores po<strong>de</strong>rão iniciar um processo criminal<br />

contra esse produtor”, explica o engenheiro agrônomo<br />

e advogado, Djalma Lucio <strong>de</strong> Oliveira, Coor<strong>de</strong>nador<br />

<strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> Ambiental da <strong>Coamo</strong>.<br />

Segundo ele, os fatores <strong>de</strong> motivação para<br />

que as proprieda<strong>de</strong>s rurais adotem as boas práticas<br />

inspiradas no ESG, vão além da simples obrigação.<br />

Na verda<strong>de</strong>, serão oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aperfeiçoamento<br />

<strong>de</strong> processos com melhores resultados na<br />

produção e que proporcionarão outras opções <strong>de</strong><br />

negócio, como por exemplo, o recebimento por serviços<br />

ambientais e o acesso ao mercado <strong>de</strong> carbono.<br />

O potencial da chegada do mercado <strong>de</strong> carbono<br />

e a sustentabilida<strong>de</strong> ambiental representam<br />

uma das gran<strong>de</strong>s oportunida<strong>de</strong>s para melhoria da<br />

gestão das proprieda<strong>de</strong>s e suas culturas. Em outras<br />

palavras, a socieda<strong>de</strong> está sendo <strong>de</strong>safiada a<br />

romper com o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> produção agropecuária<br />

pouco sustentável, <strong>de</strong> forma a aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda<br />

alimentar, ao mesmo tempo em que promove a preservação<br />

e melhoria ambiental, com objetivo <strong>de</strong> garantir<br />

as <strong>de</strong>mandas das futuras gerações.<br />

Para Juscelino Fernan<strong>de</strong>s da Costa, gerente<br />

Jurídico da <strong>Coamo</strong>, o agronegócio exige <strong>de</strong> evidências<br />

das boas práticas para a produção agrícola.<br />

“Isso não quer dizer que não o fazemos, muito pelo<br />

contrário, mesmo não tendo uma sistematização formal<br />

das boas práticas, a maioria dos produtos já os<br />

praticam por meio do plantio direto, do uso a<strong>de</strong>quado<br />

<strong>de</strong> insumos agrícolas, do cuidado e <strong>de</strong>stinação<br />

<strong>de</strong> embalagens vazias, manejo do solo, <strong>de</strong>ntre outras<br />

práticas sustentáveis.”<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 37


nutricao<strong>de</strong>safras<br />

/nutricao<strong>de</strong>safras<br />

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nitrogênio, fósforo e dois tipos <strong>de</strong> enxofre em um único grânulo,<br />

garantindo melhor absorção e aproveitamento <strong>de</strong> nutrientes durante<br />

todo o ciclo. MicroEssentials ® é performance superior.<br />

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MAIS DE 10 ANOS<br />

DE PESQUISA<br />

E VALIDAÇÃO<br />

*Resultados comprovados em mais <strong>de</strong> 2.000 campos e com pesquisas <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos<br />

em todo o território agrícola nacional. Produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stacada na cultura da soja.<br />

QUALIDADE<br />

FÍSICA<br />

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38 revista<br />

MAIOR<br />

EFICIÊNCIA<br />

OPERACIONAL<br />

abril/<strong>2023</strong>


corretora <strong>de</strong> seguros<br />

VIA SOLLUS 15 ANOS<br />

crescimento e atendimento personalizado<br />

Fornecer e contratar seguros em diversos segmentos<br />

para aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s dos segurados<br />

associados, funcionários e também da<br />

comunida<strong>de</strong>. Este é o trabalho diário da Via Sollus<br />

Corretora <strong>de</strong> Seguros, que no dia 05 <strong>de</strong> maio completa<br />

15 anos <strong>de</strong> existência. Por meio das agências<br />

da Credicoamo, são disponibilizados os seguros<br />

agrícola, <strong>de</strong> veículo, máquina e implemento, resi<strong>de</strong>ncial,<br />

vida, empresarial, prestamista e outros.<br />

Fundada em 2008, a Via Sollus Corretora <strong>de</strong><br />

Seguros atua no mercado com as principais seguradoras<br />

do país, buscando sempre as melhores coberturas<br />

e atendimento aos segurados. “É um trabalho<br />

sério que vem sendo feito há 15 anos. A corretora<br />

disponibiliza todas as modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seguros, fazendo<br />

um gran<strong>de</strong> trabalho na proteção da renda e<br />

do patrimônio do associado, dos funcionários do<br />

grupo <strong>Coamo</strong> e da comunida<strong>de</strong>”, explica o presi<strong>de</strong>nte<br />

dos Conselhos <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong> e<br />

Credicoamo, José Aroldo Gallassini.<br />

“Trabalhamos para oferecer o seguro i<strong>de</strong>al<br />

com o melhor enquadramento das coberturas e <strong>de</strong><br />

seus valores e isso é um dos nossos diferenciais,<br />

além do atendimento personalizado e humanizado.<br />

Aten<strong>de</strong>r o segurado na forma como ele quer, promovendo,<br />

intermediando e administrando contratos<br />

<strong>de</strong> seguro e, assim, disseminando a cultura do seguro<br />

a<strong>de</strong>quado para que as pessoas percebam a sua<br />

importância na proteção da vida e do patrimônio e,<br />

principalmente, levar o apoio e as orientações em<br />

caso <strong>de</strong> sinistro”, <strong>de</strong>staca Alcir José Goldoni, presi<strong>de</strong>nte<br />

Executivo da Credicoamo. Segundo ele, os<br />

segurados confiam e sabem que têm uma estrutura<br />

<strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a contratação até o pagamento<br />

da in<strong>de</strong>nização, caso aconteça o sinistro.<br />

Os números <strong>de</strong> apólices contratadas vêm<br />

crescendo ano a ano. Em 2022, o trabalho <strong>de</strong>senvolvido<br />

ao público em geral, e <strong>de</strong> modo especial junto<br />

aos associados e funcionários das empresas do grupo<br />

<strong>Coamo</strong>, resultou na contratação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 25<br />

mil apólices <strong>de</strong> seguros com veículos, máquinas e<br />

residências, e em mais <strong>de</strong> 6,8 mil apólices <strong>de</strong> seguros<br />

agrícolas. O profissionalismo e a qualida<strong>de</strong> no<br />

atendimento do segurado garantem o objetivo do<br />

seguro, que é a reposição do bem, a reparação dos<br />

danos para a continuida<strong>de</strong> das ativida<strong>de</strong>s e a proteção<br />

financeira dos segurados. “Os resultados da<br />

Via Sollus nesses 15 anos mostram que estamos no<br />

caminho certo e sempre pensando nos segurados e<br />

na tranquilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua família”, avalia Gallassini.<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 39


inovação<br />

Credicoamo lança novos<br />

cartões Mastercard<br />

São disponibilizadas cinco novas categorias para<br />

aten<strong>de</strong>r os diferentes perfis <strong>de</strong> consumo dos cooperados<br />

Os novos cartões Credicoamo<br />

já estão disponíveis<br />

para solicitação<br />

dos associados diretamente nas<br />

agências da cooperativa <strong>de</strong> crédito.<br />

O presi<strong>de</strong>nte Executivo da<br />

Credicoamo, Alcir José Goldoni,<br />

explica que essa novida<strong>de</strong><br />

amplia ainda mais a cobertura e<br />

a<strong>de</strong>são aos cartões. “A missão da<br />

Credicoamo é agregar renda aos<br />

associados por meio <strong>de</strong> soluções<br />

financeiras sustentáveis. Dentre<br />

tantas soluções que já oferecemos,<br />

o cartão múltiplo é um dos<br />

<strong>de</strong>staques, tendo ampla a<strong>de</strong>são<br />

por parte dos associados. Essa<br />

troca garantirá mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, segurança<br />

e mais praticida<strong>de</strong>”, explica<br />

Goldoni.<br />

O presi<strong>de</strong>nte Executivo<br />

<strong>de</strong>staca ainda que estão disponíveis<br />

cinco categorias <strong>de</strong> cartões<br />

para aten<strong>de</strong>r os diferentes perfis<br />

<strong>de</strong> consumo dos associados da<br />

Credicoamo.<br />

aten<strong>de</strong> um perfil mais habituado<br />

ao uso frequente do cartão <strong>de</strong><br />

crédito, contando com recursos<br />

e benefícios que protegem não<br />

só as compras do associado, mas<br />

garantem também segurança e<br />

assistência para veículos e viagens.<br />

Nesta mesma linha, o cartão<br />

Platinum apresenta-se também<br />

como opção para aqueles<br />

que exigem qualida<strong>de</strong> no uso do<br />

cartão, oferecendo maior liberda<strong>de</strong><br />

para consumo e conectando<br />

o associado com as melhores<br />

opções <strong>de</strong> compras, viagens e<br />

experiências.<br />

Já o cartão Gold aten<strong>de</strong><br />

o associado que tem uma visão<br />

a longo prazo para a gestão do<br />

dinheiro, garantindo a proteção<br />

contra o <strong>de</strong>sconhecido e oferecendo<br />

<strong>de</strong>scontos e ofertas vantajosas<br />

que trarão benefícios<br />

durante as compras. Além dos<br />

<strong>de</strong>scontos e da participação no<br />

clube <strong>de</strong> pontos, o cartão Gold<br />

conta também com a proteção<br />

Tipos <strong>de</strong> cartão <strong>de</strong> crédito<br />

Quem busca uma opção<br />

<strong>de</strong> cartão <strong>de</strong> crédito completa<br />

em recursos, com aceitação internacional<br />

e benefícios exclusivos,<br />

terá no cartão Black como<br />

alternativa i<strong>de</strong>al. Esta categoria<br />

40 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


<strong>de</strong> compras e <strong>de</strong> preços para o<br />

seu titular.<br />

Os cartões <strong>de</strong> crédito<br />

Black, Platinum e Gold possibilitam<br />

também que os pontos<br />

acumulados sejam trocados para<br />

programas <strong>de</strong> parceiros como<br />

Livelo, TudoAzul e Latam Pass.<br />

Também possibilitam a solicitação<br />

<strong>de</strong> cartões adicionais para<br />

cônjuges e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes legais<br />

com limites <strong>de</strong> compras <strong>de</strong>finidos<br />

pelo associado titular.<br />

Cartão para as pessoas<br />

jurídicas associadas<br />

Para auxiliar na compra<br />

<strong>de</strong> produtos, serviços e ferramentas<br />

que colaborarão no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do seu negócio,<br />

o cartão Business é outra opção<br />

para o associado da Credicoamo,<br />

contando com mecanismos<br />

que vão além das opções <strong>de</strong> débito<br />

e crédito, possibilita o controle<br />

<strong>de</strong> gastos <strong>de</strong> cada usuário<br />

da empresa no acompanhamento<br />

<strong>de</strong> seu negócio.<br />

vários benefícios. Todos estes<br />

benefícios somam-se às condições<br />

exclusivas oferecidas pela<br />

Credicoamo, como a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> pagar as suas compras em<br />

até 40 dias e a disponibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> um aplicativo que te auxilia<br />

no controle <strong>de</strong> gastos, controle<br />

<strong>de</strong> limites, bloqueios e geração<br />

<strong>de</strong> fatura digital, além do atendimento<br />

presencial nas agências<br />

da Credicoamo para sanar eventuais<br />

dúvidas. A lista completa<br />

dos benefícios <strong>de</strong> cada cartão<br />

po<strong>de</strong> ser conferida no site www.<br />

credicoamo.com.br/cartoes.<br />

Além <strong>de</strong> todos os benefícios,<br />

ao ativar o seu novo<br />

cartão Credicoamo Mastercard,<br />

o associado conta com isenção<br />

<strong>de</strong> anuida<strong>de</strong> nas três primeiras<br />

faturas. A partir da quarta fatura,<br />

o associado po<strong>de</strong>rá ter até<br />

100% <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto na anuida<strong>de</strong><br />

quanto maior for a utilização<br />

nas compras na função crédito.<br />

Ao manter dinheiro na conta<br />

corrente e utilizar a função crédito,<br />

o associado também possibilita<br />

maior geração <strong>de</strong> sobras<br />

que serão retornadas para a sua<br />

conta corrente.<br />

Cartão <strong>de</strong> débito<br />

Por fim, o cartão Standard<br />

é a única das novas categorias<br />

que conta somente com a opção<br />

<strong>de</strong> débito e aten<strong>de</strong> os associados<br />

que preten<strong>de</strong>m efetuar compras<br />

somente nesta função e realizar<br />

saques nos caixas eletrônicos,<br />

sendo uma alternativa mais prática<br />

para a movimentação da conta<br />

corrente do associado.<br />

Os cartões <strong>de</strong> crédito da<br />

Credicoamo garantem ao associado<br />

o acesso ao serviço global<br />

da Mastercard, como <strong>de</strong>sconto<br />

em sites <strong>de</strong> viagens, plataformas<br />

<strong>de</strong> streaming e participação em<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 41


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42 revista<br />

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integração<br />

GERENTE DO BANCO CENTRAL VISITA CREDICOAMO<br />

Alcir Goldoni, presi<strong>de</strong>nte Executivo da Credicoamo, na abertura da reunião<br />

Alexandre da Silva Rodrigues, gerente <strong>de</strong> supervisão <strong>de</strong> segmento do Banco Central<br />

O<br />

gerente técnico responsável da área <strong>de</strong> supervisão<br />

do Banco Central do Brasil, Alexandre da<br />

Silva Rodrigues e o supervisor <strong>de</strong> fiscalização,<br />

Augusto Fernando Fontoura Ferreira Gonçalves, estiveram<br />

na se<strong>de</strong> da Credicoamo e da <strong>Coamo</strong>, em Campo<br />

Mourão, no dia 29 <strong>de</strong> março. Durante a visita, os representantes<br />

do Banco Central conheceram a estrutura das<br />

duas cooperativas.<br />

A gerência <strong>de</strong> supervisão é responsável por<br />

verificar a saú<strong>de</strong> financeira das cooperativas e os seus<br />

controles, visando preservar o capital dos associados.<br />

“Mantemos um relacionamento o mais próximo possível<br />

com as cooperativas <strong>de</strong> crédito para atingir o objetivo<br />

principal”, afirma.<br />

Segundo Alexandre, o Banco Central tem regras<br />

específicas para supervisão das cooperativas <strong>de</strong><br />

crédito. Existe na instituição uma série <strong>de</strong> normativas<br />

elaboradas pelo Conselho Monetário Nacional. O papel<br />

do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Supervisão <strong>de</strong> Segmento é fazer<br />

cumprir as normas e esclarecer com as cooperativas<br />

Reunião contou com representantes da <strong>Coamo</strong>, Credicoamo e Via Sollus<br />

a melhor forma <strong>de</strong> se cumprir esse 'regramento', buscando<br />

sempre o diálogo com as instituições, para que<br />

elas tenham uma saú<strong>de</strong> financeira a<strong>de</strong>quada. “Estamos<br />

fazendo um trabalho relacionado especificamente com<br />

a questão da auditoria interna da cooperativa. Viemos<br />

para conhecer melhor a atuação <strong>de</strong>ssa estrutura na instituição.<br />

Foi uma visita rápida que serviu para termos<br />

uma visão panorâmica da cooperativa.”<br />

Para o gerente, a auditoria interna é muito importante<br />

para a soli<strong>de</strong>z da instituição. “Os controles são<br />

importantes para que o associado possa sentir-se seguro<br />

<strong>de</strong> que os seus recursos estão bem administrados. A<br />

saú<strong>de</strong> financeira da Credicoamo está muito boa” , diz.<br />

Alexandre avalia o cooperativismo como muito<br />

importante, pois garante o <strong>de</strong>senvolvimento regional.<br />

“Trabalho há muito tempo nessa área. É um setor que<br />

busca a aplicação dos recursos na própria região on<strong>de</strong><br />

tem atuação. O objetivo do Banco Central é ajudar o<br />

segmento a avançar e ter mais importância no sistema<br />

financeiro como um todo.”<br />

O presi<strong>de</strong>nte Executivo da Credicoamo, Alcir<br />

José Goldoni, explica que a visita teve como objetivo<br />

o conhecimento da estrutura da auditoria interna e<br />

da integração entre <strong>Coamo</strong> e Credicoamo. “Receber<br />

uma visita do órgão regulador e ouvir a avaliação <strong>de</strong><br />

que estamos bem estruturados é muito gratificante.<br />

Nós sempre tivemos o Banco Central como um parceiro<br />

que orienta e dá segurança aos processos. Após<br />

enten<strong>de</strong>rem o sistema <strong>de</strong> integração entre a <strong>Coamo</strong><br />

e a Credicoamo, <strong>de</strong>stacaram a sinergia e o foco no<br />

atendimento ao associado”, comenta.<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 43


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Copyright © <strong>Abril</strong> <strong>2023</strong> FMC. Todos os direitos reservados.<br />

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da Copa <strong>Coamo</strong><br />

com 89 equipes<br />

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A<br />

16ª edição da Copa <strong>Coamo</strong> começou no dia<br />

06 <strong>de</strong> maio com a disputa <strong>de</strong> 89 equipes na<br />

Regional Vale do Ivaí e a participação <strong>de</strong> cerca<br />

<strong>de</strong> 900 cooperados, cooperadas, esposas e filhas<br />

representando as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Engenheiro Beltrão,<br />

Quinta do Sol, Fênix, Barbosa Ferraz, São João do<br />

Ivaí, Ivaiporã, Faxinal, Marilândia do Sul e Cruzmaltina.<br />

Os congressos técnicos foram nos dias 24, 25 e<br />

26 <strong>de</strong> abril, confirmando 56 equipes no futebol suíço<br />

masculino e 33 no vôlei <strong>de</strong> areia feminino.<br />

“É uma gran<strong>de</strong> festa do cooperativismo<br />

e integração por meio do esporte e lazer. A Copa<br />

<strong>Coamo</strong> está completando 30 anos. É um evento que<br />

<strong>de</strong>u certo e foi muito bem aceito pela família cooperativista”,<br />

comemora José Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte<br />

do Conselho <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong>.<br />

Após quatro anos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua última realização,<br />

a Copa <strong>Coamo</strong> volta para a alegria dos<br />

cooperados, familiares e comunida<strong>de</strong>s. “Além do<br />

tradicional futebol suíço masculino, neste ano, a<br />

novida<strong>de</strong> é a participação das mulheres no vôlei <strong>de</strong><br />

areia. E ao final das sete etapas, reunindo mais <strong>de</strong><br />

oito mil participantes em suas 32 regionais no Paraná,<br />

Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, teremos<br />

os finalistas <strong>de</strong> <strong>2023</strong>”, observa Marcelo Sumiya, gerente<br />

<strong>de</strong> Assistência Técnica da <strong>Coamo</strong> e presi<strong>de</strong>nte<br />

da Comissão Central Organizadora (CCO).<br />

Os jogos serão aos sábados e seguirá até<br />

08 <strong>de</strong> julho com a Regional Se<strong>de</strong>. A final e o cerimonial,<br />

que sempre é uma atração surpresa, será<br />

dia 29 <strong>de</strong> julho na Arcam, em Campo Mourão.<br />

SERVIÇO<br />

Acompanhe a programação, resultados e notícias da<br />

Copa <strong>Coamo</strong> nos diversos canais <strong>de</strong> comunicação da cooperativa<br />

(re<strong>de</strong>s sociais, programa <strong>de</strong> rádio e <strong>de</strong> TV, <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong> e no<br />

hotsite copa.coamo.com.br<br />

REGIONAL VALE DO IVAÍ<br />

06 <strong>de</strong> maio<br />

Data <strong>de</strong> inscrição até: 18 <strong>de</strong> abril<br />

Data do Congresso Técnico: 24, 25 e 26 <strong>de</strong> abril<br />

Engenheiro Beltrão/Quinta do Sol, Fênix/Barbosa Ferraz, São João<br />

do Ivaí, Ivaiporã e Faxinal/Marilândia do Sul/Cruzmaltina.<br />

REGIONAL SUL E CENTRO-SUL<br />

20 <strong>de</strong> maio<br />

Data <strong>de</strong> inscrição até: 02 <strong>de</strong> maio<br />

Data do Congresso Técnico: 08, 09 e 10 <strong>de</strong> maio<br />

Mangueirinha/Palmas, Coronel Vivida/Honório Serpa/Vista Alegre,<br />

Abelardo Luz/Ouro Ver<strong>de</strong>/Xanxerê, São Domingos/Ipuaçu, Candói/<br />

Pinhão/Guarapuava e Cantagalo/Goioxim.<br />

REGIONAL OESTE<br />

27 <strong>de</strong> maio<br />

Data <strong>de</strong> inscrição até: 09 <strong>de</strong> maio<br />

Data do Congresso Técnico: 15, 16 e 17 <strong>de</strong> maio<br />

Toledo/Dez <strong>de</strong> Maio/Dois Irmãos, São Pedro do Iguaçu/Ouro Ver<strong>de</strong><br />

do Oeste, Tupãssi/Bragantina/Brasilândia do Sul/Paulistânia, Nova<br />

Santa Rosa/Vila Nova, Goioerê/Rancho Alegre do Oeste/Moreira<br />

Sales/Mariluz/Quarto Centenário e Juranda/Altamira.<br />

REGIONAL MS<br />

10 <strong>de</strong> junho<br />

Data da Inscrição até: 23 <strong>de</strong> maio<br />

Data do Congresso Técnico: 29 e 30 <strong>de</strong> maio<br />

Dourados/Maracaju/Sidrolândia/Rio Brilhante/São Gabriel do Oeste/<br />

Ban<strong>de</strong>irantes/Itaporã e Laguna Carapã/Ponta Porã/Aral Moreira/<br />

Amambai/Caarapó.<br />

REGIONAL CENTRO-OESTE<br />

24 <strong>de</strong> junho<br />

Data <strong>de</strong> inscrição até: 06 <strong>de</strong> junho<br />

Data do Congresso Técnico: 12 e 13 <strong>de</strong> junho<br />

Mamborê, Boa Esperança/Janiópolis, Roncador e Iretama.<br />

REGIONAL CENTRO<br />

01 <strong>de</strong> julho<br />

Data <strong>de</strong> inscrição até: 13 <strong>de</strong> junho<br />

Data do Congresso Técnico: 19, 20 e 21 <strong>de</strong> junho<br />

Pitanga, Manoel Ribas, Cândido <strong>de</strong> Abreu/Reserva, Boa Ventura<br />

<strong>de</strong> São Roque e Palmital/Santa Maria do Oeste.<br />

REGIONAL SEDE<br />

08 <strong>de</strong> julho<br />

Data da inscrição até: 20 <strong>de</strong> junho<br />

Data do Congresso Técnico: 26 e 27 <strong>de</strong> junho<br />

Campo Mourão/Farol, Peabiru, Luiziana/Corumbataí do Sul e Araruna.<br />

FINAL-CAMPO MOURÃO<br />

Data do Congresso Técnico: 11 <strong>de</strong> julho<br />

29 <strong>de</strong> julho<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 45


capacitação<br />

Começa 27ª turma <strong>de</strong> Jovens<br />

Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas<br />

Começou, no dia 12 <strong>de</strong> abril, a 27ª turma do<br />

Programa <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas,<br />

promovido pela <strong>Coamo</strong> em parceria com<br />

o Sescoop/PR e Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná<br />

(UFPR). Neste ano, participam do programa mais<br />

<strong>de</strong> 60 cooperados do Paraná, Santa Catarina e Mato<br />

Grosso do Sul. O curso é realizado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998 e já<br />

formou centenas <strong>de</strong> cooperados em toda a área <strong>de</strong><br />

ação da cooperativa.<br />

O objetivo do curso é capacitar os cooperados<br />

para que eles possam enten<strong>de</strong>r todo o processo<br />

que envolve uma cooperativa e ajudá-los na tomada<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong>ntro da proprieda<strong>de</strong>. Coor<strong>de</strong>nado<br />

pela Assessoria <strong>de</strong> Cooperativismo, subordinada à<br />

Diretoria <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência Técnica da<br />

<strong>Coamo</strong>, o curso visa perpetuar os cooperados em<br />

sua ativida<strong>de</strong>, mas também fazer com que eles estejam<br />

preparados para a gestão na cooperativa.<br />

De acordo com Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias,<br />

diretor <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência Técnica da<br />

<strong>Coamo</strong>, o Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas é um programa<br />

<strong>de</strong> muito sucesso. “Estamos iniciando a 27ª<br />

turma e, em todo esse tempo, mais <strong>de</strong> mil cooperados<br />

já foram treinados, inclusive a maioria dos integrantes<br />

dos conselhos Fiscal e <strong>de</strong> Administração<br />

da cooperativa são formados por cooperados que<br />

passaram por esse curso.”<br />

Ele conta que o curso é realizado por meio <strong>de</strong><br />

convênio com a Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, que<br />

dispõe <strong>de</strong> professores altamente capacitados. Neste<br />

ano, <strong>de</strong>vido à gran<strong>de</strong> a<strong>de</strong>são dos cooperados, o programa<br />

foi dividido em duas turmas. “Nós fizemos a aula<br />

inaugural com todos juntos, mas a sequência será uma<br />

turma em Dourados (MS), com os jovens lí<strong>de</strong>res da região,<br />

e outra turma em Campo Mourão, com os cooperados<br />

do Paraná e Santa Catarina”, revela o diretor.<br />

Para o presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

da <strong>Coamo</strong> e Credicoamo, José Aroldo Gal-<br />

46 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


Diretoria da <strong>Coamo</strong> e Credicoamo na aula inaugural do curso em Campo Mourão<br />

Paula Carina <strong>de</strong> Oliveira, <strong>de</strong> Boa Esperança (PR)<br />

lassini, o curso visa a formação <strong>de</strong> cooperados para a gestão da proprieda<strong>de</strong><br />

e da própria cooperativa. “O objetivo é <strong>de</strong>senvolver o jovem<br />

do ponto <strong>de</strong> vista cooperativista, na parte <strong>de</strong> gestão da proprieda<strong>de</strong> e<br />

prepará-los para a sucessão tanto na ativida<strong>de</strong> agrícola como na atuação<br />

na cooperativa. Os jovens já formados têm feito um importante trabalho<br />

em toda a comunida<strong>de</strong>.”<br />

A cooperada Paula Carina <strong>de</strong> Oliveira, <strong>de</strong> Boa Esperança (Centro-Oeste<br />

do Paraná), é uma das participantes da turma. Ela afirma que<br />

tinha uma i<strong>de</strong>ia bem rasa do que era o cooperativismo e do trabalho<br />

da cooperativa da qual faz parte, e espera adquirir ainda mais conhecimento<br />

no <strong>de</strong>correr do curso. “Estou apren<strong>de</strong>ndo muito nesse primeiro<br />

momento. É importante enten<strong>de</strong>r o que é o cooperativismo. Muita coisa<br />

eu pensava <strong>de</strong> uma forma, e já mu<strong>de</strong>i o meu pensamento. A parte estratégica,<br />

o planejamento, tudo isso vai ser muito importante para aplicar<br />

na proprieda<strong>de</strong>.”<br />

Jonas Otávio Romani, <strong>de</strong> São Domingos (Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina),<br />

diz que o curso contribuirá bastante para a condução da sua<br />

ativida<strong>de</strong>, principalmente na questão da administração da fazenda. “O<br />

curso está sendo muito bom. Os alunos são participativos e os professores<br />

bem claros. A expectativa é que eu aprenda ainda mais sobre o<br />

cooperativismo e da parte administrativa da proprieda<strong>de</strong>, assim como<br />

<strong>de</strong> todo o processo financeiro.”<br />

O cooperado João da Câmara Filho, <strong>de</strong> Sidrolândia (Centro-<br />

-Norte do Mato Grosso do Sul), está conhecendo um pouco mais sobre<br />

o que é o cooperativismo. Ele já tinha uma noção sobre o sistema<br />

cooperativista, mas está vendo agora como funciona na prática. “Estamos<br />

vendo como é o trabalho interno da cooperativa. Espero agregar<br />

mais conhecimento, levar todo aprendizado para nossa ativida<strong>de</strong> e<br />

repassar isso para a família”, afirma.<br />

Jonas Otávio Romani, <strong>de</strong> São Domingos (SC)<br />

João da Câmara Filho, <strong>de</strong> Sidrolândia (MS)<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 47


cooperativismo<br />

MULHERES EM FOCO EM MAMBORÊ<br />

A<br />

<strong>Coamo</strong> realizou em Mamborê (Centro-Oeste<br />

do Paraná) um evento <strong>de</strong>nominado "Mulheres<br />

em Foco". O encontro teve como objetivo<br />

valorizar as mulheres que fazem parte da cooperativa,<br />

sejam elas cooperadas, esposas, filhas, funcionárias ou<br />

esposas <strong>de</strong> funcionários. Cerca <strong>de</strong> 140 mulheres participaram<br />

do evento, que contou com uma palestra motivacional<br />

sobre a importância da mulher no campo.<br />

Paulo Nicolau Mocci, gerente da <strong>Coamo</strong> em<br />

Mamborê, <strong>de</strong>staca que há um crescimento feminino<br />

<strong>de</strong>ntro do mundo corporativo e na <strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />

as mulheres têm importante atuação. “O "Mulheres<br />

em Foco" é uma iniciativa importante da <strong>Coamo</strong><br />

e das empresas parceiras para reconhecer e valorizar<br />

a participação feminina no campo e na cooperativa,<br />

promovendo a troca <strong>de</strong> experiências e conhecimentos<br />

entre as mulheres. É uma iniciativa que contribui para<br />

o fortalecimento e <strong>de</strong>senvolvimento da região.”<br />

O evento contou com uma palestra da<br />

psicóloga e analista corporal Cris Coutinho. Ela<br />

conta que as mulheres <strong>de</strong> Mamborê foram extremamente<br />

participativas e acolhedoras. “São mães,<br />

esposas e filhas abertas a novas experiências. Essas<br />

mulheres enten<strong>de</strong>m a importância da participação<br />

feminina no agronegócio e sabem que hoje<br />

po<strong>de</strong>m escolher o espaço para atuar sem precisar<br />

per<strong>de</strong>r a essência feminina. Isso traz a elas um<br />

olhar mais estratégico que ajuda na administração<br />

das proprieda<strong>de</strong>s rurais”, diz.<br />

SIBELLE WUNSCHE NUNES<br />

"A presença feminina está cada vez mais forte em<br />

vários setores, inclusive diretamente com o campo.<br />

A participação das mulheres é valorizada pela<br />

<strong>Coamo</strong>, e esse evento mostra que a cooperativa<br />

se preocupa em manter as mulheres inseridas no<br />

contexto do agronegócio.”<br />

SANDRA PATRÍCIO FARIAS<br />

“As mulheres sempre estiveram presentes no<br />

agronegócio, mas no passado a atuação era mais<br />

<strong>de</strong> apoio. Atualmente, elas estão se <strong>de</strong>stacando e<br />

mostrando sua capacida<strong>de</strong> e a diferença que po<strong>de</strong>m<br />

fazer no meio rural. A palestra motivacional<br />

foi um estímulo para as mulheres se fortalecerem<br />

e terem uma voz ativa.<br />

FERNANDA RAFAELI DEINA MURBACK<br />

“Gostei da palestra que <strong>de</strong>stacou a importância<br />

da mulher em diversas áreas, seja no âmbito<br />

pessoal, profissional ou na socieda<strong>de</strong> em geral.<br />

As mulheres estão, cada vez, mais presentes no<br />

setor do agronegócio, e a palestra serviu para<br />

motivar ainda mais. Cada mulher tem sua participação<br />

e importância no cenário agrícola."<br />

48 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


'MULHERES QUE SEMEIAM' NO MATO GROSSO DO SUL<br />

A<br />

<strong>Coamo</strong>, em parceria com<br />

o Sescoop/MS, promoveu<br />

o curso “Mulheres<br />

que Semeiam” nos entrepostos<br />

do Mato Grosso do Sul, visando<br />

<strong>de</strong>senvolver, integrar e capacitar<br />

as participantes na gestão e profissionalização<br />

da proprieda<strong>de</strong><br />

rural. O evento foi realizado em<br />

duas turmas, uma na unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Maracaju e outra em Dourados,<br />

reunindo um total <strong>de</strong> 135 mulheres<br />

cooperadas <strong>de</strong> Maracaju,<br />

Sidrolândia, Rio Brilhante, Dourados,<br />

Laguna Carapã, Itaporã e<br />

Carapó.<br />

A aceitação do curso<br />

pelas mulheres foi extremamente<br />

positiva, com diversos<br />

<strong>de</strong>poimentos relevantes<br />

que <strong>de</strong>stacaram a importância<br />

da capacitação oferecida<br />

pela <strong>Coamo</strong>. As participantes<br />

aproveitaram ao máximo cada<br />

aprendizado com a instrutora<br />

Mariely Biff, buscando aplicar<br />

em suas proprieda<strong>de</strong>s rurais.<br />

Um dos pontos <strong>de</strong>stacados<br />

pelas mulheres foi o <strong>de</strong>spertar<br />

do interesse em participar<br />

mais efetivamente na gestão das<br />

proprieda<strong>de</strong>s rurais. A capacitação<br />

proporcionou a elas mais<br />

conhecimento sobre as ativida<strong>de</strong>s<br />

rurais e sobre a cooperativa,<br />

fortalecendo sua confiança<br />

e habilida<strong>de</strong>s na gestão <strong>de</strong> suas<br />

proprieda<strong>de</strong>s.<br />

José Ricardo Pedron<br />

Romani, assessor <strong>de</strong> Cooperativismo<br />

da <strong>Coamo</strong>, <strong>de</strong>staca a importância<br />

do curso para a capa-<br />

Participantes <strong>de</strong> Dourados, Laguna Carapã, Itaporã e Carapó<br />

Mulheres <strong>de</strong> Maracaju, Sidrolândia e Rio Brilhante<br />

citação das mulheres no campo.<br />

"Tivemos relatos <strong>de</strong> mulheres<br />

que encontraram uma nova trajetória<br />

após o curso, <strong>de</strong>spertando<br />

interesse em participar ativamente<br />

das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> suas<br />

proprieda<strong>de</strong>s e da cooperativa",<br />

comenta.<br />

Além do conteúdo técnico<br />

sobre a gestão rural, o curso<br />

também promoveu a integração<br />

entre as cooperadas, permitindo<br />

a troca <strong>de</strong> experiências e o fortalecimento<br />

dos laços entre as participantes<br />

e a cooperativa. Diante<br />

do sucesso e do impacto positivo<br />

do Curso Mulheres que Semeiam,<br />

a <strong>Coamo</strong> preten<strong>de</strong> esten<strong>de</strong>r a iniciativa<br />

para outras unida<strong>de</strong>s da<br />

cooperativa para continuar promovendo<br />

o fortalecimento feminino<br />

no campo e a participação<br />

das mulheres na gestão das proprieda<strong>de</strong>s<br />

rurais.<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 49


mulheres no campo<br />

<strong>Coamo</strong> sedia encontro <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nadoras<br />

da Comissão Estadual <strong>de</strong> Mulheres da Faep<br />

Evento reuniu 164 coor<strong>de</strong>nadoras <strong>de</strong> comissões <strong>de</strong> todas as regiões do Estado<br />

A<br />

<strong>Coamo</strong> foi se<strong>de</strong> do primeiro<br />

encontro <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nadoras<br />

da Comissão<br />

Estadual <strong>de</strong> Mulheres da Faep<br />

(CEMF). O evento foi no dia 13<br />

<strong>de</strong> abril, no anfiteatro do novo<br />

entreposto da cooperativa, em<br />

Campo Mourão (Centro-Oeste<br />

do Paraná) e reuniu 164 coor<strong>de</strong>nadoras<br />

<strong>de</strong> comissões <strong>de</strong> todas<br />

as regiões do Estado. As participantes<br />

também visitaram o parque<br />

industrial da <strong>Coamo</strong>.<br />

Além <strong>de</strong> promover a integração<br />

e o networking das participantes,<br />

o encontro estabeleceu<br />

a convergência <strong>de</strong> estratégias<br />

para que a participação feminina<br />

continue aumentando no campo<br />

e nos sindicatos rurais do Paraná.<br />

Lançada em janeiro <strong>de</strong> 2021,<br />

a Comissão Estadual estimulou<br />

a articulação <strong>de</strong> 52 comissões<br />

locais, cada uma vinculada a um<br />

sindicato rural, mobilizando um<br />

total <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 1,8 mil mulheres.<br />

Além disso, o movimento tem<br />

levado aos municípios cursos específicos<br />

para as mulheres e promovido<br />

visitas técnicas. Com isso,<br />

elas passaram a integrar o sistema<br />

sindical rural <strong>de</strong> forma mais efetiva,<br />

além <strong>de</strong> agregar valor às suas<br />

rotinas <strong>de</strong> produtoras rurais.<br />

Na abertura do encontro,<br />

o presi<strong>de</strong>nte do Sistema Faep/Senar-PR,<br />

Ági<strong>de</strong> Meneguette, ressaltou<br />

a importância <strong>de</strong>ssa mobilização<br />

para a representativida<strong>de</strong> do<br />

setor agropecuário. “É importante<br />

estarmos reunidos e organizados.<br />

Quero agra<strong>de</strong>cer a todas vocês<br />

pelo ótimo trabalho que têm<br />

feito nos sindicatos rurais. Que<br />

esse exército possa crescer ainda<br />

mais”, acrescentou Meneguette.<br />

O vice-presi<strong>de</strong>nte do<br />

Sindicato Rural <strong>de</strong> Campo Mourão,<br />

Wilson Godoy, apontou que<br />

as comissões locais <strong>de</strong> mulheres<br />

têm sido <strong>de</strong>terminantes para<br />

trazer as produtoras para junto<br />

dos sindicatos rurais. “Como é<br />

importante que vocês, mulheres,<br />

50 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


Ági<strong>de</strong> Meneguette, presi<strong>de</strong>nte<br />

do Sistema Faep/Senar-PR<br />

Participantes visitaram o Parque Industrial da <strong>Coamo</strong>, em Campo Mourão<br />

estejam nessas comissões, nos<br />

sindicatos rurais <strong>de</strong> suas cida<strong>de</strong>s.<br />

Eu peço: continuem convidando<br />

outras mulheres para que façam<br />

parte <strong>de</strong>ssa mobilização. Vocês<br />

são um exemplo. São um batalhão.<br />

Unidas, vocês são muito<br />

mais fortes.”<br />

Anfitrião da iniciativa,<br />

o presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong><br />

Administração da <strong>Coamo</strong>, José<br />

Aroldo Gallassini, <strong>de</strong>stacou a<br />

ampliação da representativida<strong>de</strong><br />

feminina na cooperativa. Hoje, as<br />

mulheres respon<strong>de</strong>m por mais<br />

<strong>de</strong> 16% do quadro <strong>de</strong> cooperados.”<br />

Ele <strong>de</strong>stacou que a <strong>Coamo</strong><br />

já tem dado suporte às produtoras<br />

rurais e <strong>de</strong>stacou a iniciativa<br />

da Faep, <strong>de</strong> fomentar o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

feminino para atuar<br />

nas proprieda<strong>de</strong>s.<br />

Gallassini exemplificou<br />

a importância <strong>de</strong>sse movimento,<br />

apontando o caso <strong>de</strong> sua filha,<br />

Larissa Gallassini, que é responsável<br />

pelo setor <strong>de</strong> pecuária dos<br />

negócios da família e uma das<br />

coor<strong>de</strong>nadoras da Comissão <strong>de</strong><br />

Mulheres do Sindicato Rural <strong>de</strong><br />

Campo Mourão. “Só na <strong>Coamo</strong>,<br />

são mais <strong>de</strong> cinco mil mulheres<br />

cuidando dos negócios da família.<br />

As mulheres têm qualida<strong>de</strong>s<br />

muito positivas para coor<strong>de</strong>nar as<br />

proprieda<strong>de</strong>s”, disse Gallassini.<br />

A coor<strong>de</strong>nadora estadual<br />

da CEMF e vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

da Faep, Lisiane Rocha Czech,<br />

que comanda a comissão <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a sua criação, diz que a missão da<br />

entida<strong>de</strong> é incentivar, proporcionar<br />

capacitação e ampliar a re<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> produtoras. “Somos referência<br />

para todo o Brasil. Tudo isso é<br />

fruto do nosso trabalho. Quando<br />

fazemos encontros como este,<br />

apren<strong>de</strong>mos umas com as outras.<br />

Temos perfis e histórias <strong>de</strong><br />

vida diferentes. Quando a gente<br />

se envolve, concretiza o aprendizado.<br />

Participamos <strong>de</strong> algo muito<br />

maior no Estado”, <strong>de</strong>staca. (Com<br />

informações do Sistema Faep).<br />

José Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte<br />

do Conselho <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong><br />

Wilson Godoy, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

do Sindicato Rural <strong>de</strong> Campo Mourão<br />

Lisiane Rocha Czech,<br />

coor<strong>de</strong>nadora estadual da CEMF<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 51


52 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


sistema ocepar<br />

José Roberto Ricken é<br />

reeleito presi<strong>de</strong>nte da Ocepar<br />

José Aroldo Gallassini integra a nova diretoria<br />

José Roberto Ricken, presi<strong>de</strong>nte do Sistema Ocepar para os próximos quatro anos<br />

O<br />

engenheiro agrônomo José Roberto Ricken<br />

foi reeleito presi<strong>de</strong>nte executivo do<br />

Sindicato e Organização das Cooperativas<br />

do Estado do Paraná (Ocepar), no dia 03 <strong>de</strong> abril,<br />

durante Assembleia Geral Ordinária (AGO), realizada<br />

na se<strong>de</strong> da entida<strong>de</strong>, em Curitiba. Nos próximos<br />

quatro anos, Ricken estará novamente no comando<br />

<strong>de</strong> um sistema que atualmente congrega 225 cooperativas<br />

<strong>de</strong> sete ramos – agropecuário, crédito, saú<strong>de</strong>,<br />

infraestrutura, consumo, trabalho, produção <strong>de</strong> bens<br />

e serviços e transporte. Juntas, elas alcançaram, em<br />

2022, faturamento <strong>de</strong> R$ 187,84 bilhões e US$ 7,4<br />

bilhões em exportações. Elas possuem um total <strong>de</strong><br />

3,1 milhões <strong>de</strong> cooperados e empregam diretamente<br />

140 mil pessoas. O setor respon<strong>de</strong> ainda por mais<br />

<strong>de</strong> 65% da produção agropecuária do Paraná.<br />

“Eu quero agra<strong>de</strong>cer a confiança <strong>de</strong>positada<br />

em mim. Tenho noção clara da responsabilida<strong>de</strong><br />

que estou assumindo. O cooperativismo paranaense<br />

tem uma representativida<strong>de</strong> muito expressiva<br />

e a nossa missão – a nossa especialida<strong>de</strong> – é criar<br />

oportunida<strong>de</strong>s. Se nós oferecermos oportunida<strong>de</strong>s<br />

às pessoas, elas terão condições <strong>de</strong> ter renda e não<br />

precisarão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> absolutamente ninguém.<br />

Então, esse é o trabalho que nós sabemos fazer”,<br />

afirmou, ao iniciar seu pronunciamento após ser<br />

reconduzido ao cargo. “Eu quero apren<strong>de</strong>r mais e<br />

utilizar a minha experiência <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 40 anos no<br />

cooperativismo”, acrescentou.<br />

No Sistema Ocepar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1988,<br />

Ricken inicialmente atuou como assessor no <strong>de</strong>partamento<br />

técnico e econômico. A partir <strong>de</strong> 1991, gerenciou<br />

a implantação do Programa <strong>de</strong> Autogestão<br />

das Cooperativas Paranaenses. Em 1996, assumiu<br />

a superintendência da Ocepar. No início <strong>de</strong> 2000,<br />

coor<strong>de</strong>nou a implantação do Serviço Nacional <strong>de</strong><br />

Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR), do<br />

qual também foi superinten<strong>de</strong>nte.<br />

Nova diretoria - José Roberto Ricken é<br />

o sétimo cooperativista a assumir a presidência da<br />

Ocepar. Integram a nova diretoria: Adam Stemmer,<br />

Alexandre Bley, Clemente Renosto, Elias Zi<strong>de</strong>k, Eloi<br />

Podkowa, Erik Bosch, João Francisco Sanches, José<br />

Aroldo Gallassini, Luiz Roberto Baggio, Manfred Dasenbrock,<br />

Marino Delgado, Solange Pinzon Martins,<br />

Valter Pitol e Wellington Ferreira.<br />

abril/<strong>2023</strong> revista 53


eceita<br />

Bolo FÁCIL<br />

DE MOUSSE<br />

DE LIMÃO<br />

INGREDIENTES PARA A MASSA<br />

Raspas <strong>de</strong> limão<br />

2 colheres (sopa)<br />

¼ xícara (chá)<br />

1 xícara (chá)<br />

2<br />

¼ xícara (chá)<br />

1 e ⅓ xícara<br />

2 colheres (chá)<br />

A gosto<br />

Suco <strong>de</strong> limão<br />

Leite<br />

Açúcar<br />

Ovos<br />

Óleo <strong>de</strong> Soja Refinado <strong>Coamo</strong><br />

Farinha <strong>de</strong> Trigo <strong>Coamo</strong> Super Premium<br />

Fermento químico<br />

INGREDIENTES PARA A COBERTURA<br />

1 xícara (chá)<br />

1<br />

½ xícara (chá)<br />

Raspas <strong>de</strong> limão<br />

1 colher (chá)<br />

3 colheres (sopa)<br />

MODO DE PREPARO:<br />

Creme <strong>de</strong> leite fresco gelado<br />

Lata <strong>de</strong> leite con<strong>de</strong>nsado<br />

Suco <strong>de</strong> limão<br />

A gosto<br />

Gelatina incolor sem sabor<br />

Água morna<br />

Confira o ví<strong>de</strong>o<br />

da receita:<br />

Em um bowl gran<strong>de</strong>, misture o óleo, o leite,<br />

o suco e as raspas <strong>de</strong> limão com o açúcar, usando<br />

um fouet. Peneire a farinha <strong>de</strong> trigo e o fermento<br />

sobre a mistura e mexa até incorporar.<br />

Despeje a massa em uma fôrma <strong>de</strong> fundo<br />

removível (com diâmetro <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 24 cm),<br />

untada e enfarinhada. Asse em forno preaquecido<br />

a 200° C por cerca <strong>de</strong> 30 minutos ou até que um<br />

palito espetado na massa saia limpo.<br />

Reserve. Bata o creme <strong>de</strong> leite na bate<strong>de</strong>ira,<br />

em velocida<strong>de</strong> média, até obter picos firmes<br />

(3 a 5 centímetros). Adicione o leite con<strong>de</strong>nsado,<br />

batendo em velocida<strong>de</strong> baixa. Adicione o suco<br />

e as raspas <strong>de</strong> limão (Mantenha a bate<strong>de</strong>ira em<br />

velocida<strong>de</strong> mínima enquanto dissolve a gelatina).<br />

Misture a gelatina à água e mexa até formar uma<br />

pasta. Leve ao micro-ondas por 15 segundos<br />

e <strong>de</strong>pois mexa até dissolver completamente.<br />

Se for preciso, aqueça por mais 10 segundos.<br />

Misture a gelatina à mousse <strong>de</strong> limão, batendo na<br />

velocida<strong>de</strong> mínima. Para montar o bolo: cubra o<br />

bolo com a mousse e nivele a superfície.<br />

Deixe gelar por 4 horas. No momento <strong>de</strong> servir,<br />

<strong>de</strong>core com raspas e ro<strong>de</strong>las finas <strong>de</strong> limão.<br />

<strong>Coamo</strong> Alimentos<br />

AF126 COI 0061 22H ANÚNCIO RECEITA ABRIL.indd 1 04/04/23 14:30<br />

54 revista<br />

abril/<strong>2023</strong>


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